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Revista Newslab Edição 178

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evista<br />

Editorial<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

O tempo não está passando, está<br />

voando! Mas, por aqui, foi um semestre<br />

de grandes avanços e realizações<br />

para a nossa revista. E o seu semestre,<br />

como foi?<br />

Atingimos a marca de um milhão de<br />

acessos ao nosso site e mais de 800 mil<br />

visualizações em nossas redes sociais,<br />

já no primeiro semestre deste ano, e só<br />

temos a agradecer a todos vocês que<br />

fazem parte desta história. Aos colunistas,<br />

articulistas, leitores, clientes, parceiros<br />

e amigos nosso muito obrigada.<br />

Em breve o Grupo FuturLab, detentor<br />

das marcas NewsLab, Analytica e<br />

Guia Laboratorial, lançará mais uma<br />

novidade: um caderno de Medicina<br />

Diagnóstica Veterinária, a NewsVet,<br />

dirigido pela nova integrante da nossa<br />

equipe, Isabella Paradas. Seja muito<br />

bem vinda Isa!<br />

Na Agenda desta edição, caro leitor,<br />

você verá a programação de vários congressos<br />

importantes da área da medicina<br />

diagnóstica, além de eventos como<br />

a INFECTO e a HEMO 2023. Não perca!<br />

E mais, você sabe qual é a importância<br />

do índice hematimétrico RDW? Publicamos<br />

nesta edição um artigo que<br />

esclarece tudo a respeito deste importante<br />

parâmetro do hemograma automatizado.<br />

Trazemos também um artigo<br />

que nos dará um panorama geral sobre<br />

o diagnóstico laboratorial e métodos<br />

de imagem na doença de Machado<br />

Joseph, já ouviu falar desta doença?<br />

Na coluna Citometria de Fluxo, as autoras<br />

escrevem sobre a importância da<br />

citometria no diagnóstico e acompanhamento<br />

da Hemoglobinúria Paroxística<br />

Noturna, na seção Auditoria e Qualidade<br />

a querida Wal Nicioli discursa<br />

sobre como garantir resultados seguros<br />

através do controle de qualidade<br />

interno e na coluna Virologia, temos<br />

um excelente artigo sobre o desenvolvimento<br />

da vacina contra a dengue.<br />

Estes são apenas alguns destaques<br />

desta edição, tem ainda muito mais<br />

esperando por você estimado leitor.<br />

E não se esqueça, temos também<br />

todas as grandes e melhores marcas<br />

do diagnóstico laboratorial anunciando<br />

aqui o que há de melhor no mercado,<br />

sempre!<br />

Boa leitura!<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: FUTURLAB<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@futurlab.com.br<br />

Comercial: Juliana Cristina da Silva (11) 97733-3312 | comercial2@futurlab.com.br<br />

Diagramação e Arte: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

<strong>Newslab</strong> - Tel.: (11) 98357-9843<br />

www.newslab.com.br - david.kernbaum@futurlab.com.br<br />

ISSN 0104 - 8384<br />

2


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Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

revista<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante<br />

de novidades em divulgação científica,<br />

disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores<br />

interessados. Caso precise de informações<br />

adicionais, entre em contato<br />

com a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab<br />

publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />

casos educacionais, resumos de<br />

teses etc. Os editores levarão em consideração<br />

para publicação toda e qualquer<br />

contribuição que possua correlação<br />

com a medicina diagnóstica.<br />

Todas as contribuições serão revisadas<br />

e analisadas pelos revisores. Os autores<br />

deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular<br />

aqueles de natureza financeira<br />

relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos<br />

que estejam relacionados com a contribuição<br />

e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />

de compromisso assinado por todos<br />

os autores, atestando a originalidade<br />

do artigo, bem como a participação de<br />

todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em<br />

português, mas com Abstract detalhado<br />

em inglês. O Resumo e o Abstract<br />

deverão conter as palavras-chave e<br />

keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma original,<br />

para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />

pedimos que a resolução do escaneamento<br />

seja de 300 dpi’s, com extensão<br />

em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados<br />

e enviados por e-mail, ordenados em<br />

título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição onde<br />

o estudo foi realizado. Além disso, o<br />

nome do autor correspondente, com<br />

endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos<br />

por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />

e Métodos, Parte Experimental,<br />

Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto<br />

com o sobrenome do devido autor,<br />

seguido pelo ano da publicação, segundo<br />

norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada<br />

referência citadas no texto devem vir<br />

listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela<br />

sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />

dos prenomes. Título: subtítulo do artigo.<br />

Título do livro/periódico, volume,<br />

fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda não<br />

publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados para:<br />

Luciene Almeida – Redação<br />

E-mail: redacao@futurlab.com.br<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81<br />

CV: 10543 Itaim Bibi, São Paulo, SP, 04532-060.<br />

WhatsApp: (11) 98357-9856<br />

E-mail: redacao@futurlab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

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@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país.<br />

Os artigos e informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong>.<br />

Filiado à:<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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Índice remissivo de<br />

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ordem alfabética<br />

revista<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

ALFA PLAST 21<br />

ALIFAX<br />

CAPA<br />

APPARAT 35 | 199<br />

BASE CIENTÍFICA 157<br />

BECKMAN COULTER DIV DIAGNÓSTICA 49<br />

BECKMAN COULTER LIFE SCIENCES 53<br />

BIOCON 39<br />

BIOMEDICA 159<br />

CELLAVISION 19<br />

DATA INNOVATIONS 119<br />

DB<br />

4ª CAPA<br />

DIAGAM 161<br />

DIAGNO 187<br />

DYMIND 183<br />

EUROIMMUN 76<br />

FIRSTLAB 131<br />

GREINER 75<br />

GRIFOLS 09<br />

GRUPO PRIME<br />

3ª CAPA<br />

GT GROUP BIOSUL 73<br />

GUTHRIE LABORATÓRIO 44-45<br />

HAMILTON 163<br />

HERMES PARDINI 60-61<br />

HORIBA 2ª CAPA | 109<br />

IBMP 85<br />

INVITRO 16-17<br />

LAB REDE 197<br />

LAB. MÉDICO DR. MARICONDI 135<br />

LABOR IMPORT 122-123 | 126-127 | 155<br />

LABOR LINE 78-79<br />

LABORATÓRIO MASTELLINI 106-107 | 108-109<br />

LOCCUS 57<br />

MEDIX 41<br />

MGI AMERICA 89<br />

MINDRAY 139<br />

MP BIOMEDICALS 65<br />

NEOLAB BY NEOCOMPANY 143<br />

NEXCOPE 07<br />

NIHON KOHDEN 30-31 | 145<br />

OUTSET 93<br />

PERFECTA 13<br />

PNCQ 97<br />

QUALLYX 69<br />

RENYLAB 167<br />

SARSTEDT 99<br />

SBPC 171<br />

SNIBE 23<br />

SOLLUTIO DIAGNÓSTICOS 04-05<br />

SYSMEX DO BRASIL 149<br />

TBS BINDING SITE 177<br />

TPP BRASIL 03<br />

VEOLIA 103<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 11<br />

WAMA 151<br />

ZYBIO 27<br />

ZYMO 113<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa<br />

da Universidade de São Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da<br />

Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela<br />

USP/SP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério<br />

– Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto<br />

de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de<br />

Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Allyne Cristina Grando; Franciele da Rosa Sonemann; Humberto Façanha; Fábia Bezerra; Gleiciere Maia Silva; Jorge Luiz Silva Araújo-Filho; Brunno Câmara; Helena Varela de Araújo; Rafaele Loureiro; Bruna Garcia; Fabiano de<br />

Abreu Agrela Rodrigues; Délio J. Ciriaco de Oliveira; Anna Clara do Nascimento Jesus; Luiza de Souza Fernandes; Victória Oliveira Gonzaga; Daniela Santos Silva; Járede da Silva Lopes; Bianca Victoria Trevizã da Cunha Ferreira<br />

Silvério; Pâmela Caroline Costa Pereira; Alessandra Alves de Souza Abou Hamia; Waldirene Nicioli; Silvânia Ramalho; Andressa Fehlberg; Rachel Siqueira de Queiroz Simões; Joelma Lessa da Silva; Juliana Yuri; Juliana Gomes;<br />

Paulo Mafra; Bruna Massa Barbosa de Andrade; Marina Raposo Neves Baptista; Mirella Portella Serafini; Álvaro Nunes de Morais; Gabriel Valença de Siqueira Borges; Júlia Domingues Marinho.<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

80<br />

ALIFAX LANÇA<br />

REVOLUCIONÁRIO SISTEMA<br />

MOLECULAR MOUSE<br />

14<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

A IMPORTÂNCIA DO ÍNDICE<br />

HEMATIMÉTRICO RDW NA<br />

IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES<br />

TIPOS DE ANEMIAS<br />

28<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O PAPEL DO DIAGNÓSTICO<br />

LABORATORIAL E MÉTODOS<br />

DE IMAGEM NA DOENÇA DE<br />

MACHADO JOSEPH<br />

Autores: MAIA, Evaldo;<br />

FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />

Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

12 - Agenda<br />

77 - Publieditorial - Euroimmun<br />

78 - Publieditorial II - Laborline<br />

86 - Diagnóstico por imagem<br />

88 - Análises Clínicas<br />

92 - Neurociência em Foco<br />

100 - Microrganismos e Saúde<br />

104 - Auditoria e Qualidade<br />

112 - Papo de bancada<br />

116 - Direito e Saúde<br />

120 - Medicina Genômica<br />

132 - Virologia<br />

140 - Blog dos Cientistas<br />

146 - Minuto Laboratório<br />

152 - Epidemiologia<br />

158 - OAFC Brasil<br />

162 - Biossegurança<br />

168 - Citometria de Fluxo<br />

172 - Logística Laboratorial<br />

175 - Informes de Mercado<br />

42<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

A FISIOPATOLOGIA DE INFECÇÕES<br />

RESPIRATÓRIAS: A DIFERENÇA<br />

ENTRE GRIPE POR (INFLUENZA A<br />

H1N1) E COVID-19.<br />

56<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

PESQUISAS NA ÁREA DE<br />

GESTÃO LABORATORIAL:<br />

PARAMETRIZAÇÃO DE PERDAS<br />

EM EXAMES DO SETOR DA<br />

BIOQUÍMICA<br />

Autores: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith;<br />

Geane Cecim Ferreira Borges;<br />

Débora Damasceno Carvalho Fernandes.<br />

Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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• Método de impedância para PLT e RBC<br />

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para testes RBC e NRBC<br />

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AGENDA<br />

AGENDA<br />

de eventos 2023<br />

Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial<br />

Data: 5 a 8 de setembro de 2023<br />

Local: PRO MAGNO Centro de Eventos - São Paulo/SP<br />

Informações: http://www.cbpcml.org.br/InformacoesGerais/InformacoesGerais<br />

68º Congresso Brasileiro de Genética<br />

Data: 12 a 15 de setembro de 2023<br />

Local: Centro de Convenções de Ouro Preto – Ouro Preto/Minas Gerais<br />

Informações: https://sbg.org.br/eventos/genetica2023/index.php<br />

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto2023)<br />

Data: 19 a 22 de setembro de 2023.<br />

Local: Centro de Convenções Salvador – Salvador/Bahia<br />

Informações: https://www.infecto2023.com.br/<br />

34º Congresso Brasileiro de Virologia<br />

Data: 24 a 27 de setembro de 2023<br />

Local: Centro de Artes e Convenções da UFOP – Ouro Preto/Minas Gerais<br />

Informações: https://virologia2023.com.br/apresentacao.html<br />

MEDICAL FAIR BRASIL<br />

Data: 26 a 28 de setembro de 2023 das 11h às 20h<br />

Local: Expo Center Norte - São Paulo/SP<br />

Informações: https://medicalfairbrasil.com.br/<br />

47º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)<br />

Data: 02 a 06 de outubro de 2023<br />

Local: Centro de Convenções de Ouro Preto – Ouro Preto/Minas Gerais<br />

Informações: https://congressos.sbi.org.br/<br />

32º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />

Data: 18 a 22 de outubro de 2023<br />

Local: Rafain Palace Hotel & Convention - Foz do Iguaçu/PR<br />

Inscrições: https://sbmicrobiologia.org.br/32cbm2023/inscreva-se/<br />

HEMO 2023 – Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular<br />

Data: 25 a 28 de outubro de 2023<br />

Local: Transamerica Expo Center - São Paulo/SP<br />

Informações: https://www.congressohemo.com.br/<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

A IMPORTÂNCIA DO ÍNDICE HEMATIMÉTRICO RDW<br />

NA IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE ANEMIAS<br />

The importance of the RDW hematimetric index in the identification of different types of anemias.<br />

Autores:<br />

MAIA, Evaldo1<br />

FRANGE, Ana Carolina Estevam2<br />

1 - Biólogo pela Universidade Federal do Triangulo Mineiro.<br />

2 - Biomédica pela Universidade de Uberaba.<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A anemia é um problema de saúde pública<br />

mundial, o que enfatiza a importância de buscar<br />

ferramentas que auxiliem no diagnóstico preciso<br />

e diferencial desta patologia, podendo nortear a<br />

conduta do diagnóstico clínico e forneça resultados<br />

confiáveis e ágeis como a automação na realização<br />

de exames laboratoriais que possibilitou forneceu<br />

índices eritrocitários importantes para o auxílio do<br />

diagnóstico e na diferenciação das anemias. Com<br />

o objetivo analisar e discutir informações, através<br />

de uma pesquisa bibliográfica, onde parâmetros<br />

hematológicos, em especial o RDW, sejam<br />

apontados como uma ferramenta importante<br />

para avaliação da heterogeneidade das hemácias<br />

e diferenciação das anemias, sendo este uma<br />

ferramenta aliada para a melhor diferenciação<br />

das anemias microcíticas e hipocrômicas; no<br />

diagnóstico precoce nutricional; na distinção entre<br />

anemia megaloblástica de outras patogenias que<br />

apresentem macrocitose; Além da sua importante<br />

associação ao VCM, na diferenciação das anemias<br />

e talassemias.<br />

Palavras-chaves: RDW. Anemia. Automação em<br />

hematologia.<br />

Abstract<br />

Anemia is a worldwide public health problem,<br />

which emphasizes the importance of seeking tools<br />

that help in the accurate and differential diagnosis<br />

of this pathology, being able to guide the conduct<br />

of clinical diagnosis and provide reliable and agile<br />

results such as automation in the performance<br />

of exams laboratory tests that made it possible<br />

to provide important erythrocyte indices to aid<br />

in the diagnosis and differentiation of anemias.<br />

With the objective of analyzing and discussing<br />

information, through a bibliographic research,<br />

where hematological parameters, especially<br />

the RDW, are pointed out as an important tool<br />

for the evaluation of the heterogeneity of red<br />

blood cells and differentiation of anemias,<br />

which is an allied tool for the best differentiation<br />

of microcytic and hypochromic anemias; in<br />

early nutritional diagnosis; in distinguishing<br />

megaloblastic anemia from other pathogens that<br />

present macrocytosis; In addition to its important<br />

association with VCM, in the differentiation of<br />

anemias and thalassemias.<br />

Keywords: RDW. Anemia. Automation in<br />

hematology.<br />

14 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Introdução<br />

Segundo a Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS),<br />

hemoglobina, torna a<br />

anemia ferropriva a mais<br />

prevalente, compreen-<br />

adultos e abaixo de 11,5<br />

g/dL em mulheres adultas.<br />

Recém-nascidos apre-<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

anemia é definida como<br />

dendo cerca de 50% dos<br />

sentam índices mais al-<br />

a diminuição da concen-<br />

casos a nível mundial (Ma-<br />

tos, em torno de 14 g/dL,<br />

tração de hemoglobina<br />

chado et al., 2009).<br />

mas esses valores podem<br />

circulante no sangue, pro-<br />

ser afetados por diferen-<br />

vocada pela carência de<br />

A anemia é caracteriza-<br />

tes condições etiológicas<br />

nutrientes essenciais ao<br />

da pela concentração de<br />

(LEAL et al., 2015).<br />

organismo como os fola-<br />

hemoglobina abaixo do<br />

tos, proteínas e vitaminas;<br />

valor normal. Para Ribei-<br />

Rincon, Moreira e Cas-<br />

por doenças de origem<br />

ro (2015) a anemia por<br />

tro (2019) destacam que<br />

hereditária, genética ou<br />

deficiência de ferro é atu-<br />

aproximadamente 90%<br />

adquirida associadas à<br />

almente um problema<br />

das anemias microcíti-<br />

medula óssea ou ainda<br />

de saúde mundial, fre-<br />

cas e hipocrômicas são<br />

por perdas hemorrágicas<br />

quentemente associada<br />

por carência de ferro.<br />

e por doenças crônicas<br />

a ingestão insuficiente ou<br />

Em seguida, aquelas<br />

(OMS, 2003).<br />

inadequada de alimentos<br />

causadas por doenças<br />

ricos em ferro e outros<br />

crônicas e talassemias.<br />

As causas podem ser mul-<br />

nutrientes.<br />

Com o transporte ine-<br />

tifatoriais, por deficiência<br />

ficaz do oxigênio, devi-<br />

de fontes nutricionais,<br />

Os padrões de referência<br />

do à baixa concentra-<br />

como vitaminas e mine-<br />

adotados para a norma-<br />

ção de hemoglobina no<br />

rais; ou não nutricionais,<br />

lidade da hemoglobina<br />

sangue, ocorre redução<br />

como as hemoglobinopa-<br />

variam entre sexo, idade<br />

do rendimento físico e<br />

tias por exemplo. Porém a<br />

e cor da pele. Os valores<br />

mental do indivíduo,<br />

baixa disponibilidade de<br />

mais utilizados definem<br />

ressaltando a importân-<br />

ferro no organismo, es-<br />

anemia quando a hemo-<br />

cia do diagnóstico e da<br />

sencial no transporte de<br />

globina estiver inferior a<br />

terapêutica ainda no es-<br />

oxigênio realizado pela<br />

13,5 g/dL para homens<br />

tágio inicial da doença.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

15


Blood 5P<br />

InviSTAR<br />

Analisador Hematológico<br />

Automatizado 5 Partes<br />

• Tecnologias avançadas que fornecem<br />

parâmetros de grande utilidade clínica, além<br />

de importantes parâmetros de pesquisa.<br />

• Computador integrado.<br />

• Utiliza apenas 3 reagentes hematológicos.<br />

• Carregamento automático de tubos.<br />

. Modo de contagem inteligente.<br />

. Permite dosagem de amostra com volume<br />

reduzido (amostra pediátrica).


QuickSTAR PRO<br />

Point of Care - Imunofluorescência<br />

- 12 Canais.<br />

- Realização simultânea de diferentes<br />

testes com temporizador.<br />

- Detecção qualitativa e quantitativa.<br />

- Identificação automática do teste.<br />

- Amplo portfólio de testes com<br />

estabilidade de 2 a 30ºC.<br />

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Point of Care - Imunofluorescência<br />

- Monocanal com temporizador para<br />

realização simultânea de diferentes<br />

testes.<br />

- Detecção qualitativa e quantitativa<br />

- Leitor RFID para identificacão<br />

dos testes.<br />

- Portátil com bateria de longa<br />

duração.<br />

- Leitor de código de barras de amostra.


Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Os equipamentos utilizados<br />

para exames hematológicos,<br />

atualmente,<br />

confirmadas pelo índice<br />

de VCM inferior a 80<br />

fL, é de suma importân-<br />

através de uma pesquisa<br />

bibliográfica, onde os<br />

índices hematimétricos,<br />

informam diferentes índi-<br />

cia para seu tratamen-<br />

em especial o RDW, se-<br />

ces que facilitam o diag-<br />

to, porém complexo em<br />

jam apontados como<br />

nóstico laboratorial. Dois<br />

virtude da concomitân-<br />

uma ferramenta impor-<br />

deles são o VCM (Volume<br />

cia de algumas outras<br />

tante para avaliação da<br />

Corpuscular Médio) ca-<br />

doenças de base, por<br />

heterogeneidade das he-<br />

paz de demonstrar o ta-<br />

isso a disponibilidade<br />

mácias e diferenciação<br />

manho médio dos eritró-<br />

de boas técnicas, co-<br />

das anemias.<br />

citos e o RDW (Red Cell<br />

nhecimento atualizado<br />

Distribution Widh) que se<br />

e compreensão dos pa-<br />

Metodologia<br />

baseia na análise da cur-<br />

râmetros se tornam in-<br />

Foi realizada busca de<br />

va de distribuição das he-<br />

dispensáveis ao clínico.<br />

artigos científicos inde-<br />

mácias no hemograma de<br />

xados nas plataformas<br />

acordo com o seu volume,<br />

Sendo a anemia um pro-<br />

PubMed, e Scielo com os<br />

fornecendo informações<br />

blema de saúde pública<br />

descritores “RDW” “Ane-<br />

complementares em con-<br />

mundial, a importância<br />

mia” “Automação em he-<br />

junto ao VCM, no diag-<br />

de oferecer ferramentas<br />

matologia” restritas às<br />

nóstico das anemias, além<br />

que auxiliem no diag-<br />

publicações dos últimos<br />

de ser uma ferramenta de<br />

nóstico preciso e dife-<br />

10 anos. A partir dessa<br />

resposta ao tratamento<br />

rencial desta patologia é<br />

busca, os artigos foram<br />

da anemia ferropriva (SIL-<br />

indispensável para nor-<br />

selecionados de acordo<br />

VA et al., 2015).<br />

tear a conduta do clíni-<br />

com a relevância para o<br />

co e fornecer resultados<br />

tema proposto. Também<br />

O diagnóstico precoce<br />

confiáveis e com rapidez.<br />

foram incluídos artigos<br />

das anemias microcí-<br />

listados nas referências<br />

ticas, aquelas onde há<br />

O presente trabalho tem<br />

bibliográficas dos artigos<br />

uma diminuição do ta-<br />

como objetivo analisar<br />

encontrados pela estra-<br />

manho dos eritrócitos,<br />

e discutir informações,<br />

tégia descrita.<br />

18 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PARA MELHORAR O FLUXO DE TRABALHO<br />

E A CERTEZA DIAGNÓSTICA ATRAVÉS<br />

DE MICROSCOPIA INTELIGENTE<br />

CellaVision® DC-1<br />

O analisador DC-1 pode ser<br />

implementado em laboratórios de<br />

pequeno volume de amostras ou<br />

conectado a uma rede de laboratórios.<br />

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Rendimento: 10 lâminas/hora*<br />

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O DM1200 é adequado para laboratórios<br />

de médio e grande volume de amostras:<br />

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*O tempo de processamento pode variar, a depender da qualidade do esfregaço, concentração de leucócitos e número de não leucócitos


Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Avaliação das anemias<br />

Normalmente apresentam<br />

causas multifatoriais<br />

associadas a aspectos<br />

nutricionais, hereditários<br />

ou associados às outras<br />

comorbidades.<br />

Devido<br />

ao transporte de oxigênio<br />

ineficiente, os indivíduos<br />

normais<br />

estabelecidos<br />

nósticos sugestivos ou<br />

em situação de anemia<br />

indicam que o indiví-<br />

conclusivos de diversas<br />

apresentam perda de pro-<br />

duo está anêmico, com<br />

patologias, como ane-<br />

dutividade, dificuldades<br />

cognitivas e suscetibilidade<br />

a doenças infecciosas.<br />

isso diversas mudanças<br />

fisiológicas ocorrem inclusive<br />

à resposta compensatória<br />

do corpo que<br />

mias, policitemias, aplasias<br />

medulares, processos<br />

infecciosos, leucemias e<br />

disfunções plaquetárias<br />

Os eritrócitos são a<br />

procura preservar a ofer-<br />

(ROSENFELDL et al., 2015)<br />

maioria das células san-<br />

ta de oxigênio aos teci-<br />

guíneas, ocupando cer-<br />

dos (OMS, 2003).<br />

Anisocitose é a dispari-<br />

ca de 45% do volume<br />

dade no tamanho das<br />

sanguíneo total. Eles<br />

O hemograma é um exa-<br />

hemácias, antes somente<br />

contêm um pigmento<br />

me capaz de avaliar o<br />

relatado quando obser-<br />

com ferro chamado de<br />

estado clínico geral do<br />

vados no esfregaço san-<br />

hemoglobina, que tem<br />

indivíduo. Ele propor-<br />

guíneo em lâmina através<br />

como função armazenar<br />

ciona avaliação dos três<br />

da microscopia e atual-<br />

e transportar oxigênio.<br />

componentes principais<br />

mente conta com dois<br />

A hemoglobina possui<br />

do sangue: eritrócitos,<br />

parâmetros<br />

disponíveis<br />

valores diferentes para<br />

leucócitos e plaquetas<br />

no hemograma automa-<br />

determinados grupos<br />

de indivíduos (quadro<br />

1). Valores inferiores aos<br />

sendo a base de qualquer<br />

avaliação hematológica<br />

capaz de fornecer diag-<br />

tizado: RDW-CV (Amplitude<br />

de Distribuição dos<br />

Eritrócitos medida como<br />

20 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Coeficiente de Variação) e<br />

RDW-SD (o mesmo sendo<br />

medido como Desvio Pa-<br />

presente no alcoolismo,<br />

devido a hemólises (MA-<br />

CHADO et al., 2019).<br />

hemácias, gerando banco<br />

de dados. Uma destas tecnologias<br />

disponíveis para<br />

drão). O intervalo de nor-<br />

realização do hemograma<br />

malidade para o RDW-CV<br />

A automação na realização<br />

são os equipamentos que<br />

seria 11,5% a 14,5% para<br />

deste exame permitiu que<br />

utilizam o método da ci-<br />

homens e mulheres. En-<br />

novos parâmetros colabo-<br />

tometria de fluxo.<br />

tretanto este valor pode<br />

rassem na sua interpreta-<br />

variar de um laboratório<br />

ção. Índices eritrocitários<br />

É uma técnica de medi-<br />

para outro, dependendo<br />

importantes como o VCM,<br />

ção das propriedades de<br />

do equipamento de he-<br />

o CHCM (Concentração<br />

células em suspensão,<br />

matologia que tal insti-<br />

de Hemoglobina Celular<br />

orientadas em um fluxo<br />

tuição utiliza (MATOS et<br />

Média), HCM (Hemoglobi-<br />

laminar e interceptadas<br />

al.,2008).<br />

na Corpuscular Média) e o<br />

individualmente por um<br />

RDW possibilitam a classifi-<br />

feixe de luz/laser que<br />

De maneira oposta, ma-<br />

cação morfológica das ane-<br />

incide sobre cada célu-<br />

crocitose é referente ao<br />

mias, segundo o tamanho<br />

la sendo convertida em<br />

aumento no tamanho<br />

(anisocitose) e a saturação<br />

pulsos elétricos [...]. O<br />

dos eritrócitos, está pre-<br />

de hemoglobina das he-<br />

número de pulsos indi-<br />

sente nas anemias asso-<br />

mácias (MONTEIRO, 2009).<br />

ca o número e o ângulo<br />

ciadas ao trato gastroin-<br />

de dispersão de luz for-<br />

testinal,<br />

geralmente<br />

O desenvolvimento das<br />

nece informação sobre o<br />

devido ao deficit de ab-<br />

técnicas através da auto-<br />

tamanho das células. As<br />

sorção ou perda de vita-<br />

mação dos exames labo-<br />

informações são agru-<br />

mina B12 (cianocobala-<br />

ratoriais por meio do al-<br />

padas, constituindo as<br />

mina) e do folato. Este<br />

goritmo permite analisar<br />

características de cada<br />

achado também se faz<br />

registros do tamanho das<br />

célula que são expressas<br />

22 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MAGLUMI ® Série X<br />

Com sua já conhecida inovação, a SNIBE traz ao mercado a série X de seus analisadores da<br />

®<br />

família MAGLUMI ,atendendo às diversas demandas do setor e se adaptando a diferentes<br />

perfis de usuários finais, a fim de superar todas as expectativas.<br />

®<br />

Os reagentes do MAGLUMI contam com microesferas magnéticas para separação e o<br />

marcador ABEI,uma molécula não enzimática que exclui interferentes comuns, como a biotina<br />

por exemplo. Além disso,todos os reagentes são compatíveis com todas as plataformas<br />

(Séries M e X), sem a necessidade de soluções dedicadas à determinados equipamentos, o<br />

que agrega praticidade ao laboratório. Outra vantagem competitiva, é que controles e calibradores<br />

já são inclusos nos kits, com o desempenho garantido pela SNIBE e, desta maneira,<br />

não havendo a necessidade de uma compra externa.<br />

MAGLUMI ® X3<br />

MAGLUMI ® X6<br />

MAGLUMI ® X8


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

em uma curva de Gauss,<br />

gerando um histograma<br />

(SILVA et al.,2018, p. 240).<br />

Santos et al. (2016) sugeriram<br />

em um estudo que<br />

o RDW pode contribuir<br />

para uma diferenciação<br />

mais eficiente entre as<br />

anemias microcíticas e<br />

hipocrômicas, já que este<br />

é capaz de conferir o índice<br />

de anisocitose eritrocitária,<br />

como já dito, representa<br />

a heterogeneidade<br />

de distribuição do tamanho<br />

das hemácias.<br />

Monteiro (2009) sugere<br />

novas abordagens<br />

acerca da relação do<br />

RDW com microcitose<br />

ou macrocitose devido<br />

à escassez de estudos<br />

sobre o tema abordado.<br />

O VCM possui valores<br />

de referência entre 80<br />

a 100 fL, ele representa<br />

uma média do tamanho<br />

das hemácias, indicando<br />

macrocitose ou microcitose.<br />

O VCM que era<br />

uma divisão entre o valor<br />

do hematócrito pelos<br />

eritrócitos, atualmente<br />

após a automação passa<br />

a gerar uma curva de<br />

frequência (MONTEIRO<br />

et al., 2009).<br />

De acordo com Leal et<br />

al. (2015) não existe diferença<br />

significativa em relação<br />

ao sexo (quadro 2)<br />

para o índice de RDW-CV,<br />

ao contrário do VCM eu<br />

apresenta leve diferença<br />

estatística. Em relação a<br />

faixa etária (quadro 3), os<br />

valores de RDW-CV apresentaram<br />

diferença significativa,<br />

salvo exceção<br />

entre 11 a 17 anos e entre<br />

o grupo de 18 a 59 anos.<br />

Por RDW ser obtido através<br />

de um cálculo, torna-se<br />

exclusivo da tecnologia<br />

que adianta ao<br />

clínico o grau de anisocitose,<br />

outrora obtido pela<br />

morfologia eritrocitária.<br />

É um índice de grande<br />

24 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


confiabilidade para avaliar<br />

qual o limite normal<br />

de hemoglobina de cada<br />

indivíduo e sugestivo,<br />

mesmo para indivíduos<br />

de níveis de hemoglobina<br />

normais, de alteração<br />

eritroide (Dalanhol et<br />

al.,2009).<br />

Para Silva et al. (2018) a<br />

amplitude do RDW, ou<br />

ainda, Distribuição dos<br />

Glóbulos Vermelhos, resulta<br />

da distribuição da<br />

população da amostra<br />

obtido através do cálculo<br />

do desvio padrão<br />

do hemograma dividido<br />

do volume médio<br />

do tamanho das hemácias,<br />

gerando índice em<br />

porcentagem capaz de<br />

indicar possíveis patologias<br />

hematológicas.<br />

Além disso, o RDW contribui<br />

de forma complementar<br />

ao VCM (quadro<br />

4) por serem mais precisos<br />

na avaliação de anisocitose<br />

se comparado<br />

a observação humana<br />

ao microscópio.<br />

Para Machado et al.<br />

(2019), a elevação do<br />

RDW na anemia microcítica<br />

hipocrômica, indica<br />

deficiência de ferro de<br />

origem nutricional, devido<br />

a absorção, por alterações<br />

gastrointestinais<br />

ou ainda, devido a perda<br />

crônica desse nutriente.<br />

Estudo publicado trouxe<br />

evidências que esta patologia<br />

é mais frequente no<br />

sexo feminino em idade<br />

fértil, onde 95% dos indivíduos<br />

apresentavam<br />

anemia hipocrômica e<br />

microcítica com elevação<br />

do RDW, o que representou<br />

20% dos indivíduos<br />

anêmicos e 2% da população<br />

estudada.<br />

O RDW pode se apresentar<br />

nos índices de normalidade<br />

em situações<br />

de hipocromia e microcitose<br />

com eritrócitos.<br />

Neste caso é recomendado<br />

um exame complementar,<br />

como eletroforese<br />

de hemoglobina,<br />

eletroforese capilar ou<br />

cromatografia líquida de<br />

alta performance, para<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

25


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

confirmação ou descarte<br />

do diagnóstico de talassemia<br />

(Machado, 2019).<br />

Conclusão<br />

Vários estudos apontam<br />

a anemia ferropriva<br />

como a mais prevalente<br />

e geralmente associada<br />

a carências nutricionais.<br />

É importante que o clínico<br />

possua ferramentas<br />

capazes de diagnosticar<br />

e diferenciar<br />

os tipos de anemia, que<br />

contribua para a terapêutica<br />

adequada.<br />

Através desta revisão,<br />

pode-se verificar que<br />

o RDW pode contribuir<br />

para a melhor diferenciação<br />

das anemias microcíticas<br />

e hipocrômicas;<br />

no diagnóstico precoce<br />

nutricional, uma vez eu<br />

ele se altera no hemograma<br />

antes de haver<br />

variação significativa do<br />

VCM; na distinção entre<br />

anemia megaloblástica<br />

de outras patogenias<br />

que apresentem macrocitose.<br />

Além da sua importante<br />

associação ao<br />

VCM na diferenciação<br />

das anemias que possuem<br />

uma população<br />

mais homogênea de eritrócitos,<br />

como exemplo<br />

as talassemias e anemias<br />

por doença crônica.<br />

Sendo assim, esperamos<br />

ter colaborado com os<br />

que buscam informações<br />

relacionadas ao tema, sugerindo<br />

estudos posteriores<br />

mais aprofundados<br />

e contribuído para investimentos<br />

na automação<br />

laboratorial visando qualidade<br />

e eficiência nos<br />

diagnósticos clínicos.<br />

Referencias<br />

BARBOSA, D.L et al. Prevalence and characteristics<br />

of anemia in an elderly population attending a Health<br />

Family Program. Rev. bras. hematol. hemoter.<br />

Pernambuco, v. 28, n. 4, p. 288-292, 2006.<br />

DALANHOL, Michele et al. Efeitos quantitativos da<br />

estocagem de sangue periférico nas determinações<br />

do Hemograma automatizado. Rev. Bras. Hematol.<br />

Hemoter. Paraná. 2009.<br />

FAILACE R. Anemia: Generalidades. In:______. Hemograma:<br />

Manual de Interpretação. 4Ş <strong>Edição</strong>. Porto<br />

Alegre: Editora Artmed, 2003. p. 60-67.<br />

LEAL, Kleuzenir Silva Turbano et al. Relação entre<br />

os valores do vcm e do rdw-cv em hemogramas<br />

de pacientes atendidos no laboratório de análises<br />

clínicas do hospital das clínicas em Itaperuna, RJ.<br />

Acta Biomédica Brasiliense, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2,<br />

p. 59-67, Dez. 2015.<br />

MACHADO, Ísis Eloah et al. Prevalence of anemia<br />

in Brazilian adults and elderly. Rev Bras Epidemiol.<br />

São Paulo, v. 22, 2019. 2019.<br />

MATOS, JF et al. Índice de anisocitose eritrocitária<br />

(RDW): diferenciação das anemias microcíticas e<br />

hipocrômicas. Rev. bras. hematol. hemoter. Belo<br />

Horizonte, v. 30, n.2, p. 123-123, 2008.<br />

MONTEIRO, L. Valores de referência do RDW-CV<br />

e do RDW-SD e sua relação com o VCM entre os<br />

pacientes atendidos no ambulatório do Hospital<br />

Universitário Oswaldo Cruz – Recife, PE. <strong>Revista</strong><br />

Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Recife,<br />

p.1-6, 27 maio 2009.<br />

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). O uso<br />

clínico do sangue na Medicina Obstetrícia, Pediatria<br />

e Neonatologia, Cirurgia e Anestesia, Traumas e<br />

Queimaduras. Genebra: OMS; 2003.<br />

RINCON, Carolina Ramos; MOREIRA, Valdirene Fernandes<br />

Moreira; CASTRO, Frank Sousa. Prevalência<br />

de anemia microcítica e hipocrômica em pacientes<br />

atendidos pelo LAC-PUC Goiás do período de agosto<br />

a outubro de 2018. <strong>Revista</strong> Brasileira Militar De<br />

Ciências, Goías, v. 5, n. 13, p. 72-76, 2019.<br />

ROSENFELDL, Luiz Gastão et al. Reference values<br />

for blood count laboratory tests in the Brazilian<br />

adult population, National Health Survey. Rev Bras<br />

Epidemiol, São Paulo, p. 1-13, 2015.<br />

SANTOS, Sandna Larissa Freita et al. Utilização dos<br />

índices hematimétricos no diagnóstico diferencial<br />

de anemias microcíticas. X Mostra Científica da Farmácia,<br />

Quixada, 2016.<br />

SILVA, Caroline de Carvalho Marinho et al. Inovação<br />

e novas tecnologias no hemograma automatizado.<br />

International Symposium Technological Innovation.<br />

Aracaju, p.237-241 237, 2018.<br />

SILVA, Paulo Henrique et al. Relação da amplitude de<br />

distribuição do diâmetro dos eritrócitos (RDW) com<br />

valores do eritrograma em gatos anêmicos e não anêmicos.<br />

Semina: Ciências Agrárias Universidade Federal<br />

de Londrina. Londrina, v. 36, n. 5, p. 3227-3231, 2015.<br />

26 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O PAPEL DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL<br />

E MÉTODOS DE IMAGEM NA DOENÇA DE MACHADO JOSEPH<br />

The Role of Laboratory Diagnosis and Imaging Methods in Machado Joseph's Disease<br />

Autor:<br />

Pereira FZ, Gouveia CA<br />

Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A Doença de Machado-Joseph (DMJ) ou ataxia espinocerebelosa<br />

do tipo 3 (SCA3), embora sendo uma doença rara, é a ataxia<br />

dominante mais encontrada. Taxia vem do grego taxis que<br />

significa ordenação, então Ataxia seria falta de ordenação, ela é<br />

uma das grandes consequências da lesão no cerebelo. Resulta<br />

de um sinal neurológico que tem por característica a disfunção<br />

na coordenação motora, afetando a fala, o equilíbrio, a marcha<br />

e os movimentos oculares. Deste modo, a abordagem clínica<br />

da ataxia implica a diferenciação entre ataxia e outras doenças<br />

que causam alterações motoras e do equilíbrio. Calcula-se que<br />

a prevalência esteja entre 0.3 a 2 casos por 100.000 indivíduos<br />

em nível mundial, não obstante as diferenças regionais são sobressalentes.<br />

Frente aos dados de epidemiologia desta doença<br />

e a carência de informações sobre o diagnóstico diferencial,<br />

torna-se de suma importância o entendimento desta patologia.<br />

O presente estudo tem por objetivo revisar todos os possíveis<br />

exames laboratoriais que podem ser utilizados para contribuir<br />

com o diagnóstico da Ataxia espinocerebelosa do tipo 3. Trata-<br />

-se de um levantamento bibliográfico. Os critérios considerados<br />

foram o filtro de pesquisa, através das palavras-chave para o assunto<br />

específico e as publicações mais recentes dentre a disponibilidade<br />

na literatura. Executou-se o levantamento através da<br />

utilização de artigos científicos, periódicos e teses obtidos em<br />

bancos de dados científicos públicos como: Google Acadêmico,<br />

Science Direct, PubMed, Scielo. Concluiu-se que, até o dado<br />

momento, ainda é escassa a literatura sobre a doença e o seu<br />

diagnóstico, principalmente o diagnóstico diferencial entre outras<br />

ataxias e outras doenças neurodegenerativas. Em específico<br />

no campo das análises clínicas, onde é realizada somente por<br />

meio de análise molecular, se torna deficitária. A Tomografia por<br />

emissão de pósitrons (PET) é um promissor para ser utilizado no<br />

diagnóstico da DMJ.<br />

Palavras-chaves: Ataxia espinocerebelar, Sca3, Atxn3,<br />

DMJ, Machado Joseph.<br />

Abstract<br />

Machado-Joseph Disease (DMJ) or spinocerebellar ataxia<br />

type 3 (SCA3), although it is a rare disease, is a dominant<br />

ataxia most commonly found. Taxi comes from the Greek<br />

taxis which means ordenation, so Ataxia would be lack of<br />

ordenation, it is one of the major consequences of cerebellum<br />

damage. It results from a neurological signal that<br />

is characterized by a dysfunction in motor coordination,<br />

affecting speech, balance, gait and eye movements. That<br />

way, the clinical approach to ataxia implies the differentiation<br />

between ataxia and other diseases that cause motor<br />

changes and of balance. Calculates that the whether the<br />

prevalence must be between 0.3 to 2 cases per 100,000 individual<br />

worldwide, although the regional differences are<br />

striking. In view of the epidemiological data of this disease<br />

and the lack of information on the differential diagnosis,<br />

it becomes of paramount importance or understanding of<br />

this pathology. The present study aims to review all possible<br />

laboratory tests that can be used to contribute to the<br />

diagnosis of type 3 spinocerebellar ataxia. It's about is a<br />

bibliographic lifting. The criteria considered were the research<br />

filter, through the specific keywords for the subject<br />

and the most recent publications available in the literature.<br />

Executed if the lifting across utilization of cience articles,<br />

periodics and tesis obtained in scientifics databases as:<br />

Academic Google, Science Direct, PubMed, Scielo. It was<br />

concluded that, to date, yet is sparse literature on disease<br />

and its diagnosis, mainly the differential diagnosis among<br />

other ataxias and other neurodegenerative diseases. Specifically<br />

in the field of clinical analysis, where is performed<br />

only by means of molecular analyze, becomes insufficient.<br />

Positron emission tomography (PET) is promising to be<br />

used in the diagnosis of JDM.<br />

Keywords: Spinocerebellar ataxia, Sca3, Atxn3, DMJ,<br />

Machado Joseph.<br />

28 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

Introdução<br />

A Doença de Machado-<br />

-Joseph (DMJ) ou ataxia<br />

espinocerebelosa do<br />

tipo 3 (SCA3), embora<br />

sendo uma doença rara,<br />

é a ataxia dominante<br />

mais predominante. Ataxia<br />

é um termo que vem<br />

da palavra grega taxis<br />

que significa ordenação,<br />

então ataxia seria falta<br />

de ordenação, ela é uma<br />

das grandes consequências<br />

da lesão no cerebelo.<br />

Resulta de um sinal<br />

neurológico que tem por<br />

característica a disfunção<br />

na coordenação motora,<br />

afetando a fala, o equilíbrio,<br />

a marcha e os movimentos<br />

oculares. Deste<br />

modo, a abordagem clínica<br />

da ataxia implica a<br />

diferenciação entre ataxia<br />

e outras doenças que<br />

causam alterações motoras<br />

e do equilíbrio.1<br />

Figura 1: Na imagem "A", é possível ver a ponte e a bulbo raquidiano de um homem de 50 anos sem<br />

nenhuma doença degenerativa. Já na imagem "B", de um homem de 51 anos que possui a síndrome<br />

Machado-Joseph, é possível notar uma atrofia da ponte, na parte com um asterisco.<br />

A DMJ foi descrita pela<br />

primeira vez em 1972 por<br />

Nakano e colaboradores,<br />

caracterizando a família<br />

Machado, de descendência<br />

portuguesa que sofria<br />

com uma forma progressiva<br />

de ataxia. Rosemberg<br />

e colaboradores, em 1976,<br />

relataram outra família de<br />

sobrenome Joseph, da<br />

mesma origem que a primeira,<br />

a qual foi observada<br />

a ocorrência de ataxia progressiva<br />

em sete gerações.<br />

Todavia, apenas em 1978<br />

que Coutinho e Andrade<br />

sugeriram a denominação<br />

de Doença de Machado-<br />

-Joseph após observarem<br />

quarenta pessoas acometidas<br />

pela ataxia que eram<br />

provenientes de quinze<br />

famílias originárias das ilhas<br />

portuguesas dos açores e<br />

apresentavam<br />

fenótipos<br />

variáveis dentro de uma<br />

mesma família. Entende-<br />

-se que o gene espalhouse<br />

pelo mundo, por conta da<br />

colonização, como uma<br />

única patologia.2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

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Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O gene MJD1 (atual<br />

ATXN3) foi esquematizado,<br />

em 1993, no braço<br />

proteínas para originar<br />

inclusões nucleares,<br />

aumentando a morte<br />

ções de CAG); No tipo II, o<br />

mais frequente, os sintomas<br />

surgem por volta dos<br />

longo do cromossoma<br />

celular e citotoxicidade.1,3<br />

40 anos predominando<br />

14 (14q24.3-q32.1), con-<br />

sinais cerebelares e pira-<br />

tendo uma expansão da<br />

A SCA3 apresenta amplo<br />

midais, tem por carac-<br />

sequência de repetições<br />

espectro de manifesta-<br />

terística a ausência, ou<br />

do trinucleotídeo CAG.<br />

ções clínicas: o sintoma<br />

presença sutil, de sinais<br />

Tais repetições transfigu-<br />

mais comum é a dis-<br />

extrapiramidais e perifé-<br />

ram este gene instável.<br />

função da coordenação<br />

ricos, como a distonia e a<br />

Decorrente a essa insta-<br />

motora; outros sintomas<br />

neuropatia ( 71 a 74 repe-<br />

bilidade, durante a meio-<br />

específicos incluem dis-<br />

tições de CAG); Já o tipo<br />

se a sequência mutante<br />

tonia,<br />

oftalmoplegia,<br />

III aparece em média aos<br />

tem propensão a expan-<br />

instabilidade<br />

postural,<br />

47 anos, predominam<br />

dir-se mais do que a con-<br />

disartria e fasciculações<br />

sinais de envolvimento<br />

trair. Os segmentos CAG<br />

faciais e linguais, amio-<br />

neuromuscular<br />

periféri-<br />

são altamente polimórfi-<br />

trofia; entre os sintomas<br />

co (espasmos muscula-<br />

cos, variando em indiví-<br />

não-motores incluem-se<br />

res, fraqueza, dormência,<br />

duos normais entre 12 e<br />

a neuropatia, depressão,<br />

cãibras, dores nas mãos<br />

44 CAGs, e nos indivídu-<br />

disautonomia, dor cróni-<br />

e nos pés) e podendo<br />

os com DMJ varia entre<br />

ca, fatiga. Em 1978 foram<br />

estar presentes ou não<br />

54 e 86 CAGs. A proteína<br />

definidos três sub-tipos<br />

sinais cerebelares ( 47 a<br />

ataxina-3 mutada tende<br />

clínicos e genéticos da<br />

70 repetições de CAG). 3,4<br />

à agregação, ela possui<br />

doença: Tipo I possui iní-<br />

facilidade para entrar no<br />

cio precoce, entre os 5 e<br />

Calcula-se que a prevalên-<br />

núcleo, os fragmentos da<br />

os 30 anos, em que predo-<br />

cia das SCAs esteja entre<br />

sua clivagem propiciam<br />

minam sinais extrapira-<br />

0.3 a 2 casos por 100.000<br />

a agregação da ataxina-3<br />

midais e piramidais como<br />

indivíduos em nível mun-<br />

mutada e não-mutada e<br />

distonia, rigidez severa e<br />

dial, não obstante as<br />

o recrutamento de outras<br />

hiperreflexia (>74 repeti-<br />

diferenças regionais são<br />

32 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


sobressalentes. Em Portugal<br />

a prevalência estimada<br />

é de 3, 8:100.000 habitante,<br />

é nessa região que se<br />

encontra a situação mais<br />

crítica em todo o mundo<br />

(na ilha das Flores), onde<br />

em cada 158 indivíduos<br />

1 tem a doença. Cerca de<br />

25:100.000 habitante nas<br />

comunidades portuguesas<br />

dos Estados Unidos e<br />

Canadá. Existem descri-<br />

Frente aos dados de epidemiologia<br />

desta doença,<br />

a sua prevalência em<br />

várias regiões do mundo e<br />

a carência de informações<br />

sobre o diagnóstico diferencial,<br />

visto que a etiologia<br />

das ataxias é extremamente<br />

complexa e possuem<br />

sintomas bastante similares,<br />

torna-se de importância<br />

fundamental o entendimento<br />

desta patologia.<br />

O presente estudo tem<br />

importância da aplicação<br />

de exames laboratoriais e<br />

de imagem, que podem<br />

contribuir com o diagnóstico<br />

da ataxia.<br />

Os critérios considerados<br />

foram o filtro de pesquisa,<br />

através das palavraschave,<br />

para o assunto<br />

específico e as publicações<br />

mais recentes dentre<br />

a disponibilidade na<br />

literatura.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

ções de DMJ em famílias<br />

por objetivo revisar todos<br />

provenientes de variadas<br />

os possíveis exames de já<br />

Executou-se o levanta-<br />

regiões como índia, Japão,<br />

Israel, Itália, entre outros.<br />

conhecidos e promissores<br />

que podem ser utilizados<br />

para contribuir com o diag-<br />

mento através da utilização<br />

de artigos científicos,<br />

periódicos e teses obti-<br />

Segundo estudos recentes<br />

a DMJ é a ataxia<br />

espinocerebelar mais<br />

frequentemente encontrada<br />

no Rio Grande do<br />

Sul, com prevalência de<br />

1, 8:100.000 habitante,<br />

totalizando 81% dos<br />

casos estudados. 2,3<br />

nóstico da DMJ - Doença<br />

de Machado-Joseph /<br />

SCA3 - Ataxia espinocerebelosa<br />

do tipo 3.<br />

Métodos<br />

Este estudo se trata de<br />

um levantamento bibliográfico<br />

sobre a Doença<br />

de Machado-Joseph e a<br />

dos em bancos de dados<br />

científicos públicos como:<br />

Google Acadêmico, Science<br />

Direct, PubMed, Scielo.<br />

A busca foi realizada a<br />

partir das seguintes palavras-chave<br />

e expressões:<br />

Doença de Machado-Joseph,<br />

ataxia, SCA3, ataxia<br />

espinocerebelar 3.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

33


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Análises Clínicas<br />

Devido à inexistência de<br />

algum tipo de marcador<br />

bioquímico específico<br />

para DMJ, somente a<br />

análise molecular é capaz<br />

de estabelecer um diagnóstico<br />

laboratorial para<br />

os casos sintomáticos e<br />

assintomáticos.2<br />

Reação em cadeia da<br />

Polimerase<br />

Pesquisa de expansão<br />

CAG no gene ATXN3 através<br />

de PCR (Reação em<br />

cadeia da Polimerase),<br />

com análise de fragmentos,<br />

utilizando PCR multiplex<br />

fluorescente ou eletroforese<br />

capilar.5<br />

A PCR possibilita a amplificação<br />

de sequências de<br />

DNA que estejam presentes<br />

em misturas complexas<br />

e permite estudos<br />

de natureza variada, tais<br />

como desenvolvimento<br />

de métodos de diagnós-<br />

Figura 2: Microplaca de 96 poços para PCR. Fonte: https://www.directindustry.com<br />

tico altamente sensíveis tagens sobre as placas<br />

e específicos, obtenção<br />

de grandes quantidades<br />

de DNA para sequenciamento<br />

e análises sobre<br />

a diversidade genética<br />

de populações. A técnica<br />

de “multiplex” foi desenvolvida<br />

com a finalidade<br />

de, com um único teste,<br />

de gel, por razões<br />

geométricas: há elevada<br />

relação entre a área<br />

superficial e o volume<br />

interno, o que permite<br />

a dissipação eficiente<br />

do calor gerado pela<br />

corrente elétrica e possibilita<br />

a Fundamentos<br />

altamente específico, teórico-práticos e protocolos<br />

promover a diferenciação<br />

entre várias espécies<br />

ou entre vários gêneros<br />

de extração e<br />

de amplificação de DNA<br />

por meio da técnica de<br />

simultaneamente. Essa Reação em cadeia da<br />

forma de PCR envolve a<br />

amplificação simultânea<br />

de mais de uma sequência-alvo<br />

por reação,<br />

pela mistura de vários<br />

pares de primers. O uso<br />

do capilar fornece van-<br />

polimerase 27 aplicação<br />

de campos elétricos elevados.<br />

Isso resulta em<br />

separações de alta eficiência,<br />

em alto poder de<br />

resolução e em reduzido<br />

tempo de análise. 6<br />

34 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Não obstante, é importante<br />

lembrar que componentes<br />

da via da insulina<br />

podem estar envolvidos<br />

com a doença, uma vez<br />

que já foi demonstrado<br />

que pacientes com<br />

SCA3/MJD possuem mais<br />

IGFBP-1 (insulin-like growth<br />

factor binding protein<br />

1) em soro, além disso<br />

apresentaram uma maior<br />

sensibilidade a insulina de<br />

acordo com HOMA2 (avaliação<br />

do modelo homeostático)<br />

e essa sensibilidade<br />

foi associada com a<br />

idade de início.7<br />

Figura 3: Tomografia computadorizada do cérebro de pessoa não acometida por nenhum distúrbio.<br />

Corte horizontal, passando pelos ventrículos laterais.<br />

Figura 4: Tomografia computadorizada do crânio de pacientes portadores de DMJ. Em (A e B): Sinais<br />

de atrofia cerebelar difusa acentuada e pontinha discreta. Em (C): Sinais de atrofia cerebelar difusa<br />

moderada e pontina discreta.9<br />

Métodos de Imagem<br />

Tomografia Computadorizada<br />

Essa técnica, que se baseia<br />

em raios-X, foi utilizada<br />

para aplicações clínicas<br />

ainda no início da década<br />

de 70, uma vez que torna<br />

possível examinar o encéfalo<br />

e, com maior clareza,<br />

os limites do sistema ventricular<br />

e as partes ósseas<br />

do crânio. O aparelho<br />

consiste em uma fonte de<br />

raios-X que é acionada ao<br />

mesmo tempo em que<br />

realiza um movimento circular<br />

ao redor da cabeça<br />

do paciente, emitindo um<br />

feixe de raios-X em forma<br />

de leque. No lado oposto<br />

a essa fonte, está localizada<br />

uma série de detectores<br />

que transformam a radiação<br />

em um sinal elétrico<br />

que é convertido em imagem<br />

digital. Dessa forma,<br />

as imagens correspondem<br />

a secções do crânio. A<br />

intensidade reflete a absorção<br />

dos raios-X e pode ser<br />

medida em uma escala.8<br />

36 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Ressonância Magnética<br />

A imagem por ressonância<br />

magnética (IRM) é hoje<br />

um método de diagnóstico<br />

por imagem estabelecido<br />

na prática clínica e<br />

em crescente desenvolvimento.<br />

Dada a alta capacidade<br />

de diferenciar<br />

tecidos, o espectro de<br />

aplicações se estende a<br />

todas as partes do corpo<br />

humano e explora aspectos<br />

anatômicos e funcionais.<br />

A IRM é, resumidamente,<br />

o resultado da<br />

interação do forte campo<br />

magnético produzido<br />

pelo equipamento com os<br />

prótons de hidrogênio do<br />

tecido humano, criando<br />

uma condição para que<br />

possamos enviar um pulso<br />

de radiofrequência e,<br />

após, coletar a radiofrequência<br />

modificada, através<br />

Tabela 1: Variação de volumes do tronco cerebral<br />

e cerebelo, entre o paciente com DMJ e um<br />

controle normal.<br />

de uma bobina ou antena<br />

receptora. Este sinal coletado<br />

é processado e convertido<br />

numa imagem ou<br />

informação.10<br />

Medicina Nuclear<br />

Tomografia por emissão<br />

de fótons únicos (SPECT)<br />

O princípio básico de<br />

SPECT é que a instrumentação<br />

utilizada é apenas<br />

receptora de informação.<br />

Isto quer dizer que, para<br />

se obter as imagens, é<br />

necessário administrar<br />

aos pacientes um radiofármaco<br />

marcado, com<br />

um emissor de fóton<br />

simples. O SPECT torna-<br />

-se assim uma proposição<br />

mais econômica<br />

e portanto com maior<br />

disponibilidade, mesmo<br />

em hospitais distritais. A<br />

melhoria de qualidade<br />

das câmaras gama, particularmente<br />

no que diz<br />

respeito à resolução e à<br />

eficiência de detecção<br />

(utilizando detectores<br />

Figura 5: RMI Cerebral. A segmentação das estruturas<br />

da fossa posterior foi realizada de acordo com os<br />

rótulos das cores mostrados em B, C e D, após divisão<br />

do tronco de acordo com os limites de A. 11<br />

Figura 6: Ressonância magnética de um paciente<br />

com doença de Machado – Joseph mostrando os<br />

achados típicos. Painel esquerdo: Vista axial: atrofia<br />

do cerebelo e cerebelo. À direita visão sagital: atrofia<br />

acentuada do tronco cerebral e cerebelo. 12<br />

Figura 7: SPECT Cerebral, imagens controle, dentro<br />

dos padrões normais de cintilação.<br />

Figura 8: Imagem de SPECT cerebral demonstrando a<br />

comparação entre um cérebro normal, e um acometido<br />

por uma doença neurodegenerativa desmielinizante.<br />

Figura 9: Imagem de SPECT cerebral demonstrando<br />

a comparação entre uma hiperperfusão e uma<br />

hipoperfusão. 14<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

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Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

múltiplos e colimadores<br />

de tipo “fan-beam”), juntamente<br />

com o desenvolvimento<br />

de novos radiofármacos,<br />

tem levado a<br />

um aumento crescente<br />

do interesse pela técnica<br />

de SPECT em neurologia<br />

e em psiquiatria. 13<br />

Tabela 2: Princípios do SPECT em tópicos.9<br />

Princípios do SPECT<br />

A câmara de cintilação ou gama câmara é o sistema de detecção de radioatividade utilizado para o estudo<br />

da distribuição in vivo dos diferentes compostos radiomarcados.<br />

A interação da radiação gama no detector da câmara leva a emissão de luz (cintilação), posteriormente<br />

convertida em sinal elétrico.<br />

A câmara de cintilação detecta a radiação e determina a posição da fonte emissora (correspondente a área<br />

em que a luz foi emitida) e sua energia (intensidade da luz emitida).<br />

Além da maior resolução, os equipamentos mais modernos destacam-se pela capacidade de adquirir e<br />

processar estudos tomográficos trazendo maior sensibilidade e precisão na localização de lesões.<br />

A tomografia por emissão de fótons é adquirida em órbita de 180 a 360° ao redor das estruturas de interesse,<br />

com posterior reconstrução dos cortes nos planos transversal, coronal e sagital (3D via computador).<br />

As câmaras SPECT com duas cabeças (dois detectores) apresentam ganho de sensibilidade e velocidade na<br />

aquisição de estudos tomográficos e planares.<br />

Tomografia por emissão<br />

de Pósitrons (PET)<br />

A tomografia por emissão<br />

de pósitrons (PET)<br />

permite a identificação,<br />

não invasiva, de processos<br />

fisiopatológicos do<br />

cérebro decorrentes de<br />

transtornos psiquiátricos<br />

e neurológicos.<br />

Figura 10: SPECT cerebral, paciente que apresenta<br />

DMJ. Imagem mostrando hipoperfusão das<br />

porções inferiores dos lobos frontais (seta), porções<br />

mesiais e laterais (seta tracejada) dos lobos<br />

temporais, núcleos da base (ponta de seta) e hemisférios<br />

cerebelares (seta em elipse).9<br />

O método de PET pode<br />

mapear com segurança<br />

processos neuroquímicos<br />

de interesse no cérebro.<br />

E com os avanços<br />

tecnológicos, o uso do<br />

PET possibilita investigar<br />

uma série de proteínas<br />

intra e extracelulares prejudicadas<br />

nas doenças<br />

cerebrais.<br />

Figura 11: Imagens de PET obtidas em um paciente com provável doença de Alzheimer que revelam a deposição de amiloide<br />

no cérebro.<br />

38 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

A investigação de aspectos<br />

fisiopatológicos de<br />

doenças neurodegenerativas<br />

(DN) é a mais<br />

promissora aplicação da<br />

tomografia por emissão<br />

de pósitrons. O que se<br />

torna de suma importância<br />

frente à grande prevalência<br />

de DN, tendo<br />

como exemplo a doença<br />

de Alzheimer e a doença<br />

de Parkinson, levando<br />

em consideração que<br />

um conhecimento mais<br />

profundo de suas fisiopatologias<br />

pode colaborar<br />

com a elaboração de<br />

novos tratamentos farmacológicos.15<br />

Considerações Finais<br />

Em análises clínicas,<br />

devido à inexistência de<br />

algum tipo de marcador<br />

bioquímico específico<br />

para DMJ, somente a análise<br />

molecular (Reação<br />

em cadeia da Polimerase-PCR)<br />

é capaz de estabelecer<br />

um diagnóstico<br />

laboratorial para os casos<br />

sintomáticos e assintomáticos.<br />

Já em Métodos<br />

de Imagem, existe possibilidade<br />

de diagnóstico<br />

por meio de ressonância<br />

magnética, tomografia<br />

computadorizada e<br />

tomografia por emissão<br />

de fótons únicos (SPECT).<br />

Concluiu-se que, até o<br />

dado momento, ainda é<br />

escassa a literatura sobre<br />

a doença e o seu diagnóstico,<br />

principalmente<br />

o diagnóstico diferencial<br />

entre outras ataxias e<br />

outras doenças neurodegenerativas.<br />

Em específico<br />

no campo das análises<br />

clínicas, onde é realizada<br />

somente por meio de<br />

análise molecular, se torna<br />

deficitária. A Tomografia<br />

por emissão de<br />

pósitrons (PET) é um promissor<br />

para ser utilizado<br />

no diagnóstico da DMJ.<br />

Referências<br />

1. Cláudia Sofia Ferreira e Sousa Lima dos Santos.<br />

Doença de Machado-Joseph: do diagnóstico à<br />

terapêutica [monografia]. Portugal: Faculdade de<br />

Medicina da Universidade do Porto; 2014.<br />

2. Milanez P.A.O.,Escobar A.N.O.,Salvador G.C.,Delfraro<br />

J.A.S.,Oliveira P.M.P. Doença de Machado-Joseph.<br />

Rev Biosaúde. 2009; 11(2): 75-81.<br />

3. Dias R.A. Doença de Machado-Joseph: Do laboratório<br />

para a sociedade, Desenvolvimento de<br />

estratégias inovadoras de envolvimento de público<br />

e comunicação de ciência para promover a<br />

investigação de novas terapias avançadas [tese].<br />

Portugal: Faculdade de Farmácia da Universidade<br />

de Coimbra; 2019.<br />

4. Teive Hélio A. Ghizoni, Arruda Walter O., Trevisol-<br />

-Bittencourt Paulo C.. Doença de Machado-Joseph<br />

descrição de cinco membros de uma família. Arq.<br />

NeuroPsiquiatr. [Internet]. 1991 June [cited 2019<br />

May 20]; 49( 2 ): 172-179. Available from: http://<br />

www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X1991000200010&lng=en.<br />

http://dx.<br />

doi.org/10.1590/S0004282X1991000200010.<br />

5. Marta do Rosário Cristina Silva Ventura. Doença<br />

de Machado-Joseph: Análise da Região 3’UTR do<br />

gene ATXN3 [dissertação]. Portugal: Universidade<br />

dos Açores, departamento de biologia, 2011.<br />

6. Oliveira S.C.S, Regitano L.C.A, Roese A.D., et al.<br />

Fundamentos teóricopráticos e protocolos de<br />

extração e de amplificação de DNA por meio da<br />

técnica de reação em cadeia da polimerase. Embrapa<br />

Pecuária Sudeste, São Carlos, SP, 2007.<br />

7. Furtado G.V. Biomarcadores na Doença de<br />

Machado-Joseph. Porto Alegre. Tese [Doutorado<br />

em Genética e Biologia Molecular] – Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul; 2018.<br />

8. Amaro E.J., Yamashita H. Aspectos básicos de<br />

Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética.<br />

Rev Bras Psiquiatr 2001; 23(Supl I):2-3.<br />

9. Etchebehere E.C.S.C. SPECT Cerebral e Ressonância<br />

Magnética na Doença de Machado-Joseph.<br />

Campinas. Tese [Doutorado em Ciências Médicas] –<br />

Universidade Estadual de Campinas. 2001.<br />

10. Mazzola A.A. Ressonância magnética: princípios<br />

de formação da imagem e aplicações em imagem<br />

funcional. <strong>Revista</strong> Brasileira de Física Médica.<br />

2009;3(1):117-29.<br />

11. Camargo S.T, Marques W.J, Santos A.C. Brain<br />

stem and cerebellum volumetric analysis of Machado<br />

Joseph disease patients. Arq Neuropsiquiatr<br />

2011;69(2-B):292-296.<br />

12. Anelyssa D’Abreu, Marcondes C. França Jr, Henry<br />

L. Paulson, Iscia LopesCendes. Caring for Machado–Joseph<br />

disease: Current understanding and<br />

how to help patients. Parkinsonism and Related<br />

Disorders 16 (2010) 2–7; journal homepage: www.<br />

elsevier.com/locate/parkreldis.<br />

13. Costa D.C., Oliveira J.M.AP, Bressan R.A. PET e<br />

SPECT em neurologia e PET e SPECT em neurologia<br />

e psiquiatria: do básico às aplicações psiquiatria:<br />

do básico às aplicações clínicas. Rev Bras Psiquiatr<br />

2001;23(Supl I):45.<br />

14. Felix R.C.M. Medicina Nuclear e Sistema nervoso<br />

central. Disponível em:<br />

https://slideplayer.com.br/slide/11162185/ Acesso<br />

em: 20/04/2020.<br />

15. Benadiba M, et al. Novos alvos moleculares para<br />

tomografia por emissão de pósitrons (PET) e tomografia<br />

computadorizada por emissão de fóton único<br />

(SPECT) em doenças neurodegenerativas. Rev<br />

Bras Psiquiatr. 2012;34(Suppl2):S125-S148.<br />

40 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

A FISIOPATOLOGIA DE INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS:<br />

A DIFERENÇA ENTRE GRIPE POR (INFLUENZA A H1N1) E COVID-19.<br />

Autoras:<br />

Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*;<br />

Geane Cecim Ferreira Borges*;<br />

Débora Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

*Discente do curso de Biomedicina da Faculdade Cosmopolita.<br />

**Docente na Faculdade Cosmopolita. Mestre em Virologia – IEC.<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

As infecções respiratórias se<br />

destacam por constituírem um<br />

importante problema de saúde<br />

pública. O século XXI foi marcado<br />

por duas grandes pandemias que<br />

se originaram de vírus distintos.<br />

Pertencente à família Orthomyxoviridae<br />

e gênero Alphainfluenzavirus<br />

o vírus Influenza H1N1 é<br />

envelopado de simetria esférica,<br />

com RNA de fita simples e sentido<br />

negativo. Já o SARS- CoV-2 é<br />

integrante da família Coronaviridae<br />

e gênero Betacoronavirus, de<br />

RNA de fita simples e sentido positivo.<br />

O presente estudo trata-se<br />

de uma revisão de literatura realizada<br />

a partir de buscas nas bases<br />

de dados Scientific Eletronic<br />

Library Online (SciELO), PubMed<br />

e Google Acadêmico que tem<br />

como finalidade diferenciar a fisiopatologia<br />

de ambos os vírus,<br />

caracterizando os agentes etiológico<br />

e as principais manifestações<br />

clínicas. Sendo assim, ficou<br />

evidente que a partícula viral<br />

de ambos os vírus é bem distinta<br />

uma da outra. No entanto, os<br />

dois vírus compartilham de manifestações<br />

clínicas e modo de<br />

transmissão semelhante, além de<br />

partilharem de mecanismos de<br />

inflamação semelhável, e ambos<br />

terem tropismo pelo trato respiratório,<br />

deste modo é de extrema<br />

importância o diagnóstico adequado<br />

para diferenciar as duas<br />

infecções.<br />

Palavras-chaves: Síndrome<br />

Respiratória Aguda Grave, Gripe<br />

H1N1, Influenza A, COVID-19 e<br />

SARS-CoV-2.<br />

42 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Introdução<br />

Diversas são as infecções<br />

que podem acometer o<br />

trato respiratório, levando<br />

a alterações fisiológicas<br />

e funcionais; segundo<br />

a Organização Mundial<br />

de Saúde (OMS), podem<br />

se apresentar em formas<br />

agudas ou crônicas,<br />

podendo se manifestar<br />

tanto em porções do trato<br />

respiratório superior<br />

quanto inferior. A maior<br />

parte destas infecções é<br />

provocada por vírus e em<br />

segundo lugar por bactérias<br />

(FILHO et al., 2017).<br />

Infecções respiratórias<br />

costumam ter boas taxas<br />

de propagação, devido<br />

ao seu elevado potencial<br />

de transmissão, ocorrendo<br />

principalmente pela<br />

liberação de gotículas<br />

de saliva contaminadas,<br />

através de espirros, tosse,<br />

bocejo, ao falar e ainda<br />

devido à falta de higiene<br />

das mãos, que viabiliza<br />

transporte dos agentes<br />

infecciosos para diferen-<br />

tes locais, com isso, as<br />

causas de adoecimento<br />

e internações estão presentes<br />

em todas as faixas<br />

etárias. No que tange<br />

aos agentes virais, a<br />

OMS aponta que, o fato<br />

de existirem diferentes<br />

cepas, e ainda elevada<br />

capacidade de transmissão<br />

e mutação nos vírus<br />

respiratórios, estes constituem<br />

graves problemas<br />

de saúde pública mundial<br />

(ROCHA; CENZI, 2021).<br />

O século XXI foi marcado<br />

por duas grandes pandemias<br />

que se originaram<br />

de diferentes vírus:<br />

Alphainfluenzavírus motivando<br />

à pandemia de<br />

Influenza A (H1N1) em<br />

2009 e SARS-CoV-2 causando<br />

a COVID-19 em<br />

2019 (SOUZA, 2022). A<br />

característica comum entre<br />

esses vírus é o fato de<br />

os dois terem tropismo<br />

pelo trato respiratório e<br />

exibirem sintomas semelhantes.<br />

Além disso, por<br />

serem causadas por vírus<br />

ambas as infecções se<br />

utilizam de proteínas de<br />

superfícies capazes de se<br />

ligarem a receptores na<br />

célula alvo, dando início<br />

ao processo de adsorção<br />

viral e estabelecendo infecção<br />

no hospedeiro,<br />

como as proteínas hemaglutinina<br />

e neuraminidase<br />

no vírus influenza;<br />

e a proteína S no caso<br />

do SARS- CoV- 2 (MEZA;<br />

CONTRERAS, 2020).<br />

A gripe ou Influenza é<br />

conhecida por altos índices<br />

de incidência e<br />

prevalência de infecções<br />

no mundo todo, além<br />

de estar atrelada a taxas<br />

consideráveis de infectividade,<br />

virulência, morbidade<br />

e mortalidade,<br />

principalmente devido<br />

a sua alta capacidade de<br />

adaptação e mutação, já<br />

tendo sido responsável<br />

por diversos surtos, epidemias<br />

e pandemias ao<br />

longo da história da humanidade<br />

(COSTA; HA-<br />

MANN, 2016).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

43


EXAME DOENÇA PERFIL<br />

BÁSICO AMPLIADO EXPANDIDO MASTER<br />

1. Dosagem de fenilalanina Fenilcetonúria<br />

2. Pesquisa de hemoglobinas Doença Falciforme e outras<br />

Hemoglobinopatias<br />

3. Hormônio tireoestimulante Hipotireoidismo Congênito<br />

4. 17-hidroxi progesterona Hiperplasia Adrenal Congênita<br />

5. Tripsina imunorreativa Fibrose Cística<br />

6. Atividade da biotinidase Deficiência de Biotinidase<br />

7. IgM anti-toxoplasma gondii Toxoplasmose Congênita<br />

8. Hormônio T4 Livre Hipotireoidismo Congênito<br />

9. Galactose total Galactosemia<br />

10. Atividade de glicose-6-fosfato Deficiência de G6PD<br />

desidrogenase<br />

11. Análise quantitativa dos Aminoacidopatias; Tirosinemias;<br />

aminoácidos e das acilcarnitinas Distúrbios da Beta Oxidação dos<br />

Ácidos Graxos; Distúrbios dos<br />

Ácidos Orgânicos; Distúrbios do<br />

Ciclo da Ureia Distal e Proximal.<br />

12. Adenosina desaminase (ADO) e Imunodeficiência Combinada Grave<br />

2-desoxiadenosina (D-ADO)<br />

de Adenosina Desanimase (ADA-SCID)<br />

13. C26:0-LPC Adrenoleucodistrofia ligada ao X (X-ALD)<br />

14. Pesquisa de cópias de KREC Agamaglobulinemia ligada ao X (XLA)<br />

15. Pesquisa de cópias de TREC Imunodeficiência Combinada Grave (SCID)<br />

16. Pesquisa de Ct de SMN1 Atrofia Muscular Espinhal (AME)<br />

17. Atividade da alfa-glicosidase Doença de Pompe<br />

18. Atividade da beta-glicosidase Doença de Gaucher<br />

19. Atividade da alfa-galactosidase Doença de Fabry<br />

20. Atividade da galactocerebrosidase Doença de Krabbe<br />

21. Atividade da alfa-L-iduronidase Mucopolissacaridose Tipo 1<br />

22. Atividade de esfingomielinase Niemann-Pick A/B<br />

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Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />

Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

COVID-19 é o nome dado à<br />

doença causada pelo vírus<br />

SARS-CoV-2, que se tornou<br />

uma emergência mundial<br />

em 2020 devido sua rápida<br />

disseminação, gerando<br />

um número exuberante<br />

de casos e um panorama<br />

caótico de sobrecarga<br />

nos sistemas de saúde em<br />

todo o mundo, por conta<br />

do grande número de<br />

pacientes infectados pelo<br />

vírus com evoluções clínicas<br />

desfavoráveis, levando<br />

a condições respiratórias<br />

sérias como pneumonia,<br />

insuficiência respiratória<br />

grave e ainda falência múltipla<br />

de órgãos (YANG et<br />

al., 2020).<br />

Ambas as infecções podem<br />

apresentar sintomas<br />

bem parecidos, o que<br />

também confere dificuldade<br />

no diagnóstico adequado.<br />

Normalmente, as<br />

duas se iniciam com cansaço<br />

no corpo, seguido<br />

de dores de cabeça e mal-<br />

-estar generalizado. Elas<br />

também podem trazer<br />

congestão nasal, coriza e<br />

tosse (MOTA et al., 2020).<br />

Considerando o impacto<br />

destes dois vírus respiratórios<br />

para a saúde pública<br />

mundial, o presente<br />

estudo de revisão tem<br />

como intuito descrever e<br />

diferenciar os respectivos<br />

agentes etiológicos e as<br />

principais manifestações<br />

clínicas de forma a evidenciar<br />

semelhanças e<br />

diferenças encontradas<br />

entre a gripe (Influenza<br />

H1N1) e a COVID- 19.<br />

Metodologia<br />

O estudo proposto refere-<br />

-se a uma revisão integrativa<br />

de literatura, realizada<br />

a partir de buscas nas<br />

bases de dados Scientific<br />

Eletronic Library Online<br />

(SciELO), PubMed e Google<br />

Acadêmico nos idiomas<br />

português, inglês e<br />

espanhol.<br />

Para tal, foram utilizados<br />

os descritores: Síndrome<br />

Respiratória Aguda Grave,<br />

Gripe H1N1, Influenza<br />

A, COVID-19 e SARS-<br />

-CoV-2. Os critérios de<br />

inclusão foram: publicações<br />

feitas de 2015 até a<br />

presente data, como foco<br />

principal nas publicações<br />

que corresponderem aos<br />

objetivos propostos, destacando<br />

a fisiopatologia,<br />

sintomatologia e os agentes<br />

etiológicos. Além disso,<br />

foram excluídas publicações<br />

anteriores a 2015<br />

que não corresponderam<br />

aos objetivos.<br />

Resultados e discussão<br />

Por meio da estratégia de<br />

busca foi possível identificar<br />

120 artigos. Em seguida,<br />

ocorreu a leitura<br />

dos títulos obtendo-se 50<br />

artigos triados. Posteriormente<br />

os 50 artigos foram<br />

filtrados pela leitura de seu<br />

resumo e 22 artigos foram<br />

excluídos por não aborda-<br />

46 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


em a linha de estudo buscada<br />

restando apenas 28<br />

dos quais foram selecionados<br />

para esta pesquisa.<br />

- Características e perfil<br />

epidemiológico de Influenza<br />

H1N1:<br />

O vírus Influenza é amplamente<br />

conhecido por ser<br />

um grande desafio para<br />

a saúde pública mundial,<br />

principalmente por sua<br />

alta taxa de mutações genéticas,<br />

conferindo variabilidade<br />

genética para a<br />

espécie e sendo altamente<br />

contagioso (MELO; NE-<br />

VES; SILVEIRA, 2019).<br />

mente importantes para<br />

eventos de adsorção viral,<br />

fusão do envelope com a<br />

membrana da célula hospedeira<br />

e neutralização. O<br />

genoma é composto por<br />

oito segmentos de RNA de<br />

fita simples e sentido negativo,<br />

o que torna o potencial<br />

de rearranjos genéticos<br />

e antigênicos muito<br />

alto. (WALKER et al., 2019).<br />

Além do fator genético,<br />

a elevada habilidade de<br />

adaptação e mutação do<br />

vírus da Influenza A correlaciona-se<br />

ainda com a variação<br />

das duas glicoproteínas<br />

da superfície viral que<br />

são: Hemaglutinina (HA) e<br />

a Neuraminidase (NA), representadas<br />

na figura 1. A<br />

primeira encontra-se agrupada<br />

no fragmento quatro<br />

do genoma e destaca-se<br />

por ser uma glicoproteína<br />

de ligação e fusão ao receptor<br />

celular ácido siálico.<br />

Já a (NA) está agrupada no<br />

fragmento seis, está por<br />

sua vez tem como responsabilidade<br />

a saída das partículas<br />

virais do interior das<br />

células infectadas (HAN;<br />

JEONG; JANG, 2019).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Pertence à família Orthomyxoviridae,<br />

gênero<br />

Alphainfluenzavirus, o Influenza<br />

é um vírus envelopado<br />

de simetria esférica<br />

ou pleomórfica, normalmente<br />

medindo 80-120<br />

nm de diâmetro. Algumas<br />

glicoproteínas se projetam<br />

na superfície da partícula<br />

viral, sendo particular-<br />

Figura 1: Partícula viral de Influenza A H1N1.<br />

Fonte: Adaptado de Clancy, S. (2008) Genetics of the influenza virus. Nature Education 1(1):83<br />

A. Representação esquemática de vírionde Influenza A H1N1. As glicoproteínas de superfície, hemaglutinina (HA) e neuraminidase<br />

(NA) e a proteína do canal iônico M2 estão incorporadas no envelope viral, que é derivado da membrana plasmática<br />

do hospedeiro. O complexo ribonucleoproteico compreende um segmento de RNA viral associado a nucleoprotreína<br />

(NP) e três proteínas polimerase (PA, PB1 e PB2). A proteína matriz (M1) está associada a rinonucleoproteína e ao envelope<br />

viral. Uma pequena quantidade de proteína não estrutural 2 também está presente, mas sua localização dentro do vírion é<br />

desconhecida. B. Micrografia eletrônica de Influenza A H1N1.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

47


Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />

Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

As variantes do vírus Influenza<br />

são consequências<br />

dos rearranjos entre<br />

as 18 HA e as 11 NA que<br />

juntas podem originar<br />

até 144 combinações,<br />

dentre as quais, destacam-se<br />

três subtipos que<br />

têm boa transmissibilidade<br />

em humanos, suínos<br />

e aves (H1, H2 e H3). O<br />

ácido siálico receptor da<br />

HA é o principal alvo de<br />

infecção entre as espécies,<br />

isto devido nos suínos<br />

este, ter o comportamento<br />

polimórfico o que<br />

concede a coinfecção por<br />

vírus humanos e aviários<br />

e este rearranjo de diferentes<br />

hospedeiros garantiu<br />

o surgimento do<br />

H1N1pdm09 em 2009<br />

(LEMOS, 2020).<br />

Figura 2: Partícula viral de SARS-CoV-2 e proteína S.<br />

racterizados geralmente<br />

por febre, dor de garganta,<br />

coriza, tosse, dor de<br />

cabeça, dores musculares<br />

e fadiga. No entanto,<br />

por apresentarem tropismo<br />

pelo trato respiratório<br />

superior e inferior, as<br />

manifestações clínicas<br />

diferem dependendo<br />

da região acometida.<br />

No trato respiratório superior,<br />

a infecção pode<br />

levar a sintomas considerados<br />

mais brandos,<br />

como: Faringites, traqueítes<br />

e traqueobronquites.<br />

Já no trato respiratório<br />

inferior, devido aos<br />

eventos de replicação<br />

viral, o vírus pode provocar<br />

a perda completa da<br />

camada epitelial e iniciar<br />

respostas inflamatórias<br />

severas levando a processos<br />

edematosos. Nas<br />

manifestações de pneumonia<br />

há riscos de acontecer<br />

trombose venosa e<br />

capilar, com alterações<br />

estruturais no interstício<br />

além de formação de<br />

membrana hialina, necrose<br />

focal, edema e hemorragia<br />

interalveolares<br />

(RIBEIRO, 2017).<br />

A gripe H1N1 consiste<br />

em uma infecção aguda,<br />

com período de incubação<br />

que varia de 2 a 4<br />

dias. Os sintomas são ca-<br />

Fonte: Adaptado de Li G et al. Coronavirus infections and imune responses. J Med Viro. 2020, 92(4):424-432.; e de Uzunian.<br />

Coronavirus SARS-CoV-2 and Covid-19. J Bras Patol Med Lab. 2020; 56: 1-4.<br />

A. Representação esquemática do vírion de SARS-CoV-2. O genoma viral codifica quatro proteínas estruturais importantes:<br />

Spike (S), Membrana (M), envelope (E) e nucleocapsídeo (N). B. Representação esquemática da proteína S. Principal responsável<br />

pela ligação do vírus à célula hospedeira, levando ao evento de adsorção e consequente infecção da célula-alvo.<br />

48 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />

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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Após três meses o número<br />

de casos confirmados pela<br />

OMS foi de 94.512 em 110<br />

países, com aproximadamente<br />

429 óbitos registrados,<br />

após alguns meses de<br />

circulação do vírus o número<br />

de óbito cresceu gradativamente<br />

sugerindo-se<br />

pela OMS um número de<br />

aproximadamente 18.500<br />

óbitos confirmados. Vale<br />

destacar ainda que a incidência<br />

maior é observada<br />

em crianças e em pacientes<br />

com mais de 65 anos<br />

ou com algum tipo de comorbidade<br />

(CÂNDIDO et<br />

al., 2020).<br />

- Características e perfil<br />

epidemiológico de<br />

SARS- CoV-2:<br />

O novo Coronavírus, posteriormente<br />

batizado<br />

SARS- CoV-2 foi descoberto<br />

no mês de dezembro<br />

de 2019 em Wuhan<br />

na China. Por ser um novo<br />

vírus, não houve identificação<br />

inicial do patógeno,<br />

e os pacientes foram<br />

diagnosticados, em sua<br />

maioria, com um quadro<br />

de pneumonia atípica<br />

por um patógeno desconhecido<br />

(LI, 2020). O<br />

SARS- CoV-2 é integrante<br />

da família Coronaviridae,<br />

subfamília Orthocoronavirinae<br />

e gênero Betacoronavirus,<br />

sendo um vírus<br />

de RNA de fita simples<br />

de sentido positivo e não<br />

segmentado, envelopado,<br />

esférico com tamanho<br />

entre 120-160 nm.<br />

A partícula viral possui<br />

diversas projeções proteicas<br />

que lhe conferem<br />

um aspecto de coroa,<br />

dentre as quais, destaca-<br />

-se a proteína spike (S1 e<br />

S2) (WALKER et al., 2019),<br />

conforme ilustra a figura<br />

2. Essa proteína carreia<br />

a membrana plasmática<br />

quando sofre replicação<br />

no momento que é liberado<br />

da célula, levando<br />

então a membrana plasmática<br />

ou membrana<br />

nuclear da célula hospedeira,<br />

e isso passa a ser o<br />

envoltório do vírus (BOR-<br />

GES et al., 2020).<br />

A replicação viral é dividida<br />

entre as etapas<br />

de adsorção, que ocorre<br />

por meio do encontro da<br />

proteína S com o receptor<br />

da célula hospedeira,<br />

seguido das etapas de<br />

penetração e desnudamento<br />

viral já dentro da<br />

célula-alvo, inserindo seu<br />

RNA na célula, iniciando<br />

processos de replicação<br />

e produção em massa<br />

de novos vírions, que finalizam<br />

o ciclo (PEREIRA;<br />

CRUZ; LIMA, 2021).<br />

Existem diferentes tipos<br />

de Coronavírus associados<br />

a infecções respiratórias<br />

e alguns tipos<br />

também associados a<br />

manifestações gastroin-<br />

50 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


testinais. As manifestações<br />

clínicas decorrentes<br />

da infecção de trato respiratório<br />

podem ir desde<br />

sintomas brandos,<br />

característicos de resfriado<br />

comum como febre,<br />

tosse, dispneia e mialgia;<br />

ou pode haver manifestações<br />

mais graves com<br />

evolução para complicações<br />

como pneumonias<br />

e síndrome respiratória<br />

aguda grave (SARS). Atualmente,<br />

sabe-se que três<br />

espécies de coronavírus<br />

são mais virulentas e têm<br />

maior potencial de levar<br />

a estas condições críticas<br />

como SARS; são elas:<br />

SARS-CoV identificado na<br />

China em 2003; (MERS-<br />

CoV) identificado na<br />

Arábia Saudita em 2012<br />

(LANA et al., 2020), e a<br />

mais recente espécie descrita<br />

na China em 2019 a<br />

partir de um grupo de<br />

pessoas com pneumonia<br />

(LI, 2020).<br />

Nas infecções de CO-<br />

VID-19, também há possibilidades<br />

de manifestações<br />

brandas, associadas<br />

ao acometimento de trato<br />

respiratório superior,<br />

ou severas associadas ao<br />

acometimento de trato<br />

respiratório inferior. No<br />

trato respiratório inferior,<br />

sob um panorama<br />

mais preocupante, a infecção<br />

estabelecida por<br />

SARS-CoV-2 desencadeia<br />

uma complexa cascata<br />

inflamatória no pulmão,<br />

levando a um comprometimento<br />

agudo e de<br />

evolução rápida, devido<br />

à alteração da permeabilidade<br />

gera então um<br />

maior esforço possível<br />

insuficiência respiratória.<br />

Em resposta a isso, há<br />

tentativas de compensações<br />

fisiológicas como<br />

aumento de volume respiratório<br />

trazendo ainda<br />

mais desconforto ao paciente<br />

(LI, 2020).<br />

Cinco meses após o surgimento<br />

dos primeiros<br />

casos, cerca de 5.307.298<br />

casos de COVID-19 foram<br />

ratificados em 2016<br />

países, dos quais aproximadamente<br />

342.070<br />

evoluíram para óbitos,<br />

demonstrando o alto índice<br />

de transmissibilidade<br />

deste vírus (CÂNDIDO<br />

et al., 2020). Diferentemente<br />

da Gripe H1N1, no<br />

COVID-19, a incidência é<br />

maior em adultos jovens<br />

e populações idosas, embora<br />

infecções também<br />

tenham sido relatadas<br />

em crianças (MEZA; CON-<br />

TRERAS, 2020).<br />

- Vias de transmissão e<br />

células- alvo<br />

A transmissão da Influenza<br />

pode acontecer de<br />

duas formas: Por contato<br />

direto, isto é, de pessoa a<br />

pessoa, a partir do contato<br />

com partículas virais<br />

excretadas a partir de go-<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

51


Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />

Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

tículas de saliva de indivíduos<br />

ao espirrar, tossir e<br />

até mesmo falar; ou ainda<br />

por contato indireto,<br />

a partir de objetos ou superfícies<br />

contaminadas<br />

com o vírus. Vale destacar<br />

neste caso que o vírus da<br />

Influenza tem a capacidade<br />

de sobreviver até<br />

48horas em objetos de<br />

aço ou plástico e ainda<br />

até 12 horas em papeis<br />

ou tecidos (CHAVES et al.,<br />

2017).<br />

As células do epitélio do<br />

trato respiratório são os<br />

principais alvos do vírus<br />

da gripe. A traqueia e os<br />

brônquios se comportam<br />

como condutores<br />

de células ciliadas responsáveis<br />

por movimentar<br />

o muco através do<br />

trato respiratório. Já os<br />

alvéolos, por serem compostos<br />

por dois tipos de<br />

pneumócitos, são capazes<br />

de produzir surfactantes<br />

que agem como<br />

células progenitoras, assim<br />

o tropismo do vírus<br />

bem como a especificidade<br />

do hospedeiro é definido<br />

pelas duas glicoproteínas:<br />

hemaglutinina e<br />

neuraminidase (FRERLA-<br />

GE et al., 2021).<br />

A hemaglutinina é a glicoproteína<br />

responsável<br />

por mediar à ligação do<br />

vírus da Influenza A aos<br />

hospedeiros de ácido sálico.<br />

Neste caso o sítio de<br />

ligação com o receptor<br />

encontra-se no topo do<br />

domínio R da molécula<br />

de hemaglutinina, e envolve<br />

loops de ligações<br />

antigênicas extremamente<br />

variáveis. A partir<br />

do momento que o<br />

vírus se liga ao receptor<br />

do hospedeiro, a sua endocitose<br />

acontece. Vale<br />

ressaltar ainda que o processo<br />

de fusão de membrana<br />

depende do pH e<br />

é importante durante a liberação<br />

do genoma viral<br />

da célula hospedeira (AB-<br />

DELRAHMAN; LI; WANG,<br />

2020).<br />

A replicação do vírus Influenza<br />

inicia-se a partir<br />

do momento que o<br />

vírus entra em contato<br />

com as células do trato<br />

respiratório, este se dissemina<br />

para a corrente<br />

sanguínea. A membrana<br />

plasmática das células<br />

epiteliais que é rica em<br />

ácido N- acetil neuraminico<br />

(AS) reconhecem as<br />

proteínas virais, com o<br />

reconhecimento do AS<br />

pela HA viral tem início a<br />

entrada do vírus na célula<br />

por endocitose, assim, já<br />

dentro do núcleo da célula<br />

o material genético do<br />

vírus é transcrito e replicado.<br />

Após a replicação<br />

52 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

a partícula viral é liberada<br />

por brotamento na<br />

membrana plasmática da<br />

célula hospedeira, em seguida<br />

a enzima NA cliva<br />

receptores AS presentes<br />

na célula e impede a ligação<br />

da HA com AS e ainda<br />

impede a reinfecção celular<br />

das partículas virais<br />

o que permite a liberação<br />

dos virions (FERNANDA;<br />

ANDRADE, 2020).<br />

Já a contaminação por<br />

SARS-COV-2 acontece de<br />

forma semelhante também<br />

pela via respiratória<br />

através de gotículas do<br />

espirro, tosse, ao falar ou<br />

objetos que estejam contaminados<br />

(GIRÃO et al.,<br />

2020). No entanto, estudos<br />

sugerem a possibilidade<br />

de transmissão do<br />

vírus pela via fecal-oral,<br />

pois o RNA viral do SARS-<br />

Cov-2 estava presente nas<br />

amostras fecais de 55%<br />

dos pacientes estudados.<br />

O período de incubação<br />

varia entre 5 a 12 dias<br />

após o contato com o<br />

SARS- CoV- 2 ainda assim,<br />

a propagação pode acontecer<br />

até depois de 7 dias<br />

do aparecimento dos sintomas<br />

(NOGUEIRA, 2020).<br />

Para estabelecer a infecção<br />

em um indivíduo, o vírus<br />

promove a infecção a<br />

partir da ligação direta da<br />

proteína S com o receptor<br />

de enzima conversora de<br />

angiotensina 2 (ACE2). A<br />

entrada do vírus nas células<br />

é facilitada por uma<br />

enzima denominada serino<br />

protease transmembrana<br />

tipo II (TMPRSS2),<br />

que promove a fusão do<br />

virion a membrana da célula<br />

hospedeira, permitindo<br />

a entrada da partícula e<br />

estabelecendo a infecção<br />

propriamente dita, em<br />

um processo chamado de<br />

adsorção (LOPES, 2022).<br />

As células- alvo para SAR-<br />

S-CoV-2 são as do epitélio<br />

do trato respiratório superior<br />

e inferior, além de<br />

pneumócitos (CHASQUEI-<br />

RA; SILVA, 2021).<br />

Após esse processo inicial<br />

de entrada do vírus<br />

nas células do hospedeiro,<br />

diversos processos seguem-se<br />

no citoplasma<br />

da célula hospedeira levando<br />

a replicação viral<br />

e propagando a infecção<br />

no organismo pela contaminação<br />

de células adjacentes,<br />

principalmente<br />

no trato respiratório.<br />

Esse agente etiológico é<br />

altamente transmissível,<br />

provocando infecção respiratória<br />

de quadro clínico<br />

variável, podendo ser<br />

assintomático ou sintomático<br />

(ALVES, 2021).<br />

Conclusão<br />

Diferenciar infeções virais<br />

respiratórias nem sempre<br />

é tarefa fácil, haja vista<br />

que muitas delas estão<br />

associadas a manifestações<br />

clínicas semelhantes<br />

que incluem sintomas<br />

como faringite, tosse,<br />

mal-estar e febre; que<br />

costumam ser classificadas<br />

como resfriados ou<br />

gripes. Todavia, é a partir<br />

do correto entendimento<br />

sobre os diferentes<br />

vírus capazes de causas<br />

estas infecções, é o que<br />

permite o diagnóstico,<br />

tratamento, prevenção e<br />

monitoramento de populações<br />

inteiras em relação<br />

às infecções que as<br />

acometem.<br />

54 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Sendo dois vírus causadores<br />

de infecções respiratórias<br />

com grande<br />

impacto sobre a saúde<br />

pública mundial, distintas,<br />

mas com manifestações<br />

semelhantes, entender<br />

as características<br />

dos vírus Influenza e SAR-<br />

S-CoV-2 é de suma importância<br />

na diferenciação<br />

não apenas dos dois<br />

agentes etiológicos, mas<br />

do próprio quadro clínico<br />

a que estão associados.<br />

A compreensão da estrutura<br />

da partícula viral,<br />

desde seu genoma até<br />

as propriedades antigênicas<br />

e sorológicas pode<br />

preencher lacunas no conhecimento<br />

acerca das<br />

infecções causadas, considerando<br />

que ambos os<br />

vírus possuem tropismo<br />

por diferentes porções do<br />

trato respiratório, e a isto<br />

se deve o espectro clínico<br />

tão variável em cada hospedeiro<br />

que é acometido.<br />

Além disso, destaca-<br />

-se que trabalhos como<br />

este, que visam agregar<br />

conhecimento sobre a<br />

gripe e a COVID-19, são<br />

de relevância marcante<br />

devido ao fato de estas<br />

serem doenças que acometem<br />

milhares de pessoas<br />

ao longo dos anos,<br />

levando frequentemente<br />

a condições graves que<br />

implicam em sequelas,<br />

perda de qualidade de<br />

vida ou até mesmo óbito<br />

em grandes proporções<br />

ao redor do mundo, tendo<br />

influência direta não<br />

só no âmbito da saúde<br />

humana, mas nas próprias<br />

relações econômicas<br />

também.<br />

Referências<br />

ABDELRAHMAN, Zeinab; LI, Mengyuan; WANG,<br />

Xiaosheng. Comparative review of SARS-CoV-2,<br />

SARS-CoV, MERS-CoV, and influenza a respiratory<br />

viruses. Frontiers in immunology, p. 2309, 2020.<br />

ALVES, Ana Raquel Catarino. SARS-CoV-2: um problema<br />

mundial. 2021. Tese de Doutorado.<br />

BORGES, Alessandra A. et al. SARS-CoV-2: origem,<br />

estrutura, morfogênese e transmissão. BARRAL-<br />

-NETTO, M.; BARRETO, ML; PINTO JUNIOR, EP, 2020.<br />

CÂNDIDO, Estelita Lima et al. Influenza A/H1N1 e<br />

COVID-19 no Brasil: impactos e diferenças epidemiológicas.<br />

<strong>Revista</strong> de Epidemiologia e Controle de<br />

Infecção, v. 10, n. 3, 2020.<br />

CHASQUEIRA, Marco; SILVA, Liliana. COVID-19: uma<br />

pandemia anunciada. Higeia: <strong>Revista</strong> Científica da<br />

Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, 2021.<br />

CHAVES, Karen Cristina Barbosa et al. TRANSMISSI-<br />

BILIDADE DOMICILIAR-ABORDAGEM CLÍNICA DO<br />

VÍRUS INFLUENZA. In: Anais Colóquio Estadual de<br />

Pesquisa Multidisciplinar (ISSN-2527-2500) & Congresso<br />

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MANN, Edgar. Pandemias de influenza e a estrutura<br />

sanitária brasileira: breve histórico e caracterização<br />

dos cenários. <strong>Revista</strong> Pan-Amazônica de Saúde, v. 7,<br />

n. 1, p. 15-15, 2016.<br />

FERNANDA, Gatzke; ANDRADE, Vera Regina Medeiros.<br />

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SAÚDE E BIOLÓGICAS–RICSB, v. 3, n. 2, p. 74-82,<br />

2020.<br />

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2017.<br />

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-CoV-2: pathogenesis and host responses in the<br />

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GIRÃO, Milena Maria Felipe et al. Perfil Epidemiológico<br />

dos Pacientes de SARS-COV-2 no Brasil/Epidemiological<br />

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Structure and function of the influenza A virus non-<br />

-structural protein 1. 2019.<br />

LANA, Raquel Martins et al. Emergência do novo<br />

coronavírus (SARS-CoV-2) e o papel de uma vigilância<br />

nacional em saúde oportuna e efetiva. Cadernos<br />

de Saúde Pública, v. 36, 2020.<br />

LEMOS, Ana Paula. Vírus influenza: características<br />

clínicas, epidemiológicas e desafios. In: Vírus influenza:<br />

características clínicas, epidemiológicas e<br />

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2020. China CDC Weekly, v. 2, n. 5, p. 79, 2020.<br />

LOPES, Donátila Cristina Lima. Terminologia padronizada<br />

de enfermagem para o cuidado de pessoas<br />

com sequelas por COVID-19. 2022. Dissertação de<br />

Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do<br />

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RAS, Oscar. SARS-CoV-2 and influenza: a comparative<br />

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médico del Hospital Infantil de México, v. 77, n. 5,<br />

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MELO, Tatiane Coutrin; NEVES, Thauany Campos<br />

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MOTA, Lennara Pereira et al. Influenza (H1N1), sars-<br />

-cov-2 e associação com a síndrome do desconforto<br />

respiratório agudo. Research, Society and Development,<br />

v. 9, n. 8, p. e58984885-e58984885, 2020.<br />

NOGUEIRA, José Vagner Delmiro. CONHECENDO A<br />

ORIGEM DO SARS-COV-2 (COVID 19). <strong>Revista</strong> Saúde<br />

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PEREIRA, André; DA CRUZ, Kleber Augusto Tomé;<br />

LIMA, Patrícia Sousa. Principais aspectos do novo<br />

coronavírus sars-cov-2: uma ampla revisão. Arquivos<br />

do MUDI, v. 25, n. 1, p. 73-90, 2021.<br />

RIBEIRO, Julival Fagundes. et al. Influenza (Gripe).<br />

Saúde em Foco: Doenças Emergentes e Reemergentes.,<br />

v. 1, p. 248, 2017.<br />

ROCHA, Rosemara Andressa Silva; CENZI, Camila<br />

Maria. Educação em saúde para prevenção das<br />

infecções respiratórias: Relato de experiência. Research,<br />

Society and Development, v. 10, n. 10, p.<br />

e63101018593-e63101018593, 2021.<br />

SOUZA, Aliny Portilho Abreu. Influenza A H1N1: legados<br />

da primeira pandemia do Século XXI. Editora<br />

Dialética, 2022.<br />

WALKER, Peter J. et al. Changes to virus taxonomy<br />

and the International Code of Virus Classification<br />

and Nomenclature ratified by the International<br />

Committee on Taxonomy of Viruses (2019). Archives<br />

of virology, v. 164, n. 9, p. 2417-2429, 2019.<br />

YANG, Li et al. COVID-19: immunopathogenesis<br />

and Immunotherapeutics. Signal transduction and<br />

targeted therapy, v. 5, n. 1, p. 1-8, 2020.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

55


GESTÃO LABORATORIAL<br />

PESQUISAS NA ÁREA DE GESTÃO LABORATORIAL:<br />

PARAMETRIZAÇÃO DE PERDAS EM EXAMES DO SETOR<br />

DA BIOQUÍMICA<br />

Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Este é mais um artigo<br />

sobre pesquisas na área<br />

de gestão laboratorial<br />

que decorre de estudos<br />

científicos, produzidos<br />

a partir de sistemas de<br />

gestão por nós desenvolvidos<br />

e implantados<br />

pela Unidos Consultoria<br />

e Treinamento, em laboratórios<br />

de todas as regiões<br />

do Brasil. Constitui-<br />

-se, portanto, da geração<br />

de novos conhecimentos<br />

à disposição dos gestores<br />

laboratoriais. Serão<br />

abordados dois temas<br />

em artigos distintos. O<br />

primeiro versa sobre em<br />

que momento os laboratórios<br />

clínicos de pequeno<br />

e médio porte devem<br />

terceirizar exames, tendo<br />

sido já abordado na edição<br />

nº 177 relativa aos<br />

meses de abril e maio de<br />

2023. O segundo estudo e<br />

tema do atual artigo, trata<br />

da identificação e quanti-<br />

ficação das principais causas<br />

de perdas para alguns<br />

exames do setor da bioquímica,<br />

bem como sugere<br />

formas de controle. Os<br />

dois artigos em conjunto<br />

com os da gestão de riscos,<br />

formam a ideia de<br />

uma base geradora para<br />

futuras pesquisas na área<br />

da gestão laboratorial.<br />

Este é o propósito maior<br />

dos nossos softwares,<br />

produtos de Tecnologia<br />

da Informação (TI) e<br />

pesquisas: proporcionar<br />

a socialização de sistemas<br />

de gestão aliados a<br />

um eficiente processo de<br />

benchmarking, gerando<br />

novos conhecimentos<br />

em prol da comunidade<br />

laboratorial. Queremos<br />

contribuir com nossa cota<br />

na missão de melhorar a<br />

produtividade dos laboratórios<br />

clínicos e incrementar<br />

a competitividade<br />

destas organizações.<br />

PARAMETRIZAÇÃO DE<br />

PERDAS EM EXAMES<br />

DO SETOR DA BIOQUÍ-<br />

MICA<br />

Os laboratórios de análises<br />

clinicas operam inevitavelmente<br />

com perdas.<br />

Algumas delas são<br />

impostas por leis, como o<br />

uso de controles internos<br />

e externos. Existem ainda<br />

perdas com calibrações,<br />

repetições,<br />

diluições,<br />

desestabilização de reagentes<br />

e paradas de equipamentos.<br />

Até o momento,<br />

eram desconhecidos<br />

em que valores estas<br />

perdas ocorriam, fato<br />

que dificulta o controle<br />

do gestor sobre estes<br />

processos. O setor de<br />

bioquímica nos laboratórios<br />

pesquisados representa<br />

em média 50,26%<br />

do total de exames e os<br />

doze mais usuais, identi-<br />

56 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


O seu melhor investimento_<br />

em biologia molecular.<br />

A Loccus desenvolve a melhor solução para desafios em biologia molecular independente do tamanho<br />

e complexidade do projeto do seu laboratório. Com um modelo de negócio inovador viabilizamos<br />

projetos especiais, assim como aconteceu nesta parceria com a Flow Diagnósticos.<br />

A Flow Diagnósticos, em parceria com a Loccus, aprimorou os resultados e operação do laboratório<br />

na extração de RNA.<br />

Benefícios no laboratório:<br />

Operação otimizada:<br />

de 5 horas para 50 minutos<br />

Redução na quantidade da<br />

amostra: de 8 ml para 2 ml<br />

Redução de 25% nos custos<br />

diretos de reagentes<br />

Próxima fase: validação de novos<br />

reagentes e equipamentos<br />

Venha você também conhecer os<br />


GESTÃO LABORATORIAL<br />

ficados no presente estudo,<br />

atingem 73,19% do<br />

setor. Esta investigação<br />

tes, controles, calibradores,<br />

troca de equipamentos,<br />

terceirização de<br />

ra causa de perda são as<br />

calibrações, seguida do<br />

uso de controles exter-<br />

tem por objetivo quanti-<br />

exames, etc. Resultados:<br />

nos, desestabilização de<br />

ficar de forma percentual<br />

A metodologia usada foi<br />

reagentes e parada de<br />

as diversas modalidades<br />

a análise de doze exames<br />

equipamentos. Para os<br />

de perdas existentes por<br />

comumente mais reali-<br />

de grande porte, a tercei-<br />

tipo de exame e por por-<br />

zados no setor de bio-<br />

ra causa de perda é por<br />

te de laboratório clínico<br />

química em trinta e nove<br />

parada de equipamentos,<br />

haja vista que o conhe-<br />

laboratórios<br />

clínicos.<br />

seguida pelas calibrações<br />

cimento destes percen-<br />

Concluiu-se que a prin-<br />

e pelo uso de controles<br />

tuais de perdas é muito<br />

cipal causa de perda no<br />

externos e não registra-<br />

importante, pois possi-<br />

setor da bioquímica para<br />

ram perdas por desesta-<br />

bilita alertar os gestores<br />

laboratórios clínicos de<br />

bilização de reagentes.<br />

sobre quais os exames<br />

todos os portes, decor-<br />

A produção própria dos<br />

dos seus laboratórios clí-<br />

re do uso inadequado<br />

exames de Amilase, Fos-<br />

nicos estão tendo perdas<br />

dos controles internos,<br />

fatase Alcalina e Gama GT,<br />

fora da normalidade, ten-<br />

seguida pelas repetições<br />

sempre conduziu a perdas<br />

do como base o resulta-<br />

de testes para confirma-<br />

acima da média do setor<br />

do desta investigação. A<br />

ções de resultados. Para<br />

da bioquímica, de forma<br />

partir disso, os gestores<br />

laboratórios clínicos de<br />

independente do porte<br />

têm indicativo das causas<br />

pequeno porte, especifi-<br />

laboratorial. A conclusão<br />

destas perdas, oportuni-<br />

camente, a terceira causa<br />

deste estudo recomenda<br />

zando de forma metódi-<br />

de perda são as calibra-<br />

que os gestores dos labo-<br />

ca, científica, a proposi-<br />

ções, seguidas do uso<br />

ratórios clínicos se con-<br />

tura de planos de ações<br />

de controles externos e<br />

centrem nas políticas de<br />

para melhorar os proces-<br />

da desestabilização de<br />

produção no tocante aos<br />

sos produtivos, ao redu-<br />

reagentes e não regis-<br />

processos de uso dos con-<br />

zir os custos variáveis<br />

traram perdas por para-<br />

troles internos, critérios de<br />

(de produção) por meio<br />

da de equipamentos. Já<br />

repetição de exames e de<br />

da alteração de rotinas,<br />

para laboratórios clínicos<br />

terceirização dos parâme-<br />

substituição de reagen-<br />

de médio porte, a tercei-<br />

tros citados.<br />

58 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Introdução<br />

No setor das análises clinicas<br />

existem diversos<br />

tipos de perdas: repetições<br />

para confirmação<br />

de resultados, repetições<br />

por obrigação legal, diluições,<br />

volume residual de<br />

reagentes, parada intempestiva<br />

de equipamentos,<br />

desestabilização de reagentes,<br />

calibrações, controles<br />

internos (comercial<br />

de reagentes), controles<br />

externos (programas de<br />

proficiência) e controles<br />

Inter laboratoriais. Todos<br />

os laboratórios clínicos<br />

operam com perdas,<br />

algumas delas são impostas<br />

por leis, conforme a<br />

Agencia Nacional de Vigilância<br />

Sanitária (ANVI-<br />

SA), que na Resolução de<br />

Diretoria Colegiada (RDC)<br />

302/2005, estabelece as<br />

regras de funcionamento<br />

dos laboratórios clínicos.<br />

O regulamento deixa claro<br />

que para a obtenção do<br />

Alvará sanitário/Licença<br />

de funcionamento, eles<br />

devem monitorar a fase<br />

analítica por meio de controle<br />

externo e interno de<br />

qualidade, fato que obriga<br />

os laboratórios perderem<br />

testes, implicando, com<br />

isso, no uso adicional de<br />

reagentes e consumíveis.<br />

O controle interno além<br />

de atender as obrigações<br />

legais, visa monitorar<br />

as variações das<br />

provas analíticas, buscando<br />

assim, assegurar a<br />

confiabilidade dos resultados.<br />

Ele consiste na<br />

análise diária de amostra<br />

controle com valores<br />

dos analitos conhecidos<br />

para avaliar a precisão<br />

dos ensaios, visando criticar<br />

o funcionamento e<br />

eficiência dos procedimentos<br />

laboratoriais e<br />

assim fornecer resultados<br />

válidos que possam<br />

contribuir com eficácia<br />

no estabelecimento<br />

do diagnóstico pelo<br />

médico, segundo Lopes<br />

(2003). Leite (2003)<br />

assegura que a qualidade<br />

de qualquer análise<br />

bioquímica depende da<br />

metodologia empregada<br />

e de um adequado<br />

controle de qualidade<br />

rotineiramente utilizado<br />

no laboratório.<br />

Conforme Chaves, J.<br />

S. C. e Marin (2010) os<br />

ensaios de proficiência<br />

visam a garantia da<br />

qualidade e um diagnóstico<br />

preciso e a minimização<br />

dos impactos<br />

negativos na saúde<br />

dos pacientes. Chaves<br />

(2010) afirma que, com<br />

a qualidade melhorada,<br />

os desperdícios podem<br />

ser evitados, reduzindo<br />

custos e aumentando a<br />

produtividade. Alguns<br />

laboratórios clínicos<br />

também utilizam o controle<br />

Inter laboratorial.<br />

Para Alves et al. (2004)<br />

esta modalidade de<br />

controle é uma ferramenta<br />

que pode levar<br />

ao incremento na qualidade<br />

dos laboratórios<br />

que participam do processo.<br />

Segundo Maluf,<br />

Silva e Vidigal (2011),<br />

outra forma de controle<br />

é a avaliação periódica<br />

da comutatividade, que<br />

visa monitorar a equivalência<br />

de resultados<br />

de exames quando realizados<br />

em diferentes<br />

equipamentos.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

59


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Abreu (1993) pondera que<br />

em laboratórios clínicos<br />

a melhoria da qualidade<br />

pode ser confirmada pela<br />

diminuição da repetição<br />

de exames o que gera<br />

agilidade na entrega dos<br />

resultados e maior confiabilidade<br />

dos analistas e<br />

dos clientes.<br />

Outros tipos de perdas<br />

se referem às calibrações<br />

de equipamentos. Para a<br />

ANVISA, na RDC 302/2005,<br />

calibração é o conjunto de<br />

operações que estabelece,<br />

sob condições especificas,<br />

a correspondência entre<br />

valores indicados por um<br />

instrumento, sistema de<br />

medição ou material de<br />

referencia, e os valores<br />

correspondentes estabelecidos<br />

por padrões.<br />

Façanha e Prestes (2012)<br />

abordam as seguintes<br />

causas para perdas em<br />

exames: por parada de<br />

equipamento, repetições<br />

para confirmações de<br />

resultados, repetições por<br />

obrigações legais, desestabilização<br />

de reagentes e<br />

realização de calibrações<br />

e controles. Estas perdas<br />

têm custo na produção<br />

dos exames. Elas devem<br />

ser registradas e gerenciadas,<br />

a fim de aperfeiçoar<br />

o processo de produção,<br />

reduzindo o gasto com<br />

elas. Os autores utilizam<br />

o método de custeio marginal<br />

para calcular o custo<br />

dos exames, onde cada<br />

produto absorve somente<br />

os custos que incidem<br />

diretamente sobre si próprios,<br />

e os custos fixos<br />

(mão de obra, água, luz<br />

telefone...) não são associados<br />

diretamente aos<br />

exames, evitando, com<br />

isso, as distorções dos<br />

critérios de rateio. Para<br />

eles, os custos de produção<br />

são: custo nominal<br />

(reagentes, descartáveis<br />

específicos e remuneração<br />

de equipamentos),<br />

consumíveis, calibradores,<br />

controles, perdas, material<br />

de escritório, material<br />

descartável e manutenções<br />

de equipamentos da<br />

produção. O resultado da<br />

soma destes itens é o custo<br />

de produção do exame.<br />

Logo, gerenciar as perdas<br />

em laboratórios clínicos é<br />

uma importante estratégia<br />

de redução no custo<br />

final dos exames. Façanha<br />

e Prestes (2008) discorrem<br />

que é preciso maximizar a<br />

capacidade produtiva, evitando<br />

a ociosidade e desperdícios<br />

operacionais.<br />

Mugnol e Ferraz (2006)<br />

afirmam que o cálculo do<br />

custo real de um exame é<br />

muito complexo e que é<br />

preciso considerar o nível<br />

de repetições necessárias<br />

a liberação de um resultado,<br />

os testes consumidos<br />

com a calibração do equipamento,<br />

e para o controle<br />

do analito, as perdas<br />

inerentes à própria metodologia<br />

empregada e às<br />

possíveis falhas dos instrumentos<br />

utilizados. Os<br />

autores ainda comentam<br />

a existência das perdas<br />

inerentes a pouca estabilidade<br />

ou curta validade<br />

de alguns reagentes que<br />

são descartados sem que<br />

sejam utilizados em sua<br />

totalidade. Para estes autores,<br />

conhecer o real custo<br />

do exame e saber quantidade<br />

de testes perdidos<br />

são informações capazes<br />

de fundamentar a tomada<br />

62 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


mais segura de decisões<br />

simples, como, por exemplo,<br />

a modificação de rotinas<br />

de trabalho e a terceirização<br />

de exames. Nesse<br />

viés, estão até decisões de<br />

maior grau de complexidade,<br />

como a aquisição<br />

de novos equipamentos<br />

e até a mudança do perfil<br />

da empresa. A gestão das<br />

perdas permite ao laboratório<br />

clínico a oportunidade<br />

de promover de forma<br />

eficiente e efetiva a utilização<br />

dos recursos disponíveis.<br />

É preciso avaliar de<br />

forma simultânea a produtividade,<br />

a qualidade e<br />

os custos, não sendo mais<br />

aceitável priorizar os dois<br />

primeiros sem considerar<br />

o terceiro.<br />

Alves e Ogushi (2006)<br />

asseguram que, em um<br />

mercado cada vez mais<br />

exigente e competitivo,<br />

onde há necessidade<br />

de produzir exames e<br />

o comprador do serviço<br />

determina o preço<br />

é preciso diminuir as<br />

perdas e racionalizar os<br />

custos e manter a qualidade<br />

do produto.<br />

Rust, Zahorik e Keiningham<br />

(1994) destacam<br />

que, apesar da qualidade<br />

ser necessária em muitas<br />

empresas, a qualidade, nos<br />

dias de hoje, não é garantia<br />

de lucros, haja vista que os<br />

principais efeitos da qualidade<br />

sobre os lucros se dão<br />

através da obtenção de<br />

menores custos devido a<br />

um aumento da eficiência,<br />

retenção maior de clientes,<br />

atração de novos clientes<br />

e do potencial para cobrar<br />

preços mais altos.<br />

Estes relatos destacam a<br />

importância de se conhecer<br />

valores razoáveis de<br />

perdas aceitáveis no setor<br />

de bioquímica, uma vez<br />

que estes exames representam<br />

em média 50,26%<br />

do total de exames produzidos<br />

(pequeno porte<br />

= 50,05%; médio porte =<br />

46,52% e grande porte =<br />

54,23%), impactando, sem<br />

dúvidas, na rentabilidade<br />

do parque produtivo<br />

do laboratório clínico. A<br />

apuração do percentual<br />

de perdas do setor de<br />

bioquímica, ou dos custos<br />

com as perdas neste setor,<br />

é muito importante, pois<br />

poderá alertar aos gestores<br />

quais os exames estão<br />

tendo perdas em excesso<br />

e, a partir daí, ter uma<br />

chance de aumentarem<br />

seus resultados diminuindo<br />

os custos de produção.<br />

Para Maher (2001), a baixa<br />

qualidade de produtos<br />

implica não somente custos<br />

de perder clientes, também<br />

custos de materiais perdidos<br />

no processo de produção<br />

– as chamadas perdas<br />

de produção. Aperfeiçoando<br />

o processo de produção<br />

em seu início, a qualidade<br />

melhora e seus custos<br />

caem, como resultado da<br />

eliminação ou redução de<br />

produtos defeituosos, em<br />

estágios posteriores. Os<br />

clientes então recebem<br />

produtos de melhor qualidade,<br />

com menor preço.<br />

Berlitz e Haussen (2005)<br />

discorrem que a perfeita<br />

adequação entre qualidade<br />

e custos é meta permanente<br />

no gerenciamento<br />

de processos, técnicos ou<br />

administrativos em laboratórios<br />

clínicos.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

63


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Apesar de todo laboratório<br />

clinico operar com<br />

perdas, há pouco controle<br />

sobre elas. Ainda<br />

não existem padrões de<br />

normalidade ou anormalidade<br />

definidos<br />

para as perdas, o que<br />

gera a necessidade de<br />

conhecê-las e quantificá-las<br />

para melhorar a<br />

eficiência dos parques<br />

produtivos dos laboratórios<br />

clínicos brasileiros.<br />

A determinação<br />

dos valores razoáveis<br />

ou aceitáveis de perdas<br />

em laboratórios clínicos<br />

de pequeno, médio<br />

e grande porte, para<br />

os exames com maior<br />

demanda presentes no<br />

setor de bioquímica,<br />

deve permitir identificar<br />

níveis elevados destas<br />

perdas e estabelecer<br />

métodos gerenciais que<br />

proporcionem a redução<br />

para patamares aceitáveis,<br />

diminuindo assim<br />

os custos de produção<br />

destes exames laboratoriais,<br />

colaborando para o<br />

incremento da competitividade<br />

da organização.<br />

É este o nosso desafio.<br />

Material e métodos<br />

Este estudo envolveu<br />

laboratórios clínicos de<br />

quatro regiões do País<br />

durante um período de<br />

cinco anos e utilizou<br />

uma ferramenta que<br />

executa o cálculo dos<br />

custos e analisa a rentabilidade<br />

dos laboratórios<br />

clínicos, detalhando<br />

a rentabilidade individual<br />

de parâmetros/exames,<br />

clientes/convênios,<br />

equipamentos e setores/áreas<br />

dos laboratórios<br />

clínicos. Também<br />

testa em tempo real<br />

tabelas de preços de<br />

exames e compara de<br />

forma dinâmica tabelas<br />

de preços entre clientes.<br />

Igualmente calcula<br />

o desempenho geral da<br />

organização através de<br />

dezenas de indicadores,<br />

determina o ponto de<br />

equilíbrio e fornece subsídios<br />

para o planejamento<br />

orçamentário e análise<br />

de negócios. Isto permite<br />

a padronização da<br />

coleta de dados, tornando<br />

os resultados comparáveis<br />

entre si. (Façanha;<br />

Prestes, 2008).<br />

Para a realização do estudo<br />

foram considerados os<br />

doze exames comumente<br />

mais realizados no setor<br />

de bioquímica dos laboratórios<br />

clínicos de pequeno,<br />

médio e grande porte,<br />

que representam em<br />

média 73,19% deste setor<br />

(pequeno porte = 80,59%;<br />

médio porte = 75,59% e<br />

grande porte = 63,37%).<br />

São eles: glicose, creatinina,<br />

ácido úrico, colesterol total,<br />

colesterol HDL, triglicerídeos,<br />

uréia, fosfatase alcalina,<br />

transaminase oxalacética<br />

(TGO), transaminase pirúvica<br />

(TGP), gama-glutamil-<br />

-transferase (Gama-GT) e<br />

amilase. Foram definidos<br />

como de pequeno porte<br />

laboratórios clínicos que<br />

realizam mensalmente até<br />

14.999 mil exames, médio<br />

porte laboratórios clínicos<br />

que realizam de 15.000 a<br />

49.999 exames e grande<br />

porte laboratórios clínicos<br />

que realizam 50.000 ou<br />

mais exames. Foram estudados<br />

39 laboratórios de<br />

análises clínicas no período<br />

de janeiro de 2008 a dezembro<br />

de 2012, estabelecidos<br />

nos seguintes Estados: Rio<br />

64 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


GESTÃO LABORATORIAL<br />

AUTOBLOT SYSTEMS<br />

Com registro na ANVISA<br />

Plataforma única de automação total do processo de<br />

Western blot<br />

Para 36 ou 48 amostras por corrida, minimizando o<br />

erro humano, aumentando a produtividade e<br />

fornecendo resultados precisos e consistentes para o<br />

seu laboratório.<br />

Tel: (11) 3565-7187<br />

vendasbrasil@mpbio.com<br />

@mpbiomedicalsbrasil<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

65


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Grande do Sul, Santa Catarina,<br />

São Paulo, Espírito<br />

Santo, Rio de Janeiro, Minas<br />

Gerais, Bahia, Alagoas, Goiás<br />

e Mato Grosso. Doze<br />

laboratórios clínicos foram<br />

classificados na categoria<br />

de pequeno porte (30,77%),<br />

dezesseis laboratórios clínicos<br />

enquadraram-se na<br />

categoria de médio porte<br />

(41,02%) e onze laboratórios<br />

clínicos foram considerados<br />

de grande porte (28,21%).<br />

Todos os dados foram<br />

obtidos através do banco<br />

de um sistema de gestão<br />

laboratorial implantado<br />

nas empresas estudadas.<br />

Este sistema baseia-se no<br />

método de custeio marginal,<br />

onde os custos fixos<br />

do laboratório (custos que<br />

não variam com o volume<br />

de produção) são separados<br />

dos custos variáveis<br />

(custos que variam com<br />

o volume da produção) e<br />

toda a mão de obra, seja<br />

direta ou indireta, é alocada<br />

como custo fixo. Os<br />

custos com perdas encaixam-se<br />

nos custos variáveis<br />

(de produção) e foram<br />

registrados no arquivo<br />

“Folhas de Verificação do<br />

Cliente”, tendo como fonte<br />

os registros gerados pelos<br />

equipamentos, registros<br />

de planilhas do setor e<br />

informações dos analistas<br />

e técnicos que realizaram<br />

os exames.<br />

As perdas foram calculadas<br />

em percentagem. Primeiro<br />

verifica-se o número<br />

de exames vendidos<br />

por tipo de exame, em<br />

um determinado período<br />

(seis meses, por exemplo).<br />

Passo seguinte constata-<br />

-se o número de exames<br />

perdidos com controles<br />

internos, controles externos,<br />

calibrações, desestabilização<br />

de reagentes,<br />

parada de equipamentos,<br />

repetições para confirmações<br />

e diluições no<br />

mesmo período. Finalmente,<br />

calcula-se a percentagem<br />

destes exames<br />

em relação ao número de<br />

exames vendidos, obtendo-se<br />

assim a percentagem<br />

de exames perdidos.<br />

Visando a depuração<br />

dos dados iniciais, foi<br />

utilizada a estatística da<br />

média podada. Para os de<br />

pequeno porte foi podado<br />

um laboratório clínico<br />

para o exame da amilase.<br />

No caso do médio porte<br />

foram podados quatro<br />

laboratórios clínicos, um<br />

por exame, nos seguintes<br />

exames: amilase, colesterol<br />

total, fosfatase alcalina<br />

e glicose. Já para os<br />

de grande porte, foram<br />

podados quatro laboratórios<br />

clínicos, um por<br />

exame, nos seguintes<br />

exames: colesterol HDL<br />

e total e dois por exame<br />

para o triglicerídeos.<br />

Para classificação dos tipos<br />

de perdas existentes no<br />

setor, usou-se o seguinte<br />

método: Os dados foram<br />

lançados numa planilha de<br />

cálculo para determinação<br />

da quantidade percentual<br />

por tipo de perda, por<br />

porte laboratorial e por<br />

exame. Foram calculadas<br />

as seguintes estatísticas<br />

66 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


para todos os exames e<br />

portes: média percentual<br />

de perdas dos exames,<br />

média geral de perdas por<br />

porte, desvio padrão das<br />

perdas por exame, média<br />

das perdas mais um desvio<br />

padrão e média geral destas<br />

somas por porte laboratorial.<br />

Estas estatísticas<br />

nos serão úteis na discussão<br />

dos resultados e nas<br />

considerações finais como<br />

possíveis conclusões.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

Resultados e discussão<br />

A principal causa de<br />

perda no setor da bioquímica<br />

para laboratórios<br />

clínicos de todos os<br />

portes decorre dos controles<br />

internos, seguida<br />

pelas repetições de testes<br />

para confirmações<br />

de resultados, conforme<br />

o quadro 5 ao mostrar<br />

que somente estas duas<br />

causas são responsáveis<br />

por valores que variam<br />

de 85,90% a 91,40%<br />

do total das perdas do<br />

setor de bioquímica dos<br />

laboratórios.<br />

Quadro 1: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />

causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de pequeno porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Quadro 2: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />

causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de médio porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

67


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Analisando os quadros<br />

1, 2 e 3, cujo resumo se<br />

encontra no quadro 4,<br />

percebemos que para<br />

laboratórios clínicos de<br />

pequeno porte, a terceira<br />

causa de perda são as<br />

calibrações, seguidas do<br />

uso de controles externos<br />

e da desestabilização de<br />

reagentes, as exceções<br />

ocorreram nos exames<br />

amilase, glicose e triglicerídeos.<br />

Estes laboratórios<br />

não registraram<br />

perdas por parada de<br />

equipamentos. Já para<br />

laboratórios clínicos de<br />

médio porte, a terceira<br />

causa de perda são as<br />

calibrações, seguida do<br />

uso de controles externos,<br />

desestabilização de<br />

reagentes e parada de<br />

equipamentos, as exceções<br />

ocorreram nos exames<br />

amilase, glicose e<br />

triglicerídeos. Para os de<br />

Quadro 3: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />

causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de grande porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Quadro 4: Média geral do total de perdas do elenco de causas do setor de bioquímica para os<br />

laboratórios.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Quadro 5: MTotal de perdas do setor de bioquímica por porte laboratorial, somatório das duas<br />

principais causas de perdas para os três portes e o percentual que este somatório representa do<br />

total de perdas, bem como o percentual representado pelo somatório das demais causas.<br />

Fonte: Os autores.<br />

68 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


P O I N T O F C A R E - F I A<br />

FLUORECARE<br />

P L A T A F O R M A Q U A N T I T A T I V A D E<br />

I M U N O F L U O R E S C Ê N C I A<br />

Analisador Confiável - CV%


GESTÃO LABORATORIAL<br />

grande porte, a terceira<br />

causa de perda é por<br />

parada de equipamentos,<br />

seguida pelas calibrações<br />

e pelo uso de<br />

controles externos. Eles<br />

não registraram perdas<br />

por desestabilização de<br />

reagentes. É importante<br />

ressaltar que o fato de<br />

não existirem registros<br />

em algumas situações,<br />

conforme descrito anteriormente,<br />

não significa<br />

a inexistência de eventos<br />

relativos às perdas, e<br />

sim que poderá ter havido<br />

falha humana neste<br />

momento.<br />

Quadro 6: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />

média mais um desvio padrão para laboratórios de pequeno porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Os quadros 6, 7 e 8 apresentam,<br />

respectivamente,<br />

as médias do total de<br />

perdas por exame e do<br />

setor e o desvio padrão<br />

para os laboratórios clínicos.<br />

Eles nos permitem<br />

observar a impor-<br />

Quadro 7: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />

média mais um desvio padrão para laboratórios de médio porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

70 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


tância daquilo que<br />

chamamos valores razoáveis<br />

de perdas aceitáveis<br />

no setor de bioquímica.<br />

Fica evidente que<br />

o limite de um desvio<br />

padrão conduz a valores<br />

incompatíveis de custos<br />

decorrentes das perdas,<br />

se forem considerados<br />

os atuais níveis médios<br />

de remuneração dos<br />

exames do setor da bioquímica.<br />

Isto fica mais<br />

crítico pelo fato de que<br />

o Governo é o maior<br />

comprador dos serviços<br />

de análises clínicas<br />

do País e, normalmente<br />

a tabela adotada é a do<br />

Sistema Único de Saúde<br />

(SUS), muitas vezes com<br />

desconto.<br />

Quadro 8: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />

média mais um desvio padrão para laboratórios de grande porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Gráfico 1: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />

pequeno porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam,<br />

respectivamente,<br />

as médias do total<br />

de perdas por exame e<br />

Gráfico 2: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />

médio porte.<br />

Fonte: Os autores.


GESTÃO LABORATORIAL<br />

do setor e o erro padrão<br />

para os laboratórios clínicos<br />

de pequeno, médio<br />

e grande porte. Fica evidente<br />

que significativa<br />

parte do erro padrão<br />

estimado, decorre principalmente<br />

do desvio<br />

padrão e, este é influenciado<br />

somente por três<br />

exames: Amilase, Fosfatase<br />

Alcalina e Gama<br />

GT. Estes exames são os<br />

únicos que apresentam<br />

perdas acima da média<br />

do setor de bioquímica,<br />

nas amostras analisadas.<br />

Esta observação enseja<br />

que os gestores laboratoriais<br />

devem se preocupar<br />

na tomada de decisão<br />

sobre uma correta<br />

política de produção dos<br />

referidos parâmetros.<br />

Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam,<br />

respectivamente,<br />

as médias do total de perdas<br />

por exame e do setor<br />

Gráfico 3: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />

grande porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

e o erro padrão para os<br />

laboratórios de pequeno,<br />

médio e grande porte.<br />

Considerações finais<br />

Independentemente<br />

do<br />

porte do laboratório clínico,<br />

este estudo mostra<br />

- confirmando o princípio<br />

de Pareto - que somente<br />

duas causas de perdas de<br />

exames, são responsáveis<br />

sozinhas por valores acima<br />

de 85,90% do total<br />

das perdas (laboratórios<br />

clínicos de grande porte),<br />

atingindo 91,40% (porte<br />

médio) e 89,38% (pequeno<br />

porte). Conclui-se que<br />

os gestores dos laboratórios<br />

clínicos devem concentrar<br />

atenção prioritariamente<br />

em duas causas:<br />

1a – Perdas por uso indevido<br />

de controles internos<br />

e 2a – Perdas por repetição<br />

excessiva de exames.<br />

Ainda, somente três exames<br />

(Amilase, Fosfatase<br />

Alcalina e Gama GT) apresentam<br />

perdas acima da<br />

média do setor de bioquímica<br />

para todos os portes,<br />

o que se observa nas<br />

amostras analisadas.<br />

Estas constatações evidenciam<br />

que os gestores labo-<br />

72 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Seringa para<br />

Gasometria<br />

Facilite a coleta de amostras<br />

no seu laboratório e tenha<br />

mais precisão nos resultados.<br />

• Produto esterilizado por óxido de etileno.<br />

• Dispositivo médico de 3 partes, estéril, atóxico, apirogênico<br />

e de uso único.<br />

• Confeccionada em materiais plásticos médicos<br />

descartáveis, com vedação de borracha sintética e tampa<br />

luer lock ou luer slip.<br />

• Contém 72 UI de heparina de lítio seca ou líquida.<br />

• Graduada em 2 ml.<br />

Porque cuidado, segurança e confiabilidade devem fazer<br />

parte da sua rotina!<br />

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

ratoriais devem se preocupar<br />

na tomada de decisão<br />

sobre uma correta política<br />

dutividade da operação,<br />

contribuindo, assim, para<br />

o almejado aumento da<br />

de Sistemas de Apoio às<br />

Decisões – SAD’s. A Unidos<br />

Consultoria e Treina-<br />

de produção, padronizan-<br />

competitividade dos nos-<br />

mento disponibiliza sof-<br />

do procedimentos que<br />

sos laboratórios clínicos.<br />

twares com tal propósito<br />

disciplinem os processos<br />

específico. Esperando ter-<br />

de uso dos controles inter-<br />

Conclusão<br />

mos contribuído para os<br />

nos e repetição de exames<br />

Não cansamos de repe-<br />

negócios na área das aná-<br />

(confirmatórios, diluições,<br />

tir, pela importância, que<br />

lises clínicas, nos despedi-<br />

etc.) e de terceirização dos<br />

não há outra forma para<br />

mos até a próxima edição<br />

parâmetros citados, com<br />

enfrentar as “novas” exi-<br />

da revista NewsLab.<br />

perdas sistematicamente<br />

acima da média.<br />

A adequada gestão destes<br />

três processos (uso dos<br />

gências do mercado: uma<br />

“nova” maneira de recepcionar,<br />

coletar e produzir<br />

exames, a não ser com<br />

competência total. Não<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Humberto Façanha<br />

51-99841-5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

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controles internos, repe-<br />

custa lembrar que a ges-<br />

tição de exames e tercei-<br />

tão econômica e finan-<br />

rização), certamente irá<br />

ceira deve ser exercida<br />

diminuir os custos de pro-<br />

de forma profissional e,<br />

dução e aumentar a pro-<br />

de preferência, com uso<br />

Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />

Humberto Façanha<br />

TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />

Sistema de gestão profissional para<br />

identificar problemas, causas e soluções<br />

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PARA PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS!<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />

curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

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74 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


GESTÃO LABORATORIAL<br />

A Greiner Bio-One apresenta o novo<br />

dashboard interativo para o eTrack.<br />

A atualização permite um controle<br />

personalizado dos dados laboratoriais,<br />

proporcionando uma interface fácil de usar.<br />

O novo recurso oferece maior segurança e<br />

proteção no acesso às informações.<br />

\ Rastreabilidade<br />

do tipo de tubo utilizado<br />

\ Número do lote<br />

\ Validade<br />

\ Ordem de coleta<br />

\ Material e paciente<br />

\ Localidade de atendimento<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

75


TRIAGEM SOROLÓGICA PARA<br />

PACIENTES INFECTADOS COM VÍRUS MAYARO<br />

A Febre do Mayaro é uma doença<br />

infecciosa febril aguda, frequentemente<br />

associada à artralgia<br />

persistente. É causada pelo arbovírus<br />

Mayaro (MAYV) pertencente<br />

ao gênero Alphavirus da família<br />

Togaviridae e é clinicamente indistinguível<br />

da febre da Dengue<br />

e Chikungunya. O vírus pode ser<br />

transmitido por mosquitos silvestres<br />

principalmente do gênero Haemagogus<br />

(mesmo mosquito que<br />

transmite a febre amarela) e estudos<br />

laboratoriais apontam que<br />

o vírus pode se adaptar a outros<br />

vetores que circulam nas cidades<br />

como o Aedes aegypti e o Aedes<br />

albopictus; por isso, considera-se<br />

haver risco potencial de transmissão<br />

urbana. Duas epidemias foram<br />

descritas no Brasil (1955, 1978) e<br />

uma na Bolívia (1955), desde então,<br />

casos esporádicos e surtos<br />

localizados têm sido registrados<br />

nas Américas, incluindo a região<br />

Amazônica do Brasil, principalmente<br />

nos estados das regiões<br />

Norte e Centro-Oeste. No início de<br />

2008, foi relatado um surto no estado<br />

do Pará, onde de um total de<br />

105 indivíduos que relataram um<br />

estado febril nos últimos 30 dias,<br />

36 tinham anticorpos IgM contra<br />

MAYV. Foi relatada a presença de<br />

anticorpos IgM contra o MAYV<br />

em 33 pacientes, e o genoma viral<br />

foi detectado em um deles em<br />

Manaus, durante um surto febril<br />

agudo no período de 2007–2008.<br />

Durante um surto de vírus da dengue<br />

em Mato Grosso, 15 de 604<br />

pacientes foram positivos para<br />

detecção de RNA de mayaro.<br />

monitoramento e a confirmação<br />

diagnóstica das infecções por<br />

MAYV. A diferenciação sorológica<br />

é dificultada devido à reatividade<br />

cruzada entre alfavírus. Moraes-<br />

-Soane, M et al., analisou o desempenho<br />

do teste Anti-Mayaro<br />

Virus ELISA IgM da EUROIMMUN<br />

utilizando soros de um painel<br />

composto por 21 pacientes MAYV<br />

positivos e 25 controles MAYV<br />

negativos. O teste Anti-Mayaro<br />

Virus ELISA IgM foi 100% (95% CI:<br />

81.8-100%) sensível e 76% (95%<br />

CI: 56.3-88.8%) específico. Resultados<br />

discrepantes foram obtidos<br />

em 6 amostras de pacientes<br />

infectados pelo vírus chikunguya<br />

(CHIKV, 5/6) ou flavivírus (1/6). A<br />

maioria dos desvios de ensaios<br />

foi provavelmente devido à reatividade<br />

cruzada com o CHIKV intimamente<br />

relacionado. Em conclusão,<br />

o teste Anti-Mayaro Virus<br />

ELISA IgM da EUROIMMUN fornece<br />

alta sensibilidade, permitindo<br />

triagem eficaz para pacientes infectados<br />

por MAYV e para fins de<br />

vigilância epidemiológica.<br />

Para saber mais, acesse:<br />

www.euroimmun.com.br/mayaro<br />

Referências Bibliográficas<br />

Moraes Soane M, Freitas Henriques D,<br />

Abreu Lima J, et al. Evaluation of A Novel<br />

IgM Screening Enzyme-Linked Immunosorbent<br />

Assay for Sensitive Detection of<br />

Mayaro Virus-Infected Patients. Microbiol<br />

Infect Dis. 2019; 3(2): 1-4.<br />

Esposito DLA, Fonseca BALD. Will Mayaro<br />

virus be responsible for the next outbreak<br />

of an arthropod-borne virus in Brazil? Braz<br />

J Infect Dis. 2017 Sep-Oct;21(5):540-544.<br />

PUBLIEDITORIAL<br />

Com o recente aumento de risco<br />

de infecção por MAYV, há<br />

necessidade urgente de testes<br />

laboratoriais que permitam o<br />

Para mais informações, entre em contato conosco:<br />

www.euroimmun.com.br/mayaro<br />

marketing@euroimmun.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

77


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E POR ISSO, A TODO MOMENTO NOS PREOCUPAMOS<br />

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MATÉRIA DE CAPA<br />

ALIFAX LANÇA REVOLUCIONÁRIO<br />

SISTEMA MOLECULAR MOUSE<br />

A tecnologia permite análise rápida<br />

e qualitativa de alvos moleculares de<br />

DNA e RNA por PCR em tempo real.<br />

A companhia italiana Alifax há mais<br />

de 30 anos desenvolve as melhores<br />

soluções para a área da saúde.<br />

A inovação pode ser vista em produtos<br />

e serviços nos segmentos<br />

de hematologia e bacteriologia. O<br />

compromisso da empresa é sempre<br />

se antecipar as necessidades do<br />

mercado mundial. Desde o início<br />

de suas atividades, a empresa tem<br />

como vocação o pioneirismo científico<br />

e tecnológico.<br />

O perfil empreendedor e visionário<br />

estimulou a expansão de suas operações.<br />

Hoje, possui cinco subsidiárias:<br />

Rússia, China, Alemanha, Espanha<br />

e Brasil. A rede de distribuição<br />

inclui mais de 100 países.<br />

No Brasil, atua desde 2018, sempre<br />

trazendo novidades e modernizando<br />

a maneira de trabalhar em microbiologia.<br />

Localizada na cidade<br />

de São Paulo, a subsidiária brasileira<br />

conta com uma equipe qualificada<br />

para atender as demandas comerciais,<br />

científicas e técnicas no Brasil<br />

e na América Latina. Além de possuir<br />

show-room para demonstração<br />

dos equipamentos e realização de<br />

treinamentos presenciais e on-line.<br />

O resultado dessas ações pode<br />

ser comprovado pela grande receptividade<br />

dos laboratórios clínicos<br />

e hospitais.<br />

A Alifax tem um programa voltado<br />

para inovação tecnológica e investigação<br />

científica. “Uma das estratégias<br />

para promover a divulgação<br />

do pensamento científico é a participação<br />

e a organização de seminários<br />

e conferências com o apoio<br />

de palestrantes nacionais e internacionais<br />

de referência”, explica Dr.<br />

Robson De Moraes, Diretor Geral da<br />

Alifax Brasil.<br />

A companhia possui amplo portfólio<br />

de patentes em todo o mundo<br />

nas áreas de hematologia e bacteriologia.<br />

É motivo de orgulho ter<br />

mais de 200 estudos publicados,<br />

usando tecnologia e instrumentos<br />

da empresa. Outra estratégia fundamental<br />

é a existência de infraestrutura<br />

técnico-científica, formada<br />

por equipes qualificadas na área de<br />

medicina laboratorial, engenharia e<br />

tecnologia da informação.<br />

Desde 2019, a Alifax traz como slogan<br />

“Por dentro da Inovação”. Esse<br />

conceito significa estar por dentro<br />

das inovações tecnológicas no<br />

âmbito da pesquisa e do diagnóstico.<br />

Em parceria com instituições<br />

de pesquisas do mundo todo, a<br />

Alifax está sempre ampliando sua<br />

plataforma de equipamentos e<br />

testes para microbiologia, como<br />

verificamos a seguir.<br />

80<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MATÉRIA DE CAPA<br />

SISTEMA MOLECULAR MOUSE:<br />

PRONTO PARA USO<br />

Em 2022, Alifax lançou no Brasil o<br />

Sistema Molecular Mouse. Compacto<br />

e fácil de usar, é o primeiro<br />

sistema no mundo de qPCR portátil.<br />

A revolucionária tecnologia permite<br />

análise rápida e qualitativa de<br />

moléculas alvo de DNA e RNA por<br />

PCR em tempo real. O Sistema Molecular<br />

Mouse é composto por um<br />

instrumento que atua como termociclador<br />

e um software já instalado<br />

no PC, para execução de testes e<br />

monitoramento de resultados.<br />

O Lab-on-Chip é um microssistema<br />

eletricamente ativo que controla<br />

de forma precisa a temperatura da<br />

reação. É um dispositivo descartável<br />

baseado em um chip de silício<br />

fabricado usando tecnologia inovadora<br />

de semicondutores. Todos<br />

os reagentes necessários são liofilizados<br />

em cada micropoço (5 µl). O<br />

RFID ** tag armazena informações<br />

do produto e testes usados pelo<br />

software para realizar a análise.<br />

Permite 6 reações multiplex simultâneas<br />

em até 64 alvos diferentes:<br />

44 microrganismos e 20<br />

genes de resistência.<br />

O sistema traz benefícios que vão<br />

otimizar a rotina laboratorial:<br />

• O protocolo de análise automática<br />

começa com a leitura do RFID** tag;<br />

• Até 6 instrumentos podem ser<br />

gerenciados independentemente<br />

com uma sessão do software;<br />

• Gerenciamento de usuários de vários<br />

níveis;<br />

• Elaboração de dados precisos;<br />

• Conexão com LIS (Sistema de Informação<br />

Laboratorial);<br />

• Os resultados sobre a presença/<br />

ausência dos alvos são relatados<br />

junto com as curvas;<br />

• Interface amigável;<br />

• CE IVD.<br />

Os cartuchos Lab-on-Chip<br />

são prontos para uso.<br />

Estão disponíveis para<br />

Painel de Sepse e Leveduras.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

81


MATÉRIA DE CAPA<br />

FOCO EM CIÊNCIA<br />

Em 1988, na cidade italiana de<br />

Padova, a Alifax iniciou suas operações<br />

a partir do pioneirismo e<br />

visão estratégica de Paolo Galiano,<br />

tendo como base sua sólida<br />

experiência no mercado de<br />

diagnóstico laboratorial, voltado<br />

aos segmentos de hematologia,<br />

microbiologia, sorologia e autoimunidade.<br />

Em 1998, entrou<br />

em nova fase após a aquisição da<br />

Sire Analytical Systems. A companhia<br />

firmou sua posição no mercado<br />

italiano como produtora de<br />

instrumentação para diagnóstico<br />

clínico para análise da Velocidade<br />

de Hemossedimentação (VHS)<br />

e cultura bacteriana rápida. Esta<br />

ação possibilitou desenvolvimento<br />

rápido e bem-sucedido em<br />

todo o mundo.<br />

DIAGNÓSTICO DE SEPSE<br />

Aliado ao rápido e simples Sistema<br />

Molecular Mouse, a Alifax<br />

lançou os cartuchos para diagnóstico<br />

de sepse, diretamente<br />

de amostras de hemoculturas<br />

positivas, sem a necessidade de<br />

extração, exceto para cartucho<br />

de leveduras. Após um simples<br />

preparo prévio da amostra positiva,<br />

a Alifax tem disponível cartuchos<br />

para identificação e perfil<br />

de resistência para bactérias<br />

gram-negativas, com a possibilidade<br />

de identificar os principais<br />

alvos de resistência, como KPC,<br />

VIM, NDM, IMP, OXA-23, OXA-48,<br />

SHV, SHV ESBL, CTX-M-1/9 grupo,<br />

CTX-M-2/8 grupo, CMY-2,<br />

mcr-1, mcr-2. Para as bactérias<br />

gram-positivas, há disponível os<br />

cartuchos para identificação e<br />

perfil de resistência de estafilococos<br />

e não estafilococos. Para<br />

as leveduras há 9 tipos de espécies<br />

diferentes de Cândidas.<br />

82<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MDRO - VILÕES<br />

DA RESISTÊNCIA<br />

ANTIMICROBIANA<br />

A resistência antimicrobiana representa<br />

uma ameaça crescente e<br />

pode comprometer as conquistas<br />

obtidas em relação à saúde da população<br />

mundial. Os causadores<br />

das resistências bacterianas são<br />

os Microrganismos Resistentes<br />

a Múltiplas Drogas (MDRO). Em<br />

geral, esses microrganismos, predominantemente<br />

bactérias, são<br />

resistentes a uma ou mais classes<br />

de agentes antimicrobianos. As<br />

infecções por MDRO têm manifestações<br />

clínicas semelhantes às<br />

infecções causadas por patógenos<br />

suscetíveis. As opções de tratamento<br />

de pacientes com essas<br />

infecções costumam ser limitadas.<br />

Organismos altamente resistentes<br />

merecem atenção especial nas<br />

instalações de saúde.<br />

A resistência bacteriana traz implicações<br />

diretas à segurança do<br />

paciente por aumentar o tempo<br />

de internação e as chances de readmissão<br />

hospitalar. Isso sem mencionar<br />

custos, uso de antibióticos<br />

de espectro estendido e o risco<br />

de mortalidade, principalmente<br />

devido à ausência de alternativas<br />

terapêuticas. Os mecanismos de<br />

resistência contra os antibióticos<br />

ß-lactâmicos e os carbapenêmicos<br />

têm emergido rapidamente<br />

em nível mundial. Infecções invasivas<br />

com cepas de bactérias resistentes<br />

estão associados a altas<br />

taxas de mortalidade, enfatizando<br />

a necessidade de programas de<br />

vigilância ativa voltados à prevenção<br />

da disseminação, principalmente<br />

no ambiente hospitalar.<br />

Em sintonia com esta exigência<br />

do mercado, a Alifax traz uma solução<br />

confiável, ágil e completa.<br />

Os kits de triagem Alifax MDRO<br />

são os únicos testes fenotípicos<br />

para a triagem eficaz de portadores<br />

e indivíduos infectados,<br />

que fornecem resultados em<br />

poucas horas com desempenho<br />

superior à cultura direta. Atualmente,<br />

a Alifax possui kits para a<br />

triagem fenotípica dos seguintes<br />

perfis de resistência: MRSA (Staphylococcus<br />

Aureus resistente à<br />

Meticilina), ESBL/AmpC (Enterobactérias<br />

produtoras de ESBL) e<br />

para Enterobactérias resistentes<br />

a Carbapenêmicos para a triagem<br />

de Swab de Vigilância e os<br />

resultados se dão entre 6h e 7h,<br />

dependendo do teste. Também<br />

possui Kits para triagem fenotípica<br />

dos perfis de resistência<br />

ESBL/AmpC (Enterobactérias<br />

produtoras de ESBL), para Enterobactérias<br />

resistentes a Carbapenêmicos<br />

e VRE (Enterococos<br />

resistentes à Vancomicina) para<br />

hemoculturas positivas com resultados<br />

em até 4,5h.<br />

Todos os kits são destinados para<br />

uso com os Sistemas de Cultura<br />

e Detecção Hb&L Uroquattro 60<br />

e 120 e Alfred60/AST. A corrida<br />

contra o tempo é fator essencial<br />

no momento de entregar o resultado<br />

assertivo ao médico. Segundo<br />

estudos publicados por Kumar<br />

(2006), cada hora de terapia antimicrobiana<br />

inadequada eleva<br />

as taxas de mortalidade do paciente<br />

para 7,5%. Estima-se que,<br />

em 2050, a resistência bacteriana<br />

será a principal causa de mortes<br />

no mundo, com a previsão de 100<br />

milhões de mortes. Esse aumento<br />

se deve também ao uso indiscriminado<br />

de antibióticos no tratamento<br />

de paciente internados. A<br />

falta de um Centro de Controle de<br />

Infecções Hospitalares em grande<br />

parte dos hospitais é o motivo<br />

desse aumento.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

83


MATÉRIA DE CAPA<br />

I-DONE<br />

O sistema ATR-FTIR, juntamente<br />

com o software I-dOne, identifica<br />

microrganismos em apenas<br />

1 minuto utilizando a técnica<br />

de Reflexão Total Atenuada - Espectroscopia<br />

de Infravermelho<br />

Transformada de Fourier, baseada<br />

na espectroscopia vibracional.<br />

Isso permite que as amostras<br />

sejam examinadas diretamente<br />

de colônias isoladas de meio de<br />

cultura sólido, sem a necessidade<br />

de preparação prévia das<br />

amostras. A luz infravermelha<br />

(IR) é capaz de penetrar alguns<br />

mícrons na amostra depositada<br />

no Elemento de Reflexão Interno<br />

(IRE). Após a interação com a<br />

amostra, as mudanças nas frequências<br />

de luz IR são detectadas<br />

e analisadas. Posteriormente,<br />

o software I-dOne interpreta o<br />

espectro de infravermelho microbiano<br />

adquirido, que pode<br />

ser considerado como sua impressão<br />

digital molecular. Analisando<br />

este espectro e comparando-o<br />

com uma biblioteca de<br />

espectros de amostras microbianas<br />

conhecidas, fornece uma<br />

identificação microbiana.<br />

Os resultados são relatados<br />

como ID de microrganismo junto<br />

com a pontuação de correspondência<br />

relativa que representa a<br />

confiabilidade da identificação<br />

a perfis vibracionais conhecidos<br />

de espécies presentes na base<br />

de dados de referência. Após o<br />

uso, a limpeza do equipamento<br />

é feita utilizando apenas etanol<br />

70%, e estará pronto para o uso<br />

novamente. A biblioteca de espectros<br />

de identificação de microrganismos<br />

está em constante<br />

atualização e atualmente, atende<br />

95% da epidemiologia clínica<br />

do laboratório e hospital.<br />

**RFID: Radio-Frequency Identification<br />

www.alifax.com<br />

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Tel.: (11) 5533.9069<br />

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84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Com o Kit Biomol ZDC,<br />

você terá a garantia de um<br />

diagnóstico rápido, preciso<br />

e confiável.


DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

A RADIOLOGIA E OS<br />

CUIDADOS PALIATIVOS<br />

Por Giovanni Guido Cerri<br />

Os cuidados paliativos,<br />

conjunto de práticas de<br />

assistência ao paciente<br />

com doença incurável,<br />

visa oferecer dignidade e<br />

diminuição de sofrimento<br />

e são expressamente<br />

reconhecidos no contexto<br />

do direito humano à<br />

saúde e devem ser fornecidos<br />

por meio de serviços<br />

de saúde integrados<br />

e centrados no paciente[i].No<br />

entanto, de acordo<br />

com a OMS, a prestação<br />

desses serviços está<br />

aquém da necessidade<br />

na maioria dos países. A<br />

cada ano, estima-se que<br />

mais de 56,8 milhões de<br />

pessoas precisam de cuidados<br />

paliativos, mas<br />

apenas uma em cada 10<br />

dessas pessoas recebem<br />

o serviço. A estimativa é<br />

que, em 2060, a necessidade<br />

de cuidados paliativos<br />

deverá quase dobrar.<br />

No Brasil, um avanço significativo<br />

foi a criação da<br />

Política Nacional de Cui-<br />

dados Paliativos, instituída<br />

em 2012. Essa política<br />

traça diretrizes para a<br />

organização e integração<br />

dos serviços de cuidados<br />

paliativos em todos<br />

os níveis de atenção à<br />

saúde no país. Além disso,<br />

várias instituições e<br />

organizações brasileiras<br />

se concentram na educação,<br />

advocacia e pesquisa<br />

na área. O SUS já oferece<br />

cuidados paliativos,<br />

porém, apesar desses<br />

esforços, ainda existem<br />

desafios na implementação<br />

e acessibilidade do<br />

tratamento em todo o<br />

país. Há escassez de profissionais<br />

de saúde especializados<br />

e formados<br />

para a prática, sobretudo<br />

nas zonas rurais.<br />

O que nem todos sabem<br />

é que a área de radiologia<br />

desempenha papel<br />

crucial no apoio à equipe<br />

multidisciplinar envolvida<br />

nesse tipo de atendimento,<br />

fornecendo<br />

informações valiosas de<br />

diagnóstico e auxiliando<br />

no manejo dos sintomas.<br />

Destaco aqui algumas:<br />

Diagnóstico e monitoramento<br />

de condições:<br />

por meio de técnicas de<br />

imagem, como raios-X,<br />

tomografia computadorizada,<br />

ressonância magnética<br />

e ultrassom, pode<br />

ajudar a diagnosticar e<br />

monitorar várias doenças<br />

e condições. Essas<br />

modalidades de imagem<br />

podem fornecer informações<br />

detalhadas sobre a<br />

extensão e progressão de<br />

uma doença, ajudando<br />

os profissionais de saúde<br />

a entender melhor a<br />

condição do paciente e<br />

tomar decisões informadas<br />

sobre as opções de<br />

tratamento paliativo.<br />

Orientação de procedimentos<br />

intervencionistas:<br />

guiados por<br />

radiologia podem ser<br />

empregados para aliviar<br />

os sintomas e melhorar<br />

86 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


a qualidade de vida de<br />

pacientes em cuidados<br />

paliativos. Técnicas como<br />

biópsias guiadas por imagem,<br />

bloqueios nervosos<br />

e drenagem percutânea<br />

podem ajudar a aliviar a<br />

dor, controlar os sintomas<br />

e gerenciar as complicações.<br />

Avaliação da resposta ao<br />

tratamento: a radiologia<br />

pode ser usada para<br />

avaliar a resposta a tratamentos<br />

paliativos, como<br />

quimioterapia ou radioterapia.<br />

Modalidades de<br />

imagem, como tomografia<br />

computadorizada e<br />

PET, podem avaliar alterações<br />

no tamanho do<br />

tumor, atividade metabólica<br />

ou carga geral da<br />

doença, permitindo que<br />

os profissionais de saúde<br />

ajustem os planos de tra-<br />

tamento de acordo e otimizem<br />

o gerenciamento<br />

de sintomas.<br />

Identificação de complicações:<br />

pacientes em cuidados<br />

paliativos podem<br />

apresentar complicações<br />

relacionadas à sua condição<br />

ou tratamento. A<br />

radiologia pode detectar<br />

e monitorar essas complicações,<br />

como infecções,<br />

trombose ou efeitos<br />

adversos da terapia. A<br />

detecção precoce permite<br />

a intervenção imediata<br />

e o manejo adequado,<br />

levando a melhores resultados<br />

para os pacientes.<br />

Apoio à equipe multidisciplinar:<br />

os radiologistas<br />

podem colaborar com<br />

outros profissionais de<br />

saúde, incluindo especialistas<br />

em cuidados paliativos,<br />

oncologistas, cirurgiões<br />

e enfermeiros, para<br />

fornecer cuidados abrangentes<br />

aos pacientes. Ao<br />

compartilhar achados de<br />

imagem e discutir planos<br />

de tratamento, eles<br />

podem contribuir para<br />

o desenvolvimento de<br />

estratégias de cuidados<br />

paliativos personalizadas<br />

e centradas no paciente.<br />

A colaboração entre<br />

radiologistas e especialistas<br />

em cuidados paliativos<br />

é essencial para<br />

a atenção integral ao<br />

paciente. Juntos, podemos<br />

fornecer diagnóstico<br />

preciso, gerenciamento<br />

eficaz de sintomas e planejamento<br />

de tratamento<br />

personalizado, mas,<br />

especialmente elevar o<br />

debate e avançar na sua<br />

aplicabilidade.<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

[i] OMS – “Cuidados Paliativos” – Disponível em: https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care. Último acesso: 30/05/2023.<br />

Autor:<br />

Giovanni Guido Cerri<br />

Médico, é presidente do Conselho do Instituto de Radiologia e presidente do Conselho de Inovação (InovaHC) do Hospital<br />

das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Foi diretor da FMUSP, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São<br />

Paulo (Icesp) e secretário de Estado da Saúde de São Paulo.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

87


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

POR QUE AS ENZIMAS TGO E TGP<br />

TIVERAM SEUS NOMES ALTERADOS?<br />

Por Brunno Câmara<br />

No Brasil, ainda é muito<br />

comum usarmos os termos<br />

TGO (Transaminase<br />

Glutâmico Oxalacética) e<br />

TGP (Transaminase Glutâmico<br />

Pirúvica) para nos<br />

referirmos a essas enzimas<br />

de grande importância<br />

clínica.<br />

Porém, você sabia que<br />

esses não são os termos<br />

mais adequados e<br />

atuais?<br />

Em 1972, a Federação<br />

Internacional de Química<br />

Clínica (IFCC) recomendou<br />

que os nomes dessas<br />

enzimas fossem alterados<br />

para refletir melhor<br />

a especificidade de seus<br />

substratos.<br />

Em 1983, uma nova revisão<br />

da IFCC recomendou<br />

que os nomes dessas<br />

enzimas fossem alterados<br />

para refletir sua função<br />

(transferência de um grupo<br />

amina de um aminoácido<br />

para um cetoácido).<br />

De TGO para AST<br />

A Aspartato Transaminase<br />

(AST / código oficial<br />

EC 2.6.1.1) era conhecida<br />

como Transaminase<br />

Glutâmico Oxalacética<br />

(TGO).<br />

A mudança do seu nome<br />

aconteceu por que foi<br />

identificado que ela catalisa,<br />

primariamente, a<br />

transferência de um grupo<br />

amina do ASPARTATO<br />

para o 2-OXOGLUTARA-<br />

TO, e não do oxaloacetato<br />

para o glutamato.<br />

De TGP para ALT<br />

A Alanina Transaminase<br />

(ALT / código oficial EC<br />

2.6.1.2) era conhecida<br />

como Transaminase Glutâmico<br />

Pirúvica (TGP).<br />

88 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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ANÁLISES CLÍNICAS<br />

A mudança do seu nome<br />

aconteceu por que foi<br />

identificado que ela catalisa,<br />

primariamente, a<br />

transferência de um grupo<br />

amina da ALANINA<br />

para o 2-OXOGLUTARA-<br />

TO, e não do piruvato<br />

para o glutamato.<br />

Apesar dessas mudanças,<br />

os termos antigos<br />

ainda constam nas listas<br />

de nomenclaturas sinônimas<br />

dessas enzimas.<br />

“Ah, Brunno, então<br />

é errado falar TGO e<br />

TGP?”<br />

Não é errado, por enquanto.<br />

Mas, também, não é o<br />

mais adequado. Na prática<br />

clínica nada muda.<br />

Mudanças em nomenclaturas<br />

médicas/científicas<br />

podem demorar muito<br />

para serem incorporadas<br />

na linguagem.<br />

Nesses casos, há um<br />

momento em que os dois<br />

termos são utilizados, até<br />

que o novo sobreponha<br />

o velho.<br />

No caso dessas transaminases,<br />

a mudança no<br />

Brasil está demorando a<br />

“pegar”. Os nomes TGO<br />

e TGP ainda são muito<br />

difundidos entre os profissionais<br />

de saúde.<br />

Fora daqui a mudança já<br />

foi bem incorporada e o<br />

nomes mais comumente<br />

utilizados são AST e ALT.<br />

Função enzimática<br />

As transaminases são<br />

enzimas da classe das<br />

transferases.<br />

Essa classe corresponde<br />

a enzimas que fazem<br />

a transferência de um<br />

grupo (ex.: metil) de<br />

uma molécula (doadora)<br />

para outra molécula<br />

(receptora).<br />

Especificamente, as transaminases<br />

realizam uma<br />

reação chamada de transaminação,<br />

ou seja, transferem<br />

um grupo amina<br />

de um aminoácido para<br />

um cetoácido.<br />

Aspartato transferase<br />

(AST)<br />

Como dito anteriormente,<br />

a AST faz a transferência<br />

de um grupo amina<br />

do aminoácido aspartato<br />

para o cetoácido<br />

2-oxoglutarato.<br />

Como produto dessa<br />

reação, tem-se a formação<br />

de oxaloacetato e<br />

glutamato.<br />

A conversão do aspartato<br />

para oxaloacetato<br />

é muito importante,<br />

pois ele é precursor de<br />

muitos outros aminoácidos,<br />

como asparagina,<br />

metionina, treonina<br />

e isoleucina.<br />

90 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Essa conversão também<br />

é importante na regulação<br />

da gliconeogênese<br />

(produção de glicose a<br />

partir de outras fontes,<br />

como os aminoácidos).<br />

Por fim, essa reação também<br />

está relacionada à<br />

produção de energia, já<br />

que é uma das etapas<br />

do ciclo do ácido cítrico<br />

(ciclo de Krebs).<br />

Alanina Transaminase<br />

(ALT)<br />

De modo semelhante, a<br />

ALT faz a transferência de<br />

um grupo amina do aminoácido<br />

alanina para o<br />

cetoácido 2-oxoglutarato.<br />

Como produto dessa reação,<br />

tem-se a formação<br />

de piruvato e glutamato.<br />

A ALT também atua na<br />

gliconeogênese, por<br />

meio da conversão de<br />

piruvato para alanina,<br />

que pode ser transportada<br />

para o fígado e convertida<br />

novamente em<br />

piruvato e então em glicose.<br />

O piruvato é muito<br />

importante no metabolismo<br />

da glicose.<br />

Outra função importante<br />

da ALT, encontrada primariamente<br />

no fígado, é<br />

a produção de glutamato.<br />

O glutamato é um aminoácido<br />

intermediário na<br />

excreção de amônia, que<br />

passa por uma reação de<br />

deaminação (remoção de<br />

grupos amina).<br />

Então, podemos dizer<br />

que a ALT participa da<br />

conversão hepática de<br />

amônia (tóxica) em ureia<br />

(menos tóxica).<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Referências<br />

Enzime Classification (EC) Protein Data Bank<br />

(PDB). Enzyme Structures Database.<br />

Moriles KE, Azer SA. Alanine Amino Transferase.<br />

[Updated 2022 Nov 2]. In: StatPearls<br />

[Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls<br />

Publishing; 2022 Jan-.<br />

Lala V, Zubair M, Minter DA. Liver Function<br />

Tests. [Updated 2022 Oct 5]. In: StatPearls<br />

[Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls<br />

Publishing; 2022 Jan-.<br />

Autor:<br />

Brunno Câmara<br />

Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de<br />

Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia /<br />

experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />

Contato: @biomedicinapadrao<br />

FONTE: BIOMEDICINA PADRÃO<br />

https://www.biomedicinapadrao.com.br/2023/03/por-que-as-enzimas-tgo-e-tgp-tiveram.html<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

91


NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

A BANALIZAÇÃO DO TDAH<br />

E A CONFUSÃO NO DIAGNÓSTICO DE PESSOAS COM<br />

DISTÚRBIO DAS REDES SOCIAIS<br />

Por Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />

Cada vez mais uma série<br />

de condições mentais<br />

têm se tornado mais presentes<br />

e os prejuízos à<br />

saúde mental são bastante<br />

frequentes. TDAH,<br />

TOC, ansiedade, entre<br />

outras, têm se tornado<br />

comuns, no entanto, com<br />

isso surgiu um movimento<br />

de banalização dessas<br />

condições, em especial<br />

do TDAH, o que cria confusões<br />

em diagnósticos.<br />

Os sintomas de TDAH são<br />

bem delimitados, como<br />

a dificuldade de se ater<br />

a detalhes e manter a<br />

atenção em determinadas<br />

informações, apatia<br />

a algumas situações,<br />

dificuldade em finalizar<br />

tarefas, em se organizar,<br />

realizar planejamentos,<br />

seguir instruções e facilidade<br />

para perder coisas,<br />

mas apesar de estarem<br />

bem estabelecidos, eles<br />

são comumente associados<br />

a comportamentos<br />

comuns do dia a dia,<br />

pequenos esquecimentos<br />

ou desatenções absolutamente<br />

normais são<br />

tidas como provas cabais<br />

da condição.<br />

Esse tipo de banalização<br />

está intrinsecamente ligada<br />

à cultura das redes<br />

sociais, excesso de informações<br />

e o organismo<br />

“viciado” em dopamina<br />

que tem cada vez mais<br />

necessidade da substância,<br />

o que faz com que o<br />

indivíduo encontre no<br />

diagnóstico de TDAH uma<br />

alternativa para suprir<br />

essas necessidades e compreender<br />

as limitações trazidas<br />

por essas alterações<br />

da sociedade.<br />

O que é o TDAH - Transtorno<br />

de Déficit de Atenção<br />

e Hiperatividade?<br />

O Transtorno do Déficit<br />

de Atenção e Hiperatividade<br />

(TDAH) é uma condição<br />

neurobiológica que<br />

afeta o desenvolvimento,<br />

ela está associada a disfunções<br />

nas vias dopaminérgicas<br />

do cérebro, bem<br />

como a um corpo caloso<br />

com espessura reduzida.<br />

Os principais aspectos<br />

do TDAH incluem dificuldade<br />

em manter a<br />

atenção focada, hiperatividade<br />

e impulsividade,<br />

embora o portador<br />

92 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

de TDAH possa prestar<br />

atenção em múltiplos<br />

tivo e psicoterapia, a fim<br />

de estabelecer uma rotina<br />

O TDAH não possui uma<br />

causa única específica,<br />

estímulos, ele encontra<br />

criativa e auxiliar o indiví-<br />

mas evidências sugerem<br />

dificuldade em selecio-<br />

duo a lidar com os sinto-<br />

a presença frequente de<br />

nar e manter o foco em<br />

mas do transtorno.<br />

fatores genéticos heredi-<br />

uma tarefa específica.<br />

tários, pesquisas indicam<br />

Também pode apresen-<br />

Embora uma pessoa<br />

que o TDAH pode envol-<br />

tar dificuldade em se<br />

com TDAH possa apren-<br />

ver anomalias nos neu-<br />

engajar completamente<br />

der a gerenciar o trans-<br />

rotransmissores, que são<br />

em uma atividade e ten-<br />

torno e reduzir seus sin-<br />

substâncias<br />

responsá-<br />

de a abandonar aquilo<br />

tomas, na idade adulta<br />

veis por transmitir impul-<br />

que não lhe proporciona<br />

ela ainda será portadora<br />

sos nervosos no cérebro,<br />

prazer, esses sintomas<br />

da condição.<br />

além disso, diversos fato-<br />

tendem a se manifes-<br />

res de risco foram identi-<br />

tar durante a infância,<br />

Além disso, atualmente,<br />

ficados, como baixo peso<br />

especialmente durante<br />

devido ao aumento do<br />

ao nascer, traumatismo<br />

o processo de alfabeti-<br />

uso excessivo de telas<br />

craniano, infecção cere-<br />

zação, quando a crian-<br />

e redes sociais, muitas<br />

bral, deficiência de fer-<br />

ça precisa desenvolver<br />

pessoas estão atribuin-<br />

ro, apneia obstrutiva do<br />

habilidades sociais além<br />

do características com-<br />

sono e exposição a subs-<br />

do aprendizado escolar.<br />

portamentais aos traços<br />

tâncias como chumbo,<br />

do TDAH, realizando<br />

álcool, tabaco ou coca-<br />

Apenas a medicação não é<br />

autodiagnósticos<br />

para<br />

ína durante a gestação,<br />

capaz de ensinar compor-<br />

justificar a falta de esfor-<br />

ele também está asso-<br />

tamentos, mas em alguns<br />

ço ou recebendo diag-<br />

ciado a eventos traumá-<br />

casos, pode-se combinar<br />

nósticos<br />

equivocados<br />

ticos durante a infância,<br />

o uso de medicamentos<br />

por parte de profissio-<br />

como violência, abuso<br />

com treinamento cogni-<br />

nais pouco preparados.<br />

ou negligência.<br />

94 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Seu diagnóstico é realizado<br />

clinicamente, por<br />

meio de uma abordagem<br />

que envolve avaliações<br />

médicas, educacionais e<br />

psicológicas, é necessário<br />

o trabalho de uma equipe<br />

multidisciplinar em<br />

conjunto com os pais da<br />

criança, buscando identificar<br />

a coerência entre os<br />

comportamentos observados<br />

e os sintomas<br />

característicos do TDAH.<br />

Embora os sinais que o<br />

indicam possam estar<br />

presentes em diferentes<br />

graus em qualquer indivíduo,<br />

especialmente em<br />

crianças, é importante<br />

reforçar que no caso das<br />

pessoas com o transtorno,<br />

esses sinais manifestam-<br />

-se de forma simultânea<br />

e consistente, portanto,<br />

para um diagnóstico preciso<br />

e assertivo do TDAH,<br />

é fundamental realizar<br />

uma avaliação detalhada<br />

em vários aspectos da<br />

vida da criança.<br />

Impacto de mudanças<br />

na sociedade e efeito<br />

das redes sociais no<br />

TDAH<br />

Os casos de Transtorno<br />

do Déficit de Atenção e<br />

Hiperatividade (TDAH)<br />

têm apresentado um<br />

aumento significativo em<br />

todo o mundo, estudos<br />

já apontam que a predisposição<br />

genética desempenhe<br />

um papel fundamental,<br />

envolvendo a<br />

presença de variantes<br />

de nucleotídeos únicos<br />

e mutações que podem<br />

ser hereditárias ou surgir<br />

durante o desenvolvimento<br />

embrionário.<br />

Além dos fatores genéticos,<br />

o ambiente também<br />

exerce uma importante<br />

influência no espectro do<br />

TDAH, o aumento de casos<br />

pode estar relacionado<br />

às mudanças ambientais<br />

decorrentes do avanço<br />

tecnológico e exposição a<br />

substâncias nocivas.<br />

É essencial considerar<br />

que o adiamento da idade<br />

para a maternidade e<br />

paternidade, que tem se<br />

mostrado um movimento<br />

cada vez mais forte,<br />

também pode contribuir,<br />

uma vez que os espermatozoides<br />

são produzidos<br />

ao longo da vida masculina,<br />

e essa produção contínua<br />

pode resultar em<br />

mutações genéticas.<br />

A cultura das redes<br />

sociais é outro fator<br />

importante que está<br />

moldando o cérebro,<br />

devido ao excesso de<br />

informação e necessidade<br />

maior de mais liberação<br />

de dopamina devido<br />

ao ciclo da recompensa<br />

exacerbado propositado<br />

pelas redes sociais, o<br />

cérebro é treinado a precisar<br />

desempenhar múltiplas<br />

atenções e, ele não<br />

é preparado para isso.<br />

NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

95


NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

Essa cultura está gerando<br />

uma série de transtornos<br />

O cérebro de um paciente<br />

com TDAH<br />

sos e tomar decisões<br />

adequadas, além disso,<br />

que se enquadram na<br />

No cérebro de pacientes<br />

o córtex cingulado ante-<br />

personalidade dramática,<br />

com Transtorno do Défi-<br />

rior também desempe-<br />

como histriônico, narci-<br />

cit de Atenção e Hipera-<br />

nha um papel importan-<br />

sismo, borderline, socio-<br />

tividade (TDAH), ocorrem<br />

te no controle cognitivo<br />

patia, entre outros, o que<br />

diferenças<br />

significativas<br />

e emocional, em indi-<br />

gera sintomas, como<br />

nas áreas responsáveis<br />

víduos com TDAH, essa<br />

dificuldade no foco aten-<br />

pelo controle da atenção,<br />

região pode apresentar<br />

cional, que comumente<br />

regulação do comporta-<br />

anormalidades,<br />

afetan-<br />

são justificados através<br />

mento e inibição de res-<br />

do a capacidade de sele-<br />

do auto diagnóstico de<br />

postas impulsivas, elas se<br />

cionar e priorizar infor-<br />

TDAH, usado como uma<br />

envolvem principalmen-<br />

mações relevantes.<br />

forma de vitimismo,<br />

te o córtex pré-frontal, o<br />

impedindo que a real raiz<br />

córtex cingulado anterior<br />

O corpo estriado, uma<br />

do problema seja tratada.<br />

e o corpo estriado.<br />

estrutura envolvida na<br />

modulação da atenção e<br />

A impulsividade e a<br />

No córtex pré-frontal,<br />

do movimento, também<br />

hiperatividade<br />

tam-<br />

que desempenha um<br />

pode estar relacionado<br />

bém fazem parte dessas<br />

papel crucial no controle<br />

ao TDAH, alguns estu-<br />

consequências, já que,<br />

executivo e na regulação<br />

dos sugerem que pesso-<br />

o ciclo da recompensa<br />

do comportamento, há<br />

as com TDAH podem ter<br />

contribui para o aumen-<br />

evidências de menor ati-<br />

níveis reduzidos de dopa-<br />

to da ansiedade e libe-<br />

vidade e menor volume<br />

mina, um neurotrans-<br />

ração de hormônios que<br />

em pessoas com TDAH,<br />

missor importante para<br />

causam<br />

impulsividade<br />

o que pode resultar em<br />

a regulação do humor e<br />

assim como a mudança<br />

dificuldades para manter<br />

da motivação, afetando a<br />

neuroanatômica.<br />

o foco, controlar impul-<br />

função do corpo estriado.<br />

96 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

No entanto, é importante<br />

ressaltar que o TDAH<br />

é um transtorno complexo<br />

e que a compreensão<br />

exata das alterações<br />

cerebrais ainda não está<br />

totalmente elucidada, a<br />

interação entre fatores<br />

genéticos, ambientais e<br />

neurobiológicos contribui<br />

para o desenvolvimento<br />

e manifestação<br />

do TDAH.<br />

Nosso cérebro nosso<br />

processo evolutivo<br />

ocorre de forma mais<br />

lenta que a tecnologia,<br />

são necessários milhares<br />

de anos para essa adaptação,<br />

e toda adaptação<br />

deve considerar o instinto<br />

de sobrevivência,<br />

pois a morte é real e não<br />

virtual, mas atualmente,<br />

em um contexto totalmente<br />

diferente, nosso<br />

de foco e atenção, hiperatividade,<br />

entre outros,<br />

o que faz com que eles<br />

sejam facilmente confundidos<br />

com TDAH, o que<br />

complexifica e confunde<br />

o diagnóstico e tratamento<br />

da condição.<br />

Esse diagnóstico equivocado<br />

gera uma banalização<br />

da condição,<br />

associando-a a aconteci-<br />

Banalização dos sintomas<br />

de TDAH<br />

As redes sociais ganharam<br />

um grande destaque<br />

nos últimos anos e<br />

passaram a ocupar várias<br />

horas do dia, o que gerou<br />

impactos ao cérebro dos<br />

usuários e desencadeou<br />

cérebro não consegue<br />

acompanhar adequadamente<br />

essas inovações,<br />

fazendo com que haja<br />

desequilíbrios.<br />

Esses desequilíbrios<br />

podem gerar diversos sintomas<br />

como ansiedade,<br />

mentos comuns e, muitas<br />

vezes, associados a outras<br />

realidades, o que pressiona<br />

para baixo o grau do<br />

que é considerado normal,<br />

o que é perigoso e<br />

inviabiliza o diagnóstico<br />

e tratamento adequado<br />

para quem realmente<br />

uma série de condições.<br />

depressão,<br />

dificuldade<br />

possui a condição.<br />

Autor:<br />

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />

www.deabreu.pt - www.pressmf.global - Instagram @fabianodeabreuoficial<br />

Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society (Mais de 200 membros da Sigma Xi receberam o Prêmio Nobel), Membro da Society for<br />

Neuroscience (USA), Membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association (USA), Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também<br />

Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e Genômica.<br />

98 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MICRORGANISMOS E SAÚDE<br />

HISTOPLASMOSE EM PESSOAS VIVENDO<br />

COM HIV(PVHIV):<br />

DIAGNÓSTICO E PROTOCOLO TERAPÊUTICO.<br />

Por Gleiciere Maia Silva<br />

A Histoplasmose é uma<br />

micose sistêmica causada<br />

por um fungo dimórfico,<br />

Histoplasma capsulatum.<br />

O agente etiológico possui<br />

variedades que são:<br />

Histoplasma capsulatum<br />

var capsulatum e Histoplasma<br />

capsulatum var<br />

duboisii. A aquisição da<br />

micose está na inalação<br />

de esporos concentrados<br />

em uma ampla variedade<br />

de locais, mas frequentes<br />

em fezes de alguns pássaros,<br />

morcegos e afins.<br />

Apesar da clínica desta<br />

micose, ser em sua maioria,<br />

uma doença branda<br />

ou assintomática, pode<br />

causar quadros respiratórios<br />

graves, que podem<br />

evoluir para insuficiência<br />

respiratória, ou de doença<br />

disseminada, dependendo<br />

principalmente<br />

do status imunológico<br />

do indivíduo acometido.<br />

Por isso, é de extrema<br />

importância que profissionais<br />

da área da saúde<br />

que atendam pessoas<br />

com alteração na imunidade<br />

celular, tais como<br />

pessoas vivendo com HIV<br />

(PVHIV), tenha conhecimento<br />

sobre as características<br />

desta patologia<br />

(Brilhante, 2012).<br />

Pessoas com células<br />

TCD4+ > 300 células/<br />

mm3 geralmente apresentam<br />

manifestações<br />

limitadas ao aparelho<br />

respiratório. Imunodeprimidos<br />

graves (TCD4+ <<br />

150 células/mm3) apresentam<br />

risco mais elevado<br />

para histoplasmose<br />

disseminada, sendo os<br />

principais sinais e sintomas<br />

dessa forma clínica:<br />

febre, perda de peso,<br />

hepatoesplenomegalia,<br />

linfadenomegalia, alterações<br />

pulmonares e lesões<br />

mucocutâneas numerosas,<br />

que se iniciam como<br />

pápulas, progredindo<br />

para pequenos nódulos<br />

umbilicados e úlceras.<br />

O achado de pancitopenia<br />

é frequente, sendo<br />

menos comum o comprometimento<br />

osteoarticular,<br />

gastrintestinal e do<br />

sistema nervoso central<br />

(BRASIL, 2013).<br />

Em doentes com AIDS, o<br />

monitoramento a fim de<br />

diagnosticar esta doença,<br />

ocorre, principalmente,<br />

Figura 1: Células de Histoplasma capsulatum. Fonte: Oliveira, 2017<br />

100 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


quando a contagem de<br />

células TCD4+ é inferior<br />

a 50 células/mm3. Nesses<br />

casos, essa micose pode<br />

ser grave e, sem tratamento<br />

adequado, pode<br />

levar o paciente ao óbito<br />

(GON A.S et al., 1992;<br />

GBD, 2019).<br />

Se considerarmos que<br />

esta doença tem apresentação<br />

clínica semelhante<br />

à tuberculose e que<br />

ambas são comumente<br />

confundidas, é possível<br />

que em pessoas com<br />

HIV, mesmo sem graus<br />

avançados de imunossupressão,<br />

tenhamos uma<br />

presença significativa<br />

desta doença. Por isso,<br />

o recomendado é que<br />

aja uma investigação<br />

de Histoplasmose em<br />

PVHIV sobre os quais<br />

existem a suspeita de<br />

tuberculose (Siqueira,<br />

2017; Mendes, 2018).<br />

O diagnóstico laboratorial<br />

é o padrão ouro,<br />

e deverá ser realizado<br />

por meio de cultura de<br />

amostras biológicas, nas<br />

quais, serão observadas<br />

três diferentes formas de<br />

cultivo, conforme ilustraremos<br />

na figura abaixo:<br />

(A) Fase leveduriforme,<br />

(B) Fase de transição, (C)<br />

Fase filamentosa. Outras<br />

alternativas de diagnóstico<br />

são as reações<br />

sorológicas empregadas<br />

para a determinação de<br />

anticorpos específicos,<br />

como a imunodifusão<br />

em gel, a contraimunoeletroforese<br />

e a fixação<br />

de complemento. A<br />

detecção do antígeno<br />

polissacarídeo do agente<br />

na urina ou no soro<br />

por radioimunoensaio é<br />

um método rápido e sensível<br />

para o diagnóstico.<br />

A escolha do regime terapêutico<br />

deve ser orientada<br />

pela gravidade clínica.<br />

Assim, para fins de escolha<br />

do tratamento, classificam-se<br />

as formas clínicas<br />

em leve a moderada<br />

ou moderada a grave. A<br />

forma moderada a grave,<br />

caracteriza por presença<br />

de sinais indicativos<br />

de doença disseminada,<br />

tais como pancitopenia e<br />

instabilidade clínica, bem<br />

como comprometimento<br />

do SNC, disfunções orgânicas,<br />

incluindo insuficiência<br />

respiratória (Brasil,<br />

2013). Conforme recomendações<br />

o tratamento<br />

deverá ser realizado da<br />

seguinte maneira:<br />

Forma moderada a<br />

grave<br />

1. Tratamento inicial<br />

(pelo menos duas semanas):<br />

anfotericina B desoxicolato<br />

0,7 a 1 mg/kg/<br />

dia (totalizando cerca de<br />

35 mg/kg de peso).<br />

2. Consolidação (por pelo<br />

menos 12 meses): itraconazol<br />

200 mg duas vezes<br />

ao dia. Após 12 meses de<br />

consolidação, deve-se<br />

considerar mudança para<br />

a fase de manutenção<br />

(profilaxia secundária)<br />

em pacientes com cura<br />

clínica e sem sinais radiológicos<br />

e sorológicos de<br />

doença ativa.


MICRORGANISMOS E SAÚDE<br />

3. Manutenção (tempo<br />

indeterminado): itraconazol<br />

200 mg/dia. Considerar<br />

a suspensão após<br />

o período mínimo de um<br />

ano de tratamento de<br />

manutenção, ausência<br />

de sintomas e LT-CD4+ ><br />

150 células/mm3, estável<br />

por mais de seis meses.<br />

A forma leve a moderada<br />

(não meníngea),<br />

consiste em:<br />

1. Tratamento inicial<br />

(até melhora clínica):<br />

itraconazol 200 mg três<br />

vezes ao dia;<br />

2. Consolidação (por pelo<br />

menos 12 meses): itraconazol<br />

200 mg duas vezes<br />

ao dia;<br />

3. Manutenção (tempo<br />

indeterminado): itraconazol<br />

200 mg/dia. Considerar<br />

a suspensão após<br />

um tempo mínimo de<br />

um ano de tratamento de<br />

manutenção, a ausência<br />

de sintomas e LT-CD4+ ><br />

150 células/mm3, estável<br />

por mais de seis meses.<br />

Nos casos de formas leves<br />

a moderadas, o fluconazol<br />

pode ser considerado<br />

uma alternativa para tratamento<br />

inicial e/ou consolidação,<br />

devendo ser<br />

administrado em dose de<br />

600 mg/dia inicialmente e<br />

400 mg/dia após melhora<br />

clínica (BRASIL, 2013).<br />

A Histoplasmose é uma<br />

doença ainda bastante<br />

comum, porém o seu<br />

quadro clínico inespecífico<br />

que acontecem em<br />

pessoas com grau avançado<br />

de imunossupressão.<br />

Dessa forma, são<br />

responsáveis por morbimortalidade<br />

significativa<br />

em PVHIV. Nestes pacientes<br />

a profilaxia está relacionada<br />

a redução da<br />

carga viral e incremento<br />

dos linfócitos CTD4,<br />

relacionados ao uso da<br />

TARV (terapia antirretroviral),<br />

reduzindo inclusive<br />

menos complicações<br />

clínicas. Desta maneira,<br />

o desenvolvimento e disseminação<br />

de recursos<br />

diagnósticos mais facilmente<br />

acessíveis a sociedade<br />

é fundamental para<br />

poder reduzir a elevada<br />

morbimortalidade associada<br />

com essa micose.<br />

Referências:<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.<br />

Doenças infecciosas e parasitárias: guia de<br />

bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.<br />

– 8. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica<br />

Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para<br />

manejo da infecção pelo HIV em adultos. – Brasília:<br />

Ministério da Saúde, 2013.<br />

BRILHANTE, R. S. N.; FECHINE, M. A. B.; MESQUITA, J.<br />

R. L.; CORDEIRO, R. A.; ROCHA, M. F. G.; MONTEIRO, A.<br />

J.; LIMA, R. A. C.; CAETANO, É. P.; PEREIRA, J. F.; CAS-<br />

TELO-BRANCO, D. S. C. M.; CAMARGO, Z. P.; SIDRIM,<br />

J. J. C. Histoplasmosis in HIV-positive patients in<br />

Ceará, Brazil: Clinical-laboratory aspects and in vitro<br />

antifungal susceptibility of Histoplasma capsulatum<br />

isolates. Transactions of the Royal Society of Tropical<br />

Medicine and Hygiene, v. 106, n. 8, p. 484–488, 2012.<br />

FERREIRA. M. S. BORGES A. S. Histoplasmose. Rev. Soc.<br />

Bras. Med. Trop. vol.42 no.2 Uberaba Mar./Apr. 2009.<br />

GBD. HIV collaborators. Global, regional, and national<br />

incidence, prevalence, and mortality of HIV,<br />

1980–2017, and forecasts to 2030, for 195 countries<br />

and territories: a systematic analysis for the Global<br />

Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study<br />

2017. Lancet HIV. Aug 19. pii: S2352-3018(19) 30196-<br />

1.doi: 10.1016/S2352-3018(19)30196- 1, 2019.<br />

GON AS, FRANCO C, MAIA IL, RODRIGUES VSM, POZ-<br />

ZETI EMO, ANTÔNIO JR. Histoplasmose cutânea na<br />

síndrome de imunodeficiência adquirida - relato de<br />

4 casos. An Bras Dermatol;67: 221-6. 1992.<br />

MENDES. ISABEL CRISTINA MENDES. Histoplasmose<br />

pode ser tão mortal quanto tuberculose em pessoas<br />

com HIV. 2018<br />

SIQUEIRA. T. M. Epidemiologia da Histoplasmose em<br />

pessoas vivendo com HIV na região metropolitana<br />

de Porto Alegre. Sefic unilasalle, 2017.<br />

Autora:<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

Biomédica, Doutora em Medicina Tropical/UFPE com linha de pesquisa em doenças infecto-parasitarias. Sua pesquisa envolveu com Infecções<br />

Fúngicas Invasivas em PVHIV (pessoas vivendo com HIV/AIDS) através da realização do diagnóstico pela técnica de Espectrometria de Massa<br />

(MALDI TOF MS), sensibilidade antifúngica e caracterização de biofilme dos isolados. É Mestre em Biologia de Fungos, especialista em Micologia<br />

pela Universidade Federal de Pernambuco. Além de uma vasta experiência como biomédica no campo laboratorial atuando na realização do<br />

diagnóstico micológico de micoses superficiais, invasivas e oportunistas. Atua em paralelo como docente de magistrado superior dos cursos de<br />

biomedicina, farmácia, nutrição e fisioterapia.<br />

102 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


AUDITORIA E QUALIDADE<br />

COMO GARANTIR UM RESULTADO SEGURO?<br />

O PAPEL DO CONTROLE INTERNO DA QUALIDADE<br />

Por Waldirene Nicioli<br />

Sabemos que a importância<br />

do laboratório vai<br />

muito além de apenas<br />

fazer exames. O resultado<br />

de um teste pode ser<br />

decisivo para a vida de<br />

uma pessoa.<br />

Pare e reflita na quantidade<br />

de processos que<br />

acontecem de forma<br />

simultânea: coleta de<br />

amostras, interação com<br />

os pacientes, processamento,<br />

análises e muito<br />

mais! Como garantir que<br />

tudo isso está operando<br />

de maneira adequada?<br />

É preciso adotar estratégias<br />

para assegurar a<br />

qualidade do serviço, e<br />

garantir resultados precisos<br />

e confiáveis.<br />

De forma geral, o Controle<br />

Interno de Qualidade<br />

– CIQ visa a monitorar<br />

o desempenho<br />

ajudando a identificar<br />

possíveis erros e, consequentemente,<br />

permite<br />

a elaboração de ações<br />

corretivas e preventivas.<br />

Claro, o maior beneficiado<br />

é o paciente, mas<br />

o laboratório eleva seu<br />

patamar de atuação e<br />

faz crescer o orgulho e a<br />

satisfação nos profissionais<br />

que prestam o serviço,<br />

pois há confiança<br />

na execução e liberação<br />

dos exames. Além do<br />

que, a realização do CIQ<br />

é obrigatória pela RDC<br />

786/2023, vigente a partir<br />

de agosto, que dispõe<br />

sobre os requisitos<br />

técnico-sanitários para<br />

o funcionamento de<br />

Laboratórios Clínicos.<br />

O monitoramento dos<br />

erros presentes no processo<br />

analítico, são<br />

104 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


AUDITORIA E QUALIDADE<br />

potencializados quando<br />

utilizadas duas ferramentas<br />

em conjunto: o<br />

Controle Interno e Controle<br />

Externo, onde cada<br />

uma possui afinidade<br />

maior para detecção de<br />

diferentes erros.<br />

O laboratório consegue<br />

mensurar o Erro Aleatório<br />

do seu processo, com<br />

o controle interno. Já<br />

com a aplicação do controle<br />

externo, é possível<br />

estimar o Erro Sistemático.<br />

O erro aleatório atrelado<br />

a um fator de confiança<br />

e somado ao erro<br />

sistemático representa o<br />

erro total de determinado<br />

exame.<br />

Com base nessa informação<br />

o laboratório<br />

consegue comparar com<br />

as diferentes referências<br />

que existem (Variação<br />

Biológica, Rilibak, CLIA,<br />

RCPA, por exemplo) e<br />

definir o tamanho dos<br />

erros que serão admissíveis<br />

na rotina, como erro<br />

total permitido, erro aleatório<br />

permitido e erro<br />

sistemático permitido.<br />

O laboratório passa a<br />

conhecer e dimensionar<br />

os seus erros relacionando<br />

os dados<br />

gerados com o uso do<br />

controle interno com os<br />

dados gerados no controle<br />

externo, ficando<br />

assim, mais fácil definir<br />

metas de melhoria<br />

e estratégias para o<br />

acompanhamento.<br />

A escolha dos controles<br />

deve ser por materiais<br />

com características próximas<br />

às amostras biológicas,<br />

e deve haver<br />

um planejamento do<br />

uso de controles com<br />

o mesmo lote por pelo<br />

menos 6 meses. Esse<br />

é um ponto bastante<br />

importante, pois ao se<br />

utilizar o mesmo controle<br />

por longo período,<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

105


LABORATÓRIO<br />

MASTELLINI<br />

Desde quando começamos, nosso pensamento<br />

sempre foi olhar para o futuro. Crescemos<br />

muito e está em nossos planos continuar dessa<br />

forma e quando atingimos um nível onde a<br />

expansão passou a nos permitir ser apoio de<br />

outros laboratórios menores, levando a<br />

qualidade, agilidade e eficiência Mastellini para<br />

eles, nós avançamos na ideia.<br />

Hoje nossos parceiros contam com um<br />

processamento em 24h e resultados confiáveis,<br />

o que proporciona a entrega de ainda mais<br />

excelência para seus pacientes. Para nós é um<br />

imenso prazer avançar mais uma vez e ser<br />

destaque no cenário de Análises Clínicas.<br />

JADER MASTELLINI,<br />

PRESIDENTE E FOUNDER DO GRUPO MASTELLINI<br />

SEJA NOSSO PARCEIRO:<br />

(18) 99735-5652 | (18) 3928-4938<br />

@LABORATORIOMASTELLINI<br />

www.laboratoriomastellini.com.br


JOISE MASTELLINI - CEO


Protagonista quando o assunto é cuidado e expansão, o<br />

Mastellini que já conta com 15 unidades, espalhadas entre o<br />

estado de São Paulo e o Mato Grosso do Sul, mais uma vez<br />

atuou de maneira visionária e dinâmica, colocando-se como<br />

laboratório de apoio no ramo de análises clínicas.<br />

Em meio a um cenário de constantes avanços tecnológicos e descobertas<br />

científicas, os laboratórios de análises clínicas assumem um papel fundamental<br />

no diagnóstico, monitoramento e tratamento de doenças, o que resulta na<br />

visão entre um olhar para o futuro e também para o próximo, desempenhando<br />

um papel crucial na área da saúde. E foi essa união, que levou o Grupo Mastellini<br />

a se tornar a rede que mais cresce no Oeste Paulista, possuindo o Maior<br />

Núcleo Técnico da região.<br />

A caminhada até hoje foi cultivando inúmeros aprendizados, entre eles, o de<br />

que ninguém faz nada sozinho. Em resposta desse pensamento, hoje o Laboratório<br />

se tornou apoio para outros pontos de saúde, como hospitais de<br />

grande porte, hospitais 24hr, hospitais particulares, além de outros laboratórios<br />

e clínicas.


O maior Núcleo Técnico Operacional do Oeste Paulista<br />

Recentemente inaugurado, o NTO, que é o maior na região, possui uma ampla<br />

capacidade de processamento por minuto, menu com mais de 8 mil exames<br />

disponíveis, rastreabilidade total das amostras, resultados precisos, agilidade<br />

em prazos de liberação e laudos personalizados, o que dá ao Grupo a possibilidade<br />

de oferecer serviços essenciais e também se torna um apoio valioso<br />

aos demais que são do ramo.<br />

Esse modelo de cooperação, oferece terceirização completa dos exames, o<br />

que garante resultados confiáveis, precisos e rápidos. Os parceiros Mastellini<br />

vão de encontro a redução de custos, agilidade, eficiência, sem comprometer<br />

a sua qualidade, uma iniciativa que caminha para um futuro crescente de<br />

êxito.<br />

Tem interesse em ser parceiro do Laboratório que mais cresce na região?<br />

SEJA NOSSO PARCEIRO:<br />

(18) 99735-5652 | (18) 3928-4938<br />

@LABORATORIOMASTELLINI<br />

www.laboratoriomastellini.com.br


AUDITORIA E QUALIDADE<br />

é possível eliminar essa<br />

estipulados pelos fabri-<br />

prio processo de exe-<br />

variável, o que auxilia na<br />

cantes são compostos<br />

cução do exame, pro-<br />

identificação de forma<br />

por diversos resultados<br />

fissionais envolvidos na<br />

mais rápida, quando os<br />

oriundos de rotinas dife-<br />

atividade,<br />

pipetagem,<br />

resultados de controle<br />

rentes,<br />

equipamentos<br />

diluição,<br />

temperatura,<br />

interno se encontrem<br />

fora das especificações<br />

aplicadas. Após a definição<br />

de quais controles<br />

devem ser utilizados, é<br />

necessário que o laboratório<br />

determine e defina<br />

seus valores de controle<br />

interno. Os valores de<br />

bula devem ser usados<br />

somente como referência<br />

antes de definir os<br />

valores próprios.<br />

Essa prática é necessária<br />

pois os valores<br />

diferentes, profissionais<br />

diferentes, mas que possuem<br />

equivalência na<br />

metodologia empregada.<br />

Dessa forma, espera-se<br />

que a amostra de<br />

referência ou controle<br />

interno possua um desvio<br />

padrão (DP) maior,<br />

levando a uma faixa de<br />

aceitabilidade maior.<br />

Ao se empregar valores<br />

próprios, estamos avaliando<br />

um único sistema<br />

analítico, ou seja, o pró-<br />

reagentes utilizados e<br />

tudo mais que contribua<br />

para as incertezas<br />

dos resultados produzido<br />

pelo laboratório.<br />

Ao se utilizar seus próprios<br />

resultados, o desvio<br />

padrão obtido e o<br />

coeficiente de variação<br />

serão reduzidos. Assim,<br />

qualquer mudança da<br />

rotina será facilmente<br />

identificada através dos<br />

resultados obtidos no<br />

controle interno, levando<br />

a uma ação mais<br />

110 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


ápida e assertiva, antes<br />

direcionados no merca-<br />

esforços<br />

inteligentes<br />

AUDITORIA E QUALIDADE<br />

que se torne um problema<br />

maior, e alcance até<br />

do. O laboratório precisa<br />

buscar por empresas<br />

nesse quesito é inerente<br />

às boas práticas em<br />

o paciente.<br />

qualificadas,<br />

instruto-<br />

Laboratórios<br />

Clínicos.<br />

A qualificação constante<br />

da equipe técnica é<br />

res experientes para<br />

que todo o conhecimento<br />

possa ser difun-<br />

É imprescindível cuidar<br />

da qualidade dos<br />

resultados, e para isso,<br />

importantíssima,<br />

vis-<br />

dido e tenhamos cada<br />

é relevante o papel e os<br />

to que esse é um tema<br />

frágil e abordado de<br />

maneira rasa nas graduações.<br />

Há necessidade<br />

de busca por treinamentos<br />

mais específicos e<br />

vez mais exames com<br />

qualidade e segurança<br />

do paciente.<br />

A qualidade pode ser<br />

quantificável e investir<br />

esforços do profissional<br />

do laboratório. É uma<br />

valiosa atitude na contribuição<br />

para a excelência<br />

do diagnóstico e<br />

conduta médica.<br />

Autora:<br />

Waldirene Nicioli<br />

Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Farmacologia Clínica, Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas, Proprietária Examinare de Análises<br />

Clínicas, Auditora Líder do DICQ - Sistema Nacional de Acreditação, Membro da Central de Negócios do Grupo ACB - Análises Clínicas Brasil, Umas das<br />

fundadoras da OFAC Brasil - Organização Feminina de Análises Clínicas.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

111


PAPO DE BANCADA<br />

GESTOR CLÍNICO, A NECESSIDADE DE<br />

VISLUMBRAR PROCESSOS E ORIENTAR PESSOAS<br />

EM NOVOS TEMPOS DE GESTÃO.<br />

Por Silvânia Ramalho<br />

Academicamente<br />

somos preparados para<br />

sermos técnicos/científicos,<br />

tomadores de<br />

decisões clínicas, aprovadores<br />

de laudos que<br />

vão auxiliar médicos e<br />

pacientes em decisões<br />

que os acompanharão<br />

por todo um diagnóstico.<br />

Mas nas entre linhas,<br />

existe uma atividade da<br />

qual somos herdeiros<br />

imediatos, a função de<br />

Gestor Clínico ou Responsável<br />

Técnico, somado<br />

a Gestão de Processos.<br />

Que por vezes vem<br />

acompanhada do pacote:<br />

Gestão de Pessoas.<br />

Para muitos, prazerosa<br />

função, para outros<br />

o pesadelo da formação<br />

não possuída. Para<br />

alguns é necessário dom,<br />

para outros necessário<br />

aprendizado técnico e<br />

experiência. Mas respirem,<br />

é realmente necessário,<br />

um pouco de tudo<br />

e muito de dedicação.<br />

A frente da Gestão, seja<br />

ela de processos ou de<br />

pessoas, é indispenável<br />

a dedicação do gestor<br />

em ter um olhar cirúrgico<br />

para as necessidades<br />

que cada etapa irá nos<br />

requisitar. Não existe<br />

processos sem pessoas<br />

e vice versa.<br />

Curiosamente todos as<br />

normas de certificação<br />

já começam pelo item<br />

Organização Geral, ou<br />

seja além da instituição<br />

(estrutura) estar devidamente<br />

regulamentada<br />

dentro das normas<br />

necessárias de funcionamento,<br />

a instituição<br />

(pessoas) deve ter a<br />

frente dos seus processos<br />

um gestor que conduza<br />

as boas práticas e<br />

execução das demandas<br />

necessárias. E nesta<br />

orquestra os arranjos<br />

vão sendo movimentados,<br />

pensando sempre<br />

em pessoas, processos,<br />

mercado e cenário em<br />

que o laboratório clínico<br />

está inserido.<br />

E movimento é que o<br />

impulsiona nossas decisões,<br />

sejam elas a médio<br />

ou longo prazo. Uma<br />

decisão que não seja<br />

bem conduzida hoje<br />

pode imediatamente<br />

amanhã ter um impacto<br />

direto em várias escalas<br />

de participação.<br />

112 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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PAPO DE BANCADA<br />

E as ferramentas usadas<br />

na tomada de decisão,<br />

são diferentes conforme<br />

a região, conforme<br />

os costumes e conforme<br />

o objetivo estratégico<br />

da empresa. Não<br />

nos esqueçamos que<br />

o laboratório clínico é<br />

uma empresa com particularidades<br />

técnico<br />

cientificas especificas,<br />

cuja gestão orienta para<br />

tomada de decisões<br />

individuais, nenhum<br />

paciente é sequer semelhante<br />

a outro.<br />

Em tempos de tantas<br />

mudanças de mercado<br />

e de posicionamento<br />

que se moldam a todo<br />

momento, é importante<br />

que o gestor clínico se<br />

envolva com o desenvolvimento<br />

de posicionamentos<br />

dinâmicos,<br />

cuja visão de processo<br />

e alinhamento com os<br />

objetivos da organização<br />

estejam amparados<br />

por um meta de desenvolvimento<br />

clara e objetiva<br />

onde os colaboradores<br />

reconheçam as<br />

mudanças dos papéis e<br />

responsabilidades sempre<br />

que a missão proposta<br />

pelo proprietário<br />

seja necessária.<br />

Quem está a frente do<br />

laboratório clínico precisa<br />

ter maior envolvimento<br />

com este novo<br />

perfil de paciente consumidor<br />

de serviços<br />

diagnósticos. Oferecer<br />

mais do mesmo tornou<br />

se engessamento.<br />

Conhecer o paciente<br />

e suas necessidades é<br />

fundamental para adaptação,<br />

crescimento e<br />

sustentabilidade. Isso<br />

mesmo, sustentabilidade<br />

é a palavra de ordem<br />

somada a adaptação,<br />

quem não se recria não<br />

se sustenta. Recriar<br />

modelos, reinventar<br />

atuações, remodelar<br />

abordagens e multiplicar<br />

entre as equipes,<br />

todo um trabalho de<br />

cadeia de valor.<br />

Não bastando apenas<br />

conhecer sobre o ramo<br />

de atividade, é também<br />

importante conhecer<br />

novos pacotes de serviços<br />

e produtos e prospectar<br />

a quem oferecer,<br />

fechar acordos e contratos<br />

para equilibrar<br />

o fluxo de caixa e fundamentar<br />

investimentos<br />

futuros, entender a<br />

necessidade da comunidade<br />

médica e aos<br />

poucos aproximar a atividade<br />

ativa da receptiva.<br />

Precisamos sair da<br />

condição de somente<br />

receptores.<br />

No mercado atual o bioquímico<br />

ou biomédico,<br />

utilizando da posição<br />

de RT (Responsável Técnico)<br />

ou quando apenas<br />

responsável pelo setor<br />

de atuação, precisa estar<br />

cada vez mais presente<br />

na tomada de decisões<br />

de sustentaveis a frente<br />

de um microscópio ou<br />

de uma curva de calibração<br />

ou até mesmo<br />

114 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


de uma repetição de<br />

controle que lhe reclamam<br />

o olhar da experiência.<br />

O que é necessário<br />

em termos técnicos,<br />

também precisa ser visto<br />

com olhar crítico de<br />

custo envolvido. Não<br />

perder a qualidade, mas<br />

ser mais assertivo nas<br />

ações imediatas.<br />

Para que isso aconteça<br />

em um formato sólido<br />

e dinâmico é imprescindível<br />

observar com<br />

amadurecido pensamento<br />

de passagem de<br />

liderança. Nem sempre<br />

o melhor analista clínico<br />

será o melhor líder<br />

na gestão de processos<br />

e pessoas. Essa passagem<br />

de posições dentro<br />

do laboratório clínico se<br />

bem acompanhada será<br />

capaz de formar gestores<br />

que possibilitem o<br />

crescimento do laboratório<br />

como um todo.<br />

As tomadas de decisões<br />

internas precisam estar<br />

alinhadas com as tomadas<br />

de decisões externas,<br />

isso porque produção<br />

e produtividade<br />

precisam andar juntas<br />

para um crescimento<br />

saudável.<br />

Nem sempre será uma<br />

escolha fácil onde reconhimento<br />

e recompensa<br />

estão alinhados a proatividade<br />

e vontade de<br />

crescer. O olhar abstrato<br />

ao sentimento deve permear<br />

esta busca internamente<br />

antes de partir<br />

para uma busca externa.<br />

E se for necessário<br />

um novo personagem,<br />

vindo de outras experiências,<br />

pense pelo lado<br />

bom, em que este possa<br />

representar um formador<br />

de opinião em favor<br />

do seu desejo de crescimento.<br />

Não há mais espaço no<br />

mercado para o proprietário<br />

de bancada,<br />

hoje ele ocupa também<br />

o papel de gestor<br />

do negócio. O momento<br />

atual é um convite a<br />

pensar em novos negócios<br />

e estratégias. Tantos<br />

desafios diante de uma<br />

RDC recém formulada<br />

e um mercado in vitro<br />

vivo. Nunca como antes<br />

o verbo movimentar-se<br />

esteve tão próximo do<br />

suporte diagnóstico.<br />

Cabendo nos cumprir<br />

regras, somar forças,<br />

diversificar ideiais e<br />

construir novos espaços<br />

e oportunidades que<br />

nos aproximem cada<br />

vez mais do paciente.<br />

Silvânia Ramalho<br />

Bioquímica farmacêutica com especialização em<br />

Análise de Custos e Formação de Preço de Venda,<br />

Gestão Comercial em Vendas e membro do Grupo<br />

Técnico de Trabalhos de Analises Clinicas do CRF/MG.<br />

PAPO DE BANCADA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

115


DIREITO E SAÚDE<br />

BREVE ANÁLISE JURÍDICA SOBRE A RDC<br />

786/2023 - PRIMEIRA PARTE<br />

Por Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />

Prezado(a) Leitor(a),<br />

seja bem, vindo(a) a esta<br />

análise jurídica!<br />

Em nosso tema desta<br />

edição, trazemos o que<br />

poderá ser o primeiro<br />

artigo, de talvez alguns,<br />

os quais envolverão a<br />

nova RDC 786 de 2023<br />

da ANVISA.<br />

Evidente que todos nós,<br />

seja da área jurídica, atuante<br />

para laboratórios e<br />

seguimentos da saúde<br />

como nosso escritório, ou<br />

até mesmo você, nosso<br />

estimado leitor, que diariamente<br />

labuta na sua área<br />

de formação da saúde,<br />

estamos de certa forma<br />

em um cenário “movediço”,<br />

por assim dizer, algumas<br />

lacunas existentes,<br />

e até mesmo um certo<br />

receio de como a Vigilância<br />

Sanitária local irá aplicar<br />

a nova RDC 786/23 na<br />

prática em sua fiscalização,<br />

entre outros pormenores.<br />

Questões que talvez<br />

demandem um tempo<br />

para “serem acomodadas”<br />

no dia a dia da entidade<br />

fiscalizadora local<br />

– a Vigilância Sanitária<br />

Municipal, mas que, certamente<br />

com uma diretriz<br />

(ou algumas), da<br />

própria Anvisa, seria o<br />

cenário ideal, de maneira<br />

a se chegar perto de uma<br />

uniformização das fiscalizações<br />

Municipais, onde<br />

permeia a maior subjetividade<br />

existente no procedimento<br />

fiscalizatório,<br />

muitas vezes.<br />

A situação, vamos lembrar<br />

não é a mais confortável,<br />

ao passo que o Brasil<br />

é um País com dados,<br />

tamanho e população<br />

Continental, tornando<br />

de suma importância a<br />

fiscalização, mas dando<br />

um grau de dificuldade<br />

imenso para a cada Vigilância<br />

Sanitária local, as<br />

quais, se desdobram para<br />

realizarem um brioso serviço,<br />

sem dúvidas.<br />

Sobre referido tema, talvez<br />

um outro artigo, será<br />

o ideal, após o correto<br />

implemento da nova<br />

RDC 786/23 que entrará<br />

em vigor a partir de<br />

01.08.2023, por hora,<br />

abaixo, breves considerações<br />

jurídicas.<br />

116 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


DIREITO E SAÚDE<br />

A nova redação, futura<br />

substituidora da RDC 302<br />

de 2005 a qual foi atualizada18<br />

anos após sua vigência,<br />

acompanha as questões<br />

modernas da nossa<br />

sociedade, incluindo nestas<br />

as questões jurídicas,<br />

neste caminho passaram<br />

a vigorar, a exemplo disto,<br />

de maneira clara, temos a<br />

expressa redação e referência<br />

a LEI GERAL DE PRO-<br />

TEÇÃO DE DADOS – LGPD<br />

– Lei Federal nº 13.709 de<br />

2018, que entrou em vigor<br />

no ano de 2020.<br />

No que pese todos os laboratórios,<br />

clínicas, hospitais<br />

e postos de coletas ou serviços<br />

das área da saúde em<br />

geral já sejam obrigados<br />

a seguis, implementar e<br />

manterem ativo os planos<br />

previstos na LGPD acerca<br />

da proteção de dados, a<br />

novel RDC 786/23 -em seu<br />

artigo 32 – vejamos:<br />

“Art. 32. O Serviço que<br />

executa EAC é responsável<br />

por estabelecer<br />

uma política de acesso<br />

a dados e informações,<br />

computadorizados<br />

ou não, necessária<br />

para prover o serviço<br />

prestado e de forma<br />

a assegurar a proteção<br />

às informações do<br />

paciente de acordo<br />

com a Lei nº 13.709, de<br />

14 de agosto de 2018,<br />

Lei Geral de Proteção<br />

de Dados - LGPD,<br />

ou outro instrumento<br />

legal que venha a alterá-la<br />

ou substituí-la.”<br />

A obrigatoriedade, frise-se<br />

novamente, já<br />

existe a alguns anos<br />

para todos os estabelecimentos<br />

de saúde,<br />

porém, ainda tem estabelecimentos<br />

da saúde,<br />

incluindo, laboratórios,<br />

que não a introduziram,<br />

não possuem protocolos<br />

e documentos relacionados<br />

a Lei Geral de Proteção<br />

de Dados, o que por<br />

si só já fere a Lei e coloca<br />

a empresa em grave situação<br />

jurídica ao não cumprir<br />

a norma.<br />

Entrementes, agora,<br />

com a redação constando<br />

de maneira expressa<br />

na nova RDC 786/23<br />

(artigo 32 citado acima),<br />

em nosso entendimento,<br />

abriu a fiscalização<br />

do cumprimento da<br />

LGPD, a Órgãos Estaduais<br />

e Municipais – (“VISA”<br />

local) e a Conselhos de<br />

Classe, ao passo que se<br />

a estes cabem a exigência,<br />

ao cumprimento e<br />

fiscalização da RDC pelo<br />

laboratório, consequência<br />

lógica permeia no<br />

fatos dos entes fiscalizadores<br />

poderem exigir<br />

documentos, protocolos<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

117


DIREITO E SAÚDE<br />

e politicas de cumprimento<br />

da RDC de forma<br />

integral, incluindo, obvio<br />

a política d cumprimento<br />

da LGPD, vejam, isto é<br />

uma situação que antes<br />

de maneira discreta era<br />

implícita, agora, consta de,<br />

maneira clara e diretiva.<br />

Temos que dentre as<br />

implicações da nova<br />

RDC, a segurança jurídica<br />

e adaptações necessárias,<br />

passam a ser item<br />

obrigatório para os Laboratórios,<br />

incluindo, até<br />

mesmo o de pequeno<br />

porte, vez que esta é uma<br />

questão premente de<br />

adequação por parte da<br />

empresa, sem dúvidas.<br />

A segurança jurídica necessária<br />

ao Laboratório, não<br />

existe somente em relação<br />

ao correto cumprimento e<br />

aplicação da LGPD, sendo<br />

necessários analisar vossa<br />

empresa, com uma visão<br />

setorial, a ponto de juridicamente,<br />

você conseguir<br />

adequá-la as necessidades<br />

obrigatórias legais constantes<br />

na RDC e demais<br />

normas jurídicas.<br />

Parte contratual, entre<br />

as empresas, entre os<br />

Laboratórios é outro<br />

ponto de alto relevo na<br />

redação da nova RDC,<br />

certamente exploraremos<br />

no próximo artigo,<br />

não tenham dúvidas!<br />

Proteção jurídica ao<br />

seu Laboratório! Está é<br />

nossa missão e está no<br />

nosso DNA lhe assessorar<br />

nesta empreitada,<br />

conte conosco!<br />

Obrigado e um grande<br />

abraço a todos!<br />

Autor:<br />

Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />

Advogado em São Paulo, especialista em direito e processo do trabalho, especialista em direito contratual, especializando em advocacia consultiva, é<br />

sócio do escritório CIRIACO ADVOGADOS, localizado em São Paulo – Capital, é Professor de Pós Graduação em São Paulo- SP; São Luis do Maranhão-<br />

MA; Goiânia-GO e Palestrante, atuando na área da saúde, na defesa de empresas, clinicas e laboratórios.<br />

@ciriacoadvogados<br />

118 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Conectividade<br />

Desempenho e<br />

Confiabilidade<br />

Produtividade<br />

Suporte, Consultoria<br />

e Treinamento<br />

Análises e<br />

Inteligência<br />

Qualidade


MEDICINA GENÔMICA<br />

DOENÇA DE ALZHEIMER:<br />

DIAGNÓSTICO POR BIOMARCADORES DO LCR<br />

Por Varsomics<br />

O estágio no qual a Doença<br />

de Alzheimer é diagnosticada<br />

é um aspecto<br />

determinante para prognósticos<br />

otimistas. Dessa<br />

maneira, a quantificação<br />

de determinados biomarcadores<br />

presentes<br />

no Líquor (Líquido Cefalorraquidiano)<br />

auxilia<br />

o diagnóstico em estágios<br />

iniciais, bem como<br />

o monitoramento clínico<br />

do indivíduo afetado.<br />

O que é a Doença da<br />

Doença de Alzheimer e<br />

como afeta o cérebro?<br />

A Doença de Alzheimer<br />

(DA) é a forma mais<br />

comum de demência em<br />

adultos idosos. É uma<br />

doença neurodegenerativa<br />

progressiva que afeta o<br />

cérebro, causando perda<br />

gradual da memória, cognição,<br />

habilidades sociais<br />

e linguísticas, e eventualmente<br />

resultando em<br />

incapacidade total.<br />

No Brasil, cerca de 1,2<br />

milhão de pessoas vivem<br />

com alguma forma de<br />

demência e 100 mil novos<br />

casos são diagnosticados<br />

por ano. Em todo o mundo,<br />

o número chega a 50<br />

milhões de pessoas.<br />

O Alzheimer afeta o cérebro<br />

de várias maneiras.<br />

Uma das características<br />

mais distintivas da doença<br />

é a formação de placas<br />

de proteínas chamadas<br />

beta-amiloides entre as<br />

células cerebrais, o que<br />

leva à morte das células<br />

cerebrais e à diminuição<br />

do tamanho do cérebro.<br />

Outra característica é a<br />

formação de emaranhados<br />

neurofibrilares: aglomerados<br />

anormais de<br />

proteína Tau, que se acumulam<br />

dentro das células<br />

cerebrais e interrompem<br />

sua função normal.<br />

Proteína Tau: controla a<br />

dinâmica dos microtúbulos<br />

durante a maturação<br />

e o crescimento dos<br />

neuritos. Sendo a maior<br />

proteína do citoesqueleto,<br />

a hiperfosforilação da<br />

Tau afeta funções biológicas<br />

e morfológicas nos<br />

neurônios.<br />

Sintomas<br />

Como resultado das<br />

mudanças no cérebro, os<br />

pacientes com Alzheimer<br />

têm dificuldade em lembrar<br />

coisas recentes, con-<br />

120 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


fundem datas e eventos,<br />

e podem ter problemas<br />

para realizar Atividades da<br />

Vida Diária (AVD), como<br />

cozinhar ou se vestir.<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

Eles também podem ter<br />

dificuldade em se comunicar<br />

e expressar suas emoções,<br />

e podem perder a<br />

capacidade de reconhecer<br />

amigos e familiares. À<br />

medida que a doença progride,<br />

a capacidade de cuidar<br />

de si mesmo é perdida<br />

e, finalmente, pode resultar<br />

na incapacidade total.<br />

Os sintomas mais<br />

comuns da doença de<br />

Alzheimer incluem:<br />

• Perda de memória recente<br />

• Dificuldade em lembrar<br />

informações importantes,<br />

como nome, data de nascimento<br />

e eventos recentes<br />

• Dificuldade em realizar<br />

tarefas cotidianas, como<br />

cozinhar e se vestir<br />

• Problemas de comunicação<br />

e linguagem<br />

• Mudanças de humor e<br />

comportamento<br />

• Desorientação no tempo<br />

e espaço<br />

• Dificuldade em lidar<br />

com novas situações e<br />

mudanças<br />

Métodos de diagnóstico<br />

da Doença de Alzheimer<br />

Existem vários métodos<br />

de diagnóstico para a<br />

doença de Alzheimer,<br />

incluindo exames neurológicos,<br />

testes de memória<br />

e testes cognitivos.<br />

No entanto, esses métodos<br />

de diagnóstico têm<br />

suas limitações.<br />

Por exemplo, testes de<br />

memória e cognição são<br />

usados para diagnosticar<br />

a doença de Alzheimer,<br />

mas esses testes<br />

podem ser subjetivos e<br />

variar de acordo com o<br />

examinador. Além disso,<br />

os resultados desses<br />

testes podem ser<br />

influenciados por fatores<br />

como ansiedade e<br />

depressão.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

121


Da primeira<br />

interação ao<br />

último detalhe,<br />

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Na BUNZL SAÚDE, acreditamos que a<br />

jornada do cliente merece ser acompanhada<br />

de ponta a ponta. Desde o primeiro contato<br />

com nosso atendimento até o momento em<br />

que seu pedido chega ao destino, estamos<br />

aqui para oferecer uma experiência<br />

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MEDICINA GENÔMICA<br />

Em geral, o diagnóstico<br />

e prognóstico preciso<br />

da doença de Alzheimer<br />

requer uma avaliação<br />

completa do paciente,<br />

incluindo histórico médico<br />

e exame neurológico,<br />

testes de memória e cognição,<br />

exames de imagem<br />

e exames laboratoriais.<br />

O diagnóstico da doença<br />

é essencialmente clínico,<br />

mas, como veremos na<br />

sequência, pode se beneficiar<br />

da investigação<br />

laboratorial.<br />

O papel dos biomarcadores<br />

no diagnóstico da<br />

Doença de Alzheimer<br />

Os biomarcadores são<br />

medidas objetivas e mensuráveis<br />

que indicam a<br />

presença ou progressão da<br />

doença em um paciente.<br />

Na doença de Alzheimer,<br />

os biomarcadores são<br />

usados para auxiliar no<br />

diagnóstico precoce da<br />

doença, bem como para<br />

acompanhar a progressão<br />

da doença e avaliar a<br />

eficácia dos tratamentos.<br />

Geralmente usados em<br />

combinação com outros<br />

métodos de diagnóstico,<br />

incluindo testes neuropsicológicos<br />

e exames físicos.<br />

A medição de biomarcadores<br />

no líquido cerebrospinal<br />

e em imagens<br />

cerebrais é útil no diagnóstico<br />

precoce da doença de<br />

Alzheimer e na identificação<br />

de pessoas em risco<br />

de desenvolver a doença.<br />

Além disso, essas medidas<br />

também podem ser usadas<br />

para monitorar a progressão<br />

da doença e avaliar<br />

a eficácia de tratamentos<br />

específicos, incluindo terapias<br />

que visam reduzir<br />

o acúmulo de proteínas<br />

anormais no cérebro.<br />

124 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Como os biomarcadores<br />

podem ajudar no<br />

diagnóstico precoce<br />

da doença?<br />

Existem vários tipos de<br />

biomarcadores usados<br />

na doença de Alzheimer,<br />

incluindo proteínas<br />

anormais, como a<br />

proteína beta-amilóide<br />

e a proteína Tau, que se<br />

acumulam no cérebro e<br />

estão associadas à neurodegeneração.<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

Também incluem mudanças<br />

no líquido cerebrospinal<br />

(CSF) e anormalidades<br />

detectadas em imagens<br />

cerebrais, como a ressonância<br />

magnética (MRI) e<br />

a tomografia por emissão<br />

de pósitrons (PET).<br />

Por exemplo, a medida de<br />

biomarcadores pode ajudar<br />

a determinar se uma<br />

terapia específica está<br />

reduzindo o acúmulo de<br />

proteínas anormais no<br />

cérebro ou retardando a<br />

progressão da doença.<br />

Como é realizado o exame<br />

de biomarcadores<br />

no LCR para diagnóstico<br />

de Alzheimer?<br />

O exame de biomarcadores<br />

no líquido cefalorraquidiano<br />

(LCR) é realizado<br />

por meio de uma<br />

punção lombar, que é um<br />

procedimento médico<br />

para coletar uma amostra<br />

do LCR que circula no sistema<br />

nervoso central.<br />

Durante o procedimento,<br />

o médico insere uma<br />

agulha fina na região<br />

lombar inferior para retirar<br />

uma pequena quantidade<br />

de LCR.<br />

A amostra de LCR é então<br />

analisada em laboratório<br />

para determinar a presença<br />

de biomarcadores específicos<br />

associados à doença de<br />

Alzheimer. Os biomarcadores<br />

mais comuns medidos<br />

no LCR incluem a proteína<br />

beta-amiloide, a proteína<br />

Tau e a relação entre essas<br />

duas proteínas.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

125


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MEDICINA GENÔMICA<br />

A presença ou ausência<br />

desses biomarcadores<br />

no LCR pode ajudar<br />

a diagnosticar a doença<br />

de Alzheimer e também<br />

pode ser útil na identificação<br />

de pessoas em risco<br />

de desenvolver a doença.<br />

É importante ressaltar<br />

que os avanços recentes<br />

na pesquisa de biomarcadores<br />

têm sido promissores,<br />

com novas técnicas e<br />

biomarcadores emergentes<br />

mostrando resultados<br />

mais precisos e confiáveis.<br />

Exame inédito de diagnóstico<br />

de Doença de<br />

Alzheimer do Einstein<br />

O Hospital Israelita<br />

Albert Einstein, em parceria<br />

com a Roche Diagnóstica,<br />

agora oferece<br />

o teste automatizado<br />

Elecsys® CSF para diagnóstico<br />

de Alzheimer. O<br />

teste é capaz de avaliar<br />

a dosagem de biomarcadores<br />

TAU (pTau, tTau),<br />

beta-amiloide (BA42) e<br />

a razão pTau/BA42 no<br />

líquor, proteínas associadas<br />

à doença, com alta<br />

precisão e em menos de<br />

20 minutos.<br />

Anteriormente, as amostras<br />

de líquor coletadas<br />

eram enviadas para o<br />

exterior, levando semanas<br />

para os resultados.<br />

Agora, com a automação,<br />

o processo é mais simples<br />

e padronizado, além<br />

de ser um sistema fechado<br />

de diagnóstico. Isso<br />

significa que outras organizações<br />

também podem<br />

se beneficiar do laboratório<br />

do Einstein.<br />

Interpretando os resultados<br />

do exame de biomarcadores<br />

no LCR para<br />

diagnóstico da Doença<br />

de Alzheimer<br />

Os resultados do exame<br />

de biomarcadores são<br />

geralmente interpretados<br />

por comparação<br />

dos níveis medidos com<br />

os valores de referência<br />

para cada biomarcador.<br />

128 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Existem diferentes critérios<br />

de interpretação,<br />

dependendo dos valores<br />

de corte utilizados para<br />

cada biomarcador e do<br />

tipo de paciente avaliado.<br />

Na prática clínica, a interpretação<br />

dos resultados<br />

do exame de biomarcadores<br />

no LCR é geralmente<br />

realizada em conjunto<br />

com outras avaliações<br />

clínicas e neuropsicológicas<br />

para confirmar ou<br />

descartar o diagnóstico<br />

da doença de Alzheimer.<br />

Os resultados do exame<br />

de biomarcadores no<br />

LCR podem indicar:<br />

1. Níveis elevados de<br />

proteína Tau e redução<br />

de proteína beta-amiloide:<br />

sugere que a pessoa<br />

tem a doença de Alzheimer<br />

ou está em risco de<br />

desenvolvê-la.<br />

2. Níveis normais de proteína<br />

tau e proteína beta-<br />

-amiloide: sugere que a<br />

pessoa não tem a doença<br />

de Alzheimer.<br />

3. Níveis elevados de proteína<br />

tau sem redução<br />

significativa de proteína<br />

beta-amiloide: sugere<br />

que a pessoa pode ter<br />

outra doença neurodegenerativa,<br />

como a demência<br />

frontotemporal.<br />

É importante notar que<br />

os resultados do exame<br />

de biomarcadores no LCR<br />

não são conclusivos e<br />

devem ser interpretados<br />

em conjunto com outras<br />

avaliações clínicas e neuropsicológicas.<br />

Além disso, o exame de<br />

biomarcadores no LCR<br />

é geralmente reservado<br />

para casos em que a avaliação<br />

clínica e os testes<br />

neuropsicológicos não<br />

conseguem fornecer um<br />

diagnóstico conclusivo<br />

da doença de Alzheimer.<br />

Tratamento da Doença<br />

de Alzheimer<br />

Conheça os tratamentos<br />

disponíveis para a doença<br />

e como o diagnóstico<br />

precoce pode melhorar o<br />

prognóstico do paciente.<br />

Atualmente, não há cura<br />

para a doença de Alzheimer.<br />

No entanto, existem<br />

tratamentos disponíveis<br />

que podem ajudar a controlar<br />

os sintomas e a<br />

retardar a progressão da<br />

doença. Os tratamentos<br />

disponíveis incluem:<br />

• Inibidores da acetilcolinesterase:<br />

Esses medicamentos<br />

ajudam a<br />

aumentar os níveis de<br />

acetilcolina, um neurotransmissor<br />

importante<br />

no cérebro. Eles podem<br />

ajudar a melhorar a cognição,<br />

a memória e a<br />

função geral em pessoas<br />

com doença de Alzheimer<br />

leve a moderada.<br />

• Antagonistas dos receptores<br />

NMDA: Esses medicamentos<br />

ajudam a proteger<br />

as células cerebrais e<br />

podem ajudar a melhorar a<br />

função cognitiva em pessoas<br />

com doença de Alzheimer<br />

moderada a grave.<br />

• Terapia comportamental:<br />

Essa terapia pode ajudar<br />

a reduzir os comportamentos<br />

problemáticos,<br />

melhorar a comunicação<br />

e a qualidade de vida.<br />

• Cuidados paliativos: Esses<br />

cuidados podem ajudar a<br />

melhorar o bem-estar físico<br />

e emocional do paciente,<br />

proporcionando alívio<br />

da dor e outros sintomas<br />

da doença.<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

129


MEDICINA GENÔMICA<br />

Além disso, é importante<br />

que as pessoas com doença<br />

de Alzheimer recebam<br />

um cuidado holístico e<br />

abrangente, que inclua<br />

suporte emocional, social<br />

e nutricional, além de<br />

atividade física regular e<br />

estimulação cognitiva.<br />

A importância do diagnóstico<br />

precoce do<br />

Alzheimer<br />

A detecção precoce da<br />

doença de Alzheimer<br />

pode melhorar o prognóstico<br />

do paciente, pois<br />

permite que o tratamento<br />

comece mais cedo, o que<br />

pode ajudar a retardar a<br />

progressão da doença e<br />

a reduzir a gravidade dos<br />

sintomas.<br />

Além disso, um diagnóstico<br />

precoce permite que<br />

o paciente e seus familiares<br />

planejem melhor o<br />

futuro e façam ajustes em<br />

suas vidas para lidar com<br />

os desafios que a doença<br />

pode trazer.<br />

A detecção precoce também<br />

permite que os<br />

pacientes sejam encaminhados<br />

para ensaios clínicos<br />

de novas terapias e<br />

tratamentos, que podem<br />

ajudar a desenvolver<br />

novas opções de tratamento<br />

para a doença de<br />

Alzheimer no futuro.<br />

O diagnóstico precoce da<br />

doença de Alzheimer é crucial<br />

para melhorar a qualidade<br />

de vida dos pacientes,<br />

bem como para promover<br />

a pesquisa e o desenvolvimento<br />

de novas terapias e<br />

tratamentos.<br />

Conclusão<br />

A doença de Alzheimer<br />

ainda não tem cura. Junto<br />

disso, um diagnóstico<br />

precoce da doença pode<br />

auxiliar o paciente e seus<br />

familiares a terem uma<br />

melhor organização e<br />

qualidade de vida.<br />

Exames como o uso de<br />

biomarcadores no líquido<br />

cefalorraquidiano são<br />

uma ferramenta para esse<br />

parecer integrando outras<br />

formas de diagnóstico<br />

comportamental, como<br />

o histórico do paciente e<br />

exames neurológicos.<br />

Referências<br />

Almkvist, O., Nordberg, A. A biomarker-validated<br />

time scale in years of disease progression<br />

has identified early- and late-onset<br />

subgroups in sporadic Alzheimer’s disease.<br />

Alz Res Therapy 15, 89 (2023). https://doi.<br />

org/10.1186/s13195-023-01231-8<br />

Billmann, A et al., Biomarcadores no líquido<br />

cefalorraquidiano no desenvolvimento da<br />

doença de Alzheimer: uma revisão sistemática.<br />

Rev. Psicol. Saúde, Campo Grande, v. 12,<br />

n. 2, p. 141-153, jun. 2020.<br />

Paterson, R.W., Slattery, C.F., Poole, T. et al.<br />

Cerebrospinal fluid in the differential diagnosis<br />

of Alzheimer’s disease: clinical utility<br />

of an extended panel of biomarkers in a<br />

specialist cognitive clinic. Alz Res Therapy<br />

10, 32 (2018). https://doi.org/10.1186/<br />

s13195-018-0361-3.<br />

FONTE:<br />

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130 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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VIROLOGIA<br />

VÍRUS DA DENGUE E O DESENVOLVIMENTO<br />

DE UMA VACINA RECOMBINANTE TETRAVALENTE<br />

DENGUE VIRUS AND THE DEVELOPMENT OF A TETRAVALENT RECOMBINANT VACCINE<br />

Por Mariana Cortez Matias e Silva1;<br />

Rafaella Dias Botelho1;<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões2.<br />

MATIAS E SILVA, M.C1., BOTELHO, R.D1., SIMÕES, R.S.Q2<br />

Resumo<br />

A dengue é uma doença transmitida por vetores<br />

do gênero Aedes presente na maioria dos países<br />

tropicais, infectando uma média de 50 a 100 milhões<br />

de pessoas por ano. Fatores socioeconômicos,<br />

demográficos e ambientais influenciam<br />

diretamente no ciclo de transmissão do vírus da<br />

dengue (DENV). É um vírus de genoma RNA envelopado<br />

de fita positiva. Possui quatro sorotipos<br />

antigenicamente distintos, DENV-1 a DENV-4,<br />

com genótipos diferentes codificando três proteínas<br />

estruturais e sete proteínas não estruturais.<br />

Os sintomas clínicos da dengue variam de febre<br />

leve a febre hemorrágica da dengue (FHD) grave<br />

ou síndrome do choque da dengue (DSS), com<br />

trombocitopenia, leucopenia e aumento da permeabilidade<br />

vascular. O objetivo deste trabalho<br />

foi descrever o vírus e o desenvolvimento de uma<br />

vacina tetravalente construída por meio da substituição<br />

dos genes que codificam as proteínas da<br />

pré-membrana (prM) e do envelope (E) da cepa<br />

utilizada na vacina de febre amarela (YF 17D 204).<br />

Neste sentido é latente as ações públicas e de<br />

vigilância epidemiológica atuarem em conjunto<br />

para mitigar os riscos da infecção viral.<br />

Abstract<br />

Dengue is a arthroped-borne disease transmitted<br />

by Aedes genus vectors present in most<br />

tropical countries, infecting an average of 50 to<br />

100 million people per year. Socioeconomic, demographic<br />

and environmental factors directly<br />

influence the dengue virus (DENV) transmission<br />

cycle. It is a positive strand enveloped RNA<br />

genome virus. It has been showed four antigenically<br />

distinct serotypes, DENV-1 to DENV-4,<br />

with different genotypes encoding three structural<br />

proteins and seven non-structural proteins.<br />

Clinical symptoms of dengue range from<br />

mild fever to severe dengue hemorrhagic fever<br />

(DHF) or dengue shock syndrome (DSS), with<br />

thrombocytopenia, leukopenia, and increased<br />

vascular permeability. The aim of this work was<br />

to describe the virus and the development of a<br />

tetravalent vaccine constructed by replacing<br />

the genes that encode the pre-membrane (prM)<br />

and envelope (E) proteins of the strain used in<br />

the yellow fever vaccine (YF 17D 204). In this<br />

sense, it is latent that public actions and epidemiological<br />

surveillance work together to mitigate<br />

the risks of viral infection.<br />

Palavras-chaves: arbovirose, DENV, vacina.<br />

Keywords: arthropod-borne viruses, DENV, vaccine<br />

132 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Introdução<br />

A dengue é uma arbovirose<br />

do gênero Flavivirus<br />

e transmitida por meio<br />

da picada do mosquito<br />

pertencente ao gênero<br />

Aedes, que dá origem a<br />

doença infecciosa emergente,<br />

tendo quatro<br />

sorotipos presentes no<br />

Brasil: DENV-1, DENV-<br />

2, DENV-3, DENV-4. O<br />

Aedes é o principal vetor<br />

do vírus no país, tratando-se<br />

de um mosquito<br />

antropofílico e essencialmente<br />

urbano, desenvolvendo-se,<br />

principalmente,<br />

em depósitos de<br />

água. É uma enfermidade<br />

viral que pode causar<br />

um variado espectro<br />

clínico, apresentando<br />

desde formas brandas<br />

até os quadros clínicos<br />

mais graves, alguns com<br />

manifestações hemorrágicas.<br />

A dengue é responsável<br />

por milhões<br />

Figura 1: Boletim Epidemiológico da Dengue no Rio de Janeiro. Número de taxa de incidência<br />

por 100 mil/hab, segundo a Região de Saúde/Município de Residência – 2023.<br />

de casos anualmente<br />

que impactam na saúde<br />

pública e na economia.<br />

Em razão ao amplo<br />

espectro de sorotipos<br />

possíveis, o desenvolvimento<br />

de uma vacina se<br />

tornou<br />

extremamente<br />

desafiador e complexo<br />

(RIVERA et al., 2022).<br />

Epidemiologia<br />

A prevalência de casos<br />

e o número de países<br />

que relataram surtos de<br />

dengue<br />

aumentaram<br />

dez vezes mais nos últimos<br />

trinta anos. Atualmente<br />

a doença pode<br />

ser encontrada em pelo<br />

menos cem países tropicais<br />

e subtropicais de<br />

forma endêmica. Os fatores<br />

determinantes para<br />

a expansão do vírus são<br />

multifatoriais, podendo<br />

levar em consideração o<br />

crescimento populacional,<br />

recursos econômicos<br />

limitados e a urbanização,<br />

assim como viagens<br />

e comércios legais.<br />

De acordo com dados<br />

do boletim epidemiológico<br />

divulgado pela<br />

Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde, no perí-<br />

VIROLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

133


VIROLOGIA<br />

odo de 31/12/2017 a<br />

fis foram associados ao<br />

diversas outras enfermi-<br />

20/01/2018, foram regis-<br />

porte populacional e<br />

dades, além de compro-<br />

trados 9.399 casos prová-<br />

ao clima do município.<br />

meter permanentemen-<br />

veis de dengue no país.<br />

Municípios com maior<br />

te a vida de indivíduos<br />

Nesse período, a região<br />

incidência e maiores<br />

que foram infectados.<br />

sudeste apresentou o<br />

populações tendem a<br />

No Brasil foram notifi-<br />

maior número de casos<br />

ser classificados como<br />

cados 2.788.522 casos<br />

prováveis (4.066 casos;<br />

transmissão persisten-<br />

de dengue no triênio<br />

43,3%) em relação ao<br />

te, sugerindo a existên-<br />

de 2018 a 2020, sendo<br />

total do país. Em seguida<br />

cia de tamanho crítico<br />

que 2.131.003 (76,4%)<br />

aparecem as regiões Cen-<br />

da comunidade. Essa<br />

obtiveram cura, 1.628<br />

tro-Oeste (2.481 casos;<br />

associação, no entan-<br />

(0,05%) evoluíram ao<br />

26,4%), Norte (1.056<br />

to, varia de acordo com<br />

óbito pela arbovirose,<br />

casos; 11,2%), Nordeste<br />

o estado, indicando a<br />

428 (0,01%) foram ao<br />

(914 casos; 9,7%) e Sul<br />

importância de outros<br />

óbito por outras causas,<br />

(882 casos; 9,4%) (GUY et<br />

fatores (ROY et al.,<br />

393 (0,01%) estão com<br />

al., 2011) (Figura 1).<br />

2021., DE ALMEIDA et<br />

o óbito em investigação,<br />

al., 2022.,).<br />

e 655.070 (23,4%) indi-<br />

O perfil epidemiológico<br />

víduos que não tiveram<br />

da dengue no Brasil foi<br />

A Evolução de Casos de<br />

os dados de evolução<br />

classificado em quatro<br />

Arbovirose - Dengue -<br />

preenchidos<br />

(PALANI-<br />

perfis distintos de trans-<br />

Entre 2018 e 2020<br />

CHAMY et al., 2023).<br />

missão:<br />

transmissão<br />

As arboviroses vem sen-<br />

persistente (7,8%), epi-<br />

do um problema notório<br />

Esse cenário problemáti-<br />

demia (21,3%), episódi-<br />

para a saúde pública, con-<br />

co requer políticas públi-<br />

ca/epidêmica (43,2%) e<br />

siderando que um mes-<br />

cas sérias de controle<br />

transmissão<br />

episódica<br />

mo vetor possui a capa-<br />

do vetor com o intuito<br />

(27,6%). Diferentes per-<br />

cidade de disseminar<br />

de reduzir essa escalada<br />

134 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


VIROLOGIA<br />

constante no país. Ressalta-se<br />

também a importância<br />

da comunicação e<br />

registro de casos encontrados,<br />

para que assim<br />

ocorra o controle dos<br />

números de dados corretos<br />

(Figura 2).<br />

Figura 2: Tratamento de suporte à infecção viral por dengue.<br />

Vacinas Contra a Dengue<br />

Nas últimas duas décadas,<br />

esforços para desenvolver<br />

vacinas seguras e<br />

eficazes para prevenir o<br />

vírus da dengue (DENV)<br />

têm enfrentado vários<br />

desafios, principalmente<br />

relacionados à complexidade<br />

da realização<br />

de estudos a longo prazo.<br />

Estes ensaios clínicos<br />

são desenvolvidos<br />

com o intuito de avaliar<br />

a eficácia e segurança<br />

da vacina para mitigar<br />

o risco de doença induzida<br />

por vacina, particularmente<br />

em crianças<br />

e possíveis eventos<br />

adversos pós-vacinação<br />

(SAAD., 2023). Existiam<br />

sete possibilidades<br />

em progresso, porém<br />

somente três apresentaram<br />

resultados promissores<br />

(Dengvaxia®,<br />

TV003, e TAK-003). Os<br />

desafios encontrados<br />

para o sucesso de uma<br />

vacina contra o vírus da<br />

dengue consistem principalmente<br />

em adequar<br />

proteção contra todos<br />

os quatros sorotipos<br />

existentes da infecção<br />

(CODECO et al., 2022).<br />

Desenvolvimento de<br />

Uma Vacina Tetravalente<br />

Desde o aumento exponencial<br />

dos casos de<br />

dengue em regiões<br />

endêmicas, os labora-<br />

136 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


VIROLOGIA<br />

tórios acadêmicos e<br />

empresas farmacêuticas<br />

empenham-se para<br />

a criação de uma vacina<br />

contra dengue, utilizando<br />

diferentes tecnologias,<br />

como: vacinas<br />

contendo vírus vivos<br />

atenuados; vetores virais<br />

recombinantes que<br />

expressam os antígenos<br />

do envelope (E) do vírus<br />

da dengue; proteínas<br />

recombinantes; e vacinas<br />

de DNA. Até o ano de<br />

2011 a vacina candidata<br />

era a desenvolvida pela<br />

Sanofi Pasteur, também<br />

conhecida como ChimeriVax,<br />

que é uma vacina<br />

tetravalente que contém<br />

vírus recombinantes atenuados<br />

e que tem como<br />

base a cepa da vacina<br />

17D contra a febre amarela<br />

(YF17D) (DOS SAN-<br />

TOS et al., 2022). ChimeriVax<br />

x teve origem na<br />

St. Louis University e foi<br />

aplicada por Guirakhoo<br />

et al na Acambis Inc. A<br />

vacina candidata foi testada<br />

em humanos, sendo<br />

imunogênica e segura.<br />

Os vírus que compõem<br />

a vacina recombinante<br />

tetravalente foram<br />

construídos por meio da<br />

substituição dos genes<br />

que codificam as proteínas<br />

da pré-membrana<br />

(prM) e do envelope (E)<br />

da cepa utilizada na vacina<br />

de febre amarela (YF<br />

17D 204) pelos respectivos<br />

genes de cada um<br />

dos quatro sorotipos da<br />

dengue (WOLLNER et al.,<br />

2021., DOS SANTOS et<br />

al., 2022., TORRES-FLO-<br />

RES et al., 2022).<br />

Aprovação de Uma<br />

Nova Vacina Pela Anvisa<br />

(Tak-003)<br />

Em março de 2023 foi<br />

aprovado pela Agência<br />

Nacional de Vigilância<br />

Sanitária (ANVISA)<br />

o registro de uma nova<br />

vacina contra a dengue,<br />

produzida pela empresa<br />

Takeda Pharma e nomeada<br />

de Qdenga. A vacina<br />

aprovada é composta<br />

por quatro sorotipos<br />

diferentes causadores da<br />

doença, garantindo uma<br />

ampla proteção.<br />

A vacina tetravalente<br />

contra dengue da Takeda<br />

(TAK-003), uma vacina<br />

viva atenuada baseada<br />

no sorotipo DENV-2, é<br />

a mais avançada entre as<br />

vacinas candidatas contra<br />

a dengue que estava<br />

em desenvolvimento<br />

(RIVERA et al., 2022).<br />

A aplicação deve ser feita<br />

por via subcutânea em<br />

esquema de duas doses,<br />

em intervalo de três meses<br />

entre as aplicações. É indicada<br />

para a população<br />

entre 4 e 60 anos, sem a<br />

necessidade de os indivíduos<br />

já terem sido infectados<br />

anteriormente (FURTADO<br />

et al., 2019., PALANICHAMY<br />

et al., 2023).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

137


VIROLOGIA<br />

Considerações Finais<br />

Mesmo com a aprovação<br />

de vacinas comprovadamente<br />

eficazes contra o<br />

vírus da dengue (DENV),<br />

ainda não foi possível<br />

observar seus efeitos práticos<br />

na sociedade de forma<br />

significativa. Serão<br />

necessárias campanhas de<br />

vacinação nas áreas mais<br />

afetadas pela doença,<br />

principalmente nas áreas<br />

tropicais mais endêmicas<br />

do país. É notório que a<br />

utilização de vacinas para<br />

o combate contra o DENV<br />

seja essencial, porém,<br />

além de ser necessário<br />

uma campanha de incentivo<br />

à vacinação, é latente<br />

a presença de educação<br />

ambiental nas áreas mais<br />

acometidas para a geração<br />

atual e principalmente as<br />

futuras ações públicas e de<br />

vigilância epidemiológica<br />

atuarem em conjunto, a<br />

fim de diminuir a transmissão<br />

drasticamente, melhorando<br />

a economia e saúde<br />

pública como um todo.<br />

Agradecimentos<br />

À nossa orientadora Profa.<br />

Rachel Simões pela<br />

oportunidade no desenvolvimento<br />

deste trabalho<br />

e incentivo à pesquisa<br />

e extensão.<br />

Autoras:<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />

Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso de<br />

Medicina Veterinária; Departamento de Ciências da<br />

Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />

Botafogo, Rio de Janeiro.<br />

Mariana Cortez Matias e Silva<br />

Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />

Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />

Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo,<br />

Rio de Janeiro.<br />

Referências Bibliográficas<br />

CODECO, C. T. et al. Fast expansion of dengue<br />

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12, n. 100274, p. 100274, 2022.<br />

DE ALMEIDA, I. F.; LANA, R. M.; CODEÇO, C. T.<br />

How heterogeneous is the dengue transmission<br />

profile in Brazil? A study in six Brazilian<br />

states. PLoS neglected tropical diseases, v.<br />

16, n. 9, p. e0010746, 2022.<br />

DOS SANTOS, N. R. et al. A evolução DE<br />

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FURTADO, A. N. R. et al. Dengue e seus avanços.<br />

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GUY, B. et al. Desenvolvimento de uma<br />

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PALANICHAMY KALA, M.; ST JOHN, A. L.;<br />

RATHORE, A. P. S. Dengue: Update on clinically<br />

relevant therapeutic strategies and<br />

vaccines. Current treatment options in infectious<br />

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RIVERA, L. et al. Three-year efficacy and<br />

safety of takeda’s dengue vaccine candidate<br />

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ROY, S. K.; BHATTACHARJEE, S. Dengue virus:<br />

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n. 10, p. 687–702, 2021.<br />

SAAD, M. A. Anvisa aprova nova vacina<br />

contra a dengue. Disponível em: . Acesso em: 24 maio. 2023.<br />

TORRES-FLORES, J. M.; REYES-SANDOVAL, A.;<br />

SALAZAR, M. I. Dengue vaccines: An update.<br />

BioDrugs: clinical immunotherapeutics, biopharmaceuticals<br />

and gene therapy, v. 36, n.<br />

3, p. 325–336, 2022.<br />

WOLLNER, C. J. et al. A dengue virus serotype<br />

1 mRNA-LNP vaccine elicits protective immune<br />

responses. Journal of Virology, v. 95, n. 12, 2021.<br />

Rafaella Dias Botelho<br />

Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />

Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />

Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo,<br />

Rio de Janeiro.<br />

138 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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BLOG DOS CIENTISTAS<br />

EMPREENDEDORISMO CIENTÍFICO E<br />

CIÊNCIA ABERTA<br />

Por Ingrid Ferreira Costa<br />

A evolução tecnológica<br />

tem acontecido com<br />

maior velocidade nos<br />

últimos anos, principalmente<br />

com as adversidades<br />

da pandemia. Dessa<br />

forma, as empresas têm<br />

apostado mais no empreendedorismo<br />

científico e<br />

na ciência aberta.<br />

Esses dois termos atuam<br />

juntos da inovação aberta,<br />

que tem crescido em<br />

popularidade na Europa<br />

e nos Estados Unidos.<br />

Segundo pesquisas, 78%<br />

das empresas nessas regiões<br />

atuam com processos<br />

de inovação aberta.<br />

Mas por que essas<br />

empresas fazem isso?<br />

O que é empreendedorismo<br />

científico?<br />

“Existe um grande poço<br />

de recursos e conhecimentos<br />

não utilizados<br />

que podem ser libera-<br />

dos se pudermos encontrar<br />

maneiras de fazê-lo.”<br />

(Henry Chesbrough)<br />

O empreendedorismo<br />

científico é a busca por<br />

novos desenvolvimentos<br />

científicos ou tecnologias<br />

inovadoras com grande<br />

potencial de mercado.<br />

Sendo assim, a ideia<br />

é simples: pegar essas<br />

ideias e patenteá-las.<br />

A princípio, essa prática<br />

tem ajudado a transformar<br />

pesquisas em produtos<br />

mais viáveis e acessíveis<br />

para a população.<br />

Em contrapartida, o que<br />

ocorre muito no desenvolvimento<br />

científico é<br />

que ele acaba não passando<br />

do investimento<br />

público, ficando no vale<br />

da morte da inovação.<br />

Os principais problemas<br />

são:<br />

- Dificuldade em sair do<br />

estágio inicial de evolução;<br />

- Projetos que não são<br />

pensados com noções de<br />

mercado e viabilidade;<br />

- Falta de infraestrutura<br />

para teste em ambientes<br />

reais.<br />

Como o empreendedorismo<br />

científico resolve<br />

isso?<br />

1. Mapeando as barreiras<br />

que impedem a implementação<br />

da tecnologia;<br />

140 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


2. Envolvendo as partes<br />

interessadas (stakeholders)<br />

no projeto;<br />

3. Aplicando a gestão de<br />

recursos no desenvolvimento<br />

científico;<br />

4. Buscando programas<br />

de aceleração e desenvolvimento;<br />

5. Pensando mais na prática<br />

do projeto e menos<br />

na técnica.<br />

Por isso, para o empreendedorismo<br />

científico funcionar,<br />

é necessária outra<br />

figura no meio: a ciência<br />

aberta e os diferentes<br />

tipos de inovação aberta!<br />

O que é ciência aberta?<br />

A ciência aberta se trata<br />

de um movimento que<br />

traz mudanças estruturais<br />

na forma como o<br />

conhecimento científico<br />

é produzido, compartilhado<br />

e reutilizado. Sendo<br />

assim, sua ideia é promover<br />

uma ciência mais<br />

colaborativa, transparente<br />

e sustentável.<br />

Portanto, isso está alinhado<br />

com a quebra da mentalidade<br />

de silo comum<br />

nas empresas, que buscam<br />

justamente o sigilo<br />

de sua cultura corporativa.<br />

Dessa forma, a ciência<br />

aberta está alinhada com<br />

a inovação aberta.<br />

O que é a inovação<br />

aberta?<br />

A inovação aberta se trata<br />

de um modelo de gestão<br />

empresarial que se volta<br />

para a inovação. Sendo<br />

assim, esse modelo promove<br />

a colaboração com<br />

pessoas e organização<br />

externas à empresa, quebrando<br />

com a mentalidade<br />

de silo.<br />

Com a adoção desse<br />

modelo, fica mais fácil de<br />

pôr em prática o empreendedorismo<br />

científico.<br />

Afinal, existe mais de um<br />

tipo de inovação aberta.<br />

Quais são os tipos de<br />

inovação aberta?<br />

- Co-desenvolvimento: o<br />

co-desenvolvimento se<br />

trata da relação entre uma<br />

startup (ou tecnologia<br />

vinda de uma universidade<br />

ou centro de pesquisa)<br />

e uma grande empresa;<br />

BLOG DOS CIENTISTAS<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

141


BLOG DOS CIENTISTAS<br />

- Licenciamento: em troca<br />

do pagamento de royalties<br />

para o detentor da<br />

propriedade intelectual,<br />

a empresa pode explorar<br />

uma nova tecnologia;<br />

- Aquisição: se trata da compra<br />

de uma empresa nascente,<br />

o que leva à incorporação<br />

das tecnologias;<br />

- Contratação: se trata de<br />

um acordo, onde um serviço<br />

é prestado mediante<br />

pagamento;<br />

- Financiamento ou investimento:<br />

as grandes empresas<br />

financiam novas tecnologias<br />

fomentando a evolução tecnológica<br />

e a criação de uma<br />

nova solução!<br />

Qual é a importância da<br />

inovação aberta?<br />

Ao adotar um modelo de<br />

gestão empresarial mais<br />

disruptivo, aumenta a<br />

competitividade, portanto,<br />

a inovação aberta é a<br />

opção mais viável quando<br />

as empresas reconhecem<br />

que há mais conhecimento<br />

disponível do lado de<br />

fora da sua estrutura.<br />

Dessa forma, os benefícios<br />

que a inovação<br />

aberta garante são:<br />

- Redução de custos;<br />

- Desenvolvimento de produtos<br />

com maior envolvimento<br />

dos clientes;<br />

- Maior valor agregado<br />

à marca;<br />

- A chance de desenvolver<br />

parcerias lucrativas.<br />

Quais são os critérios<br />

para parcerias estratégicas?<br />

A parceria estratégica se<br />

trata da aliança entre uma<br />

ou mais organizações para<br />

oferecer suporte mútuo<br />

na conquista de objetivos<br />

comuns. Por exemplo, a<br />

aliança entre a startup e<br />

uma grande empresa.<br />

Tais parcerias são ótimas<br />

para diminuir os problemas<br />

internos e potencializar<br />

as competências.<br />

Em contrapartida, para<br />

ser uma parceria lucrativa,<br />

é necessário o atendimento<br />

de certos critérios:<br />

- Infraestrutura: a grande<br />

empresa deve fornecer<br />

infraestrutura para<br />

o desenvolvimento de<br />

novos projetos<br />

- Recursos financeiros: a<br />

parceria lucrativa deve<br />

facilitar na captação de<br />

recursos financeiros<br />

- Burocracias regulatórias:<br />

as parcerias corporativas<br />

costumam reduzir os prazos<br />

para a certificação de<br />

produtos e outros procedimentos.<br />

Com isso, agilizam<br />

no desenvolvimento<br />

- Taxa de riscos: os riscos<br />

inicialmente concentrados<br />

no cientista acabam<br />

sendo divididos com os<br />

parceiros!<br />

Onde entra a gestão de<br />

inovação nessa história?<br />

A gestão de inovação se<br />

trata da estrutura do processo<br />

de aprimoramento<br />

em seu começo, meio<br />

e fim. Ela estabelece os<br />

meios e métodos para a<br />

geração de valor, ajudando<br />

assim na concretização<br />

de novas ideias.<br />

142 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


BLOG DOS CIENTISTAS<br />

Considerando que toda<br />

organização quer inovar,<br />

é necessário que haja um<br />

processo bem estabelecido<br />

que permita que a inovação<br />

ocorra de maneira<br />

contínua. Dessa forma,<br />

algumas práticas devem<br />

orientar a gestão:<br />

- Alinhamento de prioridades<br />

entre as equipes<br />

disponíveis<br />

- Definição de acordos<br />

formais, com metas e<br />

objetivos bem claros.<br />

Com isso, você evita disputas<br />

antagônicas<br />

- Construção de parcerias<br />

com culturas semelhantes<br />

e conhecimentos diferentes<br />

E onde entra a prospecção<br />

de tecnologia na gestão?<br />

A prospecção de tecnologia<br />

pode ser entendida<br />

como o planejamento<br />

sistemático para o mapeamento<br />

de desenvolvimentos<br />

científicos futuros.<br />

Através de métodos quantitativos<br />

e qualitativos, as<br />

empresas preveem os projetos<br />

mais impactantes.<br />

Dessa forma, a prospecção<br />

tecnológica acaba<br />

fazendo parte da gestão,<br />

com a equipe buscando<br />

avaliar o panorama atual<br />

do mercado. Com isso,<br />

pretende ver quais são as<br />

lacunas do mercado que<br />

serão preenchidas por<br />

essas novas tecnologias.<br />

Conclusão<br />

Em síntese, o empreendedorismo<br />

científico e a<br />

ciência aberta andam de<br />

mãos dadas, promovendo<br />

trabalhos científicos<br />

para o mercado. Portanto,<br />

isso é ótimo para o<br />

cientista, que garante o<br />

seu reconhecimento e<br />

faz o seu projeto alcançar<br />

um público maior!<br />

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Autora:<br />

Ingrid Ferreira Costa<br />

Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências Farmacêuticas.<br />

Especialista em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Externa<br />

na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC ISO 9001:2015. Auditora Líder na ABNT ISO/IEC 17025:2017, ABNT ISO/IEC<br />

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Fonte: https://biochemie.com.br/empreendedorismo-cientifico/empreendedorismo-cientifico-e-ciencia-aberta/<br />

144 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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medição dos reticulócitos.<br />

- A solução de coloração de ácido nucleico cora DNA e RNA.<br />

- As células coradas são excitadas pelo laser azul e dois tipos de fluorescência são<br />

gerados.<br />

- O tamanho da célula é calculado a partir da luz espalhada para a frente. As<br />

informações de DNA são calculadas por luz fluorescente verde e as informações de<br />

RNA são calculadas por luz fluorescente vermelha.<br />

- A densidade fluorescente é importante para identificar a quantidade de reticulócitos,<br />

através do diagrama de dispersão RNP* minimiza-se a influência de substâncias<br />

interferentes para um resultado de reticulócitos mais preciso.<br />

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MINUTO LABORATÓRIO<br />

O QUE MUDOU COM A ATUALIZAÇÃO<br />

RDC 302/2005 PARA A RDC 786/2023?<br />

Por Fábia Bezerra, Louise Fabri, Cristhian Roiz.<br />

Logo de início, podemos<br />

falar da ampliação dos<br />

serviços de exame de<br />

análises clínicas (EAC)<br />

nas farmácias e clínicas.<br />

A resolução aprovada<br />

categorizou os serviços<br />

de saúde que realizam<br />

atividades relacionadas<br />

a exames de análises clínicas<br />

e este era o principal<br />

tema que se discutiu<br />

ao longo da revisão das<br />

Resoluções da Diretoria<br />

Colegiada (RDC) que<br />

consiste em uma série<br />

de normas regulamentares<br />

cujo objetivo é atribuir<br />

responsabilidades a<br />

empresas e profissionais<br />

a fim de garantir as Boas<br />

Práticas mantendo os<br />

padrões de qualidade<br />

dos produtos e serviços<br />

destinados à saúde<br />

da população.<br />

De um lado, tínhamos as<br />

farmácias e clínicas que há<br />

muito tempo reivindicavam<br />

esta autorização e do<br />

outro, os laboratórios de<br />

análises clínicas que viam<br />

esta possibilidade como<br />

um risco – tanto no fator<br />

perda de clientes, como na<br />

preocupação com a interpretação<br />

destes resultados<br />

por pessoas leigas.<br />

E ainda existia um terceiro<br />

grupo, dos médicos que<br />

dividam opiniões, onde<br />

alguns consideram muito<br />

prática e rápida a execução<br />

de alguns exames em<br />

seus consultórios e/ou farmácias<br />

e outros que compartilham<br />

o mesmo sentimento<br />

dos laboratórios<br />

sobre o risco das conclusões<br />

precipitadas podendo<br />

levar inclusive as pessoas<br />

a se automedicarem.<br />

No fim, ficou estabelecido<br />

que a norma aprovada<br />

possibilita a realização<br />

de testes de triagem nas<br />

farmácias, consultórios e<br />

postos de coleta, os quais<br />

não ultrapassam o diagnóstico<br />

laboratorial convencional<br />

e nem o substituem,<br />

pois a sua atuação é<br />

complementar, com finalidades<br />

distintas no atendimento<br />

à população.<br />

Catequizou-se os serviços<br />

de acordo com a sua<br />

complexidade e infraestrutura:<br />

I - Serviço tipo I: farmácias<br />

e consultórios isolados.<br />

II - Serviço tipo II: postos<br />

de coleta.<br />

III - Serviço tipo III: laboratórios<br />

clínicos, laboratórios<br />

de apoio e laboratórios de<br />

anatomia patológica.<br />

146 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Além dessa resolução,<br />

podemos citar mudanças<br />

em Inovações tecnológicas;<br />

segurança do<br />

paciente; rastreabilidade<br />

dos processos; infraestrutura<br />

e aprimoramento do<br />

controle de qualidade.<br />

O laboratório clínico deve<br />

realizar Controle Interno<br />

da Qualidade contemplando:<br />

Monitoramento<br />

do processo analítico<br />

pela análise das amostras<br />

controle, com registro<br />

dos resultados obtidos e<br />

análise dos dados; definição<br />

dos critérios de<br />

aceitação dos resultados<br />

por tipo de analito e de<br />

acordo com a metodologia<br />

utilizada; liberação ou<br />

rejeição das análises após<br />

avaliação dos resultados<br />

das amostras controle.<br />

Deve participar de Ensaios<br />

de Proficiência para todos<br />

os exames realizados na<br />

sua rotina. A participação<br />

em Ensaios de Proficiência<br />

deve ser individual para<br />

cada unidade do laboratório<br />

clínico que realiza<br />

as análises; o laboratório<br />

clínico deve registrar os<br />

resultados do Controle<br />

Externo da Qualidade, inadequações,<br />

investigação<br />

de causas e ações tomadas<br />

para os resultados<br />

rejeitados ou nos quais a<br />

proficiência não foi obtida;<br />

as amostras controle<br />

devem ser analisadas<br />

da mesma forma que as<br />

amostras dos pacientes.<br />

Quanto ao Programa de<br />

Educação Permanente,<br />

deve contemplar capacitações<br />

e treinamentos inicial<br />

e periódicos, teórico e prático<br />

com frequência mínima<br />

anual; baseados em<br />

abordagem de riscos, sempre<br />

que novos processos,<br />

técnicas ou tecnologias<br />

forem implementados, ou<br />

antes de novas pessoas<br />

integrarem os processos; e<br />

metodologia de avaliação<br />

de forma a demonstrar a<br />

eficácia das ações de capacitação<br />

e treinamento.<br />

As capacitações e treinamentos<br />

periódicos<br />

devem contemplar, no<br />

mínimo Instruções escritas;<br />

segurança do paciente;<br />

gerenciamento dos<br />

riscos inerentes às tecnologias<br />

utilizadas; e programa<br />

de garantia da qualidade.<br />

As capacitações e<br />

os treinamentos devem<br />

ser registrados, contendo<br />

data, horário, carga horária,<br />

conteúdo ministrado,<br />

nome e a formação ou<br />

capacitação profissional<br />

do instrutor e dos trabalhadores<br />

envolvidos.<br />

Sobre os Principais eixos<br />

das mudanças temos a<br />

modernização do instrumento<br />

regulatório para<br />

tratar do funcionamento<br />

dos laboratórios clínicos<br />

e postos de coleta, e<br />

todos os aspectos técnico/sanitários<br />

relacionados<br />

à execução dos exames<br />

de análises clínicas;<br />

expansão das atividades<br />

relacionadas aos exames<br />

de análises clínicas para<br />

MINUTO LABORATÓRIO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

147


MINUTO LABORATÓRIO<br />

além dessas estruturas;<br />

regulamentação do<br />

envio de material biológico<br />

para análise por laboratório<br />

clínico localizado<br />

no exterior; maior clareza<br />

nos critérios de envio de<br />

material biológico aos<br />

laboratórios de apoio.<br />

Além disso, a partir do<br />

momento que entrar em<br />

vigor no dia 01 de agosto,<br />

teremos o aumento da<br />

abrangência da Norma -<br />

com a inclusão de laboratórios<br />

anatomopatológicos<br />

e de toxicologia, a<br />

assinatura do profissional<br />

que o liberou deve ser<br />

manuscrita ou em formato<br />

digital, com utilização<br />

de processo de certificação<br />

na forma disciplinada<br />

pela Medida Provisória<br />

nº 2.200-2/2001. Não<br />

será possível usar uma<br />

assinatura escaneada do<br />

técnico responsável pelo<br />

laudo, uma vez que ela<br />

não gera a mesma autenticidade<br />

que uma assinatura<br />

digital. E, embora<br />

seja uma regra inflexível,<br />

há a possibilidade de o<br />

laboratório clínico decidir<br />

pela melhor solução técnica<br />

para atender às suas<br />

necessidades e objetivos.<br />

Um ponto bem importante<br />

discutido e questionado<br />

a ANVISA por Cristhian<br />

Roiz foi sobre o artigo 110<br />

da nova RDC. O ponto<br />

crucial questionado que<br />

gera dúvidas no setor de<br />

análises clínicas e afins, é:<br />

"(...) determina que todo<br />

material biológico transportado<br />

deve conter, em<br />

sua embalagem terciária,<br />

dados dos exames solicitados,<br />

do material biológico<br />

coletado, do paciente<br />

e do solicitante."<br />

Considerando que tais<br />

embalagens são acessíveis<br />

a todo e qualquer<br />

indivíduo, inserido ou<br />

não no contexto EAC<br />

(temos embarques aéreos,<br />

por exemplo, onde<br />

os agentes aeroportuários<br />

têm acesso à estas<br />

embalagens necessariamente)<br />

e consequentemente<br />

possibilitando<br />

que suas informações<br />

externamente nelas contida<br />

possam também<br />

estar visíveis, entendemos<br />

que tal fato implicaria<br />

desacato a lei<br />

de proteção de dados<br />

amplamente divulgada<br />

e conhecida no país.<br />

Houve o retorno do setor<br />

técnico/Gerência de<br />

Regulamentação e Controle<br />

Sanitário em Serviços<br />

de Saúde (GRECS)<br />

contudo, o retorno recebido<br />

da GRECS não traz<br />

entendimento em ser<br />

necessária uma revisão<br />

para análise de uma adequação<br />

à esta questão,<br />

entendendo, portanto,<br />

148 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MINUTO LABORATÓRIO<br />

que o texto está adequado<br />

e em conformidade<br />

à exigência cabível ao<br />

ambiente que se propõe<br />

a resolução (EAC). Contudo,<br />

traz em sua resposta<br />

pela decisão em ser<br />

adotada ou não pelos<br />

laboratórios (?) a forma<br />

que estas informações<br />

devem ser inseridas nas<br />

embalagens terciárias, a<br />

fim de se preservar e ser<br />

acatado a LGPD. Neste<br />

sentido, caso tenhamos<br />

que assim acatar (RDC e<br />

LGPD), poderíamos ter<br />

como solução resguardar<br />

os dados externamente<br />

à embalagem,<br />

desde que contidos em<br />

local específico contudo,<br />

que não permitam a<br />

visão ao ambiente externo,<br />

como exemplo, dentro<br />

de embalagens não<br />

transparentes? Poderíamos<br />

adotar, se possível,<br />

metodologia QR CODE<br />

que contenha acesso às<br />

informações somente se<br />

a leitura ocorresse? Isto<br />

implicaria em um custo<br />

inacessível a pequenos<br />

laboratórios, assim como<br />

aumento de custos aos<br />

demais com maior porte<br />

(médio e grande laboratório)?<br />

Isto traria à luz<br />

a necessidade de uma<br />

revisão nos processos<br />

logísticos (POPs, Manuais,<br />

Capacitação de equipe<br />

técnica e logística)?<br />

Por fim, a intenção é<br />

repassar este retorno<br />

da ANVISA (concedido<br />

pela GRECS) no intuito<br />

de contribuir e dar acesso<br />

ao nicho da saúde,<br />

quais também contém a<br />

mesma dúvida pelo artigo<br />

110 da resolução, nos<br />

trazendo a conduta a ser<br />

tomada em face à resolução<br />

786 após questionamento<br />

realizado. Segue<br />

em destaque o contexto,<br />

“.... Cabe ao Serviço que<br />

executa EAC determinar a<br />

forma de encaminhamento<br />

de modo a obedecer a<br />

Lei nº 13.709, de 14 de<br />

agosto de 2018, Lei Geral<br />

de Proteção de Dados -<br />

LGPD, e outros instrumentos<br />

legais pertinentes.”<br />

Continuaremos no radar<br />

destas questões.<br />

Referência:<br />

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/<br />

resolucao-rdc-n-786-de-5-de-maio-<br />

-de-2023-482394228<br />

Autoras:<br />

Fábia Bezerra Louise Fabri Cristhian Roiz<br />

Biomédica, Auditora; Gerente<br />

da Qualidade Corporativa na<br />

Hapvida /Diagnósticos.<br />

Biomédica, Bacharel em<br />

Direito, Gerente do Núcleo<br />

Técnico Operacional da<br />

Hapvida/ Recife PE.<br />

Biomédico, Revisor<br />

Participativo da RDC 20<br />

Anvisa, ANTT 420 e CEO do<br />

Grupo Biocarga.<br />

150 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


EPIDEMIOLOGIA<br />

CÂNCER DE PULMÃO<br />

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS<br />

Por Paulo Mafra<br />

Estimado leitor, chegamos<br />

a quinta coluna de<br />

epidemiologia, onde<br />

abordarei uma patologia<br />

silenciosa e que<br />

vem ganhando espaço e<br />

chega a surpreender as<br />

posições que ocupa nos<br />

dados epidemiológicos,<br />

estando a frente de cânceres<br />

mais habituais. Está<br />

patologia não possui um<br />

único fator causador, mas<br />

está associado a diversas<br />

causas. Desde já desejo<br />

uma boa leitura e espero<br />

que o texto supra as<br />

expectativas.<br />

O câncer caracteriza um<br />

grave problema associado<br />

a saúde pública no<br />

mundo, essa patologia é<br />

resultado de um crescimento<br />

desordenado de<br />

células anormais, e possuem<br />

o potencial de invadir<br />

tecidos e órgãos. Ocupando<br />

a segunda posição<br />

das doenças crônicas não<br />

transmissíveis (DCNT)<br />

que mais possuem óbitos<br />

tanto em países desenvolvidos<br />

como em desenvolvimento.<br />

Se destaca<br />

devido ao aumento de<br />

sua incidência e mortalidade,<br />

especialmente pelo<br />

envelhecimento populacional<br />

acelerado e exposição<br />

a fatores de risco.<br />

As estimativas brasileiras<br />

segundo o INCA para o<br />

triênio 2023 – 2025 são<br />

de 704 mil novos casos<br />

notificados para cada<br />

ano com ênfase para as<br />

regiões Sul e Sudeste os<br />

quais concentram 70%<br />

da incidência.<br />

O câncer de pulmão é a<br />

neoplasia maligna que<br />

mais causa óbitos no ocidente.<br />

Segundo a Organização<br />

Mundial da Saúde<br />

(OMS) e o Instituto Nacional<br />

do Câncer (INCA) a<br />

incidência desta neoplasia<br />

está em crescimento acelerado<br />

no Brasil. De acordo<br />

com as estimativas encontra-se<br />

em terceiro lugar<br />

entre homens e quarto<br />

entre mulheres como neoplasia<br />

mais comum em<br />

solo brasileiro.<br />

A neoplasia de pulmão<br />

pode ser classificada<br />

através das células precursoras,<br />

sendo células<br />

pequenas e células não<br />

pequenas, a maior prevalência<br />

é da neoplasia de<br />

células não pequenas a<br />

qual abrange o carcinoma<br />

de células escamosas ou<br />

espinocelular sendo mais<br />

comum em homens, carcinoma<br />

de células grandes<br />

e o adenocarcinoma<br />

mais comum em mulheres;<br />

o de células pequenas<br />

é menos habitual e está<br />

propenso a se espalhar de<br />

forma mais rápida.<br />

152 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


A associação do tabaco<br />

como fator principal<br />

para o desenvolvimento<br />

do câncer de pulmão é<br />

antiga e sua ocorrência<br />

está associada ao tempo<br />

submetido ao fumo.<br />

Pesquisas estimam que<br />

essa relação é de aproximadamente<br />

71% nas<br />

mortes causadas por<br />

essa neoplasia, nos Estados<br />

Unidos da América<br />

80% dos óbitos por<br />

câncer de pulmão ainda<br />

são causadas pelo tabagismo.<br />

Outras causas<br />

como tabagismo passivo,<br />

exposição à radiação,<br />

elementos químicos,<br />

poluição do ar, doença<br />

pulmonar obstrutiva<br />

crônica (DPOC), fatores<br />

genéticos e histórico<br />

familiar podem levar ao<br />

indivíduo a desenvolver<br />

o câncer de pulmão.<br />

Durante o uso do tabaco<br />

o indivíduo fica exposto<br />

diretamente a mais de<br />

4.700 substancias químicas<br />

tóxicas, onde aproximadamente<br />

50 são cancerígenas<br />

predispondo<br />

o paciente a outros tipos<br />

de cânceres, como traqueia<br />

e brônquios, se torna<br />

também susceptível<br />

ao aumento de doenças<br />

cardiovasculares.<br />

A identificação da doença<br />

na maioria dos casos<br />

é realizada através de<br />

exames de imagem,<br />

broncoscopia associado<br />

a biópsia. O maior dos<br />

desafios é o diagnóstico<br />

precoce, onde grande<br />

parte dos casos já é identificado<br />

na fase tardia,<br />

para que isso possa ser<br />

realizado é necessário a<br />

observação dos sinais e<br />

sintomas apresentados<br />

pelo paciente, que são:<br />

hemoptise, tosse com<br />

rouquidão persistente,<br />

dor no tórax, dispneia,<br />

astenia e perca de peso<br />

sem causa aparente.<br />

Grande parte dos tabagistas<br />

apresentam de forma<br />

elevada no sangue o antígeno<br />

carcinoembrionário,<br />

possibilitando uma detecção<br />

antecipada precedente<br />

a progressão tumoral,<br />

assegurando uma intervenção<br />

precoce, dificultando<br />

assim o processo de<br />

infiltração e de metástase.<br />

O tratamento do CA de<br />

pulmão inclui a cirurgia<br />

quimioterapia, radioterapia,<br />

terapia alvo ou uma<br />

associação envolvendo<br />

essas modalidades de<br />

tratamento. A cirurgia<br />

fundamenta-se na retirada<br />

do tumor e remoção<br />

dos linfonodos próximos<br />

ao pulmão e no mediastino,<br />

as cirurgias podem ser<br />

do tipo: segmentectomia<br />

e ressecção em cunha<br />

(quando uma pequena<br />

parte do pulmão é removida),<br />

lobectomia (todo o<br />

lobo pulmonar afetado<br />

pelo tumor é removido) e<br />

pneumectomia (remoção<br />

completa do pulmão).<br />

EPIDEMIOLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

153


EPIDEMIOLOGIA<br />

O câncer de pulmão<br />

encontra-se em segundo<br />

lugar como o câncer mais<br />

incidente mundialmente,<br />

com 2,2 milhões (11,4%)<br />

de casos, ficando atrás<br />

do câncer de mama feminina<br />

com 2,3 milhões<br />

(11,7%). Nos homens é o<br />

mais frequente com 1,4<br />

milhão (14,3%) de casos<br />

novos, ficando à frente do<br />

câncer de próstata com<br />

1,4 milhão (14,1%). Nas<br />

mulheres ocupa o terceiro<br />

lugar de casos novos<br />

com 771 mil (8,4%) ficando<br />

atrás do câncer de<br />

mama com 2,3 milhões<br />

(24,5%) e do câncer de<br />

cólon e reto com 865 mil<br />

(8,4%) e fica afrente do<br />

câncer de colo de útero<br />

com 604 (6,5%).<br />

Os valores estimados<br />

para cada ano do triênio<br />

2023 – 2025 do câncer<br />

de pulmão é 32.560 mil<br />

(4,6%) casos, essas estimativas<br />

são apresentadas<br />

Imagem 1 - Estimativas de novos casos de câncer, em homens, para 2023-2025.<br />

Imagem 2 - Estimativas de novos casos de câncer, em mulheres, para 2023-2025.<br />

em taxas brutas e ajustadas<br />

(população – padrão<br />

mundial) de incidência<br />

por 100 mil habitantes e<br />

segundo sexo e localização<br />

do câncer.<br />

Em indivíduos do sexo masculino<br />

estima-se aproximadamente<br />

18.020 casos,<br />

com uma taxa bruta de<br />

17,06 e ajustada de 12,43<br />

(Imagem 1); enquanto em<br />

indivíduos do sexo feminino<br />

apresentam 14.540<br />

casos, com 13,15 de taxa<br />

bruta e 9,26 de taxa ajustada<br />

(Imagem 2).<br />

154 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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EPIDEMIOLOGIA<br />

As estimativas em território<br />

nacional, divididas<br />

por região se apresentam<br />

desta forma:<br />

casos no total, com uma<br />

taxa bruta de 15,36 e de<br />

taxa ajusta de 10,41.<br />

• Região Sul evidencia<br />

Através da distribuição<br />

geográfica brasileira é<br />

possível observar que a<br />

região sudeste e sul apre-<br />

• Região Norte possui<br />

uma estimativa de 1.530<br />

casos no total, com 7,91<br />

de taxa bruta e 10,47 de<br />

taxa ajustada.<br />

• Região Nordeste apresenta<br />

uma estimativa de<br />

6.570 casos no total, com<br />

uma taxa bruta de 11,33<br />

e de taxa ajustada 10,47.<br />

• Região Centro – Oeste<br />

demonstra uma estimativa<br />

de 2.440 casos no total,<br />

com 14,27 de taxa bruta e<br />

11,95 de taxa ajustada.<br />

• Região Sudeste expõe<br />

estimativas de 13.960<br />

estimativas de 8.060<br />

casos no total, com 26,15<br />

de taxa bruta e 18,55 de<br />

taxa ajustada.<br />

No ano de 2020 o câncer<br />

de traqueia, brônquios<br />

e pulmões ocuparam o<br />

primeiro lugar em mortalidade<br />

nos homens com<br />

16.009 (13,6%) óbitos,<br />

nas mulheres ocupou<br />

o segundo lugar com<br />

12.609 (11,6%), ficando<br />

atrás apenas do câncer<br />

de mama com 17.825<br />

(16,5%) óbitos.<br />

senta o maior número<br />

aproximado de casos, sendo<br />

seguido pela região<br />

nordeste, centro oeste e<br />

norte. É possível observar<br />

que pelo fato de serem as<br />

regiões mais populosas<br />

e com maior concentração<br />

de fabricas e veículos,<br />

podemos inferir que a<br />

qualidade do ar também<br />

pode afetar o desenvolvimento<br />

do câncer de pulmão<br />

e quando associado<br />

com o uso do tabaco<br />

apresentar um quadro de<br />

maior gravidade.<br />

Autores:<br />

Paulo Mafra<br />

Biomédico CRBM2 - 14461; Especialista em Epidemiologia e Vigilância em Saúde.<br />

Docente do Centro Educacional Vale do Ipanema - CEVI com as disciplinas de Epidemiologia, Microbiologia e Parasitologia.<br />

Atuante na área laboratorial desde 2018.<br />

Contato: (82) 98125-2284 - Instagram: @pauloe.mafra @biomedicinadiario<br />

156 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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A captura híbrida segrega de acordo<br />

com os grupos A e B. A PCR além de<br />

segregar os tipos realiza a subtipagem<br />

com identificação principalmente dos<br />

subtipos 16 e 18 que são responsáveis<br />

por 70% dos casos de câncer de colo<br />

de útero<br />

Câncer de colo do útero<br />

O HPV é responsável por casos de<br />

câncer de colo do útero, sendo os<br />

tipos 16 e 18 causadores de 70% dos<br />

cânceres cervicais. No Brasil, em<br />

2020, ocorreram 6.627 óbitos por<br />

esta neoplasia.<br />

Oportunidade<br />

A demanda por diagnósticos<br />

moleculares está crescendo.<br />

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OFAC BRASIL<br />

O CRESCIMENTO E EXCELÊNCIA DO LABORATÓRIO<br />

SÃO JOSÉ NAS ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Por Manuel Assis Pereira Neto, Maria de Fátima Oliveira Pereira.<br />

Com uma trajetória<br />

modesta iniciada em<br />

1981, nas mãos do bioquímico<br />

Manuel Assis<br />

Pereira Neto, o Laboratório<br />

de Análises Clínicas<br />

São José floresceu de um<br />

pequeno espaço de 50m²,<br />

com apenas dois colaboradores,<br />

para se tornar<br />

uma instituição de renome<br />

no campo das análises<br />

clínicas. Sob a perspicaz<br />

direção de Maria de<br />

Fátima O. Pereira, esposa<br />

de Manuel, o laboratório<br />

abraçou a visão de crescimento,<br />

inaugurando<br />

uma nova sede em 1992<br />

e investindo em equipamentos<br />

avançados, abraçando<br />

também o desafio<br />

da certificação ISO 9001.<br />

No presente, cada capítulo<br />

da história do Laboratório<br />

São José é uma<br />

prova viva do compromisso<br />

com a inovação<br />

contínua e a paixão pelas<br />

análises clínicas. Os desafios<br />

enfrentados ao longo<br />

dos anos impulsionaram<br />

transformações<br />

significativas. Os setores<br />

de hematologia, bioquímica,<br />

imuno hormônio,<br />

urinálises e microbiologia<br />

foram automatizados,<br />

enquanto um aplicativo<br />

foi lançado para aprimorar<br />

o serviço de coleta<br />

externa. As instalações<br />

foram constantemente<br />

ampliadas e aprimoradas,<br />

com o objetivo de<br />

proporcionar o máximo<br />

de conforto aos clientes.<br />

No decorrer deste ano,<br />

o Laboratório São José<br />

implementou exames por<br />

biologia molecular em<br />

seu NTO (Núcleo Técnico<br />

Operacional) e inaugurou<br />

o 4º posto de coleta,<br />

mantendo-se fiel ao seu<br />

propósito original: fornecer<br />

serviços de análises<br />

clínicas de alta qualidade<br />

à comunidade, com atendimento<br />

humanizado.<br />

Como o primeiro laboratório<br />

acreditado DICQ<br />

em Araguari, a história do<br />

Laboratório São José é um<br />

158 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


KIT PCR EM TEMPO REAL PARA DETECÇÃO DE<br />

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testemunho de sua dedicação<br />

à excelência. Contando<br />

com uma equipe<br />

de mais de 50 colaboradores,<br />

o laboratório continua<br />

a investir em pessoas<br />

e processos, visando aprimoramentos<br />

futuros.<br />

Além disso, como membro<br />

da OFAC desde 2020,<br />

o laboratório fortalece<br />

sua posição, beneficiando-se<br />

de capacitação,<br />

troca de experiências<br />

e benchmarking. Essa<br />

proximidade com outros<br />

profissionais das análises<br />

clínicas em todo o<br />

Brasil faz toda a diferença<br />

no dia a dia, impulsionando<br />

a qualidade e os<br />

padrões do setor.<br />

O Laboratório São José<br />

orgulha-se de sua jornada,<br />

marcada por um<br />

compromisso constante<br />

com a excelência, inovação<br />

e aprimoramento<br />

contínuo. A equipe está<br />

ansiosa para continuar<br />

servindo a comunidade,<br />

fornecendo serviços de<br />

análises clínicas de alta<br />

qualidade e contribuindo<br />

para avanços significativos<br />

no campo da saúde.<br />

Manuel Assis Pereira Neto<br />

Graduado em Farmácia pela UFRJ, Título de<br />

Especialista em Análises Clínicas pela SBAC.<br />

Estagiário no Laboratório do HU da UFRJ por<br />

2 anos. Participante assíduo, desde 1979, de<br />

Cursos, Mesas Redondas, Palestras e Feiras<br />

de Expositores de novas Tecnologias nos<br />

Congressos anuais da SBAC e SBPC. Já atuou<br />

como Bioquímico no Laboratório do Serviço<br />

Social das Estradas de Ferro (SESEF- RFFSA).<br />

Atua como responsável técnico pelo Laboratório<br />

de A. C. São José Ltda do qual é proprietário<br />

desde 1981. Interessa-se por Qualidade,<br />

Hematologia e Parasitologia. Se destaca<br />

nas relações interpessoais e na Flebotomia.<br />

Maria de Fátima Oliveira Pereira<br />

Graduada em Serviço Social pela Universidade<br />

Gama Filho, Pós-graduada em Gestão<br />

Empresarial pela UFU e em Psicologia Positiva<br />

pelo IPOG. Já atuou como Técnico de<br />

Laboratório no Laboratório do HU da UFRJ<br />

e como gestora e assistente social no SESI.<br />

Atualmente, atua como sócia e gestora<br />

administrativa do Laboratório São José. Interessa-se<br />

por Gestão de Pessoas e Marketing.<br />

160 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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16 µL<br />

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Dimensão e peso<br />

• 501(D)×320(W)×502.5(H)<br />

• Peso: 29.3kg<br />

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BIOSSEGURANÇA<br />

PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIO<br />

DE PESQUISA COM A ALGA MARINHA LAURENCIA DENDROIDEA<br />

Por: Alexsandra de Morais Martins, Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Teresinha Gonçalves da Silva, Daniela Maria do Amaral Ferraz Navarro.<br />

O laboratório de pesquisa<br />

é um ambiente que<br />

exige medidas rigorosas<br />

de biossegurança para<br />

garantir a qualidade dos<br />

experimentos, integridade<br />

dos resultados e evitar<br />

riscos e acidentes. Neste<br />

artigo, discutiremos<br />

os principais aspectos<br />

relacionados à biossegurança<br />

nesse ambiente,<br />

abordando práticas<br />

adequadas de manuseio<br />

dos materiais, utilização<br />

de equipamentos de proteção<br />

individual (EPIs) e<br />

coletiva (EPCs) e estratégias<br />

para minimizar os<br />

riscos de acidentes e contaminação.<br />

Compreender<br />

e implementar adequadamente<br />

as medidas<br />

de biossegurança no<br />

laboratório é crucial para<br />

garantir um ambiente de<br />

trabalho seguro e confiável,<br />

promovendo à saúde<br />

ocupacional dos pesquisadores<br />

e a qualidade<br />

dos resultados obtidos.<br />

Diferentes materiais utilizados<br />

nesses laboratórios,<br />

como células, tecidos e<br />

fluidos biológicos, podem<br />

ser potencialmente perigosos<br />

devido à presença<br />

de agentes infecciosos,<br />

além dos produtos químicos<br />

que podem ser<br />

tóxicos. Portanto, é fundamental<br />

implementar práticas<br />

adequadas de manuseio,<br />

armazenamento e<br />

descarte desses materiais,<br />

bem como a utilização<br />

correta de equipamentos<br />

de proteção individual<br />

(EPIs) e coletiva (EPCs). Ao<br />

adotar medidas de biossegurança,<br />

reduz-se o<br />

risco de exposição dos<br />

pesquisadores a agentes<br />

biológico, minimizando<br />

assim a possibilidade de<br />

doenças ocupacionais<br />

ou acidentes.<br />

Além disso, a adoção de<br />

boas práticas de biossegurança<br />

também está<br />

relacionada à prevenção<br />

de contaminações<br />

cruzadas e à garantia da<br />

integridade das amostras<br />

e dos resultados experimentais.<br />

A contaminação<br />

cruzada ocorre quando<br />

materiais biológicos de<br />

diferentes amostras se<br />

misturam, o que pode<br />

comprometer a validade<br />

dos experimentos e levar<br />

a resultados imprecisos<br />

ou irreprodutíveis. Para<br />

evitar isso, os laboratórios<br />

de pesquisa onde<br />

são manuseadas culturas<br />

de células devem<br />

implementar áreas de<br />

contenção e isolamento<br />

apropriadas, além de estabelecer<br />

práticas rígidas<br />

de higiene, desinfecção e<br />

esterilização de equipamentos<br />

e materiais.<br />

Outro aspecto importante<br />

da biossegurança em<br />

laboratórios de pesquisa<br />

é o gerenciamento adequado<br />

de resíduos de<br />

serviços de saúde (RSS).<br />

162 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


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BIOSSEGURANÇA<br />

Os resíduos descartados,<br />

como meios de cultura,<br />

e demais materiais utilizados<br />

nos experimentos,<br />

podem conter patógenos<br />

ou substâncias tóxicas<br />

que representam riscos<br />

para a saúde humana e<br />

para o meio ambiente.<br />

Portanto, é fundamental<br />

que esses resíduos sejam<br />

coletados, armazenados e<br />

descartados corretamente,<br />

seguindo as normas e<br />

regulamentos estabelecidos<br />

pelas autoridades<br />

competentes, principalmente<br />

a RDC 222/2018 da<br />

ANVISA. O descarte apropriado<br />

dos RSS contribui<br />

para a minimização de riscos<br />

e para a preservação<br />

do meio ambiente.<br />

É importante ressaltar<br />

que a biossegurança não<br />

deve ser vista como uma<br />

medida isolada, mas sim<br />

como um conjunto de<br />

práticas integradas que<br />

devem ser seguidas de<br />

forma consistente. Isso<br />

inclui a capacitação adequada<br />

dos pesquisadores<br />

em relação às boas<br />

práticas de biossegurança,<br />

a implementação de<br />

protocolos de limpeza e<br />

desinfecção regular dos<br />

espaços laboratoriais,<br />

a manutenção e calibração<br />

adequada dos<br />

equipamentos, a correta<br />

manipulação e descarte<br />

de materiais biológicos,<br />

entre outros aspectos.<br />

Diferentes tipos de<br />

experimentos são realizados<br />

em laboratórios<br />

de pesquisa na área da<br />

saúde. Em laboratórios<br />

onde são manuseados<br />

produtos naturais,<br />

é fundamental seguir<br />

boas práticas de manipulação,<br />

armazenamento,<br />

bem como, o<br />

descarte dos materiais<br />

utilizados durante a<br />

pesquisa. Entre os diferentes<br />

tipos de produtos<br />

naturais utilizados<br />

nesses laboratórios, a<br />

Macroalga marinha Laurencia<br />

dendroidea tem<br />

despertado interesse<br />

de grandes pesquisadores<br />

devido à grande<br />

diversidade de metabólitos<br />

secundários e suas<br />

propriedades bioativas<br />

como antioxidante, antimicrobiana<br />

e citotóxicas<br />

para linhagem celular<br />

cancerígena. No entanto,<br />

está atento as boas<br />

práticas de biosseguranca<br />

como o manuseio da<br />

amostra, a manutenção<br />

de condições adequadas<br />

de armazenamento,<br />

a temperatura controlada<br />

e ambientes estéreis,<br />

é fundamental para<br />

garantir a integridade<br />

das amostras e qualidade<br />

dos experimentos.<br />

Ainda é recomendado o<br />

uso de técnicas de esterilização<br />

e desinfecção<br />

apropriadas para equipamentos<br />

e materiais utilizados<br />

no manuseio dos<br />

experimentos. O uso de<br />

equipamentos adequados,<br />

como equipamentos<br />

de proteção individual<br />

164 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


(EPIs) e coletivos (EPCs)<br />

em laboratórios de pesquisa<br />

desempenha um<br />

papel essencial nesses<br />

ambientes. Os EPIs, como<br />

luvas, aventais, óculos<br />

de proteção e máscaras<br />

faciais, protegem os pesquisadores<br />

contra a exposição<br />

direta a agentes químicos,<br />

biológicos e físicos<br />

presentes no ambiente<br />

laboratorial. Eles atuam<br />

como uma barreira física,<br />

reduzindo o contato com<br />

substâncias potencialmente<br />

perigosas e minimizando<br />

o risco de contaminação<br />

e lesões.<br />

Além dos EPIs, o uso de<br />

equipamentos de proteção<br />

coletiva (EPCs) também<br />

são fundamentais<br />

em laboratórios de pesquisa.<br />

Isso inclui capelas<br />

de exaustão, cabines de<br />

biossegurança e sistemas<br />

de ventilação adequados.<br />

Esses equipamentos<br />

são projetados<br />

para controlar a dispersão<br />

de aerossóis, partículas<br />

e vapores tóxicos,<br />

garantindo a proteção<br />

não apenas dos pesquisadores,<br />

mas também do<br />

ambiente circundante.<br />

A utilização correta dos<br />

EPIs e EPCs é crucial para<br />

minimizar os riscos de<br />

exposição a agentes carcinogênicos<br />

e substâncias<br />

nocivas presentes no<br />

laboratório. A exposição<br />

a essas substâncias pode<br />

ter efeitos prejudiciais à<br />

saúde dos pesquisadores<br />

a curto e longo prazo,<br />

incluindo o desenvolvimento<br />

de doenças relacionadas<br />

ao câncer.<br />

Além disso, o uso adequado<br />

desses equipamentos<br />

é um requisito<br />

legal e está em conformidade<br />

com as diretrizes de<br />

segurança ocupacional e<br />

regulamentos, como disposto<br />

nas Normas Regulamentadoras<br />

NR06 e<br />

NR32. A adesão a essas<br />

medidas de segurança<br />

não apenas protege os<br />

pesquisadores, mas também<br />

demonstra o comprometimento<br />

das instituições<br />

de pesquisa com<br />

a segurança e bem-estar<br />

de sua equipe.<br />

Além dos equipamentos,<br />

também compõe o conjunto<br />

de cuidados da biossegurança<br />

os processos<br />

de limpeza, desinfecção e<br />

esterilização, que desempenham<br />

um papel fundamental<br />

nos laboratórios<br />

de pesquisa. Esses processos<br />

são essenciais para<br />

a remoção de sujidades,<br />

agentes contaminantes e<br />

microrganismos que possam<br />

comprometer a qualidade<br />

dos experimentos.<br />

A limpeza adequada dos<br />

equipamentos, bancadas<br />

e superfícies de trabalho<br />

é o primeiro passo para<br />

garantir um ambiente<br />

livre de contaminações. A<br />

remoção de resíduos visíveis<br />

e sujidades é essencial<br />

para prevenir a proliferação<br />

de microrganismos<br />

BIOSSEGURANÇA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

165


BIOSSEGURANÇA<br />

e reduzir o risco de contaminações<br />

cruzadas. Já a<br />

desinfecção é o processo<br />

utilizado para eliminar ou<br />

inativar microrganismos<br />

presentes em superfícies<br />

e equipamentos. Ela é realizada<br />

utilizando agentes<br />

químicos específicos que<br />

possuem propriedades<br />

antimicrobianas. A desinfecção<br />

regular de áreas<br />

e equipamentos de uso<br />

comum é fundamental<br />

para prevenir a disseminação<br />

de agentes infecciosos<br />

e garantir a segurança<br />

dos pesquisadores.<br />

A esterilização, por sua<br />

vez, é utilizada para eliminar<br />

todos os microrganismos<br />

presentes em<br />

materiais, como vidrarias,<br />

instrumentos e meios de<br />

cultura. Existem diversos<br />

métodos de esterilização<br />

disponíveis, como calor<br />

úmido, calor seco, radiação<br />

e produtos químicos<br />

esterilizantes. A esterilização<br />

adequada dos<br />

materiais utilizados nos<br />

experimentos é essencial<br />

para evitar contaminações<br />

e assegurar resultados<br />

confiáveis.<br />

Os avanços na pesquisa<br />

científica têm proporcionado<br />

importantes descobertas<br />

e aplicações em<br />

diversas áreas. É essencial<br />

que esses avanços sejam<br />

alcançados de forma<br />

segura e responsável. A<br />

implementação adequada<br />

de medidas de biossegurança<br />

não apenas<br />

protege a saúde dos pesquisadores<br />

envolvidos,<br />

mas também contribui<br />

para a confiabilidade e<br />

validade dos resultados<br />

obtidos, promovendo<br />

assim o avanço científico<br />

de maneira ética e segura.<br />

Referências Bibliográficas<br />

AL MONLA, R. et al. Antioxidative, cytotoxic,<br />

and anti-metastatic potentials of Laurencia<br />

obtusa and Ulva lactuca seaweeds, Asian<br />

Pac. J. Trop. Biomed. v. 11, 308-316, 2021.<br />

DA SILVA FERREIRA, W. F.; DE OLIVEIRA, E.<br />

M. Biossegurança em relação a adesão<br />

de equipamentos de proteção individual.<br />

<strong>Revista</strong> da Universidade Vale do Rio Verde,<br />

v. 17, n. 1, 2019.<br />

DA SILVA FILHO, J. A. Segurança do Trabalho:<br />

gerenciamento de riscos ocupacionais-GRO/PGR.<br />

LTr Editora, 2021.<br />

MELO, B.; ARAUJO-FILHO, J. L. S. Biossegurança:<br />

um despertar para a sociedade. 1<br />

ed. Recife: Editora da UFPE, 2021.<br />

MENDONÇA, ME de et al. Higienização das<br />

mãos e sua relação com o controle das<br />

infecções relacionadas a assistência à saúde.<br />

<strong>Revista</strong> Dilemas Éticos Relacionadas à<br />

Saúde. v. 1, 2022.<br />

Autores:<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />

palestrante e consultor em biossegurança.<br />

Alexsandra de Morais Martins<br />

Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />

Teresinha Gonçalves da Silva<br />

Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />

Daniela Maria do Amaral<br />

Ferraz Navarro<br />

Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />

166 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

O QUE É HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA<br />

E QUAL A IMPORTÂNCIA DA CITOMETRIA DE FLUXO NO<br />

SEU DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO?<br />

Por Rafaele Loureiro de Azevedo, Helena Varela de Araújo e Bruna Garcia Nogueira<br />

A Hemoglobinúria Paroxística<br />

Noturna (HPN) é<br />

uma doença hematológica<br />

adquirida causada por<br />

uma alteração genética<br />

clonal da célula-tronco<br />

hematopoiética, devido<br />

a uma alteração somática<br />

do gene PIG-A (Phosphatidyl<br />

Inositol Glycan Class<br />

A), que leva à alteração<br />

da síntese de GPI (glicosil-fosfatidil-inositol),<br />

uma molécula que atua<br />

como âncora de algumas<br />

proteínas de membrana<br />

citoplasmática. Por causa<br />

da deficiência de GPI,<br />

ocorre uma falta, total ou<br />

parcial, das proteínas que<br />

necessitam dessa molécula<br />

para se ligarem à<br />

superfície celular.<br />

A HPN é uma doença rara<br />

que atinge aproximadamente<br />

1,3 pessoas a cada<br />

um milhão, atinge mais<br />

adultos jovens e possui<br />

uma sobrevida média de<br />

10 a 15 anos após o diagnóstico.<br />

Essa doença não<br />

possui sinais clínicos muito<br />

específicos e pode causar<br />

casos mais ou menos<br />

graves e geralmente<br />

apresenta-se com hemólise<br />

intravascular crônica,<br />

falência medular e hipercoagulabilidade.<br />

Atualmente, o padrão-<br />

-ouro para diagnóstico de<br />

HPN é o exame de imunofenotipagem<br />

por citometria<br />

de fluxo, que permite<br />

a diferenciação das células<br />

HPN tipo I (normais),<br />

tipo II (deficiência parcial<br />

de GPI) e tipo III (deficiência<br />

total de GPI). O tamanho<br />

desse clone deve<br />

ser monitorado regularmente<br />

para observar se<br />

há mudanças. As principais<br />

indicações para pesquisa<br />

de clone HPN são:<br />

hemoglobinúria, hemólise<br />

intravascular Coombs<br />

negativa, trombose em<br />

locais incomuns, anemia<br />

168 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


aplásica, SMD tipo anemia<br />

granulócitos e monóci-<br />

marcadores<br />

específicos<br />

CITOMETRIA DE FLUXO<br />

refratária ou hipoplásica,<br />

tos, sendo que as duas<br />

para a separação inequí-<br />

citopenias<br />

inexplicadas<br />

principais<br />

populações<br />

voca das populações de<br />

e disfagia ou dor abdo-<br />

são neutrófilos e monó-<br />

neutrófilos e monócitos,<br />

minal com evidências de<br />

citos maduros, pois o<br />

como CD15, CD16, CD24<br />

hemólise intravascular.<br />

tamanho do clone HPN<br />

e CD66b em neutrófilos,<br />

pode ser alterado em<br />

CD14 e CD64 em monó-<br />

Para o diagnóstico da<br />

casos de transfusões e<br />

citos. Além disso, pode<br />

HPN, deve haver evidên-<br />

por causa da hemólise.<br />

ser utilizado o CD157<br />

cia do clone HPN (célu-<br />

Porém, a pesquisa do<br />

e o FLAER (Fluorescent<br />

las deficientes em GPI)<br />

clone em hemácias é<br />

Labeled AERolysin), um<br />

em no mínimo dois mar-<br />

melhor para diferenciar<br />

derivado fluorescente da<br />

cadores (ou duas proteí-<br />

células do tipo II e III.<br />

toxina bacteriana aero-<br />

nas associadas ao GPI ou<br />

lisina, que é capaz de<br />

uma proteína associada<br />

Sendo assim, o painel<br />

se unir ao GPI nos leu-<br />

ao GPI e FLAER).<br />

de anticorpos escolhido<br />

cócitos,<br />

evidenciando<br />

pode variar de acordo<br />

quando há deficiência<br />

O exame para diagnós-<br />

com a rotina de cada labo-<br />

da molécula de interesse.<br />

tico de HPN é realiza-<br />

ratório e a quantidade<br />

Na população de eritró-<br />

do, preferencialmente,<br />

de cores (fluorescências)<br />

citos pode ser avaliado o<br />

em amostra de sangue<br />

disponíveis,<br />

tomando<br />

CD55 e o CD59, podendo<br />

periférico<br />

conservado<br />

cuidado com a combi-<br />

também ser adicionado<br />

em EDTA e o clone HPN<br />

nação, os fluorocromos<br />

o CD235a (glicoforina A),<br />

pode ser pesquisado em<br />

e os clones escolhidos,<br />

para facilitar a separação<br />

população de hemácias,<br />

devendo ser utilizados<br />

das hemácias e debris.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

169


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

No que diz respeito à<br />

análise de clones HPN<br />

por citometria de fluxo,<br />

existem guidelines muito<br />

bem estabelecidos e<br />

completos que abrangem<br />

todas as etapas do<br />

processo: seleção de anticorpos,<br />

procedimento<br />

técnico, análise e liberação<br />

de resultados. Esses<br />

guidelines foram publicados<br />

em uma colaboração<br />

entre a International<br />

Clinical Cytometry Society<br />

(ICCS) e a European<br />

do transplante de medula<br />

óssea, porém existem<br />

tratamentos sintomáticos<br />

da anemia e plaquetopenia<br />

e anticoagulação<br />

para evitar tromboses,<br />

além de imunossupressão<br />

para o tratamento da<br />

falência medular, quando<br />

ela está presente. Além<br />

disso, existe um anticorpo<br />

monoclonal, o Eculizumab®,<br />

que vem sendo<br />

utilizado e trouxe novas<br />

expectativas para o tratamento<br />

desta doença.<br />

Referência:<br />

Sales, M, Vasconcelos, DM (2013). Citometria<br />

de Fluxo Aplicações no Laboratório Clínico<br />

e de Pesquisa. Editora Atheneu 2013.<br />

10.13140/2.1.1317.6324.<br />

Illingworth, AJ, Marinov, I, Sutherland, DR.<br />

Sensitive and accurate identification of PNH<br />

clones based on ICCS/ESCCA PNH Consensus<br />

Guidelines—A summary. Int J Lab Hematol.<br />

2019; 41(Suppl. 1): 73- 81. https://doi.<br />

org/10.1111/ijlh.13011<br />

Dezern, AE and Borowitz, MJ. ICCS/ESCCA<br />

consensus guidelines to detect GPI-deficient<br />

cells in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria<br />

(PNH) and related disorders part 1 – clinical<br />

utility. Cytometry Part B 2018; 94B: 16– 22.<br />

Sutherland, DR, Illingworth, A, Marinov, I,<br />

Ortiz, F, Andreasen, J, Payne, D, Wallace, PK<br />

and Keeney, M. ICCS/ESCCA consensus guidelines<br />

to detect GPI-deficient cells in paroxysmal<br />

nocturnal hemoglobinuria (PNH) and<br />

related disorders part 2 – reagent selection<br />

and assay optimization for high-sensitivity<br />

testing. Cytometry Part B 2018; 94B: 23–48.<br />

Illingworth, A, Marinov, I, Sutherland, DR,<br />

Wagner-Ballon, O and DelVecchio, L ICCS/<br />

ESCCA Consensus Guidelines to detect<br />

GPI-deficient cells in Paroxysmal Nocturnal<br />

Hemoglobinuria (PNH) and related Disorders<br />

Part 3 – Data Analysis, Reporting and Case<br />

Studies. Cytometry Part B 2018; 94B: 49– 66.<br />

Oldaker, T, Whitby, L, Saber, M, Holden, J,<br />

Wallace, PK and Litwin, V. ICCS/ESCCA consensus<br />

guidelines to detect GPI-deficient<br />

cells in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria<br />

(PNH) and related disorders part 4 – assay<br />

validation and quality assurance. Cytometry<br />

Part B 2018; 94B: 67– 81.<br />

Society for Clinical Cell<br />

Analysis (ESSCA). Os cin-<br />

Autores:<br />

co artigos estão descritos<br />

nas nossas referências.<br />

A única chance de cura<br />

da Hemoglobinúria Paroxística<br />

Noturna é através<br />

Helena Varela de Araújo<br />

Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent<br />

(Inglaterra). Especialista em Hematologia pelo Hospital<br />

Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde pelo Centro<br />

Universitário São Camilo. Aluna de cursos na área de Marketing<br />

na ESPM. Foi assistente técnica do laboratório de citometria de<br />

fluxo do Whitehead Institute, MIT. Atualmente é supervisora<br />

do laboratório de citometria clínica do Beth Israel Deaconess<br />

- Harvard Medical School. Fundadora do @HemoFlow, maior<br />

página de ensino em citometria de fluxo do Instagram.<br />

Rafaele Loureiro de Azevedo<br />

Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />

CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />

Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />

Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />

farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />

Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />

anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />

professora do @HemoFlow.<br />

Bruna Garcia Nogueira<br />

Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />

Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />

Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />

Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />

especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />

Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />

do @HemoFlow<br />

170 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

GESTÃO DE LOGÍSTICA PARA A SAÚDE:<br />

ATENDIMENTO AS NORMAS E REGULAMENTAÇÕES<br />

DO SETOR<br />

É de ciência de todos que<br />

atuar na área da saúde é<br />

uma grande responsabilidade.<br />

E isso se enquadra<br />

também para empresas e<br />

profissionais envolvidos<br />

na área de logística dos<br />

produtos de saúde. Existe<br />

uma série de regulamentações<br />

que devem ser<br />

seguidas para certificar a<br />

segurança dos insumos,<br />

evitando assim contaminações<br />

e outros riscos à<br />

saúde das pessoas.<br />

Por isso, pensando em armazenar<br />

produtos de interesse<br />

à saúde, o Operador<br />

Logístico também necessita<br />

obter licenças regulatórias<br />

conforme as resoluções<br />

da ANVISA, fiscalizadas pelas<br />

vigilâncias sanitárias de<br />

cada município.<br />

E na divisão de armazenagem<br />

do Grupo Prime,<br />

onde em seu escopo, o<br />

segmento para a prestação<br />

dos serviços logísticos<br />

em produtos de interesse<br />

à saúde possui grande<br />

relevância, o foco na vigência<br />

de suas licenças é<br />

primordial, pois para a renovação<br />

destas, um processo<br />

de inspeção sanitária<br />

é realizado por órgão<br />

fiscalizador garantindo<br />

assim, boas práticas de<br />

acordo com as resoluções<br />

que são as seguintes:<br />

• RDC 430 de 08 de outubro<br />

de 2020, que dispõe<br />

sobre as Boas Práticas de<br />

Distribuição, Armazenagem<br />

e de Transporte de<br />

Medicamentos;<br />

• RDC 653 de 24 de março<br />

de 2022, que altera (complementa)<br />

a resolução<br />

colegiada – RDC 430 de<br />

08 de outubro de 2020;<br />

• RDC 665 de 30 de março<br />

de 2022, que dispõe sobre<br />

as Boas Práticas de Fabricação<br />

de Produtos Médicos e<br />

Produtos para Diagnóstico<br />

de Uso In Vitro;<br />

• Portaria/SVS 344 de 12<br />

de maio de 1998 que,<br />

aprova o Regulamento<br />

Técnico sobre substâncias<br />

e medicamentos sujeitos<br />

a controle especial;<br />

172 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


• RDC 504 de 27 de maio<br />

de 2021, que dispõe sobre<br />

as Boas Práticas para<br />

o transporte de material<br />

biológico humano.<br />

LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

Desta forma, com o resultado<br />

positivo destas<br />

inspeções, a divisão de<br />

armazenagem também<br />

assegura o cumprimento<br />

dos requisitos de seus<br />

clientes neste segmento.<br />

Dispondo de infraestrutura<br />

para o armazenamento<br />

dos materiais<br />

em área adequada que<br />

permita o monitoramento<br />

de temperatura<br />

e conservação deles, fatores<br />

estes relacionados<br />

diretamente à integridade<br />

dos produtos de interesse<br />

à saúde.<br />

Além das licenças mandatórias<br />

para a logística<br />

de produtos de interesse<br />

à saúde, a divisão de<br />

armazenagem possui<br />

o ISO9001/2015 como<br />

requisito, bem como<br />

CBPDA - CERTIFICADO<br />

DE BOAS PRÁTICAS<br />

DE ARMAZENAMEN-<br />

TO E DISTRIBUIÇÃO DE<br />

PRODUTOS PARA SAÚ-<br />

DE, emitido pela ANVISA<br />

que se encontra em processo<br />

de implantação da<br />

norma ISO14001/2015.<br />

Tudo isso com a finalidade<br />

de melhoria contínua<br />

de seus processos e garantia<br />

de que produtos<br />

de interesse à saúde estejam<br />

em um ambiente<br />

adequado a este perfil.<br />

É importante ressaltar<br />

que, para a emissão das<br />

licenças regulatórias<br />

mandatórias, o Operador<br />

Logístico deve possuir o<br />

LTA - Laudo Técnico de<br />

Aprovação, validado pela<br />

vigilância sanitária local,<br />

o que pode garantir que<br />

a infraestrutura do local<br />

seja adequada para atendimento<br />

a este tipo de<br />

prestação de serviço.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

173


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

As principais licenças<br />

são:<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em Diário<br />

Oficial para armazenagem<br />

de produtos para<br />

saúde/correlatos;<br />

• AFE- Autorização de Funcionamento<br />

publicada<br />

pela ANVISA em Diário Oficial<br />

para armazenagem de<br />

medicamentos e insumos;<br />

• AE- Autorização de<br />

Funcionamento Especial<br />

publicada pela ANVISA<br />

em Diário Oficial para<br />

armazenagem de medicamentos<br />

e insumos de<br />

controle especial;<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em Diário<br />

Oficial para armazenagem<br />

de cosméticos, perfumes<br />

e produtos de higiene;<br />

• Licença Sanitária – Vigilância<br />

Sanitária local,<br />

para armazenagem dos<br />

produtos de interesse à<br />

saúde acima descritos,<br />

bem como produtos biológicos<br />

e alimentos se for<br />

de interesse do Operador<br />

Logístico.<br />

• CRT – Certidão de regularidade<br />

técnica expedida<br />

pelo Conselho<br />

de classe pertinente ao<br />

profissional da saúde habilitado.<br />

(vale frisar que<br />

ao tratar de transporte,<br />

distribuição e armazenagem<br />

de medicamentos,<br />

insumos farmacêuticos,<br />

medicamentos de controle<br />

especial, insumos<br />

farmacêuticos de controle<br />

especial, a figura do<br />

responsável técnico deve<br />

ser exclusiva do profissional<br />

Farmacêutico, por<br />

atribuição única quanto<br />

a esta classe de produtos<br />

de interesse à saúde).<br />

Na divisão de transporte,<br />

boa parte das licenças<br />

estão de acordo com<br />

a descrição acima, com<br />

exceção do LTA – Laudo<br />

Técnico de Avaliação, que<br />

não é necessário o transportador<br />

obter este tipo<br />

de autorização - de armazenagem<br />

para transporte.<br />

Neste sentido possuímos<br />

todas as licenças mandatórias<br />

para o transporte<br />

de produtos de interesse à<br />

saúde, bem como a certificação<br />

ISO9001/2015 – requisito<br />

que se encontra em<br />

processo de implantação<br />

da norma ISO14001/2015<br />

para a melhoria contínua<br />

de seus processos e garantia<br />

de que produtos de<br />

interesse à saúde sejam<br />

transportados em veículos<br />

adequados a este perfil.<br />

Karina Ferreira, Maria Izabel Vidal,<br />

Vera Lucia Germano - Farmacêuticas<br />

/ Responsáveis Técnicas<br />

Grupo Prime.<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em<br />

Diário Oficial para armazenagem<br />

de saneantes<br />

Domissanitários;<br />

• AVCB emitido pelo corpo<br />

de bombeiros;<br />

• CLI ou Alvará de localização<br />

do prédio, expedido<br />

pela Prefeitura local.<br />

www.grupoprimecargo.com.br<br />

comercial@primecargo.com.br<br />

Tel.: 11 4280-9110<br />

174 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORMES DE MERCADO<br />

Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />

dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

MICROBIORREATOR BIOLECTOR XT:<br />

ALTO DESEMPENHO E DISPONIBILIDADE DE DADOS<br />

PARA SEUS BIOPROCESSOS<br />

Deseja acelerar os seus resultados e<br />

garantir mais agilidade, disponibilidade<br />

de dados e alto desempenho<br />

para seus bioprocessos? O microbiorreator<br />

BioLector XT possibilita<br />

a avaliação em tempo real de biomassa,<br />

fluorescência, pH, OD e outros<br />

parâmetros-chave de cultivo<br />

para aeróbios e anaeróbios, fornecendo<br />

insights avançados sobre o<br />

desenvolvimento de suas análises.<br />

Baseado em um formato de placa<br />

de microtitulação (MTP) padrão<br />

ANSI/SLAS (SBS), ele opera com<br />

sensores ópticos pré-calibrados<br />

on-line. Os MTPs descartáveis de 48<br />

poços permitem a medição online<br />

dos parâmetros de cultivo, enquanto<br />

a tecnologia microfluídica patenteada<br />

suporta controle e alimentação<br />

simultâneos de pH.<br />

A possibilidade de realização de<br />

processos simultâneos otimiza<br />

tempo, recursos e até mesmo espaço<br />

físico nos laboratórios. Além<br />

disso, seu módulo microfluídico opcional<br />

elimina o manuseio manual<br />

de líquidos - sem necessidade de<br />

tubulação ou pipetagem, pois tudo<br />

faz parte da placa pronta para uso<br />

com radiação gama, trazendo mais<br />

facilidade e versatilidade para as<br />

análises.<br />

BioLector XT é indicado para triagem<br />

de cepas anaeróbicas ou microaerófilas,<br />

como, por exemplo,<br />

no microbioma ou na pesquisa de<br />

alimentos e bebidas.<br />

Acelere os resultados de seus<br />

bioprocessos com toda a excelência<br />

Beckman Coulter!<br />

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SITE: mybeckman.com.br<br />

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Youtube: www.youtube.com/user/BCILifeSciences<br />

LinkedIn: www.linkedin.com/company/beckmancoulter-brasil/<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

175


INFORME DE MERCADO<br />

DE 23 A 27 DE JULHO, DATA INNOVATIONS® É PRESENÇA<br />

CONFIRMADA NO AACC 2023.<br />

A DI estará presente no<br />

maior evento de análises<br />

clínicas do mundo, o AACC<br />

2023 (Annual Scientific Meeting &<br />

Clinical Lab Expo) em Anaheim, Califórnia.<br />

O evento reunirá, entre os<br />

dias 23 a 27 de julho, as principais<br />

empresas do setor, palestrantes e<br />

profissionais da área de saúde. A<br />

DI, como a empresa líder mundial<br />

em interfaces para laboratórios,<br />

não poderia ficar de fora! Convidamos<br />

a todos a visitar o nosso<br />

estande (booth #1811) e conhecer<br />

os lançamentos e as novidades de<br />

nossos produtos e serviços.<br />

Fale Conosco:<br />

Telefone: +55 11 3801-3283<br />

E-mail: dila-sales@datainnovations.com<br />

Site: www.datainnovations.com<br />

Nos últimos meses o<br />

site global da DI (www.<br />

datainnovations.com)<br />

passou por mudanças de layout e<br />

traduções que melhoram a experiência<br />

de navegação. Recém-lançado,<br />

o site já pode ser acessado em<br />

cinco idiomas: Em Inglês, Francês,<br />

Mandarim, Espanhol ou Português.<br />

Basta que o usuário clique no canto<br />

superior direito da tela, no ícone<br />

do globo, e escolha a língua que se<br />

sentir mais confortável para usufruir<br />

das novidades e informações<br />

acerca de nossa empresa e soluções,<br />

confira!<br />

PRIMEIRO KIT DE PCR EM TEMPO REAL PARA DETECÇÃO<br />

DA FEBRE MACULOSA E OUTRAS DOENÇAS TRANSMITIDAS<br />

POR CARRAPATOS REGISTRADO NA ANVISA<br />

Desde 2020 o kit de PCR em<br />

Tempo Real para detecção da<br />

febre maculosa e outras doenças<br />

transmitidas por carrapatos vêm<br />

salvando vidas e sendo utilizado em<br />

laboratórios de referência em todo<br />

Brasil. Sempre à frente no mercado,<br />

a Biomedica atenta as necessidades<br />

de seus clientes, registrou o kit<br />

na ANVISA e validou em diversos<br />

laboratórios.<br />

O kit de detecção de PCR em tempo<br />

real para doenças transmitidas por<br />

carrapatos foi projetado para a<br />

identificação do DNA dos seguintes<br />

patógenos:<br />

• Vírus da encefalite (TBEV)<br />

• Rickettsia spp.<br />

• Babesia microti e Babesia divergens<br />

• Ehrlichia chafeensis e Ehrlichia muris<br />

• Borrelia burgdorferi sensu lato (s.l.),<br />

Borrelia miyamotoi e Borrelia hermsii<br />

• Anaplasma phagocitophylum<br />

• Coxiella burnetii<br />

Primeiro produto registrado na<br />

ANVISA que além de ser liofilizado<br />

contém todos os reagentes<br />

necessários para realizar o ensaio<br />

multiplex. Compatibilidade com<br />

os principais Termocicladores do<br />

mercado e validade de 24 meses.<br />

• Flexibilidade - 1 a 96 Amostras<br />

• Alta Sensibilidade e Especificidade<br />

• Mix de enzimas, primes e sondas<br />

liofilizadas prontas para uso<br />

• Assertividade<br />

• Armazenamento em temperatura<br />

ambiente<br />

• Kit consolidado no mercado<br />

Os testes de PCR são ferramentas<br />

importantes para o diagnóstico de<br />

doenças transmitidas por carrapatos,<br />

em sangue, soro, amostras de<br />

tecido e cultura microbiológica de<br />

carrapatos, biópsia de pele, líquido<br />

cefalorraquidiano (LCR) e líquido<br />

sinovial de pacientes com sinais e<br />

sintomas da doença.<br />

Os testes de PCR comercializados<br />

pela Biomedica oferecem um<br />

diagnóstico preciso, alta sensibilidade,<br />

assertividade e rapidez.<br />

Entre em contato conosco e saiba mais.<br />

Biomedica Equipamentos e Suprimentos LTDA<br />

SIA Trecho 03 – lote 625 – sala 230C<br />

CEP 71200-030<br />

Telefone: (61) 3363-4422 (WhatsApp)<br />

E-mail: contato@biomedica.com.br<br />

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176 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORME DE MERCADO<br />

RASTREAMENTO DO HPV E A PREVENÇÃO DO CÂNCER<br />

DO COLO DO ÚTERO<br />

A prevenção e o rastreamento são<br />

absolutamente fundamentais para<br />

mitigar os danos causados pelo<br />

Papilomavírus Humano (HPV). Trata-se<br />

de uma infecção sexualmente<br />

transmissível que está diretamente<br />

associada a casos de câncer do colo<br />

do útero, sendo os tipos 16 e 18<br />

responsáveis por 70% dos cânceres<br />

cervicais. No Brasil, em 2020, houve<br />

lamentavelmente 6.627 óbitos relacionados<br />

a essa neoplasia. Ademais,<br />

essa enfermidade pode desencadear<br />

outras complicações sérias para<br />

as mulheres, como câncer anal, vulvar,<br />

vaginal ou orofaríngeo, além de<br />

doenças cardiovasculares.<br />

Diante desse quadro complexo, é<br />

imperativo adotar de maneira diligente<br />

os procedimentos laboratoriais<br />

de análise e prevenção.<br />

A realização periódica da análise<br />

citológica do trato vaginal possibilita<br />

o monitoramento de alterações<br />

relevantes nas células,<br />

bem como a detecção de lesões<br />

imperceptíveis ainda em estágios<br />

iniciais. Quando diagnosticadas<br />

e tratadas precocemente, é possível<br />

prevenir futuros problemas<br />

decorrentes de tumores invasivos.<br />

No entanto, esse panorama tem<br />

se transformado com o avanço da<br />

pesquisa molecular do HPV. Atualmente,<br />

existem diversas estratégias<br />

moleculares de rastreamento para<br />

o HPV, mas é importante ressaltar<br />

que a captura híbrida e a PCR se<br />

destacam nesse contexto. A captura<br />

híbrida se divide em grupos A e B,<br />

sendo o A considerado de alto risco<br />

e o B de baixo risco. Essa técnica indica<br />

a presença do vírus. Por outro<br />

lado, a PCR não apenas diferencia<br />

os tipos de HPV, mas também realiza<br />

a subtipagem, com ênfase nos<br />

subtipos 16 e 18, que são responsáveis<br />

por 70% dos casos de câncer<br />

do colo do útero. Ademais, a PCR<br />

conta com um controle interno endógeno,<br />

conferindo segurança na<br />

liberação dos resultados e prevenindo<br />

falsos negativos, como pode<br />

ocorrer na captura híbrida caso a<br />

coleta não seja eficiente. O controle<br />

interno da reação garante a presença<br />

de material biológico e a adequada<br />

condução do processo.<br />

Diversas pesquisas já foram publicadas,<br />

demonstrando a maior<br />

eficiência do PCR na detecção do<br />

HPV, considerado um excelente<br />

exame preventivo para o câncer<br />

do colo do útero. Por exemplo, a<br />

detecção do câncer em mulheres<br />

submetidas ao teste de DNA-HPV<br />

foi antecipada em até dez anos,<br />

identificando estágios iniciais da<br />

doença. A PCR é capaz de detectar<br />

a presença do vírus HPV antes<br />

mesmo do surgimento de lesões.<br />

Outro ponto positivo é que os testes<br />

moleculares, em especial a PCR, são<br />

altamente adequados para serem<br />

realizados em larga escala, pois são<br />

altamente automatizados, reduzindo<br />

as chances de erro e aprimorando<br />

a rapidez no diagnóstico, bem<br />

como a confiabilidade do exame.<br />

A Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica considera que a PCR deveria<br />

ser o método de escolha para o rastreamento<br />

populacional do HPV.<br />

É indubitável a importância de<br />

se adotar abordagens laboratoriais<br />

mais avançadas e precisas<br />

no rastreamento e prevenção do<br />

HPV. Consequentemente, exortamos<br />

os donos e profissionais de<br />

laboratórios de análises clínicas<br />

a considerarem a implementação<br />

da PCR como método preferencial<br />

nesse contexto. A segurança,<br />

a eficiência e a capacidade de<br />

detecção precoce da PCR são incomparáveis,<br />

proporcionando um<br />

cuidado mais abrangente e preciso<br />

às mulheres, além de contribuir<br />

significativamente na luta contra<br />

essa doença devastadora.<br />

<strong>178</strong> <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MICROLAB EASYPUNCH AUTOMAÇÃO COMPLETA PARA<br />

CARTÕES FTA<br />

Os métodos do sistema são pré-definidos ou<br />

adaptados às necessidades do laboratório<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O easyPunch STARlet da Hamilton Robotics é<br />

um equipamento para a perfuração de amostras<br />

preservadas em Specimen Collection Cards (sangue,<br />

plasma, saliva, urina) combinado com a pipetagem<br />

de líquidos para extração, diluição, PCR Setup,<br />

Amplificação Direta em um mesmo equipamento.<br />

Agora com a opção dos cartões AutoCollect e<br />

GenSwab da Ahlstrom<br />

Os cartões Ahlstrom AutoCollect para ambientes<br />

de alto rendimento são projetados para amostragem<br />

de microvolume, transporte e armazenamento de<br />

amostras de sangue seco (DBS) em temperatura<br />

ambiente. O formato de cassete do cartão com<br />

alta rigidez fornece um encaixe adequado com o<br />

Hamilton EasyPunch, permitindo o processamento<br />

confiável do cartão DBS, desde a detecção de<br />

manchas de sangue seco até a preparação de<br />

amostras prontas para análise LC/MS.<br />

O GenSwab é um produto projetado para fácil coleta<br />

e preservação de longo prazo de amostras bucais para<br />

obter alta recuperação de DNA e perfis genéticos<br />

de alta qualidade, protegendo sua qualidade ao<br />

longo do tempo para processamento posterior. Este<br />

dispositivo sustentável baseado em papel livre de<br />

plástico permite a coleta fácil e a transferência eficaz<br />

da amostra do swab para o cartão de amostras. Seu<br />

design automatizado o torna compatível para uso com<br />

equipamentos DBS automatizados.<br />

Saiba mais sobre os pipetadores da<br />

Hamilton Company<br />

www.hamiltoncompany.com<br />

Saiba mais sobre Ahlstrom:<br />

www.ahlstrom.com/products/medical-life-sciences-andlaboratory/specimen-collection-cards/<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

179


INFORME DE MERCADO<br />

TECNOLOGIA DYNASCATTER LASER HEM488<br />

PARA RETICULÓCITOS<br />

A produção de eritrócitos é denominada<br />

eritropoiese e ocorre na<br />

medula óssea quando há um estímulo<br />

gerado pelo hormônio eritropoetina<br />

(EPO). Trata-se de um hormônio<br />

produzido pelos rins e que<br />

possui sensibilidade à concentração<br />

de oxigênio no organismo estimulando<br />

a medula óssea a produzir<br />

eritrócitos, auxiliando a maturação<br />

das células, síntese da hemoglobina<br />

e aumento de reticulócitos na<br />

corrente sanguínea. O processo de<br />

eritropoiese se divide da seguinte<br />

maneira na imagem ao lado.<br />

O corpo mantém a estabilidade no<br />

sangue removendo hemácias mais<br />

antigas e produzindo novas através<br />

da medula óssea. Se o equilíbrio é<br />

rompido por aumento na destruição<br />

ou queda na produção ocorre<br />

a anemia. As anemias podem ser<br />

basicamente de dois tipos:<br />

• Anemias regenerativas quando a<br />

contagem de reticulócitos está aumentada<br />

porque a medula óssea<br />

está regenerando as células circulantes<br />

no sangue.<br />

• Anemias degerativas ou não-regenerativas<br />

quando os reticulócitos<br />

estão reduzidos ou normais.<br />

Portanto, ao avaliar um esfregaço<br />

sanguíneo é de grande importância<br />

identificar a presença<br />

de policromasia, sendo este um<br />

indicativo da presença de reticulócitos<br />

que apresentam quantidades<br />

moderadas ou grandes<br />

de RNA residual, já que os reticulócitos<br />

contêm no seu interior<br />

material reticular, provavelmente<br />

uma ribonucleoproteína que<br />

não apresenta afinidade aos corantes<br />

comuns.<br />

Photo by: JONA, Masahiro Department of Clinical Laboratory The University of Tokyo Hospital<br />

Uma vez identificada a presença de<br />

policromasia recomenda-se realizar<br />

o reticulograma. Para realizar esse<br />

exame as células precisam ser tratadas<br />

com corantes supravitais (como<br />

o azul de cresil brilhante ou o azul<br />

de metileno novo), que são capazes<br />

de corar o RNA ribossômico presentes.<br />

A metodologia manual para o<br />

reticulograma é obtida tradicionalmente<br />

fazendo uma contagem de<br />

reticulócitos em 1000 eritrócitos em<br />

10 diferentes campos. Para tentar<br />

melhorar a análise alguns laboratórios<br />

adotam práticas como a dupla<br />

contagem por distintos analistas e/<br />

ou contagem de 2000 células. Mas,<br />

independentemente do modo de<br />

análise, o exame possui um coeficiente<br />

de variação de aproximadamente<br />

25%.<br />

A automação por sua vez, reduz<br />

drasticamente o coeficiente de<br />

variação para esse exame transformando<br />

toda a rotina trabalhosa e<br />

demorada em uma rotina fácil e rápida<br />

aumentando mais a eficiência<br />

do método ao eliminar as etapas<br />

de marcação, diluição e incubação<br />

normalmente necessárias.<br />

A NIHON KOHDEN desenvolveu<br />

uma tecnologia inovadora para<br />

a contagem de reticulócitos, a<br />

Tecnologia DynaScatter Laser<br />

HEM488, presente no equipamento<br />

Celltac G+ (MEK9200). Essa<br />

tecnologia tem a capacidade de<br />

fazer a leitura através da ação do<br />

reagente corante de DNA e RNA e a<br />

excitação gerada pelo laser azul em<br />

um canal dedicado originando dois<br />

tipos de fluorescência. As informações<br />

de DNA são calculadas por<br />

luz fluorescente verde e as informações<br />

de RNA são calculadas por<br />

luz fluorescente vermelha. Através<br />

do diagrama de dispersão RNP*<br />

methodTM (International Patent<br />

# : W02007/129485) minimiza-se<br />

a influência de substâncias interferentes<br />

para um resultado de reticulócitos<br />

muito mais preciso.<br />

* Y. Nagai et al. “Determination of red cells,<br />

nucleic acid-containing cells and platelets<br />

(RNP Determination) by a crossover analysis<br />

of emission DNA/RNA light” Int. Jnl. Lab. Hem.<br />

2009; 31: 420–429<br />

Com a análise precisa e parâmetros<br />

adicionais no reticulograma é<br />

possível aos profissionais médicos<br />

obterem informações muito mais<br />

assertivas pois estes parâmetros<br />

adicionais têm aplicação clínica impactando<br />

diretamente no diagnóstico<br />

do paciente.<br />

Opte pela melhor tecnologia<br />

para o seu laboratório!<br />

Opte por equipamentos hematológicos<br />

Celltac da Nihon Kohden!<br />

Por Vanessa Santinato<br />

NIHON KOHDEN<br />

Alameda Júpiter, 634<br />

American Park Empresarial Nr, Indaiatuba – SP<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

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as novidades!<br />

180 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PROGRAMA EXPERTISE CARE<br />

DA NIHON KOHDEN DO BRASIL<br />

Criado em 2018, o programa Expertise<br />

Care da Nihon Kohden do Brasil<br />

INFORME DE MERCADO<br />

(NKBR) tem como objetivo principal<br />

a total satisfação de seus clientes<br />

com os produtos fornecidos e serviços<br />

prestados, não somente pela<br />

NKBR, mas também por seus parceiros<br />

de negócios em todo o Brasil.<br />

O programa conta com certificação<br />

de conformidade, proficiência<br />

e educação continuada aos parceiros<br />

e clientes da NKBR, visando estabelecer<br />

uma relação de confiança<br />

e cuidado especializado, como<br />

o próprio nome do programa se<br />

refere (Expertise Care = Cuidado<br />

Especializado).<br />

Em 2020 a Nihon Kohden Corporation<br />

(NKC) lançou seu plano de<br />

visão de longo prazo para os próximos<br />

10 anos com o intuito de conectar<br />

nossa tecnologia ao cliente<br />

final, visando sua melhoria contínua<br />

e tratamento adequado.<br />

Foi assim que o programa Expertise<br />

Care entrou em sua segunda fase,<br />

através de uma equipe altamente<br />

especializada contando com Mé-<br />

dico Veterinário, Farmacêutico Bioquímico,<br />

Biomédica, Engenheiro<br />

Eletricista, Tecnologia da Informação<br />

e uma Logística especializada<br />

com intuito de fornecer uma solução<br />

qualificada na entrega, instalação,<br />

implantação e manutenção do<br />

setor de hematologia dos nossos<br />

clientes, e com o compromisso de<br />

levar educação continuada para conhecimento<br />

e atualizações técnico/<br />

científico através de webinars e cursos<br />

realizados por profissionais altawww.expertisecare.com.br<br />

mente especializados no segmento<br />

de hematologia clínica.<br />

O programa conta também com<br />

parceiros e apoiadores de relevância<br />

nacional e internacional que<br />

oferecem descontos especiais em<br />

Cursos, Pós-graduação e MBA na<br />

área da saúde e Gestão Empresarial.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

181


INFORME DE MERCADO<br />

CA1200 -ANALISADOR DE COAGULAÇÃO TOTALMENTE<br />

AUTOMÁTICO<br />

RMS: 82444370051<br />

Analisador de coagulação totalmente automático<br />

• Combinação perfeita entre as metodologias óptica<br />

e mecânica<br />

• Produtividade de 120T/H<br />

• Apresentação para teste individual disponível<br />

• Tela de 10.4” “touch screen” e iluminação interna.<br />

Contact email: intl@dymind.com<br />

IBMP OBTÉM NOVO REGISTRO DE PRODUTO NA ANVISA<br />

O IBMP obteve na Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária (Anvisa)<br />

o registro do primeiro teste qPCR<br />

inteiramente desenvolvido no Brasil<br />

para detecção do material genético<br />

de bactérias do gênero Rickettsia,<br />

com diferenciação da espécie<br />

Rickettsia rickettsii, causadoras de<br />

doenças como febre maculosa e<br />

tifo. A tecnologia possui elevados<br />

níveis de especificidade (94%) e<br />

de sensibilidade (100%). O aval<br />

foi publicado no Diário Oficial da<br />

União (D.O.U.) no dia 03 de julho.<br />

Idealizado em parceria com o<br />

Laboratório de Hantaviroses e<br />

Rickettsioses do Instituto Oswaldo<br />

Cruz (IOC/Fiocruz), o kit IBMP<br />

Biomol Rickettsiose proporciona<br />

um diagnóstico laboratorial mais<br />

rápido e específico, na fase inicial,<br />

quando ainda não há anticorpos<br />

detectáveis que permitam a confirmação<br />

da doença por meio de<br />

testes sorológicos.<br />

Embora o tratamento deva ser<br />

iniciado imediatamente com<br />

base no diagnóstico clínico-epidemiológico,<br />

a característica<br />

desse teste permite agilidade no<br />

esclarecimento do diagnóstico,<br />

fundamental em pacientes acometidos<br />

por febre maculosa brasileira,<br />

tendo em vista a elevada<br />

taxa de mortalidade e a semelhança<br />

clínica com outras doenças,<br />

especialmente a dengue.<br />

O kit IBMP Biomol Rickettsiose é<br />

o 15º produto IBMP registrado na<br />

Anvisa, o 9º na plataforma qPCR, e<br />

já está disponível para venda.<br />

Mais informações:<br />

comercial@ibmp.org.br<br />

ou Tel.: 41 91570825 (WhatsApp)<br />

182 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


-NO.1-<br />

CANAL WBC<br />

CANAL SAA<br />

CANAL PCR<br />

CANAL RBC<br />

RMS: 82444370032<br />

Ponteira Descartável<br />

(incluso no teste)<br />

Cavidade para amostra<br />

De acordo com todos os padrões estabelecidos pela RDC 786/2023<br />

Uso de diluente externo e tubo de coleta de<br />

sangue capilar incluso<br />

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Farmácias<br />

Unidade<br />

neonatal<br />

Perfure a folha de alumínio<br />

diluente por cúspide do<br />

tubo de coleta<br />

Colete sangue com volume<br />

exato de enchimento (30μL)<br />

do tubo de sangue<br />

Consultórios<br />

médicos<br />

Emergências<br />

pediátricas<br />

Insira o tubo no frasco diluente,<br />

balance 3 vezes e inverta o<br />

frasco para misturar, depois<br />

repita 3 vezes<br />

Adicione toda a mistura na posição<br />

diluída de PTD-1, adicione o tubo de<br />

ponta na posição direita de PTD-1,<br />

e o carregue<br />

Medicina do<br />

trabalho<br />

Ações sociais<br />

militares<br />

NEW<br />

NEW<br />

intl@dymind.com


INFORME DE MERCADO<br />

INFORMATIVO: IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DE<br />

VANCOMICINA NO TRATAMENTO DAS MENINGITES.<br />

A Beckman Coulter é parceira de<br />

laboratórios para suportar o monitoramento<br />

dos pacientes, evitando<br />

que façam parte da estatística de<br />

mortalidade (15%).<br />

A meningite é uma doença caracterizada<br />

por um processo inflamatório<br />

das meninges, membranas que revestem<br />

o encéfalo e a medula espinhal.<br />

É causada, principalmente, a<br />

partir da infecção por vírus ou bactérias;<br />

no entanto, outros agentes<br />

etiológicos também podem causar<br />

meningite, como fungos e parasitos.<br />

A meningite bacteriana é causada<br />

principalmente por: Neisseria<br />

meningitidis, Streptococcus pneumoniae<br />

e Haemophilus influenzae.<br />

É uma infecção perigosa muito<br />

comum em crianças menores de<br />

5 anos, principamente para menores<br />

de 2 anos. Deve ser tratada<br />

como uma emergência médica. Se<br />

não tratada, pode danificar seriamente<br />

o cérebro e causar infecção<br />

generalizada, levando à morte. O<br />

tratamento é realizado com antibióticos<br />

por via venosa e monitoramento<br />

hospitalar.<br />

Um dos principais antibióticos utilizado<br />

no tratamento da meningite é<br />

a Vancomicina, um antibiótico pertencente<br />

ao grupo dos glicopeptídeos.<br />

Sua importância consiste<br />

em ser a principal alternativa para<br />

o tratamento de infecções graves,<br />

principalmente meningite causada<br />

por pneumococo com grande resistência<br />

à penicilina.<br />

O monitoramento de concentrações<br />

séricas de vancomicina, associado<br />

a uma avaliação clínica<br />

cuidadosa, é o meio mais eficaz de<br />

garantir uma terapia adequada, por<br />

diversos motivos:<br />

• Cada paciente pode apresentar um<br />

alto grau de variabilidade na resposta<br />

à administração de vancomicina,<br />

em termos de volume de distribuição<br />

e taxa de clearance plasmático<br />

da droga.<br />

• O risco de ototoxicidade e nefrotoxicidade<br />

causadas pela vancomicina<br />

aumenta em pacientes com<br />

função renal comprometida e em<br />

pacientes tratados concomitantemente<br />

com aminoglicosídeos.<br />

devem ser monitorados rigorosamente<br />

no decorrer da terapia com<br />

vancomicina.<br />

Os métodos usados historicamente<br />

para monitorar concentrações séricas<br />

de vancomicina são: ensaios<br />

microbiológicos, imunoensaios e<br />

ensaios cromatográficos.<br />

A Beckman Coulter, empresa inovadora<br />

no mercado, possui em seu<br />

portifólio de Imunoensaios e Menu<br />

de Monitoramento de Drogas Terapêuticas,<br />

o Emit® 2000 Ensaio de<br />

Vancomicina. O ensaio é um imunoensaio<br />

enzimático homogêneo,<br />

cujo uso específico pretendido é a<br />

análise quantitativa de vancomicina<br />

no soro ou plasma humano. As<br />

aferições feitas por este ensaio são<br />

usadas no diagnóstico e tratamento<br />

de superdosagem por vancomicina<br />

e no monitoramento do nível<br />

de vancomicina, para garantir uma<br />

terapia adequada.<br />

Conheça mais sobre em:<br />

www.beckmancoulter.com/en<br />

Quando falamos em tratamento<br />

hospitalar com antibióticos vários<br />

pontos precisam ser analisados na<br />

administração e monitoramento<br />

das doses.<br />

• Pacientes com função renal ou hepática<br />

comprometida, em diálise,<br />

com obesidade mórbida, tratados<br />

concomitantemente com aminoglicosídeos<br />

e pediátricos ou idosos<br />

184 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


DB OTIMIZA ANÁLISE DIAGNÓSTICA COM MÉTODO DE<br />

PATOLOGIA DIGITAL<br />

Tecnologia possibilita que especialistas façam análises a distância e de maneira virtual<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O DB Patologia apresenta o seu<br />

novo método de análises: a Telepatologia.<br />

Segundo a médica patologista<br />

e gerente geral da unidade<br />

de Patologia do DB, Renata<br />

Sacchi, essa tecnologia revolucionou<br />

o setor da Saúde, pois transforma<br />

imagens teciduais vistas em<br />

lâminas de vidro em imagens digitalizadas.<br />

Isso é feito por um scanner<br />

específico, que, juntamente<br />

com um software especializado,<br />

possibilita a análise das amostras<br />

de forma digital, excluindo, portanto,<br />

a necessidade de usar um<br />

microscópio.<br />

Ao adotar a ferramenta, a equipe<br />

laboratorial consegue tirar o máximo<br />

proveito das soluções virtuais,<br />

desempenhando o trabalho<br />

e facilitando a colaboração entre<br />

especialistas de qualquer lugar do<br />

mundo, até mesmo em casos mais<br />

complexos. “Com um simples click,<br />

é possível enviar um exame histopatológico<br />

ou imuno-histoquímico<br />

para ser laudado por um patologista<br />

em qualquer lugar do mundo”,<br />

afirmou Renata.<br />

Sendo mais um braço da Telemedicina,<br />

a Telepatologia direciona o<br />

fluxo de um laboratório para a era<br />

digital. Os diagnósticos seguem<br />

um caminho mais ágil, possibilitando<br />

que os patologistas analisem<br />

mais amostras em menos tempo e<br />

com maior precisão. Assim, melhora<br />

a jornada do paciente.<br />

Outro ponto importante é que os<br />

dados digitais são o combustível<br />

para a inteligência artificial. Isso<br />

Renata Sacchi - Médica patologista e Gerente Geral da Unidade de Patologia do DB.<br />

favorece a realização de estudos<br />

e de pesquisas com o intuito de<br />

desenvolver algoritmos que permitam<br />

evoluir com velocidade e<br />

acuracidade diagnóstica. Esse é o<br />

caminho que está sendo trilhado<br />

dentro do DB Patologia, colocando<br />

essa tecnologia como importante<br />

ferramenta de auxílio ao<br />

patologista.<br />

O DB Patologia já estava convencido<br />

da necessidade de adquirir essa<br />

novidade do mercado laboratorial,<br />

considerando todos os benefícios<br />

que a tecnologia proporciona,<br />

explica Renata. “Foram 3 anos de<br />

estudos e de pilotos realizados internamente,<br />

conduzido pelo nosso<br />

Escritório de Projetos, testando e<br />

validando fornecedores e todas as<br />

etapas do processo. Dessa forma,<br />

quando realmente adquirimos a<br />

tecnologia, estávamos preparados e<br />

adequados para esse novo fluxo”.<br />

A médica destaca ainda que a Patologia<br />

Digital não se resume apenas<br />

em um equipamento, mas se<br />

trata de uma solução diagnóstica,<br />

com importante participação da<br />

TI. Para o sucesso na implantação,<br />

é preciso que todo o caminho da<br />

amostra dentro do laboratório,<br />

desde a triagem até a coloração da<br />

lâmina, esteja adaptado para receber<br />

fluidamente essa tecnologia.<br />

“Cada vez mais a Telepatologia fará<br />

parte da rotina diagnóstica na Anatomia<br />

Patológica. É uma mudança<br />

de cultura, de fluxo e de processos,<br />

além de quebra de paradigma para<br />

uma importante e necessária evolução<br />

tecnológica”, concluiu.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

185


INFORME DE MERCADO<br />

PERFIL HEMATOLÓGICO NA INFECÇÃO POR INFLUENZA:<br />

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS<br />

Por: Amanda Gonçalves dos Reis<br />

A gripe, infecção viral respiratória<br />

aguda, é uma das doenças mais<br />

comuns e impactantes em todo<br />

o mundo (CENTERS FOR DISEASE<br />

CONTROL AND PREVENTION, 2021).<br />

Causada pelo vírus Influenza, pertencente<br />

à família Orthomyxoviridae,<br />

é capaz de afetar milhões de pessoas<br />

por ano, resultando em considerável<br />

morbidade e mortalidade. A gripe é<br />

uma infecção respiratória comum,<br />

caracterizada por sintomas como<br />

febre, tosse, dor de garganta, dores<br />

musculares e fadiga. Embora<br />

os sintomas respiratórios sejam<br />

predominantes, estudos recentes<br />

demonstram também o desencadeamento<br />

de alterações hematológicas,<br />

o que pode influenciar no<br />

curso clínico e na gravidade da doença<br />

(Lee et al., 2011)<br />

Durante a infecção, uma série de<br />

alterações hematológicas podem<br />

ocorrer, as quais podem incluir:<br />

Leucopenia: caracteriza-se pela<br />

redução do número total de leucócitos<br />

no sangue periférico. Esse<br />

fenômeno pode estar relacionado<br />

à migração de células inflamatórias<br />

para o local de infecção<br />

e a uma resposta imunológica<br />

exacerbada. A leucopenia pode<br />

aumentar o risco de infecções secundárias<br />

e complicar o curso da<br />

doença (CUNHA et al., 2008).<br />

Linfopenia: caracterizada pela diminuição<br />

do número de linfócitos<br />

no sangue periférico. Os linfócitos<br />

desempenham um papel crucial na<br />

resposta imunológica, e a linfopenia<br />

pode levar a uma redução na<br />

resposta imunológica adequada,<br />

tornando o paciente mais suscetível<br />

a infecções secundárias e a complicações<br />

(CUNHA et al., 2008).<br />

Trombocitopenia: caracteriza-se<br />

pela diminuição do número de plaquetas<br />

no sangue periférico. Pode<br />

resultar em distúrbios hemorrágicos<br />

e aumentar o risco de complicações<br />

tromboembólicas (CUNHA<br />

et al., 2008).<br />

As alterações hematológicas na gripe<br />

têm implicações clínicas significativas.<br />

A leucopenia e a linfopenia<br />

podem estar associadas a um maior<br />

risco de infecções secundárias e<br />

complicações, como pneumonia<br />

bacteriana (CUNHA et al., 2008).<br />

Vários mecanismos podem contribuir<br />

para as alterações hematológicas<br />

observadas na gripe. Durante a<br />

infecção, o vírus desencadeia uma<br />

resposta inflamatória sistêmica, resultando<br />

na liberação de citocinas<br />

pró-inflamatórias, como: fator de<br />

necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina-6<br />

(IL-6) e interleucina-1 beta<br />

(IL-1β). Essas citocinas podem afetar<br />

diretamente a medula óssea, local<br />

onde ocorre a produção das células<br />

sanguíneas, levando a alterações<br />

nas séries dessas células (CHOTPI-<br />

TAYASUNONDH T et al., 2005).<br />

De acordo com Cunha et al. (2008)<br />

o tratamento da gripe geralmente<br />

é baseado em medidas de auxílio,<br />

como repouso e hidratação adequada.<br />

No entanto, em casos graves,<br />

especialmente quando há complicações<br />

hematológicas significativas,<br />

pode ser necessário o uso de terapias<br />

específicas, como transfusões<br />

de sangue ou plaquetas, para corrigir<br />

as alterações hematológicas e<br />

prevenir complicações adicionais.<br />

A compreensão das alterações<br />

hematológicas na gripe é crucial<br />

para a identificação precoce de<br />

complicações potenciais e para a<br />

implementação de estratégias terapêuticas<br />

adequadas. Monitorar<br />

regularmente os níveis de células<br />

sanguíneas durante a infecção<br />

por gripe pode ajudar a avaliar<br />

a gravidade da doença e guiar o<br />

manejo clínico. Além disso, é imdiagno-brasil<br />

diagnosolucoes<br />

diagnobrasil<br />

Site: www.diagno.ind.br<br />

Tel : +55 31 3489-5100<br />

186 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


portante ressaltar que as condições<br />

hematológicas anormais na<br />

gripe geralmente são transitórias<br />

e resolvem-se com a recuperação<br />

do paciente. No entanto, em<br />

casos graves ou em pacientes<br />

com condições subjacentes, essas<br />

alterações podem persistir<br />

ou agravar-se, exigindo intervenções<br />

terapêuticas adicionais (OS-<br />

TERHOLM MT et al.,2012).<br />

Segundo Lee et al. (2011), apesar<br />

dos avanços na compreensão dos<br />

distúrbios hematológicos na gripe,<br />

ainda há questões que requerem<br />

investigação adicional. Estudos futuros<br />

podem explorar a associação<br />

entre as anormalidades hematológicas<br />

e o prognóstico da gripe, bem<br />

como investigar estratégias terapêuticas<br />

mais específicas e eficazes<br />

para o manejo dessas alterações.<br />

Em conclusão, as alterações hematológicas<br />

na gripe são um aspecto<br />

importante a ser considerado durante<br />

a avaliação e o manejo da infecção<br />

(CUNHA et al., 2008). A compreensão<br />

dessas alterações pode<br />

auxiliar os profissionais de saúde na<br />

identificação precoce de complicações<br />

e na adoção de abordagens terapêuticas<br />

adequadas, visando uma<br />

recuperação bem-sucedida dos pacientes<br />

afetados pela gripe.<br />

Referências:<br />

1. Cunha BA, Syed U, Mickail N, et al. Community-acquired<br />

methicillin-resistant Staphylococcus<br />

aureus pneumonia: importance of empiric therapy<br />

with vancomycin. Am J Med. 2008;121(6):507-512.<br />

doi:10.1016/j.amjmed.2008.02.013<br />

2. Lee N, Wong CK, Chan MC, et al. Cytokine response<br />

patterns in severe pandemic 2009 H1N1<br />

and seasonal influenza among hospitalized adults.<br />

PLoS One. 2011;6(10):e26050. doi:10.1371/journal.<br />

pone.0026050<br />

3. Osterholm MT, Kelley NS, Sommer A, Belongia EA.<br />

Efficacy and effectiveness of influenza vaccines: a systematic<br />

review and meta-analysis. Lancet Infect Dis.<br />

2012;12(1):36-44. doi:10.1016/S1473-3099(11)70295-X<br />

4. Chotpitayasunondh T, Ungchusak K, Hanshaoworakul<br />

W, et al. Human disease from influenza A (H5N1),<br />

Thailand, 2004. Emerg Infect Dis. 2005;11(2):201-209.<br />

doi:10.3201/eid1102.040718<br />

5. Centers for Disease Control and Prevention. Influenza<br />

(Flu). Updated November 30, 2021. Accessed December<br />

15, 2021. [https://www.cdc.gov/flu/index.htm]<br />

Por: Amanda Gonçalves dos Reis<br />

Biomédica CRBM3, - 15659, formada pelo Centro<br />

Universitário Una. Habilitada em Análises Clínicas. Pós<br />

Graduanda em Engenharia Biomédica. Executiva de Vendas<br />

na Empresa Diagno - Soluções em Diagnóstico<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Qual controle<br />

hematológico você<br />

utiliza em seu laboratório?<br />

A Diagno é referência na produção de controles<br />

hematológicos, oferecendo uma linha de<br />

produtos com estabilidade excepcional para<br />

garantir resultados precisos em seu laboratório.<br />

Com nossa tecnologia avançada e suporte<br />

especializado, você pode elevar o padrão da<br />

análise hematológica, obtendo a melhor relação<br />

custo-benefício.<br />

Faça a escolha certa e<br />

entre em contato conosco!<br />

(31) 3489 - 5100<br />

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Soluções em Diagnóstico


INFORME DE MERCADO<br />

SOLUÇÕES FIRSTLAB PARA O DIAGNÓSTICO E<br />

TRATAMENTO DOS DIFERENTES TIPOS DE DIABETES<br />

A diabetes é uma doença crônica<br />

que afeta milhões de pessoas<br />

em todo o mundo. É importante<br />

compreender os diferentes tipos<br />

de diabetes para um diagnóstico<br />

precoce e um tratamento adequado.<br />

A diabetes tipo 1 é uma<br />

forma de diabetes autoimune<br />

ou de herança genética. Nessa<br />

condição, o pâncreas deixa de<br />

produzir ou produz uma quantidade<br />

muito baixa de insulina, o<br />

hormônio responsável pela regulação<br />

do açúcar no sangue. Já a<br />

diabetes tipo 2 ocorre quando o<br />

corpo não consegue utilizar ou<br />

produzir insulina de forma eficiente.<br />

Esse tipo de diabetes está<br />

frequentemente relacionado a<br />

maus hábitos alimentares e estilo<br />

de vida sedentário. Estima-se que<br />

cerca de 90% dos casos de diabetes<br />

sejam do tipo 2.<br />

Outro tipo é a diabetes gestacional,<br />

que ocorre exclusivamente<br />

durante a gravidez. Está relacionada<br />

à dificuldade do corpo em ajustar<br />

o uso ou produção de insulina<br />

devido aos hormônios placentários.<br />

O controle adequado da diabetes<br />

gestacional é fundamental<br />

para garantir a saúde da mãe e<br />

do bebê. Existe também o diagnóstico<br />

da pré-diabetes, que é um<br />

estágio intermediário em que os<br />

níveis de açúcar no sangue estão<br />

elevados, mas ainda não atingem<br />

o limiar para o diagnóstico de diabetes.<br />

A pré-diabetes é reversível<br />

e oferece uma oportunidade de<br />

intervenção antes que a condição<br />

progrida. Mudanças no estilo<br />

de vida, como alimentação equilibrada<br />

e atividade física regular,<br />

podem ajudar a reverter o quadro.<br />

A FirstLab no diagnóstico, monitoramento<br />

e tratamento da diabetes.<br />

Para o diagnóstico da diabetes,<br />

o exame mais comum solicitado<br />

pelos médicos é o exame de curva<br />

glicêmica.<br />

No contexto do diagnóstico e tratamento<br />

da diabetes, a FirstLab,<br />

uma empresa líder em soluções<br />

para saúde, oferece uma variedade<br />

de produtos inovadores.<br />

Para a curva glicêmica, em que<br />

é realizada a coleta de tubos de<br />

sangue, a FirstLab conta com soluções<br />

completas em coleta de<br />

sangue. Para o monitoramento<br />

da doença, a empresa disponibiliza<br />

lancetas de alta qualidade,<br />

possibilitando uma coleta rápida<br />

e segura. Além disso, a FirstLab<br />

oferece seringas com agulhas<br />

descartáveis para a administração<br />

da insulina, auxiliando no<br />

tratamento da diabetes.<br />

Conheça estes e demais itens<br />

da FirstLab através do Portal do<br />

Cliente, ou entre em contato com<br />

um de nossos consultores:<br />

portal.firstlab.ind.br<br />

0800 710 0888<br />

atendimento@firstlab.ind.br<br />

188 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


GREINER BIO-ONE ETRACK: NOVO DASHBOARD<br />

INTERATIVO OFERECE CON- TROLE PERSONALIZADO<br />

DOS DADOS LABORATORIAIS<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Greiner Bio-One tem o prazer<br />

de anunciar uma nova atualização<br />

para seu produto inovador, o Greiner<br />

Bio-One eTrack. Agora, com o<br />

lança- mento do novo dashboard<br />

interativo, a empresa está renovando<br />

a ma- neira como os profissionais<br />

da saúde gerenciam e<br />

interagem com seus dados.<br />

O Greiner Bio-One eTrack já é conhecido<br />

por fornecer mecanismos<br />

de segurança e proteção, garantindo<br />

o controle de acesso às informações<br />

essenciais na área da<br />

saúde. No entanto, com o novo<br />

dashboard intera- tivo, os clientes<br />

terão um nível sem precedentes<br />

de controle e personali- zação sobre<br />

seus dados.<br />

Uma das principais inovações do<br />

novo dashboard é a sua capacidade<br />

de oferecer indicadores<br />

customizáveis. Agora, os clientes<br />

poderão visualizar seus dados<br />

da maneira que desejarem,<br />

adaptando os indicadores às suas<br />

necessidades específicas. Essa<br />

interatividade proporciona aos<br />

profissio- nais da saúde uma visão<br />

sob medida das métricas mais<br />

relevantes para suas atividades,<br />

capacitando-os a tomar decisões<br />

informadas e estratégi- cas.<br />

Além disso, o Greiner Bio-One<br />

eTrack introduz sugestões pré-<br />

-definidas de dashboard com<br />

base nas principais métricas. Com<br />

essa funcionali- dade, os clientes<br />

podem explorar facilmente<br />

os indicadores mais impor- tantes<br />

para eles, sem a necessidade<br />

de configuração manual. Se um<br />

comprador deseja verificar dados<br />

relacionados ao desempenho de<br />

forne- cedores, ou um gerente deseja<br />

acompanhar a produtividade<br />

da equipe, o Greiner Bio-One<br />

eTrack apresentará um dashboard<br />

pré-configurado com as métricas<br />

relevantes, tornando a análise de<br />

dados mais eficiente e ori- entada<br />

para a ação.<br />

O verdadeiro poder do novo<br />

dashboard do Greiner Bio-One<br />

eTrack reside em sua adaptabilidade<br />

às necessidades individuais<br />

de cada cliente. Com total<br />

flexibilidade de personalização,<br />

os usuários podem configurar<br />

seu próprio dashboard de acordo<br />

com suas preferências, visualizando<br />

as in- formações mais<br />

importantes para suas tarefas<br />

diárias. Essa interatividade proporciona<br />

uma experiência única,<br />

permitindo que os clientes<br />

tenham controle total sobre a<br />

maneira como seus dados são<br />

apresentados e in- terpretados.<br />

O Greiner Bio-One eTrack continua<br />

a oferecer todas as funcionalidades<br />

e recursos que o tornaram<br />

uma solução confiável para a gestão<br />

eficiente de dados laboratoriais.<br />

Com o novo dashboard interativo,<br />

a empresa eleva ainda mais<br />

o padrão de excelência, colocando<br />

o controle e a personaliza- ção<br />

nas mãos de seus clientes.<br />

Saiba mais sobre o Greiner Bio-One<br />

eTrack e suas últimas atualizações<br />

em: www.gboetrack.com ou<br />

entre em contato conosco pelo<br />

info@br.gbo.com.<br />

Greiner Bio-One<br />

A Greiner AG, sediada em Kremsmünster,<br />

Áustria, é mundialmente<br />

reconhecida pelas suas soluções<br />

em plástico e espuma. Dividi- se<br />

em três áreas de atuação: a Greiner<br />

Packaging produz embalagens<br />

plásticas para os setores alimentícios,<br />

de higiene e limpeza e<br />

muitos outros. A NEVEON é líder<br />

global na produção de espumas<br />

integradas e flexíveis, compostas<br />

de poliuretano com uma ampla<br />

gama de aplicações, desde assentos<br />

de carros, aviões até colchões.<br />

A Greiner Bio-One é parceira mundial<br />

das áreas de biotecnologia,<br />

dispositivos médicos, institutos<br />

de pesquisa e life science.<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

Telefone: +55 19 3468 9600<br />

E-mail: info@br.gbo.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

189


INFORME DE MERCADO<br />

ONMNIA TRAZ INOVAÇÕES PARA IMPULSIONAR O<br />

MERCADO DE IVD NO BRASIL<br />

O mercado de diganóstico in vitro<br />

está em constante evolução e a palavra-chave<br />

para o crescimento é:<br />

inovação. Nesse contexto, o grupo<br />

ONmnia, composto pelas empresas<br />

GT Group, Vida Biotecnologia e<br />

Renylab, desponta como uma protagonista<br />

ao trazer para o mercado<br />

brasileiro uma série de soluções<br />

avançadas. Essas soluções tem potencial<br />

de proporcionar um salto no<br />

desempenho e na eficiência das organizações<br />

que atuam nesse setor.<br />

Conheça os novos produtos do<br />

nosso portfólio a seguir, e acesse<br />

www.bit.ly/ONmniaNaCbac2023<br />

para ver mais detalhes sobre cada<br />

um deles:<br />

Lançamento nas linhas de<br />

hematologia e urianálise da<br />

Vida Biotecnologia:<br />

• VIDA BF6900 – Analisador Automático<br />

de Hematologia<br />

• VIDA BF7200 – Analisador Automático<br />

de Hematologia<br />

• VIDA HEMO CONNECT – Composto<br />

por 2 a 4 conjuntos do VIDA BF72001<br />

• VIDA BCC 3900 VET – Analisador<br />

Automático de Hematologia<br />

• VIDA BCA 1000 - Analisador Automático<br />

de Coagulação<br />

Lançamentos na linha de<br />

pré-analíticos GT Group:<br />

• GT HAND GASMETER - Analisador<br />

de Gases e Eletrólitos Sanguíneos<br />

• GT Venoscópio – Localizador<br />

de Veias<br />

• Centrífuga GT Mid Spin<br />

Lançamentos na linha de<br />

microbiologia da Renylab:<br />

• DL60 – Hemocultura Automatizada<br />

• Kit Carbapenêmicos - Teste imunocromatográfico<br />

para detecção de<br />

resistência aos carbapenêmicos<br />

190 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORME DE MERCADO<br />

Esse movimento de inovação liderado<br />

pelo grupo ONmnia tem<br />

impactos significativos no mercado<br />

brasileiro como um todo.<br />

Segundo Marcelo Vargas, Diretor<br />

Comercial e Marketing do grupo,<br />

“Empresas que adotam as soluções<br />

oferecidas dentro do nosso portfólio<br />

estão se tornando mais competitivas,<br />

ganhando agilidade e alcançando<br />

resultados superiores!”<br />

Esses lançamentos aconteceram<br />

dentro do 48º CBAC - Congresso<br />

Brasileiro de Análises Clínicas, que<br />

aconteceu em Florianópolis nos<br />

dias 18 a 21 de junho. O grupo<br />

ONmnia marcou presença na programação<br />

e na área de exposição,<br />

onde o público pôde conhecer de<br />

perto os destaques do nosso portfólio<br />

e interagir com o nosso time<br />

de especialistas.<br />

“Mais uma vez o grupo Onmnia<br />

se destaca na CBAC ratificando<br />

sua parceria com a DIRUI, promove<br />

lançamento da integração<br />

em esteira para hematologia<br />

VIDA BF 7200 Plus. O sistema modular<br />

é capaz de processar até<br />

480 amostras por hora, análise<br />

de reticulócitos além de fluidos<br />

corporais.”, Ernani Silva Junior,<br />

Diretor de Produtos e Inovação<br />

do grupo ONmnia.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

191


INFORME DE MERCADO<br />

EXAME TOXICOLÓGICO COM DIFERENCIAIS COMPETITIVOS<br />

PARA AUMENTAR A RECEITA DE LABORATÓRIOS<br />

A nova campanha do Lab-to-Lab<br />

Pardini usa o raciocínio lógico para<br />

falar sobre soluções exclusivas para<br />

os laboratórios que escolhem oferecer<br />

o exame toxicológico.<br />

As vantagens do serviço oferecido<br />

pelo laboratório de apoio, com mais<br />

de 20 anos de experiência de mercado,<br />

estão divididas em cinco eixos.<br />

Receita<br />

O Lab-to-Lab Pardini oferece materiais<br />

promocionais gratuitos para<br />

apoiar as vendas e aumentar em até<br />

63% o lucro.* Além disso, ao oferecer<br />

o exame toxicológico Pardini, o<br />

nome do laboratório parceiro aparece<br />

no primeiro resultado em buscas<br />

do Google pelo termo “exame<br />

toxicológico”, responsável por cerca<br />

de 70% dos acessos orgânicos.<br />

*Dado real atestado pelo Serviço de<br />

Inteligência de Negócios do Lab-to-<br />

-Lab Pardini.<br />

Qualidade<br />

Garantia de identificação de até 12<br />

drogas diferentes, além de contar<br />

com acreditação pelo Inmetro.<br />

Segurança<br />

O serviço oferece também o segundo<br />

exame para contraprova em laudos<br />

com resultados positivos e garantia<br />

de 100% de apoio jurídico, além de<br />

seguro de responsabilidade civil.<br />

Facilidade<br />

Coleta, preparo e envio simplificados,<br />

além de capacitação profissional<br />

contínua e gratuita para os laboratórios<br />

parceiros.<br />

Rastreabilidade<br />

Identifica e classifica as amostras<br />

com registro eletrônico para evitar<br />

o risco de troca de exames.<br />

O argumento da campanha é simples e objetivo: “Exame toxicológico? Lógico que é Pardini”. As vantagens<br />

do serviço? Exclusivas e completas!<br />

Exame toxicológico? Lógico que é<br />

a Pardini<br />

A campanha, conduzida pelo<br />

conceito “Exame toxicológico?<br />

Lógico que é Pardini”, reafirma<br />

a parceria do Lab-to-Lab Pardini<br />

como uma escolha racional,<br />

inteligente e vantajosa para os<br />

laboratórios.<br />

O Lab-to-lab Pardini é o único laboratório<br />

de apoio da América Latina<br />

a contar com 100% de automatização<br />

nas análises de exames, diferencial<br />

que garante eficiência e<br />

precisão nos resultados.<br />

O seu laboratório pensou em<br />

exame toxicológico? Lógico que<br />

é Pardini.<br />

Conheça a campanha completa e<br />

saiba como se tornar um parceiro<br />

Lab-to-Lab Pardini: acesse<br />

www.labtolabpardini.com.br.<br />

192 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


AMPLIANDO O PORTFÓLIO COM PLACAS DE PETRI<br />

DESCARTÁVEIS.<br />

A Perfecta, marca tradicional<br />

INFORME DE MERCADO<br />

em lâminas, lamínulas e vidraria<br />

para laboratórios, ampliou a<br />

oferta de produtos de plástico,<br />

incluindo agora as placas de Petri<br />

descartáveis, além das tradicionais<br />

placas de Petri de vidro<br />

neutro e borosilicato.<br />

Largamente utilizadas para cultivo<br />

e isolamento de microrganismos<br />

como bactérias e fungos, as<br />

placas de Petri são produzidas em<br />

poliestireno (PS) transparente, suportam<br />

temperaturas de até 90°C,<br />

são previamente esterilizadas por<br />

feixe de elétrons (e-beam).<br />

As novas placas estão disponíveis<br />

em 2 tamanhos distintos<br />

em pacotes com 10 unidades:<br />

• Volume Usual 14ml – Tamanho<br />

60mm X 15mm<br />

• Volume Usual 25ml – Tamanho<br />

90mm X 15mm<br />

Para complementar a linha de<br />

produtos para microbiologia a<br />

Perfecta oferece também alças<br />

em T, espalhadores de células e<br />

alças calibradas plásticas com<br />

haste rígida, disponíveis para 1<br />

µl e 10 µl.<br />

A Perfecta investe consistentemente<br />

na ampliação do portfólio,<br />

com o propósito de satisfazer<br />

seus clientes e oferecer produtos<br />

de alta qualidade para o mercado<br />

brasileiro.<br />

Contamos com representantes e<br />

distribuidores em todo território<br />

nacional.<br />

Entre em contato com a Perfecta<br />

agora mesmo e surpreenda-se!<br />

Para mais informações:<br />

www.perfectalab.com.br<br />

Para mais informações:<br />

www.perfectalab.com.br<br />

WhatsApp: +55 11 2965-6722<br />

vendas@perfectalab.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

193


INFORME DE MERCADO<br />

QUICKSTAR – AMPLIAÇÃO DE UMA DAS LINHAS POCT MAIS<br />

INOVADORAS DO MERCADO BRASILEIRO<br />

A In Vitro Diagnóstica segue inovando<br />

no mercado brasileiro de<br />

diagnóstico in vitro, através da ampliação<br />

da sua linha de equipamentos<br />

point of care – QuickSTAR. A<br />

linha de equipamentos conta com<br />

o QuickSTAR PLUS e o QuickSTAR<br />

PRO, equipamentos cada vez mais<br />

adaptáveis as necessidades do mercado<br />

brasileiro e com configurações<br />

diferenciadas que otimizam a<br />

rotina laboratorial.<br />

Os analisadores QuickSTAR são<br />

equipamentos de imunofluorescência,<br />

para leitura quantitativa e<br />

qualitativa, que alinham alta tecnologia,<br />

qualidade e praticidade<br />

em todas as suas funcionalidades.<br />

O seu portfólio de produtos<br />

– linha QuickTEST é exclusivo e<br />

apresenta características diferenciadas<br />

e seguras.<br />

A alta sensibilidade desta linha é<br />

devido ao seu método inovador<br />

que conta com a tecnologia Time-Resolved<br />

Fluorescence Immunoassay<br />

(TR-FIA) e o marcador<br />

európio – EU3+, que impede a interferência<br />

de autofluorescência<br />

de células vermelhas, fornecendo<br />

resultados mais específicos e tão<br />

sensíveis quanto aos testes de quimioluminescência.<br />

Os equipamentos QuickSTAR, QuickSTAR<br />

PLUS e QuiskSTAR PRO<br />

possibilitam um rápido e confiável<br />

diagnóstico em qualquer lugar.<br />

Pensando ainda na agilidade, possui<br />

uma funcionalidade que permite<br />

a leitura simultânea de testes<br />

multiparâmetros. Todas as suas<br />

características foram desenhadas<br />

utilizando alta tecnologia e o seu<br />

software em português permite um<br />

fácil entendimento e manuseio.<br />

Os equipamentos QuickSTAR, com<br />

bateria integrada, e o QuickSTAR<br />

PLUS são equipamentos de 1 canal<br />

de leitura, enquanto o QuickSTAR<br />

PRO oferece 12 canais de leitura.<br />

Para facilitar a rotina laboratorial<br />

e mantendo as características que<br />

diferem testes comuns de um verdadeiro<br />

“point of care testing”, a<br />

linha de produtos QuickTEST, dedicada<br />

para uso no equipamento<br />

QuickSTAR, apresenta vantagens<br />

que facilitam a coleta de amostra<br />

e a execução do teste. Dentre<br />

essas vantagens destacamos que<br />

não é necessária a pré-diluição de<br />

amostras, e é possível a utilização<br />

de sangue total e a padronização<br />

dos protocolos para execução e<br />

leitura dos testes.<br />

O QuickSTAR foi desenvolvido<br />

com diferenciais exclusivos que<br />

garantem o seu destaque como<br />

um produto moderno, competitivo<br />

e de alta qualidade. Com um<br />

portfólio completo, a linha Quick-<br />

TEST engloba diversos parâmetros:<br />

marcadores cardíacos, marcadores<br />

inflamatórios, marcadores tumorais,<br />

doenças respiratórias, doenças<br />

infecciosas, função renal, função digestiva,<br />

tireoide, diabetes, alergia,<br />

vitamina, derrame cerebral e detecção<br />

de drogas.<br />

A linha destaca-se com testes:<br />

COVID-19 Ag e nAb – Kits para<br />

detecção da presença do antígeno<br />

SARS-CoV-2 e para a quantificação<br />

de anticorpos neutralizantes<br />

anti-SARS-CoV-2.<br />

D-Dímero – Kit para quantificação<br />

de D-Dímero, ajuda a diagnosticar<br />

o tromboembolismo venoso, que<br />

corresponde a Trombose Venosa<br />

Profunda e Embolia Pulmonar. Fundamental<br />

para diagnóstico e acompanhamento<br />

do quadro trombótico<br />

de pacientes com COVID-19.<br />

Marcadores Cardíacos – Kits para<br />

a determinação quantitativa de CK-<br />

-MB, Mioglobina, Troponina, Painel<br />

Cardíaco, NT-proBNP, hsPCR, possibilitando<br />

o auxílio diagnóstico<br />

para infarto agudo do miocárdio<br />

e insuficiência cardíaca, como biomarcadores<br />

de inflamação, lesão e<br />

estresse dos miócitos.<br />

194 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PCT: Kit para a determinação quantitativa<br />

de Procalcitonina, importante<br />

biomarcador para infecção bacteriana<br />

– diagnóstico, monitoramento e controle<br />

de tratamento da septicemia.<br />

PCR/HS-PCR – Kit para a quantificação<br />

de Proteína C Reativa<br />

e Proteína C Reativa ultrassensível.<br />

Proteína plasmática de fase<br />

aguda, indicadora de processos<br />

inflamatórios, e biomarcador de<br />

processo aterosclerótico.<br />

HCG – Kit para a determinação<br />

quantitativa de b-Gonadotrofina<br />

Coriônica Humana (bHCG) que auxilia<br />

no diagnóstico e determinação<br />

do período gestacional.<br />

HbA1c – Kit para a determinação<br />

quantitativa de hemoglobina glicada,<br />

fundamental no monitoramento<br />

glicêmico de pacientes com diabetes<br />

mellitus.<br />

Marcador Tumoral - Kit para a<br />

determinação quantitativa de<br />

PSA, marcador fundamental no<br />

auxílio diagnóstico de pacientes<br />

com problemas na próstata, monitoramento<br />

do câncer de próstata,<br />

e determinação da eficácia<br />

cirúrgica e terapêutica.<br />

Função tireoide - Kit para a determinação<br />

quantitativa de T3<br />

Total, T4 Total e TSH, importantes<br />

marcadores para avaliar as<br />

funções tireoidianas.<br />

Vitamina D – Kit para a determinação<br />

quantitativa de vitamina D<br />

que auxilia no diagnóstico de doenças<br />

relacionadas a deficiência<br />

de vitamina D.<br />

S100-b: Kit para a determinação<br />

quantitativa S100-b que é uma proteína<br />

marcadora para certos tumores<br />

e diferenciação epidérmica. Os<br />

níveis aumentados indicam uma<br />

ruptura da barreira hematoencefálica,<br />

podendo preceder o aparecimento<br />

de lesões neuronais.<br />

IL-6: Kit para a determinação de interleucina<br />

6 regula as respostas imunes,<br />

reações de fase aguda e hematopoiese,<br />

e pode desempenhar um papel<br />

central nos mecanismos de defesa.<br />

Para saber mais entre em contato<br />

com a In Vitro Diagnóstica através<br />

do e-mail invitro@invitro.com.br<br />

ou telefone (31) 99973-2098.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

APRESENTAMOS NOSSA NOVA MARCA NO MERCADO<br />

C<br />

M<br />

novidade<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

Mais do que uma marca, cuidado com quem mais entende de saúde - VOCÊ<br />

K<br />

O setor de estética vem crescendo nos últimos<br />

anos, e nós da Bunzl Saúde, estamos antenados<br />

nas evoluções do mercado deste segmento e<br />

resolvemos estar cada dia mais presente no<br />

suporte aos nossos clientes e profissionais<br />

(biomédicos, médicos, anestesistas, dentistas,<br />

entre outros) por isso, anunciamos a nossa mais<br />

nova marca, Probeauty.<br />

Somos referência no mercado diagnóstico e<br />

hospitalar, e a Probeauty é a marca que veio<br />

para somar em nosso portfólio de produtos e<br />

ampliar nossa atuação no segmento de saúde.<br />

O primeiro produto a ser lançado será a<br />

Agulha Lebel e Mesoterapia, indicada para<br />

aplicação de substâncias com a finalidade de<br />

bunzlsaude.com.br<br />

(11) 3652-2525<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

/bunzlsaude<br />

tratamento estético, como toxina botulínica,<br />

tratamentos realizados normalmente em<br />

clínicas de estética e dental.<br />

É a Bunzl Saúde inovando mais uma vez para<br />

atendê-los com o que temos de melhor!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

195


INFORME DE MERCADO<br />

LAB REDE AMPLIA SEU PORTIFÓLIO COM A DETERMINAÇÃO<br />

DE HBA1C POR ELETROFORESE CAPILAR.<br />

A fração HBA1c refere-se à<br />

hemoglobina que está ligada<br />

à glicose de forma estável e<br />

irreversível. É um exame útil<br />

tanto para o acompanhamento<br />

do controle glicêmico quanto<br />

para o diagnóstico do Diabetes<br />

Mellitus (DM).<br />

Com base em muitos anos de<br />

experiência na tecnologia de<br />

eletroforese capilar, a Sebia<br />

adaptou sua tecnologia para<br />

a testagem de HbA1c. A eletroforese<br />

capilar proporciona<br />

uma separação clara e precisa<br />

da fração de HbA1c, sem a<br />

alteração dos resultados na<br />

presença das interferências<br />

mais frequentes (A1c lábil, Hb<br />

carbamilada, Hb F e heterozigotos<br />

S, C, D e E). O alto poder<br />

da resolução do método possibilita<br />

a detecção de hemoglobinas<br />

variantes homozigóticas<br />

(anemia falciforme, entre outras),<br />

impedindo o reporte da<br />

HbA1c na ausência da Hb A,<br />

bem como é capaz de separar<br />

e quantificar a fração de HbA2,<br />

que pode indicar anemias, talassemias<br />

e outras situações<br />

que envolvam a diminuição da<br />

vida útil dos eritrócitos. O procedimento<br />

HbA1c executado<br />

com o instrumento SEBIA CA-<br />

PILLARYS 3 foi certificado pelo<br />

NGSP (programa nacional dos<br />

EUA para a normatização da<br />

hemoglobina glicada).<br />

O Lab Rede, ampliando o menu<br />

de exames, que já oferta a<br />

HBA1c pela metodologia HPLC,<br />

passa também a ofertar a dosagem<br />

de hemoglobina glicada<br />

pela metodologia eletroforese<br />

capilar. O novo ensaio foi<br />

avaliado e validado por nossa<br />

equipe técnica, seguindo um<br />

rigoroso processo padronizado.<br />

No estudo, observou-se que<br />

o valor obtido pelo método de<br />

referência (HPLC) está inserido<br />

no intervalo de confiança para<br />

a mensuração pela eletroforese<br />

capilar. A alta correlação entre<br />

os métodos permite a utilização<br />

da eletroforese capilar na<br />

rotina laboratorial de forma segura<br />

e eficiente.<br />

196 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORME DE MERCADO<br />

PRECISÃO E MAIOR DURABILIDADE: CONHEÇA OS NOVOS TUBOS DE<br />

CITRATO TRISSÓDICO COM PAREDE DUPLA DA MEDIXLAB<br />

A Medix Brasil, líder em inovação,<br />

tem o prazer de anunciar o lançamento<br />

dos Tubos de Citrato Trissódico<br />

com Parede Dupla. Novidade<br />

da linha MedixLab, a solução fornece<br />

maior estabilidade do aditivo<br />

anticoagulante, elevando a precisão<br />

nos testes de tempo de protrombina<br />

(TP) e tempo de tromboplastina<br />

parcial ativada (TTPa).<br />

Um produto projetado para<br />

fornecer precisão diagnóstica,<br />

custo-benefício e qualidade<br />

certificada<br />

Além da estabilidade aprimorada,<br />

os Tubos de Citrato Trissódico<br />

Parede Dupla são fabricados com<br />

materiais de alta qualidade e são<br />

cuidadosamente armazenados em<br />

ambiente 100% climatizado, o que<br />

assegura a eficácia do ativo.<br />

E a inovação não para por aí. Os<br />

novos tubos também oferecem<br />

prazo de validade superior em<br />

comparação aos convencionais.<br />

Isso garante maior durabilidade,<br />

promove um uso eficiente e reduz<br />

o desperdício de recursos.<br />

Com a combinação de estabilidade<br />

e prazo de validade prolongado, a<br />

MedixLab proporciona resultados<br />

confiáveis mesmo ao longo do<br />

tempo, atendendo às necessidades<br />

dos laboratórios. Esse lançamento<br />

reafirma seu compromisso<br />

em fornecer soluções inovadoras<br />

para o setor.<br />

A nova tecnologia visa aprimorar a<br />

precisão dos diagnósticos e, consequentemente,<br />

contribuir para<br />

um melhor cuidado e tratamento<br />

dos pacientes.<br />

Os tubos já estão disponíveis no<br />

mercado e podem ser adquiridos<br />

por meio de distribuidores autorizados<br />

em todo o país.<br />

Para mais informações, entre em<br />

contato através do e-mail:<br />

gestor.lab@medixbrasil.com.br.<br />

Sobre a MedixLab:<br />

MedixLab é a linha de produtos da<br />

Medix Brasil dedicada a fornecer<br />

soluções inovadoras e confiáveis<br />

para profissionais de saúde e laboratórios<br />

de todo o país. Oferecendo<br />

experiência completa e de última<br />

geração, o portfólio conta com<br />

uma ampla gama de produtos, alta<br />

qualidade e tecnologia avançada,<br />

tudo isso para promover precisão<br />

diagnóstica e os melhores resultados<br />

para o seu laboratório. Acesse<br />

e conheça a linha completa!<br />

198 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PRO-IN em Tempo Real gratuito<br />

RDC 786:2023 COMENTADA PELOS ASSESSORES<br />

CIENTÍFICOS DO PNCQ<br />

A ANVISA atualizou as normas que<br />

tratam das exigências técnicas<br />

para o funcionamento dos serviços<br />

de saúde que realizam atividades<br />

relacionadas a exames de análises<br />

clínicas (EAC).<br />

A RDC 786:2023 estabelece<br />

requisitos técnico-sanitários para a<br />

garantia da qualidade dos serviços<br />

prestados pelos laboratórios, que<br />

devem assegurar a confiabilidade<br />

dos testes por meio da gestão do<br />

controle da qualidade (GCQ).<br />

O Programa Nacional de Controle de Qualidade oferece a ferramenta PRO-IN em Tempo Real<br />

gratuitamente a todos os laboratórios que adquirem as amostras para controle interno da<br />

qualidade – PRO-IN, sejam Laboratórios Participantes do PNCQ, ou não, através de um<br />

cadastro simples.<br />

O PRO-IN em Tempo Real é uma ferramenta que auxilia os laboratórios na elaboração e na<br />

• avaliação A gestão de de seu pessoal controle interno. e de educação Com navegação O acelerada documento, e inserção de valores disponível facilitada, na<br />

permanente disponibiliza, entre dos outros: profissionais; Biblioteca do site do PNCQ, visa<br />

• O gerenciamento dos Processos colaborar para o seu entendimento<br />

Gráfico de Levey Jennings automático<br />

Operacionais; e<br />

e facilitar a adequação dos<br />

• A Gestão Regras do de Controle Westgard da podem Qualidade ser personalizadas laboratórios.<br />

pelo seu laboratório<br />

(GCQ). • Média, Desvio Padrão (DP) e Coeficiente de Variação (CV%) automáticos<br />

A RDC 786:2023 foi publicada<br />

• Possibilidade de comparar seu desempenho com o de outros usuários<br />

O PNCQ publicou a RDC 786:2023 no Diário Oficial da União em<br />

comentada • Resultados pelos e gráficos seus podem Assessores ser impressos 10/05/23, ou arquivados entra por tempo em indefinido, vigor à em<br />

Científicos disposição da com fiscalização a íntegra da da Vigilância legislação, Sanitária ou 1º Instituição de agosto Acreditadora de 2023 e os<br />

descrição Facilite a implantação de evidências do Controle e comentários, Interno de Qualidade estabelecimentos no seu Laboratório. têm Fornecemos o prazo um de<br />

além amplo menu da indicação de amostras de para documentos<br />

controle com qualidade 180 certificada! dias, contados a partir da data<br />

modelo do software PNCQ Gestor, em da publicação no D.O.U., para se<br />

Baixe agora o Catálogo de Produtos 2022, escolha as amostras do PRO-IN necessárias para a<br />

atendimento sua rotina e utilize a esta o PRO-IN norma. em Tempo Real. É GRÁTIS adequarem às regras atualizadas.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Todos os serviços que realizam<br />

exames de análises clínicas devem<br />

implementar um programa de<br />

garantia da qualidade (PGQ) que<br />

contemple, no mínimo:<br />

• O gerenciamento das tecnologias;<br />

• O gerenciamento dos riscos inerentes;<br />

• A gestão de documentos;<br />

Palestra Especial Vagas Limitadas<br />

Telefone: (21) 3172-7100 | 25696867<br />

pncq@pncq.org.br<br />

Telefone: (21) 3172-7100 | 25696867<br />

Rua Vicente Licíneo, 193 - Tijuca - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20270-340<br />

pncq@pncq.org.br<br />

Rua Vicente Licíneo, 193<br />

Tijuca - Rio de Janeiro/RJ<br />

CEP: 20270-340<br />

Facebook: @PNCQoficial<br />

Instagram: @pncqoficial<br />

Linkedin: /pncq-oficial<br />

Desafios da Microbiologia<br />

Diagnóstica<br />

Antes e<br />

depois do<br />

MALDI-TOF<br />

Facebook: @PNCQoficial<br />

Instagram: @pncqoficial<br />

Linkedin: /pncq-oficial<br />

Palestrante<br />

Dra. Flávia Rossi<br />

MD, PhD<br />

Diretora Médica<br />

do Laboratório<br />

de Microbiologia<br />

Clínica HC-FMUSP e<br />

referência nacional<br />

no assunto.<br />

Reservas<br />

+55 (11) 98905-5912<br />

contato@apparatimports.com<br />

Hotel Panamby<br />

Av. Ordem e Progresso, 115 - Barra Funda,<br />

São Paulo - SP, 01141-030


INFORME DE MERCADO<br />

ESTUDOS GENÉTICOS, CONHEÇA AS SOLUÇÕES DA ELGA<br />

VEOLIA PARA ESSA APLICAÇÃO.<br />

Genética é o estudo da hereditariedade, o processo biológico onde os pais passam certos genes para os filhos<br />

ou descendentes. A informação genética encontra-se dentro do núcleo celular de cada célula viva no corpo.<br />

PCR<br />

A Reação em Cadeia da Polimerase<br />

(Polymerase Chain Reaction, PCR) é<br />

uma técnica de biologia molecular<br />

usada para amplificar um pedaço de<br />

DNA , e gera milhares a milhões de<br />

cópias de uma sequência específica<br />

de DNA .<br />

Requisitos da água<br />

Certifique-se de que está a utilizar o tipo de água certo para a sua aplicação.<br />

Eis os requisitos para as aplicações genéticas:<br />

Sequência de DNA/RNA<br />

É o processo que inclui qualquer<br />

método ou tecnologia usada para<br />

determinar a ordem precisa de<br />

nucleótidos numa cadeia deDNA .<br />

A sequência de RNA usa métodos<br />

de sequência de próxima geração<br />

para revelar a presença e a<br />

quantidade de ácido ribonucleico<br />

numa amostra biológica num<br />

determinado momento no tempo.<br />

Microarrays de DNA<br />

É uma coleção de pontos<br />

microscópicos de DNA numa<br />

superfície sólida. Os cientistas usam<br />

microarrays de DNA para medir a<br />

expressão de um grande número de<br />

genes ou para genotipar múltiplas<br />

regiões de um genoma.<br />

Eletroforese por ácido nucleico<br />

É uma técnica analítica usada para<br />

separar fragmentos de DNA ou RNA<br />

por tamanho e reatividade.<br />

Impacto da água<br />

A água pura é essencial para obter<br />

resultados confiáveis na aplicação<br />

genética. As aplicações de RNA, em<br />

particular, exigem um tipo especial<br />

de água, uma vez que as RNases<br />

estão em todos os lugares e podem<br />

destruir o RNA livre se este não<br />

estiver protegido. Usar a água sem<br />

nuclease e com o grau de pureza<br />

certo ajuda a proteger o RNA e os<br />

nossos resultados.<br />

A ELGA VEOLIA dispõe de uma<br />

vasta gama de ultrapurificadores de<br />

água que atende as necessidades<br />

da genética.<br />

O Purelab Chorus 1 é um ideal para<br />

a purificação de água para uso<br />

nas Ciências da Vida e aplicações<br />

analíticas.<br />

Quando exige a máxima pureza de<br />

água, o PURELAB Chorus 1 oferece<br />

a solução perfeita. Oferecendo<br />

sistematicamente água com<br />

pureza de 18,2 MΩ.cm (Tipo I+/I) e<br />

sustentado pelo sistema avançado<br />

de deionização PureSure®, permite<br />

que se concentre em obter resultados<br />

precisos, garantindo um fluxo de<br />

trabalho sem interrupções.<br />

Conheça as características do<br />

sistema:<br />

• Deionização Avançada PureSure:<br />

Elimina os íons residuais que se<br />

infiltram na água e oferece um<br />

alerta avançado para substituir os<br />

pacotes de purificação.<br />

• Recirculação completa: Garante a<br />

pureza microbiana e água ultrapura<br />

no ponto de uso.<br />

• Monitoramento de TOC em tempo<br />

real: Proporciona confiança total na<br />

pureza orgânica.<br />

• Filtração integrada: A ultrafiltração<br />

ou microfiltração filtra as endotoxinas,<br />

proteínas, nucleases e partículas.<br />

• Tratamento total de UV: Garante a<br />

redução de compostos orgânicos e<br />

inativação de bactérias.<br />

• Coleta de dados: Acesso de dados via<br />

USB para validação de desempenho<br />

do sistema e atualizações de software.<br />

Outras soluções também são eficazes<br />

para essa aplicação, contate nossos<br />

especialistas para obter uma visita<br />

técnica e entender qual solução<br />

melhor se aplica a sua necessidade.<br />

marketingbr@veolia.com<br />

www.veoliawatertechnologies.com/<br />

latam/pt<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel.+55 11 97675 0943<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

200 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


VENHA CONHECER A MGI NO CBGM 2023!<br />

A MGI Brasil estará no 34º Congresso Brasileiro de Genética Médica pronta para oferecer a melhor<br />

solução para o seu laboratório!<br />

Em nosso portfólio temos tudo o que você precisa<br />

para impulsionar a sua rotina NGS. Além<br />

dos nossos sequenciadores já reconhecidos<br />

mundialmente, ainda temos produtos para<br />

automação, como liquid handlers, extratores,<br />

robôs dedicados ao preparo de bibliotecas, e<br />

produtos de bioinformática para facilitar e agilizar<br />

o processamento de dados.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Venha nos visitar no stand #32 e<br />

conhecer mais sobre a nossa tecnologia!<br />

Conheça nossos representantes comerciais<br />

Atendem todo o Brasil<br />

Mariana Samico<br />

Representante Comercial MGI<br />

mariana.samico@mgi-tech.com<br />

Visite nosso site: www.en.mgi-tech.com/<br />

Victor Camilo<br />

Representante Comercial MGI<br />

vcamillo@mgi-tech.com<br />

Para cotações e informações técnicas dos equipamentos e<br />

soluções, entre em contato com nossa equipe comercial:<br />

mariana.samico@mgi-tech.com<br />

vcamillo@mgi-tech.com<br />

epoc<br />

Analisador de Gases Sanguíneos - point of Care<br />

BUN (Uréia Nitrogenada)<br />

A Ureia Nitrogenada (BUN) é um composto que avalia o funcionamento renal,<br />

avaliando a quantidade de ureia nitrogenada no sangue e a excreção dessa<br />

ureia.<br />

Utilização:<br />

Investigação de doenças renais crônicas ou agudas<br />

Obstrução urinária<br />

Desidratação severa<br />

Doenças hepáticas graves e entre outros.<br />

Diferencial do equipamento:<br />

Resultados em menos de 1 minuto<br />

92ul de amostra<br />

Cartão único com calibração e diversos parâmetros de leitura<br />

quallyx.com.br / quallyxvet.com.br<br />

(11) 93065-9880<br />

vendas@quallyx.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

201


INFORME DE MERCADO<br />

FASTPREP®MATRIZES DE LISE - QUEBRA CELULAR<br />

IDEAL PARA QUALQUER TIPO DE AMOSTRA<br />

Não importa o quão dura ou resistente<br />

sejam suas amostras, nossas<br />

matrizes de lise irão efetivamente<br />

romper as paredes celulares,<br />

deixando suas amostras prontas<br />

para qualquer tipo de análise,<br />

fornecendo maior rendimento de<br />

ácidos nucléicos e proteínas em<br />

questão de segundos.<br />

Ao utilizar as matrizes na lise,<br />

moagem ou homogeneização é<br />

possível obter uma quebra completa<br />

eliminando a necessidade<br />

de produtos químicos que podem<br />

alterar a amostra. Os tipos de<br />

amostras incluem, mas não estão<br />

limitados a tecidos humanos, animais<br />

e vegetais; microorganismos<br />

como bactérias, leveduras e fungos;<br />

amostras de solo; fezes; além<br />

de insetos e vermes.<br />

As matrizes de lise da linha FastPrep®<br />

são formadas por esferas<br />

de diferentes composições, tamanhos<br />

e formas, que variam de baixa<br />

a alta impactação, quebrando<br />

qualquer tipo de amostra sejam<br />

elas duras ou moles. As esferas podem<br />

ser de cerâmica, sílica, vidro,<br />

óxido de alumínio, óxido de zircónio<br />

e de aço inoxidável. Os tubos<br />

contendo as matrizes de lise da<br />

MP Bio são altamente reprodutíveis,<br />

sem contaminação cruzada<br />

e estão disponíveis nos tamanhos<br />

de 2, 4.5, 15 e 50 mL.<br />

Para um desempenho e resultados<br />

ideais, recomendamos o uso dos<br />

tubos e das matrizes de lise em<br />

conjunto com nossos instrumentos<br />

da linha FastPrep® para garantir<br />

fácil moagem, lise e homogeneização<br />

de qualquer tipo de amostra<br />

de maneira rápida e eficiente.<br />

TESTES QUE VOCÊ PRECISA.<br />

RESULTADOS QUE VOCÊ PODE<br />

CONFIAR!<br />

202 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NEOCOMPANY: UM NOVO CONCEITO, UM NOVO VISUAL,<br />

MAS O MESMO COMPROMISSO!<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Ao longo de nossa jornada,<br />

enfrentamos desafios e momentos<br />

significativos. Agora, estamos<br />

diante de uma nova fase, onde<br />

acreditamos que a mudança<br />

moldará o futuro de nossa história.<br />

É com grande satisfação que<br />

anunciamos que a Neolab evoluiu,<br />

e agora faz parte de uma nova<br />

marca, a Neocompany!<br />

Nossa transformação foi impulsionada<br />

pelo compromisso inabalável de<br />

preservar a excelência e superar<br />

as expectativas de nossos valiosos<br />

clientes. Reconhecemos que, para<br />

atingir esse objetivo, precisávamos<br />

evoluir e segmentar nossos produtos.<br />

Como resultado, agora oferecemos<br />

divisões especializadas, compostas por<br />

produtos especializados e catalogados<br />

em suas respectivas áreas.<br />

Queremos fornecer soluções<br />

eficientes para atender às<br />

necessidades específicas de cada<br />

cliente. Seja uma pequena empresa<br />

ou uma grande corporação, nossa<br />

equipe está pronta para ajudar. Com<br />

nossa nova estrutura, podemos<br />

oferecer uma gama mais ampla de<br />

produtos, garantindo a qualidade e<br />

assertividade que os stakeholders<br />

esperam de nós.<br />

Nosso novo visual reflete nossa<br />

transformação interna. O design<br />

atualizado simboliza ainda mais<br />

nosso compromisso com o<br />

próximo, a busca constante por<br />

inovação e a mentalidade voltada<br />

para o futuro dos nossos clientes<br />

e da sociedade. Cada detalhe foi<br />

cuidadosamente escolhido para<br />

representar o nosso propósito.<br />

Agradecemos a todos os nossos<br />

clientes, parceiros e colaboradores<br />

que estiveram conosco ao longo<br />

dessa jornada. Sua confiança e<br />

apoio foram fundamentais para<br />

tornar a Neocompany em uma<br />

realidade. Juntos, estamos prontos<br />

para abraçar o futuro e alcançar<br />

novos patamares de sucesso.<br />

Bem-vindo à Neocompany -<br />

Um novo visual com o mesmo<br />

compromisso com a excelência!<br />

Estamos empolgados por fazer<br />

parte de sua jornada e ansiosos para<br />

criar um futuro brilhante juntos!<br />

NEOCOMPANY<br />

R. Carlos Gusso, 250 - Barracão 2 - Águas Belas,<br />

São José dos Pinhais - PR, 83040-630, Brasil<br />

E-mail: contato@neolabimpot.com.br<br />

Contato: +55 41 3146-0802<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

203


INFORME DE MERCADO<br />

SYSMEX CONVIDA PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA<br />

PARTICIPAREM DA MARATONA DE CASOS CLÍNICOS DE<br />

HEMATOLOGIA<br />

Projeto inovador é voltado para a promoção de conhecimento técnico-científico<br />

A Sysmex, referência mundial em<br />

hematologia, tem o prazer de<br />

anunciar o lançamento da Maratona<br />

de Casos Clínicos de Hematologia,<br />

uma iniciativa destinada<br />

a promover e incentivar o conhecimento<br />

técnico-científico na<br />

área da saúde.<br />

A Maratona é aberta a profissionais<br />

de saúde que possuam<br />

casos clínicos interessantes relacionados<br />

à aplicação de um dos<br />

Parâmetros Clínicos Avançados<br />

na hematologia, tais como IG,<br />

RET-He, IRF e IPF.<br />

Para se inscrever, é necessário fornecer<br />

um resumo do caso clínico,<br />

com, por exemplo, dados anônimos<br />

do paciente e informações<br />

sobre exames.<br />

Uma equipe de especialistas renomados<br />

composta pela Dra. Helena<br />

Grotto, médica hematologista<br />

e professora da Unicamp; Dr.<br />

Afonso Almeida, médico hematologista<br />

do Hospital Albert Einstein;<br />

Dr. Rafael Jácomo, médico<br />

hematologista e diretor técnico;<br />

Dra. Terezinha Munhoz, professora<br />

de hematologia da PUC-RS; e<br />

Dr. Paulo Silveira, médico hematologista<br />

do Hospital Sírio Liba-<br />

nês, será responsável por avaliar<br />

os casos submetidos.<br />

Os 10 principais casos selecionados<br />

pelo comitê terão a oportunidade<br />

única de serem publicados<br />

em um livro especializado, ampliando<br />

o reconhecimento profissional<br />

dos participantes. Portanto,<br />

não perca a chance de destacar o<br />

seu trabalho e contribuir para o<br />

avanço da hematologia!<br />

A participação na Maratona é<br />

gratuita e as inscrições estão<br />

abertas agora mesmo no site:<br />

www.maratonadecasosclinicos.com.br<br />

Junte-se a Sysmex nessa jornada<br />

emocionante de descobertas e<br />

aprendizado, e faça parte de uma<br />

comunidade comprometida com<br />

a excelência na área da saúde.<br />

204 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


TPP ESTÁ NO BRASIL!<br />

CONHEÇA UM DOS NOSSOS PRODUTOS INOVADORES.<br />

CLIPMAX<br />

Suas células podem ser cultivadas<br />

diretamente no Clipmax,<br />

uma combinação de um frasco<br />

de cultivo celular de 10cm2 com<br />

uma lâmina de microscopia removível<br />

(25 x 75 mm). A tripinização<br />

demorada das células antes<br />

da microscopia não é mais necessária.<br />

Devido às propriedades<br />

ópticas únicas do polímero que<br />

usamos para o Clipmax, são possíveis<br />

aplicações microscópicas<br />

em microscopia de fluorescência<br />

que lhe são negadas com poliestireno.<br />

Assim, Clipmax é perfeitamente<br />

adequado para cultura<br />

de células, imunocitoquímica, estudos<br />

cromossômicos, testes de<br />

toxicidade e uma variedade de<br />

aplicações microscópicas.<br />

A câmara média e a lâmina são<br />

conectadas com um selo biocompatível.<br />

A câmara pode ser<br />

removida sem deixar resíduos.<br />

O sistema permite uma troca direta<br />

de gás através da tampa de<br />

rosca do filtro.<br />

Características de qualidade do<br />

Clipmax:<br />

• Lâmina em COP<br />

• Índice de refração (nD 589 nm): 1,52<br />

• Superfície ativada para crescimento<br />

celular ideal<br />

• Adequado para microscopia de<br />

fluorescência variada<br />

• Adequado para coloração, também<br />

para imunofluorescência<br />

• Resistente a muitos solventes (por<br />

exemplo, acetona, etanol, xileno)<br />

• Tampa rosqueável com filtro<br />

para uma troca gasosa eficiente<br />

com o mínimo de evaporação<br />

• Proteção de abertura inicial<br />

• Unidade empilhável<br />

• Câmara do meio pode ser removida<br />

depois que a cultura de células<br />

estiver completa, apenas com<br />

um “click” e sem a necessidade de<br />

outra ferramenta.<br />

• Remover a câmara, fixar e corar<br />

as células diretamente na lâmina<br />

do microscópio.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Informações de contato.<br />

Telefones: (11) 99568-2022<br />

(11) 91109 -2022<br />

E-mail: info@tpp-br.com<br />

Endereço: Estrada das Lágrimas, nº 111<br />

São José - São Caetano do Sul-SP CEP: 09581-300<br />

Site: www.tpp-shop.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

205


INFORME DE MERCADO<br />

A IMPORTÂNCIA DO FREELITE MX® PARA O DIAGNÓSTICO<br />

PRECOCE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA<br />

Um dos exames da Binding Site tem<br />

atuação fundamental no diagnóstico<br />

de uma das principais doenças<br />

que afetam o sistema nervoso<br />

central: a Esclerose Múltipla. Tratase<br />

do Freelite Mx®, mais específico,<br />

sensível, confiável, rápido e fácil de<br />

execução quando comparado aos<br />

exames mais tradicionais para a<br />

análise dessa e de outras patologias.<br />

Tais qualidades advém do fato de o<br />

Freelite Mx® ser capaz de identificar<br />

a mais ínfima quantidade de cadeia<br />

leve livre em uma amostra de líquor<br />

retirada do espaço intratecal –<br />

aquele dentro de nossa coluna onde<br />

a medula está contida – região de<br />

difícil acesso e análise.<br />

Como funciona<br />

Alguns estudos demonstram que<br />

portadores da Esclerose Múltipla<br />

apresentam aumento considerável<br />

da cadeia leve livre kappa no<br />

líquor: cerca de 60 vezes maior do<br />

que o do grupo controle. Por isso,<br />

o Freelite Mx® tem sido cada vez<br />

mais recomendado e utilizado<br />

no diagnóstico da doença, em<br />

conjunto com outros exames mais<br />

tradicionais para Esclerose Múltipla,<br />

como o de bandas oligoclonais,<br />

índice de IgG, índice de albumina e<br />

também a ressonância magnética.<br />

A alta sensibilidade do Freelite<br />

Mx® é uma grande vantagem, uma<br />

vez que ele apresenta resultados<br />

objetivos e quantitativos, diferente<br />

dos demais, cuja análise muitas<br />

vezes é difícil, nem sempre clara<br />

– e passa por critérios subjetivos.<br />

Assim, por exemplo, mesmo que<br />

o resultado dê negativo em um<br />

exame de bandas oligoclonais,<br />

o Freelite Mx®, devido à sua<br />

sensibilidade, consegue detectar<br />

qualquer alteração. O exame da<br />

Binding Site também pode ser<br />

usado no auxílio do diagnóstico<br />

e na diferenciação de outras<br />

patologias do sistema nervoso<br />

central, como a síndrome clínica<br />

isolada, meningite, encefalite,<br />

síndrome de Guillain-Barré,<br />

neuroborreliose, polineuropatia,<br />

entre outras doenças crônicas.<br />

Sobre o Freelite® Mx e onde<br />

encontrar o exame<br />

O Freelite® foi aprovado em<br />

2001 pelo FDA (Food and Drug<br />

Administration), aprovado<br />

pela ANVISA em 2010-11 e<br />

considerado biomarcador em<br />

2014 pelo Grupo Internacional<br />

de Trabalho do Mieloma, ou<br />

seja, é o exame de escolha para<br />

o diagnóstico e monitoramento<br />

do Mieloma Múltiplo e ainda<br />

outras gamopatias monoclonais.<br />

Após anos de padronização e<br />

validação, em 2006, foi lançado<br />

então o Freelite Mx®, com<br />

valores de referência específicos<br />

para as amostras de líquor; que<br />

também possibilita a utilização<br />

de amostras de soro e urina. O<br />

Mx, aliás, vem do termo em inglês<br />

“multiple matrix assays” (ensaios<br />

de matriz múltipla). Ambos<br />

utilizam a plataforma Optilite®<br />

para a análise automatizada dos<br />

testes. O exame está disponível<br />

no Laboratório Neurolife e no<br />

Laboratório Senne Liquor.<br />

Contato<br />

No blog da Binding Site você<br />

encontra outros artigos que<br />

explicam mais aspectos da<br />

Esclerose Múltipla.<br />

www.freelite.com.br<br />

www.bindingsite.com.br<br />

Para mais detalhes e informações sobre os<br />

produtos, contate-nos:<br />

Tel: +55 16 3415-2829<br />

Email: info@bindingsite.com<br />

206 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


A CELLAVISION EM SEU LABORATÓRIO!<br />

Solicite sem compromisso uma apresentação da CellaVision em seu laboratório e conheça os benefícios da<br />

inteligência artificial na hematologia.<br />

Não importa o tamanho da sua<br />

rotina em hematologia, a CellaVision<br />

possui soluções para laboratórios<br />

de todos os portes. Chame a<br />

CellaVision através dos contatos<br />

abaixo e solicite uma apresentação<br />

personalizada para conhecer de<br />

forma mais detalhada os benefícios<br />

da morfologia celular digital.<br />

Explicaremos minuciosamente<br />

como a inteligência artificial pode<br />

melhorar seu fluxo de trabalho em<br />

hematologia, acelerando o TAT e<br />

ao mesmo tempo melhorando a<br />

consistência de seus resultados.<br />

Ao entrar em contato, basta nos<br />

informar a quantidade média de<br />

lâminas revisadas por dia, assim,<br />

apresentaremos qual é o modelo<br />

de CellaVision ideal para seu<br />

laboratório performar com maior<br />

eficiência e desempenho.<br />

Saiba mais em https://www.cellavision.com/pt-BR<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market Support Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

INFORME DE MERCADO<br />

CONTATO:<br />

e-mail:<br />

contato@guthrielaboratorio.com<br />

www.guthrielaboratorio.com.br<br />

tel.:+55 61 3045 4004 +55 61<br />

98286 7432<br />

O PRIMEIRO QSIGHT 225 DA AMÉRICA LATINA<br />

triagem neonatal<br />

Espectrômetro de massas em tandem.<br />

O Guthrie Laboratório oferece os exames do teste do pezinho completo, processando as amostras de sangue seco<br />

por meio de tecnologia avançada e liberando resultados em até 5 dias úteis<br />

Com a aquisição do espectrômetro de massas em tandem QSight 225, o primeiro equipamento da América Latina<br />

totalmente dedicado à triagem neonatal, é possível detectar quantitativamente a atividade de enzimas lisossômicas<br />

e a medição e avaliação das concentrações de aminoácidos, succinilcetonas, carnitinas livres, acilcarnitinas,<br />

nucleotídeos e lisofosfolipideos podendo triar:<br />

· Distúrbios de Aminoácidos;<br />

· Distúrbios da Oxidação dos Ácidos Graxos;<br />

· Distúrbios de Acidúria Orgânica;<br />

· Disfunção do Metabolismo da Purina (DADO e ADA -SCID);<br />

· Distúrbios Peroxissômicos (X-ALD);<br />

· Distúrbios de Armazenamento Lisossômico:<br />

o Doença de Gaucher (ABG);<br />

o Doença de Niemann-Pick A/B (ASM);<br />

o Doença de Pompe (GAA);<br />

o Doença de Krabbe (GALC);<br />

o Doença de Fabry (GLA);<br />

o Mucopolissacaridose tipo I (IDUA).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

O laboratório também oferece a triagem molecular completa por técnica de PCR em tempo real multiplex (RT-qPCR)<br />

amplificando quatro alvos (TREC, KREC, SMN1 e RPP30), usando DNA extraído de sangue seco em papel filtro.<br />

Podendo detectar:<br />

· Síndrome da imunodeficiência combinada grave (SCID);<br />

· Agamaglobulinemia ligada ao X (XLA);<br />

· Atrofia muscular espinhal (AME).<br />

207


INFORME DE MERCADO<br />

ESTUDO DE CASO HORIBA MEDICAL: CAMINHO PARA SUCESSO<br />

ATRAVÉS DO CONHECIMENTO<br />

A HORIBA Medical, líder em soluções<br />

de diagnóstico in vitro,<br />

oferece uma oportunidade única<br />

de aprendizado para todo o time<br />

do seu laboratório através do "Estudo<br />

de Caso". Trata-se de uma<br />

publicação mensal de um estudo<br />

de caso clínico de hematologia,<br />

apresentando casos de laboratórios<br />

de todo o mundo.<br />

A hematologia é uma área da medicina<br />

que demanda precisão e<br />

consistência nos resultados, uma<br />

vez que pequenas variações nas<br />

células sanguíneas podem indicar<br />

a presença de doenças hematológicas.<br />

Nesse sentido, a detecção<br />

precoce da doença é crucial<br />

para o sucesso do tratamento e a<br />

sobrevivência dos pacientes.<br />

O estudo de caso da HORIBA Medical<br />

reforça a importância de equipamentos<br />

precisos e confiáveis<br />

para o diagnóstico e tratamento<br />

dessas doenças, demonstrando<br />

o compromisso da empresa em<br />

fornecer soluções inovadoras e de<br />

alta qualidade para a comunidade<br />

médica global. Essa iniciativa<br />

oferece várias vantagens, como a<br />

compreensão dos padrões de matriz<br />

dos analisadores de hematologia<br />

Yumizen H2500/1500 em diversos<br />

casos patológicos, além de<br />

ser uma oportunidade de educação<br />

continuada para todo o time<br />

do laboratório.<br />

Outro ponto importante é que os<br />

casos clínicos são enviados pelos<br />

próprios usuários, o que confere<br />

maior credibilidade às informa-<br />

ções apresentadas. Além disso, é<br />

uma oportunidade de compartilhar<br />

e aprender na área da saúde,<br />

permitindo que profissionais de<br />

todo o mundo possam se beneficiar<br />

da experiência e conhecimento<br />

de outros especialistas.<br />

Se você está interessado em receber<br />

mensalmente e gratuitamente<br />

o Estudo de Caso HORIBA Medical,<br />

não perca tempo e se inscreva<br />

agora mesmo. Através desse<br />

recurso, você poderá acompanhar<br />

histórias interessantes e inspiradoras<br />

sobre a aplicação da tecnologia<br />

na área da saúde e aprimorar<br />

seus conhecimentos em hematologia.<br />

Não deixe de participar dessa<br />

iniciativa que pode contribuir<br />

significativamente para o sucesso<br />

do seu laboratório.<br />

Para se inscrever escaneio o QR CODE<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

Tel.: (11) 2923-5400<br />

E-mail: marketing.br@horiba.com<br />

208 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORME DE MERCADO<br />

BC-760 E BC-780 – ANALISADOR AUTOMÁTICO DE<br />

HEMATOLOGIA COM VHS<br />

Os equipamentos da série BC-700<br />

integram um módulo automático<br />

de VHS com um analisador hematológico.<br />

Gerando resultados para<br />

ambos os testes em 1,5min. Além<br />

disso, economiza os custos de compra,<br />

manutenção, consumíveis e<br />

espaço de armazenamento para<br />

um analisador de VHS separado.<br />

Comparado com o método de Westergren<br />

tradicional, este método<br />

tem um melhor desempenho em<br />

rastreabilidade de qualidade, repetibilidade,<br />

velocidade, segurança e<br />

nível de automação.<br />

Especificações Técnicas<br />

Volume de Amostra:<br />

CD (sangue total): 25ul<br />

CD+VHS (sangue total): 160ul<br />

Prediluído: 20ul<br />

Capacidade de Armazenamento<br />

de Dados<br />

Até 150,000 resultados numéricos e<br />

gráficos<br />

Desempenho<br />

CD 80t/h CDR 45t/h CD+ESR 40t/h<br />

Modo de Análise<br />

Modo de Análise<br />

Contato: Ana Carolina Santos<br />

Gerente de Produto - IVD<br />

E-mail: acarolina.santos@mindray.com<br />

Mobile/WhatsApp: +55 11 96434-1166<br />

210 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NOVA PARCERIA – Representanção na Grande São Paulo<br />

A Veritas anuncia sua nova parceria de representação com a ZEISS,<br />

empresa alemã líder em fabricação e inovação em microscopia.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A ZEISS é uma empresa alemã, fundada em<br />

1846. Possui uma uma expertise e<br />

excelência em fabricação e inovação de<br />

microscópios, tornando-se um lider de<br />

mercado no campo da microscopia.<br />

Oferece uma ampla gama de soluções de<br />

microscopia avançada, incluindo<br />

microscópios ópticos, microscópios<br />

eletrônicos, microscópios confocais e de<br />

raios-X. Esses equipamentos são projetados<br />

para atender às necessidades de diversos<br />

setores, como pesquisa científica, medicina<br />

e controle de qualidade em diferentes<br />

ramos industriais, desde materiais<br />

biologicos a matérias primas.<br />

Além de equipamentos, a Zeiss também<br />

oferece uma ampla gama de softwares e<br />

soluções de análise de imagem, permitindo<br />

que os usuários capturem, processem e<br />

analisem dados com facilidade e alta<br />

eficiência.<br />

Com esta nova parceria, a Veritas<br />

demonstra o compromisso de oferecer as<br />

melhores soluções para a comunidade<br />

científica e diagnóstica, fornecendo acesso<br />

a uma ampla linha de produtos de biologia<br />

celular e molecular, além de viabilizando<br />

estudos nas áreas de imunologia e<br />

patologia.<br />

Microscópio Eletrônico<br />

Microscópio Óptico<br />

Microscópio de Raios X<br />

Microscópio Confocal<br />

Veritas Soluções Diagnósticas<br />

Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 2937 - Bloco B - Sala 215<br />

fone: +55 (11) 2338-1016 | vendas@veritasbio.com.br<br />

www.veritasbio.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

211


INFORME DE MERCADO<br />

NEXCOPE - MICROSCÓPIOS INTELIGENTES.<br />

A NEXCOPE, tradicional fabricante<br />

consolidada no mercado asiático,<br />

agora chegou ao Brasil e traz<br />

para você uma linha completa de<br />

microscópios inteligentes para<br />

aplicações clínicas e pesquisa<br />

cientifica. Integrando design ótico<br />

de alta qualidade e com tecnologia<br />

moderna, fornecemos uma ampla<br />

gama de instrumentos óticos e<br />

acessórios de alta qualidade.<br />

O NEXCOPE NE620 foi<br />

especialmente projetado para<br />

atender várias necessidades de<br />

observação microscópica, como<br />

laboratórios biológicos e ensino<br />

de microscopia. Possui excelente<br />

qualidade óptica, amplo campo<br />

de visão, excelente desempenho<br />

da lente objetiva, proporcionando<br />

imagens nítidas e confiáveis. O<br />

design ergonômico proporciona<br />

melhor conforto e experiência dos<br />

usuários, já que foi pensado nos<br />

mínimos detalhes para otimizar<br />

o desempenho. Com seu design<br />

modular é possível realizar várias<br />

técnicas de microscopia, como;<br />

campo claro, campo escuro,<br />

contraste de fase e fluorescência.<br />

LENTES<br />

As lentes planacromáticas garantem<br />

um campo de visão plano. A lente de<br />

40x tem uma distância de trabalho<br />

maior que as convencionais com<br />

1,5 mm, evitando o contato com<br />

fluidos e imersão. Opcionalmente,<br />

uma lente de 100x projetada para<br />

imersão em água (NA: 1,10) pode ser<br />

incluída. O revólver é codificado e<br />

conta com cinco posições.<br />

OCULARES<br />

As oculares têm um campo de<br />

visão de 22 mm, trazendo mais<br />

informação e eficiência nas leituras<br />

de lâmina.<br />

ILUMINAÇÃO<br />

O poderoso LED de 3 W tem um<br />

brilho ajustável para cada lente<br />

e fornece a melhor iluminação<br />

possível.<br />

MECÂNICA<br />

Platina com limite de altura ajuda<br />

a evitar a quebra de lâminas.<br />

Manípulo longo, proporcionando<br />

maior conforto e ergonomia para<br />

os usuários que passam horas em<br />

frente ao microscópio.<br />

FUNÇÕES INTELIGENTES<br />

Display em LCD com as seguintes<br />

funções: Identificação automática<br />

das objetivas e controle automático<br />

de brilho para cada objetiva. Função<br />

SLEEP/STANDBY que desliga a luz,<br />

economizando energia e vida útil<br />

da lâmpada, Função ECO ajusta o<br />

tempo de desligamento automático<br />

do microscópio quando fora de uso.<br />

212 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


LOCCUS E FLOW DIAGNÓSTICOS APRESENTAM PÔSTER<br />

NA PRÓXIMA EDIÇÃO DO AACC<br />

Entre os dias 23 e 27 de julho, acontece em<br />

Anaheim, na Califórmia, EUA, o Annual Scientific<br />

Meeting & Clinical Lab Expo (AACC), principal<br />

evento do mundo do setor de medicina<br />

diagnóstica e laboratorial.<br />

Alguns desafios na extração de RNA são comuns<br />

em laboratórios, como o excesso de lixo e odor<br />

químico e tempo de preparação de amostras<br />

muito longo, situações que também aconteciam<br />

no laboratório da Flow Diagnósticos. Até<br />

que em busca de uma solução automatizada<br />

o dr Rodrigo Proto-Siqueira, COO da Flow<br />

Diagnósticos, foi apresentado à Loccus.<br />

“A Loccus foi parceira desde o início<br />

das nossas conversas. Com um ótimo<br />

atendimento e disposta a contribuir e<br />

a apoiar nos testes de validação para<br />

chegarmos a solução ideal. Ajustamos,<br />

juntos, adequações e melhorias necessárias<br />

no protocolo de extração e na definição do<br />

melhor kit para a extração de DNA e RNA<br />

para as amostras de sangue e medula óssea<br />

da Flow”, disse o dr Rodrigo Proto.<br />

processos, assim como aconteceu na parceria<br />

com a Flow Diagnósticos.<br />

A Flow Diagnósticos é um laboratório<br />

especializado em diagnósticos de alta<br />

complexidade, com foco principal em oncohematologia,<br />

e as metodologias utilizadas<br />

(citologia, citometria de fluxo, citogenética,<br />

biologia molecular e genômica) são aplicáveis<br />

em diversas áreas da medicina de precisão.<br />

Presente em todo território nacional, a Flow<br />

oferece diagnósticos precisos e personalizados<br />

com tecnologia de última geração.<br />

E essa parceria continua, a Loccus e a Flow<br />

tem uma longa jornada na validação de<br />

equipamentos e reagentes em busca da melhor<br />

solução para o laboratório.<br />

Converse com um especialista da Loccus para<br />

conhecer o nosso portfolio de soluções.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Loccus desenvolve as melhores soluções<br />

para os desafios em biologia molecular,<br />

independente do tamanho e complexidade<br />

do projeto de seu laboratório. Com um<br />

modelo de negócio inovador viabilizamos<br />

projetos especiais, promovemos a melhoria de<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

213


INFORME DE MERCADO<br />

OUTSET E VOCÊ, UMA PARCERIA DE SUCESSO!<br />

A Outset é uma empresa que<br />

oferece soluções em equipamentos<br />

e produtos para laboratórios.<br />

Com anos de experiência e um<br />

compromisso constante com a<br />

qualidade, estamos aqui para<br />

transformar a forma como você<br />

realiza suas análises e pesquisas.<br />

Outset<br />

Equipamentos<br />

para laboratorio<br />

Em nossa empresa, nos orgulhamos<br />

em oferecer não apenas produtos de<br />

qualidade, mas também um serviço<br />

de Pré e Pós-Venda excepcional.<br />

Nossa equipe de especialistas está<br />

pronta para ajudá-lo em todas as<br />

etapas do processo, desde a escolha<br />

dos equipamentos certos até o<br />

suporte pós-venda, pois queremos<br />

que você tenha a melhor experiência<br />

possível ao usar nossos produtos.<br />

Então, se você está em busca de<br />

microscópios de última geração,<br />

câmeras digitais especializadas,<br />

scanners digitais de alta qualidade<br />

ou outros produtos você veio ao<br />

lugar certo.<br />

Contato<br />

de vendas<br />

www.outset.com.br<br />

Entre em contato conosco hoje<br />

mesmo e descubra como podemos<br />

ajuda-lo a elevar o trabalho de seu<br />

laboratório a um nível superior.<br />

Você merece o melhor de uma<br />

empresa confiável!<br />

11 2738-2445<br />

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PRODUTO DE QUALIDADE BIOCON: RSV RAPID TEST<br />

O RSV Rapid Test é um imunoensaio<br />

cromatográfico rápido para<br />

detecção qualitativa de antígenos<br />

do vírus sincicial respiratório<br />

presentes em amostras de<br />

secreção nasofaríngea.<br />

Somente para uso profissional<br />

em diagnóstico IN VITRO.<br />

Amostra: Nasofaríngea<br />

Apresentação: kit com 10 testes<br />

Armazenamento: 2 a 30° C<br />

Resultado em 15min<br />

Registro Anvisa: 80638720185<br />

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(31)3547-3550<br />

214 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NOVIDADES DIAGAM<br />

NÃO DEPENDA DE REAGENTES IMPORTADOS!<br />

Diagam com muito orgulho acaba de concretizar<br />

uma grande parceria na distribuição de<br />

equipamentos para IVD, uma linha moderna<br />

avançada e extremamente tecnológica que irá trazer<br />

a seus clientes muita segurança, tranquilidade e<br />

com reagentes fabricados diretamente na Diagam<br />

trazendo ainda mais economia.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Essa semana recebemos a visita da CEO da empresa<br />

EDAN que conheceu nossas instalações e onde será<br />

fabricado os reagentes para os equipamentos de<br />

distribuição.<br />

A DIAGAM está fabricando reagentes para os<br />

Analisadores Hematológicos EDAN, modelos<br />

H60S, H60, H50 e H30 na sede da DIAGAM no Brasil.<br />

Sobre a DIAGAM<br />

Diagam é uma empresa nacional que atua no<br />

mercado desde 2012, localizada em uma área<br />

Fabril em um prédio com cerca de 1250 metros<br />

quadrados. Prédio de Fabricação e Estoque, onde<br />

é desenvolvido, produzido e comercializado uma<br />

linha completa de Reagentes para Hematologia<br />

para equipamentos automatizados.<br />

Oferecemos um atendimento exclusivo com<br />

um completo acompanhamento e todo suporte<br />

necessário, através de um relacionamento de<br />

confiança e conhecimento, apresentamos as<br />

melhores soluções para cada cliente.<br />

Nossa estrutura conta com um laboratório de<br />

apoio exclusivo, utilizamos técnicas analíticas de<br />

alta sensibilidade e especificidade para suporte ao<br />

nosso cliente, assim como as validações de todos<br />

os produtos promovendo sua eficácia e qualidade.<br />

Em breve estará a disposição a linha<br />

veterinário de 3 e 5 partes.<br />

Fique atento as novidades em nosso site ou<br />

nas nossas redes sociais.<br />

www.diagam.com.br<br />

LANÇAMENTO EM ABRIL 2023<br />

DOS REAGENTE LINHA MINDRAY<br />

BC 5100, BC 5300, BC 5180,<br />

BC5380 e BC 5310.<br />

DIAGTON M53 - 20 LITROS - 81114340030<br />

DIAGLYSER LEO 1 - 1 LITRO - 81114340026<br />

DIAGLYSER LEO 2 - 400 mL - 81114340025<br />

DIAGLYSER LH - 500 mL - 81114340029<br />

DIAGPROBE CLEAN - 1 LITRO - 81114340028<br />

DIAGLEAN ENZIMATICO - 100 mL - 81114340002<br />

DIAGAM possui certificado ISO 9001 e USO 13485.<br />

Para mais informações<br />

DIAGAM INDUSTRIA E COMERCIO LTDA<br />

Rua José Bruno da Costa, 39<br />

Ferraz de Vasconcelos - Cep: 08539-110<br />

Tel: 11 4679-3767<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

215


INFORME DE MERCADO<br />

CARBAPENEMASES<br />

RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS<br />

As carbapenemases representam a<br />

mais versátil família das β-lactamases,<br />

apresentando uma atividade<br />

incomparável de hidrolise frente<br />

às outras β-lactamases descritas.<br />

São enzimas que apresentam a<br />

capacidade de hidrolisar significativamente<br />

no mínimo imipenem e/<br />

ou meropenem, junto com outros<br />

antimicrobianos β-lactâmicos<br />

(QUEENAN; BUSH, 2007; NORD-<br />

MAN; POIREL, 2002).<br />

Carbapenemases do tipo KPC<br />

As carbapenemases do tipo KPC<br />

foram descritas pela primeira<br />

vez por Yigit et al. (2001) em um<br />

isolado de K. pneumoniae datado<br />

de 1996. Este isolado apresentou<br />

resistência a todos os<br />

β-lactâmicos testados, mas na<br />

presença de ácido clavulânico<br />

observou-se uma redução dos<br />

CIMs anteriormente mensurados.<br />

A esta carbapenemase foi<br />

atribuído o nome de KPC, e verificou-se<br />

que a mesma era codificada<br />

por um gene plasmidial e<br />

este foi denominado de blaKPC<br />

(YIGIT et al., 2001).<br />

De acordo com o banco de dados do<br />

National Center for Biotechnology<br />

blaKPC17) até a presente data, apresentando<br />

uma maior prevalência em<br />

enterobactérias, mas com descri-<br />

ções pontuais da presença deste<br />

gene também em não fermentadores<br />

(ALMEIDA et al., 2012b; JÁCOME<br />

et al., 2012; ROBLEDO et al., 2010;<br />

VILLEGAS et al., 2007).<br />

Isolados carreando o gene<br />

blaKPC apresentaram uma rápida<br />

disseminação mundial, já sendo<br />

detectados em todos os continentes.<br />

Essa rápida disseminação<br />

deve-se a presença do gene<br />

blaKPC em plasmídeos altamente<br />

conjugativos e sua associação<br />

com elementos genéticos móveis<br />

do DNA, como os transposons.<br />

Apesar de sua disseminação<br />

entre diferentes espécies, isolados<br />

de K. pneumomiae são até<br />

então os mais associados com a<br />

presença do blaKPC, o que dificulta<br />

o tratamento de infecções<br />

causadas por esse patógeno, já<br />

que K. pneumoniae exibe notória<br />

habilidade em acumular e transferir<br />

diferentes mecanismos de<br />

resistência.<br />

No Brasil, isolados produtores de<br />

KPC foram descritos desde 2009<br />

tornando-se endêmico em território<br />

nacional, já sendo descritos nas<br />

cinco regiões do Brasil (ALMEIDA<br />

et al., 2012a; ALMEIDA et al., 2012b;<br />

MONTEIRO et al., 2009; PEREIRA et<br />

al., 2012; ROSSI, 2011).<br />

O tratamento de infecções causadas<br />

por micro-organismos produtores<br />

de KPC geralmente é realizado<br />

com tigeciclina ou polimixina B, já<br />

que normalmente ambos os antimicrobianos<br />

apresentam atividade<br />

in vitro e in vivo contra estes micro-<br />

-organismos. Entretanto as opções<br />

terapêuticas ainda são limitadas, já<br />

que certos patógenos apresentam<br />

resistência intrínseca a estes dois<br />

antimicrobianos utilizados na terapia<br />

clínica, restando ao paciente<br />

o uso de terapia combinada para<br />

debelar a infecção (BRATU et al,<br />

2005; ROCHE et al., 2009).<br />

A Renylab acaba de lançar o produto<br />

K.N.IV.O Carbapenem test, um teste<br />

rápido imunocromatográfico para a<br />

detecção de resistência aos carbapenêmicos<br />

em colônias bacterianas.<br />

Entre em contato para maiores<br />

informações!<br />

E-mail: sac@renylab.ind.br<br />

www.renylab.ind.br<br />

216 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS NO FRIO: EXAMES<br />

MOLECULARES PRECISOS<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Com a chegada do inverno, é<br />

comum observar um aumento nas<br />

infecções respiratórias virais, como<br />

resfriados, gripes e até mesmo a<br />

pneumonia. Essa tendência pode<br />

ser atribuída a uma série de fatores,<br />

incluindo o clima frio, que facilita<br />

a sobrevivência e propagação<br />

do vírus, além da maior proximidade<br />

e aglomeração de pessoas em<br />

ambientes fechados.<br />

Para prevenir essas infecções, são<br />

necessárias medidas preventivas,<br />

como lavar as mãos regularmente,<br />

cobrir a boca e o nariz ao tossir<br />

ou espirrar, evitar contato próximo<br />

com pessoas doentes e manter<br />

a higiene pessoal. Além disso, é<br />

fundamental estar atualizado com<br />

as vacinas disponíveis.<br />

É de extrema importância enfatizar<br />

os cuidados necessários devido à<br />

possibilidade das infecções respiratórias<br />

de inverno evoluírem para<br />

quadros mais graves, podendo até<br />

resultar em óbito. Essas infecções,<br />

como resfriados, gripes e pneumonia,<br />

podem apresentar complicações<br />

sérias, especialmente em indivíduos<br />

vulneráveis, como idosos, crianças<br />

pequenas e pessoas com sistemas<br />

imunológicos comprometidos.<br />

Além disso, a busca por atendimento<br />

médico adequado ao menor<br />

sinal de agravamento dos sintomas<br />

é fundamental para um diagnóstico<br />

precoce e um tratamento eficaz.<br />

A Soluttio Diagnósticos, há 10<br />

quase 10 anos no mercado diagnóstico,<br />

detecta e identifica patógenos<br />

virais e desempenha um papel<br />

importante nesse contexto, fornecendo<br />

soluções moleculares ágeis e<br />

precisas para um diagnóstico diferenciado.<br />

Combinando os cuidados<br />

preventivos com a tecnologia<br />

avançada de diagnóstico, podemos<br />

promover a saúde respiratória e<br />

garantir uma abordagem proativa<br />

na prevenção de complicações<br />

graves das infecções respiratórias<br />

durante o inverno. da gripe, que<br />

pode reduzir significativamente o<br />

risco de contrair a doença.<br />

Quanto ao diagnóstico laboratorial,<br />

seus métodos inovadores e precisos,<br />

como testes moleculares e análise<br />

de dados em tempo real, permitem<br />

identificar em poucas horas a<br />

presença de vírus respiratórios e<br />

orientar o tratamento adequado.<br />

Essas ferramentas contribuem para<br />

o controle e prevenção de infecções<br />

respiratórias virais, promovendo a<br />

saúde e o bem-estar da população<br />

durante a estação mais fria do ano.<br />

Além disso, compreendendo a<br />

urgência no diagnóstico preciso das<br />

infecções respiratórias, a Soluttio<br />

Diagnósticos oferece uma variedade<br />

de painéis moleculares para detecção<br />

e identificação de 1 a 24 patógenos<br />

específicos dessas doenças,<br />

especialmente durante o inverno.<br />

Essa ampla gama de testes abrange<br />

os vírus mais comuns, como<br />

o influenza A e B, rinovírus, vírus<br />

sincicial respiratório (VSR) e muitos<br />

outros. Com a utilização desses<br />

painéis moleculares, os laboratórios<br />

têm acesso a resultados rápidos<br />

e confiáveis, permitindo um<br />

diagnóstico preciso e oportuno<br />

das infecções respiratórias virais.<br />

Essa solução ágil oferecida pela<br />

Soluttio Diagnósticos ajuda os<br />

profissionais de saúde a tomar<br />

decisões informadas e implementar<br />

medidas de tratamento e<br />

controle adequadas, contribuindo<br />

para a saúde e a segurança dos<br />

pacientes durante o inverno.<br />

Para saber mais sobre essas soluções,<br />

acesse o QR Code e aproveite<br />

os benefícios de um laboratório<br />

eficiente e comprometido em<br />

promover a saúde!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

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