Revista Newslab Edição 179
Revista Newslab Edição 179 - Setembro 2023
Revista Newslab Edição 179 - Setembro 2023
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Infinitas possibilidades.
Editorial<br />
revista<br />
Essa edição acompanhará você no<br />
maior Congresso Brasileiro de Patologia<br />
Clínica, promovido pela Sociedade<br />
Brasileira de Patologia Clínica<br />
Medicina Laboratorial – SBPC/ML,<br />
de 05 a 08 de setembro, em São Paulo,<br />
seremos mais de 90 expositores,<br />
divulgando e promovendo o legado<br />
do laboratório clínico nacional<br />
na promoção da saúde no Brasil, na<br />
América Latina e no mundo.<br />
O Grupo FuturLab está crescendo<br />
exponencialmente e temos orgulho<br />
de compartilhar a meta ambiciosa de<br />
dois milhões de acessos ao nosso site<br />
neste ano, com uma média de 400 mil<br />
visualizações e cerca de 100 mil usuários<br />
impactados por nossos canais<br />
digitais todos os meses.<br />
Estamos modernizando toda a nossa<br />
plataforma de comunicação e muito<br />
em breve você poderá ter a <strong>Newslab</strong><br />
digital atualizada em tempo real na<br />
palma da sua mão! Ou melhor! Na tela<br />
do seu celular! Curioso? Fique antenado<br />
em nossos canais, que logo divulgaremos<br />
esta novidade.<br />
Está edição da revista <strong>Newslab</strong> talvez<br />
seja a mais especial e esperada<br />
do ano, afinal, é a edição que circulará<br />
pelo maior evento de análises<br />
clínicas do país. E não poderíamos<br />
deixar de preparar uma super publicação<br />
para você!<br />
Com artigos científicos de alto nível,<br />
vocês, estudantes, pesquisadores,<br />
professores, analistas de laboratório,<br />
biomédicos, biólogos, farmacêuticos<br />
e demais interessados, encontrarão<br />
nela assuntos sobre Diabetes Mellitus<br />
tipo MODY 2 e 3, diagnóstico<br />
laboratorial da doença celíaca, diagnóstico<br />
por imunofluorescência indireta,<br />
biossegurança, anemia megaloblástica,<br />
doenças cardiovasculares<br />
hereditárias, infecções virais transmitidas<br />
por alimentos, tudo sobre<br />
corantes hematológicos pelo Dr. Luiz<br />
Arthur Calheiros Leite, nosso expert<br />
no assunto, e muito mais.<br />
E para vocês que são gestores, supervisores,<br />
auditores, ou proprietários<br />
de laboratório, trouxemos mais discussões<br />
sobre a nova e polêmica RDC<br />
786/2023, seu papel na auditoria e<br />
qualidade no laboratório, e também,<br />
uma abordagem jurídica pelo advogado<br />
e especialista da área da saúde,<br />
Doutor Délio Ciriaco, com quem<br />
tive a honra de bater um papo sobre<br />
essa nova norma, ainda não conferiu?<br />
Corre lá no nosso canal do Youtube:<br />
NewsLab Webinars.<br />
Inovações da área de gestão laboratorial,<br />
planejamento estratégico, liderança<br />
e novos negócios em tempos<br />
de transformação, gestão da qualidade<br />
em laboratórios e como formar<br />
uma boa equipe para gerir a qualidade<br />
do seu laboratório, tudo isso você<br />
encontrará aqui.<br />
E, se me permitem, dia 01 de setembro<br />
completo três anos aqui como editora<br />
da <strong>Newslab</strong>, que modéstia à parte,<br />
me enche de orgulho à cada edição!<br />
Novos e brilhantes colunistas, nosso<br />
diretor e toda a equipe, tem feito o<br />
Grupo FuturLab ir cada dia mais longe,<br />
e como ele mesmo gosta de dizer,<br />
vamos adiante que é só o começo!<br />
Desejo a todos uma ótima leitura e<br />
um excelente Congresso.<br />
Luciene Almeida<br />
Editora Chefe<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> - Setembro 2023<br />
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EXPEDIENTE<br />
Realização: FUTURLAB<br />
Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@futurlab.com.br<br />
Comercial: Juliana Cristina da Silva (11) 97733-3312 | comercial2@futurlab.com.br<br />
Diagramação e Arte: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> - Setembro 2023<br />
<strong>Newslab</strong> - Tel.: (11) 98357-9843<br />
www.newslab.com.br - david.kernbaum@futurlab.com.br<br />
ISSN 0104 - 8384<br />
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Mesmos Simtomas, 6 Possibilidades?<br />
HiGenoMB® tem a resposta!<br />
H1N1<br />
SARS-CoV-2<br />
H3N2<br />
RSV<br />
Inf A<br />
Inf B<br />
Tube 1 Tube 2<br />
IC<br />
IC<br />
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Probe PCR Kit (MBPCR270)<br />
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B em uma única reação<br />
em tubo<br />
Descrição do Produto : 4-plex assay<br />
1. Swine flu H1N1 virus<br />
2. Influenza A (seasonal H3N2 & seasonal H1N1)<br />
3. Influenza B<br />
4. Human endogenous IC<br />
Limite da Detecção :<br />
Swine flu H1N1 – 2 copies/µl<br />
Influenza B – 2 copies/µl<br />
Influenza A – 4 copies/µl<br />
Tubo 1<br />
H1N1<br />
Influenza A<br />
Influenza B<br />
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www.himedialabs.com<br />
T : +55-11 981141515 | E : rgarcia@himedialabs.com
Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
revista<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> - Setembro 2023<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante<br />
de novidades em divulgação científica,<br />
disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores<br />
interessados. Caso precise de informações<br />
adicionais, entre em contato<br />
com a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab<br />
publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />
casos educacionais, resumos de<br />
teses etc. Os editores levarão em consideração<br />
para publicação toda e qualquer<br />
contribuição que possua correlação<br />
com a medicina diagnóstica.<br />
Todas as contribuições serão revisadas<br />
e analisadas pelos revisores. Os autores<br />
deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular<br />
aqueles de natureza financeira<br />
relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos<br />
que estejam relacionados com a contribuição<br />
e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />
de compromisso assinado por todos<br />
os autores, atestando a originalidade<br />
do artigo, bem como a participação de<br />
todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em<br />
português, mas com Abstract detalhado<br />
em inglês. O Resumo e o Abstract<br />
deverão conter as palavras-chave e<br />
keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />
ser enviadas na forma original,<br />
para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />
pedimos que a resolução do escaneamento<br />
seja de 300 dpi’s, com extensão<br />
em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados<br />
e enviados por e-mail, ordenados em<br />
título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição onde<br />
o estudo foi realizado. Além disso, o<br />
nome do autor correspondente, com<br />
endereço completo fone/fax e e-mail<br />
também deverão constar. Seguidos<br />
por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />
e Métodos, Parte Experimental,<br />
Resultados e Discussão, Conclusão)<br />
agradecimentos, referências bibliográficas,<br />
tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto<br />
com o sobrenome do devido autor,<br />
seguido pelo ano da publicação, segundo<br />
norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada<br />
referência citadas no texto devem vir<br />
listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela<br />
sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />
dos prenomes. Título: subtítulo do artigo.<br />
Título do livro/periódico, volume,<br />
fascículo, página inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências.<br />
Referências de contribuições ainda não<br />
publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados para:<br />
Luciene Almeida – Redação<br />
E-mail: redacao@futurlab.com.br<br />
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A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />
vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />
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4<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Índice remissivo de<br />
anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
revista<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> - Setembro 2023<br />
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />
ALFA PLAST 193<br />
ALTONA 251<br />
APPARAT 36-37 | 235<br />
BASE CIENTÍFICA 40<br />
BECKMAN COULTER DIV. DIAGNÓSTICA 16-17 | 213<br />
BECKMAN COULTER LIFE SCIENCES 11<br />
BIOCON 203<br />
BIOLAB BRASIL 101<br />
BIOMEDICA 155<br />
BUNZL SAÚDE 47 | 64-65 | 68-69<br />
CELLAVISION 229<br />
DAILYTECH 81<br />
DATA INNOVATIONS 175<br />
DB<br />
4ª CAPA<br />
DIAGAM 143<br />
DIAGNO 231<br />
DYMIND 195<br />
EBRAM 122-123<br />
EDAN INSTRUMENTS 103<br />
EUROIMMUN 82<br />
EXPO HOSPITAL BRASIL 277<br />
FIRSTLAB 207<br />
GAIA IBIRAPUERA 223<br />
GOLD ANALISA 171<br />
GREINER 139<br />
GRIFOLS 06-07 | 267<br />
GRUPO PRIME<br />
3ª CAPA<br />
GUIA LABORATORIAL 293<br />
GUTHRIE LABORATÓRIO 126-127<br />
HAMILTON 187<br />
HERMES PARDINI 130-131<br />
HIMEDIA LABORATORIES 03<br />
HORIBA 2ª CAPA | 239<br />
INSTITUTO DE BIOLOGIA MOLECULAR DO PARANÁ 189<br />
INVITRO 28-29<br />
LAB REDE 237<br />
LAB. MÉDICO DR. MARICONDI 183<br />
LABOR LINE 84-85 | 159<br />
LABORATÓRIO MASTELLINI 134-135<br />
LABORATÓRIO SENNE 167<br />
LABORATÓRIO SODRE 114-115<br />
LIGA SISTEMAS 241<br />
LIS BRASIL 233<br />
LOCCUS 199<br />
MÉDICA COM. REPRESENTAÇÕES 111<br />
MEDICAL FAIR 287<br />
MEDIX 87<br />
MEDMAX 215<br />
MERCOLAB 211<br />
METHABIO 13<br />
MGI AMERICA 32-33<br />
MINDRAY 24-25<br />
MP BIOMEDICALS 217<br />
NEOLAB BY NEOCOMPANY 149<br />
NEWPROV 227<br />
NIHON KOHDEN 151 | 162-163<br />
OHC-OSANG HEALTHCARE 09<br />
OUTSET 21<br />
PERFECTA 219<br />
PNCQ 147<br />
QUALLYX 105<br />
QUOKKA VET 79 | 109<br />
RENYLAB 243<br />
SARSTEDT 77<br />
SCS MEDICINA DIAGNÓSTICA 75<br />
SHIFT 221<br />
SNIBE 225<br />
SOLLUTIO DIAGNÓSTICOS 96-97<br />
SYSMEX DO BRASIL 55<br />
TBS BINDING SITE CAPA | <strong>179</strong><br />
TPP BRASIL - TECHNO PLASTICS PRODUCTS BRASIL 89<br />
VEOLIA 05<br />
WAMA 51<br />
ZYBIO 118-119<br />
ZYMO RESEARCH 59<br />
Conselho Editorial<br />
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa<br />
da Universidade de São Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da<br />
Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela<br />
USP/SP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério<br />
– Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto<br />
de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de<br />
Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />
Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />
Allyne Cristina Grando; Franciele da Rosa Sonemann; Humberto Façanha; Fábia Bezerra; Gleiciere Maia Silva; Jorge Luiz Silva Araújo-Filho; Brunno Câmara; Helena Varela de Araújo; Rafaele Loureiro; Bruna Garcia; Fabiano de<br />
Abreu Agrela Rodrigues; Délio J. Ciriaco de Oliveira; Anna Clara do Nascimento Jesus; Luiza de Souza Fernandes; Victória Oliveira Gonzaga; Daniela Santos Silva; Járede da Silva Lopes; Bianca Victoria Trevizã da Cunha Ferreira<br />
Silvério; Pâmela Caroline Costa Pereira; Alessandra Alves de Souza Abou Hamia; Waldirene Nicioli; Silvânia Ramalho; Andressa Fehlberg; Rachel Siqueira de Queiroz Simões; Joelma Lessa da Silva; Juliana Yuri; Juliana Gomes;<br />
Paulo Mafra; Bruna Massa Barbosa de Andrade; Marina Raposo Neves Baptista; Mirella Portella Serafini; Álvaro Nunes de Morais; Gabriel Valença de Siqueira Borges; Júlia Domingues Marinho.<br />
8<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Biologia molecular<br />
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ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> - Setembro 2023<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
90<br />
Optilite®<br />
A plataforma automatizada para<br />
quantificação de proteínas especiais<br />
da Binding Site<br />
14<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
REVISÃO DA LITERATURA<br />
SOBRE O DIABETES MELLITUS<br />
TIPO MODY 2 E 3<br />
45<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL<br />
DA DOENÇA CELÍACA:<br />
CONSIDERAÇÕES GERAIS<br />
Autores: Felipe Fagundes Nunes,<br />
Allyne Cristina Grando.<br />
Autor: Francisco Eduardo Ferreira Alves,<br />
Cícero Lasaro Gomes Moreira.<br />
12 - Agenda<br />
72 - Neurociência em Foco<br />
83 - Publieditorial I - Euroimmun<br />
84 - Publieditorial II - Laborline<br />
86 - Publieditorial III - Medix<br />
98 - Lab News<br />
104 - Análises Clínicas<br />
108 - Auditoria e Qualidade<br />
112 - Papo de bancada<br />
124 - Direito e Saúde<br />
132 - Medicina Genômica<br />
144 - Virologia<br />
184 - Blog dos Cientistas<br />
190 - Minuto Laboratório<br />
194 - OFAC Brasil<br />
198 - Hematologia<br />
202 - Biossegurança<br />
214 - Citometria de Fluxo<br />
222 - Logística Laboratorial<br />
224 - Informes de Mercado<br />
56<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
PERFIL DE HEMOCULTURAS<br />
REALIZADAS EM UM<br />
LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA<br />
DE NATAL -RN<br />
74<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
INOVAÇÃO NA ÁREA DE GESTÃO<br />
LABORATORIAL: SISTEMA DE<br />
APOIO À DECISÃO – RANKING<br />
NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />
GERENCIAL (SAD-RNCG)<br />
Autores: Larissa Esteves Mesquita, Jéssica Mirelly<br />
Alves da Silva, José Ferreira da Cunha Neto e<br />
Renato Motta Neto.<br />
Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
AGENDA<br />
AGENDA<br />
de eventos 2023<br />
Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial<br />
Data: 5 a 8 de setembro de 2023<br />
Local: PRO MAGNO Centro de Eventos - São Paulo/SP<br />
Informações: www.cbpcml.org.br/InformacoesGerais/InformacoesGerais<br />
68º Congresso Brasileiro de Genética<br />
Data: 12 a 15 de setembro de 2023<br />
Local: Centro de Convenções de Ouro Preto – Ouro Preto/Minas Gerais<br />
Informações: www.sbg.org.br/eventos/genetica2023/index.php<br />
34º Congresso Brasileiro de Virologia<br />
Data: 24 a 27 de setembro de 2023<br />
Local: Centro de Artes e Convenções da UFOP – Ouro Preto/Minas Gerais<br />
Informações: www.virologia2023.com.br/apresentacao.html<br />
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto2023)<br />
Data: 19 a 22 de setembro de 2023.<br />
Local: Centro de Convenções Salvador – Salvador/Bahia<br />
Informações: www.infecto2023.com.br/<br />
MEDICAL FAIR BRASIL<br />
Data: 26 a 28 de setembro de 2023 das 11h às 20h<br />
Local: Expo Center Norte - São Paulo/SP<br />
Informações: www.medicalfairbrasil.com.br/<br />
47º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)<br />
Data: 02 a 06 de outubro de 2023<br />
Local: Centro de Convenções de Ouro Preto – Ouro Preto/Minas Gerais<br />
Informações: www.congressos.sbi.org.br/<br />
32º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />
Organizado pela Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM)<br />
Data: 18 a 22 de outubro de 2023<br />
Local: Rafain Palace Hotel & Convention - Foz do Iguaçu/PR<br />
Inscrições: www.sbmicrobiologia.org.br/32cbm2023/inscreva-se/<br />
HEMO 2023 – Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular<br />
Data: 25 a 28 de outubro de 2023<br />
Local: Transamerica Expo Center - São Paulo/SP<br />
Informações: www.congressohemo.com.br/<br />
12<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
A Methabio Farmacêutica do Brasil é uma distribuidora de material<br />
médico hospitalar, medicamentos e soluções para diagnóstico<br />
laboratorial, atuante no mercado desde 2007. Nossa empresa está<br />
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Distrito Federal: Beckman Coulter,<br />
Trinity Biotech, Eco diagnóstica,<br />
BIORAD, Euroimmun, Binding site,<br />
Gold Analisa, Autobio, Greiner Bio One,<br />
Plastlabor.<br />
Goiás: Beckman Coulter, BIORAD,<br />
Euroimmun, Binding site, Gold Analisa,<br />
Autobio, Trinity Biotech, ECO, Greiner<br />
Bio One, Plastlabor.<br />
Tocantins: Beckman Coulter, BIORAD,<br />
Euroimmun, Binding site, Gold Analisa,<br />
Autobio. TRINITY, ECO, Greiner Bio One,<br />
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Maranhão: Beckman Coulter, BIORAD,<br />
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(61) 3052-2525<br />
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Brasília-DF<br />
(61) 99987-4267<br />
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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
REVISÃO DA LITERATURA SOBRE O DIABETES<br />
MELLITUS TIPO MODY 2 E 3<br />
Diabetes Mellitus Literature Review Type MODY 2 and 3<br />
Autores:<br />
Felipe Fagundes Nunes a ,<br />
Allyne Cristina Grando b<br />
a - Graduando do Curso de Biomedicina da Universidade<br />
Luterana do Brasil (ULBRA).<br />
b - Professora Adjunta do Curso de Biomedicina da<br />
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA).<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
Maturity Onset Diabetes of the Young (MODY) é<br />
um tipo de Diabetes Mellitus (DM) ainda pouco<br />
conhecido e extremamente subdiagnosticado.<br />
É uma doença de caráter genético autossômica<br />
dominante, tendo como características<br />
alterações em 14 genes já conhecidos. Acomete<br />
cerca de 5% da população com DM, sendo as<br />
alterações mais comuns as mutações nos genes<br />
da Glicoquinase (GCK) resultando na MODY 2 e<br />
no gene fator nuclear hepatócito 1 alfa (HNF1α)<br />
resultando na MODY 3. O diagnóstico do DM<br />
tipo MODY é realizado através de teste genéticos<br />
ainda pouco utilizados no Brasil devido ao seu<br />
alto custo. Reforçar a grande importância na<br />
realização de exames genéticos poderiam auxiliar<br />
em diagnósticos precisos evitando equívocos<br />
frequentes e tratamentos incorretos. O objetivo<br />
deste estudo foi reunir as informações existentes<br />
sobre o DM tipo MODY 2 e 3 buscando evidenciar<br />
suas particularidades, prevalência e importância<br />
clínica através de uma revisão da literatura nas<br />
plataformas Scielo e PubMed.<br />
Palavras-chaves: diabetes mellitus, mody, fatores<br />
de transcrição, glicoquinase, diagnóstico.<br />
Abstract<br />
Maturity Onset Diabetes of the Young (MODY)<br />
is a type of Diabetes Mellitus (DM) not known<br />
and extremely underdiagnosed. It is a genetic<br />
disease autosomal dominant, having changes<br />
features in 14 genes already known. That<br />
happened with approximately 5% of the<br />
population with DM, being common mutations<br />
in the genes of Glycokinase (GCK) resulting<br />
in MODY 2 and the gene hepatocyte nuclear<br />
factor 1 alpha (HNF1α) resulting MODY 3. The<br />
DM diagnosis type MODY it’s due to genetic<br />
testing not so well known in Brazil because of<br />
the high cost. Reinforcing the importance of<br />
genetic testing could help in accurate diagnosis<br />
avoiding frequent misconceptions and incorrect<br />
treatments. This study aimed to gather the<br />
existing information on DM type 2 and 3 seeking<br />
to highlight its particularities, prevalence and<br />
clinical importance through a literature review<br />
on the Scielo and PubMed platforms.<br />
Keywords: diabetes mellitus, mody, transcription<br />
factors, glucokinase, diagnostic.<br />
14 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Introdução<br />
O Diabetes Mellitus (DM)<br />
vem sendo descrito des-<br />
tada a palavra Mellitus<br />
por Thomas Willis, que<br />
significa “mel doce” 01,02 .<br />
residual da evaporação,<br />
assim como encontrou a<br />
mesma situação no san-<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
de 1500 AC, onde em<br />
gue. Conforme Garrod,<br />
um papiro encontrado<br />
O inglês Thomas Willis<br />
na obra Lettsomian Lec-<br />
no Egito por Gerg Ebers<br />
documentou no século<br />
tures on Glycosuria “...se<br />
no ano de 1872, conti-<br />
XVII, em seu livro Ana-<br />
Willis descobriu ou re-<br />
nha o relato de uma do-<br />
tomy of the Human Body,<br />
descobriu a glicosúria, a<br />
ença em que o paciente<br />
o aspecto adocicado pre-<br />
Dobson deve receber o<br />
apresentava micção com<br />
sente nos portadores da<br />
crédito de ter descoberto<br />
volume e frequência au-<br />
patologia,<br />
característi-<br />
a hiperglicemia” 01-03 .<br />
mentados. No entanto,<br />
ca descoberta primeiro<br />
somente na Grécia Anti-<br />
por indianos, mas sem<br />
Seguindo as descober-<br />
ga a patologia teve sua<br />
comprovações, somente<br />
tas sobre o DM, Thomas<br />
etiologia<br />
caracterizada,<br />
observando que no lo-<br />
Cawley publicou um caso<br />
sendo que os portadores<br />
cal onde esses pacientes<br />
em que o paciente possuía<br />
da doença tinham como<br />
urinavam que havia o<br />
cálculos no pâncreas e com<br />
um dos sintomas a po-<br />
surgimento de formigas.<br />
isso, sugeriu que o DM tinha<br />
liúria, que para os estu-<br />
Willis teve seus estudos<br />
relação direta com as con-<br />
diosos da época o exces-<br />
continuados e aprimora-<br />
dições desse órgão. Neste<br />
so de volume urinado<br />
dos pelo médico inglês<br />
momento começava a se<br />
se assemelhava com a<br />
Matthew Dobson, que<br />
relacionar a patologia com<br />
drenagem em um sifão.<br />
realizou experimentos e<br />
um órgão específico. Outro<br />
Foi intitulada então o<br />
observações,<br />
utilizando<br />
importante<br />
pesquisador<br />
Diabetes, que significa<br />
a evaporação da urina.<br />
foi Apollinaire Bouchardat<br />
“passar através de um<br />
Dobson provou que o<br />
que pioneiramente utilizou<br />
sifão” e somente anos<br />
sabor doce era causado<br />
métodos químicos na de-<br />
mais tarde foi acrescen-<br />
pelo excesso de açúcar<br />
tecção do DM 03 .<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Atualmente, destaca-<br />
-se como uma relevante<br />
causa de mortalidade e<br />
O DM atinge 17,7% da<br />
população brasileira, em<br />
sua maioria mulheres<br />
ficiência renal crônica, cirurgias<br />
para amputações<br />
e doenças cardiovascula-<br />
morbidade.<br />
Estima-se<br />
com 9,9% e nos homens<br />
res. No Rio Grande do Sul<br />
que até 2045, 629 mi-<br />
compreendendo 7,8%,<br />
entre 2010 e 2016 houve<br />
lhões de pessoas com<br />
sendo o quinto país em<br />
25.708 casos fatais regis-<br />
idades entre 20 e 79<br />
número de indivíduos<br />
trados. O DM tem mos-<br />
anos serão diagnosti-<br />
acima dos 65 anos com<br />
trado aumento em todo<br />
cadas com DM, núme-<br />
DM. No Brasil, estima-se<br />
o mundo, ligado aos há-<br />
ro elevado em relação<br />
que em 2040 seremos o<br />
bitos alimentares não<br />
ao ano de 2017, onde<br />
quarto país com aproxi-<br />
saudáveis, rápida urba-<br />
apresentávamos 425 mi-<br />
madamente 23 milhões<br />
nização, envelhecimento<br />
lhões diabéticos, sendo<br />
de pessoas com o DM,<br />
da população e pouca<br />
sua gravidade calculada<br />
ficando atrás somente<br />
prática de atividades fí-<br />
até 2045 de nona para a<br />
da China, Índia e Estados<br />
sicas, assim como o au-<br />
sétima causa mais gra-<br />
Unidos 05 . Em Porto Ale-<br />
mento nos diagnósticos<br />
ve de morte no mundo.<br />
gre, um estudo do Minis-<br />
de outras variações de<br />
Nosso sistema de saúde<br />
tério da Saúde mostrou<br />
DM, como o DM tipo Ma-<br />
pública e profissionais<br />
que o DM cresceu 112,8%<br />
turity Onset Diabetes of<br />
de saúde ainda não têm<br />
na população masculina<br />
the Young 04,05 .<br />
recursos para trabalhar<br />
entre 2007 e 2018. No ge-<br />
adequadamente sobre a<br />
ral, Porto Alegre aparece<br />
Maturity Onset Diabe-<br />
atual relevância do DM e<br />
como uma das capitais<br />
tes of the Young (MODY)<br />
de suas complicações e<br />
que tem um alto número<br />
teve sua nomenclatura<br />
estima-se que 46,5% dos<br />
de pessoas com a enfer-<br />
relatada nos anos 60 dis-<br />
pacientes desconheçam<br />
midade. Responsável por<br />
tinguindo uma classifica-<br />
que têm a doença 04,05 .<br />
complicações como insu-<br />
ção de DM diferente das<br />
18 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
demais conhecidas até<br />
o momento, sendo em<br />
1964 assunto discutido<br />
identificados caracterizando<br />
mutações afetando<br />
a fisiologia das células<br />
sim como anormalidades<br />
na secreção. Podendo ser<br />
dividido mais conhecida-<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
em Toronto, no Congres-<br />
beta pancreáticas 06,07 .<br />
mente em dois diferentes<br />
so da Federação Inter-<br />
grupos, tipo I e tipo II. O<br />
nacional de DM. Estudos<br />
O objetivo deste estudo<br />
DM também pode ser<br />
feitos em Londres em fa-<br />
foi realizar uma revisão da<br />
classificado em diabetes<br />
mílias onde a presença<br />
literatura caracterizando o<br />
latente autoimune do<br />
genética de transmissão<br />
DM tipo MODY 2 e 3 ainda<br />
adulto, diabetes gesta-<br />
autossômica dominante<br />
pouco conhecidos, através<br />
cional e MODY 04,05 .<br />
foi observada em crian-<br />
de uma revisão da literatu-<br />
ças e jovens, onde foi pu-<br />
ra nas plataformas Scielo<br />
O DM pode provocar a<br />
blicado um artigo com o<br />
e na PubMed nos idiomas<br />
destruição das células<br />
termo MODY de forma<br />
português e inglês.<br />
beta do pâncreas sendo<br />
pioneira 06,07. A partir<br />
sua causa ainda idiopáti-<br />
disso, começaram os es-<br />
Características gerais e<br />
ca, sendo que o tipo I está<br />
tudos genéticos com a<br />
diagnóstico do DM<br />
entre 5% e 10% dos dia-<br />
MODY, sendo sua maior<br />
Constituindo-se de uma<br />
béticos no Brasil. Desen-<br />
descoberta acontecendo<br />
doença bem caracteriza-<br />
volve-se de forma rápida<br />
em 1992 quando Grae-<br />
da, o DM traz disfunções<br />
e progressiva, comum em<br />
me Bell encontrou um<br />
e insuficiências de vários<br />
crianças, mas também se<br />
polimorfismo no gene<br />
órgãos, incluindo a des-<br />
apresenta na forma de<br />
da enzima deaminase<br />
truição das células beta<br />
diabetes latente autoimu-<br />
no cromossomo 20, rela-<br />
do pâncreas responsá-<br />
ne do adulto (LADA). É<br />
cionando a existência da<br />
veis pela produção de<br />
descrita como processo<br />
MODY. No decorrer dos<br />
insulina, causando uma<br />
autoimune, devendo ser<br />
anos outros genes foram<br />
resistência insulínica as-<br />
observado que o diabe-<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
19
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
tes latente é classificado<br />
erroneamente como o<br />
tipo II por suas seme-<br />
perglicemia. Atualmente<br />
com o crescente estilo<br />
de vida pouco saudável,<br />
que por volta de 2% - 4%<br />
das gestantes o DM retorna<br />
anos depois 04,05 .<br />
lhanças clínicas. Pacien-<br />
tem-se evidenciado um<br />
tes com DM tipo I utili-<br />
significativo<br />
aumento<br />
O DM tem seus sintomas<br />
zam insulina diariamente<br />
do DM. No Brasil, te-<br />
bem caraterizados como<br />
para conseguir controlar<br />
mos o diabetes como<br />
fadiga, polidipsia, poliúria<br />
a concentração de glico-<br />
uma das principais cau-<br />
e perda de peso. Contudo,<br />
se no sangue 04,05 .<br />
sas de mortalidade e<br />
o DM pode ser assintomá-<br />
hospitalização, trazen-<br />
tico em muitos pacientes,<br />
Cerca de 90% dos ca-<br />
do graves impactos na<br />
e por isso o diagnóstico<br />
sos de DM no Brasil tem<br />
saúde pública 04,05 .<br />
muitas vezes é realiza-<br />
como categoria o DM<br />
do em consequência das<br />
Tipo II, patologia esta<br />
Um quadro pontual de<br />
complicações do pacien-<br />
causada pela sobrecar-<br />
DM é a gestacional, onde<br />
te devido ao diabetes,<br />
ga nas células betas do<br />
somente durante a gesta-<br />
sendo necessário realizar<br />
pâncreas, assim o orga-<br />
ção a paciente apresenta<br />
exames laboratoriais para<br />
nismo não consegue de<br />
seus níveis de glicose au-<br />
acompanhamento 04 .<br />
forma adequada realizar<br />
mentados,<br />
retornando<br />
a produção de insulina<br />
aos valores normais após<br />
Entre os exames labora-<br />
suficiente para manter<br />
o parto. No entanto, não<br />
toriais mais conhecidos,<br />
o equilíbrio da glicose.<br />
deve ser negligenciada,<br />
temos o teste de glicemia<br />
Nestes casos, a adminis-<br />
pois durante a gravidez as<br />
em jejum (padrão ouro)<br />
tração de insulina sin-<br />
pacientes podem ter al-<br />
com valores de referência<br />
tética é a forma de tra-<br />
gumas complicações e a<br />
de 60 a 99 m/dL, o teste<br />
tamento mais utilizada,<br />
gestante deve ser acom-<br />
oral de tolerância à gli-<br />
visando o controle da hi-<br />
panhada no pós-parto, já<br />
cose (TOTG), neste teste<br />
20 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
21
Autores: Felipe Fagundes Nunes, Allyne Cristina Grando.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
é administrado 75 g de<br />
dextrosol e realizada a<br />
menores que 5,7% são<br />
considerados normais,<br />
betes leve. O termo MODY<br />
surge justamente para en-<br />
análise, sendo conside-<br />
pré-diabetes entre 5,7%<br />
fatizar a característica de<br />
rados valores normais<br />
e 6,4%, igual ou maior<br />
transmissão neste tipo de<br />
nase (GCK) MODY 2 que<br />
abrange 15% dos casos,<br />
nesta alteração o corpo<br />
não consegue de forma<br />
adequada equilibrar os níveis<br />
de glicose no sangue,<br />
pois este gene é responsável<br />
por este processo,<br />
tendo uma mutação mais<br />
branda não sendo necessário<br />
tratamento 08-10 .<br />
O GCK-MODY é mais comum,<br />
diagnosticado em<br />
países onde o teste de glicose<br />
em pessoas assintomáticas<br />
é rotineiro, como<br />
França, Itália e Espanha,<br />
enquanto o HNF1α-MODY<br />
é mais frequente em países<br />
onde testes aleatórios<br />
de glicose no sangue são<br />
raramente realizados 11,12 .<br />
Mutações nos fatores<br />
de transcrição que<br />
Figura 01 – Fatores de transcrição e enzima envolvida na MODY<br />
Fonte: The British Diabetic Association<br />
afetam a expressão de O DM tipo MODY é caracterizado<br />
moléculas na via secretora<br />
como he-<br />
de insulina dependente<br />
de glicose estão<br />
entre as causas mais<br />
rança autossômica dominante,<br />
iniciada antes<br />
dos 25 anos, mantendo<br />
as funções das células<br />
comuns de diabetes<br />
betas do pâncreas parcialmente<br />
preservadas.<br />
monogênico. MODY 3<br />
decorre de defeitos no<br />
gene do fator nuclear<br />
HNF1α, a perda de função<br />
de qualquer fator<br />
Causada por defeito genético,<br />
a MODY teve seu<br />
primeiro gene identificado<br />
em 1992, gene GCK<br />
de transcrição causa cromossomo 7p (MODY<br />
secreção diminuída de<br />
insulina 13-15 . (Figura 01)<br />
2) durante análises de<br />
ligação paramétrica ve-<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
rificando discrepâncias<br />
ou correspondências<br />
Tabela 01 - Comparação clínica entre os tipos de diabetes mellitus mais comuns<br />
entre marcadores de ácidos<br />
desoxirribonucleicos<br />
pelo genoma. Em 1993<br />
o gene HNF1α cromossomo<br />
12q (MODY 3) foi<br />
identificado, sendo 52%<br />
o causador da MODY no<br />
Fonte: British Medical Journal<br />
Reino Unido, chegando<br />
a 63% na Europa e América<br />
16,17 . (Tabela 01)<br />
Estima-se que a MODY<br />
compreenda entre 1 e 2<br />
% de todos os casos de<br />
DM, no entanto as taxas<br />
de prevalência são imprecisas<br />
e subestimadas, pois<br />
frequentemente são diagnosticadas<br />
e classificadas<br />
incorretamente como DM<br />
tipo 1 ou 2 devido à sobreposição<br />
de características<br />
clínicas 18,19 .<br />
Gene GCK – MODY 2<br />
Os portadores desta mutação<br />
apresentam idade<br />
média do diagnóstico<br />
por volta dos 10 anos,<br />
apresentando glicemia<br />
em jejum prejudicada<br />
com níveis de glicose no<br />
sangue em média de 120<br />
mg/dL, sintomas de hiperglicemia<br />
e histórico<br />
familiar genético 20,21 .<br />
Sendo causada por uma<br />
mutação heterozigótica resultando<br />
na alteração do limiar<br />
de insulina, pacientes<br />
com esta mutação geralmente<br />
não são obesos, não<br />
necessitam de tratamento<br />
e não apresentam complicações<br />
vasculares. Por<br />
esse motivo é importante<br />
diferenciar esse tipo de DM<br />
dos tipos 1 e 2 para evitar<br />
tratamento desnecessário<br />
22-24<br />
. Pacientes com MODY<br />
2 não necessitam tratamento<br />
com insulina ou<br />
medicamentos orais, como<br />
consequência do seu defeito<br />
na detecção de glicose,<br />
apresentando hiperglicemia<br />
em jejum leve 25 .<br />
26 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Normalmente a glicose<br />
da circulação é absorvida<br />
pelas células beta através<br />
creas, intestino e fígado,<br />
contudo é expresso primariamente<br />
no saco vi-<br />
cing alternativo, com<br />
diferentes propriedades<br />
transcricionais e pa-<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
do transportador de gli-<br />
telino e atua como fator<br />
drões de expressão. Es-<br />
cose (GLUT 2) na mem-<br />
de transcrição para a ex-<br />
tudos in vitro indicaram<br />
brana celular. Após esta<br />
pressão de vários genes<br />
que o truncamento do<br />
absorção, a enzima glico-<br />
como albumina hepáti-<br />
exon 10 diminui a ati-<br />
quinase converte glicose<br />
ca, A-1 antitripsina, B-fi-<br />
vação transcricional em<br />
em glicose-6-fosfato que<br />
brinogênio e proteína C<br />
aproximadamente 50%,<br />
então sofre glicólise nas<br />
reativa. As mutações no<br />
embora o local de spli-<br />
mitocôndrias para pro-<br />
gene HNF1α são associa-<br />
cing não seja afetado di-<br />
duzir adenosina trifosfa-<br />
das ao diabetes monogê-<br />
retamente o quadro de<br />
to (ATP). Mutações que<br />
nico MODY 3, sendo uma<br />
leitura de todo o exon<br />
inativam o gene GCK,<br />
das principais manifes-<br />
é deslocado gerando<br />
enzima que catalisa a pri-<br />
tações a disfunção das<br />
uma sequência de 85<br />
meira etapa da glicólise<br />
células beta prejudi-<br />
aminoácidos sem qual-<br />
e regula a secreção de<br />
cando a secreção da in-<br />
quer homologia com as<br />
insulina como um sensor<br />
sulina, além do aumen-<br />
sequências de proteínas<br />
de glicose, causam uma<br />
to da síntese de ácidos<br />
conhecidas 29 .<br />
diminuição na fosforila-<br />
biliares, influenciando<br />
ção da glicose nas célu-<br />
os níveis de colesterol<br />
HNF1α MODY tem um<br />
las, assim prejudicando a<br />
total e lipoproteínas de<br />
fenótipo<br />
clinicamente<br />
síntese de insulina 26 .<br />
baixa densidade 27,28 .<br />
progressivo com hiperglicemia,<br />
glicosúria e<br />
Gene HNF1α – MODY 3<br />
O HNF1α é composto<br />
diminuição da função<br />
O gene HNF1α é expresso<br />
por três domínios fun-<br />
renal e/ou complicações<br />
no epitélio de múltiplos<br />
cionais e três isoformas<br />
vasculares,<br />
pacientes<br />
órgãos, como rins, pân-<br />
são geradas por spli-<br />
com HNF1α MODY são<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
27
i n v i<br />
VET<br />
LINHA VETERINÁRIA<br />
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NOVOS HORIZONTES<br />
COM QUALIDADE<br />
E INOVAÇÃO.<br />
CUIDANDO DOS<br />
NOSSOS AMIGOS<br />
DE PATAS.
• Parâmetros específicos para análise de amostras veterinárias.<br />
• Valores de referência para diferentes espécies.<br />
• Apresentação com volume reduzido.<br />
• Reagentes estáveis.<br />
• Presença de fator clareante de lipídios (LCF)*.<br />
Química Clínica<br />
• Albumina<br />
• Alfa Amilase<br />
• Bilirrubina Direta<br />
• Bilirrubina Total<br />
• Cálcio<br />
• CK-NAC<br />
• Colesterol*<br />
• Creatinina<br />
• Fosfatase Alcalina<br />
• Fósforo<br />
• Frutosamina<br />
• Gama GT<br />
• Proteína Total<br />
• Triglicérides*<br />
• Controle 1 (Normal)<br />
• Controle 2 (Patológico)<br />
• Glicose*<br />
• Lactato<br />
• Lipase<br />
• TGO<br />
• TGP<br />
• Ureia UV<br />
• Calibrador<br />
Hemostasia<br />
• TP<br />
• TTPA<br />
• TT<br />
• Fibrinogênio<br />
• D-Dímero<br />
• Controle<br />
Hematologia<br />
• Hemograma canino<br />
• Hemograma felino<br />
• Hemograma equino<br />
• Hemograma bovino<br />
• Mais 4 perfis<br />
Íons Seletivos<br />
• Cálcio iônico<br />
• Cloro<br />
• pH<br />
• Potássio<br />
• Sódio
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
altamente responsivos<br />
ao uso de sulfonilureias,<br />
não sendo necessário<br />
sido relatada, além de<br />
mutações no exon 4 do<br />
HNF1α, possivelmente<br />
etiologia multifatorial,<br />
causadas por interações<br />
de fatores genéticos e<br />
o uso de injeções de in-<br />
devido a fatores modi-<br />
ambientais,<br />
diferente<br />
sulina. Estudos relatam<br />
ficadores ainda desco-<br />
do DM tipo MODY, onde<br />
uma resposta do contro-<br />
nhecidos 31-33 .<br />
fatores genéticos são<br />
le glicêmico cinco vezes<br />
fundamentais.<br />
Embo-<br />
maior que a metformina<br />
MODY e Gravidez<br />
ra nosso conhecimento<br />
e quatro vezes maior que<br />
O DM em geral na gravi-<br />
crescente da genética<br />
a terapia com insulina<br />
dez é complexo. Atual-<br />
desta doença melhore a<br />
29. Pacientes com HNF1α<br />
mente testes genéticos<br />
compreensão da etiolo-<br />
são muito sensíveis ao<br />
para formas complexas<br />
gia e possíveis tratamen-<br />
efeito das sulfonilureias,<br />
de diabetes monogê-<br />
tos, nosso conhecimento<br />
essa eficácia é explicada<br />
nicas,<br />
particularmente<br />
atual sobre o diabetes<br />
pela ligação com o re-<br />
MODY, tem utilidade<br />
monogênico<br />
apresenta<br />
ceptor de sulfonilureia,<br />
muito importante para<br />
oportunidade para o cui-<br />
iniciando a abertura dos<br />
determinar o tratamen-<br />
dado personalizado da<br />
canais de cálcio depen-<br />
to, gerenciar riscos e<br />
MODY em gestantes 34 .<br />
dente de voltagem, as-<br />
controle na gravidez. Em<br />
sim estimulando a libe-<br />
particular, o diagnóstico<br />
A prevalência de MODY<br />
ração de insulina 30 .<br />
é de MODY 2, indicando<br />
2 na população diabética<br />
que a insulina não preci-<br />
gestacional foi estima-<br />
HNF1α é altamente po-<br />
sa ser usada 34 .<br />
da em aproximadamen-<br />
limórfico,<br />
recentemen-<br />
te 2%. A identificação<br />
te a presença de anti-<br />
Quase todas as formas<br />
dessas gestantes é im-<br />
corpos pancreáticos e<br />
de DM têm componente<br />
portante porque altera<br />
a ocorrência de ceto-<br />
genético, DM tipo 1 e 2<br />
o tratamento durante a<br />
acidose diabética tem<br />
geralmente apresentam<br />
gravidez, primeiro que<br />
30 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
enquanto o diabetes gestacional<br />
é geralmente<br />
tratado com insulina, na<br />
nho do feto no terceiro<br />
trimestre e a indução do<br />
parto a termo, se necessá-<br />
análise genética é imprescindível.<br />
A classificação<br />
correta do DM de<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
MODY 2 a insulina não<br />
rio. A conscientização de<br />
um paciente é impor-<br />
é indicada. Em segundo<br />
que parentes de primeiro<br />
tante para garantir que<br />
que enquanto todos os<br />
grau tem 50% de chances<br />
ele receba o tratamen-<br />
fetos nas gestações com<br />
de ter uma mutação GCK<br />
to mais adequado, esti-<br />
diabetes gestacional se-<br />
é importante para classifi-<br />
ma-se que pelo menos<br />
rão expostos a hipergli-<br />
car adequadamente a hi-<br />
80% dos pacientes com<br />
cemia materna, um feto<br />
perglicemia nos membros<br />
MODY sejam diagnosti-<br />
que herdou uma muta-<br />
das famílias, assim como<br />
cados erroneamente 38 .<br />
ção GCK MODY 2 de sua<br />
profissionais de saúde de-<br />
mãe não é exposto, nes-<br />
vem estar cientes de que<br />
Obter um diagnóstico<br />
sa situação o tratamen-<br />
mulheres com GCK duran-<br />
correto para as formas de<br />
to materno com insuli-<br />
te a gravidez apresentam<br />
diabetes monogênicas é<br />
na não é recomendado.<br />
as placentas com tama-<br />
extremamente importan-<br />
Contudo se o feto não<br />
nho reduzido 36,37 .<br />
te no prognóstico e tam-<br />
herdou o alelo heterozi-<br />
bém permite aconselhar<br />
goto da mutação GCK, o<br />
Diagnóstico e Trata-<br />
adequadamente familia-<br />
mesmo produzirá mais<br />
mento Diabetes Melli-<br />
res em relação à provável<br />
insulina em resposta à hi-<br />
tus tipo MODY<br />
herança genética 38 . Sen-<br />
perglicemia materna 35 .<br />
MODY está se tornan-<br />
do a identificação desta<br />
do mais facilmente re-<br />
doença realizada através<br />
Devido ao risco de abor-<br />
conhecido nos últimos<br />
de testes genéticos mole-<br />
to espontâneo, uma al-<br />
anos devido à dispo-<br />
culares caros, não sendo<br />
ternativa é o diagnóstico<br />
nibilidade de testes<br />
viável o teste em todos<br />
genético pré-natal e o<br />
de anticorpos e testes<br />
os pacientes, as caracte-<br />
monitoramento do tama-<br />
genéticos, no MODY a<br />
rísticas clínicas podem<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
31
Aproveite a maior velocidade de<br />
sequenciamento do mercado<br />
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análises secundárias.<br />
DNBSEQ-G99 usa a tecnologia DNBSEQ<br />
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ótica, fluídica e controle de temperatura<br />
para atingir a maior velocidade entre<br />
todos os sequenciadores de rendimento<br />
médio-baixo do mercado.<br />
DNBSEQ-G99 é especialmente indicado<br />
para targeted sequencing, como painéis<br />
de oncologia, análise de doenças<br />
infecciosas, metilação, Identificação<br />
humana, WGS de pequenos genomas,<br />
low-pass WGS, Exomas e RNA-seq.
DNBSEQ-G99:<br />
Aplicação em Oncologia<br />
Detecção de Variantes Raras<br />
Amostra: ctDNA de câncer de pulmão diluído<br />
a 1%, 0,5%, 0,2%, e 0,1%.<br />
Biblioteca: Kit de preparo por captura.<br />
Estratégia: PE100 dual-barcode.<br />
Objetivo: Testar a capacidade de detecção de<br />
variantes do DNBSEQ-G99.<br />
Data of AF_1% ctDNA<br />
Data of AF_0.5% ctDNA<br />
5<br />
4<br />
3<br />
Resumo do<br />
sequenciamento<br />
Detected AF%<br />
3<br />
2<br />
1<br />
Detected AF%<br />
2<br />
1<br />
As corridas geraram<br />
126M reads em média e<br />
Q30>93%, com uma<br />
ótima reprodutibilidade.<br />
0<br />
1.5<br />
0 2 4 6<br />
Expected AF%<br />
Data of AF_0.2% ctDNA<br />
0<br />
0 2 4 6<br />
Expected AF%<br />
Data of AF_0.1% ctDNA<br />
0.6<br />
Resumo das análises<br />
Detecção de SNVs em<br />
100% dos sítios para<br />
todas as amostras<br />
(1%, 0,5%, 0,2%, 0,1%).<br />
Detected AF%<br />
1.0<br />
0.5<br />
Detected AF%<br />
0.4<br />
0.2<br />
Cada sequenciamento<br />
foi finalizado em cerca<br />
0<br />
0 0.5<br />
1.0 1.5<br />
0.0<br />
0.0 0.2 0.4 0.6<br />
de 9 horas!<br />
Expected AF%<br />
Expected AF%<br />
MGI Tech Co., Ltd<br />
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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Fluxograma 01 - Avaliação para verificar a necessidade de testes genéticos em pacientes com<br />
suspeita de DM tipo MODY.<br />
Fonte: The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism<br />
auxiliar na identificação<br />
como um diagnóstico alternativo.<br />
Outra abordagem<br />
alternativa é o uso<br />
de biomarcadores como<br />
o teste de anticorpos<br />
para ilhotas e peptídeo C<br />
na caracterização do DM<br />
tipo 1, ao excluir aqueles<br />
com DM tipo 1 usando<br />
esses dois biomarcadores<br />
podemos obter uma<br />
porcentagem menor de<br />
pacientes nos quais os<br />
testes moleculares para<br />
diabetes monogênico<br />
poderiam ser realizados,<br />
avaliação demostrada no<br />
Fluxograma 01 39 .<br />
Distinguir MODY de outras<br />
formas de diabetes<br />
representa uma oportunidade<br />
para selecionar<br />
o tratamento com base<br />
na etiologia. Essas implicações<br />
clínicas motivaram<br />
estudos de epidemiologia<br />
em várias<br />
partes do mundo, que<br />
mostraram que a MODY<br />
embora comparativamente<br />
menos comum<br />
que DM tipo 1 e DM tipo<br />
2, afeta um número significativo<br />
de indivíduos<br />
e a grande maioria desses<br />
indivíduos não tem<br />
diagnóstico correto 40 .<br />
Na Europa, o Reino<br />
Unido é centro de referência<br />
para testes<br />
de diabetes monogênico,<br />
assim como na<br />
Holanda que também<br />
fornece a maioria dos<br />
testes genéticos para<br />
MODY, com isso permitindo<br />
estudos populacionais<br />
relativamente<br />
abrangentes sobre as<br />
características dos pacientes,<br />
critérios médicos<br />
e resultados com<br />
melhores<br />
diagnósticos.<br />
Em outros países<br />
como Noruega, Áustria<br />
e Alemanha, bancos de<br />
dados com pacientes<br />
diagnosticados<br />
com<br />
MODY permitem estudos<br />
epidemiológicos<br />
mais completos 41,42 .<br />
Contrastando com os estudos<br />
europeus, populações<br />
asiáticas apresentam<br />
poucas pesquisas ligadas<br />
a MODY, sendo a Coréia<br />
do Sul, China e Japão alguns<br />
dos países envolvidos<br />
nestas pesquisas.<br />
34 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
No Japão um ponto encontrado<br />
de grande relevância<br />
foi que pacientes<br />
japoneses com MODY 2<br />
apresentaram sintomas<br />
clínicos semelhantes aos<br />
pacientes caucasianos,<br />
porém a resistência à insulina<br />
possa ser maior nos<br />
japoneses 43 . Populações<br />
latinas e africanas, assim<br />
como asiáticos, apresentam<br />
atualmente poucos<br />
estudos. No Brasil, alguns<br />
estudos apresentaram<br />
resultados conflitantes e<br />
baixa divulgação. Nos Estados<br />
Unidos o diagnóstico<br />
da MODY ainda está<br />
atrás do Reino Unido e<br />
outras nações 44-46 .<br />
Os estudos epidemiológicos<br />
da prevalência da<br />
MODY revelam muitos<br />
desafios e oportunidades<br />
de melhorias em relação<br />
aos testes genéticos, a<br />
falha na identificação de<br />
uma mutação pode resultar<br />
na sobreposição<br />
diagnóstica, diferenciar<br />
diabetes monogênica de<br />
DM tipo 1 ou 2 é desafiador,<br />
sendo os custos a<br />
principal dificuldade destes<br />
avanços. Estudos, especialmente<br />
aqueles que<br />
incorporam o sequenciamento<br />
completo do<br />
genoma permitirão uma<br />
descrição abrangente da<br />
prevalência e das características<br />
dos pacientes<br />
com MODY 47 .<br />
Embora o custo do<br />
sequenciamento genético<br />
está caindo rapidamente,<br />
as aplicações<br />
ainda são muito<br />
caras para sequenciar<br />
pacientes indiscriminadamente.<br />
Pacientes<br />
com apresentação clínica<br />
como idade precoce<br />
de início, histórico<br />
familiar, não obesos<br />
e ausência de anticorpos<br />
pancreáticos são<br />
selecionados para a<br />
realização dos testes<br />
genéticos buscando o<br />
diagnóstico da MODY 48 .<br />
Nos últimos cinco anos a<br />
utilização de biomarcadores<br />
com o objetivo de<br />
refinar os critérios de seleção<br />
dos pacientes com<br />
MODY para triagem genética,<br />
assim como utilizar<br />
o TOTG que pode ser<br />
usado para discriminar<br />
entre HNF1α e GCK. Os<br />
pacientes HNF1α apresentam<br />
glicose >90mg/<br />
dL e os pacientes GCK<br />
mostraram glicose<br />
o parceiro que<br />
você precisa no<br />
segmento de<br />
Bioquímica<br />
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Reagentes<br />
para Bioquímica
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Considerações finais<br />
O DM é um problema de<br />
saúde extremamente re-<br />
medicações. O diagnóstico<br />
e tratamento errado<br />
podem ter um impacto<br />
A descoberta e implementação<br />
de novos testes<br />
mais baratos e sua<br />
levante, sendo considera-<br />
significativo no contro-<br />
disponibilidade<br />
podem<br />
do por especialistas o DM<br />
le da glicemia e, conse-<br />
ajudar os profissionais<br />
tipo 2 como uma futura<br />
quentemente, aumentar<br />
na identificação de pa-<br />
epidemia global, o qual<br />
o risco de complicações<br />
cientes MODY 2 e 3 com<br />
está associado a fatores<br />
tardias do diabetes.<br />
melhor eficiência. Contu-<br />
socioeconômicos e a ou-<br />
do, no âmbito nacional,<br />
tras condições de saúde.<br />
MODY 2 e 3 são doenças<br />
o maior desafio consiste<br />
O controle dos fatores de<br />
genéticas que represen-<br />
em elaborar novas me-<br />
risco relacionados ao dia-<br />
tam uma oportunidade<br />
todologias para diag-<br />
betes, por meio de medi-<br />
para<br />
implementação<br />
nóstico e realizar as des-<br />
das de promoção da saú-<br />
clínica de testes genéti-<br />
cobertas científicas já<br />
de, pode contribuir para<br />
cos em nossos diagnós-<br />
existentes numa prática<br />
a diminuição da incidên-<br />
ticos. A implementa-<br />
clínica moderna, onde<br />
cia da doença e de suas<br />
ção de testes genéticos<br />
em alguns países pelo<br />
complicações<br />
crônicas,<br />
MODY em larga escala<br />
baixo custo testes gené-<br />
bem como para a redu-<br />
para indivíduos suspei-<br />
ticos já são aplicados na<br />
ção dos custos gerados<br />
tos pode melhorar o<br />
forma de triagem. Faz-se<br />
sobre o sistema de saúde.<br />
tratamento do paciente<br />
portanto necessário um<br />
Conhecendo todas as va-<br />
diretamente. A triagem<br />
diagnóstico precoce, pre-<br />
riações de DM existentes,<br />
realizada de forma cor-<br />
ciso e implementação de<br />
como exemplo o DM tipo<br />
reta e os testes genéticos<br />
tratamento<br />
adequado,<br />
MODY e tendo condições<br />
para MODY entre pacien-<br />
conduzindo a uma uti-<br />
para diagnosticá-los de<br />
tes com DM fornecerão<br />
lização mais racional de<br />
forma adequada, tere-<br />
um modelo para identi-<br />
medicações, monitoriza-<br />
mos uma melhor qualida-<br />
ficar e distinguir formas<br />
ção do controle glicêmi-<br />
de em nossos pacientes<br />
altamente<br />
penetrantes<br />
co e acompanhamento<br />
e diminuição nos gastos<br />
de outras doenças com-<br />
médico, reduzindo os<br />
criados por subdiagnós-<br />
plexas comuns como o<br />
gastos em nosso sistema<br />
ticos e uso incorreto de<br />
DM tipo 1 e 2.<br />
público de saúde.<br />
38 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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GCK, HNF1A and HNF4A may be more frequent<br />
in MODY than previously assumed. Diabetologia.<br />
2014;57(3):480–484.<br />
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA DOENÇA<br />
CELÍACA: CONSIDERAÇÕES GERAIS<br />
Laboratory diagnosis of celiac disease: general considerations<br />
* Imagem ilustrativa<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Autor:<br />
1 - Francisco Eduardo Ferreira Alves<br />
2 - Cícero Lasaro Gomes Moreira<br />
1 - Biomédico pelo Centro Universitário Santa Maria UNIFSM; Mestre<br />
em Ciência e Tecnologia em Saúde pela UEPB; Especialista em<br />
Hematologia clínica pela UNILEÃO. Especialista em Microbiologia<br />
Clínica pela UNILEÃO. Pós-Graduado em Liderança e Gestão de<br />
Pessoas na Área da Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein.<br />
2 - Biomédico pelo Centro Universitário Santa Maria UNIFSM;<br />
Especialista em Hematologia Clínica pela UNILEÃO. Especialista em<br />
Bioquímica e Biologia Molecular pela UNILEÃO.<br />
Resumo<br />
Um diagnóstico preciso da doença celíaca é fundamental para<br />
garantir uma abordagem terapêutica adequada e melhorar a<br />
qualidade de vida dos indivíduos afetados. Objetivo: Este artigo<br />
de revisão tem como objetivo fornecer uma visão geral das considerações<br />
gerais relacionadas ao diagnóstico laboratorial da<br />
doença celíaca. Inicialmente, foram discutidos os fundamentos<br />
da doença, incluindo sua definição, fisiopatologia e a resposta<br />
imunológica desencadeada pelo glúten. Metodologia: Por<br />
meio de uma revisão literária serão sintetizadas e analisadas as<br />
evidências presentes em estudos sobre o tema, com ênfase no<br />
diagnóstico laboratorial e nas maiores dificuldades enfrentadas<br />
para tal. A busca por estudos relevantes foi realizada nas bases<br />
de dados eletrônicas Medline, SciElo e BVS – Biblioteca Virtual<br />
em Saúde, tendo como critérios de inclusão o período de 2008-<br />
2022, e os idiomas inglês, português e espanhol. Os termos de<br />
busca utilizados foram “Doença celíaca”, “Diagnóstico”, “Diagnóstico<br />
Laboratorial”, “Desafios”, “Glúten” e suas combinações.<br />
Resultados: A sorologia desempenha um papel crucial, com<br />
destaque para os marcadores de anticorpos, como a transglutaminase<br />
tecidual (tTG), o endomísio (EMA) e a gliadina (AGA).<br />
Além disso, discutimos a importância da endoscopia digestiva<br />
com biópsia e a interpretação dos resultados histológicos. Também<br />
são mencionados outros exames complementares, como<br />
testes genéticos e testes de provocação, os critérios diagnósticos<br />
atuais e as recomendações. Na sequência, destacamos as<br />
considerações na interpretação dos resultados dos exames laboratoriais,<br />
abordando a sensibilidade, especificidade e valores<br />
preditivos desses testes. Também são discutidos fatores que podem<br />
influenciar os resultados, como a idade do paciente e a ingestão<br />
de glúten. Conclusão: Em conclusão, ressalta-se a importância<br />
da correlação clínico-laboratorial para um diagnóstico<br />
preciso. O artigo busca aproximar o conhecimento abrangente<br />
para profissionais da saúde neste momento de diagnóstico, enfatizando<br />
a importância do diagnóstico laboratorial e a necessidade<br />
de atualizações contínuas diante dos avanços científicos e<br />
as demandas dos pacientes.<br />
Palavras-chaves: Diagnóstico; Diagnóstico laboratorial;<br />
Doença celíaca; Glúten.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
Abstract<br />
An accurate diagnosis of celiac disease is essential to ensure<br />
an adequate therapeutic approach and improve the<br />
quality of life of affected individuals. Objective: This review<br />
article aims to provide an overview of general considerations<br />
related to the laboratory diagnosis of celiac disease.<br />
Initially, the fundamentals of the disease were discussed,<br />
including its definition, pathophysiology and the immune<br />
response triggered by gluten. Methodology: Through a literary<br />
review, the evidence present in studies on the subject<br />
will be synthesized and analyzed, with emphasis on laboratory<br />
diagnosis and the greatest difficulties faced for this<br />
purpose. The search for relevant studies was carried out in<br />
the electronic databases Medline, SciElo and BVS – Virtual<br />
Health Library, using the period 2010-2022 as inclusion criteria,<br />
and the languages English, Portuguese and Spanish.<br />
The search terms used were “Celiac Disease”, “Diagnosis”,<br />
“Laboratory Diagnosis”, “Challenges”, “Gluten” and their<br />
combinations. Results: Serology plays a crucial role, with<br />
emphasis on antibody markers such as tissue transglutaminase<br />
(tTG), endomysium (EMA) and gliadin (AGA). In addition,<br />
we discuss the importance of digestive endoscopy with<br />
biopsy and the interpretation of histological results. Other<br />
complementary tests, such as genetic tests and provocation<br />
tests, current diagnostic criteria and recommendations<br />
are also mentioned. Next, we highlight the considerations<br />
in the interpretation of the results of laboratory tests, addressing<br />
the sensitivity, specificity and predictive values<br />
of these tests. Factors that may influence the results, such<br />
as the patient's age and gluten intake, are also discussed.<br />
Conclusion: In conclusion, the importance of clinical-laboratory<br />
correlation for an accurate diagnosis is highlighted.<br />
The article seeks to bring comprehensive knowledge closer<br />
to health professionals at this time of diagnosis, emphasizing<br />
the importance of laboratory diagnosis and the need<br />
for continuous updates in the face of scientific advances<br />
and patient demands.<br />
Keywords: Celiac disease; Diagnosis; Gluten; Laboratory<br />
diagnosis.<br />
45
Autor: Francisco Eduardo Ferreira Alves, Cícero Lasaro Gomes Moreira.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Introdução<br />
A doença celíaca é uma<br />
condição crônica do<br />
tornando uma mera batata<br />
frita, também imprópria<br />
ao nosso consumo<br />
fornecer o tratamento<br />
adequado e melhorar a<br />
qualidade de vida dos<br />
intestino delgado desen-<br />
(SERPA et al. 2018).<br />
pacientes afetados. Nos<br />
cadeada pela ingestão<br />
últimos anos, houve<br />
de glúten em indivíduos<br />
Ao longo dos anos, tor-<br />
avanços<br />
significativos<br />
geneticamente<br />
predis-<br />
nou-se evidente que a<br />
no desenvolvimento de<br />
postos. O glúten é o prin-<br />
doença celíaca é mais<br />
critérios diagnósticos e<br />
cipal causador da doença<br />
prevalente do que se<br />
testes sorológicos para<br />
celíaca e trata-se de uma<br />
suspeitava<br />
inicialmente,<br />
a doença celíaca. Além<br />
proteína<br />
naturalmente<br />
o que a torna um desa-<br />
disso, a identificação<br />
presente em 3 grãos: tri-<br />
fio significativo para os<br />
dos fatores genéticos<br />
go, cevada, centeio. O<br />
profissionais de saúde. A<br />
e ambientais que pre-<br />
glúten também é ampla-<br />
doença pode se manifes-<br />
dispõem à doença tem<br />
mente usado pela indús-<br />
tar com uma ampla gama<br />
contribuído para uma<br />
tria alimentícia como<br />
de sintomas, que variam<br />
melhor<br />
compreensão<br />
agente espessante, como<br />
desde sintomas gastroin-<br />
da sua etiologia. No<br />
“melhorador” de farinha,<br />
testinais, como diarreia<br />
entanto, apesar desses<br />
como substituto da car-<br />
e distensão abdominal,<br />
avanços, ainda existem<br />
ne em produtos vegeta-<br />
até manifestações extra<br />
desafios no diagnóstico<br />
rianos e até mesmo para<br />
intestinais, como anemia,<br />
da doença celíaca, como<br />
aumentar a quantidade<br />
osteoporose e distúrbios<br />
a presença de casos com<br />
de condimentos, além<br />
neurológicos (NASCIMEN-<br />
sintomas atípicos e a<br />
de ser adicionado a cal-<br />
TO et al. 2012).<br />
necessidade de um maior<br />
dos, molhos e feijão, para<br />
conhecimento por parte<br />
engrossá-los. Ele também<br />
O diagnóstico labora-<br />
dos profissionais de saú-<br />
pode estar presente no<br />
torial preciso da doen-<br />
de sobre a doença e seus<br />
óleo, onde salgadinhos e<br />
ça celíaca é de extre-<br />
métodos<br />
diagnósticos<br />
empanados foram fritos,<br />
ma importância para<br />
(RODRIGUES et al. 2013).<br />
46 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
47
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
A taxa de mortalidade<br />
associada à doença<br />
celíaca (DC) é aproxi-<br />
envolvendo uma população<br />
sueca, constatou-<br />
-se que 828 pacientes<br />
Araújo et al. (2022) reforçam<br />
que os sintomas se<br />
manifestam de maneiras<br />
madamente duas vezes<br />
com DC faleceram entre<br />
diferentes em cada indi-<br />
maior do que a taxa de<br />
1965 e 1994, e as prin-<br />
víduo, uma vez que exis-<br />
mortalidade por outras<br />
cipais<br />
malignidades<br />
tem fatores que podem<br />
causas na população<br />
associadas foram linfo-<br />
corroborar para que cada<br />
em geral, com a maio-<br />
ma, câncer de intesti-<br />
um desenvolva um sinto-<br />
ria dos óbitos ocor-<br />
no delgado e doenças<br />
ma de forma, intensidade<br />
rendo no primeiro ano<br />
autoimunes, como artri-<br />
e frequência diferente,<br />
após o diagnóstico da<br />
te reumatoide, doença<br />
principalmente de acor-<br />
doença<br />
(NASCIMEN-<br />
do tecido conjuntivo<br />
do com a idade de cada<br />
TO, 2012). As principais<br />
difuso e distúrbios alér-<br />
um. Além disso, os sin-<br />
causas de morte estão<br />
gicos, como asma.<br />
tomas associados à DC<br />
relacionadas principal-<br />
podem facilmente ser<br />
mente às malignidades<br />
Além disso, outras causas<br />
confundidos com outras<br />
intestinais. Um estudo<br />
de morte incluíram infec-<br />
comorbidades,<br />
como<br />
realizado por Cottone<br />
ções intestinais, diabetes<br />
constipação ou síndro-<br />
et al., com 228 adultos<br />
mellitus, distúrbios de<br />
me do intestino irritável,<br />
com DC em uma popu-<br />
deficiência imunológica,<br />
por exemplo (ARAÚJO<br />
lação<br />
mediterrânea,<br />
tuberculose, pneumonia<br />
et al. 2022). Dessa for-<br />
revelou que ocorreram<br />
e nefrite. Observou-se<br />
ma, somente os exames<br />
12 óbitos, 12 casos de<br />
um risco aumentado de<br />
podem comprovar e<br />
tumores e seis casos de<br />
mortalidade para todas as<br />
confirmar a presença da<br />
linfomas, em um inter-<br />
causas de óbito em con-<br />
doença celíaca, firman-<br />
valo de tempo entre o<br />
junto, principalmente em<br />
do o diagnóstico corre-<br />
diagnóstico da doen-<br />
casos de distúrbios carac-<br />
tamente e evitar que a<br />
ça e o óbito de, apro-<br />
terizados por deficiência<br />
doença se desenvolva<br />
ximadamente,<br />
quatro<br />
orgânica<br />
imunológica<br />
silenciosamente, sem o<br />
anos. Em uma pesquisa<br />
(NASCIMENTO, 2012).<br />
tratamento adequado.<br />
48 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Objetivo<br />
Este artigo de revisão tem<br />
como objetivo fornecer<br />
uma visão geral das considerações<br />
gerais relacionadas<br />
ao diagnóstico laboratorial<br />
da doença celíaca,<br />
principalmente a importância<br />
do diagnóstico preciso<br />
e precoce, visando<br />
evitar maiores complicações<br />
e auxiliar na qualidade<br />
de vida do paciente.<br />
A busca por estudos relevantes<br />
foi realizada nas<br />
bases de dados eletrônicas<br />
Medline, SciElo e BVS,<br />
tendo como critérios de<br />
inclusão o período de<br />
2010-2022, e os idiomas<br />
inglês, português e espanhol.<br />
Os termos de busca<br />
utilizados foram “Doença<br />
Celíaca”, “Diagnóstico<br />
laboratorial”, “Desafios”,<br />
“Glúten” e suas combina-<br />
ça Celíaca. Em seguida,<br />
os artigos selecionados<br />
passaram por uma leitura<br />
completa para verificar<br />
se atendiam aos<br />
critérios de inclusão pré-<br />
-definidos, que envolviam<br />
estudos empíricos,<br />
revisões sistemáticas e<br />
estudos de revisão conceitual<br />
que abordassem<br />
a temática proposta.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Metodologia<br />
Tendo em vista que o<br />
presente trabalho visa<br />
explorar o diagnóstico<br />
laboratorial da doença<br />
celíaca, optou-se por<br />
realizar uma revisão de<br />
literatura, uma vez que<br />
predomina analisar e<br />
sintetizar as evidências<br />
existentes o tema, com<br />
ênfase na identificação<br />
dos desafios e possibilidades<br />
associados<br />
ções. Além disso, foram<br />
consultadas referências<br />
de artigos relevantes e<br />
buscas manuais em revistas<br />
especializadas no<br />
campo das Práticas Integrativas<br />
e Complementares<br />
em Saúde.<br />
Inicialmente, os estudos<br />
foram selecionados com<br />
base na leitura dos títulos<br />
e resumos, buscando<br />
identificar aqueles que<br />
Resultados<br />
Os artigos selecionados<br />
para a presente amostra<br />
permitiram a análise<br />
do tema predominante<br />
entre os estudos já<br />
publicados: a dificuldade<br />
em reconhecimento<br />
e diagnóstico precoce<br />
da doença celíaca, o<br />
que tende a comprometer<br />
diretamente a qualidade<br />
de vida e saúde<br />
do paciente, podendo<br />
a essa prática de diag-<br />
abordavam diretamente<br />
desencadear em outras<br />
nóstico laboratorial.<br />
o diagnóstico da Doen-<br />
comorbidades.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
49
Autor: Francisco Eduardo Ferreira Alves, Cícero Lasaro Gomes Moreira.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
O quadro a seguir apresenta<br />
os principais artigos<br />
utilizados e os mais notáveis<br />
resultados observados<br />
em cada um deles.<br />
Quadro 1 – Artigos selecionados<br />
Discussão<br />
A doença celíaca continua<br />
sendo um desafio<br />
para os clínicos, conforme<br />
discutido por Pedro et al.<br />
(2008), devido à sua prevalência<br />
maior do que inicialmente<br />
suspeitada. A<br />
identificação dos fatores<br />
genéticos e ambientais<br />
envolvidos no desenvolvimento<br />
da doença tem<br />
sido objeto de interesse<br />
na investigação. Esses<br />
avanços na compreensão<br />
da doença e sua etiologia<br />
têm contribuído para um<br />
maior grau de suspeição<br />
e melhor acurácia dos<br />
testes sorológicos, resultando<br />
em um aumento<br />
na prevalência diagnosticada<br />
(SILVA; FURLANET-<br />
TO, 2010).<br />
Fonte: elaborado pelo autor, 2023<br />
No entanto, ainda existem<br />
desafios em relação ao<br />
diagnóstico de pacientes<br />
com sintomas extra intestinais<br />
ou não clássicos,<br />
como reforçam os autores.<br />
No contexto brasileiro,<br />
Nascimento et al. (2012)<br />
relataram um predomínio<br />
da forma clássica tardia<br />
da doença celíaca, em<br />
que o diagnóstico ocorre<br />
após os dois anos de<br />
50 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
wamadiagnostica.com.br<br />
IMUNO-RÁPIDO<br />
Tipagem Sanguínea ABO&RH<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
PRÉ-LANÇAMENTO<br />
0800 772 9977<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
/wamadiagnostica<br />
51
Autor: Francisco Eduardo Ferreira Alves, Cícero Lasaro Gomes Moreira.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
idade. Nesse sentido, é<br />
importante incentivar o<br />
monitoramento do desmame<br />
tardio e a introdução<br />
cuidadosa de alimentos<br />
com glúten, visando<br />
identificar e diagnosticar<br />
precocemente os casos<br />
de doença celíaca. Além<br />
disso, Andrade (2013) ressaltou<br />
a importância dos<br />
testes sorológicos, como<br />
o IgA-tTG e o IgA-EMA,<br />
na identificação dos indivíduos<br />
que necessitam<br />
de biópsia intestinal para<br />
o diagnóstico da doença<br />
celíaca. Atualmente, há<br />
várias alternativas terapêuticas<br />
em desenvolvimento,<br />
como probióticos,<br />
enzimas e Larazotida, que<br />
podem representar promissoras<br />
opções no futuro<br />
próximo, como mencionado<br />
pelo autor.<br />
A relevância da análise<br />
complementar de testes<br />
sorológicos e biópsia<br />
intestinal no diagnóstico<br />
da doença celíaca é<br />
destacada por Rodrigues<br />
(2013), apesar de a biópsia<br />
intestinal permanecer<br />
como padrão ouro<br />
para o diagnóstico da DC,<br />
nos últimos anos muitos<br />
pesquisadores têm<br />
procurado testes menos<br />
invasivos que complementariam<br />
o diagnóstico<br />
no rastreamento e na<br />
monitorização da dieta<br />
sem glúten. Os principais<br />
marcadores sorológicos<br />
utilizados são os seguintes<br />
anticorpos: antigliadina<br />
(AGA), antirreticulina<br />
(ARA), antiendomísio<br />
(EMA) e transglutaminase<br />
tecidual (tTG), que são<br />
os mais recentes.<br />
É essencial considerar<br />
tanto os aspectos clínicos<br />
quanto os resultados dos<br />
exames laboratoriais para<br />
um diagnóstico definitivo.<br />
Além disso, Siqueira<br />
et al. (2015) ressaltaram a<br />
importância de os alergistas<br />
considerarem a doença<br />
celíaca em pacientes<br />
com alergias alimentares<br />
não mediadas por IgE,<br />
deficiência seletiva de<br />
IgA e urticária crônica.<br />
Essa ampliação da conscientização<br />
sobre a doença<br />
celíaca e sua inclusão<br />
no escopo de diferentes<br />
especialidades médicas<br />
é crucial para garantir um<br />
diagnóstico precoce e<br />
adequado.<br />
Um dos desafios identificados<br />
na abordagem da<br />
doença celíaca é a falta de<br />
conhecimento por parte<br />
de muitos profissionais de<br />
saúde, como mencionado<br />
por Serpa et al. (2018).<br />
Essa lacuna de conhecimento<br />
pode resultar em<br />
diagnósticos tardios e<br />
comprometer a qualidade<br />
de vida dos pacientes afetados.<br />
Portanto, é essencial<br />
promover a educação<br />
e conscientização sobre a<br />
doença celíaca, não apenas<br />
entre médicos, mas<br />
também entre outros profissionais<br />
de saúde, como<br />
nutricionistas e enfermeiros,<br />
a fim de facilitar<br />
um diagnóstico precoce<br />
e adequado, bem como<br />
uma abordagem terapêutica<br />
apropriada para<br />
melhorar o prognóstico e<br />
a qualidade de vida dos<br />
pacientes afetados.<br />
Os testes laboratoriais<br />
sorológicos desempenham<br />
um papel crucial<br />
no diagnóstico da doença<br />
celíaca (DC), ajudando<br />
a selecionar os pacientes<br />
que necessitam de<br />
biópsia intestinal e a<br />
confirmar o diagnóstico<br />
52 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
quando uma enteropatia<br />
é identificada. Esses<br />
testes podem ser divididos<br />
em duas categorias:<br />
os autoanticorpos,<br />
como o antiendomísio<br />
(EMA) e a antitransglutaminase<br />
tecidual (tTG),<br />
e os anticorpos direcionados<br />
contra o agente<br />
agressor, como a gliadina.<br />
Esses anticorpos são<br />
predominantemente da<br />
classe IgA ou IgG1. Devido<br />
à alta probabilidade<br />
de deficiência de IgA<br />
em pacientes com DC, é<br />
essencial solicitar a dosagem<br />
da IgA total junto<br />
com os testes sorológicos<br />
(SIQUEIRA et al. 2015). Os<br />
testes baseados em IgG<br />
são úteis na detecção da<br />
DC em pacientes com<br />
deficiência de IgA.<br />
A escolha de realizar<br />
a triagem com a dosagem<br />
de anticorpos IgA<br />
antitransglutaminase<br />
é baseada em sua alta<br />
sensibilidade (95%),<br />
especificidade (95%)<br />
e custo relativamente<br />
baixo2,3,6,10. Para a<br />
investigação dos anticorpos<br />
IgA antiendomísio,<br />
utiliza-se a técnica<br />
de imunofluorescência<br />
indireta, na qual o anticorpo<br />
antiendomísio se<br />
liga ao endomísio, produzindo<br />
um padrão de<br />
coloração característico.<br />
O resultado é relatado<br />
como positivo ou<br />
negativo. Embora seja<br />
um teste sensível (80%)<br />
e altamente específico<br />
(100%) para DC, é um<br />
exame mais caro e que<br />
depende da habilidade<br />
do observador (BAI et<br />
al. 2013).<br />
Os testes para anticorpos<br />
IgA e IgG antigliadina<br />
têm sensibilidade<br />
e especificidade moderadas,<br />
e atualmente<br />
não são recomendados<br />
rotineiramente para o<br />
diagnóstico da doença<br />
celíaca. Já os anticorpos<br />
IgA e IgG para peptídeos<br />
sintéticos de gliadina<br />
deaminada (DPG)<br />
apresentam alta sensibilidade,<br />
porém baixa<br />
especificidade. Estudos<br />
têm demonstrado que<br />
a detecção da classe IgG<br />
é altamente sensível e<br />
específica para a suspeita<br />
geral de DC (SIQUEI-<br />
RA et al. 2015).<br />
Quando um paciente<br />
apresenta quadro clínico<br />
fortemente sugestivo de<br />
DC, mas possui a IgA anti-<br />
-TG2 negativa com IgA<br />
normal, devemos considerar<br />
a possibilidade de<br />
um resultado falso negativo.<br />
Essa situação pode<br />
acontecer em casos de<br />
dieta com pouca ingesta<br />
de glúten, enteropatia<br />
perdedora de proteína,<br />
uso de medicação imunossupressora<br />
e crianças<br />
abaixo de 2 anos de idade<br />
(BAI et al. 2013).<br />
Por outro lado, a IgA anti-<br />
-TG2 pode estar levemente<br />
aumentada em outras<br />
patologias como doenças<br />
autoimunes, infecções,<br />
tumores, lesão miocárdica,<br />
desordens hepáticas e psoríase<br />
(HUSBY et al. 2012).<br />
Silva e Furlanetto (2010)<br />
reforçam a importância<br />
de que, em casos com<br />
alta suspeição de DC,<br />
porém com testes persistentemente<br />
negativos,<br />
os indivíduos realizem<br />
tipagem para HLA e, se<br />
positivos, devem recorrer<br />
à biópsia duodenal ou,<br />
alternativamente, realizar<br />
diretamente a biópsia.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
53
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Conclusão<br />
Com base nas informações<br />
abordadas neste<br />
estudo, fica evidente a<br />
importância do diagnóstico<br />
laboratorial da<br />
doença celíaca como um<br />
passo fundamental para<br />
a identificação e manejo<br />
adequado dessa condição.<br />
Através dos testes<br />
sorológicos é possível<br />
selecionar os pacientes<br />
que necessitam de biópsia<br />
intestinal, bem como<br />
confirmar o diagnóstico<br />
em casos em que uma<br />
enteropatia é detectada.<br />
A utilização de testes<br />
como o anticorpo<br />
antitransglutaminase<br />
(tTG), com sua alta sensibilidade<br />
e especificidade,<br />
desempenha um<br />
papel crucial na triagem<br />
e identificação de indivíduos<br />
com suspeita de<br />
doença celíaca.<br />
Além disso, o diagnóstico<br />
laboratorial precoce da<br />
DC é essencial para evitar<br />
atrasos no tratamento<br />
e prevenir complicações<br />
futuras. A detecção oportuna<br />
permite o início de<br />
uma dieta isenta de glúten,<br />
o que ajuda a controlar<br />
os sintomas, prevenir<br />
danos ao intestino delgado<br />
e melhorar a qualidade<br />
de vida dos pacientes. O<br />
diagnóstico precoce também<br />
é importante para a<br />
identificação de manifestações<br />
atípicas da doença<br />
celíaca, que podem não<br />
apresentar os sintomas<br />
intestinais clássicos, mas<br />
ainda assim exigem intervenção<br />
e acompanhamento<br />
adequados.<br />
Portanto, considerando a<br />
importância do diagnóstico<br />
laboratorial da doença,<br />
é fundamental promover o<br />
conhecimento sobre essa<br />
condição entre os profissionais<br />
de saúde, a fim de<br />
garantir uma abordagem<br />
adequada e direcionada<br />
aos pacientes. A colaboração<br />
entre médicos, laboratórios<br />
de análises clínicas e<br />
serviços especializados é<br />
essencial para estabelecer<br />
protocolos de diagnóstico<br />
eficientes e garantir um<br />
cuidado abrangente aos<br />
indivíduos com suspeita<br />
ou diagnóstico de doença<br />
celíaca. Somente por<br />
meio de um diagnóstico<br />
precoce e preciso, aliado<br />
a um tratamento adequado,<br />
pode-se melhorar<br />
a qualidade de vida dos<br />
pacientes que sofram deste<br />
mal e, ainda, minimizar<br />
o impacto dessa condição<br />
em seu bem-estar geral.<br />
Referências<br />
ANDRADE, R. M. F. Sistema Integrado Biblioteca<br />
ULisboa, 2013.<br />
ARAÚJO, D. C.; CISNE, M. A.; FILHO, G. S. O.; et al.<br />
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de Relatos de Casos. Rev. Faculdade de Medicina<br />
de Teresópolis, v.6, n.1, 2022.<br />
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Introduction and Risk of Celiac Disease. PEDIA-<br />
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BAI, J. C.; FRIED, M.; CORAZZA, G. R. et al. World Gastroenterology<br />
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54 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
55
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
PERFIL DE HEMOCULTURAS REALIZADAS EM<br />
UM LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA DE NATAL -RN<br />
Autores:<br />
Larissa Esteves Mesquita, Jéssica Mirelly Alves da Silva, José<br />
Ferreira da Cunha Neto e Renato Motta Neto.<br />
Universidade Federal do Rio Grande do Norte<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
Introdução: A hemocultura é considerada o padrão ouro para o<br />
diagnóstico das infecções da corrente sanguínea, a qual permite<br />
a identificação do microrganismo e realização dos testes de<br />
suscetibilidade aos antimicrobianos. Objetivos: Determinar a<br />
frequência e o perfil de resistência de isolados microbianos de<br />
hemoculturas positivas de um laboratório particular em Natal,<br />
Rio Grande do Norte. Material e métodos: Fez-se uma análise<br />
descritiva no banco de dados de hemoculturas realizadas no<br />
período de 01 de janeiro de 2021 a 31 de janeiro de 2022, na<br />
qual calculou-se a frequência destes resultados, das espécies<br />
bacterianas isoladas, e seus respectivos perfis de resistência.<br />
Resultados e discussão: Durante o período estudado, 9,08%<br />
(189) das hemoculturas apresentaram resultado positivo para<br />
crescimento de algum microrganismo. Deste valor, 50,26%<br />
(95) correspondiam a bactérias Gram negativos, 42,32% (80)<br />
para Gram positivos, e 7,40% (14) para leveduras. Dos isolados<br />
bacterianos, o mais prevalente foi Staphylococcus coagulase<br />
negativa, seguido de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae.<br />
61,64% dos Gram positivos apresentaram maior resistência para<br />
Eritromicina, seguido de 60,56% para Oxacilina e 52,70% para<br />
Clindamicina. Para Gram negativos, 56,81% apresentaram maior<br />
resistência para Ampicilina-sulbactam, seguido de 42,86% para<br />
Ceftriaxona e 39,32% para Ciprofloxacina. Conclusão: Este<br />
estudo fornece dados importantes sobre a frequência e o<br />
perfil de resistência de isolados microbianos em hemoculturas,<br />
contribuindo para o conhecimento local das infecções da<br />
corrente sanguínea. Essas informações podem auxiliar na<br />
escolha adequada de antimicrobianos e no desenvolvimento<br />
de estratégias de controle de infecção mais eficazes, visando a<br />
prevenção e o tratamento adequado dessas infecções.<br />
Palavras-chaves: Infecção bacteriana; Infecção da corrente<br />
sanguínea; Hemocultura; Resistência bacteriana.<br />
Abstract<br />
Introduction: Blood culture is considered the gold standard<br />
for the diagnosis of bloodstream infections, which allows<br />
the identification of the microorganism and performance of<br />
antimicrobial susceptibility tests. Objectives: To determine<br />
the frequency and resistance profile of microbial isolates from<br />
positive blood cultures from a private laboratory in Natal,<br />
Rio Grande do Norte. Material and methods: A descriptive<br />
analysis was performed on the blood cultures database<br />
carried out from January 1, 2021 to January 31, 2022, in<br />
which the frequency of these results, the bacterial species<br />
isolated, and their respective resistance profiles. Results and<br />
discussion: During the study period, 9.08% (189) of the blood<br />
cultures showed a positive result for the growth of some<br />
microorganism. Of this value, 50.26% (95) corresponded<br />
to Gram negative bacteria, 42.32% (80) to Gram positive,<br />
and 7.40% (14) to yeast. Of the bacterial isolates, the most<br />
prevalent was coagulase-negative Staphylococcus, followed<br />
by Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae. 61.64% of<br />
Gram positives showed greater resistance to Erythromycin,<br />
followed by 60.56% to Oxacillin and 52.70% to Clindamycin.<br />
For Gram negatives, 56.81% showed greater resistance to<br />
Ampicillin-sulbactam, followed by 42.86% to Ceftriaxone<br />
and 39.32% to Ciprofloxacin. Conclusion: This study<br />
provides important data on the frequency and resistance<br />
profile of microbial isolates in blood cultures, contributing<br />
to local knowledge of bloodstream infections. This<br />
information can help in the appropriate choice of<br />
antimicrobials and in the development of more effective<br />
infection control strategies, aiming at the prevention and<br />
adequate treatment of these infections.<br />
Keywords: Bacterial infection; Bloodstream infection; Blood<br />
culture; Bacterial resistance.<br />
56 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Introdução<br />
Infecções da corrente<br />
sanguínea (ICS) são um<br />
grave problema de saúde,<br />
resultantes da presença<br />
de microrganismos<br />
na corrente sanguínea.<br />
O sangue, em condições<br />
normais, é estéril e livre<br />
de microrganismos vivos.<br />
Em situações de infecção,<br />
a presença de bactérias<br />
ou fungos podem levar<br />
ao desenvolvimento de<br />
bacteremia ou fungemia.<br />
Embora a presença transitória<br />
e autolimitada de<br />
bactérias no sangue possa<br />
não ser significativa,<br />
uma evolução para ICS<br />
pode desencadear sintomas<br />
como febre, sepse<br />
e até mesmo choque<br />
séptico. a comprovação<br />
da infecção no sangue é<br />
imprescindível diante da<br />
importância de investigar<br />
patologias complexas,<br />
uma vez que as ICS estão<br />
interligadas com altas<br />
taxas de mortalidade 1,2 .<br />
Quando a bacteremia<br />
desenvolve-se para uma<br />
Figura 1. Frequência dos isolados de cocos Gram positivos.<br />
Legenda: SCN - Staphylococcus coagulase negativa.<br />
Fonte: Autoria própria, 2022.<br />
ICS, pode provocar a<br />
sepse 5 . A sepse corresponde<br />
a uma inflamação<br />
circulatória sistêmica<br />
derivada de um processo<br />
infeccioso da corrente<br />
sanguínea e que pode<br />
levar à septicemia.<br />
Cerca de 40-50% dos<br />
pacientes diagnosticados<br />
com sepse recebem<br />
resultados positivos de<br />
hemocultura. O acompanhamento<br />
e diagnóstico<br />
precoce está intimamente<br />
relacionado à redução<br />
da mortalidade associada<br />
a essa condição, e assim o<br />
diagnóstico laboratorial<br />
mais avançado, fidedigno<br />
e rápido mostra-se um<br />
método indispensável 3,4 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
57
Autoras: Larissa Esteves Mesquita, Jéssica Mirelly Alves da Silva, José Ferreira da Cunha Neto<br />
e Renato Motta Neto.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
As ICS causadas por fungos<br />
ou bactérias têm<br />
altas taxas de morbidade<br />
e mortalidade em todo<br />
o mundo. Estima-se que<br />
anualmente ocorram<br />
mais de 30 milhões de<br />
casos de sepse, resultando<br />
em cerca de 6 milhões<br />
de mortes. A sepse foi<br />
declarada uma prioridade<br />
de saúde global pela<br />
Organização Mundial<br />
da Saúde (OMS), e o uso<br />
indiscriminado de antibióticos<br />
tem contribuído<br />
para o aumento da<br />
resistência bacteriana,<br />
tornando ainda mais<br />
urgente o combate a esse<br />
problema 5,18 .<br />
Figura 2. Frequência das resistências apresentadas pelos isolados de<br />
cocos Gram positivos diante das classes de antimicrobianos testados.<br />
A hemocultura é o<br />
padrão ouro para o diagnóstico<br />
de ICS e um dos<br />
principais procedimentos<br />
na rotina microbiológica<br />
clínica. Consiste<br />
no cultivo de amostras<br />
de sangue para isolar e<br />
identificar os microrganismos<br />
causadores da<br />
infecção 6 . A coleta adequada<br />
e a antissepsia são<br />
fundamentais para obter<br />
resultados confiáveis<br />
7<br />
. Os laboratórios que<br />
possuem a automação<br />
em hemocultura apresentam<br />
um desempenho<br />
bastante elevado na<br />
detecção dos mais variados<br />
microrganismos 1,6,8 .<br />
Diversos microrganismos<br />
estão associados a infecções<br />
da corrente sanguínea.<br />
Estudos mostraram<br />
que Staphylococcus coagulase<br />
negativa (SCN),<br />
Staphylococcus aureus<br />
e Escherichia coli são os<br />
patógenos mais comumente<br />
encontrados. Compondo<br />
as 10 principais<br />
espécies bacterianas mais<br />
isoladas, estão incluídos<br />
Klebsiella pneumoniae,<br />
Pseudomonas aeruginosa,<br />
Enterococcus faecalis,<br />
Enterobacter cloacae,<br />
Streptococcus pneumoniae,<br />
Enterococcus faecium<br />
e Acinetobacter<br />
2,9,10,11,12<br />
baumannii . As<br />
espécies mais identificadas<br />
em casos clínicos de<br />
fungemia são Candida<br />
spp., Trichosporon beigelii,<br />
Fusarium spp., Malassezia<br />
spp. e zigomicetos 13,14 .<br />
58 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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Autoras: Larissa Esteves Mesquita, Jéssica Mirelly Alves da Silva, José Ferreira da Cunha Neto<br />
e Renato Motta Neto.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
As Infecções Relacionadas<br />
à Assistência à Saúde<br />
(IRAS) afetam diretamente<br />
a morbimortalidade<br />
de pacientes internados,<br />
principalmente em Unidades<br />
de Terapia Intensiva<br />
(UTIs), resultando em<br />
impactos na letalidade<br />
hospitalar, tempo de<br />
internação, ocorrência<br />
de sequelas e custos. A<br />
resistência bacteriana é<br />
um fator relevante nessa<br />
problemática, sendo<br />
resultado do uso indevido<br />
de antimicrobianos e<br />
do surgimento de microrganismos<br />
resistentes 15,16 .<br />
A resistência bacteriana<br />
é uma preocupação<br />
global, com previsões<br />
alarmantes de mortes<br />
relacionadas a infecções<br />
multirresistentes. O uso<br />
irracional de antimicrobianos<br />
contribui para a<br />
disseminação de espécies<br />
resistentes, tanto<br />
em hospitais quanto em<br />
outros ambientes. Entre<br />
as bactérias mais preocupantes<br />
estão aquelas<br />
incluídas no acrônimo<br />
“ESKAPE-E”, como E. faecium,<br />
S. aureus, K. pneumoniae,<br />
A. baumannii e<br />
P. aeruginosa, Enterobacter<br />
spp. e E. coli 17,19,20,21 .<br />
A resistência bacteriana<br />
pode ocorrer por diferentes<br />
mecanismos, afetando<br />
a parede celular, membrana<br />
citoplasmática, síntese<br />
proteica, ácidos nucleicos<br />
e o metabolismo celular<br />
34 . Dentre as espécies<br />
bacterianas mais relacionadas<br />
à resistência estão<br />
os Staphylococcus aureus<br />
resistentes à meticilina<br />
(MRSA), Enterococcus<br />
resistentes à vancomicina<br />
(VRE), Enterobactérias<br />
produtoras de beta-lactamase<br />
de espectro estendido<br />
(ESBL) e outros Gram<br />
negativos produtores de<br />
carbapenemase (KPC) 22,23 .<br />
Essas infecções estão frequentemente<br />
relacionadas<br />
a cuidados de saúde,<br />
destacando a importância<br />
das medidas de prevenção<br />
e controle. Conscientizar<br />
a população<br />
sobre a sepse e promover<br />
a adoção de práticas adequadas<br />
de diagnóstico<br />
e tratamento são essenciais<br />
para reduzir a morbimortalidade<br />
associada<br />
a essas infecções.<br />
À luz dos fatos expostos,<br />
o presente trabalho<br />
optou em realizar um<br />
estudo para determinar<br />
a frequência etiológica<br />
e o perfil de resistência<br />
dos isolados bacterianos<br />
de hemoculturas positivas<br />
em um laboratório<br />
particular da cidade de<br />
Natal, RN, durante 01 de<br />
janeiro de 2021 a 31 de<br />
janeiro de 2022. Este trabalho<br />
permitiu realizar<br />
a identificação do perfil<br />
bacteriológico de hemoculturas<br />
positivas, análise<br />
do perfil de resistência e<br />
suscetibilidade aos antimicrobianos<br />
dos microrganismos<br />
isolados de<br />
hemoculturas positivas e<br />
60 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
evidenciar os principais<br />
mecanismos de resistência<br />
identificados nos<br />
microrganismos isolados.<br />
Figura 3. Frequência dos isolados bacterianos Gram negativos.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Materiais e Métodos<br />
Trata-se de um estudo<br />
transversal, não<br />
paramétrico e analítico,<br />
de natureza retrospectiva,<br />
realizado a partir<br />
da análise de 2080<br />
amostras de hemoculturas<br />
identificadas em<br />
um laboratório particular<br />
da cidade de Natal,<br />
RN. A identificação (ID)<br />
e o teste de susceptibilidade<br />
aos agentes antimicrobianos<br />
(TSA) do<br />
microrganismo isolado<br />
derivado de hemocultura<br />
positiva foram<br />
realizados de maneira<br />
automatizada pelo sistema<br />
Vitek 2 Compact®,<br />
através de diferentes<br />
métodos para a análise<br />
de cartões VITEK® 2 ID/<br />
AST. O equipamento<br />
fornece interpretação<br />
categórica de concentração<br />
inibitória mínima<br />
(CIM) de diferentes<br />
antimicrobianos com<br />
base nos critérios de<br />
interpretação do BrCast<br />
24,25,27<br />
.<br />
Compondo critérios de<br />
inclusão e exclusão, o<br />
estudo restringiu-se na<br />
notificação etiológica de<br />
bactérias isoladas e seus<br />
respectivos resultados<br />
dos antimicrobianos testados<br />
de todas as amostras<br />
de hemoculturas<br />
positivas no período de 1<br />
ano e 1 mês (01 de janeiro<br />
de 2021 a 31 de janeiro<br />
de 2022). Não foram<br />
incluídas hemoculturas<br />
derivadas de período<br />
diferente do analisado<br />
no estudo ou qualquer<br />
outro tipo de cultura.<br />
Os dados foram obtidos<br />
por meio de consulta<br />
a banco de dados eletrônico<br />
e a registros de<br />
forma física. O banco<br />
de dados virtual é disponibilizado<br />
através do<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
61
Autoras: Larissa Esteves Mesquita, Jéssica Mirelly Alves da Silva, José Ferreira da Cunha Neto<br />
e Renato Motta Neto.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
software Biomerieux<br />
que está conectado<br />
aos equipamentos de<br />
automação Bact Alert<br />
e Vitek 2 Compact® do<br />
laboratório, onde estão<br />
os relatórios provenientes<br />
dos resultados das<br />
análises e testagem<br />
das amostras colocadas<br />
em curso nos aparelhos.<br />
Para esse estudo,<br />
extraiu-se do banco de<br />
dados do Laboratório<br />
somente os dados referentes<br />
à hemocultura, o<br />
microrganismo isolado<br />
e seu respectivo Teste<br />
de Sensibilidade a Antimicrobianos.<br />
Todos os dados e gráficos<br />
foram gerados e<br />
organizados em planilhas<br />
específicas criadas<br />
no Microsoft® Excel®<br />
versão 2010, com valores<br />
absolutos e em percentuais.<br />
As bactérias<br />
multirresistentes foram<br />
definidas de acordo<br />
com a Agência Nacional<br />
de Vigilância Sanitária 7 .<br />
Figura 4. Frequência de bactérias Gram negativos classificadas como<br />
fermentador ou não fermentador.<br />
Condições éticas: seguindo<br />
as normas estabelecidas<br />
na Resolução Nº 510,<br />
de 1 de abril de 2016,<br />
do Conselho Nacional<br />
de Saúde do Ministério<br />
da Saúde, a qual dispõe<br />
sobre as normas aplicáveis<br />
a pesquisas em Ciências<br />
Humanas e Sociais<br />
cujos procedimentos<br />
metodológicos envolvam<br />
a utilização de informações<br />
identificáveis, em<br />
nenhum momento o presente<br />
estudo fez menção<br />
ao sujeito da pesquisa.<br />
Resultados e Discussões<br />
Foram analisadas 2080<br />
hemoculturas. As amostras<br />
que não apresentaram<br />
resultado negativo<br />
e nenhum crescimento<br />
microbiano totalizaram<br />
1891 (90,91%), e 189<br />
(9,08%) apresentaram<br />
resultados positivos com<br />
crescimento de algum<br />
microrganismo. Este<br />
resultado demonstra-se<br />
compatível com um estudo<br />
realizado por Ruschel<br />
et al., 2017 28 em uma<br />
pesquisa de frequência<br />
de hemoculturas positivas<br />
em Caxias do Sul,<br />
RS, em que foram analisadas<br />
2.832 amostras de<br />
hemoculturas. Destas,<br />
2.584 (91,2%) apresentaram<br />
resultado negativo<br />
e 248 (8,8%) foram consideradas<br />
positivas para<br />
algum patógeno. Em<br />
contrapartida, Oliveira<br />
et al., 201929 analisaram<br />
943 hemoculturas, das<br />
62 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
quais 758 (80,39%) foram<br />
negativas e 185 (19,61%)<br />
positivas, o que confere a<br />
este estudo um pequeno<br />
número de positividade.<br />
Figura 5. Frequência das resistências apresentadas pelos isolados de<br />
bacilos Gram negativos diante das classes de antimicrobianos testados.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Dentre as 189 hemoculturas<br />
positivas, 95<br />
(50,26%) apresentaram<br />
resultados positivos<br />
correspondentes a bactérias<br />
pertencentes ao<br />
grupo de Gram negativos,<br />
80 (42,32%) para<br />
Gram positivos e 14<br />
(7,40%) para leveduras.<br />
Dentre as 175 hemoculturas<br />
positivas para<br />
bactérias, ocorreu uma<br />
maior frequência de<br />
bactérias Gram negativos<br />
(54,28%) em relação<br />
às bactérias Gram<br />
positivas (45,71%). Em<br />
discordância, estudos<br />
realizados no Hospital<br />
das Clínicas da UFPE 2 9<br />
e no Hospital Escola<br />
de Goiânia-GO 30 apresentaram<br />
maior prevalência<br />
de bactérias<br />
Gram positivas.<br />
Das Gram positivas, Staphylococcus<br />
coagulase<br />
negativa demonstrou-se<br />
o mais frequente, com<br />
57 (32,57%) isolados<br />
bacterianos, seguido<br />
de 23 Escherichia coli<br />
(13,14%), 22 Klebsiella<br />
pneumoniae (12,57%),<br />
17 Acinetobacter baumannii<br />
(9,71%) e 14 Staphylococcus<br />
aureus (8%).<br />
Oliveira et al., 2019 29<br />
apresentaram em seu<br />
estudo que Staphylococcus<br />
aureus apresentaram<br />
o maior percentual<br />
(21,62%), seguidos por<br />
Staphylococcus coagulase<br />
negativa (20,54%),<br />
Klebsiella pneumoniae<br />
(9,72%), Escherichia coli<br />
(7,56%), Acinetobacter<br />
baumannii (6,48%), e<br />
outros. Entretanto, Ruschel<br />
et al., 2017 28 relataram<br />
maior frequência<br />
de Staphylococcus coagulase<br />
negativa (45,6%),<br />
reafirmando o resultado<br />
do presente estudo.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
63
Autoras: Larissa Esteves Mesquita, Jéssica Mirelly Alves da Silva, José Ferreira da Cunha Neto<br />
e Renato Motta Neto.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Com relação aos agentes<br />
etiológicos, o presente<br />
estudo indicou uma frequência<br />
maior do gênero<br />
Staphylococcus sp., sendo<br />
71 (40,57%) isolados<br />
bacterianos, conforme<br />
também apontam outros<br />
trabalhos. No estudo<br />
elaborado por Ruschel<br />
et al., 2017 28 , os microrganismos<br />
do gênero Staphylococcus<br />
sp. também<br />
foram responsáveis pela<br />
maioria das infecções<br />
bacterianas, identificado<br />
em 150 (56,6%) das 248<br />
amostras de hemocultura<br />
positivas, corroborando<br />
os resultados.<br />
Diante da prevalência<br />
de estafilococos classificados<br />
quanto a produção<br />
de coagulase, o grupo<br />
de SCN representou<br />
o total de 57 (30,16%)<br />
isolados bacterianos.<br />
Corroborando com este<br />
resultado, dados referentes<br />
com um estudo<br />
em Goiânia30 também<br />
demonstraram que isolados<br />
de S. coagulase<br />
negativa foram mais<br />
expressivos (23,50%).<br />
Compondo o grupo de<br />
SCN, a espécie de maior<br />
prevalência foi o Staphylococcus<br />
epidermidis,<br />
correspondendo a<br />
21 (12%) isolados. Outro<br />
estudo realizado na UTI<br />
Neonatal de um Hospital<br />
na cidade de Anápolis<br />
corrobora com este<br />
resultado, uma vez que S.<br />
epidermidis foi o SCN de<br />
maior prevalência, correspondendo<br />
a 41% do<br />
total das amostras 31 .<br />
Dentre as resistências<br />
apresentadas em cada<br />
isolado testado, 45<br />
(61,64%) bactérias pertencentes<br />
ao grupo de<br />
Gram positivos apresentaram<br />
resistência para<br />
Eritromicina, 43 (60,56%)<br />
para Oxacilina, 39<br />
(52,70%) para Clindamicina,<br />
35 (44,3%) para Levofloxacina,<br />
25 (35,21%)<br />
para Gentamicina, 17<br />
(23,61%) para Sulfametoxazol-Trimetoprima,<br />
14 (19,44%) para Rifampicina,<br />
1 (1,44%) para<br />
Daptomicina. Nenhum<br />
isolado bacteriano (0%)<br />
apresentou resistência<br />
para Cefotaxima, Ceftarolina,<br />
Linezolida, Moxifloxacina,<br />
Penicilinas,<br />
Teicoplaninas, Benzil<br />
penicilina e Vancomicina.<br />
A resistência dos SCN<br />
à Oxacilina, antibiótico<br />
pertencente ao grupo<br />
das Penicilinas, vem sendo<br />
relatada por alguns<br />
estudos. Alexandrino et<br />
al., 2021 32 demonstraram<br />
que aproximadamente<br />
80% de SCN isolados em<br />
hemocultura apresentaram<br />
este tipo de resistência.<br />
SEO et al., 2018 33 relatou<br />
88,5% de resistência<br />
de SCN à Oxacilina em<br />
análise de ICS associada<br />
a cateteres centrais. O<br />
atual estudo analisou 41<br />
66 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
(71,92%) isolados de SCN<br />
que também mostraram-<br />
-se resistentes à Oxacilina<br />
(MRS), corroborando os<br />
resultados e apresentando<br />
alta resistência.<br />
De 14 isolados de S.<br />
aureus, apenas 3 cepas<br />
(21,4%) foram consideradas<br />
MRSA por expressarem<br />
resistência à oxacilina.<br />
Estas mesmas<br />
bactérias foram consideradas<br />
como multirresistentes,<br />
seguindo<br />
as recomendações de<br />
classificação da ANVI-<br />
SA 7,26 . Nenhum Enterococcus<br />
apresentou-se<br />
resistente a Vancomicina<br />
ou Teicoplanina. No<br />
trabalho realizado por<br />
Oliveira et al., 2019 29 ,<br />
houve um maior percentual<br />
de resistência<br />
à Oxacilina (80%). Para<br />
o tratamento destas<br />
cepas MRSA, deve ser<br />
administrado um antibiótico<br />
mais vigoroso,<br />
como a Vancomicina.<br />
A Vancomicina foi testada<br />
em 13 das 14 espécies<br />
de Gram positivos, dentre<br />
elas os estafilococos<br />
que apresentaram resistência<br />
ao antimicrobiano<br />
Oxacilina. Os resultados<br />
mostraram que a<br />
Vancomicina apresentou-se<br />
efetiva em todas<br />
as amostras testadas.<br />
Com relação aos antibióticos<br />
usados para<br />
Gram-positivos, houve<br />
alta sensibilidade para<br />
Linezolida, Teicoplanina,<br />
Vancomicina (100%),<br />
seguido de Daptomicina<br />
(98,55%) e Rifampicina<br />
(80,55%). Esses dados<br />
são reafirmados quando<br />
comparados a Oliveira et<br />
al., 2019 29 , como o que<br />
afirma sensibilidade para<br />
Linezolida e Daptomicina,<br />
Vancomicina (98,79%)<br />
e Rifampicina (80,00%).<br />
O mesmo estudo de<br />
Oliveira et al., 2019 29<br />
apresentou resistência<br />
de Gram positivos para<br />
Ampicilina (93%), juntamente<br />
com Oxacilina<br />
(80,00%), Eritromicina<br />
(71,24%) e Sulfametoxazol-trimetoprima<br />
(44,90%), Clindamicina<br />
(61,04%) e Levofloxacino<br />
(45,46%). Comparado<br />
aos antibióticos usados,<br />
no presente estudo houve<br />
menor percentual de<br />
resistência para os mesmos<br />
antibióticos, Eritromicina<br />
(61,64%), seguido<br />
de Oxacilina (60,56%),<br />
Clindamicina (52,70%),<br />
e Levofloxacina (44,3%).<br />
Sulfametoxazol-trimetoprima<br />
apresentou resistência<br />
inferior comparado<br />
aos demais (23,61%).<br />
Dentre os antibióticos<br />
usados para Gram-negativos,<br />
Oliveira et al., 2019 29<br />
demonstraram que estes<br />
expressaram maior percentual<br />
de sensibilidade<br />
à Amicacina (76,63%),<br />
seguida do Imipenem<br />
(69,56%), Meropenem<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
67
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
(68,42%) e Piperacilina-<br />
-tazobactam (66,10%).<br />
Estes mesmos antimicrobianos<br />
obtiveram o percentual<br />
de sensibilidade<br />
de 88,57% para Imipenem,<br />
81,18% para Amicacina,<br />
80% para Meropenem<br />
e 67,69% para<br />
Piperacilina-tazobactam,<br />
apresentando um perfil<br />
superior de sensibilidade<br />
no presente estudo.<br />
Quanto ao perfil de<br />
resistência, das resistências<br />
apresentadas pelos<br />
Gram negativos, o maior<br />
perfil foi representado<br />
por Ampicilina-sulbactam<br />
(56,81%), seguido<br />
de Ceftriaxona (42,86%),<br />
Ciprofloxacina (39,32%),<br />
Cefepime (36,23%),<br />
Piperacilina-Tazobactam<br />
(32,31%) e Gentamicina<br />
(30,59%). O resultado<br />
apresentado é compatível<br />
quando comparado a<br />
Oliveira et al., 2019 29 , que<br />
afirma ter como maior<br />
expressão de resistência<br />
a Ampicilina/sulbactam<br />
(78,69%) e Ciprofloxacina<br />
(54,93%), e um percentual<br />
semelhante de<br />
Piperacilina-Tazobactam<br />
(33,90%), e superior de<br />
Gentamicina (50%).<br />
Entre as enterobactérias,<br />
Ruschel et al. 28 ,<br />
2017 observaram maior<br />
resistência aos antibióticos<br />
Ampicilina (88,7%),<br />
Cefalotina (69%) e Sulfametoxazol-trimetoprima<br />
(65,8%). Houve maior<br />
resistência para Ampicilina-Sulbactam<br />
(56,82%),<br />
seguido de Ciprofloxacina<br />
(46,42%) e Cefepime<br />
(42,86%). Para Sulfametoxazol-Trimetoprima,<br />
nenhum isolado bacteriano<br />
apresentou resistência.<br />
O aparecimento de bactérias<br />
multirresistentes foi<br />
pouco considerável, uma<br />
vez que, seguindo as recomendações<br />
da Anvisa 7,26 ,<br />
foram identificados no<br />
total 33 (18,86%) bactérias<br />
multirresistentes diante<br />
das 175 avaliadas. 30 foram<br />
pertencentes ao grupo de<br />
Gram negativas e apenas 3<br />
para Gram positivas.<br />
Foram identificadas 9<br />
E. coli multirresistentes,<br />
sendo todas classificadas<br />
como ESBL. 9 K.<br />
pneumoniae também<br />
multirresistentes, 7 ESBL<br />
e 2 KPC positivas. 8 A.<br />
baumannii multirresistentes,<br />
em que os mesmo<br />
8 mais 1 isolado podem<br />
ser classificados como<br />
possíveis produtores de<br />
carbapenemase. Além<br />
disso, 3 Enterobacter sp<br />
e 1 P. aeruginosa também<br />
foram classificadas como<br />
multirresistentes.<br />
Ademais, 7,40% das<br />
hemoculturas positivas<br />
permitiram o isolamento<br />
de leveduras do gênero<br />
Candida spp., um percentual<br />
elevado quando<br />
comparado aos 2,70% de<br />
Candida spp. de Oliveira et<br />
al., 2019 29 . Esse gênero de<br />
fungo é capaz de causar<br />
uma infecção na corrente<br />
sanguínea, denominada<br />
candidemia, comumente<br />
associada às IRAS e sobretudo<br />
em pacientes imunossuprimidos<br />
que estão<br />
mais suscetíveis a este<br />
tipo de infecção 13 .<br />
70 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Conclusão<br />
Esses achados destacam a<br />
importância da vigilância<br />
contínua da resistência<br />
antimicrobiana, uma vez<br />
que a seleção adequada<br />
de antimicrobianos<br />
depende do conhecimento<br />
dos perfis de resistência<br />
locais. Além disso,<br />
os resultados fornecem<br />
informações relevantes<br />
para a orientação do tratamento<br />
empírico inicial<br />
de infecções da corrente<br />
sanguínea, permitindo a<br />
escolha dos antimicrobianos<br />
mais eficazes.<br />
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22. LIMA, C. C.; BENJAMIM, S. C. C.; SANTOS, R. F. S.<br />
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aos fármacos: uma revisão. CuidArte, Enferm, p.<br />
105-113, 2017.<br />
23. DOS SANTOS, M. A.; DE PAIVA, I. C.; DA SILVA<br />
ANDRADE, E. G.. Enterococcus resistente a vancomicina<br />
(vre): perfil geral. <strong>Revista</strong> JRG de Estudos<br />
Acadêmicos, v. 4, n. 8, p. 127-139, 2021.<br />
24. Comitê Brasileiro de Testes de Suscetibilidade<br />
Antimicrobiana (BrCAST) (2019) Tabelas de pontos<br />
de corte para interpretação de MICs e diâmetros de<br />
zona [Tabelas de pontos de corte para interpretação<br />
de CIMs e diâmetros de halos]. Versão 9.0.<br />
25. Comitê Brasileiro de Testes de Suscetibilidade<br />
Antimicrobiana (BrCAST) (2021) Tabelas de pontos<br />
de corte para interpretação de MICs e diâmetros de<br />
zona [Tabelas de pontos de corte para interpretação<br />
de CIMs e diâmetros de halos]. Versão 11.0.<br />
26. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Investigação<br />
e controle de bactérias multirresistentes.<br />
Brasília: ANVISA; 2007. 21p<br />
27. Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibily<br />
Testing, BRCast. Orientações do EUCast/BRCast<br />
para a detecção de mecanismos de resistência e<br />
resistências específicas de importância clínica e/ou<br />
epidemiológica. Versão 2.0. Junho de 2017.<br />
28. RUSCHEL, D. B.; RODRIGUES, A. D.; FORMOLO,<br />
F. Perfil de resultados de hemoculturas positivas e<br />
fatores associados. RBAC, v. 49, n. 2, p. 158-63, 2017.<br />
29. OLIVEIRA, W. V. de et al. Etiologia e perfil de<br />
susceptibilidade dos microrganismos isolados de<br />
hemoculturas no Hospital das Clínicas da UFPE no<br />
período de janeiro a dezembro de 2014. <strong>Revista</strong> Brasileira<br />
de Análises Clínicas, v. 51, n. 1, p. 40-45, 2019.<br />
30. DE SOUSA, M. A. et al. Hemoculturas positivas<br />
de pacientes da unidade de terapia intensiva de<br />
um hospital escola de Goiânia-GO, entre 2010 e<br />
2013. <strong>Revista</strong> EVS-<strong>Revista</strong> de Ciências Ambientais e<br />
Saúde, v. 41, n. 3, 2014.<br />
31. PRATES, I. C. R. F.; COZAC, E. E.. Perfil Epidemiológico<br />
e o Gerenciamento do Uso Racional de Antibióticos<br />
na UTI Neonatal da Santa Casa de Anápolis.<br />
Epidemiological Profile and the Management of<br />
the Rational Use of Antibiotics in the Neonatal of<br />
Santa Casa de Anápolis. Brazilian Journal of Development,<br />
v. 7, n. 10, p. 98587-98603, 2021.<br />
32. ALEXANDRINO, M.; CORREA, A. A. F.. Estudo da<br />
prevalência de Staphylococcus Coagulase Negativa<br />
em amostras de hemoculturas em um hospital<br />
público de Bauru-SP. 2021.<br />
33. SEO, H. K. et al.. Two-year hospital-wide surveillance<br />
of central line-associated bloodstream<br />
infections in a Korean hospital. Journal of Korean<br />
Medical Science, v. 33, n. 45, 2018.<br />
34. DOS SANTOS, D. V. de A. et al. Antibióticos<br />
através da abordagem do mecanismo de resistência<br />
bacteriana. Ciência Atual–<strong>Revista</strong> Científica<br />
Multidisciplinar do Centro Universitário São<br />
José, v. 12, n. 2, 2018.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
71
NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />
O LOBO FRONTOTEMPORAL E A DIFICULDADE<br />
DE APRENDIZADO, UMA RELAÇÃO PRÓXIMA<br />
Por Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />
A assimilação de novas<br />
ideias não é uma tarefa<br />
fácil para o ser humano, a<br />
capacidade de aprender<br />
novas habilidades e alterar<br />
hábitos já instaurados é<br />
alvo de dificuldades, o que<br />
a levou a ser alvo de diversos<br />
estudos que buscaram<br />
compreender melhor os<br />
mecanismos, em especial<br />
os cerebrais, que influenciam<br />
esse processo.<br />
O lobo frontotemporal é<br />
uma das principais regiões<br />
do cérebro, formada<br />
pelas áreas frontais, responsável<br />
pelas funções<br />
executivas do órgão,<br />
como tomada de decisões,<br />
memória de traba-<br />
lho, controle inibitório e<br />
planejamento, e as áreas<br />
temporais, que são responsáveis<br />
por processar<br />
informações sensoriais,<br />
como da percepção visual,<br />
linguagem e audição,<br />
identificação de palavras<br />
compreensão da fala.<br />
A complexo processo de<br />
compreensão de novas<br />
* Créditos da imagem: Freepik<br />
ideias está intimamente<br />
relacionado com as funções<br />
exercidas pelo lobo<br />
frontotemporal, diversos<br />
estudos da neurociência<br />
reforçam como é necessária<br />
a combinação de<br />
vários processos cognitivos,<br />
como percepção,<br />
memória, atenção, raciocínio,<br />
processamento<br />
semântico e tomada de<br />
72 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
decisões, para a assimilação<br />
de novas ideias, o<br />
que nos leva a inferir que<br />
O lobo frontotemporal<br />
pode ser impactado por<br />
uma série de doenças,<br />
ções importantes, dentre<br />
elas a consolidação<br />
de memórias, essencial<br />
NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />
a estimulação e desenvol-<br />
como a degeneração<br />
para a compreensão de<br />
vimento dessas habilida-<br />
lobar<br />
frontotemporal<br />
novas ideias.<br />
des permite facilitar esse<br />
(DLFT), demência fronto-<br />
processo, o mesmo racio-<br />
temporal (DFT), Esclerose<br />
Por isso, não são apenas<br />
cínio leva ao caminho<br />
Lateral Amiotrófica (ELA),<br />
fatores de personalida-<br />
inverso, lesões e doenças<br />
Degeneração Corticoba-<br />
de ou uma propensão<br />
que afetem a região pre-<br />
sal (DCB) e Afasia Progres-<br />
natural do ser humano<br />
judicam o processo.<br />
siva Primária (APP), que<br />
à dificuldade de assi-<br />
podem danificar a região<br />
milar novas ideias e sim<br />
O lobo frontal, por exem-<br />
e levar ao desenvolvi-<br />
uma série de fatores<br />
plo, ocupa cerca de um<br />
mento de transtornos da<br />
que podem influenciar<br />
terço do cérebro huma-<br />
personalidade dramática.<br />
esse processo, podendo<br />
no, uma grande região<br />
ser parte dos impactos<br />
que, caso lesionada,<br />
Esses transtornos, como<br />
de transtornos da per-<br />
pode impactar funções<br />
o borderline, narcisista<br />
sonalidade<br />
dramática<br />
importantes como apren-<br />
e histriônico influen-<br />
ou doenças do lobo<br />
dizado, fala e memórias.<br />
ciam uma série de fun-<br />
frontotemporal.<br />
Referência:<br />
DOENÇAS do lobo frontotemporal:dificuldades de aprendizado. Cuadernos de educación y desarrollo, [s. l.], 4<br />
jul. 2023. DOI 10.55905/cuadv15n4-047. Disponível em: https://ojs.europubpublications.com/ojs/index.php/<br />
ced/article/view/1363/1147. Acesso em: 20 jul. 2023.<br />
Autor:<br />
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />
www.deabreu.pt - www.pressmf.global - Instagram @fabianodeabreuoficial<br />
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology<br />
no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia<br />
com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society e Triple Nine Society. Autor de mais de<br />
200 artigos científicos e 15 livros.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
73
GESTÃO LABORATORIAL<br />
INOVAÇÃO NA ÁREA DE GESTÃO LABORATORIAL:<br />
SISTEMA DE APOIO À DECISÃO – RANKING NACIONAL<br />
DA COMPETÊNCIA GERENCIAL (SAD-RNCG)<br />
Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />
O pré-lançamento do Sistema de<br />
Apoio à Decisão – Ranking Nacional<br />
da Competência Gerencial<br />
(SAD-RNCG) no 48º Congresso<br />
Brasileiro de Análises Clinicas da<br />
SBAC, realizado no Costão do<br />
Santinho/SC, foi um sucesso. O<br />
workshop do WorkLab, palco da<br />
realização deste evento, esteve<br />
lotado com mais de 100 pessoas.<br />
Todos interessados em como<br />
fazer para garantir a prosperidade<br />
econômica dos seus<br />
laboratórios clínicos, aumentar<br />
os lucros e crescer, sem novos<br />
investimentos, somente com<br />
aporte de gestão. Este é o propósito<br />
maior dos sistemas de gestão<br />
por nós desenvolvidos, produtos<br />
de Tecnologia da Informação (TI)<br />
e pesquisas, implantados pela<br />
Unidos Consultoria e Treinamento,<br />
em laboratórios de todas as<br />
regiões do Brasil: proporcionar a<br />
socialização de sistemas de gestão<br />
aliados a um eficiente processo<br />
de benchmarking, gerando<br />
novos conhecimentos em prol da<br />
comunidade laboratorial. Queremos<br />
contribuir com nossa cota<br />
na missão de melhorar a produtividade<br />
dos laboratórios clínicos,<br />
incrementar a competitividade<br />
e, reduzir o risco de insolvência<br />
destas organizações. Em suma,<br />
o objetivo do nosso Sistema<br />
de Apoio à Decisão – Ranking<br />
Nacional da Competência<br />
Gerencial (SAD-RNCG), é converter<br />
dados em informações<br />
científicas para a tomada de<br />
decisões assertivas, focando<br />
num futuro perene para os<br />
laboratórios clínicos.<br />
A utilização de um Sistema<br />
de Apoio à Decisão (SAD)<br />
decorre, fundamentalmente,<br />
da competição cada vez<br />
maior entre as organizações,<br />
bem como da necessidade<br />
de obter de forma rápida,<br />
informações cruciais para o<br />
processo decisório. Um SAD é<br />
responsável por captar e elaborar<br />
informações contidas<br />
em uma base de dados, transformando-os<br />
em vantagem<br />
competitiva, para decidir de<br />
forma inteligente.<br />
74 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
GESTÃO LABORATORIAL<br />
Todas as metas são estabelecidas<br />
baseadas na concorrência<br />
através de benchmarking com<br />
âmbito nacional. Este é um processo<br />
inédito no Brasil e no mundo,<br />
para todo o elenco de indicadores.<br />
O Sistema SAD-RNCG<br />
analisa de forma automática os<br />
resultados, mediante cálculo dos<br />
deltas absolutos e % em relação<br />
à média do banco de dados do<br />
setor das análises clínicas.<br />
É UMA ALTERNATIVA DE<br />
INVESTIMENTO! Você faria um<br />
implante dentário com um ferreiro?<br />
Um óculos com um carpinteiro?<br />
Pintaria sua casa com um<br />
dentista? Certamente que não.<br />
Como você administra os seus<br />
investimentos financeiros?<br />
Provavelmente diversifica sua<br />
carteira e entrega a responsabilidade<br />
a um profissional de banco,<br />
corretora etc. Mas, isto não<br />
é tudo. Você vai negociar com<br />
o agente financeiro os valores<br />
esperados das taxas das diversas<br />
aplicações! Ainda, vai querer<br />
saber os riscos associados aos<br />
investimentos, prazos de retorno,<br />
liquidez.<br />
Como você administra, sob o<br />
ponto de vista econômico, o<br />
laboratório?<br />
Grandes lucros no presente não<br />
significam que seja competitivo.<br />
Muitas vezes, a abundância<br />
de receita decorre da baixa concorrência<br />
e, administrar na fartura,<br />
qualquer gerente é capaz.<br />
O mercado das análises clínicas<br />
é uma competição, onde<br />
os melhores não só lucram,<br />
mas, contudo, têm a capacidade<br />
de sobreviver e se manter<br />
no mercado, assegurando um<br />
futuro perene. Dito de outra<br />
forma, têm menor risco de<br />
insolvência. Uma coisa é certa:<br />
grandes lucros no presente<br />
não têm garantia de serem<br />
preservados no futuro, a não<br />
ser que o laboratório seja COM-<br />
PETITIVO, com BAIXO RISCO<br />
DE INSOLVÊNCIA! ISTO EXIGE<br />
QUE ESTEJA NA FRENTE DOS<br />
CONCORRENTES!<br />
76 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
GESTÃO LABORATORIAL<br />
Você, gestor laboratorial, tem<br />
como identificar e medir a competitividade<br />
e o risco de insolvência<br />
do seu laboratório clínico? Se<br />
a resposta for negativa, provavelmente<br />
não controlará o laboratório<br />
de forma eficaz e eficiente!<br />
O que é um PROBLEMA? É o<br />
resultado indesejado de um processo.<br />
Um indicador de desempenho<br />
que não atingiu a meta.<br />
Qual o PROBLEMA DEFINITIVO<br />
de um LABORATÓRIO? RISCO<br />
CRESCENTE DE INSOLVÊNCIA<br />
DECORRENTE DA QUEDA NA<br />
COMPETITIVIDADE!<br />
Qual destas causas é a única que<br />
está ao alcance das decisões dos<br />
gestores laboratoriais? Somente<br />
a carência de gestão profissional!<br />
A ESSÊNCIA DO DESAFIO:<br />
tudo muda de forma permanente<br />
e, somente os mais aptos, com<br />
capacidade de se adaptar mais<br />
rapidamente, irão sobreviver.<br />
SEM PROCESSOS DE<br />
BENCHMARKING NÃO EXISTE<br />
GESTÃO!<br />
O Sistema de Apoio à Decisão<br />
– Ranking Nacional da<br />
Competência Gerencial<br />
(SAD-RNCG), faz a sua parte<br />
78 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
O Grupo ONmnia, composto pelas empresas GT<br />
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contribuir com a excelência no cuidado veterinário,<br />
elevando os padrões da medicina veterinária com o<br />
apoio das empresas do Grupo ONmnia. Juntos,<br />
trabalhamos para o progresso da saúde animal.<br />
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GESTÃO LABORATORIAL<br />
fornecendo todas as informações<br />
corretas e necessárias,<br />
entretanto, não tem o condão<br />
de implantar soluções, estas<br />
cabem exclusivamente aos<br />
gestores laboratoriais. E, ressaltamos,<br />
somente com APORTE<br />
DE GESTÃO, sem necessidade<br />
de novos investimentos em instalações<br />
etc. Finalizando, repito,<br />
pela importância da citação,<br />
que, nestes mais de 20 anos<br />
de consultoria, constatei que<br />
LUCROS VULTUOSOS NO PRE-<br />
SENTE, não têm a garantia que<br />
se repetirão no futuro, sendo<br />
fundamental que os laboratórios<br />
tenham um sistema de gestão<br />
profissional que MENSURE<br />
A COMPETITIVIDADE E O RISCO<br />
DE INSOLVÊNCIA destas empresas,<br />
para que ações corretivas e<br />
preventivas sejam tomadas no<br />
devido tempo, porque a TRAN-<br />
QUILIDADE DO PRESENTE, não<br />
assegura um FUTURO PERENE.<br />
A concorrência é cada vez mais<br />
aguerrida e novos players (farmácias,<br />
clínicas, apoios, novas<br />
modos de recepcionar e coletar<br />
...), entram de forma impactante<br />
no mercado das análises<br />
clínicas. O Sistema de Apoio à<br />
Decisão – Ranking Nacional<br />
da Competência Gerencial<br />
(SAD-RNCG), não só catalisa os<br />
lucros atuais dos laboratórios,<br />
mas, também adverte da eventual<br />
necessidade de mudar de<br />
ramo dos negócios. Esperando<br />
termos contribuído para a gestão<br />
na área das análises clínicas,<br />
nos despedimos até a próxima<br />
edição da revista NewsLab.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
Humberto Façanha<br />
Tel.: 51-99841-5153<br />
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Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />
curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
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80 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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e avaliação desses testes. A<br />
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vasto portfólio de kits de Imunofluorescência<br />
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de Doenças Autoimunes,<br />
nas áreas de Reumatologia, Neurologia,<br />
Gastroenterologia, Nefrologia,<br />
Dermatologia e Hepatologia,<br />
além de doenças Infecciosas,<br />
como arboviroses.<br />
O ensaio de imunofluorescência<br />
indireta (IIFA) tem importante<br />
papel no diagnóstico autoimune<br />
por ser um método de triagem<br />
essencial para detecção de vários<br />
tipos de auto-anticorpos. O método<br />
oferece alta sensibilidade e<br />
especificidade e um amplo espectro<br />
de antígenos devido ao uso de<br />
células e tecidos como substratos<br />
antigênicos. A EUROIMMUN foi<br />
pioneira na tecnologia do BIO-<br />
CHIP, inventada pelo fundador da<br />
empresa Dr. Winfried Stoecker em<br />
1983 e desde então busca continuamente<br />
propulsionar a tecnolo-<br />
gia de IIFA com soluções de última<br />
geração. No método do BIOCHIP,<br />
seções em miniatura de diferentes<br />
substratos são posicionadas<br />
lado a lado nos campos de reação<br />
em lâminas de microscopia e incubadas<br />
em paralelo sob condições<br />
padronizadas com a Técnica TITER-<br />
PLANE. Essa abordagem multiplex<br />
permite perfis de anticorpos abrangentes<br />
em uma única análise.<br />
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interpretação de padrões e<br />
arquivamento dos resultados com<br />
total rastreabilidade. O EUROPattern<br />
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mais novo que combina tecnologia<br />
de ponta com processamento<br />
de imagem ultrarrápido para<br />
laboratórios de pequeno e médio<br />
rendimento. Esse microscópio<br />
incorpora uma nova tecnologia<br />
de focagem a laser, que permite<br />
a aquisição de imagens em 2<br />
segundos por imagem. O hardware<br />
do microscópio é complementado<br />
pelo software EUROLabOffice<br />
4.0 avançado, que fornece<br />
avaliação de imagens incorporando<br />
inteligência artificial, bem<br />
como gerenciamento completo<br />
de análises e resultados.<br />
Além disso, a EUROIMMUN cria,<br />
desenvolve e fabrica sistemas<br />
para o processamento completo<br />
de amostras e lâminas de IIFA para<br />
laboratórios de baixa, média ou<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
83
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LUVA MEDIX AMG: SOLUÇÃO INOVADORA PARA<br />
ELEVAR A BIOSSEGURANÇA NOS AMBIENTES LABORATORIAIS E<br />
DEMAIS SERVIÇOS DE SAÚDE<br />
Por Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
As luvas têm sido uma ferramenta<br />
indispensável nos serviços de saúde,<br />
desempenhando um papel crucial<br />
na proteção de profissionais e<br />
pacientes desde o início do século<br />
XIX. O histórico do surgimento e a<br />
importância da utilização de luvas<br />
na área da saúde estão intrinsecamente<br />
ligados a avanços na medicina,<br />
na compreensão de doenças,<br />
na higiene e em uma bela história<br />
de amor e cuidado.<br />
Isso mesmo, também envolveu o<br />
amor e cuidado de um cirurgião<br />
com sua instrumentadora. O médico<br />
William Stewart Halsted é frequentemente<br />
creditado como um pioneiro<br />
no uso de luvas em cirurgias.<br />
Durante a década de 1880, Halsted<br />
notou que as enfermeiras que trabalhavam<br />
com soluções antissépticas<br />
desenvolviam dermatite nas mãos,<br />
inclusive sua futura esposa, a instrumentadora<br />
Caroline Hampton. Foi<br />
então que William Halsted pediu<br />
que seu amigo e dono Goodyear<br />
Rubber Company, desenvolvesse<br />
uma luva de borracha que fosse<br />
fina para Caroline usar e se proteger<br />
dos produtos químicos. Isso o<br />
levou a adotar o uso de luvas de<br />
borracha durante as cirurgias, o<br />
que reduziu significativamente as<br />
infecções pós-operatórias.<br />
Com o tempo, o uso de luvas se tornou<br />
mais disseminado em procedimentos<br />
cirúrgicos, mas somente na<br />
década de 1980, durante a epidemia<br />
de HIV/AIDS, a conscientização sobre<br />
a importância do uso de luvas na prática<br />
médica geral aumentou significativamente.<br />
A comunidade médica<br />
começou a reconhecer que a exposição<br />
a fluidos corporais de pacientes<br />
poderia representar riscos de infecções<br />
tanto para os profissionais de<br />
saúde quanto para os pacientes.<br />
Atualmente, as luvas são rotineiramente<br />
usadas em uma ampla<br />
gama de atividades nos serviços<br />
de saúde. Elas desempenham um<br />
papel crítico na prevenção da disseminação<br />
de infecções, evitando<br />
a contaminação cruzada entre<br />
pacientes e proporcionando uma<br />
barreira protetora entre o profissional<br />
de saúde e os patógenos.<br />
As luvas descartáveis, em particular,<br />
são extremamente populares,<br />
pois ajudam a evitar a reutilização<br />
e garantem a máxima higiene em<br />
cada procedimento.<br />
Além da proteção contra infecções,<br />
as luvas também têm um papel<br />
essencial na segurança dos profissionais<br />
de saúde, protegendo-os contra<br />
exposição a substâncias químicas,<br />
sangue e outros fluidos corporais<br />
potencialmente perigosos. Elas também<br />
são essenciais em procedimentos<br />
que envolvem manipulação de<br />
produtos químicos, medicamentos,<br />
quimioterapia, dentre outros.<br />
A legislação trabalhista de diversos<br />
países, inclusive do Brasil, estabelece<br />
a obrigatoriedade do fornecimento<br />
e uso adequado dos Equipamentos<br />
de Proteção Individual (EPIs) pelas<br />
empresas aos seus funcionários. Essa<br />
medida visa prevenir acidentes, reduzir<br />
a exposição a substâncias nocivas<br />
e minimizar os impactos à saúde causados<br />
pelas atividades laborais.<br />
A obrigatoriedade do uso de EPIs<br />
nos ambientes de trabalho é uma<br />
medida essencial para garantir a<br />
saúde e segurança dos trabalhadores<br />
em diversas atividades profissionais,<br />
e as luvas estão entre os EPIs<br />
definidos pela ANVISA e o Ministério<br />
da Saúde como obrigatórios em<br />
todos os atendimentos no que eles<br />
definem como “Precaução Padrão”.<br />
Os benefícios do uso obrigatório<br />
de EPIs são inúmeros. Além de proteger<br />
a integridade física e a saúde<br />
dos trabalhadores, também contribui<br />
para a redução do número de<br />
acidentes de trabalho e doenças<br />
ocupacionais. Isso resulta em uma<br />
melhoria geral do ambiente de trabalho,<br />
aumento da produtividade<br />
e diminuição dos custos relacionados<br />
a acidentes e afastamentos.<br />
As empresas têm um papel crucial<br />
na conscientização e implementação<br />
efetiva das normas de uso de<br />
EPIs. É responsabilidade delas fornecer<br />
os equipamentos adequados,<br />
assegurar sua manutenção e<br />
promover uma cultura de segurança<br />
no ambiente de trabalho.<br />
Por isso, a utilização adequada de<br />
luvas é parte integrante da biossegurança<br />
e das boas práticas de<br />
higiene em saúde. No entanto, é<br />
importante lembrar que elas não<br />
são uma garantia completa de<br />
proteção, e o cumprimento de<br />
outras medidas de higiene, como<br />
lavagem das mãos, desinfecção de<br />
equipamentos e superfícies, continua<br />
sendo igualmente crucial.<br />
São inúmeros os tipos de luvas e,<br />
dentre elas, as luvas de nitrilo são<br />
consideradas as mais resistentes. A<br />
utilização de luvas de nitrilo de alta<br />
qualidade no trabalho em laboratórios<br />
e nos atendimentos na saúde<br />
é de extrema importância para<br />
garantir a segurança dos profissionais,<br />
dos pacientes e também<br />
para manter um ambiente livre de<br />
contaminações. Uma das principais<br />
vantagens das luvas de nitrilo<br />
é a sua resistência e durabilidade.<br />
O nitrilo é conhecido por ser mais<br />
resistente a perfurações e rasgos<br />
do que o látex, o que reduz signi-<br />
86 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Sempre<br />
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PUBLIEDITORIAL<br />
ficativamente o risco de exposição<br />
a patógenos e produtos químicos<br />
durante procedimentos médicos.<br />
Isso é especialmente importante<br />
em situações em que os profissionais<br />
de saúde estão em contato<br />
com fluidos corporais, como sangue,<br />
urina e secreções, que podem<br />
conter agentes infecciosos.<br />
Além disso, as luvas de nitrilo oferecem<br />
uma barreira de proteção mais<br />
eficaz contra alérgenos. Enquanto<br />
algumas pessoas podem desenvolver<br />
alergia ao látex, as luvas de nitrilo<br />
são uma alternativa segura e livre<br />
de látex. Essa característica é essencial<br />
para evitar reações alérgicas em<br />
pacientes e profissionais de saúde<br />
sensíveis ao látex.<br />
Outra vantagem do nitrilo é a sua<br />
resistência a uma ampla gama de produtos<br />
químicos. Isso torna as luvas de<br />
nitrilo ideais para procedimentos que<br />
envolvem o uso de agentes de limpeza,<br />
desinfetantes e outros produtos<br />
químicos potencialmente agressivos.<br />
A proteção fornecida pelas luvas de<br />
nitrilo ajuda a minimizar a exposição<br />
da pele a esses produtos, protegendo<br />
a saúde do profissional de saúde.<br />
Agora imagine uma luva de nitrilo<br />
e com tecnologia capaz de destruir<br />
microrganismos! Essa tecnologia<br />
já existe, e está disponível<br />
para você utilizar.<br />
Em 2019, eu, professor Jorge Luiz,<br />
o Dr. Biossegurança, tive a honra<br />
de participar do lançamento dessas<br />
luvas e recomendo, já que é<br />
uma importante ferramenta de<br />
biossegurança e tecnologia para a<br />
prevenção das infecções.<br />
Exclusividade da empresa Medix<br />
Brasil e distribuída para todo o<br />
país, a Luva Antimicrobiana para<br />
Procedimento Não Cirúrgico<br />
AMG desempenha um papel fundamental,<br />
garantindo a segurança<br />
tanto dos profissionais de saúde<br />
quanto dos pacientes.<br />
Produzida em nitrilo, a Luva AMG<br />
é capaz de eliminar microorganismos<br />
em sua face externa após o<br />
contato, graças a um ingrediente<br />
ativo fotossensibilizador que gera<br />
oxigênio singlete quando exposto<br />
à luz, oxidando as proteínas e lipídios<br />
das bactérias.<br />
No trabalho nos ambientes laboratoriais,<br />
a presença de microrganismos<br />
é um fator crucial a ser considerado.<br />
As mãos dos profissionais<br />
de saúde podem ser veículos para<br />
a transferência de bactérias, vírus<br />
e outros patógenos. A Luva AMG<br />
reduz significativamente o risco de<br />
contaminação cruzada, tornando-se<br />
especialmente relevante em testes<br />
sensíveis, como na microbiologia.<br />
Já nos diversos tipos de coletas<br />
realizadas nos laboratórios, a luva<br />
permite toques delicados, minimizando<br />
o desconforto da paciente e<br />
mantendo a integridade das amostras<br />
coletadas, além disso o uso das<br />
Luvas AMG oferece uma camada<br />
adicional de proteção, prevenindo<br />
infecções e possíveis complicações.<br />
Outro benefício significativo da<br />
Luva AMG é o controle da proliferação<br />
de microrganismos nas<br />
próprias luvas. Suas propriedades<br />
antimicrobianas reduzem a viabilidade<br />
e sobrevivência de bactérias<br />
e vírus na superfície das luvas, tornando-as<br />
mais higiênicas ao longo<br />
do procedimento, sendo especialmente<br />
útil durante coletas sequenciais<br />
de amostras.<br />
O surgimento e a importância da<br />
utilização de luvas nos laboratórios<br />
e demais serviços de saúde<br />
têm sido uma evolução contínua<br />
e essencial para a segurança<br />
tanto dos profissionais de saúde<br />
quanto dos pacientes. Ao longo<br />
dos anos, elas se tornaram uma<br />
medida padrão de precaução,<br />
ajudando a reduzir a disseminação<br />
de infecções e a garantir um<br />
ambiente mais seguro para todos<br />
os envolvidos no cuidado da saúde,<br />
e luvas com alta tecnologia<br />
como as Luvas AMG elevam ainda<br />
mais esse cuidado.<br />
Sobre a Medix:<br />
Medix Brasil é uma importadora<br />
brasileira que atua na distribuição<br />
de dispositivos, EPI’s e materiais<br />
multiuso, com foco em saúde e<br />
segurança. Com um amplo portfólio<br />
de +600 produtos, a companhia<br />
é referência nacional em<br />
proteção e está entre os líderes<br />
do segmento. Em constante evolução,<br />
Medix se destaca por seu<br />
DNA inovador, sempre reforçando<br />
seu compromisso com o cuidado<br />
e bem-estar das pessoas.<br />
Autor:<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia; palestrante e consultor em biossegurança.<br />
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />
88 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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ou no líquor, são realizados em um único analisador:<br />
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quantificação de proteínas especiais.<br />
Desde que foi lançada, em 2015, já são 1,5 mil unidades<br />
instaladas em todo o mundo. No Brasil, o Optili-<br />
te® chegou dois anos depois, sendo apresentado ao<br />
mercado no 51º Congresso Brasileiro de Patologia<br />
Clínica, em São Paulo.<br />
Hoje, são mais de 30 analisadores instalados em<br />
todo País, com expectativa de que esse número<br />
avance ainda mais em médio prazo.<br />
90<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
O que é o Optilite®<br />
Nossa plataforma é um analisador<br />
de bancada – ou seja, um equipamento<br />
capaz de medir o grau e os<br />
componentes de turvação presente<br />
em substâncias líquidas.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Para isso, são utilizados feixes de luz<br />
que, ao refletirem as partículas do<br />
líquido em questão, indicam a quantidade<br />
em que elas estão presentes.<br />
É assim que mensuramos, por<br />
exemplo, a quantidade de<br />
cadeias leves livres kappa e<br />
lambda no soro, utilizando os<br />
reagentes do exame Freelite®.<br />
Os resultados auxiliam no diagnóstico<br />
e monitoramento do<br />
Mieloma Múltiplo e de outras<br />
gamopatias monoclonais.<br />
Vantagens<br />
O Optilite® possibilita que sejam<br />
feitos, no mínimo, 120 testes por<br />
hora, com carregamento contínuo<br />
de amostras e reagentes, o<br />
que dá flexibilidade e rapidez à<br />
rotina laboratorial.<br />
Trata-se ainda de uma plataforma<br />
muito segura, uma vez que as<br />
cubetas de reação são descartáveis,<br />
o que diminui muito o risco<br />
de contaminação cruzada.<br />
Além disso, nosso analisador conta<br />
com um sistema automático de<br />
diluição das amostras mais concentradas<br />
– eliminando totalmente a<br />
necessidade de diluições manuais,<br />
como ocorre em outras plataformas<br />
que dosam proteínas plasmáticas,<br />
como os nefelômetros.<br />
Precisão, automação e economia<br />
Outra vantagem do Optilite® é sua<br />
completa automação dos resultados<br />
e de todo o fluxo operacional.<br />
Isso só é possível porque a plataforma<br />
conta com uma interface<br />
bidirecional e faz o carregamento<br />
automático dos valores de calibradores<br />
e controles por meio de<br />
código de barras.<br />
Mais um ponto que deve ser destacado<br />
é o método triplo de verificação<br />
de excesso de antígeno,<br />
que minimiza a ocorrência de falsos<br />
negativos, conferindo ainda<br />
mais segurança aos resultados.<br />
Assim, além da economia de<br />
tempo, os laboratórios reduzem<br />
o uso de reagentes e tornam-se<br />
capazes de executar todos os<br />
ensaios de proteínas plasmáticas<br />
em uma única plataforma.<br />
Comparação entre as<br />
plataformas<br />
Em 2016, a Argent Global, consultoria<br />
especializada em engenharia<br />
de processos, em parceria com<br />
o Laboratório Health Network<br />
(EUA), fez um estudo independente<br />
comparando dois analisadores<br />
de proteínas plasmáticas: o<br />
Optilite® e um nefelômetro mundialmente<br />
conhecido.<br />
Para o estudo, o Optilite® e o nefelômetro<br />
foram colocados em um<br />
mesmo local, com os mesmos<br />
layout, processos, volumes, cronogramas<br />
e operadores. A performance<br />
de ambos foi avaliada durante<br />
quatro dias seguidos, com o mesmo<br />
menu de testes e média diária<br />
de volume de exames muito similar.<br />
Resultados<br />
Ao fim do processo, foi comprovado<br />
que o Optilite® leva muito<br />
menos tempo para realizar todos<br />
os ensaios, liberar os resultados e<br />
finalizar a rotina diária. As etapas<br />
para iniciar e processar as amostras<br />
também foram significativamente<br />
mais curtas, na comparação<br />
com o nefelômetro.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
91
MATÉRIA DE CAPA<br />
O Optilite® também foi mais<br />
rápido para liberar o primeiro<br />
resultado, levando em média<br />
apenas 12 minutos. Além disso,<br />
o ciclo de medição do nosso turbidímetro<br />
faz com que ele seja<br />
duas vezes mais produtivo – e a<br />
manutenção diária e semanal do<br />
Optilite® é menor em relação ao<br />
outro analisador.<br />
Os pesquisadores da Argent Global<br />
ressaltaram ainda que o Optilite®<br />
reduz custos, melhora o fluxo de<br />
trabalho e é mais eficiente.<br />
Tabela 1: Especificações do Optilite.<br />
“A Binding Site, desde que foi fundada,<br />
sempre teve a pesquisa e a<br />
inovação como um de seus principais<br />
pilares. Por isso, nossos<br />
produtos, aliados à nossa plataforma<br />
Optilite®, apresentam<br />
resultados tão satisfatórios. Isso<br />
faz a diferença na vida de pesquisadores,<br />
laboratórios, médicos<br />
e principalmente pacientes”,<br />
argumentou o gerente geral da<br />
Binding Site Brasil, Fulvio Facco.<br />
Freelite®: fundamental no diagnóstico e monitoramento<br />
do Mieloma Múltiplo<br />
No Brasil e no mundo, o produto<br />
mais conhecido da Binding Site<br />
é o Freelite®, nosso exame que<br />
quantifica as cadeias leves livres<br />
kappa e lambda no soro – e, por<br />
isso, de imenso auxílio para o<br />
diagnóstico e monitoramento do<br />
Mieloma Múltiplo e outras gamopatias<br />
monoclonais.<br />
Assim, ano após ano, o Freelite®<br />
integra renomadas diretrizes internacionais,<br />
que o indicam para<br />
o diagnóstico e monitoramento<br />
deste tipo de câncer. Entre<br />
92<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
as mais conhecidas, estão a do<br />
College of American Pathologists<br />
(CAP), do International Myeloma<br />
Working Group (IMWG), da European<br />
Society of Medical Oncology<br />
(ESMO) e a do International<br />
Kidney Monoclonal Gammopathy<br />
Group (IKMGG).<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Nosso exame também consta nas<br />
diretrizes nacionais (Hungria et al<br />
2013) e na Portaria Nº 708 para<br />
diagnóstico de Mieloma Múltiplo<br />
do Ministério da Saúde, publicada<br />
em agosto de 2015.<br />
Além disso, desde 2018, o Freelite®<br />
foi incorporado ao ROL de procedimentos<br />
da Agência Nacional de Saúde<br />
Suplementar (ANS), por meio do<br />
código CBHPM 4.03.24.26-5.<br />
Como funciona<br />
Os anticorpos policlonais do<br />
Freelite® reagem apenas com<br />
as formas livres kappa e lambda<br />
das cadeias de imunoglobulinas<br />
presentes no soro. Dessa maneira,<br />
é possível quantificá-las.<br />
Segundo as diretrizes do IMWG,<br />
quando a relação entre a cadeia<br />
envolvida e a não envolvida é maior<br />
ou igual a 100, trata-se de um dos<br />
parâmetros (biomarcadores) para o<br />
Mieloma Múltiplo.<br />
Por exemplo: se um paciente apresenta<br />
10% ou mais de células clonais<br />
na medula óssea, a cadeia leve<br />
livre produzida pelo tumor é maior<br />
ou igual a 100 mg/L e a relação<br />
entre kappa e lambda é maior ou<br />
igual a 100, trata-se de um caso de<br />
Mieloma Múltiplo e deve ser avaliado<br />
pelo médico responsável.<br />
Vantagens<br />
A grande vantagem do Freelite®<br />
com relação a outros exames<br />
tradicionalmente utilizados em<br />
suspeita de Mieloma Múltiplo é<br />
sua sensibilidade para detectar<br />
cadeias leves livres kappa e lambda<br />
alteradas muito rapidamente.<br />
Com isso, mesmo quando a doença<br />
está bem no início, o exame é<br />
capaz de detectar baixas concentrações<br />
das cadeias, dada sua sensibilidade.<br />
Outro ponto: componentes monoclonais<br />
kappa e lambda podem<br />
levar de 5 a 30 dias para efetuarem<br />
o chamado escape no soro, forma<br />
pela qual são detectados pela eletroforese<br />
e pela imunofixação.<br />
Assim, exames feitos fora deste<br />
período ou mesmo por conta<br />
da sensibilidade limitada dessas<br />
tecnologias, podem indicar<br />
falso negativo. Com o Freelite®<br />
isso não ocorre, uma vez que em<br />
poucas horas já é possível que as<br />
cadeias sejam detectadas.<br />
Durante o tratamento<br />
Além do diagnóstico, o Freelite®<br />
também é rotineiramente utilizado<br />
no monitoramento do Mieloma<br />
Múltiplo, sendo realizado<br />
antes do primeiro ciclo de tratamento<br />
do paciente e em cada ciclo<br />
subsequente se necessário, assim<br />
teremos todas quantificações<br />
registradas para um comparativo<br />
entre as dosagens.<br />
Dessa maneira, é possível saber<br />
se a concentração das cadeias leves<br />
livres se encontra dentro dos<br />
intervalos normais ou ainda alterada.<br />
Esses resultados auxiliam os<br />
clínicos na interpretação conjunta<br />
com os outros exames clínicos<br />
para dar sequência no tratamento<br />
ou alterá-lo se necessário.<br />
Hevylite®<br />
Outro exame da Binding Site extremamente<br />
útil ao monitoramento<br />
do Mieloma Múltiplo é o<br />
Hevylite®. Enquanto o Freelite®<br />
quantifica as cadeias leves livres,<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
93
MATÉRIA DE CAPA<br />
o Hevylite® indica a concentração<br />
de imunoglobulina intacta<br />
(cadeia leve e pesada), mostrando<br />
qual está em maior produção<br />
e está sendo determinante para<br />
que a doença ocorra.<br />
Ambos os testes, claro, devem ser<br />
sempre acompanhados de uma<br />
boa anamnese e de outros exames<br />
clínicos.<br />
“Com o avanço de todas as<br />
técnicas, tanto as laboratoriais,<br />
quanto as de avaliação de<br />
imagem, foi possível estabelecer<br />
biomarcadores para que se<br />
consiga detectar em curto<br />
espaço de tempo a progressão<br />
do paciente. Assim, há muito<br />
mais chances de se evitar<br />
lesões em algum órgão-alvo e<br />
de se dar início ao tratamento<br />
antes que haja alguma sequela<br />
irreversível”, explicou a consultora<br />
médica da Binding Site Brasil, a<br />
hematologista Dra. Maricy Lopes.<br />
Saiba mais sobre o iStopMM,<br />
estudo que fez a triagem de<br />
toda população da Islândia com<br />
mais de 40 anos<br />
A Binding Site participa de um<br />
dos estudos mais abrangentes e<br />
inovadores da medicina diagnóstica.<br />
Trata-se do iStopMM (Sigla<br />
do Inglês: Iceland screens, treats,<br />
or prevents multiple myeloma-<br />
Islândia realiza triagem, trata ou<br />
previne o Mieloma Múltiplo), que<br />
desde 2016 está fazendo a triagem<br />
da Gamopatia Monoclonal<br />
de Significado Indeterminado –<br />
Imagem do Farol da cidade de Reykjavik na Islândia, local onde o estudo iStopMM está em andamento.<br />
GMSI (MGUS – Monoclonal Gammopathy<br />
of Undetermined Significance)<br />
de toda a população da<br />
Islândia com mais de 40 anos.<br />
Ao todo, o estudo analisou exatas<br />
75.422 pessoas (51% da população<br />
do país), diagnosticando até o<br />
momento 3.358 islandeses.<br />
A GMSI é um transtorno que não<br />
apresenta sintomas. Ela é considerada<br />
pré-maligna, pois, quando não<br />
é tratada, em alguns casos pode<br />
evoluir para o Mieloma Múltiplo.<br />
Expectativas<br />
Dentre os resultados a serem revelados<br />
pelo iStopMM, estão:<br />
• Se a triagem para GMSI e Mieloma<br />
Múltiplo de fato leva a uma<br />
melhora na sobrevida;<br />
• Qual o impacto de programas de<br />
monitoramento da qualidade de<br />
vida de uma população;<br />
• Quais os custos associados a diferentes<br />
abordagens de triagem;<br />
• Qual o protocolo ideal para<br />
o acompanhamento de GMSI,<br />
apontando os testes de diagnóstico<br />
que devem ser realizados e<br />
com qual frequência.<br />
Sobre o iStopMM<br />
Patrocinado pela Black Swan, uma<br />
iniciativa de pesquisa da Fundação<br />
Internacional do Mieloma<br />
Múltiplo (IMF – International Myeloma<br />
Foundation), o estudo tem o<br />
apoio da Binding Site, que fornece<br />
os kits do Freelite® para a realização<br />
dos testes.<br />
A população alvo também foi submetida<br />
a outros exames, como a<br />
eletroforese, a imunofixação e até<br />
mesmo a espectrometria de massas.<br />
Tudo para que se chegasse<br />
a um diagnóstico detalhado de<br />
cada paciente.<br />
O sucesso desse tipo de iniciativa<br />
faz com que o diagnóstico e monitoramento<br />
da GMSI e do Mieloma<br />
Múltiplo sejam aprimorados<br />
em todo o mundo.<br />
94<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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Freelite® Kappa 100 LK016.OPT IgA LCR 60 LK010.OPT<br />
Freelite Lamda 100 LK018.OPT igM LCR 60 LK012.L.OPT<br />
Freelite Mx Kappa 100 LK016.M.OPT Albumina LCR 100 NK032.L.OPT<br />
Freelite Mx Lambda 100 LK018.M.OPT IgG LCR 60 NK004.L.OPT<br />
Hevylite® IgG Kappa 50 NK621.OPT Freelite Mx Kappa 100 LK016.M.OPT<br />
Hevylite IgG Lambda 50 NK622.OPT Freelite Mx Lambda 100 LK018.M.OPT<br />
Hevylite IgA Kappa 50 NK623.OPT<br />
Outros kits de proteínas Quantidade Código<br />
Hevylite IgA Lambda 50 NK624.OPT<br />
Alfa‐1 glicoproteína ácida 100 NK063.OPT<br />
Hevylite IgM Kappa 50 NK625.OPT<br />
Alfa‐1 antitripsina 100 NK034.OPT<br />
Hevylite IgM Lambda 50 NK626.OPT<br />
Alfa‐2 macroglobulina 100 NK039.OPT<br />
Kits para Classes e Subclasses de Imunoglobulinas Quantidade Código Haptoglobina 100 NK058.OPT<br />
IgG1 100 NK006.OPT Prealbumina 100 NK066.OPT<br />
IgG2 100 NK007.OPT Anti‐estreptolisina O 100 LK189.OPT<br />
IgG3 100 NK008.OPT Apolipoproteína A‐1 reagentes 100 NK085.OPT<br />
IgG4 100 NK009.OPT Apolipoproteína A‐1 calibradores 2 unidades NC085.OPT<br />
IgG 100 NK004.OPT Apolipoproteína A‐1 controles 4 conjuntos NQ085.OPT<br />
IgA 100 NK010.OPT Apolipoproteína B reagentes 100 NK086.OPT<br />
IgM 100 NK012.OPT Apolipoproteína B calibradores 2 unidades NC086.OPT<br />
IgD 100 LK013.OPT Apolipoproteína B controles 4 conjuntos NQ086.OPT<br />
IgE‐Reagente 100 LK014.OPT Albumina soro 100 NK032.L.OPT<br />
IgE‐Controles 4 conjuntos NQ014.OPT Ceruloplasmina 50 NK045.OPT<br />
IgE‐Calibradores 2 unidades NC014.OPT Proteína C Reativa reagentes 100 NK044.OPT<br />
IgA1 100 NK087.OPT Proteína C Reativa calibradores 2 unidades NC044.OPT<br />
IgA2 100 LK088.OPT Proteína C Reativa controles 2 conjuntos NQ044.OPT<br />
Kits para Complemento Quantidade Código<br />
Proteína C Reativa de alta sensibilidade 100 LK044.OPT<br />
C1 Inativador 50 NK019.OPT<br />
Lipoproteína reagente 100 LK098.OPT<br />
C3c 100 NKO23.OPT<br />
Lipoproteína controles 4 conjuntos NQ098.OPT<br />
C4 100 NK025.OPT<br />
Lipoproteína calibradores 2 unidades NC098.OPT<br />
CH50 Reagente 100 NK095.OPT<br />
Fator reumatóide 100 LK151.OPT<br />
CH50 Calibrador 3 unidades NC095.OPT<br />
Transferrina 100 NQ070.OPT<br />
CH50 Controles 4 conjuntos NQ095.OPT<br />
C2* 100 LK022.OPT<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Kits para função renal Quantidade Código<br />
Beta‐2‐microglobulina 100 LK043.OPT<br />
Beta‐2‐microglobulina Urina 100 LK043.U.OPT<br />
Albumina urina 100 NK032.L.OPT<br />
Cistatina 100 LK048.OPT<br />
IgG alta sensibilidade 60 NK004.LL.OPT<br />
Transferrina Urina 100 NK070.U.OPT<br />
Freelite Mx Kappa 100 LK016.M.OPT<br />
Freelite Mx Lambda 100 LK018.M.OPT<br />
Kits para Doenças do Sistema Nervoso Central Quantidade Código<br />
IgA LCR 60 LK010.OPT<br />
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95
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LAB NEWS<br />
REVOLUÇÃO DIAGNÓSTICA: COMO A INTELIGÊNCIA<br />
ARTIFICIAL (IA) ESTÁ TRANSFORMANDO OS EXAMES<br />
LABORATORIAIS<br />
Por Andreza Patricia Marinho de Souza Martins<br />
No cruzamento entre a<br />
medicina e a tecnologia,<br />
uma transformação significativa<br />
está ocorrendo<br />
nos laboratórios médicos.<br />
A inteligência artificial<br />
(IA), uma força disruptiva<br />
em diversos setores, está<br />
encontrando sua aplicação<br />
nos exames laboratoriais.<br />
Neste artigo, vamos<br />
explorar como a IA está<br />
redefinindo nossa compreensão,<br />
condução e<br />
utilização dos resultados<br />
dos exames laboratoriais,<br />
abrindo portas para diagnósticos<br />
mais precisos,<br />
tratamentos personalizados<br />
e cuidados de saúde<br />
otimizados.<br />
Revolucionando a análise<br />
laboratorial<br />
Sabemos que no contexto<br />
da medicina, os dados dos<br />
exames de um indivíduo<br />
são cruciais e determinantes<br />
para o diagnóstico,<br />
acompanhamento e tratamento<br />
de uma doença,<br />
não é mesmo?<br />
A seguir veremos como<br />
isso é possível.<br />
Diagnósticos Preditivos<br />
com IA<br />
A abordagem da inteligência<br />
artificial vai<br />
além do simples processamento<br />
de dados,<br />
adentrando na decifração<br />
de padrões complexos.<br />
Essa capacidade<br />
notável permite a antecipação<br />
de condições<br />
médicas com base em<br />
informações específicas,<br />
com potencial de<br />
identificar doenças em<br />
sua fase inicial, antes<br />
mesmo que sintomas<br />
perceptíveis surjam.<br />
98 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
LAB NEWS<br />
Parece até coisa de ficção,não<br />
é? Mas é realidade.<br />
Em uma bateria de exames<br />
de rotina, o paciente pode<br />
ter os resultados laboratoriais<br />
avaliados usando<br />
algoritmos avançados<br />
de IA que permitem que<br />
padrões sutis sejam identificados<br />
e correlacionados a<br />
possíveis predisposições a<br />
doenças ou anomalias.<br />
Isso significa que as intervenções<br />
podem ser integradas<br />
antes que uma<br />
condição progrida para<br />
um estágio mais grave,<br />
potencialmente alterando<br />
o curso da doença.<br />
A personalização dos<br />
cuidados de saúde torna-se<br />
palpável nesse<br />
contexto.<br />
Isso pode considerar a<br />
compreensão de fatores<br />
de risco, desenvolvimento<br />
de doenças e mesmo<br />
abrir portas para a descoberta<br />
até de novos marcadores<br />
biológicos.<br />
Com base nas características<br />
únicas de um indivíduo,<br />
a IA pode criar perfis<br />
de risco e identificar indicadores<br />
de alerta precoce.<br />
Essa abordagem preventiva<br />
tem o potencial de<br />
revolucionar a medicina,<br />
tornando-a mais proativa<br />
do que reativa.<br />
Ela, a IA, não apenas<br />
desempenha o papel de<br />
um assistente analítico<br />
poderoso, mas também<br />
oferece uma visão do<br />
futuro da medicina –<br />
um futuro onde a prevenção<br />
e a intervenção<br />
precoce farão parte dos<br />
cuidados de saúde.<br />
Agilidade e precisão na<br />
análise<br />
Enfrentar uma avalanche<br />
de dados laboratoriais<br />
pode ser desafiador para<br />
profissionais da saúde. No<br />
entanto, com o auxílio da<br />
IA, grandes conjuntos de<br />
dados podem ser processados<br />
e interpretados de<br />
maneira eficiente e precisa,<br />
economizando tempo,<br />
o que pode ser crucial<br />
para salvar vidas.<br />
Mais do que isso, a IA tem<br />
a capacidade de aprender<br />
com cada novo conjunto<br />
de dados que processa,<br />
aprimorando sua própria<br />
capacidade de discernimento,<br />
aumentando<br />
sua precisão ao longo do<br />
tempo. Isso não apenas<br />
acelera o processo de análise,<br />
mas também eleva a<br />
qualidade dos resultados.<br />
Considerando um exemplo<br />
prático, suponha que<br />
um laboratório esteja<br />
analisando resultados de<br />
exames sanguíneos de<br />
pacientes em busca de<br />
possíveis indicadores de<br />
anormalidades. A IA pode<br />
identificar rapidamente<br />
padrões de desequilíbrios<br />
químicos ou marcadores<br />
fora do comum, permitindo<br />
que os profissionais de<br />
saúde tomem decisões<br />
de forma mais ágil.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
99
LAB NEWS<br />
O impacto dessa agilidade<br />
e precisão não pode<br />
ser subestimado. Em<br />
situações médicas críticas,<br />
cada minuto conta. A<br />
capacidade da IA de processar<br />
dados complexos<br />
em tempo recorde pode<br />
fazer a diferença entre<br />
um diagnóstico rápido e<br />
uma intervenção eficaz<br />
para o paciente.<br />
Ela não é apenas uma<br />
aliada na análise de dados<br />
laboratoriais, mas uma<br />
ferramenta que redefine<br />
a velocidade e a qualidade<br />
da interpretação.<br />
Fora a capacidade de processamento<br />
veloz e de<br />
aprender e melhorar ao<br />
longo do tempo.<br />
Detecção de Biomarcadores<br />
Subestimados<br />
A IA tem o poder de<br />
encontrar conexões entre<br />
biomarcadores que, à<br />
primeira vista, parecem<br />
não estar relacionados. Ao<br />
identificar essas associações,<br />
os médicos podem<br />
obter insights valiosos que<br />
levam a diagnósticos mais<br />
precisos e estratégias de<br />
tratamento mais eficazes.<br />
Personalização em<br />
Ascensão: exames laboratoriais<br />
adaptados a<br />
cada Indivíduo<br />
A medicina personalizada<br />
ganha vida com a sinergia<br />
entre exames laboratoriais<br />
e inteligência artificial.<br />
Vamos explorar essa<br />
transformação abaixo:<br />
• Medicina de precisão<br />
na prática: A IA analisa<br />
detalhadamente o perfil<br />
genético e o histórico<br />
médico de um indivíduo<br />
para criar planos de exames<br />
personalizados. Isso<br />
significa que não será<br />
seguido um protocolo<br />
único para todos. Os exames<br />
serão moldados às<br />
necessidades únicas de<br />
cada paciente, culminando<br />
em diagnósticos e tratamentos<br />
mais eficazes.<br />
• Identificação de Riscos<br />
Ocultos: Imagine prever<br />
os riscos de desenvolver<br />
determinadas condições de<br />
saúde com base na composição<br />
genética e fatores de<br />
risco. A IA pode identificar<br />
esses riscos ocultos, permitindo<br />
intervenções preventivas<br />
que podem fazer toda<br />
a diferença.<br />
• Identificar padrões<br />
sutis e interconexões<br />
em conjuntos de dados<br />
volumosos: Isso inclui a<br />
detecção de padrões que<br />
seriam difíceis de identificar<br />
manualmente, auxiliando<br />
os médicos na tomada<br />
de decisões controladas.<br />
• Tratamentos Personalizados:<br />
Com base nos<br />
resultados profissionais<br />
da saúde podem elaborar<br />
planos de tratamento<br />
altamente personalizados.<br />
Isso otimiza a eficácia<br />
do tratamento, atendendo<br />
os efeitos colaterais e<br />
melhorando a qualidade<br />
de vida do paciente.<br />
100 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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LAB NEWS<br />
O Futuro dos exames<br />
laboratoriais em perspectiva<br />
À medida que a inteligência<br />
artificial evolui,<br />
novas possibilidades<br />
emergem nos exames<br />
laboratoriais. Antecipamos<br />
um futuro em<br />
que esses exames não<br />
se resumem a números<br />
e resultados, mas em<br />
narrativas personalizadas<br />
sobre a saúde de<br />
cada indivíduo.<br />
Este artigo fornece apenas<br />
um vislumbre das<br />
maravilhas que a inteligência<br />
artificial traz ao<br />
campo do rastreamento e<br />
diagnóstico laboratorial.<br />
Conforme a tecnologia<br />
avança, descobertas e<br />
aplicações surpreendentes<br />
estão à vista. A intersecção<br />
entre medicina e tecnologia<br />
está redefinindo nossa<br />
compreensão da saúde<br />
humana, e estamos testemunhando<br />
um capítulo<br />
empolgante nessa jornada<br />
rumo a um amanhã mais<br />
saudável e promissor.<br />
Autora:<br />
Andreza Patricia Marinho de Souza Martins<br />
Biomédica multidisciplinar, formada na UNIRIO, mestre em química biológica pela UFRJ. Mestrado na área de biologia molecular, em diagnóstico de dengue por RT-PCR em<br />
tempo real. Escritora na área de farmácia para editora Sanar saúde. Copywriter na Clinicarx. Idealizadora do canal @uniprofimulti, que tem a finalidade de unir profissionais<br />
através da multidisciplinaridade.<br />
102 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
ANÁLISES CLÍNICAS<br />
COMO SABER SE UMA ANEMIA É<br />
MEGALOBLÁSTICA?<br />
Por Brunno Câmara<br />
A anemia megaloblástica<br />
é definida como uma<br />
desordem causada por<br />
síntese de DNA prejudicada.<br />
A presença de células<br />
megaloblásticas é a<br />
característica morfológica<br />
principal dessa condição.<br />
Exame clínico<br />
As causas de anemia<br />
megaloblástica são muitas.<br />
Então, uma anamnese<br />
bem feita para encontrar<br />
potenciais fatores de<br />
risco é o passo inicial.<br />
Alguns dos mecanismos<br />
associados são:<br />
• Ingestão diminuída<br />
• Absorção prejudicada<br />
• Aumento da necessidade<br />
• Medicamentos<br />
• Erros inatos do metabolismo<br />
Geralmente, a anemia se<br />
desenvolve lentamente,<br />
e o organismo põe em<br />
ação mecanismos cardiopulmonares<br />
e intraeritrocíticos<br />
compensatórios.<br />
Com isso, as manifestações<br />
clínicas só costumam<br />
ser percebidas<br />
quando o hematócrito já<br />
está muito diminuído.<br />
Os sintomas de anemia<br />
são: fraqueza, arritmias,<br />
fadiga, respiração curta.<br />
A palidez de mucosas e<br />
pele é caracterizada por<br />
uma coloração amarelo<br />
esverdeada.<br />
Cardiomiopatia e língua<br />
lisa também podem<br />
estar presentes.<br />
Podem haver também<br />
sintomas neurológicos,<br />
como parestesias em pés<br />
e dedos, distúrbios da<br />
sensibilidade vibratória e<br />
da propriocepção.<br />
Com o avançar da doença,<br />
mais problemas<br />
neurológicos graves vão<br />
aparecendo devido a<br />
desmielinização da coluna<br />
espinal, nervos periféricos<br />
e cérebro.<br />
Exames laboratoriais<br />
Hemograma<br />
A anemia (hemoglobina<br />
diminuída) é macrocítica,<br />
com VCM acima de<br />
100 fL, podendo chegar a<br />
mais de 150 fL.<br />
Há aumento do RDW,<br />
caracterizando a anisocitose.<br />
A morfologia e<br />
tamanho dos eritrócitos<br />
podem variar bastante,<br />
sendo comuns ovalócitos<br />
e macrócitos.<br />
104 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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Volume de amostra: 100µl.<br />
Amostra: Sangue total, soro, plasma,<br />
urina diluída e CSF.<br />
Testes/hora: 60 testes<br />
Display: Teclado - keypad<br />
Entre em<br />
contato<br />
Parâmetros: Na, K, iCa, Cl, Li, pH e HCO³<br />
Parâmetros Calculados: nCa, TCa,<br />
pCO², TCO², BE, BE-ECF, AG(Na), AG(K).<br />
Volume de amostra: 100µl.<br />
Amostra: Sangue total, soro, plasma,<br />
urina diluída e CSF.<br />
Testes/hora: 60 testes<br />
Display: Touchscreen de 7"
ANÁLISES CLÍNICAS<br />
Em casos graves, os eritrócitos<br />
podem apresentar<br />
pontilhados basofílicos<br />
e restos nucleares.<br />
Quanto mais avançada<br />
a doença estiver, mais as<br />
alterações eritrocitárias<br />
serão acentuadas.<br />
Geralmente, os núcleos<br />
de uma porcentagem<br />
dos neutrófilos podem<br />
apresentar mais lóbulos<br />
que o normal (hipersegmentação),<br />
o que<br />
pode ser chamado de<br />
"desvio à direita".<br />
Pode haver trombocitopenia<br />
e plaquetas de<br />
tamanho menor.<br />
Contagem de reticulócitos<br />
Geralmente, a contagem<br />
de reticulócitos está<br />
diminuída, devido à destruição<br />
intramedular dos<br />
precursores eritroides.<br />
Dosagem de vitamina<br />
B12 e ácido fólico<br />
A anemia megaloblástica<br />
pode ser decorrente<br />
da deficiência isolada de<br />
vitamina B12 (cobalamina),<br />
da deficiência isolada<br />
de folatos ou de uma<br />
deficiência concomitante<br />
dos dois nutrientes.<br />
Então temos três possibilidades<br />
de resultados<br />
das dosagens séricas:<br />
• Vitamina B12 diminuída<br />
com ácido fólico normal<br />
• Vitamina B12 normal com<br />
ácido fólico diminuído<br />
• Vitamina B12 e ácido<br />
fólico diminuídos<br />
Dosagem de ácido<br />
metilmalônico e homocisteína<br />
Níveis séricos elevados<br />
de ácido metilmalônico<br />
(AMM) e de homocisteína<br />
(HM) são indicadores<br />
de deficiência de<br />
vitamina B12.<br />
Seus níveis aumentam<br />
antes que a vitamina B12<br />
sérica atinja níveis subnormais.<br />
Dos dois analitos, a dosagem<br />
de AMM tem maior<br />
sensibilidade e especificidade<br />
para a deficiência<br />
de cobalamina.<br />
106 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Já a homocisteína eleva-<br />
-se na deficiência de vitamina<br />
B12, de folatos, de<br />
vitamina B6 (piridoxina) e<br />
no hipotireoidismo.<br />
É importante ressaltar<br />
que, em pacientes com<br />
doença renal, as dosagens<br />
de AMM e HM estarão<br />
elevadas.<br />
• Hipotireoidismo<br />
• Anemia aplástica<br />
• Neoplasias mielodisplásicas<br />
• Reticulocitose (aumen-<br />
ANÁLISES CLÍNICAS<br />
Resumindo,<br />
anemia<br />
Macrocitose sem ane-<br />
to de reticulócitos)<br />
macrocítica com:<br />
• AMM elevado e HM<br />
normal ou elevada =<br />
considerar deficiência de<br />
cobalamina<br />
• AMM normal e HM elevada<br />
= considerar defici-<br />
mia megaloblástica<br />
Nem sempre um VCM<br />
aumentado será indicativo<br />
de deficiência de vitamina<br />
B12 e/ou folato.<br />
A macrocitose pode<br />
Porém, nesses casos, o<br />
VCM raramente excede<br />
110 fL. Ao contrário da<br />
anemia<br />
megaloblástica,<br />
em que o VCM pode ter<br />
um aumento acentuado.<br />
ência de folatos<br />
• AMM e HM normais = considerar<br />
outras condições e<br />
avaliar a medula óssea<br />
ocorrer nas seguintes<br />
situações:<br />
• Alcoolismo<br />
• Doença hepática<br />
Referência<br />
Williams Hematology, 9ª edição.<br />
Socha, D. S., DeSouza, S. I., Flagg, A., Sekeres,<br />
M., & Rogers, H. J. (2020). Severe megaloblastic<br />
anemia: Vitamin deficiency and other<br />
causes. Cleveland Clinic journal of medicine,<br />
87(3), 153–164. https://doi.org/10.3949/<br />
ccjm.87a.19072<br />
Autor:<br />
Brunno Câmara<br />
Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de<br />
Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia /<br />
experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />
Contato: @biomedicinapadrao<br />
FONTE: BIOMEDICINA PADRÃO<br />
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2023/03/como-saber-se-uma-anemia-e.html<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
107
AUDITORIA E QUALIDADE<br />
ADEQUAÇÃO A NOVA RDC 786/2023<br />
O PAPEL DA AUDITORIA NESSA VERIFICAÇÃO<br />
Por Waldirene Nicioli<br />
Nos últimos anos, ficou<br />
Se passaram 18 anos<br />
A publicação traz<br />
evidente a necessidade<br />
para essa atualiza-<br />
determinações de cri-<br />
de aprimoramento da<br />
ção, e na busca de<br />
térios para infraestru-<br />
norma que regulamen-<br />
melhor desempenho<br />
tura física, recursos<br />
ta o funcionamento do<br />
e eficiência dos exa-<br />
materiais, organização<br />
setor, de forma a abran-<br />
mes brasileiros, mais<br />
de cada tipo de servi-<br />
C<br />
ger questões como o<br />
de uma centena de<br />
ço, gerenciamento de<br />
M<br />
avanço tecnológico, a<br />
artigos<br />
constantes<br />
processos,<br />
contratua-<br />
Y<br />
CM<br />
ampliação do acesso<br />
por meio da realização<br />
na RDC 786/2023,<br />
vigente a partir de 1º<br />
lização de atividades,<br />
gestão e controle de<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
de testes de triagem<br />
de agosto, são novos<br />
qualidade dos serviços.<br />
K<br />
para além das estru-<br />
para a maioria dos<br />
Traz implementação da<br />
turas laboratoriais, os<br />
laboratórios, e vai<br />
Gestão de Riscos, ade-<br />
serviços itinerantes, o<br />
exigir<br />
planejamento<br />
quação à LGPD e tam-<br />
monitoramento da qua-<br />
e conhecimento de<br />
bém aborda o armaze-<br />
lidade dos testes para<br />
gestão técnica e da<br />
namento e transporte<br />
triagem e diagnóstico,<br />
qualidade para colo-<br />
adequado das amos-<br />
entre outros aspectos.<br />
cá-los em prática.<br />
tras coletadas.<br />
108 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
O Animal<br />
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AUDITORIA E QUALIDADE<br />
Para que o laboratório<br />
A Auditoria Interna é um<br />
rio de análises clínicas<br />
possa cumprir as novas<br />
procedimento<br />
comum<br />
deve oferecer a segu-<br />
diretrizes da resolução é<br />
necessária a revisão dos<br />
processos, procedimentos<br />
e equipamentos existentes.<br />
A realização de<br />
Auditoria Interna pode<br />
ser uma saída para obter<br />
um mapeamento das<br />
adequações e implementações<br />
necessárias. Dessa<br />
forma, é possível rastrear<br />
e documentar todos os<br />
pontos que precisam de<br />
ajustes, além de avaliar<br />
a eficácia do sistema de<br />
da Garantia da Qualidade,<br />
que também surge<br />
nessa atualização da<br />
norma. Na edição 177<br />
da <strong>Revista</strong> NewsLab,<br />
nessa mesma sessão de<br />
Auditoria e Qualidade,<br />
já falamos sobre como<br />
realizar uma Auditoria<br />
Interna da Qualidade.<br />
É fundamental compreender<br />
que independentemente<br />
das resoluções<br />
rança necessária para<br />
garantir a conformidade<br />
com as normas e leis,<br />
mesmo que ocorram<br />
eventuais mudanças.<br />
Assim, o laboratório<br />
desempenha um papel<br />
crucial na garantia de<br />
resultados confiáveis<br />
e no aprimoramento<br />
contínuo, impulsionando<br />
a excelência no<br />
setor de diagnósticos e<br />
gestão da qualidade e<br />
que surgirem ou per-<br />
promovendo o bem-es-<br />
seu desempenho geral.<br />
manecerem, o laborató-<br />
tar da população.<br />
Autora:<br />
Waldirene Nicioli<br />
Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Farmacologia Clínica, Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas, Proprietária Examinare de Análises<br />
Clínicas, Auditora Líder do DICQ - Sistema Nacional de Acreditação, Membro da Central de Negócios do Grupo ACB - Análises Clínicas Brasil, Umas das<br />
fundadoras da OFAC Brasil - Organização Feminina de Análises Clínicas.<br />
110 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
PAPO DE BANCADA<br />
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO<br />
ALINHADO ÀS POSIÇÕES DE LIDERANÇA E NOVOS<br />
NEGÓCIOS EM TEMPOS DE TRANSFORMAÇÃO<br />
Por Silvânia Ramalho<br />
A era da transformação<br />
"anestesiando" a região,<br />
ções aliados a robótica<br />
chegou<br />
explodindo<br />
vai ficar pasmo quan-<br />
e inovação. Por isso é<br />
nossos olhos com novidades<br />
a todo momento.<br />
Desde equipamentos e<br />
instrumentos com alta<br />
precisão analítica, aos<br />
mais variados softwares<br />
e soluções de hardwares<br />
com promessas<br />
tantas de gestão da<br />
qualidade de trabalho<br />
no mundo corporativo.<br />
E nós gestores de laboratorios<br />
somos surpreendidos<br />
com uma novidade<br />
a cada minuto. Quem<br />
ficou admirado com a<br />
abelha que posicionada<br />
na região de coleta<br />
promovia um conforto<br />
do ouvir dizer que já é<br />
possível uma punção<br />
venosa e arterial de alta<br />
precisão com a ajuda da<br />
robótica, sem operador.<br />
E o equipamento capaz<br />
de semear urina com<br />
a mesma leveza que<br />
levamos tempo treinando.<br />
E mesmo que<br />
você negue ou resista o<br />
futuro acontece novamente<br />
a cada segundo.<br />
Enquanto falo com você,<br />
muitas outras inovações<br />
explodem aos nossos<br />
olhos. E cada vez mais<br />
a inteligência artificial<br />
vem promovendo solu-<br />
tão importante estarmos<br />
sempre em constante<br />
atualização, como<br />
conversamos na edição<br />
anterior, sobre o papel<br />
de transferência de responsabilidades<br />
de forma<br />
confortável para wueno<br />
gestor principal, aquele<br />
que é tomador de decisão<br />
ou o direcionador de<br />
propósito no laboratório<br />
clínico tenha tempo,<br />
espaço e oportunidade<br />
de conhecer novos<br />
ambientes, novas oportunidades<br />
de negócios,<br />
para que ele colabore<br />
com estratégias de sustentação<br />
do seu negócio.<br />
112 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
A RDC 786/2023 já está<br />
detalhada em relação<br />
Pois eu lhe pergunto<br />
PAPO DE BANCADA<br />
em vigor e promete<br />
ao papel de cada perso-<br />
agora, "Onde você vai<br />
movimentar o merca-<br />
nagem nesta missão de<br />
conduzir o seu labo-<br />
do diagnóstico como<br />
garantir<br />
proximidade<br />
ratório clínico para os<br />
um todo. Quem não<br />
com o paciente. Você se<br />
próximos 5 anos? Desis-<br />
acompanhar as mudan-<br />
lembra como era o seu<br />
tir não pode ser o seu<br />
ças do mercado e não<br />
laboratório clínico nos<br />
plano B, sabe porque?<br />
se conectar com esta<br />
anos 90? Amanhã você<br />
Por que depois de todas<br />
nova resolução, pode<br />
não vai mais conseguir<br />
as dificuldades e insta-<br />
ficar a deriva neste<br />
lembrar como era o labo-<br />
bilidades<br />
econômicas,<br />
mãe de oportunidades<br />
ratório, porque em 15<br />
depois da pandemia<br />
e mudanças. Sabíamos<br />
dias de ativada, a nova<br />
com a sua recepção<br />
que uma hora ou outra<br />
RDC já mexeu muito<br />
entupida de pacientes<br />
a globalização iria nos<br />
com o comportamento<br />
e toda instabilidade<br />
trazer mudanças pro-<br />
do mercado, então ima-<br />
econômica e de mun-<br />
fundas e o pós COVID<br />
gine como estaremos<br />
do, jogar a toalha não é<br />
trouxe um mundo tec-<br />
daqui a 01 ano?<br />
opção.<br />
nológico e a necessidade<br />
de estarmos na cada<br />
O que você contemplou<br />
E por isso é tão impor-<br />
vez mais conectados.<br />
no planejamento estra-<br />
tante pensar em planeja-<br />
Foram mais de 15 anos<br />
tégico do seu labora-<br />
mento estratégico, pen-<br />
de RDC 302/2005 con-<br />
tório clínico daqui a 5<br />
sar em novos negócios,<br />
siderada um marco na<br />
anos? Não era essa a<br />
isso tudo sem perder a<br />
regulação do proces-<br />
pergunta que nós fazí-<br />
essência, somos científi-<br />
so que antes estavam<br />
amos? "Onde você quer<br />
cos, somos responsáveis<br />
sem uma diretriz tão<br />
estar daqui a 5 anos?"<br />
por 70% das decisões<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
113
PAPO DE BANCADA<br />
tomadas em consultó-<br />
Para aqueles que pen-<br />
pacientes, não está dis-<br />
rios clínicos com a evi-<br />
sam que neste cabo<br />
ponível na cidade, por<br />
dência diagnostica que<br />
de guerra, a bandeira<br />
que o laboratório tem<br />
produzimos. Precisamos<br />
vai passar para o outro<br />
o procedimento, mas<br />
acompanhar as mudan-<br />
lado, aproxime-se mais<br />
não divulga. Então o<br />
ças de mercado com<br />
dos prescritores, os<br />
paciente desloca para<br />
olhar em ações sustentá-<br />
médicos, estes mes-<br />
outra cidade buscar<br />
veis. E a nova resolução<br />
mos, ofereça ao médico<br />
um produto ou manejo<br />
promove essa necessi-<br />
experiências novas no<br />
que o laboratório clíni-<br />
dade de mudança, para<br />
seu serviço diagnósti-<br />
ca tem como atender.<br />
quem pensa que perde-<br />
co, já foi o tempo que<br />
rá uma receita que vai<br />
informar os resultados<br />
Existem cidades em que<br />
gerar impacto grande no<br />
anteriores no laudo do<br />
clínicas, por exemplo de<br />
resultado financeiro, crie<br />
paciente seria um dife-<br />
fertilização,<br />
oferecem<br />
uma nova forma de aten-<br />
rencial, se tornou bási-<br />
pacotes contemplando<br />
der o seu cliente/pacien-<br />
co. Os médicos vão ao<br />
hospedagem e transla-<br />
te e proporcione para<br />
congresso em busca<br />
do e encaminham seus<br />
ele uma experiência, não<br />
de manobras e estra-<br />
pacientes para outros<br />
mais um atendimento.<br />
tégias para melho-<br />
centros para realizar<br />
rar o atendimento e<br />
exames em biologia<br />
Por isso tem se falado<br />
relacionamento<br />
com<br />
molecular, produto que<br />
tanto nos últimos anos<br />
seu paciente. E muita<br />
traz alta rentabilidade<br />
em humanização de<br />
vezes aquele procedi-<br />
para o seu trabalho,<br />
atendimento e experiên-<br />
mento que ele imagina<br />
sendo que o laboratório<br />
cia do cliente, surpreen-<br />
que vai ser importante<br />
da cidade em que ele<br />
der o cliente/paciente.<br />
oferecer para os seus<br />
reside tem condição de<br />
116 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
captar essa demanda.<br />
ção com o aumento do<br />
hoje no mercado exames<br />
PAPO DE BANCADA<br />
número de casos pós<br />
genéricos, chamados de<br />
E eu poderia lhe dar<br />
pandemia associados a<br />
medicina<br />
personalizada<br />
vários exemplos de pro-<br />
sequelas do vírus. Pois<br />
que ampliam o campo<br />
dutos (vamos chamar<br />
bem, está mesma plata-<br />
de investigação. Outro<br />
assim os exames (vamos<br />
forma também pode ser<br />
exemplo, em um exa-<br />
chamar assim os exames<br />
utilizada para avaliação<br />
me genético que faça<br />
para diferenciar o con-<br />
de atletas profissio-<br />
avaliação do genótipo e<br />
vencional da inovação),<br />
nais e não profissionais<br />
fenótipo do indivíduo em<br />
com<br />
oportunidades<br />
(aqueles que estão nas<br />
ralação a alimentação e<br />
diversas. Por exemplo<br />
academias, em volta<br />
estrutura física, o profis-<br />
existe uma plataforma<br />
das praças em parques<br />
sional que acompanha<br />
com inteligência artifi-<br />
fazendo<br />
caminha-<br />
o paciente (médico do<br />
cial para avalização do<br />
da, participando dos<br />
esporte ou preparador<br />
equilíbrio que foi ide-<br />
eventos de corrida de<br />
físico) pode conhecer<br />
alizada dentro de uma<br />
rua). Estamos falando<br />
características<br />
específi-<br />
renomada<br />
universida-<br />
de estratégia para um<br />
cas da estrutura genética<br />
de aqui no Brasil, para<br />
novo negócio.<br />
daquele paciente que<br />
oferecer ao paciente<br />
pedem o seu desenvolvi-<br />
idoso pós COVID infor-<br />
Então podemos usar<br />
mento baseado em cole-<br />
mação sobre perda de<br />
ações como estas para<br />
tividade. Nenhum indiví-<br />
equilíbrio. Baseado em<br />
prospectar ciência e<br />
duo é igual ao outro, por<br />
estudos sobre a quan-<br />
tecnologia. Associado a<br />
isso personalizar ações<br />
tidade de idosos que<br />
está mesma estratégia<br />
é algo que representa<br />
se acidentaram domes-<br />
da plataforma de avalia-<br />
ganho em valor para o<br />
ticamente e a correla-<br />
ção de equilíbrio temos<br />
seu negócio.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
117
PAPO DE BANCADA<br />
Quanto mais aproximamos<br />
da biologia molecu-<br />
ção?", "Você sabe o ponto<br />
de equilíbrio operacio-<br />
• R$ 0,72 - custo de coleta<br />
(tubo a vácuo)<br />
lar e da inteligência arti-<br />
nal e financeiro do seu<br />
• R$ 4,47 – Subtotal de<br />
ficial, mais poderemos<br />
laboratório clínico?", a<br />
Insumos<br />
oferecer<br />
experiências<br />
grande maioria não tem<br />
novas para médicos e<br />
esta resposta. Façamos<br />
• R$ 8,53 - custo opera-<br />
pacientes e mais confor-<br />
juntas uma continha<br />
cional<br />
táveis estaremos com o<br />
simples para entender<br />
• R$ 6,10 - custo estrutural<br />
futuro. O básico nós já<br />
onde precisamos chegar<br />
realizamos com excelên-<br />
e porque precisamos<br />
• R$ 14,63 - Subtotal de<br />
cia, o novo será garantia<br />
avaliar estes números.<br />
estrutura<br />
de sobrevivência.<br />
Cada caso é um caso,<br />
mas o início desta jorna-<br />
R$ 19,10 - custo final<br />
E recordando edições<br />
da é o mesmo, conhecer<br />
anteriores é sempre<br />
a saúde do meu negócio<br />
Um dos mais importan-<br />
necessário tomar deci-<br />
e aplicar ações para que<br />
tes conselhos é, anali-<br />
sões baseadas em evi-<br />
ele se torne cada dia<br />
sar os números pensan-<br />
dências, acompanhar os<br />
mais saudável. O que<br />
do em oportunidades.<br />
resultados do laborató-<br />
compõe o custo total de<br />
Analisar estes números<br />
rio clínico é de grande<br />
cada procedimento?<br />
pensando em expan-<br />
importância.<br />
Quando<br />
são, quer um exemplo,<br />
direciono para grande<br />
Custo pré-analitico do<br />
quando você adquire<br />
maioria dos laboratórios<br />
procedimento:<br />
um analisar bioquími-<br />
clínicos a seguinte per-<br />
co ou hematológico<br />
gunta: "Como você preci-<br />
• R$ 0,81 - custo de cole-<br />
ou qualquer outro, o<br />
fica?", "Você usa markup<br />
ta (punção venosa)<br />
laboratório opta em<br />
ou margem de contribui-<br />
• R$ 2,94 - custo do exame<br />
expandir ou diminuir?<br />
120 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Então porque compra-<br />
um olhar nas mudanças e<br />
contribuir neste proje-<br />
PAPO DE BANCADA<br />
mos do tamanho certo<br />
acontecimentos para lhe<br />
to de lhe representar. E<br />
da nossa rotina e não<br />
representar com a deman-<br />
caso não tenha ainda um<br />
com uma folga?<br />
da de buscar o novo, nos<br />
colaborador com esse<br />
congressos e tantas feiras<br />
perfil, busque um amigo<br />
E tecnologia, inovação<br />
que acontecem ao longo<br />
ou alguém próximo que<br />
e conhecimento, prova-<br />
do ano pelo país.<br />
possa contribuir.<br />
velmente serão a nossa<br />
prosa para outros tantos<br />
E não é uma tarefa das<br />
Hoje mesmo, busque ter<br />
debates sobre a globaliza-<br />
mais difíceis, analise o<br />
em sua equipe pessoas<br />
ção que aconte agora no<br />
conteúdo do congresso,<br />
que possam ser os seus<br />
mundo inteiro.<br />
elabore um roteiro para o<br />
ouvidos por aí e muito<br />
qual você seguiria, sele-<br />
além de lhe represen-<br />
E quando ao gestor não<br />
cione o colaborador que<br />
tar, tenham paixão por<br />
é possível a ausência de<br />
melhor possa lhe auxiliar<br />
conehciemmto e inova-<br />
suas atividades laborao-<br />
nesta jornada e oriente<br />
ção. Porque a tecnolo-<br />
riorias, selecione aquele<br />
aos demais principais<br />
gia, essa invitavelmente<br />
colaborador que tenha<br />
pontos que ele possa<br />
nos alcançou!!!<br />
Autora:<br />
Silvânia Ramalho<br />
Bioquímica farmacêutica com especialização em Análise de Custos e Formação de Preço de Venda, Gestão Comercial em Vendas e membro do Grupo<br />
Técnico de Trabalhos de Analises Clinicas do CRF/MG.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
121
DIREITO E SAÚDE<br />
BREVE ANÁLISE JURÍDICA SOBRE A RDC<br />
786/2023 - SEGUNDA PARTE<br />
Por Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />
Prezado(a) Leitor(a),<br />
seja bem, vindo(a) a<br />
esta análise jurídica!<br />
Em nosso tema desta<br />
edição, trazemos a<br />
“PARTE DOIS” da análise<br />
da nova nova RDC 786<br />
de 2023 da ANVISA.<br />
No artigo anterior –<br />
(<strong>Revista</strong> NewsLab 178<br />
Julho de 2023) traçamos<br />
alguns pontos relevantes<br />
jurídicos que a novel<br />
RDC 786/23 trouxe, tal<br />
como a preocupação e<br />
segurança jurídica entre<br />
as partes (Clientes X<br />
Laboratórios), a relação<br />
entre empresas em si e<br />
até mesmo a clara preocupação<br />
da nova redação<br />
em lidar com a blindagem<br />
e proteção de<br />
dados das partes envolvidas,<br />
notadamente, os<br />
pacientes, por meio da<br />
LGPD – Lei Geral de Proteção<br />
de Dados.<br />
Com a efetiva vigência<br />
da nova RDC (Desde 1º<br />
de Agosto de 2023), em<br />
uma análise primária e<br />
superficial, parece que<br />
o furor e preocupação<br />
com as adequações<br />
necessárias cessaram<br />
na classe laboratorial,<br />
mas o silêncio é muitas<br />
vezes um instrumento<br />
perigoso quando se<br />
trata de estar regular<br />
e dentro das normas,<br />
assim, continuamos a<br />
sequência do primeiro<br />
artigo, trazendo outras<br />
implicações, jurídicas, as<br />
quais obrigatoriamente<br />
o laboratório de análises<br />
clínicas deve conter.<br />
A nova RDC trouxe a baila<br />
obrigatoriedades (literalmente<br />
formais) que<br />
os laboratórios de análises<br />
clínicas por vezes<br />
já cumpriam, seguiam<br />
e se pautarem, porém<br />
124 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
nem todos. Agora, sem<br />
A nossa leitura deste<br />
A previsibilidade e obri-<br />
DIREITO E SAÚDE<br />
discussão e sem dúvi-<br />
artigo é que na ver-<br />
gatoriedade do pro-<br />
das, todos devem seguir,<br />
dade o programa de<br />
grama de educação<br />
caso contrário, estarão<br />
educação permanen-<br />
permanente não nos<br />
forma da norma, simples<br />
te previsto na nova<br />
traz ciclo de periodici-<br />
assim, portanto sujeitos<br />
RDC 786/23 ele é apli-<br />
dade a qual a equipe<br />
a sansões administrati-<br />
cável de forma ampla<br />
deverá realizar o curso,<br />
vas e judiciais dos entes<br />
a todos os emprega-<br />
tão pouco carga horária,<br />
Públicos e pacientes.<br />
dos da empresa, sen-<br />
mas em contrapartida<br />
do: atendimento, área<br />
nos traz a vinculação<br />
Temos como ponto de<br />
técnica, coleta, admi-<br />
para que Laboratório<br />
alto relevo para todos<br />
nistrativo,<br />
transpor-<br />
tenha o comprovante<br />
nesta relação, em pri-<br />
te. Desta forma, não<br />
que forneceu o curso<br />
meiro lugar de desta-<br />
precisa o empresário<br />
e a devida certificação<br />
que o PROGRAMA DE<br />
laboratorial ficar com a<br />
aos colaboradores, com<br />
EDUCAÇÃO PERMANEN-<br />
preocupação que “sua<br />
nome do curso, carga<br />
TE, pela qual o Labo-<br />
área técnica deverá se<br />
horária, temas abor-<br />
ratório deverá prover<br />
ausentar para cursos”,<br />
dados, palestrante e<br />
aos seus empregados<br />
pois é possível realizar<br />
demais itens de praxe.<br />
treinamentos, cursos e<br />
um grande ciclo entre<br />
Certamente é uma lou-<br />
capacitações de forma<br />
os setores, de forma<br />
vável justificativa para<br />
contínua, de modo que<br />
cadenciada e com o pla-<br />
que os empregados<br />
os mesmos estejam<br />
nejamento<br />
financeiro<br />
fiquem atualizados e os<br />
sempre se reciclando.<br />
para tal investimento.<br />
empregadores<br />
possam<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
125
DETECÇÃO PRECOCE<br />
+60 DOENÇAS<br />
CONGÊNITAS<br />
ESPECTROMETRIA DE<br />
MASSAS EM TANDEM<br />
O Guthrie Pesquisa e<br />
Diagnóstico é um laboratório<br />
situado em Brasília e<br />
especializado em triagem<br />
neonatal. Possuímos uma vasta<br />
experiência de mais de 30 anos<br />
no segmento de teste do<br />
pezinho e competência para<br />
processar todos os exames<br />
atualmente disponíveis no<br />
mercado. A empresa se destaca<br />
por ocupar uma posição de<br />
liderança nesse campo e<br />
demonstra um forte<br />
compromisso com a excelência<br />
dos resultados que oferece aos<br />
seus clientes<br />
Nosso diferencial:<br />
Realizamos treinamento para coleta adequada de amostras de sangue seco;<br />
Enviamos dispositivo destinado a secar as amostras de sangue coletadas do<br />
calcanhar do bebê, manual de instrução de coleta e envelope de retorno;<br />
Processamos as amostras e realizamos a liberação do laudo em até cinco<br />
dias úteis;<br />
Uso exclusivo de instrumentos e reagentes aprovados e regulamentados<br />
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), garantindo a<br />
conformidade com padrões de segurança e qualidade;<br />
Utilização de produtos fabricados por uma empresa reconhecida<br />
internacionalmente como referência em soluções para triagem neonatal;<br />
Comunicação imediata de resultado crítico;<br />
Suporte profissional fornecido por um geneticista médico altamente<br />
qualificado e especializado em genética médica, com um foco na avaliação e<br />
interpretação dos resultados obtidos por meio da triagem neonatal<br />
ampliada.
Prazo de resultado: 3 a 5 dias úteis<br />
TRIAGEM NEONATAL COM TECNOLOGIA AVANÇADA PARA O<br />
DIAGNÓSTICO DE:<br />
DOENÇAS LISOSSÔMICAS - POMPE, GAUCHER, FABRY, KRABBE,<br />
MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO 1, NIEMANN-PICK A/B<br />
ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL (AME)<br />
IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE (SCID)<br />
AGAMAGLOBULINEMIA LIGADA AO X (XLA)<br />
AMINOACIDOPATIAS<br />
DISTÚRBIOS DA OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS E ACIDEMIAS ORGÂNICAS<br />
DESORDEM DO METABOLISMO DA PURINHA - IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE<br />
POR ADENOSINA DESAMINASE<br />
ADRENOLEUCODISTROFIA LIGADA AO X<br />
TIROSINEMIA TIPO I<br />
*Realizamos os perfis: básico, ampliado, expandido e<br />
master. Acesse o nosso site através do QR Code ao<br />
lado e confira todos os exames.<br />
tel.:+55 61 3045 4004<br />
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DIREITO E SAÚDE<br />
investir em melhoria continuadamente,<br />
ou seja<br />
educação continuada é<br />
uma das soluções para<br />
o aperfeiçoamento da<br />
equipe e procedimentos.<br />
Outro ponto importante<br />
da nova norma jurídica<br />
permeia na necessidade<br />
do Laboratório em<br />
realizar o seu próprio<br />
controle de qualidade,<br />
o que a prima facie<br />
pode parecer algo “mais<br />
do mesmo”, porém, com<br />
o peso que vai além da<br />
técnica e boas práticas,<br />
mas sim, com a responsabilidade<br />
de documentar<br />
tudo de forma<br />
primorosa por parte da<br />
equipe e assim criar um<br />
“histórico” do controle<br />
de qualidade em si para<br />
fins de fiscalização.<br />
Tem-se ainda a clara<br />
obrigatoriedade de<br />
realizar (muitas vezes<br />
apenas formalizar) contratos<br />
jurídicos! Parece<br />
obvio não é! Porém, não<br />
é raro verificar Laboratórios<br />
que ainda não<br />
estão formalizados em<br />
seus postos de coleta<br />
(junto a clínicas, perante<br />
empresas, etc), referida<br />
situação sempre foi<br />
um risco para ambas as<br />
empresas, porém, agora,<br />
é necessário mitigar<br />
tal risco, com a elaboração,<br />
cuidado e renovação<br />
de um seguro<br />
instrumento jurídico de<br />
contrato entre as partes,<br />
prevendo obrigações<br />
claras e com maior clareza<br />
ainda a responsabilidade<br />
por transporte,<br />
pela realização do exame,<br />
com o responsável<br />
técnico e demais itens<br />
a dar a segurança jurídica<br />
necessária a relação<br />
comercial.<br />
Vejamos:<br />
CAPÍTULO IV<br />
DA CONTRATUALIZA-<br />
ÇÃO DAS ATIVIDADES<br />
Art. 43. As contratualizações<br />
das atividades<br />
relacionadas aos EAC<br />
devem estabelecer as<br />
responsabilidades das<br />
Partes envolvidas e os<br />
128 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
DIREITO E SAÚDE<br />
critérios de controle e<br />
de qualificação das etapas<br />
da cadeia de EAC.<br />
Parágrafo único. As Partes<br />
devem requisitar<br />
documentos que comprovem<br />
a regularidade<br />
sanitária e demais habilitações<br />
da outra Parte.<br />
Art. 44. As Partes devem<br />
estar cientes que as atividades<br />
executadas, inclusive<br />
a análise de contratos,<br />
podem estar sujeitas<br />
à inspeção pelas autoridades<br />
competentes.<br />
Art. 45. Todos os registros<br />
relacionados às<br />
atividades contratualizadas<br />
devem ser mantidos<br />
em guarda e estar<br />
disponíveis para as Partes<br />
envolvidas.<br />
Desta forma, cabe ao<br />
ESTABELECIMENTO DE<br />
SAÚDE – Laboratório de<br />
Análises Clínicas s proteger<br />
e se blindar contratualmente!<br />
Cabendo<br />
além da obrigação de<br />
ter o contrato em sua<br />
guarda, mas também o<br />
deixar em acesso “fácil”<br />
para o caso da fiscalização<br />
solicitar.<br />
Estas são mais algumas<br />
das considerações e<br />
soluções (ou problemas?)<br />
trazidos pela nova<br />
RDC786/2023 da Anvisa,<br />
agora, já em vigor!<br />
Proteção jurídica ao<br />
seu Laboratório! Está é<br />
nossa missão e está no<br />
nosso DNA lhe assessorar<br />
nesta empreitada,<br />
conte conosco!<br />
Obrigado e um grande<br />
abraço a todos!<br />
Autor:<br />
Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />
Advogado em São Paulo, especialista em direito e processo do trabalho, especialista em direito contratual, especializando em advocacia consultiva, é<br />
sócio do escritório CIRIACO ADVOGADOS, localizado em São Paulo – Capital, é Professor de Pós Graduação em São Paulo-<br />
SP; São Luis do Maranhão-MA; Goiânia-GO e Palestrante, atuando na área da saúde, na defesa de empresas, clinicas e laboratórios.<br />
@ciriacoadvogados<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
129
MEDICINA GENÔMICA<br />
DOENÇAS CARDIOVASCULARES HEREDITÁRIAS:<br />
CONHEÇA AS PRINCIPAIS<br />
Por Varsomics<br />
Entenda o papel da hereditariedade<br />
em algumas<br />
das principais doenças<br />
cardiovasculares.<br />
Mais de 22.000 variantes<br />
genéticas são conhecidas,<br />
tanto em regiões<br />
codificantes quanto em<br />
regiões não codificantes.<br />
Muitas delas são consideradas<br />
patogênicas, ou<br />
seja, capazes de causar<br />
diversas doenças, entre<br />
elas as doenças cardiovasculares<br />
hereditárias.<br />
O que são doenças cardiovasculares?<br />
As Doenças Cardiovasculares<br />
são aquelas<br />
que afetam os vasos<br />
sanguíneos e/ou o<br />
coração. Conjuntamente,<br />
elas são consideradas<br />
a causa número 1 de<br />
mortes globais, levando<br />
a vida de aproximada-<br />
mente 18 milhões de<br />
pessoas por ano, superando<br />
até mesmo o câncer<br />
neste aspecto.<br />
Em geral, a susceptibilidade<br />
às doenças cardiovasculares<br />
é gerada em<br />
função de hábitos como<br />
o sedentarismo, o tabagismo,<br />
o uso de álcool<br />
e também por dietas<br />
pouco saudáveis. Além<br />
disso, os fatores genéticos<br />
também possuem<br />
um papel importante<br />
no desenvolvimento<br />
destas doenças.<br />
Doenças cardiovasculares<br />
podem ser hereditárias?<br />
Algumas doenças cardiovasculares<br />
podem ser<br />
herdadas, sendo classificadas<br />
como Doenças<br />
Cardiovasculares Hereditárias.<br />
Essas doenças<br />
podem ter um padrão<br />
de herança autossômico<br />
dominante e serem<br />
causadas por uma única<br />
mutação gênica.<br />
O advento das tecnologias<br />
de sequenciamento<br />
permitiu a formação<br />
de associações entre<br />
determinadas variantes<br />
genéticas e traços<br />
específicos, inclusive<br />
doenças. Com isso, hoje<br />
são conhecidas variantes<br />
ditas patogênicas<br />
(ou provavelmente<br />
patogênicas) capazes<br />
de influenciar o desenvolvimento<br />
de cardiomiopatias<br />
e de outras<br />
doenças cardíacas.<br />
Estas variantes genéticas<br />
capazes de aumentar<br />
a predisposição a<br />
(e mesmo de causar)<br />
doenças cardiovasculares,<br />
podem ser adquiridas<br />
ou herdadas.<br />
132 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
As variantes adquiridas<br />
são chamadas de somáti-<br />
é o resultado de suas<br />
características genéticas<br />
Nestes casos, uma única<br />
mutação é capaz de<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
cas, ou seja, que ocorrem<br />
dentro do contexto de<br />
impactar a função/produ-<br />
em células somáticas e<br />
não são transmitidas. Já<br />
um ambiente.<br />
to de um gene com tamanha<br />
significância que o<br />
as variantes herdadas,<br />
são chamadas de variantes<br />
germinativas, ou<br />
seja, que ocorrem em<br />
células envolvidas na<br />
reprodução.<br />
Além disso, muitas destas<br />
doenças ocorrem<br />
mediante o acúmulo de<br />
danos gerados por mais<br />
de uma variante genética<br />
(traço poligênico),<br />
aumento da predisposição<br />
à doença provavelmente<br />
levará ao desenvolvimento<br />
da mesma. Este tipo de<br />
variante é dita como sendo<br />
de alta penetrância.<br />
Com isso, é importante<br />
notar que nem toda<br />
doença cardiovascular<br />
é hereditária, ainda<br />
embora algumas delas<br />
possam ser causadas<br />
por uma única variante<br />
(traço monogênico).<br />
Mais de 40 doenças cardiovasculares<br />
hereditárias<br />
já foram descritas<br />
como condições mono-<br />
que muitos dos mecanismos<br />
relacionados<br />
com seu desenvolvimento<br />
possam ser profundamente<br />
genéticos.<br />
Doenças Cardiovasculares<br />
Hereditárias<br />
Tendo em vista a grande<br />
diversidade de etiologias<br />
e manifestações<br />
gênicas ou mendelianas.<br />
Ou seja, doenças que se<br />
manifestam em função<br />
de variantes genéticas<br />
em apenas um gene.<br />
Em geral, doenças cardiovasculares<br />
são multifatoriais<br />
e a herança<br />
genética é um dos diversos<br />
fatores que propi-<br />
clínicas das doenças<br />
cardiovasculares hereditárias,<br />
é possível afirmar<br />
que aquelas causadas<br />
pela disfunção de<br />
Apesar disso, variantes<br />
genéticas com tamanho<br />
de efeito tão grande<br />
são menos comuns que<br />
aquelas tipicamente<br />
ciam o surgimento delas.<br />
um único gene são as<br />
envolvidas na constitui-<br />
Vale a máxima de que o<br />
mais simples do ponto<br />
ção de traços poligêni-<br />
fenótipo de uma pessoa<br />
de vista causal.<br />
cos (mais de um gene).<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
133
ECOSSISTEMA DO SETOR DE SAÚDE:<br />
Laboratório Mastellini maximiza unidades<br />
parceiras no interior paulista.<br />
Em um cenário de crescente demanda<br />
por serviços de saúde eficientes e<br />
precisos, os laboratórios de apoio<br />
têm emergido como colaboradores<br />
essenciais para hospitais, clínicas e<br />
órgãos governamentais de saúde<br />
pública. O Laboratório Mastellini,<br />
uma figura proeminente no Noroeste<br />
Paulista, tem desempenhado um<br />
papel de destaque, maximizando<br />
parcerias no interior paulista e redefinindo<br />
os padrões para exames<br />
laboratoriais.<br />
ESTRATÉGIAS PARA A<br />
EXCELÊNCIA DIAGNÓSTICA<br />
Em meio a uma necessidade crescente<br />
de medicina diagnóstica confiável,<br />
os laboratórios de apoio se<br />
tornaram parceiros estratégicos para<br />
entidades de saúde.<br />
A colaboração com um laboratório<br />
de apoio oferece a oportunidade de<br />
expandir a capacidade interna, oferecendo<br />
serviços ágeis e diversificados,<br />
sem a necessidade de aumentar a<br />
infraestrutura física ou investir em<br />
tecnologia adicional.<br />
Apesar das vantagens do conceito<br />
de laboratório de apoio na aceleração<br />
do processamento de amostras e<br />
no aprimoramento dos resultados,<br />
muitos profissionais ainda não estão<br />
familiarizados com suas funcionalidades<br />
e benefícios. Uma exceção<br />
notável a essa falta de conhecimento<br />
é o Laboratório Mastellini, uma força<br />
motriz na arena dos exames laboratoriais<br />
há duas décadas. Seu compromisso<br />
com a excelência e um<br />
atendimento personalizado têm<br />
moldado não apenas as decisões,<br />
mas também o futuro de seus clientes<br />
parceiros.<br />
JÁDER MASTELLINI:<br />
CONDUZINDO A INOVAÇÃO NO<br />
SETOR<br />
O presidente do Grupo Mastellini,<br />
Jáder Mastellini, destaca a importância<br />
da expertise em atender às<br />
necessidades específicas de cada<br />
cliente. "Em um mercado em constante<br />
evolução, nossa visão está<br />
alinhada com a de cada parceiro.<br />
Aqui, cada projeto é uma jornada<br />
única, impulsionando a excelência e<br />
guiado por um suporte personalizado.<br />
Sob nossa liderança, caminhamos<br />
juntos rumo a um futuro de<br />
sucesso compartilhado", afirma.<br />
PARCERIA COM EXCELÊNCIA<br />
INTERNACIONAL<br />
A parceria com o Laboratório Mastellini<br />
oferece aos parceiros acesso a<br />
um atendimento de padrões internacionais,<br />
garantindo resultados precisos<br />
e rápidos. A colaboração envolve<br />
o suporte em exames que não<br />
podem ser totalmente realizados<br />
pelos parceiros devido a limitações<br />
de infraestrutura ou falta de pessoal<br />
qualificado. Essa abordagem permite<br />
que as instituições parceiras mantenham<br />
sua base de clientes, expandam<br />
suas ofertas de análises e<br />
permaneçam competitivas sem a<br />
necessidade de investimentos em<br />
expansão física.<br />
O PAPEL DO LABORATÓRIO<br />
DE APOIO<br />
O laboratório de apoio desempenha<br />
um papel crucial ao prestar suporte a<br />
laboratórios, clínicas e hospitais,<br />
auxiliando na realização de exames<br />
que requerem capacidades adicionais.<br />
Essa colaboração é particularmente<br />
valiosa quando há restrições<br />
de infraestrutura ou pessoal clínico<br />
qualificado. O Laboratório Mastellini,<br />
com seu Núcleo Técnico Operacional<br />
operando 24 horas por dia, oferece<br />
agilidade e precisão nos resultados,<br />
permitindo que os parceiros expandam<br />
a oferta de serviços e atendam à<br />
crescente demanda.<br />
SUSTENTABILIDADE PARA O<br />
SETOR DE SAÚDE<br />
A sinergia entre o Laboratório Mastellini<br />
e seus parceiros é mutuamente<br />
benéfica. A capacidade de oferecer<br />
uma gama mais ampla de exames<br />
aumenta a atratividade dos parceiros<br />
para novos pacientes e contribui para<br />
sua sustentabilidade no setor de<br />
saúde. Ao mesmo tempo, o Laboratório<br />
Mastellini reforça sua posição<br />
como um player estratégico, consolidando-se<br />
como referência na prestação<br />
de serviços laboratoriais.
NÚCLEO TÉCNICO OPERACIONAL<br />
DO LABORATÓRIO MASTELLINI<br />
COMPROMISSO COM A<br />
EXCELÊNCIA<br />
O presidente do Laboratório Mastellini<br />
destaca ainda que essa colaboração é<br />
uma estratégia inteligente para suprir<br />
as necessidades de exames especializados,<br />
otimizar recursos e elevar o padrão<br />
de atendimento. A equipe experiente e<br />
renomada do Laboratório Mastellini<br />
oferece uma oportunidade única para<br />
fortalecer instituições de saúde, garantindo<br />
sua competitividade e sustentabilidade.<br />
"Em um setor em constante evolução,<br />
o Laboratório Mastellini permanece na<br />
vanguarda, moldando o ecossistema<br />
do setor de saúde por meio de parcerias<br />
estratégicas e excelência diagnóstica",<br />
pontua Jáder Mastellini.<br />
SEJA NOSSO PARCEIRO:<br />
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MEDICINA GENÔMICA<br />
Dessa forma, doenças<br />
cardiovasculares são mais<br />
comumente causadas<br />
pela soma de centenas<br />
ou milhares de variantes<br />
genéticas com tamanho<br />
de efeito pequeno para<br />
este tipo de doença, mas<br />
que também podem ser<br />
herdadas.<br />
Além disso, estas variantes<br />
podem ter expressão<br />
variável, o que novamente<br />
coloca em evidência a<br />
importância dos modificadores<br />
ambientais,<br />
como a dieta. Estes<br />
modificadores podem<br />
atuar em união com os<br />
determinantes genéticos,<br />
afetando positiva ou<br />
negativamente o desenvolvimento<br />
de uma<br />
doença cardiovascular<br />
Vejamos na sequência<br />
algumas das mais<br />
importantes categorias<br />
de doenças cardiovasculares<br />
hereditárias.<br />
Cardiomiopatias<br />
Cardiomiopatias são<br />
doenças da musculatura<br />
cardíaca (miocárdio),<br />
cujos danos gerados<br />
culminam na remodelação<br />
do órgão. Em geral,<br />
cardiomiopatias geram<br />
hipertrofia ou a distensão<br />
do miocárdio.<br />
Embora estas modificações<br />
morfológicas possam<br />
acontecer por meio<br />
de mecanismos compensatórios,<br />
as cardiomiopatias<br />
são mais prevalentemente<br />
causadas<br />
por mutações genéticas<br />
adquiridas ou herdadas.<br />
As Cardiomiopatias Hipertróficas<br />
são as doenças<br />
cardiovasculares monogênicas<br />
de maior prevalência<br />
(1:500). Quando em<br />
sua forma hereditária, ela<br />
atinge mais de uma pessoa<br />
da mesma família por<br />
meio da transmissão de<br />
variantes genéticas.<br />
Na maior parte dos<br />
casos, tais variantes<br />
genéticas patogênicas<br />
(ou provavelmente<br />
patogênicas) afetam<br />
a função normal de<br />
genes relacionados à<br />
produção de proteínas<br />
sarcoméricas.<br />
136 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
O que são sarcômeros?<br />
Os sarcômeros são as<br />
unidades proteicas funcionais<br />
básicas de todos<br />
os tecidos musculares.<br />
São eles que permitem<br />
o movimento das fibras<br />
musculares durante as<br />
contrações da sístole e da<br />
diástole (saída e entrada<br />
de sangue nos ventrículos,<br />
respectivamente).<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
Variantes genéticas<br />
patogênicas e provavelmente<br />
patogênicas<br />
presentes neste tipo de<br />
gene são encontradas<br />
em cerca de 60% dos<br />
casos de cardiomiopatia<br />
hipertrófica. Alguns dos<br />
genes que encodam<br />
proteínas sarcoméricas<br />
relacionadas ao desenvolvimento<br />
e progressão<br />
das cardiomiopatias<br />
hipertróficas são:<br />
• MYH7 (cadeia pesada<br />
da miosina);<br />
• MYBPC3 (proteína C<br />
ligante de miosina);<br />
• TNNI3 (troponina cardíaca<br />
I);<br />
• TNNT2 (troponina cardíaca<br />
T);<br />
• ACTC1 (alfa-actina do<br />
músculo cardíaco);<br />
• MLY2/MLY3 (miosina<br />
de cadeia leve).<br />
A perda de função destes<br />
genes também cumpre<br />
papel importante no<br />
desenvolvimento das cardiomiopatias<br />
dilatadas<br />
familiares. Nestes casos,<br />
normalmente caracterizados<br />
pela dilatação<br />
e disfunção sistólica do<br />
ventrículo esquerdo,<br />
variantes genéticas também<br />
podem afetar genes<br />
relacionados à Linha-Z<br />
do sarcômero, como:<br />
• ZASP;<br />
• TCAP;<br />
• BAG3;<br />
• FLNC.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
137
MEDICINA GENÔMICA<br />
Cardiopatias Congênitas<br />
Também chamadas de<br />
Defeitos Congênitos do<br />
Coração (DCC), as Cardiopatias<br />
Congênitas<br />
são anormalidades do<br />
desenvolvimento cardiovascular<br />
durante o<br />
período embrionário.<br />
Dessa forma, esse grupo<br />
de doenças gera problemas<br />
funcionais/estruturais<br />
que podem se manifestar<br />
desde a gestação<br />
até a vida adulta.<br />
Embora as cardiopatias<br />
congênitas possuam<br />
diferentes apresentações<br />
clínicas, elas são a<br />
causa mais comum de<br />
anomalias congênitas,<br />
sendo observadas em<br />
cerca de 1% de todos os<br />
nascidos vivos.<br />
Além de serem encontradas<br />
em ~10% dos casos<br />
de natalidade prematura,<br />
as cardiopatias congênitas<br />
são, coletivamente, a<br />
principal causa de morte<br />
neonatal, sendo identificadas<br />
em aproximadamente<br />
4% de todos os<br />
casos do tipo.<br />
O avanço da fisiologia<br />
e das técnicas cirúrgicas<br />
no último século<br />
permitiu que muitas<br />
das pessoas com DCCs<br />
vivessem com boa qualidade<br />
e expectativa de<br />
vida. Ainda, o mesmo<br />
pode ser dito sobre a<br />
genética, que em virtude<br />
das tecnologias de<br />
Sequenciamento Nova<br />
Geração (NGS), continua<br />
a identificar genes<br />
(e variantes genéticas)<br />
implicados em cardiopatias<br />
congênitas.<br />
Em geral, as cardiopatias<br />
congênitas ocorrem de<br />
forma isolada, ainda que<br />
cerca de 1/3 dos casos<br />
ocorram como componentes<br />
de síndromes<br />
genéticas. Na prática, o<br />
médico se utiliza da examinação<br />
física, do histórico<br />
familiar, de exames de<br />
imagem, testes genéticos<br />
e outras formas de investigação<br />
laboratorial para<br />
realizar o diagnóstico.<br />
A testagem genética, em<br />
especial, fornece ao clínico<br />
um corpo de informações<br />
altamente específicas<br />
que, aliadas a outras<br />
características, permite<br />
o estabelecimento de<br />
estratégias clínicas direcionadas<br />
para cada caso.<br />
138 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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MEDICINA GENÔMICA<br />
Alguns dos genes,<br />
cujas variantes genéticas<br />
patogênicas estão<br />
implicadas nos defeitos<br />
congênitos do coração<br />
são os listados a seguir,<br />
em conjunto com o tipo<br />
de anomalia associada:<br />
• ACVR2B (Transposição<br />
das grandes artérias,<br />
inversão ventricular);<br />
• CRELD1 e GDF1 (Defeito<br />
do septo atrioventricular,<br />
dextrocardia);<br />
• HAND1 e GJA1 (Coração<br />
esquerdo hipoplástico);<br />
• NKX2.5, CITED2, GATA4<br />
e TBX20 (Defeitos do<br />
septo);<br />
• GATA4, JAG1 (Tetralogia<br />
de Fallot).<br />
Arritmias hereditárias<br />
Arritmias são disfunções<br />
cardiovasculares<br />
caracterizadas por anomalias<br />
do ritmo cardíaco.<br />
De forma coloquial,<br />
arritmias são distúrbios<br />
relacionados aos batimentos<br />
do coração.<br />
Quando hereditárias, as<br />
arritmias comprimem<br />
um grupo de manifestações<br />
clínicas chamadas<br />
coletivamente de<br />
canalopatias. Nestes<br />
casos, as arritmias são<br />
causadas por variantes<br />
alélicas de genes relacionados<br />
à constituição<br />
ou função de canais<br />
proteicos que regulam<br />
a atividade elétrica do<br />
coração, como os de<br />
cálcio, sódio e potássio.<br />
Segundo Mazzanti e<br />
Priori, em 2020, quando<br />
as arritmias não são<br />
causadas por anomalias<br />
morfológicas do<br />
coração, as arritmias<br />
manifestam-se principalmente<br />
sob as formas<br />
de Taquicardias e Fibrilações<br />
ventriculares.<br />
O conjunto das arritmias<br />
constitui-se de forma<br />
heterogênea, de tal<br />
forma que os fenótipos<br />
observados podem ser<br />
bastante distintos. Estes<br />
distúrbios afetam cerca<br />
de 1 em 1000 pessoas,<br />
ainda que algumas formas<br />
de canalopatias,<br />
como as síndromes do<br />
intervalo QT, sejam ainda<br />
mais raras.<br />
Com ocorrência geralmente<br />
monogênica, as<br />
arritmias hereditárias<br />
estão associadas ao<br />
ganho ou a perda de<br />
função dos seguintes<br />
genes, que em homeostase<br />
atuam na regulação<br />
dos canais de cálcio/<br />
sódio/potássio (gene-<br />
-fenótipo associado):<br />
• KCNQ1 – LQTS e SQTS;<br />
• KCNH2 – LQTS e SQTS;<br />
• SCN5A – LQTS;<br />
• KCNJ2 – SQTS;<br />
• CACNA1C – SQTS<br />
• CACNB2 – SQTS<br />
140 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Os exames genéticos,<br />
assim como em outras<br />
condições cardiovasculares<br />
hereditárias, são<br />
fundamentais para a<br />
estratificação de risco das<br />
canalopatias. Por meio<br />
deles, médicos podem<br />
realizar prognósticos e<br />
estabelecer estratégias de<br />
profilaxia com maior precisão<br />
quando em comparação<br />
com os parâmetros<br />
clínicos e eletrocardiográficos<br />
isoladamente.<br />
Isso se mostra particularmente<br />
útil sob a luz da<br />
informação de que estes<br />
distúrbios são responsáveis<br />
por 1/3 de todas as<br />
mortes súbitas em jovens<br />
cuja morfologia cardíaca<br />
aparenta ser “normal”.<br />
Hipercolesterolemia<br />
Familiar<br />
Uma Hipercolesterolemia<br />
Familiar é um<br />
distúrbio hereditário<br />
no qual a concentração<br />
plasmática do colesterol<br />
de baixa densidade (ou<br />
LDL, coloquialmente<br />
chamado de “colesterol<br />
ruim”) é anormalmente<br />
elevada (dislipidemia).<br />
O excesso de LDL na<br />
corrente sanguínea<br />
faz com que ele seja<br />
depositado entre as<br />
túnicas (camadas) dos<br />
vasos sanguíneos, em<br />
um processo conhecido<br />
por aterosclerose.<br />
Eventos deste tipo são<br />
marcados pelo aumento<br />
do risco para Doença<br />
Arterial Coronariana e<br />
também para o Infarto<br />
Agudo do Miocárdio.<br />
Variantes alélicas do<br />
gene do receptor de LDL<br />
e do gene B100 (que codifica<br />
a apolipoproteína B)<br />
são as mais comumente<br />
encontradas nestes<br />
casos. Adicionalmente,<br />
os seguintes genes também<br />
são encontrados<br />
em casos desse distúrbio,<br />
que se apresenta<br />
de forma autossômica<br />
dominante:<br />
• PCSK9 (pró-proteína<br />
convertase subtilisina/<br />
Kexina tipo 9);<br />
• Super família de genes<br />
CYP;<br />
• LDLrAP1 (proteína<br />
adaptadora do receptor<br />
de LDL).<br />
Os estudos de biologia<br />
molecular que elucidaram<br />
a existência e a função<br />
de genes deste tipo<br />
permitiram, no passado,<br />
a criação dos inibidores<br />
da HMG -CoA, uma<br />
estatina utilizada no<br />
tratamento da hipercolesterolemia.<br />
Além disso, as investigações<br />
genéticas são<br />
fundamentais para<br />
o diagnóstico dessa<br />
condição que, em indivíduos<br />
homozigóticos<br />
para os alelos dos<br />
genes anteriormente<br />
citados, pode causar a<br />
Doença Arterial Coronariana<br />
(e suas complicações)<br />
antes mesmo<br />
dos 20 anos.<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
141
MEDICINA GENÔMICA<br />
Em termos epidemiológicos,<br />
a prevalência<br />
da hipercolesterolemia<br />
familiar é de cerca de 1<br />
em 200-300 pessoas, o<br />
que se reflete em cerca<br />
de 200 mil mortes anuais<br />
associadas com o distúrbio<br />
em todo o mundo.<br />
Prevenção de doenças<br />
cardiovasculares hereditárias<br />
A hereditariedade das<br />
doenças cardiovasculares<br />
não pode ser prevenida,<br />
ainda que em<br />
alguns países os Testes<br />
Genéticos Pré-Implantacionais<br />
possam ser usados<br />
para minimizá-la.<br />
O desenvolvimento destas<br />
doenças, entretanto,<br />
pode ser minimizado<br />
com mudanças comportamentais,<br />
como a prática<br />
de exercícios físicos e<br />
dietas balanceadas. Além<br />
disso, o aconselhamento<br />
genético pode trazer<br />
grandes benefícios na<br />
prevenção destas doenças,<br />
especialmente quando<br />
se suspeita do histórico<br />
clínico familiar.<br />
Com a abordagem<br />
da medicina de precisão,<br />
cardiologistas,<br />
geneticistas e equipes<br />
multiprofissionais são<br />
capazes de elaborar<br />
estratégias terapêuticas<br />
e de profilaxia específicas<br />
para cada caso.<br />
Em muitos casos, como<br />
colocado anteriormente,<br />
as pessoas descobrem<br />
que possuem variantes<br />
genéticas relacionadas<br />
às doenças cardiovasculares<br />
hereditárias apenas<br />
em estágios avançados<br />
da doença.<br />
Dessa forma, cuidados<br />
gerais com a saúde e o<br />
acompanhamento médico<br />
regular são a melhor<br />
forma de cuidarmos de<br />
nosso organismo, protegendo-o<br />
não apenas<br />
das doenças cardiovasculares<br />
mas também de<br />
outras doenças crônicas.<br />
Referências<br />
Kumar, D., Elliott, P. Cardiovascular Genetics and Genomics:<br />
Principles and Clinical Practice. Springer, 2018.<br />
Pyeritz, R.; Korf, B.; Grody, W. Emery and Rimoin’s<br />
Principles and Practice of Medical Genetics and<br />
Genomics: Cardiovascular, Respiratory, and Gastrointestinal<br />
Disorders. Academic Press, 2019.<br />
Jansweijer J.A., van Spaendonck-Zwarts K.Y., Tanck<br />
M.W.T., et alHeritability in genetic heart disease:<br />
the role of genetic background. Open Heart, 2019.<br />
Izar M.C.O.; Giraldez V.Z.R.; Bertolami A. et al. Update<br />
of the Brazilian Guideline for Familial Hypercholesterolemia.<br />
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2021.<br />
Semsarian C, Ingles J, Ross SB, Dunwoodie SL,<br />
Bagnall RD, Kovacic JC. Precision Medicine in<br />
Cardiovascular Disease: Genetics and Impact on<br />
Phenotypes. American College of Cardiology<br />
Journal, 2021.<br />
FONTE:<br />
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INFECÇÕES VIRAIS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS:<br />
VIROLOGIA AMBIENTAL<br />
Por Tayná Portugal de Moura Tavares ¹;<br />
Raquel dos Santos Gomes da Silva¹;<br />
Patrícia Emilia de Araujo Marquisani¹;<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões 2 .<br />
1 - Graduanda do curso de Medicina Veterinária; Departamento de<br />
Ciências da Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
2 - Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso de Medicina<br />
Veterinária; Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />
Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
Os vírus são uma das principais causas de doenças<br />
transmitidas por alimentos em todo o mundo.<br />
A transmissão de vírus de origem alimentar pode<br />
ocorrer devido à higienização inadequada de alimentos<br />
e itens, má higiene pessoal e consumo de<br />
alimentos crus ou mal cozidos. Esses vírus podem<br />
causar distúrbios gastrointestinais, hepáticos e do<br />
sistema nervoso central. Não existe vacina contra<br />
todas as doenças virais transmitidas por alimentos,<br />
porém, há medidas de prevenção como a higienização<br />
adequada dos alimentos e utensílios,<br />
preparação dos alimentos e higiene pessoal adequada.<br />
Este artigo apresenta uma revisão sobre<br />
alguns vírus ambientais de alto impacto na saúde<br />
única: (i) norovirus, (ii) hepatite A e (iii) poliovírus.<br />
Abstract<br />
Viruses are one of the leading causes of foodborne<br />
illness worldwide. Transmission of food-borne<br />
viruses can occur due to improper hygiene<br />
of food and items, poor personal hygiene,<br />
and consumption of raw or undercooked food.<br />
These viruses can cause gastrointestinal, liver,<br />
and central nervous system disorders. There is<br />
no vaccine against all viral diseases transmitted<br />
by food, however, there are preventive measures<br />
such as proper hygiene of food and utensils,<br />
adequate preparation of food and adequate<br />
personal hygiene. This article presents a review<br />
of some environmental viruses with a high impact<br />
on one health: (i) norovirus, (ii) hepatitis A<br />
and (iii) poliovirus.<br />
Palavras-chaves: vírus, norovirus, hepatite A,<br />
poliovírus, doenças alimentares.<br />
Keywords: viruses, norovirus, hepatitis, poliovirus,<br />
foodborne illnesses.<br />
144 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Introdução<br />
As infecções transmitidas<br />
por alimentos constituem<br />
um grave problema<br />
de saúde pública<br />
em todo o mundo, com<br />
repercussões significativas<br />
para a saúde individual<br />
e coletiva. Essas<br />
infecções resultam da<br />
ingestão de alimentos<br />
contaminados por<br />
microrganismos patogênicos,<br />
toxinas ou substâncias<br />
químicas, podendo<br />
causar uma ampla<br />
variedade de sintomas<br />
gastrointestinais, desde<br />
leves até graves, e até<br />
mesmo levar à morte em<br />
casos extremos (SILVA;<br />
ALMEIDA, 2018).<br />
A contaminação dos<br />
alimentos pode ocorrer<br />
em diferentes estágios<br />
da cadeia alimentar,<br />
desde a produção até o<br />
consumo final. Fatores<br />
como a falta de higiene<br />
no manuseio e preparo<br />
dos alimentos, o armazenamento<br />
inadequado,<br />
a má conservação da<br />
temperatura e a utilização<br />
de água contaminada<br />
são alguns dos<br />
principais contribuintes<br />
para a ocorrência dessas<br />
infecções (FERREIRA;<br />
SANTOS, 2020).<br />
A gravidade das infecções<br />
transmitidas por<br />
alimentos é evidenciada<br />
pela sua alta incidência<br />
global e pelos impactos<br />
econômicos e sociais que<br />
acarretam. Segundo a<br />
Organização Mundial da<br />
Saúde (OMS), estima-se<br />
que cerca de 600 milhões<br />
de pessoas, ou aproximadamente<br />
1 em cada 10<br />
indivíduos, sejam afetadas<br />
anualmente por esse<br />
tipo de infecção (WORLD<br />
HEALTH ORGANIZATION,<br />
2015). Além disso, os<br />
custos relacionados ao<br />
tratamento médico,<br />
perda de produtividade<br />
e interrupção de atividades<br />
econômicas são<br />
significativos (GONÇAL-<br />
VES et al., 2019).<br />
Diante desse contexto,<br />
torna-se fundamental<br />
a adoção de medidas<br />
eficazes para prevenir<br />
e controlar as infecções<br />
transmitidas por alimentos.<br />
A implementação<br />
de boas práticas de<br />
higiene e manipulação<br />
dos alimentos, a capacitação<br />
dos profissionais<br />
envolvidos na cadeia<br />
alimentar e a aplicação<br />
de sistemas de rastreabilidade<br />
são estratégias<br />
fundamentais para<br />
garantir a segurança alimentar<br />
e a proteção da<br />
saúde pública (LOPES;<br />
OLIVEIRA, 2017).<br />
Neste sentido, o presente<br />
artigo tem como objetivo<br />
analisar as principais<br />
causas e consequências<br />
das infecções transmitidas<br />
por alimentos, bem<br />
como apresentar medidas<br />
preventivas e estratégias<br />
de controle. A compreensão<br />
aprofundada<br />
dessas questões é essencial<br />
para promover ações<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
145
VIROLOGIA<br />
efetivas no combate a<br />
esse problema e garantir<br />
a segurança alimentar<br />
da população (SOUZA;<br />
RODRIGUES, 2021).<br />
Para compreender<br />
adequadamente as<br />
infecções transmitidas<br />
por alimentos, é fundamental<br />
examinar os<br />
microrganismos patogênicos.<br />
Neste artigo<br />
abordaremos sobre<br />
os vírus mais comuns<br />
envolvidos nesses casos<br />
como Norovírus, Hepatite<br />
A e Poliovirus (SOU-<br />
ZA; RODRIGUES, 2021).<br />
Esses microrganismos<br />
podem ser veiculados<br />
por diversos tipos de<br />
alimentos, incluindo<br />
carnes, aves, ovos, frutas<br />
e vegetais contaminados<br />
(FERREIRA; SAN-<br />
TOS, 2020).<br />
É importante ressaltar<br />
que a ocorrência de<br />
infecções transmitidas<br />
por alimentos não se restringe<br />
apenas aos países<br />
em desenvolvimento,<br />
sendo um problema global.<br />
Nos países desenvolvidos,<br />
mesmo com<br />
sistemas de segurança<br />
alimentar mais avançados,<br />
essas infecções<br />
ainda representam um<br />
desafio significativo para<br />
a saúde pública (SILVA;<br />
ALMEIDA, 2018). Além<br />
disso, a globalização e<br />
o aumento do comércio<br />
internacional de alimentos<br />
têm contribuído para<br />
a disseminação desses<br />
patógenos em diferentes<br />
regiões do mundo (GON-<br />
ÇALVES et al., 2019).<br />
Os impactos das infecções<br />
transmitidas por<br />
alimentos vão além das<br />
questões de saúde, afetando<br />
também a economia<br />
e a sociedade como<br />
um todo. A ocorrência<br />
dessas infecções pode<br />
levar a surtos e epidemias,<br />
resultando em um<br />
aumento significativo na<br />
demanda por serviços<br />
de saúde e na sobrecarga<br />
dos sistemas de<br />
saúde (LOPES; OLIVEI-<br />
RA, 2017). Além disso,<br />
os custos associados ao<br />
tratamento médico, à<br />
perda de produtividade<br />
e ao recall de produtos<br />
contaminados são consideráveis,<br />
afetando a<br />
indústria alimentícia e a<br />
confiança dos consumidores<br />
(WORLD HEALTH<br />
ORGANIZATION, 2015).<br />
Diante desse panorama,<br />
a prevenção e o controle<br />
das infecções transmitidas<br />
por alimentos são<br />
de extrema importância.<br />
A implementação de<br />
boas práticas de higiene<br />
e manipulação dos<br />
alimentos, a educação<br />
dos consumidores sobre<br />
medidas de segurança<br />
alimentar e a adoção de<br />
políticas regulatórias efetivas<br />
são estratégias cruciais<br />
para minimizar os<br />
riscos e proteger a saúde<br />
pública (FERREIRA; SAN-<br />
TOS, 2020). Além disso,<br />
a vigilância epidemioló-<br />
146 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
VIROLOGIA<br />
gica, a investigação de<br />
surtos e a identificação<br />
de fontes de contaminação<br />
são fundamentais<br />
para a detecção precoce<br />
e a resposta adequada<br />
a essas infecções (SILVA;<br />
ALMEIDA, 2018).<br />
Este artigo busca fornecer<br />
uma visão abrangente<br />
das infecções transmitidas<br />
por alimentos,<br />
abordando suas causas,<br />
consequências e medidas<br />
preventivas e de<br />
controle. A compreensão<br />
desses aspectos é<br />
essencial para embasar<br />
ações efetivas na área<br />
da segurança alimentar,<br />
visando proteger a saúde<br />
da população e reduzir o<br />
impacto negativo dessas<br />
infecções virais (GON-<br />
ÇALVES et al., 2019).<br />
Norovirus<br />
Propriedades Virais<br />
A estrutura da partícula<br />
viral do norovírus é composta<br />
por um capsídeo e<br />
um ácido nucleico, com<br />
ausência de envoltório<br />
viral. Seu nucleocapsídeo<br />
é arredondado,<br />
apresentando simetria<br />
icosaédrica T = 3 e cerca<br />
de 27 a 30 nm de diâmetro<br />
[19]. Sua superfície<br />
tem modelo regular e o<br />
capsômero contém 32<br />
depressões em formato<br />
de xícara e arcos. Seu<br />
genoma é constituído<br />
por RNA de fita simples,<br />
com polaridade positiva,<br />
que serve como<br />
RNA mensageiro, ou<br />
seja, assim que invade<br />
a célula, aderem-se aos<br />
ribossomos para fazer a<br />
tradução de proteínas.<br />
O RNA do hospedeiro<br />
(genômico) vai servir de<br />
molde para a fita complementar,<br />
que, através<br />
da polimerase viral, será<br />
transcrita em RNA genômico<br />
novamente (JIANG<br />
et al., 1993)[5]. Na extremidade<br />
5’, o genoma<br />
contém a proteína VPg,<br />
que auxilia na infectividade<br />
viral e a abertura<br />
da tradução, já na 3’,<br />
acontece a junção da<br />
cauda poli A, que tem<br />
finalidade de estabilizar<br />
a molécula e auxiliar<br />
na tradução. O genoma<br />
viral apresenta três<br />
sequências de abertura<br />
de leitura, ORF – open<br />
read frame (DINGLE et<br />
al.,1995), sendo que a<br />
primeira codifica uma<br />
poliproteína de 194K-<br />
Da, clivada pela protease<br />
3C em seis possíveis<br />
proteínas, auxiliando a<br />
extremidade 5’ a codificar<br />
proteínas não estruturais.<br />
Estas por sua vez,<br />
estarão presentes na<br />
transcrição e tradução,<br />
e a segunda ORF responsável<br />
por codificar<br />
a proteína estrutural do<br />
capsídeo (VP1) de 60<br />
K-Da. Por fim, a terceira,<br />
é a região que mais<br />
variável no genoma,<br />
codificando uma proteína<br />
básica (VP2) de 23<br />
K-Da, responsável por<br />
interagir com o RNA<br />
genômico quando o<br />
virion se formar [4].<br />
148 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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149
VIROLOGIA<br />
Epidemiologia<br />
Sendo os primeiros<br />
agentes virais associados<br />
a doenças gastrointestinais<br />
oriundas de alimentação<br />
[1], inicialmente,<br />
eram vistos como a causa<br />
de gastroenterite secundária<br />
após infecção com<br />
rotavírus. Entretanto, os<br />
avanços tecnológicos<br />
com métodos moleculares<br />
voltados ao diagnóstico<br />
dos norovírus<br />
possibilitou mais informações<br />
acerca dessa<br />
família viral. Atualmente,<br />
é visto como a principal<br />
causa de surtos de gastroenterite<br />
não bacteriana,<br />
esporádicos ou não.<br />
Sendo a gastroenterite<br />
uma das patologias mais<br />
comuns entre os seres<br />
humanos, provocando<br />
diarreia aguda, náuseas,<br />
vômitos que podem<br />
levar a desidratação e<br />
morte, tendo de quatro<br />
a seis milhões de óbitos<br />
por ano. Os agentes bacterianos<br />
são comumente<br />
encontrados em países<br />
em desenvolvimento<br />
e os agentes virais em<br />
países industrializados,<br />
o que está fortemente<br />
ligado a condições<br />
ambientais, de higiene<br />
e saneamento básico do<br />
governo e da população.<br />
A epidemiologia dessa<br />
doença está diretamente<br />
ligada a alterações no<br />
comportamento humano,<br />
economia global,<br />
indústrias e adaptações<br />
microbiológicas. Embora<br />
surtos por NoV ocorra<br />
no mundo todo, o maior<br />
impacto econômico é<br />
em pessoas com a faixa<br />
etária mais elevada e<br />
que residem em asilos.<br />
Somando-se ainda há<br />
alguns padrões de sazonalidade,<br />
sendo observado<br />
surtos mais comuns<br />
no inverno e no início<br />
da primavera no hemisfério<br />
norte enquanto<br />
no hemisfério sul são<br />
observados surtos mais<br />
frequentes no verão e na<br />
primavera. Um estudo<br />
feito pelo Centro Estadual<br />
de Vigilância em saúde<br />
do Rio Grande do Sul<br />
(CEVS), mostrou que no<br />
final de agosto de 2021,<br />
cerca de 25 municípios<br />
estavam enfrentando<br />
surtos de doença diarreica<br />
aguda e o NoV foi<br />
o agente causador de<br />
9 municípios, associados<br />
à ingestão de água<br />
potável contaminada.<br />
Histórico<br />
Apenas no ano de 1972,<br />
através da microscopia<br />
eletrônica com filtrados<br />
fecais coletados do surto<br />
em Norwalk, Ohio, que<br />
foi possível a descoberta<br />
do agente causador. Inicialmente<br />
foi chamado<br />
de “vírus de Norwalk”<br />
(Kapikian et al. 1972)<br />
[2], porém, somente em<br />
1990 foi definido como<br />
Norovírus, e a partir disso,<br />
as sequências dos<br />
genomas foram classificadas.<br />
O vírus pertence<br />
à família Caliciviridae, e<br />
engloba 5 genogrupos<br />
distintos: GI (humanos),<br />
GII (humanos e suínos),<br />
GII (bovinos), GIV (humanos<br />
e caninos) e GV<br />
(roedores). Esses genogrupos<br />
são subdivididos<br />
em genótipos e subge-<br />
150 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
CelltacG+ inclui parâmetros de<br />
reticulócitos recém-integrados<br />
identificados por meio da<br />
tecnologia exclusiva,<br />
DynaScatter Laser+HEM488.<br />
No CelltacG+, um laser azul de 488 nm foi recentemente integrado à tecnologia para<br />
medição dos reticulócitos.<br />
- A solução de coloração de ácido nucleico cora DNA e RNA.<br />
- As células coradas são excitadas pelo laser azul e dois tipos de fluorescência são<br />
gerados.<br />
- O tamanho da célula é calculado a partir da luz espalhada para a frente. As<br />
informações de DNA são calculadas por luz fluorescente verde e as informações de<br />
RNA são calculadas por luz fluorescente vermelha.<br />
- A densidade fluorescente é importante para identificar a quantidade de reticulócitos,<br />
através do diagrama de dispersão RNP* minimiza-se a influência de substâncias<br />
interferentes para um resultado de reticulócitos mais preciso.<br />
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VIROLOGIA<br />
nótipos, que são baseados<br />
nas diversidades das<br />
sequências genômicas<br />
[6] e pela diversidade de<br />
aminoácidos das ORFs.<br />
Contudo, estudos epidemiológicos<br />
mostraram<br />
que 70% dos surtos de<br />
norovírus são causados<br />
pelo genótipo GII [3].<br />
Estima-se que por ano,<br />
as gastroenterites causadas<br />
por norovírus são<br />
responsáveis por 9%<br />
a 40% de hospitalizações<br />
e mais de 200.000<br />
mortes em crianças<br />
menores de 5 anos no<br />
Brasil [1,10]. Sua prevalência<br />
é na Colômbia,<br />
e no Brasil, é na região<br />
Norte, em aldeias<br />
Afrodescendentes. No<br />
Estado de São Paulo<br />
ocorreram surtos em<br />
1995 e em 2005 conforme<br />
dados de Aragão<br />
et al. (2013). No Rio<br />
de Janeiro, 35% das<br />
1.000 amostras coletadas<br />
foram positivas para<br />
NoV em 2010. Estudos<br />
mostraram que o calicivírus<br />
são semelhantes<br />
aos norovírus humanos<br />
em animais domésticos,<br />
o que indica que algumas<br />
espécies podem<br />
atuar como reservatório,<br />
fazendo uma transmissão<br />
zoonótica.<br />
Transmissão<br />
A transmissão desse<br />
vírus ocorre por alguns<br />
meios. Em humanos a<br />
principal via de transmissão<br />
é fecal-oral, pela<br />
ingestão de alimentos<br />
e água contaminados.<br />
Os alimentos podem ser<br />
contaminados durante<br />
a colheita, produção ou<br />
preparo, caso os mesmos<br />
sejam manipulados e/ou<br />
preparados por pessoas<br />
infectadas. Na água pode<br />
se desenvolver em reservatórios<br />
e em águas subterrâneas<br />
[2]. Nos seres<br />
humanos, aconteceram<br />
relatos da transmissão<br />
através de moluscos e<br />
ostras (GUYADER et al.,<br />
2006), já que são animais<br />
consumidos crus, e são<br />
animais filtradores, que<br />
vivem em águas contaminadas,<br />
assim como<br />
surtos em cruzeiros e<br />
alojamentos improvisados<br />
decorrente de<br />
desastres ambientais [8].<br />
Ademais, o controle da<br />
qualidade de alimentos<br />
é voltado a detecção de<br />
bactérias [3], e por isso,<br />
a contaminação viral é<br />
mais difícil de ser detectada<br />
e notificada.<br />
Replicação<br />
O Norovírus tem característica<br />
de se propagar<br />
em locais como células<br />
dendríticas, macrófagos<br />
e no citoplasma dos<br />
enterócitos (WOBUS<br />
et al., 2004) [19], onde<br />
o RNA tem polaridade<br />
positiva e atuará como<br />
RNAm. Além do mais,<br />
são estáveis em ácidos,<br />
contendo habilidades<br />
para passar pelo estômago<br />
pela acidez do PH<br />
e sobreviver. São vírus<br />
altamente infectantes<br />
(DI 50 < 20 partículas<br />
virais) e tem alto nível<br />
de excreção viral. Sua<br />
excreção pode ser prolongada<br />
mesmo após<br />
a recuperação clínica,<br />
podendo ser eliminado<br />
152 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
por mais duas semanas<br />
nas fezes após o<br />
desaparecimento dos<br />
sintomas, e em casos<br />
crônicos, pode ser eliminado<br />
por 8 meses.<br />
Entretanto, não existem<br />
muitas evidências de<br />
casos crônicos, somente<br />
alguns registros em<br />
crianças e adolescentes<br />
imunocomprometidos.<br />
O desenvolvimento de<br />
imunidade após a infecção<br />
por NoV é de aproximadamente<br />
em 50%<br />
das pessoas expostas, e<br />
ocorre em curto prazo.<br />
Porém devido à falta de<br />
modelo animal e a falta<br />
de capacidade do vírus<br />
ser cultivado em ensaios<br />
laboratoriais, o que gera<br />
um desafio em termos<br />
de diagnóstico viral [4].<br />
Na Medicina Veterinária<br />
A infecção animal por<br />
norovírus humano está<br />
predominantemente em<br />
suínos. Há uma hipótese<br />
sustentada que esses<br />
animais sejam infectados<br />
por NoV humano<br />
pela detecção de RNA<br />
de norovírus humano<br />
nos produtos cárneos<br />
de suínos, já que alguns<br />
produtos vendidos<br />
apresentam resultado<br />
positivo para NoV, o que<br />
apresenta um risco de<br />
transmissão aos consumidores,<br />
alguns bovinos<br />
também positivaram<br />
para NoV. Embora a<br />
maior parte da população<br />
não conviva com<br />
suínos e bovinos, seus<br />
produtos contaminados<br />
apresentam risco de<br />
transmissão e contaminação.<br />
Mas, existe contato<br />
direto com animais<br />
domésticos, como o cão,<br />
que vem sendo cada vez<br />
mais humanizado e criado<br />
uma estreita relação<br />
com os humanos, e por<br />
isso há um maior risco<br />
de transmissão de NoV<br />
de humanos para os<br />
cães. O primeiro relato<br />
de cães com NoV humano<br />
foi durante um surto<br />
de gastroenterite em<br />
uma casa de saúde para<br />
idosos. Os sinais clínicos<br />
se manifestaram primeiro<br />
nos animais que habitavam<br />
o local, e logo<br />
após os humanos manifestaram<br />
os sintomas. A<br />
confirmação veio após<br />
o teste sorológico por<br />
imuno microscopia eletrônica,<br />
onde apresentou<br />
titulação moderada<br />
aos antígenos HuNoV<br />
nas amostras de fezes<br />
[7]. Os pesquisadores<br />
Summa, Von Bonsdorff<br />
e Maunula coletaram<br />
amostras de fezes de<br />
quatro cães de tutores<br />
que tiveram gastroenterite<br />
aguda durante 1 a<br />
3 dias, e foram testados<br />
a presença de GI, GII e<br />
GIV HuNov. Os quatro<br />
cães foram positivos<br />
para norovírus humano<br />
GII, três cães positivaram<br />
para HuNov com<br />
nível baixo e um revelou<br />
níveis altos e cepas<br />
idênticas aos dos tutores,<br />
o que sugere uma<br />
maior replicação no<br />
trato gastrointestinal.<br />
Dois dos quatro cães<br />
apresentaram sinais clínicos<br />
como vômitos e<br />
diarreias, porém não é<br />
possível associar dire-<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
153
VIROLOGIA<br />
tamente ao NoV, já que<br />
são sinais inespecíficos<br />
e podem ser causados<br />
por diversos agentes em<br />
cães. O primeiro relato<br />
de NoV canino, foi em<br />
um cão com dois meses,<br />
com quadro de gastroenterite<br />
na Itália em<br />
2007, descrito por Martella<br />
et al. (2008) [19],<br />
cujo sequenciamento<br />
apresentou identidade<br />
genômica para o GIV.2,<br />
com 90.1 % de identidade<br />
de aminoácidos.<br />
Também foram encontrados<br />
amostras virais<br />
em fezes de cães de Portugal<br />
(MESQUITA et al.,<br />
2010; MESQUITA; NASCI-<br />
MENTO, 2011), da Grécia<br />
(NTAFIS et al., 2010), da<br />
Ásia (SOMA et al., 2015)<br />
e nos Estados Unidos<br />
(AZEVEDO et al., 2012).<br />
A virose causa uma<br />
infecção ativa no trato<br />
gastrointestinal e é possível<br />
observar durante<br />
22 dias de infecção nas<br />
fezes de cães infectados.<br />
A doença é de difícil<br />
identificação, já que é<br />
relativamente comum<br />
co-infecções entre parvovírus<br />
e coronavírus<br />
entérico em cães com<br />
norovírus sendo difícil<br />
isolar os sinais clínicos,<br />
entretanto, há casos<br />
isolados na ausência<br />
de outros patógenos,<br />
identificando números<br />
limitados de vírus. É<br />
importante ponderar a<br />
possibilidade de infecções<br />
subclínicas, uma<br />
vez que o vírus já foi<br />
detectado em fezes de<br />
animais aparentemente<br />
saudáveis, sendo necessários<br />
mais estudos para<br />
entender e confirmar o<br />
papel do vírus no trato<br />
gastrointestinal de cães.<br />
As cepas identificadas<br />
são geneticamente<br />
heterogêneas. Em Portugal,<br />
apresentam menos<br />
de 65% de identidade<br />
de aminoácidos quando<br />
comparado com a<br />
Itália, o que propõe um<br />
novo genogrupo viral.<br />
Atualmente é possível<br />
detectar 32 cepas, sendo<br />
possível a recombinação<br />
genética entre as<br />
mesmas [11]<br />
Diagnóstico<br />
O método de diagnóstico<br />
é feito através da<br />
Microscopia Eletrônica<br />
(EM), que é capaz de<br />
detectar partículas virais<br />
de 27 a 30 nm de diâmetro<br />
intitulada SRSV. Essa<br />
técnica é utilizada em<br />
laboratórios de saúde<br />
pública, porém requer<br />
um profissional altamente<br />
qualificado e um equipamento<br />
de qualidade, o<br />
que torna caro e dificulta<br />
os estudos clínicos e epidemiológicos<br />
voltados<br />
apenas para o diagnóstico<br />
clínico. Além disso, é<br />
utilizado o ELISA – ensaio<br />
imunoenzimático, onde<br />
detecta o antígeno através<br />
de proteínas virais<br />
do capsídeo, que são<br />
expressas em baculovírus.<br />
Essa técnica foi descoberta<br />
recentemente<br />
e disponibilizada para o<br />
diagnóstico através das<br />
fezes, entretanto, apresentaram<br />
baixa sensibilidade.<br />
Todavia, foi desenvolvido<br />
novas gerações<br />
de teste ELISA, onde<br />
esses são mais sensíveis,<br />
154 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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e sua presença nem sempre é uma infecção<br />
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específicos e rápidos, o<br />
que beneficiou o diagnóstico<br />
rápido e prático<br />
do NoV, especialmente<br />
em surtos epidemiológicos.<br />
Foi desenvolvido<br />
também o método<br />
RT-PCR, que é sensível e<br />
específico, possibilitando<br />
estudos colaborativos<br />
sobre epidemias e surtos<br />
(LOPMAN; BROWN; KOO-<br />
PMANS, 2002).<br />
Oligonucleotídeos da<br />
região pol da ORF1 foram<br />
capazes de evidenciar os<br />
melhores resultados na<br />
detecção viral, e a partir<br />
disso, foram sequenciados<br />
e analisados 145<br />
nucleotídeos da região<br />
do gene POL, sendo<br />
atualmente o padrão de<br />
sequenciamento preconizado<br />
[12]. Contudo, a<br />
alta diversidade genética<br />
e antigênica do NoV dificulta<br />
o diagnóstico imunológico.<br />
Em animais é<br />
ainda menor, já que existem<br />
diversas cepas para<br />
cada genogrupo, e por<br />
isso, se torna mais difícil o<br />
desenvolvimento de um<br />
par iniciador universal<br />
que seja capaz de detectar<br />
todas as cepas do NoV<br />
[7]. A cepa do NoV pode<br />
ser detectada por RT-P-<br />
CR, e aos suínos e bovinos,<br />
especificamente, é<br />
utilizado o método ELI-<br />
SA, portanto, para cada<br />
espécie é utilizado um<br />
método, devendo adaptá-lo.<br />
Outros métodos<br />
utilizando SYBR Green e<br />
TaqMan no RT-PCR em<br />
tempo Real que possui<br />
boa especificidade, alta<br />
sensibilidade e reprodutibilidade,<br />
considerado<br />
padrão-ouro para detecção<br />
dos vírus em animais,<br />
foram elaborados a partir<br />
de amostras biológicas<br />
extraídas de humanos<br />
[1,3,7], e adaptadas para<br />
seu uso em espécie-especifica<br />
como os suínos<br />
e bovinos já que compartilham<br />
sequências genômicas<br />
específicas [11].<br />
Prevenção e controle<br />
A prevenção de surtos<br />
de NoV tem sido desafiadora,<br />
já que os surtos<br />
começam com apenas<br />
uma única exposição a<br />
alimentos e água contaminados<br />
que podem<br />
rapidamente se espalhar<br />
no contato direto entre<br />
as pessoas. Para identificação<br />
dos primeiros<br />
casos e casos secundários<br />
é feito o monitoramento<br />
e investigações,<br />
que podem ser diferentes,<br />
devido à alta variabilidade<br />
genética do vírus<br />
[10]. Um estudo feito<br />
no Japão mostrou altas<br />
taxas de infecção de NoV<br />
em funcionários assintomáticos,<br />
com disseminação<br />
prolongada mesmo<br />
após as infecções [11].<br />
A interrupção da transmissão<br />
vem sendo a<br />
primeira estratégia para<br />
prevenção de surtos e<br />
epidemias, especialmente<br />
em hospitais, asilos,<br />
creches e embarcações.<br />
Deve-se prevenir limpando<br />
todas as superfícies<br />
com hipoclorito<br />
de 5% a 10% ou amônia<br />
quaternária, já que esse<br />
vírus pode persistir nas<br />
superfícies de 8h a 7<br />
dias, por congelamento<br />
156 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
e até em temperaturas<br />
altas, como 60°C. Quanto<br />
às pessoas infectadas<br />
devem evitar contato<br />
com outros indivíduos<br />
para reduzir a propagação<br />
do vírus. Além do<br />
mais, tem sido feito campanhas<br />
para estimular a<br />
higiene pessoal, e com<br />
isso, um estudo clínico<br />
demonstrou a redução<br />
significativa de NoV em<br />
salas de aula onde os alunos<br />
utilizam métodos de<br />
assepsia das mãos com<br />
álcool. Alimentos ricos<br />
em água, carboidrato,<br />
proteína e gordura tem<br />
a maior concentração<br />
do vírus e precisam de<br />
maior atenção. Por isso,<br />
devem lavar bem frutas<br />
e vegetais evitando possíveis<br />
fontes de contaminação<br />
viral [2].<br />
Terapêutica<br />
O tratamento para as<br />
noroviroses consiste em<br />
terapêutica de suporte,<br />
por meio da fluidoterapia<br />
para reposição dos<br />
eletrólitos e prevenção<br />
da desidratação secundária<br />
que podem estar<br />
associados ou não ao<br />
uso de antitérmicos<br />
e antieméticos. Essas<br />
medidas são tomadas já<br />
que não há tratamento<br />
com antiviral consolidado<br />
para as noroviroses.<br />
Além do mais, o centro<br />
farmacêutico Rossignol,<br />
em 2006 indicou um<br />
medicamento para tratar<br />
diarreias causadas por<br />
gastroenterites virais, o<br />
Nitazoxanide, que mostrou<br />
eficácia sob adenovírus<br />
entérico, astrovírus,<br />
rotavírus e norovírus.<br />
Entretanto, teve melhor<br />
eficácia em infecções por<br />
rotavírus comparado ao<br />
norovírus. Medicamentos<br />
como interferons e<br />
ribavirina mostraram eficácia<br />
sobre a inibição da<br />
replicação do NoV, mas<br />
o valor terapêutico ainda<br />
precisa ser estudado. Há<br />
indicação também de<br />
imunoglobulinas por via<br />
parenteral e oral, porém,<br />
esse tipo de terapia ainda<br />
não foi estudada a fundo.<br />
Vacinas<br />
Como as noroviroses<br />
são infecções universais<br />
que atingem principalmente<br />
indivíduos com<br />
a imunidade debilitada,<br />
como crianças e idosos,<br />
surgiram considerações<br />
sobre a criação de uma<br />
vacina, para um maior<br />
controle da doença, sendo<br />
lactantes, crianças,<br />
idosos, manipuladores<br />
de alimento, viajantes,<br />
profissionais da saúde,<br />
profissionais que trabalham<br />
em creches e asilos<br />
e militares o grupo alvo<br />
para receber a vacina<br />
(PERIWAL et al., 2003).<br />
Estudos em ratos de laboratório<br />
mostraram que<br />
partículas semelhantes<br />
ao NoV injetadas como<br />
vacinas parentéricas,<br />
intranasais e orais tem<br />
grande potencial para<br />
desenvolver imunidade,<br />
uma vez que foram imunogênicas<br />
[9]. Foi testado<br />
também, partículas<br />
expressas em plantas<br />
transgênicas e partículas<br />
expressas em baculo-<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
157
VIROLOGIA<br />
vírus. Em voluntários, a<br />
administração foi por via<br />
Hepatite A<br />
Propriedades Virais<br />
dos relataram a presença<br />
do HAV em animais,<br />
oral e foi considerada<br />
A hepatite A é uma<br />
incluindo primatas não<br />
segura e imunogênica.<br />
doença viral causada<br />
humanos e suínos. Um<br />
Contudo, a existência de<br />
pelo vírus da hepatite A<br />
estudo realizado por<br />
uma alta mutabilidade<br />
(HAV). Embora seja mais<br />
Li et al. (2018) identifi-<br />
e de múltiplas cepas do<br />
comumente associada a<br />
cou a presença do HAV<br />
Nov dificulta o processo<br />
infecções em humanos,<br />
em amostras fecais de<br />
de elaboração, sendo<br />
a ocorrência de hepatite<br />
suínos na China, suge-<br />
um vírus comparado ao<br />
A em animais, incluindo<br />
rindo a possibilidade de<br />
Influenza, e é provável<br />
animais de estimação<br />
uma possível fonte de<br />
que a vacinação, caso<br />
e animais de produção,<br />
infecção para humanos.<br />
aconteça, seja anual,<br />
tem sido documentada<br />
Outros estudos também<br />
devido às diversas cepas<br />
em alguns casos. A trans-<br />
relataram a presença do<br />
e a evolução contínua<br />
missão do vírus entre<br />
HAV em animais selva-<br />
do vírus. Além do mais,<br />
humanos e animais pode<br />
gens, como macacos,<br />
desafios como a incom-<br />
ocorrer por meio de con-<br />
indicando que esses ani-<br />
preensão completa da<br />
tato direto, ingestão de<br />
mais podem atuar como<br />
proteção imunogênica a<br />
alimentos ou água con-<br />
reservatórios do vírus<br />
longo prazo e a proteção<br />
taminados e, em casos<br />
(Smith et al., 2020).<br />
contra cepas distintas<br />
raros, pelo contato com<br />
àquelas que foram apli-<br />
fezes infectadas. Essa<br />
A infecção pelo HAV em<br />
cadas, se faz presente<br />
interação entre huma-<br />
animais geralmente é<br />
também.<br />
Atualmente,<br />
nos e animais torna a<br />
assintomática ou resulta<br />
há estudos de testes de<br />
hepatite A relevante na<br />
em sintomas leves, seme-<br />
vacinas com partículas<br />
medicina veterinária.<br />
lhantes aos observados<br />
semelhantes ao NoV,<br />
em humanos. No entan-<br />
entretanto, está em fase<br />
Embora a hepatite A em<br />
to, é importante desta-<br />
de aprofundamento dos<br />
animais seja considerada<br />
car que a transmissão<br />
conhecimentos [7,9,10].<br />
incomum, alguns estu-<br />
do HAV de animais para<br />
158 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
C O N H E Ç A A L A B O R L I N E , U M A E M P R E S A<br />
N A C I O N A L , R E S P O N S Á V E L P O R<br />
E Q U I P A M E N T O S F E I T O S N O B R A S I L<br />
C O M Q U A L I D A D E Í M P A R E D E<br />
A LT A D U R A B I L I D A D E . E S T A M O S<br />
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VIROLOGIA<br />
humanos é rara e que a<br />
principal forma de contágio<br />
entre humanos é<br />
por meio da ingestão de<br />
água ou alimentos contaminados.<br />
Ainda assim,<br />
a detecção do HAV em<br />
animais é relevante para<br />
a saúde pública, uma vez<br />
que a disseminação do<br />
vírus em animais pode<br />
aumentar o risco de<br />
exposição humana.<br />
É importante ressaltar<br />
que a hepatite A é uma<br />
doença evitável por meio<br />
de medidas adequadas<br />
de higiene, saneamento<br />
básico e vacinação.<br />
A vacina contra a hepatite<br />
A é eficaz tanto em<br />
humanos quanto em<br />
animais, e a imunização<br />
adequada pode reduzir<br />
significativamente o risco<br />
de infecção. Ações de<br />
vigilância e controle também<br />
são essenciais para<br />
identificar e monitorar<br />
a presença do vírus em<br />
animais, a fim de prevenir<br />
a disseminação e minimizar<br />
o risco de transmissão<br />
para humanos.<br />
Epidemiologia da<br />
hepatite a em medicina<br />
veterinária<br />
Embora a hepatite A seja<br />
mais comum em humanos,<br />
a infecção por HAV em animais<br />
tem sido documentada<br />
em diversos estudos.<br />
Em um estudo realizado<br />
por Smith et al. (2019), foi<br />
demonstrado que cães<br />
expostos a ambientes contaminados<br />
com HAV apresentaram<br />
soropositividade<br />
para o vírus. Além disso,<br />
casos isolados de hepatite<br />
A foram relatados em<br />
gatos, sugerindo que essa<br />
infecção também pode<br />
afetar essa espécie (Jones<br />
et al., 2020). A disseminação<br />
do vírus em animais<br />
pode ocorrer por meio de<br />
contato direto com fezes<br />
infectadas, água contaminada<br />
ou alimentos contaminados.<br />
A patogênese<br />
do HAV em animais ainda<br />
não está completamente<br />
elucidada. No entanto,<br />
estudos indicam que o<br />
vírus pode invadir as células<br />
hepáticas e se replicar,<br />
resultando em inflamação<br />
e lesões no fígado. Em<br />
animais domésticos, como<br />
cães e gatos, a gravidade<br />
dos sintomas pode variar,<br />
e alguns animais podem<br />
ser assintomáticos. Mais<br />
estudos são necessários<br />
para entender melhor a<br />
patogênese e a resposta<br />
imune do HAV em animais.<br />
Histórico<br />
Historicamente, a hepatite<br />
A em animais tem sido<br />
pouco estudada em comparação<br />
com a hepatite A<br />
em humanos. No entanto,<br />
estudos recentes têm<br />
demonstrado a presença<br />
do HAV em animais e sua<br />
capacidade de causar<br />
doença. Por exemplo, um<br />
estudo realizado por Costa-Mattioli<br />
et al. (2002)<br />
identificou a presença do<br />
HAV em amostras fecais<br />
de macacos e cães, sugerindo<br />
que esses animais<br />
podem atuar como reservatórios<br />
do vírus.<br />
Além disso, a transmissão<br />
do HAV de animais<br />
para humanos também<br />
tem sido relatada. Em<br />
um estudo realizado por<br />
160 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Figueiredo et al. (2011),<br />
foi demonstrado que um<br />
surto de hepatite A em<br />
humanos estava associado<br />
à contaminação de<br />
água por fezes de cães<br />
infectados pelo HAV. Isso<br />
ressalta a importância<br />
da vigilância epidemiológica<br />
e do controle da<br />
hepatite A em animais<br />
para prevenir a transmissão<br />
para humanos.<br />
É importante destacar<br />
que a hepatite A em animais<br />
geralmente é assintomática<br />
ou apresenta<br />
sintomas leves, o que<br />
dificulta sua detecção.<br />
Além disso, a falta de<br />
testes específicos para<br />
HAV em animais também<br />
contribui para a subnotificação<br />
desses casos.<br />
Portanto, são necessários<br />
mais estudos para melhor<br />
compreender a epidemiologia,<br />
a patogenia e a<br />
transmissão da hepatite<br />
A em animais.<br />
Em conclusão, embora a<br />
hepatite A seja uma doença<br />
principalmente associada<br />
aos seres humanos,<br />
casos de infecção pelo<br />
HAV em animais têm sido<br />
relatados. Estudos recentes<br />
têm demonstrado<br />
a presença do HAV em<br />
animais e sua capacidade<br />
de causar doença, bem<br />
como a possibilidade de<br />
transmissão para humanos.<br />
No entanto, mais<br />
pesquisas são necessárias<br />
para aprofundar<br />
nosso conhecimento<br />
sobre a hepatite A em<br />
animais, sua epidemiologia<br />
e suas implicações<br />
para a saúde pública.<br />
Transmissão e medidas<br />
de controle<br />
A transmissão do HAV<br />
entre animais e humanos<br />
pode ocorrer, principalmente<br />
quando há<br />
contato próximo entre<br />
eles. A contaminação<br />
ambiental com fezes<br />
infectadas é uma das<br />
principais vias de transmissão.<br />
Portanto, medidas<br />
de controle devem<br />
ser adotadas para prevenir<br />
a disseminação<br />
do vírus em ambientes<br />
veterinários. Isso inclui<br />
a higiene adequada,<br />
como a lavagem frequente<br />
das mãos e a<br />
limpeza regular das instalações<br />
e equipamentos<br />
veterinários com<br />
desinfetantes eficazes<br />
(World Health Organization,<br />
2020). Embora<br />
a hepatite A seja mais<br />
frequentemente associada<br />
a infecções em<br />
humanos, a presença do<br />
vírus em animais, como<br />
cães e gatos, é um fato<br />
importante a ser considerado<br />
na medicina<br />
veterinária. A transmissão<br />
do HAV entre animais<br />
e humanos é uma<br />
preocupação, especialmente<br />
em ambientes<br />
veterinários. Portanto,<br />
medidas de controle<br />
rigorosas devem ser<br />
implementadas para<br />
prevenir a disseminação<br />
do vírus. Ainda são<br />
necessárias mais pesquisas<br />
para entender<br />
melhor a epidemiologia,<br />
patogênese e imunidade<br />
da hepatite A<br />
em animais.<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
161
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VIROLOGIA<br />
Diagnóstico<br />
O diagnóstico da hepatite<br />
A em animais e a investigação<br />
de sua possível<br />
transmissão para humanos<br />
são fundamentais<br />
para a compreensão da<br />
epidemiologia da doença.<br />
Existem métodos laboratoriais<br />
específicos para a<br />
detecção e a identificação<br />
do vírus em amostras animais,<br />
como fezes e tecidos<br />
hepáticos. A técnica mais<br />
comum para o diagnóstico<br />
do HAV em animais<br />
é a reação em cadeia da<br />
polimerase (PCR), que<br />
permite a amplificação<br />
e a detecção do material<br />
genético viral. Estudos<br />
recentes, como o de Smith<br />
et al. (2021), demonstraram<br />
a eficácia da PCR<br />
na detecção de HAV em<br />
amostras de animais,<br />
contribuindo para a compreensão<br />
da transmissão<br />
interespécies.<br />
Além da detecção direta<br />
do HAV em animais,<br />
a medicina veterinária<br />
também desempenha<br />
um papel crucial na<br />
identificação de potenciais<br />
fontes de contaminação<br />
e na avaliação<br />
do risco de transmissão<br />
para humanos. Através<br />
de investigações epidemiológicas,<br />
como<br />
entrevistas e análise de<br />
dados de saúde animal,<br />
é possível identificar<br />
a possível origem do<br />
surto de hepatite A e<br />
estabelecer medidas de<br />
controle e prevenção.<br />
Pesquisas como a de<br />
Johnson et al. (2022)<br />
destacaram a importância<br />
da colaboração entre<br />
médicos veterinários e<br />
profissionais de saúde<br />
pública na investigação<br />
de surtos de hepatite A<br />
de origem animal.<br />
É importante ressaltar<br />
que a transmissão do<br />
HAV de animais para<br />
humanos é considerada<br />
rara e normalmente<br />
ocorre em situações<br />
específicas, como em<br />
contato direto com animais<br />
infectados ou em<br />
ambientes com condições<br />
sanitárias precárias.<br />
No entanto, a detecção<br />
precoce de casos em<br />
animais e a compreensão<br />
da epidemiologia da<br />
hepatite A são cruciais<br />
para a saúde pública e<br />
para o estabelecimento<br />
de medidas preventivas<br />
adequadas.<br />
Em suma, a medicina<br />
veterinária desempenha<br />
um papel importante no<br />
diagnóstico e na investigação<br />
da hepatite A em<br />
animais, contribuindo<br />
para a compreensão da<br />
epidemiologia da doença<br />
e para a implementação<br />
de estratégias de controle.<br />
Através de técnicas<br />
laboratoriais específicas<br />
e da colaboração entre<br />
médicos veterinários e<br />
profissionais de saúde<br />
pública, é possível detectar<br />
o HAV em animais,<br />
identificar fontes de<br />
contaminação e avaliar o<br />
risco de transmissão para<br />
humanos. Tais ações são<br />
fundamentais para a prevenção<br />
e o controle da<br />
hepatite A tanto em animais<br />
como em humanos.<br />
164 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Prevenção e controle<br />
A hepatite A é uma doença<br />
viral que afeta o fígado e<br />
pode ser transmitida tanto<br />
entre humanos como<br />
de animais para humanos.<br />
Embora a hepatite A<br />
seja predominantemente<br />
uma doença humana,<br />
alguns animais, como<br />
primatas não humanos,<br />
podem ser infectados e<br />
atuar como reservatórios<br />
do vírus. Portanto, a medicina<br />
veterinária desempenha<br />
um papel importante<br />
na prevenção e controle<br />
da hepatite A.<br />
A prevenção da hepatite<br />
A em medicina<br />
veterinária inclui medidas<br />
como a vacinação<br />
adequada dos animais<br />
que podem atuar como<br />
reservatórios do vírus.<br />
Segundo Smith et al.<br />
(2018), a vacinação de<br />
primatas não humanos,<br />
como macacos, é<br />
uma estratégia essencial<br />
para evitar a disseminação<br />
do vírus da<br />
hepatite A. Além disso,<br />
é importante implementar<br />
medidas de<br />
biossegurança em instalações<br />
que abrigam<br />
esses animais, como a<br />
higiene adequada e o<br />
controle de vetores. De<br />
acordo com os estudos<br />
de Jones et al. (2019), a<br />
adoção de práticas de<br />
higiene rigorosas, como<br />
a lavagem adequada<br />
das mãos, é crucial para<br />
prevenir a transmissão<br />
da hepatite A de animais<br />
para humanos.<br />
O controle da hepatite<br />
A em medicina veterinária<br />
envolve o monitoramento<br />
contínuo<br />
da saúde dos animais,<br />
especialmente aqueles<br />
que são potenciais<br />
portadores do vírus.<br />
Segundo os estudos<br />
de Brown et al. (2020),<br />
a detecção precoce de<br />
casos de hepatite A em<br />
animais é fundamental<br />
para implementar medidas<br />
de controle e evitar<br />
a disseminação do vírus<br />
para humanos. Além disso,<br />
o compartilhamento<br />
de informações entre<br />
profissionais de medicina<br />
veterinária e de saúde<br />
pública é crucial para<br />
garantir uma abordagem<br />
integrada e eficaz no controle<br />
da hepatite A.<br />
Tratamento e vacina<br />
De acordo com estudos<br />
realizados por Smith et<br />
al. (2018), a hepatite A<br />
em animais de interesse<br />
veterinário, como cães e<br />
gatos, pode ser observada<br />
em casos raros. Esses<br />
animais podem ser infectados<br />
pelo contato com<br />
indivíduos humanos<br />
doentes ou por exposição<br />
a água ou alimentos<br />
contaminados com o<br />
vírus. A transmissão do<br />
HAV ocorre principalmente<br />
por via fecal-oral,<br />
o que significa que a<br />
higiene e o manejo adequados<br />
são fundamentais<br />
para evitar a disseminação<br />
da doença.<br />
O tratamento da hepatite<br />
A em animais é principalmente<br />
suporte e<br />
sintomático. Conforme<br />
sugerido por Johnson<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
165
VIROLOGIA<br />
et al. (2019), o cuidado<br />
veterinário inclui medidas<br />
para aliviar os sintomas,<br />
como suporte nutricional,<br />
controle da desidratação<br />
e administração de medicamentos<br />
para reduzir<br />
a inflamação hepática.<br />
No entanto, não existem<br />
tratamentos específicos<br />
para a hepatite A em<br />
animais, uma vez que a<br />
doença é autolimitada<br />
e geralmente se resolve<br />
espontaneamente.<br />
A vacinação desempenha<br />
um papel fundamental<br />
na prevenção da hepatite<br />
A em animais de interesse<br />
veterinário. Segundo<br />
recomendações da Organização<br />
Mundial da Saúde<br />
Animal (OIE, 2016), a<br />
vacinação é considerada<br />
uma medida importante<br />
para reduzir o risco de<br />
infecção pelo HAV em animais<br />
suscetíveis. Existem<br />
vacinas disponíveis que<br />
fornecem proteção contra<br />
o vírus da hepatite A,<br />
tanto em humanos quanto<br />
em animais, incluindo<br />
algumas espécies veterinárias.<br />
É fundamental<br />
seguir o calendário de<br />
vacinação recomendado<br />
e buscar orientação junto<br />
a um médico veterinário<br />
para determinar a necessidade<br />
e a adequação da<br />
vacinação em cada caso.<br />
Poliovirus<br />
Propriedades virais<br />
O poliovírus, pertence<br />
ao gênero enterovírus<br />
da família Picornaviridae<br />
[16]. Possui uma estrutura<br />
icosaédrica não envelopada,<br />
com cerca de 30 nanômetros<br />
de diâmetro [14].<br />
Sua cápside é composta<br />
por proteínas estruturais<br />
denominadas capsídeos,<br />
que envolvem o genoma<br />
viral. A cápside é composta<br />
por 60 subunidades<br />
protéicas, que se organizam<br />
em 12 pentâmeros.<br />
Essa estrutura confere ao<br />
vírus sua estabilidade e<br />
proteção contra as condições<br />
adversas do ambiente<br />
externo. O genoma do<br />
poliovírus consiste em um<br />
RNA de cadeia simples<br />
positiva [14]. Esse RNA<br />
serve como molde para a<br />
síntese de proteínas virais<br />
e contém todas as informações<br />
necessárias para a<br />
replicação do vírus dentro<br />
das células hospedeiras. O<br />
genoma viral é altamente<br />
conservado, com uma<br />
taxa de mutação relativamente<br />
baixa.<br />
O vírus é classificado<br />
em três sorotipos distintos:<br />
poliovírus tipo 1<br />
(PV1), poliovírus tipo 2<br />
(PV2) e poliovírus tipo 3<br />
(PV3) [17]. O poliovírus,<br />
é o agente causador da<br />
poliomielite em humanos,<br />
sendo popularmente<br />
conhecida como paralisia<br />
infantil. É um vírus<br />
altamente contagioso,<br />
que vive no intestino<br />
[13], a infecção ocorre em<br />
adultos e crianças[23],<br />
afetando principalmente<br />
crianças menores de 5<br />
anos [15]. A infecção pelo<br />
poliovírus pode levar a<br />
diferentes manifestações<br />
clínicas, desde casos<br />
assintomáticos até paralisia<br />
permanente, o vírus<br />
ataca o sistema nervoso,<br />
acarretando a paralisia<br />
nos membros inferiores,<br />
fraqueza muscular e, em<br />
casos graves, à morte[23].<br />
166 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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A replicação do poliovírus<br />
ocorre no citoplasma<br />
das células<br />
hospedeiras [22]. Após<br />
a entrada na célula, o<br />
genoma viral é liberado<br />
e serve como molde<br />
para a síntese de uma<br />
cópia de RNA complementar<br />
de cadeia negativa.<br />
O RNAc é então<br />
usado como modelo<br />
para a síntese de novos<br />
genomas de RNA positivos<br />
e para a produção<br />
de proteínas virais.<br />
Após a replicação, o<br />
poliovírus pode se disseminar<br />
para o sistema<br />
nervoso central, onde<br />
pode causar danos nas<br />
células nervosas e levar<br />
a paralisia.<br />
Histórico<br />
O poliovírus foi descoberto<br />
por Karl Landsteiner e<br />
Erwin Popper em 1908.<br />
A poliomielite tem sido<br />
uma doença conhecida<br />
há milhares de anos, mas<br />
sua história documentada<br />
remonta ao século XIX.<br />
No entanto, epidemias de<br />
poliomielite se tornaram<br />
mais frequentes e graves<br />
no século XX, com surtos<br />
ocorrendo mundialmente.<br />
Durante a primeira<br />
metade do século XX, a<br />
poliomielite era uma das<br />
doenças mais temidas em<br />
todo o mundo. A doença<br />
era altamente contagiosa<br />
e se espalhava principalmente<br />
através do contato<br />
fecal-oral, ou seja, quando<br />
uma pessoa ingere água<br />
ou alimentos contaminados<br />
com o vírus.<br />
Os surtos de poliomielite<br />
eram devastadores, deixando<br />
muitas crianças<br />
paralisadas ou até mesmo<br />
causando a morte.<br />
Os respiradores de ferro,<br />
que ajudavam as pessoas<br />
a respirar quando seus<br />
músculos respiratórios<br />
estavam paralisados, se<br />
tornaram um símbolo da<br />
doença, como o caso de<br />
Paul Richard Alexander,<br />
que contraiu a doença<br />
em 1952 aos 6 anos de<br />
idade, ele utiliza o respirador<br />
há 70 anos, sendo<br />
uma das últimas pessoas<br />
a viver em um pulmão de<br />
ferro depois de contrair<br />
poliomielite e ficar paralisado<br />
por toda a vida, tendo<br />
apenas o movimento<br />
da cabeça, pescoço e<br />
boca [19]<br />
No entanto, na década de<br />
1950, ocorreram avanços<br />
significativos no desenvolvimento<br />
de vacinas<br />
contra a poliomielite.<br />
O cientista americano<br />
Jonas Salk desenvolveu<br />
a primeira vacina inativada<br />
contra a poliomielite<br />
(VIP), que foi introduzida<br />
em 1955. Essa vacina,<br />
conhecida como vacina<br />
Salk, foi administrada<br />
por meio de injeção.<br />
Poucos anos depois, em<br />
1961, o cientista Albert<br />
Sabin desenvolveu uma<br />
vacina oral contra a poliomielite<br />
(VOP), conhecida<br />
como vacina Sabin. Essa<br />
vacina era composta por<br />
vírus enfraquecidos e era<br />
administrada por via oral,<br />
o que facilitava a administração,<br />
especialmente<br />
em grandes campanhas<br />
de vacinação em áreas<br />
168 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
de alto risco. A introdução<br />
das vacinas contra a<br />
poliomielite trouxe um<br />
grande impacto na redução<br />
dos casos da doença<br />
em todo o mundo. Desde<br />
então, esforços globais<br />
para erradicar a poliomielite<br />
por meio de campanhas<br />
de vacinação estão<br />
em andamento. A Organização<br />
Mundial da Saúde<br />
(OMS) iniciou um programa<br />
global de erradicação<br />
da poliomielite em 1988,<br />
e desde então, o número<br />
de casos diminuiu significativamente.<br />
Graças aos<br />
esforços de vacinação<br />
em massa, campanhas de<br />
conscientização e vigilância,<br />
a poliomielite foi<br />
eliminada na maior parte<br />
do mundo. As Américas<br />
foram declaradas livres<br />
da poliomielite em<br />
1994, o Pacífico Ocidental<br />
em 2000, a região<br />
europeia em 2002 e a<br />
região do sudeste asiático<br />
em 2014.<br />
No entanto, alguns países<br />
ainda enfrentam desafios<br />
para erradicar completamente<br />
a doença. A Índia,<br />
por exemplo, relatou seu<br />
último caso de poliomielite<br />
em 2011 e foi removida<br />
da lista de países<br />
endêmicos em 2014. A<br />
Nigéria, o Paquistão e o<br />
Afeganistão são os únicos<br />
países onde a poliomielite<br />
continua endêmica,<br />
embora os esforços para<br />
sua erradicação estejam<br />
em andamento.<br />
Epidemiologia<br />
Antes do desenvolvimento<br />
de uma vacina<br />
eficaz, a poliomielite era<br />
uma doença comum em<br />
todo o mundo, afetando<br />
milhares de pessoas<br />
anualmente. No entanto,<br />
com o uso generalizado<br />
da vacina oral contra<br />
a poliomielite (VOP),<br />
desenvolvida por Albert<br />
Sabin na década de 1960<br />
e a vacina inativada contra<br />
a poliomielite (VIP),<br />
desenvolvida por Jonas<br />
Salk, que é administrada<br />
por injeção, houve uma<br />
redução significativa<br />
nos casos de poliomielite<br />
em todo o mundo.<br />
Em 1988, a Iniciativa<br />
Global para a Erradicação<br />
da Poliomielite<br />
foi lançada pela Organização<br />
Mundial da<br />
Saúde (OMS), Rotary<br />
International, Centros<br />
de Controle e Prevenção<br />
de Doenças (CDC)<br />
dos Estados Unidos<br />
e Fundo das Nações<br />
Unidas para a Infância<br />
(UNICEF). Desde então,<br />
devido às campanhas<br />
de vacinação em larga<br />
escala, houve uma<br />
redução significativa<br />
no número de casos<br />
de poliomielite em<br />
muitos países, sendo<br />
erradicada em grande<br />
parte do mundo, com<br />
apenas alguns países<br />
endêmicos atualmente,<br />
incluindo Afeganistão,<br />
Paquistão e<br />
Nigéria [17]. Existem<br />
desafios significativos<br />
na erradicação completa<br />
da doença, como<br />
conflitos políticos,<br />
falta de acesso a áreas<br />
remotas e resistência à<br />
vacinação em algumas<br />
comunidades.<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
169
VIROLOGIA<br />
Vale ressaltar que,<br />
embora a poliomielite<br />
seja uma doença evitável<br />
por vacinação, casos<br />
isolados de poliovírus<br />
selvagem ou vírus derivados<br />
da vacina (VDPV)<br />
podem ocorrer em áreas<br />
com baixa cobertura<br />
vacinal ou com sistemas<br />
de saneamento inadequados.<br />
No entanto, é<br />
importante continuar<br />
com os esforços de vigilância<br />
e vacinação para<br />
prevenir o ressurgimento<br />
da poliomielite, a imunização<br />
de toda a população<br />
é fundamental<br />
para garantir a proteção<br />
contra a doença. A vigilância<br />
epidemiológica é<br />
essencial para detectar e<br />
responder rapidamente<br />
a casos suspeitos de<br />
poliomielite e rastrear a<br />
disseminação do vírus.<br />
Transmissão<br />
Condições sanitárias<br />
e higiene inadequada<br />
são fatores relevantes<br />
em relação à transmissão<br />
do poliovírus, que é<br />
altamente contagioso,<br />
podendo ser disseminado<br />
de pessoa para<br />
pessoa, principalmente<br />
pela via fecal-oral, onde<br />
a pessoa é infectada<br />
através da ingestão<br />
de água, alimentos ou<br />
objetos contaminados<br />
com fezes infectadas<br />
pelo poliovírus [23].<br />
O vírus se replica no<br />
intestino e é liberado<br />
nas fezes, continuando<br />
a disseminação se<br />
as medidas adequadas<br />
de higiene não forem<br />
seguidas. Isso pode<br />
ocorrer em áreas onde<br />
as condições sanitárias<br />
são inadequadas e o<br />
fornecimento de água<br />
potável é limitado.<br />
Indivíduos infectados<br />
com poliovírus podem<br />
excretar o vírus em suas<br />
fezes por várias semanas<br />
após a infecção. Indivíduos<br />
não vacinados e<br />
que vivem ou trabalham<br />
em áreas onde o poliovírus<br />
foi detectado em<br />
águas residuais correm<br />
maior risco de infecção.<br />
A disseminação do poliovírus<br />
se inicia pela boca,<br />
garganta e intestino. Em<br />
seguida, vai para a corrente<br />
sanguínea e pode<br />
chegar até o sistema<br />
nervoso, dependendo<br />
da pessoa infectada.<br />
Desenvolvendo ou não<br />
sintomas, o indivíduo<br />
infectado elimina o vírus<br />
nas fezes, que pode ser<br />
adquirido por outras<br />
pessoas por via oral [23].<br />
Embora menos comum, o<br />
poliovírus também pode<br />
ser transmitido através<br />
de gotículas respiratórias.<br />
Isso ocorre quando uma<br />
pessoa infectada tosse<br />
ou espirra, liberando partículas<br />
virais que podem<br />
ser inaladas por outras<br />
pessoas nas proximidades.<br />
Essa forma de transmissão<br />
é mais relevante<br />
nas primeiras semanas da<br />
infecção, quando o vírus<br />
está presente nas vias<br />
respiratórias superiores.<br />
170 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
VIROLOGIA<br />
Pessoas não vacinadas,<br />
especialmente crianças,<br />
têm maior risco de contrair<br />
e transmitir o vírus.<br />
O maior índice de poliomielite<br />
se dá em crianças<br />
até os 5 anos, devido a<br />
fatores como:<br />
• Imunidade insuficiente:<br />
Os bebês e crianças<br />
pequenas têm um sistema<br />
imunológico menos<br />
desenvolvido em comparação<br />
com os adultos.<br />
Isso significa que<br />
eles têm menos defesas<br />
contra infecções,<br />
incluindo o poliovírus.<br />
À medida que as crianças<br />
crescem e amadurecem,<br />
seu sistema imunológico<br />
se fortalece e<br />
se torna mais capaz de<br />
combater a infecção.<br />
• Contato próximo: A<br />
poliomielite é altamente<br />
contagiosa e é<br />
transmitida principalmente<br />
através do contato<br />
com as fezes de<br />
uma pessoa infectada.<br />
Em áreas onde a higiene<br />
é precária, as crianças<br />
estão mais expostas<br />
ao contato com<br />
água contaminada ou<br />
superfícies contaminadas,<br />
aumentando o<br />
risco de infecção.<br />
• Falta de imunização:<br />
Antes do desenvolvimento<br />
da vacina contra<br />
a poliomielite, a doença<br />
era endêmica em muitos<br />
países. As crianças<br />
eram particularmente<br />
vulneráveis porque não<br />
havia imunização disponível<br />
para protegê-<br />
-las. Com a introdução<br />
da vacinação em larga<br />
escala, a incidência da<br />
poliomielite diminuiu<br />
significativamente em<br />
todo o mundo.<br />
• Comportamento infantil:<br />
As crianças tendem a<br />
colocar objetos na boca<br />
e têm maior probabilidade<br />
de entrar em contato<br />
com superfícies e<br />
objetos contaminados.<br />
Isso aumenta o risco de<br />
ingestão do vírus caso<br />
eles tenham contato com<br />
material fecal infectado.<br />
É importante ressaltar<br />
que a maioria das pessoas<br />
infectadas com o poliovírus<br />
não desenvolve sintomas<br />
e se recupera completamente,<br />
no entanto,<br />
alguns indivíduos podem<br />
apresentar febre, dor de<br />
garganta, dores de cabeça<br />
e dores musculares. Em<br />
casos graves, o vírus pode<br />
invadir o sistema nervoso<br />
e causar fraqueza muscular<br />
ou paralisia [20].<br />
Diagnóstico<br />
O diagnóstico da infecção<br />
pelo poliovírus<br />
geralmente envolve uma<br />
combinação de avaliação<br />
clínica, exames laboratoriais<br />
e histórico de vacinação.<br />
Na avaliação clínica o<br />
médico examinará os sintomas<br />
apresentados pelo<br />
paciente. A poliomielite<br />
geralmente causa febre,<br />
dor de garganta, fraqueza<br />
muscular, rigidez do<br />
pescoço e, em casos mais<br />
graves, paralisia. A avaliação<br />
clínica pode ajudar a<br />
identificar sinais típicos<br />
da infecção. O médico<br />
revisará o histórico de<br />
172 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
vacinação do paciente<br />
para determinar se ele<br />
recebeu a vacina contra a<br />
poliomielite. A vacinação<br />
adequada pode reduzir<br />
significativamente o risco<br />
de contrair a doença.<br />
Existem diferentes tipos<br />
de testes laboratoriais<br />
que podem ser realizados<br />
para confirmar o diagnóstico<br />
de poliomielite. Esses<br />
testes incluem: Isolamento<br />
do vírus: O poliovírus<br />
pode ser isolado a partir<br />
de amostras de fezes,<br />
líquido cefalorraquidiano<br />
(LCR) ou amostras de<br />
garganta. Essas amostras<br />
são coletadas e enviadas<br />
para o laboratório, onde<br />
são cultivadas em células<br />
sensíveis ao vírus. A<br />
detecção do poliovírus<br />
nas amostras confirma o<br />
diagnóstico.<br />
Detecção de material<br />
genético viral: A técnica<br />
de reação em cadeia da<br />
polimerase (PCR) pode<br />
ser usada para detectar<br />
o material genético do<br />
poliovírus em amostras<br />
clínicas. Essa abordagem<br />
é altamente sensível<br />
e pode identificar o<br />
vírus mesmo em estágios<br />
iniciais da infecção.<br />
Testes sorológicos:<br />
Os testes sorológicos<br />
podem detectar a presença<br />
de anticorpos<br />
específicos contra o<br />
poliovírus no sangue do<br />
paciente. Esses testes<br />
são úteis para determinar<br />
a exposição prévia<br />
ao vírus, mas não são<br />
tão eficazes no diagnóstico<br />
de infecções ativas.<br />
Tratamento<br />
Não há cura para a infecção<br />
por poliovírus, o<br />
tratamento é voltado<br />
principalmente para<br />
o alívio dos sintomas<br />
e para a reabilitação<br />
dos pacientes doentes.<br />
Existem medidas que<br />
podem ser tomadas para<br />
minimizar os efeitos e<br />
melhorar a qualidade de<br />
vida dos pacientes [20].<br />
Os pacientes com poliomielite<br />
devem receber<br />
cuidados médicos adequados<br />
para monitorar<br />
a progressão da doença,<br />
tratar complicações<br />
e aliviar os sintomas.<br />
Isso pode incluir o uso<br />
de medicamentos para<br />
controlar a dor, reduzir a<br />
inflamação e melhorar a<br />
mobilidade, repouso no<br />
leito, compressas quentes<br />
e úmidas para controlar<br />
dores e espasmos<br />
musculares, ventiladores<br />
portáteis para ajudar na<br />
respiração e fisioterapia<br />
para ajudar a manter os<br />
músculos ativos.<br />
Vacina<br />
A prevenção do poliovírus<br />
é feita principalmente<br />
através da vacinação. A<br />
vacinação em larga escala<br />
tem sido fundamental<br />
para a redução dos casos<br />
de poliomielite em todo<br />
o mundo. A imunização<br />
precoce com a vacina<br />
contra a poliomielite é<br />
crucial para prevenir a<br />
propagação do vírus e<br />
proteger os indivíduos<br />
das complicações graves<br />
da infecção pelo poliovírus.<br />
Existem duas vacinas<br />
principais utilizadas na<br />
prevenção da poliomieli-<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
173
VIROLOGIA<br />
te: a vacina oral contra a<br />
poliomielite (VOP) administrada<br />
em gotas na<br />
boca, e a vacina inativada<br />
contra a poliomielite (VIP)<br />
administrada por injeção.<br />
A vacina oral (em gotas)<br />
contra a poliomielite<br />
contém vírus vivos atenuados.<br />
Ela é altamente<br />
eficaz na prevenção da<br />
infecção pelo poliovírus<br />
e tem a vantagem<br />
de também conferir<br />
imunidade à mucosa, o<br />
que reduz a disseminação<br />
do vírus através das<br />
fezes. A VOP é administrada<br />
inicialmente<br />
nos primeiros meses<br />
de vida e seguida de<br />
doses de reforço. A<br />
vacina inativada contra<br />
a poliomielite é uma<br />
vacina injetável que<br />
contém o vírus morto.<br />
Ela não confere imunidade<br />
à mucosa, mas é<br />
eficaz na prevenção da<br />
doença paralítica. O VIP<br />
é geralmente usado em<br />
países onde o risco de<br />
poliomielite selvagem<br />
é baixo ou inexistente.<br />
A imunização completa<br />
é importante para prevenir<br />
a manifestação do<br />
poliovírus. Além disso,<br />
é essencial manter altas<br />
taxas de cobertura vacinal<br />
em uma população<br />
para alcançar a imunidade<br />
coletiva. Isso<br />
protege não apenas<br />
aqueles que são vacinados,<br />
mas também indivíduos<br />
que não podem<br />
receber a vacina devido<br />
a condições médicas ou<br />
imunossupressão<br />
Prevenção e controle<br />
Além da vacinação, outras<br />
medidas de prevenção<br />
e controle são fundamentais<br />
para erradicar a<br />
poliomielite globalmente,<br />
assim como, o monitoramento<br />
contínuo do<br />
poliovírus circulante e a<br />
resposta rápida a surtos,<br />
a melhoria das condições<br />
sanitárias, acesso à água<br />
potável, higienização<br />
pessoal e campanhas de<br />
vacinação em massa.<br />
A vacinação de rotina é<br />
essencial para manter a<br />
imunidade da população<br />
e prevenir a reintrodução<br />
do vírus em áreas<br />
livres de poliomielite. São<br />
realizadas campanhas<br />
de vacinação em larga<br />
escala, visando vacinar o<br />
maior número possível<br />
de crianças em um curto<br />
período. Essas campanhas<br />
são essenciais para<br />
alcançar áreas de difícil<br />
acesso ou com baixa<br />
cobertura vacinal.<br />
Na veterinária<br />
O poliovírus não acomete<br />
animais, sendo<br />
o ser humano o único<br />
reservatório natural. Sua<br />
incidência em animais<br />
é considerada rara, mas<br />
em casos esporádicos<br />
como em pesquisas<br />
experimentais que<br />
auxiliaram na criação<br />
da vacina, foram documentadas<br />
em macacos<br />
e chimpanzés [18].<br />
Em conclusão, o poliovírus<br />
é uma doença altamente<br />
infecciosa que<br />
pode causar uma variedade<br />
de sintomas, desde<br />
174 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Conectividade<br />
Desempenho e<br />
Confiabilidade<br />
Produtividade<br />
Suporte, Consultoria<br />
e Treinamento<br />
Análises e<br />
Inteligência<br />
Qualidade
VIROLOGIA<br />
leves a graves, e pode ter<br />
consequências duradouras<br />
para quem contrai<br />
a doença. Embora não<br />
haja cura para a infecção<br />
pelo poliovírus, existem<br />
opções de tratamento<br />
para aliviar os sintomas.<br />
No entanto, a maneira<br />
mais eficaz de prevenir<br />
surtos de poliovírus é<br />
por meio da vacinação. A<br />
imunização precoce com<br />
a vacina contra a poliomielite<br />
é crucial para proteger<br />
os indivíduos das<br />
complicações graves da<br />
infecção pelo poliovírus e<br />
para prevenir a propagação<br />
do vírus.<br />
Discussão<br />
Norovírus<br />
A disseminação de infecções<br />
transmitidas por<br />
alimentos é uma preocupação<br />
constante em todo<br />
o mundo, causando uma<br />
ampla gama de doenças<br />
em milhões de pessoas a<br />
cada ano. Entre os agentes<br />
infecciosos envolvidos,<br />
destaca-se o norovírus,<br />
um vírus altamente<br />
contagioso que pode ser<br />
transmitido através do<br />
consumo de alimentos<br />
contaminados. De acordo<br />
com Smith et al. (2018),<br />
o norovírus é responsável<br />
por uma significativa<br />
proporção de surtos de<br />
doenças transmitidas<br />
por alimentos, especialmente<br />
em ambientes de<br />
preparação de alimentos<br />
como restaurantes e cruzeiros<br />
marítimos.<br />
O norovírus é caracterizado<br />
por um curto período<br />
de incubação e uma<br />
rápida manifestação de<br />
sintomas, como vômitos,<br />
diarreia, náuseas e dor<br />
abdominal intensa. Esses<br />
sintomas podem levar a<br />
desidratação severa e, em<br />
casos extremos, à morte,<br />
principalmente em grupos<br />
vulneráveis, como idosos<br />
e pessoas com sistemas<br />
imunológicos enfraquecidos.<br />
Segundo Brown et<br />
al. (2019), a capacidade do<br />
norovírus de persistir em<br />
superfícies e resistir a condições<br />
adversas contribui<br />
para sua disseminação e<br />
dificulta seu controle.<br />
A transmissão do norovírus<br />
por alimentos contaminados<br />
ocorre de várias<br />
maneiras, incluindo o<br />
manuseio inadequado de<br />
alimentos por manipuladores<br />
infectados, contaminação<br />
cruzada durante<br />
a preparação e armazenamento<br />
de alimentos,<br />
além da ingestão de água<br />
e produtos alimentícios<br />
contaminados durante<br />
a produção e processamento.<br />
Como apontado<br />
por Johnson et al. (2020),<br />
o norovírus pode ser facilmente<br />
introduzido em<br />
uma cadeia alimentar e<br />
se espalhar rapidamente<br />
para um grande número<br />
de pessoas, devido à sua<br />
capacidade de replicação<br />
rápida e baixa dose infectante<br />
necessária para<br />
causar doença.<br />
A prevenção e o controle<br />
das infecções transmitidas<br />
por norovírus em<br />
alimentos são desafios<br />
complexos que exigem<br />
a implementação de<br />
boas práticas de higiene<br />
e medidas de segurança<br />
176 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
alimentar adequadas.<br />
É fundamental que os<br />
manipuladores de alimentos<br />
estejam cientes<br />
dos riscos associados ao<br />
norovírus e sigam rigorosamente<br />
as diretrizes<br />
de higiene e segurança.<br />
Nesse sentido, conforme<br />
destacado por<br />
Martinez et al. (2021),<br />
a educação e o treinamento<br />
adequados dos<br />
profissionais de alimentos<br />
são essenciais para<br />
reduzir a ocorrência de<br />
surtos e proteger a saúde<br />
pública.<br />
Além disso, a implementação<br />
de políticas<br />
de monitoramento e<br />
controle efetivas também<br />
desempenha um<br />
papel fundamental na<br />
prevenção da disseminação<br />
do norovírus em<br />
alimentos. Estratégias<br />
como a identificação<br />
rápida de surtos, rastreamento<br />
de contatos<br />
e aprimoramento das<br />
práticas de detecção<br />
e diagnóstico podem<br />
contribuir significativamente<br />
para a mitigação<br />
do risco de infecções<br />
transmitidas por alimentos<br />
relacionadas<br />
ao norovírus, como<br />
sugerido por Jones et<br />
al. (2022).<br />
Em conclusão, o norovírus<br />
representa uma<br />
ameaça significativa à<br />
segurança alimentar,<br />
sendo responsável por<br />
numerosos surtos de<br />
doenças transmitidas<br />
por alimentos. A conscientização<br />
dos riscos<br />
associados a esse vírus,<br />
juntamente com a adoção<br />
de medidas preventivas<br />
e estratégias de<br />
controle eficazes, são<br />
essenciais para reduzir<br />
sua transmissão e proteger<br />
a saúde pública.<br />
Portanto, a colaboração<br />
entre os setores de saúde,<br />
indústria alimentícia<br />
e autoridades reguladoras<br />
é crucial para<br />
enfrentar esse desafio<br />
de forma abrangente,<br />
como defendido por<br />
Johnson et al. (2020) e<br />
Jones et al. (2022).<br />
Hepatite<br />
A hepatite é uma doença<br />
inflamatória do fígado<br />
que pode ser causada<br />
por diversos agentes<br />
infecciosos, incluindo<br />
vírus, bactérias e parasitas.<br />
Uma das formas de<br />
transmissão da hepatite<br />
é por meio de alimentos<br />
contaminados, o que<br />
configura uma importante<br />
via de disseminação da<br />
doença. Nesse contexto,<br />
o artigo científico intitulado<br />
"Infecções transmitidas<br />
por alimentos e sua<br />
relação com a ocorrência<br />
de hepatite" discute a<br />
relação entre esses dois<br />
aspectos, fornecendo<br />
uma visão abrangente<br />
sobre o tema.<br />
No estudo, os autores Silva<br />
et al. (2021) destacam<br />
que a contaminação de<br />
alimentos por agentes<br />
causadores de hepatite<br />
é uma preocupação<br />
crescente, uma vez que<br />
pode resultar em surtos<br />
epidêmicos e afetar a<br />
saúde pública. Eles ressaltam<br />
que a hepatite A<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
177
VIROLOGIA<br />
é um dos principais vírus<br />
envolvidos nesse contexto,<br />
sendo transmitido<br />
principalmente por meio<br />
de alimentos e água<br />
contaminados. Outros<br />
vírus, como o da hepatite<br />
E (HEV) e da hepatite C<br />
(HCV), também podem<br />
ser transmitidos através<br />
do consumo de alimentos<br />
contaminados, embora<br />
em menor frequência.<br />
Além dos vírus, bactérias<br />
patogênicas podem estar<br />
associadas à ocorrência<br />
de hepatite por meio<br />
dos alimentos. Conforme<br />
mencionado por Souza<br />
e Santos (2022), alguns<br />
patógenos bacterianos,<br />
como a Salmonella e a<br />
Campylobacter, podem<br />
infectar o fígado e desencadear<br />
uma resposta<br />
inflamatória, levando<br />
ao desenvolvimento de<br />
hepatite. Essas bactérias<br />
podem estar presentes em<br />
alimentos contaminados,<br />
especialmente de origem<br />
animal, como carnes cruas<br />
ou mal-cozidas, ovos e laticínios<br />
não pasteurizados.<br />
Em relação à hepatite<br />
parasitária transmitida<br />
por alimentos, o estudo<br />
de Oliveira et al. (2023)<br />
destaca o protozoário<br />
do gênero Entamoeba<br />
como um dos principais<br />
agentes causadores. A<br />
contaminação ocorre<br />
geralmente por meio da<br />
ingestão de água ou alimentos<br />
contaminados<br />
com cistos do parasita.<br />
Uma vez ingerido, o protozoário<br />
pode colonizar<br />
o intestino e, em alguns<br />
casos, alcançar o fígado,<br />
causando lesões e inflamação<br />
hepática.<br />
No entanto, é importante<br />
ressaltar que as<br />
medidas de controle e<br />
prevenção da hepatite<br />
transmitida por alimentos<br />
estão disponíveis. De<br />
acordo com os estudos<br />
de Lima et al. (2023),<br />
ações como a higiene<br />
adequada durante o preparo<br />
e manipulação dos<br />
alimentos, a utilização<br />
de água potável e a adequada<br />
refrigeração dos<br />
alimentos são essenciais<br />
para reduzir os riscos de<br />
contaminação e transmissão<br />
da hepatite.<br />
Em conclusão, o artigo<br />
científico analisado<br />
aborda de maneira<br />
abrangente a relação<br />
entre infecções transmitidas<br />
por alimentos e<br />
a ocorrência de hepatite.<br />
Os diversos agentes<br />
infecciosos, como vírus,<br />
bactérias e parasitas,<br />
podem estar presentes<br />
em alimentos contaminados,<br />
representando<br />
um risco para a saúde<br />
pública. Portanto, é fundamental<br />
adotar medidas<br />
de controle e prevenção,<br />
conforme apontado<br />
pelos autores citados, a<br />
fim de minimizar os casos<br />
de hepatite relacionados<br />
à ingestão de alimentos<br />
contaminados.<br />
Poliovírus<br />
Infecções transmitidas<br />
por alimentos têm sido<br />
uma preocupação constante<br />
na área da saúde<br />
pública. Segundo Silva et<br />
al. (2018), essas infecções<br />
178 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
VIROLOGIA<br />
são causadas pela ingestão<br />
de alimentos contaminados<br />
por microrganismos<br />
patogênicos,<br />
como bactérias, vírus<br />
e parasitas. Dentre os<br />
agentes causadores mais<br />
comuns, destacam-se a<br />
Salmonella, Escherichia<br />
coli e Campylobacter.<br />
Essas infecções podem<br />
resultar em quadros<br />
leves a graves de gastroenterite,<br />
podendo levar<br />
até mesmo à morte em<br />
casos mais graves (Rocha<br />
et al., 2020).<br />
Um dos principais desafios<br />
no controle das<br />
infecções transmitidas<br />
por alimentos é a identificação<br />
precisa das<br />
fontes de contaminação.<br />
Como destacado por<br />
Souza e Santos (2019), a<br />
cadeia de produção de<br />
alimentos é complexa<br />
e envolve diversas etapas,<br />
desde a produção<br />
primária até o consumo<br />
final. Isso torna necessário<br />
um controle rigoroso<br />
em todas as fases, desde<br />
a higiene na produção<br />
e processamento até o<br />
armazenamento adequado<br />
dos alimentos.<br />
Além disso, é fundamental<br />
a implementação de<br />
boas práticas de manipulação<br />
e higiene por<br />
parte dos consumidores<br />
(Carvalho et al., 2021).<br />
No entanto, apesar dos<br />
esforços empreendidos<br />
para prevenir as infecções<br />
transmitidas por alimentos,<br />
ainda ocorrem surtos<br />
e epidemias em diferentes<br />
partes do mundo.<br />
De acordo com Oliveira<br />
et al. (2022), a contaminação<br />
pode ocorrer em<br />
qualquer etapa da cadeia<br />
alimentar, desde a produção,<br />
transporte, manipulação<br />
até o consumo. A<br />
falta de monitoramento<br />
adequado e a negligência<br />
em relação às boas<br />
práticas sanitárias são<br />
fatores que contribuem<br />
para a propagação dessas<br />
infecções.<br />
É importante ressaltar<br />
que os grupos mais vulneráveis<br />
às infecções<br />
transmitidas por alimentos<br />
são as crianças, idosos,<br />
gestantes e indivíduos<br />
imunocomprometidos<br />
(Santos et al., 2017). Essas<br />
populações requerem<br />
uma atenção especial,<br />
uma vez que podem<br />
desenvolver complicações<br />
graves devido à<br />
infecção, como a síndrome<br />
hemolítico-urêmica,<br />
que pode levar à insuficiência<br />
renal aguda.<br />
Para combater as infecções<br />
transmitidas por<br />
alimentos, são necessárias<br />
ações integradas de<br />
vigilância epidemiológica,<br />
treinamento e capacitação<br />
de profissionais<br />
envolvidos na produção e<br />
manipulação de alimentos,<br />
além da conscientização<br />
da população em<br />
relação às boas práticas<br />
alimentares (Pereira et al.,<br />
2019). A implementação<br />
de políticas públicas eficazes<br />
e o fortalecimento<br />
dos sistemas de controle<br />
de qualidade são fundamentais<br />
para prevenir e<br />
controlar essas infecções.<br />
180 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Em suma, as infecções<br />
transmitidas por alimentos<br />
representam<br />
um desafio constante<br />
para a saúde pública. A<br />
prevenção dessas infecções<br />
requer esforços<br />
conjuntos de todos os<br />
envolvidos na cadeia<br />
alimentar, desde a produção<br />
até o consumo.<br />
A conscientização da<br />
população e a adoção de<br />
boas práticas de higiene<br />
são fundamentais para<br />
reduzir o impacto dessas<br />
infecções na sociedade<br />
(Ferreira et al., 2020).<br />
Considerações finais<br />
De forma geral, os NoV<br />
como principais causadores<br />
dessas atualmente,<br />
entretanto, com base<br />
no que foi dito anteriormente,<br />
o uso de vacinas,<br />
e o investimento na<br />
ciência para prevenção<br />
das demais epidemias<br />
causadas por vírus, têm<br />
sido estratégias viáveis<br />
para reduzir essas estatísticas.<br />
É inegável também<br />
que os esforços<br />
globais contribuíram<br />
para diminuição dessas<br />
doenças, seja pela vacinação<br />
em massa, ou<br />
seja pela educação de<br />
técnicas e métodos para<br />
prevenção. No entanto,<br />
o crescimento do movimento<br />
anti-vacina tem<br />
viabilizado o reaparecimento<br />
de novas cepas<br />
do poliovírus em países<br />
emergentes, como<br />
na Angola, e hepatite<br />
A por diversos países<br />
em 2022. O estudo da<br />
distribuição vacinal em<br />
crianças pelo mundo<br />
todo, mostra uma queda<br />
progressiva desde<br />
o surgimento desse<br />
movimento, o que é<br />
preocupante, uma vez<br />
que há possibilidade<br />
da volta de doenças<br />
já erradicadas. Houve<br />
avanços nas medidas<br />
de prevenção de surtos<br />
de DTHA (Doenças de<br />
transmissão hídrica e<br />
alimentar), porém com<br />
os entraves apresentados,<br />
ainda há um longo<br />
caminho para que esses<br />
fatos sejam resolvidos<br />
verdadeiramente.<br />
Agradecimentos<br />
Agradecemos à Profª<br />
Dra. Rachel Siqueira de<br />
Queiroz Simões, coordenadora<br />
e Chefe de Pesquisa<br />
da Universidade<br />
Santa Úrsula pelo apoio<br />
e incentivo durante esta<br />
investigação.<br />
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Overview_of_Virology_and_Preventative_Measures<br />
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15. Current polio status in the world - Scielo -<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
181
VIROLOGIA<br />
Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/<br />
wg4MTrtPtG8r6FJpdF4MfSq/?lang=pt<br />
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18. A história da Poliomielite e de sua erradicação<br />
no Brasil - Programa Estratégico de Pesquisa<br />
da Casa de Oswaldo Cruz<br />
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por alimentos: panorama epidemiológico<br />
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por alimentos e sua relação com a ocorrência de<br />
hepatite. <strong>Revista</strong> de Saúde Pública, 45(3), 123-<br />
137.<br />
52. Silva, L. F., et al. (2018). Infecções transmitidas<br />
por alimentos: um estudo epidemiológico no<br />
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Cadernos de Saúde Pública, 34(2), e00206116.<br />
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v. 24, n. 3, p. 147-156, 2018.<br />
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hepatite transmitida por alimentos. Journal of<br />
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e medidas preventivas. <strong>Revista</strong> Brasileira de<br />
Epidemiologia, v. 24, p. e210035, 2021.<br />
57. Souza, T. S., & Santos, J. S. (2019). Infecções<br />
transmitidas por alimentos: fatores de risco associados<br />
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self-service. <strong>Revista</strong> Brasileira de Epidemiologia,<br />
22, e190056.<br />
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reference group 2007-2015. Geneva: World Health<br />
Organization, 2015. Disponível em: .<br />
Acesso em: 26 maio 2023.<br />
Autoras:<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />
Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso<br />
de Medicina Veterinária; Departamento de Ciências<br />
da Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula,<br />
Campus Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
Tayná Portugal de Moura Tavares<br />
Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />
Departamento de Ciências da Saúde e<br />
Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
Raquel dos Santos Gomes da Silva<br />
Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />
Departamento de Ciências da Saúde e<br />
Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
Patrícia Emilia de Araujo Marquisani<br />
Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />
Departamento de Ciências da Saúde e<br />
Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
182 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
GESTÃO DA QUALIDADE EM LABORATÓRIOS<br />
Por Ingrid Ferreira Costa<br />
O Sistema de Gestão da<br />
Qualidade é o conjunto<br />
de atividades pelas quais<br />
se identifica os objetivos,<br />
processos e recursos<br />
necessários para alcançar<br />
os resultados. Dessa forma,<br />
o resultado positivo<br />
é quando a necessidade<br />
do cliente é atendida.<br />
A princípio, a qualidade<br />
em laboratórios não é<br />
uma preocupação recente.<br />
Afinal, os consumidores<br />
sempre tiveram a<br />
necessidade de inspecionar<br />
seus bens e serviços<br />
e, consequentemente,<br />
os produtores também<br />
tiveram que inspecionar<br />
a qualidade de produção.<br />
A questão é que a gestão<br />
de qualidade em laboratórios<br />
se tornou algo ainda<br />
mais essencial. Afinal,<br />
erros e falhas humanas<br />
se destacam muito mais<br />
atualmente, então, a qua-<br />
lidade dos serviços prestados<br />
impacta mais fortemente<br />
na sua imagem.<br />
O que é o Sistema de<br />
Gestão da Qualidade<br />
(SGQ)?<br />
“Antigamente, qualidade<br />
era associada com<br />
conformidade do produto<br />
em relação às suas<br />
especificações. Hoje em<br />
dia, é mais atada à satisfação<br />
do cliente.”<br />
O Sistema de Gestão da<br />
Qualidade é o conjunto<br />
de atividades pelas quais<br />
se identifica os objetivos,<br />
processos e recursos<br />
necessários para alcançar<br />
os resultados. Dessa forma,<br />
o resultado positivo<br />
é quando a necessidade<br />
do cliente é atendida.<br />
A partir dele, se define<br />
e garante padrões que<br />
atendem às boas práticas<br />
de laboratório e<br />
boas práticas de fabricação.<br />
Por isso, a empresa<br />
impulsiona-se na sua<br />
busca por melhoria contínua<br />
na qualidade dos<br />
laboratórios.<br />
184 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
E como a gestão da qualidade<br />
atua? Ela se faz presente<br />
em três etapas dos<br />
processos laboratoriais:<br />
1. Fase pré-analítica,<br />
onde é feita a padronização<br />
do cadastro, coletas,<br />
manipulação, preparo e<br />
envio dos materiais;<br />
2. Fase analítica, onde são<br />
realizadas as calibrações,<br />
manutenções preventivas<br />
e o controle de qualidade<br />
(interno e externo);<br />
3. Fase pós-analítica,<br />
onde é feita uma conferência<br />
de tudo que foi feito<br />
até aqui.<br />
Qual a diferença entre<br />
controle de qualidade e<br />
garantia de qualidade?<br />
Antes de mais nada, dentro<br />
da gestão de qualidade<br />
em laboratórios,<br />
há uma confusão entre<br />
dois termos: controle da<br />
qualidade e garantia da<br />
qualidade. O primeiro é<br />
a parte da gestão laboratorial<br />
que foca no atendimento<br />
de requisitos.<br />
Dessa forma, promove o<br />
controle dos processos no<br />
laboratório, englobando<br />
todos os passos na cadeia<br />
de eventos do espaço.<br />
Enquanto a garantia de<br />
qualidade é a parte da gestão<br />
que foca na promoção<br />
da confiança de que os<br />
requisitos de qualidade<br />
estão sendo atendidos.<br />
Sendo assim, isso é feito<br />
através de tarefas como:<br />
- Definição e publicação<br />
dos procedimentos da<br />
qualidade<br />
- Homologação dos fornecedores,<br />
assim como<br />
qualificação deles e dos<br />
produtos<br />
- Realização de auditorias<br />
- Atendimento às reclamações<br />
dos clientes<br />
- Treinamento dos colaboradores<br />
- Monitoramento do<br />
atendimento das assistências<br />
técnicas<br />
- Promoção da melhoria<br />
contínua<br />
Qual é a importância de<br />
implantar um Sistema<br />
de Gestão da Qualidade<br />
(SGQ)?<br />
E por que implantar o<br />
sistema de gestão da<br />
qualidade laboratorial?<br />
O motivo é simples: ele<br />
promove de maneira<br />
contínua a melhora do<br />
desempenho da organização,<br />
e por isso, atende<br />
de maneira satisfatória as<br />
expectativas dos clientes.<br />
Esse sistema de gestão<br />
laboratorial existe para<br />
que o laboratório produza<br />
produtos e serviços dentro<br />
das normas e padrões<br />
adequados. Em contrapartida,<br />
quando bem aplicado,<br />
é uma ferramenta<br />
que torna o seu laboratório<br />
mais competitivo!<br />
Quais são as principais<br />
normas e padrões que<br />
regem a gestão da qualidade<br />
em laboratórios?<br />
As normas ISO foram<br />
criadas pela Organização<br />
Internacional de Padroni-<br />
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
185
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
zação (ISO) para melhorar<br />
a qualidade dos produtos<br />
e serviços. Portanto,<br />
para construir um ótimo<br />
programa de qualidade<br />
laboratorial, você deve<br />
seguir duas normas ISO:<br />
9001:2015 e 17025/2017.<br />
Norma ISO 9001:2015<br />
A norma ISO 9001 tem o<br />
enfoque no sistema de<br />
gestão da qualidade e<br />
deixa explícita a utilização<br />
do ciclo PDCA: Plan,<br />
Do, Check e Act. A atualização<br />
mais recente,<br />
ISO 9001:2015 trouxe as<br />
seguintes novidades:<br />
- Gestão de riscos<br />
- Novas terminologias<br />
- Redução de oito para<br />
sete princípios de qualidade<br />
Nessa versão, são especificados<br />
os requisitos<br />
para a determinação<br />
de riscos e também de<br />
oportunidades.<br />
Quais são os sete princípios<br />
de gestão da qualidade?<br />
Em suma, no programa<br />
de qualidade laboratorial,<br />
são adotados os<br />
seguintes princípios:<br />
1. Foco no cliente: o foco<br />
da gestão laboratorial é<br />
atender as necessidades<br />
dos clientes e até mesmo<br />
excedê-las<br />
2. Liderança: é necessário<br />
que a liderança em todos<br />
os níveis estabeleça uma<br />
unidade de propósito e<br />
direcionamento. Também<br />
deve criar condições<br />
para que as pessoas<br />
se engajem nos objetivos<br />
da qualidade<br />
3. Engajamento das pessoas:<br />
promoção de pessoas<br />
competentes para<br />
aumentar a capacidade<br />
da organização<br />
4. Abordagem de processo:<br />
para obter resultados<br />
consistentes e<br />
previsíveis, é necessário<br />
que as atividades<br />
sejam gerenciadas<br />
como processos inter-<br />
-relacionados num sistema<br />
coerente<br />
5. Melhoria: o foco do<br />
laboratório é na melhoria<br />
contínua<br />
6. Decisão baseada em<br />
evidências: as decisões<br />
devem ser tomadas apenas<br />
com base na análise<br />
e avaliação de dados e<br />
informações<br />
7. Gestão de relacionamento:<br />
para ter um<br />
sucesso sustentável, a<br />
organização deve gerenciar<br />
bem seus relacionamentos<br />
com as partes<br />
pertinentes ao negócio.<br />
Norma ISO 17025:2017<br />
A ISO 17025 é uma norma<br />
bastante completa<br />
para as boas práticas<br />
de laboratório e boas<br />
práticas de fabricação,<br />
englobando a ISO 9001.<br />
Sendo assim, é uma norma<br />
técnica internacional<br />
que define os pilares da<br />
implementação do sistema<br />
de gestão da qualidade<br />
no laboratório.<br />
186 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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187
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
Portanto, com a certificação<br />
dela, você pode prosseguir<br />
com o processo<br />
de acreditação da competência<br />
e emitir certificados<br />
de ensaio com<br />
seguintes normas na gestão<br />
laboratorial da qualidade:<br />
a) ABNT NBR ISO 9000,<br />
que traz os princípios de<br />
gestão da qualidade;<br />
Conclusão<br />
Em síntese, a gestão da<br />
qualidade em laboratório<br />
proporciona diferentes<br />
benefícios para a sua<br />
empresa: a segurança<br />
do cliente, a melhora da<br />
reconhecimento internacional.<br />
A ISO 17025 consiste<br />
em:<br />
a) Requisitos gerais;<br />
b) ABNT NBR ISO 9001,<br />
que descreve os requisitos<br />
para obter a certificação;<br />
qualidade nas análises, o<br />
aumento da produtividade<br />
e a diminuição de riscos<br />
que afetam a sua imagem!<br />
b) Requisitos de estrutura;<br />
c) Requisitos de recursos;<br />
d) Requisitos de proces-<br />
c) ABNT NBR ISO 9004,<br />
que traz as instruções<br />
para a implantação do<br />
Sistema de Gestão da<br />
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cursos de Química Industrial,<br />
Gestão da Qualidade<br />
e Biotecnologia. E<br />
so;<br />
e) Requisitos do sistema<br />
de gestão.<br />
Quais são as normas de<br />
sistema de gestão?<br />
Qualidade;<br />
d) ABNT NBR ISO 19011,<br />
que traz as diretrizes<br />
sobre auditorias do sistema<br />
de gestão da qualida-<br />
se eventualmente, você<br />
tiver interesse em cursos,<br />
treinamentos in company<br />
ou dúvidas sobre<br />
esse tema, entre em contato<br />
pelo e-mail:<br />
Em resumo, existem as<br />
de e gestão ambiental.<br />
contato@biochemie.com.br<br />
Autora:<br />
Ingrid Ferreira Costa<br />
Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências Farmacêuticas.<br />
Especialista em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Externa<br />
na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC ISO 9001:2015. Auditora Líder na ABNT ISO/IEC 17025:2017, ABNT ISO/IEC<br />
15189:2015 e ABNT ISO/IEC 17043:2011. Se você tiver interesse em cursos, treinamentos in company ou dúvidas sobre esse tema, entre em<br />
contato pelo e-mail: contato@biochemie.com.br.<br />
Fonte: Gestão da Qualidade em Laboratórios<br />
www.biochemie.com.br/gestao-da-qualidade-industrial/gestao-de-qualidade-em-laboratorios/<br />
188 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
MINUTO LABORATÓRIO<br />
COMO FORMAR UMA EQUIPE DE GESTÃO<br />
DA QUALIDADE?<br />
Por Fábia Bezerra.<br />
Ao contrário do que muitos<br />
pensam (ou esperam)<br />
o gestor da qualidade<br />
não tem que dominar<br />
tudo sobre o assunto,<br />
mas tem obrigação de<br />
contratar uma equipe<br />
que domine, e sua missão<br />
como gestão é orquestrar<br />
esse time, direcionar<br />
dentro do grau de expertise<br />
de cada um, definindo<br />
metas claras e objetivas<br />
a fim de que façam<br />
entregas de alto valor<br />
para a empresa.<br />
Quando me vi, por exemplo,<br />
na posição de Gestora<br />
da Qualidade corporativa<br />
de uma grande<br />
empresa, onde era nova<br />
de casa, não conhecia os<br />
processos internos, os<br />
costumes, sistemas e as<br />
pessoas, pensei: preciso<br />
montar uma estratégia!<br />
Então, após me inteirar<br />
sobre todas as faces da<br />
empresa, das ferramentas<br />
disponíveis e até<br />
onde ia a minha autonomia<br />
para realizar as<br />
entregas que esperavam<br />
de mim, enxerguei<br />
que meu time deveria<br />
ser composto por: um<br />
conhecedor dos sistemas<br />
operacionais internos,<br />
outro de qualidade<br />
analítica e um expert<br />
em administração de<br />
documentos.<br />
O primeiro, era importante<br />
porque eu precisava de<br />
alguém que entendesse<br />
dos sistemas da empresa,<br />
então convidei alguém da<br />
operação que se destacou<br />
desde o início da minha<br />
chegada e que me ajudou<br />
com minhas validações iniciais<br />
– mesmo tendo que<br />
dar conta de suas metas<br />
como biomédica. Valorizei<br />
demais essa iniciativa porque<br />
a meu ver, os melhores<br />
parceiros, são aqueles<br />
que fazem além do que<br />
foram contratados, estes<br />
vão longe e é esse tipo de<br />
profissional que gosto de<br />
ter por perto.<br />
Em seguida, trouxe<br />
alguém que entendia<br />
de qualidade analítica<br />
e para esta função, precisava<br />
de um parceiro<br />
extremamente organizado,<br />
prático e com<br />
senso de urgência, já<br />
que eu tinha entregas e<br />
prazos curtos.<br />
190 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
E, por último, tive a sorte<br />
de trazer uma expert<br />
em administração de<br />
documentos que me<br />
ajudou muito com a<br />
elaborações de procedimentos,<br />
fluxos, auditorias<br />
e multiplicação<br />
de treinamentos.<br />
Definida a equipe, é hora<br />
de você desenhar uma<br />
matriz de responsabilidades<br />
que contenha:<br />
Atividade, periodicidade,<br />
hora homem/tempo de<br />
trabalho para aquela atividade,<br />
responsável e uma<br />
última coluna com o substituto<br />
do responsável.<br />
Esta tabela pode ser definida<br />
de acordo com as<br />
demandas, mas sugiro<br />
a definição de uma fixa<br />
anual e, conforme outras<br />
Penso que, quando uma<br />
equipe tem funções bem<br />
definidas, os processos<br />
não ficam esperando<br />
pelo gestor, simplesmente<br />
são executadas, e<br />
a nós, cabe ajudar quando<br />
for preciso.<br />
Após esta definição, deve-<br />
-se fazer uma reunião<br />
com o tripé da instituição<br />
e definir as metas para<br />
o ano – onde quer chegar<br />
e do que irá precisar<br />
para tal. Esta reunião é de<br />
suma importância para<br />
que no ano seguinte, consiga<br />
realizar uma análise<br />
crítica de tudo que se propôs<br />
a fazer, com seus respectivos<br />
resultados. Esse<br />
tipo de alinhamento faz<br />
toda diferença para que<br />
não percamos a direção<br />
de nossos objetivos.<br />
Enumere um plano de<br />
prioridades. Por exemplo,<br />
se precisa validar<br />
equipamentos, reagentes,<br />
criar documentos,<br />
desenhar fluxogramas,<br />
treinar pessoas e ainda<br />
sonha com uma acreditação,<br />
o primeiro passo<br />
é bem claro e já está<br />
na ordem acima: valide<br />
seus equipamentos e<br />
reagentes primeiro, teste<br />
a interface dos mesmos,<br />
depois, abra espaço<br />
para que a assessoria<br />
cientifica treine a equipe,<br />
em seguida, peça<br />
para cada setor escrever<br />
seus procedimentos<br />
operacionais padrão<br />
(POP) e fluxos de manutenções<br />
diárias e, por<br />
fim, comecem a elaborar<br />
uma lista mestra dos<br />
documentos que estão<br />
MINUTO LABORATÓRIO<br />
metas forem surgindo,<br />
Equipe definida, escopo<br />
sendo criados ou atu-<br />
que sejam agregadas e<br />
de trabalho e metas ali-<br />
alizados. Se pensa em<br />
alinhadas em reuniões<br />
nhados, é hora de colo-<br />
acreditação, já comece<br />
semanais com a equipe.<br />
car a mão na massa!<br />
a construir tais docu-<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
191
MINUTO LABORATÓRIO<br />
mentos de acordo com<br />
as exigências da acreditadora<br />
do seu interesse.<br />
É preciso que você defina<br />
muito claramente o<br />
que espera de sua Gestão<br />
da Qualidade e que<br />
que é nada menos que<br />
deixar seu colaborador<br />
se autogerenciar, ou seja,<br />
lhe dê as metas e prazos<br />
Vejam que o processo da<br />
se cerque de gente que<br />
tenha os mesmos inte-<br />
e deixei-o livre para cumprir<br />
com muito respeito e<br />
Qualidade é contínuo,<br />
resses que você.<br />
confiança. Outra forma de<br />
não para nunca, está em<br />
incentivá-lo é investindo<br />
constante evolução. Por<br />
isso, é muito importante<br />
que se mantenham atua-<br />
Claro que manter uma<br />
equipe motivada é um<br />
desafio enorme, principalmente<br />
quando a<br />
em cursos de atualização,<br />
congressos e seminários,<br />
este tipo de estímulo é de<br />
grande valor para a equi-<br />
lizados e atentos a tudo<br />
remuneração não depen-<br />
pe. Permitir folgas quan-<br />
que acontece em tor-<br />
de da nossa vontade,<br />
do precisam, escolherem<br />
no do tema. Sobretudo,<br />
escute sua equipe, não<br />
seja o dono da verdade,<br />
contudo, existem outros<br />
meios de valorizar e manter<br />
uma equipe fiel aos<br />
propósitos da sua empre-<br />
suas férias e flexibilidade<br />
de horário, também é<br />
uma excelente iniciativa<br />
para manter um time<br />
pratique diariamente uma<br />
sa, como por exemplo,<br />
engajado e do seu lado<br />
comunicação efetiva.<br />
ensiná-los a autogestão,<br />
até debaixo d´água!<br />
Autora:<br />
Fábia Bezerra<br />
Biomédica, Auditora; Gerente da Qualidade Corporativa na Hapvida /Diagnósticos.<br />
192 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
MINUTO LABORATÓRIO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
193
OFAC BRASIL<br />
RUMO A QUATRO DÉCADAS DO LILIAN LABORATÓRIO<br />
SEMEANDO INOVAÇÃO, COLHENDO SUCESSO.<br />
Por Lílian B. da Cunha Menditi.<br />
Sou a Lílian, nascida em<br />
Mimoso do Sul, uma cidadezinha<br />
supergostosa e<br />
de povo muito acolhedor,<br />
situada no interior do ES.<br />
Mimosense com<br />
orgulho!<br />
Por ser uma cidade bem<br />
pequena, tive que sair<br />
de seu aconchego bem<br />
mais cedo para buscar<br />
formação acadêmica e<br />
fazer a faculdade dos<br />
meus sonhos. Sempre<br />
quis ser uma bioquímica!<br />
Gostava tanto<br />
que, quando fiz vestibular,<br />
na tentativa de<br />
querer passar sempre<br />
no primeiro, fiz junto<br />
com medicina em outra<br />
faculdade. Passei nas<br />
duas e meu sonho continuou<br />
prevalecendo.<br />
Fiz farmácia e bioquímica,<br />
na antiga FAFABES,<br />
uma faculdade estadual<br />
que foi encampada pela<br />
UFES, Universidade Federal<br />
do Espírito Santo.<br />
Assim, fui para Vitória,<br />
capital do Espírito Santo,<br />
onde iniciei a faculdade<br />
e comecei a trabalhar<br />
desde o primeiro ano,<br />
ainda como acadêmica,<br />
num grande laboratório<br />
da capital, referência<br />
até hoje, Laboratório<br />
Tommasi, onde aprendi<br />
muito e recebi toda a base<br />
que precisava. Fui contratada<br />
e ocupei o cargo de<br />
chefia em duas de suas<br />
unidades, uma no Hospital<br />
Santa Rita e a outra no<br />
Hospital universitário da<br />
UFES, que na época, ainda<br />
não tinha laboratório<br />
próprio. Nesse período,<br />
fiz várias pós-graduações<br />
e especialização em Análises<br />
Clínicas.<br />
Em 1984, grávida do meu<br />
segundo filho, já tinha<br />
uma filha, retornei para<br />
Mimoso, minha cidade<br />
natal, com a bagagem<br />
de conhecimento e<br />
experiência adquiridos,<br />
194 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
VEM AÍ:<br />
PELA PRIMEIRA VEZ A DYMIND ESTARÁ PRESENTE NO<br />
CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />
PATOLOGIA CLINICA<br />
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descartável, sem desperdício de reagentes, atende perfeitamente às necessidades<br />
de laboratórios médios e pequenos<br />
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Relatório de resultados completo, profissional e ilustrado
OFAC BRASIL<br />
incentivada pelo meu<br />
pai eu abri o “Lílian Laboratório<br />
de Análises Clínicas<br />
Ltda.”, que em 2024,<br />
completará 40 anos de<br />
existência.<br />
Foram 40 anos de muita<br />
luta, com dedicação,<br />
persistência, educação<br />
continuada, garra, foco<br />
e coragem.<br />
Coragem, porque a nossa<br />
meta sempre foi nos<br />
tornar um laboratório de<br />
referência na região.<br />
Não faltaram intercorrências<br />
e barreiras, que foram<br />
vencidas com determinação<br />
do dia a dia e a fé na<br />
crença: “Colhemos o que<br />
plantamos”.<br />
E seguimos plantando<br />
o bem e o certo nessa<br />
nossa longa caminhada.<br />
Muitos frutos foram surgindo<br />
e a grande maioria<br />
frutificando dentro do<br />
esperado. Um ou outro<br />
com problema, retirávamos<br />
do caminho para<br />
não atrapalhar.<br />
Investimos no que de<br />
melhor poderíamos<br />
oferecer, tecnologia<br />
de ponta, insumos e<br />
kits de primeira qualidade,<br />
equipe coesa<br />
de alta performance,<br />
com formação profissional<br />
na área, espaço<br />
físico amplo, agradável<br />
e acolhedor, sempre<br />
pensando na sustentabilidade<br />
e como principal<br />
objetivo, um atendimento<br />
humanizado e<br />
diferenciado.<br />
Assim, a árvore frondosa<br />
“Lílian Laboratório”,<br />
foi crescendo, prosperando<br />
e dando excelentes<br />
frutos.<br />
Tornamo-nos uma grande<br />
família, com a qual<br />
passamos o maior tempo<br />
do nosso dia.<br />
Como atendemos pessoas,<br />
que buscam qualidade<br />
de vida, através de saúde<br />
plena, nossa caminhada<br />
não pode parar, continuaremos<br />
em aprendizado<br />
constante para um crescimento<br />
permanente. E<br />
em preparação para solicitar<br />
nosso certificado de<br />
Acreditação, pelo PNCQ<br />
(Programa Nacional de<br />
Controle de Qualidade).<br />
E, como boas sintonias,<br />
geram energias positivas,<br />
há mais de um ano,<br />
196 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
ecebi um valoroso presente,<br />
conhecer e poder<br />
fazer parte da OFAC<br />
(Organização Feminina<br />
de Análises Clínicas do<br />
Brasil), a melhor organização<br />
da nossa área.<br />
Não tenho como mensurar<br />
os benefícios trazidos<br />
pela OFAC. Posso<br />
assegurar que demos um<br />
grande “boom”. E o Lílian<br />
Laboratório, se tornou<br />
uma referência em nossa<br />
região, com reconhecimento<br />
através de várias<br />
premiações e títulos,<br />
isso tudo, depois que a<br />
conhecemos e soubemos<br />
aproveitar todas as vantagens<br />
oferecidas por ela.<br />
Tenho tentado a todo custo<br />
repassar para os meus<br />
colegas a grande oportunidade<br />
de poder fazer<br />
parte desta organização,<br />
nunca vista nas Análises<br />
Clínicas, que surgiu para<br />
impulsionar os pequenos<br />
e médios laboratórios do<br />
Brasil, fazendo-nos ver a<br />
grande responsabilidade<br />
que este setor da área<br />
médica possui.<br />
Quero agradecer a grande<br />
oportunidade que me<br />
foi oferecida pela OFAC,<br />
para contar um pouquinho<br />
da nossa história,<br />
numa revista de tamanha<br />
repercussão, respeito e<br />
admiração no Brasil.<br />
Obrigada Dra. Marbenha<br />
Linko! CEO da OFAC!<br />
Essa forma carinhosa de<br />
fazer nosso laboratório,<br />
daqui do interior desse<br />
brasilzão, ser agraciado<br />
e reconhecido por vocês,<br />
enche-nos de alegria e<br />
emoção. E aumenta ainda<br />
mais nossa responsabilidade<br />
e confirma-nos<br />
que valeu a pena toda<br />
caminhada!<br />
Somos um laboratório<br />
de excelência e exemplo<br />
para muitos que têm<br />
esse sonho!<br />
OFAC BRASIL<br />
Autores:<br />
Lílian B. da Cunha Menditi - CRF ES – 402<br />
Formada pela FAFABES (Faculdade de Farmácia e Bioquímica do ES)<br />
Especialista em Análises Clínicas pela EMESCAM (Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória ES)<br />
Sócia Proprietária de Lílian Laboratório de Análises Clínicas Ltda.<br />
Mimoso do Sul, ES.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
197
HEMATOLOGIA<br />
MICROSCOPIA ÓTICA A IMAGEM DIGITAL:<br />
UMA NOVA ERA PARA HEMATOLOGIA<br />
Por Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite, Ph.D.<br />
Entre as décadas de<br />
1970 e 1990, os morfologistas<br />
eram experts<br />
no<br />
reconhecimento<br />
microscópico de inúmeras<br />
doenças hematológicas<br />
fazendo uso<br />
Figura 1 – Hemácias coradas em rosa claro, eosinófilo (acima e direita), com grânulos laranjas e basófilo (abaixo<br />
e esquerda), com grânulos purpúricos, x1000, Corante Single Prov, Nexprov, (cedido pela empresa, Newprov).<br />
dos corantes denominados<br />
de Romanosky<br />
(Wright,<br />
Leishman,<br />
May-Grunwald<br />
Giemsa).<br />
Entretanto, estes<br />
corantes eram laboriosos<br />
e exigiam mais<br />
domínio técnico no<br />
Figura 2 – Plasmócitos com o citoplasma basofílico, azul, A esquerda e acima, mielócitos com nucléolos e poucos<br />
grânulos, assincromia de maturação. Abaixo, eosinófilo corado em laranja, basófilo (abaixo e direita), com<br />
grânulos purpúricos e blastos com citoplasma escasso e azul e nucléolos. x1000, May-Grunwald Giemsa. (cedido<br />
pela empresa, Newprov).<br />
preparo. Assim, na<br />
tentativa de facilitar a<br />
análise sanguínea foi<br />
fabricado um corante<br />
contudo estes corantes<br />
têm limitações, pois<br />
não evidenciam todas<br />
as diferentes estruturas<br />
olos e podem levar a<br />
crenação das hemácias,<br />
prejudicando a gradação<br />
das formas das<br />
rápido, prático e útil,<br />
celulares como nuclé-<br />
hemácias,<br />
queimam<br />
198 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
PCR<br />
em<br />
tempo real
HEMATOLOGIA<br />
cromatina nuclear de<br />
blastos, dentre outros.<br />
Com a necessidade<br />
eminente de um novo<br />
corante com boa praticidade<br />
e melhor qualidade,<br />
a Newprov produziu<br />
Figura 3 – Células de Harlequin, grânulos laranjas e basofílicos (x1000, Corante May-Grunwald Giemsa, imagem<br />
digital pelo Cellavision. Créditos: Scott Dundbar, Denver, Colorado.<br />
corante hematológico,<br />
Single Prov (composto<br />
por uma mistura dos<br />
sais dos corantes de<br />
Wright e Giemsa), que<br />
cora bem as extensões<br />
sanguíneas com mais<br />
qualidade e revela<br />
estruturas nucleares e<br />
citoplasmáticas com<br />
maior nitidez (figura 1).<br />
Outro excelente corante,<br />
o May-Grunwald<br />
Giemsa, padrão ouro<br />
para colorações manuais<br />
(figura 2) ou realizadas<br />
por equipamentos<br />
(SPS Slide marker),<br />
pode ser adaptado para<br />
um tempo menor e<br />
revela mais de 20 tons<br />
de cores, estando entre<br />
os melhores corantes<br />
para estudo do sangue<br />
periférico, extensões<br />
de medula óssea, para<br />
citologia de líquidos<br />
corporais, e com grande<br />
utilidade na análise<br />
de imprint de medula<br />
óssea, linfonodos, dentre<br />
outros.<br />
Além disso, entramos<br />
na era da captura de<br />
imagens digitais com<br />
geração de fotografias<br />
em alta definição<br />
adquiridas a partir de<br />
200 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
HEMATOLOGIA<br />
extensões<br />
sanguíneas<br />
nulócutos imaturos e<br />
de revisão a partir de<br />
coradas por corantes<br />
eritroblastos com assin-<br />
extensões<br />
sanguíneas<br />
hematológicos padrões<br />
(figura 3), Romanosky. E<br />
o nosso desafio é identificar<br />
as células que<br />
a rede neural e inteligência<br />
artificial conta<br />
como não identificadas,<br />
e mais do que nunca os<br />
morfologistas vão ser<br />
exigidos a reconhecer<br />
células anormais ou linfomatosas,<br />
blastos, gra-<br />
cronia de maturação,<br />
dentre outros achados<br />
possibilitando o direcionamento<br />
de uma<br />
investigação e diagnóstico<br />
precoce e preciso.<br />
Em suma, conclui-se<br />
que todos os analistas<br />
hematologistas devem<br />
ser treinados para interpretar<br />
o hemograma,<br />
utilizando os critérios<br />
bem coradas para identificar<br />
as células que os<br />
equipamentos hematológicos<br />
não conseguem<br />
identificar.<br />
Referências bibliográficas<br />
- Failace Renato, Flavio Fernandes. Hemograma: manual<br />
de interpretação. Porto Alegre; Artmed; 6 ed., 2015.<br />
- Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves,<br />
Samuel Ricardo Comar, Railson Henneberg, Júlio Cezar<br />
Merlin, Sérvio Túlio Stinghen; Hematologia Laboratorial:<br />
Teoria e Procedimentos; Artmed Editora, 2015.<br />
- Newprov. Sessão hematologia, SINGLE PROV,<br />
corante hematológico.<br />
http://www.newprov.com.br/index.php/produtos/<br />
listagem/categoria%7Chematologia, 2019.<br />
- Bhupesh Bagulkar, Minal Chaudhary; Romanowsky<br />
Stains: Handbook on Romanowsky Stain Family for<br />
Hematology; LAP Lamber Academic Publishing, 2012.<br />
- Van der Vorm LN, Hendriks HA, Smits SM. Performance<br />
of the CellaVision DC-1 digital cell imaging<br />
analyser for differential counting and morphological<br />
classification of blood cells. J Clin Pathol.<br />
2023 Mar;76(3):194-201. doi: 10.1136/jclinpath-2021-207863.<br />
Epub 2021 Oct 7. PMID: 34620610<br />
Autor<br />
Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite, Ph.D.<br />
Doutorado em Bioquímica, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Mestrado e especialização em Hematologia, UNIFESP.<br />
Consultor em Hematologia. Instagram: @draluizarthur<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
201
BIOSSEGURANÇA<br />
A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA NA<br />
ESTRUTURA HOSPITALAR PARA COMBATER INFECÇÕES.<br />
Por: Leticia Oliveira Azevedo, Maria Helenna Valadares da Rocha, Maria Rayane Leandro Cordeiro, Jorge Luiz Silva Araujo Filho.<br />
A biossegurança é definida<br />
pela Agência Nacional<br />
de Vigilância Sanitária<br />
(ANVISA), como<br />
“Condição de segurança<br />
alcançada por um conjunto<br />
de ações destinadas<br />
a prevenir, controlar,<br />
reduzir ou eliminar riscos<br />
inerentes às atividades<br />
que possam comprometer<br />
a saúde humana, animal<br />
e o meio ambiente”.<br />
Apesar de a referência<br />
a riscos biológicos para<br />
determinadas profissões<br />
ter sido descrita em<br />
1700, na obra “As doenças<br />
dos trabalhadores”,<br />
do autor Bernardino<br />
Ramazzini, considerado<br />
pai da Medicina do Trabalho,<br />
a biossegurança,<br />
propriamente dita, surgiu<br />
no Século XX, voltada<br />
para a minimização<br />
de riscos advindos da<br />
prática de diferentes tecnologias.<br />
A partir desse<br />
contexto, é fundamental<br />
ressaltar que o conhecimento<br />
sobre esse assunto<br />
vem se expandindo<br />
e se desenvolvendo na<br />
medida em que a tecnologia<br />
avança e novas<br />
infecções são descobertas,<br />
tendo assim cada<br />
país o seu próprio conjunto<br />
de leis e os regulamentos<br />
para a aplicação<br />
dessas técnicas.<br />
Nessa perspectiva, os<br />
profissionais de saúde<br />
e os demais funcionários<br />
precisam conhecer<br />
as normas regulamentadoras<br />
de segurança e<br />
a acessibilidade necessárias<br />
em um estabelecimento<br />
assistencial de<br />
saúde. Sob esse viés, foi<br />
criada, em 21 de fevereiro<br />
de 2002, a Resolução<br />
da Diretoria Colegiada<br />
nº 50 da ANVISA (RDC-<br />
50), que considerou a<br />
necessidade de um instrumento<br />
norteador no<br />
Brasil para a elaboração,<br />
a ampliação e a avaliação<br />
de projetos físicos, bem<br />
como o funcionamento<br />
adequado de estabelecimentos<br />
hospitalares.<br />
Dessa forma, a RDC-50<br />
inclui regras sobre projetos<br />
estruturais arqui-<br />
202 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
BIOSSEGURANÇA<br />
tetônicos, hidráulicos e<br />
desatualizada, por ter<br />
gias. (Martins, 2018, p. 17).<br />
elétricos, até climatiza-<br />
sido regulamentada há<br />
De acordo com Martins<br />
ção e funcionalidade.<br />
mais de 20 anos. Nes-<br />
(2018), as salas limpas<br />
O descumprimento da<br />
se contexto, atualmen-<br />
possuem uma impor-<br />
RDC- 50 pode acarre-<br />
te, as normas passaram<br />
tância notória no âmbito<br />
tar desde multas até a<br />
a ser específicas para<br />
hospitalar, para o controle<br />
interdição da institui-<br />
cada ambiente respec-<br />
das infecções e contami-<br />
ção. Pequenos cuidados,<br />
tivo, por exemplo: salas<br />
nantes presentes no ar,<br />
como por exemplo: cor-<br />
de parto, centros cirúr-<br />
desta maneira é possível<br />
redores largos, devido<br />
gicos, entre outros.<br />
realizar uma limpeza mais<br />
ao grande fluxo de pes-<br />
especializada do ambien-<br />
soas e equipamentos, a<br />
Em relação a importân-<br />
te, unida também com a<br />
necessidade da instala-<br />
cia da biossegurança no<br />
utilização de vestimentas<br />
ção da mesa de radio-<br />
ambiente hospitalar, é<br />
de proteção adequadas,<br />
grafia, que deve ficar<br />
imprescindível que algu-<br />
uma estrutura e uma cir-<br />
no mínimo a 1 metro de<br />
mas salas específicas des-<br />
culação de ar eficiente. E a<br />
distância das paredes,<br />
te ambiente possuam um<br />
NBR ISO 14644 de 2004, é<br />
para evitar a falta de<br />
sistema de controle pró-<br />
uma norma que está rela-<br />
acessibilidade, quando<br />
prio, como tal a sala limpa,<br />
cionada com as exigên-<br />
todas essas precauções<br />
que “é um local com con-<br />
cias para o projeto e para<br />
são somadas, garantem<br />
trole de partículas, tempe-<br />
a construção de salas lim-<br />
a segurança no com-<br />
ratura, umidade, pressão e<br />
pas, e prevê também uma<br />
plexo hospitalar. Contu-<br />
alguns outros fatores que<br />
lista dos parâmetros do<br />
do, a norma citada, que<br />
influenciam na produção<br />
desempenho e guia para<br />
serviu de embasamento<br />
de determinado produ-<br />
a construção dessas salas<br />
para planejamentos em<br />
to ou serviço”, como por<br />
(NBR/ISO 14644: 2004 –<br />
hospitais,<br />
encontra-se<br />
exemplo as salas de cirur-<br />
Parte 4).<br />
204 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Dentro do programa de<br />
rinhos. As antecâmaras<br />
é considerada complexa,<br />
BIOSSEGURANÇA<br />
uma sala limpa existe<br />
estão presentes também<br />
pois envolve áreas assis-<br />
uma antecâmara, que é<br />
nos quartos de isolamen-<br />
tenciais, sociais e de ser-<br />
um ambiente que ser-<br />
to que são ambientes<br />
viço onde o fluxo de cada<br />
ve como uma barreira,<br />
onde se cria uma barrei-<br />
setor precisa ser deter-<br />
evitando que o ar exter-<br />
ra asséptica impedindo a<br />
minado, além das parti-<br />
no entre na sala. Sendo<br />
infecção entre pacientes,<br />
cularidades de cada área<br />
assim um ambiente que<br />
acompanhantes e funcio-<br />
do hospital. Atualmente,<br />
de acordo com a RDC<br />
nários. O quarto deve ter<br />
apesar de não ser um<br />
50 (2002), precisa ter no<br />
pressão negativa quando<br />
pré-requisito, existem no<br />
mínimo 1,8 m² de área e<br />
o paciente está transmi-<br />
mercado<br />
profissionais<br />
um lavatório; suas portas<br />
tindo alguma doença e<br />
que possuem especiali-<br />
precisam ter um sistema<br />
positiva quando ele está<br />
zação na área desse tipo<br />
de mecanismo intertrava-<br />
imunodeprimido.<br />
Além<br />
de construção, como<br />
do garantindo que uma<br />
disso, deve ter um ar con-<br />
especialista em arqui-<br />
porta só abra quando a<br />
dicionado de alta pres-<br />
tetura hospitalar, enge-<br />
outra estiver completa-<br />
são, com a revisão sem-<br />
nheiros<br />
especializados<br />
mente fechada. Quando<br />
pre em dia e um filtro de<br />
em construção e manu-<br />
as duas portas estiverem<br />
alta eficácia.<br />
tenção hospitalar. O pro-<br />
fechadas o ar insuflado<br />
fissional capacitado na<br />
nela dilui a contamina-<br />
Para projetar um ambien-<br />
área entende que, além<br />
ção que entrou quando<br />
te de saúde é necessário<br />
da estética do ambiente,<br />
a porta externa estava<br />
ter conhecimento das<br />
a escolha dos materiais<br />
aberta. Tapetes especiais<br />
normas técnicas e legis-<br />
também depende do<br />
também são colocados<br />
lações que regem esse<br />
controle de infecção e<br />
para descontaminar solas<br />
tipo de construção. A<br />
riscos de acidentes. Além<br />
de sapatos e rodas de car-<br />
estrutura de um hospital<br />
dos profissionais da área<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
205
BIOSSEGURANÇA<br />
de construção civil, os<br />
funcionários também<br />
precisam ser capacitados<br />
e ensinados quanto<br />
à importância da biossegurança<br />
e como se tratar<br />
no ambiente hospitalar,<br />
principalmente os que<br />
trabalham diretamente<br />
em áreas críticas, no<br />
andar de internação e<br />
salas limpas.<br />
foi criada a primeira<br />
Comissão de Controle<br />
de Infecção Hospitalar<br />
(CCIH). Notoriedade<br />
essa, que cresceu<br />
mais ainda e ganhou<br />
visualização em todo<br />
o mundo, pelos casos<br />
de infecção pelo vírus<br />
da imunodeficiência<br />
humana (HIV). Seguindo<br />
a linha temporal, na<br />
década de 2000 houve<br />
deira vilã a nível de saúde<br />
pública. Ao adentrar<br />
no cenário nacional,<br />
como citado pelo autor<br />
Celso Augusto Rossete,<br />
em seu livro: Biossegurança,<br />
“As infecções<br />
hospitalares são responsáveis<br />
pelo aumento<br />
da morbidade das<br />
patologias, tempo de<br />
internação e custos das<br />
instituições de saúde”,<br />
A Epidemiologia Hospitalar<br />
é a ciência responsável<br />
por analisar o<br />
processo saúde - doença<br />
em coletividade, no<br />
referido ambiente. Ela<br />
é determinante para o<br />
controle de infecções e<br />
passou a ganhar maior<br />
notabilidade quando,<br />
em 1950, na Inglaterra,<br />
após um surto causado<br />
por uma bactéria chamada<br />
staphylococcus,<br />
um aumento significativo<br />
de infecções relacionadas<br />
à assistência<br />
à saúde (IRAS) por inúmeros<br />
fatores, como a<br />
resistência bacteriana<br />
aos antibióticos, evolução<br />
silenciosa das<br />
patologias e a elevação<br />
no índice da expectativa<br />
de vida, tornando,<br />
desde então, as contaminações<br />
em ambiente<br />
hospitalar uma verda-<br />
tendo, em consequência<br />
disso, redução na<br />
rotatividade dos leitos.<br />
No Brasil, um estudo<br />
encomendado pelo<br />
Ministério da Saúde<br />
(MS) identificou que a<br />
taxa de infecção hospitalar<br />
varia de 13% a 15%,<br />
o que é alto se comparado<br />
a taxas médias em<br />
países desenvolvidos,<br />
que gira em torno de<br />
8%”. Entretanto, como<br />
206 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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epidemiologista Mar-<br />
Ademais, a Lei n. 9.431,<br />
de 6 de janeiro de 1997,<br />
de infraestrutura para<br />
isolamentos para doen-<br />
co Fábio Maestroni, em<br />
regulamentou a obriga-<br />
ças transmissíveis, com<br />
sua obra “Biossegurança<br />
toriedade dos hospitais<br />
destaque para pessoas<br />
Aplicada a Laboratórios<br />
do país de manter um<br />
com suspeita de tuber-<br />
e Serviços de Saúde”, o<br />
programa de controle<br />
culose ocupacional.<br />
problema assume pro-<br />
de infecções hospitala-<br />
porções maiores do que<br />
res (BRASIL, 1997). Nes-<br />
Pode-se destacar a valo-<br />
as estatísticas existen-<br />
se sentido, os resulta-<br />
rização da biossegurança<br />
tes, visto que é difícil de<br />
dos dos programas de<br />
para a prevenção de com-<br />
obter uma real dimen-<br />
prevenção e controle de<br />
plicações<br />
ocasionadas<br />
são, devido à constante<br />
infecção adquirida após<br />
por infecções hospitala-<br />
modificação e a evolução<br />
a admissão do paciente<br />
res em procedimentos<br />
dos patógenos, e conse-<br />
na unidade hospitalar<br />
como o transplante de<br />
quente falta de percep-<br />
dependem do envolvi-<br />
medula óssea, realizado<br />
ção do nexo causal entre<br />
mento, tanto dos profis-<br />
para substituir as células<br />
o contágio direto ou indi-<br />
sionais da saúde, quan-<br />
da medula em pacientes<br />
reto, tanto daqueles que<br />
to das demais pessoas<br />
doentes por células sau-<br />
se inserem na prestação<br />
inseridas, (MOURA et al.,<br />
dáveis, cujo quadro clíni-<br />
de serviços de saúde,<br />
2007, p 417). Contudo,<br />
co é ocasionado por leu-<br />
quanto aos pacientes. Tal<br />
constata- se a falta de<br />
cemia, linfomas, etc. Os<br />
questão é agravada pela<br />
mapas de risco aos agen-<br />
pacientes transplantados<br />
escassez de informação<br />
tes biológicos e sinaliza-<br />
levam meses para recu-<br />
dos trabalhadores da<br />
ções. Além disso, nota<br />
perarem o seu sistema<br />
área sobre riscos ocupa-<br />
- se em diversos hos-<br />
imunológico, pois os lin-<br />
cionais aos quais estão<br />
pitais,<br />
principalmente<br />
fócitos tendem a se res-<br />
expostos diariamente.<br />
públicos, a inexistência<br />
tabelecer de forma lenta,<br />
208 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
ou seja, são mais vulneráveis<br />
às infecções, poden-<br />
nação (Barbosa, 2022).<br />
É importante ressaltar<br />
tura complexa com<br />
vários fluxos internos.<br />
BIOSSEGURANÇA<br />
do ocasionar, assim,<br />
também, que as doen-<br />
O entendimento de que<br />
complicações graves no<br />
ças fúngicas, as quais são<br />
cada processo dentro<br />
seu quadro clínico. Posto<br />
invasivas (DFIs), corres-<br />
dele, se realizado de for-<br />
isso, é indispensável que<br />
pondem a uma das cau-<br />
ma correta tem uma par-<br />
eles sejam mantidos em<br />
sas mais frequentes de<br />
cela de ajuda no comba-<br />
ambientes que estejam<br />
pneumonia<br />
hospitalar<br />
te de riscos e infecções<br />
em conformidade com<br />
em pacientes que sofre-<br />
dentro da instituição:<br />
a biossegurança, tais<br />
ram transplantes, sendo<br />
Desde de um produto<br />
como: quartos individu-<br />
ocasionada pela inalação<br />
que é recebido, até o<br />
ais que possuam filtração<br />
de fungos presentes no<br />
lixo descartado. Desse<br />
do ar, pois as unidades<br />
ambiente.<br />
(ANDRADE,<br />
modo, é necessário o<br />
hospitalares apresentam<br />
2021). Reforçando assim,<br />
treinamento da equipe<br />
altos níveis de patógenos<br />
a importância da imple-<br />
para que tudo ocorra<br />
resistentes. Consequen-<br />
mentação das normas de<br />
de maneira apropriada,<br />
temente, essas medidas<br />
biossegurança no âmbi-<br />
minimizando riscos de<br />
devem ser unidas ao uso<br />
to hospitalar para a pre-<br />
contaminações. O sis-<br />
de luvas, capotes, isola-<br />
venção de complicações,<br />
tema de ar condiciona-<br />
mento protetor e pelo<br />
durante e após o trans-<br />
do precisa de atenção<br />
uso adequado dos outros<br />
plante, no quadro clínico<br />
especial nos hospitais,<br />
EPIs, como uso de más-<br />
do paciente.<br />
o ideal é ter uma equipe<br />
caras pelos profissionais<br />
específica para manu-<br />
da unidade, visitantes e<br />
De acordo com as infor-<br />
tenção e reparos, já que<br />
pacientes. Ademais, deve<br />
mações citadas pre-<br />
esse equipamento é um<br />
ser priorizada a diminui-<br />
viamente, o hospital é<br />
grande colaborador no<br />
ção do tempo de inter-<br />
considerado uma estru-<br />
controle de infecções.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
209
BIOSSEGURANÇA<br />
Desse modo, para que o<br />
sistema de climatização<br />
conjunto de medidas<br />
que visam minimizar os<br />
n. 9.431, de 6 de janeiro<br />
de 1997 que foi respon-<br />
seja eficiente na limpeza<br />
riscos para a saúde de<br />
sável por regulamentar<br />
do ar, é necessário rea-<br />
todos indivíduos pre-<br />
a obrigatoriedade nos<br />
lizar uma manutenção<br />
sentes nesse ambien-<br />
hospitais do país em<br />
periódica<br />
obrigatória<br />
te, e que está presen-<br />
manter um programa<br />
do sistema de climati-<br />
te desde do início do<br />
de controle de infec-<br />
zação – PMOC (Plano de<br />
planejamento<br />
dessas<br />
ções hospitalares, no<br />
Manutenção e Controle<br />
instituições até no seu<br />
qual esse controle é<br />
de sistemas de climati-<br />
uso diário adequado,<br />
determinado pela Epi-<br />
zação).<br />
Considerando<br />
desta forma é um tema<br />
demiologia Hospitalar,<br />
assim, que para o hospi-<br />
que vem se expandin-<br />
a qual analisa o pro-<br />
tal funcionar de maneira<br />
do. É válido ressaltar<br />
cesso de saúde e doen-<br />
correta, os equipamen-<br />
a importância quan-<br />
ça em coletividade,<br />
tos e equipes precisam<br />
to ao conhecimento<br />
que passou a ganhar<br />
estar funcionando de<br />
acerca das medidas<br />
maior notoriedade a<br />
forma adequada, com<br />
dispostas nas normas<br />
partir de casos infec-<br />
manutenção e treina-<br />
regulamentadoras<br />
de<br />
ções causados pelos:<br />
mento em dia.<br />
segurança pelos pro-<br />
surtos da bactéria sta-<br />
fissionais da saúde, tal<br />
phylococcus, pelo vírus<br />
Com base nas informa-<br />
como a RDC-50, por<br />
da<br />
imunodeficiência<br />
ções supracitadas, con-<br />
estar relacionada com<br />
humana (HIV) e pelas<br />
clui-se que a biossegu-<br />
a avaliação dos proje-<br />
infecções relacionadas<br />
rança é imprescindível<br />
tos estruturais e fun-<br />
à assistência à saúde<br />
no ambiente hospita-<br />
cionamento adequado<br />
(IRAS). As salas limpas<br />
lar, visto que é com-<br />
das instituições hospi-<br />
possuem um controle<br />
preendida como um<br />
talares. E também a Lei<br />
específico, o qual apre-<br />
210 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
BIOSSEGURANÇA<br />
senta grande relevância,<br />
no âmbito hospita-<br />
ciosa, como, por exemplo,<br />
pacientes que rea-<br />
em concordância com<br />
a biossegurança.<br />
lar para o controle de<br />
lizaram transplante de<br />
contaminações e são<br />
projetadas de acordo<br />
com as exigências da<br />
norma NBR ISO 14644<br />
de 2004. Outra área<br />
presente na estrutura<br />
hospitalar, que possui<br />
um gerenciamento<br />
semelhante para o<br />
combate às infecções,<br />
são os quartos de isolamentos,<br />
ou seja, o local<br />
onde ficam pacientes<br />
imunodeprimidos ou<br />
que estão transmitindo<br />
alguma doença infec-<br />
medula óssea. Portanto,<br />
como citado anteriormente,<br />
o hospital<br />
possui uma estrutura<br />
complexa, na qual<br />
todas as áreas devem<br />
ter uma estrutura adequada,<br />
assim como,<br />
treinamento apropriado<br />
para uma efetiva<br />
utilização da mesma.<br />
Só assim, haverá a possibilidade<br />
de que a<br />
instituição de saúde,<br />
de alta complexidade,<br />
esteja integralmente<br />
Referências:<br />
• Barbosa, C. M., Alencar, D. J. P., Borges, F.<br />
D. S. S., Cavalcante, F. P., Brilhante, F. D. F.,<br />
Paula, N. M. A. D. Infecções Relacionadas<br />
Ao Transplante De Medula Óssea. Tópicos<br />
Atuais Em Saúde I: Abordagens Sobre Saúde,<br />
Doença E Cuidado, 1(1), 147-173, 2022.<br />
• COSTA BORTOLUZZI, T. V., Cavalcanti, P.<br />
B., Bins Ely, V. H. Quartos De Isolamento<br />
Em Unidades De Urgência E Emergência:<br />
Sinergia Entre Legislação E Prática? Arquitetura<br />
<strong>Revista</strong>, 16(1), 119–136, 2020.<br />
• CAMELO, Silva Helena Henriques. Controle<br />
e prevenção de infecção hospitalar. Editora<br />
Pearson, 2018.<br />
• MARTINS, Caio Rodrigues; PIDDE, Mariana<br />
Gomes. Sala Limpa: Aspectos Gerais, Orçamento<br />
E Montagem Dos Painéis Isotérmicos.<br />
TCC. Curso de Engenharia Civil. Unievangélica,<br />
Anápolis, 81 p., 2018.<br />
• MASTROENI, Marco Fábio, Biossegurança<br />
aplicada a laboratórios e serviços de saúde.<br />
Atheneu, 1a. edição, 2010.<br />
• Nicole Hertzog, R. Gestão da pandemia<br />
Coronavírus em um hospital: relato experiência<br />
profissional. Journal of Nursing &<br />
Health, 10(4), 2020.<br />
• PENTEADO, Maridalva de Souza. Infraestrutura<br />
de biossegurança para agentes<br />
biológicos em hospitais do sul do Estado<br />
da Bahia, Brasil in <strong>Revista</strong> Brasileira de<br />
Enfermagem, Volume: 76, Issue: 3, 2023.<br />
• ROSSETE, Celso Augusto. Biossegurança.<br />
São Paulo. Pearson. 2016.<br />
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Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />
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CITOMETRIA DE FLUXO<br />
TITULAÇÃO DE ANTICORPOS PARA<br />
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
Por Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro Azevedo e Bruna Garcia Nogueira<br />
A titulação de anticorpos<br />
é um procedimento<br />
essencial na citometria<br />
de fluxo, utilizado para<br />
determinar a concentração<br />
ideal de anticorpos<br />
fluorescentes a serem<br />
utilizados em uma análise<br />
específica. Descreveremos<br />
aqui o processo de<br />
titulação de anticorpos,<br />
abordando os cálculos<br />
necessários e os benefícios<br />
dessa prática para<br />
garantir resultados confiáveis<br />
e de alta qualidade<br />
em experimentos de citometria<br />
de fluxo.<br />
A citometria de fluxo é<br />
uma poderosa técnica<br />
que permite a análise<br />
simultânea de múltiplos<br />
parâmetros celulares,<br />
possibilitando a caracterização<br />
de diferentes<br />
subpopulações celulares<br />
e a avaliação de<br />
eventos específicos em<br />
uma amostra biológica.<br />
Essa técnica requer a<br />
utilização de anticorpos<br />
conjugados com fluoróforos<br />
para identificar e<br />
quantificar marcadores<br />
de interesse em células.<br />
A titulação adequada<br />
desses anticorpos<br />
é fundamental para<br />
garantir que a fluorescência<br />
detectada seja<br />
específica, minimizando<br />
a sobre- ou subestimação<br />
dos sinais e,<br />
consequentemente,<br />
obtendo resultados<br />
mais precisos.<br />
O Processo de Titulação<br />
de Anticorpos<br />
A titulação de anticorpos<br />
para citometria de fluxo<br />
envolve a realização de<br />
uma série de diluições do<br />
anticorpo em diferentes<br />
concentrações conhecidas.<br />
Essas diluições são<br />
então incubadas com a<br />
amostra de interesse. O<br />
objetivo é testar diversas<br />
concentrações de um<br />
mesmo anticorpo para<br />
verificar o volume que nos<br />
214 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
215
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
permite obter a melhor<br />
resolução, ou seja, o volume<br />
do anticorpo que gera<br />
melhor separação entre<br />
as populações positiva e<br />
negativa para aquele marcador<br />
(Figura 1).<br />
Geralmente cada anticorpo<br />
tem um volume<br />
indicado em sua bula,<br />
mas quase sempre é<br />
muito maior do que<br />
você realmente precisa.<br />
O que acontece é<br />
que esse excesso de<br />
anticorpo pode ligar-se<br />
a outros epítopos não<br />
específicos, gerando<br />
maior background, “falsos-negativos”.<br />
Figura 1: Histograma mostrando o um anticorpo conjugado ao fluorocromo FITC.<br />
Observamos uma população positiva e uma população negativa.<br />
Os dados obtidos a partir<br />
de cada diluição são<br />
analisados usando um<br />
software apropriado de<br />
citometria de fluxo, onde<br />
é possível plotar a intensidade<br />
média de fluorescência<br />
(MFI) em histogramas.<br />
Podemos calcular<br />
de duas maneiras:<br />
• Signal-to-noise ratio<br />
(S/N): para calcular o<br />
S/N, diminui-se do MFI<br />
da população positiva<br />
o MFI da população<br />
negativa. Dessa maneira,<br />
quanto maior o S/N,<br />
maior será a resolução.<br />
Cálculos na Titulação<br />
de Anticorpos<br />
Para determinar a concentração<br />
ótima do anticorpo,<br />
são realizados<br />
cálculos de titulação.<br />
216 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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de calcular a resolução,<br />
levando em consideração<br />
a "largura"<br />
da população negativa<br />
(desvio padrão)!<br />
• Identificação de Anti-<br />
Benefícios da Titulação<br />
de Anticorpos<br />
A titulação de anticorpos<br />
traz diversos benefícios<br />
para os experimentos<br />
de citometria de fluxo.<br />
Alguns dos principais são:<br />
• Redução de Ruído e<br />
Fundo (background):<br />
A titulação garante que<br />
a fluorescência detectada<br />
esteja relacionada<br />
apenas aos eventos<br />
marcados, minimizando<br />
o ruído de fundo e<br />
aumentando a especificidade<br />
das análises.<br />
• Economia de Reagentes:<br />
Ao determinar<br />
a diluição ótima,<br />
é possível economizar<br />
reagentes valiosos,<br />
maximizando o uso<br />
eficiente dos anticorpos<br />
conjugados.<br />
• Melhora da Reprodutibilidade:<br />
A padronização<br />
da concentração do<br />
anticorpo contribui para<br />
a reprodutibilidade dos<br />
resultados, permitindo<br />
comparações entre diferentes<br />
experimentos.<br />
corpos não Ideais: A<br />
titulação pode revelar<br />
anticorpos inadequados<br />
para a análise, auxiliando<br />
na escolha de<br />
novos anticorpos para<br />
estudos futuros.<br />
• Aumento da Sensibilidade<br />
e Precisão: A<br />
concentração ótima de<br />
anticorpo garante uma<br />
maior sensibilidade na<br />
detecção do marcador<br />
de interesse, resultando<br />
em análises mais precisas<br />
e confiáveis.<br />
218 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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Dicas práticas para o<br />
processo de titulação<br />
• É importante que você<br />
titular o CD4 eu posso<br />
usar sangue periférico,<br />
já que eu tenho células<br />
ideal de anticorpo,<br />
é possível melhorar<br />
a especificidade das<br />
prepare as amostras<br />
CD4+ (linfócitos T auxi-<br />
análises, reduzir ruídos<br />
para titulação da mesma<br />
liares) e células CD4- (lin-<br />
e fundo, economizar<br />
maneira que irá prepa-<br />
fócitos T citotóxicos, gra-<br />
reagentes e garantir<br />
rar a amostra do expe-<br />
nulócitos, linfócitos B...).<br />
resultados mais con-<br />
rimento, isso porque os<br />
sistentes. Portanto, é<br />
processos de lavagem,<br />
A titulação de anticor-<br />
altamente recomenda-<br />
lise e fixação podem<br />
pos é uma etapa essen-<br />
do que os pesquisado-<br />
alterar os valores.<br />
cial para garantir a<br />
res realizem a titulação<br />
qualidade e a confiabi-<br />
de anticorpos antes<br />
• Inicie a titulação com<br />
lidade dos dados obti-<br />
de cada experimento,<br />
o volume indicado na<br />
dos em experimentos<br />
assegurando a obten-<br />
bula e vá diminuindo,<br />
de citometria de fluxo.<br />
ção de dados preci-<br />
por exemplo, se na bula<br />
Através da determina-<br />
sos e significativos em<br />
disser 20μL, teste 20μL,<br />
ção da concentração<br />
suas pesquisas.<br />
10μL, 5μL e 3μL.<br />
Autoras:<br />
• Para fazer o teste, você<br />
precisará usar uma<br />
amostra que tenha células<br />
positivas e negativas<br />
para o marcador, por<br />
exemplo, caso eu queira<br />
Helena Varela de Araújo<br />
Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent<br />
(Inglaterra). Especialista em Hematologia pelo Hospital<br />
Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde pelo Centro<br />
Universitário São Camilo. Aluna de cursos na área de Marketing<br />
na ESPM. Foi assistente técnica do laboratório de citometria de<br />
fluxo do Whitehead Institute, MIT. Atualmente é supervisora<br />
do laboratório de citometria clínica do Beth Israel Deaconess<br />
- Harvard Medical School. Fundadora do @HemoFlow, maior<br />
página de ensino em citometria de fluxo do Instagram.<br />
Rafaele Loureiro de Azevedo<br />
Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />
CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />
Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />
Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />
farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />
Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />
anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />
professora do @HemoFlow.<br />
Bruna Garcia Nogueira<br />
Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />
Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />
Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />
Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />
especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />
Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />
do @HemoFlow<br />
220 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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em que todos os elementos<br />
disponíveis estão dispostos da<br />
melhor forma, proporcionando<br />
assim o melhor resultado possível<br />
para os clientes e parceiros.<br />
Para isso ser possível, é necessário<br />
muito planejamento e organização,<br />
estudando detalhadamente<br />
os processos, atividades<br />
e objetivos comerciais. Isso permite<br />
que as empresas extraiam<br />
ao máximo seus potenciais.<br />
Em grandes cidades, em questões<br />
geográficas e comerciais,<br />
como Minas Gerais, é necessária<br />
ainda mais cautela para atender<br />
as demandas com eficiência e<br />
agilidade, principalmente nas<br />
questões logísticas de armazenamento<br />
e distribuição, já que o<br />
cumprimento dos prazos é uma<br />
das principais formas de efetivar<br />
a fidelização do cliente.<br />
Baseando-se nessa necessidade<br />
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222 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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INFORME DE MERCADO<br />
INFORMES DE MERCADO<br />
Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />
dos produtos e lançamentos do setor.<br />
Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />
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UM BOM INSTRUMENTO SÓ PODE SER USADO DA<br />
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A HiMedia lançou os sistemas de<br />
extração automatizados baseados<br />
em esferas magnéticas - série Insta<br />
NX® Mag em 2020, logo no início<br />
da pandemia. As máquinas Insta<br />
NX® Mag32 e Mag96 foram instaladas<br />
em inúmeros laboratórios em<br />
todo o mundo. Desde o menor dos<br />
estandes de teste de COVID e laboratórios<br />
recém-criados, para centros<br />
privados e públicos. instalações de<br />
teste, os extratores Insta NX® Mag<br />
tornaram-se uma necessidade fundamental<br />
para acompanhar a carga<br />
de amostras em massa.<br />
A pandemia provocou uma revolução<br />
no campo da extração de ácidos<br />
nucleicos. A introdução do novo<br />
conceito de 'placas pré-preenchidas'<br />
trouxe uma reforma adicional<br />
na demanda por esses sistemas de<br />
extração automatizados. Esses kits<br />
têm todos os reagentes, incluindo<br />
grânulos magnéticos pré-dispensados<br />
nas placas. Dada a disponibilidade<br />
limitada de pessoal devido às<br />
normas do COVID, a enorme carga<br />
de amostras e o tempo gasto no pré-<br />
-processamento, essa ideia inovadora<br />
de placas pré-preenchidas ajudou<br />
a reduzir o tempo de pré-processamento<br />
e reduzir o TAT geral em 75%.<br />
Eventualmente, conforme o COVID<br />
diminuiu, a utilidade desses instrumentos<br />
foi inicialmente questionável<br />
com o declínio da carga de<br />
amostras. Na mesma época, a HiGenoMB®<br />
lançou o Insta NX® Mag16<br />
com capacidade de processamento<br />
de 16 amostras. O que tornou esse<br />
lançamento fascinante foi que, além<br />
das placas, o Insta NX® Mag16 pode<br />
processar até mesmo uma única<br />
amostra em um cartucho sem desperdiçar<br />
nenhum reagente ou material<br />
plástico. Os cartuchos pré-cheios<br />
HiPurA® são cartuchos individuais<br />
selados contendo reagentes para<br />
processar uma única amostra. Isso<br />
permite que os usuários finais usem<br />
a automação magnética para processar<br />
uma única amostra pela primeira<br />
vez. Acrescente-se a facilidade<br />
de utilização dos cartuchos, pois os<br />
técnicos apenas têm de adicionar<br />
a amostra, carregá-la na máquina e<br />
executar. Dependendo da carga da<br />
amostra, pode-se alternar facilmente<br />
entre placas e cartuchos.<br />
Dada a aceitabilidade e a enorme<br />
demanda por cartuchos pré-cheios,<br />
também projetamos o mesmo para<br />
Mag32, Mag32 PRO para clientes<br />
existentes usarem essas máquinas<br />
de acordo com a carga de amostra.<br />
Isso também impulsionará a indústria<br />
clínica e especialmente os laboratórios<br />
de patologia a fazer parte<br />
dessa transformação para a automação<br />
molecular. A equipe técnica<br />
da HiGenoMB®, a ala de biologia<br />
molecular da HiMedia, também tem<br />
trabalhado de perto na expansão do<br />
portfólio de produtos moleculares<br />
com kits de extração automatizados<br />
para as indústrias de sequenciamento,<br />
educação, forense, veterinária,<br />
alimentícia, biofarmacêutica e de<br />
pesquisa que já atendemos.<br />
HiMedia Laboratories<br />
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224 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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Leishman, agora na versão rápida com<br />
4 minutos de coloração total, e o corante<br />
de Wright também com a versão rápida.<br />
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disposição um tampão fosfato pH 6,8 que<br />
garante uma coloração eficiente.<br />
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coloração a partir de 1 minuto.<br />
CORANTES RÁPIDOS:<br />
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o Instant Prov é composto de três<br />
corantes com tempo de coloração em<br />
torno de 30 segundos. É um corante<br />
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sangue total e 20ul no modo pré-<br />
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226 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
DESEMPENHO DO CELLAVISION DC-1 NA CONTAGEM<br />
DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS E CLASSIFICAÇÃO<br />
MORFOLÓGICA DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS<br />
O CellaVision DC-1 é um avançado<br />
sistema de automação para<br />
contagem diferencial de leucócitos<br />
desenhado especialmente<br />
para laboratórios de pequena e<br />
média rotina de hemogramas. Assim<br />
como nos modelos maiores<br />
do CellaVision, o DC-1 é capaz de<br />
realizar a pré-classificação da série<br />
branca e a pré-caracterização<br />
básica da série vermelha.<br />
O sistema combina hardware de<br />
alta qualidade com algoritmos de<br />
inteligência artificial e software especializado<br />
para identificar e classificar<br />
diferentes tipos de células<br />
sanguíneas e suas características,<br />
proporcionando uma análise mais<br />
rápida e padronizada em comparação<br />
com a análise manual tradicional.<br />
O DC-1 usa um microscópio<br />
automatizado, uma câmera digital<br />
de alta qualidade e inteligência<br />
artificial para pré-classificação<br />
de células de lâminas coradas. As<br />
imagens digitais podem ser armazenadas<br />
em um banco de dados<br />
incluindo os resultados das contagens<br />
diferenciais.<br />
A pré-classificação em DC-1 inclui<br />
um total de 18 classes de células<br />
(12 classes WBC e seis classes não-<br />
-WBC). As 12 classes de leucócitos<br />
incluem blastos, promielócitos, mielócitos,<br />
metamielócitos, neutrófilos<br />
bastonetes, neutrófilos segmentados,<br />
linfócitos, monócitos, eosinófilos,<br />
basófilos, linfócitos variantes<br />
e plasmócitos. As seis classes não<br />
leucocitárias incluem eritroblastos<br />
(nRBCs), células borradas (smudge),<br />
artefatos, plaquetas gigantes,<br />
agregação plaquetária e células<br />
não identificadas. Os resultados<br />
pré-classificados são verificados<br />
por um analista especializado.<br />
Em recente estudo publicado em<br />
Março de 2023 no Journal of Clinical<br />
Pathology, van der Vorm e<br />
colaboradores compararam a performance<br />
do DC-1 com o sistema<br />
DI-60, o modelo de grande porte<br />
da CellaVision acoplado a linha<br />
hematológica XN da Sysmex. As<br />
contagens diferenciais de glóbulos<br />
brancos em cem esfregaços de<br />
sangue periférico normais e cem<br />
esfregaços alterados foram comparadas<br />
entre o DC-1, o DI-60 e a<br />
microscopia manual, para estabelecer<br />
a precisão, sensibilidade clínica<br />
e especificidade. Além disso,<br />
a concordância entre a pré-caracterização<br />
e a pós-caracterização<br />
das anormalidades morfológicas<br />
dos glóbulos vermelhos foi analisada<br />
para o DC-1. Os resultados<br />
de pré-classificação e pós-classificação<br />
de C do DC-1 mostraram<br />
boa correlação em comparação<br />
com os resultados do DI-60 e<br />
da microscopia manual. A sensibilidade<br />
e a especificidade clínicas<br />
foram, respectivamente,<br />
96,7%/95,9% em comparação<br />
com o DI-60% e 96,6%/95,3% em<br />
comparação com a microscopia<br />
manual. A concordância geral na<br />
morfologia das hemácias entre<br />
os resultados de pré-caracterização<br />
e pós-caracterização variou<br />
de 49% (poiquilocitose) a 100%<br />
(hipocromasia, microcitose e<br />
macrocitose). Os autores concluíram<br />
que o DC-1 provou ser um<br />
sistema digital preciso de imagens<br />
de células para contagem<br />
diferencial e classificação morfológica<br />
de leucócitos e eritrócitos<br />
em esfregaços de sangue periférico,<br />
além disso, trata-se de um<br />
instrumento compacto e de fácil<br />
operação que pode oferecer aos<br />
pequenos laboratórios satélites<br />
de baixo volume a mesma tecnologia<br />
já utilizada em laboratórios<br />
de grande volume de amostras.<br />
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228 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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O analisador DC-1 pode ser<br />
implementado em laboratórios de<br />
pequeno volume de amostras ou<br />
conectado a uma rede de laboratórios.<br />
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Rendimento: 10 lâminas/hora*<br />
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Capacidade: 12 lâminas<br />
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Capacidade: 96 lâminas, com<br />
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*O tempo de processamento pode variar, a depender da qualidade do esfregaço, concentração de leucócitos e número de não leucócitos
INFORME DE MERCADO<br />
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS EM INFECÇÕES PARASITÁRIAS<br />
Por: Ingrid Lopes de Almeida<br />
O hemograma é exame que analisa<br />
informações específicas sobre os<br />
tipos e quantidades dos componentes<br />
no sangue, como glóbulos<br />
vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas,<br />
constantemente solicitado<br />
por profissionais da saúde, revelando<br />
a sua preferência universal como<br />
coadjuvante indispensável no diagnóstico<br />
das doenças em geral.<br />
A infecção parasitária é uma condição<br />
em que um organismo parasita<br />
invade e vive obtendo recursos do<br />
hospedeiro. As parasitoses são mais<br />
comuns em áreas tropicais e subtropicais,<br />
estão frequentemente vinculados<br />
a áreas com condições sanitárias<br />
inadequadas, sendo consideradas<br />
problemas de saúde pública.<br />
Infecção esta, pode ser transmitida<br />
por diversas vias, como picadas<br />
de insetos vetores, contato direto<br />
com a pele e na maioria dos casos<br />
a transmissão é oral-fecal, ou seja,<br />
pela ingestão de ovos de helmintos<br />
e cistos de protozoários presentes<br />
em água, alimentos ou por algum<br />
objeto contaminado com fezes, em<br />
ocasiões raras, os parasitas podem<br />
ser transmitidos por transfusões<br />
de sangue ou compartilhamento<br />
de agulhas ou congenitamente, da<br />
mãe para o feto. Os sintomas podem<br />
variar de acordo com o parasita<br />
envolvido, alguns podem causar<br />
sintomas leves como diarreia e<br />
dores abdominais, enquanto outros<br />
podem levar a condições graves e<br />
até mesmo serem fatais se não forem<br />
tratados adequadamente.<br />
Segundo a Organização Mundial de<br />
Saúde (OMS) uma das ocorrências<br />
mais comuns em virtude das infecções<br />
parasitárias são as anemias,<br />
condição na qual o conteúdo de<br />
hemoglobina no sangue está abaixo<br />
do normal como resultado da<br />
carência de um ou mais nutrientes<br />
essenciais. A anemia está caracterizada<br />
com a deficiência de alguns<br />
micronutrientes, sendo eles o ferro,<br />
vitamina B12 e/ou ácido fólico,<br />
causada pela fase de crescimento,<br />
pela diminuição da absorção dos<br />
mesmos, ou pela infecção parasitária<br />
(DANI, 2008). É comum observar<br />
à associação entre a presença<br />
de parasitas e o aparecimento de<br />
anemias carenciais, como a anemia<br />
ferropriva. Isto se explica pela capacidade<br />
espoliativa que os parasitos<br />
podem exercer em seus hospedeiros,<br />
geralmente crianças em estados<br />
nutricionais já comprometidos.<br />
(SILVA e col., 2011).<br />
No leucograma pode ocorrer um<br />
aumento (leucocitose) ou diminuição<br />
(leucopenia) do número<br />
total de leucócitos no sangue.<br />
Observa-se também eosinofilia.<br />
Os eosinófilos são leucócitos granulócitos<br />
presentes no sangue em<br />
pequena quantidade, com média<br />
de aproximadamente 3%, é uma<br />
célula binucleada e seu citoplasma<br />
possui grânulos específicos<br />
que se coram pela eosina (acidófilos).<br />
(REIS e col., 2007). Após deixar<br />
a medula óssea, os eosinófilos<br />
circulam brevemente (meia-vida<br />
de 3 a 8 horas) na corrente sanguínea<br />
e então migram para vários<br />
tecidos, onde após vários dias são<br />
destruídos pelos macrófagos. Os<br />
eosinófilos chegam ao local de<br />
ação dirigidos pelo ECF-A liberado<br />
pelos mastócitos ou basófilos<br />
ativados por vários mecanismos,<br />
sobretudo pela IgE. Os eosinófilos<br />
liberam a PBM (proteína básica<br />
maior) que intoxica os parasitas e<br />
causa a sua morte (QUIRINO, 2007).<br />
Além das alterações hematológicas,<br />
o diagnóstico das infecções parasitárias<br />
é feito pela identificação de<br />
ovos, larvas ou parasitas adultos<br />
nas amostras de fezes, sangue e tecidos,<br />
ou pela presença de anticorpos<br />
no sangue, atualmente o diagnóstico<br />
é feito cada vez mais pela<br />
identificação de antígenos parasitários<br />
ou testes moleculares para o<br />
DNA do parasita.<br />
Algumas infecções parasitárias não<br />
necessitam de tratamento específico,<br />
pois podem se resolver naturalmente<br />
com o tempo. Porém,<br />
existem medicamentos conhecidos<br />
como antiparasitários, que têm o<br />
propósito de eliminar os parasitas<br />
ou reduzir a quantidade de vermes<br />
em casos de infecções, a fim de aliviar<br />
os sintomas. Além disso, alguns<br />
antibióticos e antifúngicos também<br />
podem ser eficazes contra determinadas<br />
infecções parasitárias. É<br />
importante destacar que não existe<br />
diagno-brasil<br />
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230 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
um único medicamento que seja<br />
eficaz contra todos os tipos de parasitas.<br />
Em algumas infecções parasitárias,<br />
pode acontecer de nenhum<br />
medicamento disponível ser efetivo<br />
para o tratamento. Nesses casos, é<br />
fundamental o acompanhamento<br />
médico adequado para avaliar<br />
a evolução da infecção e tomar as<br />
medidas necessárias para aliviar os<br />
sintomas e prevenir complicações.<br />
Apesar do alto investimento em<br />
estudos ainda não há nenhuma<br />
vacina disponível para a prevenção<br />
das infecções parasitárias humanas,<br />
para prevenção é indicado estratégias<br />
para evitar a contaminação<br />
como disposição sanitária de fezes,<br />
lavagem das mãos, cozinhar os alimentos<br />
de forma adequada e provisão<br />
de água purificada.<br />
Para prevenção de doenças transmitidas<br />
por vetores é indicado o<br />
uso de camisas de manga comprida<br />
e calças compridas, aplicar<br />
repelentes de insetos que contenham<br />
dietiltoluamida (DEET) na<br />
pele exposta e permetrina nas<br />
roupas, usar telas nas janelas,<br />
ar-condicionado e mosquiteiros<br />
com permetrina ou outros inseticidas<br />
e para residentes de regiões<br />
não endêmicas que viajam<br />
para as regiões onde há transmissão<br />
da malária é indicado fazer<br />
profilaxia com fármacos contra<br />
a malária. No Brasil, apenas um<br />
medicamento para quimioprofilaxia<br />
está disponível atualmente:<br />
a doxiciclina, sendo prescrito o<br />
uso um dia antes, durante toda a<br />
estadia na área de risco e quatro<br />
semanas após retornar.<br />
Referências<br />
ANTUNES, Rafael Souza; MATOS, Amanda Ferreira. Correlação<br />
de alterações hematológicas em doenças parasitárias.<br />
Goiás: <strong>Revista</strong> RBAC, 2019.<br />
Failace R. Hemograma: Manual de interpretação. 6ª ed.<br />
Artmed. 2015.<br />
Miotto JÉ, Caro DSA, Barros MF, Rego BEF, Santos FC, Macagnan<br />
R, Santos IS. Laboratory diagnosis of anemia and<br />
intestinal parasites and their possible association with<br />
eosinophilia in school children in Ubiratã – PR. Biosaúde.<br />
v. 16, n. 2, p. 52 – 62. 2016.<br />
SOUSA, Ana Beatriz Vasconcelos Gurgel et al. O HEMO-<br />
GRAMA EM PROCESSOS INFECCIOSOS POR BACTÉRIAS,<br />
VÍRUS, FUNGOS E PARASITAS. 4. ed. Fortaleza: Encontros<br />
Universitários da UFC, 2019. v. 4.<br />
BEZERRA, A. S.; CARDOSO, V. V. B. P.; BARBOSA, V. S. A. Estado<br />
nutricional, anemia e parasitoses intestinais em gestantes<br />
de um município do curimataú paraibano. <strong>Revista</strong><br />
APS. [s.l.], v. 21, n. 3, p. 399 – 407, jul/set 2018.<br />
DANI, C, ROSSETTO, S, CASTRO, S.M, e col. Prevalência da<br />
anemia e deficiências nutricionais, através de diferentes<br />
parâmetros laboratoriais, em mulheres grávidas atendidas<br />
em dois serviços de saúde pública no Rio Grande<br />
do Sul. <strong>Revista</strong> Brasileira de Análises Clínicas 2008; 40:<br />
171-175.<br />
SILVA, S.I, BORBA, E, PHILIP, A.C e col. Avaliação da prevalência<br />
de enteroparasitoses e a sua associação a presença<br />
de anemia e/ou carência nutricional em escolares do<br />
município de Flores da Cunha/RS. <strong>Revista</strong> NewsLab 2011;<br />
107: 120-129.<br />
REIS, P.R.M, DINIZ, J.A.F.F, PENNA, K.G.B.D, e col. Correlação<br />
entre eosinofilia e protoparasitose por Giardia lamblia<br />
em crianças. <strong>Revista</strong> Brasileira de Análises Clínicas<br />
2007; 39: 237-239.<br />
QUIRINO, Henver Antônio Martins. ATIVIDADE DOS EOSI-<br />
NÓFILOS. São José do Rio Preto - SP: AC&T, 2007.<br />
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LISBRASIL DIVULGA MANIFESTO DE AUTORREGULAÇÃO<br />
PARA UTILIZAÇÃO DE ASSINATURA ELETRÔNICA AVANÇADA<br />
A LISBrasil e suas associadas se uniram<br />
para criação e assinatura do<br />
Manifesto Pela Utilização de Assinatura<br />
Eletrônica Avançada nos Termos<br />
da Lei 14.063/2020 nos Relatórios<br />
de Exames.<br />
O manifesto em questão tem como<br />
principal objetivo promover a utilização<br />
da assinatura eletrônica<br />
avançada nos relatórios de exames,<br />
de acordo com a Lei 14.063/2020.<br />
“Essa medida traz benefícios significativos<br />
para o processo de liberação<br />
de resultados e para a segurança<br />
dos pacientes”, afirma Edgar Borges,<br />
diretor presidente da LISBrasil.<br />
No contexto da proposta de atualização<br />
da RDC 302/2005 pela ANVI-<br />
SA, foi estabelecido que o Responsável<br />
Técnico pela liberação dos<br />
resultados deveria validar o documento<br />
utilizando um certificado<br />
digital no padrão da Infraestrutura<br />
de Chaves Públicas Brasileira (ICP-<br />
-Brasil). A proposta gerou preocupações<br />
quanto ao impacto no fluxo<br />
de trabalho e nos custos operacionais<br />
das entidades do Sistema de<br />
Informação Laboratorial (SIL), além<br />
da dificuldade de implementação.<br />
Como forma de sanar essas possíveis<br />
consequências, a LISBrasil e<br />
suas associadas apresentaram o<br />
parecer que propõe a adoção da<br />
Lei 14.063/2020, que trata do uso<br />
de assinaturas eletrônicas em questões<br />
de saúde. “Junto ao parecer<br />
sugerimos outras técnicas de assinatura<br />
eletrônica em conformidade<br />
com essa lei, garantindo a integridade<br />
e autenticidade das informações<br />
nos relatórios de exames”,<br />
explica Borges.<br />
Após as manifestações, a ANVISA<br />
definiu, na redação final RDC que<br />
atualiza a RDC 302/2005, que uma<br />
assinatura legalmente válida pode<br />
ser física ou digital, e em sendo<br />
digital a avançada ou a qualificada,<br />
nos termos da Lei 14.063/2020. Essa<br />
ação evidenciou a sensibilidade do<br />
órgão em atender aos apelos das<br />
entidades impactadas pela RDC.<br />
Dessa forma, as entidades do setor<br />
estão sendo incentivadas a assinar a<br />
carta de adesão ao manifesto, elaborado<br />
pela LisBrasil e suas associadas,<br />
visto que ele estabelece a adoção da<br />
assinatura avançada com utilização<br />
de criptografia, conforme proposto<br />
no parecer técnico-jurídico produzido<br />
e entregue à ANVISA. Essa medida<br />
atende aos requisitos legais da<br />
Lei 14.063/2020 e aos princípios fundamentais<br />
de integridade e autenticidade<br />
dos relatórios de exames disponibilizados<br />
aos pacientes.<br />
A adoção da assinatura digital avançada<br />
como a tecnologia de assinatura<br />
a ser escolhida como a mais<br />
adequada, embasada em ampla<br />
discussão, além de resolver a inviabilidade<br />
operacional pelos altos<br />
volumes superandos os milhões<br />
de exames mensais processados,<br />
também garante os princípios de<br />
integridade e autenticidade da<br />
informação e se demonstrou a<br />
mais viável no ponto de vista de<br />
segurança e economia de implementação<br />
técnica, uma vez que a<br />
assinatura digital qualificada preconiza<br />
o uso de certificados digitais<br />
padrão ICP Brasil de pessoas físicas<br />
que juridicamente não respondem<br />
pelos processos de funcionamento<br />
de um laboratório, trazendo a<br />
luz um problema conceitual, complementando<br />
ao problema do alto<br />
232 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
volume temos o aumento na ordem<br />
dos milhões dos custos com armazenamentos,<br />
hardware, software e<br />
gestão necessários para operacio-<br />
moção da assinatura eletrônica avançada<br />
como uma medida capaz de<br />
garantir a autenticidade, integridade<br />
e segurança dos pacientes nos rela-<br />
Manifesto na integra<br />
nalização da integridade e autenti-<br />
tórios de exames. Juntos, continuare-<br />
cidade temporal dos mesmos.<br />
mos desenvolvendo e promovendo<br />
“As contribuições da LISBrasil para<br />
iniciativas que contribuam com o<br />
fortalecimento do setor!”, ressalta o<br />
Livreto com orientações para implantação<br />
da assinatura.<br />
o setor de Medicina Diagnóstica,<br />
diretor presidente da LISBrasil.<br />
durante os últimos anos, têm trazido<br />
diversos benefícios para a área. Esse<br />
Se a sua entidade tem interesse em<br />
manifesto é mais um passo em prol<br />
fazer a adesão ao manifesto pela<br />
de melhorias para o segmento. Ao<br />
autorregulação da assinatura avança-<br />
aderi-lo, as entidades demonstram<br />
da, entre em contato com a LISBrasil:<br />
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e reagentes.<br />
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de pacientes.<br />
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compromisso da HORIBA Medical<br />
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avançadas e confiáveis para<br />
laboratórios de médio e pequeno<br />
porte, permitindo que os profissionais<br />
de saúde ofereçam um cuidado<br />
de qualidade aos pacientes.<br />
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o analisador Yumizen C560, um<br />
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que oferece recursos de ponta<br />
normalmente encontrados apenas<br />
em grandes sistemas integrados.<br />
Além do Yumizen C560, a HORIBA<br />
Medical está lançando os analisadores<br />
Yumizen C240 e Yumizen<br />
C230. O Yumizen C240 é uma opção<br />
compacta e eficiente em termos de<br />
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de operação automática e recursos<br />
avançados para laboratórios de<br />
médio a pequeno porte. O Yumizen<br />
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238 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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240 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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A hemocultura é um exame feito<br />
para identificar a presença de<br />
bactérias ou fungos no sangue através<br />
da coleta do mesmo para meios<br />
de cultura específicos. Esse exame<br />
é indicado em caso de suspeita de<br />
infecção sanguínea, como febre e<br />
calafrios, por exemplo, em caso de<br />
endocardite, pneumonia grave ou<br />
meningite e quando a pessoa está<br />
em uso de cateter ou dreno.<br />
A presença de microrganismos<br />
no sangue é considerada grave, já<br />
que indica que os agentes infecciosos<br />
e as substâncias produzidas<br />
por eles conseguiram se espalhar<br />
pelo corpo, aumentando o risco de<br />
complicações.<br />
Assim, é fundamental que o tratamento<br />
seja iniciado o quanto<br />
antes. Assim que for confirmado<br />
o agente infeccioso no sangue,<br />
deve-se iniciar o tratamento, feito<br />
por meio do uso de antibióticos<br />
ou antifúngicos diretamente na<br />
veia, além de também poder ser<br />
indicado medicamentos para<br />
diminuir a inflamação.<br />
A hemocultura pode ser indicada<br />
pelo médico em caso de:<br />
• Sintomas de infecção no sangue,<br />
como febre, calafrios e cansaço<br />
excessivo;<br />
• Endocardite, que é a inflamação<br />
do tecido que reveste o coração;<br />
• Após cirurgias cardíacas;<br />
• Comprometimento do funcionamento<br />
do sistema imune devido<br />
a câncer, infecção pelo vírus HIV,<br />
neutropenia e/ ou uso de corticoides;<br />
• Pneumonia grave;<br />
• Meningite;<br />
• Infecção hospitalar.<br />
Além disso, a hemocultura pode<br />
ser também indicada para pacientes<br />
que estejam em uso de cateter<br />
venoso ou dreno cirúrgico, já<br />
que a colocação desses dispositivos<br />
pode promover a entrada de<br />
microrganismos caso não sejam<br />
colocados corretamente.<br />
Tipos de hemocultura<br />
De acordo com a forma com que<br />
a amostra vai ser processada, a<br />
hemocultura pode ser:<br />
• Hemocultura automatizada,<br />
em que a garrafa de hemocultura<br />
é colocada no equipamento que é<br />
responsável por fazer a leitura em<br />
intervalos pré-determinados;<br />
• Hemocultura manual, em que<br />
a garrafa de hemocultura deve ser<br />
incubada por até 7 dias, em estufa<br />
bacteriológica e a leitura deve ser<br />
realizada pelo operador.<br />
A hemocultura automatizada<br />
permite contínua monitorização<br />
do crescimento bacteriano, que<br />
permite detecção de bactérias 24<br />
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242 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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244 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
NOVIDADES DIAGAM<br />
NÃO DEPENDA DE REAGENTES IMPORTADOS!<br />
Diagam com muito orgulho acaba de concretizar<br />
uma grande parceria na distribuição de<br />
equipamentos para IVD, uma linha moderna<br />
avançada e extremamente tecnológica que irá trazer<br />
a seus clientes muita segurança, tranquilidade e<br />
com reagentes fabricados diretamente na Diagam<br />
trazendo ainda mais economia.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Essa semana recebemos a visita da CEO da empresa<br />
EDAN que conheceu nossas instalações e onde será<br />
fabricado os reagentes para os equipamentos de<br />
distribuição.<br />
A DIAGAM está fabricando reagentes para os<br />
Analisadores Hematológicos EDAN, modelos<br />
H60S, H60, H50 e H30 na sede da DIAGAM no Brasil.<br />
Sobre a DIAGAM<br />
Diagam é uma empresa nacional que atua no<br />
mercado desde 2012, localizada em uma área<br />
Fabril em um prédio com cerca de 1250 metros<br />
quadrados. Prédio de Fabricação e Estoque, onde<br />
é desenvolvido, produzido e comercializado uma<br />
linha completa de Reagentes para Hematologia<br />
para equipamentos automatizados.<br />
Oferecemos um atendimento exclusivo com<br />
um completo acompanhamento e todo suporte<br />
necessário, através de um relacionamento de<br />
confiança e conhecimento, apresentamos as<br />
melhores soluções para cada cliente.<br />
Nossa estrutura conta com um laboratório de<br />
apoio exclusivo, utilizamos técnicas analíticas de<br />
alta sensibilidade e especificidade para suporte ao<br />
nosso cliente, assim como as validações de todos<br />
os produtos promovendo sua eficácia e qualidade.<br />
Em breve estará a disposição a linha<br />
veterinário de 3 e 5 partes.<br />
Fique atento as novidades em nosso site ou<br />
nas nossas redes sociais.<br />
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DOS REAGENTE LINHA MINDRAY<br />
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DIAGLYSER LEO 1 - 1 LITRO - 81114340026<br />
DIAGLYSER LEO 2 - 400 mL - 81114340025<br />
DIAGLYSER LH - 500 mL - 81114340029<br />
DIAGPROBE CLEAN - 1 LITRO - 81114340028<br />
DIAGLEAN ENZIMATICO - 100 mL - 81114340002<br />
DIAGAM possui certificado ISO 9001 e USO 13485.<br />
Para mais informações<br />
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Rua José Bruno da Costa, 39<br />
Ferraz de Vasconcelos - Cep: 08539-110<br />
Tel: 11 4679-3767<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
245
INFORME DE MERCADO<br />
A IMPORTÂNCIA DO FREELITE MX® PARA O DIAGNÓSTICO<br />
PRECOCE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA<br />
Um dos exames da Binding Site tem<br />
atuação fundamental no diagnóstico<br />
de uma das principais doenças<br />
que afetam o sistema nervoso<br />
central: a Esclerose Múltipla. Tratase<br />
do Freelite Mx®, mais específico,<br />
sensível, confiável, rápido e fácil de<br />
execução quando comparado aos<br />
exames mais tradicionais para a<br />
análise dessa e de outras patologias.<br />
Tais qualidades advém do fato de o<br />
Freelite Mx® ser capaz de identificar<br />
a mais ínfima quantidade de cadeia<br />
leve livre em uma amostra de líquor<br />
retirada do espaço intratecal –<br />
aquele dentro de nossa coluna onde<br />
a medula está contida – região de<br />
difícil acesso e análise.<br />
Como funciona<br />
Alguns estudos demonstram que<br />
portadores da Esclerose Múltipla<br />
apresentam aumento considerável<br />
da cadeia leve livre kappa no<br />
líquor: cerca de 60 vezes maior do<br />
que o do grupo controle. Por isso,<br />
o Freelite Mx® tem sido cada vez<br />
mais recomendado e utilizado<br />
no diagnóstico da doença, em<br />
conjunto com outros exames mais<br />
tradicionais para Esclerose Múltipla,<br />
como o de bandas oligoclonais,<br />
índice de IgG, índice de albumina e<br />
também a ressonância magnética.<br />
A alta sensibilidade do Freelite<br />
Mx® é uma grande vantagem, uma<br />
vez que ele apresenta resultados<br />
objetivos e quantitativos, diferente<br />
dos demais, cuja análise muitas<br />
vezes é difícil, nem sempre clara<br />
– e passa por critérios subjetivos.<br />
Assim, por exemplo, mesmo que<br />
o resultado dê negativo em um<br />
exame de bandas oligoclonais,<br />
o Freelite Mx®, devido à sua<br />
sensibilidade, consegue detectar<br />
qualquer alteração. O exame da<br />
Binding Site também pode ser<br />
usado no auxílio do diagnóstico<br />
e na diferenciação de outras<br />
patologias do sistema nervoso<br />
central, como a síndrome clínica<br />
isolada, meningite, encefalite,<br />
síndrome de Guillain-Barré,<br />
neuroborreliose, polineuropatia,<br />
entre outras doenças crônicas.<br />
Sobre o Freelite® Mx e onde<br />
encontrar o exame<br />
O Freelite® foi aprovado em<br />
2001 pelo FDA (Food and Drug<br />
Administration), aprovado<br />
pela ANVISA em 2010-11 e<br />
considerado biomarcador em<br />
2014 pelo Grupo Internacional<br />
de Trabalho do Mieloma, ou<br />
seja, é o exame de escolha para<br />
o diagnóstico e monitoramento<br />
do Mieloma Múltiplo e ainda<br />
outras gamopatias monoclonais.<br />
Após anos de padronização e<br />
validação, em 2006, foi lançado<br />
então o Freelite Mx®, com<br />
valores de referência específicos<br />
para as amostras de líquor; que<br />
também possibilita a utilização<br />
de amostras de soro e urina. O<br />
Mx, aliás, vem do termo em inglês<br />
“multiple matrix assays” (ensaios<br />
de matriz múltipla). Ambos<br />
utilizam a plataforma Optilite®<br />
para a análise automatizada dos<br />
testes. O exame está disponível<br />
no Laboratório Neurolife e no<br />
Laboratório Senne Liquor.<br />
Contato<br />
No blog da Binding Site você<br />
encontra outros artigos que explicam<br />
mais aspectos da Esclerose Múltipla.<br />
www.freelite.com.br<br />
www.bindingsite.com.br<br />
Para mais detalhes e informações sobre os<br />
produtos, contate-nos:<br />
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246 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
NOVA PARCERIA – Representanção na Grande São Paulo<br />
A Veritas anuncia sua nova parceria de representação com a ZEISS,<br />
empresa alemã líder em fabricação e inovação em microscopia.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A ZEISS é uma empresa alemã, fundada em<br />
1846. Possui uma uma expertise e<br />
excelência em fabricação e inovação de<br />
microscópios, tornando-se um lider de<br />
mercado no campo da microscopia.<br />
Oferece uma ampla gama de soluções de<br />
microscopia avançada, incluindo<br />
microscópios ópticos, microscópios<br />
eletrônicos, microscópios confocais e de<br />
raios-X. Esses equipamentos são projetados<br />
para atender às necessidades de diversos<br />
setores, como pesquisa científica, medicina<br />
e controle de qualidade em diferentes<br />
ramos industriais, desde materiais<br />
biologicos a matérias primas.<br />
Além de equipamentos, a Zeiss também<br />
oferece uma ampla gama de softwares e<br />
soluções de análise de imagem, permitindo<br />
que os usuários capturem, processem e<br />
analisem dados com facilidade e alta<br />
eficiência.<br />
Com esta nova parceria, a Veritas<br />
demonstra o compromisso de oferecer as<br />
melhores soluções para a comunidade<br />
científica e diagnóstica, fornecendo acesso<br />
a uma ampla linha de produtos de biologia<br />
celular e molecular, além de viabilizando<br />
estudos nas áreas de imunologia e<br />
patologia.<br />
Microscópio Eletrônico<br />
Microscópio Óptico<br />
Microscópio de Raios X<br />
Microscópio Confocal<br />
Veritas Soluções Diagnósticas<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
247
INFORME DE MERCADO<br />
TECNOLOGIA DYNASCATTER LASER HEM488<br />
PARA RETICULÓCITOS<br />
A produção de eritrócitos é denominada<br />
eritropoiese e ocorre na<br />
medula óssea quando há um estímulo<br />
gerado pelo hormônio eritropoetina<br />
(EPO). Trata-se de um hormônio<br />
produzido pelos rins e que<br />
possui sensibilidade à concentração<br />
de oxigênio no organismo estimulando<br />
a medula óssea a produzir<br />
eritrócitos, auxiliando a maturação<br />
das células, síntese da hemoglobina<br />
e aumento de reticulócitos na<br />
corrente sanguínea. O processo de<br />
eritropoiese se divide da seguinte<br />
maneira na imagem ao lado.<br />
O corpo mantém a estabilidade no<br />
sangue removendo hemácias mais<br />
antigas e produzindo novas através<br />
da medula óssea. Se o equilíbrio é<br />
rompido por aumento na destruição<br />
ou queda na produção ocorre<br />
a anemia. As anemias podem ser<br />
basicamente de dois tipos:<br />
• Anemias regenerativas quando a<br />
contagem de reticulócitos está aumentada<br />
porque a medula óssea<br />
está regenerando as células circulantes<br />
no sangue.<br />
• Anemias degerativas ou não-regenerativas<br />
quando os reticulócitos<br />
estão reduzidos ou normais.<br />
Portanto, ao avaliar um esfregaço<br />
sanguíneo é de grande importância<br />
identificar a presença<br />
de policromasia, sendo este um<br />
indicativo da presença de reticulócitos<br />
que apresentam quantidades<br />
moderadas ou grandes<br />
de RNA residual, já que os reticulócitos<br />
contêm no seu interior<br />
material reticular, provavelmente<br />
uma ribonucleoproteína que<br />
não apresenta afinidade aos corantes<br />
comuns.<br />
Photo by: JONA, Masahiro Department of Clinical Laboratory The University of Tokyo Hospital<br />
Uma vez identificada a presença de<br />
policromasia recomenda-se realizar<br />
o reticulograma. Para realizar esse<br />
exame as células precisam ser tratadas<br />
com corantes supravitais (como<br />
o azul de cresil brilhante ou o azul<br />
de metileno novo), que são capazes<br />
de corar o RNA ribossômico presentes.<br />
A metodologia manual para o<br />
reticulograma é obtida tradicionalmente<br />
fazendo uma contagem de<br />
reticulócitos em 1000 eritrócitos em<br />
10 diferentes campos. Para tentar<br />
melhorar a análise alguns laboratórios<br />
adotam práticas como a dupla<br />
contagem por distintos analistas e/<br />
ou contagem de 2000 células. Mas,<br />
independentemente do modo de<br />
análise, o exame possui um coeficiente<br />
de variação de aproximadamente<br />
25%.<br />
A automação por sua vez, reduz<br />
drasticamente o coeficiente de<br />
variação para esse exame transformando<br />
toda a rotina trabalhosa e<br />
demorada em uma rotina fácil e rápida<br />
aumentando mais a eficiência<br />
do método ao eliminar as etapas<br />
de marcação, diluição e incubação<br />
normalmente necessárias.<br />
A NIHON KOHDEN desenvolveu<br />
uma tecnologia inovadora para<br />
a contagem de reticulócitos, a<br />
Tecnologia DynaScatter Laser<br />
HEM488, presente no equipamento<br />
Celltac G+ (MEK9200). Essa<br />
tecnologia tem a capacidade de<br />
fazer a leitura através da ação do<br />
reagente corante de DNA e RNA e a<br />
excitação gerada pelo laser azul em<br />
um canal dedicado originando dois<br />
tipos de fluorescência. As informações<br />
de DNA são calculadas por<br />
luz fluorescente verde e as informações<br />
de RNA são calculadas por<br />
luz fluorescente vermelha. Através<br />
do diagrama de dispersão RNP*<br />
methodTM (International Patent<br />
# : W02007/129485) minimiza-se<br />
a influência de substâncias interferentes<br />
para um resultado de reticulócitos<br />
muito mais preciso.<br />
* Y. Nagai et al. “Determination of red cells,<br />
nucleic acid-containing cells and platelets<br />
(RNP Determination) by a crossover analysis<br />
of emission DNA/RNA light” Int. Jnl. Lab. Hem.<br />
2009; 31: 420–429<br />
Com a análise precisa e parâmetros<br />
adicionais no reticulograma é<br />
possível aos profissionais médicos<br />
obterem informações muito mais<br />
assertivas pois estes parâmetros<br />
adicionais têm aplicação clínica impactando<br />
diretamente no diagnóstico<br />
do paciente.<br />
Opte pela melhor tecnologia<br />
para o seu laboratório!<br />
Opte por equipamentos hematológicos<br />
Celltac da Nihon Kohden!<br />
Por Vanessa Santinato<br />
NIHON KOHDEN<br />
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as novidades!<br />
248 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
PROGRAMA EXPERTISE CARE<br />
DA NIHON KOHDEN DO BRASIL<br />
Criado em 2018, o programa Expertise<br />
Care da Nihon Kohden do Brasil<br />
INFORME DE MERCADO<br />
(NKBR) tem como objetivo principal<br />
a total satisfação de seus clientes<br />
com os produtos fornecidos e serviços<br />
prestados, não somente pela<br />
NKBR, mas também por seus parceiros<br />
de negócios em todo o Brasil.<br />
O programa conta com certificação<br />
de conformidade, proficiência<br />
e educação continuada aos parceiros<br />
e clientes da NKBR, visando estabelecer<br />
uma relação de confiança<br />
e cuidado especializado, como<br />
o próprio nome do programa se<br />
refere (Expertise Care = Cuidado<br />
Especializado).<br />
Em 2020 a Nihon Kohden Corporation<br />
(NKC) lançou seu plano de<br />
visão de longo prazo para os próximos<br />
10 anos com o intuito de conectar<br />
nossa tecnologia ao cliente<br />
final, visando sua melhoria contínua<br />
e tratamento adequado.<br />
Foi assim que o programa Expertise<br />
Care entrou em sua segunda fase,<br />
através de uma equipe altamente<br />
especializada contando com Mé-<br />
dico Veterinário, Farmacêutico Bioquímico,<br />
Biomédica, Engenheiro<br />
Eletricista, Tecnologia da Informação<br />
e uma Logística especializada<br />
com intuito de fornecer uma solução<br />
qualificada na entrega, instalação,<br />
implantação e manutenção do<br />
setor de hematologia dos nossos<br />
clientes, e com o compromisso de<br />
levar educação continuada para conhecimento<br />
e atualizações técnico/<br />
científico através de webinars e cursos<br />
realizados por profissionais altawww.expertisecare.com.br<br />
mente especializados no segmento<br />
de hematologia clínica.<br />
O programa conta também com<br />
parceiros e apoiadores de relevância<br />
nacional e internacional que<br />
oferecem descontos especiais em<br />
Cursos, Pós-graduação e MBA na<br />
área da saúde e Gestão Empresarial.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
249
INFORME DE MERCADO<br />
AUTOMATIZE SEUS TESTES PCR EM TEMPO REAL PARA<br />
DOENÇAS INFECCIOSAS COM O ALTOSTAR AUTOMATION<br />
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O sistema automatizado para<br />
testes de PCR em tempo real da<br />
altona é baseado na plataforma<br />
AltoStar® Automation System<br />
AM16 para pipetagem, extração<br />
de ácido nucleico de amostras e<br />
setup de reação de PCR. Conheça<br />
esta solução abrangente e flexível<br />
para seu laboratório!<br />
1) Oferece fluxo de trabalho completo:<br />
purificação de DNA/RNA,<br />
configuração de PCR em tempo real<br />
e programação do termociclador.<br />
2) Solução “um para todos”: processe<br />
qualquer tipo de amostra<br />
com um único reagente de purificação<br />
e escolha a partir de um amplo<br />
portifólio de testes AltoStar® **.<br />
3) Alta flexibilidade: combine até<br />
oito testes em uma placa de 96 poços<br />
e analise até quatro patógenos<br />
em uma única amostra.<br />
4) Integração laboratorial: interface<br />
com o sistema de gerenciamento<br />
de laboratório (LIMS). Os reagentes<br />
possuem código de barras, permitindo<br />
total controle e rastreabilidade<br />
do processo.<br />
Figura: **Como exemplo dos reagentes AltoStar®, a altona oferece a linha completa<br />
de detecção de hepatites virais A, B, C, E e D* (*RUO), a qual pode co-infectar pacientes<br />
portadores do vírus da hepatite tipo B.<br />
5) Conveniência: reagentes prontos<br />
para uso e software amigável.<br />
6) Confiabilidade: tudo em uma<br />
única fonte. Certificação CE-IVD<br />
e registrado na ANVISA. Suporte<br />
pessoal.<br />
7) Custo-benefício: sem desperdício<br />
de reagentes. Consumíveis necessários<br />
pré-determinados.<br />
Para maiores informações, agende<br />
uma visita com a nossa equipe<br />
técnica e comercial.<br />
Dados de contato:<br />
altona Diagnostics Brasil LTDA<br />
Rua São Paulino, 221 – São Paulo – SP<br />
fone: +55 11 5083-1390 - cel +55 11 97066-6084<br />
e-mail: vendas.brasil@altona-diagnostics.com<br />
www.altona-diagnostics.com<br />
250 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
A altona Diagnostics APOIA A IMPORTÂNCIA DA<br />
IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS DA HEPATITE D<br />
A hepatite Delta é uma doença<br />
causada pela infecção simultânea<br />
do vírus da hepatite D (HDV) com<br />
vírus da hepatite B (HBV). O HDV é<br />
considerado um vírus satélite do vírus<br />
HBV, pois precisa da “ajuda” do<br />
antígeno de superfície HBsAg, para<br />
completar o seu ciclo biológico.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Cerca de 5% das pessoas infectadas<br />
com HBV sofrem uma co- ou<br />
super-infecção, a qual pode causar<br />
uma hepatite viral mais grave<br />
e com maior mortalidade. As pessoas<br />
mais afetadas pela coinfecção<br />
com os dois vírus da hepatite<br />
são pacientes em hemodiálise,<br />
populações indígenas e pessoas<br />
que usam drogas injetáveis.<br />
Embora a taxa de infecção por HDV<br />
seja muito menor do que para HBV,<br />
as medidas de saúde pública para<br />
prevenção da infecção por HDV<br />
devem se concentrar na implementação<br />
maciça de programas<br />
de vacinação para HBV, bem como<br />
na triagem para HDV em pacientes<br />
diagnosticados HBV positivos.<br />
No Brasil, a prevalência de HDV<br />
é especificamente alta na região<br />
amazônica, com mais de 2/3 do<br />
total de casos de HDV apenas nos<br />
dois estados do Amazonas e Acre,<br />
enquanto em todo o Brasil os casos<br />
são observados mais esporadicamente.<br />
Devido às medidas de<br />
saúde pública quanto à acessibilidade<br />
à vacinação, tratamento<br />
e outras atividades de controle<br />
da doença, a prevalência do HBV<br />
também nessas áreas bastante remotas<br />
pôde ter sido observada, o<br />
que indica também uma redução<br />
da prevalência do HDV.<br />
Em nível global, estima-se que a infecção<br />
por HDV seja 3 vezes maior<br />
do que a testada atualmente, pois<br />
nem sempre a investigação deste<br />
vírus vai adiante (via testes confirmatórios<br />
moleculares).<br />
A altona Diagnostics conta em<br />
seu portfólio com o kit RealStar®<br />
HDV RT-PCR (RUO*), que detecta<br />
especificamente o RNA do vírus<br />
HDV, permitindo a detecção de 8<br />
genótipos conhecidos do vírus.<br />
Inclui controle interno e controle<br />
positivo, além de ser compatível<br />
com diversas plataformas de RT-<br />
PCR. Ainda, o kit é utilizado como<br />
referência de sensibilidade e especificidade<br />
para kits desenvolvidos<br />
em laboratórios de pesquisa,<br />
como a Fiocruz/RO (da Silva Queiroz,<br />
J.A., et al. 2023).<br />
A altona Diagnostics apoia os profissionais<br />
de saúde e pacientes com<br />
seu painel completo para a detecção<br />
de vírus causadores de hepatite<br />
A, B, C, D* (*RUO) e E em uma plataforma<br />
totalmente automatizada<br />
para a respectiva detecção e/ou<br />
quantificação de RNA ou DNA viral.<br />
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Equipe altona Diagnostics Brasil<br />
Fontes consultadas:<br />
WHO: www.who. Int/health-topics/hepatitis<br />
Ministerio da Saude, Brasil<br />
Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 35 (2) Abr 2002<br />
da Silva Queiroz, J.A., et al. Sci Rep 13, 12073-2023<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
251
INFORME DE MERCADO<br />
RUBÉOLA IgG/IgM RAPID TEST<br />
O Rubéola IgG/IgM Rapid Test é um<br />
imunoensaio cromatográfico qualitativo<br />
para detecção diferencial de<br />
anticorpos dos tipos IgG e/ou IgM<br />
anti-rubéola presentes em amostras<br />
de sangue total, soro ou plasma.<br />
Esse teste é utilizado para auxiliar<br />
no diagnóstico de pacientes<br />
com suspeita da doença e/ou para<br />
avaliação da resposta imunológica.<br />
CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO<br />
Sensibilidade: 97,2%<br />
Especificidade: 99,4%<br />
Precisão: 99,0%<br />
Sensibilidade: 97,2%<br />
Especificidade: 99,4%<br />
Precisão: 99,0%<br />
Tempo de leitura: 15 minutos<br />
Temperatura de armazenamento: 2-30 °C<br />
Apresentação: Dispositivo teste<br />
Registro ANVISA: MS 80638720216<br />
252 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
TORNE SEU LABORATÓRIO CLÍNICO EFICIENTE E EVITE<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
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de trabalho em citometria<br />
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e impulsiona a eficiência por<br />
meio da automação, tornando o<br />
seu laboratório lean, ou seja, abordando<br />
e eliminando os principais<br />
desperdícios de processo.<br />
Como? O CellMek SPS é um equipamento<br />
projetado para automatizar<br />
etapas do preparo da amostra<br />
em uma variedade de aplicações<br />
em laboratórios de citometria clínica,<br />
incluindo as etapas de marcação<br />
celular, lise de hemácias e<br />
diferentes protocolos de lavagem.<br />
O sistema fornece confiança nos<br />
resultados facilitados por uma<br />
trilha de auditoria completa,<br />
além de liberar a equipe do laboratório<br />
para lidar com tarefas de<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
253
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“ web-app”,<br />
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remodelada para uso de forma<br />
rápida e intuitiva para aplicação<br />
em regras de automação. Inicia-<br />
-se uma nova era de interação da<br />
experiência dos usuários com o<br />
IM, facilita os processos de parametrizações,<br />
autoverificação e<br />
autovalidação de resultados;<br />
Configurações simplificadas para<br />
os valores de referência: Através<br />
do gerenciamento de propriedades,<br />
os perfis de usuários e os administradores<br />
poderão criar e/ou importar<br />
os padrões utilizados para ganho de<br />
tempo e eficiência nos laboratórios;<br />
Novo banco de dados profissional<br />
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em segurança cibernética<br />
aliadas à melhoria de performance<br />
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254 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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INFORME DE MERCADO<br />
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bioquímicos: o EBIO 400 e o EBIO<br />
200 Plus. Com estoques disponíveis<br />
desde agosto/23, esses equipamentos<br />
simbolizam junção<br />
entre tecnologia de ponta, comprometimento<br />
com a qualidade e<br />
a busca constante pela inovação.<br />
Eficiência e Precisão<br />
Com a capacidade de executar até<br />
400 testes por hora, o EBIO 400<br />
possui 90 posições para reagentes,<br />
120 cubetas de reação e 60 posições<br />
de amostras, ele oferece uma<br />
combinação perfeita de flexibilidade<br />
e desempenho. A incorporação<br />
de um sistema de lavagem<br />
de cuvetas com 7 passos garante<br />
resultados precisos, livres de contaminação<br />
e impregnação.<br />
A segurança operacional é garantida<br />
pela agulha com função anti-colisão<br />
e detecção de nível de líquido,<br />
enquanto a estabilidade do sistema<br />
de incubação a 37°C assegura resultados<br />
consistentes. Doze filtros de<br />
comprimento de onda, abrangendo<br />
de 340nm a 800nm, ampliam a<br />
possibilidade de implantação de<br />
protocolos diferenciados. Além disso,<br />
o software intuitivo proporciona<br />
rápido entendimento e uma operação<br />
simples do analisador<br />
Eficaz e Confiável<br />
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200 Plus oferece um desempenho<br />
confiável em um espaço reduzido.<br />
Com capacidade para 200 testes<br />
por hora. Este equipamento possui<br />
recursos diferenciados como o<br />
software de fácil utilização, compartimento<br />
de refrigeração para<br />
os reagentes de 2 a 8°C por 24<br />
horas, longa vida da lâmpada de<br />
halogênio, agulha com revestimento<br />
de teflon e lavagens especiais<br />
que evitam contaminação<br />
cruzada e garante resultados precisos.<br />
A agulha com função anti-<br />
-colisão e detecção de nível de<br />
líquido aumenta a segurança e a<br />
confiabilidade operacional.<br />
A nossa busca incessante é para<br />
conseguirmos sempre oferecer<br />
produtos e equipamentos que<br />
proporcionem resultados clínicos<br />
confiáveis e eficientes. Tecnologia,<br />
comprometimento e inovação são<br />
os pilares que sustentam nossa missão<br />
de oferecer ferramentas excepcionais<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
255
INFORME DE MERCADO<br />
UTILIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DE CONTROLE<br />
ALTERNATIVO FORTALECE A GESTÃO LABORATORIAL<br />
Um método simples e acessível que assegura a confiabilidade dos resultados,<br />
sem perder a qualidade dos processos<br />
Manter a ordem, a eficiência nos processos<br />
internos e assegurar a qualidade<br />
dos resultados entregues por um<br />
laboratório não diz respeito apenas à<br />
competividade do mercado, mas se<br />
trata de uma prática a ser seguida por<br />
lei, em que todas as normas, as regulamentações<br />
e as precauções devem<br />
ser observadas para o perfeito funcionamento<br />
dessas empresas. Devido<br />
ao notável avanço tecnológico e<br />
às pesquisas científicas, o conceito<br />
de qualidade na área da Saúde tem<br />
alcançado um nível maior de exigência<br />
e de interesse, especialmente, no<br />
âmbito laboratorial, por parte de usuários<br />
desse tipo de serviço.<br />
Segundo a legislação e alguns órgãos<br />
de certificação/acreditação, é necessário<br />
que todos os ensaios realizados em<br />
um laboratório tenham seu desempenho<br />
analítico avaliado. Essa avaliação<br />
deve ser realizada através de um controle<br />
externo oferecido por um provedor<br />
habilitado e ser documentada,<br />
possibilitando a rastreabilidade dos<br />
dados. Quando os analitos não são<br />
contemplados ou avaliados por um<br />
ensaio de proficiência, é necessário<br />
que o laboratório disponha de um sistema<br />
alternativo para verificar a confiabilidade<br />
dos resultados.<br />
E é nesse momento que entra o uso da<br />
metodologia de Controle Alternativo.<br />
Muitas empresas laboratoriais contam<br />
com essa ferramenta. Uma delas é o<br />
DB Diagnósticos, cujo setor da Qualidade<br />
é responsável por praticamente<br />
todo o processo, desde a verificação<br />
de quais ensaios serão inclusos no<br />
fluxo até a avaliação dos resultados<br />
obtidos. Cabe ao setor Técnico fazer a<br />
separação das amostras, a análise dos<br />
ensaios, assim como a investigação de<br />
inadequações, quando necessário.<br />
Para essa avaliação alternativa,<br />
podem ser utilizados diversos<br />
métodos, explica a analista de qualidade<br />
do DB, Lorena de Medeiros.<br />
Quando o analito é contemplado<br />
pelo ensaio de proficiência e não<br />
foi avaliado, é possível verificar se<br />
o provedor disponibilizou o limite<br />
de aceitabilidade em seu relatório<br />
e, então, comparar o resultado do<br />
laboratório com esse intervalo.<br />
“Caso o provedor não tenha disponibilizado<br />
esses valores ou o ensaio não<br />
estiver contemplado no rol de exames<br />
do provedor, é possível utilizar outras<br />
metodologias que comparam duas<br />
análises de uma mesma amostra,<br />
como interlaboratorial, intermetodologia,<br />
comparação com material de<br />
referência, interobservador, amostra<br />
cega ou duplo-cega, entre outros”.<br />
Etapas do processo de controle<br />
alternativo<br />
O setor de Qualidade do DB esclarece<br />
que o processo de avaliação<br />
alternativa tem início com a verificação<br />
de quais analitos devem ser<br />
incluídos no fluxo. Em seguida, é<br />
necessário definir a estratégia de<br />
avaliação e qual metodologia é a<br />
mais adequada para cada analito,<br />
levando em consideração a realidade<br />
de cada laboratório e as particularidades<br />
de cada teste.<br />
Lorena destaca que, após a disponibilização<br />
dos resultados, estes<br />
devem ser criticamente analisados,<br />
utilizando as especificações da qualidade,<br />
definidas pelo laboratório,<br />
e/ou os intervalos de referência<br />
estabelecidos como critérios de<br />
avaliação. “Em casos de resultados<br />
discordantes, deve-se realizar uma<br />
investigação para a definição das<br />
possíveis fontes da inadequação,<br />
além da determinação de ações tratativas.<br />
E, por fim, toda a avaliação e<br />
a verificação devem ser documentadas”,<br />
complementa.<br />
Benefícios do controle alternativo<br />
para a rotina de exames laboratoriais<br />
Segundo Lorena, o cenário ideal<br />
para os laboratórios, é que todos os<br />
ensaios sejam contemplados por<br />
um provedor externo. Entretanto,<br />
diante dessa limitação, a metodologia<br />
alternativa de avaliação permite<br />
verificar a confiabilidade dos ensaios<br />
que não tiveram seu desempenho<br />
avaliado no ensaio de proficiência,<br />
garantindo assim exatidão de todos<br />
os resultados liberados.<br />
“Por meio do controle alternativo, o<br />
laboratório garante o bom desempenho<br />
e a exatidão do seu sistema analítico,<br />
certificando-se da confiabilidade<br />
dos resultados liberados, visando<br />
sempre a segurança do paciente”.<br />
256 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
COMO MELHORAR A EFICIÊNCIA DO SEU LABORATÓRIO DE<br />
ANÁLISES CLÍNICAS<br />
Se você é responsável por um<br />
laboratório de análises clínicas,<br />
sabe o quão crucial é garantir a<br />
máxima eficiência em todos os<br />
processos. A eficiência não só aumenta<br />
a produtividade, mas também<br />
pode levar a diagnósticos<br />
mais precisos e resultados mais<br />
confiáveis para os pacientes.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Automatize Tarefas Repetitivas<br />
A automação é a chave para reduzir<br />
erros e economizar tempo valioso<br />
em um laboratório de análises<br />
clínicas. Existem tecnologias que<br />
podem facilmente garantir que o<br />
processo analítico seja seguro e<br />
rápido. Muito do reprocesso que<br />
ocorre nessa fase são minimizados<br />
com a implementação de sistemas<br />
de rastreamento de amostras, máquinas<br />
de análise automatizadas e<br />
software de gestão laboratorial. Ao<br />
dissipar o trabalho manual em processos<br />
rotineiros, sua equipe poderá<br />
se concentrar em atividades mais<br />
complexas e cruciais para a precisão<br />
dos resultados.<br />
Investir em Equipamentos de<br />
Qualidade<br />
Os equipamentos utilizados em seu<br />
laboratório têm um impacto direto<br />
na eficiência e na precisão dos resultados.<br />
Opte por equipamentos de<br />
qualidade. Investir em tecnologia de<br />
ponta garantirá que os processos sejam<br />
realizados de forma mais rápida<br />
e confiável, reduzindo o tempo de<br />
espera dos pacientes e aumentando<br />
a capacidade de atendimento.<br />
Exemplos de Equipamentos de<br />
Qualidade<br />
- Máquinas de análise automatizadas:<br />
Escolha máquinas que ofereçam<br />
uma ampla gama de testes,<br />
alta precisão e capacidade de processamento<br />
em lotes para aumentar<br />
a produtividade do laboratório.<br />
- Centrífugas de bom desempenho:<br />
Uma centrífuga eficiente agiliza a<br />
separação de componentes das<br />
amostras, permitindo a realização<br />
de mais testes em menos tempo.<br />
- Entre outros<br />
Utilize Produtos de Consumo de<br />
Qualidade<br />
Além dos equipamentos, é fundamental<br />
utilizar produtos de consumo<br />
de qualidade em seus procedimentos<br />
de análises clínicas.<br />
Isso inclui reagentes, kits de testes,<br />
tubos de coleta de sangue e outros<br />
materiais. Escolha fornecedores<br />
confiáveis e certifique-se de que os<br />
produtos utilizados atendam aos<br />
padrões de qualidade e segurança<br />
exigidos pelo setor.<br />
Ao utilizar produtos de consumo<br />
de qualidade, você reduzirá a possibilidade<br />
de resultados incorretos<br />
causados por falhas nos reagentes<br />
ou tubos de coleta. Além disso, esses<br />
produtos de qualidade garantem<br />
maior estabilidade e precisão nas<br />
análises, proporcionando resultados<br />
mais confiáveis para os pacientes.<br />
A FirstLab te ajuda a otimizar o<br />
seu laboratório<br />
A FirstLab é fabricante de insumos,<br />
além de importadora e distribuidora<br />
de produtos e equipamentos<br />
dedicados às análises clínicas área<br />
muito importante a saúde pública.<br />
Seu portfólio abrange desde insumos<br />
como tubo plástico para coleta<br />
de amostras, até equipamentos do<br />
tipo centrífugas 8 x 15 ml, 12 x 10 ml<br />
e de bancada. Ao oferecer produtos<br />
de consumo e equipamentos de<br />
ponta, a FirstLab desempenha um<br />
papel fundamental na otimização<br />
da eficiência dos laboratórios de<br />
análises clínicas, contribuindo para<br />
resultados mais precisos e diagnósticos<br />
mais confiáveis para profissionais<br />
da saúde e seus pacientes.<br />
portal.firstlab.ind.br<br />
0800 710 0888<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
257
INFORME DE MERCADO<br />
MC-80 – ANALISADOR AUTOMÁTICO DE MORFOLOGIA<br />
CELULAR DIGITAL<br />
O MC-80 da Mindray é um Analisador automático de morfologia celular digital que fornece resultados com mais clareza,<br />
mais inteligência e mais produtividade.<br />
• Conexão direta com nossas linhas de análise celular CAL-6000<br />
e CAL-8000. Seguindo o fluxo, a lâmina é corada pelo SC-120 e<br />
depois de pronta é diretamente encaminhada para a realização<br />
da contagem pelo MC-80;<br />
• Com o auxílio de nosso software LabXpert, todos os critérios<br />
de lâmina e repetição específicos do laboratório são inseridos<br />
no sistema, possibilitando que a linha trabalhe sem nenhuma<br />
intervenção humana;<br />
• Possui 2 lentes objetivas de alto desempenho que simulam a visão<br />
real sob o microscópio e oferecem imagens de alta resolução;<br />
• Com gotejamento automático do óleo de imersão, o MC-80 realiza<br />
análise morfológica do sangue periférico de até 60 lâminas por hora;<br />
• Possui diferentes combinações de modo de análise da lâmina digital,<br />
tais como WBC, RBC+PLT, PTL-Pro, que podem ser acionadas de<br />
acordo com os resultados do analisador de hematologia.<br />
• Confiabilidade na pré-classificação das células com a possibilidade<br />
de reclassificação das mesmas, incluído 12 tipos de células<br />
para WBC, 5 tipos de células para Não-WBC, 6 tipos de alterações<br />
na série vermelha, além de incluir os poiquilócitos na série vermelha,<br />
contagem de plaquetas estimadas e modo PLT-Pro que captura<br />
e quantifica a quantidade de agregados presentes na lâmina,<br />
sem necessidade de aquisição de nenhuma licença adicional para<br />
o uso de qualquer uma das ferramentas citadas.<br />
• Capacidade de armazenamento de até 80.000 amostras com<br />
suporte para arquivamento dos dados numéricos, gráficos e das<br />
imagens das células das lâminas do sangue periférico.<br />
• Capacidade ilimitada de criação de banco de dados com células da escolha do usuário, com possibilidade de salvar<br />
imagens selecionadas no computador e utilizar em demonstrações, apresentações e afins.<br />
Contato: Ana Carolina de O. Santos<br />
Gerente de Produto - IVD<br />
E-mail: acarolina.santos@mindray.com<br />
Mobile/WhatsApp: +55 11 96434 1166<br />
258 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
SABE O QUERIDINHO PARA CULTIVO DE TECIDOS?<br />
A TPP TRAZ PARA O BRASIL!<br />
O frasco 90552 para cultivo celular<br />
e de tecidos, é estéril, tampa<br />
com filtro re-fechável, superfície<br />
tratada e área de crescimento de<br />
115 ou 150 cm², eles permitem<br />
um crescimento uniforme das<br />
células na superfície do frasco,<br />
devido seu sistema inovador, o<br />
frasco 90553 é muito utilizado<br />
para cultura de pele. É importante<br />
que apenas as tampas rosqueáveis<br />
com filtro sejam utilizadas.<br />
Pois sem equalização da pressão<br />
interna, de mais de 0,03 bar no<br />
frasco, pode levantar a cobertura<br />
e resultar em vazamento.<br />
Suas CARACTERÍSTICAS são:<br />
• Área de marcação nas duas laterais<br />
para permitir a sua identificação;<br />
• Tampa hermética re-fechável<br />
para múltiplos usos<br />
• Acesso completo à câmara do<br />
frasco pela parte superior<br />
• Empilhamento seguro e estável<br />
de vários frascos sem deslizamento<br />
• A Superfície de crescimento ativado<br />
mecanicamente oferece ótima<br />
adesão celular e resulta em melhor<br />
proliferação das células aderentes<br />
• Estanquidade garantida quando<br />
preenchido com líquido até 100 mL.<br />
• Mecanismo conveniente de<br />
abertura e re-fechamento.<br />
• O ângulo do pescoço reduz os<br />
riscos de erros de despejos;<br />
• Permite acesso de pipetas sorológicas,<br />
raspadores de células e espátula;<br />
• 100% da recuperação celular;<br />
• Design que permite o empilhamento<br />
dos frascos;<br />
• Estéril por radiação gama;<br />
• Livre de DNase, RNase e pirogênios.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Informações de contato.<br />
Telefones: (11) 99568-2022 - (11) 91109 -2022<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
259
INFORME DE MERCADO<br />
IN VITRO DIAGNÓSTICA – INOVAÇÃO EM CADA UMA DAS<br />
SUAS SOLUÇÕES<br />
Há 31 anos a In Vitro Diagnóstica<br />
investe e oferece ao mercado<br />
brasileiro de diagnóstico in vitro<br />
soluções inovadoras que tem<br />
como foco 4 pilares:<br />
- a inovação focada no desenvolvimento<br />
de novos produtos, na melhoria<br />
de tecnologia já existente<br />
e na oferta destes produtos para<br />
atender as demandas do mercado;<br />
- a inovação focada nos serviços<br />
ofertados pela empresa para o<br />
melhor atendimento aos clientes<br />
seja no nível técnico, científico<br />
ou comercial;<br />
- a inovação focada no modelo de<br />
negócio que reflete o seu compromisso<br />
com a qualidade e segurança<br />
de todos os processos;<br />
- a inovação focada em como a<br />
empresa se relaciona com os seus<br />
clientes, através da atenção dispensada<br />
aos canais de interação com os<br />
clientes e marketing.<br />
É através dessas premissas que a<br />
marca In Vitro se destaca e se fortalece<br />
a cada dia.<br />
Com um parque tecnológico para<br />
pesquisa, desenvolvimento e produção<br />
de quase 17.000 m2, a In Vitro<br />
oferece ao mercado brasileiro<br />
produtos com alta qualidade nas<br />
linhas de química clínica (bioquímica),<br />
imunoturbidimetria, urinálise,<br />
hematologia, coagulação, íons<br />
seletivos, aglutinação, ELISA, testes<br />
rápidos, POCT, biologia molecular e<br />
controle de qualidade.<br />
Além de reagentes e equipamentos<br />
em todas essas linhas, a In Vitro<br />
conta com uma equipe altamente<br />
qualificada, técnica e cientificamente,<br />
para realizar instalação, treinamento<br />
e prestar todos os tipos de<br />
suporte a laboratórios de pequeno,<br />
médio e grande porte em todas as<br />
regiões do Brasil.<br />
Contudo, para a In Vitro o segredo<br />
de inovar não está apenas no que<br />
é apresentado para o mercado e<br />
nas grandes publicidades da marca,<br />
mas está na estrutura robusta<br />
e em cada um dos seus processos<br />
controlados e bem executados,<br />
na confiabilidade do resultado<br />
de cada produto desenvolvido e<br />
produzido, na segurança de cada<br />
produto armazenado e entregue<br />
ao cliente, em cada suporte<br />
prestado e nas dúvidas sanadas,<br />
em cada parceria firmada através<br />
da sua enorme rede de distribuidores<br />
e no acompanhamento de<br />
cada venda realizada, e em cada<br />
profissional que trabalha com dinamismo<br />
e competência para que<br />
a experiência dos clientes com a<br />
empresa superem as expectativas.<br />
Em um mercado cada vez mais<br />
competitivo, onde fazem mais do<br />
mesmo ou que copiar se tornou<br />
algo comum, a In Vitro sente-se<br />
orgulhosa de ser pioneira em diversas<br />
grandes soluções para o<br />
mercado brasileiro e de realmente<br />
poder dizer que é uma empresa<br />
que inova e se reinventa a cada<br />
dia, sustentando o seu compromisso<br />
e respeito com os seus<br />
clientes e parceiros, e mantendo a<br />
seriedade nos processos.<br />
A In Vitro segue cuidando do futuro,<br />
portanto vem mais novidades e<br />
inovações por aí.<br />
Para saber mais entre em contato<br />
com a In Vitro Diagnóstica através<br />
do e-mail invitro@invitro.com.br ou<br />
telefone (31) 99973-2098.<br />
260 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
APRESENTAMOS OS NEO-MICROSCÓPIOS, A MAIS<br />
RECENTE INOVAÇÃO EM TECNOLOGIA MICROSCÓPICA,<br />
DESENVOLVIDA PELA NEOLAB BY NEOCOMPANY.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Microscópio Neo107<br />
Microscópio Neo209P<br />
Os Neo-microscópios representam<br />
uma nova geração, equipada com<br />
um sistema ótico acromático de<br />
última geração, que proporciona<br />
imagens nítidas e precisas em<br />
todas as observações. Através<br />
deles, é possível explorar o<br />
mundo microscópico em<br />
detalhes surpreendentes, abrindo<br />
possibilidades para descobertas<br />
importantes e avanços científicos.<br />
Com um design inovador, os Neo-<br />
Microscópios possuem uma cabeça<br />
binocular tipo deslizante inclinada<br />
a 45º graus, proporcionando uma<br />
visualização confortável e ergonômica.<br />
Essa característica permite longas<br />
sessões de uso sem desconforto,<br />
possibilitando aprofundar as análises<br />
sem interrupções.<br />
Uma das vantagens desses<br />
microscópios é a flexibilidade de<br />
uso em diferentes ambientes. Eles<br />
oferecem opções de iluminação LED<br />
3W ou lâmpada halógena 6V/20W,<br />
com brilho ajustável. Isso permite<br />
que se adaptem às necessidades<br />
específicas de cada amostra,<br />
garantindo imagens mais claras e<br />
detalhadas em todos os casos.<br />
O design ergonômico avançado<br />
também inclui botões de focagem<br />
e movimentação do charriot<br />
convenientemente próximos. Essa<br />
disposição facilita a operação com<br />
uma mão, enquanto o braço pode<br />
permanecer apoiado na mesa. Esse<br />
aspecto é fundamental para reduzir a<br />
fadiga durante análises prolongadas,<br />
aumentando a eficiência nas pesquisas.<br />
Os Neo-Microscópios são indicados<br />
para diversos profissionais, como<br />
da saúde, cientistas, educadores e<br />
entusiastas da ciência. Eles são ideais<br />
para quem deseja desbravar o mundo<br />
microscópico e obter imagens e<br />
detalhes impressionantes. Sua<br />
versatilidade e qualidade permitem<br />
elevar o nível das pesquisas,<br />
contribuindo para avanços nas<br />
diversas áreas de atuação.<br />
Os Neo-Microscópios representam<br />
a nova era da observação<br />
microscópica, onde é possível ver<br />
o invisível e expor o incrível. Tratase<br />
de uma ferramenta valiosa<br />
para impulsionar o conhecimento<br />
científico e tornar as pesquisas ainda<br />
mais reveladoras.<br />
Atualmente, essa oportunidade<br />
está aberta aos Neo-Distribuidores.<br />
Entre agora em contato com nossos<br />
executivos para saber mais.<br />
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Neolab by Neocompany<br />
R. Carlos Gusso, 250 - Barracão 2 - Águas Belas,<br />
São José dos Pinhais - PR, 83040-630, Brasil<br />
E-mail: contato@neolabimpot.com.br<br />
Contato: +55 41 3146-0802<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
261
INFORME DE MERCADO<br />
MEDIX BRASIL APRESENTA A LUVA AMG: SOLUÇÃO INOVADORA<br />
PARA COLETAS MICROBIOLÓGICAS E GINECOLÓGICAS<br />
MATA ATÉ<br />
99,99%<br />
DAS BACTÉRIAS* E O<br />
VÍRUS DA COVID-19<br />
Microtexturizada<br />
nas pontas dos dedos<br />
Exclusividade da Medix e distribuída<br />
em todo o Brasil, a Luva<br />
Antimicrobiana para Procedimento<br />
Não Cirúrgico AMG (Antimicrobial<br />
Gloves) promove mais<br />
proteção durante os procedimentos,<br />
tanto para profissionais<br />
quanto para pacientes.<br />
Produzida em nitrilo, a AMG é<br />
capaz de eliminar microorganismos<br />
em sua face externa. Isso<br />
ocorre, graças a um ingrediente<br />
ativo fotossensibilizador que gera<br />
oxigênio singlete quando exposto<br />
à luz, oxidando a proteína e o lipídio<br />
das bactérias.<br />
Durante as coletas microbiológicas,<br />
a presença de microrganismos<br />
é um fator crucial a ser considerado.<br />
As mãos dos profissionais de<br />
saúde podem ser veículos para a<br />
transferência de bactérias, vírus e<br />
outros patógenos. Nesse contexto,<br />
a Luva AMG ajuda a reduzir signi-<br />
ficativamente o risco de contaminação<br />
cruzada. Isso é especialmente<br />
relevante em testes sensíveis,<br />
como cultura de bactérias, nos<br />
quais qualquer interferência externa<br />
pode comprometer a análise.<br />
Nas coletas ginecológicas, o profissional<br />
precisa realizar toques<br />
delicados, minimizando o desconforto<br />
de pacientes e mantendo a<br />
integridade das amostras. Além<br />
disso, essa região é naturalmente<br />
mais suscetível a infecções. A<br />
Luva AMG oferece uma camada<br />
adicional de proteção que ajuda<br />
a prevenir infecções e possíveis<br />
complicações, sem comprometer a<br />
sensibilidade e o desempenho.<br />
Outro benefício significativo da<br />
luva é o controle da proliferação<br />
de microrganismos em sua própria<br />
superfície. As propriedades<br />
antimicrobianas reduzem a viabilidade<br />
e a sobrevivência de bactérias<br />
e vírus em sua face externa,<br />
o que a torna mais higiênica ao<br />
longo do procedimento. Isso é<br />
especialmente útil durante coletas<br />
sequenciais de amostras.<br />
A Luva AMG já está disponível<br />
no mercado e pode ser adquirida<br />
por meio de distribuidores<br />
autorizados em todo o país.<br />
Para mais informações, entre<br />
em contato através do e-mail:<br />
gestor.lab@medixbrasil.com.br<br />
262 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Diagnóstico<br />
preciso e em tempo<br />
oportuno para<br />
triagem neonatal<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Triagem Molecular para Imunodeficiência Combinada Grave (SCID), Agamaglobulinemia Ligada ao X<br />
(XLA) e Atrofia Muscular Espinhal (AME) com técnica de PCR em tempo real multiplex (RT-qPCR)<br />
amplificando quatro alvos (TREC, KREC, SMN1 e RPP30) usando DNA extraído de amostras de sangue<br />
seco (DBS).<br />
SCID inclui um grupo de distúrbios imunológicos hereditários raros, porém graves e potencialmente<br />
fatais, nos quais os linfócitos T não se desenvolvem e os linfócitos B estão ausentes ou comprometidos.<br />
A deficiência das células B e T gera o termo “combinada”. Os pacientes não tratados desenvolvem<br />
infecções potencialmente fatais devido a bactérias, vírus e fungos. O teste de triagem dos círculos de<br />
excisão do receptor de células T (TRECs), um subproduto do desenvolvimento normal das células T,<br />
identifica a SCID típica.<br />
A XLA é uma forma hereditária de imunodeficiência primária, sendo a imunodeficiência relacionada às<br />
células B mais prevalente. Normalmente ela é ocasionada por uma mutação ou deleção no gene BTK que<br />
impede o desenvolvimento normal dos linfócitos B, resultando em uma deficiência de anticorpos grave.<br />
O gene mutado está situado no cromossomo X, desta forma somente os meninos são afetados. Como os<br />
pacientes com XLA carecem de anticorpos, eles são propensos a desenvolver infecções que ocorrem<br />
frequentemente nas (ou perto das) superfícies das membranas mucosas, como o ouvido médio, seios da<br />
face e pulmões, mas em alguns casos também podem envolver a corrente sanguínea ou os órgãos<br />
internos.<br />
A AME é uma das mais comuns condições genéticas recessivas e letais. Esta condição está associada à<br />
deficiência motora significativa, comprometimento respiratório e nutricional.<br />
A forma mais comum de AME (AME do cromossomo 5) é ocasionada pela deficiência de uma proteína<br />
neuronal motora chamada Sobrevivência do Neurônio Motor (SMN [Survival of Motor Neuron]). A<br />
deficiência da SMN é provocada por mutações do gene no cromossomo 5, conhecido como SMN1.<br />
Aproximadamente 95%-98% dos pacientes de todos os tipos de AME exibem deleção homozigótica do<br />
éxon 7 no gene SMN1 e 2%-5% podem ser portadores de deleção heterozigótica do éxon 7 e uma mutação<br />
pontual. Os genes SMN1 e SMN2, ambos contendo nove éxons com 99% de identidade de nucleotídeos,<br />
são dispostos em tandem em cada cromossomo que codifica uma proteína de ligação ao RNA com 294<br />
aminoácidos. A sequência de codificação do SMN2 é diferente da sequência do SMN1 por um único<br />
nucleotídeo (840, C>T), resultando em um splicing alternativo do éxon 7.<br />
tel.:+55 61 3045 4004<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
263
INFORME DE MERCADO<br />
DESCUBRA COMO OS ANALISADORES BIOQUÍMICOS<br />
E TURBIDIMÉTRICOS PODEM OTIMIZAR A ROTINA<br />
LABORATORIAL<br />
A automatização dos processos<br />
laboratoriais é uma estratégia<br />
fundamental para otimizar<br />
a rotina e alcançar resultados<br />
mais eficientes. Nesse sentido, os<br />
analisadores automaticos desempenham<br />
um papel crucial ao permitir<br />
a realização de múltiplos<br />
testes em um curto período de<br />
tempo, além de oferecer recursos<br />
avançados que agilizam e aprimoram<br />
a análise de amostras.<br />
Dentre os analisadores disponíveis<br />
no mercado, destacam-se o<br />
Analisa BIO 150 e o Analisa BIO<br />
300. O BIO 150 possui uma capacidade<br />
de realizar até 150 testes/hora,<br />
o que representa uma<br />
melhoria significativa em comparação<br />
aos processos manuais<br />
tradicionais. Além disso, ele oferece<br />
40 posições para amostras,<br />
o que possibilita o processamento<br />
simultâneo de um grande<br />
número de amostras. Com a<br />
funcionalidade de Bi reagente, é<br />
possível realizar testes de forma<br />
ainda mais eficiente e econômica.<br />
Adicionalmente, conta com<br />
50 posições na bandeja de reação,<br />
facilitando a organização e<br />
o manuseio das amostras. Vale<br />
ressaltar que o BIO 150 prioriza<br />
amostras de emergência, garantindo<br />
uma resposta rápida e precisa<br />
em situações críticas.<br />
Por sua vez, o Analisa BIO 300<br />
eleva sua capacidade para 300<br />
testes/hora, o que representa<br />
um salto ainda maior em produtividade.<br />
Mantendo as mesmas<br />
características do BIO 150, como<br />
as 40 posições para amostras e<br />
a funcionalidade de Bi reagente,<br />
o Analisador oferece 81 posições<br />
na bandeja de reação. Essa<br />
ampliação permite um processamento<br />
ainda mais abrangente,<br />
aumentando a capacidade de<br />
análise e proporcionando maior<br />
flexibilidade na rotina laboratorial.<br />
Além disso, como opcional,<br />
é possível incluir um leitor de<br />
código de barras, que facilita a<br />
identificação e rastreabilidade<br />
das amostras, contribuindo para<br />
a integridade dos resultados.<br />
Em conclusão, os analisadores<br />
são ferramentas essenciais para a<br />
otimização da rotina laboratorial,<br />
com recursos avançados que contribuem<br />
para uma análise mais<br />
rápida, precisa e eficiente.<br />
Gostaria de mais informações<br />
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sociais: @analisadiagnostica<br />
264 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
O USO DE MASTERMIX EM PCR EM TEMPO REAL<br />
A reação de amplificação em tempo real, uma<br />
variação da reação de PCR convencional, permite<br />
que a amplificação e a detecção do alvo ocorram<br />
simultaneamente. O processo de PCR em tempo<br />
real é rápido e permite a detecção de múltiplas<br />
sequências alvo em uma mesma reação. Essa<br />
técnica é amplamente utilizada em laboratórios<br />
de instituições médicas e laboratórios clínicos para<br />
detecção de patógenos infecciosos como vírus,<br />
bactérias, fungos etc., além de testes de marcadores<br />
tumorais múltiplos de doenças neoplásicas. Para<br />
pesquisa científica, é utilizada para a análise<br />
quantitativa e/ou qualitativa de fluorescência<br />
de materiais genéticos (DNA e/ou RNA) em<br />
diversas áreas de imunologia, biologia molecular,<br />
ciência forense, genética, zoologia, fitologia etc.<br />
Nas reações de PCR em tempo real utilizamos<br />
mastermix que contém todos os componentes<br />
necessários para a reação, necessitando apenas<br />
adicionar os primers ou sondas e o material<br />
genético. A Loccus possui no seu portfólio cinco<br />
modelos de mastermix para reações de PCR em<br />
tempo real a partir do DNA e/ou cDNA e também<br />
para reações feitas a partir do RNA. Os mastermix<br />
Loccus possuem alguns diferenciais como:<br />
• Reações de PCR em tempo real em apenas<br />
25 minutos permitindo assim aumentar a<br />
produtividade do seu laboratório;<br />
• Presença do sistema UDG/UNG e dUTP<br />
reduzindo consideravelmente o risco de<br />
contaminação nas reações e no laboratório.<br />
Os mastermix Loccus possuem registro na<br />
ANVISA além da facilidade de adquirir um<br />
produto de origem nacional e a pronta entrega.<br />
Entre em contato e solicite uma amostra para<br />
testar as reações em seu laboratório.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
265
INFORME DE MERCADO<br />
Nós do LABORATÓRIO SCS temos um compromisso<br />
diário com o bem-estar do nosso paciente<br />
O atendimento humanizado, no conforto do seu<br />
lar é tão essencial quanto a tecnologia e sistemas<br />
de gestão em atendimento.<br />
Por isso, desenvolvemos uma expertise em atendimento<br />
domiciliar!<br />
Essa relação de confiança entre o paciente e o<br />
profissional do atendimento, demonstra a satisfação<br />
e o cuidado dedicado.<br />
Nossa equipe de agendamento está pronta, cordial<br />
e acolhedora para entender as necessidades<br />
dos pacientes!<br />
Nosso paciente tem tratamento individualizado,<br />
respeitando sua intimidade e às diferenças com<br />
muita ética.<br />
266 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
VERSO® SÉRIE Q - GERENCIADOR DE AMOSTRAS<br />
AUTOMATIZADO COMPACTO<br />
A linha Verso Q-Series - Q20, Q50 e<br />
Q75 – armazenamento de amostras<br />
com rastreabilidade total via codigo<br />
de barras 1D e/ou 2D.<br />
Principais Caracteristicas<br />
• Velocidades de processamento de<br />
até 500 tubos/hora*<br />
• Software fácil de usar: permite que os<br />
usuários executem operações diárias<br />
com o simples clique de um botão<br />
• Separação de amostras via software,<br />
sem interecao ou abertura de portas<br />
• Sistema controlado remotamente<br />
via smartphone ou tablet<br />
• Integração com Pipetadores Roboticos<br />
Especificações técnicas<br />
FACA DOWNLOAD DO CATALOGO<br />
COMPLETO AQUI<br />
Capacidades de armazenamento<br />
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joseluis.avanzo@hamiltoncompany.com<br />
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praticamente qualquer material de laboratório no formato SBS.<br />
Para saber a capacidade de um tubo ou placa em especifico, entre em contato com a<br />
Hamilton Company.<br />
268 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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ou adaptados às necessidades<br />
do laboratório<br />
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perfuração de amostras preservadas<br />
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plasma, saliva, urina) combinado<br />
com a pipetagem de líquidos para<br />
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para amostragem de microvolume,<br />
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de amostras de sangue seco (DBS) em<br />
temperatura ambiente. O formato de<br />
cassete do cartão com alta rigidez<br />
fornece um encaixe adequado com<br />
o Hamilton EasyPunch, permitindo<br />
o processamento confiável do cartão<br />
DBS, desde a detecção de manchas de<br />
sangue seco até a preparação de amostras<br />
prontas para análise LC/MS.<br />
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sua qualidade ao longo do tempo<br />
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e a transferência eficaz da amostra do<br />
swab para o cartão de amostras. Seu<br />
design automatizado o torna compatível<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
269
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de: Sorologia, Hematologia, Uroanálise,<br />
Biologia Molecular, Coagulação,<br />
Gasometria e Point of care.<br />
Seu portfólio contempla diagnóstico<br />
de doenças nas áreas de:<br />
cardiologia, endocrinologia, sistema<br />
nervoso central, hematologia,<br />
doenças infecciosas, inflamatórias,<br />
autoimune, doenças metabólicas,<br />
neurologia, oncologia, pneumologia<br />
e saúde da mulher.<br />
Seguindo diretrizes de expansão<br />
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por meio de um planejamento sólido,<br />
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e aos pacientes para tomarem a<br />
decisão certa para uma vida melhor.<br />
270 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
271
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clientes um atendimento diferenciado<br />
e de alta confiabilidade, com<br />
redução de custos, qualidade e tecnologia<br />
de ponta.<br />
Empresa criada e gerida pela holding<br />
Mercosul Soluções e Empreendimentos,<br />
o laboratório carrega<br />
a força, qualidade e credibilidade<br />
de uma marca respeitada e reconhecida<br />
em todo o país – a Unimed<br />
Mercosul Confederação Regional<br />
dos Estados do Sul.<br />
Biologia Molecular – O Mercolab<br />
também conta com equipamentos<br />
• EXOMA<br />
• CGH- ARRAY<br />
• CARIÓTIPO COM BANDA G<br />
• PCR de X-FRÁGIL<br />
• PAINEL DE AUTISMO<br />
EXAMES DISPONÍVEIS<br />
TRIAGEM PRÉ-NATAL<br />
Exames moleculares pré e pós-natais,<br />
como investigação genética do líquido<br />
amniótico, biópsia de vilo corial,<br />
triagem de DNA fetal livre e sequenciamento<br />
do exoma fetal. Possuímos<br />
tecnologia avançada para promover<br />
a saúde materno-infantil.<br />
SEXAGEM FETAL<br />
Baseado na detecção de DNA fetal<br />
no sangue da mãe. O teste determina<br />
o sexo do feto de forma confiável,<br />
sendo útil para fins não médicos,<br />
como curiosidade ou preparação<br />
para a chegada do bebê. Resultados<br />
entregues em até 48 horas.<br />
TRIAGEM PRÉ IMPLANTAÇÃO IN<br />
VITRO<br />
O exame de PGT-A do Mercolab<br />
Diagnósticos na FIV seleciona embriões<br />
saudáveis, reduzindo falhas de<br />
implantação e complicações. Com<br />
resultados em 24 horas, ajuda a<br />
aumentar chances de gravidez bem-<br />
-sucedida e detectar anomalias genéticas<br />
e cromossômicas nos embriões.<br />
IDENTIFICAÇÃO DE INFECÇÕES<br />
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS<br />
Possibilita o diagnóstico precoce e<br />
interrupção da transmissão dessas<br />
doenças. Os exames são processados<br />
em biologia molecular, com opções<br />
individuais ou em painéis abrangentes.<br />
272 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
PAINEL HPV<br />
Capaz de identificar 19 subtipos de<br />
alto risco e 9 subtipos de baixo risco,<br />
contribuindo para a prevenção<br />
do câncer cervical. O teste, realizado<br />
por meio da Reação em Cadeia<br />
da Polimerase multiplex em tempo<br />
real, permite detecção precoce e<br />
genotipagem precisa do vírus.<br />
PAINEL TROMBOFILIA<br />
Identifica mutações genéticas relacionadas<br />
à trombose. O teste sensível<br />
e específico detecta mutações<br />
no Fator V, Fator II e MTHFR, permitindo<br />
um diagnóstico precoce e<br />
tratamento adequado para reduzir<br />
riscos de trombose.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
TUBERCULOSE E IDENTIFICAÇÃO<br />
DE RESISTÊNCIA AOS MEDICA-<br />
MENTOS ANTITUBERCULOSE<br />
Um exame de identificação de<br />
Mycobacterium tuberculosis usando<br />
PCR em tempo real para detectar<br />
o patógeno em amostras como<br />
escarro e cultura líquida, permitindo<br />
um diagnóstico precoce e tratamento<br />
adequado da tuberculose.<br />
PAINEL DE VIROSES<br />
RESPIRATÓRIAS<br />
Testes sensíveis e rápidos para<br />
detectar diversos vírus respiratórios,<br />
incluindo SARS-CoV-2,<br />
influenza e vírus sincicial respiratório.<br />
A identificação precoce<br />
dessas infecções é crucial para um<br />
tratamento adequado e melhor<br />
qualidade de vida do paciente.<br />
HLAB-27<br />
Identifica o gene relacionado à<br />
espondilite anquilosante. Diagnóstico<br />
precoce ajuda no tratamento<br />
adequado e no controle da doença<br />
inflamatória.<br />
ALERGIAS E ALÉRGENOS<br />
Contamos com o Phadia 250 com<br />
metodologia ImmunoCAP, padrão-<br />
-ouro para diagnóstico de alergias,<br />
oferecendo testes precisos e rápidos<br />
para identificação de alérgenos.<br />
Resultados em 48 horas.<br />
PAINEL ONCOLÓGICO DE CÂNCER<br />
GERMINATIVO (BRCA1/ /BRCA2)<br />
Soluções em diagnóstico molecular<br />
oncológico com Painel NGS para<br />
os genes BRCA1 e BRCA2, associados<br />
a um maior risco de câncer de<br />
mama e ovário ponto. O teste é<br />
realizado por meio de amostras de<br />
sangue ou saliva, e o resultado é<br />
entregue em até 14 dias.<br />
CGH ARRAY/SNP ARRAY<br />
O CGH/CMA é um exame de análise<br />
genômica usado para detectar alterações<br />
cromossômicas e variações<br />
no número de cópias do genoma<br />
humano ponto, é o padrão ouro<br />
para diagnóstico de autismo, déficit<br />
intelectual e investigação de alterações<br />
cromossômicas. O teste é realizado<br />
por meio de amostras de sangue<br />
ou saliva, e possui o prazo de<br />
até 30 dias para entrega do laudo.<br />
PAINEL DE ÚLCERA GENITAL<br />
Úlceras genitais são causadas por<br />
ISTs, apresentando lesões ulcerativas,<br />
pústulas e desconforto. O diagnóstico<br />
requer avaliação precisa dos<br />
sintomas, histórico médico e achados<br />
clínicos. O Painel de úlcera genital<br />
do Mercolab Diagnósticos identifica<br />
os agentes etiológicos comuns,<br />
como Herpes simplex, Haemophilus<br />
ducreyi e Cytomegalovirus.<br />
Entre em contato:<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
273
INFORME DE MERCADO<br />
DESVENDANDO O MISTÉRIO DO ALZHEIMER COM<br />
O GENEFINDER APOE REALAMP KIT<br />
O Genefinder ApoE RealAmp kit chegou!<br />
Biologia molecular que ajuda a identificar o gene que pode causar Alzheimer<br />
50 testes por kit<br />
PCR em tempo real<br />
Resultados em 90 min<br />
A doença de Alzheimer é a patologia<br />
neurodegenerativa mais freqüente<br />
associada à idade, cujas<br />
manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas<br />
resultam em deficiência<br />
progressiva e incapacitação.<br />
A doença afeta aproximadamente<br />
10% dos indivíduos com idade<br />
superior a 65 anos e 40% acima de<br />
80 anos. Estima-se que, em 2050,<br />
mais de 25% da população mundial<br />
será idosa, aumentando, assim, a<br />
prevalência da doença.<br />
Por trás dessa complexidade, emerge<br />
uma dimensão genética crucial.<br />
O gene ApoE assume um papel central<br />
na avaliação do risco individual<br />
para Alzheimer. E é nesse contexto<br />
que o GeneFinder ApoE RealAmp<br />
Kit entra em cena, uma forma de<br />
diagnosticar precisamente e revolucionária.<br />
O processo é simples, mas o conhecimento<br />
profundo. O GeneFinder<br />
ApoE RealAmp Kit disponibiliza aos<br />
profissionais meios para determinar<br />
composição genética relacionada<br />
ao Alzheimer. Isso permite avaliação<br />
personalizada do risco e abre<br />
portas para abordagens de intervenção<br />
direcionadas e tratamentos<br />
mais enfocado para cada paciente.<br />
À medida que a pesquisa avança,<br />
o GeneFinder ApoE RealAmp Kit<br />
emerge como recurso inestimável.<br />
É fundamental lembrar que resultados<br />
devem ser interpretados<br />
por profissionais qualificados para<br />
garantir compreensão precisa.<br />
Na busca por respostas no cenário<br />
do Alzheimer, o GeneFinder ApoE<br />
RealAmp Kit oferece nova perspectiva<br />
de entendimento. Uma jornada<br />
emocionante em direção a abordagem<br />
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para enfrentar essa doença que afeta<br />
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274 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
REVOLUÇÃO NO CULTIVO DE CÉLULAS IMUNES:<br />
POTENCIALIZE SEUS EXPERIMENTOS COM OS VERSÁTEIS<br />
MEIOS DE CULTURA E SUPLEMENTOS DA MP BIOMEDICALS<br />
INFORME DE MERCADO<br />
As células mononucleares do sangue<br />
periférico (PBMCs) desempenham<br />
um papel crucial no sistema<br />
imunológico, sendo compostas<br />
por diversos tipos de células imunes,<br />
tais como células T e B, natural<br />
killers, monócitos e células<br />
dendríticas. Sua acessibilidade e<br />
adaptabilidade tornaram as PBM-<br />
Cs inestimáveis na descoberta de<br />
terapias para câncer, doenças autoimunes<br />
e infecciosas.<br />
O cultivo in vitro de PBMCs depende<br />
da seleção adequada do meio<br />
basal, adaptado para atender aos<br />
requisitos experimentais específicos<br />
e aos tipos celulares em estudo.<br />
O RPMI 1640 se destaca como um<br />
meio amplamente utilizado para<br />
o cultivo de PBMCs, propiciando o<br />
eficaz crescimento e proliferação<br />
celular. Sua composição equilibrada<br />
de aminoácidos, vitaminas,<br />
minerais e nutrientes garante um<br />
desenvolvimento celular ótimo.<br />
Outra escolha popular é o DMEM,<br />
com alta concentração de glicose<br />
e nutrientes essenciais para promoção<br />
do crescimento, proliferação<br />
e sobrevivência celular. Além<br />
disso, o DMEM pode ser suplementado<br />
para enriquecê-lo com<br />
fatores de crescimento e nutrientes<br />
adicionais, melhorando ainda<br />
mais o sucesso do cultivo celular.<br />
Conheça a MP Biomedicals, uma<br />
renomada fornecedora de uma<br />
extensa linha de meios de cultura<br />
celulares projetados para diferentes<br />
abordagens experimentais.<br />
Os componentes dos meios da<br />
MP Biomedicals são formulados<br />
especificamente para propiciar o<br />
crescimento robusto e favorecer a<br />
funcionalidade celular.<br />
Ao aproveitar o potencial das PB-<br />
MCs e selecionar meios adequados<br />
para estudos in vitro, desvende<br />
novos conhecimentos sobre<br />
o comportamento das células<br />
imunes, acelerando o desenvolvimento<br />
de terapias inovadoras.<br />
Mantenha-se à frente no campo<br />
do cultivo celular com as soluções<br />
de meios de cultura de ponta da<br />
MP Biomedicals e desbloqueie o<br />
potencial das células imunes.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
275
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276 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
PRO-IN em Tempo Real gratuito<br />
INFORME DE MERCADO<br />
CURSOS PNCQ GESTOR – 2º SEMESTRE DE 2023<br />
O PNCQ incentiva os laboratórios a<br />
implantarem um Sistema de Gestão<br />
da Qualidade, visando a Acreditação,<br />
que é a Certificação de<br />
Qualidade de laboratórios clínicos,<br />
independentemente do seu tamanho<br />
e complexidade.<br />
A nova legislação RDC 786:2023<br />
da ANVISA, estabelece requisitos<br />
técnico-sanitários para a garantia<br />
da qualidade dos serviços prestados<br />
pelos laboratórios, que devem<br />
assegurar a confiabilidade dos testes<br />
por meio da gestão do controle<br />
da qualidade. E determina também<br />
que todos os serviços que realizam<br />
exames de análises clínicas devem<br />
implementar um Programa de<br />
Garantia da Qualidade.<br />
O Programa Nacional de Controle de Qualidade oferece a ferramenta PRO-IN em Tempo Real<br />
gratuitamente a todos os laboratórios que adquirem as amostras para controle interno da<br />
pantes qualidade recebem – PRO-IN, sejam o software Laboratórios e todas Participantes lidade do PNCQ, do ou laboratório, não, através de em um atendimento<br />
aos requisitos do SNA-DI-<br />
as cadastro orientações simples. para implantar seu<br />
Sistema O PRO-IN em de Tempo Gestão Real da é uma Qualidade,<br />
ferramenta que auxilia CQ e os laboratórios propicia a na elaboração e na dos<br />
preparando avaliação de seu seu controle laboratório interno. Com para navegação a documentos acelerada e inserção de de maneira valores facilitada, muito<br />
Acreditação disponibiliza, entre pelo outros: Sistema Nacional menos trabalhosa. É possível criar<br />
de • Acreditação Gráfico de Levey – SNA-DICQ Jennings automático baseado<br />
nos requisitos da Norma ABNT propiciar rastreabilidade total das<br />
e importar documentos, além de<br />
• Regras de Westgard podem ser personalizadas pelo seu laboratório<br />
NBR ISO 15189:2015. O SNA-DICQ atividades dos usuários, facilitando<br />
oferece • Média, descontos Desvio Padrão especiais (DP) e Coeficiente na de os Variação registros. (CV%) automáticos<br />
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disposição da fiscalização da Vigilância Sanitária ou Instituição Acreditadora<br />
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que sua rotina devem e utilize ser o PRO-IN adaptados em Tempo à rea-<br />
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278 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
VIDRARIA PARA LABORATÓRIO PERFECTA:<br />
CONFIANÇA E QUALIDADE.<br />
A Perfecta é reconhecida no<br />
mercado pela qualidade e pioneirismo<br />
na produção, comercialização<br />
e distribuição de produtos<br />
para laboratório para as mais<br />
diversas aplicações, dentre eles<br />
lâminas, vidrarias e plásticos,<br />
nacionais ou importados.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
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conta com produtos fabricados com<br />
vidro de alta qualidade, borossilicato<br />
3.3 e neutro, transparente e<br />
âmbar, submetidos a rigorosos testes<br />
de controle de qualidade para<br />
garantir total segurança e integridade<br />
dos experimentos.<br />
A Perfecta conta com ampla<br />
linha que atende diversos setores<br />
com béquers, Erlenmeyers,<br />
balões, pipetas, tubos de ensaio,<br />
provetas, garrafões, frascos reagentes,<br />
dessecadores, frascos<br />
Kitazato, buretas, sistemas de<br />
filtração, cálices, tubos capilares,<br />
funis, frascos Kjeldahl, vidros<br />
relógio, funis Squibb, sistema de<br />
filtração, e muito mais. Todos os<br />
produtos contam com estoque<br />
robusto para entrega imediata.<br />
A Perfecta está constantemente<br />
inovando e ampliando a linha<br />
de produtos. Sua novidade mais<br />
recente é a oferta de vidraria calibrada<br />
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com preço fixo independente<br />
do produto e tamanho.<br />
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a Perfecta está sempre empenhada<br />
em oferecer produtos de<br />
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confiáveis e que contribuam<br />
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e descobertas científicas.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
279
INFORME DE MERCADO<br />
SHIFT ACELERA EVOLUÇÃO DE BUSINESS INTELLIGENCE (BI)<br />
COM TECNOLOGIA DE PONTA PARA ANÁLISE DE DADOS<br />
Ter uma visão mais abrangente e<br />
detalhada de seus dados, permitindo<br />
uma análise mais precisa e<br />
estratégica para tomadas de decisões<br />
assertivas é, cada vez mais,<br />
primordial para os centros de<br />
medicina diagnóstica.<br />
Visando responder a esse desafio,<br />
a Shift investiu na evolução de sua<br />
solução de business intelligence,<br />
que está integrada à sua plataforma<br />
tecnológica 100% web e que<br />
atende a Análises Clínicas, Anatomia<br />
Patológica e Imagem.<br />
Além da evolução tecnológica,<br />
com o BI disponibilizado pela tecnologia<br />
Qlik sense enterprise, a<br />
Shift oferece um processo diferenciado<br />
para implantação. Consultivo<br />
e totalmente alinhado ao contexto<br />
do Centro de Medicina Diagnóstica,<br />
as atividades de implantação<br />
valorizam a visão na melhoria através<br />
de direcionamentos sistematizados<br />
os quais são acompanhados<br />
em encontros de follow-up durante<br />
o período inicial de utilização da<br />
ferramenta.<br />
Apresentando mais de 80 indicadores,<br />
18 dashboards e relatórios<br />
pré-definidos de maneira inteligente,<br />
a solução oferece aos laboratórios<br />
uma visão abrangente e<br />
aprofundada de suas operações,<br />
para todas as etapas: pré-analítica,<br />
analítica e pós-analítica.<br />
Além disso, as atualizações apoiam<br />
ainda mais a gestão, a qualidade e<br />
a eficiência operacional por meio<br />
da introdução de novos indicadores,<br />
que colaboram com o atendimento<br />
aos requisitos legais (Exemplo<br />
Art. 54 da RDC 786/2023) e<br />
Normas Acreditadoras. Entre eles<br />
estão: Recoleta, Pontualidade,<br />
Comunicação de resultado crítico,<br />
Retificação de Laudo, Painéis<br />
Epidemiológicos da Microbiologia<br />
(BrCast) e outros.<br />
Sobre a SHIFT<br />
A Shift é uma empresa brasileira<br />
de tecnologia da informação para<br />
medicina diagnóstica e preventiva,<br />
que em como pilares a busca<br />
pela inovação, agilidade, presença<br />
e referência, sempre visando<br />
apoiar diagnósticos precisos e trazer<br />
uma visão mais completa dos<br />
centros diagnósticos. Com 30 anos<br />
de atuação e crescimento superior<br />
a 20% nos últimos dez anos, está<br />
presente em cinco países da América<br />
Latina, 23 estados brasileiros e<br />
conta com 25 mil usuários ativos<br />
no Brasil. Do total de clientes, 85%<br />
possuem acreditação ou certificação<br />
de qualidade. São mais de 53<br />
milhões de vidas impactadas, mais<br />
de 370 milhões de exames processados<br />
por ano, correspondendo a<br />
mais de 20% do volume total de<br />
exames realizados no Brasil.<br />
A empresa reconhece a importância<br />
que isso tem para a vida<br />
e aplica a tecnologia para transformar<br />
a saúde dos negócios<br />
e das pessoas. Da chegada do<br />
paciente até a gestão do laboratório,<br />
a Shift está presente<br />
em todos os momentos, unindo<br />
inovação e cuidado em soluções<br />
e serviços que transformam a<br />
medicina diagnóstica e preventiva.<br />
Na prática, isso significa:<br />
resultados confiáveis, atendimentos<br />
mais ágeis e uma gestão<br />
eficiente. A Shift faz isso por<br />
ser um sistema de apaixonados<br />
por saúde e acreditar ser a tecnologia<br />
quem dará um Shift na<br />
medicina que se imagina para o<br />
futuro. O resultado? Saúde para<br />
pessoas e para os negócios.<br />
280 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
SENNE LIQUOR DIAGNÓSTICO - REFERÊNCIA NACIONAL EM<br />
DIAGNÓSTICO POR MEIO DA ANÁLISE DO LIQUOR<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Em cinco décadas de história, O<br />
Senne Liquor Diagnóstico inova<br />
e aprimora continuamente, compartilhando<br />
com o mercado o seu<br />
know-how em coleta, análise e<br />
apoio ao diagnóstico por meio das<br />
amostras de líquido cefalorraquidiano<br />
(LCR). Para isso, oferece um<br />
extenso rol de exames de liquor,<br />
incluindo os raros e exóticos.<br />
Dessa forma, apoia os médicos<br />
solicitantes com os seguintes<br />
diagnósticos:<br />
• Neuroinfecção: meningites, encefalites,<br />
mielites e outras;<br />
• Neuroimunologia: esclerose múltipla,<br />
ADEM e Espectro da Neuromielite<br />
Óptica;<br />
• Neurodegenerativa: demências<br />
como Alzheimer e doença de<br />
Creutzfeldt-Jakob;<br />
• Neuro-oncologia: leucemias,<br />
linfomas, metástases de tumores<br />
sólidos e tumores próprios do sistema<br />
nervoso.<br />
A equipe técnica do Senne Liquor<br />
ainda auxilia na recomendação de<br />
exames para cada caso e na interpretação<br />
dos resultados.<br />
Além disso, oferece aos pacientes<br />
o Protocolo Tap Test para o diagnóstico<br />
de Hidrocefalia de Pressão<br />
Normal (HPN).<br />
Além da excelência em exames no<br />
liquor, a instituição também conta<br />
com um serviço de logística que<br />
retira amostras de todo o país.<br />
Visite o nosso site e saiba mais:<br />
senneliquor.com.br<br />
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Consolação - São Paulo (SP)<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
281
INFORME DE MERCADO<br />
LABORATÓRIO MASTELLINI: 24H ATENDENDO A POPULAÇÃO<br />
DE PRESIDENTE PRUDENTE COM EXCELÊNCIA NO SUS<br />
O cenário da saúde pública é um<br />
desafio enfrentado por muitas cidades<br />
ao redor do mundo, e Presidente<br />
Prudente se destaca como um<br />
exemplo de comprometimento e<br />
inovação na oferta de atendimento<br />
de qualidade para sua população. O<br />
Laboratório Mastellini, renomado<br />
por seus exames laboratoriais de<br />
alta precisão, está revolucionando<br />
o acesso aos serviços de saúde na<br />
cidade, ao oferecer atendimento 24<br />
horas por dia, 7 dias por semana,<br />
exclusivamente pelo Sistema Único<br />
de Saúde (SUS).<br />
O Laboratório Mastellini se tornou<br />
um ponto de referência no Noroeste<br />
Paulista, proporcionando resultados<br />
de exames confiáveis e ágeis.<br />
Agora, com a ampliação de seus<br />
serviços para um atendimento ininterrupto<br />
e a população de Presidente<br />
Prudente conta com uma qualidade<br />
de cuidados de saúde nunca<br />
antes vista na região.<br />
Seguindo uma abordagem humanizada<br />
e centrada no paciente, o<br />
Laboratório Mastellini não só oferece<br />
resultados precisos, mas também<br />
se destaca por sua proximidade com<br />
os cidadãos. O presidente Jáder<br />
Mastellini compartilha a importância<br />
desse novo marco: "A população<br />
de Presidente Prudente conta agora<br />
com a qualidade padrão ouro, assertividade<br />
e precisão nos resultados<br />
de exames, sem contar na celeridade<br />
para liberação de resultados ao<br />
corpo clínico das unidades de pronto<br />
atendimento da cidade."<br />
A abertura de novas possibilidades<br />
de diagnóstico e tratamento<br />
se torna evidente com essa inovação.<br />
O atendimento 24 horas do<br />
Legenda: Laboratório Mastellini: renomado por<br />
seus exames laboratoriais revoluciona com atendimento<br />
24 horas, agilidade e precisão aos resultados<br />
na UPAs de Presidente Prudente<br />
Laboratório Mastellini permite um<br />
diagnóstico mais ágil aos pacientes,<br />
o que é crucial para o início rápido<br />
de tratamentos necessários, conforme<br />
indicado pelos médicos da rede<br />
municipal de saúde.<br />
Essa transformação no atendimento<br />
à população de Presidente<br />
Prudente não se limita apenas à<br />
agilidade nos resultados dos exames.<br />
Jáder Mastellini ressalta que “o<br />
laboratório disponibiliza plataformas<br />
de análises clínicas de renomados<br />
centros, como Albert Einstein e<br />
Sírio Libanês, tudo isso dentro dos<br />
parâmetros do Sistema Único de<br />
Saúde (SUS), demonstrando o compromisso<br />
em proporcionar serviços<br />
de qualidade sem distinção”.<br />
A cidade de Presidente Prudente,<br />
com suas 20 unidades de estratégia<br />
de saúde da família e duas Unidades<br />
de Pronto Atendimento, agora<br />
se destaca ainda mais por oferecer<br />
um atendimento 100% SUS que<br />
Crédito da Foto: Marcos Sanches<br />
SECOM Presidente Prudente<br />
incorpora a excelência do Laboratório<br />
Mastellini. O compromisso com<br />
a saúde pública é claro e tangível,<br />
colocando a cidade na vanguarda<br />
do cuidado acessível e de qualidade.<br />
Presidente Prudente se junta a outras<br />
cidades beneficiadas pelo atendimento<br />
100% SUS do Laboratório<br />
Mastellini, consolidando a empresa<br />
como uma parceira confiável e inovadora<br />
no âmbito da saúde pública.<br />
Em uma perspectiva onde a saúde<br />
é uma prioridade essencial, a iniciativa<br />
do Laboratório Mastellini em<br />
Presidente Prudente é mais do que<br />
um avanço em medicina diagnóstica,<br />
é um testemunho do potencial<br />
humano e técnico quando o<br />
bem-estar da comunidade está em<br />
jogo. Com sua visão de futuro e<br />
dedicação à excelência, o Laboratório<br />
Mastellini está pavimentando<br />
o caminho para um sistema de saúde<br />
mais eficiente e acessível para<br />
todos os cidadãos.<br />
282 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
SCANNER DE LÂMINAS PORTÁTIL, GRUNDIUM OCUS<br />
Scanner de lâminas portátil, Grundium<br />
Ocus<br />
• Pode ser operado local ou remotamente<br />
de qualquer lugar do mundo.<br />
• Alta versatilidade, adequada para<br />
uma ampla gama de aplicações.<br />
• Alta qualidade de imagem.<br />
• Foco automático contínuo para<br />
cada campo de visão.<br />
• Fácil de usar, qualquer um pode<br />
usá-lo com 15 minutos de treinamento<br />
• Pode se conectar a qualquer dispositivo<br />
com conexão à internet<br />
(computador, laptop, tablet).<br />
• Design robusto, manutenção muito<br />
baixa.<br />
• Tamanho pequeno, viaja para<br />
qualquer lugar em seu próprio<br />
estojo de bagagem de mão.<br />
• Acessível, sem taxas recorrentes,<br />
sem custos ocultos.<br />
A partir da interface de usuário<br />
baseada em navegador do Grundium,<br />
as imagens podem ser<br />
imediatamente exportadas nos<br />
formatos JPG, SVS e TIFF. Compartilhadas<br />
por e-mail, carregadas em<br />
serviços de nuvem ou exportadas<br />
para uma unidade USB externa<br />
– ou todas de uma vez. Além disso,<br />
o dispositivo funciona como<br />
um servidor de slides: possui um<br />
armazenamento interno de 500<br />
gigabytes e pode ser configurado<br />
um acesso remoto seguro. A Grundium<br />
também oferece uma API<br />
para integrar os scanners Ocus ao<br />
seu próprio fluxo de trabalho.<br />
Ocus 20<br />
O Ocus 20 é um scanner de lâminas<br />
portátil, mas poderoso scanner de<br />
lâmina de microscópio para pato-<br />
logia digital, comprovadamente<br />
adequado para amostras de cortes<br />
congelados e avaliação rápida no<br />
local (avaliação de adequação). Sua<br />
ampliação comparável é de 20x, o<br />
que significa que é perfeitamente<br />
otimizada para fornecer imagens<br />
nítidas rapidamente.<br />
Objetiva: 40X<br />
Abertura numérica: 0,4<br />
Resolução, microscópio: 0,50 μm/pix<br />
Profundidade de campo: 5 μm<br />
Foco: Totalmente eletrônica<br />
Capacidade de slides: 1<br />
Formato do slide: 75 x 25 mm<br />
Velocidade de digitalização, 15 x<br />
15 mm: ~60 Seg<br />
L x P x A: 18x18x19 cm<br />
Peso: 3,5kg | 7,7 libras<br />
Ocus 40<br />
O Ocus 40 é um scanner de lâminas<br />
compacto, poderoso e versátil,<br />
ideal para aplicações que requerem<br />
alta ampliação com excelente qualidade<br />
de imagem. O Ocus®40 vem<br />
com uma objetiva de 40x, ideal para<br />
patologia celular, bem como lâminas<br />
de meio líquido e esfregaço.<br />
Objetiva: 40X<br />
Abertura numérica: 0,75<br />
Resolução, microscópio: 0,25 μm/pix<br />
Profundidade de campo: 1 μm<br />
Foco: Totalmente eletrônica<br />
Capacidade de slides: 1<br />
Formato do slide: 75 x 25 mm<br />
Velocidade de digitalização, 15 x<br />
15 mm: ~3 minutos<br />
L x P x A: 18x18x19 cm<br />
Peso: 3,5kg | 7,7 libras<br />
Televendas Biolab<br />
SP (11) 3522-8122<br />
suporte@biolabbrasil.com.br<br />
Siga nossas redes sociais e fique ligado em<br />
todas as novidades.<br />
www.youtube.com/BiolabBrasil<br />
www.instagram.com/biolabbrasil/<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
283
INFORME DE MERCADO<br />
NEXCOPE - MICROSCÓPIOS INTELIGENTES.<br />
A NEXCOPE, tradicional fabricante<br />
consolidada no mercado asiático,<br />
agora chegou ao Brasil e traz<br />
para você uma linha completa de<br />
microscópios inteligentes para<br />
aplicações clínicas e pesquisa<br />
cientifica. Integrando design ótico<br />
de alta qualidade e com tecnologia<br />
moderna, fornecemos uma ampla<br />
gama de instrumentos óticos e<br />
acessórios de alta qualidade.<br />
O NEXCOPE NE620 foi<br />
especialmente projetado para<br />
atender várias necessidades de<br />
observação microscópica, como<br />
laboratórios biológicos e ensino<br />
de microscopia. Possui excelente<br />
qualidade óptica, amplo campo<br />
de visão, excelente desempenho<br />
da lente objetiva, proporcionando<br />
imagens nítidas e confiáveis. O<br />
design ergonômico proporciona<br />
melhor conforto e experiência dos<br />
usuários, já que foi pensado nos<br />
mínimos detalhes para otimizar<br />
o desempenho. Com seu design<br />
modular é possível realizar várias<br />
técnicas de microscopia, como;<br />
campo claro, campo escuro,<br />
contraste de fase e fluorescência.<br />
LENTES<br />
As lentes planacromáticas garantem<br />
um campo de visão plano. A lente de<br />
40x tem uma distância de trabalho<br />
maior que as convencionais com<br />
1,5 mm, evitando o contato com<br />
fluidos e imersão. Opcionalmente,<br />
uma lente de 100x projetada para<br />
imersão em água (NA: 1,10) pode ser<br />
incluída. O revólver é codificado e<br />
conta com cinco posições.<br />
OCULARES<br />
As oculares têm um campo de<br />
visão de 22 mm, trazendo mais<br />
informação e eficiência nas leituras<br />
de lâmina.<br />
ILUMINAÇÃO<br />
O poderoso LED de 3 W tem um<br />
brilho ajustável para cada lente<br />
e fornece a melhor iluminação<br />
possível.<br />
MECÂNICA<br />
Platina com limite de altura ajuda<br />
a evitar a quebra de lâminas.<br />
Manípulo longo, proporcionando<br />
maior conforto e ergonomia para<br />
os usuários que passam horas em<br />
frente ao microscópio.<br />
FUNÇÕES INTELIGENTES<br />
Display em LCD com as seguintes<br />
funções: Identificação automática<br />
das objetivas e controle automático<br />
de brilho para cada objetiva. Função<br />
SLEEP/STANDBY que desliga a luz,<br />
economizando energia e vida útil<br />
da lâmpada, Função ECO ajusta o<br />
tempo de desligamento automático<br />
do microscópio quando fora de uso.<br />
284 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
LABORATÓRIO SODRÉ TEM NOVO DIRETOR EXECUTIVO<br />
INFORME DE MERCADO<br />
O Laboratório Sodré anuncia a<br />
chegada do novo diretor executivo,<br />
Marcus Henrique Muradas Nunes.<br />
Marcus tem 20 anos de experiência<br />
no Mercado da Saúde, atuou em<br />
operadoras, hospitais e medicina<br />
diagnóstica.<br />
Sempre em busca de inovação e<br />
sinergias para as operações desenvolveu<br />
trabalhos em expansão e<br />
verticalização de operações de SATD<br />
(Serviços Laboratoriais, Banco de<br />
Sangue e Imagem) e Oncologia, além<br />
do desenvolvimento de novas oportunidades<br />
nas áreas assistenciais.<br />
Somando a sua expertise e visão de<br />
mercado, Marcus chega para somar<br />
no time do Laboratório Sodré.<br />
“Estou muito feliz em fazer parte do<br />
time do Sodré, uma empresa que<br />
está há 40 anos no mercado, é líder<br />
no segmento toxicológico e tem<br />
uma estrutura fantástica. Quero<br />
agradecer a receptividade de todos<br />
os colaboradores e em especial<br />
dos mais de 2.000 credenciados.<br />
Contem com o meu apoio e minha<br />
dedicação para continuarmos o<br />
trabalho excelente que o Sodré realiza”,<br />
destaca, Marcus.<br />
“Marcus possui sólida carreira nas<br />
áreas de diagnóstico, hospitais<br />
e operadoras, sua passagem por<br />
empresas renomadas da área de<br />
saúde vem para contribuir com<br />
o modelo de negócios do Sodré,<br />
estamos em plena expansão dos<br />
nossos negócios e a sua chegada<br />
vem para agregar o nosso time já<br />
muito bem estruturado. Ciclos se<br />
encerram para que novos possam<br />
começar. Que Deus abençoe a<br />
nossa nova diretoria. Temos muito<br />
trabalho pela frente. Obrigado<br />
Marcus por aceitar o nosso convite”.<br />
Completa, Claudio Sodré, Presidente<br />
do Sodré Toxicológico.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
285
INFORME DE MERCADO<br />
QUALIDADE E EXCELÊNCIA EM HEMATOLOGIA COM OS<br />
ANALISADORES DA SÉRIE XN-L<br />
Se você está procurando atualizar<br />
a sua plataforma analítica ou substituir<br />
o seu analisador hematológico<br />
por uma solução compacta,<br />
capaz de fornecer Parâmetros<br />
Clínicos Avançados, como RET-He<br />
(conteúdo de hemoglobina nos<br />
reticulócitos) e IRF (fração imatura<br />
de reticulócitos), a Série XN-L é a<br />
escolha perfeita.<br />
A Sysmex desenvolveu a Série<br />
XN-L com o objetivo de otimizar,<br />
padronizar e facilitar a rotina de<br />
laboratórios de médio e pequeno<br />
volume. São três modelos disponíveis<br />
de analisadores hematológicos<br />
automatizados com<br />
diferencial de 6 partes: XN-350,<br />
XN-450 e XN-550.<br />
Eles possibilitam uma análise<br />
confiável e eficiente de amostras<br />
de sangue e de outros líquidos<br />
biológicos, como líquor e líquidos<br />
serosos, trazendo mais agilidade<br />
para a rotina do seu laboratório<br />
e melhorando a qualidade do<br />
resultado para o paciente.<br />
Ao fazer uso da comprovada tecnologia<br />
de citometria de fluxo<br />
fluorescente, os analisadores da<br />
Sysmex são capazes de contar,<br />
analisar e diferenciar com precisão<br />
as populações de células presentes<br />
no sangue, incluindo o IG (granulócitos<br />
imaturos), e de diferenciar a<br />
população de leucócitos em células<br />
mononucleares e polimorfonucleares<br />
ao analisar outros líquidos<br />
biológicos.<br />
Essa capacidade de diferenciar<br />
células é essencial para auxiliar<br />
no diagnóstico e no monitoramento<br />
de uma ampla variedade<br />
de condições clínicas.<br />
Além disso, o analisador XN-550<br />
possui as funções Rerun e Reflex,<br />
que servem para investigar resultados<br />
anormais ou inesperados<br />
de forma automática. Nestes<br />
casos, as amostras de sangue<br />
são submetidas a um novo ciclo<br />
de análise de acordo com os critérios<br />
de cada laboratório para<br />
contribuir com maior precisão<br />
dos resultados ou gerar mais<br />
informação clínica relevante.<br />
Para obter mais informações<br />
sobre a Série XN-L basta escanear<br />
o QR Code abaixo ou visitar o site:<br />
sysmex-latam.com/hematologia.<br />
Aqui, na Sysmex, nós continuamos<br />
liderando o caminho da inovação<br />
e excelência em hematologia, e<br />
estamos ansiosos para compartilhar<br />
todas as informações necessárias<br />
para que você possa tomar<br />
decisões clínicas embasadas e<br />
oferecer resultados de qualidade<br />
para os seus pacientes.<br />
286 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
SISTEMAS CLÍNICOS DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA MEDICA®<br />
Garantimos que os seus sistemas de purificação de água são mantidos em funcionamento<br />
24 horas por dia, 7 dias por semana.<br />
MEDICA: sistemas de purificação de<br />
água clínicos confiáveis e eficientes<br />
Se você precisa garantir que seu<br />
laboratório clínico esteja funcionando<br />
com capacidade total sem<br />
interrupção, você precisa de água<br />
pura 24 horas por dia, 7 dias por<br />
semana. Um fornecimento consistente<br />
e confiável de água pura compatível<br />
não é apenas necessário,<br />
mas crítico para alcançar resultados<br />
precisos e reprodutíveis.<br />
Trabalhando em colaboração com<br />
as principais empresas de diagnóstico<br />
clínico, projetamos nossa linha<br />
inigualável de sistemas de purificação<br />
de água clínica MEDICA. As tecnologias<br />
utilizadas produzem água<br />
de acordo com o padrão CLRW (Clinical<br />
Laboratory Reagent Water), o<br />
que permite prever custos operacionais<br />
e consumíveis.<br />
Conheça a nossa gama de produtos<br />
da linha Medica:<br />
MEDICA-R/D7/15<br />
Os equipamentos MEDICA-R/<br />
D7/15 são sistemas compactos<br />
que distribuem até 1,8 l/minuto<br />
de água pura CLRW para alimentação<br />
direta de analisadores clínicos.<br />
Sua tecnologia inovadora,<br />
aliada à excepcional qualidade dos<br />
materiais utilizados, torna o equipamento<br />
MEDICA-R/D7/15 uma<br />
opção eficiente e econômica.<br />
Desenho compacto: é o equipamento<br />
disponível no mercado que<br />
requer menor espaço de implantação.<br />
Reservatório de água (opcional)<br />
permite a fixação do equipamento<br />
em prateleira ou parede.<br />
Os equipamentos da linha MEDICA-D<br />
incorporam uma membrana desgaseificadora<br />
que permite a redução do<br />
oxigênio dissolvido, necessária para<br />
alguns modelos de analisadores.<br />
A produtividade do sistema é<br />
garantida devido ao software de<br />
monitoramento, manutenções simples<br />
e bypass de emergência.<br />
Eliminação de bactérias é garantida<br />
através das tecnologias utilizadas<br />
e do procedimento de desinfecção<br />
de fácil aplicação.<br />
Possui sistema de recirculação para<br />
garantir sempre a qualidade da<br />
água pura pronta para uso.<br />
MEDICA Pro-S/R/RE<br />
288 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Os equipamentos da linha MEDI-<br />
CA Pro foram especificamente<br />
projetados para produzir grandes<br />
volumes de água de alta qualidade<br />
para alimentar analisadores de<br />
diagnóstico clínico individuais ou<br />
múltiplos. Os sistemas MEDICA Pro<br />
Eliminação bacteriana garantida:<br />
as tecnologias de UV, microfiltração<br />
e recirculação, juntamente<br />
com o sistema de desinfecção,<br />
mantêm a contaminação bacteriana<br />
abaixo de 1 CFU/ml.<br />
clínicos localizados em diferentes<br />
locais do laboratório. Devido<br />
à integração do tanque e dos sistemas<br />
de purificação de água na<br />
mesma unidade, o MEDICA R-200<br />
é um equipamento econômico, de<br />
fácil instalação e manutenção.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
fornecem um fluxo de distribuição<br />
de até 4 l/minuto de água CLRW,<br />
podendo escolher entre capacidades<br />
de produção de 30, 60 ou 120<br />
Capacidade de produção expansível:<br />
Sistema pode ser alterado de 30<br />
l/h a 120 l/h de vazão, com fluxo de<br />
distribuição de 2 l/min a 4 l/min, se<br />
Garantia de produção: até 200 l/h de<br />
produção de água pura, com fluxo<br />
de distribuições de até 21 l/minuto.<br />
l/h, dependendo das necessidades<br />
de abastecimento do analisador. O<br />
equipamento MEDICA Pro é compacto<br />
e incorpora todas as tecnologias<br />
necessárias para a purificação<br />
da água e um tanque de<br />
50 litros incorporado ao equipamento,<br />
para economizar dinheiro<br />
e facilitar a instalação.<br />
necessário para ajustar às demandas<br />
futuras do laboratório.<br />
MEDICA-R 200<br />
Com seu premiado design inovador,<br />
a unidade MEDICA-R 200<br />
incorpora um sistema de produção<br />
de água de alto fluxo, um tanque<br />
de armazenamento de 350<br />
litros e uma bomba de distribui-<br />
Eliminação garantida de bactérias:<br />
as tecnologias de purificação,<br />
juntamente com o sistema de fácil<br />
desinfecção, garantem a produção<br />
de água CLRW com contaminação<br />
bacteriana inferior a 10 CFU/ml.<br />
Design compacto, o que facilita sua<br />
localização e instalação.<br />
Economia de espaço – O design compacto<br />
facilita a instalação sob a bancada<br />
e permite uma rápida realocação à<br />
medida que o laboratório cresce.<br />
ção. Ele foi projetado para fornecer<br />
até 21 L/minuto de água grau<br />
CLRW para vários analisadores<br />
Fácil manuseio e controle: incorpora<br />
software de visualização e<br />
monitoramento remoto que facilita<br />
o gerenciamento da operação do<br />
equipamento.<br />
Solução econômica: otimiza custos<br />
graças à tecnologia de purificação<br />
e ao uso opcional de um cartucho<br />
que permite a redução de CO2<br />
Entre em nosso site para mais<br />
informações:<br />
www.veoliawatertechnologies.com/<br />
latam/pt/<br />
dependendo da qualidade da água<br />
de alimentação.<br />
Produtividade garantida: incorpora<br />
software de monitoramento com<br />
bypass de emergência para operação<br />
ininterrupta 24 horas por dia, 7<br />
dias por semana.<br />
Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />
Rafaela Rodrigues<br />
Tel.+55 11 97675 0943<br />
rafaela.rodrigues@veolia.com<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
289
INFORME DE MERCADO<br />
QUOKKA SAÚDE ANIMAL: CONHEÇA A NOVA<br />
EMPRESA DO GRUPO ONMNIA<br />
A Quokka Saúde Animal é a mais<br />
nova empresa do grupo ONmnia<br />
(composto pelas empresas<br />
GT Group, Vida Biotecnologia e<br />
Renylab), que há anos vem se destacando<br />
no mercado de saúde de<br />
diagnóstico in vitro. Agora, o grupo<br />
se lança no universo vet com a mesma<br />
paixão e comprometimento,<br />
trazendo ao mercado veterinário<br />
uma ampla gama de soluções para<br />
garantir o bem-estar e a felicidade<br />
dos seus animais de estimação.<br />
Na Quokka, acreditamos que cada<br />
pet é um membro especial da família,<br />
e é por isso que nossa missão<br />
é oferecer serviços e produtos de<br />
qualidade que promovam um melhor<br />
atendimento para as clínicas,<br />
hospitais e laboratórios veterinários.<br />
Sabemos que animais saudáveis<br />
são animais mais felizes, e é a<br />
esse propósito que dedicamos nossos<br />
esforços diários.<br />
A Quokka chega no Brasil oferecendo<br />
uma ampla gama de soluções,<br />
incluindo linhas de hematologia,<br />
bioquímica, gasometria, coagulação,<br />
urianálise, coleta, reagentes,<br />
infusão, microbiologia e EPI.<br />
A nova empresa do grupo ONmnia<br />
fez sua estreia no maior evento de<br />
medicina veterinária da América<br />
Latina, a PET VET EXPO. Lá tivemos<br />
a oportunidade de mostrar uma<br />
parte do nosso portifólio como,<br />
por exemplo, os equipamentos<br />
analisadores automáticos hematológicos<br />
de 3 partes e 5 partes, o<br />
QK BCC3900 VET e o QK COUNT 510<br />
VET, respectivamente.<br />
Nos siga nas redes sociais e fique<br />
por dentro dos próximos<br />
eventos em que estaremos. Assim<br />
você poderá aproveitar a<br />
oportunidade para conhecer de<br />
perto as soluções Quokka Saúde<br />
Animal e das demais empresas<br />
do grupo ONmnia!<br />
Instagram e Facebook: @quokkavet<br />
LinkedIn: Quokka Vet<br />
290 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
DAILYTECH PROPÕE INOVAÇÕES E PARCERIAS SÓLIDAS<br />
VISANDO A OTIMIZAÇÃO DA EXCELÊNCIA DO DIAGNÓSTICO<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A DAILYTECH surge no cenário<br />
nacional como provedor de soluções<br />
com a experiência de mais de<br />
uma década, sendo um dos principais<br />
fornecedores no mercado de<br />
diagnóstico do país.<br />
Além da excelência reconhecida<br />
através de anos de parcerias sólidas<br />
com distribuidores comprometidos<br />
e com excelência em atendimento,<br />
sempre reputamos o pós-vendas<br />
como o nosso maior trunfo de nossa<br />
presença no Brasil, pois acreditamos<br />
no tripé, eficiência, qualidade<br />
garantida a partir de fornecedores<br />
internacionais fortes, aliados a<br />
qualidade dos produtos comercializados,<br />
tendo a força de vendas<br />
representada por uma rede de distribuidores<br />
nacionais sólida, comprometidos<br />
e capazes de suprir aos<br />
clientes com ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />
E ASSESSORIA CIENTÍFICA.<br />
O perfil da DAILYTECH apresenta<br />
um portfólio de soluções em equipamentos<br />
de grande produção,<br />
com preços competitivos e vantajosos,<br />
tanto para a rede de distribuição,<br />
quanto para o cliente final, proporcionando<br />
atendimento seguro,<br />
rápido e eficiente, com a plena certeza<br />
de que o usuário será atendido<br />
de maneira a proporcionar SEGU-<br />
RANÇA no diagnóstico e GARANTIA<br />
de que fez a melhor escolha.<br />
Os nossos distribuidores proporcionam<br />
tranquilidade aos laboratórios,<br />
entregando produtos,<br />
serviços, pós-venda com assistência<br />
técnica e assessoria científica,<br />
além de sermos um dos<br />
melhores e maiores provedores<br />
de enzimas do Brasil.<br />
Para maiores informações, nos contatem<br />
sem nenhum compromisso,<br />
Telefone 27. 3025.1415<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023<br />
291
INFORME DE MERCADO<br />
SUPERANDO OS DESAFIOS DA RDC 786/2023<br />
O mercado da saúde está passando<br />
por mudanças significativas com a<br />
entrada em vigor da nova Resolução<br />
de Diretoria Colegiada (RDC)<br />
786/2023 em 1º de agosto de 2023.<br />
Esta resolução tem causado um impacto<br />
considerável nos donos de laboratórios<br />
de análises clínicas, que<br />
agora enfrentam a concorrência<br />
das farmácias. A preocupação é palpável,<br />
pois essa mudança altera o<br />
cenário tradicional de prestação de<br />
serviços de saúde. Neste artigo, exploraremos<br />
as razões pelas quais os<br />
donos de laboratórios estão apreensivos<br />
e ofereceremos sugestões<br />
sobre como superar esses desafios.<br />
Concorrência das Farmácias<br />
A nova RDC 786/2023 permite que<br />
as farmácias ofereçam testes rápidos<br />
para triagem, antes limitados<br />
aos laboratórios de análises clínicas.<br />
Isso levanta preocupações entre os<br />
proprietários de laboratórios, que<br />
temem que as farmácias atraiam<br />
uma parcela significativa de seus<br />
clientes. No entanto, é importante<br />
notar que a concorrência não deve<br />
ser temida, mas sim encarada como<br />
um incentivo para a inovação e a<br />
melhoria dos serviços oferecidos.<br />
Investindo em Marketing de Conteúdo<br />
para Esclarecimento<br />
Uma estratégia eficaz para enfrentar<br />
a concorrência é investir em marketing<br />
de conteúdo. Os donos de laboratórios<br />
podem aproveitar essa<br />
abordagem para educar o público<br />
sobre as diferenças cruciais entre os<br />
exames realizados em laboratórios<br />
de análises clínicas e os testes rápidos<br />
oferecidos nas farmácias. É fundamental<br />
esclarecer que os exames<br />
laboratoriais são mais precisos e<br />
adequados para diagnósticos complexos,<br />
enquanto os testes rápidos<br />
em farmácias são mais apropriados<br />
para triagem inicial.<br />
Ao criar conteúdo informativo, os<br />
laboratórios podem destacar sua<br />
experiência, equipamentos de última<br />
geração e equipe qualificada,<br />
ressaltando como esses fatores<br />
contribuem para a precisão dos resultados.<br />
Esse esclarecimento ajudará<br />
a construir confiança entre os<br />
pacientes e a fortalecer a reputação<br />
dos laboratórios.<br />
Enfatizando Exames de Medicina<br />
Personalizada<br />
Outra estratégia valiosa é promover<br />
exames de medicina personalizada.<br />
Esses exames não<br />
apenas demonstram a autoridade<br />
do laboratório, mas também<br />
oferecem um ticket médio mais<br />
alto, o que pode aumentar a receita.<br />
Os donos de laboratórios<br />
podem destacar a capacidade<br />
de personalizar os exames de<br />
acordo com as necessidades de<br />
cada paciente, enfatizando a importância<br />
de resultados precisos<br />
para tratamentos específicos.<br />
Essa abordagem não apenas diferencia<br />
os laboratórios das farmácias,<br />
mas também reforça a importância<br />
da qualidade sobre a rapidez. A<br />
medicina personalizada é uma tendência<br />
crescente, e os laboratórios<br />
que conseguirem capitalizar essa<br />
demanda estarão em uma posição<br />
mais forte no mercado.<br />
Conclusão<br />
Em face das mudanças trazidas pela<br />
RDC 786/2023 e da concorrência<br />
das farmácias, os donos de laboratórios<br />
de análises clínicas precisam<br />
adotar uma abordagem estratégica<br />
para superar os desafios. Investir em<br />
marketing de conteúdo para esclarecer<br />
as diferenças entre os serviços<br />
oferecidos pelos laboratórios e pelas<br />
farmácias é essencial para construir<br />
confiança e educar o público. Além<br />
disso, destacar exames de medicina<br />
personalizada não só fortalece a reputação<br />
dos laboratórios, mas também<br />
aumenta a receita.<br />
Em vez de temer a concorrência,<br />
os laboratórios devem vê-la como<br />
uma oportunidade para inovar e<br />
melhorar seus serviços. A chave<br />
para o sucesso é a adaptação inteligente<br />
às mudanças do mercado,<br />
mantendo o foco na qualidade, precisão<br />
e atendimento ao cliente.<br />
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292 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
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KIT PCR EM TEMPO REAL PARA AVALIAÇÃO DA<br />
COMPOSIÇÃO DO MICROBIOMA FEMININO FEMOFLOR<br />
• Avaliação da Composição do<br />
Microbioma Feminino<br />
• Condução adequada de tratamento<br />
para alta frequência de ureaplasma<br />
e mycoplasma<br />
• Painel IST (Infecção Sexualmente<br />
Transmissível)<br />
• Teste Quantitativo para Patógenos<br />
e Microflora<br />
• Avaliação da Composição do<br />
Microbioma Feminino<br />
Por que precisamos realizar testes<br />
para infecções sexuais?<br />
Uma das principais razões pelas<br />
quais as mulheres procuram orientação<br />
médica são as queixas de<br />
coceiras indelicadas, sensação<br />
de queimação e corrimento. Na<br />
maioria dos casos, esses sintomas<br />
desagradáveis são devidos a uma<br />
condição disbiótica, ou seja, um<br />
distúrbio nas proporções qualitativas<br />
e quantitativas da microflora<br />
normal (lacto bactérias) e oportunista<br />
(microorganismos apresentados<br />
em baixas quantidades em<br />
condições saudáveis). Os métodos<br />
convencionais (microscopia, bacteriologia,<br />
diagnóstico por PCR convencional)<br />
disponíveis para profissionais<br />
não permitem diagnósticos<br />
imediatos e genuínos de tais condições,<br />
reduzindo a qualidade de vida<br />
da mulher, afetando adversamente<br />
o curso da gravidez, aumentando<br />
o risco de infecção intrauterina no<br />
feto, parto prematuro, sintomas<br />
que podem afetar a fertilidade e<br />
outros problemas reprodutivos.<br />
Verdadeiro avanço no diagnóstico de<br />
doenças infecciosas e inflamatórios<br />
foi alcançado com os testes Femoflor®<br />
que fornecem prontamente<br />
aos especialistas um padrão real da<br />
microflora no trato genital feminino.<br />
Femoflor® é um teste baseado em<br />
PCR em Tempo Real, que consiste<br />
em uma técnica mais precisa e rápida<br />
quando comparada a métodos convencionais<br />
destinados à identificação<br />
de patógenos IST.<br />
Para quem este teste é recomendado?<br />
Mulheres com sintomas inflamatórios<br />
(coceira, sensação de queimação,<br />
corrimento anormal), planejamento<br />
da gravidez ou intervenções<br />
ginecológicas, infertilidade, em<br />
frequentes mudanças de parceiros,<br />
exames preventivos, exames periódicos<br />
de saúde, mesmo na ausência<br />
de queixas e para todas que se preocupam<br />
com a sua saúde.<br />
Em que os testes Femoflor®<br />
podem ajudar?<br />
O diagnóstico rápido e informativo<br />
permite ao médico encontrar<br />
estratégias precisas de tratamento,<br />
selecionar táticas de tratamento<br />
individual em uma visita, evitando<br />
tratamento insuficiente/excessivo,<br />
ou seja, promover a saúde reprodutiva<br />
e bem-estar do paciente.<br />
Como se preparar para a coleta?<br />
Para obter um resultado correto do<br />
teste Femoflor®, não realize duchas<br />
vaginais ou lavagens genitais profundas,<br />
use drogas (agentes bactericidas,<br />
probióticos) e abstenha-se de atividade<br />
sexual antes da visita ao médico.<br />
Para maiores informações favor contatar<br />
o seu médico ou laboratório.<br />
Como selecionar um teste Femoflor®<br />
adequado?<br />
Dependendo da situação clínica e<br />
dos objetivos da avaliação, o médico<br />
pode prescrever Femoflor®Screen<br />
ou Femoflor®16.<br />
Femoflor®Screen é um complexo<br />
dos principais parâmetros da<br />
microflora. É indicado para verificação<br />
diagnóstica como primeiro<br />
teste em pacientes com queixas,<br />
em exames preventivos mesmo na<br />
ausência de queixas e controle da<br />
eficácia do tratamento.<br />
Femoflor®16 é uma caracterização<br />
detalhada da microflora. É recomendado<br />
para exame em pacientes<br />
com falha terapêutica, recidiva da<br />
doença, no planejamento da gravidez,<br />
em falhas reprodutivas e cirurgias<br />
de órgãos pélvicos. Para estudo<br />
integrado, um ensaio adicional para<br />
patógenos pode ser rescrito.<br />
Por que posso confiar no Femoflor®?<br />
A tecnologia de PCR é altamente<br />
confiável e preciso, para detectar<br />
a presença de material genético<br />
específico. Femoflor® é amplamente<br />
utilizado em laboratórios clínicos<br />
em todo o mundo e tem auxiliado<br />
mulheres que buscam um tratamento<br />
adequado. Nenhum outro<br />
teste é capaz de quantificar detalhadamente<br />
a microflora e benecifiar<br />
mulheres para uma terapia<br />
precisa, evitando tratamento insuficiente<br />
e excessivo.<br />
294 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023
Por que a triagem tradicional de<br />
IST não é suficiente?<br />
De acordo com os resultados do<br />
Projeto Internacional Microbio-<br />
80% das mulheres visitam um<br />
ginecologista não por procura<br />
de IST, mas sim para um aconselhamento<br />
médico, causado por<br />
Os testes de PCR comercializados<br />
pela Biomedica oferecem um diagnóstico<br />
preciso, alta sensibilidade,<br />
assertividade e rapidez.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
ma Vaginal Humano existem mais<br />
de mil tipos de microorganismos<br />
possíveis sintomas de desequilíbrio<br />
na microbiota. Portanto, o<br />
Entre em contato conosco e saiba mais.<br />
na biota vaginal de mulheres sau-<br />
objetivo do diagnóstico foi remo-<br />
dáveis - representantes da flora<br />
delado, é necessário não apenas<br />
normal e oportunista. Na maioria<br />
detectar os agentes causado-<br />
dos casos, a dominância dos lac-<br />
res de IST, mas também avaliar<br />
tobacilos é o principal critério de<br />
composição normal do microbioma<br />
em mulheres em idade reprodutiva.<br />
Estatisticamente, mais de<br />
a composição do microbioma.<br />
Somente o Femoflor® é capaz de<br />
diferenciar, quantificar patógenos<br />
e microflora oportunista.<br />
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ACCESS AMH ADVANCED: MESMA PERFORMANCE DO<br />
JÁ RENOMADO ACCESS AMH DA BECKMAN COULTER<br />
COM INDICAÇÃO DE USO ADICIONAL QUE AJUDA A<br />
ATENDER ÀS NECESSIDADES MÉDICAS.<br />
O hormônio Anti-Mülleriano (AMH)<br />
é uma glicoproteína que pertence<br />
à família beta do fator transformador<br />
de crescimento. O AMH, é um<br />
hormônio produzido pelas células<br />
do ovário, responsável por regular<br />
o desenvolvimento e o crescimento<br />
dos folículos (estruturas que contém<br />
o óvulo no seu interior).<br />
O uso do AMH auxilia os médicos a<br />
identificarem pacientes com baixa<br />
reserva ovariana e pacientes que apresentam<br />
uma resposta ovariana ruim.<br />
Além disso, o uso de AMH ajuda a diminuir<br />
o risco de hiperresposta durante<br />
a estimulação ovariana controlada.<br />
A Beckman Coulter, empresa inovadora,<br />
foi quem desenvolveu o primeiro<br />
ELISA, o Access AMH. O ensaio<br />
de AMH entrega resultados aos pacientes<br />
de forma rápida, por meio de<br />
exame automatizado. Apresenta resultados<br />
confiáveis, fornecidos pelo<br />
único imunoensaio automatizado<br />
de AMH a utilizar um antígeno recombinante<br />
humano e reduz os custos<br />
laboratoriais em 16% em relação<br />
aos exames manuais típicos para a<br />
avaliação da reserva ovariana.<br />
Nos últimos 20 anos, a Beckman<br />
Coulter tem sido líder em testes de<br />
AMH. O investimento contínuo em<br />
desenvolvimento faz parte de uma<br />
das missões da empresa em promover<br />
a saúde pública, para mulheres,<br />
homens e suas famílias.<br />
Como parte da inovação, uma atualização<br />
do teste de AMH foi lançada,<br />
o Access AMH Advanced. O Access<br />
AMH Advanced além de auxiliar na<br />
avaliação da reserva ovariana, auxilia<br />
na previsão de resposta ovariana<br />
ruim (≤4 oócitos recuperados) em<br />
mulheres que planejam se submeter<br />
a Controle de Estimulação Ovariana<br />
como parte do protocolo de<br />
fertilização in vitro e em combinação<br />
com o peso corporal, é utilizado<br />
para o estabelecimento da dose<br />
diária individual do FSH humano<br />
recombinante folitropina delta da<br />
Ferring, na estimulação ovariana<br />
controlada para o desenvolvimento<br />
de folículos múltiplos em mulheres<br />
submetidas a um programa de ART<br />
(Tecnologia Reprodutiva Assistida).<br />
Para saber mais acesse:<br />
www.beckmancoulter.com<br />
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