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Revista Analytica Edição 128

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EDITORIAL<br />

<strong>Revista</strong><br />

Ano 22 - <strong>Edição</strong> <strong>128</strong> - Janeiro 2024<br />

Caros Leitores,<br />

À medida que saudamos o início deste novo ano, é com grande entusiasmo e perspectiva renovada<br />

que nos voltamos para os desafios e oportunidades que aguardam o setor industrial. O mercado<br />

continua a ser um epicentro de inovação, transformação e progresso, moldando a sociedade e<br />

impulsionando o crescimento econômico global.<br />

O ano anterior foi marcado por desafios que testaram a resiliência e a adaptabilidade das<br />

indústrias em todo o mundo. No entanto, foi também um período de descoberta, inovação e<br />

resolução de problemas complexos. A indústria demonstrou sua capacidade de se reinventar,<br />

adotando novas tecnologias e priorizando a sustentabilidade em suas operações.<br />

Neste novo cenário, é crucial reconhecer as tendências que estão moldando o panorama industrial.<br />

A digitalização acelerada está transformando não apenas a maneira como produzimos, mas também<br />

como nos conectamos e colaboramos. A Inteligência Artificial e a automação, estão convergindo<br />

para criar sistemas mais inteligentes e eficientes, impulsionando a produtividade e a qualidade.<br />

Além disso, a conscientização ambiental está mudando significativamente as práticas industriais.<br />

A busca por soluções sustentáveis está se tornando uma prioridade, impulsionando a inovação<br />

em energias renováveis, processos de fabricação limpos e cadeias de suprimentos responsáveis.<br />

Neste ano, a <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> se compromete a trazer análises aprofundadas e perspectivas<br />

especializadas sobre as tendências emergentes e os avanços no mercado industrial. Estamos<br />

empenhados em oferecer um olhar abrangente sobre as inovações tecnológicas, as práticas<br />

sustentáveis e as estratégias que impulsionam a indústria rumo a um futuro mais promissor.<br />

Nesta edição, estreamos a seção Espectrometria de Massas, que será dirigida pela doutora em<br />

química, Daniele Rocha. Seja muito bem-vinda!<br />

Fique de olho em nossa agenda e nas redes sociais. Participe de eventos exclusivos e fóruns de discussão<br />

que conectam profissionais do setor, proporcionando networking e compartilhamento de ideias.<br />

Ao embarcarmos nesta jornada pelo novo ano, convido todos os nossos leitores, líderes do setor<br />

industrial, inovadores e pensadores a se juntarem a nós nesta missão de explorar, aprender e<br />

inspirar. Que este ano seja um período de conquistas notáveis, colaboração frutífera e crescimento<br />

sustentável para a indústria global.<br />

Juntos, marcaremos o futuro da indústria e construiremos um legado de excelência e progresso.<br />

Feliz 2024!!!<br />

Com os melhores cumprimentos,<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIENTE | BIOTECNOLOGIA | LIFE SCIENCE<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />

de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />

/revista-analytica<br />

/revistaanalytica<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: Futurlab<br />

Editora Responsável : Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />

Para assinaturas / renovação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />

Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral


<strong>Revista</strong><br />

Ano 22 - <strong>Edição</strong> <strong>128</strong> - Janeiro 2024<br />

ÍNDICE<br />

01 Editorial<br />

ARTIGO 1 08<br />

Gisele da Silva Urias, Maria Eduarda Souza Dellaval, Mateus Carvalho Lisboa dos Santos,<br />

William Vital Soares, Marcos Roberto Ruiz, Paulo Roberto da Silva Ribeiro, Rafael Rebes Zilliani,<br />

Camila Kristhiny Silva Matsu<br />

05 Agenda<br />

06<br />

Publique na <strong>Analytica</strong><br />

SÍNTESE DO SULFATO DE COBRE II A PARTIR DE APARAS DE<br />

COBRE METÁLICO<br />

ARTIGO 2 14<br />

Eduarda Diefenbach, Rogério Batista Auad<br />

TRANSMICELL: ESPECTROSCOPIA DE TRANSMISSÃO<br />

PARA AJUSTE E CONTROLE DA FORÇA DE TINGIMENTO EM<br />

CONCENTRADOS DE PIGMENTOS<br />

ARTIGO 3 32<br />

Brenda Ferreira Rezende Silva, Fernanda Aparecida Pedrosa, Alex Magalhães de Almeida<br />

MATERIAL A BASE DE FIBRAS VEGETAIS, DESENVOLVIDO<br />

PARA ATUAR COMO TROCADOR DE ÍONS NO SOLO.<br />

Espectrometria de Massas 40<br />

2<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Blog dos Cientistas 49<br />

Em Foco 57<br />

46<br />

55<br />

Logística Laboratorial<br />

Química no Meio Ambiente


ESTAMOS NO BRASIL<br />

A TPP é conhecida como fabricante de produtos plásticos descartáveis<br />

para cultura de tecidos da mais alta qualidade.<br />

Alguns de nossos produtos são: placas de cultura de tecidos, sistema de filtração à vácuo formato quadrado,<br />

espalhador com lâmina giratória, rack desmontável para tubos e o biorreator TubeSpin.<br />

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<strong>Revista</strong><br />

Ano 22 - <strong>Edição</strong> <strong>128</strong> - Janeiro 2024<br />

ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante pág. Anunciante pág.<br />

ALFA 31<br />

KASVI<br />

2ª CAPA/07<br />

BCQ<br />

4ª CAPA<br />

NOVA ANALITICA 59<br />

GREINER 19<br />

PERFECTA 65<br />

GRUPO PRIME<br />

3ª CAPA<br />

TPP TECHNO 03<br />

HIMEDIA 15<br />

VEOLIA 45<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIANTE | LIFE SCIENCE<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />

Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />

do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />

de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />

Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />

da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Eduardo Pimenta, Ingrid Ferreira Costa, Camila M. M. Ferro, Dr. Leonardo Schultz da Silva, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues e Prof. Dr. Rogerio Aparecido Machado.


agenda<br />

CONGRESSO ANALITICA LATIN AMÉRICA – ANALITICA ROAD SHOW<br />

DATA: 07 DE MAIO DE 2024<br />

Local: Santiago - Chile<br />

Informações: https://home.analiticanet.com.br/<br />

47ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA<br />

DATA: 22 A 25 DE MAIO DE 2024<br />

Local: Águas de Lindóia, São Paulo - SP<br />

Informações: www.sbq.org.br/<br />

IV WEB ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA QUÍMICA<br />

DATA: 08 E 12 DE JULHO DE 2024<br />

Local: Evento Online<br />

Informações: https://www.even3.com.br/wendeq2024/<br />

I CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOTECNOLOGIA INDUSTRIAL<br />

DATA: 25 A 28 DE AGOSTO DE 2024<br />

Local: Costão do Santinho, Florianópolis-SC<br />

Informações: https://cobbind.com.br/cobbind2024<br />

EXPO & CONGRESSO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO (EXPOSIBRAM)<br />

DATA: 09 A 12 DE SETEMBRO DE 2024<br />

Local: Expominas, Belo Horizonte – MG<br />

Informações: https://exposibram2024.ibram.org.br/<br />

21º ENCONTRO NACIONAL DE QUÍMICA ANALÍTICA (ENQA) E 9º CONGRESSO IBERO<br />

AMERICANO DE QUÍMICA ANALÍTICA (CIAQA)<br />

DATA: 15 A 18 DE SETEMBRO DE 2024<br />

Local: Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, Belém - PA<br />

Informações: www.enqa2024.com.br/<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

5


<strong>Revista</strong><br />

Ano 22 - <strong>Edição</strong> <strong>128</strong> - Janeiro 2024<br />

PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos aos autores interessados.<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> publica<br />

editoriais, artigos originais, revisões, casos<br />

educacionais, resumos de teses etc. Os editores<br />

levarão em consideração para publicação toda<br />

e qualquer contribuição que possua correlação<br />

com as análises industriais, instrumentação e o<br />

controle de qualidade.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em<br />

português (ortografia oficial), com Abstract<br />

detalhado em inglês. O Resumo e o<br />

Abstract deverão conter as palavras-chave<br />

e keywords, respectivamente.<br />

Todas as fotos, ilustrações, gráficos, desenhos<br />

e fórmulas que comporem o artigo, devem ser<br />

enviados separadamente, em alta resolução<br />

e com os devidos créditos, para uma perfeita<br />

reprodução. Todas deverão estar devidamente<br />

identificadas e com a indicação no texto de<br />

onde deverão ser colocadas.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados por e-mail,<br />

ordenados em título, nome e sobrenomes<br />

completos dos autores e nome da instituição<br />

onde o estudo foi realizado. Além disso, o<br />

nome do autor correspondente, com endereço<br />

completo, telefone e e-mail. Seguidos por<br />

Resumo, Palavras-chave, Abstract, Keywords,<br />

Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados, Discussão, Conclusão,<br />

Agradecimentos e Referências bibliográficas.<br />

As referências deverão constar no texto de<br />

acordo com as normas ABNT.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda não<br />

publicadas deverão ser mencionadas como<br />

"no prelo" ou "in press".<br />

Todas as contribuições serão revisadas e<br />

analisadas pelo comitê editorial. Os autores<br />

deverão informar todo e qualquer conflito<br />

de interesse existente, em particular aqueles<br />

de natureza financeira relativo a companhias<br />

interessadas ou envolvidas em produtos ou<br />

processos que estejam relacionados com a<br />

contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Após a aprovação do artigo, os autores<br />

deverão preencher e assinar o termo de<br />

compromisso enviado pela redação, atestando<br />

a originalidade do artigo, bem como a<br />

participação de todos os envolvidos.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato<br />

que, tendo em vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa<br />

nesse sentido. Além disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados –<br />

levando em conta uma média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores<br />

disponibilizarem seu material em outras publicações.<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Luciene Almeida – Redação<br />

redacao@futurlab.com.br<br />

CASO PRECISE DE INFORMAÇÕES ADICIONAIS, ENVIE UM E-MAIL PARA A REDAÇÃO.


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Artigo 1<br />

SÍNTESE DO SULFATO DE COBRE II<br />

A PARTIR DE APARAS DE COBRE METÁLICO<br />

Gisele da Silva Urias1, Maria Eduarda Souza Dellaval1, Mateus Carvalho Lisboa dos Santos1,<br />

William Vital Soares1, Marcos Roberto Ruiz1, Paulo Roberto da Silva Ribeiro1,<br />

Rafael Rebes Zilliani1, Camila Kristhiny Silva Matsu1<br />

1 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI “Santo Paschoal Crepaldi”<br />

Presidente Prudente-SP.<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Resumo<br />

O cobre é um elemento<br />

metálico de transição, de<br />

coloração avermelhada<br />

e brilhante que se destaca<br />

pela alta condução<br />

de calor e eletricidade. É<br />

encontrado na natureza<br />

na forma de minério,<br />

chamado de calcopirita<br />

(CuFeS2), sendo um dos<br />

primeiros metais a ser<br />

utilizado pelo homem.<br />

Uma forte propriedade<br />

do cobre são suas inúmeras<br />

formas de sustentabilidade,<br />

passando pelo<br />

processo de reciclagem<br />

diversas vezes sem perder<br />

suas propriedades.<br />

O sulfato de Cobre II é<br />

um sal muito utilizado no<br />

cotidiano para proteger<br />

madeira contra doenças<br />

fúngicas e inibir o<br />

crescimento de algumas<br />

bactérias, na veterinária<br />

para prevenir doenças<br />

de bovinos e equinos, e<br />

na indústria para revestimento<br />

de cobre (banhos<br />

de cobre ácido e básico) e<br />

refino de cobre. Por essas<br />

utilizações citadas acima,<br />

o produto é conhecido<br />

como um fungicida de<br />

alta qualidade, e muito<br />

eficiente por ser aplicado<br />

em diversas áreas.<br />

Nesse sentido, o presente<br />

projeto utilizou aparas de<br />

cobre metálico que eram<br />

descartados para sintetizar<br />

o sal sulfato de cobre<br />

II, através de uma reação<br />

de redox. Após várias<br />

sínteses e análises do<br />

produto final, o procedimento<br />

mostrou-se viável<br />

ambiental e financeiramente,<br />

proporcionando<br />

uma nova alternativa de<br />

obtenção do sal e disponibilizando<br />

um produto<br />

de alta qualidade para o<br />

consumidor final.<br />

Palavras Chave: Reutilização,<br />

sustentabilidade,<br />

custo benefício.


Introdução:<br />

sição de outros metais,<br />

O sulfato de cobre II ou<br />

como ouro e prata com o<br />

sulfato cúprico tem como<br />

objetivos decorativos.<br />

fórmula molecular CuSO4.<br />

Esse sal também é encon-<br />

Ao estudar a síntese a<br />

trado na forma hidratada,<br />

partir do cobre metálico,<br />

o que lhe confere uma<br />

observou-se uma opor-<br />

coloração azul brilhante.<br />

tunidade de reutilizar<br />

Popularmente chamado<br />

de vitríolo azul e pedra<br />

fios metálicos utilizados<br />

Figura 1: Estrutura cristalina do sulfato de cobre [1].<br />

azul, quando aquecido<br />

sofre desidratação adquirindo<br />

coloração branca na<br />

forma anidra.<br />

Utilizado<br />

principalmente<br />

pelos cursos de eletro-<br />

que este material pode<br />

como fungicida na agricul-<br />

eletrônica e elétrica da<br />

ser totalmente reciclado.<br />

tura e jardinagem, como<br />

escola Senai “Santo Pas-<br />

algicida e bactericida no<br />

choal Crepaldi” de Presi-<br />

A reação presente no refe-<br />

tratamento de água potável<br />

e em aquários, assim<br />

como no tratamento de<br />

infecções em animais,<br />

como por exemplo bovinos<br />

e equinos, o sulfato de<br />

cobre II também é consumido<br />

no processo de galvanoplastia,<br />

depositando<br />

cobre metálico que serve<br />

como fundo para depo-<br />

dente Prudente, e claro<br />

podendo ser aplicado<br />

em todas as empresas<br />

que geram resíduos de<br />

cobre metálico. Foram<br />

realizadas diversas sínteses<br />

e técnicas para<br />

verificar o rendimento e<br />

pureza do produto final,<br />

e o processo se mostrou<br />

viável, tendo em vista<br />

rido projeto, ocorre quando<br />

o cobre metálico (Cu0)<br />

reage com ácido sulfúrico<br />

(H2SO4), dando origem<br />

a uma reação de oxirredução,<br />

que consiste na<br />

transferência de elétrons<br />

entre duas espécies, onde<br />

um dos reagentes doa<br />

elétrons (sofre oxidação) e<br />

outra espécie recebe estes<br />

elétrons (sofre redução).<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

9


Artigo 1<br />

Estes processos são identificados<br />

pelo número de<br />

oxidação, chamado de<br />

NOX, número que identifica<br />

os elétrons que a<br />

espécie perde ou ganha.<br />

Na reação para obtenção<br />

do sulfato de cobre II, o<br />

cobre passa de NOX 0<br />

para +2 (agente redutor)<br />

e o enxofre reduz o NOX<br />

de +6 para +4 (agente oxidante).<br />

A equação acima<br />

representa o processo de<br />

oxido redução envolvido.<br />

Figura 2: Pedaço de fio de cobre descartado<br />

nos cursos de elétrica e eletroeletrônica.<br />

Figura 3: Soluções sob agitação.<br />

Figura 3: Adição de ácido sulfúrico e ácido<br />

nítrico.<br />

Figura 4: Evaporação do excesso de ácido.<br />

MATERIAIS E MÉTODOS:<br />

testes de rendimento e<br />

Após este processo, foi<br />

A síntese do sulfato de<br />

pureza são realizados<br />

realizado a reação das<br />

cobre constitui em adi-<br />

para identificação da<br />

aparas de cobre adicio-<br />

cionar aos fios de cobre<br />

viabilidade da síntese.<br />

nando água no erlen-<br />

metálico, ácido sulfúrico<br />

meyer, e em seguida<br />

concentrado, ácido nítri-<br />

Por conseguinte, realiza-<br />

ácido sulfúrico e ácido<br />

co concentrado e água.<br />

mos a remoção manual<br />

nítrico<br />

concentrado.<br />

Após total reação dos<br />

da capa isolante dos fios<br />

Para medir uma alíquota<br />

fios, a solução resultante<br />

descartados pelos alunos<br />

de cada ácido, foi utili-<br />

é evaporada até obten-<br />

de elétrica e eletroeletrô-<br />

zado uma pipeta eletrô-<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

ção dos cristais de sulfato<br />

de cobre II pentahidratado.<br />

Na sequência,<br />

nica, para obter somente<br />

as aparas metálicas contidas<br />

no interior do fio.<br />

nica da marca EPPEN-<br />

DORF®, e para a água<br />

uma proveta graduada.


Para reação completa dos<br />

fios de cobre com os reagentes,<br />

foi utilizado uma<br />

mesa agitadora de erlenmeyer,<br />

da marca NOVA<br />

ÉTICA®, onde ficaram sob<br />

agitação constante até o<br />

término da reação química.<br />

A figura 3 apresenta<br />

o sistema de agitação,<br />

onde ocorreu a síntese<br />

do sulfato de cobre.<br />

Após obter a solução<br />

esperada, a mesma foi<br />

transferida para uma<br />

cápsula de porcelana,<br />

Figura 5: Mufla para eliminação dos resíduos ácidos.<br />

e adicionada no banho<br />

maria da marca CIEN-<br />

acinzentada, na sequencia<br />

para verificar a acidez do<br />

LAB® para evaporação<br />

do sobrenadante ácido,<br />

como indica a figura 4.<br />

Após esta etapa, para<br />

aumentar a pureza do<br />

sulfato de cobre e qualidade<br />

do produto final, foi<br />

realizada a secagem na<br />

mufla da marca JUNG®,<br />

até aparência totalmente<br />

o sulfato de cobre é hidratado,<br />

obtendo o produto<br />

final o sulfato de cobre<br />

pentahidratado de cor<br />

azul brilhante. A figura 5<br />

apresenta a mufla utilizada<br />

na operação de secagem.<br />

Posteriormente, foram realizadas<br />

as análises com o<br />

peagâmetro METROHM®,<br />

produto final, comprovando<br />

que todo o ácido que<br />

participou da reação foi<br />

consumido, e todo ácido<br />

catalisador foi evaporado<br />

durante o processo e que<br />

o mesmo encontra-se na<br />

faixa de pH adequada,<br />

próximo a pH = 5, o que<br />

foi confirmado utilizando<br />

para comparação o sulfato<br />

de cobre P.A.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

11


Artigo 1<br />

RESULTADOS:<br />

agronegócio, em grande<br />

de cobre II pentahidrata-<br />

Após várias sínteses e<br />

cálculos de rendimento,<br />

a obtenção do sulfato de<br />

cobre II pentahidratado, a<br />

partir do cobre metálico<br />

utilizando os ácidos sulfúrico<br />

e nítrico alcançou<br />

um rendimento médio<br />

de 95,7%.<br />

expansão no Brasil, que<br />

utiliza o produto como<br />

fertilizante, adubo e fungicida,<br />

podemos prever<br />

o quanto o setor consumiria<br />

do sulfato de cobre<br />

produzido a partir das<br />

aparas de cobre.<br />

do também é amplamente<br />

utilizado como indica a<br />

tabela ao lado:<br />

CONCLUSÃO:<br />

A síntese do sulfato de<br />

cobre II através da reação<br />

de oxido redução tem-se<br />

mostrado eficiente. Os<br />

A figura 6 apresenta o<br />

sulfato de cobre pentahidratado<br />

obtido.<br />

Podemos citar como<br />

exemplo, a produção de<br />

uva. Sabe-se que quinzenalmente<br />

é aplicado<br />

pontos críticos de controle<br />

durante a obtenção do<br />

sal foram monitorados e<br />

ações de melhorias foram<br />

Com base nesse rendimento<br />

é possível estimar<br />

que seja obtido aproximadamente<br />

3,57 toneladas<br />

de sulfato de cobre<br />

pentahidratado a partir<br />

de cada tonelada de aparas<br />

de cobre metálico.<br />

em 1 hectare de videira<br />

1 quilograma de sulfato<br />

de cobre (se o clima for<br />

chuvoso ou úmido, diminui-se<br />

este intervalo de<br />

tempo), considerando<br />

que o Brasil possui 78 mil<br />

hectares de plantação de<br />

uva, e consome em torno<br />

implantadas, obtendo<br />

um produto com maior<br />

pureza e aumentando o<br />

rendimento da reação. A<br />

eficiência do sulfato de<br />

cobre II como fungicida<br />

foi evidenciada através<br />

de testes microbiológicos,<br />

com resultados satisfató-<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Não há dados concretos<br />

sobre a quantidade de<br />

cobre metálico descartado<br />

incorretamente no<br />

Brasil, mas tendo em vista<br />

que o foco deste projeto<br />

é alimentar o setor do<br />

de 18 mil toneladas de<br />

sulfato de cobre por ano,<br />

observamos que o rendimento<br />

que o projeto possui<br />

atenderia com sucesso<br />

esse mercado. Em<br />

outras culturas o sulfato<br />

rios, atendendo aos parâmetros<br />

adequados para<br />

comercialização, como<br />

pH e pureza, comparados<br />

ao mesmo produto que<br />

é encontrado nas lojas<br />

especializadas.


Através de cálculos de<br />

sui um mercado amplo,<br />

insumos<br />

necessários<br />

com diversas áreas de<br />

aplicação, o que teria<br />

uma rápida aceitação<br />

pelas empresas e<br />

comércio que fazem<br />

uso deste produto.<br />

Figura 6: Sulfato de cobre pentahidratado<br />

obtido pela síntese.<br />

para a síntese, foi determinado<br />

que o produto<br />

possui um custo menor<br />

de produção, comparado<br />

a extração natural do<br />

minério, além de colaborar<br />

com a diminuição<br />

do impacto ambiental<br />

gerado pelo descarte<br />

incorreto do material<br />

na natureza. De forma<br />

geral, o processo de<br />

reciclagem direto do<br />

cobre ocorre em sua<br />

Tabela 1 - Consumo de Sulfato de Cobre por hectare anualmente<br />

Cultura Quantidade de<br />

aplicações/ano<br />

Consumo do<br />

CuSO 4 (Kg) /ano<br />

Figo 24 240<br />

Manga 36 360<br />

Laranja 9 30<br />

maioria com quantidades<br />

maiores, e no caso<br />

do projeto temos que<br />

ressaltar que aquele<br />

pequeno pedaço de fio<br />

de cobre, muitas vezes<br />

Referências:<br />

[1] Bula Sulfato de Cobre Agrimar. Disponível<br />

em: Acesso em 27 de<br />

[4] Cobre. Disponível em: < https://mundoeducacao.<br />

uol.com.br/quimica/metal-cobre.htm#:~:text=O%20<br />

sulfato%20de%20cobre%20(CuSO,presente%20<br />

na%20composi%C3%A7%C3%A3o%20de%20<br />

baterias.> Acesso em 20 de Outubro de 2023.<br />

descartado nos trabalhos<br />

elétricos pode ser<br />

novembro de 2023.<br />

[2] Ficha dados de segurança. Disponível em: https://<br />

sites.ffclrp.usp.br/cipa/fispq/sulfato%20de%20<br />

[5] Oxidação. Disponível em: < https://www.<br />

todamateria.com.br/oxidacao/#:~:text=A%20<br />

utilizado na síntese do<br />

cobre%20ii%20pentahidratado.pdf<br />

oxida%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20<br />

sulfato de cobre pentahidratado.<br />

Por fim, o<br />

sulfato de cobre II pos-<br />

Acesso em 12 de novembro de 2023.<br />

[3] Sulfato de Cobre. Disponível em: < https://www.<br />

quimidrol.com.br/sulfato-de-cobre/> Acesso em 09<br />

de Outubro de 2023.<br />

uma%20rea%C3%A7%C3%A3o,o%20<br />

oxig%C3%AAnio%20era%20o%20reagente><br />

Acesso em 27 de Novembro de 2023.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

13


Artigo 2<br />

TRANSMICELL: ESPECTROSCOPIA DE TRANSMISSÃO<br />

PARA AJUSTE E CONTROLE DA FORÇA DE TINGIMENTO EM<br />

CONCENTRADOS DE PIGMENTOS<br />

Transmicell: Transmission Spectroscopy Method for Adjusting and Controlling the Tinting Strength in Pigment Concentrates<br />

Eduarda Diefenbach1, Rogério Batista Auad2<br />

1Engenheira Química pela UFRGS. Engenheira<br />

da RMA Tech – Tecnosinos - UNISINOS - São<br />

Leopoldo, Rio Grande do Sul - Brasil<br />

2Engenheiro Químico pela PUCRS. CEO - RMA<br />

Tech – Tecnosinos - UNISINOS - São Leopoldo,<br />

Rio Grande do Sul - Brasil<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

RESUMO: A análise da<br />

força de tingimento em<br />

concentrados de pigmento<br />

através do método<br />

convencional, que emprega<br />

a espectroscopia de<br />

reflexão, utiliza uma mistura<br />

da amostra com uma<br />

base padrão, que é então<br />

aplicada em uma cartela<br />

e curada em estufa previamente<br />

à análise. Este<br />

procedimento implica<br />

na realização de diversas<br />

operações manuais,<br />

demandando um elevado<br />

tempo e consequentemente<br />

ampliando os erros<br />

relacionados ao método.<br />

Uma nova técnica proposta,<br />

que utiliza o concentrado<br />

de pigmentos ainda na<br />

sua forma líquida, realiza<br />

a medida da propriedade<br />

através da espectroscopia<br />

de transmissão, de forma<br />

automática, rápida e suprimindo<br />

os erros humanos.<br />

Este trabalho teve como<br />

objetivo comparar, através<br />

da sensibilidade dos<br />

resultados, dois métodos<br />

de análise da força de<br />

tingimento em concentrados<br />

de pigmentos: o<br />

método convencional e<br />

um novo método baseado<br />

na espectroscopia de<br />

transmissão. Procedeu-se<br />

com a realização de testes<br />

em amostras puras<br />

e em amostras diluídas,<br />

a fim de verificar a sensibilidade<br />

dos métodos<br />

em detectar diferenças<br />

na força de tingimento<br />

nestes dois casos. Em<br />

ambos os experimentos,<br />

o método de transmissão<br />

para a avaliação da força


Mesmos Simtomas, 6 Possibilidades?<br />

HiGenoMB® tem a resposta!<br />

H1N1<br />

SARS-CoV-2<br />

H3N2<br />

RSV<br />

Inf A<br />

Inf B<br />

Tube 1 Tube 2<br />

IC<br />

IC<br />

H3N2 vs H1N1 vs RSV vs COVID-19<br />

Hi-PCR® COVID FLU RSV Multiplex<br />

Probe PCR Kit (MBPCR270)<br />

Hi-PCR® Influenza<br />

Multiplex Probe PCR<br />

Kit (MBPCR263)<br />

CE-IVD Approved<br />

Our USP :<br />

Detecta Swine flu (H1N1),<br />

Influenza A virus<br />

juntamente com um alvo<br />

adicional Influenza<br />

B em uma única reação<br />

em tubo<br />

Descrição do Produto : 4-plex assay<br />

1. Swine flu H1N1 virus<br />

2. Influenza A (seasonal H3N2 & seasonal H1N1)<br />

3. Influenza B<br />

4. Human endogenous IC<br />

Limite da Detecção :<br />

Swine flu H1N1 – 2 copies/µl<br />

Influenza B – 2 copies/µl<br />

Influenza A – 4 copies/µl<br />

Tubo 1<br />

H1N1<br />

Influenza A<br />

Influenza B<br />

IC<br />

HiMedia Laboratories<br />

www.himedialabs.com<br />

T : +55-11 981141515 | E : rgarcia@himedialabs.com


Artigo 2<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

de tingimento se mostrou<br />

superior em relação ao<br />

método convencional,<br />

fornecendo uma sensibilidade<br />

aproximadamente<br />

quatro vezes maior. Os<br />

resultados obtidos através<br />

da transmissão foram<br />

utilizados para gerar uma<br />

curva de resposta e calcular<br />

o ajuste da força de tingimento,<br />

visando atingir o<br />

valor do padrão. Os resultados<br />

deste teste também<br />

se mostraram satisfatórios<br />

para o novo método,<br />

podendo-se assim evidenciar<br />

a superioridade<br />

da espectroscopia de<br />

transmissão em relação<br />

ao método convencional.<br />

Palavras-chave: indústria<br />

de tintas, sensibilidade,<br />

controle de qualidade,<br />

automação de processos,<br />

indústria 4.0.<br />

ABSTRACT: The analysis<br />

of tinting strength in<br />

pigment concentrates<br />

through the conventional<br />

method, which employs<br />

reflection spectroscopy,<br />

uses a mixture of the sample<br />

with a standard base,<br />

which is then applied to<br />

a card and cured in an<br />

oven prior to analysis. This<br />

procedure implies carrying<br />

out several manual<br />

operations, demanding a<br />

high amount of time and<br />

consequently increasing<br />

the errors related to the<br />

method. A new proposed<br />

technique, which uses<br />

the pigment concentrate<br />

still in its liquid form, performs<br />

the measurement<br />

of the property through<br />

transmission spectroscopy,<br />

automatically, quickly<br />

and suppressing human<br />

errors. This work aimed<br />

to compare, through the<br />

sensitivity of the results,<br />

two methods of analysis<br />

of the tinting strength in<br />

pigment concentrates: the<br />

conventional method and<br />

a new method based on<br />

transmission spectroscopy.<br />

Tests were carried out<br />

on pure samples and on<br />

diluted samples, in order<br />

to verify the sensitivity of<br />

the methods in detecting<br />

differences in the tinting<br />

strength in these two cases.<br />

In both experiments, the<br />

transmission method for<br />

the evaluation of tinting<br />

strength was superior to<br />

the conventional method,<br />

providing a sensitivity<br />

approximately four times<br />

greater. The results obtained<br />

through the transmission<br />

were used to generate<br />

a response curve and<br />

calculate the adjustment<br />

of the tinting strength,<br />

aiming to reach the standard<br />

value. The results of<br />

this test were also satisfactory<br />

for the new method,<br />

thus demonstrating the<br />

superiority of transmission<br />

spectroscopy in relation to<br />

the conventional method.<br />

Keywords: paint industry,<br />

sensitivity, quality control,<br />

process automation,<br />

industry 4.0.


INTRODUÇÃO<br />

A indústria de tintas pouco<br />

evoluiu ao longo do tempo<br />

no que diz respeito à<br />

automação e às técnicas<br />

de controle industriais, se<br />

assemelhando ainda às<br />

fábricas do século passado<br />

e sendo muito atrasada<br />

em relação às indústrias<br />

de outros segmentos<br />

(BROCK, 2010). O processo<br />

produtivo de uma tinta,<br />

bem como o controle de<br />

qualidade, ainda exige<br />

muitas operações unitárias<br />

manuais, o que acaba<br />

por aumentar as variabilidades<br />

às quais o processo<br />

está sujeito e por dificultar<br />

o controle de qualidade<br />

rápido e eficaz.<br />

Diversas pesquisas e tecnologias<br />

foram desenvolvidas<br />

nos últimos anos no<br />

que se refere a matérias<br />

primas e aplicações de<br />

produtos finais, como por<br />

exemplo, estudos com<br />

pigmentos com propriedades<br />

anticorrosivas, tintas<br />

com proteção contra<br />

intempéries, tecnologias<br />

para aditivos dispersantes,<br />

entre outros. No<br />

entanto, poucas são as<br />

inovações em relação<br />

aos métodos de controle<br />

de qualidade e automatização<br />

do processo da<br />

indústria de tintas.<br />

Na produção de uma<br />

tinta, os pigmentos são<br />

responsáveis pelo maior<br />

custo da formulação,<br />

sendo de extrema importância<br />

buscar a otimização<br />

do seu consumo e ao<br />

mesmo tempo garantir a<br />

qualidade dos produtos.<br />

A medida da força de tingimento<br />

dos pigmentos<br />

é uma análise imprescindível<br />

numa indústria<br />

de tintas, sendo utilizada<br />

desde a aprovação no<br />

recebimento da matéria<br />

prima, nos concentrados<br />

de pigmentos utilizados<br />

durante a produção das<br />

tintas, bem como na<br />

aprovação do produto<br />

final para expedição.<br />

A importância do seu<br />

controle deve-se principalmente<br />

ao fato de que,<br />

tintas produzidas a partir<br />

de concentrados com<br />

forças de tingimento<br />

muito distintas necessitarão<br />

de grandes ajustes<br />

na cor final, o que é<br />

indesejável, pois torna o<br />

processo produtivo mais<br />

caro e demorado.<br />

Para a análise da força<br />

de tingimento de concentrados<br />

de pigmentos<br />

coloridos através do<br />

método convencional,<br />

é feita uma mistura do<br />

concentrado com uma<br />

base branca padrão para<br />

aplicação em uma cartela<br />

e posterior leitura através<br />

de um espectrofotômetro<br />

de reflexão. Essa base<br />

padrão é composta por<br />

uma dispersão de dióxido<br />

de titânio, que teve a<br />

sua força de tingimento<br />

ajustada através de bases<br />

de pigmentos verdes,<br />

azuis ou pretos. Estas<br />

bases coloridas, por sua<br />

vez, tiveram outras bases<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

17


Artigo 2<br />

de TiO2 como padrão de<br />

diversas operações, tais<br />

Um novo método para a<br />

referência anterior. Com<br />

isso, pode-se perceber<br />

que há uma degradação<br />

gradual na qualidade<br />

desses padrões, já que a<br />

referência inicial foi perdida,<br />

e desta forma, são<br />

gerados desvios cumulativos<br />

nas leituras da força<br />

de tingimento ao longo<br />

do tempo. Essa dificuldade<br />

de produzir um padrão<br />

primário que possa ser<br />

como: pesagem e mistura<br />

do pigmento com a base<br />

padrão, extensão em<br />

uma cartela, tempo de<br />

estufa, etc. Dadas essas<br />

circunstâncias, a faixa de<br />

especificação para aprovação<br />

do produto deve<br />

ser relativamente ampla<br />

para conter a variabilidade<br />

do próprio método de<br />

medição, caso contrário,<br />

irá gerar muitos resultados<br />

falso-positivos e<br />

medida e ajuste da força<br />

de tingimento foi proposto<br />

recentemente e utiliza<br />

a amostra de concentrado<br />

de pigmentos em sua<br />

forma líquida, sendo esta<br />

inserida diretamente<br />

no equipamento para a<br />

avaliação automática da<br />

propriedade. Este método<br />

é baseado na espectroscopia<br />

de transmis-<br />

usado para referenciar<br />

falso-negativos.<br />

são, onde é quantificada<br />

a propriedade é um dos<br />

grandes problemas do<br />

método de controle através<br />

da espectroscopia de<br />

reflexão em cartela.<br />

Pode-se dizer que uma<br />

faixa de aprovação muito<br />

abrangente leva ao uso<br />

de uma maior quantidade<br />

de matéria-prima do<br />

a fração da luz incidida<br />

sob um filme de amostra<br />

que consegue atravessar<br />

até o detector posicionado<br />

no lado oposto ao<br />

18<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Outra grande dificuldade<br />

do método de controle<br />

da força de tingimento<br />

por reflexão é a baixa<br />

repetibilidade e reprodutibilidade<br />

de resultados,<br />

visto que este é um método<br />

manual envolvendo<br />

que o necessário e, dessa<br />

forma, acabam sendo<br />

produzidos, em média,<br />

lotes com uma sobredosagem<br />

de pigmentos, o<br />

que além de ocasionar<br />

ajustes de cor, incorpora<br />

custos variáveis indesejáveis<br />

para o processo.<br />

da luz incidente. A partir<br />

disso, é gerada uma curva<br />

espectral da amostra,<br />

de onde é possível retirar<br />

diversas informações<br />

sobre o produto, sendo<br />

uma delas a força de tingimento<br />

do mesmo.


Artigo 2<br />

Essa nova metodologia<br />

através da sensibilida-<br />

tes parceiros da RMA<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

promete resultados mais<br />

reprodutíveis e repetitivos,<br />

devido à análise ser<br />

realizada de forma automática<br />

pelo equipamento,<br />

podendo ser praticamente<br />

desprezada a influência<br />

do operador na medição e<br />

também devido ao menor<br />

tempo de análise empregado.<br />

Destaca-se uma<br />

grande vantagem que a<br />

técnica promete oferecer:<br />

o aumento na sensibilidade<br />

da medida da força de<br />

tingimento, detectando<br />

pequenas variações que<br />

o método convencional<br />

não é capaz de identificar,<br />

e dessa forma possibilita<br />

ajustes finos na força de<br />

tingimento, permitindo<br />

um estreitamento da faixa<br />

de especificação.<br />

Diante destas informações,<br />

este trabalho teve<br />

como objetivo comparar,<br />

de dos resultados, dois<br />

métodos para análise da<br />

força de tingimento em<br />

concentrados de pigmentos:<br />

o método convencional,<br />

baseado na espectroscopia<br />

de reflexão, e<br />

um novo método, baseado<br />

na espectroscopia<br />

de transmissão. Através<br />

deste estudo, deseja-se<br />

comprovar se realmente<br />

existem benefícios ao ser<br />

empregada uma nova<br />

metodologia de análise<br />

da força de tingimento.<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

Foram escolhidos três<br />

lotes de concentrado<br />

azul (em base água)<br />

para analisar comparativamente<br />

os métodos de<br />

medida da força de tingimento.<br />

Os lotes foram<br />

fornecidos por fabrican-<br />

Tech, sendo as amostras<br />

retiradas de uma linha<br />

de produção comercial.<br />

As análises foram realizadas<br />

no laboratório<br />

da RMA Tech, empresa<br />

detentora da tecnologia.<br />

Inicialmente, foram analisados<br />

dois lotes puros<br />

(lotes 1 e 2) pelo método<br />

da cartela (reflexão) e via<br />

Transmicell (transmissão).<br />

Esse primeiro teste teve<br />

como objetivo verificar<br />

a sensibilidade das técnicas<br />

em distinguir diferenças<br />

naturais dos lotes,<br />

provenientes das etapas<br />

do próprio processo produtivo<br />

do concentrado,<br />

visto que etapas como<br />

moagem e dispersão dos<br />

pigmentos são críticas<br />

para a qualidade e reprodutibilidade<br />

das propriedades<br />

no produto final.


Posteriormente, para um<br />

acrescidas de 2,50%,<br />

2.1 Espectroscopia de<br />

segundo teste, foram<br />

produzidas amostras<br />

variando-se a concentração<br />

de um terceiro lote,<br />

a fim de verificar o efeito<br />

que a diluição provoca na<br />

resposta de cada um dos<br />

métodos. Dessa forma, foi<br />

possível aferir a capacidade<br />

de cada técnica em<br />

distinguir as diferenças<br />

de concentração, e consequentemente,<br />

de força de<br />

tingimento. Assim, a partir<br />

do lote 3 foram produzidas<br />

cinco amostras, diferindo-as<br />

apenas na diluição<br />

realizada. A diluição das<br />

amostras utilizou água<br />

deionizada, com o auxílio<br />

de uma balança analítica<br />

com precisão de duas<br />

casas decimais. A primeira<br />

amostra foi composta<br />

apenas pelo produto puro,<br />

e as outras quatro foram<br />

5,00%, 7,50% e 10,00% de<br />

água (acréscimo em massa<br />

em relação à quantidade<br />

inicial da amostra).<br />

As amostras analisadas<br />

via transmissão<br />

não necessitam de um<br />

preparo prévio, sendo<br />

exigida apenas uma<br />

homogeneização vigorosa<br />

previamente à<br />

inserção na Transmicell.<br />

Para a análise via reflexão,<br />

o preparo dos cortes<br />

seguiu as orientações da<br />

norma ISO 787 – 16, que<br />

indica a proporção de<br />

pigmento/base de 1:25.<br />

Foram pesadas 50g de<br />

Base Branca tipo Acrílico<br />

Super Premium da marca<br />

Renner e 2g da amostra<br />

em questão, posteriormente<br />

homogeneizadas<br />

até formar uma mistura<br />

uniforme.<br />

Transmissão: Transmicell<br />

A Transmicell é um<br />

equipamento inovador<br />

desenvolvido pela RMA<br />

Tech, patente registrada<br />

na WIPO (World Intellectual<br />

Property Organization),<br />

código PCT/<br />

BR2019/050381 (AUAD,<br />

2020), que utiliza um<br />

espectrofotômetro de<br />

transmissão de feixe<br />

duplo para análise da<br />

força de tingimento à<br />

úmido de concentrados<br />

de pigmento. Através de<br />

um conjunto de condições<br />

analíticas específicas<br />

para cada tipo de<br />

pigmento, um feixe de<br />

luz é incidido através de<br />

um fino filme de amostra<br />

e a quantidade de<br />

luz transmitida através<br />

deste é registrada.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

21


Artigo 2<br />

Como resultado do<br />

Figura 1 - Equipamento Transmicell e seu princípio de funcionamento<br />

teste, é gerada uma<br />

curva espectral própria<br />

para cada tipo de produto,<br />

caracterizando<br />

o comportamento de<br />

transmissão da luz entre<br />

400 e 700nm (espectro<br />

Fonte: RMA Tech (2021)<br />

visível). Através destes<br />

dados, torna-se possível<br />

a análise comparativa<br />

da força de tingimento<br />

de diferentes lotes, sendo<br />

que o valor de maior<br />

importância é a transmissão<br />

(%T) no pico<br />

do espectro. Na Figura<br />

1 está representado o<br />

equipamento Transmicell<br />

e seu mecanismo de<br />

funcionamento.<br />

75% - 90% da luz incidente,<br />

que é uma região<br />

de maior sensibilidade<br />

e que apresenta menor<br />

interferência de ruídos<br />

na medição. Os três<br />

graus de liberdade/parâmetros<br />

que compõem a<br />

condição analítica são:<br />

porcentagem de diluição<br />

da amostra, potência da<br />

fonte luminosa e espessura<br />

do caminho óptico.<br />

No processo de análise na<br />

Transmicell, o concentrado<br />

de pigmentos é diluído<br />

através do uso de seringas<br />

volumétricas de alta<br />

precisão, que realizam a<br />

dosagem da quantidade<br />

de concentrado e veículo<br />

analítico, conforme a condição<br />

analítica do produto<br />

em questão, determinada<br />

previamente. Essas<br />

quantidades são injeta-<br />

Para a busca da condição<br />

ideal de análise, o<br />

aparelho varia de forma<br />

automática alguns de<br />

seus parâmetros com o<br />

Devido à alta opacidade<br />

das tintas e concentrados,<br />

em boa parte dos<br />

casos se faz necessária<br />

a diluição analítica da<br />

amostra utilizando-se<br />

das em uma câmara de<br />

mistura (micromixer), que<br />

faz a homogeneização<br />

da amostra diluída, que<br />

então seguirá para a célula<br />

de leitura. O resultado<br />

objetivo de atingir valo-<br />

um veículo compatível,<br />

de força de tingimento,<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

res de transmissão no<br />

pico do espectro entre<br />

geralmente a própria<br />

resina base do produto.<br />

dado em porcentagem de<br />

transmissão, é o resultado


médio das três leituras<br />

mais próximas em transmissão,<br />

dentre cinco leituras<br />

consecutivas realizadas<br />

de forma automática pelo<br />

equipamento, considerando<br />

que a cada leitura todo<br />

o processo de diluição e<br />

mistura é realizado com<br />

uma nova porção de concentrado<br />

e veículo.<br />

A condição analítica ideal<br />

determinada pelo equipamento<br />

e utilizada nas<br />

análises de transmissão<br />

neste trabalho é exibida<br />

na Tabela 1.<br />

2.2 Espectroscopia de<br />

Reflexão<br />

Para a determinação da<br />

força de tingimento de<br />

pigmentos coloridos, é<br />

usualmente realizada<br />

uma mistura (chamada de<br />

“corte”) entre o concentrado<br />

de pigmento que<br />

se pretende determinar<br />

a força de tingimento e<br />

uma base branca padrão<br />

de dióxido de titânio.<br />

Tabela 1 - Condição analítica utilizada no método de transmissão<br />

Neste trabalho, os cortes A cada leitura realizada<br />

foram aplicados em cartela<br />

pelo espectrofotôme-<br />

Leneta modelo 2B tro, são disparados três<br />

utilizando um extensor flashes de luz em sequência,<br />

e o resultado forneci-<br />

metálico de 250µm. Foi<br />

respeitado um tempo<br />

do pelo equipamento é<br />

de flash-off de 5 minutos,<br />

a média destas medidas.<br />

que é o período que<br />

Foram realizadas leituras<br />

em três diferentes pontos<br />

da aplicação, sendo<br />

garante que, ao inserir<br />

a cartela na estufa, não<br />

o resultado da força<br />

ocorra a fervura do filme<br />

de tingimento a média<br />

úmido nela estendido. A<br />

destas medidas em diferentes<br />

cartela permaneceu na<br />

áreas da cartela.<br />

estufa a 60°C por 10 minutos<br />

O espectrofotômetro<br />

e a leitura da força de utilizado para a análise<br />

tingimento por reflexão foi o DatacolorCheck 3<br />

foi realizada após 10 integrado ao software<br />

minutos de ambientação<br />

à temperatura do laboratório,<br />

que era de 23°C ± 2.<br />

Datacolor Tools para fornecer<br />

os resultados de<br />

força de tingimento.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

23


Artigo 2<br />

RESULTADOS E DISCUS-<br />

da luz e consequente-<br />

O resultado desta análise<br />

SÕES<br />

mente provocando uma<br />

(valor máximo de trans-<br />

A análise da força de tin-<br />

menor transmissão da<br />

missão) é empregado<br />

gimento é uma medida<br />

mesma. Segundo Chen<br />

como valor de referência<br />

comparativa, ou seja, ela<br />

(2016), um pigmento<br />

de força de tingimento<br />

exige de um “padrão”<br />

com partículas aciculares<br />

para os próximos lotes<br />

para a referência de 100%<br />

apresenta maior absor-<br />

produzidos desse mesmo<br />

de força de tingimento.<br />

ção e espalhamento da<br />

produto, devendo sempre<br />

Por depender fortemente<br />

luz (K e S) e maior poder<br />

ser analisados na condi-<br />

da natureza do pigmento<br />

tintorial em relação a um<br />

ção analítica do padrão.<br />

e suas propriedades, esta<br />

pigmento de partículas<br />

análise só faz sentido<br />

esféricas. Atribui-se este<br />

3.1 Análise das amos-<br />

ao serem comparadas<br />

resultado a uma maior<br />

tras puras<br />

amostras de um mesmo<br />

área superficial das partí-<br />

3.1.2 Método Conven-<br />

pigmento, de mesma<br />

culas, portanto, é possível<br />

cional<br />

morfologia e caracterís-<br />

inferir que uma maior<br />

A Figura 2 ilustra as apli-<br />

ticas ópticas, sendo dife-<br />

força de tingimento está<br />

cações lado a lado dos<br />

rentes apenas no lote de<br />

relacionada à menor<br />

lotes chamados de 1 e 2.<br />

produção.<br />

transmissão da luz.<br />

Após a cura em estufa,<br />

as aplicações foram ana-<br />

Sabe-se que, quanto<br />

Na Transmicell, o lote de<br />

lisadas através do espec-<br />

menor for o tamanho das<br />

concentrado de pigmen-<br />

trômetro de reflexão.<br />

partículas de um sistema,<br />

to que é escolhido como<br />

A linha pontilhada da<br />

maior será a soma das áre-<br />

padrão é analisado e o<br />

Figura X indica o compri-<br />

as superficiais das partí-<br />

valor de transmissão no<br />

mento de onda no qual<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

culas deste meio, causando<br />

uma maior obstrução<br />

pico da curva espectral é<br />

salvo no banco de dados.<br />

ocorre a mínima reflexão<br />

e, portanto, a máxima


absorção, neste caso 610<br />

nm, que corresponde à<br />

região de máxima discriminação<br />

da curva. É neste<br />

comprimento de onda<br />

que é obtida a razão K/S<br />

(fatores de absorção e<br />

difusão) para o cálculo da<br />

força de tingimento.<br />

Figura 2 - Aplicação em cartela e análise de reflexão dos lotes puros<br />

Figura 3 - Espectro de transmissão obtidos através da Transmicell para os lotes 1 e 2<br />

A partir dos cálculos do<br />

software, ao escolher o<br />

lote 1 como padrão de<br />

100% de força de tingimento,<br />

para o lote 2 a força<br />

de tingimento medida foi<br />

de 102,36%. Este resultado<br />

significa que o lote 2 possui<br />

um poder tintorial 2,36%<br />

maior do que o do lote 1.<br />

Tendo em vista que o limite<br />

de aprovação praticado<br />

industrialmente para estes<br />

concentrados de pigmento<br />

é de FT=100% ± 5%,<br />

estas amostras estariam<br />

aprovadas no controle<br />

de qualidade, pois não<br />

possuem uma diferença<br />

expressiva no poder de<br />

tingimento segundo esta<br />

metodologia.<br />

3.1.2 Método de Transmissão<br />

Na avaliação da força<br />

de tingimento através<br />

da transmissão da luz,<br />

o valor de interesse é a<br />

transmissão no comprimento<br />

de onda de pico<br />

(máximo de transmissão),<br />

que no caso de um<br />

concentrado de pigmento<br />

azul, fica localizado<br />

em 420 nanômetros. A<br />

Figura 3 representa o<br />

espectro de transmissão<br />

dos lotes 1 e 2.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

25


Artigo 2<br />

26<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

O lote 1 apresentou<br />

79,60% de transmissão<br />

no pico, enquanto o lote<br />

2 teve 71,43%, corroborando<br />

com a análise convencional<br />

via reflexão,<br />

o lote 2 obteve a maior<br />

força de tingimento em<br />

relação ao lote 1, pois<br />

está transmitindo uma<br />

menor quantidade de<br />

luz (está mais opaco). Os<br />

lotes diferem em 8,17%<br />

em termos de transmissão,<br />

uma diferença quase<br />

quatro vezes maior em<br />

relação ao observado na<br />

técnica convencional, de<br />

2,36%. O limite de aprovação<br />

para o método de<br />

transmissão é de até ± 2<br />

%Transmissão em relação<br />

ao valor padrão. A Tabela<br />

2 reúne os resultados<br />

para ambos os métodos.<br />

3.2 Análise das amostras<br />

com diluição<br />

3.2.1 Método Convencional<br />

Foram analisadas através<br />

dos dois métodos as diluições<br />

realizadas a partir do<br />

Tabela 2 - Resultados obtidos em ambos os<br />

métodos para as amostras puras<br />

Figura 4 - Aplicação em cartela e análise de reflexão das amostras diluídas<br />

lote 3. A aplicação em cartela<br />

do gradiente de diluição<br />

e as curvas de reflexão<br />

das cinco amostras estão<br />

ilustradas na Figura 4. O<br />

nível de 0% de diluição<br />

corresponde à amostra in<br />

natura (original) do lote 3.<br />

Utilizando como referência<br />

o lote 3 puro, foi<br />

detectada uma diferença<br />

de 7,29% em força de<br />

tingimento entre o lote<br />

puro e o lote com 10%<br />

de diluição, conforme<br />

Tabela 3<br />

Tabela 3 - Força de tingimento por reflexão em<br />

cartela para as amostras diluídas<br />

3.2.2 Método de Transmissão<br />

De acordo com os resultados<br />

obtidos (Figura 5),<br />

observa-se que a técnica<br />

de transmissão demonstrou<br />

uma maior sensibilidade<br />

em detectar diferenças<br />

entre as amostras.<br />

Enquanto a leitura de força<br />

de tingimento em cartela<br />

apresentou até 7,29% de<br />

diferença entre a amostra<br />

pura e aquela com 10,00%<br />

de diluição, a transmissão<br />

apontou uma diferença de<br />

31,21%, correspondendo a<br />

uma sensibilidade quatro<br />

vezes maior.


3.3 Ajuste da força de<br />

tingimento<br />

Com os dados de transmissão<br />

obtidos para as<br />

diluições realizadas, foi<br />

construída a curva de resposta<br />

deste concentrado<br />

de pigmentos frente à<br />

diluição, cuja equação de<br />

ajuste linear está apresentada<br />

na Figura 6.<br />

Figura 5 - Espectros de transmissão obtidos através da Transmicell para as amostras diluídas a<br />

partir do lote 3<br />

Tabela 4 - Resultados de transmissão para as amostras diluídas<br />

A partir da equação obtida<br />

para aproximar esta<br />

relação, pode-se calcular o<br />

ajuste necessário para corrigir<br />

a força de tingimento<br />

do produto, em termos de<br />

diluição mássica, visando<br />

atingir o limite inferior da<br />

especificação. Neste caso,<br />

o limite inferior de especificação<br />

é aquele de menor<br />

força de tingimento, lote<br />

1 (considerado o padrão<br />

de 100% de força de tingimento),<br />

no qual obteve-se<br />

79,60% em transmissão.<br />

O lote que será ajustado é<br />

aquele que possui maior<br />

Figura 6 - Curva de resposta frente à diluição em termos de transmissão<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

27


Artigo 2<br />

força de tingimento, possibilitando<br />

assim uma<br />

diluição, sendo este o lote<br />

2, para o qual obteve-se<br />

71,43% de transmissão.<br />

Calculou-se então a estimativa<br />

de uma diluição<br />

em massa de 2,67% para<br />

o lote 2. Na Figura 7 está<br />

demonstrado o padrão<br />

(lote 1) e ao lado o lote 2<br />

com o ajuste realizado.<br />

Figura 7 - Lote 1 e lote 2 com a força de tingimento ajustada<br />

A força de tingimento medida<br />

para o lote 2 ajustado<br />

foi de 100,64%. Isso indica<br />

que o acerto foi realizado<br />

com êxito, tornando o lote<br />

2 mais próximo da força de<br />

28<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

tingimento do padrão, de<br />

100%. A pequena diferença<br />

observada, de 0,64%, pode<br />

estar relacionada com os<br />

próprios erros envolvidos<br />

no método de medida<br />

através da reflexão em<br />

cartela, como a aplicação,<br />

a pesagem da diluição ou<br />

do preparo do corte com<br />

base branca, etc., podendo<br />

assim ainda ser considerado<br />

um excelente resultado.<br />

A amostra do lote 2 ajustada<br />

com 2,67% de diluição<br />

foi analisada também via<br />

transmissão, obtendo-se<br />

uma curva espectral segundo<br />

a Figura 8. No gráfico<br />

estão plotadas as curvas<br />

do padrão (lote 1), do lote<br />

2 in natura e do lote 2 com<br />

ajuste para comparação.<br />

A partir dessa análise,<br />

pode-se comprovar através<br />

do método de transmissão<br />

que o ajuste de<br />

força de tingimento pode


ser realizado com precisão,<br />

sendo observada<br />

uma diferença de 1,84%<br />

de transmissão entre a<br />

amostra ajustada (lote 2<br />

ajustado) e o alvo (lote 1).<br />

Figura 8 - Ajuste da força de tingimento pelo método da transmissão<br />

CONCLUSÕES<br />

A partir deste trabalho,<br />

pode-se concluir que o<br />

método proposto para a<br />

tintas, bem como quando<br />

cesso produtivo, estes lotes<br />

análise da força de tingi-<br />

as variações são muito<br />

de produção já teriam sido<br />

mento, utilizando a espec-<br />

menores e provenientes<br />

dados como aprovados<br />

trometria de transmissão,<br />

do próprio processo pro-<br />

visto que se encontram<br />

demonstrou uma maior<br />

dutivo, como no caso dos<br />

dentro da faixa de especifi-<br />

sensibilidade em relação<br />

lotes in natura.<br />

cação do método.<br />

ao método convencional<br />

na medida desta proprie-<br />

O novo método mostrou-<br />

De fato, o método de trans-<br />

dade no concentrado de<br />

-se eficaz também no ajus-<br />

missão demandou um<br />

pigmento testado. Esta<br />

te da força de tingimento<br />

menor tempo de análise,<br />

afirmação se baseia nos<br />

ao ser utilizada a curva de<br />

possibilitando um controle<br />

resultados obtidos para<br />

resposta do concentrado<br />

mais rápido da força de tin-<br />

o novo método nos dois<br />

para o cálculo desta corre-<br />

gimento. Desta forma, caso<br />

tipos de avaliação realiza-<br />

ção, permitindo assim um<br />

seja adotado na indústria<br />

das, utilizando as amostras<br />

ajuste fino da propriedade.<br />

pode levar a um aumen-<br />

de concentrados puros e<br />

Através do método con-<br />

to de produtividade na<br />

também nas diluídas, com-<br />

vencional este ajuste não<br />

fábrica. Por se tratar de um<br />

provando a sensibilidade<br />

seria realizado, visto que,<br />

método automático, uma<br />

em detectar diferença em<br />

concentrações muito dis-<br />

no controle de qualidade<br />

realizado durante o pro-<br />

maior reprodutibilidade e<br />

repetibilidade de resulta-<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

29


Artigo 2<br />

dos provavelmente seriam<br />

rias primas de grande valor<br />

na análise. Em trabalhos<br />

observadas, visto que o<br />

método de transmissão<br />

reduz as etapas manuais<br />

necessárias para a análise.<br />

A partir dos resultados obtidos<br />

para o método proposto,<br />

existe a possibilidade de<br />

se realizar um estreitamento<br />

da faixa de aprovação para<br />

agregado na produção,<br />

como os pigmentos, a partir<br />

de uma reformulação do<br />

concentrado visando atingir<br />

o limite inferior da especificação.<br />

Com isso, a redução<br />

do consumo de pigmentos<br />

pode, além de gerar economia,<br />

reduzir os impactos ao<br />

meio ambiente.<br />

futuros, devem ser analisados<br />

outros tipos de<br />

concentrados através<br />

desta metodologia para<br />

averiguar qual a magnitude<br />

no aumento da<br />

sensibilidade para outros<br />

tipos de pigmentos.<br />

os concentrados de pig-<br />

REFERÊNCIAS<br />

mentos, visto que a espec-<br />

Neste trabalho foi ava-<br />

[1] AUAD, Rogério Baptista. EQUIPAMENTO E<br />

troscopia de transmissão<br />

liado somente um tipo<br />

MÉTODO DE ANÁLISE DE UM FLUÍDO. Depositante:<br />

se mostrou o método mais<br />

de concentrado de<br />

Rogério Baptista Auad. PCT/BR2019/050381BR.<br />

sensível em discriminar<br />

pigmento, de cor azul.<br />

Depósito: 08 de nov. 2018. Concessão: 14 maio 2020.<br />

diferenças na propriedade<br />

Os valores encontrados<br />

[2] BROCK, T.; GROTEKLAES, M.; MISCHKE,<br />

avaliada. Desta forma, os<br />

concentrados possuiriam<br />

uma qualidade superior<br />

devido à menor variabilidade<br />

de força de tingimento<br />

entre lotes, e desta forma<br />

permitindo a produção de<br />

podem estar relacionados<br />

com as propriedades<br />

óticas de cada pigmento,<br />

devido à dependência<br />

de fatores como a morfologia<br />

das partículas.<br />

De acordo com o fabri-<br />

P. European Coatings Handbook. 2ed.<br />

Hannover:Vicentz Network, 2010.<br />

[3] CHEN, X.; QIAO, H.; XU, Y.; YUN, D.; YUAN, J.<br />

Introduction of Plastics and Color. In: Coloring of<br />

Plastics: fundamental application masterbatch.<br />

Beijing: Chemical Industry Press. 2016. cap. 1, p. 1-21.<br />

tintas sem a necessidade de<br />

cante da Transmicell, os<br />

[4] ISO 787-16:1986. International Organization<br />

grandes ajustes na cor final.<br />

resultados são positivos<br />

for Standardization. Métodos gerais de<br />

Caso este estreitamento<br />

para outros tipos de con-<br />

testes para pigmentos e diluentes - Parte 16:<br />

nos limites de especificação<br />

centrados de pigmentos,<br />

Determinação da força de tingimento relativa<br />

30<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

fosse realizado, seria possível<br />

reduzir o uso de maté-<br />

resultando igualmente<br />

em maior sensibilidade<br />

(ou valor de coloração equivalente) e cor na<br />

redução de pigmentos coloridos. 2017.


Artigo 3<br />

MATERIAL A BASE DE FIBRAS VEGETAIS,<br />

DESENVOLVIDO PARA ATUAR COMO TROCADOR DE<br />

ÍONS NO SOLO.<br />

Material based on plant fibers, developed to act as an ion exchanger in the soil.<br />

Brenda Ferreira Rezende Silva<br />

Graduanda do curso de Bacharelado em Biomedicina<br />

no Centro Universitário de Formiga<br />

– UNIFOR-MG<br />

Fernanda Aparecida Pedrosa<br />

Graduanda do curso de Bacharelado em Biomedicina<br />

no Centro Universitário de Formiga<br />

– UNIFOR-MG<br />

Alex Magalhães de Almeida<br />

Professor no Centro Universitário de Formiga –<br />

UNIFOR-MG<br />

Doutor em Química Analítica<br />

32<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

RESUMO<br />

O solo é um ambiente<br />

formado por materiais de<br />

origem mineral, orgânica,<br />

água intersticial e o ar. A<br />

parte mineral é constituída<br />

por fragmentos de rochas<br />

de diferentes minerais,<br />

com formas e tamanho<br />

variados. A matéria orgânica<br />

é originada a partir<br />

de restos vegetais e animais<br />

em diversos graus<br />

de decomposição. A água<br />

presente no solo é responsável<br />

por dissolver e disponibilizar<br />

os elementos<br />

metálicos, e por esse motivo<br />

é chamada de solução<br />

do solo. Neste ambiente<br />

complexo que é o solo, faz<br />

se o cultivo de diferentes<br />

tipos de plantas, e estas se<br />

utilizam dos nutrientes disponibilizados<br />

na solução<br />

do solo para seu completo<br />

desenvolvimento. Cada<br />

planta necessita de valores<br />

distintos desses nutrientes,<br />

e para que se conheça<br />

o teor desses elementos<br />

no solo, faz-se a análise do<br />

mesmo. A análise é dividida<br />

em inúmeras etapas<br />

e aspectos relacionados<br />

a nutrição de plantas. Os<br />

macros e micronutrientes<br />

são avaliados quanto ao<br />

seu teor total e disponíveis


para plantas. Estas analises<br />

podem ser realizadas por<br />

métodos como o da resina<br />

de troca iônica. Todas<br />

as metodologias usadas<br />

requerem etapas de<br />

amostragem, tratamentos,<br />

e envio das amostras a um<br />

laboratório que faça as<br />

análises pertinentes. Neste<br />

trabalho desenvolveu-se<br />

um filtro que ao ser colocado<br />

no solo atuou como<br />

trocador iônico, permitido<br />

que após a sua remoção<br />

do solo a analise seja realizada,<br />

sem que ocorra<br />

o envio ou tratamentos<br />

de amostras do solo. O<br />

material foi confeccionado<br />

utilizando fibras vegetais<br />

previamente tratadas, e<br />

modeladas em formato<br />

que permitam a sua inserção<br />

no solo.<br />

Palavras Chave: Bastonetes.<br />

Solução do solo. Análise<br />

de solo. Troca iônica.<br />

Biodegradável.<br />

ABSTRACT<br />

Soil is an environment<br />

formed by materials of<br />

mineral and organic origin,<br />

pore water and air. The<br />

mineral part is made up of<br />

rock fragments of different<br />

minerals, with varying shapes<br />

and sizes. Organic matter<br />

originates from plant<br />

and animal remains in<br />

varying degrees of decomposition.<br />

The water present<br />

in the soil is responsible<br />

for dissolving and making<br />

metallic elements available,<br />

and for this reason it is<br />

called soil solution. In this<br />

complex environment that<br />

is the soil, different types<br />

of plants are cultivated,<br />

and they use the nutrients<br />

available in the soil solution<br />

for their complete development.<br />

Each plant needs<br />

different amounts of these<br />

nutrients, and in order to<br />

know the content of these<br />

elements in the soil, it is<br />

analyzed. The analysis is<br />

divided into numerous<br />

steps and aspects related to<br />

plant nutrition. Macro and<br />

micronutrients are evaluated<br />

for their total content<br />

and availability for plants.<br />

These analyzes can be<br />

carried out using methods<br />

such as ion exchange resin.<br />

All methodologies used<br />

require sampling steps,<br />

treatments, and sending<br />

the samples to a laboratory<br />

that carries out the relevant<br />

analyses. In this work, a filter<br />

was developed that, when<br />

placed in the soil, acted as<br />

an ion exchanger, allowing<br />

analysis to be carried out<br />

after its removal from the<br />

soil, without sending or<br />

treating soil samples. The<br />

material was made using<br />

previously treated vegetable<br />

fibers, and shaped into<br />

a shape that allows it to be<br />

inserted into the soil.<br />

Keywords: Rods. Soil<br />

solution. Soil analysis. Ion<br />

exchange. Biodegradable<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

33


Artigo 3<br />

INTRODUÇÃO<br />

2016). A análise é dividi-<br />

RAIJ, 1986); cada um com<br />

Os solos são sistemas<br />

da em diversos aspectos<br />

características específicas;<br />

abertos, visto que, trocam<br />

relacionados a nutrição<br />

reagentes químicos dife-<br />

energia e matéria com sua<br />

das plantas, entretanto,<br />

renciados, formas de pre-<br />

circunvizinhança, e rece-<br />

para os elementos metá-<br />

paro diferentes e formas<br />

bem influência dos dife-<br />

licos essenciais, tem-se a<br />

de extração diferenciadas.<br />

rentes tipos de seres vivos.<br />

análise de macro e micro-<br />

No solo, fluxos de matéria<br />

nutrientes, que é realizada<br />

Os procedimentos de<br />

e energia são continua-<br />

visando verificar o teor<br />

análise de solo deman-<br />

mente transferidos entre<br />

total de cada elemento, e<br />

dam das etapas de amos-<br />

os componentes minerais,<br />

os teores disponíveis que<br />

tragem, que consiste na<br />

plantas,<br />

microrganismos,<br />

podem ser verificados por<br />

coleta de porções do solo<br />

compostos orgânicos e o<br />

métodos como o da resina<br />

em diferentes setores<br />

ambiente externo (FIGU-<br />

de troca iônica (PREZOTTI<br />

da propriedade, visando<br />

RA-1). E é neste ambiente<br />

e MARTINS, 2013; SILVA,<br />

garantir a representati-<br />

complexo que faz se o cul-<br />

2018; RAIJ et al, 2001;<br />

vidade e qualidade da<br />

tivo de diferentes tipos de<br />

CAMARGO et al, 2009).<br />

amostra em relação à área<br />

plantas, e estas se utilizam<br />

Atualmente no Brasil, duas<br />

que será cultivada. Segui-<br />

dos nutrientes disponibili-<br />

metodologias se destacam<br />

da de uma homogenei-<br />

zados na solução do solo<br />

perante várias outras dis-<br />

zação de todo o material<br />

para seu completo desen-<br />

poníveis. Sendo uma delas<br />

coletado, secagem da<br />

volvimento (STUMPF et al,<br />

o método de extração de<br />

mistura homogeneizada à<br />

2014). Cada planta necessi-<br />

nutrientes de Mehlich,<br />

sombra, envasamento de<br />

ta de valores distintos des-<br />

e a outra o método de<br />

partes desse material em<br />

ses nutrientes, e para que<br />

extração de nutrientes por<br />

recipientes<br />

adequados<br />

se conheça o teor desses<br />

resina trocadora de íons<br />

e limpos, identificação e<br />

elementos no solo, faz-se<br />

(FREITAS, 2012, SCHLIN-<br />

envio para o laboratório<br />

34<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

a análise de solo (BONA,<br />

DWEIN & GIANELLO, 2009,<br />

de análises (PREZOTTI,


MARTINS, 2013). Considerando-se<br />

as etapas<br />

de coleta, aglomeração,<br />

destorrar, homogeneizar,<br />

secar e separar as porções<br />

para enviar ao laboratório,<br />

podem ser empregados<br />

de 2 a 5 dias, e soma-se<br />

mais dois dias para a análise<br />

e emissão do laudo.<br />

Desta forma, tem-se que<br />

o produtor deve aguardar<br />

pelo menos 4 dias para<br />

uma tomada de decisão.<br />

Figura-1: Esquema genérico de formação e composição do solo.<br />

Fonte: Autores do trabalho.<br />

Utilizando os conhecimentos<br />

de troca iônica, relacionados<br />

à análise de solos e<br />

plantas, desenvolveu-se<br />

um material constituído<br />

por fibras orgânicas, e quimicamente<br />

tratado para<br />

realizar o processo de captura<br />

de íons disponíveis na<br />

solução do solo.<br />

O princípio em que se<br />

apoia o desenvolvimento<br />

desse material é a<br />

Figura-2: Plantas utilizadas na obtenção das fibras de suporte para o novo trocador de íons.<br />

Fonte: Autores do trabalho.<br />

troca iônica, pois o solo<br />

sendo um trocador de<br />

íons, pode ser tratado<br />

como um componente<br />

termodinâmico<br />

sujeito<br />

a inúmeras variáveis, e<br />

potencialmente pode ser<br />

avaliado por metodologias<br />

que favoreçam identificar<br />

os íons trocados<br />

entre os componentes.<br />

Neste trabalho a matéria<br />

orgânica, foi utilizada<br />

como um suporte para<br />

os íons que serão trocados<br />

com o solo, e desta<br />

forma, será verificada a<br />

sua disponibilidade para<br />

cada nutriente.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

35


Artigo 3<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

mais maleáveis, como foi<br />

prensado na forma de<br />

Foram utilizadas diferen-<br />

o caso do bambu e da<br />

uma “folha de papel”, e<br />

tes amostras vegetais,<br />

espada de São Jorge.<br />

neste caso a prensagem<br />

exibidas na Figura-2, e<br />

do material foi realizada<br />

nomeadas por: Opuntia<br />

cochillinifera; Neomarica<br />

northiana; folhas de<br />

Bambusa textilis gracilis;<br />

Dracaena trifasciata;<br />

folhas de bananeira verde<br />

e seca (Musa). Todas as<br />

amostras utilizadas foram<br />

coletas na região de Formiga<br />

– MG. Inicialmente,<br />

o trabalho consistiu em<br />

coletar o material vegetal,<br />

lava-lo com água e<br />

sabão e posteriormente<br />

com água deionizada.<br />

A planta foi reduzida à<br />

pedaços menores com o<br />

auxílio de uma tesoura ou<br />

À princípio, somente<br />

o banho em HCl foi<br />

empregado para finalizar<br />

a limpeza do material<br />

fibroso, porém, notou-se<br />

o aparecimento de fungos,<br />

e este fato poderia<br />

prejudicar as análises<br />

posteriores. Buscando<br />

solucionar esse aspecto,<br />

verificou-se que um<br />

banho de NaOH dificulta<br />

o aparecimento de fungos<br />

no material trabalhado,<br />

e torna as fibras mais<br />

maleáveis, o que facilita<br />

a sua manipulação.<br />

com o auxílio de duas<br />

tábuas de madeira unidas<br />

por um sargento, e o<br />

material fibroso no meio<br />

das tabuas.<br />

Este tipo de modelagem<br />

se mostrou pouco eficaz,<br />

pois na maioria dos casos<br />

o material ficava muito<br />

quebradiço. Resolveu-se<br />

por adotar a trituração<br />

do material em liquidificador<br />

industrial, seguida<br />

por moldagem e prensagem<br />

em tubo de ensaio,<br />

que apresentou melhor<br />

resultado, sendo que o<br />

faca previamente higienizadas.<br />

Algumas amostras<br />

vegetais necessitaram<br />

Após as etapas de<br />

banho, realizou-se a<br />

produto final ficava parecido<br />

com um charuto,<br />

entretanto, neste forma-<br />

de sofrer uma etapa de<br />

prensagem do mate-<br />

to, o material ainda não<br />

cozimento a fim de que<br />

rial. Em um primeiro<br />

apresentava consistência<br />

36<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

suas fibras se tornassem<br />

formato, o material foi<br />

para ser inserido no solo.


Na intenção de otimizar o<br />

material para que o mesmo<br />

pudesse ser inserido<br />

no solo, pensou-se em utilizar<br />

de hastes de madeira<br />

para suportar as fibras,<br />

e prensar o material ao<br />

redor da haste. Este procedimento<br />

na forma de bastonetes<br />

mostrou-se muito<br />

mais eficaz e desta forma,<br />

dispensou-se a utilização<br />

dos tubos de ensaio, por<br />

obter uma consistência<br />

mais firme e que permitia<br />

a inserção e retirada dos<br />

bastonetes no solo, sem<br />

perda de material.<br />

As plantas investigadas<br />

apresentaram os seguintes<br />

resultados:<br />

Bambusa textilis gracilis,<br />

no caso as folhas de bambu,<br />

essas fibras apresentaram-se<br />

pouco maleáveis<br />

e com baixa aderência,<br />

mesmo após o cozimento<br />

em panela de pressão.<br />

Oputia cochenillifera, também<br />

conhecida como palma,<br />

apresentou pequena<br />

presença de material fibroso<br />

e grande quantidade<br />

de líquidos, mostrando-se<br />

inviável para obtenção de<br />

um “papel vegetal”.<br />

Neomarica northiana, também<br />

chamada de íris da<br />

praia, apresentou material<br />

fibroso que não permitiu<br />

moldes na haste de madeira<br />

de formato adequado, e<br />

sempre apresentou fungos.<br />

Musa, a popular folha de<br />

bananeira,<br />

apresentou<br />

fibras muito maleáveis,<br />

que permitiram a confecção<br />

dos bastonetes sem<br />

maiores dificuldades.<br />

Dracaena trifasciata, as<br />

fibras desta planta não permitiam<br />

a interação entre<br />

elas, não houve liga, e desta<br />

maneira não permitiam<br />

a produção de bastonetes<br />

no formato adequado para<br />

ser inserido no solo.<br />

Verificando-se as potencialidades<br />

de cada caso,<br />

optou-se por usar a folha<br />

de bananeira na sequência<br />

dos experimentos. E<br />

a sequência de trabalho<br />

é definida conforme a<br />

Figura-3 exibe a seguir.<br />

Figura-3: Sequência dos procedimentos adotados para obtenção do bastonete.<br />

Fonte: Autores do trabalho.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

37


Artigo 3<br />

Tendo-se confeccionado<br />

os bastonetes, estes<br />

foram imersos em uma<br />

solução de cloreto de<br />

amônio e ácido clorídrico,<br />

conforme descrito por<br />

que o solo estava contido<br />

em recipiente plástico,<br />

conforme pode ser visto<br />

na Figura-4, e permaneceram<br />

em contato com<br />

o solo por 24 horas. Após<br />

Figura-4: Bastonetes inseridos no solo em um<br />

experimento de bancada para verificar o teor<br />

de nutrientes.<br />

van Raij (2001) por um<br />

Fonte: Autores do trabalho.<br />

período de trinta minutos.<br />

Na sequência colocou-se<br />

o bastonete em<br />

uma solução de íons ferro<br />

Tabela-1: Resultados para as determinações de ferro por UV-VIS e pelo método da resina de troca<br />

iônica na análise do solo utilizado.<br />

Elemento Método Resina troca iônica Método Bastonete<br />

Ferro 4,00 mg/L ± 0,21 3,78 mg/L ± 0,18<br />

de concentração conhecida<br />

por um período de<br />

serem retirados foram<br />

A troca iônica realizada<br />

duas horas, e realizou-se<br />

avaliados quanto ao teor<br />

pelo bastonete consti-<br />

a extração com a solução<br />

de ferro e os resultados<br />

tuído de matéria orgâ-<br />

de Raij (2001) obtendo-se<br />

são mostrados compara-<br />

nica, mostra-se equiva-<br />

resultados satisfatórios.<br />

tivamente com os valores<br />

lente ao procedimento<br />

obtidos pelo método<br />

da resina de troca iôni-<br />

Tendo-se obtido bons<br />

da resina de troca iônica<br />

ca. Entretanto, vale ser<br />

resultados com as solu-<br />

(Raij et al, 2001) na Tabe-<br />

ressaltado que o méto-<br />

ções testou-se o novo<br />

la-1. Os bastonetes foram<br />

do da resina demanda<br />

trocador de íons em um<br />

imersos em solução<br />

por volta de 5 a 7 dias<br />

solo cujo teor de macro<br />

extratora e posteriormen-<br />

para que o resultado<br />

e micronutrientes já era<br />

te o elemento ferro foi<br />

esteja na mão do produ-<br />

conhecido. Os bastone-<br />

determinado pelo méto-<br />

tor, e assim seja tomada<br />

tes foram inseridos no<br />

do da 1-10-fenantrolina<br />

uma decisão sobre a<br />

solo com teores conheci-<br />

por<br />

espectrofotometria<br />

reposição de nutrien-<br />

38<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

dos de nutrientes, sendo<br />

UV-VIS (SKOOG, 2015).<br />

tes do solo através da


adubação. Espera-se<br />

que a utilização do bastonete<br />

reduza para um<br />

prazo máximo de 2 a 3<br />

para que o resultado<br />

esteja nas mãos do produtor,<br />

possibilitando<br />

uma tomada de decisão<br />

mais rápida. Além<br />

disso, espera-se uma<br />

Conclusão<br />

A metodologia empregando<br />

o bastonete é um<br />

procedimento promissor<br />

para avaliar nutrientes<br />

disponíveis no solo, entretanto,<br />

maiores estudos<br />

ainda devem ser realizados<br />

para assegurar sua<br />

total potencialidade.<br />

Fundo - RS, 2016.<br />

CAMARGO, O.A.; MONIZ, A.C.; JORGE, J.A.; VALADARES,<br />

J.M.A.S.. Métodos de Análise Química, Mineralógica e<br />

Física de Solos do Instituto Agronômico de Campinas.<br />

Boletim técnico, nº 106. Campinas - SP, Instituto<br />

Agronômico de Campinas, 2009.<br />

FREITAS, I. F.. Fósforo extraído com resinas trocadoras<br />

de íons e Mehlinch-1 de latossolos submetidos<br />

a fontes e doses de fósforo e tempos de contato.<br />

Dissertação de Mestrado, Viçosa MG, 2012.<br />

PREZOTTI, L. C.; MARTINS, A. G.. Guia de interpretação<br />

de análise de solo e foliar. Vitória - ES: Incaper, 2013.<br />

RAIJ, B. van; QUAGGIO, J. A., and SILVA, N. M..<br />

economia de reagentes<br />

e espaço de armazenamento<br />

nos laboratórios<br />

de análise de solos.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem<br />

ao CNPq pelas bolsas<br />

concedidas às discentes<br />

Extraction of phosphorus, potassium, calcium and<br />

magnesium from soils by an ion-exchange resin<br />

procedure. Commun. Soil Sci. Plant Anal. 1986.<br />

RAIJ, B. van; ANDRADE, J.C.; CANTARELLA, H.;<br />

QUAGGIO, J.A.. Análise Química para Avaliação da<br />

Fertilidade de Solos Tropicais. Campinas - SP, Instituto<br />

Desta forma, espera-se<br />

que os bastonetes possam<br />

substituir a atual<br />

forma de coleta de solo<br />

para sua posterior analise,<br />

e assim obter resultados<br />

mais rápidos e per-<br />

participantes do projeto,<br />

e ao Centro Universitário<br />

de Formiga – UNI-<br />

FORMG pelo uso dos<br />

laboratórios e disponibilização<br />

de recursos para<br />

a execução do trabalho.<br />

Agronômico de Campinas, 2001.<br />

SCHLINDWEIN, J. A., GIANELLO, C.. Fósforo disponível<br />

determinado por lâmina de resina enterrada. <strong>Revista</strong><br />

Brasileira de Ciências do Solo. 2009.<br />

SILVA, S. B.. Análise de Solos Para Ciências Agrárias. 2ª<br />

ed. Edufra, Belém – PA. Universidade Federal Rural da<br />

Amazônia, 2018.<br />

SKOOG, D. A.. Fundamentos de Química Analítica. São<br />

Paulo – SP. Editora Cengage Learning, 2015.<br />

STUMPF, L.; PAULETTO, E. A.; CASTRO, R. C.; PINTO, L.<br />

tinentes com a nutrição<br />

para o plantio que irá<br />

ocorrer naquele solo.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BONA, F. D.. Introdução ao Cooperativismo e<br />

Fundamentos de Agricultura Conservacionista e<br />

Fertilidade do Solo. EMBRAPA – SISTEMA OCB, Passo<br />

F. S.; FERNANDES, F. F.; BARBOZA, F. S.; FRANCO, A. M.<br />

P.; GONÇALVES, F.C.. Estrutura de um solo construído<br />

cultivado com diferentes espécies de poáceas. <strong>Revista</strong><br />

Ciência Rural, Santa Maria, Vol. 44, nº 12, dez. 2014.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

39


Espectrometria de Massas<br />

LC-MS: POR ONDE COMEÇAR?<br />

Figura 1. Esquema geral de um espectrômetro de massas: As moléculas carregadas em fase<br />

gasosa são guiadas até o detector através da aplicação de diferentes voltagens ao longo do<br />

caminho sob alto vácuo.<br />

A espectrometria de massas<br />

é uma técnica consolidada<br />

nos laboratórios<br />

de rotina analítica há um<br />

bom tempo. Algumas das<br />

razões para o sucesso desta<br />

técnica são sua capacidade<br />

de gerar informações estruturais<br />

sobre os analitos<br />

e proporcionar métodos<br />

altamente seletivos e sensíveis<br />

para quantificação<br />

de compostos orgânicos.<br />

Outro ponto importante é<br />

a versatilidade: qualquer<br />

analito que esteja carregado<br />

em fase gasosa pode ser<br />

detectado por esta técnica,<br />

que é considerada universal.<br />

Apesar da sua importância,<br />

há necessidade de<br />

formar mais profissionais<br />

especialistas nesta área,<br />

visto que a operação dos<br />

instrumentos e interpretação<br />

dos resultados demanda<br />

alta qualificação.<br />

Esta coluna vai trazer<br />

princípios, reflexões e<br />

tendências em espectrometria<br />

de massas para<br />

ajudar a Comunidade<br />

Analítica com informações<br />

sobre esta área, que<br />

cresce a cada dia.<br />

Este primeiro artigo relaciona<br />

os fundamentos<br />

cromatografia<br />

líquida<br />

aplicada à espectrometria<br />

de massas (LC-MS)<br />

aos fatores considerados<br />

para escolha do instrumento<br />

mais adequado<br />

para sua análise.<br />

40<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024


Espectrometria de Massas<br />

Ao escolher um método<br />

analítico o foco deve ser<br />

sempre no analito. Quais<br />

características moleculares<br />

tornam um analito<br />

detectável? No caso das<br />

espectroscopias, a molécula<br />

responde à interação<br />

com a luz, gerando<br />

um sinal analítico. Por<br />

exemplo, na análise por<br />

UV-visível a luz nesta faixa<br />

de comprimento de<br />

onda excita grupos cromóforos<br />

- duplas ligações<br />

conjugadas. Moléculas<br />

que não possuem esta<br />

característica estrutural<br />

não são detectadas por<br />

esta técnica.<br />

Em espectrometria de<br />

massas a molécula precisa<br />

apenas estar carregada<br />

e em fase gasosa.<br />

Daí vem a relação massa<br />

sobre carga (m/z), que<br />

representa a massa de um<br />

íon dividida pelo número<br />

de carga sem considerar<br />

o sinal. Se a carga é<br />

igual a zero, não há sinal.<br />

É importante salientar<br />

que m/z deve ser sempre<br />

escrito em minúsculo, itálico<br />

e sem espaços, e não<br />

tem unidade.<br />

Considerando, então, que<br />

uma molécula ou seu fragmento<br />

está carregado, o<br />

espectrômetro de massas<br />

faz a análise das espécies<br />

separando-as por m/z.<br />

Para que este processo<br />

aconteça, o instrumento<br />

precisa de 4 partes básicas:<br />

entrada de amostras,<br />

fonte de íons, analisador<br />

e detector (Figura 1).<br />

Ao final deste circuito,<br />

um software transforma<br />

o sinal do detector na<br />

abundância de espécies<br />

de cada m/z, gerando o<br />

gráfico que conhecemos<br />

como espectro: m/z x<br />

intensidade do sinal.<br />

Como em um jogo de<br />

blocos para montar, os<br />

instrumentos comerciais<br />

apresentam muitas possiblidades<br />

de combinação<br />

entre estas quatro partes.<br />

Como escolher a melhor<br />

configuração? Para responder<br />

a esta pergunta<br />

precisamos ter em mente<br />

três fatores:<br />

1- Características estruturais<br />

e concentração do<br />

analito: Quais condições<br />

facilitam sua ionização?<br />

Qual é a faixa de concentração<br />

esperada?<br />

2- Características da<br />

amostra: Há compostos<br />

interferentes que atrapalham<br />

a detecção e discriminação<br />

do analito?<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

41


Espectrometria de Massas<br />

3- Objetivos da análise:<br />

A estrutura do analito<br />

alvo é conhecida (target<br />

Screening) ou o alvo<br />

está em moléculas desconhecidas<br />

características<br />

de uma condição<br />

experimental (untargeted<br />

screening)?<br />

Vamos focar nossa<br />

reflexão em duas partes<br />

do instrumento que<br />

influenciam muito a<br />

configuração adequada<br />

de LC-MS:<br />

Fonte de íons e as características<br />

do analito<br />

A fonte de íons proporciona<br />

a entrada das<br />

moléculas carregadas<br />

no instrumento em<br />

fase gasosa. Precisamos<br />

olhar para a estrutura do<br />

analito para determinar<br />

qual é a ionização mais<br />

eficiente (Figura 2).<br />

Figura 2. Relação de tamanho e polaridade do analito com os métodos de ionização mais<br />

indicados. ESI é o modo mais utilizado e indicado para moléculas ionizáveis com ajuda de aditivos<br />

ácidos ou básicos. Se a molécula é menos polar pode-se optar por fotoionização à pressão<br />

ambiente (APPI, do inglês atmospheric pressure photoionization) ou (APCI, do inglês atmosferic<br />

pressure Chemical ionization). Estas outras formas de ionização serão discutidas em artigos futuros.<br />

Se o analito tem sítios<br />

polares, funções ácidas<br />

ou básicas podem se<br />

tornar carregadas com<br />

facilidade (Figura 3A).<br />

A ionização por eletrospray<br />

(ESI, do inglês,<br />

electrospray ionization)<br />

transfere íons em solução<br />

para a fase gasosa à<br />

pressão e temperatura<br />

ambiente (Figura 3B) e é<br />

considerada uma ionização<br />

branda, com pouca<br />

fragmentação na fonte.<br />

Os íons formados em ESI<br />

são chamados de adutos,<br />

Figura 3. A) Amostra com sítios polares já<br />

está carregada em solução. B) Ionização por<br />

eletrospray ESI: a amostra passa por uma<br />

agulha sob alta voltagem formando um<br />

spray com pequenas gotas. A seleção da<br />

polaridade da agulha favorece passagem de<br />

cargas positivas ou negativas, gerando assim<br />

repulsão entre as cargas. O tamanho das<br />

gotas diminui ainda mais com a evaporação<br />

do solvente até que os íons sejam ejetados<br />

para a fase gasosa e sejam direcionados para<br />

dentro do espectrômetro através do capilar de<br />

transferência de íons.1<br />

42<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024


e consistem de versões<br />

da molécula carregada<br />

pela adição ou perda de<br />

íons. No modo positivo é<br />

comum observar adutos<br />

protonados [M+H] + ou<br />

sodiados [M+Na] + , que<br />

tem m/z equivalente<br />

à massa molecular da<br />

molécula somada à massa<br />

do hidrogênio ou do<br />

sódio, respectivamente.<br />

Já no modo negativo,<br />

observa-se principalmente<br />

a molécula desprotonada<br />

[M-H]-, com<br />

m/z correspondente à<br />

massa da molécula subtraindo<br />

o hidrogênio.<br />

ESI é perfeita para HPLC,<br />

que trabalha com misturas<br />

de solvente orgânico<br />

e água, necessários para<br />

a evaporação do solvente<br />

da gota e estabilização das<br />

cargas no spray. Além dos<br />

solventes e aditivos, fluxos<br />

de gás aquecidos ou em<br />

temperatura ambiente<br />

ajudam no processo de<br />

Figura 4. Esquema de funcionamento do analisador quadrupolo em A) análise MS com a<br />

o monitoramento de um único íon (SIM) e B) Análise MS/MS de íons produto em um triplo<br />

quadrupolo.<br />

eletrospray. Por este motivo<br />

há tantos parâmetros<br />

para a fonte de íons para<br />

otimização do sinal. A geração<br />

de um spray estável e<br />

eficiente é essencial para a<br />

robustez das análises.<br />

Analisador: características<br />

da amostra e objetivos<br />

da análise<br />

O analisador mais<br />

comum é o quadrupolo.<br />

Neste analisador os íons<br />

são separados por estabilidade<br />

na trajetória entre<br />

4 ou mais barras paralelas<br />

que são submetidas a<br />

diferentes condições de<br />

radiofrequência e corrente<br />

contínua (RF/DC). Cada<br />

m/z tem uma condição<br />

ótima de detecção, o que<br />

faz do quadrupolo um<br />

instrumento muito seletivo<br />

e sensível, indicado<br />

para quantificação de<br />

compostos de estrutura<br />

conhecida (Figura 4A).<br />

Se o instrumento tem três<br />

quadrupolos em sequência<br />

é possível fazer a análise<br />

MS/MS: Q1 seleciona o íon<br />

de interesse, Q2 fragmenta<br />

o precursor e o Q3 analisa


Espectrometria de Massas<br />

os fragmentos gerados<br />

(Figura 4B). Análises de<br />

MS/MS podem quantificar<br />

com mais certeza da identidade<br />

do composto, visto<br />

que o padrão de fragmentação<br />

é característico de<br />

cada molécula.<br />

Se o método inclui diversos<br />

analitos em uma única<br />

corrida, envolve uma<br />

amostra complexa, como<br />

alimentos ou amostras<br />

biológicas, fica mais difícil<br />

discriminar os compostos<br />

por m/z, mesmo contando<br />

com ajuda de separação<br />

cromatográfica. Isso acontece<br />

porque a massa molecular<br />

dos analitos e interferentes<br />

pode ser muito<br />

próxima, com menos de<br />

um Da de diferença. Nestes<br />

casos pode ser necessário<br />

utilizar um instrumento de<br />

alta resolução e exatidão<br />

de massas, como o Orbitrap,<br />

ToF, FT-ICR ou Astral.2<br />

Na busca por analitos de<br />

estrutura desconhecida a<br />

determinação da massa<br />

exata é fundamental para<br />

a identificação dos mesmos<br />

pela determinação da<br />

fórmula molecular.<br />

A espectrometria de massas<br />

é uma técnica universal,<br />

mas a combinação<br />

ideal para um método<br />

analítico depende das<br />

necessidades de cada<br />

aplicação. Conhecer as<br />

características estruturais<br />

do analito e interferentes e<br />

considerar cuidadosamente<br />

os requisitos da análise<br />

são os fatores que guiam a<br />

escolha entre as possíveis<br />

combinações de fonte de<br />

íons e analisadores em<br />

LC-MS. Para obter resultados<br />

robustos no dia-a-dia<br />

é fundamental ter em<br />

mente o princípio do ESI e<br />

da migração dos íons dentro<br />

do instrumento.<br />

A tecnologia de hardware<br />

e software é renovada<br />

constantemente, portanto<br />

é necessário manter-se<br />

atualizado para acompanhar<br />

este campo, que<br />

está sempre em mudança.<br />

Nos próximos artigos<br />

discutiremos exemplos<br />

específicos da espectrometria<br />

de massas nas<br />

diferentes configurações<br />

disponíveis no mercado.<br />

1 Figura traduzida de Ion Max and Ion Max-S API<br />

Source Hardware Manual – Thermo Scientific<br />

2 Os analisadores de alta resolução serão discutidos<br />

em edições futuras. Significado dos acrônimos citados:<br />

ToF: tempo de voo; FT-ICR: ressonância ciclotrônica de<br />

íons com transformada de Fourier<br />

44<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Daniele Fernanda de Oliveira Rocha<br />

Bacharela em Química Tecnológica pela PUC-Campinas (2005), Mestra (2008) e Doutora (2013) em Química Orgânica, e pós-doutorado em Espectrometria<br />

de Massas (2018) pela Unicamp. Pós-doutorado em proteômica pelo The Scripps Research Institute - La Jolla, California (2016). Atualmente é Química de<br />

Aplicação Sênior na Nova Analítica (revendedor autorizado Thermo Scientific) e Coordenadora da Especialização em Análise Instrumental da PUC-Campinas.


Logística Laboratorial<br />

DOCUMENTOS PARA LOGÍSTICA DE<br />

PRODUTOS DE INTERESSE A SAÚDE.<br />

Pensando em armazenar<br />

• RDC 430 de 08 de outu-<br />

Técnico sobre substâncias<br />

produtos de interesse a<br />

saúde, o Operador Logístico<br />

necessita obter licen-<br />

bro de 2020, que dispõe<br />

sobre as Boas Práticas de<br />

Distribuição, Armazena-<br />

e medicamentos sujeitos a<br />

controle especial;<br />

ças regulatórias de acordo<br />

com as resoluções da AN-<br />

VISA, que são fiscalizadas<br />

pelas vigilâncias sanitárias<br />

de cada município.<br />

gem e de Transporte de<br />

Medicamentos;<br />

• RDC 653 de 24 de março<br />

de 2022, que altera<br />

(complementa) a reso-<br />

• RDC 504 de 27 de maio<br />

de 2021, que dispõe sobre<br />

as Boas Práticas para<br />

o transporte de material<br />

biológico humano.<br />

46<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Na Prime Storage, onde em<br />

seu escopo, o seguimento<br />

para a prestação dos serviços<br />

logísticos em produtos<br />

de interesse a saúde possui<br />

grande relevância, o foco<br />

na vigência de suas licenças<br />

é primordial, pois para a<br />

renovação destas, um processo<br />

de inspeção sanitária<br />

é realizado por órgão fiscalizador<br />

garantindo assim<br />

as Boas Práticas de acordo<br />

com as resoluções:<br />

lução colegiada – RDC<br />

430 de 08 de outubro de<br />

2020;<br />

• RDC 665 de 30 de março<br />

de 2022, que dispõe sobre<br />

as Boas Práticas de Fabricação<br />

de Produtos Médicos e<br />

Produtos para Diagnóstico<br />

de Uso In Vitro;<br />

• Portaria/SVS 344 de 12<br />

de maio de 1998 que,<br />

aprova o Regulamento<br />

Com o resultado positivo<br />

destas inspeções, a Prime<br />

Storage também assegura<br />

o cumprimento dos<br />

requisitos de seus clientes<br />

neste seguimento. Dispondo<br />

de infraestrutura<br />

para o armazenamento<br />

dos materiais em área<br />

adequada que permita o<br />

monitoramento de temperatura<br />

e conservação<br />

deles, fatores estes rela-


Logística Laboratorial<br />

cionados diretamente a<br />

Importante ressaltar que<br />

Diário Oficial para ar-<br />

integridade dos produtos<br />

para a emissão das licenças<br />

mazenagem de medica-<br />

de interesse a saúde.<br />

regulatórias mandatórias,<br />

mentos e insumos;<br />

o Operador logístico deve<br />

Além das licenças mandatórias<br />

para a logística<br />

de produtos de interesse<br />

a saúde, a Prime Storage<br />

possui ISO9001/2015 –<br />

requisitos, bem como<br />

CBPDA - CERTIFICADO<br />

DE BOAS PRÁTICAS DE<br />

ARMAZENAMENTO E<br />

possuir o LTA - Laudo Técnico<br />

de Aprovação, validado<br />

pela vigilância sanitária<br />

local, o que pode garantir<br />

que a infraestrutura do<br />

local seja adequada para<br />

atendimento a este tipo de<br />

prestação de serviço.<br />

• AE- Autorização de<br />

Funcionamento Especial<br />

publicada pela ANVISA<br />

em Diário Oficial para<br />

armazenagem de medicamentos<br />

e insumos de<br />

controle especial;<br />

• AFE- Autorização de<br />

DISTRIBUIÇÃO DE PRO-<br />

DUTOS PARA SAÚDE,<br />

emitido pela ANVISA e<br />

encontra-se em processo<br />

de implantação da norma<br />

ISO14001/2015 para<br />

a melhoria contínua de<br />

seus processos e garantia<br />

As principais licenças são:<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em Diário<br />

Oficial para armazenagem<br />

de produtos para<br />

saúde/correlatos;<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em Diário<br />

Oficial para armazenagem<br />

de cosméticos, perfumes<br />

e produtos de higiene;<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publi-<br />

de que produtos de inte-<br />

cada pela ANVISA em<br />

resse a saúde estejam em<br />

• AFE- Autorização de<br />

Diário Oficial para arma-<br />

um ambiente adequado<br />

a este perfil.<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em<br />

zenagem de saneantes<br />

Domissanitários;<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

47


Logística Laboratorial<br />

• Licença Sanitária – Vi-<br />

fissional Farmacêutico, por<br />

cenças mandatórias para<br />

gilância Sanitária local,<br />

atribuição única quanto a<br />

o transporte de produtos<br />

para armazenagem dos<br />

esta classe de produtos de<br />

de interesse a saúde, bem<br />

produtos de interesse a<br />

interesse a saúde).<br />

como possui certificação<br />

saúde acima descritos,<br />

ISO9001/2015 – requisitos<br />

bem como produtos<br />

• AVCB emitido pelo<br />

e encontra-se em proces-<br />

biológicos e alimentos<br />

corpo de bombeiros;<br />

so de implantação da nor-<br />

se for de interesse do<br />

ma ISO14001/2015 para a<br />

Operador Logístico.<br />

• CLI ou Alvará de localiza-<br />

melhoria contínua de seus<br />

ção do prédio, expedido<br />

processos e garantia de<br />

• CRT – Certidão de regu-<br />

pela Prefeitura local.<br />

que produtos de interesse<br />

laridade técnica expedida<br />

a saúde sejam transporta-<br />

pelo Conselho de classe<br />

No transporte, boa par-<br />

dos em veículos adequa-<br />

pertinente ao profissio-<br />

te das licenças são de<br />

dos a este perfil.<br />

nal da saúde habilitado.<br />

acordo com a descrição<br />

(vale frisar que ao tratar<br />

acima, com exceção do<br />

Karina Ferreira/ Vera Lu-<br />

de transporte, distribuição<br />

LTA – Laudo Técnico de<br />

cia Germano<br />

e armazenagem de me-<br />

Avaliação, que não é<br />

Farmacêuticas/Respon-<br />

dicamentos, insumos far-<br />

necessário o transpor-<br />

sáveis Técnicas Grupo<br />

macêuticos,<br />

medicamen-<br />

tador obter e ao tipo de<br />

Prime.<br />

tos de controle especial,<br />

autorização - de armaze-<br />

insumos farmacêuticos de<br />

nagem para transporte.<br />

controle especial, a figura<br />

do responsável técnico<br />

Neste sentido a Prime<br />

48<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

deve ser exclusiva do pro-<br />

Cargo possui todas as li-


Blog dos Cientistas<br />

A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DA<br />

ÁGUA EM ANÁLISES DE HPLC E LC-MS<br />

A cromatografia líquida é<br />

uma técnica analítica de<br />

separação de substâncias<br />

químicas. Dessa forma,<br />

é uma técnica utilizada<br />

para identificar, quantificar<br />

e/ou purificar componentes<br />

individuais que<br />

pertencem a uma mistura.<br />

Existem dois tipos<br />

principais de equipamentos:<br />

HPLC e LC-MS.<br />

A cromatografia líquida<br />

de alta eficiência (HPLC)<br />

é uma técnica de análise<br />

com ampla variedade<br />

de aplicações nas áreas<br />

da bioquímica, química<br />

analítica, farmacêutica,<br />

forense, entre outras. Em<br />

contrapartida, seu resultado<br />

pode ser afetado pela<br />

qualidade da água.<br />

Nesse sentido, para<br />

entender mais sobre a<br />

importância da água para<br />

o equipamento de HPLC,<br />

prossiga com a leitura<br />

deste artigo que foi feito<br />

em parceria com a equipe<br />

do Lab WaterSolutions da<br />

Merck Life Sciences.<br />

O que é a técnica de<br />

HPLC?<br />

A Cromatografia Líquida<br />

de Alta Eficiência (HPLC)<br />

é uma técnica utilizada<br />

na identificação, quantificação,<br />

separação e purificação<br />

de compostos individuais<br />

numa mistura.<br />

Contudo, ela é também<br />

conhecida como Cromatografia<br />

Líquida de Alta<br />

Performance.<br />

E como funciona? A mistura<br />

com a amostra é<br />

passada, junto com um<br />

solvente líquido sob alta<br />

pressão, por uma coluna<br />

com material adsorvente<br />

sólido. Por isso, com a ajuda<br />

de bombas, é gerada a<br />

pressão dentro do equipamento<br />

de HPLC.<br />

A princípio, cada composto<br />

da mistura interage<br />

de forma diferente com<br />

o material adsorvente, o<br />

que gera taxas de fluxo<br />

variáveis. Com isso, ocorre<br />

a separação desses compostos<br />

conforme eles passam<br />

para fora da coluna.<br />

O que é fase estacionária<br />

e fase móvel?<br />

Dentro do equipamento<br />

de HPLC, há a fase estacionária<br />

e a móvel. A fase<br />

estacionária corresponde<br />

ao material adsorvente,<br />

que costuma ser granular<br />

e constituído de partículas<br />

sólidas, como por<br />

exemplo, a sílica.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

49


Blog dos Cientistas<br />

50<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Já a fase móvel é constituída<br />

de um líquido<br />

pressurizado, que costuma<br />

ser a mistura de<br />

solventes como água<br />

e líquidos orgânicos<br />

(metanol, por exemplo).<br />

Como é processado o<br />

resultado da separação?<br />

O detector do equipamento<br />

é conectado a um<br />

microprocessador digital e<br />

um software de utilizador<br />

para a aquisição e análise<br />

dos dados. Sendo assim,<br />

os compostos que foram<br />

separados são visualizados<br />

como picos e a área do<br />

pico é proporcional à concentração<br />

do composto.<br />

Quanto maior a resolução<br />

dos picos, melhor foi a<br />

separação dos compostos.<br />

Onde é utilizada a cromatografia<br />

líquida de<br />

alta performance?<br />

A técnica cromatográfica<br />

apresenta uma ampla<br />

variedade de aplicações,<br />

como por exemplo:<br />

— Química analítica;<br />

— Bioquímica;<br />

— Indústria farmacêutica;<br />

— Forense;<br />

— Pesquisa de alimento;<br />

Entre outras áreas.<br />

O que é a técnica de<br />

LC-MS?<br />

A cromatografia líquida<br />

acoplada a espectrometria<br />

de massas (LC-MS) é<br />

uma técnica que permite<br />

estudar os analitos com<br />

base na relação massa/<br />

carga e abundância relativa,<br />

de macro e micromoléculas,<br />

dependendo do<br />

seu perfil de fragmentação.<br />

Desde que os analitos<br />

estejam na fase gasosa e<br />

sejam ionizáveis.<br />

Por ser uma técnica que<br />

possui maior sensibilidade<br />

e os cuidados práticos<br />

com o preparo de amostras<br />

são mais críticos, os<br />

contaminantes da água<br />

impactam de forma<br />

extremamente negativa<br />

nos resultados.<br />

Por isso que, aqui, os<br />

padrões de qualidade<br />

exigidos da água são<br />

mais altos do que em<br />

HPLC, em contrapartida,<br />

um sistema de ultrapurificação<br />

de água adequado<br />

poderá atender às<br />

duas técnicas<br />

O impacto da água na<br />

cromatografia líquida<br />

“Na hora de realizar o experimento,<br />

você deve adotar<br />

a água mais adequada<br />

para o estudo.”<br />

A água é um insumo<br />

que está presente em<br />

diversas etapas na cromatografia<br />

líquida, portanto<br />

sua qualidade tem<br />

um impacto direto nos<br />

resultados. Dentre as<br />

aplicações da água estão<br />

a preparação da amostra,


Blog dos Cientistas<br />

preparo dos padrões,<br />

brancos, fase móvel, limpeza<br />

dos instrumentos,<br />

entre outras. Afinal, a<br />

água é o reagente mais<br />

comum no equipamento<br />

de cromatografia líquida.<br />

Por esse motivo é importante<br />

atentar-se aos<br />

principais contaminantes<br />

que impactam nesse<br />

tipo de análise, já que o<br />

uso de água contaminada<br />

afeta a resolução,<br />

criando picos fantasmas,<br />

alterando a seleção<br />

da fase estacionária e<br />

impactando nas linhas<br />

de base na separação.<br />

Tipos de contaminantes<br />

na água que impactam<br />

na cromatografia<br />

líquida<br />

Afinal, quais são os principais<br />

contaminantes<br />

que impactam negativamente<br />

no resultado<br />

da cromatografia?<br />

— Contaminantes orgânicos:<br />

como a cromatografia<br />

líquida é uma técnica<br />

indicada para análise<br />

de compostos orgânicos,<br />

a presença dessa classe de<br />

contaminantes na água<br />

promove imprecisão nos<br />

resultados, ruídos na linha<br />

de base e reduz a vida útil<br />

da coluna;<br />

— Partículas e coloides:<br />

causa danos à instrumentação,<br />

principalmente na<br />

bomba e injetor, além de<br />

aumentar a pressão de<br />

retorno no sistema;<br />

— Íons: pode afetar as separações<br />

cromatográficas e<br />

dificultar a leitura dos dados<br />

pela formação de adutos.<br />

Na imagem abaixo, observa-se<br />

as diferentes linhas de<br />

base dependendo da qualidade<br />

de água utilizada,<br />

onde destaca-se a menor<br />

quantidade de ruídos na<br />

água ultrapura produzida<br />

por um sistema Milli-Q®.<br />

Além disso, a contaminação<br />

da água pode<br />

criar acúmulo na fase<br />

estacionária, causando o<br />

bloqueio da coluna. Isso<br />

cria aumento da pressão<br />

no equipamento e causa<br />

a demora na execução<br />

da amostra.<br />

RICHÉ, Estelle; TARUN, Maricar; REGNAULT, Cecilia; MABIC, Stéphane. Eluent Water Quality Affects<br />

HPLC Analyses. Guyancourt: Merck Kgaa, 2019.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

51


Blog dos Cientistas<br />

Em resumo, os principais<br />

impactos que<br />

a qualidade da água<br />

pode causar na cromatografia<br />

líquida são:<br />

— Dificuldades na interpretação<br />

dos resultados;<br />

— Resultados errôneos<br />

ou imprecisos;<br />

— Perda de amostras e/ou<br />

reagentes;<br />

— Redução da vida útil da<br />

coluna;<br />

— Danos à instrumentação;<br />

— Perdas de tempo por<br />

repetição de análises e<br />

detecção de problemas.<br />

podendo gerar efeitos<br />

negativos se estiver contaminada.<br />

Então, como<br />

aumentar os padrões de<br />

qualidade?<br />

Comece a análise com a<br />

melhor água<br />

A água natural apresenta<br />

uma série de contaminantes,<br />

o que exige que<br />

seja cuidadosamente<br />

purificada. Por ser uma<br />

técnica capaz de detectar<br />

compostos orgânicos em<br />

níveis de traços, a cromatografia<br />

líquida é extremamente<br />

sensível a contaminação.<br />

Por isso faz-se<br />

necessário o uso de água<br />

com o mais alto grau<br />

de pureza disponível: a<br />

água ultrapura, também<br />

conhecida como água<br />

tipo I ou popularmente<br />

como água MilliQ®.<br />

4 maneiras de melhorar<br />

a qualidade da água em<br />

LC-MS<br />

Certo, a qualidade da água<br />

impacta muito na croma-<br />

52<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

tografia HPLC e LC-MS,<br />

RICHÉ, Estelle; TARUN, Maricar; REGNAULT, Cecilia; MABIC, Stéphane. Eluent Water Quality Affects HPLC<br />

Analyses. Guyancourt: Merck Kgaa, 2019.


Blog dos Cientistas<br />

O uso de água com qua-<br />

Por isso, escolha o reci-<br />

sua remoção. Um siste-<br />

lidade inferior, por ter<br />

piente apropriado para<br />

ma de ultrapurificação<br />

uma maior quantidade de<br />

o líquido, preferindo<br />

de água combina uma<br />

orgânicos (TOC) e outros<br />

o uso de vidro âmbar e<br />

série de técnicas de fil-<br />

contaminantes,<br />

poderá<br />

evitando o uso de reci-<br />

tração e monitoramento<br />

causar os problemas cita-<br />

pientes plásticos.<br />

para que a água produ-<br />

dos anteriormente. Abai-<br />

zida atinja os requisitos<br />

xo podemos observar<br />

Tenha um sistema de<br />

para água ultrapura e<br />

como o uso de água com<br />

purificação que combi-<br />

seja adequada para a<br />

TOC superior a 2 ppb já<br />

causa picos indesejados.<br />

ne diferentes tecnologias<br />

de purificação<br />

cromatografia líquida.<br />

Tenha cuidado ao<br />

manusear a água<br />

Como a água ultrapura é<br />

um excelente solvente,<br />

uma vez dispensada do<br />

uso, pode ser contaminada<br />

rapidamente por uma<br />

grande variedade de fontes,<br />

como o próprio CO2<br />

Apenas uma tecnologia<br />

de purificação não é<br />

capaz de remover todos<br />

os contaminantes da<br />

água. Cada tipo de contaminante<br />

se comporta<br />

de uma forma diferente,<br />

sendo assim, requer tecnologias<br />

distintas para<br />

Além disso, é importante<br />

atender-se ao monitoramento<br />

da qualidade da<br />

água, principalmente o<br />

nível de TOC. Portanto, é<br />

preferível trabalhar com<br />

sistemas que tenham<br />

monitor de TOC integrado<br />

para maior rastrea-<br />

do ar, orgânicos voláteis<br />

no ambiente, resquícios<br />

de contaminantes nas<br />

vidrarias ou até pelo contato<br />

humano.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

53


Blog dos Cientistas<br />

bilidade e precisão da<br />

qualidade da água. Na<br />

imagem abaixo podemos<br />

observar todas as etapas<br />

de purificação presentes<br />

em um sistema Milli-Q<br />

IQ 7015, que é capaz de<br />

produzir água ultrapura<br />

a partir de água potável<br />

e conta com monitor de<br />

TOC integrado, produzindo<br />

água com TOC menor<br />

ou igual a 2 ppb.<br />

Tenha atenção com a<br />

manutenção do equipamento<br />

Não esqueça de realizar<br />

a manutenção adequada<br />

e regular do sistema de<br />

purificação da água. Isso<br />

prolonga a vida útil do<br />

equipamento e mantém<br />

a água ultrapura sempre<br />

numa qualidade ideal.<br />

Por isso, realize periodicamente<br />

manutenções<br />

preventivas, calibrações,<br />

validações, bem como<br />

a substituição dos cartuchos<br />

de purificação, das<br />

lâmpadas UV e dos filtros<br />

finais conforme as recomendações<br />

do fabricante.<br />

Conclusão<br />

Para uma excelente análise<br />

HPLC e LC-MS, é importante<br />

a presença de uma<br />

água de ótima qualidade.<br />

Para isso, você deve adotar<br />

diferentes mecanismos de<br />

purificação, que eliminem<br />

todos os tipos de contaminantes<br />

presentes.<br />

Com uma água ultrapura,<br />

fica mais fácil de realizar<br />

a análise através dos<br />

equipamentos de HPLC e<br />

LC-MS!<br />

Conheça a plataforma da<br />

Biochemie Academy com<br />

cursos de Química Industrial,<br />

Gestão da Qualidade<br />

e Biotecnologia. E<br />

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ou dúvidas sobre esse<br />

tema, entre em contato<br />

pelo e-mail: contato@<br />

biochemie.com.br<br />

54<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Ingrid Ferreira Costa<br />

Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências Farmacêuticas. Especialista<br />

em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Externa na ABNT ISO/IEC 17025:2017.<br />

Auditora Interna na ABNT ISO/IEC ISO 9001:2015. Auditora Líder na ABNT ISO/IEC 17025:2017, ABNT ISO/IEC 15189:2015 e ABNT ISO/IEC 17043:2011. Se você<br />

tiver interesse em cursos, treinamentos in company ou dúvidas sobre esse tema, entre em contato pelo e-mail: contato@biochemie.com.br.


Química no Meio Ambiente<br />

COP 28 E O PETRÓLEO<br />

Neste mês de dezembro<br />

tivemos o final da COP<br />

28, onde a polêmica do<br />

petróleo já começou na<br />

sua cidade sede, grande<br />

produtora de petróleo,<br />

e por uma dessas coisas<br />

esquisitas de entender<br />

foi sede para debate de<br />

como tentar fazer com<br />

que a humanidade deixe<br />

de ser tão dependente<br />

do petróleo.<br />

A indução mental que o<br />

petróleo tem que ser extinto<br />

do nosso cotidiano é<br />

um clamor da mídia mundial,<br />

que até determinado<br />

ponto é coberto de razão,<br />

haja vista, o aquecimento<br />

global e as consequências<br />

nefastas disto.<br />

Mas, falando quimicamente,<br />

se assim podemos<br />

nos expressar, primeiro<br />

é necessário entender o<br />

que a substância química<br />

petróleo, na verdade e corretamente<br />

se expressando,<br />

a mistura química que é<br />

chamada de petróleo.<br />

Petróleo é uma mistura dos<br />

três estados, sólido, líquido<br />

e gás na mesma substância.<br />

Podemos afirmar que<br />

a matriz é um líquido de<br />

composto por hidrocarbonetos<br />

onde nele estão<br />

dissolvidos sólidos e gases<br />

também de chamados de<br />

hidrocarbonetos.<br />

Hidrocarbonetos, são substâncias<br />

orgânicas compostas<br />

por hidrogênio e carbono.<br />

Mas, cabe ressaltar que<br />

nesta mistura temos metais<br />

e alguns minerais oriundos<br />

do centro da Terra.<br />

Quando se pensa na poluição<br />

do petróleo, geralmente<br />

se pensa na queima<br />

de combustíveis como<br />

gasolina e óleo diesel.<br />

Claro que outra forma<br />

bruta de poluição é o<br />

vazamento em sistemas<br />

de extração ou acidentes<br />

com tubulações ou navios,<br />

mas estas seriam ocorrências<br />

pontuais devido<br />

ao risco de manipulação<br />

deste tipo de material.<br />

No pensamento simples,<br />

trocar a queima de gasolina<br />

ou óleo diesel por<br />

outra forma de energia<br />

para mover os variados<br />

tipos de automóveis no<br />

planeta seria a grande<br />

virada no processo de<br />

aquecimento global.<br />

Este não é um pensamento<br />

errado, mas não é<br />

algo tão simples de substituir<br />

como a maioria dos<br />

leigos imaginam.<br />

Primeiro, quando se<br />

destila o petróleo para<br />

separa´lo em frações, pois,<br />

como dissemos é uma<br />

mistura, temos as frações<br />

sendo separadas todas ao<br />

mesmo tempo, ou seja, de<br />

um litro de petróleo destilado,<br />

sempre temos, gás,<br />

solventes voláteis, solventes<br />

menos voláteis, óleos<br />

leves, óleos combustíveis,<br />

óleos lubrificantes, óleos<br />

pesados e material sólido.<br />

Vejam, tudo isto pode<br />

sair em menos ou maior<br />

quantidade específica de<br />

um litro de petróleo.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

55


Química no Meio Ambiente<br />

Resumindo, um litro de<br />

petróleo não é só gasolina<br />

e óleo diesel, mas tudo<br />

isso, e nossa sociedade<br />

desde o século XX é<br />

depende destes produtos.<br />

Para substituição da<br />

gasolina e do óleo diesel<br />

apenas, para não falar<br />

de querosene de aviação,<br />

temos que estudar<br />

e definir muito bem o<br />

que vamos fazer com<br />

este materiais, já que<br />

não vamos queimá-los.<br />

Adianto que não se tem<br />

muito o que fazer, por<br />

exemplo com a gasolina,<br />

pois ela não é um<br />

produto puro, mas uma<br />

mistura de hidrocarbonetos<br />

leves que podem<br />

ir desde seis até oito<br />

carbonos em mistura de<br />

cadeias carbônicas ramificadas<br />

e até lineares.<br />

As outras frações já possuem<br />

seu lugar definido<br />

na produção química<br />

do planeta, como produção,<br />

cada vez maior<br />

de polímeros (plásticos),<br />

gases, tintas, óleos<br />

lubrificantes, matérias<br />

primas diversas em produções<br />

de cosméticos,<br />

alimentos, medicamentos<br />

e muito mais.<br />

A substituição total do<br />

petróleo envolveria a substituição<br />

da maioria dos produtos<br />

industrializados, não<br />

esquecendo embalagens e<br />

até vestuário.<br />

Os derivados do petróleo<br />

são em sua maioria<br />

poluentes, claro que são,<br />

mas temos que ser realistas<br />

e entender que a substituição<br />

dos produtos<br />

derivados dele depende<br />

de muita pesquisa e<br />

estudo, bem como, um<br />

esforço mundial para<br />

mudança de paradigma.<br />

Todos nós escutamos<br />

desde o século XX que o<br />

petróleo está acabando,<br />

mas a quantidade que<br />

até mesmo o Brasil tem<br />

na camada Pré Sal é tão<br />

grande que a previsão é<br />

de décadas exploração.<br />

Por isso, para quem não<br />

entendeu, a postura<br />

dos grandes produtores<br />

de petróleo, ainda há<br />

grande quantidade e o<br />

mundo ainda está longe<br />

de substituir esta matéria<br />

chamada petróleo.<br />

A grande realidade é que<br />

estamos muito atrasados<br />

na substituição de material<br />

químico poluente.<br />

56<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Rogerio Aparecido Machado<br />

Bacharel em Química com atribuições tecnológicas - (1987), latu sensu em Qualidade na área de Engenharia (1991), mestrado em<br />

Saneamento Ambiental pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1999) e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São<br />

Paulo (2003). Atualmente é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade São Bernardo do Campo além de Químico<br />

Responsável do Instituto Presbiteriano Mackenzie.


Em Foco<br />

TUBO CITRATO DE SÓDIO 9NC 3,2%<br />

VACUETTE® PARA EXAMES DE COAGULAÇÃO<br />

Os Tubos VACUETTE® são tubos de<br />

de de aditivo. As paredes internas<br />

há uma marca de preenchimento<br />

plástico com vácuo predefinido<br />

são produzidas em polipropileno<br />

na forma de um triângulo, indican-<br />

para coleta exata de volumes. O<br />

(PP) que impede a evaporação do<br />

do a variação máxima de + / - 10%<br />

tubo Citrato de Sódio são preen-<br />

citrato. O tubo externo é de polie-<br />

do volume coletado de acordo as<br />

chidos com uma solução de citrato<br />

tileno tereftalato (PET), garantin-<br />

recomendações do CLSI.<br />

trissódico tamponado na con-<br />

do resistência, transparência e<br />

centração de 0,109 mol/l (3,2%) e<br />

estão disponíveis nos volumes de 2<br />

ml ou 3,5 ml para coleta de sangue,<br />

garantindo a proporção da mistura<br />

de 1 parte de citrato para 9 partes<br />

de sangue, em conformidade com<br />

preservação do vácuo.<br />

O citrato de sódio atua como anticoagulante<br />

quelando o cálcio. É o<br />

aditivo de escolha para testes de<br />

coagulação. Os testes de coagu-<br />

A qualidade é reforçada pela<br />

tampa de rosca dos tubos para<br />

coagulação VACUETTE®, pois evita<br />

o efeito aerossol e garante mais<br />

segurança durante a manipulação,<br />

os requisitos da ISO 6710 “Single-<br />

lação mais comuns são o tempo<br />

centrifugação e o transporte das<br />

-use containers for venous blood<br />

de protrombina (TP), o tempo de<br />

amostras, mantendo todo o pro-<br />

specimen collection” e Clinical and<br />

tromboplastina parcial ativada<br />

cesso seguro, desde a coleta até a<br />

Laboratory Standards Institute’s<br />

(TTPA), dosagem de fibrinogênio e<br />

chegada da amostra no setor técni-<br />

Approved Standards (CLSI).<br />

dímero D. A ligação entre o cálcio<br />

co, em conformidade com normas<br />

plasmático e o citrato é reversível,<br />

de qualidade e biossegurança.<br />

O sistema de parede dupla do<br />

sendo este um dos princípios das<br />

tubo VACUETTE® garante a preser-<br />

técnicas dos testes, via adição de<br />

vação da solução de citrato e do<br />

cloreto de cálcio, por isso a impor-<br />

vácuo, garantindo as condições<br />

tância da exata concentração e<br />

ideais para um volume de coleta<br />

exato e proporcional a quantida-<br />

proporção de sangue/aditivo nesse<br />

tubo, por isso, na nossa etiqueta<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

Tel.: +55 19 3468 9600<br />

E-mail: info@br.gbo.com<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

57


Em Foco<br />

ESTAÇÃO DE DOSAGEM AUTOMATIZADA EASYFILL<br />

O preparo da amostra é uma parte<br />

central da análise elementar e inclui<br />

diversas etapas manuais e demoradas.<br />

A adição de reagentes em<br />

frascos ou recipientes de digestão<br />

é uma etapa tediosa e muitas vezes<br />

desagradável que requer uma<br />

quantidade significativa de tempo.<br />

A estação de dosagem automatizada<br />

easyFILL aborda esses últimos<br />

desafios e libera o operador da<br />

adição e diluição de reagentes,<br />

automatizando essas etapas, com<br />

os benefícios adicionais de reduzir<br />

a exposição do operador a ácidos<br />

concentrados e garantir a consistência<br />

do processo.<br />

58<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

01 – MENOS TEMPO DE MANUSEIO<br />

easyFILL é totalmente controlado<br />

por um terminal touch screen com<br />

software personalizado. Para processos<br />

de rotina, o operador simplesmente<br />

seleciona um método<br />

armazenado com o tipo e o volume<br />

dos reagentes, bem como o número<br />

de posições em uso. A disponibilidade<br />

dos reagentes nos frascos e o<br />

volume de resíduos são rastreados<br />

pelo software, para que o operador<br />

saiba quando é hora de preencher<br />

um frasco de reagente ou esvaziar<br />

o tanque de resíduos. Além disso, o<br />

software integra um procedimento<br />

guiado para calibrar a bomba, em<br />

apenas alguns minutos.<br />

https://www.milestonesrl.com/products/<br />

microwave-digestion/easyfill-automatic-dosing-station#handling<br />

02 - ALTA FLEXIBILIDADE<br />

easyFILL oferece grande flexibilidade<br />

com uma ampla variedade de racks<br />

para acomodar a maioria dos frascos<br />

de digestão (de diferentes modelos<br />

e marcas) e até dois conjuntos<br />

simultaneamente, como dois racks<br />

ultraWAVE. O sistema lida com até<br />

seis reagentes por vez (como HNO3,<br />

H2O2, HCl, HF) atendendo à maioria<br />

das necessidades da aplicação. easy-<br />

FILL entra em ação antes da digestão<br />

para adição de ácido e depois para<br />

pré-diluição ou acidificação das<br />

soluções digeridas. Além disso, o<br />

Thermo Scientific Orbitrap Exploris<br />

BioPharma Platform<br />

Confidently characterize<br />

easyFILL é compatível com racks de 02 - SEGURANÇA APRIMORADA<br />

amostradores automáticos without para compromise<br />

ICP O manuseio de ácidos concentrados<br />

e o uso de pipetas sob uma<br />

para evitar manuseio adicional.<br />

https://www.milestonesrl.com/products/ capela pode expor o operador<br />

microwave-digestion/easyfill-automatic-dosing-station#flexibility<br />

• Intact Protein Analysis<br />

• Peptide Mapping<br />

aos ácidos. easyFILL automatiza<br />

esses processos e evita o manuseio<br />

• Aggregate analysis<br />

03 – CONSISTENCIA • Charge DOS Variant Analysis<br />

de ácidos. A exaustão integrada<br />

RESULTADOS • Glycan Analysis aumenta ainda mais a segurança<br />

A precisão de distribuição • RNA and da Oligonucleotide bomba<br />

easyFILL garante • Gene grande Therapy repro-<br />

Analysis quer vapores ácidos para o sistema<br />

das operações, Analysis desviando quaisdutibilidade,<br />

enquanto • Host Cell a abordagem<br />

sem manuseio • Multi-Attribute do analista Method e<br />

Protein Analysis de extração do laboratório.<br />

o uso de PTFE de • alta Antibody pureza Drug para Conjugate easyFILL: Analysis seu parceiro de laboratório<br />

para fluxo de trabalho e<br />

todas as linhas de ácido evitam o<br />

risco de contaminação. Além disso,<br />

segurança aprimorados.<br />

a limpeza automática das linhas,<br />

Assista ao video em: https://vimeo.<br />

For more information<br />

integrada na sequência, evita<br />

com/759807300<br />

visit: www.thermofisher.com/MAM<br />

contaminação quando diferentes<br />

reagentes são dosados.<br />

https://www.milestonesrl.com/products/<br />

microwave-digestion/easyfill-automatic-dosing-station#consistency


EasyFILL<br />

Sistema de dosagem automática<br />

Compatível com<br />

frascos de diversos<br />

modelos e<br />

marcas de<br />

equipamento!<br />

O EasyFILL é uma plataforma única que garante um fluxo de trabalho superior para o laboratório<br />

e maior segurança para o operador, automatizando a adição de reagentes e reduzindo o tempo<br />

do operador para apenas alguns segundos.<br />

· O EasyFILL pode ser utilizado tanto antes da digestão, com a adição de ácidos, como após a<br />

digestão, para pré-diluição ou para acidificação das soluções digeridas.<br />

· O EasyFILL automatiza esses processos e evita o manuseio de ácidos, garantindo rapidez e<br />

segurança para o processo de preparo de amostras.<br />

· Monitoramento automático do estoque de reagentes e do volume de resíduos, com aviso<br />

mensagem e parada de segurança.


Em Foco<br />

UM BOM INSTRUMENTO SÓ PODE SER<br />

USADO DA MELHOR MANEIRA COM<br />

ÓTIMOS ACESSÓRIOS E KITS<br />

A HiMedia lançou os sistemas<br />

de extração automatizados<br />

baseados em esferas magnéticas<br />

- série Insta NX® Mag<br />

em 2020, logo no início da<br />

pandemia. As máquinas Insta<br />

NX® Mag32 e Mag96 foram<br />

instaladas em inúmeros laboratórios<br />

em todo o mundo.<br />

Desde o menor dos estandes<br />

de teste de COVID e laboratórios<br />

recém-criados, para<br />

centros privados e públicos.<br />

instalações de teste, os extratores<br />

Insta NX® Mag tornaram-se<br />

uma necessidade fundamental<br />

para acompanhar a<br />

carga de amostras em massa.<br />

A pandemia provocou uma<br />

revolução no campo da extração<br />

de ácidos nucleicos. A<br />

introdução do novo conceito<br />

de 'placas pré-preenchidas'<br />

trouxe uma reforma adicional<br />

na demanda por esses sistemas<br />

de extração automatizados.<br />

Esses kits têm todos os<br />

reagentes, incluindo grânulos<br />

magnéticos pré-dispensados<br />

nas placas. Dada a disponibilidade<br />

limitada de pessoal<br />

devido às normas do COVID,<br />

a enorme carga de amostras<br />

e o tempo gasto no pré-<br />

-processamento, essa ideia<br />

inovadora de placas pré-preenchidas<br />

ajudou a reduzir o<br />

tempo de pré-processamento<br />

e reduzir o TAT geral em 75%.<br />

60<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024


Em Foco<br />

Eventualmente,<br />

conforme<br />

Isso permite que os usuários<br />

carga de amostra. Isso tam-<br />

o COVID diminuiu, a utilidade<br />

desses instrumentos foi<br />

finais usem a automação<br />

magnética para processar<br />

bém impulsionará a indústria<br />

clínica e especialmente os<br />

inicialmente<br />

questionável<br />

uma única amostra pela pri-<br />

laboratórios de patologia a<br />

com o declínio da carga de<br />

amostras. Na mesma época,<br />

a HiGenoMB® lançou o Insta<br />

NX® Mag16 com capacidade<br />

de processamento de 16<br />

amostras. O que tornou esse<br />

lançamento fascinante foi<br />

que, além das placas, o Insta<br />

NX® Mag16 pode processar<br />

até mesmo uma única amos-<br />

meira vez. Acrescente-se a<br />

facilidade de utilização dos<br />

cartuchos, pois os técnicos<br />

apenas têm de adicionar<br />

a amostra, carregá-la na<br />

máquina e executar. Dependendo<br />

da carga da amostra,<br />

pode-se alternar facilmente<br />

entre placas e cartuchos.<br />

fazer parte dessa transformação<br />

para a automação<br />

molecular. A equipe técnica<br />

da HiGenoMB®, a ala de biologia<br />

molecular da HiMedia,<br />

também tem trabalhado de<br />

perto na expansão do portfólio<br />

de produtos moleculares<br />

com kits de extração automatizados<br />

para as indústrias de<br />

tra em um cartucho sem des-<br />

Dada a aceitabilidade e a<br />

sequenciamento,<br />

educação,<br />

perdiçar nenhum reagente<br />

ou material plástico. Os cartuchos<br />

pré-cheios HiPurA® são<br />

cartuchos individuais selados<br />

contendo reagentes para<br />

processar uma única amostra.<br />

enorme demanda por cartuchos<br />

pré-cheios, também<br />

projetamos o mesmo para<br />

Mag32, Mag32 PRO para clientes<br />

existentes usarem essas<br />

máquinas de acordo com a<br />

forense, veterinária, alimentícia,<br />

biofarmacêutica e de<br />

pesquisa que já atendemos.<br />

HiMedia Laboratories<br />

www.himedialabs.com<br />

T : +55-11 981141515<br />

EMAIL: rgarcia@himedialabs.com<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

61


Em Foco<br />

O CONTROLE MICROBIOLÓGICO PARA A<br />

SEGURANÇA NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA<br />

O controle microbiológico nas<br />

indústrias alimentícias é essencial<br />

para a segurança do consumidor e<br />

a sustentabilidade do negócio. De<br />

acordo com a OMS, cerca de 600<br />

milhões de pessoas adoecem por<br />

ano, por doenças de transmissões<br />

hídricas e alimentares no mundo<br />

Produto não passível de registro ANVISA.<br />

(DTHA), e dessas, cerca de 420 mil<br />

pessoas vão a óbito. Diante dos<br />

Investir em práticas avançadas<br />

Apresentamos o mais novo lança-<br />

dados alarmantes de doenças trans-<br />

de controle microbiológico não é<br />

mento Kasvi: São 8 novos meios<br />

mitidas por alimentos, fica evidente<br />

apenas uma medida regulatória,<br />

de cultura e 2 suplementos Kasvi<br />

que a atenção dedicada à gestão de<br />

mas também impulsiona a inova-<br />

para cultivar, isolar e diferenciar os<br />

microrganismos é crucial.<br />

ção e a competitividade. Empresas<br />

microrganismos de seu interesse.<br />

que adotam abordagens proativas<br />

Destes, 7 podem ser aplicados<br />

Além de preservar a saúde dos<br />

destacam-se, demonstrando seu<br />

para solucionar desafios microbio-<br />

consumidores, o controle micro-<br />

compromisso com a excelência e a<br />

lógicos na indústria alimentícia.<br />

biológico resguarda a reputação da<br />

segurança alimentar.<br />

Acesse o Portal da Kasvi e conheça<br />

marca, visto que surtos de doenças<br />

nossas soluções:<br />

alimentares não apenas impactam<br />

Soluções Kasvi para a segurança<br />

portal.kasvi.com.br<br />

negativamente a confiança do con-<br />

alimentar<br />

62<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

sumidor, mas também têm consequências<br />

econômicas significativas.<br />

A Kasvi chegou para complementar<br />

suas análises microbiológicas.<br />

Contato<br />

Portal.kasvi.com.br<br />

comercial@kasvi.com.br<br />

(41) 3535-0900


Em Foco<br />

O TUBO PLANO DE CULTURA CELULAR<br />

Os tubos de cultura celular TPP<br />

são uma extensão da gama de<br />

produtos dos frascos de cultura.<br />

Consiste em um produto 3 em 1:<br />

cultivo, incubação e análise sob<br />

microscopia e centrifugação.<br />

Cultivo: Possui superfície de crescimento<br />

ativada com 10cm2, que<br />

além disso, possibilita uma ampla<br />

abertura para o acesso completo<br />

de pipetas e raspadores. Garante<br />

também, trocas gasosas por meio<br />

do filtro na tampa. Fabricado com PS<br />

com tratamento para adesão celular.<br />

Análise sob microscopia: Oferece<br />

um controle do crescimento celular<br />

por meio de microscópios invertidos.<br />

O topo achatado minimiza a<br />

refração da luz perturbadora<br />

Centrifugação: Permite a centrifugação<br />

utilizando um adaptador<br />

de 50 mL padrão, com velocidade<br />

de até 1.200 x g. A forma cônica do<br />

tubo facilita a remoção de pellets.<br />

O nosso Tubo de Cultura Celular é<br />

um produto completo, que possibilita<br />

todo o processo de repique de<br />

células em um mesmo recipiente.<br />

A nossa superfície diferenciada<br />

com cargas negativas propicia o<br />

ambie nte perfeito para a produção<br />

celular de proteínas de adesão,<br />

garantindo uma excelente ancoragem<br />

e crescimento celular.<br />

No mesmo recipiente de cultivo é<br />

possível observar, por meio de um<br />

microscópio invertido, as culturas<br />

e detectar alterações ou possíveis<br />

contaminações.<br />

Estamos localizados no estado de<br />

São Paulo, peça já o seu orçamento<br />

por email, telefone/whatsapp ou<br />

compre direto pelo site: https://<br />

www.tpp-shop.com.br/<br />

Informações de contato.<br />

Telefones: (11) 99568-2022 - (11) 91109 -2022<br />

E-mail: info@tpp-br.com<br />

Endereço: Estrada das Lágrimas, nº 111<br />

São José - São Caetano do Sul-SP CEP: 09581-300<br />

Site: www.tpp-shop.com.br<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

63


Em Foco<br />

A PERFECTA AMPLIA SEU PORTIFÓLIO PARA 2024<br />

A Perfecta, comprometida em oferecer<br />

produtos de alta qualidade<br />

para aplicações laboratoriais, tem<br />

o prazer de anunciar a expansão<br />

do seu portfólio. Entre os novos<br />

produtos, destacam-se opções de<br />

tecnologia avançada voltadas para<br />

as áreas de cromatografia, análises<br />

químicas e análises biológicas.<br />

Com o objetivo de atender às<br />

necessidades de seus clientes e de<br />

superar as suas expectativas, a Perfecta<br />

agora oferece:<br />

- Parafilm M® PM996 (10 cm x 38<br />

m): É um filme produzido por uma<br />

mistura patenteada pela renomada<br />

AMCOR e muito utilizado em laboratórios<br />

ao redor do mundo. Trata-<br />

-se de um termoplástico resistente,<br />

maleável, à prova d'água, inodoro,<br />

transparente e coesivo utilizado<br />

para selar ou proteger recipientes<br />

contra misturas e contaminação.<br />

Possui ampla aplicação por ser<br />

auto vedante em frascos de formas<br />

irregulares, garantir vedação extra<br />

segura para as tampas tradicionais,<br />

além de proteger recipientes com<br />

tampa contra umidade durante o<br />

armazenamento longos.<br />

- Vials de capacidades 20 e 40ml:<br />

Os Vials da Perfecta são fabricados<br />

em vidro borosilicato e a qualidade<br />

do vidro dos vials é importante na<br />

cromatografia, pois garante que a<br />

amostra seja mantida em condições<br />

adequadas até o momento da<br />

análise. Além disso, os vials podem<br />

ser utilizados em diferentes tipos<br />

de processo, como a cromatografia<br />

líquida de alta eficiência (HPLC) e<br />

a cromatografia gasosa (GC), permitindo<br />

a análise de uma ampla<br />

variedade de compostos.<br />

- Filtros seringa: Os filtros seringa<br />

são uma ferramenta muito útil em<br />

laboratórios, principalmente na área<br />

de análises químicas e biológicas. Eles<br />

são utilizados para filtrar soluções e<br />

suspensões, separando as partículas<br />

sólidas presentes no líquido da solução.<br />

A Perfecta oferece filtros seringa<br />

não estéreis com diâmetro de 25 mm,<br />

porosidades de 0,22 µm e 0,45µm,<br />

com quatro tipos de membrana:<br />

Nylon, PES, PTFE e PVDF.<br />

A expansão do portfólio reforça a<br />

posição da Perfecta como uma referência<br />

no mercado de consumíveis<br />

para laboratório, capaz de oferecer<br />

soluções completas e diferenciadas<br />

para seus clientes.<br />

Entre em contato agora mesmo e<br />

surpreenda-se com a linha completa<br />

da Perfecta.<br />

Para maiores informações:<br />

perfectalab.com.br<br />

+55 11 2965-6722<br />

vendas@perfectalab.com.br<br />

Rua Ibitinga, 538 – Moóca - São Paulo – SP<br />

CEP: 03186-020<br />

64<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024


NOVIDADE<br />

Tem novidade no portfólio Perfecta.<br />

Imagem ilustrativa<br />

A Perfecta apresenta 3 novos produtos no padrão<br />

de qualidade que você já conhece!<br />

Filtros Seringa não estéreis<br />

Filtro descartável pronto para uso, para a<br />

filtragem de pequenas soluções<br />

acondicionadas em seringa. Diâmetro<br />

de 25mm e porosidade de 0,22μm e 0,45μm.<br />

Membranas em Nylon, PTFE, PVDF e PES.<br />

Parafilm® M<br />

Filme de vedação flexível em rolo de 0,10m x 38m.<br />

Altamente insensível à água e perda ou absorção de<br />

umidade. Permeável a oxigênio e dióxido de carbono. Estica<br />

mais de 350% do seu comprimento original. Auto vedante,<br />

permite que agarre a formas e superfícies irregulares.<br />

Vials de Capacidades<br />

20 e 40ml<br />

Vials em vidro borossilicato produzidos em sala<br />

limpa classe 100.000. Ideal para cromatografia<br />

líquida de alta eficiência (HPLC) e a<br />

cromatografia gasosa (GC), permitindo a análise<br />

de uma ampla variedade de compostos.<br />

Acesse o<br />

catálogo de<br />

produtos<br />

Rua Ibitinga, 538 - CEP: 03186 020 - São Paulo - SP - Tel.:<br />

Visite nossas redes sociais<br />

@perfecta.lab<br />

(11) 2965 6722 - perfectalab.com.br


Em Foco<br />

A IMPORTÂNCIA DE TER UM PARCEIRO PARA<br />

OS SERVIÇOS DE ÁGUA DO SEU LABORATÓRIO<br />

66<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

Você está procurando a melhor<br />

forma de manter a água pura em<br />

seu laboratório? Os laboratórios<br />

precisam de água pura para suas<br />

operações, mas pode ser trabalhoso<br />

manter e gerenciar um sistema de<br />

água por conta própria.<br />

É necessário tempo, recursos, pessoas<br />

para realizar uma boa gestão<br />

de todo seu sistema e componentes,<br />

assegurando a boa performance<br />

e sem elevar custo operacional,<br />

mas você sabia que não precisa<br />

fazer isso sozinho(a)?<br />

Os serviços de água de laboratório<br />

da Veolia Water Technologies<br />

cobrem tudo. Desde o suporte<br />

em seu projeto, instalação e treinamento<br />

de um novo sistema até<br />

as manutenções e gestão de consumíveis,<br />

através dos modelos de<br />

contratos personalizados.<br />

Com a nossa ajuda, os laboratórios<br />

têm a garantia de água pura<br />

para laboratórios. Em outras palavras,<br />

a água está sempre limpa e<br />

fluindo com uma qualidade que<br />

você pode confiar.<br />

Leia para mais detalhes:<br />

Por que fazer parceria com a Veolia<br />

Water Technologies?<br />

Existem muitas boas razões para ter<br />

a Veolia Water Technologies como<br />

parceira de água do seu laboratório.<br />

Primeiro, os serviços da Veolia<br />

Water Technologies oferecem uma<br />

ampla gama de soluções comprovadas<br />

para atender às necessidades<br />

de qualquer laboratório.<br />

A Veolia Water Technologies fornece<br />

tudo o que você precisa para garantir<br />

que seu laboratório tenha água<br />

de alta pureza e qualidade. Sua<br />

equipe de especialistas trabalhará<br />

em conjunto com você para identificar<br />

a melhor solução possível para<br />

sua aplicação.<br />

Também levaremos em consideração<br />

as restrições orçamentárias e<br />

outras considerações. Isso permite<br />

uma abordagem extremamente<br />

personalizada do início ao fim.<br />

Nós da Veolia Water Technologies<br />

sempre forneceremos um excelente<br />

atendimento ao cliente. Isso ajuda a<br />

garantir que você tenha a melhor<br />

experiência possível com seus produtos<br />

e serviços.<br />

Esses importantes benefícios tornam<br />

a Veolia Water Technologies<br />

uma ótima opção para as necessidades<br />

de serviço de água do seu<br />

laboratório. Entre em contato com<br />

eles hoje para saber mais sobre<br />

como eles podem te ajudar a obter<br />

o máximo de seus sistemas de água!<br />

Vamos dar um passo a passo dos<br />

benefícios:<br />

Ampla Gama de Soluções<br />

A Veolia Water Technologies pode te<br />

ajudar a obter a água de laboratório<br />

estéril necessária para o seu laboratório.<br />

Temos muitas soluções diferentes<br />

que funcionarão bem para você e<br />

que são seguras para sua demanda.<br />

Os sistemas de purificação de<br />

água da Veolia Water Technologies<br />

possuem as especificações técnicas<br />

de acordo com a necessidade<br />

e aplicação de cada cliente, além<br />

de oferecer diferentes pacotes de<br />

manutenção para garantir a alta<br />

performance dos equipamentos e<br />

rotinas quase ininterruptas.<br />

Soluções personalizadas<br />

A Veolia Water Technologies está<br />

empenhada em fornecer as melhores<br />

soluções possíveis para as necessidades<br />

de seus clientes. Além de<br />

uma ampla gama de produtos, os<br />

serviços da Elga atendem às necessidades<br />

exclusivas de cada cliente.<br />

Sua equipe de especialistas se<br />

dedica a garantir que a solução<br />

ofertada atenda às metas orçamentárias<br />

e de desempenho.<br />

As soluções da Veolia Water Technologies<br />

foram projetadas especificamente<br />

para a sua demanda. Eles<br />

também se concentram na eficiência<br />

e economia de custos, que são<br />

de suma importância.


Em Foco<br />

A Veolia Water Technologies faz<br />

soluções personalizadas. Isso significa<br />

que o resultado será melhor do<br />

que o esperado.<br />

Excelente Atendimento ao Cliente<br />

A Veolia Water Technologies fez do<br />

atendimento ao cliente um pilar de<br />

seus negócios desde o início. Sua<br />

equipe é composta por técnicos<br />

dedicados e versados em tudo o<br />

que oferecem.<br />

Eles estão sempre interessados em<br />

ajudar os clientes a aproveitar ao<br />

máximo o que eles têm a oferecer.<br />

Eles trabalham duro para diagnosticar<br />

quaisquer problemas e fornecem<br />

dicas sobre como tornar sua experiência<br />

o mais tranquila possível.<br />

A Veolia Water Technologies se compromete<br />

a fornecer um bom atendimento<br />

ao cliente. Isso inclui ajudar<br />

na configuração e instalações, sanar<br />

todas as dúvidas e realizar intervenções<br />

técnicas, quando necessário.<br />

Confiabilidade<br />

Na Veolia Water Technologies, a<br />

confiabilidade é a base de seus<br />

serviços. Sistemas avançados de<br />

monitoramento ajudam a garantir<br />

que nossa água seja pura e segura.<br />

Dessa forma, podemos ter certeza<br />

de que nossos clientes ficarão satisfeitos<br />

com o serviço.<br />

Também podemos ter certeza de<br />

que os laboratórios podem se concentrar<br />

em suas pesquisas sem se<br />

preocupar com a qualidade da água.<br />

Poupança de custos<br />

A economia de custos é um dos<br />

maiores benefícios da parceria<br />

com a Veolia Water Technologies.<br />

Eles não apenas oferecem preços<br />

competitivos, mas também economizam<br />

dinheiro a longo prazo.<br />

Pagar um preço justo nas substituições<br />

de peças e consumíveis garante<br />

que não haja excesso de gastos<br />

fora do planejamento orçamentário.<br />

A facilidade e rapidez nas trocas<br />

garantem tempo mínimo de parada<br />

e autonomia dos clientes.<br />

Trabalhar com a Veolia Water<br />

Technologies ajudará a reduzir o<br />

estresse. Quando se trata de reparo<br />

ou substituição inesperada, pois<br />

fornecem produtos de qualidade a<br />

um preço imbatível.<br />

Sustentabilidade ambiental<br />

A Veolia Water Technologies fabrica<br />

produtos que não consomem<br />

muita energia. Isso porque ela se<br />

preocupa com a sustentabilidade e<br />

a transformação ecológica.<br />

A ELGA Veolia como líder na indústria<br />

de purificação de água, tem a<br />

responsabilidade de inovar usando<br />

tecnologias ambientalmente sustentáveis<br />

e design de produtos, e<br />

garantir que as nossas operações<br />

tenham o mínimo impacto climático.<br />

Segurança<br />

A Veolia Water Technologies leva<br />

muito a sério a segurança de seus<br />

produtos. Seus produtos são projetados<br />

e testados a fim de mitigar os<br />

riscos em sua operação.<br />

Seu compromisso com o controle<br />

de qualidade e os padrões de<br />

desempenho é melhor do que qualquer<br />

outro.<br />

A Veolia Water Technologies é muito<br />

cuidadosa com a segurança. Isso<br />

significa que seus produtos serão<br />

seguros e confiáveis sempre que<br />

você os usar.<br />

Pronto para obter ajuda com os<br />

serviços de água do seu laboratório?<br />

A Veolia Water Technologies é pioneira<br />

no tratamento de água em<br />

laboratório. Possui solução completa<br />

de sistemas e serviços para<br />

garantir alto desempenho, segurança,<br />

confiabilidade nos resultados,<br />

preços justos, e tempos mínimos<br />

de manutenção, e com isso você<br />

ganha tempo, economiza dinheiro<br />

e não tem stress.<br />

“A satisfação de nossos clientes<br />

é um compromisso inegociável!”,<br />

afirma Thatiane Kauffmann - Supervisora<br />

de Vendas ELGA VEOLIA<br />

A parceria com a Veolia Water<br />

Technologies é essencial para um<br />

laboratório de sucesso. Confira<br />

nosso blog para mais informações e<br />

artigos como este.<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Cel. +55 11 97675-0943<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Janeiro 2024<br />

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