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evista<br />
Editorial<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />
O tempo não está passando, está<br />
voando! Mas, por aqui, foi um semestre<br />
de grandes avanços e realizações<br />
para a nossa revista. E o seu semestre,<br />
como foi?<br />
Atingimos a marca de um milhão de<br />
acessos ao nosso site e mais de 800 mil<br />
visualizações em nossas redes sociais,<br />
já no primeiro semestre deste ano, e só<br />
temos a agradecer a todos vocês que<br />
fazem parte desta história. Aos colunistas,<br />
articulistas, leitores, clientes, parceiros<br />
e amigos nosso muito obrigada.<br />
Em breve o Grupo FuturLab, detentor<br />
das marcas NewsLab, Analytica e<br />
Guia Laboratorial, lançará mais uma<br />
novidade: um caderno de Medicina<br />
Diagnóstica Veterinária, a NewsVet,<br />
dirigido pela nova integrante da nossa<br />
equipe, Isabella Paradas. Seja muito<br />
bem vinda Isa!<br />
Na Agenda desta edição, caro leitor,<br />
você verá a programação de vários congressos<br />
importantes da área da medicina<br />
diagnóstica, além de eventos como<br />
a INFECTO e a HEMO 2023. Não perca!<br />
E mais, você sabe qual é a importância<br />
do índice hematimétrico RDW? Publicamos<br />
nesta edição um artigo que<br />
esclarece tudo a respeito deste importante<br />
parâmetro do hemograma automatizado.<br />
Trazemos também um artigo<br />
que nos dará um panorama geral sobre<br />
o diagnóstico laboratorial e métodos<br />
de imagem na doença de Machado<br />
Joseph, já ouviu falar desta doença?<br />
Na coluna Citometria de Fluxo, as autoras<br />
escrevem sobre a importância da<br />
citometria no diagnóstico e acompanhamento<br />
da Hemoglobinúria Paroxística<br />
Noturna, na seção Auditoria e Qualidade<br />
a querida Wal Nicioli discursa<br />
sobre como garantir resultados seguros<br />
através do controle de qualidade<br />
interno e na coluna Virologia, temos<br />
um excelente artigo sobre o desenvolvimento<br />
da vacina contra a dengue.<br />
Estes são apenas alguns destaques<br />
desta edição, tem ainda muito mais<br />
esperando por você estimado leitor.<br />
E não se esqueça, temos também<br />
todas as grandes e melhores marcas<br />
do diagnóstico laboratorial anunciando<br />
aqui o que há de melhor no mercado,<br />
sempre!<br />
Boa leitura!<br />
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />
acessem nossas redes sociais:<br />
Luciene Almeida<br />
Editora Chefe<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
@revista_newslab<br />
EXPEDIENTE<br />
Realização: FUTURLAB<br />
Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@futurlab.com.br<br />
Comercial: Juliana Cristina da Silva (11) 97733-3312 | comercial2@futurlab.com.br<br />
Diagramação e Arte: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />
<strong>Newslab</strong> - Tel.: (11) 98357-9843<br />
www.newslab.com.br - david.kernbaum@futurlab.com.br<br />
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Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
revista<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante<br />
de novidades em divulgação científica,<br />
disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores<br />
interessados. Caso precise de informações<br />
adicionais, entre em contato<br />
com a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab<br />
publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />
casos educacionais, resumos de<br />
teses etc. Os editores levarão em consideração<br />
para publicação toda e qualquer<br />
contribuição que possua correlação<br />
com a medicina diagnóstica.<br />
Todas as contribuições serão revisadas<br />
e analisadas pelos revisores. Os autores<br />
deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular<br />
aqueles de natureza financeira<br />
relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos<br />
que estejam relacionados com a contribuição<br />
e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />
de compromisso assinado por todos<br />
os autores, atestando a originalidade<br />
do artigo, bem como a participação de<br />
todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em<br />
português, mas com Abstract detalhado<br />
em inglês. O Resumo e o Abstract<br />
deverão conter as palavras-chave e<br />
keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />
ser enviadas na forma original,<br />
para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />
pedimos que a resolução do escaneamento<br />
seja de 300 dpi’s, com extensão<br />
em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados<br />
e enviados por e-mail, ordenados em<br />
título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição onde<br />
o estudo foi realizado. Além disso, o<br />
nome do autor correspondente, com<br />
endereço completo fone/fax e e-mail<br />
também deverão constar. Seguidos<br />
por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />
e Métodos, Parte Experimental,<br />
Resultados e Discussão, Conclusão)<br />
agradecimentos, referências bibliográficas,<br />
tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto<br />
com o sobrenome do devido autor,<br />
seguido pelo ano da publicação, segundo<br />
norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada<br />
referência citadas no texto devem vir<br />
listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela<br />
sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />
dos prenomes. Título: subtítulo do artigo.<br />
Título do livro/periódico, volume,<br />
fascículo, página inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências.<br />
Referências de contribuições ainda não<br />
publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados para:<br />
Luciene Almeida – Redação<br />
E-mail: redacao@futurlab.com.br<br />
Contato<br />
A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />
vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />
REDAÇÃO: Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81<br />
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Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país.<br />
Os artigos e informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong>.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />
ALFA PLAST 21<br />
ALIFAX<br />
CAPA<br />
APPARAT 35 | 199<br />
BASE CIENTÍFICA 157<br />
BECKMAN COULTER DIV DIAGNÓSTICA 49<br />
BECKMAN COULTER LIFE SCIENCES 53<br />
BIOCON 39<br />
BIOMEDICA 159<br />
CELLAVISION 19<br />
DATA INNOVATIONS 119<br />
DB<br />
4ª CAPA<br />
DIAGAM 161<br />
DIAGNO 187<br />
DYMIND 183<br />
EUROIMMUN 76<br />
FIRSTLAB 131<br />
GREINER 75<br />
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GRUPO PRIME<br />
3ª CAPA<br />
GT GROUP BIOSUL 73<br />
GUTHRIE LABORATÓRIO 44-45<br />
HAMILTON 163<br />
HERMES PARDINI 60-61<br />
HORIBA 2ª CAPA | 109<br />
IBMP 85<br />
INVITRO 16-17<br />
LAB REDE 197<br />
LAB. MÉDICO DR. MARICONDI 135<br />
LABOR IMPORT 122-123 | 126-127 | 155<br />
LABOR LINE 78-79<br />
LABORATÓRIO MASTELLINI 106-107 | 108-109<br />
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MEDIX 41<br />
MGI AMERICA 89<br />
MINDRAY 139<br />
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VIDA BIOTECNOLOGIA 11<br />
WAMA 151<br />
ZYBIO 27<br />
ZYMO 113<br />
Conselho Editorial<br />
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa<br />
da Universidade de São Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da<br />
Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela<br />
USP/SP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério<br />
– Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto<br />
de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de<br />
Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />
Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />
Allyne Cristina Grando; Franciele da Rosa Sonemann; Humberto Façanha; Fábia Bezerra; Gleiciere Maia Silva; Jorge Luiz Silva Araújo-Filho; Brunno Câmara; Helena Varela de Araújo; Rafaele Loureiro; Bruna Garcia; Fabiano de<br />
Abreu Agrela Rodrigues; Délio J. Ciriaco de Oliveira; Anna Clara do Nascimento Jesus; Luiza de Souza Fernandes; Victória Oliveira Gonzaga; Daniela Santos Silva; Járede da Silva Lopes; Bianca Victoria Trevizã da Cunha Ferreira<br />
Silvério; Pâmela Caroline Costa Pereira; Alessandra Alves de Souza Abou Hamia; Waldirene Nicioli; Silvânia Ramalho; Andressa Fehlberg; Rachel Siqueira de Queiroz Simões; Joelma Lessa da Silva; Juliana Yuri; Juliana Gomes;<br />
Paulo Mafra; Bruna Massa Barbosa de Andrade; Marina Raposo Neves Baptista; Mirella Portella Serafini; Álvaro Nunes de Morais; Gabriel Valença de Siqueira Borges; Júlia Domingues Marinho.<br />
8<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
80<br />
ALIFAX LANÇA<br />
REVOLUCIONÁRIO SISTEMA<br />
MOLECULAR MOUSE<br />
14<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
A IMPORTÂNCIA DO ÍNDICE<br />
HEMATIMÉTRICO RDW NA<br />
IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES<br />
TIPOS DE ANEMIAS<br />
28<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
O PAPEL DO DIAGNÓSTICO<br />
LABORATORIAL E MÉTODOS<br />
DE IMAGEM NA DOENÇA DE<br />
MACHADO JOSEPH<br />
Autores: MAIA, Evaldo;<br />
FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />
Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />
12 - Agenda<br />
77 - Publieditorial - Euroimmun<br />
78 - Publieditorial II - Laborline<br />
86 - Diagnóstico por imagem<br />
88 - Análises Clínicas<br />
92 - Neurociência em Foco<br />
100 - Microrganismos e Saúde<br />
104 - Auditoria e Qualidade<br />
112 - Papo de bancada<br />
116 - Direito e Saúde<br />
120 - Medicina Genômica<br />
132 - Virologia<br />
140 - Blog dos Cientistas<br />
146 - Minuto Laboratório<br />
152 - Epidemiologia<br />
158 - OAFC Brasil<br />
162 - Biossegurança<br />
168 - Citometria de Fluxo<br />
172 - Logística Laboratorial<br />
175 - Informes de Mercado<br />
42<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
A FISIOPATOLOGIA DE INFECÇÕES<br />
RESPIRATÓRIAS: A DIFERENÇA<br />
ENTRE GRIPE POR (INFLUENZA A<br />
H1N1) E COVID-19.<br />
56<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
PESQUISAS NA ÁREA DE<br />
GESTÃO LABORATORIAL:<br />
PARAMETRIZAÇÃO DE PERDAS<br />
EM EXAMES DO SETOR DA<br />
BIOQUÍMICA<br />
Autores: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith;<br />
Geane Cecim Ferreira Borges;<br />
Débora Damasceno Carvalho Fernandes.<br />
Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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AGENDA<br />
AGENDA<br />
de eventos 2023<br />
Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial<br />
Data: 5 a 8 de setembro de 2023<br />
Local: PRO MAGNO Centro de Eventos - São Paulo/SP<br />
Informações: http://www.cbpcml.org.br/InformacoesGerais/InformacoesGerais<br />
68º Congresso Brasileiro de Genética<br />
Data: 12 a 15 de setembro de 2023<br />
Local: Centro de Convenções de Ouro Preto – Ouro Preto/Minas Gerais<br />
Informações: https://sbg.org.br/eventos/genetica2023/index.php<br />
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto2023)<br />
Data: 19 a 22 de setembro de 2023.<br />
Local: Centro de Convenções Salvador – Salvador/Bahia<br />
Informações: https://www.infecto2023.com.br/<br />
34º Congresso Brasileiro de Virologia<br />
Data: 24 a 27 de setembro de 2023<br />
Local: Centro de Artes e Convenções da UFOP – Ouro Preto/Minas Gerais<br />
Informações: https://virologia2023.com.br/apresentacao.html<br />
MEDICAL FAIR BRASIL<br />
Data: 26 a 28 de setembro de 2023 das 11h às 20h<br />
Local: Expo Center Norte - São Paulo/SP<br />
Informações: https://medicalfairbrasil.com.br/<br />
47º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)<br />
Data: 02 a 06 de outubro de 2023<br />
Local: Centro de Convenções de Ouro Preto – Ouro Preto/Minas Gerais<br />
Informações: https://congressos.sbi.org.br/<br />
32º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />
Data: 18 a 22 de outubro de 2023<br />
Local: Rafain Palace Hotel & Convention - Foz do Iguaçu/PR<br />
Inscrições: https://sbmicrobiologia.org.br/32cbm2023/inscreva-se/<br />
HEMO 2023 – Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular<br />
Data: 25 a 28 de outubro de 2023<br />
Local: Transamerica Expo Center - São Paulo/SP<br />
Informações: https://www.congressohemo.com.br/<br />
12<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
A IMPORTÂNCIA DO ÍNDICE HEMATIMÉTRICO RDW<br />
NA IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE ANEMIAS<br />
The importance of the RDW hematimetric index in the identification of different types of anemias.<br />
Autores:<br />
MAIA, Evaldo1<br />
FRANGE, Ana Carolina Estevam2<br />
1 - Biólogo pela Universidade Federal do Triangulo Mineiro.<br />
2 - Biomédica pela Universidade de Uberaba.<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
A anemia é um problema de saúde pública<br />
mundial, o que enfatiza a importância de buscar<br />
ferramentas que auxiliem no diagnóstico preciso<br />
e diferencial desta patologia, podendo nortear a<br />
conduta do diagnóstico clínico e forneça resultados<br />
confiáveis e ágeis como a automação na realização<br />
de exames laboratoriais que possibilitou forneceu<br />
índices eritrocitários importantes para o auxílio do<br />
diagnóstico e na diferenciação das anemias. Com<br />
o objetivo analisar e discutir informações, através<br />
de uma pesquisa bibliográfica, onde parâmetros<br />
hematológicos, em especial o RDW, sejam<br />
apontados como uma ferramenta importante<br />
para avaliação da heterogeneidade das hemácias<br />
e diferenciação das anemias, sendo este uma<br />
ferramenta aliada para a melhor diferenciação<br />
das anemias microcíticas e hipocrômicas; no<br />
diagnóstico precoce nutricional; na distinção entre<br />
anemia megaloblástica de outras patogenias que<br />
apresentem macrocitose; Além da sua importante<br />
associação ao VCM, na diferenciação das anemias<br />
e talassemias.<br />
Palavras-chaves: RDW. Anemia. Automação em<br />
hematologia.<br />
Abstract<br />
Anemia is a worldwide public health problem,<br />
which emphasizes the importance of seeking tools<br />
that help in the accurate and differential diagnosis<br />
of this pathology, being able to guide the conduct<br />
of clinical diagnosis and provide reliable and agile<br />
results such as automation in the performance<br />
of exams laboratory tests that made it possible<br />
to provide important erythrocyte indices to aid<br />
in the diagnosis and differentiation of anemias.<br />
With the objective of analyzing and discussing<br />
information, through a bibliographic research,<br />
where hematological parameters, especially<br />
the RDW, are pointed out as an important tool<br />
for the evaluation of the heterogeneity of red<br />
blood cells and differentiation of anemias,<br />
which is an allied tool for the best differentiation<br />
of microcytic and hypochromic anemias; in<br />
early nutritional diagnosis; in distinguishing<br />
megaloblastic anemia from other pathogens that<br />
present macrocytosis; In addition to its important<br />
association with VCM, in the differentiation of<br />
anemias and thalassemias.<br />
Keywords: RDW. Anemia. Automation in<br />
hematology.<br />
14 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Introdução<br />
Segundo a Organização<br />
Mundial da Saúde (OMS),<br />
hemoglobina, torna a<br />
anemia ferropriva a mais<br />
prevalente, compreen-<br />
adultos e abaixo de 11,5<br />
g/dL em mulheres adultas.<br />
Recém-nascidos apre-<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
anemia é definida como<br />
dendo cerca de 50% dos<br />
sentam índices mais al-<br />
a diminuição da concen-<br />
casos a nível mundial (Ma-<br />
tos, em torno de 14 g/dL,<br />
tração de hemoglobina<br />
chado et al., 2009).<br />
mas esses valores podem<br />
circulante no sangue, pro-<br />
ser afetados por diferen-<br />
vocada pela carência de<br />
A anemia é caracteriza-<br />
tes condições etiológicas<br />
nutrientes essenciais ao<br />
da pela concentração de<br />
(LEAL et al., 2015).<br />
organismo como os fola-<br />
hemoglobina abaixo do<br />
tos, proteínas e vitaminas;<br />
valor normal. Para Ribei-<br />
Rincon, Moreira e Cas-<br />
por doenças de origem<br />
ro (2015) a anemia por<br />
tro (2019) destacam que<br />
hereditária, genética ou<br />
deficiência de ferro é atu-<br />
aproximadamente 90%<br />
adquirida associadas à<br />
almente um problema<br />
das anemias microcíti-<br />
medula óssea ou ainda<br />
de saúde mundial, fre-<br />
cas e hipocrômicas são<br />
por perdas hemorrágicas<br />
quentemente associada<br />
por carência de ferro.<br />
e por doenças crônicas<br />
a ingestão insuficiente ou<br />
Em seguida, aquelas<br />
(OMS, 2003).<br />
inadequada de alimentos<br />
causadas por doenças<br />
ricos em ferro e outros<br />
crônicas e talassemias.<br />
As causas podem ser mul-<br />
nutrientes.<br />
Com o transporte ine-<br />
tifatoriais, por deficiência<br />
ficaz do oxigênio, devi-<br />
de fontes nutricionais,<br />
Os padrões de referência<br />
do à baixa concentra-<br />
como vitaminas e mine-<br />
adotados para a norma-<br />
ção de hemoglobina no<br />
rais; ou não nutricionais,<br />
lidade da hemoglobina<br />
sangue, ocorre redução<br />
como as hemoglobinopa-<br />
variam entre sexo, idade<br />
do rendimento físico e<br />
tias por exemplo. Porém a<br />
e cor da pele. Os valores<br />
mental do indivíduo,<br />
baixa disponibilidade de<br />
mais utilizados definem<br />
ressaltando a importân-<br />
ferro no organismo, es-<br />
anemia quando a hemo-<br />
cia do diagnóstico e da<br />
sencial no transporte de<br />
globina estiver inferior a<br />
terapêutica ainda no es-<br />
oxigênio realizado pela<br />
13,5 g/dL para homens<br />
tágio inicial da doença.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
15
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parâmetros de grande utilidade clínica, além<br />
de importantes parâmetros de pesquisa.<br />
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• Utiliza apenas 3 reagentes hematológicos.<br />
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. Modo de contagem inteligente.<br />
. Permite dosagem de amostra com volume<br />
reduzido (amostra pediátrica).
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testes com temporizador.<br />
- Detecção qualitativa e quantitativa.<br />
- Identificação automática do teste.<br />
- Amplo portfólio de testes com<br />
estabilidade de 2 a 30ºC.<br />
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realização simultânea de diferentes<br />
testes.<br />
- Detecção qualitativa e quantitativa<br />
- Leitor RFID para identificacão<br />
dos testes.<br />
- Portátil com bateria de longa<br />
duração.<br />
- Leitor de código de barras de amostra.
Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Os equipamentos utilizados<br />
para exames hematológicos,<br />
atualmente,<br />
confirmadas pelo índice<br />
de VCM inferior a 80<br />
fL, é de suma importân-<br />
através de uma pesquisa<br />
bibliográfica, onde os<br />
índices hematimétricos,<br />
informam diferentes índi-<br />
cia para seu tratamen-<br />
em especial o RDW, se-<br />
ces que facilitam o diag-<br />
to, porém complexo em<br />
jam apontados como<br />
nóstico laboratorial. Dois<br />
virtude da concomitân-<br />
uma ferramenta impor-<br />
deles são o VCM (Volume<br />
cia de algumas outras<br />
tante para avaliação da<br />
Corpuscular Médio) ca-<br />
doenças de base, por<br />
heterogeneidade das he-<br />
paz de demonstrar o ta-<br />
isso a disponibilidade<br />
mácias e diferenciação<br />
manho médio dos eritró-<br />
de boas técnicas, co-<br />
das anemias.<br />
citos e o RDW (Red Cell<br />
nhecimento atualizado<br />
Distribution Widh) que se<br />
e compreensão dos pa-<br />
Metodologia<br />
baseia na análise da cur-<br />
râmetros se tornam in-<br />
Foi realizada busca de<br />
va de distribuição das he-<br />
dispensáveis ao clínico.<br />
artigos científicos inde-<br />
mácias no hemograma de<br />
xados nas plataformas<br />
acordo com o seu volume,<br />
Sendo a anemia um pro-<br />
PubMed, e Scielo com os<br />
fornecendo informações<br />
blema de saúde pública<br />
descritores “RDW” “Ane-<br />
complementares em con-<br />
mundial, a importância<br />
mia” “Automação em he-<br />
junto ao VCM, no diag-<br />
de oferecer ferramentas<br />
matologia” restritas às<br />
nóstico das anemias, além<br />
que auxiliem no diag-<br />
publicações dos últimos<br />
de ser uma ferramenta de<br />
nóstico preciso e dife-<br />
10 anos. A partir dessa<br />
resposta ao tratamento<br />
rencial desta patologia é<br />
busca, os artigos foram<br />
da anemia ferropriva (SIL-<br />
indispensável para nor-<br />
selecionados de acordo<br />
VA et al., 2015).<br />
tear a conduta do clíni-<br />
com a relevância para o<br />
co e fornecer resultados<br />
tema proposto. Também<br />
O diagnóstico precoce<br />
confiáveis e com rapidez.<br />
foram incluídos artigos<br />
das anemias microcí-<br />
listados nas referências<br />
ticas, aquelas onde há<br />
O presente trabalho tem<br />
bibliográficas dos artigos<br />
uma diminuição do ta-<br />
como objetivo analisar<br />
encontrados pela estra-<br />
manho dos eritrócitos,<br />
e discutir informações,<br />
tégia descrita.<br />
18 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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*O tempo de processamento pode variar, a depender da qualidade do esfregaço, concentração de leucócitos e número de não leucócitos
Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Avaliação das anemias<br />
Normalmente apresentam<br />
causas multifatoriais<br />
associadas a aspectos<br />
nutricionais, hereditários<br />
ou associados às outras<br />
comorbidades.<br />
Devido<br />
ao transporte de oxigênio<br />
ineficiente, os indivíduos<br />
normais<br />
estabelecidos<br />
nósticos sugestivos ou<br />
em situação de anemia<br />
indicam que o indiví-<br />
conclusivos de diversas<br />
apresentam perda de pro-<br />
duo está anêmico, com<br />
patologias, como ane-<br />
dutividade, dificuldades<br />
cognitivas e suscetibilidade<br />
a doenças infecciosas.<br />
isso diversas mudanças<br />
fisiológicas ocorrem inclusive<br />
à resposta compensatória<br />
do corpo que<br />
mias, policitemias, aplasias<br />
medulares, processos<br />
infecciosos, leucemias e<br />
disfunções plaquetárias<br />
Os eritrócitos são a<br />
procura preservar a ofer-<br />
(ROSENFELDL et al., 2015)<br />
maioria das células san-<br />
ta de oxigênio aos teci-<br />
guíneas, ocupando cer-<br />
dos (OMS, 2003).<br />
Anisocitose é a dispari-<br />
ca de 45% do volume<br />
dade no tamanho das<br />
sanguíneo total. Eles<br />
O hemograma é um exa-<br />
hemácias, antes somente<br />
contêm um pigmento<br />
me capaz de avaliar o<br />
relatado quando obser-<br />
com ferro chamado de<br />
estado clínico geral do<br />
vados no esfregaço san-<br />
hemoglobina, que tem<br />
indivíduo. Ele propor-<br />
guíneo em lâmina através<br />
como função armazenar<br />
ciona avaliação dos três<br />
da microscopia e atual-<br />
e transportar oxigênio.<br />
componentes principais<br />
mente conta com dois<br />
A hemoglobina possui<br />
do sangue: eritrócitos,<br />
parâmetros<br />
disponíveis<br />
valores diferentes para<br />
leucócitos e plaquetas<br />
no hemograma automa-<br />
determinados grupos<br />
de indivíduos (quadro<br />
1). Valores inferiores aos<br />
sendo a base de qualquer<br />
avaliação hematológica<br />
capaz de fornecer diag-<br />
tizado: RDW-CV (Amplitude<br />
de Distribuição dos<br />
Eritrócitos medida como<br />
20 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Coeficiente de Variação) e<br />
RDW-SD (o mesmo sendo<br />
medido como Desvio Pa-<br />
presente no alcoolismo,<br />
devido a hemólises (MA-<br />
CHADO et al., 2019).<br />
hemácias, gerando banco<br />
de dados. Uma destas tecnologias<br />
disponíveis para<br />
drão). O intervalo de nor-<br />
realização do hemograma<br />
malidade para o RDW-CV<br />
A automação na realização<br />
são os equipamentos que<br />
seria 11,5% a 14,5% para<br />
deste exame permitiu que<br />
utilizam o método da ci-<br />
homens e mulheres. En-<br />
novos parâmetros colabo-<br />
tometria de fluxo.<br />
tretanto este valor pode<br />
rassem na sua interpreta-<br />
variar de um laboratório<br />
ção. Índices eritrocitários<br />
É uma técnica de medi-<br />
para outro, dependendo<br />
importantes como o VCM,<br />
ção das propriedades de<br />
do equipamento de he-<br />
o CHCM (Concentração<br />
células em suspensão,<br />
matologia que tal insti-<br />
de Hemoglobina Celular<br />
orientadas em um fluxo<br />
tuição utiliza (MATOS et<br />
Média), HCM (Hemoglobi-<br />
laminar e interceptadas<br />
al.,2008).<br />
na Corpuscular Média) e o<br />
individualmente por um<br />
RDW possibilitam a classifi-<br />
feixe de luz/laser que<br />
De maneira oposta, ma-<br />
cação morfológica das ane-<br />
incide sobre cada célu-<br />
crocitose é referente ao<br />
mias, segundo o tamanho<br />
la sendo convertida em<br />
aumento no tamanho<br />
(anisocitose) e a saturação<br />
pulsos elétricos [...]. O<br />
dos eritrócitos, está pre-<br />
de hemoglobina das he-<br />
número de pulsos indi-<br />
sente nas anemias asso-<br />
mácias (MONTEIRO, 2009).<br />
ca o número e o ângulo<br />
ciadas ao trato gastroin-<br />
de dispersão de luz for-<br />
testinal,<br />
geralmente<br />
O desenvolvimento das<br />
nece informação sobre o<br />
devido ao deficit de ab-<br />
técnicas através da auto-<br />
tamanho das células. As<br />
sorção ou perda de vita-<br />
mação dos exames labo-<br />
informações são agru-<br />
mina B12 (cianocobala-<br />
ratoriais por meio do al-<br />
padas, constituindo as<br />
mina) e do folato. Este<br />
goritmo permite analisar<br />
características de cada<br />
achado também se faz<br />
registros do tamanho das<br />
célula que são expressas<br />
22 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
MAGLUMI ® Série X<br />
Com sua já conhecida inovação, a SNIBE traz ao mercado a série X de seus analisadores da<br />
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família MAGLUMI ,atendendo às diversas demandas do setor e se adaptando a diferentes<br />
perfis de usuários finais, a fim de superar todas as expectativas.<br />
®<br />
Os reagentes do MAGLUMI contam com microesferas magnéticas para separação e o<br />
marcador ABEI,uma molécula não enzimática que exclui interferentes comuns, como a biotina<br />
por exemplo. Além disso,todos os reagentes são compatíveis com todas as plataformas<br />
(Séries M e X), sem a necessidade de soluções dedicadas à determinados equipamentos, o<br />
que agrega praticidade ao laboratório. Outra vantagem competitiva, é que controles e calibradores<br />
já são inclusos nos kits, com o desempenho garantido pela SNIBE e, desta maneira,<br />
não havendo a necessidade de uma compra externa.<br />
MAGLUMI ® X3<br />
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MAGLUMI ® X8
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
em uma curva de Gauss,<br />
gerando um histograma<br />
(SILVA et al.,2018, p. 240).<br />
Santos et al. (2016) sugeriram<br />
em um estudo que<br />
o RDW pode contribuir<br />
para uma diferenciação<br />
mais eficiente entre as<br />
anemias microcíticas e<br />
hipocrômicas, já que este<br />
é capaz de conferir o índice<br />
de anisocitose eritrocitária,<br />
como já dito, representa<br />
a heterogeneidade<br />
de distribuição do tamanho<br />
das hemácias.<br />
Monteiro (2009) sugere<br />
novas abordagens<br />
acerca da relação do<br />
RDW com microcitose<br />
ou macrocitose devido<br />
à escassez de estudos<br />
sobre o tema abordado.<br />
O VCM possui valores<br />
de referência entre 80<br />
a 100 fL, ele representa<br />
uma média do tamanho<br />
das hemácias, indicando<br />
macrocitose ou microcitose.<br />
O VCM que era<br />
uma divisão entre o valor<br />
do hematócrito pelos<br />
eritrócitos, atualmente<br />
após a automação passa<br />
a gerar uma curva de<br />
frequência (MONTEIRO<br />
et al., 2009).<br />
De acordo com Leal et<br />
al. (2015) não existe diferença<br />
significativa em relação<br />
ao sexo (quadro 2)<br />
para o índice de RDW-CV,<br />
ao contrário do VCM eu<br />
apresenta leve diferença<br />
estatística. Em relação a<br />
faixa etária (quadro 3), os<br />
valores de RDW-CV apresentaram<br />
diferença significativa,<br />
salvo exceção<br />
entre 11 a 17 anos e entre<br />
o grupo de 18 a 59 anos.<br />
Por RDW ser obtido através<br />
de um cálculo, torna-se<br />
exclusivo da tecnologia<br />
que adianta ao<br />
clínico o grau de anisocitose,<br />
outrora obtido pela<br />
morfologia eritrocitária.<br />
É um índice de grande<br />
24 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
confiabilidade para avaliar<br />
qual o limite normal<br />
de hemoglobina de cada<br />
indivíduo e sugestivo,<br />
mesmo para indivíduos<br />
de níveis de hemoglobina<br />
normais, de alteração<br />
eritroide (Dalanhol et<br />
al.,2009).<br />
Para Silva et al. (2018) a<br />
amplitude do RDW, ou<br />
ainda, Distribuição dos<br />
Glóbulos Vermelhos, resulta<br />
da distribuição da<br />
população da amostra<br />
obtido através do cálculo<br />
do desvio padrão<br />
do hemograma dividido<br />
do volume médio<br />
do tamanho das hemácias,<br />
gerando índice em<br />
porcentagem capaz de<br />
indicar possíveis patologias<br />
hematológicas.<br />
Além disso, o RDW contribui<br />
de forma complementar<br />
ao VCM (quadro<br />
4) por serem mais precisos<br />
na avaliação de anisocitose<br />
se comparado<br />
a observação humana<br />
ao microscópio.<br />
Para Machado et al.<br />
(2019), a elevação do<br />
RDW na anemia microcítica<br />
hipocrômica, indica<br />
deficiência de ferro de<br />
origem nutricional, devido<br />
a absorção, por alterações<br />
gastrointestinais<br />
ou ainda, devido a perda<br />
crônica desse nutriente.<br />
Estudo publicado trouxe<br />
evidências que esta patologia<br />
é mais frequente no<br />
sexo feminino em idade<br />
fértil, onde 95% dos indivíduos<br />
apresentavam<br />
anemia hipocrômica e<br />
microcítica com elevação<br />
do RDW, o que representou<br />
20% dos indivíduos<br />
anêmicos e 2% da população<br />
estudada.<br />
O RDW pode se apresentar<br />
nos índices de normalidade<br />
em situações<br />
de hipocromia e microcitose<br />
com eritrócitos.<br />
Neste caso é recomendado<br />
um exame complementar,<br />
como eletroforese<br />
de hemoglobina,<br />
eletroforese capilar ou<br />
cromatografia líquida de<br />
alta performance, para<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
25
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
confirmação ou descarte<br />
do diagnóstico de talassemia<br />
(Machado, 2019).<br />
Conclusão<br />
Vários estudos apontam<br />
a anemia ferropriva<br />
como a mais prevalente<br />
e geralmente associada<br />
a carências nutricionais.<br />
É importante que o clínico<br />
possua ferramentas<br />
capazes de diagnosticar<br />
e diferenciar<br />
os tipos de anemia, que<br />
contribua para a terapêutica<br />
adequada.<br />
Através desta revisão,<br />
pode-se verificar que<br />
o RDW pode contribuir<br />
para a melhor diferenciação<br />
das anemias microcíticas<br />
e hipocrômicas;<br />
no diagnóstico precoce<br />
nutricional, uma vez eu<br />
ele se altera no hemograma<br />
antes de haver<br />
variação significativa do<br />
VCM; na distinção entre<br />
anemia megaloblástica<br />
de outras patogenias<br />
que apresentem macrocitose.<br />
Além da sua importante<br />
associação ao<br />
VCM na diferenciação<br />
das anemias que possuem<br />
uma população<br />
mais homogênea de eritrócitos,<br />
como exemplo<br />
as talassemias e anemias<br />
por doença crônica.<br />
Sendo assim, esperamos<br />
ter colaborado com os<br />
que buscam informações<br />
relacionadas ao tema, sugerindo<br />
estudos posteriores<br />
mais aprofundados<br />
e contribuído para investimentos<br />
na automação<br />
laboratorial visando qualidade<br />
e eficiência nos<br />
diagnósticos clínicos.<br />
Referencias<br />
BARBOSA, D.L et al. Prevalence and characteristics<br />
of anemia in an elderly population attending a Health<br />
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adult population, National Health Survey. Rev Bras<br />
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de Londrina. Londrina, v. 36, n. 5, p. 3227-3231, 2015.<br />
26 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
O PAPEL DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL<br />
E MÉTODOS DE IMAGEM NA DOENÇA DE MACHADO JOSEPH<br />
The Role of Laboratory Diagnosis and Imaging Methods in Machado Joseph's Disease<br />
Autor:<br />
Pereira FZ, Gouveia CA<br />
Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
A Doença de Machado-Joseph (DMJ) ou ataxia espinocerebelosa<br />
do tipo 3 (SCA3), embora sendo uma doença rara, é a ataxia<br />
dominante mais encontrada. Taxia vem do grego taxis que<br />
significa ordenação, então Ataxia seria falta de ordenação, ela é<br />
uma das grandes consequências da lesão no cerebelo. Resulta<br />
de um sinal neurológico que tem por característica a disfunção<br />
na coordenação motora, afetando a fala, o equilíbrio, a marcha<br />
e os movimentos oculares. Deste modo, a abordagem clínica<br />
da ataxia implica a diferenciação entre ataxia e outras doenças<br />
que causam alterações motoras e do equilíbrio. Calcula-se que<br />
a prevalência esteja entre 0.3 a 2 casos por 100.000 indivíduos<br />
em nível mundial, não obstante as diferenças regionais são sobressalentes.<br />
Frente aos dados de epidemiologia desta doença<br />
e a carência de informações sobre o diagnóstico diferencial,<br />
torna-se de suma importância o entendimento desta patologia.<br />
O presente estudo tem por objetivo revisar todos os possíveis<br />
exames laboratoriais que podem ser utilizados para contribuir<br />
com o diagnóstico da Ataxia espinocerebelosa do tipo 3. Trata-<br />
-se de um levantamento bibliográfico. Os critérios considerados<br />
foram o filtro de pesquisa, através das palavras-chave para o assunto<br />
específico e as publicações mais recentes dentre a disponibilidade<br />
na literatura. Executou-se o levantamento através da<br />
utilização de artigos científicos, periódicos e teses obtidos em<br />
bancos de dados científicos públicos como: Google Acadêmico,<br />
Science Direct, PubMed, Scielo. Concluiu-se que, até o dado<br />
momento, ainda é escassa a literatura sobre a doença e o seu<br />
diagnóstico, principalmente o diagnóstico diferencial entre outras<br />
ataxias e outras doenças neurodegenerativas. Em específico<br />
no campo das análises clínicas, onde é realizada somente por<br />
meio de análise molecular, se torna deficitária. A Tomografia por<br />
emissão de pósitrons (PET) é um promissor para ser utilizado no<br />
diagnóstico da DMJ.<br />
Palavras-chaves: Ataxia espinocerebelar, Sca3, Atxn3,<br />
DMJ, Machado Joseph.<br />
Abstract<br />
Machado-Joseph Disease (DMJ) or spinocerebellar ataxia<br />
type 3 (SCA3), although it is a rare disease, is a dominant<br />
ataxia most commonly found. Taxi comes from the Greek<br />
taxis which means ordenation, so Ataxia would be lack of<br />
ordenation, it is one of the major consequences of cerebellum<br />
damage. It results from a neurological signal that<br />
is characterized by a dysfunction in motor coordination,<br />
affecting speech, balance, gait and eye movements. That<br />
way, the clinical approach to ataxia implies the differentiation<br />
between ataxia and other diseases that cause motor<br />
changes and of balance. Calculates that the whether the<br />
prevalence must be between 0.3 to 2 cases per 100,000 individual<br />
worldwide, although the regional differences are<br />
striking. In view of the epidemiological data of this disease<br />
and the lack of information on the differential diagnosis,<br />
it becomes of paramount importance or understanding of<br />
this pathology. The present study aims to review all possible<br />
laboratory tests that can be used to contribute to the<br />
diagnosis of type 3 spinocerebellar ataxia. It's about is a<br />
bibliographic lifting. The criteria considered were the research<br />
filter, through the specific keywords for the subject<br />
and the most recent publications available in the literature.<br />
Executed if the lifting across utilization of cience articles,<br />
periodics and tesis obtained in scientifics databases as:<br />
Academic Google, Science Direct, PubMed, Scielo. It was<br />
concluded that, to date, yet is sparse literature on disease<br />
and its diagnosis, mainly the differential diagnosis among<br />
other ataxias and other neurodegenerative diseases. Specifically<br />
in the field of clinical analysis, where is performed<br />
only by means of molecular analyze, becomes insufficient.<br />
Positron emission tomography (PET) is promising to be<br />
used in the diagnosis of JDM.<br />
Keywords: Spinocerebellar ataxia, Sca3, Atxn3, DMJ,<br />
Machado Joseph.<br />
28 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />
Introdução<br />
A Doença de Machado-<br />
-Joseph (DMJ) ou ataxia<br />
espinocerebelosa do<br />
tipo 3 (SCA3), embora<br />
sendo uma doença rara,<br />
é a ataxia dominante<br />
mais predominante. Ataxia<br />
é um termo que vem<br />
da palavra grega taxis<br />
que significa ordenação,<br />
então ataxia seria falta<br />
de ordenação, ela é uma<br />
das grandes consequências<br />
da lesão no cerebelo.<br />
Resulta de um sinal<br />
neurológico que tem por<br />
característica a disfunção<br />
na coordenação motora,<br />
afetando a fala, o equilíbrio,<br />
a marcha e os movimentos<br />
oculares. Deste<br />
modo, a abordagem clínica<br />
da ataxia implica a<br />
diferenciação entre ataxia<br />
e outras doenças que<br />
causam alterações motoras<br />
e do equilíbrio.1<br />
Figura 1: Na imagem "A", é possível ver a ponte e a bulbo raquidiano de um homem de 50 anos sem<br />
nenhuma doença degenerativa. Já na imagem "B", de um homem de 51 anos que possui a síndrome<br />
Machado-Joseph, é possível notar uma atrofia da ponte, na parte com um asterisco.<br />
A DMJ foi descrita pela<br />
primeira vez em 1972 por<br />
Nakano e colaboradores,<br />
caracterizando a família<br />
Machado, de descendência<br />
portuguesa que sofria<br />
com uma forma progressiva<br />
de ataxia. Rosemberg<br />
e colaboradores, em 1976,<br />
relataram outra família de<br />
sobrenome Joseph, da<br />
mesma origem que a primeira,<br />
a qual foi observada<br />
a ocorrência de ataxia progressiva<br />
em sete gerações.<br />
Todavia, apenas em 1978<br />
que Coutinho e Andrade<br />
sugeriram a denominação<br />
de Doença de Machado-<br />
-Joseph após observarem<br />
quarenta pessoas acometidas<br />
pela ataxia que eram<br />
provenientes de quinze<br />
famílias originárias das ilhas<br />
portuguesas dos açores e<br />
apresentavam<br />
fenótipos<br />
variáveis dentro de uma<br />
mesma família. Entende-<br />
-se que o gene espalhouse<br />
pelo mundo, por conta da<br />
colonização, como uma<br />
única patologia.2<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
29
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Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
O gene MJD1 (atual<br />
ATXN3) foi esquematizado,<br />
em 1993, no braço<br />
proteínas para originar<br />
inclusões nucleares,<br />
aumentando a morte<br />
ções de CAG); No tipo II, o<br />
mais frequente, os sintomas<br />
surgem por volta dos<br />
longo do cromossoma<br />
celular e citotoxicidade.1,3<br />
40 anos predominando<br />
14 (14q24.3-q32.1), con-<br />
sinais cerebelares e pira-<br />
tendo uma expansão da<br />
A SCA3 apresenta amplo<br />
midais, tem por carac-<br />
sequência de repetições<br />
espectro de manifesta-<br />
terística a ausência, ou<br />
do trinucleotídeo CAG.<br />
ções clínicas: o sintoma<br />
presença sutil, de sinais<br />
Tais repetições transfigu-<br />
mais comum é a dis-<br />
extrapiramidais e perifé-<br />
ram este gene instável.<br />
função da coordenação<br />
ricos, como a distonia e a<br />
Decorrente a essa insta-<br />
motora; outros sintomas<br />
neuropatia ( 71 a 74 repe-<br />
bilidade, durante a meio-<br />
específicos incluem dis-<br />
tições de CAG); Já o tipo<br />
se a sequência mutante<br />
tonia,<br />
oftalmoplegia,<br />
III aparece em média aos<br />
tem propensão a expan-<br />
instabilidade<br />
postural,<br />
47 anos, predominam<br />
dir-se mais do que a con-<br />
disartria e fasciculações<br />
sinais de envolvimento<br />
trair. Os segmentos CAG<br />
faciais e linguais, amio-<br />
neuromuscular<br />
periféri-<br />
são altamente polimórfi-<br />
trofia; entre os sintomas<br />
co (espasmos muscula-<br />
cos, variando em indiví-<br />
não-motores incluem-se<br />
res, fraqueza, dormência,<br />
duos normais entre 12 e<br />
a neuropatia, depressão,<br />
cãibras, dores nas mãos<br />
44 CAGs, e nos indivídu-<br />
disautonomia, dor cróni-<br />
e nos pés) e podendo<br />
os com DMJ varia entre<br />
ca, fatiga. Em 1978 foram<br />
estar presentes ou não<br />
54 e 86 CAGs. A proteína<br />
definidos três sub-tipos<br />
sinais cerebelares ( 47 a<br />
ataxina-3 mutada tende<br />
clínicos e genéticos da<br />
70 repetições de CAG). 3,4<br />
à agregação, ela possui<br />
doença: Tipo I possui iní-<br />
facilidade para entrar no<br />
cio precoce, entre os 5 e<br />
Calcula-se que a prevalên-<br />
núcleo, os fragmentos da<br />
os 30 anos, em que predo-<br />
cia das SCAs esteja entre<br />
sua clivagem propiciam<br />
minam sinais extrapira-<br />
0.3 a 2 casos por 100.000<br />
a agregação da ataxina-3<br />
midais e piramidais como<br />
indivíduos em nível mun-<br />
mutada e não-mutada e<br />
distonia, rigidez severa e<br />
dial, não obstante as<br />
o recrutamento de outras<br />
hiperreflexia (>74 repeti-<br />
diferenças regionais são<br />
32 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
sobressalentes. Em Portugal<br />
a prevalência estimada<br />
é de 3, 8:100.000 habitante,<br />
é nessa região que se<br />
encontra a situação mais<br />
crítica em todo o mundo<br />
(na ilha das Flores), onde<br />
em cada 158 indivíduos<br />
1 tem a doença. Cerca de<br />
25:100.000 habitante nas<br />
comunidades portuguesas<br />
dos Estados Unidos e<br />
Canadá. Existem descri-<br />
Frente aos dados de epidemiologia<br />
desta doença,<br />
a sua prevalência em<br />
várias regiões do mundo e<br />
a carência de informações<br />
sobre o diagnóstico diferencial,<br />
visto que a etiologia<br />
das ataxias é extremamente<br />
complexa e possuem<br />
sintomas bastante similares,<br />
torna-se de importância<br />
fundamental o entendimento<br />
desta patologia.<br />
O presente estudo tem<br />
importância da aplicação<br />
de exames laboratoriais e<br />
de imagem, que podem<br />
contribuir com o diagnóstico<br />
da ataxia.<br />
Os critérios considerados<br />
foram o filtro de pesquisa,<br />
através das palavraschave,<br />
para o assunto<br />
específico e as publicações<br />
mais recentes dentre<br />
a disponibilidade na<br />
literatura.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
ções de DMJ em famílias<br />
por objetivo revisar todos<br />
provenientes de variadas<br />
os possíveis exames de já<br />
Executou-se o levanta-<br />
regiões como índia, Japão,<br />
Israel, Itália, entre outros.<br />
conhecidos e promissores<br />
que podem ser utilizados<br />
para contribuir com o diag-<br />
mento através da utilização<br />
de artigos científicos,<br />
periódicos e teses obti-<br />
Segundo estudos recentes<br />
a DMJ é a ataxia<br />
espinocerebelar mais<br />
frequentemente encontrada<br />
no Rio Grande do<br />
Sul, com prevalência de<br />
1, 8:100.000 habitante,<br />
totalizando 81% dos<br />
casos estudados. 2,3<br />
nóstico da DMJ - Doença<br />
de Machado-Joseph /<br />
SCA3 - Ataxia espinocerebelosa<br />
do tipo 3.<br />
Métodos<br />
Este estudo se trata de<br />
um levantamento bibliográfico<br />
sobre a Doença<br />
de Machado-Joseph e a<br />
dos em bancos de dados<br />
científicos públicos como:<br />
Google Acadêmico, Science<br />
Direct, PubMed, Scielo.<br />
A busca foi realizada a<br />
partir das seguintes palavras-chave<br />
e expressões:<br />
Doença de Machado-Joseph,<br />
ataxia, SCA3, ataxia<br />
espinocerebelar 3.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
33
Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Análises Clínicas<br />
Devido à inexistência de<br />
algum tipo de marcador<br />
bioquímico específico<br />
para DMJ, somente a<br />
análise molecular é capaz<br />
de estabelecer um diagnóstico<br />
laboratorial para<br />
os casos sintomáticos e<br />
assintomáticos.2<br />
Reação em cadeia da<br />
Polimerase<br />
Pesquisa de expansão<br />
CAG no gene ATXN3 através<br />
de PCR (Reação em<br />
cadeia da Polimerase),<br />
com análise de fragmentos,<br />
utilizando PCR multiplex<br />
fluorescente ou eletroforese<br />
capilar.5<br />
A PCR possibilita a amplificação<br />
de sequências de<br />
DNA que estejam presentes<br />
em misturas complexas<br />
e permite estudos<br />
de natureza variada, tais<br />
como desenvolvimento<br />
de métodos de diagnós-<br />
Figura 2: Microplaca de 96 poços para PCR. Fonte: https://www.directindustry.com<br />
tico altamente sensíveis tagens sobre as placas<br />
e específicos, obtenção<br />
de grandes quantidades<br />
de DNA para sequenciamento<br />
e análises sobre<br />
a diversidade genética<br />
de populações. A técnica<br />
de “multiplex” foi desenvolvida<br />
com a finalidade<br />
de, com um único teste,<br />
de gel, por razões<br />
geométricas: há elevada<br />
relação entre a área<br />
superficial e o volume<br />
interno, o que permite<br />
a dissipação eficiente<br />
do calor gerado pela<br />
corrente elétrica e possibilita<br />
a Fundamentos<br />
altamente específico, teórico-práticos e protocolos<br />
promover a diferenciação<br />
entre várias espécies<br />
ou entre vários gêneros<br />
de extração e<br />
de amplificação de DNA<br />
por meio da técnica de<br />
simultaneamente. Essa Reação em cadeia da<br />
forma de PCR envolve a<br />
amplificação simultânea<br />
de mais de uma sequência-alvo<br />
por reação,<br />
pela mistura de vários<br />
pares de primers. O uso<br />
do capilar fornece van-<br />
polimerase 27 aplicação<br />
de campos elétricos elevados.<br />
Isso resulta em<br />
separações de alta eficiência,<br />
em alto poder de<br />
resolução e em reduzido<br />
tempo de análise. 6<br />
34 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Não obstante, é importante<br />
lembrar que componentes<br />
da via da insulina<br />
podem estar envolvidos<br />
com a doença, uma vez<br />
que já foi demonstrado<br />
que pacientes com<br />
SCA3/MJD possuem mais<br />
IGFBP-1 (insulin-like growth<br />
factor binding protein<br />
1) em soro, além disso<br />
apresentaram uma maior<br />
sensibilidade a insulina de<br />
acordo com HOMA2 (avaliação<br />
do modelo homeostático)<br />
e essa sensibilidade<br />
foi associada com a<br />
idade de início.7<br />
Figura 3: Tomografia computadorizada do cérebro de pessoa não acometida por nenhum distúrbio.<br />
Corte horizontal, passando pelos ventrículos laterais.<br />
Figura 4: Tomografia computadorizada do crânio de pacientes portadores de DMJ. Em (A e B): Sinais<br />
de atrofia cerebelar difusa acentuada e pontinha discreta. Em (C): Sinais de atrofia cerebelar difusa<br />
moderada e pontina discreta.9<br />
Métodos de Imagem<br />
Tomografia Computadorizada<br />
Essa técnica, que se baseia<br />
em raios-X, foi utilizada<br />
para aplicações clínicas<br />
ainda no início da década<br />
de 70, uma vez que torna<br />
possível examinar o encéfalo<br />
e, com maior clareza,<br />
os limites do sistema ventricular<br />
e as partes ósseas<br />
do crânio. O aparelho<br />
consiste em uma fonte de<br />
raios-X que é acionada ao<br />
mesmo tempo em que<br />
realiza um movimento circular<br />
ao redor da cabeça<br />
do paciente, emitindo um<br />
feixe de raios-X em forma<br />
de leque. No lado oposto<br />
a essa fonte, está localizada<br />
uma série de detectores<br />
que transformam a radiação<br />
em um sinal elétrico<br />
que é convertido em imagem<br />
digital. Dessa forma,<br />
as imagens correspondem<br />
a secções do crânio. A<br />
intensidade reflete a absorção<br />
dos raios-X e pode ser<br />
medida em uma escala.8<br />
36 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Ressonância Magnética<br />
A imagem por ressonância<br />
magnética (IRM) é hoje<br />
um método de diagnóstico<br />
por imagem estabelecido<br />
na prática clínica e<br />
em crescente desenvolvimento.<br />
Dada a alta capacidade<br />
de diferenciar<br />
tecidos, o espectro de<br />
aplicações se estende a<br />
todas as partes do corpo<br />
humano e explora aspectos<br />
anatômicos e funcionais.<br />
A IRM é, resumidamente,<br />
o resultado da<br />
interação do forte campo<br />
magnético produzido<br />
pelo equipamento com os<br />
prótons de hidrogênio do<br />
tecido humano, criando<br />
uma condição para que<br />
possamos enviar um pulso<br />
de radiofrequência e,<br />
após, coletar a radiofrequência<br />
modificada, através<br />
Tabela 1: Variação de volumes do tronco cerebral<br />
e cerebelo, entre o paciente com DMJ e um<br />
controle normal.<br />
de uma bobina ou antena<br />
receptora. Este sinal coletado<br />
é processado e convertido<br />
numa imagem ou<br />
informação.10<br />
Medicina Nuclear<br />
Tomografia por emissão<br />
de fótons únicos (SPECT)<br />
O princípio básico de<br />
SPECT é que a instrumentação<br />
utilizada é apenas<br />
receptora de informação.<br />
Isto quer dizer que, para<br />
se obter as imagens, é<br />
necessário administrar<br />
aos pacientes um radiofármaco<br />
marcado, com<br />
um emissor de fóton<br />
simples. O SPECT torna-<br />
-se assim uma proposição<br />
mais econômica<br />
e portanto com maior<br />
disponibilidade, mesmo<br />
em hospitais distritais. A<br />
melhoria de qualidade<br />
das câmaras gama, particularmente<br />
no que diz<br />
respeito à resolução e à<br />
eficiência de detecção<br />
(utilizando detectores<br />
Figura 5: RMI Cerebral. A segmentação das estruturas<br />
da fossa posterior foi realizada de acordo com os<br />
rótulos das cores mostrados em B, C e D, após divisão<br />
do tronco de acordo com os limites de A. 11<br />
Figura 6: Ressonância magnética de um paciente<br />
com doença de Machado – Joseph mostrando os<br />
achados típicos. Painel esquerdo: Vista axial: atrofia<br />
do cerebelo e cerebelo. À direita visão sagital: atrofia<br />
acentuada do tronco cerebral e cerebelo. 12<br />
Figura 7: SPECT Cerebral, imagens controle, dentro<br />
dos padrões normais de cintilação.<br />
Figura 8: Imagem de SPECT cerebral demonstrando a<br />
comparação entre um cérebro normal, e um acometido<br />
por uma doença neurodegenerativa desmielinizante.<br />
Figura 9: Imagem de SPECT cerebral demonstrando<br />
a comparação entre uma hiperperfusão e uma<br />
hipoperfusão. 14<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
37
Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
múltiplos e colimadores<br />
de tipo “fan-beam”), juntamente<br />
com o desenvolvimento<br />
de novos radiofármacos,<br />
tem levado a<br />
um aumento crescente<br />
do interesse pela técnica<br />
de SPECT em neurologia<br />
e em psiquiatria. 13<br />
Tabela 2: Princípios do SPECT em tópicos.9<br />
Princípios do SPECT<br />
A câmara de cintilação ou gama câmara é o sistema de detecção de radioatividade utilizado para o estudo<br />
da distribuição in vivo dos diferentes compostos radiomarcados.<br />
A interação da radiação gama no detector da câmara leva a emissão de luz (cintilação), posteriormente<br />
convertida em sinal elétrico.<br />
A câmara de cintilação detecta a radiação e determina a posição da fonte emissora (correspondente a área<br />
em que a luz foi emitida) e sua energia (intensidade da luz emitida).<br />
Além da maior resolução, os equipamentos mais modernos destacam-se pela capacidade de adquirir e<br />
processar estudos tomográficos trazendo maior sensibilidade e precisão na localização de lesões.<br />
A tomografia por emissão de fótons é adquirida em órbita de 180 a 360° ao redor das estruturas de interesse,<br />
com posterior reconstrução dos cortes nos planos transversal, coronal e sagital (3D via computador).<br />
As câmaras SPECT com duas cabeças (dois detectores) apresentam ganho de sensibilidade e velocidade na<br />
aquisição de estudos tomográficos e planares.<br />
Tomografia por emissão<br />
de Pósitrons (PET)<br />
A tomografia por emissão<br />
de pósitrons (PET)<br />
permite a identificação,<br />
não invasiva, de processos<br />
fisiopatológicos do<br />
cérebro decorrentes de<br />
transtornos psiquiátricos<br />
e neurológicos.<br />
Figura 10: SPECT cerebral, paciente que apresenta<br />
DMJ. Imagem mostrando hipoperfusão das<br />
porções inferiores dos lobos frontais (seta), porções<br />
mesiais e laterais (seta tracejada) dos lobos<br />
temporais, núcleos da base (ponta de seta) e hemisférios<br />
cerebelares (seta em elipse).9<br />
O método de PET pode<br />
mapear com segurança<br />
processos neuroquímicos<br />
de interesse no cérebro.<br />
E com os avanços<br />
tecnológicos, o uso do<br />
PET possibilita investigar<br />
uma série de proteínas<br />
intra e extracelulares prejudicadas<br />
nas doenças<br />
cerebrais.<br />
Figura 11: Imagens de PET obtidas em um paciente com provável doença de Alzheimer que revelam a deposição de amiloide<br />
no cérebro.<br />
38 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
A investigação de aspectos<br />
fisiopatológicos de<br />
doenças neurodegenerativas<br />
(DN) é a mais<br />
promissora aplicação da<br />
tomografia por emissão<br />
de pósitrons. O que se<br />
torna de suma importância<br />
frente à grande prevalência<br />
de DN, tendo<br />
como exemplo a doença<br />
de Alzheimer e a doença<br />
de Parkinson, levando<br />
em consideração que<br />
um conhecimento mais<br />
profundo de suas fisiopatologias<br />
pode colaborar<br />
com a elaboração de<br />
novos tratamentos farmacológicos.15<br />
Considerações Finais<br />
Em análises clínicas,<br />
devido à inexistência de<br />
algum tipo de marcador<br />
bioquímico específico<br />
para DMJ, somente a análise<br />
molecular (Reação<br />
em cadeia da Polimerase-PCR)<br />
é capaz de estabelecer<br />
um diagnóstico<br />
laboratorial para os casos<br />
sintomáticos e assintomáticos.<br />
Já em Métodos<br />
de Imagem, existe possibilidade<br />
de diagnóstico<br />
por meio de ressonância<br />
magnética, tomografia<br />
computadorizada e<br />
tomografia por emissão<br />
de fótons únicos (SPECT).<br />
Concluiu-se que, até o<br />
dado momento, ainda é<br />
escassa a literatura sobre<br />
a doença e o seu diagnóstico,<br />
principalmente<br />
o diagnóstico diferencial<br />
entre outras ataxias e<br />
outras doenças neurodegenerativas.<br />
Em específico<br />
no campo das análises<br />
clínicas, onde é realizada<br />
somente por meio de<br />
análise molecular, se torna<br />
deficitária. A Tomografia<br />
por emissão de<br />
pósitrons (PET) é um promissor<br />
para ser utilizado<br />
no diagnóstico da DMJ.<br />
Referências<br />
1. Cláudia Sofia Ferreira e Sousa Lima dos Santos.<br />
Doença de Machado-Joseph: do diagnóstico à<br />
terapêutica [monografia]. Portugal: Faculdade de<br />
Medicina da Universidade do Porto; 2014.<br />
2. Milanez P.A.O.,Escobar A.N.O.,Salvador G.C.,Delfraro<br />
J.A.S.,Oliveira P.M.P. Doença de Machado-Joseph.<br />
Rev Biosaúde. 2009; 11(2): 75-81.<br />
3. Dias R.A. Doença de Machado-Joseph: Do laboratório<br />
para a sociedade, Desenvolvimento de<br />
estratégias inovadoras de envolvimento de público<br />
e comunicação de ciência para promover a<br />
investigação de novas terapias avançadas [tese].<br />
Portugal: Faculdade de Farmácia da Universidade<br />
de Coimbra; 2019.<br />
4. Teive Hélio A. Ghizoni, Arruda Walter O., Trevisol-<br />
-Bittencourt Paulo C.. Doença de Machado-Joseph<br />
descrição de cinco membros de uma família. Arq.<br />
NeuroPsiquiatr. [Internet]. 1991 June [cited 2019<br />
May 20]; 49( 2 ): 172-179. Available from: http://<br />
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X1991000200010&lng=en.<br />
http://dx.<br />
doi.org/10.1590/S0004282X1991000200010.<br />
5. Marta do Rosário Cristina Silva Ventura. Doença<br />
de Machado-Joseph: Análise da Região 3’UTR do<br />
gene ATXN3 [dissertação]. Portugal: Universidade<br />
dos Açores, departamento de biologia, 2011.<br />
6. Oliveira S.C.S, Regitano L.C.A, Roese A.D., et al.<br />
Fundamentos teóricopráticos e protocolos de<br />
extração e de amplificação de DNA por meio da<br />
técnica de reação em cadeia da polimerase. Embrapa<br />
Pecuária Sudeste, São Carlos, SP, 2007.<br />
7. Furtado G.V. Biomarcadores na Doença de<br />
Machado-Joseph. Porto Alegre. Tese [Doutorado<br />
em Genética e Biologia Molecular] – Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Sul; 2018.<br />
8. Amaro E.J., Yamashita H. Aspectos básicos de<br />
Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética.<br />
Rev Bras Psiquiatr 2001; 23(Supl I):2-3.<br />
9. Etchebehere E.C.S.C. SPECT Cerebral e Ressonância<br />
Magnética na Doença de Machado-Joseph.<br />
Campinas. Tese [Doutorado em Ciências Médicas] –<br />
Universidade Estadual de Campinas. 2001.<br />
10. Mazzola A.A. Ressonância magnética: princípios<br />
de formação da imagem e aplicações em imagem<br />
funcional. <strong>Revista</strong> Brasileira de Física Médica.<br />
2009;3(1):117-29.<br />
11. Camargo S.T, Marques W.J, Santos A.C. Brain<br />
stem and cerebellum volumetric analysis of Machado<br />
Joseph disease patients. Arq Neuropsiquiatr<br />
2011;69(2-B):292-296.<br />
12. Anelyssa D’Abreu, Marcondes C. França Jr, Henry<br />
L. Paulson, Iscia LopesCendes. Caring for Machado–Joseph<br />
disease: Current understanding and<br />
how to help patients. Parkinsonism and Related<br />
Disorders 16 (2010) 2–7; journal homepage: www.<br />
elsevier.com/locate/parkreldis.<br />
13. Costa D.C., Oliveira J.M.AP, Bressan R.A. PET e<br />
SPECT em neurologia e PET e SPECT em neurologia<br />
e psiquiatria: do básico às aplicações psiquiatria:<br />
do básico às aplicações clínicas. Rev Bras Psiquiatr<br />
2001;23(Supl I):45.<br />
14. Felix R.C.M. Medicina Nuclear e Sistema nervoso<br />
central. Disponível em:<br />
https://slideplayer.com.br/slide/11162185/ Acesso<br />
em: 20/04/2020.<br />
15. Benadiba M, et al. Novos alvos moleculares para<br />
tomografia por emissão de pósitrons (PET) e tomografia<br />
computadorizada por emissão de fóton único<br />
(SPECT) em doenças neurodegenerativas. Rev<br />
Bras Psiquiatr. 2012;34(Suppl2):S125-S148.<br />
40 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
A FISIOPATOLOGIA DE INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS:<br />
A DIFERENÇA ENTRE GRIPE POR (INFLUENZA A H1N1) E COVID-19.<br />
Autoras:<br />
Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*;<br />
Geane Cecim Ferreira Borges*;<br />
Débora Damasceno Carvalho Fernandes**<br />
*Discente do curso de Biomedicina da Faculdade Cosmopolita.<br />
**Docente na Faculdade Cosmopolita. Mestre em Virologia – IEC.<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
As infecções respiratórias se<br />
destacam por constituírem um<br />
importante problema de saúde<br />
pública. O século XXI foi marcado<br />
por duas grandes pandemias que<br />
se originaram de vírus distintos.<br />
Pertencente à família Orthomyxoviridae<br />
e gênero Alphainfluenzavirus<br />
o vírus Influenza H1N1 é<br />
envelopado de simetria esférica,<br />
com RNA de fita simples e sentido<br />
negativo. Já o SARS- CoV-2 é<br />
integrante da família Coronaviridae<br />
e gênero Betacoronavirus, de<br />
RNA de fita simples e sentido positivo.<br />
O presente estudo trata-se<br />
de uma revisão de literatura realizada<br />
a partir de buscas nas bases<br />
de dados Scientific Eletronic<br />
Library Online (SciELO), PubMed<br />
e Google Acadêmico que tem<br />
como finalidade diferenciar a fisiopatologia<br />
de ambos os vírus,<br />
caracterizando os agentes etiológico<br />
e as principais manifestações<br />
clínicas. Sendo assim, ficou<br />
evidente que a partícula viral<br />
de ambos os vírus é bem distinta<br />
uma da outra. No entanto, os<br />
dois vírus compartilham de manifestações<br />
clínicas e modo de<br />
transmissão semelhante, além de<br />
partilharem de mecanismos de<br />
inflamação semelhável, e ambos<br />
terem tropismo pelo trato respiratório,<br />
deste modo é de extrema<br />
importância o diagnóstico adequado<br />
para diferenciar as duas<br />
infecções.<br />
Palavras-chaves: Síndrome<br />
Respiratória Aguda Grave, Gripe<br />
H1N1, Influenza A, COVID-19 e<br />
SARS-CoV-2.<br />
42 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Introdução<br />
Diversas são as infecções<br />
que podem acometer o<br />
trato respiratório, levando<br />
a alterações fisiológicas<br />
e funcionais; segundo<br />
a Organização Mundial<br />
de Saúde (OMS), podem<br />
se apresentar em formas<br />
agudas ou crônicas,<br />
podendo se manifestar<br />
tanto em porções do trato<br />
respiratório superior<br />
quanto inferior. A maior<br />
parte destas infecções é<br />
provocada por vírus e em<br />
segundo lugar por bactérias<br />
(FILHO et al., 2017).<br />
Infecções respiratórias<br />
costumam ter boas taxas<br />
de propagação, devido<br />
ao seu elevado potencial<br />
de transmissão, ocorrendo<br />
principalmente pela<br />
liberação de gotículas<br />
de saliva contaminadas,<br />
através de espirros, tosse,<br />
bocejo, ao falar e ainda<br />
devido à falta de higiene<br />
das mãos, que viabiliza<br />
transporte dos agentes<br />
infecciosos para diferen-<br />
tes locais, com isso, as<br />
causas de adoecimento<br />
e internações estão presentes<br />
em todas as faixas<br />
etárias. No que tange<br />
aos agentes virais, a<br />
OMS aponta que, o fato<br />
de existirem diferentes<br />
cepas, e ainda elevada<br />
capacidade de transmissão<br />
e mutação nos vírus<br />
respiratórios, estes constituem<br />
graves problemas<br />
de saúde pública mundial<br />
(ROCHA; CENZI, 2021).<br />
O século XXI foi marcado<br />
por duas grandes pandemias<br />
que se originaram<br />
de diferentes vírus:<br />
Alphainfluenzavírus motivando<br />
à pandemia de<br />
Influenza A (H1N1) em<br />
2009 e SARS-CoV-2 causando<br />
a COVID-19 em<br />
2019 (SOUZA, 2022). A<br />
característica comum entre<br />
esses vírus é o fato de<br />
os dois terem tropismo<br />
pelo trato respiratório e<br />
exibirem sintomas semelhantes.<br />
Além disso, por<br />
serem causadas por vírus<br />
ambas as infecções se<br />
utilizam de proteínas de<br />
superfícies capazes de se<br />
ligarem a receptores na<br />
célula alvo, dando início<br />
ao processo de adsorção<br />
viral e estabelecendo infecção<br />
no hospedeiro,<br />
como as proteínas hemaglutinina<br />
e neuraminidase<br />
no vírus influenza;<br />
e a proteína S no caso<br />
do SARS- CoV- 2 (MEZA;<br />
CONTRERAS, 2020).<br />
A gripe ou Influenza é<br />
conhecida por altos índices<br />
de incidência e<br />
prevalência de infecções<br />
no mundo todo, além<br />
de estar atrelada a taxas<br />
consideráveis de infectividade,<br />
virulência, morbidade<br />
e mortalidade,<br />
principalmente devido<br />
a sua alta capacidade de<br />
adaptação e mutação, já<br />
tendo sido responsável<br />
por diversos surtos, epidemias<br />
e pandemias ao<br />
longo da história da humanidade<br />
(COSTA; HA-<br />
MANN, 2016).<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
43
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BÁSICO AMPLIADO EXPANDIDO MASTER<br />
1. Dosagem de fenilalanina Fenilcetonúria<br />
2. Pesquisa de hemoglobinas Doença Falciforme e outras<br />
Hemoglobinopatias<br />
3. Hormônio tireoestimulante Hipotireoidismo Congênito<br />
4. 17-hidroxi progesterona Hiperplasia Adrenal Congênita<br />
5. Tripsina imunorreativa Fibrose Cística<br />
6. Atividade da biotinidase Deficiência de Biotinidase<br />
7. IgM anti-toxoplasma gondii Toxoplasmose Congênita<br />
8. Hormônio T4 Livre Hipotireoidismo Congênito<br />
9. Galactose total Galactosemia<br />
10. Atividade de glicose-6-fosfato Deficiência de G6PD<br />
desidrogenase<br />
11. Análise quantitativa dos Aminoacidopatias; Tirosinemias;<br />
aminoácidos e das acilcarnitinas Distúrbios da Beta Oxidação dos<br />
Ácidos Graxos; Distúrbios dos<br />
Ácidos Orgânicos; Distúrbios do<br />
Ciclo da Ureia Distal e Proximal.<br />
12. Adenosina desaminase (ADO) e Imunodeficiência Combinada Grave<br />
2-desoxiadenosina (D-ADO)<br />
de Adenosina Desanimase (ADA-SCID)<br />
13. C26:0-LPC Adrenoleucodistrofia ligada ao X (X-ALD)<br />
14. Pesquisa de cópias de KREC Agamaglobulinemia ligada ao X (XLA)<br />
15. Pesquisa de cópias de TREC Imunodeficiência Combinada Grave (SCID)<br />
16. Pesquisa de Ct de SMN1 Atrofia Muscular Espinhal (AME)<br />
17. Atividade da alfa-glicosidase Doença de Pompe<br />
18. Atividade da beta-glicosidase Doença de Gaucher<br />
19. Atividade da alfa-galactosidase Doença de Fabry<br />
20. Atividade da galactocerebrosidase Doença de Krabbe<br />
21. Atividade da alfa-L-iduronidase Mucopolissacaridose Tipo 1<br />
22. Atividade de esfingomielinase Niemann-Pick A/B<br />
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Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />
Damasceno Carvalho Fernandes**<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
COVID-19 é o nome dado à<br />
doença causada pelo vírus<br />
SARS-CoV-2, que se tornou<br />
uma emergência mundial<br />
em 2020 devido sua rápida<br />
disseminação, gerando<br />
um número exuberante<br />
de casos e um panorama<br />
caótico de sobrecarga<br />
nos sistemas de saúde em<br />
todo o mundo, por conta<br />
do grande número de<br />
pacientes infectados pelo<br />
vírus com evoluções clínicas<br />
desfavoráveis, levando<br />
a condições respiratórias<br />
sérias como pneumonia,<br />
insuficiência respiratória<br />
grave e ainda falência múltipla<br />
de órgãos (YANG et<br />
al., 2020).<br />
Ambas as infecções podem<br />
apresentar sintomas<br />
bem parecidos, o que<br />
também confere dificuldade<br />
no diagnóstico adequado.<br />
Normalmente, as<br />
duas se iniciam com cansaço<br />
no corpo, seguido<br />
de dores de cabeça e mal-<br />
-estar generalizado. Elas<br />
também podem trazer<br />
congestão nasal, coriza e<br />
tosse (MOTA et al., 2020).<br />
Considerando o impacto<br />
destes dois vírus respiratórios<br />
para a saúde pública<br />
mundial, o presente<br />
estudo de revisão tem<br />
como intuito descrever e<br />
diferenciar os respectivos<br />
agentes etiológicos e as<br />
principais manifestações<br />
clínicas de forma a evidenciar<br />
semelhanças e<br />
diferenças encontradas<br />
entre a gripe (Influenza<br />
H1N1) e a COVID- 19.<br />
Metodologia<br />
O estudo proposto refere-<br />
-se a uma revisão integrativa<br />
de literatura, realizada<br />
a partir de buscas nas<br />
bases de dados Scientific<br />
Eletronic Library Online<br />
(SciELO), PubMed e Google<br />
Acadêmico nos idiomas<br />
português, inglês e<br />
espanhol.<br />
Para tal, foram utilizados<br />
os descritores: Síndrome<br />
Respiratória Aguda Grave,<br />
Gripe H1N1, Influenza<br />
A, COVID-19 e SARS-<br />
-CoV-2. Os critérios de<br />
inclusão foram: publicações<br />
feitas de 2015 até a<br />
presente data, como foco<br />
principal nas publicações<br />
que corresponderem aos<br />
objetivos propostos, destacando<br />
a fisiopatologia,<br />
sintomatologia e os agentes<br />
etiológicos. Além disso,<br />
foram excluídas publicações<br />
anteriores a 2015<br />
que não corresponderam<br />
aos objetivos.<br />
Resultados e discussão<br />
Por meio da estratégia de<br />
busca foi possível identificar<br />
120 artigos. Em seguida,<br />
ocorreu a leitura<br />
dos títulos obtendo-se 50<br />
artigos triados. Posteriormente<br />
os 50 artigos foram<br />
filtrados pela leitura de seu<br />
resumo e 22 artigos foram<br />
excluídos por não aborda-<br />
46 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
em a linha de estudo buscada<br />
restando apenas 28<br />
dos quais foram selecionados<br />
para esta pesquisa.<br />
- Características e perfil<br />
epidemiológico de Influenza<br />
H1N1:<br />
O vírus Influenza é amplamente<br />
conhecido por ser<br />
um grande desafio para<br />
a saúde pública mundial,<br />
principalmente por sua<br />
alta taxa de mutações genéticas,<br />
conferindo variabilidade<br />
genética para a<br />
espécie e sendo altamente<br />
contagioso (MELO; NE-<br />
VES; SILVEIRA, 2019).<br />
mente importantes para<br />
eventos de adsorção viral,<br />
fusão do envelope com a<br />
membrana da célula hospedeira<br />
e neutralização. O<br />
genoma é composto por<br />
oito segmentos de RNA de<br />
fita simples e sentido negativo,<br />
o que torna o potencial<br />
de rearranjos genéticos<br />
e antigênicos muito<br />
alto. (WALKER et al., 2019).<br />
Além do fator genético,<br />
a elevada habilidade de<br />
adaptação e mutação do<br />
vírus da Influenza A correlaciona-se<br />
ainda com a variação<br />
das duas glicoproteínas<br />
da superfície viral que<br />
são: Hemaglutinina (HA) e<br />
a Neuraminidase (NA), representadas<br />
na figura 1. A<br />
primeira encontra-se agrupada<br />
no fragmento quatro<br />
do genoma e destaca-se<br />
por ser uma glicoproteína<br />
de ligação e fusão ao receptor<br />
celular ácido siálico.<br />
Já a (NA) está agrupada no<br />
fragmento seis, está por<br />
sua vez tem como responsabilidade<br />
a saída das partículas<br />
virais do interior das<br />
células infectadas (HAN;<br />
JEONG; JANG, 2019).<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Pertence à família Orthomyxoviridae,<br />
gênero<br />
Alphainfluenzavirus, o Influenza<br />
é um vírus envelopado<br />
de simetria esférica<br />
ou pleomórfica, normalmente<br />
medindo 80-120<br />
nm de diâmetro. Algumas<br />
glicoproteínas se projetam<br />
na superfície da partícula<br />
viral, sendo particular-<br />
Figura 1: Partícula viral de Influenza A H1N1.<br />
Fonte: Adaptado de Clancy, S. (2008) Genetics of the influenza virus. Nature Education 1(1):83<br />
A. Representação esquemática de vírionde Influenza A H1N1. As glicoproteínas de superfície, hemaglutinina (HA) e neuraminidase<br />
(NA) e a proteína do canal iônico M2 estão incorporadas no envelope viral, que é derivado da membrana plasmática<br />
do hospedeiro. O complexo ribonucleoproteico compreende um segmento de RNA viral associado a nucleoprotreína<br />
(NP) e três proteínas polimerase (PA, PB1 e PB2). A proteína matriz (M1) está associada a rinonucleoproteína e ao envelope<br />
viral. Uma pequena quantidade de proteína não estrutural 2 também está presente, mas sua localização dentro do vírion é<br />
desconhecida. B. Micrografia eletrônica de Influenza A H1N1.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
47
Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />
Damasceno Carvalho Fernandes**<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
As variantes do vírus Influenza<br />
são consequências<br />
dos rearranjos entre<br />
as 18 HA e as 11 NA que<br />
juntas podem originar<br />
até 144 combinações,<br />
dentre as quais, destacam-se<br />
três subtipos que<br />
têm boa transmissibilidade<br />
em humanos, suínos<br />
e aves (H1, H2 e H3). O<br />
ácido siálico receptor da<br />
HA é o principal alvo de<br />
infecção entre as espécies,<br />
isto devido nos suínos<br />
este, ter o comportamento<br />
polimórfico o que<br />
concede a coinfecção por<br />
vírus humanos e aviários<br />
e este rearranjo de diferentes<br />
hospedeiros garantiu<br />
o surgimento do<br />
H1N1pdm09 em 2009<br />
(LEMOS, 2020).<br />
Figura 2: Partícula viral de SARS-CoV-2 e proteína S.<br />
racterizados geralmente<br />
por febre, dor de garganta,<br />
coriza, tosse, dor de<br />
cabeça, dores musculares<br />
e fadiga. No entanto,<br />
por apresentarem tropismo<br />
pelo trato respiratório<br />
superior e inferior, as<br />
manifestações clínicas<br />
diferem dependendo<br />
da região acometida.<br />
No trato respiratório superior,<br />
a infecção pode<br />
levar a sintomas considerados<br />
mais brandos,<br />
como: Faringites, traqueítes<br />
e traqueobronquites.<br />
Já no trato respiratório<br />
inferior, devido aos<br />
eventos de replicação<br />
viral, o vírus pode provocar<br />
a perda completa da<br />
camada epitelial e iniciar<br />
respostas inflamatórias<br />
severas levando a processos<br />
edematosos. Nas<br />
manifestações de pneumonia<br />
há riscos de acontecer<br />
trombose venosa e<br />
capilar, com alterações<br />
estruturais no interstício<br />
além de formação de<br />
membrana hialina, necrose<br />
focal, edema e hemorragia<br />
interalveolares<br />
(RIBEIRO, 2017).<br />
A gripe H1N1 consiste<br />
em uma infecção aguda,<br />
com período de incubação<br />
que varia de 2 a 4<br />
dias. Os sintomas são ca-<br />
Fonte: Adaptado de Li G et al. Coronavirus infections and imune responses. J Med Viro. 2020, 92(4):424-432.; e de Uzunian.<br />
Coronavirus SARS-CoV-2 and Covid-19. J Bras Patol Med Lab. 2020; 56: 1-4.<br />
A. Representação esquemática do vírion de SARS-CoV-2. O genoma viral codifica quatro proteínas estruturais importantes:<br />
Spike (S), Membrana (M), envelope (E) e nucleocapsídeo (N). B. Representação esquemática da proteína S. Principal responsável<br />
pela ligação do vírus à célula hospedeira, levando ao evento de adsorção e consequente infecção da célula-alvo.<br />
48 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Após três meses o número<br />
de casos confirmados pela<br />
OMS foi de 94.512 em 110<br />
países, com aproximadamente<br />
429 óbitos registrados,<br />
após alguns meses de<br />
circulação do vírus o número<br />
de óbito cresceu gradativamente<br />
sugerindo-se<br />
pela OMS um número de<br />
aproximadamente 18.500<br />
óbitos confirmados. Vale<br />
destacar ainda que a incidência<br />
maior é observada<br />
em crianças e em pacientes<br />
com mais de 65 anos<br />
ou com algum tipo de comorbidade<br />
(CÂNDIDO et<br />
al., 2020).<br />
- Características e perfil<br />
epidemiológico de<br />
SARS- CoV-2:<br />
O novo Coronavírus, posteriormente<br />
batizado<br />
SARS- CoV-2 foi descoberto<br />
no mês de dezembro<br />
de 2019 em Wuhan<br />
na China. Por ser um novo<br />
vírus, não houve identificação<br />
inicial do patógeno,<br />
e os pacientes foram<br />
diagnosticados, em sua<br />
maioria, com um quadro<br />
de pneumonia atípica<br />
por um patógeno desconhecido<br />
(LI, 2020). O<br />
SARS- CoV-2 é integrante<br />
da família Coronaviridae,<br />
subfamília Orthocoronavirinae<br />
e gênero Betacoronavirus,<br />
sendo um vírus<br />
de RNA de fita simples<br />
de sentido positivo e não<br />
segmentado, envelopado,<br />
esférico com tamanho<br />
entre 120-160 nm.<br />
A partícula viral possui<br />
diversas projeções proteicas<br />
que lhe conferem<br />
um aspecto de coroa,<br />
dentre as quais, destaca-<br />
-se a proteína spike (S1 e<br />
S2) (WALKER et al., 2019),<br />
conforme ilustra a figura<br />
2. Essa proteína carreia<br />
a membrana plasmática<br />
quando sofre replicação<br />
no momento que é liberado<br />
da célula, levando<br />
então a membrana plasmática<br />
ou membrana<br />
nuclear da célula hospedeira,<br />
e isso passa a ser o<br />
envoltório do vírus (BOR-<br />
GES et al., 2020).<br />
A replicação viral é dividida<br />
entre as etapas<br />
de adsorção, que ocorre<br />
por meio do encontro da<br />
proteína S com o receptor<br />
da célula hospedeira,<br />
seguido das etapas de<br />
penetração e desnudamento<br />
viral já dentro da<br />
célula-alvo, inserindo seu<br />
RNA na célula, iniciando<br />
processos de replicação<br />
e produção em massa<br />
de novos vírions, que finalizam<br />
o ciclo (PEREIRA;<br />
CRUZ; LIMA, 2021).<br />
Existem diferentes tipos<br />
de Coronavírus associados<br />
a infecções respiratórias<br />
e alguns tipos<br />
também associados a<br />
manifestações gastroin-<br />
50 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
testinais. As manifestações<br />
clínicas decorrentes<br />
da infecção de trato respiratório<br />
podem ir desde<br />
sintomas brandos,<br />
característicos de resfriado<br />
comum como febre,<br />
tosse, dispneia e mialgia;<br />
ou pode haver manifestações<br />
mais graves com<br />
evolução para complicações<br />
como pneumonias<br />
e síndrome respiratória<br />
aguda grave (SARS). Atualmente,<br />
sabe-se que três<br />
espécies de coronavírus<br />
são mais virulentas e têm<br />
maior potencial de levar<br />
a estas condições críticas<br />
como SARS; são elas:<br />
SARS-CoV identificado na<br />
China em 2003; (MERS-<br />
CoV) identificado na<br />
Arábia Saudita em 2012<br />
(LANA et al., 2020), e a<br />
mais recente espécie descrita<br />
na China em 2019 a<br />
partir de um grupo de<br />
pessoas com pneumonia<br />
(LI, 2020).<br />
Nas infecções de CO-<br />
VID-19, também há possibilidades<br />
de manifestações<br />
brandas, associadas<br />
ao acometimento de trato<br />
respiratório superior,<br />
ou severas associadas ao<br />
acometimento de trato<br />
respiratório inferior. No<br />
trato respiratório inferior,<br />
sob um panorama<br />
mais preocupante, a infecção<br />
estabelecida por<br />
SARS-CoV-2 desencadeia<br />
uma complexa cascata<br />
inflamatória no pulmão,<br />
levando a um comprometimento<br />
agudo e de<br />
evolução rápida, devido<br />
à alteração da permeabilidade<br />
gera então um<br />
maior esforço possível<br />
insuficiência respiratória.<br />
Em resposta a isso, há<br />
tentativas de compensações<br />
fisiológicas como<br />
aumento de volume respiratório<br />
trazendo ainda<br />
mais desconforto ao paciente<br />
(LI, 2020).<br />
Cinco meses após o surgimento<br />
dos primeiros<br />
casos, cerca de 5.307.298<br />
casos de COVID-19 foram<br />
ratificados em 2016<br />
países, dos quais aproximadamente<br />
342.070<br />
evoluíram para óbitos,<br />
demonstrando o alto índice<br />
de transmissibilidade<br />
deste vírus (CÂNDIDO<br />
et al., 2020). Diferentemente<br />
da Gripe H1N1, no<br />
COVID-19, a incidência é<br />
maior em adultos jovens<br />
e populações idosas, embora<br />
infecções também<br />
tenham sido relatadas<br />
em crianças (MEZA; CON-<br />
TRERAS, 2020).<br />
- Vias de transmissão e<br />
células- alvo<br />
A transmissão da Influenza<br />
pode acontecer de<br />
duas formas: Por contato<br />
direto, isto é, de pessoa a<br />
pessoa, a partir do contato<br />
com partículas virais<br />
excretadas a partir de go-<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
51
Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />
Damasceno Carvalho Fernandes**<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
tículas de saliva de indivíduos<br />
ao espirrar, tossir e<br />
até mesmo falar; ou ainda<br />
por contato indireto,<br />
a partir de objetos ou superfícies<br />
contaminadas<br />
com o vírus. Vale destacar<br />
neste caso que o vírus da<br />
Influenza tem a capacidade<br />
de sobreviver até<br />
48horas em objetos de<br />
aço ou plástico e ainda<br />
até 12 horas em papeis<br />
ou tecidos (CHAVES et al.,<br />
2017).<br />
As células do epitélio do<br />
trato respiratório são os<br />
principais alvos do vírus<br />
da gripe. A traqueia e os<br />
brônquios se comportam<br />
como condutores<br />
de células ciliadas responsáveis<br />
por movimentar<br />
o muco através do<br />
trato respiratório. Já os<br />
alvéolos, por serem compostos<br />
por dois tipos de<br />
pneumócitos, são capazes<br />
de produzir surfactantes<br />
que agem como<br />
células progenitoras, assim<br />
o tropismo do vírus<br />
bem como a especificidade<br />
do hospedeiro é definido<br />
pelas duas glicoproteínas:<br />
hemaglutinina e<br />
neuraminidase (FRERLA-<br />
GE et al., 2021).<br />
A hemaglutinina é a glicoproteína<br />
responsável<br />
por mediar à ligação do<br />
vírus da Influenza A aos<br />
hospedeiros de ácido sálico.<br />
Neste caso o sítio de<br />
ligação com o receptor<br />
encontra-se no topo do<br />
domínio R da molécula<br />
de hemaglutinina, e envolve<br />
loops de ligações<br />
antigênicas extremamente<br />
variáveis. A partir<br />
do momento que o<br />
vírus se liga ao receptor<br />
do hospedeiro, a sua endocitose<br />
acontece. Vale<br />
ressaltar ainda que o processo<br />
de fusão de membrana<br />
depende do pH e<br />
é importante durante a liberação<br />
do genoma viral<br />
da célula hospedeira (AB-<br />
DELRAHMAN; LI; WANG,<br />
2020).<br />
A replicação do vírus Influenza<br />
inicia-se a partir<br />
do momento que o<br />
vírus entra em contato<br />
com as células do trato<br />
respiratório, este se dissemina<br />
para a corrente<br />
sanguínea. A membrana<br />
plasmática das células<br />
epiteliais que é rica em<br />
ácido N- acetil neuraminico<br />
(AS) reconhecem as<br />
proteínas virais, com o<br />
reconhecimento do AS<br />
pela HA viral tem início a<br />
entrada do vírus na célula<br />
por endocitose, assim, já<br />
dentro do núcleo da célula<br />
o material genético do<br />
vírus é transcrito e replicado.<br />
Após a replicação<br />
52 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
a partícula viral é liberada<br />
por brotamento na<br />
membrana plasmática da<br />
célula hospedeira, em seguida<br />
a enzima NA cliva<br />
receptores AS presentes<br />
na célula e impede a ligação<br />
da HA com AS e ainda<br />
impede a reinfecção celular<br />
das partículas virais<br />
o que permite a liberação<br />
dos virions (FERNANDA;<br />
ANDRADE, 2020).<br />
Já a contaminação por<br />
SARS-COV-2 acontece de<br />
forma semelhante também<br />
pela via respiratória<br />
através de gotículas do<br />
espirro, tosse, ao falar ou<br />
objetos que estejam contaminados<br />
(GIRÃO et al.,<br />
2020). No entanto, estudos<br />
sugerem a possibilidade<br />
de transmissão do<br />
vírus pela via fecal-oral,<br />
pois o RNA viral do SARS-<br />
Cov-2 estava presente nas<br />
amostras fecais de 55%<br />
dos pacientes estudados.<br />
O período de incubação<br />
varia entre 5 a 12 dias<br />
após o contato com o<br />
SARS- CoV- 2 ainda assim,<br />
a propagação pode acontecer<br />
até depois de 7 dias<br />
do aparecimento dos sintomas<br />
(NOGUEIRA, 2020).<br />
Para estabelecer a infecção<br />
em um indivíduo, o vírus<br />
promove a infecção a<br />
partir da ligação direta da<br />
proteína S com o receptor<br />
de enzima conversora de<br />
angiotensina 2 (ACE2). A<br />
entrada do vírus nas células<br />
é facilitada por uma<br />
enzima denominada serino<br />
protease transmembrana<br />
tipo II (TMPRSS2),<br />
que promove a fusão do<br />
virion a membrana da célula<br />
hospedeira, permitindo<br />
a entrada da partícula e<br />
estabelecendo a infecção<br />
propriamente dita, em<br />
um processo chamado de<br />
adsorção (LOPES, 2022).<br />
As células- alvo para SAR-<br />
S-CoV-2 são as do epitélio<br />
do trato respiratório superior<br />
e inferior, além de<br />
pneumócitos (CHASQUEI-<br />
RA; SILVA, 2021).<br />
Após esse processo inicial<br />
de entrada do vírus<br />
nas células do hospedeiro,<br />
diversos processos seguem-se<br />
no citoplasma<br />
da célula hospedeira levando<br />
a replicação viral<br />
e propagando a infecção<br />
no organismo pela contaminação<br />
de células adjacentes,<br />
principalmente<br />
no trato respiratório.<br />
Esse agente etiológico é<br />
altamente transmissível,<br />
provocando infecção respiratória<br />
de quadro clínico<br />
variável, podendo ser<br />
assintomático ou sintomático<br />
(ALVES, 2021).<br />
Conclusão<br />
Diferenciar infeções virais<br />
respiratórias nem sempre<br />
é tarefa fácil, haja vista<br />
que muitas delas estão<br />
associadas a manifestações<br />
clínicas semelhantes<br />
que incluem sintomas<br />
como faringite, tosse,<br />
mal-estar e febre; que<br />
costumam ser classificadas<br />
como resfriados ou<br />
gripes. Todavia, é a partir<br />
do correto entendimento<br />
sobre os diferentes<br />
vírus capazes de causas<br />
estas infecções, é o que<br />
permite o diagnóstico,<br />
tratamento, prevenção e<br />
monitoramento de populações<br />
inteiras em relação<br />
às infecções que as<br />
acometem.<br />
54 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Sendo dois vírus causadores<br />
de infecções respiratórias<br />
com grande<br />
impacto sobre a saúde<br />
pública mundial, distintas,<br />
mas com manifestações<br />
semelhantes, entender<br />
as características<br />
dos vírus Influenza e SAR-<br />
S-CoV-2 é de suma importância<br />
na diferenciação<br />
não apenas dos dois<br />
agentes etiológicos, mas<br />
do próprio quadro clínico<br />
a que estão associados.<br />
A compreensão da estrutura<br />
da partícula viral,<br />
desde seu genoma até<br />
as propriedades antigênicas<br />
e sorológicas pode<br />
preencher lacunas no conhecimento<br />
acerca das<br />
infecções causadas, considerando<br />
que ambos os<br />
vírus possuem tropismo<br />
por diferentes porções do<br />
trato respiratório, e a isto<br />
se deve o espectro clínico<br />
tão variável em cada hospedeiro<br />
que é acometido.<br />
Além disso, destaca-<br />
-se que trabalhos como<br />
este, que visam agregar<br />
conhecimento sobre a<br />
gripe e a COVID-19, são<br />
de relevância marcante<br />
devido ao fato de estas<br />
serem doenças que acometem<br />
milhares de pessoas<br />
ao longo dos anos,<br />
levando frequentemente<br />
a condições graves que<br />
implicam em sequelas,<br />
perda de qualidade de<br />
vida ou até mesmo óbito<br />
em grandes proporções<br />
ao redor do mundo, tendo<br />
influência direta não<br />
só no âmbito da saúde<br />
humana, mas nas próprias<br />
relações econômicas<br />
também.<br />
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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
55
GESTÃO LABORATORIAL<br />
PESQUISAS NA ÁREA DE GESTÃO LABORATORIAL:<br />
PARAMETRIZAÇÃO DE PERDAS EM EXAMES DO SETOR<br />
DA BIOQUÍMICA<br />
Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Este é mais um artigo<br />
sobre pesquisas na área<br />
de gestão laboratorial<br />
que decorre de estudos<br />
científicos, produzidos<br />
a partir de sistemas de<br />
gestão por nós desenvolvidos<br />
e implantados<br />
pela Unidos Consultoria<br />
e Treinamento, em laboratórios<br />
de todas as regiões<br />
do Brasil. Constitui-<br />
-se, portanto, da geração<br />
de novos conhecimentos<br />
à disposição dos gestores<br />
laboratoriais. Serão<br />
abordados dois temas<br />
em artigos distintos. O<br />
primeiro versa sobre em<br />
que momento os laboratórios<br />
clínicos de pequeno<br />
e médio porte devem<br />
terceirizar exames, tendo<br />
sido já abordado na edição<br />
nº 177 relativa aos<br />
meses de abril e maio de<br />
2023. O segundo estudo e<br />
tema do atual artigo, trata<br />
da identificação e quanti-<br />
ficação das principais causas<br />
de perdas para alguns<br />
exames do setor da bioquímica,<br />
bem como sugere<br />
formas de controle. Os<br />
dois artigos em conjunto<br />
com os da gestão de riscos,<br />
formam a ideia de<br />
uma base geradora para<br />
futuras pesquisas na área<br />
da gestão laboratorial.<br />
Este é o propósito maior<br />
dos nossos softwares,<br />
produtos de Tecnologia<br />
da Informação (TI) e<br />
pesquisas: proporcionar<br />
a socialização de sistemas<br />
de gestão aliados a<br />
um eficiente processo de<br />
benchmarking, gerando<br />
novos conhecimentos<br />
em prol da comunidade<br />
laboratorial. Queremos<br />
contribuir com nossa cota<br />
na missão de melhorar a<br />
produtividade dos laboratórios<br />
clínicos e incrementar<br />
a competitividade<br />
destas organizações.<br />
PARAMETRIZAÇÃO DE<br />
PERDAS EM EXAMES<br />
DO SETOR DA BIOQUÍ-<br />
MICA<br />
Os laboratórios de análises<br />
clinicas operam inevitavelmente<br />
com perdas.<br />
Algumas delas são<br />
impostas por leis, como o<br />
uso de controles internos<br />
e externos. Existem ainda<br />
perdas com calibrações,<br />
repetições,<br />
diluições,<br />
desestabilização de reagentes<br />
e paradas de equipamentos.<br />
Até o momento,<br />
eram desconhecidos<br />
em que valores estas<br />
perdas ocorriam, fato<br />
que dificulta o controle<br />
do gestor sobre estes<br />
processos. O setor de<br />
bioquímica nos laboratórios<br />
pesquisados representa<br />
em média 50,26%<br />
do total de exames e os<br />
doze mais usuais, identi-<br />
56 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
O seu melhor investimento_<br />
em biologia molecular.<br />
A Loccus desenvolve a melhor solução para desafios em biologia molecular independente do tamanho<br />
e complexidade do projeto do seu laboratório. Com um modelo de negócio inovador viabilizamos<br />
projetos especiais, assim como aconteceu nesta parceria com a Flow Diagnósticos.<br />
A Flow Diagnósticos, em parceria com a Loccus, aprimorou os resultados e operação do laboratório<br />
na extração de RNA.<br />
Benefícios no laboratório:<br />
Operação otimizada:<br />
de 5 horas para 50 minutos<br />
Redução na quantidade da<br />
amostra: de 8 ml para 2 ml<br />
Redução de 25% nos custos<br />
diretos de reagentes<br />
Próxima fase: validação de novos<br />
reagentes e equipamentos<br />
Venha você também conhecer os<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
ficados no presente estudo,<br />
atingem 73,19% do<br />
setor. Esta investigação<br />
tes, controles, calibradores,<br />
troca de equipamentos,<br />
terceirização de<br />
ra causa de perda são as<br />
calibrações, seguida do<br />
uso de controles exter-<br />
tem por objetivo quanti-<br />
exames, etc. Resultados:<br />
nos, desestabilização de<br />
ficar de forma percentual<br />
A metodologia usada foi<br />
reagentes e parada de<br />
as diversas modalidades<br />
a análise de doze exames<br />
equipamentos. Para os<br />
de perdas existentes por<br />
comumente mais reali-<br />
de grande porte, a tercei-<br />
tipo de exame e por por-<br />
zados no setor de bio-<br />
ra causa de perda é por<br />
te de laboratório clínico<br />
química em trinta e nove<br />
parada de equipamentos,<br />
haja vista que o conhe-<br />
laboratórios<br />
clínicos.<br />
seguida pelas calibrações<br />
cimento destes percen-<br />
Concluiu-se que a prin-<br />
e pelo uso de controles<br />
tuais de perdas é muito<br />
cipal causa de perda no<br />
externos e não registra-<br />
importante, pois possi-<br />
setor da bioquímica para<br />
ram perdas por desesta-<br />
bilita alertar os gestores<br />
laboratórios clínicos de<br />
bilização de reagentes.<br />
sobre quais os exames<br />
todos os portes, decor-<br />
A produção própria dos<br />
dos seus laboratórios clí-<br />
re do uso inadequado<br />
exames de Amilase, Fos-<br />
nicos estão tendo perdas<br />
dos controles internos,<br />
fatase Alcalina e Gama GT,<br />
fora da normalidade, ten-<br />
seguida pelas repetições<br />
sempre conduziu a perdas<br />
do como base o resulta-<br />
de testes para confirma-<br />
acima da média do setor<br />
do desta investigação. A<br />
ções de resultados. Para<br />
da bioquímica, de forma<br />
partir disso, os gestores<br />
laboratórios clínicos de<br />
independente do porte<br />
têm indicativo das causas<br />
pequeno porte, especifi-<br />
laboratorial. A conclusão<br />
destas perdas, oportuni-<br />
camente, a terceira causa<br />
deste estudo recomenda<br />
zando de forma metódi-<br />
de perda são as calibra-<br />
que os gestores dos labo-<br />
ca, científica, a proposi-<br />
ções, seguidas do uso<br />
ratórios clínicos se con-<br />
tura de planos de ações<br />
de controles externos e<br />
centrem nas políticas de<br />
para melhorar os proces-<br />
da desestabilização de<br />
produção no tocante aos<br />
sos produtivos, ao redu-<br />
reagentes e não regis-<br />
processos de uso dos con-<br />
zir os custos variáveis<br />
traram perdas por para-<br />
troles internos, critérios de<br />
(de produção) por meio<br />
da de equipamentos. Já<br />
repetição de exames e de<br />
da alteração de rotinas,<br />
para laboratórios clínicos<br />
terceirização dos parâme-<br />
substituição de reagen-<br />
de médio porte, a tercei-<br />
tros citados.<br />
58 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Introdução<br />
No setor das análises clinicas<br />
existem diversos<br />
tipos de perdas: repetições<br />
para confirmação<br />
de resultados, repetições<br />
por obrigação legal, diluições,<br />
volume residual de<br />
reagentes, parada intempestiva<br />
de equipamentos,<br />
desestabilização de reagentes,<br />
calibrações, controles<br />
internos (comercial<br />
de reagentes), controles<br />
externos (programas de<br />
proficiência) e controles<br />
Inter laboratoriais. Todos<br />
os laboratórios clínicos<br />
operam com perdas,<br />
algumas delas são impostas<br />
por leis, conforme a<br />
Agencia Nacional de Vigilância<br />
Sanitária (ANVI-<br />
SA), que na Resolução de<br />
Diretoria Colegiada (RDC)<br />
302/2005, estabelece as<br />
regras de funcionamento<br />
dos laboratórios clínicos.<br />
O regulamento deixa claro<br />
que para a obtenção do<br />
Alvará sanitário/Licença<br />
de funcionamento, eles<br />
devem monitorar a fase<br />
analítica por meio de controle<br />
externo e interno de<br />
qualidade, fato que obriga<br />
os laboratórios perderem<br />
testes, implicando, com<br />
isso, no uso adicional de<br />
reagentes e consumíveis.<br />
O controle interno além<br />
de atender as obrigações<br />
legais, visa monitorar<br />
as variações das<br />
provas analíticas, buscando<br />
assim, assegurar a<br />
confiabilidade dos resultados.<br />
Ele consiste na<br />
análise diária de amostra<br />
controle com valores<br />
dos analitos conhecidos<br />
para avaliar a precisão<br />
dos ensaios, visando criticar<br />
o funcionamento e<br />
eficiência dos procedimentos<br />
laboratoriais e<br />
assim fornecer resultados<br />
válidos que possam<br />
contribuir com eficácia<br />
no estabelecimento<br />
do diagnóstico pelo<br />
médico, segundo Lopes<br />
(2003). Leite (2003)<br />
assegura que a qualidade<br />
de qualquer análise<br />
bioquímica depende da<br />
metodologia empregada<br />
e de um adequado<br />
controle de qualidade<br />
rotineiramente utilizado<br />
no laboratório.<br />
Conforme Chaves, J.<br />
S. C. e Marin (2010) os<br />
ensaios de proficiência<br />
visam a garantia da<br />
qualidade e um diagnóstico<br />
preciso e a minimização<br />
dos impactos<br />
negativos na saúde<br />
dos pacientes. Chaves<br />
(2010) afirma que, com<br />
a qualidade melhorada,<br />
os desperdícios podem<br />
ser evitados, reduzindo<br />
custos e aumentando a<br />
produtividade. Alguns<br />
laboratórios clínicos<br />
também utilizam o controle<br />
Inter laboratorial.<br />
Para Alves et al. (2004)<br />
esta modalidade de<br />
controle é uma ferramenta<br />
que pode levar<br />
ao incremento na qualidade<br />
dos laboratórios<br />
que participam do processo.<br />
Segundo Maluf,<br />
Silva e Vidigal (2011),<br />
outra forma de controle<br />
é a avaliação periódica<br />
da comutatividade, que<br />
visa monitorar a equivalência<br />
de resultados<br />
de exames quando realizados<br />
em diferentes<br />
equipamentos.<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
59
GESTÃO LABORATORIAL<br />
Abreu (1993) pondera que<br />
em laboratórios clínicos<br />
a melhoria da qualidade<br />
pode ser confirmada pela<br />
diminuição da repetição<br />
de exames o que gera<br />
agilidade na entrega dos<br />
resultados e maior confiabilidade<br />
dos analistas e<br />
dos clientes.<br />
Outros tipos de perdas<br />
se referem às calibrações<br />
de equipamentos. Para a<br />
ANVISA, na RDC 302/2005,<br />
calibração é o conjunto de<br />
operações que estabelece,<br />
sob condições especificas,<br />
a correspondência entre<br />
valores indicados por um<br />
instrumento, sistema de<br />
medição ou material de<br />
referencia, e os valores<br />
correspondentes estabelecidos<br />
por padrões.<br />
Façanha e Prestes (2012)<br />
abordam as seguintes<br />
causas para perdas em<br />
exames: por parada de<br />
equipamento, repetições<br />
para confirmações de<br />
resultados, repetições por<br />
obrigações legais, desestabilização<br />
de reagentes e<br />
realização de calibrações<br />
e controles. Estas perdas<br />
têm custo na produção<br />
dos exames. Elas devem<br />
ser registradas e gerenciadas,<br />
a fim de aperfeiçoar<br />
o processo de produção,<br />
reduzindo o gasto com<br />
elas. Os autores utilizam<br />
o método de custeio marginal<br />
para calcular o custo<br />
dos exames, onde cada<br />
produto absorve somente<br />
os custos que incidem<br />
diretamente sobre si próprios,<br />
e os custos fixos<br />
(mão de obra, água, luz<br />
telefone...) não são associados<br />
diretamente aos<br />
exames, evitando, com<br />
isso, as distorções dos<br />
critérios de rateio. Para<br />
eles, os custos de produção<br />
são: custo nominal<br />
(reagentes, descartáveis<br />
específicos e remuneração<br />
de equipamentos),<br />
consumíveis, calibradores,<br />
controles, perdas, material<br />
de escritório, material<br />
descartável e manutenções<br />
de equipamentos da<br />
produção. O resultado da<br />
soma destes itens é o custo<br />
de produção do exame.<br />
Logo, gerenciar as perdas<br />
em laboratórios clínicos é<br />
uma importante estratégia<br />
de redução no custo<br />
final dos exames. Façanha<br />
e Prestes (2008) discorrem<br />
que é preciso maximizar a<br />
capacidade produtiva, evitando<br />
a ociosidade e desperdícios<br />
operacionais.<br />
Mugnol e Ferraz (2006)<br />
afirmam que o cálculo do<br />
custo real de um exame é<br />
muito complexo e que é<br />
preciso considerar o nível<br />
de repetições necessárias<br />
a liberação de um resultado,<br />
os testes consumidos<br />
com a calibração do equipamento,<br />
e para o controle<br />
do analito, as perdas<br />
inerentes à própria metodologia<br />
empregada e às<br />
possíveis falhas dos instrumentos<br />
utilizados. Os<br />
autores ainda comentam<br />
a existência das perdas<br />
inerentes a pouca estabilidade<br />
ou curta validade<br />
de alguns reagentes que<br />
são descartados sem que<br />
sejam utilizados em sua<br />
totalidade. Para estes autores,<br />
conhecer o real custo<br />
do exame e saber quantidade<br />
de testes perdidos<br />
são informações capazes<br />
de fundamentar a tomada<br />
62 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
mais segura de decisões<br />
simples, como, por exemplo,<br />
a modificação de rotinas<br />
de trabalho e a terceirização<br />
de exames. Nesse<br />
viés, estão até decisões de<br />
maior grau de complexidade,<br />
como a aquisição<br />
de novos equipamentos<br />
e até a mudança do perfil<br />
da empresa. A gestão das<br />
perdas permite ao laboratório<br />
clínico a oportunidade<br />
de promover de forma<br />
eficiente e efetiva a utilização<br />
dos recursos disponíveis.<br />
É preciso avaliar de<br />
forma simultânea a produtividade,<br />
a qualidade e<br />
os custos, não sendo mais<br />
aceitável priorizar os dois<br />
primeiros sem considerar<br />
o terceiro.<br />
Alves e Ogushi (2006)<br />
asseguram que, em um<br />
mercado cada vez mais<br />
exigente e competitivo,<br />
onde há necessidade<br />
de produzir exames e<br />
o comprador do serviço<br />
determina o preço<br />
é preciso diminuir as<br />
perdas e racionalizar os<br />
custos e manter a qualidade<br />
do produto.<br />
Rust, Zahorik e Keiningham<br />
(1994) destacam<br />
que, apesar da qualidade<br />
ser necessária em muitas<br />
empresas, a qualidade, nos<br />
dias de hoje, não é garantia<br />
de lucros, haja vista que os<br />
principais efeitos da qualidade<br />
sobre os lucros se dão<br />
através da obtenção de<br />
menores custos devido a<br />
um aumento da eficiência,<br />
retenção maior de clientes,<br />
atração de novos clientes<br />
e do potencial para cobrar<br />
preços mais altos.<br />
Estes relatos destacam a<br />
importância de se conhecer<br />
valores razoáveis de<br />
perdas aceitáveis no setor<br />
de bioquímica, uma vez<br />
que estes exames representam<br />
em média 50,26%<br />
do total de exames produzidos<br />
(pequeno porte<br />
= 50,05%; médio porte =<br />
46,52% e grande porte =<br />
54,23%), impactando, sem<br />
dúvidas, na rentabilidade<br />
do parque produtivo<br />
do laboratório clínico. A<br />
apuração do percentual<br />
de perdas do setor de<br />
bioquímica, ou dos custos<br />
com as perdas neste setor,<br />
é muito importante, pois<br />
poderá alertar aos gestores<br />
quais os exames estão<br />
tendo perdas em excesso<br />
e, a partir daí, ter uma<br />
chance de aumentarem<br />
seus resultados diminuindo<br />
os custos de produção.<br />
Para Maher (2001), a baixa<br />
qualidade de produtos<br />
implica não somente custos<br />
de perder clientes, também<br />
custos de materiais perdidos<br />
no processo de produção<br />
– as chamadas perdas<br />
de produção. Aperfeiçoando<br />
o processo de produção<br />
em seu início, a qualidade<br />
melhora e seus custos<br />
caem, como resultado da<br />
eliminação ou redução de<br />
produtos defeituosos, em<br />
estágios posteriores. Os<br />
clientes então recebem<br />
produtos de melhor qualidade,<br />
com menor preço.<br />
Berlitz e Haussen (2005)<br />
discorrem que a perfeita<br />
adequação entre qualidade<br />
e custos é meta permanente<br />
no gerenciamento<br />
de processos, técnicos ou<br />
administrativos em laboratórios<br />
clínicos.<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
63
GESTÃO LABORATORIAL<br />
Apesar de todo laboratório<br />
clinico operar com<br />
perdas, há pouco controle<br />
sobre elas. Ainda<br />
não existem padrões de<br />
normalidade ou anormalidade<br />
definidos<br />
para as perdas, o que<br />
gera a necessidade de<br />
conhecê-las e quantificá-las<br />
para melhorar a<br />
eficiência dos parques<br />
produtivos dos laboratórios<br />
clínicos brasileiros.<br />
A determinação<br />
dos valores razoáveis<br />
ou aceitáveis de perdas<br />
em laboratórios clínicos<br />
de pequeno, médio<br />
e grande porte, para<br />
os exames com maior<br />
demanda presentes no<br />
setor de bioquímica,<br />
deve permitir identificar<br />
níveis elevados destas<br />
perdas e estabelecer<br />
métodos gerenciais que<br />
proporcionem a redução<br />
para patamares aceitáveis,<br />
diminuindo assim<br />
os custos de produção<br />
destes exames laboratoriais,<br />
colaborando para o<br />
incremento da competitividade<br />
da organização.<br />
É este o nosso desafio.<br />
Material e métodos<br />
Este estudo envolveu<br />
laboratórios clínicos de<br />
quatro regiões do País<br />
durante um período de<br />
cinco anos e utilizou<br />
uma ferramenta que<br />
executa o cálculo dos<br />
custos e analisa a rentabilidade<br />
dos laboratórios<br />
clínicos, detalhando<br />
a rentabilidade individual<br />
de parâmetros/exames,<br />
clientes/convênios,<br />
equipamentos e setores/áreas<br />
dos laboratórios<br />
clínicos. Também<br />
testa em tempo real<br />
tabelas de preços de<br />
exames e compara de<br />
forma dinâmica tabelas<br />
de preços entre clientes.<br />
Igualmente calcula<br />
o desempenho geral da<br />
organização através de<br />
dezenas de indicadores,<br />
determina o ponto de<br />
equilíbrio e fornece subsídios<br />
para o planejamento<br />
orçamentário e análise<br />
de negócios. Isto permite<br />
a padronização da<br />
coleta de dados, tornando<br />
os resultados comparáveis<br />
entre si. (Façanha;<br />
Prestes, 2008).<br />
Para a realização do estudo<br />
foram considerados os<br />
doze exames comumente<br />
mais realizados no setor<br />
de bioquímica dos laboratórios<br />
clínicos de pequeno,<br />
médio e grande porte,<br />
que representam em<br />
média 73,19% deste setor<br />
(pequeno porte = 80,59%;<br />
médio porte = 75,59% e<br />
grande porte = 63,37%).<br />
São eles: glicose, creatinina,<br />
ácido úrico, colesterol total,<br />
colesterol HDL, triglicerídeos,<br />
uréia, fosfatase alcalina,<br />
transaminase oxalacética<br />
(TGO), transaminase pirúvica<br />
(TGP), gama-glutamil-<br />
-transferase (Gama-GT) e<br />
amilase. Foram definidos<br />
como de pequeno porte<br />
laboratórios clínicos que<br />
realizam mensalmente até<br />
14.999 mil exames, médio<br />
porte laboratórios clínicos<br />
que realizam de 15.000 a<br />
49.999 exames e grande<br />
porte laboratórios clínicos<br />
que realizam 50.000 ou<br />
mais exames. Foram estudados<br />
39 laboratórios de<br />
análises clínicas no período<br />
de janeiro de 2008 a dezembro<br />
de 2012, estabelecidos<br />
nos seguintes Estados: Rio<br />
64 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
GESTÃO LABORATORIAL<br />
AUTOBLOT SYSTEMS<br />
Com registro na ANVISA<br />
Plataforma única de automação total do processo de<br />
Western blot<br />
Para 36 ou 48 amostras por corrida, minimizando o<br />
erro humano, aumentando a produtividade e<br />
fornecendo resultados precisos e consistentes para o<br />
seu laboratório.<br />
Tel: (11) 3565-7187<br />
vendasbrasil@mpbio.com<br />
@mpbiomedicalsbrasil<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
65
GESTÃO LABORATORIAL<br />
Grande do Sul, Santa Catarina,<br />
São Paulo, Espírito<br />
Santo, Rio de Janeiro, Minas<br />
Gerais, Bahia, Alagoas, Goiás<br />
e Mato Grosso. Doze<br />
laboratórios clínicos foram<br />
classificados na categoria<br />
de pequeno porte (30,77%),<br />
dezesseis laboratórios clínicos<br />
enquadraram-se na<br />
categoria de médio porte<br />
(41,02%) e onze laboratórios<br />
clínicos foram considerados<br />
de grande porte (28,21%).<br />
Todos os dados foram<br />
obtidos através do banco<br />
de um sistema de gestão<br />
laboratorial implantado<br />
nas empresas estudadas.<br />
Este sistema baseia-se no<br />
método de custeio marginal,<br />
onde os custos fixos<br />
do laboratório (custos que<br />
não variam com o volume<br />
de produção) são separados<br />
dos custos variáveis<br />
(custos que variam com<br />
o volume da produção) e<br />
toda a mão de obra, seja<br />
direta ou indireta, é alocada<br />
como custo fixo. Os<br />
custos com perdas encaixam-se<br />
nos custos variáveis<br />
(de produção) e foram<br />
registrados no arquivo<br />
“Folhas de Verificação do<br />
Cliente”, tendo como fonte<br />
os registros gerados pelos<br />
equipamentos, registros<br />
de planilhas do setor e<br />
informações dos analistas<br />
e técnicos que realizaram<br />
os exames.<br />
As perdas foram calculadas<br />
em percentagem. Primeiro<br />
verifica-se o número<br />
de exames vendidos<br />
por tipo de exame, em<br />
um determinado período<br />
(seis meses, por exemplo).<br />
Passo seguinte constata-<br />
-se o número de exames<br />
perdidos com controles<br />
internos, controles externos,<br />
calibrações, desestabilização<br />
de reagentes,<br />
parada de equipamentos,<br />
repetições para confirmações<br />
e diluições no<br />
mesmo período. Finalmente,<br />
calcula-se a percentagem<br />
destes exames<br />
em relação ao número de<br />
exames vendidos, obtendo-se<br />
assim a percentagem<br />
de exames perdidos.<br />
Visando a depuração<br />
dos dados iniciais, foi<br />
utilizada a estatística da<br />
média podada. Para os de<br />
pequeno porte foi podado<br />
um laboratório clínico<br />
para o exame da amilase.<br />
No caso do médio porte<br />
foram podados quatro<br />
laboratórios clínicos, um<br />
por exame, nos seguintes<br />
exames: amilase, colesterol<br />
total, fosfatase alcalina<br />
e glicose. Já para os<br />
de grande porte, foram<br />
podados quatro laboratórios<br />
clínicos, um por<br />
exame, nos seguintes<br />
exames: colesterol HDL<br />
e total e dois por exame<br />
para o triglicerídeos.<br />
Para classificação dos tipos<br />
de perdas existentes no<br />
setor, usou-se o seguinte<br />
método: Os dados foram<br />
lançados numa planilha de<br />
cálculo para determinação<br />
da quantidade percentual<br />
por tipo de perda, por<br />
porte laboratorial e por<br />
exame. Foram calculadas<br />
as seguintes estatísticas<br />
66 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
para todos os exames e<br />
portes: média percentual<br />
de perdas dos exames,<br />
média geral de perdas por<br />
porte, desvio padrão das<br />
perdas por exame, média<br />
das perdas mais um desvio<br />
padrão e média geral destas<br />
somas por porte laboratorial.<br />
Estas estatísticas<br />
nos serão úteis na discussão<br />
dos resultados e nas<br />
considerações finais como<br />
possíveis conclusões.<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
Resultados e discussão<br />
A principal causa de<br />
perda no setor da bioquímica<br />
para laboratórios<br />
clínicos de todos os<br />
portes decorre dos controles<br />
internos, seguida<br />
pelas repetições de testes<br />
para confirmações<br />
de resultados, conforme<br />
o quadro 5 ao mostrar<br />
que somente estas duas<br />
causas são responsáveis<br />
por valores que variam<br />
de 85,90% a 91,40%<br />
do total das perdas do<br />
setor de bioquímica dos<br />
laboratórios.<br />
Quadro 1: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />
causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de pequeno porte.<br />
Fonte: Os autores.<br />
Quadro 2: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />
causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de médio porte.<br />
Fonte: Os autores.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
67
GESTÃO LABORATORIAL<br />
Analisando os quadros<br />
1, 2 e 3, cujo resumo se<br />
encontra no quadro 4,<br />
percebemos que para<br />
laboratórios clínicos de<br />
pequeno porte, a terceira<br />
causa de perda são as<br />
calibrações, seguidas do<br />
uso de controles externos<br />
e da desestabilização de<br />
reagentes, as exceções<br />
ocorreram nos exames<br />
amilase, glicose e triglicerídeos.<br />
Estes laboratórios<br />
não registraram<br />
perdas por parada de<br />
equipamentos. Já para<br />
laboratórios clínicos de<br />
médio porte, a terceira<br />
causa de perda são as<br />
calibrações, seguida do<br />
uso de controles externos,<br />
desestabilização de<br />
reagentes e parada de<br />
equipamentos, as exceções<br />
ocorreram nos exames<br />
amilase, glicose e<br />
triglicerídeos. Para os de<br />
Quadro 3: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />
causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de grande porte.<br />
Fonte: Os autores.<br />
Quadro 4: Média geral do total de perdas do elenco de causas do setor de bioquímica para os<br />
laboratórios.<br />
Fonte: Os autores.<br />
Quadro 5: MTotal de perdas do setor de bioquímica por porte laboratorial, somatório das duas<br />
principais causas de perdas para os três portes e o percentual que este somatório representa do<br />
total de perdas, bem como o percentual representado pelo somatório das demais causas.<br />
Fonte: Os autores.<br />
68 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
P O I N T O F C A R E - F I A<br />
FLUORECARE<br />
P L A T A F O R M A Q U A N T I T A T I V A D E<br />
I M U N O F L U O R E S C Ê N C I A<br />
Analisador Confiável - CV%
GESTÃO LABORATORIAL<br />
grande porte, a terceira<br />
causa de perda é por<br />
parada de equipamentos,<br />
seguida pelas calibrações<br />
e pelo uso de<br />
controles externos. Eles<br />
não registraram perdas<br />
por desestabilização de<br />
reagentes. É importante<br />
ressaltar que o fato de<br />
não existirem registros<br />
em algumas situações,<br />
conforme descrito anteriormente,<br />
não significa<br />
a inexistência de eventos<br />
relativos às perdas, e<br />
sim que poderá ter havido<br />
falha humana neste<br />
momento.<br />
Quadro 6: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />
média mais um desvio padrão para laboratórios de pequeno porte.<br />
Fonte: Os autores.<br />
Os quadros 6, 7 e 8 apresentam,<br />
respectivamente,<br />
as médias do total de<br />
perdas por exame e do<br />
setor e o desvio padrão<br />
para os laboratórios clínicos.<br />
Eles nos permitem<br />
observar a impor-<br />
Quadro 7: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />
média mais um desvio padrão para laboratórios de médio porte.<br />
Fonte: Os autores.<br />
70 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
tância daquilo que<br />
chamamos valores razoáveis<br />
de perdas aceitáveis<br />
no setor de bioquímica.<br />
Fica evidente que<br />
o limite de um desvio<br />
padrão conduz a valores<br />
incompatíveis de custos<br />
decorrentes das perdas,<br />
se forem considerados<br />
os atuais níveis médios<br />
de remuneração dos<br />
exames do setor da bioquímica.<br />
Isto fica mais<br />
crítico pelo fato de que<br />
o Governo é o maior<br />
comprador dos serviços<br />
de análises clínicas<br />
do País e, normalmente<br />
a tabela adotada é a do<br />
Sistema Único de Saúde<br />
(SUS), muitas vezes com<br />
desconto.<br />
Quadro 8: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />
média mais um desvio padrão para laboratórios de grande porte.<br />
Fonte: Os autores.<br />
Gráfico 1: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />
pequeno porte.<br />
Fonte: Os autores.<br />
Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam,<br />
respectivamente,<br />
as médias do total<br />
de perdas por exame e<br />
Gráfico 2: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />
médio porte.<br />
Fonte: Os autores.
GESTÃO LABORATORIAL<br />
do setor e o erro padrão<br />
para os laboratórios clínicos<br />
de pequeno, médio<br />
e grande porte. Fica evidente<br />
que significativa<br />
parte do erro padrão<br />
estimado, decorre principalmente<br />
do desvio<br />
padrão e, este é influenciado<br />
somente por três<br />
exames: Amilase, Fosfatase<br />
Alcalina e Gama<br />
GT. Estes exames são os<br />
únicos que apresentam<br />
perdas acima da média<br />
do setor de bioquímica,<br />
nas amostras analisadas.<br />
Esta observação enseja<br />
que os gestores laboratoriais<br />
devem se preocupar<br />
na tomada de decisão<br />
sobre uma correta<br />
política de produção dos<br />
referidos parâmetros.<br />
Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam,<br />
respectivamente,<br />
as médias do total de perdas<br />
por exame e do setor<br />
Gráfico 3: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />
grande porte.<br />
Fonte: Os autores.<br />
e o erro padrão para os<br />
laboratórios de pequeno,<br />
médio e grande porte.<br />
Considerações finais<br />
Independentemente<br />
do<br />
porte do laboratório clínico,<br />
este estudo mostra<br />
- confirmando o princípio<br />
de Pareto - que somente<br />
duas causas de perdas de<br />
exames, são responsáveis<br />
sozinhas por valores acima<br />
de 85,90% do total<br />
das perdas (laboratórios<br />
clínicos de grande porte),<br />
atingindo 91,40% (porte<br />
médio) e 89,38% (pequeno<br />
porte). Conclui-se que<br />
os gestores dos laboratórios<br />
clínicos devem concentrar<br />
atenção prioritariamente<br />
em duas causas:<br />
1a – Perdas por uso indevido<br />
de controles internos<br />
e 2a – Perdas por repetição<br />
excessiva de exames.<br />
Ainda, somente três exames<br />
(Amilase, Fosfatase<br />
Alcalina e Gama GT) apresentam<br />
perdas acima da<br />
média do setor de bioquímica<br />
para todos os portes,<br />
o que se observa nas<br />
amostras analisadas.<br />
Estas constatações evidenciam<br />
que os gestores labo-<br />
72 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Seringa para<br />
Gasometria<br />
Facilite a coleta de amostras<br />
no seu laboratório e tenha<br />
mais precisão nos resultados.<br />
• Produto esterilizado por óxido de etileno.<br />
• Dispositivo médico de 3 partes, estéril, atóxico, apirogênico<br />
e de uso único.<br />
• Confeccionada em materiais plásticos médicos<br />
descartáveis, com vedação de borracha sintética e tampa<br />
luer lock ou luer slip.<br />
• Contém 72 UI de heparina de lítio seca ou líquida.<br />
• Graduada em 2 ml.<br />
Porque cuidado, segurança e confiabilidade devem fazer<br />
parte da sua rotina!<br />
(31) 3589 5000 gtgroupbrasil GT Group gtgroup.net.br
GESTÃO LABORATORIAL<br />
ratoriais devem se preocupar<br />
na tomada de decisão<br />
sobre uma correta política<br />
dutividade da operação,<br />
contribuindo, assim, para<br />
o almejado aumento da<br />
de Sistemas de Apoio às<br />
Decisões – SAD’s. A Unidos<br />
Consultoria e Treina-<br />
de produção, padronizan-<br />
competitividade dos nos-<br />
mento disponibiliza sof-<br />
do procedimentos que<br />
sos laboratórios clínicos.<br />
twares com tal propósito<br />
disciplinem os processos<br />
específico. Esperando ter-<br />
de uso dos controles inter-<br />
Conclusão<br />
mos contribuído para os<br />
nos e repetição de exames<br />
Não cansamos de repe-<br />
negócios na área das aná-<br />
(confirmatórios, diluições,<br />
tir, pela importância, que<br />
lises clínicas, nos despedi-<br />
etc.) e de terceirização dos<br />
não há outra forma para<br />
mos até a próxima edição<br />
parâmetros citados, com<br />
enfrentar as “novas” exi-<br />
da revista NewsLab.<br />
perdas sistematicamente<br />
acima da média.<br />
A adequada gestão destes<br />
três processos (uso dos<br />
gências do mercado: uma<br />
“nova” maneira de recepcionar,<br />
coletar e produzir<br />
exames, a não ser com<br />
competência total. Não<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
Humberto Façanha<br />
51-99841-5153<br />
humberto@unidosconsultoria.com.br<br />
www.unidosconsultoria.com.br<br />
controles internos, repe-<br />
custa lembrar que a ges-<br />
tição de exames e tercei-<br />
tão econômica e finan-<br />
rização), certamente irá<br />
ceira deve ser exercida<br />
diminuir os custos de pro-<br />
de forma profissional e,<br />
dução e aumentar a pro-<br />
de preferência, com uso<br />
Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />
Humberto Façanha<br />
TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />
Sistema de gestão profissional para<br />
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*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />
curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
www.unidosconsultoria.com.br<br />
74 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
GESTÃO LABORATORIAL<br />
A Greiner Bio-One apresenta o novo<br />
dashboard interativo para o eTrack.<br />
A atualização permite um controle<br />
personalizado dos dados laboratoriais,<br />
proporcionando uma interface fácil de usar.<br />
O novo recurso oferece maior segurança e<br />
proteção no acesso às informações.<br />
\ Rastreabilidade<br />
do tipo de tubo utilizado<br />
\ Número do lote<br />
\ Validade<br />
\ Ordem de coleta<br />
\ Material e paciente<br />
\ Localidade de atendimento<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
75
TRIAGEM SOROLÓGICA PARA<br />
PACIENTES INFECTADOS COM VÍRUS MAYARO<br />
A Febre do Mayaro é uma doença<br />
infecciosa febril aguda, frequentemente<br />
associada à artralgia<br />
persistente. É causada pelo arbovírus<br />
Mayaro (MAYV) pertencente<br />
ao gênero Alphavirus da família<br />
Togaviridae e é clinicamente indistinguível<br />
da febre da Dengue<br />
e Chikungunya. O vírus pode ser<br />
transmitido por mosquitos silvestres<br />
principalmente do gênero Haemagogus<br />
(mesmo mosquito que<br />
transmite a febre amarela) e estudos<br />
laboratoriais apontam que<br />
o vírus pode se adaptar a outros<br />
vetores que circulam nas cidades<br />
como o Aedes aegypti e o Aedes<br />
albopictus; por isso, considera-se<br />
haver risco potencial de transmissão<br />
urbana. Duas epidemias foram<br />
descritas no Brasil (1955, 1978) e<br />
uma na Bolívia (1955), desde então,<br />
casos esporádicos e surtos<br />
localizados têm sido registrados<br />
nas Américas, incluindo a região<br />
Amazônica do Brasil, principalmente<br />
nos estados das regiões<br />
Norte e Centro-Oeste. No início de<br />
2008, foi relatado um surto no estado<br />
do Pará, onde de um total de<br />
105 indivíduos que relataram um<br />
estado febril nos últimos 30 dias,<br />
36 tinham anticorpos IgM contra<br />
MAYV. Foi relatada a presença de<br />
anticorpos IgM contra o MAYV<br />
em 33 pacientes, e o genoma viral<br />
foi detectado em um deles em<br />
Manaus, durante um surto febril<br />
agudo no período de 2007–2008.<br />
Durante um surto de vírus da dengue<br />
em Mato Grosso, 15 de 604<br />
pacientes foram positivos para<br />
detecção de RNA de mayaro.<br />
monitoramento e a confirmação<br />
diagnóstica das infecções por<br />
MAYV. A diferenciação sorológica<br />
é dificultada devido à reatividade<br />
cruzada entre alfavírus. Moraes-<br />
-Soane, M et al., analisou o desempenho<br />
do teste Anti-Mayaro<br />
Virus ELISA IgM da EUROIMMUN<br />
utilizando soros de um painel<br />
composto por 21 pacientes MAYV<br />
positivos e 25 controles MAYV<br />
negativos. O teste Anti-Mayaro<br />
Virus ELISA IgM foi 100% (95% CI:<br />
81.8-100%) sensível e 76% (95%<br />
CI: 56.3-88.8%) específico. Resultados<br />
discrepantes foram obtidos<br />
em 6 amostras de pacientes<br />
infectados pelo vírus chikunguya<br />
(CHIKV, 5/6) ou flavivírus (1/6). A<br />
maioria dos desvios de ensaios<br />
foi provavelmente devido à reatividade<br />
cruzada com o CHIKV intimamente<br />
relacionado. Em conclusão,<br />
o teste Anti-Mayaro Virus<br />
ELISA IgM da EUROIMMUN fornece<br />
alta sensibilidade, permitindo<br />
triagem eficaz para pacientes infectados<br />
por MAYV e para fins de<br />
vigilância epidemiológica.<br />
Para saber mais, acesse:<br />
www.euroimmun.com.br/mayaro<br />
Referências Bibliográficas<br />
Moraes Soane M, Freitas Henriques D,<br />
Abreu Lima J, et al. Evaluation of A Novel<br />
IgM Screening Enzyme-Linked Immunosorbent<br />
Assay for Sensitive Detection of<br />
Mayaro Virus-Infected Patients. Microbiol<br />
Infect Dis. 2019; 3(2): 1-4.<br />
Esposito DLA, Fonseca BALD. Will Mayaro<br />
virus be responsible for the next outbreak<br />
of an arthropod-borne virus in Brazil? Braz<br />
J Infect Dis. 2017 Sep-Oct;21(5):540-544.<br />
PUBLIEDITORIAL<br />
Com o recente aumento de risco<br />
de infecção por MAYV, há<br />
necessidade urgente de testes<br />
laboratoriais que permitam o<br />
Para mais informações, entre em contato conosco:<br />
www.euroimmun.com.br/mayaro<br />
marketing@euroimmun.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
77
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MATÉRIA DE CAPA<br />
ALIFAX LANÇA REVOLUCIONÁRIO<br />
SISTEMA MOLECULAR MOUSE<br />
A tecnologia permite análise rápida<br />
e qualitativa de alvos moleculares de<br />
DNA e RNA por PCR em tempo real.<br />
A companhia italiana Alifax há mais<br />
de 30 anos desenvolve as melhores<br />
soluções para a área da saúde.<br />
A inovação pode ser vista em produtos<br />
e serviços nos segmentos<br />
de hematologia e bacteriologia. O<br />
compromisso da empresa é sempre<br />
se antecipar as necessidades do<br />
mercado mundial. Desde o início<br />
de suas atividades, a empresa tem<br />
como vocação o pioneirismo científico<br />
e tecnológico.<br />
O perfil empreendedor e visionário<br />
estimulou a expansão de suas operações.<br />
Hoje, possui cinco subsidiárias:<br />
Rússia, China, Alemanha, Espanha<br />
e Brasil. A rede de distribuição<br />
inclui mais de 100 países.<br />
No Brasil, atua desde 2018, sempre<br />
trazendo novidades e modernizando<br />
a maneira de trabalhar em microbiologia.<br />
Localizada na cidade<br />
de São Paulo, a subsidiária brasileira<br />
conta com uma equipe qualificada<br />
para atender as demandas comerciais,<br />
científicas e técnicas no Brasil<br />
e na América Latina. Além de possuir<br />
show-room para demonstração<br />
dos equipamentos e realização de<br />
treinamentos presenciais e on-line.<br />
O resultado dessas ações pode<br />
ser comprovado pela grande receptividade<br />
dos laboratórios clínicos<br />
e hospitais.<br />
A Alifax tem um programa voltado<br />
para inovação tecnológica e investigação<br />
científica. “Uma das estratégias<br />
para promover a divulgação<br />
do pensamento científico é a participação<br />
e a organização de seminários<br />
e conferências com o apoio<br />
de palestrantes nacionais e internacionais<br />
de referência”, explica Dr.<br />
Robson De Moraes, Diretor Geral da<br />
Alifax Brasil.<br />
A companhia possui amplo portfólio<br />
de patentes em todo o mundo<br />
nas áreas de hematologia e bacteriologia.<br />
É motivo de orgulho ter<br />
mais de 200 estudos publicados,<br />
usando tecnologia e instrumentos<br />
da empresa. Outra estratégia fundamental<br />
é a existência de infraestrutura<br />
técnico-científica, formada<br />
por equipes qualificadas na área de<br />
medicina laboratorial, engenharia e<br />
tecnologia da informação.<br />
Desde 2019, a Alifax traz como slogan<br />
“Por dentro da Inovação”. Esse<br />
conceito significa estar por dentro<br />
das inovações tecnológicas no<br />
âmbito da pesquisa e do diagnóstico.<br />
Em parceria com instituições<br />
de pesquisas do mundo todo, a<br />
Alifax está sempre ampliando sua<br />
plataforma de equipamentos e<br />
testes para microbiologia, como<br />
verificamos a seguir.<br />
80<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
MATÉRIA DE CAPA<br />
SISTEMA MOLECULAR MOUSE:<br />
PRONTO PARA USO<br />
Em 2022, Alifax lançou no Brasil o<br />
Sistema Molecular Mouse. Compacto<br />
e fácil de usar, é o primeiro<br />
sistema no mundo de qPCR portátil.<br />
A revolucionária tecnologia permite<br />
análise rápida e qualitativa de<br />
moléculas alvo de DNA e RNA por<br />
PCR em tempo real. O Sistema Molecular<br />
Mouse é composto por um<br />
instrumento que atua como termociclador<br />
e um software já instalado<br />
no PC, para execução de testes e<br />
monitoramento de resultados.<br />
O Lab-on-Chip é um microssistema<br />
eletricamente ativo que controla<br />
de forma precisa a temperatura da<br />
reação. É um dispositivo descartável<br />
baseado em um chip de silício<br />
fabricado usando tecnologia inovadora<br />
de semicondutores. Todos<br />
os reagentes necessários são liofilizados<br />
em cada micropoço (5 µl). O<br />
RFID ** tag armazena informações<br />
do produto e testes usados pelo<br />
software para realizar a análise.<br />
Permite 6 reações multiplex simultâneas<br />
em até 64 alvos diferentes:<br />
44 microrganismos e 20<br />
genes de resistência.<br />
O sistema traz benefícios que vão<br />
otimizar a rotina laboratorial:<br />
• O protocolo de análise automática<br />
começa com a leitura do RFID** tag;<br />
• Até 6 instrumentos podem ser<br />
gerenciados independentemente<br />
com uma sessão do software;<br />
• Gerenciamento de usuários de vários<br />
níveis;<br />
• Elaboração de dados precisos;<br />
• Conexão com LIS (Sistema de Informação<br />
Laboratorial);<br />
• Os resultados sobre a presença/<br />
ausência dos alvos são relatados<br />
junto com as curvas;<br />
• Interface amigável;<br />
• CE IVD.<br />
Os cartuchos Lab-on-Chip<br />
são prontos para uso.<br />
Estão disponíveis para<br />
Painel de Sepse e Leveduras.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
81
MATÉRIA DE CAPA<br />
FOCO EM CIÊNCIA<br />
Em 1988, na cidade italiana de<br />
Padova, a Alifax iniciou suas operações<br />
a partir do pioneirismo e<br />
visão estratégica de Paolo Galiano,<br />
tendo como base sua sólida<br />
experiência no mercado de<br />
diagnóstico laboratorial, voltado<br />
aos segmentos de hematologia,<br />
microbiologia, sorologia e autoimunidade.<br />
Em 1998, entrou<br />
em nova fase após a aquisição da<br />
Sire Analytical Systems. A companhia<br />
firmou sua posição no mercado<br />
italiano como produtora de<br />
instrumentação para diagnóstico<br />
clínico para análise da Velocidade<br />
de Hemossedimentação (VHS)<br />
e cultura bacteriana rápida. Esta<br />
ação possibilitou desenvolvimento<br />
rápido e bem-sucedido em<br />
todo o mundo.<br />
DIAGNÓSTICO DE SEPSE<br />
Aliado ao rápido e simples Sistema<br />
Molecular Mouse, a Alifax<br />
lançou os cartuchos para diagnóstico<br />
de sepse, diretamente<br />
de amostras de hemoculturas<br />
positivas, sem a necessidade de<br />
extração, exceto para cartucho<br />
de leveduras. Após um simples<br />
preparo prévio da amostra positiva,<br />
a Alifax tem disponível cartuchos<br />
para identificação e perfil<br />
de resistência para bactérias<br />
gram-negativas, com a possibilidade<br />
de identificar os principais<br />
alvos de resistência, como KPC,<br />
VIM, NDM, IMP, OXA-23, OXA-48,<br />
SHV, SHV ESBL, CTX-M-1/9 grupo,<br />
CTX-M-2/8 grupo, CMY-2,<br />
mcr-1, mcr-2. Para as bactérias<br />
gram-positivas, há disponível os<br />
cartuchos para identificação e<br />
perfil de resistência de estafilococos<br />
e não estafilococos. Para<br />
as leveduras há 9 tipos de espécies<br />
diferentes de Cândidas.<br />
82<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
MDRO - VILÕES<br />
DA RESISTÊNCIA<br />
ANTIMICROBIANA<br />
A resistência antimicrobiana representa<br />
uma ameaça crescente e<br />
pode comprometer as conquistas<br />
obtidas em relação à saúde da população<br />
mundial. Os causadores<br />
das resistências bacterianas são<br />
os Microrganismos Resistentes<br />
a Múltiplas Drogas (MDRO). Em<br />
geral, esses microrganismos, predominantemente<br />
bactérias, são<br />
resistentes a uma ou mais classes<br />
de agentes antimicrobianos. As<br />
infecções por MDRO têm manifestações<br />
clínicas semelhantes às<br />
infecções causadas por patógenos<br />
suscetíveis. As opções de tratamento<br />
de pacientes com essas<br />
infecções costumam ser limitadas.<br />
Organismos altamente resistentes<br />
merecem atenção especial nas<br />
instalações de saúde.<br />
A resistência bacteriana traz implicações<br />
diretas à segurança do<br />
paciente por aumentar o tempo<br />
de internação e as chances de readmissão<br />
hospitalar. Isso sem mencionar<br />
custos, uso de antibióticos<br />
de espectro estendido e o risco<br />
de mortalidade, principalmente<br />
devido à ausência de alternativas<br />
terapêuticas. Os mecanismos de<br />
resistência contra os antibióticos<br />
ß-lactâmicos e os carbapenêmicos<br />
têm emergido rapidamente<br />
em nível mundial. Infecções invasivas<br />
com cepas de bactérias resistentes<br />
estão associados a altas<br />
taxas de mortalidade, enfatizando<br />
a necessidade de programas de<br />
vigilância ativa voltados à prevenção<br />
da disseminação, principalmente<br />
no ambiente hospitalar.<br />
Em sintonia com esta exigência<br />
do mercado, a Alifax traz uma solução<br />
confiável, ágil e completa.<br />
Os kits de triagem Alifax MDRO<br />
são os únicos testes fenotípicos<br />
para a triagem eficaz de portadores<br />
e indivíduos infectados,<br />
que fornecem resultados em<br />
poucas horas com desempenho<br />
superior à cultura direta. Atualmente,<br />
a Alifax possui kits para a<br />
triagem fenotípica dos seguintes<br />
perfis de resistência: MRSA (Staphylococcus<br />
Aureus resistente à<br />
Meticilina), ESBL/AmpC (Enterobactérias<br />
produtoras de ESBL) e<br />
para Enterobactérias resistentes<br />
a Carbapenêmicos para a triagem<br />
de Swab de Vigilância e os<br />
resultados se dão entre 6h e 7h,<br />
dependendo do teste. Também<br />
possui Kits para triagem fenotípica<br />
dos perfis de resistência<br />
ESBL/AmpC (Enterobactérias<br />
produtoras de ESBL), para Enterobactérias<br />
resistentes a Carbapenêmicos<br />
e VRE (Enterococos<br />
resistentes à Vancomicina) para<br />
hemoculturas positivas com resultados<br />
em até 4,5h.<br />
Todos os kits são destinados para<br />
uso com os Sistemas de Cultura<br />
e Detecção Hb&L Uroquattro 60<br />
e 120 e Alfred60/AST. A corrida<br />
contra o tempo é fator essencial<br />
no momento de entregar o resultado<br />
assertivo ao médico. Segundo<br />
estudos publicados por Kumar<br />
(2006), cada hora de terapia antimicrobiana<br />
inadequada eleva<br />
as taxas de mortalidade do paciente<br />
para 7,5%. Estima-se que,<br />
em 2050, a resistência bacteriana<br />
será a principal causa de mortes<br />
no mundo, com a previsão de 100<br />
milhões de mortes. Esse aumento<br />
se deve também ao uso indiscriminado<br />
de antibióticos no tratamento<br />
de paciente internados. A<br />
falta de um Centro de Controle de<br />
Infecções Hospitalares em grande<br />
parte dos hospitais é o motivo<br />
desse aumento.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
83
MATÉRIA DE CAPA<br />
I-DONE<br />
O sistema ATR-FTIR, juntamente<br />
com o software I-dOne, identifica<br />
microrganismos em apenas<br />
1 minuto utilizando a técnica<br />
de Reflexão Total Atenuada - Espectroscopia<br />
de Infravermelho<br />
Transformada de Fourier, baseada<br />
na espectroscopia vibracional.<br />
Isso permite que as amostras<br />
sejam examinadas diretamente<br />
de colônias isoladas de meio de<br />
cultura sólido, sem a necessidade<br />
de preparação prévia das<br />
amostras. A luz infravermelha<br />
(IR) é capaz de penetrar alguns<br />
mícrons na amostra depositada<br />
no Elemento de Reflexão Interno<br />
(IRE). Após a interação com a<br />
amostra, as mudanças nas frequências<br />
de luz IR são detectadas<br />
e analisadas. Posteriormente,<br />
o software I-dOne interpreta o<br />
espectro de infravermelho microbiano<br />
adquirido, que pode<br />
ser considerado como sua impressão<br />
digital molecular. Analisando<br />
este espectro e comparando-o<br />
com uma biblioteca de<br />
espectros de amostras microbianas<br />
conhecidas, fornece uma<br />
identificação microbiana.<br />
Os resultados são relatados<br />
como ID de microrganismo junto<br />
com a pontuação de correspondência<br />
relativa que representa a<br />
confiabilidade da identificação<br />
a perfis vibracionais conhecidos<br />
de espécies presentes na base<br />
de dados de referência. Após o<br />
uso, a limpeza do equipamento<br />
é feita utilizando apenas etanol<br />
70%, e estará pronto para o uso<br />
novamente. A biblioteca de espectros<br />
de identificação de microrganismos<br />
está em constante<br />
atualização e atualmente, atende<br />
95% da epidemiologia clínica<br />
do laboratório e hospital.<br />
**RFID: Radio-Frequency Identification<br />
www.alifax.com<br />
ALIFAX Brasil<br />
Tel.: (11) 5533.9069<br />
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84<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Com o Kit Biomol ZDC,<br />
você terá a garantia de um<br />
diagnóstico rápido, preciso<br />
e confiável.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
A RADIOLOGIA E OS<br />
CUIDADOS PALIATIVOS<br />
Por Giovanni Guido Cerri<br />
Os cuidados paliativos,<br />
conjunto de práticas de<br />
assistência ao paciente<br />
com doença incurável,<br />
visa oferecer dignidade e<br />
diminuição de sofrimento<br />
e são expressamente<br />
reconhecidos no contexto<br />
do direito humano à<br />
saúde e devem ser fornecidos<br />
por meio de serviços<br />
de saúde integrados<br />
e centrados no paciente[i].No<br />
entanto, de acordo<br />
com a OMS, a prestação<br />
desses serviços está<br />
aquém da necessidade<br />
na maioria dos países. A<br />
cada ano, estima-se que<br />
mais de 56,8 milhões de<br />
pessoas precisam de cuidados<br />
paliativos, mas<br />
apenas uma em cada 10<br />
dessas pessoas recebem<br />
o serviço. A estimativa é<br />
que, em 2060, a necessidade<br />
de cuidados paliativos<br />
deverá quase dobrar.<br />
No Brasil, um avanço significativo<br />
foi a criação da<br />
Política Nacional de Cui-<br />
dados Paliativos, instituída<br />
em 2012. Essa política<br />
traça diretrizes para a<br />
organização e integração<br />
dos serviços de cuidados<br />
paliativos em todos<br />
os níveis de atenção à<br />
saúde no país. Além disso,<br />
várias instituições e<br />
organizações brasileiras<br />
se concentram na educação,<br />
advocacia e pesquisa<br />
na área. O SUS já oferece<br />
cuidados paliativos,<br />
porém, apesar desses<br />
esforços, ainda existem<br />
desafios na implementação<br />
e acessibilidade do<br />
tratamento em todo o<br />
país. Há escassez de profissionais<br />
de saúde especializados<br />
e formados<br />
para a prática, sobretudo<br />
nas zonas rurais.<br />
O que nem todos sabem<br />
é que a área de radiologia<br />
desempenha papel<br />
crucial no apoio à equipe<br />
multidisciplinar envolvida<br />
nesse tipo de atendimento,<br />
fornecendo<br />
informações valiosas de<br />
diagnóstico e auxiliando<br />
no manejo dos sintomas.<br />
Destaco aqui algumas:<br />
Diagnóstico e monitoramento<br />
de condições:<br />
por meio de técnicas de<br />
imagem, como raios-X,<br />
tomografia computadorizada,<br />
ressonância magnética<br />
e ultrassom, pode<br />
ajudar a diagnosticar e<br />
monitorar várias doenças<br />
e condições. Essas<br />
modalidades de imagem<br />
podem fornecer informações<br />
detalhadas sobre a<br />
extensão e progressão de<br />
uma doença, ajudando<br />
os profissionais de saúde<br />
a entender melhor a<br />
condição do paciente e<br />
tomar decisões informadas<br />
sobre as opções de<br />
tratamento paliativo.<br />
Orientação de procedimentos<br />
intervencionistas:<br />
guiados por<br />
radiologia podem ser<br />
empregados para aliviar<br />
os sintomas e melhorar<br />
86 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
a qualidade de vida de<br />
pacientes em cuidados<br />
paliativos. Técnicas como<br />
biópsias guiadas por imagem,<br />
bloqueios nervosos<br />
e drenagem percutânea<br />
podem ajudar a aliviar a<br />
dor, controlar os sintomas<br />
e gerenciar as complicações.<br />
Avaliação da resposta ao<br />
tratamento: a radiologia<br />
pode ser usada para<br />
avaliar a resposta a tratamentos<br />
paliativos, como<br />
quimioterapia ou radioterapia.<br />
Modalidades de<br />
imagem, como tomografia<br />
computadorizada e<br />
PET, podem avaliar alterações<br />
no tamanho do<br />
tumor, atividade metabólica<br />
ou carga geral da<br />
doença, permitindo que<br />
os profissionais de saúde<br />
ajustem os planos de tra-<br />
tamento de acordo e otimizem<br />
o gerenciamento<br />
de sintomas.<br />
Identificação de complicações:<br />
pacientes em cuidados<br />
paliativos podem<br />
apresentar complicações<br />
relacionadas à sua condição<br />
ou tratamento. A<br />
radiologia pode detectar<br />
e monitorar essas complicações,<br />
como infecções,<br />
trombose ou efeitos<br />
adversos da terapia. A<br />
detecção precoce permite<br />
a intervenção imediata<br />
e o manejo adequado,<br />
levando a melhores resultados<br />
para os pacientes.<br />
Apoio à equipe multidisciplinar:<br />
os radiologistas<br />
podem colaborar com<br />
outros profissionais de<br />
saúde, incluindo especialistas<br />
em cuidados paliativos,<br />
oncologistas, cirurgiões<br />
e enfermeiros, para<br />
fornecer cuidados abrangentes<br />
aos pacientes. Ao<br />
compartilhar achados de<br />
imagem e discutir planos<br />
de tratamento, eles<br />
podem contribuir para<br />
o desenvolvimento de<br />
estratégias de cuidados<br />
paliativos personalizadas<br />
e centradas no paciente.<br />
A colaboração entre<br />
radiologistas e especialistas<br />
em cuidados paliativos<br />
é essencial para<br />
a atenção integral ao<br />
paciente. Juntos, podemos<br />
fornecer diagnóstico<br />
preciso, gerenciamento<br />
eficaz de sintomas e planejamento<br />
de tratamento<br />
personalizado, mas,<br />
especialmente elevar o<br />
debate e avançar na sua<br />
aplicabilidade.<br />
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
[i] OMS – “Cuidados Paliativos” – Disponível em: https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care. Último acesso: 30/05/2023.<br />
Autor:<br />
Giovanni Guido Cerri<br />
Médico, é presidente do Conselho do Instituto de Radiologia e presidente do Conselho de Inovação (InovaHC) do Hospital<br />
das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Foi diretor da FMUSP, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São<br />
Paulo (Icesp) e secretário de Estado da Saúde de São Paulo.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
87
ANÁLISES CLÍNICAS<br />
POR QUE AS ENZIMAS TGO E TGP<br />
TIVERAM SEUS NOMES ALTERADOS?<br />
Por Brunno Câmara<br />
No Brasil, ainda é muito<br />
comum usarmos os termos<br />
TGO (Transaminase<br />
Glutâmico Oxalacética) e<br />
TGP (Transaminase Glutâmico<br />
Pirúvica) para nos<br />
referirmos a essas enzimas<br />
de grande importância<br />
clínica.<br />
Porém, você sabia que<br />
esses não são os termos<br />
mais adequados e<br />
atuais?<br />
Em 1972, a Federação<br />
Internacional de Química<br />
Clínica (IFCC) recomendou<br />
que os nomes dessas<br />
enzimas fossem alterados<br />
para refletir melhor<br />
a especificidade de seus<br />
substratos.<br />
Em 1983, uma nova revisão<br />
da IFCC recomendou<br />
que os nomes dessas<br />
enzimas fossem alterados<br />
para refletir sua função<br />
(transferência de um grupo<br />
amina de um aminoácido<br />
para um cetoácido).<br />
De TGO para AST<br />
A Aspartato Transaminase<br />
(AST / código oficial<br />
EC 2.6.1.1) era conhecida<br />
como Transaminase<br />
Glutâmico Oxalacética<br />
(TGO).<br />
A mudança do seu nome<br />
aconteceu por que foi<br />
identificado que ela catalisa,<br />
primariamente, a<br />
transferência de um grupo<br />
amina do ASPARTATO<br />
para o 2-OXOGLUTARA-<br />
TO, e não do oxaloacetato<br />
para o glutamato.<br />
De TGP para ALT<br />
A Alanina Transaminase<br />
(ALT / código oficial EC<br />
2.6.1.2) era conhecida<br />
como Transaminase Glutâmico<br />
Pirúvica (TGP).<br />
88 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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para os sistemas bioquímicos, fluidos<br />
e ópticos. O sequenciaador é<br />
acompanhado do loader MGIDL-T7<br />
que carrega as DNBs de forma<br />
uniforme nas flow cells.<br />
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ANÁLISES CLÍNICAS<br />
A mudança do seu nome<br />
aconteceu por que foi<br />
identificado que ela catalisa,<br />
primariamente, a<br />
transferência de um grupo<br />
amina da ALANINA<br />
para o 2-OXOGLUTARA-<br />
TO, e não do piruvato<br />
para o glutamato.<br />
Apesar dessas mudanças,<br />
os termos antigos<br />
ainda constam nas listas<br />
de nomenclaturas sinônimas<br />
dessas enzimas.<br />
“Ah, Brunno, então<br />
é errado falar TGO e<br />
TGP?”<br />
Não é errado, por enquanto.<br />
Mas, também, não é o<br />
mais adequado. Na prática<br />
clínica nada muda.<br />
Mudanças em nomenclaturas<br />
médicas/científicas<br />
podem demorar muito<br />
para serem incorporadas<br />
na linguagem.<br />
Nesses casos, há um<br />
momento em que os dois<br />
termos são utilizados, até<br />
que o novo sobreponha<br />
o velho.<br />
No caso dessas transaminases,<br />
a mudança no<br />
Brasil está demorando a<br />
“pegar”. Os nomes TGO<br />
e TGP ainda são muito<br />
difundidos entre os profissionais<br />
de saúde.<br />
Fora daqui a mudança já<br />
foi bem incorporada e o<br />
nomes mais comumente<br />
utilizados são AST e ALT.<br />
Função enzimática<br />
As transaminases são<br />
enzimas da classe das<br />
transferases.<br />
Essa classe corresponde<br />
a enzimas que fazem<br />
a transferência de um<br />
grupo (ex.: metil) de<br />
uma molécula (doadora)<br />
para outra molécula<br />
(receptora).<br />
Especificamente, as transaminases<br />
realizam uma<br />
reação chamada de transaminação,<br />
ou seja, transferem<br />
um grupo amina<br />
de um aminoácido para<br />
um cetoácido.<br />
Aspartato transferase<br />
(AST)<br />
Como dito anteriormente,<br />
a AST faz a transferência<br />
de um grupo amina<br />
do aminoácido aspartato<br />
para o cetoácido<br />
2-oxoglutarato.<br />
Como produto dessa<br />
reação, tem-se a formação<br />
de oxaloacetato e<br />
glutamato.<br />
A conversão do aspartato<br />
para oxaloacetato<br />
é muito importante,<br />
pois ele é precursor de<br />
muitos outros aminoácidos,<br />
como asparagina,<br />
metionina, treonina<br />
e isoleucina.<br />
90 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Essa conversão também<br />
é importante na regulação<br />
da gliconeogênese<br />
(produção de glicose a<br />
partir de outras fontes,<br />
como os aminoácidos).<br />
Por fim, essa reação também<br />
está relacionada à<br />
produção de energia, já<br />
que é uma das etapas<br />
do ciclo do ácido cítrico<br />
(ciclo de Krebs).<br />
Alanina Transaminase<br />
(ALT)<br />
De modo semelhante, a<br />
ALT faz a transferência de<br />
um grupo amina do aminoácido<br />
alanina para o<br />
cetoácido 2-oxoglutarato.<br />
Como produto dessa reação,<br />
tem-se a formação<br />
de piruvato e glutamato.<br />
A ALT também atua na<br />
gliconeogênese, por<br />
meio da conversão de<br />
piruvato para alanina,<br />
que pode ser transportada<br />
para o fígado e convertida<br />
novamente em<br />
piruvato e então em glicose.<br />
O piruvato é muito<br />
importante no metabolismo<br />
da glicose.<br />
Outra função importante<br />
da ALT, encontrada primariamente<br />
no fígado, é<br />
a produção de glutamato.<br />
O glutamato é um aminoácido<br />
intermediário na<br />
excreção de amônia, que<br />
passa por uma reação de<br />
deaminação (remoção de<br />
grupos amina).<br />
Então, podemos dizer<br />
que a ALT participa da<br />
conversão hepática de<br />
amônia (tóxica) em ureia<br />
(menos tóxica).<br />
ANÁLISES CLÍNICAS<br />
Referências<br />
Enzime Classification (EC) Protein Data Bank<br />
(PDB). Enzyme Structures Database.<br />
Moriles KE, Azer SA. Alanine Amino Transferase.<br />
[Updated 2022 Nov 2]. In: StatPearls<br />
[Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls<br />
Publishing; 2022 Jan-.<br />
Lala V, Zubair M, Minter DA. Liver Function<br />
Tests. [Updated 2022 Oct 5]. In: StatPearls<br />
[Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls<br />
Publishing; 2022 Jan-.<br />
Autor:<br />
Brunno Câmara<br />
Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de<br />
Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia /<br />
experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />
Contato: @biomedicinapadrao<br />
FONTE: BIOMEDICINA PADRÃO<br />
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2023/03/por-que-as-enzimas-tgo-e-tgp-tiveram.html<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
91
NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />
A BANALIZAÇÃO DO TDAH<br />
E A CONFUSÃO NO DIAGNÓSTICO DE PESSOAS COM<br />
DISTÚRBIO DAS REDES SOCIAIS<br />
Por Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />
Cada vez mais uma série<br />
de condições mentais<br />
têm se tornado mais presentes<br />
e os prejuízos à<br />
saúde mental são bastante<br />
frequentes. TDAH,<br />
TOC, ansiedade, entre<br />
outras, têm se tornado<br />
comuns, no entanto, com<br />
isso surgiu um movimento<br />
de banalização dessas<br />
condições, em especial<br />
do TDAH, o que cria confusões<br />
em diagnósticos.<br />
Os sintomas de TDAH são<br />
bem delimitados, como<br />
a dificuldade de se ater<br />
a detalhes e manter a<br />
atenção em determinadas<br />
informações, apatia<br />
a algumas situações,<br />
dificuldade em finalizar<br />
tarefas, em se organizar,<br />
realizar planejamentos,<br />
seguir instruções e facilidade<br />
para perder coisas,<br />
mas apesar de estarem<br />
bem estabelecidos, eles<br />
são comumente associados<br />
a comportamentos<br />
comuns do dia a dia,<br />
pequenos esquecimentos<br />
ou desatenções absolutamente<br />
normais são<br />
tidas como provas cabais<br />
da condição.<br />
Esse tipo de banalização<br />
está intrinsecamente ligada<br />
à cultura das redes<br />
sociais, excesso de informações<br />
e o organismo<br />
“viciado” em dopamina<br />
que tem cada vez mais<br />
necessidade da substância,<br />
o que faz com que o<br />
indivíduo encontre no<br />
diagnóstico de TDAH uma<br />
alternativa para suprir<br />
essas necessidades e compreender<br />
as limitações trazidas<br />
por essas alterações<br />
da sociedade.<br />
O que é o TDAH - Transtorno<br />
de Déficit de Atenção<br />
e Hiperatividade?<br />
O Transtorno do Déficit<br />
de Atenção e Hiperatividade<br />
(TDAH) é uma condição<br />
neurobiológica que<br />
afeta o desenvolvimento,<br />
ela está associada a disfunções<br />
nas vias dopaminérgicas<br />
do cérebro, bem<br />
como a um corpo caloso<br />
com espessura reduzida.<br />
Os principais aspectos<br />
do TDAH incluem dificuldade<br />
em manter a<br />
atenção focada, hiperatividade<br />
e impulsividade,<br />
embora o portador<br />
92 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />
de TDAH possa prestar<br />
atenção em múltiplos<br />
tivo e psicoterapia, a fim<br />
de estabelecer uma rotina<br />
O TDAH não possui uma<br />
causa única específica,<br />
estímulos, ele encontra<br />
criativa e auxiliar o indiví-<br />
mas evidências sugerem<br />
dificuldade em selecio-<br />
duo a lidar com os sinto-<br />
a presença frequente de<br />
nar e manter o foco em<br />
mas do transtorno.<br />
fatores genéticos heredi-<br />
uma tarefa específica.<br />
tários, pesquisas indicam<br />
Também pode apresen-<br />
Embora uma pessoa<br />
que o TDAH pode envol-<br />
tar dificuldade em se<br />
com TDAH possa apren-<br />
ver anomalias nos neu-<br />
engajar completamente<br />
der a gerenciar o trans-<br />
rotransmissores, que são<br />
em uma atividade e ten-<br />
torno e reduzir seus sin-<br />
substâncias<br />
responsá-<br />
de a abandonar aquilo<br />
tomas, na idade adulta<br />
veis por transmitir impul-<br />
que não lhe proporciona<br />
ela ainda será portadora<br />
sos nervosos no cérebro,<br />
prazer, esses sintomas<br />
da condição.<br />
além disso, diversos fato-<br />
tendem a se manifes-<br />
res de risco foram identi-<br />
tar durante a infância,<br />
Além disso, atualmente,<br />
ficados, como baixo peso<br />
especialmente durante<br />
devido ao aumento do<br />
ao nascer, traumatismo<br />
o processo de alfabeti-<br />
uso excessivo de telas<br />
craniano, infecção cere-<br />
zação, quando a crian-<br />
e redes sociais, muitas<br />
bral, deficiência de fer-<br />
ça precisa desenvolver<br />
pessoas estão atribuin-<br />
ro, apneia obstrutiva do<br />
habilidades sociais além<br />
do características com-<br />
sono e exposição a subs-<br />
do aprendizado escolar.<br />
portamentais aos traços<br />
tâncias como chumbo,<br />
do TDAH, realizando<br />
álcool, tabaco ou coca-<br />
Apenas a medicação não é<br />
autodiagnósticos<br />
para<br />
ína durante a gestação,<br />
capaz de ensinar compor-<br />
justificar a falta de esfor-<br />
ele também está asso-<br />
tamentos, mas em alguns<br />
ço ou recebendo diag-<br />
ciado a eventos traumá-<br />
casos, pode-se combinar<br />
nósticos<br />
equivocados<br />
ticos durante a infância,<br />
o uso de medicamentos<br />
por parte de profissio-<br />
como violência, abuso<br />
com treinamento cogni-<br />
nais pouco preparados.<br />
ou negligência.<br />
94 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Seu diagnóstico é realizado<br />
clinicamente, por<br />
meio de uma abordagem<br />
que envolve avaliações<br />
médicas, educacionais e<br />
psicológicas, é necessário<br />
o trabalho de uma equipe<br />
multidisciplinar em<br />
conjunto com os pais da<br />
criança, buscando identificar<br />
a coerência entre os<br />
comportamentos observados<br />
e os sintomas<br />
característicos do TDAH.<br />
Embora os sinais que o<br />
indicam possam estar<br />
presentes em diferentes<br />
graus em qualquer indivíduo,<br />
especialmente em<br />
crianças, é importante<br />
reforçar que no caso das<br />
pessoas com o transtorno,<br />
esses sinais manifestam-<br />
-se de forma simultânea<br />
e consistente, portanto,<br />
para um diagnóstico preciso<br />
e assertivo do TDAH,<br />
é fundamental realizar<br />
uma avaliação detalhada<br />
em vários aspectos da<br />
vida da criança.<br />
Impacto de mudanças<br />
na sociedade e efeito<br />
das redes sociais no<br />
TDAH<br />
Os casos de Transtorno<br />
do Déficit de Atenção e<br />
Hiperatividade (TDAH)<br />
têm apresentado um<br />
aumento significativo em<br />
todo o mundo, estudos<br />
já apontam que a predisposição<br />
genética desempenhe<br />
um papel fundamental,<br />
envolvendo a<br />
presença de variantes<br />
de nucleotídeos únicos<br />
e mutações que podem<br />
ser hereditárias ou surgir<br />
durante o desenvolvimento<br />
embrionário.<br />
Além dos fatores genéticos,<br />
o ambiente também<br />
exerce uma importante<br />
influência no espectro do<br />
TDAH, o aumento de casos<br />
pode estar relacionado<br />
às mudanças ambientais<br />
decorrentes do avanço<br />
tecnológico e exposição a<br />
substâncias nocivas.<br />
É essencial considerar<br />
que o adiamento da idade<br />
para a maternidade e<br />
paternidade, que tem se<br />
mostrado um movimento<br />
cada vez mais forte,<br />
também pode contribuir,<br />
uma vez que os espermatozoides<br />
são produzidos<br />
ao longo da vida masculina,<br />
e essa produção contínua<br />
pode resultar em<br />
mutações genéticas.<br />
A cultura das redes<br />
sociais é outro fator<br />
importante que está<br />
moldando o cérebro,<br />
devido ao excesso de<br />
informação e necessidade<br />
maior de mais liberação<br />
de dopamina devido<br />
ao ciclo da recompensa<br />
exacerbado propositado<br />
pelas redes sociais, o<br />
cérebro é treinado a precisar<br />
desempenhar múltiplas<br />
atenções e, ele não<br />
é preparado para isso.<br />
NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
95
NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />
Essa cultura está gerando<br />
uma série de transtornos<br />
O cérebro de um paciente<br />
com TDAH<br />
sos e tomar decisões<br />
adequadas, além disso,<br />
que se enquadram na<br />
No cérebro de pacientes<br />
o córtex cingulado ante-<br />
personalidade dramática,<br />
com Transtorno do Défi-<br />
rior também desempe-<br />
como histriônico, narci-<br />
cit de Atenção e Hipera-<br />
nha um papel importan-<br />
sismo, borderline, socio-<br />
tividade (TDAH), ocorrem<br />
te no controle cognitivo<br />
patia, entre outros, o que<br />
diferenças<br />
significativas<br />
e emocional, em indi-<br />
gera sintomas, como<br />
nas áreas responsáveis<br />
víduos com TDAH, essa<br />
dificuldade no foco aten-<br />
pelo controle da atenção,<br />
região pode apresentar<br />
cional, que comumente<br />
regulação do comporta-<br />
anormalidades,<br />
afetan-<br />
são justificados através<br />
mento e inibição de res-<br />
do a capacidade de sele-<br />
do auto diagnóstico de<br />
postas impulsivas, elas se<br />
cionar e priorizar infor-<br />
TDAH, usado como uma<br />
envolvem principalmen-<br />
mações relevantes.<br />
forma de vitimismo,<br />
te o córtex pré-frontal, o<br />
impedindo que a real raiz<br />
córtex cingulado anterior<br />
O corpo estriado, uma<br />
do problema seja tratada.<br />
e o corpo estriado.<br />
estrutura envolvida na<br />
modulação da atenção e<br />
A impulsividade e a<br />
No córtex pré-frontal,<br />
do movimento, também<br />
hiperatividade<br />
tam-<br />
que desempenha um<br />
pode estar relacionado<br />
bém fazem parte dessas<br />
papel crucial no controle<br />
ao TDAH, alguns estu-<br />
consequências, já que,<br />
executivo e na regulação<br />
dos sugerem que pesso-<br />
o ciclo da recompensa<br />
do comportamento, há<br />
as com TDAH podem ter<br />
contribui para o aumen-<br />
evidências de menor ati-<br />
níveis reduzidos de dopa-<br />
to da ansiedade e libe-<br />
vidade e menor volume<br />
mina, um neurotrans-<br />
ração de hormônios que<br />
em pessoas com TDAH,<br />
missor importante para<br />
causam<br />
impulsividade<br />
o que pode resultar em<br />
a regulação do humor e<br />
assim como a mudança<br />
dificuldades para manter<br />
da motivação, afetando a<br />
neuroanatômica.<br />
o foco, controlar impul-<br />
função do corpo estriado.<br />
96 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />
No entanto, é importante<br />
ressaltar que o TDAH<br />
é um transtorno complexo<br />
e que a compreensão<br />
exata das alterações<br />
cerebrais ainda não está<br />
totalmente elucidada, a<br />
interação entre fatores<br />
genéticos, ambientais e<br />
neurobiológicos contribui<br />
para o desenvolvimento<br />
e manifestação<br />
do TDAH.<br />
Nosso cérebro nosso<br />
processo evolutivo<br />
ocorre de forma mais<br />
lenta que a tecnologia,<br />
são necessários milhares<br />
de anos para essa adaptação,<br />
e toda adaptação<br />
deve considerar o instinto<br />
de sobrevivência,<br />
pois a morte é real e não<br />
virtual, mas atualmente,<br />
em um contexto totalmente<br />
diferente, nosso<br />
de foco e atenção, hiperatividade,<br />
entre outros,<br />
o que faz com que eles<br />
sejam facilmente confundidos<br />
com TDAH, o que<br />
complexifica e confunde<br />
o diagnóstico e tratamento<br />
da condição.<br />
Esse diagnóstico equivocado<br />
gera uma banalização<br />
da condição,<br />
associando-a a aconteci-<br />
Banalização dos sintomas<br />
de TDAH<br />
As redes sociais ganharam<br />
um grande destaque<br />
nos últimos anos e<br />
passaram a ocupar várias<br />
horas do dia, o que gerou<br />
impactos ao cérebro dos<br />
usuários e desencadeou<br />
cérebro não consegue<br />
acompanhar adequadamente<br />
essas inovações,<br />
fazendo com que haja<br />
desequilíbrios.<br />
Esses desequilíbrios<br />
podem gerar diversos sintomas<br />
como ansiedade,<br />
mentos comuns e, muitas<br />
vezes, associados a outras<br />
realidades, o que pressiona<br />
para baixo o grau do<br />
que é considerado normal,<br />
o que é perigoso e<br />
inviabiliza o diagnóstico<br />
e tratamento adequado<br />
para quem realmente<br />
uma série de condições.<br />
depressão,<br />
dificuldade<br />
possui a condição.<br />
Autor:<br />
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />
www.deabreu.pt - www.pressmf.global - Instagram @fabianodeabreuoficial<br />
Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society (Mais de 200 membros da Sigma Xi receberam o Prêmio Nobel), Membro da Society for<br />
Neuroscience (USA), Membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association (USA), Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também<br />
Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e Genômica.<br />
98 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
MICRORGANISMOS E SAÚDE<br />
HISTOPLASMOSE EM PESSOAS VIVENDO<br />
COM HIV(PVHIV):<br />
DIAGNÓSTICO E PROTOCOLO TERAPÊUTICO.<br />
Por Gleiciere Maia Silva<br />
A Histoplasmose é uma<br />
micose sistêmica causada<br />
por um fungo dimórfico,<br />
Histoplasma capsulatum.<br />
O agente etiológico possui<br />
variedades que são:<br />
Histoplasma capsulatum<br />
var capsulatum e Histoplasma<br />
capsulatum var<br />
duboisii. A aquisição da<br />
micose está na inalação<br />
de esporos concentrados<br />
em uma ampla variedade<br />
de locais, mas frequentes<br />
em fezes de alguns pássaros,<br />
morcegos e afins.<br />
Apesar da clínica desta<br />
micose, ser em sua maioria,<br />
uma doença branda<br />
ou assintomática, pode<br />
causar quadros respiratórios<br />
graves, que podem<br />
evoluir para insuficiência<br />
respiratória, ou de doença<br />
disseminada, dependendo<br />
principalmente<br />
do status imunológico<br />
do indivíduo acometido.<br />
Por isso, é de extrema<br />
importância que profissionais<br />
da área da saúde<br />
que atendam pessoas<br />
com alteração na imunidade<br />
celular, tais como<br />
pessoas vivendo com HIV<br />
(PVHIV), tenha conhecimento<br />
sobre as características<br />
desta patologia<br />
(Brilhante, 2012).<br />
Pessoas com células<br />
TCD4+ > 300 células/<br />
mm3 geralmente apresentam<br />
manifestações<br />
limitadas ao aparelho<br />
respiratório. Imunodeprimidos<br />
graves (TCD4+ <<br />
150 células/mm3) apresentam<br />
risco mais elevado<br />
para histoplasmose<br />
disseminada, sendo os<br />
principais sinais e sintomas<br />
dessa forma clínica:<br />
febre, perda de peso,<br />
hepatoesplenomegalia,<br />
linfadenomegalia, alterações<br />
pulmonares e lesões<br />
mucocutâneas numerosas,<br />
que se iniciam como<br />
pápulas, progredindo<br />
para pequenos nódulos<br />
umbilicados e úlceras.<br />
O achado de pancitopenia<br />
é frequente, sendo<br />
menos comum o comprometimento<br />
osteoarticular,<br />
gastrintestinal e do<br />
sistema nervoso central<br />
(BRASIL, 2013).<br />
Em doentes com AIDS, o<br />
monitoramento a fim de<br />
diagnosticar esta doença,<br />
ocorre, principalmente,<br />
Figura 1: Células de Histoplasma capsulatum. Fonte: Oliveira, 2017<br />
100 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
quando a contagem de<br />
células TCD4+ é inferior<br />
a 50 células/mm3. Nesses<br />
casos, essa micose pode<br />
ser grave e, sem tratamento<br />
adequado, pode<br />
levar o paciente ao óbito<br />
(GON A.S et al., 1992;<br />
GBD, 2019).<br />
Se considerarmos que<br />
esta doença tem apresentação<br />
clínica semelhante<br />
à tuberculose e que<br />
ambas são comumente<br />
confundidas, é possível<br />
que em pessoas com<br />
HIV, mesmo sem graus<br />
avançados de imunossupressão,<br />
tenhamos uma<br />
presença significativa<br />
desta doença. Por isso,<br />
o recomendado é que<br />
aja uma investigação<br />
de Histoplasmose em<br />
PVHIV sobre os quais<br />
existem a suspeita de<br />
tuberculose (Siqueira,<br />
2017; Mendes, 2018).<br />
O diagnóstico laboratorial<br />
é o padrão ouro,<br />
e deverá ser realizado<br />
por meio de cultura de<br />
amostras biológicas, nas<br />
quais, serão observadas<br />
três diferentes formas de<br />
cultivo, conforme ilustraremos<br />
na figura abaixo:<br />
(A) Fase leveduriforme,<br />
(B) Fase de transição, (C)<br />
Fase filamentosa. Outras<br />
alternativas de diagnóstico<br />
são as reações<br />
sorológicas empregadas<br />
para a determinação de<br />
anticorpos específicos,<br />
como a imunodifusão<br />
em gel, a contraimunoeletroforese<br />
e a fixação<br />
de complemento. A<br />
detecção do antígeno<br />
polissacarídeo do agente<br />
na urina ou no soro<br />
por radioimunoensaio é<br />
um método rápido e sensível<br />
para o diagnóstico.<br />
A escolha do regime terapêutico<br />
deve ser orientada<br />
pela gravidade clínica.<br />
Assim, para fins de escolha<br />
do tratamento, classificam-se<br />
as formas clínicas<br />
em leve a moderada<br />
ou moderada a grave. A<br />
forma moderada a grave,<br />
caracteriza por presença<br />
de sinais indicativos<br />
de doença disseminada,<br />
tais como pancitopenia e<br />
instabilidade clínica, bem<br />
como comprometimento<br />
do SNC, disfunções orgânicas,<br />
incluindo insuficiência<br />
respiratória (Brasil,<br />
2013). Conforme recomendações<br />
o tratamento<br />
deverá ser realizado da<br />
seguinte maneira:<br />
Forma moderada a<br />
grave<br />
1. Tratamento inicial<br />
(pelo menos duas semanas):<br />
anfotericina B desoxicolato<br />
0,7 a 1 mg/kg/<br />
dia (totalizando cerca de<br />
35 mg/kg de peso).<br />
2. Consolidação (por pelo<br />
menos 12 meses): itraconazol<br />
200 mg duas vezes<br />
ao dia. Após 12 meses de<br />
consolidação, deve-se<br />
considerar mudança para<br />
a fase de manutenção<br />
(profilaxia secundária)<br />
em pacientes com cura<br />
clínica e sem sinais radiológicos<br />
e sorológicos de<br />
doença ativa.
MICRORGANISMOS E SAÚDE<br />
3. Manutenção (tempo<br />
indeterminado): itraconazol<br />
200 mg/dia. Considerar<br />
a suspensão após<br />
o período mínimo de um<br />
ano de tratamento de<br />
manutenção, ausência<br />
de sintomas e LT-CD4+ ><br />
150 células/mm3, estável<br />
por mais de seis meses.<br />
A forma leve a moderada<br />
(não meníngea),<br />
consiste em:<br />
1. Tratamento inicial<br />
(até melhora clínica):<br />
itraconazol 200 mg três<br />
vezes ao dia;<br />
2. Consolidação (por pelo<br />
menos 12 meses): itraconazol<br />
200 mg duas vezes<br />
ao dia;<br />
3. Manutenção (tempo<br />
indeterminado): itraconazol<br />
200 mg/dia. Considerar<br />
a suspensão após<br />
um tempo mínimo de<br />
um ano de tratamento de<br />
manutenção, a ausência<br />
de sintomas e LT-CD4+ ><br />
150 células/mm3, estável<br />
por mais de seis meses.<br />
Nos casos de formas leves<br />
a moderadas, o fluconazol<br />
pode ser considerado<br />
uma alternativa para tratamento<br />
inicial e/ou consolidação,<br />
devendo ser<br />
administrado em dose de<br />
600 mg/dia inicialmente e<br />
400 mg/dia após melhora<br />
clínica (BRASIL, 2013).<br />
A Histoplasmose é uma<br />
doença ainda bastante<br />
comum, porém o seu<br />
quadro clínico inespecífico<br />
que acontecem em<br />
pessoas com grau avançado<br />
de imunossupressão.<br />
Dessa forma, são<br />
responsáveis por morbimortalidade<br />
significativa<br />
em PVHIV. Nestes pacientes<br />
a profilaxia está relacionada<br />
a redução da<br />
carga viral e incremento<br />
dos linfócitos CTD4,<br />
relacionados ao uso da<br />
TARV (terapia antirretroviral),<br />
reduzindo inclusive<br />
menos complicações<br />
clínicas. Desta maneira,<br />
o desenvolvimento e disseminação<br />
de recursos<br />
diagnósticos mais facilmente<br />
acessíveis a sociedade<br />
é fundamental para<br />
poder reduzir a elevada<br />
morbimortalidade associada<br />
com essa micose.<br />
Referências:<br />
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância<br />
em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.<br />
Doenças infecciosas e parasitárias: guia de<br />
bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância<br />
em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.<br />
– 8. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.<br />
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância<br />
em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica<br />
Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para<br />
manejo da infecção pelo HIV em adultos. – Brasília:<br />
Ministério da Saúde, 2013.<br />
BRILHANTE, R. S. N.; FECHINE, M. A. B.; MESQUITA, J.<br />
R. L.; CORDEIRO, R. A.; ROCHA, M. F. G.; MONTEIRO, A.<br />
J.; LIMA, R. A. C.; CAETANO, É. P.; PEREIRA, J. F.; CAS-<br />
TELO-BRANCO, D. S. C. M.; CAMARGO, Z. P.; SIDRIM,<br />
J. J. C. Histoplasmosis in HIV-positive patients in<br />
Ceará, Brazil: Clinical-laboratory aspects and in vitro<br />
antifungal susceptibility of Histoplasma capsulatum<br />
isolates. Transactions of the Royal Society of Tropical<br />
Medicine and Hygiene, v. 106, n. 8, p. 484–488, 2012.<br />
FERREIRA. M. S. BORGES A. S. Histoplasmose. Rev. Soc.<br />
Bras. Med. Trop. vol.42 no.2 Uberaba Mar./Apr. 2009.<br />
GBD. HIV collaborators. Global, regional, and national<br />
incidence, prevalence, and mortality of HIV,<br />
1980–2017, and forecasts to 2030, for 195 countries<br />
and territories: a systematic analysis for the Global<br />
Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study<br />
2017. Lancet HIV. Aug 19. pii: S2352-3018(19) 30196-<br />
1.doi: 10.1016/S2352-3018(19)30196- 1, 2019.<br />
GON AS, FRANCO C, MAIA IL, RODRIGUES VSM, POZ-<br />
ZETI EMO, ANTÔNIO JR. Histoplasmose cutânea na<br />
síndrome de imunodeficiência adquirida - relato de<br />
4 casos. An Bras Dermatol;67: 221-6. 1992.<br />
MENDES. ISABEL CRISTINA MENDES. Histoplasmose<br />
pode ser tão mortal quanto tuberculose em pessoas<br />
com HIV. 2018<br />
SIQUEIRA. T. M. Epidemiologia da Histoplasmose em<br />
pessoas vivendo com HIV na região metropolitana<br />
de Porto Alegre. Sefic unilasalle, 2017.<br />
Autora:<br />
Gleiciere Maia Silva<br />
Biomédica, Doutora em Medicina Tropical/UFPE com linha de pesquisa em doenças infecto-parasitarias. Sua pesquisa envolveu com Infecções<br />
Fúngicas Invasivas em PVHIV (pessoas vivendo com HIV/AIDS) através da realização do diagnóstico pela técnica de Espectrometria de Massa<br />
(MALDI TOF MS), sensibilidade antifúngica e caracterização de biofilme dos isolados. É Mestre em Biologia de Fungos, especialista em Micologia<br />
pela Universidade Federal de Pernambuco. Além de uma vasta experiência como biomédica no campo laboratorial atuando na realização do<br />
diagnóstico micológico de micoses superficiais, invasivas e oportunistas. Atua em paralelo como docente de magistrado superior dos cursos de<br />
biomedicina, farmácia, nutrição e fisioterapia.<br />
102 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
AUDITORIA E QUALIDADE<br />
COMO GARANTIR UM RESULTADO SEGURO?<br />
O PAPEL DO CONTROLE INTERNO DA QUALIDADE<br />
Por Waldirene Nicioli<br />
Sabemos que a importância<br />
do laboratório vai<br />
muito além de apenas<br />
fazer exames. O resultado<br />
de um teste pode ser<br />
decisivo para a vida de<br />
uma pessoa.<br />
Pare e reflita na quantidade<br />
de processos que<br />
acontecem de forma<br />
simultânea: coleta de<br />
amostras, interação com<br />
os pacientes, processamento,<br />
análises e muito<br />
mais! Como garantir que<br />
tudo isso está operando<br />
de maneira adequada?<br />
É preciso adotar estratégias<br />
para assegurar a<br />
qualidade do serviço, e<br />
garantir resultados precisos<br />
e confiáveis.<br />
De forma geral, o Controle<br />
Interno de Qualidade<br />
– CIQ visa a monitorar<br />
o desempenho<br />
ajudando a identificar<br />
possíveis erros e, consequentemente,<br />
permite<br />
a elaboração de ações<br />
corretivas e preventivas.<br />
Claro, o maior beneficiado<br />
é o paciente, mas<br />
o laboratório eleva seu<br />
patamar de atuação e<br />
faz crescer o orgulho e a<br />
satisfação nos profissionais<br />
que prestam o serviço,<br />
pois há confiança<br />
na execução e liberação<br />
dos exames. Além do<br />
que, a realização do CIQ<br />
é obrigatória pela RDC<br />
786/2023, vigente a partir<br />
de agosto, que dispõe<br />
sobre os requisitos<br />
técnico-sanitários para<br />
o funcionamento de<br />
Laboratórios Clínicos.<br />
O monitoramento dos<br />
erros presentes no processo<br />
analítico, são<br />
104 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
AUDITORIA E QUALIDADE<br />
potencializados quando<br />
utilizadas duas ferramentas<br />
em conjunto: o<br />
Controle Interno e Controle<br />
Externo, onde cada<br />
uma possui afinidade<br />
maior para detecção de<br />
diferentes erros.<br />
O laboratório consegue<br />
mensurar o Erro Aleatório<br />
do seu processo, com<br />
o controle interno. Já<br />
com a aplicação do controle<br />
externo, é possível<br />
estimar o Erro Sistemático.<br />
O erro aleatório atrelado<br />
a um fator de confiança<br />
e somado ao erro<br />
sistemático representa o<br />
erro total de determinado<br />
exame.<br />
Com base nessa informação<br />
o laboratório<br />
consegue comparar com<br />
as diferentes referências<br />
que existem (Variação<br />
Biológica, Rilibak, CLIA,<br />
RCPA, por exemplo) e<br />
definir o tamanho dos<br />
erros que serão admissíveis<br />
na rotina, como erro<br />
total permitido, erro aleatório<br />
permitido e erro<br />
sistemático permitido.<br />
O laboratório passa a<br />
conhecer e dimensionar<br />
os seus erros relacionando<br />
os dados<br />
gerados com o uso do<br />
controle interno com os<br />
dados gerados no controle<br />
externo, ficando<br />
assim, mais fácil definir<br />
metas de melhoria<br />
e estratégias para o<br />
acompanhamento.<br />
A escolha dos controles<br />
deve ser por materiais<br />
com características próximas<br />
às amostras biológicas,<br />
e deve haver<br />
um planejamento do<br />
uso de controles com<br />
o mesmo lote por pelo<br />
menos 6 meses. Esse<br />
é um ponto bastante<br />
importante, pois ao se<br />
utilizar o mesmo controle<br />
por longo período,<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
105
LABORATÓRIO<br />
MASTELLINI<br />
Desde quando começamos, nosso pensamento<br />
sempre foi olhar para o futuro. Crescemos<br />
muito e está em nossos planos continuar dessa<br />
forma e quando atingimos um nível onde a<br />
expansão passou a nos permitir ser apoio de<br />
outros laboratórios menores, levando a<br />
qualidade, agilidade e eficiência Mastellini para<br />
eles, nós avançamos na ideia.<br />
Hoje nossos parceiros contam com um<br />
processamento em 24h e resultados confiáveis,<br />
o que proporciona a entrega de ainda mais<br />
excelência para seus pacientes. Para nós é um<br />
imenso prazer avançar mais uma vez e ser<br />
destaque no cenário de Análises Clínicas.<br />
JADER MASTELLINI,<br />
PRESIDENTE E FOUNDER DO GRUPO MASTELLINI<br />
SEJA NOSSO PARCEIRO:<br />
(18) 99735-5652 | (18) 3928-4938<br />
@LABORATORIOMASTELLINI<br />
www.laboratoriomastellini.com.br
JOISE MASTELLINI - CEO
Protagonista quando o assunto é cuidado e expansão, o<br />
Mastellini que já conta com 15 unidades, espalhadas entre o<br />
estado de São Paulo e o Mato Grosso do Sul, mais uma vez<br />
atuou de maneira visionária e dinâmica, colocando-se como<br />
laboratório de apoio no ramo de análises clínicas.<br />
Em meio a um cenário de constantes avanços tecnológicos e descobertas<br />
científicas, os laboratórios de análises clínicas assumem um papel fundamental<br />
no diagnóstico, monitoramento e tratamento de doenças, o que resulta na<br />
visão entre um olhar para o futuro e também para o próximo, desempenhando<br />
um papel crucial na área da saúde. E foi essa união, que levou o Grupo Mastellini<br />
a se tornar a rede que mais cresce no Oeste Paulista, possuindo o Maior<br />
Núcleo Técnico da região.<br />
A caminhada até hoje foi cultivando inúmeros aprendizados, entre eles, o de<br />
que ninguém faz nada sozinho. Em resposta desse pensamento, hoje o Laboratório<br />
se tornou apoio para outros pontos de saúde, como hospitais de<br />
grande porte, hospitais 24hr, hospitais particulares, além de outros laboratórios<br />
e clínicas.
O maior Núcleo Técnico Operacional do Oeste Paulista<br />
Recentemente inaugurado, o NTO, que é o maior na região, possui uma ampla<br />
capacidade de processamento por minuto, menu com mais de 8 mil exames<br />
disponíveis, rastreabilidade total das amostras, resultados precisos, agilidade<br />
em prazos de liberação e laudos personalizados, o que dá ao Grupo a possibilidade<br />
de oferecer serviços essenciais e também se torna um apoio valioso<br />
aos demais que são do ramo.<br />
Esse modelo de cooperação, oferece terceirização completa dos exames, o<br />
que garante resultados confiáveis, precisos e rápidos. Os parceiros Mastellini<br />
vão de encontro a redução de custos, agilidade, eficiência, sem comprometer<br />
a sua qualidade, uma iniciativa que caminha para um futuro crescente de<br />
êxito.<br />
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www.laboratoriomastellini.com.br
AUDITORIA E QUALIDADE<br />
é possível eliminar essa<br />
estipulados pelos fabri-<br />
prio processo de exe-<br />
variável, o que auxilia na<br />
cantes são compostos<br />
cução do exame, pro-<br />
identificação de forma<br />
por diversos resultados<br />
fissionais envolvidos na<br />
mais rápida, quando os<br />
oriundos de rotinas dife-<br />
atividade,<br />
pipetagem,<br />
resultados de controle<br />
rentes,<br />
equipamentos<br />
diluição,<br />
temperatura,<br />
interno se encontrem<br />
fora das especificações<br />
aplicadas. Após a definição<br />
de quais controles<br />
devem ser utilizados, é<br />
necessário que o laboratório<br />
determine e defina<br />
seus valores de controle<br />
interno. Os valores de<br />
bula devem ser usados<br />
somente como referência<br />
antes de definir os<br />
valores próprios.<br />
Essa prática é necessária<br />
pois os valores<br />
diferentes, profissionais<br />
diferentes, mas que possuem<br />
equivalência na<br />
metodologia empregada.<br />
Dessa forma, espera-se<br />
que a amostra de<br />
referência ou controle<br />
interno possua um desvio<br />
padrão (DP) maior,<br />
levando a uma faixa de<br />
aceitabilidade maior.<br />
Ao se empregar valores<br />
próprios, estamos avaliando<br />
um único sistema<br />
analítico, ou seja, o pró-<br />
reagentes utilizados e<br />
tudo mais que contribua<br />
para as incertezas<br />
dos resultados produzido<br />
pelo laboratório.<br />
Ao se utilizar seus próprios<br />
resultados, o desvio<br />
padrão obtido e o<br />
coeficiente de variação<br />
serão reduzidos. Assim,<br />
qualquer mudança da<br />
rotina será facilmente<br />
identificada através dos<br />
resultados obtidos no<br />
controle interno, levando<br />
a uma ação mais<br />
110 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
ápida e assertiva, antes<br />
direcionados no merca-<br />
esforços<br />
inteligentes<br />
AUDITORIA E QUALIDADE<br />
que se torne um problema<br />
maior, e alcance até<br />
do. O laboratório precisa<br />
buscar por empresas<br />
nesse quesito é inerente<br />
às boas práticas em<br />
o paciente.<br />
qualificadas,<br />
instruto-<br />
Laboratórios<br />
Clínicos.<br />
A qualificação constante<br />
da equipe técnica é<br />
res experientes para<br />
que todo o conhecimento<br />
possa ser difun-<br />
É imprescindível cuidar<br />
da qualidade dos<br />
resultados, e para isso,<br />
importantíssima,<br />
vis-<br />
dido e tenhamos cada<br />
é relevante o papel e os<br />
to que esse é um tema<br />
frágil e abordado de<br />
maneira rasa nas graduações.<br />
Há necessidade<br />
de busca por treinamentos<br />
mais específicos e<br />
vez mais exames com<br />
qualidade e segurança<br />
do paciente.<br />
A qualidade pode ser<br />
quantificável e investir<br />
esforços do profissional<br />
do laboratório. É uma<br />
valiosa atitude na contribuição<br />
para a excelência<br />
do diagnóstico e<br />
conduta médica.<br />
Autora:<br />
Waldirene Nicioli<br />
Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Farmacologia Clínica, Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas, Proprietária Examinare de Análises<br />
Clínicas, Auditora Líder do DICQ - Sistema Nacional de Acreditação, Membro da Central de Negócios do Grupo ACB - Análises Clínicas Brasil, Umas das<br />
fundadoras da OFAC Brasil - Organização Feminina de Análises Clínicas.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
111
PAPO DE BANCADA<br />
GESTOR CLÍNICO, A NECESSIDADE DE<br />
VISLUMBRAR PROCESSOS E ORIENTAR PESSOAS<br />
EM NOVOS TEMPOS DE GESTÃO.<br />
Por Silvânia Ramalho<br />
Academicamente<br />
somos preparados para<br />
sermos técnicos/científicos,<br />
tomadores de<br />
decisões clínicas, aprovadores<br />
de laudos que<br />
vão auxiliar médicos e<br />
pacientes em decisões<br />
que os acompanharão<br />
por todo um diagnóstico.<br />
Mas nas entre linhas,<br />
existe uma atividade da<br />
qual somos herdeiros<br />
imediatos, a função de<br />
Gestor Clínico ou Responsável<br />
Técnico, somado<br />
a Gestão de Processos.<br />
Que por vezes vem<br />
acompanhada do pacote:<br />
Gestão de Pessoas.<br />
Para muitos, prazerosa<br />
função, para outros<br />
o pesadelo da formação<br />
não possuída. Para<br />
alguns é necessário dom,<br />
para outros necessário<br />
aprendizado técnico e<br />
experiência. Mas respirem,<br />
é realmente necessário,<br />
um pouco de tudo<br />
e muito de dedicação.<br />
A frente da Gestão, seja<br />
ela de processos ou de<br />
pessoas, é indispenável<br />
a dedicação do gestor<br />
em ter um olhar cirúrgico<br />
para as necessidades<br />
que cada etapa irá nos<br />
requisitar. Não existe<br />
processos sem pessoas<br />
e vice versa.<br />
Curiosamente todos as<br />
normas de certificação<br />
já começam pelo item<br />
Organização Geral, ou<br />
seja além da instituição<br />
(estrutura) estar devidamente<br />
regulamentada<br />
dentro das normas<br />
necessárias de funcionamento,<br />
a instituição<br />
(pessoas) deve ter a<br />
frente dos seus processos<br />
um gestor que conduza<br />
as boas práticas e<br />
execução das demandas<br />
necessárias. E nesta<br />
orquestra os arranjos<br />
vão sendo movimentados,<br />
pensando sempre<br />
em pessoas, processos,<br />
mercado e cenário em<br />
que o laboratório clínico<br />
está inserido.<br />
E movimento é que o<br />
impulsiona nossas decisões,<br />
sejam elas a médio<br />
ou longo prazo. Uma<br />
decisão que não seja<br />
bem conduzida hoje<br />
pode imediatamente<br />
amanhã ter um impacto<br />
direto em várias escalas<br />
de participação.<br />
112 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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E as ferramentas usadas<br />
na tomada de decisão,<br />
são diferentes conforme<br />
a região, conforme<br />
os costumes e conforme<br />
o objetivo estratégico<br />
da empresa. Não<br />
nos esqueçamos que<br />
o laboratório clínico é<br />
uma empresa com particularidades<br />
técnico<br />
cientificas especificas,<br />
cuja gestão orienta para<br />
tomada de decisões<br />
individuais, nenhum<br />
paciente é sequer semelhante<br />
a outro.<br />
Em tempos de tantas<br />
mudanças de mercado<br />
e de posicionamento<br />
que se moldam a todo<br />
momento, é importante<br />
que o gestor clínico se<br />
envolva com o desenvolvimento<br />
de posicionamentos<br />
dinâmicos,<br />
cuja visão de processo<br />
e alinhamento com os<br />
objetivos da organização<br />
estejam amparados<br />
por um meta de desenvolvimento<br />
clara e objetiva<br />
onde os colaboradores<br />
reconheçam as<br />
mudanças dos papéis e<br />
responsabilidades sempre<br />
que a missão proposta<br />
pelo proprietário<br />
seja necessária.<br />
Quem está a frente do<br />
laboratório clínico precisa<br />
ter maior envolvimento<br />
com este novo<br />
perfil de paciente consumidor<br />
de serviços<br />
diagnósticos. Oferecer<br />
mais do mesmo tornou<br />
se engessamento.<br />
Conhecer o paciente<br />
e suas necessidades é<br />
fundamental para adaptação,<br />
crescimento e<br />
sustentabilidade. Isso<br />
mesmo, sustentabilidade<br />
é a palavra de ordem<br />
somada a adaptação,<br />
quem não se recria não<br />
se sustenta. Recriar<br />
modelos, reinventar<br />
atuações, remodelar<br />
abordagens e multiplicar<br />
entre as equipes,<br />
todo um trabalho de<br />
cadeia de valor.<br />
Não bastando apenas<br />
conhecer sobre o ramo<br />
de atividade, é também<br />
importante conhecer<br />
novos pacotes de serviços<br />
e produtos e prospectar<br />
a quem oferecer,<br />
fechar acordos e contratos<br />
para equilibrar<br />
o fluxo de caixa e fundamentar<br />
investimentos<br />
futuros, entender a<br />
necessidade da comunidade<br />
médica e aos<br />
poucos aproximar a atividade<br />
ativa da receptiva.<br />
Precisamos sair da<br />
condição de somente<br />
receptores.<br />
No mercado atual o bioquímico<br />
ou biomédico,<br />
utilizando da posição<br />
de RT (Responsável Técnico)<br />
ou quando apenas<br />
responsável pelo setor<br />
de atuação, precisa estar<br />
cada vez mais presente<br />
na tomada de decisões<br />
de sustentaveis a frente<br />
de um microscópio ou<br />
de uma curva de calibração<br />
ou até mesmo<br />
114 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
de uma repetição de<br />
controle que lhe reclamam<br />
o olhar da experiência.<br />
O que é necessário<br />
em termos técnicos,<br />
também precisa ser visto<br />
com olhar crítico de<br />
custo envolvido. Não<br />
perder a qualidade, mas<br />
ser mais assertivo nas<br />
ações imediatas.<br />
Para que isso aconteça<br />
em um formato sólido<br />
e dinâmico é imprescindível<br />
observar com<br />
amadurecido pensamento<br />
de passagem de<br />
liderança. Nem sempre<br />
o melhor analista clínico<br />
será o melhor líder<br />
na gestão de processos<br />
e pessoas. Essa passagem<br />
de posições dentro<br />
do laboratório clínico se<br />
bem acompanhada será<br />
capaz de formar gestores<br />
que possibilitem o<br />
crescimento do laboratório<br />
como um todo.<br />
As tomadas de decisões<br />
internas precisam estar<br />
alinhadas com as tomadas<br />
de decisões externas,<br />
isso porque produção<br />
e produtividade<br />
precisam andar juntas<br />
para um crescimento<br />
saudável.<br />
Nem sempre será uma<br />
escolha fácil onde reconhimento<br />
e recompensa<br />
estão alinhados a proatividade<br />
e vontade de<br />
crescer. O olhar abstrato<br />
ao sentimento deve permear<br />
esta busca internamente<br />
antes de partir<br />
para uma busca externa.<br />
E se for necessário<br />
um novo personagem,<br />
vindo de outras experiências,<br />
pense pelo lado<br />
bom, em que este possa<br />
representar um formador<br />
de opinião em favor<br />
do seu desejo de crescimento.<br />
Não há mais espaço no<br />
mercado para o proprietário<br />
de bancada,<br />
hoje ele ocupa também<br />
o papel de gestor<br />
do negócio. O momento<br />
atual é um convite a<br />
pensar em novos negócios<br />
e estratégias. Tantos<br />
desafios diante de uma<br />
RDC recém formulada<br />
e um mercado in vitro<br />
vivo. Nunca como antes<br />
o verbo movimentar-se<br />
esteve tão próximo do<br />
suporte diagnóstico.<br />
Cabendo nos cumprir<br />
regras, somar forças,<br />
diversificar ideiais e<br />
construir novos espaços<br />
e oportunidades que<br />
nos aproximem cada<br />
vez mais do paciente.<br />
Silvânia Ramalho<br />
Bioquímica farmacêutica com especialização em<br />
Análise de Custos e Formação de Preço de Venda,<br />
Gestão Comercial em Vendas e membro do Grupo<br />
Técnico de Trabalhos de Analises Clinicas do CRF/MG.<br />
PAPO DE BANCADA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
115
DIREITO E SAÚDE<br />
BREVE ANÁLISE JURÍDICA SOBRE A RDC<br />
786/2023 - PRIMEIRA PARTE<br />
Por Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />
Prezado(a) Leitor(a),<br />
seja bem, vindo(a) a esta<br />
análise jurídica!<br />
Em nosso tema desta<br />
edição, trazemos o que<br />
poderá ser o primeiro<br />
artigo, de talvez alguns,<br />
os quais envolverão a<br />
nova RDC 786 de 2023<br />
da ANVISA.<br />
Evidente que todos nós,<br />
seja da área jurídica, atuante<br />
para laboratórios e<br />
seguimentos da saúde<br />
como nosso escritório, ou<br />
até mesmo você, nosso<br />
estimado leitor, que diariamente<br />
labuta na sua área<br />
de formação da saúde,<br />
estamos de certa forma<br />
em um cenário “movediço”,<br />
por assim dizer, algumas<br />
lacunas existentes,<br />
e até mesmo um certo<br />
receio de como a Vigilância<br />
Sanitária local irá aplicar<br />
a nova RDC 786/23 na<br />
prática em sua fiscalização,<br />
entre outros pormenores.<br />
Questões que talvez<br />
demandem um tempo<br />
para “serem acomodadas”<br />
no dia a dia da entidade<br />
fiscalizadora local<br />
– a Vigilância Sanitária<br />
Municipal, mas que, certamente<br />
com uma diretriz<br />
(ou algumas), da<br />
própria Anvisa, seria o<br />
cenário ideal, de maneira<br />
a se chegar perto de uma<br />
uniformização das fiscalizações<br />
Municipais, onde<br />
permeia a maior subjetividade<br />
existente no procedimento<br />
fiscalizatório,<br />
muitas vezes.<br />
A situação, vamos lembrar<br />
não é a mais confortável,<br />
ao passo que o Brasil<br />
é um País com dados,<br />
tamanho e população<br />
Continental, tornando<br />
de suma importância a<br />
fiscalização, mas dando<br />
um grau de dificuldade<br />
imenso para a cada Vigilância<br />
Sanitária local, as<br />
quais, se desdobram para<br />
realizarem um brioso serviço,<br />
sem dúvidas.<br />
Sobre referido tema, talvez<br />
um outro artigo, será<br />
o ideal, após o correto<br />
implemento da nova<br />
RDC 786/23 que entrará<br />
em vigor a partir de<br />
01.08.2023, por hora,<br />
abaixo, breves considerações<br />
jurídicas.<br />
116 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
DIREITO E SAÚDE<br />
A nova redação, futura<br />
substituidora da RDC 302<br />
de 2005 a qual foi atualizada18<br />
anos após sua vigência,<br />
acompanha as questões<br />
modernas da nossa<br />
sociedade, incluindo nestas<br />
as questões jurídicas,<br />
neste caminho passaram<br />
a vigorar, a exemplo disto,<br />
de maneira clara, temos a<br />
expressa redação e referência<br />
a LEI GERAL DE PRO-<br />
TEÇÃO DE DADOS – LGPD<br />
– Lei Federal nº 13.709 de<br />
2018, que entrou em vigor<br />
no ano de 2020.<br />
No que pese todos os laboratórios,<br />
clínicas, hospitais<br />
e postos de coletas ou serviços<br />
das área da saúde em<br />
geral já sejam obrigados<br />
a seguis, implementar e<br />
manterem ativo os planos<br />
previstos na LGPD acerca<br />
da proteção de dados, a<br />
novel RDC 786/23 -em seu<br />
artigo 32 – vejamos:<br />
“Art. 32. O Serviço que<br />
executa EAC é responsável<br />
por estabelecer<br />
uma política de acesso<br />
a dados e informações,<br />
computadorizados<br />
ou não, necessária<br />
para prover o serviço<br />
prestado e de forma<br />
a assegurar a proteção<br />
às informações do<br />
paciente de acordo<br />
com a Lei nº 13.709, de<br />
14 de agosto de 2018,<br />
Lei Geral de Proteção<br />
de Dados - LGPD,<br />
ou outro instrumento<br />
legal que venha a alterá-la<br />
ou substituí-la.”<br />
A obrigatoriedade, frise-se<br />
novamente, já<br />
existe a alguns anos<br />
para todos os estabelecimentos<br />
de saúde,<br />
porém, ainda tem estabelecimentos<br />
da saúde,<br />
incluindo, laboratórios,<br />
que não a introduziram,<br />
não possuem protocolos<br />
e documentos relacionados<br />
a Lei Geral de Proteção<br />
de Dados, o que por<br />
si só já fere a Lei e coloca<br />
a empresa em grave situação<br />
jurídica ao não cumprir<br />
a norma.<br />
Entrementes, agora,<br />
com a redação constando<br />
de maneira expressa<br />
na nova RDC 786/23<br />
(artigo 32 citado acima),<br />
em nosso entendimento,<br />
abriu a fiscalização<br />
do cumprimento da<br />
LGPD, a Órgãos Estaduais<br />
e Municipais – (“VISA”<br />
local) e a Conselhos de<br />
Classe, ao passo que se<br />
a estes cabem a exigência,<br />
ao cumprimento e<br />
fiscalização da RDC pelo<br />
laboratório, consequência<br />
lógica permeia no<br />
fatos dos entes fiscalizadores<br />
poderem exigir<br />
documentos, protocolos<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
117
DIREITO E SAÚDE<br />
e politicas de cumprimento<br />
da RDC de forma<br />
integral, incluindo, obvio<br />
a política d cumprimento<br />
da LGPD, vejam, isto é<br />
uma situação que antes<br />
de maneira discreta era<br />
implícita, agora, consta de,<br />
maneira clara e diretiva.<br />
Temos que dentre as<br />
implicações da nova<br />
RDC, a segurança jurídica<br />
e adaptações necessárias,<br />
passam a ser item<br />
obrigatório para os Laboratórios,<br />
incluindo, até<br />
mesmo o de pequeno<br />
porte, vez que esta é uma<br />
questão premente de<br />
adequação por parte da<br />
empresa, sem dúvidas.<br />
A segurança jurídica necessária<br />
ao Laboratório, não<br />
existe somente em relação<br />
ao correto cumprimento e<br />
aplicação da LGPD, sendo<br />
necessários analisar vossa<br />
empresa, com uma visão<br />
setorial, a ponto de juridicamente,<br />
você conseguir<br />
adequá-la as necessidades<br />
obrigatórias legais constantes<br />
na RDC e demais<br />
normas jurídicas.<br />
Parte contratual, entre<br />
as empresas, entre os<br />
Laboratórios é outro<br />
ponto de alto relevo na<br />
redação da nova RDC,<br />
certamente exploraremos<br />
no próximo artigo,<br />
não tenham dúvidas!<br />
Proteção jurídica ao<br />
seu Laboratório! Está é<br />
nossa missão e está no<br />
nosso DNA lhe assessorar<br />
nesta empreitada,<br />
conte conosco!<br />
Obrigado e um grande<br />
abraço a todos!<br />
Autor:<br />
Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />
Advogado em São Paulo, especialista em direito e processo do trabalho, especialista em direito contratual, especializando em advocacia consultiva, é<br />
sócio do escritório CIRIACO ADVOGADOS, localizado em São Paulo – Capital, é Professor de Pós Graduação em São Paulo- SP; São Luis do Maranhão-<br />
MA; Goiânia-GO e Palestrante, atuando na área da saúde, na defesa de empresas, clinicas e laboratórios.<br />
@ciriacoadvogados<br />
118 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Conectividade<br />
Desempenho e<br />
Confiabilidade<br />
Produtividade<br />
Suporte, Consultoria<br />
e Treinamento<br />
Análises e<br />
Inteligência<br />
Qualidade
MEDICINA GENÔMICA<br />
DOENÇA DE ALZHEIMER:<br />
DIAGNÓSTICO POR BIOMARCADORES DO LCR<br />
Por Varsomics<br />
O estágio no qual a Doença<br />
de Alzheimer é diagnosticada<br />
é um aspecto<br />
determinante para prognósticos<br />
otimistas. Dessa<br />
maneira, a quantificação<br />
de determinados biomarcadores<br />
presentes<br />
no Líquor (Líquido Cefalorraquidiano)<br />
auxilia<br />
o diagnóstico em estágios<br />
iniciais, bem como<br />
o monitoramento clínico<br />
do indivíduo afetado.<br />
O que é a Doença da<br />
Doença de Alzheimer e<br />
como afeta o cérebro?<br />
A Doença de Alzheimer<br />
(DA) é a forma mais<br />
comum de demência em<br />
adultos idosos. É uma<br />
doença neurodegenerativa<br />
progressiva que afeta o<br />
cérebro, causando perda<br />
gradual da memória, cognição,<br />
habilidades sociais<br />
e linguísticas, e eventualmente<br />
resultando em<br />
incapacidade total.<br />
No Brasil, cerca de 1,2<br />
milhão de pessoas vivem<br />
com alguma forma de<br />
demência e 100 mil novos<br />
casos são diagnosticados<br />
por ano. Em todo o mundo,<br />
o número chega a 50<br />
milhões de pessoas.<br />
O Alzheimer afeta o cérebro<br />
de várias maneiras.<br />
Uma das características<br />
mais distintivas da doença<br />
é a formação de placas<br />
de proteínas chamadas<br />
beta-amiloides entre as<br />
células cerebrais, o que<br />
leva à morte das células<br />
cerebrais e à diminuição<br />
do tamanho do cérebro.<br />
Outra característica é a<br />
formação de emaranhados<br />
neurofibrilares: aglomerados<br />
anormais de<br />
proteína Tau, que se acumulam<br />
dentro das células<br />
cerebrais e interrompem<br />
sua função normal.<br />
Proteína Tau: controla a<br />
dinâmica dos microtúbulos<br />
durante a maturação<br />
e o crescimento dos<br />
neuritos. Sendo a maior<br />
proteína do citoesqueleto,<br />
a hiperfosforilação da<br />
Tau afeta funções biológicas<br />
e morfológicas nos<br />
neurônios.<br />
Sintomas<br />
Como resultado das<br />
mudanças no cérebro, os<br />
pacientes com Alzheimer<br />
têm dificuldade em lembrar<br />
coisas recentes, con-<br />
120 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
fundem datas e eventos,<br />
e podem ter problemas<br />
para realizar Atividades da<br />
Vida Diária (AVD), como<br />
cozinhar ou se vestir.<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
Eles também podem ter<br />
dificuldade em se comunicar<br />
e expressar suas emoções,<br />
e podem perder a<br />
capacidade de reconhecer<br />
amigos e familiares. À<br />
medida que a doença progride,<br />
a capacidade de cuidar<br />
de si mesmo é perdida<br />
e, finalmente, pode resultar<br />
na incapacidade total.<br />
Os sintomas mais<br />
comuns da doença de<br />
Alzheimer incluem:<br />
• Perda de memória recente<br />
• Dificuldade em lembrar<br />
informações importantes,<br />
como nome, data de nascimento<br />
e eventos recentes<br />
• Dificuldade em realizar<br />
tarefas cotidianas, como<br />
cozinhar e se vestir<br />
• Problemas de comunicação<br />
e linguagem<br />
• Mudanças de humor e<br />
comportamento<br />
• Desorientação no tempo<br />
e espaço<br />
• Dificuldade em lidar<br />
com novas situações e<br />
mudanças<br />
Métodos de diagnóstico<br />
da Doença de Alzheimer<br />
Existem vários métodos<br />
de diagnóstico para a<br />
doença de Alzheimer,<br />
incluindo exames neurológicos,<br />
testes de memória<br />
e testes cognitivos.<br />
No entanto, esses métodos<br />
de diagnóstico têm<br />
suas limitações.<br />
Por exemplo, testes de<br />
memória e cognição são<br />
usados para diagnosticar<br />
a doença de Alzheimer,<br />
mas esses testes<br />
podem ser subjetivos e<br />
variar de acordo com o<br />
examinador. Além disso,<br />
os resultados desses<br />
testes podem ser<br />
influenciados por fatores<br />
como ansiedade e<br />
depressão.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
121
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MEDICINA GENÔMICA<br />
Em geral, o diagnóstico<br />
e prognóstico preciso<br />
da doença de Alzheimer<br />
requer uma avaliação<br />
completa do paciente,<br />
incluindo histórico médico<br />
e exame neurológico,<br />
testes de memória e cognição,<br />
exames de imagem<br />
e exames laboratoriais.<br />
O diagnóstico da doença<br />
é essencialmente clínico,<br />
mas, como veremos na<br />
sequência, pode se beneficiar<br />
da investigação<br />
laboratorial.<br />
O papel dos biomarcadores<br />
no diagnóstico da<br />
Doença de Alzheimer<br />
Os biomarcadores são<br />
medidas objetivas e mensuráveis<br />
que indicam a<br />
presença ou progressão da<br />
doença em um paciente.<br />
Na doença de Alzheimer,<br />
os biomarcadores são<br />
usados para auxiliar no<br />
diagnóstico precoce da<br />
doença, bem como para<br />
acompanhar a progressão<br />
da doença e avaliar a<br />
eficácia dos tratamentos.<br />
Geralmente usados em<br />
combinação com outros<br />
métodos de diagnóstico,<br />
incluindo testes neuropsicológicos<br />
e exames físicos.<br />
A medição de biomarcadores<br />
no líquido cerebrospinal<br />
e em imagens<br />
cerebrais é útil no diagnóstico<br />
precoce da doença de<br />
Alzheimer e na identificação<br />
de pessoas em risco<br />
de desenvolver a doença.<br />
Além disso, essas medidas<br />
também podem ser usadas<br />
para monitorar a progressão<br />
da doença e avaliar<br />
a eficácia de tratamentos<br />
específicos, incluindo terapias<br />
que visam reduzir<br />
o acúmulo de proteínas<br />
anormais no cérebro.<br />
124 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Como os biomarcadores<br />
podem ajudar no<br />
diagnóstico precoce<br />
da doença?<br />
Existem vários tipos de<br />
biomarcadores usados<br />
na doença de Alzheimer,<br />
incluindo proteínas<br />
anormais, como a<br />
proteína beta-amilóide<br />
e a proteína Tau, que se<br />
acumulam no cérebro e<br />
estão associadas à neurodegeneração.<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
Também incluem mudanças<br />
no líquido cerebrospinal<br />
(CSF) e anormalidades<br />
detectadas em imagens<br />
cerebrais, como a ressonância<br />
magnética (MRI) e<br />
a tomografia por emissão<br />
de pósitrons (PET).<br />
Por exemplo, a medida de<br />
biomarcadores pode ajudar<br />
a determinar se uma<br />
terapia específica está<br />
reduzindo o acúmulo de<br />
proteínas anormais no<br />
cérebro ou retardando a<br />
progressão da doença.<br />
Como é realizado o exame<br />
de biomarcadores<br />
no LCR para diagnóstico<br />
de Alzheimer?<br />
O exame de biomarcadores<br />
no líquido cefalorraquidiano<br />
(LCR) é realizado<br />
por meio de uma<br />
punção lombar, que é um<br />
procedimento médico<br />
para coletar uma amostra<br />
do LCR que circula no sistema<br />
nervoso central.<br />
Durante o procedimento,<br />
o médico insere uma<br />
agulha fina na região<br />
lombar inferior para retirar<br />
uma pequena quantidade<br />
de LCR.<br />
A amostra de LCR é então<br />
analisada em laboratório<br />
para determinar a presença<br />
de biomarcadores específicos<br />
associados à doença de<br />
Alzheimer. Os biomarcadores<br />
mais comuns medidos<br />
no LCR incluem a proteína<br />
beta-amiloide, a proteína<br />
Tau e a relação entre essas<br />
duas proteínas.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
125
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A presença ou ausência<br />
desses biomarcadores<br />
no LCR pode ajudar<br />
a diagnosticar a doença<br />
de Alzheimer e também<br />
pode ser útil na identificação<br />
de pessoas em risco<br />
de desenvolver a doença.<br />
É importante ressaltar<br />
que os avanços recentes<br />
na pesquisa de biomarcadores<br />
têm sido promissores,<br />
com novas técnicas e<br />
biomarcadores emergentes<br />
mostrando resultados<br />
mais precisos e confiáveis.<br />
Exame inédito de diagnóstico<br />
de Doença de<br />
Alzheimer do Einstein<br />
O Hospital Israelita<br />
Albert Einstein, em parceria<br />
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de Alzheimer. O<br />
teste é capaz de avaliar<br />
a dosagem de biomarcadores<br />
TAU (pTau, tTau),<br />
beta-amiloide (BA42) e<br />
a razão pTau/BA42 no<br />
líquor, proteínas associadas<br />
à doença, com alta<br />
precisão e em menos de<br />
20 minutos.<br />
Anteriormente, as amostras<br />
de líquor coletadas<br />
eram enviadas para o<br />
exterior, levando semanas<br />
para os resultados.<br />
Agora, com a automação,<br />
o processo é mais simples<br />
e padronizado, além<br />
de ser um sistema fechado<br />
de diagnóstico. Isso<br />
significa que outras organizações<br />
também podem<br />
se beneficiar do laboratório<br />
do Einstein.<br />
Interpretando os resultados<br />
do exame de biomarcadores<br />
no LCR para<br />
diagnóstico da Doença<br />
de Alzheimer<br />
Os resultados do exame<br />
de biomarcadores são<br />
geralmente interpretados<br />
por comparação<br />
dos níveis medidos com<br />
os valores de referência<br />
para cada biomarcador.<br />
128 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Existem diferentes critérios<br />
de interpretação,<br />
dependendo dos valores<br />
de corte utilizados para<br />
cada biomarcador e do<br />
tipo de paciente avaliado.<br />
Na prática clínica, a interpretação<br />
dos resultados<br />
do exame de biomarcadores<br />
no LCR é geralmente<br />
realizada em conjunto<br />
com outras avaliações<br />
clínicas e neuropsicológicas<br />
para confirmar ou<br />
descartar o diagnóstico<br />
da doença de Alzheimer.<br />
Os resultados do exame<br />
de biomarcadores no<br />
LCR podem indicar:<br />
1. Níveis elevados de<br />
proteína Tau e redução<br />
de proteína beta-amiloide:<br />
sugere que a pessoa<br />
tem a doença de Alzheimer<br />
ou está em risco de<br />
desenvolvê-la.<br />
2. Níveis normais de proteína<br />
tau e proteína beta-<br />
-amiloide: sugere que a<br />
pessoa não tem a doença<br />
de Alzheimer.<br />
3. Níveis elevados de proteína<br />
tau sem redução<br />
significativa de proteína<br />
beta-amiloide: sugere<br />
que a pessoa pode ter<br />
outra doença neurodegenerativa,<br />
como a demência<br />
frontotemporal.<br />
É importante notar que<br />
os resultados do exame<br />
de biomarcadores no LCR<br />
não são conclusivos e<br />
devem ser interpretados<br />
em conjunto com outras<br />
avaliações clínicas e neuropsicológicas.<br />
Além disso, o exame de<br />
biomarcadores no LCR<br />
é geralmente reservado<br />
para casos em que a avaliação<br />
clínica e os testes<br />
neuropsicológicos não<br />
conseguem fornecer um<br />
diagnóstico conclusivo<br />
da doença de Alzheimer.<br />
Tratamento da Doença<br />
de Alzheimer<br />
Conheça os tratamentos<br />
disponíveis para a doença<br />
e como o diagnóstico<br />
precoce pode melhorar o<br />
prognóstico do paciente.<br />
Atualmente, não há cura<br />
para a doença de Alzheimer.<br />
No entanto, existem<br />
tratamentos disponíveis<br />
que podem ajudar a controlar<br />
os sintomas e a<br />
retardar a progressão da<br />
doença. Os tratamentos<br />
disponíveis incluem:<br />
• Inibidores da acetilcolinesterase:<br />
Esses medicamentos<br />
ajudam a<br />
aumentar os níveis de<br />
acetilcolina, um neurotransmissor<br />
importante<br />
no cérebro. Eles podem<br />
ajudar a melhorar a cognição,<br />
a memória e a<br />
função geral em pessoas<br />
com doença de Alzheimer<br />
leve a moderada.<br />
• Antagonistas dos receptores<br />
NMDA: Esses medicamentos<br />
ajudam a proteger<br />
as células cerebrais e<br />
podem ajudar a melhorar a<br />
função cognitiva em pessoas<br />
com doença de Alzheimer<br />
moderada a grave.<br />
• Terapia comportamental:<br />
Essa terapia pode ajudar<br />
a reduzir os comportamentos<br />
problemáticos,<br />
melhorar a comunicação<br />
e a qualidade de vida.<br />
• Cuidados paliativos: Esses<br />
cuidados podem ajudar a<br />
melhorar o bem-estar físico<br />
e emocional do paciente,<br />
proporcionando alívio<br />
da dor e outros sintomas<br />
da doença.<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
129
MEDICINA GENÔMICA<br />
Além disso, é importante<br />
que as pessoas com doença<br />
de Alzheimer recebam<br />
um cuidado holístico e<br />
abrangente, que inclua<br />
suporte emocional, social<br />
e nutricional, além de<br />
atividade física regular e<br />
estimulação cognitiva.<br />
A importância do diagnóstico<br />
precoce do<br />
Alzheimer<br />
A detecção precoce da<br />
doença de Alzheimer<br />
pode melhorar o prognóstico<br />
do paciente, pois<br />
permite que o tratamento<br />
comece mais cedo, o que<br />
pode ajudar a retardar a<br />
progressão da doença e<br />
a reduzir a gravidade dos<br />
sintomas.<br />
Além disso, um diagnóstico<br />
precoce permite que<br />
o paciente e seus familiares<br />
planejem melhor o<br />
futuro e façam ajustes em<br />
suas vidas para lidar com<br />
os desafios que a doença<br />
pode trazer.<br />
A detecção precoce também<br />
permite que os<br />
pacientes sejam encaminhados<br />
para ensaios clínicos<br />
de novas terapias e<br />
tratamentos, que podem<br />
ajudar a desenvolver<br />
novas opções de tratamento<br />
para a doença de<br />
Alzheimer no futuro.<br />
O diagnóstico precoce da<br />
doença de Alzheimer é crucial<br />
para melhorar a qualidade<br />
de vida dos pacientes,<br />
bem como para promover<br />
a pesquisa e o desenvolvimento<br />
de novas terapias e<br />
tratamentos.<br />
Conclusão<br />
A doença de Alzheimer<br />
ainda não tem cura. Junto<br />
disso, um diagnóstico<br />
precoce da doença pode<br />
auxiliar o paciente e seus<br />
familiares a terem uma<br />
melhor organização e<br />
qualidade de vida.<br />
Exames como o uso de<br />
biomarcadores no líquido<br />
cefalorraquidiano são<br />
uma ferramenta para esse<br />
parecer integrando outras<br />
formas de diagnóstico<br />
comportamental, como<br />
o histórico do paciente e<br />
exames neurológicos.<br />
Referências<br />
Almkvist, O., Nordberg, A. A biomarker-validated<br />
time scale in years of disease progression<br />
has identified early- and late-onset<br />
subgroups in sporadic Alzheimer’s disease.<br />
Alz Res Therapy 15, 89 (2023). https://doi.<br />
org/10.1186/s13195-023-01231-8<br />
Billmann, A et al., Biomarcadores no líquido<br />
cefalorraquidiano no desenvolvimento da<br />
doença de Alzheimer: uma revisão sistemática.<br />
Rev. Psicol. Saúde, Campo Grande, v. 12,<br />
n. 2, p. 141-153, jun. 2020.<br />
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Cerebrospinal fluid in the differential diagnosis<br />
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10, 32 (2018). https://doi.org/10.1186/<br />
s13195-018-0361-3.<br />
FONTE:<br />
www.varsomics.com<br />
Varsomics<br />
União de soluções tecnológicas para a prática da medicina de precisão. Nossa missão é ser referência de excelência no desenvolvimento de soluções<br />
de bioinformática e prestação de serviços aplicados na área de diagnóstico clínico e de pesquisas acadêmicas, para auxiliar a comunidade científica a<br />
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130 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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VIROLOGIA<br />
VÍRUS DA DENGUE E O DESENVOLVIMENTO<br />
DE UMA VACINA RECOMBINANTE TETRAVALENTE<br />
DENGUE VIRUS AND THE DEVELOPMENT OF A TETRAVALENT RECOMBINANT VACCINE<br />
Por Mariana Cortez Matias e Silva1;<br />
Rafaella Dias Botelho1;<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões2.<br />
MATIAS E SILVA, M.C1., BOTELHO, R.D1., SIMÕES, R.S.Q2<br />
Resumo<br />
A dengue é uma doença transmitida por vetores<br />
do gênero Aedes presente na maioria dos países<br />
tropicais, infectando uma média de 50 a 100 milhões<br />
de pessoas por ano. Fatores socioeconômicos,<br />
demográficos e ambientais influenciam<br />
diretamente no ciclo de transmissão do vírus da<br />
dengue (DENV). É um vírus de genoma RNA envelopado<br />
de fita positiva. Possui quatro sorotipos<br />
antigenicamente distintos, DENV-1 a DENV-4,<br />
com genótipos diferentes codificando três proteínas<br />
estruturais e sete proteínas não estruturais.<br />
Os sintomas clínicos da dengue variam de febre<br />
leve a febre hemorrágica da dengue (FHD) grave<br />
ou síndrome do choque da dengue (DSS), com<br />
trombocitopenia, leucopenia e aumento da permeabilidade<br />
vascular. O objetivo deste trabalho<br />
foi descrever o vírus e o desenvolvimento de uma<br />
vacina tetravalente construída por meio da substituição<br />
dos genes que codificam as proteínas da<br />
pré-membrana (prM) e do envelope (E) da cepa<br />
utilizada na vacina de febre amarela (YF 17D 204).<br />
Neste sentido é latente as ações públicas e de<br />
vigilância epidemiológica atuarem em conjunto<br />
para mitigar os riscos da infecção viral.<br />
Abstract<br />
Dengue is a arthroped-borne disease transmitted<br />
by Aedes genus vectors present in most<br />
tropical countries, infecting an average of 50 to<br />
100 million people per year. Socioeconomic, demographic<br />
and environmental factors directly<br />
influence the dengue virus (DENV) transmission<br />
cycle. It is a positive strand enveloped RNA<br />
genome virus. It has been showed four antigenically<br />
distinct serotypes, DENV-1 to DENV-4,<br />
with different genotypes encoding three structural<br />
proteins and seven non-structural proteins.<br />
Clinical symptoms of dengue range from<br />
mild fever to severe dengue hemorrhagic fever<br />
(DHF) or dengue shock syndrome (DSS), with<br />
thrombocytopenia, leukopenia, and increased<br />
vascular permeability. The aim of this work was<br />
to describe the virus and the development of a<br />
tetravalent vaccine constructed by replacing<br />
the genes that encode the pre-membrane (prM)<br />
and envelope (E) proteins of the strain used in<br />
the yellow fever vaccine (YF 17D 204). In this<br />
sense, it is latent that public actions and epidemiological<br />
surveillance work together to mitigate<br />
the risks of viral infection.<br />
Palavras-chaves: arbovirose, DENV, vacina.<br />
Keywords: arthropod-borne viruses, DENV, vaccine<br />
132 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Introdução<br />
A dengue é uma arbovirose<br />
do gênero Flavivirus<br />
e transmitida por meio<br />
da picada do mosquito<br />
pertencente ao gênero<br />
Aedes, que dá origem a<br />
doença infecciosa emergente,<br />
tendo quatro<br />
sorotipos presentes no<br />
Brasil: DENV-1, DENV-<br />
2, DENV-3, DENV-4. O<br />
Aedes é o principal vetor<br />
do vírus no país, tratando-se<br />
de um mosquito<br />
antropofílico e essencialmente<br />
urbano, desenvolvendo-se,<br />
principalmente,<br />
em depósitos de<br />
água. É uma enfermidade<br />
viral que pode causar<br />
um variado espectro<br />
clínico, apresentando<br />
desde formas brandas<br />
até os quadros clínicos<br />
mais graves, alguns com<br />
manifestações hemorrágicas.<br />
A dengue é responsável<br />
por milhões<br />
Figura 1: Boletim Epidemiológico da Dengue no Rio de Janeiro. Número de taxa de incidência<br />
por 100 mil/hab, segundo a Região de Saúde/Município de Residência – 2023.<br />
de casos anualmente<br />
que impactam na saúde<br />
pública e na economia.<br />
Em razão ao amplo<br />
espectro de sorotipos<br />
possíveis, o desenvolvimento<br />
de uma vacina se<br />
tornou<br />
extremamente<br />
desafiador e complexo<br />
(RIVERA et al., 2022).<br />
Epidemiologia<br />
A prevalência de casos<br />
e o número de países<br />
que relataram surtos de<br />
dengue<br />
aumentaram<br />
dez vezes mais nos últimos<br />
trinta anos. Atualmente<br />
a doença pode<br />
ser encontrada em pelo<br />
menos cem países tropicais<br />
e subtropicais de<br />
forma endêmica. Os fatores<br />
determinantes para<br />
a expansão do vírus são<br />
multifatoriais, podendo<br />
levar em consideração o<br />
crescimento populacional,<br />
recursos econômicos<br />
limitados e a urbanização,<br />
assim como viagens<br />
e comércios legais.<br />
De acordo com dados<br />
do boletim epidemiológico<br />
divulgado pela<br />
Secretaria de Vigilância<br />
em Saúde, no perí-<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
133
VIROLOGIA<br />
odo de 31/12/2017 a<br />
fis foram associados ao<br />
diversas outras enfermi-<br />
20/01/2018, foram regis-<br />
porte populacional e<br />
dades, além de compro-<br />
trados 9.399 casos prová-<br />
ao clima do município.<br />
meter permanentemen-<br />
veis de dengue no país.<br />
Municípios com maior<br />
te a vida de indivíduos<br />
Nesse período, a região<br />
incidência e maiores<br />
que foram infectados.<br />
sudeste apresentou o<br />
populações tendem a<br />
No Brasil foram notifi-<br />
maior número de casos<br />
ser classificados como<br />
cados 2.788.522 casos<br />
prováveis (4.066 casos;<br />
transmissão persisten-<br />
de dengue no triênio<br />
43,3%) em relação ao<br />
te, sugerindo a existên-<br />
de 2018 a 2020, sendo<br />
total do país. Em seguida<br />
cia de tamanho crítico<br />
que 2.131.003 (76,4%)<br />
aparecem as regiões Cen-<br />
da comunidade. Essa<br />
obtiveram cura, 1.628<br />
tro-Oeste (2.481 casos;<br />
associação, no entan-<br />
(0,05%) evoluíram ao<br />
26,4%), Norte (1.056<br />
to, varia de acordo com<br />
óbito pela arbovirose,<br />
casos; 11,2%), Nordeste<br />
o estado, indicando a<br />
428 (0,01%) foram ao<br />
(914 casos; 9,7%) e Sul<br />
importância de outros<br />
óbito por outras causas,<br />
(882 casos; 9,4%) (GUY et<br />
fatores (ROY et al.,<br />
393 (0,01%) estão com<br />
al., 2011) (Figura 1).<br />
2021., DE ALMEIDA et<br />
o óbito em investigação,<br />
al., 2022.,).<br />
e 655.070 (23,4%) indi-<br />
O perfil epidemiológico<br />
víduos que não tiveram<br />
da dengue no Brasil foi<br />
A Evolução de Casos de<br />
os dados de evolução<br />
classificado em quatro<br />
Arbovirose - Dengue -<br />
preenchidos<br />
(PALANI-<br />
perfis distintos de trans-<br />
Entre 2018 e 2020<br />
CHAMY et al., 2023).<br />
missão:<br />
transmissão<br />
As arboviroses vem sen-<br />
persistente (7,8%), epi-<br />
do um problema notório<br />
Esse cenário problemáti-<br />
demia (21,3%), episódi-<br />
para a saúde pública, con-<br />
co requer políticas públi-<br />
ca/epidêmica (43,2%) e<br />
siderando que um mes-<br />
cas sérias de controle<br />
transmissão<br />
episódica<br />
mo vetor possui a capa-<br />
do vetor com o intuito<br />
(27,6%). Diferentes per-<br />
cidade de disseminar<br />
de reduzir essa escalada<br />
134 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
VIROLOGIA<br />
constante no país. Ressalta-se<br />
também a importância<br />
da comunicação e<br />
registro de casos encontrados,<br />
para que assim<br />
ocorra o controle dos<br />
números de dados corretos<br />
(Figura 2).<br />
Figura 2: Tratamento de suporte à infecção viral por dengue.<br />
Vacinas Contra a Dengue<br />
Nas últimas duas décadas,<br />
esforços para desenvolver<br />
vacinas seguras e<br />
eficazes para prevenir o<br />
vírus da dengue (DENV)<br />
têm enfrentado vários<br />
desafios, principalmente<br />
relacionados à complexidade<br />
da realização<br />
de estudos a longo prazo.<br />
Estes ensaios clínicos<br />
são desenvolvidos<br />
com o intuito de avaliar<br />
a eficácia e segurança<br />
da vacina para mitigar<br />
o risco de doença induzida<br />
por vacina, particularmente<br />
em crianças<br />
e possíveis eventos<br />
adversos pós-vacinação<br />
(SAAD., 2023). Existiam<br />
sete possibilidades<br />
em progresso, porém<br />
somente três apresentaram<br />
resultados promissores<br />
(Dengvaxia®,<br />
TV003, e TAK-003). Os<br />
desafios encontrados<br />
para o sucesso de uma<br />
vacina contra o vírus da<br />
dengue consistem principalmente<br />
em adequar<br />
proteção contra todos<br />
os quatros sorotipos<br />
existentes da infecção<br />
(CODECO et al., 2022).<br />
Desenvolvimento de<br />
Uma Vacina Tetravalente<br />
Desde o aumento exponencial<br />
dos casos de<br />
dengue em regiões<br />
endêmicas, os labora-<br />
136 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
VIROLOGIA<br />
tórios acadêmicos e<br />
empresas farmacêuticas<br />
empenham-se para<br />
a criação de uma vacina<br />
contra dengue, utilizando<br />
diferentes tecnologias,<br />
como: vacinas<br />
contendo vírus vivos<br />
atenuados; vetores virais<br />
recombinantes que<br />
expressam os antígenos<br />
do envelope (E) do vírus<br />
da dengue; proteínas<br />
recombinantes; e vacinas<br />
de DNA. Até o ano de<br />
2011 a vacina candidata<br />
era a desenvolvida pela<br />
Sanofi Pasteur, também<br />
conhecida como ChimeriVax,<br />
que é uma vacina<br />
tetravalente que contém<br />
vírus recombinantes atenuados<br />
e que tem como<br />
base a cepa da vacina<br />
17D contra a febre amarela<br />
(YF17D) (DOS SAN-<br />
TOS et al., 2022). ChimeriVax<br />
x teve origem na<br />
St. Louis University e foi<br />
aplicada por Guirakhoo<br />
et al na Acambis Inc. A<br />
vacina candidata foi testada<br />
em humanos, sendo<br />
imunogênica e segura.<br />
Os vírus que compõem<br />
a vacina recombinante<br />
tetravalente foram<br />
construídos por meio da<br />
substituição dos genes<br />
que codificam as proteínas<br />
da pré-membrana<br />
(prM) e do envelope (E)<br />
da cepa utilizada na vacina<br />
de febre amarela (YF<br />
17D 204) pelos respectivos<br />
genes de cada um<br />
dos quatro sorotipos da<br />
dengue (WOLLNER et al.,<br />
2021., DOS SANTOS et<br />
al., 2022., TORRES-FLO-<br />
RES et al., 2022).<br />
Aprovação de Uma<br />
Nova Vacina Pela Anvisa<br />
(Tak-003)<br />
Em março de 2023 foi<br />
aprovado pela Agência<br />
Nacional de Vigilância<br />
Sanitária (ANVISA)<br />
o registro de uma nova<br />
vacina contra a dengue,<br />
produzida pela empresa<br />
Takeda Pharma e nomeada<br />
de Qdenga. A vacina<br />
aprovada é composta<br />
por quatro sorotipos<br />
diferentes causadores da<br />
doença, garantindo uma<br />
ampla proteção.<br />
A vacina tetravalente<br />
contra dengue da Takeda<br />
(TAK-003), uma vacina<br />
viva atenuada baseada<br />
no sorotipo DENV-2, é<br />
a mais avançada entre as<br />
vacinas candidatas contra<br />
a dengue que estava<br />
em desenvolvimento<br />
(RIVERA et al., 2022).<br />
A aplicação deve ser feita<br />
por via subcutânea em<br />
esquema de duas doses,<br />
em intervalo de três meses<br />
entre as aplicações. É indicada<br />
para a população<br />
entre 4 e 60 anos, sem a<br />
necessidade de os indivíduos<br />
já terem sido infectados<br />
anteriormente (FURTADO<br />
et al., 2019., PALANICHAMY<br />
et al., 2023).<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
137
VIROLOGIA<br />
Considerações Finais<br />
Mesmo com a aprovação<br />
de vacinas comprovadamente<br />
eficazes contra o<br />
vírus da dengue (DENV),<br />
ainda não foi possível<br />
observar seus efeitos práticos<br />
na sociedade de forma<br />
significativa. Serão<br />
necessárias campanhas de<br />
vacinação nas áreas mais<br />
afetadas pela doença,<br />
principalmente nas áreas<br />
tropicais mais endêmicas<br />
do país. É notório que a<br />
utilização de vacinas para<br />
o combate contra o DENV<br />
seja essencial, porém,<br />
além de ser necessário<br />
uma campanha de incentivo<br />
à vacinação, é latente<br />
a presença de educação<br />
ambiental nas áreas mais<br />
acometidas para a geração<br />
atual e principalmente as<br />
futuras ações públicas e de<br />
vigilância epidemiológica<br />
atuarem em conjunto, a<br />
fim de diminuir a transmissão<br />
drasticamente, melhorando<br />
a economia e saúde<br />
pública como um todo.<br />
Agradecimentos<br />
À nossa orientadora Profa.<br />
Rachel Simões pela<br />
oportunidade no desenvolvimento<br />
deste trabalho<br />
e incentivo à pesquisa<br />
e extensão.<br />
Autoras:<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />
Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso de<br />
Medicina Veterinária; Departamento de Ciências da<br />
Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
Mariana Cortez Matias e Silva<br />
Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />
Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />
Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo,<br />
Rio de Janeiro.<br />
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BioDrugs: clinical immunotherapeutics, biopharmaceuticals<br />
and gene therapy, v. 36, n.<br />
3, p. 325–336, 2022.<br />
WOLLNER, C. J. et al. A dengue virus serotype<br />
1 mRNA-LNP vaccine elicits protective immune<br />
responses. Journal of Virology, v. 95, n. 12, 2021.<br />
Rafaella Dias Botelho<br />
Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />
Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />
Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo,<br />
Rio de Janeiro.<br />
138 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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BLOG DOS CIENTISTAS<br />
EMPREENDEDORISMO CIENTÍFICO E<br />
CIÊNCIA ABERTA<br />
Por Ingrid Ferreira Costa<br />
A evolução tecnológica<br />
tem acontecido com<br />
maior velocidade nos<br />
últimos anos, principalmente<br />
com as adversidades<br />
da pandemia. Dessa<br />
forma, as empresas têm<br />
apostado mais no empreendedorismo<br />
científico e<br />
na ciência aberta.<br />
Esses dois termos atuam<br />
juntos da inovação aberta,<br />
que tem crescido em<br />
popularidade na Europa<br />
e nos Estados Unidos.<br />
Segundo pesquisas, 78%<br />
das empresas nessas regiões<br />
atuam com processos<br />
de inovação aberta.<br />
Mas por que essas<br />
empresas fazem isso?<br />
O que é empreendedorismo<br />
científico?<br />
“Existe um grande poço<br />
de recursos e conhecimentos<br />
não utilizados<br />
que podem ser libera-<br />
dos se pudermos encontrar<br />
maneiras de fazê-lo.”<br />
(Henry Chesbrough)<br />
O empreendedorismo<br />
científico é a busca por<br />
novos desenvolvimentos<br />
científicos ou tecnologias<br />
inovadoras com grande<br />
potencial de mercado.<br />
Sendo assim, a ideia<br />
é simples: pegar essas<br />
ideias e patenteá-las.<br />
A princípio, essa prática<br />
tem ajudado a transformar<br />
pesquisas em produtos<br />
mais viáveis e acessíveis<br />
para a população.<br />
Em contrapartida, o que<br />
ocorre muito no desenvolvimento<br />
científico é<br />
que ele acaba não passando<br />
do investimento<br />
público, ficando no vale<br />
da morte da inovação.<br />
Os principais problemas<br />
são:<br />
- Dificuldade em sair do<br />
estágio inicial de evolução;<br />
- Projetos que não são<br />
pensados com noções de<br />
mercado e viabilidade;<br />
- Falta de infraestrutura<br />
para teste em ambientes<br />
reais.<br />
Como o empreendedorismo<br />
científico resolve<br />
isso?<br />
1. Mapeando as barreiras<br />
que impedem a implementação<br />
da tecnologia;<br />
140 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
2. Envolvendo as partes<br />
interessadas (stakeholders)<br />
no projeto;<br />
3. Aplicando a gestão de<br />
recursos no desenvolvimento<br />
científico;<br />
4. Buscando programas<br />
de aceleração e desenvolvimento;<br />
5. Pensando mais na prática<br />
do projeto e menos<br />
na técnica.<br />
Por isso, para o empreendedorismo<br />
científico funcionar,<br />
é necessária outra<br />
figura no meio: a ciência<br />
aberta e os diferentes<br />
tipos de inovação aberta!<br />
O que é ciência aberta?<br />
A ciência aberta se trata<br />
de um movimento que<br />
traz mudanças estruturais<br />
na forma como o<br />
conhecimento científico<br />
é produzido, compartilhado<br />
e reutilizado. Sendo<br />
assim, sua ideia é promover<br />
uma ciência mais<br />
colaborativa, transparente<br />
e sustentável.<br />
Portanto, isso está alinhado<br />
com a quebra da mentalidade<br />
de silo comum<br />
nas empresas, que buscam<br />
justamente o sigilo<br />
de sua cultura corporativa.<br />
Dessa forma, a ciência<br />
aberta está alinhada com<br />
a inovação aberta.<br />
O que é a inovação<br />
aberta?<br />
A inovação aberta se trata<br />
de um modelo de gestão<br />
empresarial que se volta<br />
para a inovação. Sendo<br />
assim, esse modelo promove<br />
a colaboração com<br />
pessoas e organização<br />
externas à empresa, quebrando<br />
com a mentalidade<br />
de silo.<br />
Com a adoção desse<br />
modelo, fica mais fácil de<br />
pôr em prática o empreendedorismo<br />
científico.<br />
Afinal, existe mais de um<br />
tipo de inovação aberta.<br />
Quais são os tipos de<br />
inovação aberta?<br />
- Co-desenvolvimento: o<br />
co-desenvolvimento se<br />
trata da relação entre uma<br />
startup (ou tecnologia<br />
vinda de uma universidade<br />
ou centro de pesquisa)<br />
e uma grande empresa;<br />
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
141
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
- Licenciamento: em troca<br />
do pagamento de royalties<br />
para o detentor da<br />
propriedade intelectual,<br />
a empresa pode explorar<br />
uma nova tecnologia;<br />
- Aquisição: se trata da compra<br />
de uma empresa nascente,<br />
o que leva à incorporação<br />
das tecnologias;<br />
- Contratação: se trata de<br />
um acordo, onde um serviço<br />
é prestado mediante<br />
pagamento;<br />
- Financiamento ou investimento:<br />
as grandes empresas<br />
financiam novas tecnologias<br />
fomentando a evolução tecnológica<br />
e a criação de uma<br />
nova solução!<br />
Qual é a importância da<br />
inovação aberta?<br />
Ao adotar um modelo de<br />
gestão empresarial mais<br />
disruptivo, aumenta a<br />
competitividade, portanto,<br />
a inovação aberta é a<br />
opção mais viável quando<br />
as empresas reconhecem<br />
que há mais conhecimento<br />
disponível do lado de<br />
fora da sua estrutura.<br />
Dessa forma, os benefícios<br />
que a inovação<br />
aberta garante são:<br />
- Redução de custos;<br />
- Desenvolvimento de produtos<br />
com maior envolvimento<br />
dos clientes;<br />
- Maior valor agregado<br />
à marca;<br />
- A chance de desenvolver<br />
parcerias lucrativas.<br />
Quais são os critérios<br />
para parcerias estratégicas?<br />
A parceria estratégica se<br />
trata da aliança entre uma<br />
ou mais organizações para<br />
oferecer suporte mútuo<br />
na conquista de objetivos<br />
comuns. Por exemplo, a<br />
aliança entre a startup e<br />
uma grande empresa.<br />
Tais parcerias são ótimas<br />
para diminuir os problemas<br />
internos e potencializar<br />
as competências.<br />
Em contrapartida, para<br />
ser uma parceria lucrativa,<br />
é necessário o atendimento<br />
de certos critérios:<br />
- Infraestrutura: a grande<br />
empresa deve fornecer<br />
infraestrutura para<br />
o desenvolvimento de<br />
novos projetos<br />
- Recursos financeiros: a<br />
parceria lucrativa deve<br />
facilitar na captação de<br />
recursos financeiros<br />
- Burocracias regulatórias:<br />
as parcerias corporativas<br />
costumam reduzir os prazos<br />
para a certificação de<br />
produtos e outros procedimentos.<br />
Com isso, agilizam<br />
no desenvolvimento<br />
- Taxa de riscos: os riscos<br />
inicialmente concentrados<br />
no cientista acabam<br />
sendo divididos com os<br />
parceiros!<br />
Onde entra a gestão de<br />
inovação nessa história?<br />
A gestão de inovação se<br />
trata da estrutura do processo<br />
de aprimoramento<br />
em seu começo, meio<br />
e fim. Ela estabelece os<br />
meios e métodos para a<br />
geração de valor, ajudando<br />
assim na concretização<br />
de novas ideias.<br />
142 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
Considerando que toda<br />
organização quer inovar,<br />
é necessário que haja um<br />
processo bem estabelecido<br />
que permita que a inovação<br />
ocorra de maneira<br />
contínua. Dessa forma,<br />
algumas práticas devem<br />
orientar a gestão:<br />
- Alinhamento de prioridades<br />
entre as equipes<br />
disponíveis<br />
- Definição de acordos<br />
formais, com metas e<br />
objetivos bem claros.<br />
Com isso, você evita disputas<br />
antagônicas<br />
- Construção de parcerias<br />
com culturas semelhantes<br />
e conhecimentos diferentes<br />
E onde entra a prospecção<br />
de tecnologia na gestão?<br />
A prospecção de tecnologia<br />
pode ser entendida<br />
como o planejamento<br />
sistemático para o mapeamento<br />
de desenvolvimentos<br />
científicos futuros.<br />
Através de métodos quantitativos<br />
e qualitativos, as<br />
empresas preveem os projetos<br />
mais impactantes.<br />
Dessa forma, a prospecção<br />
tecnológica acaba<br />
fazendo parte da gestão,<br />
com a equipe buscando<br />
avaliar o panorama atual<br />
do mercado. Com isso,<br />
pretende ver quais são as<br />
lacunas do mercado que<br />
serão preenchidas por<br />
essas novas tecnologias.<br />
Conclusão<br />
Em síntese, o empreendedorismo<br />
científico e a<br />
ciência aberta andam de<br />
mãos dadas, promovendo<br />
trabalhos científicos<br />
para o mercado. Portanto,<br />
isso é ótimo para o<br />
cientista, que garante o<br />
seu reconhecimento e<br />
faz o seu projeto alcançar<br />
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Autora:<br />
Ingrid Ferreira Costa<br />
Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências Farmacêuticas.<br />
Especialista em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Externa<br />
na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC ISO 9001:2015. Auditora Líder na ABNT ISO/IEC 17025:2017, ABNT ISO/IEC<br />
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Fonte: https://biochemie.com.br/empreendedorismo-cientifico/empreendedorismo-cientifico-e-ciencia-aberta/<br />
144 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
CelltacG+ inclui parâmetros de<br />
reticulócitos recém-integrados<br />
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No CelltacG+, um laser azul de 488 nm foi recentemente integrado à tecnologia para<br />
medição dos reticulócitos.<br />
- A solução de coloração de ácido nucleico cora DNA e RNA.<br />
- As células coradas são excitadas pelo laser azul e dois tipos de fluorescência são<br />
gerados.<br />
- O tamanho da célula é calculado a partir da luz espalhada para a frente. As<br />
informações de DNA são calculadas por luz fluorescente verde e as informações de<br />
RNA são calculadas por luz fluorescente vermelha.<br />
- A densidade fluorescente é importante para identificar a quantidade de reticulócitos,<br />
através do diagrama de dispersão RNP* minimiza-se a influência de substâncias<br />
interferentes para um resultado de reticulócitos mais preciso.<br />
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MINUTO LABORATÓRIO<br />
O QUE MUDOU COM A ATUALIZAÇÃO<br />
RDC 302/2005 PARA A RDC 786/2023?<br />
Por Fábia Bezerra, Louise Fabri, Cristhian Roiz.<br />
Logo de início, podemos<br />
falar da ampliação dos<br />
serviços de exame de<br />
análises clínicas (EAC)<br />
nas farmácias e clínicas.<br />
A resolução aprovada<br />
categorizou os serviços<br />
de saúde que realizam<br />
atividades relacionadas<br />
a exames de análises clínicas<br />
e este era o principal<br />
tema que se discutiu<br />
ao longo da revisão das<br />
Resoluções da Diretoria<br />
Colegiada (RDC) que<br />
consiste em uma série<br />
de normas regulamentares<br />
cujo objetivo é atribuir<br />
responsabilidades a<br />
empresas e profissionais<br />
a fim de garantir as Boas<br />
Práticas mantendo os<br />
padrões de qualidade<br />
dos produtos e serviços<br />
destinados à saúde<br />
da população.<br />
De um lado, tínhamos as<br />
farmácias e clínicas que há<br />
muito tempo reivindicavam<br />
esta autorização e do<br />
outro, os laboratórios de<br />
análises clínicas que viam<br />
esta possibilidade como<br />
um risco – tanto no fator<br />
perda de clientes, como na<br />
preocupação com a interpretação<br />
destes resultados<br />
por pessoas leigas.<br />
E ainda existia um terceiro<br />
grupo, dos médicos que<br />
dividam opiniões, onde<br />
alguns consideram muito<br />
prática e rápida a execução<br />
de alguns exames em<br />
seus consultórios e/ou farmácias<br />
e outros que compartilham<br />
o mesmo sentimento<br />
dos laboratórios<br />
sobre o risco das conclusões<br />
precipitadas podendo<br />
levar inclusive as pessoas<br />
a se automedicarem.<br />
No fim, ficou estabelecido<br />
que a norma aprovada<br />
possibilita a realização<br />
de testes de triagem nas<br />
farmácias, consultórios e<br />
postos de coleta, os quais<br />
não ultrapassam o diagnóstico<br />
laboratorial convencional<br />
e nem o substituem,<br />
pois a sua atuação é<br />
complementar, com finalidades<br />
distintas no atendimento<br />
à população.<br />
Catequizou-se os serviços<br />
de acordo com a sua<br />
complexidade e infraestrutura:<br />
I - Serviço tipo I: farmácias<br />
e consultórios isolados.<br />
II - Serviço tipo II: postos<br />
de coleta.<br />
III - Serviço tipo III: laboratórios<br />
clínicos, laboratórios<br />
de apoio e laboratórios de<br />
anatomia patológica.<br />
146 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Além dessa resolução,<br />
podemos citar mudanças<br />
em Inovações tecnológicas;<br />
segurança do<br />
paciente; rastreabilidade<br />
dos processos; infraestrutura<br />
e aprimoramento do<br />
controle de qualidade.<br />
O laboratório clínico deve<br />
realizar Controle Interno<br />
da Qualidade contemplando:<br />
Monitoramento<br />
do processo analítico<br />
pela análise das amostras<br />
controle, com registro<br />
dos resultados obtidos e<br />
análise dos dados; definição<br />
dos critérios de<br />
aceitação dos resultados<br />
por tipo de analito e de<br />
acordo com a metodologia<br />
utilizada; liberação ou<br />
rejeição das análises após<br />
avaliação dos resultados<br />
das amostras controle.<br />
Deve participar de Ensaios<br />
de Proficiência para todos<br />
os exames realizados na<br />
sua rotina. A participação<br />
em Ensaios de Proficiência<br />
deve ser individual para<br />
cada unidade do laboratório<br />
clínico que realiza<br />
as análises; o laboratório<br />
clínico deve registrar os<br />
resultados do Controle<br />
Externo da Qualidade, inadequações,<br />
investigação<br />
de causas e ações tomadas<br />
para os resultados<br />
rejeitados ou nos quais a<br />
proficiência não foi obtida;<br />
as amostras controle<br />
devem ser analisadas<br />
da mesma forma que as<br />
amostras dos pacientes.<br />
Quanto ao Programa de<br />
Educação Permanente,<br />
deve contemplar capacitações<br />
e treinamentos inicial<br />
e periódicos, teórico e prático<br />
com frequência mínima<br />
anual; baseados em<br />
abordagem de riscos, sempre<br />
que novos processos,<br />
técnicas ou tecnologias<br />
forem implementados, ou<br />
antes de novas pessoas<br />
integrarem os processos; e<br />
metodologia de avaliação<br />
de forma a demonstrar a<br />
eficácia das ações de capacitação<br />
e treinamento.<br />
As capacitações e treinamentos<br />
periódicos<br />
devem contemplar, no<br />
mínimo Instruções escritas;<br />
segurança do paciente;<br />
gerenciamento dos<br />
riscos inerentes às tecnologias<br />
utilizadas; e programa<br />
de garantia da qualidade.<br />
As capacitações e<br />
os treinamentos devem<br />
ser registrados, contendo<br />
data, horário, carga horária,<br />
conteúdo ministrado,<br />
nome e a formação ou<br />
capacitação profissional<br />
do instrutor e dos trabalhadores<br />
envolvidos.<br />
Sobre os Principais eixos<br />
das mudanças temos a<br />
modernização do instrumento<br />
regulatório para<br />
tratar do funcionamento<br />
dos laboratórios clínicos<br />
e postos de coleta, e<br />
todos os aspectos técnico/sanitários<br />
relacionados<br />
à execução dos exames<br />
de análises clínicas;<br />
expansão das atividades<br />
relacionadas aos exames<br />
de análises clínicas para<br />
MINUTO LABORATÓRIO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
147
MINUTO LABORATÓRIO<br />
além dessas estruturas;<br />
regulamentação do<br />
envio de material biológico<br />
para análise por laboratório<br />
clínico localizado<br />
no exterior; maior clareza<br />
nos critérios de envio de<br />
material biológico aos<br />
laboratórios de apoio.<br />
Além disso, a partir do<br />
momento que entrar em<br />
vigor no dia 01 de agosto,<br />
teremos o aumento da<br />
abrangência da Norma -<br />
com a inclusão de laboratórios<br />
anatomopatológicos<br />
e de toxicologia, a<br />
assinatura do profissional<br />
que o liberou deve ser<br />
manuscrita ou em formato<br />
digital, com utilização<br />
de processo de certificação<br />
na forma disciplinada<br />
pela Medida Provisória<br />
nº 2.200-2/2001. Não<br />
será possível usar uma<br />
assinatura escaneada do<br />
técnico responsável pelo<br />
laudo, uma vez que ela<br />
não gera a mesma autenticidade<br />
que uma assinatura<br />
digital. E, embora<br />
seja uma regra inflexível,<br />
há a possibilidade de o<br />
laboratório clínico decidir<br />
pela melhor solução técnica<br />
para atender às suas<br />
necessidades e objetivos.<br />
Um ponto bem importante<br />
discutido e questionado<br />
a ANVISA por Cristhian<br />
Roiz foi sobre o artigo 110<br />
da nova RDC. O ponto<br />
crucial questionado que<br />
gera dúvidas no setor de<br />
análises clínicas e afins, é:<br />
"(...) determina que todo<br />
material biológico transportado<br />
deve conter, em<br />
sua embalagem terciária,<br />
dados dos exames solicitados,<br />
do material biológico<br />
coletado, do paciente<br />
e do solicitante."<br />
Considerando que tais<br />
embalagens são acessíveis<br />
a todo e qualquer<br />
indivíduo, inserido ou<br />
não no contexto EAC<br />
(temos embarques aéreos,<br />
por exemplo, onde<br />
os agentes aeroportuários<br />
têm acesso à estas<br />
embalagens necessariamente)<br />
e consequentemente<br />
possibilitando<br />
que suas informações<br />
externamente nelas contida<br />
possam também<br />
estar visíveis, entendemos<br />
que tal fato implicaria<br />
desacato a lei<br />
de proteção de dados<br />
amplamente divulgada<br />
e conhecida no país.<br />
Houve o retorno do setor<br />
técnico/Gerência de<br />
Regulamentação e Controle<br />
Sanitário em Serviços<br />
de Saúde (GRECS)<br />
contudo, o retorno recebido<br />
da GRECS não traz<br />
entendimento em ser<br />
necessária uma revisão<br />
para análise de uma adequação<br />
à esta questão,<br />
entendendo, portanto,<br />
148 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
MINUTO LABORATÓRIO<br />
que o texto está adequado<br />
e em conformidade<br />
à exigência cabível ao<br />
ambiente que se propõe<br />
a resolução (EAC). Contudo,<br />
traz em sua resposta<br />
pela decisão em ser<br />
adotada ou não pelos<br />
laboratórios (?) a forma<br />
que estas informações<br />
devem ser inseridas nas<br />
embalagens terciárias, a<br />
fim de se preservar e ser<br />
acatado a LGPD. Neste<br />
sentido, caso tenhamos<br />
que assim acatar (RDC e<br />
LGPD), poderíamos ter<br />
como solução resguardar<br />
os dados externamente<br />
à embalagem,<br />
desde que contidos em<br />
local específico contudo,<br />
que não permitam a<br />
visão ao ambiente externo,<br />
como exemplo, dentro<br />
de embalagens não<br />
transparentes? Poderíamos<br />
adotar, se possível,<br />
metodologia QR CODE<br />
que contenha acesso às<br />
informações somente se<br />
a leitura ocorresse? Isto<br />
implicaria em um custo<br />
inacessível a pequenos<br />
laboratórios, assim como<br />
aumento de custos aos<br />
demais com maior porte<br />
(médio e grande laboratório)?<br />
Isto traria à luz<br />
a necessidade de uma<br />
revisão nos processos<br />
logísticos (POPs, Manuais,<br />
Capacitação de equipe<br />
técnica e logística)?<br />
Por fim, a intenção é<br />
repassar este retorno<br />
da ANVISA (concedido<br />
pela GRECS) no intuito<br />
de contribuir e dar acesso<br />
ao nicho da saúde,<br />
quais também contém a<br />
mesma dúvida pelo artigo<br />
110 da resolução, nos<br />
trazendo a conduta a ser<br />
tomada em face à resolução<br />
786 após questionamento<br />
realizado. Segue<br />
em destaque o contexto,<br />
“.... Cabe ao Serviço que<br />
executa EAC determinar a<br />
forma de encaminhamento<br />
de modo a obedecer a<br />
Lei nº 13.709, de 14 de<br />
agosto de 2018, Lei Geral<br />
de Proteção de Dados -<br />
LGPD, e outros instrumentos<br />
legais pertinentes.”<br />
Continuaremos no radar<br />
destas questões.<br />
Referência:<br />
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/<br />
resolucao-rdc-n-786-de-5-de-maio-<br />
-de-2023-482394228<br />
Autoras:<br />
Fábia Bezerra Louise Fabri Cristhian Roiz<br />
Biomédica, Auditora; Gerente<br />
da Qualidade Corporativa na<br />
Hapvida /Diagnósticos.<br />
Biomédica, Bacharel em<br />
Direito, Gerente do Núcleo<br />
Técnico Operacional da<br />
Hapvida/ Recife PE.<br />
Biomédico, Revisor<br />
Participativo da RDC 20<br />
Anvisa, ANTT 420 e CEO do<br />
Grupo Biocarga.<br />
150 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
EPIDEMIOLOGIA<br />
CÂNCER DE PULMÃO<br />
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS<br />
Por Paulo Mafra<br />
Estimado leitor, chegamos<br />
a quinta coluna de<br />
epidemiologia, onde<br />
abordarei uma patologia<br />
silenciosa e que<br />
vem ganhando espaço e<br />
chega a surpreender as<br />
posições que ocupa nos<br />
dados epidemiológicos,<br />
estando a frente de cânceres<br />
mais habituais. Está<br />
patologia não possui um<br />
único fator causador, mas<br />
está associado a diversas<br />
causas. Desde já desejo<br />
uma boa leitura e espero<br />
que o texto supra as<br />
expectativas.<br />
O câncer caracteriza um<br />
grave problema associado<br />
a saúde pública no<br />
mundo, essa patologia é<br />
resultado de um crescimento<br />
desordenado de<br />
células anormais, e possuem<br />
o potencial de invadir<br />
tecidos e órgãos. Ocupando<br />
a segunda posição<br />
das doenças crônicas não<br />
transmissíveis (DCNT)<br />
que mais possuem óbitos<br />
tanto em países desenvolvidos<br />
como em desenvolvimento.<br />
Se destaca<br />
devido ao aumento de<br />
sua incidência e mortalidade,<br />
especialmente pelo<br />
envelhecimento populacional<br />
acelerado e exposição<br />
a fatores de risco.<br />
As estimativas brasileiras<br />
segundo o INCA para o<br />
triênio 2023 – 2025 são<br />
de 704 mil novos casos<br />
notificados para cada<br />
ano com ênfase para as<br />
regiões Sul e Sudeste os<br />
quais concentram 70%<br />
da incidência.<br />
O câncer de pulmão é a<br />
neoplasia maligna que<br />
mais causa óbitos no ocidente.<br />
Segundo a Organização<br />
Mundial da Saúde<br />
(OMS) e o Instituto Nacional<br />
do Câncer (INCA) a<br />
incidência desta neoplasia<br />
está em crescimento acelerado<br />
no Brasil. De acordo<br />
com as estimativas encontra-se<br />
em terceiro lugar<br />
entre homens e quarto<br />
entre mulheres como neoplasia<br />
mais comum em<br />
solo brasileiro.<br />
A neoplasia de pulmão<br />
pode ser classificada<br />
através das células precursoras,<br />
sendo células<br />
pequenas e células não<br />
pequenas, a maior prevalência<br />
é da neoplasia de<br />
células não pequenas a<br />
qual abrange o carcinoma<br />
de células escamosas ou<br />
espinocelular sendo mais<br />
comum em homens, carcinoma<br />
de células grandes<br />
e o adenocarcinoma<br />
mais comum em mulheres;<br />
o de células pequenas<br />
é menos habitual e está<br />
propenso a se espalhar de<br />
forma mais rápida.<br />
152 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
A associação do tabaco<br />
como fator principal<br />
para o desenvolvimento<br />
do câncer de pulmão é<br />
antiga e sua ocorrência<br />
está associada ao tempo<br />
submetido ao fumo.<br />
Pesquisas estimam que<br />
essa relação é de aproximadamente<br />
71% nas<br />
mortes causadas por<br />
essa neoplasia, nos Estados<br />
Unidos da América<br />
80% dos óbitos por<br />
câncer de pulmão ainda<br />
são causadas pelo tabagismo.<br />
Outras causas<br />
como tabagismo passivo,<br />
exposição à radiação,<br />
elementos químicos,<br />
poluição do ar, doença<br />
pulmonar obstrutiva<br />
crônica (DPOC), fatores<br />
genéticos e histórico<br />
familiar podem levar ao<br />
indivíduo a desenvolver<br />
o câncer de pulmão.<br />
Durante o uso do tabaco<br />
o indivíduo fica exposto<br />
diretamente a mais de<br />
4.700 substancias químicas<br />
tóxicas, onde aproximadamente<br />
50 são cancerígenas<br />
predispondo<br />
o paciente a outros tipos<br />
de cânceres, como traqueia<br />
e brônquios, se torna<br />
também susceptível<br />
ao aumento de doenças<br />
cardiovasculares.<br />
A identificação da doença<br />
na maioria dos casos<br />
é realizada através de<br />
exames de imagem,<br />
broncoscopia associado<br />
a biópsia. O maior dos<br />
desafios é o diagnóstico<br />
precoce, onde grande<br />
parte dos casos já é identificado<br />
na fase tardia,<br />
para que isso possa ser<br />
realizado é necessário a<br />
observação dos sinais e<br />
sintomas apresentados<br />
pelo paciente, que são:<br />
hemoptise, tosse com<br />
rouquidão persistente,<br />
dor no tórax, dispneia,<br />
astenia e perca de peso<br />
sem causa aparente.<br />
Grande parte dos tabagistas<br />
apresentam de forma<br />
elevada no sangue o antígeno<br />
carcinoembrionário,<br />
possibilitando uma detecção<br />
antecipada precedente<br />
a progressão tumoral,<br />
assegurando uma intervenção<br />
precoce, dificultando<br />
assim o processo de<br />
infiltração e de metástase.<br />
O tratamento do CA de<br />
pulmão inclui a cirurgia<br />
quimioterapia, radioterapia,<br />
terapia alvo ou uma<br />
associação envolvendo<br />
essas modalidades de<br />
tratamento. A cirurgia<br />
fundamenta-se na retirada<br />
do tumor e remoção<br />
dos linfonodos próximos<br />
ao pulmão e no mediastino,<br />
as cirurgias podem ser<br />
do tipo: segmentectomia<br />
e ressecção em cunha<br />
(quando uma pequena<br />
parte do pulmão é removida),<br />
lobectomia (todo o<br />
lobo pulmonar afetado<br />
pelo tumor é removido) e<br />
pneumectomia (remoção<br />
completa do pulmão).<br />
EPIDEMIOLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
153
EPIDEMIOLOGIA<br />
O câncer de pulmão<br />
encontra-se em segundo<br />
lugar como o câncer mais<br />
incidente mundialmente,<br />
com 2,2 milhões (11,4%)<br />
de casos, ficando atrás<br />
do câncer de mama feminina<br />
com 2,3 milhões<br />
(11,7%). Nos homens é o<br />
mais frequente com 1,4<br />
milhão (14,3%) de casos<br />
novos, ficando à frente do<br />
câncer de próstata com<br />
1,4 milhão (14,1%). Nas<br />
mulheres ocupa o terceiro<br />
lugar de casos novos<br />
com 771 mil (8,4%) ficando<br />
atrás do câncer de<br />
mama com 2,3 milhões<br />
(24,5%) e do câncer de<br />
cólon e reto com 865 mil<br />
(8,4%) e fica afrente do<br />
câncer de colo de útero<br />
com 604 (6,5%).<br />
Os valores estimados<br />
para cada ano do triênio<br />
2023 – 2025 do câncer<br />
de pulmão é 32.560 mil<br />
(4,6%) casos, essas estimativas<br />
são apresentadas<br />
Imagem 1 - Estimativas de novos casos de câncer, em homens, para 2023-2025.<br />
Imagem 2 - Estimativas de novos casos de câncer, em mulheres, para 2023-2025.<br />
em taxas brutas e ajustadas<br />
(população – padrão<br />
mundial) de incidência<br />
por 100 mil habitantes e<br />
segundo sexo e localização<br />
do câncer.<br />
Em indivíduos do sexo masculino<br />
estima-se aproximadamente<br />
18.020 casos,<br />
com uma taxa bruta de<br />
17,06 e ajustada de 12,43<br />
(Imagem 1); enquanto em<br />
indivíduos do sexo feminino<br />
apresentam 14.540<br />
casos, com 13,15 de taxa<br />
bruta e 9,26 de taxa ajustada<br />
(Imagem 2).<br />
154 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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EPIDEMIOLOGIA<br />
As estimativas em território<br />
nacional, divididas<br />
por região se apresentam<br />
desta forma:<br />
casos no total, com uma<br />
taxa bruta de 15,36 e de<br />
taxa ajusta de 10,41.<br />
• Região Sul evidencia<br />
Através da distribuição<br />
geográfica brasileira é<br />
possível observar que a<br />
região sudeste e sul apre-<br />
• Região Norte possui<br />
uma estimativa de 1.530<br />
casos no total, com 7,91<br />
de taxa bruta e 10,47 de<br />
taxa ajustada.<br />
• Região Nordeste apresenta<br />
uma estimativa de<br />
6.570 casos no total, com<br />
uma taxa bruta de 11,33<br />
e de taxa ajustada 10,47.<br />
• Região Centro – Oeste<br />
demonstra uma estimativa<br />
de 2.440 casos no total,<br />
com 14,27 de taxa bruta e<br />
11,95 de taxa ajustada.<br />
• Região Sudeste expõe<br />
estimativas de 13.960<br />
estimativas de 8.060<br />
casos no total, com 26,15<br />
de taxa bruta e 18,55 de<br />
taxa ajustada.<br />
No ano de 2020 o câncer<br />
de traqueia, brônquios<br />
e pulmões ocuparam o<br />
primeiro lugar em mortalidade<br />
nos homens com<br />
16.009 (13,6%) óbitos,<br />
nas mulheres ocupou<br />
o segundo lugar com<br />
12.609 (11,6%), ficando<br />
atrás apenas do câncer<br />
de mama com 17.825<br />
(16,5%) óbitos.<br />
senta o maior número<br />
aproximado de casos, sendo<br />
seguido pela região<br />
nordeste, centro oeste e<br />
norte. É possível observar<br />
que pelo fato de serem as<br />
regiões mais populosas<br />
e com maior concentração<br />
de fabricas e veículos,<br />
podemos inferir que a<br />
qualidade do ar também<br />
pode afetar o desenvolvimento<br />
do câncer de pulmão<br />
e quando associado<br />
com o uso do tabaco<br />
apresentar um quadro de<br />
maior gravidade.<br />
Autores:<br />
Paulo Mafra<br />
Biomédico CRBM2 - 14461; Especialista em Epidemiologia e Vigilância em Saúde.<br />
Docente do Centro Educacional Vale do Ipanema - CEVI com as disciplinas de Epidemiologia, Microbiologia e Parasitologia.<br />
Atuante na área laboratorial desde 2018.<br />
Contato: (82) 98125-2284 - Instagram: @pauloe.mafra @biomedicinadiario<br />
156 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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segregar os tipos realiza a subtipagem<br />
com identificação principalmente dos<br />
subtipos 16 e 18 que são responsáveis<br />
por 70% dos casos de câncer de colo<br />
de útero<br />
Câncer de colo do útero<br />
O HPV é responsável por casos de<br />
câncer de colo do útero, sendo os<br />
tipos 16 e 18 causadores de 70% dos<br />
cânceres cervicais. No Brasil, em<br />
2020, ocorreram 6.627 óbitos por<br />
esta neoplasia.<br />
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O CRESCIMENTO E EXCELÊNCIA DO LABORATÓRIO<br />
SÃO JOSÉ NAS ANÁLISES CLÍNICAS<br />
Por Manuel Assis Pereira Neto, Maria de Fátima Oliveira Pereira.<br />
Com uma trajetória<br />
modesta iniciada em<br />
1981, nas mãos do bioquímico<br />
Manuel Assis<br />
Pereira Neto, o Laboratório<br />
de Análises Clínicas<br />
São José floresceu de um<br />
pequeno espaço de 50m²,<br />
com apenas dois colaboradores,<br />
para se tornar<br />
uma instituição de renome<br />
no campo das análises<br />
clínicas. Sob a perspicaz<br />
direção de Maria de<br />
Fátima O. Pereira, esposa<br />
de Manuel, o laboratório<br />
abraçou a visão de crescimento,<br />
inaugurando<br />
uma nova sede em 1992<br />
e investindo em equipamentos<br />
avançados, abraçando<br />
também o desafio<br />
da certificação ISO 9001.<br />
No presente, cada capítulo<br />
da história do Laboratório<br />
São José é uma<br />
prova viva do compromisso<br />
com a inovação<br />
contínua e a paixão pelas<br />
análises clínicas. Os desafios<br />
enfrentados ao longo<br />
dos anos impulsionaram<br />
transformações<br />
significativas. Os setores<br />
de hematologia, bioquímica,<br />
imuno hormônio,<br />
urinálises e microbiologia<br />
foram automatizados,<br />
enquanto um aplicativo<br />
foi lançado para aprimorar<br />
o serviço de coleta<br />
externa. As instalações<br />
foram constantemente<br />
ampliadas e aprimoradas,<br />
com o objetivo de<br />
proporcionar o máximo<br />
de conforto aos clientes.<br />
No decorrer deste ano,<br />
o Laboratório São José<br />
implementou exames por<br />
biologia molecular em<br />
seu NTO (Núcleo Técnico<br />
Operacional) e inaugurou<br />
o 4º posto de coleta,<br />
mantendo-se fiel ao seu<br />
propósito original: fornecer<br />
serviços de análises<br />
clínicas de alta qualidade<br />
à comunidade, com atendimento<br />
humanizado.<br />
Como o primeiro laboratório<br />
acreditado DICQ<br />
em Araguari, a história do<br />
Laboratório São José é um<br />
158 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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testemunho de sua dedicação<br />
à excelência. Contando<br />
com uma equipe<br />
de mais de 50 colaboradores,<br />
o laboratório continua<br />
a investir em pessoas<br />
e processos, visando aprimoramentos<br />
futuros.<br />
Além disso, como membro<br />
da OFAC desde 2020,<br />
o laboratório fortalece<br />
sua posição, beneficiando-se<br />
de capacitação,<br />
troca de experiências<br />
e benchmarking. Essa<br />
proximidade com outros<br />
profissionais das análises<br />
clínicas em todo o<br />
Brasil faz toda a diferença<br />
no dia a dia, impulsionando<br />
a qualidade e os<br />
padrões do setor.<br />
O Laboratório São José<br />
orgulha-se de sua jornada,<br />
marcada por um<br />
compromisso constante<br />
com a excelência, inovação<br />
e aprimoramento<br />
contínuo. A equipe está<br />
ansiosa para continuar<br />
servindo a comunidade,<br />
fornecendo serviços de<br />
análises clínicas de alta<br />
qualidade e contribuindo<br />
para avanços significativos<br />
no campo da saúde.<br />
Manuel Assis Pereira Neto<br />
Graduado em Farmácia pela UFRJ, Título de<br />
Especialista em Análises Clínicas pela SBAC.<br />
Estagiário no Laboratório do HU da UFRJ por<br />
2 anos. Participante assíduo, desde 1979, de<br />
Cursos, Mesas Redondas, Palestras e Feiras<br />
de Expositores de novas Tecnologias nos<br />
Congressos anuais da SBAC e SBPC. Já atuou<br />
como Bioquímico no Laboratório do Serviço<br />
Social das Estradas de Ferro (SESEF- RFFSA).<br />
Atua como responsável técnico pelo Laboratório<br />
de A. C. São José Ltda do qual é proprietário<br />
desde 1981. Interessa-se por Qualidade,<br />
Hematologia e Parasitologia. Se destaca<br />
nas relações interpessoais e na Flebotomia.<br />
Maria de Fátima Oliveira Pereira<br />
Graduada em Serviço Social pela Universidade<br />
Gama Filho, Pós-graduada em Gestão<br />
Empresarial pela UFU e em Psicologia Positiva<br />
pelo IPOG. Já atuou como Técnico de<br />
Laboratório no Laboratório do HU da UFRJ<br />
e como gestora e assistente social no SESI.<br />
Atualmente, atua como sócia e gestora<br />
administrativa do Laboratório São José. Interessa-se<br />
por Gestão de Pessoas e Marketing.<br />
160 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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DE PESQUISA COM A ALGA MARINHA LAURENCIA DENDROIDEA<br />
Por: Alexsandra de Morais Martins, Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Teresinha Gonçalves da Silva, Daniela Maria do Amaral Ferraz Navarro.<br />
O laboratório de pesquisa<br />
é um ambiente que<br />
exige medidas rigorosas<br />
de biossegurança para<br />
garantir a qualidade dos<br />
experimentos, integridade<br />
dos resultados e evitar<br />
riscos e acidentes. Neste<br />
artigo, discutiremos<br />
os principais aspectos<br />
relacionados à biossegurança<br />
nesse ambiente,<br />
abordando práticas<br />
adequadas de manuseio<br />
dos materiais, utilização<br />
de equipamentos de proteção<br />
individual (EPIs) e<br />
coletiva (EPCs) e estratégias<br />
para minimizar os<br />
riscos de acidentes e contaminação.<br />
Compreender<br />
e implementar adequadamente<br />
as medidas<br />
de biossegurança no<br />
laboratório é crucial para<br />
garantir um ambiente de<br />
trabalho seguro e confiável,<br />
promovendo à saúde<br />
ocupacional dos pesquisadores<br />
e a qualidade<br />
dos resultados obtidos.<br />
Diferentes materiais utilizados<br />
nesses laboratórios,<br />
como células, tecidos e<br />
fluidos biológicos, podem<br />
ser potencialmente perigosos<br />
devido à presença<br />
de agentes infecciosos,<br />
além dos produtos químicos<br />
que podem ser<br />
tóxicos. Portanto, é fundamental<br />
implementar práticas<br />
adequadas de manuseio,<br />
armazenamento e<br />
descarte desses materiais,<br />
bem como a utilização<br />
correta de equipamentos<br />
de proteção individual<br />
(EPIs) e coletiva (EPCs). Ao<br />
adotar medidas de biossegurança,<br />
reduz-se o<br />
risco de exposição dos<br />
pesquisadores a agentes<br />
biológico, minimizando<br />
assim a possibilidade de<br />
doenças ocupacionais<br />
ou acidentes.<br />
Além disso, a adoção de<br />
boas práticas de biossegurança<br />
também está<br />
relacionada à prevenção<br />
de contaminações<br />
cruzadas e à garantia da<br />
integridade das amostras<br />
e dos resultados experimentais.<br />
A contaminação<br />
cruzada ocorre quando<br />
materiais biológicos de<br />
diferentes amostras se<br />
misturam, o que pode<br />
comprometer a validade<br />
dos experimentos e levar<br />
a resultados imprecisos<br />
ou irreprodutíveis. Para<br />
evitar isso, os laboratórios<br />
de pesquisa onde<br />
são manuseadas culturas<br />
de células devem<br />
implementar áreas de<br />
contenção e isolamento<br />
apropriadas, além de estabelecer<br />
práticas rígidas<br />
de higiene, desinfecção e<br />
esterilização de equipamentos<br />
e materiais.<br />
Outro aspecto importante<br />
da biossegurança em<br />
laboratórios de pesquisa<br />
é o gerenciamento adequado<br />
de resíduos de<br />
serviços de saúde (RSS).<br />
162 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
Pipetadores<br />
automáticos para<br />
todos os laboratórios<br />
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e podem ser personalizadas para atender às necessidades do seu laboratório.<br />
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BIOSSEGURANÇA<br />
Os resíduos descartados,<br />
como meios de cultura,<br />
e demais materiais utilizados<br />
nos experimentos,<br />
podem conter patógenos<br />
ou substâncias tóxicas<br />
que representam riscos<br />
para a saúde humana e<br />
para o meio ambiente.<br />
Portanto, é fundamental<br />
que esses resíduos sejam<br />
coletados, armazenados e<br />
descartados corretamente,<br />
seguindo as normas e<br />
regulamentos estabelecidos<br />
pelas autoridades<br />
competentes, principalmente<br />
a RDC 222/2018 da<br />
ANVISA. O descarte apropriado<br />
dos RSS contribui<br />
para a minimização de riscos<br />
e para a preservação<br />
do meio ambiente.<br />
É importante ressaltar<br />
que a biossegurança não<br />
deve ser vista como uma<br />
medida isolada, mas sim<br />
como um conjunto de<br />
práticas integradas que<br />
devem ser seguidas de<br />
forma consistente. Isso<br />
inclui a capacitação adequada<br />
dos pesquisadores<br />
em relação às boas<br />
práticas de biossegurança,<br />
a implementação de<br />
protocolos de limpeza e<br />
desinfecção regular dos<br />
espaços laboratoriais,<br />
a manutenção e calibração<br />
adequada dos<br />
equipamentos, a correta<br />
manipulação e descarte<br />
de materiais biológicos,<br />
entre outros aspectos.<br />
Diferentes tipos de<br />
experimentos são realizados<br />
em laboratórios<br />
de pesquisa na área da<br />
saúde. Em laboratórios<br />
onde são manuseados<br />
produtos naturais,<br />
é fundamental seguir<br />
boas práticas de manipulação,<br />
armazenamento,<br />
bem como, o<br />
descarte dos materiais<br />
utilizados durante a<br />
pesquisa. Entre os diferentes<br />
tipos de produtos<br />
naturais utilizados<br />
nesses laboratórios, a<br />
Macroalga marinha Laurencia<br />
dendroidea tem<br />
despertado interesse<br />
de grandes pesquisadores<br />
devido à grande<br />
diversidade de metabólitos<br />
secundários e suas<br />
propriedades bioativas<br />
como antioxidante, antimicrobiana<br />
e citotóxicas<br />
para linhagem celular<br />
cancerígena. No entanto,<br />
está atento as boas<br />
práticas de biosseguranca<br />
como o manuseio da<br />
amostra, a manutenção<br />
de condições adequadas<br />
de armazenamento,<br />
a temperatura controlada<br />
e ambientes estéreis,<br />
é fundamental para<br />
garantir a integridade<br />
das amostras e qualidade<br />
dos experimentos.<br />
Ainda é recomendado o<br />
uso de técnicas de esterilização<br />
e desinfecção<br />
apropriadas para equipamentos<br />
e materiais utilizados<br />
no manuseio dos<br />
experimentos. O uso de<br />
equipamentos adequados,<br />
como equipamentos<br />
de proteção individual<br />
164 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
(EPIs) e coletivos (EPCs)<br />
em laboratórios de pesquisa<br />
desempenha um<br />
papel essencial nesses<br />
ambientes. Os EPIs, como<br />
luvas, aventais, óculos<br />
de proteção e máscaras<br />
faciais, protegem os pesquisadores<br />
contra a exposição<br />
direta a agentes químicos,<br />
biológicos e físicos<br />
presentes no ambiente<br />
laboratorial. Eles atuam<br />
como uma barreira física,<br />
reduzindo o contato com<br />
substâncias potencialmente<br />
perigosas e minimizando<br />
o risco de contaminação<br />
e lesões.<br />
Além dos EPIs, o uso de<br />
equipamentos de proteção<br />
coletiva (EPCs) também<br />
são fundamentais<br />
em laboratórios de pesquisa.<br />
Isso inclui capelas<br />
de exaustão, cabines de<br />
biossegurança e sistemas<br />
de ventilação adequados.<br />
Esses equipamentos<br />
são projetados<br />
para controlar a dispersão<br />
de aerossóis, partículas<br />
e vapores tóxicos,<br />
garantindo a proteção<br />
não apenas dos pesquisadores,<br />
mas também do<br />
ambiente circundante.<br />
A utilização correta dos<br />
EPIs e EPCs é crucial para<br />
minimizar os riscos de<br />
exposição a agentes carcinogênicos<br />
e substâncias<br />
nocivas presentes no<br />
laboratório. A exposição<br />
a essas substâncias pode<br />
ter efeitos prejudiciais à<br />
saúde dos pesquisadores<br />
a curto e longo prazo,<br />
incluindo o desenvolvimento<br />
de doenças relacionadas<br />
ao câncer.<br />
Além disso, o uso adequado<br />
desses equipamentos<br />
é um requisito<br />
legal e está em conformidade<br />
com as diretrizes de<br />
segurança ocupacional e<br />
regulamentos, como disposto<br />
nas Normas Regulamentadoras<br />
NR06 e<br />
NR32. A adesão a essas<br />
medidas de segurança<br />
não apenas protege os<br />
pesquisadores, mas também<br />
demonstra o comprometimento<br />
das instituições<br />
de pesquisa com<br />
a segurança e bem-estar<br />
de sua equipe.<br />
Além dos equipamentos,<br />
também compõe o conjunto<br />
de cuidados da biossegurança<br />
os processos<br />
de limpeza, desinfecção e<br />
esterilização, que desempenham<br />
um papel fundamental<br />
nos laboratórios<br />
de pesquisa. Esses processos<br />
são essenciais para<br />
a remoção de sujidades,<br />
agentes contaminantes e<br />
microrganismos que possam<br />
comprometer a qualidade<br />
dos experimentos.<br />
A limpeza adequada dos<br />
equipamentos, bancadas<br />
e superfícies de trabalho<br />
é o primeiro passo para<br />
garantir um ambiente<br />
livre de contaminações. A<br />
remoção de resíduos visíveis<br />
e sujidades é essencial<br />
para prevenir a proliferação<br />
de microrganismos<br />
BIOSSEGURANÇA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
165
BIOSSEGURANÇA<br />
e reduzir o risco de contaminações<br />
cruzadas. Já a<br />
desinfecção é o processo<br />
utilizado para eliminar ou<br />
inativar microrganismos<br />
presentes em superfícies<br />
e equipamentos. Ela é realizada<br />
utilizando agentes<br />
químicos específicos que<br />
possuem propriedades<br />
antimicrobianas. A desinfecção<br />
regular de áreas<br />
e equipamentos de uso<br />
comum é fundamental<br />
para prevenir a disseminação<br />
de agentes infecciosos<br />
e garantir a segurança<br />
dos pesquisadores.<br />
A esterilização, por sua<br />
vez, é utilizada para eliminar<br />
todos os microrganismos<br />
presentes em<br />
materiais, como vidrarias,<br />
instrumentos e meios de<br />
cultura. Existem diversos<br />
métodos de esterilização<br />
disponíveis, como calor<br />
úmido, calor seco, radiação<br />
e produtos químicos<br />
esterilizantes. A esterilização<br />
adequada dos<br />
materiais utilizados nos<br />
experimentos é essencial<br />
para evitar contaminações<br />
e assegurar resultados<br />
confiáveis.<br />
Os avanços na pesquisa<br />
científica têm proporcionado<br />
importantes descobertas<br />
e aplicações em<br />
diversas áreas. É essencial<br />
que esses avanços sejam<br />
alcançados de forma<br />
segura e responsável. A<br />
implementação adequada<br />
de medidas de biossegurança<br />
não apenas<br />
protege a saúde dos pesquisadores<br />
envolvidos,<br />
mas também contribui<br />
para a confiabilidade e<br />
validade dos resultados<br />
obtidos, promovendo<br />
assim o avanço científico<br />
de maneira ética e segura.<br />
Referências Bibliográficas<br />
AL MONLA, R. et al. Antioxidative, cytotoxic,<br />
and anti-metastatic potentials of Laurencia<br />
obtusa and Ulva lactuca seaweeds, Asian<br />
Pac. J. Trop. Biomed. v. 11, 308-316, 2021.<br />
DA SILVA FERREIRA, W. F.; DE OLIVEIRA, E.<br />
M. Biossegurança em relação a adesão<br />
de equipamentos de proteção individual.<br />
<strong>Revista</strong> da Universidade Vale do Rio Verde,<br />
v. 17, n. 1, 2019.<br />
DA SILVA FILHO, J. A. Segurança do Trabalho:<br />
gerenciamento de riscos ocupacionais-GRO/PGR.<br />
LTr Editora, 2021.<br />
MELO, B.; ARAUJO-FILHO, J. L. S. Biossegurança:<br />
um despertar para a sociedade. 1<br />
ed. Recife: Editora da UFPE, 2021.<br />
MENDONÇA, ME de et al. Higienização das<br />
mãos e sua relação com o controle das<br />
infecções relacionadas a assistência à saúde.<br />
<strong>Revista</strong> Dilemas Éticos Relacionadas à<br />
Saúde. v. 1, 2022.<br />
Autores:<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />
palestrante e consultor em biossegurança.<br />
Alexsandra de Morais Martins<br />
Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />
Teresinha Gonçalves da Silva<br />
Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />
Daniela Maria do Amaral<br />
Ferraz Navarro<br />
Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />
166 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
O QUE É HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA<br />
E QUAL A IMPORTÂNCIA DA CITOMETRIA DE FLUXO NO<br />
SEU DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO?<br />
Por Rafaele Loureiro de Azevedo, Helena Varela de Araújo e Bruna Garcia Nogueira<br />
A Hemoglobinúria Paroxística<br />
Noturna (HPN) é<br />
uma doença hematológica<br />
adquirida causada por<br />
uma alteração genética<br />
clonal da célula-tronco<br />
hematopoiética, devido<br />
a uma alteração somática<br />
do gene PIG-A (Phosphatidyl<br />
Inositol Glycan Class<br />
A), que leva à alteração<br />
da síntese de GPI (glicosil-fosfatidil-inositol),<br />
uma molécula que atua<br />
como âncora de algumas<br />
proteínas de membrana<br />
citoplasmática. Por causa<br />
da deficiência de GPI,<br />
ocorre uma falta, total ou<br />
parcial, das proteínas que<br />
necessitam dessa molécula<br />
para se ligarem à<br />
superfície celular.<br />
A HPN é uma doença rara<br />
que atinge aproximadamente<br />
1,3 pessoas a cada<br />
um milhão, atinge mais<br />
adultos jovens e possui<br />
uma sobrevida média de<br />
10 a 15 anos após o diagnóstico.<br />
Essa doença não<br />
possui sinais clínicos muito<br />
específicos e pode causar<br />
casos mais ou menos<br />
graves e geralmente<br />
apresenta-se com hemólise<br />
intravascular crônica,<br />
falência medular e hipercoagulabilidade.<br />
Atualmente, o padrão-<br />
-ouro para diagnóstico de<br />
HPN é o exame de imunofenotipagem<br />
por citometria<br />
de fluxo, que permite<br />
a diferenciação das células<br />
HPN tipo I (normais),<br />
tipo II (deficiência parcial<br />
de GPI) e tipo III (deficiência<br />
total de GPI). O tamanho<br />
desse clone deve<br />
ser monitorado regularmente<br />
para observar se<br />
há mudanças. As principais<br />
indicações para pesquisa<br />
de clone HPN são:<br />
hemoglobinúria, hemólise<br />
intravascular Coombs<br />
negativa, trombose em<br />
locais incomuns, anemia<br />
168 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
aplásica, SMD tipo anemia<br />
granulócitos e monóci-<br />
marcadores<br />
específicos<br />
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
refratária ou hipoplásica,<br />
tos, sendo que as duas<br />
para a separação inequí-<br />
citopenias<br />
inexplicadas<br />
principais<br />
populações<br />
voca das populações de<br />
e disfagia ou dor abdo-<br />
são neutrófilos e monó-<br />
neutrófilos e monócitos,<br />
minal com evidências de<br />
citos maduros, pois o<br />
como CD15, CD16, CD24<br />
hemólise intravascular.<br />
tamanho do clone HPN<br />
e CD66b em neutrófilos,<br />
pode ser alterado em<br />
CD14 e CD64 em monó-<br />
Para o diagnóstico da<br />
casos de transfusões e<br />
citos. Além disso, pode<br />
HPN, deve haver evidên-<br />
por causa da hemólise.<br />
ser utilizado o CD157<br />
cia do clone HPN (célu-<br />
Porém, a pesquisa do<br />
e o FLAER (Fluorescent<br />
las deficientes em GPI)<br />
clone em hemácias é<br />
Labeled AERolysin), um<br />
em no mínimo dois mar-<br />
melhor para diferenciar<br />
derivado fluorescente da<br />
cadores (ou duas proteí-<br />
células do tipo II e III.<br />
toxina bacteriana aero-<br />
nas associadas ao GPI ou<br />
lisina, que é capaz de<br />
uma proteína associada<br />
Sendo assim, o painel<br />
se unir ao GPI nos leu-<br />
ao GPI e FLAER).<br />
de anticorpos escolhido<br />
cócitos,<br />
evidenciando<br />
pode variar de acordo<br />
quando há deficiência<br />
O exame para diagnós-<br />
com a rotina de cada labo-<br />
da molécula de interesse.<br />
tico de HPN é realiza-<br />
ratório e a quantidade<br />
Na população de eritró-<br />
do, preferencialmente,<br />
de cores (fluorescências)<br />
citos pode ser avaliado o<br />
em amostra de sangue<br />
disponíveis,<br />
tomando<br />
CD55 e o CD59, podendo<br />
periférico<br />
conservado<br />
cuidado com a combi-<br />
também ser adicionado<br />
em EDTA e o clone HPN<br />
nação, os fluorocromos<br />
o CD235a (glicoforina A),<br />
pode ser pesquisado em<br />
e os clones escolhidos,<br />
para facilitar a separação<br />
população de hemácias,<br />
devendo ser utilizados<br />
das hemácias e debris.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
169
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
No que diz respeito à<br />
análise de clones HPN<br />
por citometria de fluxo,<br />
existem guidelines muito<br />
bem estabelecidos e<br />
completos que abrangem<br />
todas as etapas do<br />
processo: seleção de anticorpos,<br />
procedimento<br />
técnico, análise e liberação<br />
de resultados. Esses<br />
guidelines foram publicados<br />
em uma colaboração<br />
entre a International<br />
Clinical Cytometry Society<br />
(ICCS) e a European<br />
do transplante de medula<br />
óssea, porém existem<br />
tratamentos sintomáticos<br />
da anemia e plaquetopenia<br />
e anticoagulação<br />
para evitar tromboses,<br />
além de imunossupressão<br />
para o tratamento da<br />
falência medular, quando<br />
ela está presente. Além<br />
disso, existe um anticorpo<br />
monoclonal, o Eculizumab®,<br />
que vem sendo<br />
utilizado e trouxe novas<br />
expectativas para o tratamento<br />
desta doença.<br />
Referência:<br />
Sales, M, Vasconcelos, DM (2013). Citometria<br />
de Fluxo Aplicações no Laboratório Clínico<br />
e de Pesquisa. Editora Atheneu 2013.<br />
10.13140/2.1.1317.6324.<br />
Illingworth, AJ, Marinov, I, Sutherland, DR.<br />
Sensitive and accurate identification of PNH<br />
clones based on ICCS/ESCCA PNH Consensus<br />
Guidelines—A summary. Int J Lab Hematol.<br />
2019; 41(Suppl. 1): 73- 81. https://doi.<br />
org/10.1111/ijlh.13011<br />
Dezern, AE and Borowitz, MJ. ICCS/ESCCA<br />
consensus guidelines to detect GPI-deficient<br />
cells in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria<br />
(PNH) and related disorders part 1 – clinical<br />
utility. Cytometry Part B 2018; 94B: 16– 22.<br />
Sutherland, DR, Illingworth, A, Marinov, I,<br />
Ortiz, F, Andreasen, J, Payne, D, Wallace, PK<br />
and Keeney, M. ICCS/ESCCA consensus guidelines<br />
to detect GPI-deficient cells in paroxysmal<br />
nocturnal hemoglobinuria (PNH) and<br />
related disorders part 2 – reagent selection<br />
and assay optimization for high-sensitivity<br />
testing. Cytometry Part B 2018; 94B: 23–48.<br />
Illingworth, A, Marinov, I, Sutherland, DR,<br />
Wagner-Ballon, O and DelVecchio, L ICCS/<br />
ESCCA Consensus Guidelines to detect<br />
GPI-deficient cells in Paroxysmal Nocturnal<br />
Hemoglobinuria (PNH) and related Disorders<br />
Part 3 – Data Analysis, Reporting and Case<br />
Studies. Cytometry Part B 2018; 94B: 49– 66.<br />
Oldaker, T, Whitby, L, Saber, M, Holden, J,<br />
Wallace, PK and Litwin, V. ICCS/ESCCA consensus<br />
guidelines to detect GPI-deficient<br />
cells in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria<br />
(PNH) and related disorders part 4 – assay<br />
validation and quality assurance. Cytometry<br />
Part B 2018; 94B: 67– 81.<br />
Society for Clinical Cell<br />
Analysis (ESSCA). Os cin-<br />
Autores:<br />
co artigos estão descritos<br />
nas nossas referências.<br />
A única chance de cura<br />
da Hemoglobinúria Paroxística<br />
Noturna é através<br />
Helena Varela de Araújo<br />
Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent<br />
(Inglaterra). Especialista em Hematologia pelo Hospital<br />
Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde pelo Centro<br />
Universitário São Camilo. Aluna de cursos na área de Marketing<br />
na ESPM. Foi assistente técnica do laboratório de citometria de<br />
fluxo do Whitehead Institute, MIT. Atualmente é supervisora<br />
do laboratório de citometria clínica do Beth Israel Deaconess<br />
- Harvard Medical School. Fundadora do @HemoFlow, maior<br />
página de ensino em citometria de fluxo do Instagram.<br />
Rafaele Loureiro de Azevedo<br />
Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />
CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />
Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />
Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />
farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />
Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />
anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />
professora do @HemoFlow.<br />
Bruna Garcia Nogueira<br />
Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />
Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />
Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />
Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />
especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />
Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />
do @HemoFlow<br />
170 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
GESTÃO DE LOGÍSTICA PARA A SAÚDE:<br />
ATENDIMENTO AS NORMAS E REGULAMENTAÇÕES<br />
DO SETOR<br />
É de ciência de todos que<br />
atuar na área da saúde é<br />
uma grande responsabilidade.<br />
E isso se enquadra<br />
também para empresas e<br />
profissionais envolvidos<br />
na área de logística dos<br />
produtos de saúde. Existe<br />
uma série de regulamentações<br />
que devem ser<br />
seguidas para certificar a<br />
segurança dos insumos,<br />
evitando assim contaminações<br />
e outros riscos à<br />
saúde das pessoas.<br />
Por isso, pensando em armazenar<br />
produtos de interesse<br />
à saúde, o Operador<br />
Logístico também necessita<br />
obter licenças regulatórias<br />
conforme as resoluções<br />
da ANVISA, fiscalizadas pelas<br />
vigilâncias sanitárias de<br />
cada município.<br />
E na divisão de armazenagem<br />
do Grupo Prime,<br />
onde em seu escopo, o<br />
segmento para a prestação<br />
dos serviços logísticos<br />
em produtos de interesse<br />
à saúde possui grande<br />
relevância, o foco na vigência<br />
de suas licenças é<br />
primordial, pois para a renovação<br />
destas, um processo<br />
de inspeção sanitária<br />
é realizado por órgão<br />
fiscalizador garantindo<br />
assim, boas práticas de<br />
acordo com as resoluções<br />
que são as seguintes:<br />
• RDC 430 de 08 de outubro<br />
de 2020, que dispõe<br />
sobre as Boas Práticas de<br />
Distribuição, Armazenagem<br />
e de Transporte de<br />
Medicamentos;<br />
• RDC 653 de 24 de março<br />
de 2022, que altera (complementa)<br />
a resolução<br />
colegiada – RDC 430 de<br />
08 de outubro de 2020;<br />
• RDC 665 de 30 de março<br />
de 2022, que dispõe sobre<br />
as Boas Práticas de Fabricação<br />
de Produtos Médicos e<br />
Produtos para Diagnóstico<br />
de Uso In Vitro;<br />
• Portaria/SVS 344 de 12<br />
de maio de 1998 que,<br />
aprova o Regulamento<br />
Técnico sobre substâncias<br />
e medicamentos sujeitos<br />
a controle especial;<br />
172 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
• RDC 504 de 27 de maio<br />
de 2021, que dispõe sobre<br />
as Boas Práticas para<br />
o transporte de material<br />
biológico humano.<br />
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
Desta forma, com o resultado<br />
positivo destas<br />
inspeções, a divisão de<br />
armazenagem também<br />
assegura o cumprimento<br />
dos requisitos de seus<br />
clientes neste segmento.<br />
Dispondo de infraestrutura<br />
para o armazenamento<br />
dos materiais<br />
em área adequada que<br />
permita o monitoramento<br />
de temperatura<br />
e conservação deles, fatores<br />
estes relacionados<br />
diretamente à integridade<br />
dos produtos de interesse<br />
à saúde.<br />
Além das licenças mandatórias<br />
para a logística<br />
de produtos de interesse<br />
à saúde, a divisão de<br />
armazenagem possui<br />
o ISO9001/2015 como<br />
requisito, bem como<br />
CBPDA - CERTIFICADO<br />
DE BOAS PRÁTICAS<br />
DE ARMAZENAMEN-<br />
TO E DISTRIBUIÇÃO DE<br />
PRODUTOS PARA SAÚ-<br />
DE, emitido pela ANVISA<br />
que se encontra em processo<br />
de implantação da<br />
norma ISO14001/2015.<br />
Tudo isso com a finalidade<br />
de melhoria contínua<br />
de seus processos e garantia<br />
de que produtos<br />
de interesse à saúde estejam<br />
em um ambiente<br />
adequado a este perfil.<br />
É importante ressaltar<br />
que, para a emissão das<br />
licenças regulatórias<br />
mandatórias, o Operador<br />
Logístico deve possuir o<br />
LTA - Laudo Técnico de<br />
Aprovação, validado pela<br />
vigilância sanitária local,<br />
o que pode garantir que<br />
a infraestrutura do local<br />
seja adequada para atendimento<br />
a este tipo de<br />
prestação de serviço.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
173
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
As principais licenças<br />
são:<br />
• AFE- Autorização de<br />
Funcionamento publicada<br />
pela ANVISA em Diário<br />
Oficial para armazenagem<br />
de produtos para<br />
saúde/correlatos;<br />
• AFE- Autorização de Funcionamento<br />
publicada<br />
pela ANVISA em Diário Oficial<br />
para armazenagem de<br />
medicamentos e insumos;<br />
• AE- Autorização de<br />
Funcionamento Especial<br />
publicada pela ANVISA<br />
em Diário Oficial para<br />
armazenagem de medicamentos<br />
e insumos de<br />
controle especial;<br />
• AFE- Autorização de<br />
Funcionamento publicada<br />
pela ANVISA em Diário<br />
Oficial para armazenagem<br />
de cosméticos, perfumes<br />
e produtos de higiene;<br />
• Licença Sanitária – Vigilância<br />
Sanitária local,<br />
para armazenagem dos<br />
produtos de interesse à<br />
saúde acima descritos,<br />
bem como produtos biológicos<br />
e alimentos se for<br />
de interesse do Operador<br />
Logístico.<br />
• CRT – Certidão de regularidade<br />
técnica expedida<br />
pelo Conselho<br />
de classe pertinente ao<br />
profissional da saúde habilitado.<br />
(vale frisar que<br />
ao tratar de transporte,<br />
distribuição e armazenagem<br />
de medicamentos,<br />
insumos farmacêuticos,<br />
medicamentos de controle<br />
especial, insumos<br />
farmacêuticos de controle<br />
especial, a figura do<br />
responsável técnico deve<br />
ser exclusiva do profissional<br />
Farmacêutico, por<br />
atribuição única quanto<br />
a esta classe de produtos<br />
de interesse à saúde).<br />
Na divisão de transporte,<br />
boa parte das licenças<br />
estão de acordo com<br />
a descrição acima, com<br />
exceção do LTA – Laudo<br />
Técnico de Avaliação, que<br />
não é necessário o transportador<br />
obter este tipo<br />
de autorização - de armazenagem<br />
para transporte.<br />
Neste sentido possuímos<br />
todas as licenças mandatórias<br />
para o transporte<br />
de produtos de interesse à<br />
saúde, bem como a certificação<br />
ISO9001/2015 – requisito<br />
que se encontra em<br />
processo de implantação<br />
da norma ISO14001/2015<br />
para a melhoria contínua<br />
de seus processos e garantia<br />
de que produtos de<br />
interesse à saúde sejam<br />
transportados em veículos<br />
adequados a este perfil.<br />
Karina Ferreira, Maria Izabel Vidal,<br />
Vera Lucia Germano - Farmacêuticas<br />
/ Responsáveis Técnicas<br />
Grupo Prime.<br />
• AFE- Autorização de<br />
Funcionamento publicada<br />
pela ANVISA em<br />
Diário Oficial para armazenagem<br />
de saneantes<br />
Domissanitários;<br />
• AVCB emitido pelo corpo<br />
de bombeiros;<br />
• CLI ou Alvará de localização<br />
do prédio, expedido<br />
pela Prefeitura local.<br />
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Tel.: 11 4280-9110<br />
174 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
INFORMES DE MERCADO<br />
Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />
dos produtos e lançamentos do setor.<br />
Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />
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sensores ópticos pré-calibrados<br />
on-line. Os MTPs descartáveis de 48<br />
poços permitem a medição online<br />
dos parâmetros de cultivo, enquanto<br />
a tecnologia microfluídica patenteada<br />
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simultâneos de pH.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
175
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Tempo Real para detecção da<br />
febre maculosa e outras doenças<br />
transmitidas por carrapatos vêm<br />
salvando vidas e sendo utilizado em<br />
laboratórios de referência em todo<br />
Brasil. Sempre à frente no mercado,<br />
a Biomedica atenta as necessidades<br />
de seus clientes, registrou o kit<br />
na ANVISA e validou em diversos<br />
laboratórios.<br />
O kit de detecção de PCR em tempo<br />
real para doenças transmitidas por<br />
carrapatos foi projetado para a<br />
identificação do DNA dos seguintes<br />
patógenos:<br />
• Vírus da encefalite (TBEV)<br />
• Rickettsia spp.<br />
• Babesia microti e Babesia divergens<br />
• Ehrlichia chafeensis e Ehrlichia muris<br />
• Borrelia burgdorferi sensu lato (s.l.),<br />
Borrelia miyamotoi e Borrelia hermsii<br />
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importantes para o diagnóstico de<br />
doenças transmitidas por carrapatos,<br />
em sangue, soro, amostras de<br />
tecido e cultura microbiológica de<br />
carrapatos, biópsia de pele, líquido<br />
cefalorraquidiano (LCR) e líquido<br />
sinovial de pacientes com sinais e<br />
sintomas da doença.<br />
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diagnóstico preciso, alta sensibilidade,<br />
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176 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
INFORME DE MERCADO<br />
RASTREAMENTO DO HPV E A PREVENÇÃO DO CÂNCER<br />
DO COLO DO ÚTERO<br />
A prevenção e o rastreamento são<br />
absolutamente fundamentais para<br />
mitigar os danos causados pelo<br />
Papilomavírus Humano (HPV). Trata-se<br />
de uma infecção sexualmente<br />
transmissível que está diretamente<br />
associada a casos de câncer do colo<br />
do útero, sendo os tipos 16 e 18<br />
responsáveis por 70% dos cânceres<br />
cervicais. No Brasil, em 2020, houve<br />
lamentavelmente 6.627 óbitos relacionados<br />
a essa neoplasia. Ademais,<br />
essa enfermidade pode desencadear<br />
outras complicações sérias para<br />
as mulheres, como câncer anal, vulvar,<br />
vaginal ou orofaríngeo, além de<br />
doenças cardiovasculares.<br />
Diante desse quadro complexo, é<br />
imperativo adotar de maneira diligente<br />
os procedimentos laboratoriais<br />
de análise e prevenção.<br />
A realização periódica da análise<br />
citológica do trato vaginal possibilita<br />
o monitoramento de alterações<br />
relevantes nas células,<br />
bem como a detecção de lesões<br />
imperceptíveis ainda em estágios<br />
iniciais. Quando diagnosticadas<br />
e tratadas precocemente, é possível<br />
prevenir futuros problemas<br />
decorrentes de tumores invasivos.<br />
No entanto, esse panorama tem<br />
se transformado com o avanço da<br />
pesquisa molecular do HPV. Atualmente,<br />
existem diversas estratégias<br />
moleculares de rastreamento para<br />
o HPV, mas é importante ressaltar<br />
que a captura híbrida e a PCR se<br />
destacam nesse contexto. A captura<br />
híbrida se divide em grupos A e B,<br />
sendo o A considerado de alto risco<br />
e o B de baixo risco. Essa técnica indica<br />
a presença do vírus. Por outro<br />
lado, a PCR não apenas diferencia<br />
os tipos de HPV, mas também realiza<br />
a subtipagem, com ênfase nos<br />
subtipos 16 e 18, que são responsáveis<br />
por 70% dos casos de câncer<br />
do colo do útero. Ademais, a PCR<br />
conta com um controle interno endógeno,<br />
conferindo segurança na<br />
liberação dos resultados e prevenindo<br />
falsos negativos, como pode<br />
ocorrer na captura híbrida caso a<br />
coleta não seja eficiente. O controle<br />
interno da reação garante a presença<br />
de material biológico e a adequada<br />
condução do processo.<br />
Diversas pesquisas já foram publicadas,<br />
demonstrando a maior<br />
eficiência do PCR na detecção do<br />
HPV, considerado um excelente<br />
exame preventivo para o câncer<br />
do colo do útero. Por exemplo, a<br />
detecção do câncer em mulheres<br />
submetidas ao teste de DNA-HPV<br />
foi antecipada em até dez anos,<br />
identificando estágios iniciais da<br />
doença. A PCR é capaz de detectar<br />
a presença do vírus HPV antes<br />
mesmo do surgimento de lesões.<br />
Outro ponto positivo é que os testes<br />
moleculares, em especial a PCR, são<br />
altamente adequados para serem<br />
realizados em larga escala, pois são<br />
altamente automatizados, reduzindo<br />
as chances de erro e aprimorando<br />
a rapidez no diagnóstico, bem<br />
como a confiabilidade do exame.<br />
A Sociedade Brasileira de Patologia<br />
Clínica considera que a PCR deveria<br />
ser o método de escolha para o rastreamento<br />
populacional do HPV.<br />
É indubitável a importância de<br />
se adotar abordagens laboratoriais<br />
mais avançadas e precisas<br />
no rastreamento e prevenção do<br />
HPV. Consequentemente, exortamos<br />
os donos e profissionais de<br />
laboratórios de análises clínicas<br />
a considerarem a implementação<br />
da PCR como método preferencial<br />
nesse contexto. A segurança,<br />
a eficiência e a capacidade de<br />
detecção precoce da PCR são incomparáveis,<br />
proporcionando um<br />
cuidado mais abrangente e preciso<br />
às mulheres, além de contribuir<br />
significativamente na luta contra<br />
essa doença devastadora.<br />
<strong>178</strong> <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
MICROLAB EASYPUNCH AUTOMAÇÃO COMPLETA PARA<br />
CARTÕES FTA<br />
Os métodos do sistema são pré-definidos ou<br />
adaptados às necessidades do laboratório<br />
INFORME DE MERCADO<br />
O easyPunch STARlet da Hamilton Robotics é<br />
um equipamento para a perfuração de amostras<br />
preservadas em Specimen Collection Cards (sangue,<br />
plasma, saliva, urina) combinado com a pipetagem<br />
de líquidos para extração, diluição, PCR Setup,<br />
Amplificação Direta em um mesmo equipamento.<br />
Agora com a opção dos cartões AutoCollect e<br />
GenSwab da Ahlstrom<br />
Os cartões Ahlstrom AutoCollect para ambientes<br />
de alto rendimento são projetados para amostragem<br />
de microvolume, transporte e armazenamento de<br />
amostras de sangue seco (DBS) em temperatura<br />
ambiente. O formato de cassete do cartão com<br />
alta rigidez fornece um encaixe adequado com o<br />
Hamilton EasyPunch, permitindo o processamento<br />
confiável do cartão DBS, desde a detecção de<br />
manchas de sangue seco até a preparação de<br />
amostras prontas para análise LC/MS.<br />
O GenSwab é um produto projetado para fácil coleta<br />
e preservação de longo prazo de amostras bucais para<br />
obter alta recuperação de DNA e perfis genéticos<br />
de alta qualidade, protegendo sua qualidade ao<br />
longo do tempo para processamento posterior. Este<br />
dispositivo sustentável baseado em papel livre de<br />
plástico permite a coleta fácil e a transferência eficaz<br />
da amostra do swab para o cartão de amostras. Seu<br />
design automatizado o torna compatível para uso com<br />
equipamentos DBS automatizados.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
179
INFORME DE MERCADO<br />
TECNOLOGIA DYNASCATTER LASER HEM488<br />
PARA RETICULÓCITOS<br />
A produção de eritrócitos é denominada<br />
eritropoiese e ocorre na<br />
medula óssea quando há um estímulo<br />
gerado pelo hormônio eritropoetina<br />
(EPO). Trata-se de um hormônio<br />
produzido pelos rins e que<br />
possui sensibilidade à concentração<br />
de oxigênio no organismo estimulando<br />
a medula óssea a produzir<br />
eritrócitos, auxiliando a maturação<br />
das células, síntese da hemoglobina<br />
e aumento de reticulócitos na<br />
corrente sanguínea. O processo de<br />
eritropoiese se divide da seguinte<br />
maneira na imagem ao lado.<br />
O corpo mantém a estabilidade no<br />
sangue removendo hemácias mais<br />
antigas e produzindo novas através<br />
da medula óssea. Se o equilíbrio é<br />
rompido por aumento na destruição<br />
ou queda na produção ocorre<br />
a anemia. As anemias podem ser<br />
basicamente de dois tipos:<br />
• Anemias regenerativas quando a<br />
contagem de reticulócitos está aumentada<br />
porque a medula óssea<br />
está regenerando as células circulantes<br />
no sangue.<br />
• Anemias degerativas ou não-regenerativas<br />
quando os reticulócitos<br />
estão reduzidos ou normais.<br />
Portanto, ao avaliar um esfregaço<br />
sanguíneo é de grande importância<br />
identificar a presença<br />
de policromasia, sendo este um<br />
indicativo da presença de reticulócitos<br />
que apresentam quantidades<br />
moderadas ou grandes<br />
de RNA residual, já que os reticulócitos<br />
contêm no seu interior<br />
material reticular, provavelmente<br />
uma ribonucleoproteína que<br />
não apresenta afinidade aos corantes<br />
comuns.<br />
Photo by: JONA, Masahiro Department of Clinical Laboratory The University of Tokyo Hospital<br />
Uma vez identificada a presença de<br />
policromasia recomenda-se realizar<br />
o reticulograma. Para realizar esse<br />
exame as células precisam ser tratadas<br />
com corantes supravitais (como<br />
o azul de cresil brilhante ou o azul<br />
de metileno novo), que são capazes<br />
de corar o RNA ribossômico presentes.<br />
A metodologia manual para o<br />
reticulograma é obtida tradicionalmente<br />
fazendo uma contagem de<br />
reticulócitos em 1000 eritrócitos em<br />
10 diferentes campos. Para tentar<br />
melhorar a análise alguns laboratórios<br />
adotam práticas como a dupla<br />
contagem por distintos analistas e/<br />
ou contagem de 2000 células. Mas,<br />
independentemente do modo de<br />
análise, o exame possui um coeficiente<br />
de variação de aproximadamente<br />
25%.<br />
A automação por sua vez, reduz<br />
drasticamente o coeficiente de<br />
variação para esse exame transformando<br />
toda a rotina trabalhosa e<br />
demorada em uma rotina fácil e rápida<br />
aumentando mais a eficiência<br />
do método ao eliminar as etapas<br />
de marcação, diluição e incubação<br />
normalmente necessárias.<br />
A NIHON KOHDEN desenvolveu<br />
uma tecnologia inovadora para<br />
a contagem de reticulócitos, a<br />
Tecnologia DynaScatter Laser<br />
HEM488, presente no equipamento<br />
Celltac G+ (MEK9200). Essa<br />
tecnologia tem a capacidade de<br />
fazer a leitura através da ação do<br />
reagente corante de DNA e RNA e a<br />
excitação gerada pelo laser azul em<br />
um canal dedicado originando dois<br />
tipos de fluorescência. As informações<br />
de DNA são calculadas por<br />
luz fluorescente verde e as informações<br />
de RNA são calculadas por<br />
luz fluorescente vermelha. Através<br />
do diagrama de dispersão RNP*<br />
methodTM (International Patent<br />
# : W02007/129485) minimiza-se<br />
a influência de substâncias interferentes<br />
para um resultado de reticulócitos<br />
muito mais preciso.<br />
* Y. Nagai et al. “Determination of red cells,<br />
nucleic acid-containing cells and platelets<br />
(RNP Determination) by a crossover analysis<br />
of emission DNA/RNA light” Int. Jnl. Lab. Hem.<br />
2009; 31: 420–429<br />
Com a análise precisa e parâmetros<br />
adicionais no reticulograma é<br />
possível aos profissionais médicos<br />
obterem informações muito mais<br />
assertivas pois estes parâmetros<br />
adicionais têm aplicação clínica impactando<br />
diretamente no diagnóstico<br />
do paciente.<br />
Opte pela melhor tecnologia<br />
para o seu laboratório!<br />
Opte por equipamentos hematológicos<br />
Celltac da Nihon Kohden!<br />
Por Vanessa Santinato<br />
NIHON KOHDEN<br />
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180 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
PROGRAMA EXPERTISE CARE<br />
DA NIHON KOHDEN DO BRASIL<br />
Criado em 2018, o programa Expertise<br />
Care da Nihon Kohden do Brasil<br />
INFORME DE MERCADO<br />
(NKBR) tem como objetivo principal<br />
a total satisfação de seus clientes<br />
com os produtos fornecidos e serviços<br />
prestados, não somente pela<br />
NKBR, mas também por seus parceiros<br />
de negócios em todo o Brasil.<br />
O programa conta com certificação<br />
de conformidade, proficiência<br />
e educação continuada aos parceiros<br />
e clientes da NKBR, visando estabelecer<br />
uma relação de confiança<br />
e cuidado especializado, como<br />
o próprio nome do programa se<br />
refere (Expertise Care = Cuidado<br />
Especializado).<br />
Em 2020 a Nihon Kohden Corporation<br />
(NKC) lançou seu plano de<br />
visão de longo prazo para os próximos<br />
10 anos com o intuito de conectar<br />
nossa tecnologia ao cliente<br />
final, visando sua melhoria contínua<br />
e tratamento adequado.<br />
Foi assim que o programa Expertise<br />
Care entrou em sua segunda fase,<br />
através de uma equipe altamente<br />
especializada contando com Mé-<br />
dico Veterinário, Farmacêutico Bioquímico,<br />
Biomédica, Engenheiro<br />
Eletricista, Tecnologia da Informação<br />
e uma Logística especializada<br />
com intuito de fornecer uma solução<br />
qualificada na entrega, instalação,<br />
implantação e manutenção do<br />
setor de hematologia dos nossos<br />
clientes, e com o compromisso de<br />
levar educação continuada para conhecimento<br />
e atualizações técnico/<br />
científico através de webinars e cursos<br />
realizados por profissionais altawww.expertisecare.com.br<br />
mente especializados no segmento<br />
de hematologia clínica.<br />
O programa conta também com<br />
parceiros e apoiadores de relevância<br />
nacional e internacional que<br />
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Cursos, Pós-graduação e MBA na<br />
área da saúde e Gestão Empresarial.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
181
INFORME DE MERCADO<br />
CA1200 -ANALISADOR DE COAGULAÇÃO TOTALMENTE<br />
AUTOMÁTICO<br />
RMS: 82444370051<br />
Analisador de coagulação totalmente automático<br />
• Combinação perfeita entre as metodologias óptica<br />
e mecânica<br />
• Produtividade de 120T/H<br />
• Apresentação para teste individual disponível<br />
• Tela de 10.4” “touch screen” e iluminação interna.<br />
Contact email: intl@dymind.com<br />
IBMP OBTÉM NOVO REGISTRO DE PRODUTO NA ANVISA<br />
O IBMP obteve na Agência Nacional<br />
de Vigilância Sanitária (Anvisa)<br />
o registro do primeiro teste qPCR<br />
inteiramente desenvolvido no Brasil<br />
para detecção do material genético<br />
de bactérias do gênero Rickettsia,<br />
com diferenciação da espécie<br />
Rickettsia rickettsii, causadoras de<br />
doenças como febre maculosa e<br />
tifo. A tecnologia possui elevados<br />
níveis de especificidade (94%) e<br />
de sensibilidade (100%). O aval<br />
foi publicado no Diário Oficial da<br />
União (D.O.U.) no dia 03 de julho.<br />
Idealizado em parceria com o<br />
Laboratório de Hantaviroses e<br />
Rickettsioses do Instituto Oswaldo<br />
Cruz (IOC/Fiocruz), o kit IBMP<br />
Biomol Rickettsiose proporciona<br />
um diagnóstico laboratorial mais<br />
rápido e específico, na fase inicial,<br />
quando ainda não há anticorpos<br />
detectáveis que permitam a confirmação<br />
da doença por meio de<br />
testes sorológicos.<br />
Embora o tratamento deva ser<br />
iniciado imediatamente com<br />
base no diagnóstico clínico-epidemiológico,<br />
a característica<br />
desse teste permite agilidade no<br />
esclarecimento do diagnóstico,<br />
fundamental em pacientes acometidos<br />
por febre maculosa brasileira,<br />
tendo em vista a elevada<br />
taxa de mortalidade e a semelhança<br />
clínica com outras doenças,<br />
especialmente a dengue.<br />
O kit IBMP Biomol Rickettsiose é<br />
o 15º produto IBMP registrado na<br />
Anvisa, o 9º na plataforma qPCR, e<br />
já está disponível para venda.<br />
Mais informações:<br />
comercial@ibmp.org.br<br />
ou Tel.: 41 91570825 (WhatsApp)<br />
182 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
-NO.1-<br />
CANAL WBC<br />
CANAL SAA<br />
CANAL PCR<br />
CANAL RBC<br />
RMS: 82444370032<br />
Ponteira Descartável<br />
(incluso no teste)<br />
Cavidade para amostra<br />
De acordo com todos os padrões estabelecidos pela RDC 786/2023<br />
Uso de diluente externo e tubo de coleta de<br />
sangue capilar incluso<br />
UPAS<br />
Farmácias<br />
Unidade<br />
neonatal<br />
Perfure a folha de alumínio<br />
diluente por cúspide do<br />
tubo de coleta<br />
Colete sangue com volume<br />
exato de enchimento (30μL)<br />
do tubo de sangue<br />
Consultórios<br />
médicos<br />
Emergências<br />
pediátricas<br />
Insira o tubo no frasco diluente,<br />
balance 3 vezes e inverta o<br />
frasco para misturar, depois<br />
repita 3 vezes<br />
Adicione toda a mistura na posição<br />
diluída de PTD-1, adicione o tubo de<br />
ponta na posição direita de PTD-1,<br />
e o carregue<br />
Medicina do<br />
trabalho<br />
Ações sociais<br />
militares<br />
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intl@dymind.com
INFORME DE MERCADO<br />
INFORMATIVO: IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DE<br />
VANCOMICINA NO TRATAMENTO DAS MENINGITES.<br />
A Beckman Coulter é parceira de<br />
laboratórios para suportar o monitoramento<br />
dos pacientes, evitando<br />
que façam parte da estatística de<br />
mortalidade (15%).<br />
A meningite é uma doença caracterizada<br />
por um processo inflamatório<br />
das meninges, membranas que revestem<br />
o encéfalo e a medula espinhal.<br />
É causada, principalmente, a<br />
partir da infecção por vírus ou bactérias;<br />
no entanto, outros agentes<br />
etiológicos também podem causar<br />
meningite, como fungos e parasitos.<br />
A meningite bacteriana é causada<br />
principalmente por: Neisseria<br />
meningitidis, Streptococcus pneumoniae<br />
e Haemophilus influenzae.<br />
É uma infecção perigosa muito<br />
comum em crianças menores de<br />
5 anos, principamente para menores<br />
de 2 anos. Deve ser tratada<br />
como uma emergência médica. Se<br />
não tratada, pode danificar seriamente<br />
o cérebro e causar infecção<br />
generalizada, levando à morte. O<br />
tratamento é realizado com antibióticos<br />
por via venosa e monitoramento<br />
hospitalar.<br />
Um dos principais antibióticos utilizado<br />
no tratamento da meningite é<br />
a Vancomicina, um antibiótico pertencente<br />
ao grupo dos glicopeptídeos.<br />
Sua importância consiste<br />
em ser a principal alternativa para<br />
o tratamento de infecções graves,<br />
principalmente meningite causada<br />
por pneumococo com grande resistência<br />
à penicilina.<br />
O monitoramento de concentrações<br />
séricas de vancomicina, associado<br />
a uma avaliação clínica<br />
cuidadosa, é o meio mais eficaz de<br />
garantir uma terapia adequada, por<br />
diversos motivos:<br />
• Cada paciente pode apresentar um<br />
alto grau de variabilidade na resposta<br />
à administração de vancomicina,<br />
em termos de volume de distribuição<br />
e taxa de clearance plasmático<br />
da droga.<br />
• O risco de ototoxicidade e nefrotoxicidade<br />
causadas pela vancomicina<br />
aumenta em pacientes com<br />
função renal comprometida e em<br />
pacientes tratados concomitantemente<br />
com aminoglicosídeos.<br />
devem ser monitorados rigorosamente<br />
no decorrer da terapia com<br />
vancomicina.<br />
Os métodos usados historicamente<br />
para monitorar concentrações séricas<br />
de vancomicina são: ensaios<br />
microbiológicos, imunoensaios e<br />
ensaios cromatográficos.<br />
A Beckman Coulter, empresa inovadora<br />
no mercado, possui em seu<br />
portifólio de Imunoensaios e Menu<br />
de Monitoramento de Drogas Terapêuticas,<br />
o Emit® 2000 Ensaio de<br />
Vancomicina. O ensaio é um imunoensaio<br />
enzimático homogêneo,<br />
cujo uso específico pretendido é a<br />
análise quantitativa de vancomicina<br />
no soro ou plasma humano. As<br />
aferições feitas por este ensaio são<br />
usadas no diagnóstico e tratamento<br />
de superdosagem por vancomicina<br />
e no monitoramento do nível<br />
de vancomicina, para garantir uma<br />
terapia adequada.<br />
Conheça mais sobre em:<br />
www.beckmancoulter.com/en<br />
Quando falamos em tratamento<br />
hospitalar com antibióticos vários<br />
pontos precisam ser analisados na<br />
administração e monitoramento<br />
das doses.<br />
• Pacientes com função renal ou hepática<br />
comprometida, em diálise,<br />
com obesidade mórbida, tratados<br />
concomitantemente com aminoglicosídeos<br />
e pediátricos ou idosos<br />
184 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
DB OTIMIZA ANÁLISE DIAGNÓSTICA COM MÉTODO DE<br />
PATOLOGIA DIGITAL<br />
Tecnologia possibilita que especialistas façam análises a distância e de maneira virtual<br />
INFORME DE MERCADO<br />
O DB Patologia apresenta o seu<br />
novo método de análises: a Telepatologia.<br />
Segundo a médica patologista<br />
e gerente geral da unidade<br />
de Patologia do DB, Renata<br />
Sacchi, essa tecnologia revolucionou<br />
o setor da Saúde, pois transforma<br />
imagens teciduais vistas em<br />
lâminas de vidro em imagens digitalizadas.<br />
Isso é feito por um scanner<br />
específico, que, juntamente<br />
com um software especializado,<br />
possibilita a análise das amostras<br />
de forma digital, excluindo, portanto,<br />
a necessidade de usar um<br />
microscópio.<br />
Ao adotar a ferramenta, a equipe<br />
laboratorial consegue tirar o máximo<br />
proveito das soluções virtuais,<br />
desempenhando o trabalho<br />
e facilitando a colaboração entre<br />
especialistas de qualquer lugar do<br />
mundo, até mesmo em casos mais<br />
complexos. “Com um simples click,<br />
é possível enviar um exame histopatológico<br />
ou imuno-histoquímico<br />
para ser laudado por um patologista<br />
em qualquer lugar do mundo”,<br />
afirmou Renata.<br />
Sendo mais um braço da Telemedicina,<br />
a Telepatologia direciona o<br />
fluxo de um laboratório para a era<br />
digital. Os diagnósticos seguem<br />
um caminho mais ágil, possibilitando<br />
que os patologistas analisem<br />
mais amostras em menos tempo e<br />
com maior precisão. Assim, melhora<br />
a jornada do paciente.<br />
Outro ponto importante é que os<br />
dados digitais são o combustível<br />
para a inteligência artificial. Isso<br />
Renata Sacchi - Médica patologista e Gerente Geral da Unidade de Patologia do DB.<br />
favorece a realização de estudos<br />
e de pesquisas com o intuito de<br />
desenvolver algoritmos que permitam<br />
evoluir com velocidade e<br />
acuracidade diagnóstica. Esse é o<br />
caminho que está sendo trilhado<br />
dentro do DB Patologia, colocando<br />
essa tecnologia como importante<br />
ferramenta de auxílio ao<br />
patologista.<br />
O DB Patologia já estava convencido<br />
da necessidade de adquirir essa<br />
novidade do mercado laboratorial,<br />
considerando todos os benefícios<br />
que a tecnologia proporciona,<br />
explica Renata. “Foram 3 anos de<br />
estudos e de pilotos realizados internamente,<br />
conduzido pelo nosso<br />
Escritório de Projetos, testando e<br />
validando fornecedores e todas as<br />
etapas do processo. Dessa forma,<br />
quando realmente adquirimos a<br />
tecnologia, estávamos preparados e<br />
adequados para esse novo fluxo”.<br />
A médica destaca ainda que a Patologia<br />
Digital não se resume apenas<br />
em um equipamento, mas se<br />
trata de uma solução diagnóstica,<br />
com importante participação da<br />
TI. Para o sucesso na implantação,<br />
é preciso que todo o caminho da<br />
amostra dentro do laboratório,<br />
desde a triagem até a coloração da<br />
lâmina, esteja adaptado para receber<br />
fluidamente essa tecnologia.<br />
“Cada vez mais a Telepatologia fará<br />
parte da rotina diagnóstica na Anatomia<br />
Patológica. É uma mudança<br />
de cultura, de fluxo e de processos,<br />
além de quebra de paradigma para<br />
uma importante e necessária evolução<br />
tecnológica”, concluiu.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
185
INFORME DE MERCADO<br />
PERFIL HEMATOLÓGICO NA INFECÇÃO POR INFLUENZA:<br />
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS<br />
Por: Amanda Gonçalves dos Reis<br />
A gripe, infecção viral respiratória<br />
aguda, é uma das doenças mais<br />
comuns e impactantes em todo<br />
o mundo (CENTERS FOR DISEASE<br />
CONTROL AND PREVENTION, 2021).<br />
Causada pelo vírus Influenza, pertencente<br />
à família Orthomyxoviridae,<br />
é capaz de afetar milhões de pessoas<br />
por ano, resultando em considerável<br />
morbidade e mortalidade. A gripe é<br />
uma infecção respiratória comum,<br />
caracterizada por sintomas como<br />
febre, tosse, dor de garganta, dores<br />
musculares e fadiga. Embora<br />
os sintomas respiratórios sejam<br />
predominantes, estudos recentes<br />
demonstram também o desencadeamento<br />
de alterações hematológicas,<br />
o que pode influenciar no<br />
curso clínico e na gravidade da doença<br />
(Lee et al., 2011)<br />
Durante a infecção, uma série de<br />
alterações hematológicas podem<br />
ocorrer, as quais podem incluir:<br />
Leucopenia: caracteriza-se pela<br />
redução do número total de leucócitos<br />
no sangue periférico. Esse<br />
fenômeno pode estar relacionado<br />
à migração de células inflamatórias<br />
para o local de infecção<br />
e a uma resposta imunológica<br />
exacerbada. A leucopenia pode<br />
aumentar o risco de infecções secundárias<br />
e complicar o curso da<br />
doença (CUNHA et al., 2008).<br />
Linfopenia: caracterizada pela diminuição<br />
do número de linfócitos<br />
no sangue periférico. Os linfócitos<br />
desempenham um papel crucial na<br />
resposta imunológica, e a linfopenia<br />
pode levar a uma redução na<br />
resposta imunológica adequada,<br />
tornando o paciente mais suscetível<br />
a infecções secundárias e a complicações<br />
(CUNHA et al., 2008).<br />
Trombocitopenia: caracteriza-se<br />
pela diminuição do número de plaquetas<br />
no sangue periférico. Pode<br />
resultar em distúrbios hemorrágicos<br />
e aumentar o risco de complicações<br />
tromboembólicas (CUNHA<br />
et al., 2008).<br />
As alterações hematológicas na gripe<br />
têm implicações clínicas significativas.<br />
A leucopenia e a linfopenia<br />
podem estar associadas a um maior<br />
risco de infecções secundárias e<br />
complicações, como pneumonia<br />
bacteriana (CUNHA et al., 2008).<br />
Vários mecanismos podem contribuir<br />
para as alterações hematológicas<br />
observadas na gripe. Durante a<br />
infecção, o vírus desencadeia uma<br />
resposta inflamatória sistêmica, resultando<br />
na liberação de citocinas<br />
pró-inflamatórias, como: fator de<br />
necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina-6<br />
(IL-6) e interleucina-1 beta<br />
(IL-1β). Essas citocinas podem afetar<br />
diretamente a medula óssea, local<br />
onde ocorre a produção das células<br />
sanguíneas, levando a alterações<br />
nas séries dessas células (CHOTPI-<br />
TAYASUNONDH T et al., 2005).<br />
De acordo com Cunha et al. (2008)<br />
o tratamento da gripe geralmente<br />
é baseado em medidas de auxílio,<br />
como repouso e hidratação adequada.<br />
No entanto, em casos graves,<br />
especialmente quando há complicações<br />
hematológicas significativas,<br />
pode ser necessário o uso de terapias<br />
específicas, como transfusões<br />
de sangue ou plaquetas, para corrigir<br />
as alterações hematológicas e<br />
prevenir complicações adicionais.<br />
A compreensão das alterações<br />
hematológicas na gripe é crucial<br />
para a identificação precoce de<br />
complicações potenciais e para a<br />
implementação de estratégias terapêuticas<br />
adequadas. Monitorar<br />
regularmente os níveis de células<br />
sanguíneas durante a infecção<br />
por gripe pode ajudar a avaliar<br />
a gravidade da doença e guiar o<br />
manejo clínico. Além disso, é imdiagno-brasil<br />
diagnosolucoes<br />
diagnobrasil<br />
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186 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
portante ressaltar que as condições<br />
hematológicas anormais na<br />
gripe geralmente são transitórias<br />
e resolvem-se com a recuperação<br />
do paciente. No entanto, em<br />
casos graves ou em pacientes<br />
com condições subjacentes, essas<br />
alterações podem persistir<br />
ou agravar-se, exigindo intervenções<br />
terapêuticas adicionais (OS-<br />
TERHOLM MT et al.,2012).<br />
Segundo Lee et al. (2011), apesar<br />
dos avanços na compreensão dos<br />
distúrbios hematológicos na gripe,<br />
ainda há questões que requerem<br />
investigação adicional. Estudos futuros<br />
podem explorar a associação<br />
entre as anormalidades hematológicas<br />
e o prognóstico da gripe, bem<br />
como investigar estratégias terapêuticas<br />
mais específicas e eficazes<br />
para o manejo dessas alterações.<br />
Em conclusão, as alterações hematológicas<br />
na gripe são um aspecto<br />
importante a ser considerado durante<br />
a avaliação e o manejo da infecção<br />
(CUNHA et al., 2008). A compreensão<br />
dessas alterações pode<br />
auxiliar os profissionais de saúde na<br />
identificação precoce de complicações<br />
e na adoção de abordagens terapêuticas<br />
adequadas, visando uma<br />
recuperação bem-sucedida dos pacientes<br />
afetados pela gripe.<br />
Referências:<br />
1. Cunha BA, Syed U, Mickail N, et al. Community-acquired<br />
methicillin-resistant Staphylococcus<br />
aureus pneumonia: importance of empiric therapy<br />
with vancomycin. Am J Med. 2008;121(6):507-512.<br />
doi:10.1016/j.amjmed.2008.02.013<br />
2. Lee N, Wong CK, Chan MC, et al. Cytokine response<br />
patterns in severe pandemic 2009 H1N1<br />
and seasonal influenza among hospitalized adults.<br />
PLoS One. 2011;6(10):e26050. doi:10.1371/journal.<br />
pone.0026050<br />
3. Osterholm MT, Kelley NS, Sommer A, Belongia EA.<br />
Efficacy and effectiveness of influenza vaccines: a systematic<br />
review and meta-analysis. Lancet Infect Dis.<br />
2012;12(1):36-44. doi:10.1016/S1473-3099(11)70295-X<br />
4. Chotpitayasunondh T, Ungchusak K, Hanshaoworakul<br />
W, et al. Human disease from influenza A (H5N1),<br />
Thailand, 2004. Emerg Infect Dis. 2005;11(2):201-209.<br />
doi:10.3201/eid1102.040718<br />
5. Centers for Disease Control and Prevention. Influenza<br />
(Flu). Updated November 30, 2021. Accessed December<br />
15, 2021. [https://www.cdc.gov/flu/index.htm]<br />
Por: Amanda Gonçalves dos Reis<br />
Biomédica CRBM3, - 15659, formada pelo Centro<br />
Universitário Una. Habilitada em Análises Clínicas. Pós<br />
Graduanda em Engenharia Biomédica. Executiva de Vendas<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
SOLUÇÕES FIRSTLAB PARA O DIAGNÓSTICO E<br />
TRATAMENTO DOS DIFERENTES TIPOS DE DIABETES<br />
A diabetes é uma doença crônica<br />
que afeta milhões de pessoas<br />
em todo o mundo. É importante<br />
compreender os diferentes tipos<br />
de diabetes para um diagnóstico<br />
precoce e um tratamento adequado.<br />
A diabetes tipo 1 é uma<br />
forma de diabetes autoimune<br />
ou de herança genética. Nessa<br />
condição, o pâncreas deixa de<br />
produzir ou produz uma quantidade<br />
muito baixa de insulina, o<br />
hormônio responsável pela regulação<br />
do açúcar no sangue. Já a<br />
diabetes tipo 2 ocorre quando o<br />
corpo não consegue utilizar ou<br />
produzir insulina de forma eficiente.<br />
Esse tipo de diabetes está<br />
frequentemente relacionado a<br />
maus hábitos alimentares e estilo<br />
de vida sedentário. Estima-se que<br />
cerca de 90% dos casos de diabetes<br />
sejam do tipo 2.<br />
Outro tipo é a diabetes gestacional,<br />
que ocorre exclusivamente<br />
durante a gravidez. Está relacionada<br />
à dificuldade do corpo em ajustar<br />
o uso ou produção de insulina<br />
devido aos hormônios placentários.<br />
O controle adequado da diabetes<br />
gestacional é fundamental<br />
para garantir a saúde da mãe e<br />
do bebê. Existe também o diagnóstico<br />
da pré-diabetes, que é um<br />
estágio intermediário em que os<br />
níveis de açúcar no sangue estão<br />
elevados, mas ainda não atingem<br />
o limiar para o diagnóstico de diabetes.<br />
A pré-diabetes é reversível<br />
e oferece uma oportunidade de<br />
intervenção antes que a condição<br />
progrida. Mudanças no estilo<br />
de vida, como alimentação equilibrada<br />
e atividade física regular,<br />
podem ajudar a reverter o quadro.<br />
A FirstLab no diagnóstico, monitoramento<br />
e tratamento da diabetes.<br />
Para o diagnóstico da diabetes,<br />
o exame mais comum solicitado<br />
pelos médicos é o exame de curva<br />
glicêmica.<br />
No contexto do diagnóstico e tratamento<br />
da diabetes, a FirstLab,<br />
uma empresa líder em soluções<br />
para saúde, oferece uma variedade<br />
de produtos inovadores.<br />
Para a curva glicêmica, em que<br />
é realizada a coleta de tubos de<br />
sangue, a FirstLab conta com soluções<br />
completas em coleta de<br />
sangue. Para o monitoramento<br />
da doença, a empresa disponibiliza<br />
lancetas de alta qualidade,<br />
possibilitando uma coleta rápida<br />
e segura. Além disso, a FirstLab<br />
oferece seringas com agulhas<br />
descartáveis para a administração<br />
da insulina, auxiliando no<br />
tratamento da diabetes.<br />
Conheça estes e demais itens<br />
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Cliente, ou entre em contato com<br />
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188 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
GREINER BIO-ONE ETRACK: NOVO DASHBOARD<br />
INTERATIVO OFERECE CON- TROLE PERSONALIZADO<br />
DOS DADOS LABORATORIAIS<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A Greiner Bio-One tem o prazer<br />
de anunciar uma nova atualização<br />
para seu produto inovador, o Greiner<br />
Bio-One eTrack. Agora, com o<br />
lança- mento do novo dashboard<br />
interativo, a empresa está renovando<br />
a ma- neira como os profissionais<br />
da saúde gerenciam e<br />
interagem com seus dados.<br />
O Greiner Bio-One eTrack já é conhecido<br />
por fornecer mecanismos<br />
de segurança e proteção, garantindo<br />
o controle de acesso às informações<br />
essenciais na área da<br />
saúde. No entanto, com o novo<br />
dashboard intera- tivo, os clientes<br />
terão um nível sem precedentes<br />
de controle e personali- zação sobre<br />
seus dados.<br />
Uma das principais inovações do<br />
novo dashboard é a sua capacidade<br />
de oferecer indicadores<br />
customizáveis. Agora, os clientes<br />
poderão visualizar seus dados<br />
da maneira que desejarem,<br />
adaptando os indicadores às suas<br />
necessidades específicas. Essa<br />
interatividade proporciona aos<br />
profissio- nais da saúde uma visão<br />
sob medida das métricas mais<br />
relevantes para suas atividades,<br />
capacitando-os a tomar decisões<br />
informadas e estratégi- cas.<br />
Além disso, o Greiner Bio-One<br />
eTrack introduz sugestões pré-<br />
-definidas de dashboard com<br />
base nas principais métricas. Com<br />
essa funcionali- dade, os clientes<br />
podem explorar facilmente<br />
os indicadores mais impor- tantes<br />
para eles, sem a necessidade<br />
de configuração manual. Se um<br />
comprador deseja verificar dados<br />
relacionados ao desempenho de<br />
forne- cedores, ou um gerente deseja<br />
acompanhar a produtividade<br />
da equipe, o Greiner Bio-One<br />
eTrack apresentará um dashboard<br />
pré-configurado com as métricas<br />
relevantes, tornando a análise de<br />
dados mais eficiente e ori- entada<br />
para a ação.<br />
O verdadeiro poder do novo<br />
dashboard do Greiner Bio-One<br />
eTrack reside em sua adaptabilidade<br />
às necessidades individuais<br />
de cada cliente. Com total<br />
flexibilidade de personalização,<br />
os usuários podem configurar<br />
seu próprio dashboard de acordo<br />
com suas preferências, visualizando<br />
as in- formações mais<br />
importantes para suas tarefas<br />
diárias. Essa interatividade proporciona<br />
uma experiência única,<br />
permitindo que os clientes<br />
tenham controle total sobre a<br />
maneira como seus dados são<br />
apresentados e in- terpretados.<br />
O Greiner Bio-One eTrack continua<br />
a oferecer todas as funcionalidades<br />
e recursos que o tornaram<br />
uma solução confiável para a gestão<br />
eficiente de dados laboratoriais.<br />
Com o novo dashboard interativo,<br />
a empresa eleva ainda mais<br />
o padrão de excelência, colocando<br />
o controle e a personaliza- ção<br />
nas mãos de seus clientes.<br />
Saiba mais sobre o Greiner Bio-One<br />
eTrack e suas últimas atualizações<br />
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A Greiner AG, sediada em Kremsmünster,<br />
Áustria, é mundialmente<br />
reconhecida pelas suas soluções<br />
em plástico e espuma. Dividi- se<br />
em três áreas de atuação: a Greiner<br />
Packaging produz embalagens<br />
plásticas para os setores alimentícios,<br />
de higiene e limpeza e<br />
muitos outros. A NEVEON é líder<br />
global na produção de espumas<br />
integradas e flexíveis, compostas<br />
de poliuretano com uma ampla<br />
gama de aplicações, desde assentos<br />
de carros, aviões até colchões.<br />
A Greiner Bio-One é parceira mundial<br />
das áreas de biotecnologia,<br />
dispositivos médicos, institutos<br />
de pesquisa e life science.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
189
INFORME DE MERCADO<br />
ONMNIA TRAZ INOVAÇÕES PARA IMPULSIONAR O<br />
MERCADO DE IVD NO BRASIL<br />
O mercado de diganóstico in vitro<br />
está em constante evolução e a palavra-chave<br />
para o crescimento é:<br />
inovação. Nesse contexto, o grupo<br />
ONmnia, composto pelas empresas<br />
GT Group, Vida Biotecnologia e<br />
Renylab, desponta como uma protagonista<br />
ao trazer para o mercado<br />
brasileiro uma série de soluções<br />
avançadas. Essas soluções tem potencial<br />
de proporcionar um salto no<br />
desempenho e na eficiência das organizações<br />
que atuam nesse setor.<br />
Conheça os novos produtos do<br />
nosso portfólio a seguir, e acesse<br />
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para ver mais detalhes sobre cada<br />
um deles:<br />
Lançamento nas linhas de<br />
hematologia e urianálise da<br />
Vida Biotecnologia:<br />
• VIDA BF6900 – Analisador Automático<br />
de Hematologia<br />
• VIDA BF7200 – Analisador Automático<br />
de Hematologia<br />
• VIDA HEMO CONNECT – Composto<br />
por 2 a 4 conjuntos do VIDA BF72001<br />
• VIDA BCC 3900 VET – Analisador<br />
Automático de Hematologia<br />
• VIDA BCA 1000 - Analisador Automático<br />
de Coagulação<br />
Lançamentos na linha de<br />
pré-analíticos GT Group:<br />
• GT HAND GASMETER - Analisador<br />
de Gases e Eletrólitos Sanguíneos<br />
• GT Venoscópio – Localizador<br />
de Veias<br />
• Centrífuga GT Mid Spin<br />
Lançamentos na linha de<br />
microbiologia da Renylab:<br />
• DL60 – Hemocultura Automatizada<br />
• Kit Carbapenêmicos - Teste imunocromatográfico<br />
para detecção de<br />
resistência aos carbapenêmicos<br />
190 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
INFORME DE MERCADO<br />
Esse movimento de inovação liderado<br />
pelo grupo ONmnia tem<br />
impactos significativos no mercado<br />
brasileiro como um todo.<br />
Segundo Marcelo Vargas, Diretor<br />
Comercial e Marketing do grupo,<br />
“Empresas que adotam as soluções<br />
oferecidas dentro do nosso portfólio<br />
estão se tornando mais competitivas,<br />
ganhando agilidade e alcançando<br />
resultados superiores!”<br />
Esses lançamentos aconteceram<br />
dentro do 48º CBAC - Congresso<br />
Brasileiro de Análises Clínicas, que<br />
aconteceu em Florianópolis nos<br />
dias 18 a 21 de junho. O grupo<br />
ONmnia marcou presença na programação<br />
e na área de exposição,<br />
onde o público pôde conhecer de<br />
perto os destaques do nosso portfólio<br />
e interagir com o nosso time<br />
de especialistas.<br />
“Mais uma vez o grupo Onmnia<br />
se destaca na CBAC ratificando<br />
sua parceria com a DIRUI, promove<br />
lançamento da integração<br />
em esteira para hematologia<br />
VIDA BF 7200 Plus. O sistema modular<br />
é capaz de processar até<br />
480 amostras por hora, análise<br />
de reticulócitos além de fluidos<br />
corporais.”, Ernani Silva Junior,<br />
Diretor de Produtos e Inovação<br />
do grupo ONmnia.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
191
INFORME DE MERCADO<br />
EXAME TOXICOLÓGICO COM DIFERENCIAIS COMPETITIVOS<br />
PARA AUMENTAR A RECEITA DE LABORATÓRIOS<br />
A nova campanha do Lab-to-Lab<br />
Pardini usa o raciocínio lógico para<br />
falar sobre soluções exclusivas para<br />
os laboratórios que escolhem oferecer<br />
o exame toxicológico.<br />
As vantagens do serviço oferecido<br />
pelo laboratório de apoio, com mais<br />
de 20 anos de experiência de mercado,<br />
estão divididas em cinco eixos.<br />
Receita<br />
O Lab-to-Lab Pardini oferece materiais<br />
promocionais gratuitos para<br />
apoiar as vendas e aumentar em até<br />
63% o lucro.* Além disso, ao oferecer<br />
o exame toxicológico Pardini, o<br />
nome do laboratório parceiro aparece<br />
no primeiro resultado em buscas<br />
do Google pelo termo “exame<br />
toxicológico”, responsável por cerca<br />
de 70% dos acessos orgânicos.<br />
*Dado real atestado pelo Serviço de<br />
Inteligência de Negócios do Lab-to-<br />
-Lab Pardini.<br />
Qualidade<br />
Garantia de identificação de até 12<br />
drogas diferentes, além de contar<br />
com acreditação pelo Inmetro.<br />
Segurança<br />
O serviço oferece também o segundo<br />
exame para contraprova em laudos<br />
com resultados positivos e garantia<br />
de 100% de apoio jurídico, além de<br />
seguro de responsabilidade civil.<br />
Facilidade<br />
Coleta, preparo e envio simplificados,<br />
além de capacitação profissional<br />
contínua e gratuita para os laboratórios<br />
parceiros.<br />
Rastreabilidade<br />
Identifica e classifica as amostras<br />
com registro eletrônico para evitar<br />
o risco de troca de exames.<br />
O argumento da campanha é simples e objetivo: “Exame toxicológico? Lógico que é Pardini”. As vantagens<br />
do serviço? Exclusivas e completas!<br />
Exame toxicológico? Lógico que é<br />
a Pardini<br />
A campanha, conduzida pelo<br />
conceito “Exame toxicológico?<br />
Lógico que é Pardini”, reafirma<br />
a parceria do Lab-to-Lab Pardini<br />
como uma escolha racional,<br />
inteligente e vantajosa para os<br />
laboratórios.<br />
O Lab-to-lab Pardini é o único laboratório<br />
de apoio da América Latina<br />
a contar com 100% de automatização<br />
nas análises de exames, diferencial<br />
que garante eficiência e<br />
precisão nos resultados.<br />
O seu laboratório pensou em<br />
exame toxicológico? Lógico que<br />
é Pardini.<br />
Conheça a campanha completa e<br />
saiba como se tornar um parceiro<br />
Lab-to-Lab Pardini: acesse<br />
www.labtolabpardini.com.br.<br />
192 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
AMPLIANDO O PORTFÓLIO COM PLACAS DE PETRI<br />
DESCARTÁVEIS.<br />
A Perfecta, marca tradicional<br />
INFORME DE MERCADO<br />
em lâminas, lamínulas e vidraria<br />
para laboratórios, ampliou a<br />
oferta de produtos de plástico,<br />
incluindo agora as placas de Petri<br />
descartáveis, além das tradicionais<br />
placas de Petri de vidro<br />
neutro e borosilicato.<br />
Largamente utilizadas para cultivo<br />
e isolamento de microrganismos<br />
como bactérias e fungos, as<br />
placas de Petri são produzidas em<br />
poliestireno (PS) transparente, suportam<br />
temperaturas de até 90°C,<br />
são previamente esterilizadas por<br />
feixe de elétrons (e-beam).<br />
As novas placas estão disponíveis<br />
em 2 tamanhos distintos<br />
em pacotes com 10 unidades:<br />
• Volume Usual 14ml – Tamanho<br />
60mm X 15mm<br />
• Volume Usual 25ml – Tamanho<br />
90mm X 15mm<br />
Para complementar a linha de<br />
produtos para microbiologia a<br />
Perfecta oferece também alças<br />
em T, espalhadores de células e<br />
alças calibradas plásticas com<br />
haste rígida, disponíveis para 1<br />
µl e 10 µl.<br />
A Perfecta investe consistentemente<br />
na ampliação do portfólio,<br />
com o propósito de satisfazer<br />
seus clientes e oferecer produtos<br />
de alta qualidade para o mercado<br />
brasileiro.<br />
Contamos com representantes e<br />
distribuidores em todo território<br />
nacional.<br />
Entre em contato com a Perfecta<br />
agora mesmo e surpreenda-se!<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
193
INFORME DE MERCADO<br />
QUICKSTAR – AMPLIAÇÃO DE UMA DAS LINHAS POCT MAIS<br />
INOVADORAS DO MERCADO BRASILEIRO<br />
A In Vitro Diagnóstica segue inovando<br />
no mercado brasileiro de<br />
diagnóstico in vitro, através da ampliação<br />
da sua linha de equipamentos<br />
point of care – QuickSTAR. A<br />
linha de equipamentos conta com<br />
o QuickSTAR PLUS e o QuickSTAR<br />
PRO, equipamentos cada vez mais<br />
adaptáveis as necessidades do mercado<br />
brasileiro e com configurações<br />
diferenciadas que otimizam a<br />
rotina laboratorial.<br />
Os analisadores QuickSTAR são<br />
equipamentos de imunofluorescência,<br />
para leitura quantitativa e<br />
qualitativa, que alinham alta tecnologia,<br />
qualidade e praticidade<br />
em todas as suas funcionalidades.<br />
O seu portfólio de produtos<br />
– linha QuickTEST é exclusivo e<br />
apresenta características diferenciadas<br />
e seguras.<br />
A alta sensibilidade desta linha é<br />
devido ao seu método inovador<br />
que conta com a tecnologia Time-Resolved<br />
Fluorescence Immunoassay<br />
(TR-FIA) e o marcador<br />
európio – EU3+, que impede a interferência<br />
de autofluorescência<br />
de células vermelhas, fornecendo<br />
resultados mais específicos e tão<br />
sensíveis quanto aos testes de quimioluminescência.<br />
Os equipamentos QuickSTAR, QuickSTAR<br />
PLUS e QuiskSTAR PRO<br />
possibilitam um rápido e confiável<br />
diagnóstico em qualquer lugar.<br />
Pensando ainda na agilidade, possui<br />
uma funcionalidade que permite<br />
a leitura simultânea de testes<br />
multiparâmetros. Todas as suas<br />
características foram desenhadas<br />
utilizando alta tecnologia e o seu<br />
software em português permite um<br />
fácil entendimento e manuseio.<br />
Os equipamentos QuickSTAR, com<br />
bateria integrada, e o QuickSTAR<br />
PLUS são equipamentos de 1 canal<br />
de leitura, enquanto o QuickSTAR<br />
PRO oferece 12 canais de leitura.<br />
Para facilitar a rotina laboratorial<br />
e mantendo as características que<br />
diferem testes comuns de um verdadeiro<br />
“point of care testing”, a<br />
linha de produtos QuickTEST, dedicada<br />
para uso no equipamento<br />
QuickSTAR, apresenta vantagens<br />
que facilitam a coleta de amostra<br />
e a execução do teste. Dentre<br />
essas vantagens destacamos que<br />
não é necessária a pré-diluição de<br />
amostras, e é possível a utilização<br />
de sangue total e a padronização<br />
dos protocolos para execução e<br />
leitura dos testes.<br />
O QuickSTAR foi desenvolvido<br />
com diferenciais exclusivos que<br />
garantem o seu destaque como<br />
um produto moderno, competitivo<br />
e de alta qualidade. Com um<br />
portfólio completo, a linha Quick-<br />
TEST engloba diversos parâmetros:<br />
marcadores cardíacos, marcadores<br />
inflamatórios, marcadores tumorais,<br />
doenças respiratórias, doenças<br />
infecciosas, função renal, função digestiva,<br />
tireoide, diabetes, alergia,<br />
vitamina, derrame cerebral e detecção<br />
de drogas.<br />
A linha destaca-se com testes:<br />
COVID-19 Ag e nAb – Kits para<br />
detecção da presença do antígeno<br />
SARS-CoV-2 e para a quantificação<br />
de anticorpos neutralizantes<br />
anti-SARS-CoV-2.<br />
D-Dímero – Kit para quantificação<br />
de D-Dímero, ajuda a diagnosticar<br />
o tromboembolismo venoso, que<br />
corresponde a Trombose Venosa<br />
Profunda e Embolia Pulmonar. Fundamental<br />
para diagnóstico e acompanhamento<br />
do quadro trombótico<br />
de pacientes com COVID-19.<br />
Marcadores Cardíacos – Kits para<br />
a determinação quantitativa de CK-<br />
-MB, Mioglobina, Troponina, Painel<br />
Cardíaco, NT-proBNP, hsPCR, possibilitando<br />
o auxílio diagnóstico<br />
para infarto agudo do miocárdio<br />
e insuficiência cardíaca, como biomarcadores<br />
de inflamação, lesão e<br />
estresse dos miócitos.<br />
194 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
PCT: Kit para a determinação quantitativa<br />
de Procalcitonina, importante<br />
biomarcador para infecção bacteriana<br />
– diagnóstico, monitoramento e controle<br />
de tratamento da septicemia.<br />
PCR/HS-PCR – Kit para a quantificação<br />
de Proteína C Reativa<br />
e Proteína C Reativa ultrassensível.<br />
Proteína plasmática de fase<br />
aguda, indicadora de processos<br />
inflamatórios, e biomarcador de<br />
processo aterosclerótico.<br />
HCG – Kit para a determinação<br />
quantitativa de b-Gonadotrofina<br />
Coriônica Humana (bHCG) que auxilia<br />
no diagnóstico e determinação<br />
do período gestacional.<br />
HbA1c – Kit para a determinação<br />
quantitativa de hemoglobina glicada,<br />
fundamental no monitoramento<br />
glicêmico de pacientes com diabetes<br />
mellitus.<br />
Marcador Tumoral - Kit para a<br />
determinação quantitativa de<br />
PSA, marcador fundamental no<br />
auxílio diagnóstico de pacientes<br />
com problemas na próstata, monitoramento<br />
do câncer de próstata,<br />
e determinação da eficácia<br />
cirúrgica e terapêutica.<br />
Função tireoide - Kit para a determinação<br />
quantitativa de T3<br />
Total, T4 Total e TSH, importantes<br />
marcadores para avaliar as<br />
funções tireoidianas.<br />
Vitamina D – Kit para a determinação<br />
quantitativa de vitamina D<br />
que auxilia no diagnóstico de doenças<br />
relacionadas a deficiência<br />
de vitamina D.<br />
S100-b: Kit para a determinação<br />
quantitativa S100-b que é uma proteína<br />
marcadora para certos tumores<br />
e diferenciação epidérmica. Os<br />
níveis aumentados indicam uma<br />
ruptura da barreira hematoencefálica,<br />
podendo preceder o aparecimento<br />
de lesões neuronais.<br />
IL-6: Kit para a determinação de interleucina<br />
6 regula as respostas imunes,<br />
reações de fase aguda e hematopoiese,<br />
e pode desempenhar um papel<br />
central nos mecanismos de defesa.<br />
Para saber mais entre em contato<br />
com a In Vitro Diagnóstica através<br />
do e-mail invitro@invitro.com.br<br />
ou telefone (31) 99973-2098.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
APRESENTAMOS NOSSA NOVA MARCA NO MERCADO<br />
C<br />
M<br />
novidade<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
Mais do que uma marca, cuidado com quem mais entende de saúde - VOCÊ<br />
K<br />
O setor de estética vem crescendo nos últimos<br />
anos, e nós da Bunzl Saúde, estamos antenados<br />
nas evoluções do mercado deste segmento e<br />
resolvemos estar cada dia mais presente no<br />
suporte aos nossos clientes e profissionais<br />
(biomédicos, médicos, anestesistas, dentistas,<br />
entre outros) por isso, anunciamos a nossa mais<br />
nova marca, Probeauty.<br />
Somos referência no mercado diagnóstico e<br />
hospitalar, e a Probeauty é a marca que veio<br />
para somar em nosso portfólio de produtos e<br />
ampliar nossa atuação no segmento de saúde.<br />
O primeiro produto a ser lançado será a<br />
Agulha Lebel e Mesoterapia, indicada para<br />
aplicação de substâncias com a finalidade de<br />
bunzlsaude.com.br<br />
(11) 3652-2525<br />
portal@bunzlsaude.com.br<br />
/bunzlsaude<br />
tratamento estético, como toxina botulínica,<br />
tratamentos realizados normalmente em<br />
clínicas de estética e dental.<br />
É a Bunzl Saúde inovando mais uma vez para<br />
atendê-los com o que temos de melhor!<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
195
INFORME DE MERCADO<br />
LAB REDE AMPLIA SEU PORTIFÓLIO COM A DETERMINAÇÃO<br />
DE HBA1C POR ELETROFORESE CAPILAR.<br />
A fração HBA1c refere-se à<br />
hemoglobina que está ligada<br />
à glicose de forma estável e<br />
irreversível. É um exame útil<br />
tanto para o acompanhamento<br />
do controle glicêmico quanto<br />
para o diagnóstico do Diabetes<br />
Mellitus (DM).<br />
Com base em muitos anos de<br />
experiência na tecnologia de<br />
eletroforese capilar, a Sebia<br />
adaptou sua tecnologia para<br />
a testagem de HbA1c. A eletroforese<br />
capilar proporciona<br />
uma separação clara e precisa<br />
da fração de HbA1c, sem a<br />
alteração dos resultados na<br />
presença das interferências<br />
mais frequentes (A1c lábil, Hb<br />
carbamilada, Hb F e heterozigotos<br />
S, C, D e E). O alto poder<br />
da resolução do método possibilita<br />
a detecção de hemoglobinas<br />
variantes homozigóticas<br />
(anemia falciforme, entre outras),<br />
impedindo o reporte da<br />
HbA1c na ausência da Hb A,<br />
bem como é capaz de separar<br />
e quantificar a fração de HbA2,<br />
que pode indicar anemias, talassemias<br />
e outras situações<br />
que envolvam a diminuição da<br />
vida útil dos eritrócitos. O procedimento<br />
HbA1c executado<br />
com o instrumento SEBIA CA-<br />
PILLARYS 3 foi certificado pelo<br />
NGSP (programa nacional dos<br />
EUA para a normatização da<br />
hemoglobina glicada).<br />
O Lab Rede, ampliando o menu<br />
de exames, que já oferta a<br />
HBA1c pela metodologia HPLC,<br />
passa também a ofertar a dosagem<br />
de hemoglobina glicada<br />
pela metodologia eletroforese<br />
capilar. O novo ensaio foi<br />
avaliado e validado por nossa<br />
equipe técnica, seguindo um<br />
rigoroso processo padronizado.<br />
No estudo, observou-se que<br />
o valor obtido pelo método de<br />
referência (HPLC) está inserido<br />
no intervalo de confiança para<br />
a mensuração pela eletroforese<br />
capilar. A alta correlação entre<br />
os métodos permite a utilização<br />
da eletroforese capilar na<br />
rotina laboratorial de forma segura<br />
e eficiente.<br />
196 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
INFORME DE MERCADO<br />
PRECISÃO E MAIOR DURABILIDADE: CONHEÇA OS NOVOS TUBOS DE<br />
CITRATO TRISSÓDICO COM PAREDE DUPLA DA MEDIXLAB<br />
A Medix Brasil, líder em inovação,<br />
tem o prazer de anunciar o lançamento<br />
dos Tubos de Citrato Trissódico<br />
com Parede Dupla. Novidade<br />
da linha MedixLab, a solução fornece<br />
maior estabilidade do aditivo<br />
anticoagulante, elevando a precisão<br />
nos testes de tempo de protrombina<br />
(TP) e tempo de tromboplastina<br />
parcial ativada (TTPa).<br />
Um produto projetado para<br />
fornecer precisão diagnóstica,<br />
custo-benefício e qualidade<br />
certificada<br />
Além da estabilidade aprimorada,<br />
os Tubos de Citrato Trissódico<br />
Parede Dupla são fabricados com<br />
materiais de alta qualidade e são<br />
cuidadosamente armazenados em<br />
ambiente 100% climatizado, o que<br />
assegura a eficácia do ativo.<br />
E a inovação não para por aí. Os<br />
novos tubos também oferecem<br />
prazo de validade superior em<br />
comparação aos convencionais.<br />
Isso garante maior durabilidade,<br />
promove um uso eficiente e reduz<br />
o desperdício de recursos.<br />
Com a combinação de estabilidade<br />
e prazo de validade prolongado, a<br />
MedixLab proporciona resultados<br />
confiáveis mesmo ao longo do<br />
tempo, atendendo às necessidades<br />
dos laboratórios. Esse lançamento<br />
reafirma seu compromisso<br />
em fornecer soluções inovadoras<br />
para o setor.<br />
A nova tecnologia visa aprimorar a<br />
precisão dos diagnósticos e, consequentemente,<br />
contribuir para<br />
um melhor cuidado e tratamento<br />
dos pacientes.<br />
Os tubos já estão disponíveis no<br />
mercado e podem ser adquiridos<br />
por meio de distribuidores autorizados<br />
em todo o país.<br />
Para mais informações, entre em<br />
contato através do e-mail:<br />
gestor.lab@medixbrasil.com.br.<br />
Sobre a MedixLab:<br />
MedixLab é a linha de produtos da<br />
Medix Brasil dedicada a fornecer<br />
soluções inovadoras e confiáveis<br />
para profissionais de saúde e laboratórios<br />
de todo o país. Oferecendo<br />
experiência completa e de última<br />
geração, o portfólio conta com<br />
uma ampla gama de produtos, alta<br />
qualidade e tecnologia avançada,<br />
tudo isso para promover precisão<br />
diagnóstica e os melhores resultados<br />
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e conheça a linha completa!<br />
198 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
PRO-IN em Tempo Real gratuito<br />
RDC 786:2023 COMENTADA PELOS ASSESSORES<br />
CIENTÍFICOS DO PNCQ<br />
A ANVISA atualizou as normas que<br />
tratam das exigências técnicas<br />
para o funcionamento dos serviços<br />
de saúde que realizam atividades<br />
relacionadas a exames de análises<br />
clínicas (EAC).<br />
A RDC 786:2023 estabelece<br />
requisitos técnico-sanitários para a<br />
garantia da qualidade dos serviços<br />
prestados pelos laboratórios, que<br />
devem assegurar a confiabilidade<br />
dos testes por meio da gestão do<br />
controle da qualidade (GCQ).<br />
O Programa Nacional de Controle de Qualidade oferece a ferramenta PRO-IN em Tempo Real<br />
gratuitamente a todos os laboratórios que adquirem as amostras para controle interno da<br />
qualidade – PRO-IN, sejam Laboratórios Participantes do PNCQ, ou não, através de um<br />
cadastro simples.<br />
O PRO-IN em Tempo Real é uma ferramenta que auxilia os laboratórios na elaboração e na<br />
• avaliação A gestão de de seu pessoal controle interno. e de educação Com navegação O acelerada documento, e inserção de valores disponível facilitada, na<br />
permanente disponibiliza, entre dos outros: profissionais; Biblioteca do site do PNCQ, visa<br />
• O gerenciamento dos Processos colaborar para o seu entendimento<br />
Gráfico de Levey Jennings automático<br />
Operacionais; e<br />
e facilitar a adequação dos<br />
• A Gestão Regras do de Controle Westgard da podem Qualidade ser personalizadas laboratórios.<br />
pelo seu laboratório<br />
(GCQ). • Média, Desvio Padrão (DP) e Coeficiente de Variação (CV%) automáticos<br />
A RDC 786:2023 foi publicada<br />
• Possibilidade de comparar seu desempenho com o de outros usuários<br />
O PNCQ publicou a RDC 786:2023 no Diário Oficial da União em<br />
comentada • Resultados pelos e gráficos seus podem Assessores ser impressos 10/05/23, ou arquivados entra por tempo em indefinido, vigor à em<br />
Científicos disposição da com fiscalização a íntegra da da Vigilância legislação, Sanitária ou 1º Instituição de agosto Acreditadora de 2023 e os<br />
descrição Facilite a implantação de evidências do Controle e comentários, Interno de Qualidade estabelecimentos no seu Laboratório. têm Fornecemos o prazo um de<br />
além amplo menu da indicação de amostras de para documentos<br />
controle com qualidade 180 certificada! dias, contados a partir da data<br />
modelo do software PNCQ Gestor, em da publicação no D.O.U., para se<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
Todos os serviços que realizam<br />
exames de análises clínicas devem<br />
implementar um programa de<br />
garantia da qualidade (PGQ) que<br />
contemple, no mínimo:<br />
• O gerenciamento das tecnologias;<br />
• O gerenciamento dos riscos inerentes;<br />
• A gestão de documentos;<br />
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Desafios da Microbiologia<br />
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depois do<br />
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Palestrante<br />
Dra. Flávia Rossi<br />
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Diretora Médica<br />
do Laboratório<br />
de Microbiologia<br />
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São Paulo - SP, 01141-030
INFORME DE MERCADO<br />
ESTUDOS GENÉTICOS, CONHEÇA AS SOLUÇÕES DA ELGA<br />
VEOLIA PARA ESSA APLICAÇÃO.<br />
Genética é o estudo da hereditariedade, o processo biológico onde os pais passam certos genes para os filhos<br />
ou descendentes. A informação genética encontra-se dentro do núcleo celular de cada célula viva no corpo.<br />
PCR<br />
A Reação em Cadeia da Polimerase<br />
(Polymerase Chain Reaction, PCR) é<br />
uma técnica de biologia molecular<br />
usada para amplificar um pedaço de<br />
DNA , e gera milhares a milhões de<br />
cópias de uma sequência específica<br />
de DNA .<br />
Requisitos da água<br />
Certifique-se de que está a utilizar o tipo de água certo para a sua aplicação.<br />
Eis os requisitos para as aplicações genéticas:<br />
Sequência de DNA/RNA<br />
É o processo que inclui qualquer<br />
método ou tecnologia usada para<br />
determinar a ordem precisa de<br />
nucleótidos numa cadeia deDNA .<br />
A sequência de RNA usa métodos<br />
de sequência de próxima geração<br />
para revelar a presença e a<br />
quantidade de ácido ribonucleico<br />
numa amostra biológica num<br />
determinado momento no tempo.<br />
Microarrays de DNA<br />
É uma coleção de pontos<br />
microscópicos de DNA numa<br />
superfície sólida. Os cientistas usam<br />
microarrays de DNA para medir a<br />
expressão de um grande número de<br />
genes ou para genotipar múltiplas<br />
regiões de um genoma.<br />
Eletroforese por ácido nucleico<br />
É uma técnica analítica usada para<br />
separar fragmentos de DNA ou RNA<br />
por tamanho e reatividade.<br />
Impacto da água<br />
A água pura é essencial para obter<br />
resultados confiáveis na aplicação<br />
genética. As aplicações de RNA, em<br />
particular, exigem um tipo especial<br />
de água, uma vez que as RNases<br />
estão em todos os lugares e podem<br />
destruir o RNA livre se este não<br />
estiver protegido. Usar a água sem<br />
nuclease e com o grau de pureza<br />
certo ajuda a proteger o RNA e os<br />
nossos resultados.<br />
A ELGA VEOLIA dispõe de uma<br />
vasta gama de ultrapurificadores de<br />
água que atende as necessidades<br />
da genética.<br />
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a purificação de água para uso<br />
nas Ciências da Vida e aplicações<br />
analíticas.<br />
Quando exige a máxima pureza de<br />
água, o PURELAB Chorus 1 oferece<br />
a solução perfeita. Oferecendo<br />
sistematicamente água com<br />
pureza de 18,2 MΩ.cm (Tipo I+/I) e<br />
sustentado pelo sistema avançado<br />
de deionização PureSure®, permite<br />
que se concentre em obter resultados<br />
precisos, garantindo um fluxo de<br />
trabalho sem interrupções.<br />
Conheça as características do<br />
sistema:<br />
• Deionização Avançada PureSure:<br />
Elimina os íons residuais que se<br />
infiltram na água e oferece um<br />
alerta avançado para substituir os<br />
pacotes de purificação.<br />
• Recirculação completa: Garante a<br />
pureza microbiana e água ultrapura<br />
no ponto de uso.<br />
• Monitoramento de TOC em tempo<br />
real: Proporciona confiança total na<br />
pureza orgânica.<br />
• Filtração integrada: A ultrafiltração<br />
ou microfiltração filtra as endotoxinas,<br />
proteínas, nucleases e partículas.<br />
• Tratamento total de UV: Garante a<br />
redução de compostos orgânicos e<br />
inativação de bactérias.<br />
• Coleta de dados: Acesso de dados via<br />
USB para validação de desempenho<br />
do sistema e atualizações de software.<br />
Outras soluções também são eficazes<br />
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especialistas para obter uma visita<br />
técnica e entender qual solução<br />
melhor se aplica a sua necessidade.<br />
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200 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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para impulsionar a sua rotina NGS. Além<br />
dos nossos sequenciadores já reconhecidos<br />
mundialmente, ainda temos produtos para<br />
automação, como liquid handlers, extratores,<br />
robôs dedicados ao preparo de bibliotecas, e<br />
produtos de bioinformática para facilitar e agilizar<br />
o processamento de dados.<br />
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Analisador de Gases Sanguíneos - point of Care<br />
BUN (Uréia Nitrogenada)<br />
A Ureia Nitrogenada (BUN) é um composto que avalia o funcionamento renal,<br />
avaliando a quantidade de ureia nitrogenada no sangue e a excreção dessa<br />
ureia.<br />
Utilização:<br />
Investigação de doenças renais crônicas ou agudas<br />
Obstrução urinária<br />
Desidratação severa<br />
Doenças hepáticas graves e entre outros.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
201
INFORME DE MERCADO<br />
FASTPREP®MATRIZES DE LISE - QUEBRA CELULAR<br />
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Não importa o quão dura ou resistente<br />
sejam suas amostras, nossas<br />
matrizes de lise irão efetivamente<br />
romper as paredes celulares,<br />
deixando suas amostras prontas<br />
para qualquer tipo de análise,<br />
fornecendo maior rendimento de<br />
ácidos nucléicos e proteínas em<br />
questão de segundos.<br />
Ao utilizar as matrizes na lise,<br />
moagem ou homogeneização é<br />
possível obter uma quebra completa<br />
eliminando a necessidade<br />
de produtos químicos que podem<br />
alterar a amostra. Os tipos de<br />
amostras incluem, mas não estão<br />
limitados a tecidos humanos, animais<br />
e vegetais; microorganismos<br />
como bactérias, leveduras e fungos;<br />
amostras de solo; fezes; além<br />
de insetos e vermes.<br />
As matrizes de lise da linha FastPrep®<br />
são formadas por esferas<br />
de diferentes composições, tamanhos<br />
e formas, que variam de baixa<br />
a alta impactação, quebrando<br />
qualquer tipo de amostra sejam<br />
elas duras ou moles. As esferas podem<br />
ser de cerâmica, sílica, vidro,<br />
óxido de alumínio, óxido de zircónio<br />
e de aço inoxidável. Os tubos<br />
contendo as matrizes de lise da<br />
MP Bio são altamente reprodutíveis,<br />
sem contaminação cruzada<br />
e estão disponíveis nos tamanhos<br />
de 2, 4.5, 15 e 50 mL.<br />
Para um desempenho e resultados<br />
ideais, recomendamos o uso dos<br />
tubos e das matrizes de lise em<br />
conjunto com nossos instrumentos<br />
da linha FastPrep® para garantir<br />
fácil moagem, lise e homogeneização<br />
de qualquer tipo de amostra<br />
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202 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
NEOCOMPANY: UM NOVO CONCEITO, UM NOVO VISUAL,<br />
MAS O MESMO COMPROMISSO!<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Ao longo de nossa jornada,<br />
enfrentamos desafios e momentos<br />
significativos. Agora, estamos<br />
diante de uma nova fase, onde<br />
acreditamos que a mudança<br />
moldará o futuro de nossa história.<br />
É com grande satisfação que<br />
anunciamos que a Neolab evoluiu,<br />
e agora faz parte de uma nova<br />
marca, a Neocompany!<br />
Nossa transformação foi impulsionada<br />
pelo compromisso inabalável de<br />
preservar a excelência e superar<br />
as expectativas de nossos valiosos<br />
clientes. Reconhecemos que, para<br />
atingir esse objetivo, precisávamos<br />
evoluir e segmentar nossos produtos.<br />
Como resultado, agora oferecemos<br />
divisões especializadas, compostas por<br />
produtos especializados e catalogados<br />
em suas respectivas áreas.<br />
Queremos fornecer soluções<br />
eficientes para atender às<br />
necessidades específicas de cada<br />
cliente. Seja uma pequena empresa<br />
ou uma grande corporação, nossa<br />
equipe está pronta para ajudar. Com<br />
nossa nova estrutura, podemos<br />
oferecer uma gama mais ampla de<br />
produtos, garantindo a qualidade e<br />
assertividade que os stakeholders<br />
esperam de nós.<br />
Nosso novo visual reflete nossa<br />
transformação interna. O design<br />
atualizado simboliza ainda mais<br />
nosso compromisso com o<br />
próximo, a busca constante por<br />
inovação e a mentalidade voltada<br />
para o futuro dos nossos clientes<br />
e da sociedade. Cada detalhe foi<br />
cuidadosamente escolhido para<br />
representar o nosso propósito.<br />
Agradecemos a todos os nossos<br />
clientes, parceiros e colaboradores<br />
que estiveram conosco ao longo<br />
dessa jornada. Sua confiança e<br />
apoio foram fundamentais para<br />
tornar a Neocompany em uma<br />
realidade. Juntos, estamos prontos<br />
para abraçar o futuro e alcançar<br />
novos patamares de sucesso.<br />
Bem-vindo à Neocompany -<br />
Um novo visual com o mesmo<br />
compromisso com a excelência!<br />
Estamos empolgados por fazer<br />
parte de sua jornada e ansiosos para<br />
criar um futuro brilhante juntos!<br />
NEOCOMPANY<br />
R. Carlos Gusso, 250 - Barracão 2 - Águas Belas,<br />
São José dos Pinhais - PR, 83040-630, Brasil<br />
E-mail: contato@neolabimpot.com.br<br />
Contato: +55 41 3146-0802<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
203
INFORME DE MERCADO<br />
SYSMEX CONVIDA PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA<br />
PARTICIPAREM DA MARATONA DE CASOS CLÍNICOS DE<br />
HEMATOLOGIA<br />
Projeto inovador é voltado para a promoção de conhecimento técnico-científico<br />
A Sysmex, referência mundial em<br />
hematologia, tem o prazer de<br />
anunciar o lançamento da Maratona<br />
de Casos Clínicos de Hematologia,<br />
uma iniciativa destinada<br />
a promover e incentivar o conhecimento<br />
técnico-científico na<br />
área da saúde.<br />
A Maratona é aberta a profissionais<br />
de saúde que possuam<br />
casos clínicos interessantes relacionados<br />
à aplicação de um dos<br />
Parâmetros Clínicos Avançados<br />
na hematologia, tais como IG,<br />
RET-He, IRF e IPF.<br />
Para se inscrever, é necessário fornecer<br />
um resumo do caso clínico,<br />
com, por exemplo, dados anônimos<br />
do paciente e informações<br />
sobre exames.<br />
Uma equipe de especialistas renomados<br />
composta pela Dra. Helena<br />
Grotto, médica hematologista<br />
e professora da Unicamp; Dr.<br />
Afonso Almeida, médico hematologista<br />
do Hospital Albert Einstein;<br />
Dr. Rafael Jácomo, médico<br />
hematologista e diretor técnico;<br />
Dra. Terezinha Munhoz, professora<br />
de hematologia da PUC-RS; e<br />
Dr. Paulo Silveira, médico hematologista<br />
do Hospital Sírio Liba-<br />
nês, será responsável por avaliar<br />
os casos submetidos.<br />
Os 10 principais casos selecionados<br />
pelo comitê terão a oportunidade<br />
única de serem publicados<br />
em um livro especializado, ampliando<br />
o reconhecimento profissional<br />
dos participantes. Portanto,<br />
não perca a chance de destacar o<br />
seu trabalho e contribuir para o<br />
avanço da hematologia!<br />
A participação na Maratona é<br />
gratuita e as inscrições estão<br />
abertas agora mesmo no site:<br />
www.maratonadecasosclinicos.com.br<br />
Junte-se a Sysmex nessa jornada<br />
emocionante de descobertas e<br />
aprendizado, e faça parte de uma<br />
comunidade comprometida com<br />
a excelência na área da saúde.<br />
204 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
TPP ESTÁ NO BRASIL!<br />
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CLIPMAX<br />
Suas células podem ser cultivadas<br />
diretamente no Clipmax,<br />
uma combinação de um frasco<br />
de cultivo celular de 10cm2 com<br />
uma lâmina de microscopia removível<br />
(25 x 75 mm). A tripinização<br />
demorada das células antes<br />
da microscopia não é mais necessária.<br />
Devido às propriedades<br />
ópticas únicas do polímero que<br />
usamos para o Clipmax, são possíveis<br />
aplicações microscópicas<br />
em microscopia de fluorescência<br />
que lhe são negadas com poliestireno.<br />
Assim, Clipmax é perfeitamente<br />
adequado para cultura<br />
de células, imunocitoquímica, estudos<br />
cromossômicos, testes de<br />
toxicidade e uma variedade de<br />
aplicações microscópicas.<br />
A câmara média e a lâmina são<br />
conectadas com um selo biocompatível.<br />
A câmara pode ser<br />
removida sem deixar resíduos.<br />
O sistema permite uma troca direta<br />
de gás através da tampa de<br />
rosca do filtro.<br />
Características de qualidade do<br />
Clipmax:<br />
• Lâmina em COP<br />
• Índice de refração (nD 589 nm): 1,52<br />
• Superfície ativada para crescimento<br />
celular ideal<br />
• Adequado para microscopia de<br />
fluorescência variada<br />
• Adequado para coloração, também<br />
para imunofluorescência<br />
• Resistente a muitos solventes (por<br />
exemplo, acetona, etanol, xileno)<br />
• Tampa rosqueável com filtro<br />
para uma troca gasosa eficiente<br />
com o mínimo de evaporação<br />
• Proteção de abertura inicial<br />
• Unidade empilhável<br />
• Câmara do meio pode ser removida<br />
depois que a cultura de células<br />
estiver completa, apenas com<br />
um “click” e sem a necessidade de<br />
outra ferramenta.<br />
• Remover a câmara, fixar e corar<br />
as células diretamente na lâmina<br />
do microscópio.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Informações de contato.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
205
INFORME DE MERCADO<br />
A IMPORTÂNCIA DO FREELITE MX® PARA O DIAGNÓSTICO<br />
PRECOCE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA<br />
Um dos exames da Binding Site tem<br />
atuação fundamental no diagnóstico<br />
de uma das principais doenças<br />
que afetam o sistema nervoso<br />
central: a Esclerose Múltipla. Tratase<br />
do Freelite Mx®, mais específico,<br />
sensível, confiável, rápido e fácil de<br />
execução quando comparado aos<br />
exames mais tradicionais para a<br />
análise dessa e de outras patologias.<br />
Tais qualidades advém do fato de o<br />
Freelite Mx® ser capaz de identificar<br />
a mais ínfima quantidade de cadeia<br />
leve livre em uma amostra de líquor<br />
retirada do espaço intratecal –<br />
aquele dentro de nossa coluna onde<br />
a medula está contida – região de<br />
difícil acesso e análise.<br />
Como funciona<br />
Alguns estudos demonstram que<br />
portadores da Esclerose Múltipla<br />
apresentam aumento considerável<br />
da cadeia leve livre kappa no<br />
líquor: cerca de 60 vezes maior do<br />
que o do grupo controle. Por isso,<br />
o Freelite Mx® tem sido cada vez<br />
mais recomendado e utilizado<br />
no diagnóstico da doença, em<br />
conjunto com outros exames mais<br />
tradicionais para Esclerose Múltipla,<br />
como o de bandas oligoclonais,<br />
índice de IgG, índice de albumina e<br />
também a ressonância magnética.<br />
A alta sensibilidade do Freelite<br />
Mx® é uma grande vantagem, uma<br />
vez que ele apresenta resultados<br />
objetivos e quantitativos, diferente<br />
dos demais, cuja análise muitas<br />
vezes é difícil, nem sempre clara<br />
– e passa por critérios subjetivos.<br />
Assim, por exemplo, mesmo que<br />
o resultado dê negativo em um<br />
exame de bandas oligoclonais,<br />
o Freelite Mx®, devido à sua<br />
sensibilidade, consegue detectar<br />
qualquer alteração. O exame da<br />
Binding Site também pode ser<br />
usado no auxílio do diagnóstico<br />
e na diferenciação de outras<br />
patologias do sistema nervoso<br />
central, como a síndrome clínica<br />
isolada, meningite, encefalite,<br />
síndrome de Guillain-Barré,<br />
neuroborreliose, polineuropatia,<br />
entre outras doenças crônicas.<br />
Sobre o Freelite® Mx e onde<br />
encontrar o exame<br />
O Freelite® foi aprovado em<br />
2001 pelo FDA (Food and Drug<br />
Administration), aprovado<br />
pela ANVISA em 2010-11 e<br />
considerado biomarcador em<br />
2014 pelo Grupo Internacional<br />
de Trabalho do Mieloma, ou<br />
seja, é o exame de escolha para<br />
o diagnóstico e monitoramento<br />
do Mieloma Múltiplo e ainda<br />
outras gamopatias monoclonais.<br />
Após anos de padronização e<br />
validação, em 2006, foi lançado<br />
então o Freelite Mx®, com<br />
valores de referência específicos<br />
para as amostras de líquor; que<br />
também possibilita a utilização<br />
de amostras de soro e urina. O<br />
Mx, aliás, vem do termo em inglês<br />
“multiple matrix assays” (ensaios<br />
de matriz múltipla). Ambos<br />
utilizam a plataforma Optilite®<br />
para a análise automatizada dos<br />
testes. O exame está disponível<br />
no Laboratório Neurolife e no<br />
Laboratório Senne Liquor.<br />
Contato<br />
No blog da Binding Site você<br />
encontra outros artigos que<br />
explicam mais aspectos da<br />
Esclerose Múltipla.<br />
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206 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
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e a medição e avaliação das concentrações de aminoácidos, succinilcetonas, carnitinas livres, acilcarnitinas,<br />
nucleotídeos e lisofosfolipideos podendo triar:<br />
· Distúrbios de Aminoácidos;<br />
· Distúrbios da Oxidação dos Ácidos Graxos;<br />
· Distúrbios de Acidúria Orgânica;<br />
· Disfunção do Metabolismo da Purina (DADO e ADA -SCID);<br />
· Distúrbios Peroxissômicos (X-ALD);<br />
· Distúrbios de Armazenamento Lisossômico:<br />
o Doença de Gaucher (ABG);<br />
o Doença de Niemann-Pick A/B (ASM);<br />
o Doença de Pompe (GAA);<br />
o Doença de Krabbe (GALC);<br />
o Doença de Fabry (GLA);<br />
o Mucopolissacaridose tipo I (IDUA).<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
O laboratório também oferece a triagem molecular completa por técnica de PCR em tempo real multiplex (RT-qPCR)<br />
amplificando quatro alvos (TREC, KREC, SMN1 e RPP30), usando DNA extraído de sangue seco em papel filtro.<br />
Podendo detectar:<br />
· Síndrome da imunodeficiência combinada grave (SCID);<br />
· Agamaglobulinemia ligada ao X (XLA);<br />
· Atrofia muscular espinhal (AME).<br />
207
INFORME DE MERCADO<br />
ESTUDO DE CASO HORIBA MEDICAL: CAMINHO PARA SUCESSO<br />
ATRAVÉS DO CONHECIMENTO<br />
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de diagnóstico in vitro,<br />
oferece uma oportunidade única<br />
de aprendizado para todo o time<br />
do seu laboratório através do "Estudo<br />
de Caso". Trata-se de uma<br />
publicação mensal de um estudo<br />
de caso clínico de hematologia,<br />
apresentando casos de laboratórios<br />
de todo o mundo.<br />
A hematologia é uma área da medicina<br />
que demanda precisão e<br />
consistência nos resultados, uma<br />
vez que pequenas variações nas<br />
células sanguíneas podem indicar<br />
a presença de doenças hematológicas.<br />
Nesse sentido, a detecção<br />
precoce da doença é crucial<br />
para o sucesso do tratamento e a<br />
sobrevivência dos pacientes.<br />
O estudo de caso da HORIBA Medical<br />
reforça a importância de equipamentos<br />
precisos e confiáveis<br />
para o diagnóstico e tratamento<br />
dessas doenças, demonstrando<br />
o compromisso da empresa em<br />
fornecer soluções inovadoras e de<br />
alta qualidade para a comunidade<br />
médica global. Essa iniciativa<br />
oferece várias vantagens, como a<br />
compreensão dos padrões de matriz<br />
dos analisadores de hematologia<br />
Yumizen H2500/1500 em diversos<br />
casos patológicos, além de<br />
ser uma oportunidade de educação<br />
continuada para todo o time<br />
do laboratório.<br />
Outro ponto importante é que os<br />
casos clínicos são enviados pelos<br />
próprios usuários, o que confere<br />
maior credibilidade às informa-<br />
ções apresentadas. Além disso, é<br />
uma oportunidade de compartilhar<br />
e aprender na área da saúde,<br />
permitindo que profissionais de<br />
todo o mundo possam se beneficiar<br />
da experiência e conhecimento<br />
de outros especialistas.<br />
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mensalmente e gratuitamente<br />
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recurso, você poderá acompanhar<br />
histórias interessantes e inspiradoras<br />
sobre a aplicação da tecnologia<br />
na área da saúde e aprimorar<br />
seus conhecimentos em hematologia.<br />
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iniciativa que pode contribuir<br />
significativamente para o sucesso<br />
do seu laboratório.<br />
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E-mail: marketing.br@horiba.com<br />
208 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
INFORME DE MERCADO<br />
BC-760 E BC-780 – ANALISADOR AUTOMÁTICO DE<br />
HEMATOLOGIA COM VHS<br />
Os equipamentos da série BC-700<br />
integram um módulo automático<br />
de VHS com um analisador hematológico.<br />
Gerando resultados para<br />
ambos os testes em 1,5min. Além<br />
disso, economiza os custos de compra,<br />
manutenção, consumíveis e<br />
espaço de armazenamento para<br />
um analisador de VHS separado.<br />
Comparado com o método de Westergren<br />
tradicional, este método<br />
tem um melhor desempenho em<br />
rastreabilidade de qualidade, repetibilidade,<br />
velocidade, segurança e<br />
nível de automação.<br />
Especificações Técnicas<br />
Volume de Amostra:<br />
CD (sangue total): 25ul<br />
CD+VHS (sangue total): 160ul<br />
Prediluído: 20ul<br />
Capacidade de Armazenamento<br />
de Dados<br />
Até 150,000 resultados numéricos e<br />
gráficos<br />
Desempenho<br />
CD 80t/h CDR 45t/h CD+ESR 40t/h<br />
Modo de Análise<br />
Modo de Análise<br />
Contato: Ana Carolina Santos<br />
Gerente de Produto - IVD<br />
E-mail: acarolina.santos@mindray.com<br />
Mobile/WhatsApp: +55 11 96434-1166<br />
210 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
NOVA PARCERIA – Representanção na Grande São Paulo<br />
A Veritas anuncia sua nova parceria de representação com a ZEISS,<br />
empresa alemã líder em fabricação e inovação em microscopia.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A ZEISS é uma empresa alemã, fundada em<br />
1846. Possui uma uma expertise e<br />
excelência em fabricação e inovação de<br />
microscópios, tornando-se um lider de<br />
mercado no campo da microscopia.<br />
Oferece uma ampla gama de soluções de<br />
microscopia avançada, incluindo<br />
microscópios ópticos, microscópios<br />
eletrônicos, microscópios confocais e de<br />
raios-X. Esses equipamentos são projetados<br />
para atender às necessidades de diversos<br />
setores, como pesquisa científica, medicina<br />
e controle de qualidade em diferentes<br />
ramos industriais, desde materiais<br />
biologicos a matérias primas.<br />
Além de equipamentos, a Zeiss também<br />
oferece uma ampla gama de softwares e<br />
soluções de análise de imagem, permitindo<br />
que os usuários capturem, processem e<br />
analisem dados com facilidade e alta<br />
eficiência.<br />
Com esta nova parceria, a Veritas<br />
demonstra o compromisso de oferecer as<br />
melhores soluções para a comunidade<br />
científica e diagnóstica, fornecendo acesso<br />
a uma ampla linha de produtos de biologia<br />
celular e molecular, além de viabilizando<br />
estudos nas áreas de imunologia e<br />
patologia.<br />
Microscópio Eletrônico<br />
Microscópio Óptico<br />
Microscópio de Raios X<br />
Microscópio Confocal<br />
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fone: +55 (11) 2338-1016 | vendas@veritasbio.com.br<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
211
INFORME DE MERCADO<br />
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A NEXCOPE, tradicional fabricante<br />
consolidada no mercado asiático,<br />
agora chegou ao Brasil e traz<br />
para você uma linha completa de<br />
microscópios inteligentes para<br />
aplicações clínicas e pesquisa<br />
cientifica. Integrando design ótico<br />
de alta qualidade e com tecnologia<br />
moderna, fornecemos uma ampla<br />
gama de instrumentos óticos e<br />
acessórios de alta qualidade.<br />
O NEXCOPE NE620 foi<br />
especialmente projetado para<br />
atender várias necessidades de<br />
observação microscópica, como<br />
laboratórios biológicos e ensino<br />
de microscopia. Possui excelente<br />
qualidade óptica, amplo campo<br />
de visão, excelente desempenho<br />
da lente objetiva, proporcionando<br />
imagens nítidas e confiáveis. O<br />
design ergonômico proporciona<br />
melhor conforto e experiência dos<br />
usuários, já que foi pensado nos<br />
mínimos detalhes para otimizar<br />
o desempenho. Com seu design<br />
modular é possível realizar várias<br />
técnicas de microscopia, como;<br />
campo claro, campo escuro,<br />
contraste de fase e fluorescência.<br />
LENTES<br />
As lentes planacromáticas garantem<br />
um campo de visão plano. A lente de<br />
40x tem uma distância de trabalho<br />
maior que as convencionais com<br />
1,5 mm, evitando o contato com<br />
fluidos e imersão. Opcionalmente,<br />
uma lente de 100x projetada para<br />
imersão em água (NA: 1,10) pode ser<br />
incluída. O revólver é codificado e<br />
conta com cinco posições.<br />
OCULARES<br />
As oculares têm um campo de<br />
visão de 22 mm, trazendo mais<br />
informação e eficiência nas leituras<br />
de lâmina.<br />
ILUMINAÇÃO<br />
O poderoso LED de 3 W tem um<br />
brilho ajustável para cada lente<br />
e fornece a melhor iluminação<br />
possível.<br />
MECÂNICA<br />
Platina com limite de altura ajuda<br />
a evitar a quebra de lâminas.<br />
Manípulo longo, proporcionando<br />
maior conforto e ergonomia para<br />
os usuários que passam horas em<br />
frente ao microscópio.<br />
FUNÇÕES INTELIGENTES<br />
Display em LCD com as seguintes<br />
funções: Identificação automática<br />
das objetivas e controle automático<br />
de brilho para cada objetiva. Função<br />
SLEEP/STANDBY que desliga a luz,<br />
economizando energia e vida útil<br />
da lâmpada, Função ECO ajusta o<br />
tempo de desligamento automático<br />
do microscópio quando fora de uso.<br />
212 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
LOCCUS E FLOW DIAGNÓSTICOS APRESENTAM PÔSTER<br />
NA PRÓXIMA EDIÇÃO DO AACC<br />
Entre os dias 23 e 27 de julho, acontece em<br />
Anaheim, na Califórmia, EUA, o Annual Scientific<br />
Meeting & Clinical Lab Expo (AACC), principal<br />
evento do mundo do setor de medicina<br />
diagnóstica e laboratorial.<br />
Alguns desafios na extração de RNA são comuns<br />
em laboratórios, como o excesso de lixo e odor<br />
químico e tempo de preparação de amostras<br />
muito longo, situações que também aconteciam<br />
no laboratório da Flow Diagnósticos. Até<br />
que em busca de uma solução automatizada<br />
o dr Rodrigo Proto-Siqueira, COO da Flow<br />
Diagnósticos, foi apresentado à Loccus.<br />
“A Loccus foi parceira desde o início<br />
das nossas conversas. Com um ótimo<br />
atendimento e disposta a contribuir e<br />
a apoiar nos testes de validação para<br />
chegarmos a solução ideal. Ajustamos,<br />
juntos, adequações e melhorias necessárias<br />
no protocolo de extração e na definição do<br />
melhor kit para a extração de DNA e RNA<br />
para as amostras de sangue e medula óssea<br />
da Flow”, disse o dr Rodrigo Proto.<br />
processos, assim como aconteceu na parceria<br />
com a Flow Diagnósticos.<br />
A Flow Diagnósticos é um laboratório<br />
especializado em diagnósticos de alta<br />
complexidade, com foco principal em oncohematologia,<br />
e as metodologias utilizadas<br />
(citologia, citometria de fluxo, citogenética,<br />
biologia molecular e genômica) são aplicáveis<br />
em diversas áreas da medicina de precisão.<br />
Presente em todo território nacional, a Flow<br />
oferece diagnósticos precisos e personalizados<br />
com tecnologia de última geração.<br />
E essa parceria continua, a Loccus e a Flow<br />
tem uma longa jornada na validação de<br />
equipamentos e reagentes em busca da melhor<br />
solução para o laboratório.<br />
Converse com um especialista da Loccus para<br />
conhecer o nosso portfolio de soluções.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A Loccus desenvolve as melhores soluções<br />
para os desafios em biologia molecular,<br />
independente do tamanho e complexidade<br />
do projeto de seu laboratório. Com um<br />
modelo de negócio inovador viabilizamos<br />
projetos especiais, promovemos a melhoria de<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
213
INFORME DE MERCADO<br />
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A Outset é uma empresa que<br />
oferece soluções em equipamentos<br />
e produtos para laboratórios.<br />
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compromisso constante com a<br />
qualidade, estamos aqui para<br />
transformar a forma como você<br />
realiza suas análises e pesquisas.<br />
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em oferecer não apenas produtos de<br />
qualidade, mas também um serviço<br />
de Pré e Pós-Venda excepcional.<br />
Nossa equipe de especialistas está<br />
pronta para ajudá-lo em todas as<br />
etapas do processo, desde a escolha<br />
dos equipamentos certos até o<br />
suporte pós-venda, pois queremos<br />
que você tenha a melhor experiência<br />
possível ao usar nossos produtos.<br />
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214 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
NOVIDADES DIAGAM<br />
NÃO DEPENDA DE REAGENTES IMPORTADOS!<br />
Diagam com muito orgulho acaba de concretizar<br />
uma grande parceria na distribuição de<br />
equipamentos para IVD, uma linha moderna<br />
avançada e extremamente tecnológica que irá trazer<br />
a seus clientes muita segurança, tranquilidade e<br />
com reagentes fabricados diretamente na Diagam<br />
trazendo ainda mais economia.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Essa semana recebemos a visita da CEO da empresa<br />
EDAN que conheceu nossas instalações e onde será<br />
fabricado os reagentes para os equipamentos de<br />
distribuição.<br />
A DIAGAM está fabricando reagentes para os<br />
Analisadores Hematológicos EDAN, modelos<br />
H60S, H60, H50 e H30 na sede da DIAGAM no Brasil.<br />
Sobre a DIAGAM<br />
Diagam é uma empresa nacional que atua no<br />
mercado desde 2012, localizada em uma área<br />
Fabril em um prédio com cerca de 1250 metros<br />
quadrados. Prédio de Fabricação e Estoque, onde<br />
é desenvolvido, produzido e comercializado uma<br />
linha completa de Reagentes para Hematologia<br />
para equipamentos automatizados.<br />
Oferecemos um atendimento exclusivo com<br />
um completo acompanhamento e todo suporte<br />
necessário, através de um relacionamento de<br />
confiança e conhecimento, apresentamos as<br />
melhores soluções para cada cliente.<br />
Nossa estrutura conta com um laboratório de<br />
apoio exclusivo, utilizamos técnicas analíticas de<br />
alta sensibilidade e especificidade para suporte ao<br />
nosso cliente, assim como as validações de todos<br />
os produtos promovendo sua eficácia e qualidade.<br />
Em breve estará a disposição a linha<br />
veterinário de 3 e 5 partes.<br />
Fique atento as novidades em nosso site ou<br />
nas nossas redes sociais.<br />
www.diagam.com.br<br />
LANÇAMENTO EM ABRIL 2023<br />
DOS REAGENTE LINHA MINDRAY<br />
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DIAGLYSER LEO 1 - 1 LITRO - 81114340026<br />
DIAGLYSER LEO 2 - 400 mL - 81114340025<br />
DIAGLYSER LH - 500 mL - 81114340029<br />
DIAGPROBE CLEAN - 1 LITRO - 81114340028<br />
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DIAGAM possui certificado ISO 9001 e USO 13485.<br />
Para mais informações<br />
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Ferraz de Vasconcelos - Cep: 08539-110<br />
Tel: 11 4679-3767<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
215
INFORME DE MERCADO<br />
CARBAPENEMASES<br />
RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS<br />
As carbapenemases representam a<br />
mais versátil família das β-lactamases,<br />
apresentando uma atividade<br />
incomparável de hidrolise frente<br />
às outras β-lactamases descritas.<br />
São enzimas que apresentam a<br />
capacidade de hidrolisar significativamente<br />
no mínimo imipenem e/<br />
ou meropenem, junto com outros<br />
antimicrobianos β-lactâmicos<br />
(QUEENAN; BUSH, 2007; NORD-<br />
MAN; POIREL, 2002).<br />
Carbapenemases do tipo KPC<br />
As carbapenemases do tipo KPC<br />
foram descritas pela primeira<br />
vez por Yigit et al. (2001) em um<br />
isolado de K. pneumoniae datado<br />
de 1996. Este isolado apresentou<br />
resistência a todos os<br />
β-lactâmicos testados, mas na<br />
presença de ácido clavulânico<br />
observou-se uma redução dos<br />
CIMs anteriormente mensurados.<br />
A esta carbapenemase foi<br />
atribuído o nome de KPC, e verificou-se<br />
que a mesma era codificada<br />
por um gene plasmidial e<br />
este foi denominado de blaKPC<br />
(YIGIT et al., 2001).<br />
De acordo com o banco de dados do<br />
National Center for Biotechnology<br />
blaKPC17) até a presente data, apresentando<br />
uma maior prevalência em<br />
enterobactérias, mas com descri-<br />
ções pontuais da presença deste<br />
gene também em não fermentadores<br />
(ALMEIDA et al., 2012b; JÁCOME<br />
et al., 2012; ROBLEDO et al., 2010;<br />
VILLEGAS et al., 2007).<br />
Isolados carreando o gene<br />
blaKPC apresentaram uma rápida<br />
disseminação mundial, já sendo<br />
detectados em todos os continentes.<br />
Essa rápida disseminação<br />
deve-se a presença do gene<br />
blaKPC em plasmídeos altamente<br />
conjugativos e sua associação<br />
com elementos genéticos móveis<br />
do DNA, como os transposons.<br />
Apesar de sua disseminação<br />
entre diferentes espécies, isolados<br />
de K. pneumomiae são até<br />
então os mais associados com a<br />
presença do blaKPC, o que dificulta<br />
o tratamento de infecções<br />
causadas por esse patógeno, já<br />
que K. pneumoniae exibe notória<br />
habilidade em acumular e transferir<br />
diferentes mecanismos de<br />
resistência.<br />
No Brasil, isolados produtores de<br />
KPC foram descritos desde 2009<br />
tornando-se endêmico em território<br />
nacional, já sendo descritos nas<br />
cinco regiões do Brasil (ALMEIDA<br />
et al., 2012a; ALMEIDA et al., 2012b;<br />
MONTEIRO et al., 2009; PEREIRA et<br />
al., 2012; ROSSI, 2011).<br />
O tratamento de infecções causadas<br />
por micro-organismos produtores<br />
de KPC geralmente é realizado<br />
com tigeciclina ou polimixina B, já<br />
que normalmente ambos os antimicrobianos<br />
apresentam atividade<br />
in vitro e in vivo contra estes micro-<br />
-organismos. Entretanto as opções<br />
terapêuticas ainda são limitadas, já<br />
que certos patógenos apresentam<br />
resistência intrínseca a estes dois<br />
antimicrobianos utilizados na terapia<br />
clínica, restando ao paciente<br />
o uso de terapia combinada para<br />
debelar a infecção (BRATU et al,<br />
2005; ROCHE et al., 2009).<br />
A Renylab acaba de lançar o produto<br />
K.N.IV.O Carbapenem test, um teste<br />
rápido imunocromatográfico para a<br />
detecção de resistência aos carbapenêmicos<br />
em colônias bacterianas.<br />
Entre em contato para maiores<br />
informações!<br />
E-mail: sac@renylab.ind.br<br />
www.renylab.ind.br<br />
216 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS NO FRIO: EXAMES<br />
MOLECULARES PRECISOS<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Com a chegada do inverno, é<br />
comum observar um aumento nas<br />
infecções respiratórias virais, como<br />
resfriados, gripes e até mesmo a<br />
pneumonia. Essa tendência pode<br />
ser atribuída a uma série de fatores,<br />
incluindo o clima frio, que facilita<br />
a sobrevivência e propagação<br />
do vírus, além da maior proximidade<br />
e aglomeração de pessoas em<br />
ambientes fechados.<br />
Para prevenir essas infecções, são<br />
necessárias medidas preventivas,<br />
como lavar as mãos regularmente,<br />
cobrir a boca e o nariz ao tossir<br />
ou espirrar, evitar contato próximo<br />
com pessoas doentes e manter<br />
a higiene pessoal. Além disso, é<br />
fundamental estar atualizado com<br />
as vacinas disponíveis.<br />
É de extrema importância enfatizar<br />
os cuidados necessários devido à<br />
possibilidade das infecções respiratórias<br />
de inverno evoluírem para<br />
quadros mais graves, podendo até<br />
resultar em óbito. Essas infecções,<br />
como resfriados, gripes e pneumonia,<br />
podem apresentar complicações<br />
sérias, especialmente em indivíduos<br />
vulneráveis, como idosos, crianças<br />
pequenas e pessoas com sistemas<br />
imunológicos comprometidos.<br />
Além disso, a busca por atendimento<br />
médico adequado ao menor<br />
sinal de agravamento dos sintomas<br />
é fundamental para um diagnóstico<br />
precoce e um tratamento eficaz.<br />
A Soluttio Diagnósticos, há 10<br />
quase 10 anos no mercado diagnóstico,<br />
detecta e identifica patógenos<br />
virais e desempenha um papel<br />
importante nesse contexto, fornecendo<br />
soluções moleculares ágeis e<br />
precisas para um diagnóstico diferenciado.<br />
Combinando os cuidados<br />
preventivos com a tecnologia<br />
avançada de diagnóstico, podemos<br />
promover a saúde respiratória e<br />
garantir uma abordagem proativa<br />
na prevenção de complicações<br />
graves das infecções respiratórias<br />
durante o inverno. da gripe, que<br />
pode reduzir significativamente o<br />
risco de contrair a doença.<br />
Quanto ao diagnóstico laboratorial,<br />
seus métodos inovadores e precisos,<br />
como testes moleculares e análise<br />
de dados em tempo real, permitem<br />
identificar em poucas horas a<br />
presença de vírus respiratórios e<br />
orientar o tratamento adequado.<br />
Essas ferramentas contribuem para<br />
o controle e prevenção de infecções<br />
respiratórias virais, promovendo a<br />
saúde e o bem-estar da população<br />
durante a estação mais fria do ano.<br />
Além disso, compreendendo a<br />
urgência no diagnóstico preciso das<br />
infecções respiratórias, a Soluttio<br />
Diagnósticos oferece uma variedade<br />
de painéis moleculares para detecção<br />
e identificação de 1 a 24 patógenos<br />
específicos dessas doenças,<br />
especialmente durante o inverno.<br />
Essa ampla gama de testes abrange<br />
os vírus mais comuns, como<br />
o influenza A e B, rinovírus, vírus<br />
sincicial respiratório (VSR) e muitos<br />
outros. Com a utilização desses<br />
painéis moleculares, os laboratórios<br />
têm acesso a resultados rápidos<br />
e confiáveis, permitindo um<br />
diagnóstico preciso e oportuno<br />
das infecções respiratórias virais.<br />
Essa solução ágil oferecida pela<br />
Soluttio Diagnósticos ajuda os<br />
profissionais de saúde a tomar<br />
decisões informadas e implementar<br />
medidas de tratamento e<br />
controle adequadas, contribuindo<br />
para a saúde e a segurança dos<br />
pacientes durante o inverno.<br />
Para saber mais sobre essas soluções,<br />
acesse o QR Code e aproveite<br />
os benefícios de um laboratório<br />
eficiente e comprometido em<br />
promover a saúde!<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />
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