Revista Newslab edição 180
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Editorial<br />
revista<br />
Prezados leitores,<br />
À medida que nos aproximamos do final<br />
de mais um ano, é com imenso prazer que<br />
dedico este editorial a todos aqueles que<br />
se unem conosco a paixão pela medicina<br />
diagnóstica. O ano de 2023 foi um período<br />
de desafios iniciados e progressos notáveis<br />
em nossa busca para compreender e vencer,<br />
entre muitas coisas, as doenças que<br />
afetam a humanidade.<br />
A pandemia influenciou muito as nossas<br />
vidas, reforçando a importância dos diagnósticos<br />
e dos exames laboratoriais como<br />
nunca antes. A rápida evolução da ciência<br />
nos ajudou a entender, rastrear e combater<br />
a COVID-19, demonstrando o poder da<br />
inovação e da colaboração na saúde.<br />
A <strong>Revista</strong> NewsLab segue com o compromisso<br />
contínuo de trazer as últimas<br />
descobertas, tecnologias e abordagens<br />
para seus leitores, através de nossos anunciantes<br />
e articulistas. Em 2023, juntos, nós<br />
exploramos avanços na genômica, nas<br />
análises laboratoriais de alta precisão e<br />
na inteligência artificial aplicada à saúde.<br />
Sendo assim, a <strong>edição</strong> número <strong>180</strong> traz<br />
para vocês vários artigos com assuntos<br />
relevantes.<br />
Você sabe selecionar bem seus parceiros<br />
e fornecedores? Na coluna Auditoria e<br />
Qualidade, a Wal Nicioli fala sobre como<br />
selecionar os melhores profissionais. E<br />
neste momento, você tem em suas mãos<br />
reunido, tudo que há de melhor no mercado<br />
quando o assunto é produtos e serviços<br />
em análises clínicas.<br />
O Doutor Délio Ciriaco, escreveu um artigo<br />
sobre a volta da contribuição assistencial do<br />
empregado para o sindicato, e nos orienta<br />
como contribuir ou formalizar o direito a<br />
oposição.<br />
A equipe HemoFlow, autoras da coluna Citometria<br />
de Fluxo, ganhou mais uma colaboradora,<br />
a Fernanda Vitelli Lins e elas trouxeram<br />
para esta <strong>edição</strong> um artigo sobre Controles<br />
em Citometria de Fluxo.<br />
Na coluna LabNews, temos uma entrevista<br />
especial com o Dr. Nelson Gaburo - CEO da<br />
Sollutio Diagnósticos, conduzida pela nossa<br />
querida colunista Andreza Martins, para<br />
entendermos mais sobre Sexagem Fetal e,<br />
para deixar você ainda mais curioso sobre<br />
tudo que teremos aqui, a nossa especialista<br />
em análise de custos, Silvânia Ramalho, traz<br />
em sua coluna, um artigo brilhante sobre o<br />
desafio de manter os custos e a qualidade no<br />
seu laboratório.<br />
Enquanto nos despedimos deste ano, é<br />
crucial considerar o papel vital que os profissionais<br />
de laboratório desempenham em<br />
nossos sistemas de saúde. Eles são os heróis<br />
muitas vezes silenciosos que garantem<br />
diagnósticos precisos, ajudando a direcionar<br />
tratamentos eficazes e a melhorar a qualidade<br />
de vida. Continuaremos apoiando a<br />
pesquisa, a inovação e a educação em saúde.<br />
Cada um de nós pode fazer a diferença ao<br />
buscar cuidados de saúde preventivos e<br />
conscientes, incluindo a realização de exames<br />
de rotina e a compreensão de nossos<br />
próprios corpos.<br />
Luciene Almeida<br />
Editora Chefe<br />
Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />
Neste espírito, a equipe do Grupo FuturLab,<br />
deseja a todos os leitores, clientes e amigos,<br />
um Feliz Ano Novo repleto de saúde, progresso<br />
e realização. Continuaremos a ser seu guia<br />
confiável na jornada contínua para compreender<br />
e revolucionar a medicina diagnóstica.<br />
Com gratidão e determinação,<br />
Luciene Almeida<br />
Editora-Chefe, Grupo FuturLab.<br />
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />
acessem nossas redes sociais:<br />
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EXPEDIENTE<br />
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Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@futurlab.com.br<br />
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Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />
Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />
<strong>Newslab</strong> - Tel.: (11) 98357-9843<br />
www.newslab.com.br - david.kernbaum@futurlab.com.br<br />
ISSN 0104 - 8384<br />
2
Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
revista<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab<br />
publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />
casos educacionais, resumos de<br />
teses etc. Os editores levarão em consideração<br />
para publicação toda e qualquer<br />
contribuição que possua correlação<br />
com a medicina diagnóstica.<br />
Todas as contribuições serão revisadas<br />
e analisadas pelos revisores. Os autores<br />
deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular<br />
aqueles de natureza financeira<br />
relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos<br />
que estejam relacionados com a contribuição<br />
e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />
de compromisso assinado por todos<br />
os autores, atestando a originalidade<br />
do artigo, bem como a participação de<br />
todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em<br />
português, mas com Abstract detalhado<br />
em inglês. O Resumo e o Abstract<br />
deverão conter as palavras-chave e<br />
keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />
ser enviadas na forma original,<br />
para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />
pedimos que a resolução do escaneamento<br />
seja de 300 dpi’s, com extensão<br />
em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados<br />
e enviados por e-mail, ordenados em<br />
título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição onde<br />
o estudo foi realizado. Além disso, o<br />
nome do autor correspondente, com<br />
endereço completo fone/fax e e-mail<br />
também deverão constar. Seguidos<br />
por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />
e Métodos, Parte Experimental,<br />
Resultados e Discussão, Conclusão)<br />
agradecimentos, referências bibliográficas,<br />
tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto<br />
com o sobrenome do devido autor,<br />
seguido pelo ano da publicação, segundo<br />
norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada<br />
referência citadas no texto devem vir<br />
listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela<br />
sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />
dos prenomes. Título: subtítulo do artigo.<br />
Título do livro/periódico, volume,<br />
fascículo, página inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências.<br />
Referências de contribuições ainda não<br />
publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados para:<br />
Luciene Almeida – Redação<br />
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vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />
REDAÇÃO: Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81<br />
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Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país.<br />
Os artigos e informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong>.<br />
Filiado à:<br />
4<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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Índice remissivo de<br />
anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
revista<br />
Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />
ACADEMIA DAS ANÁLISES CLÍNICAS 175<br />
ALFA PLAST 79<br />
ALTONA 123<br />
APPARAT 115 | 183<br />
BECKMAN COULTER DIV DIAGNÓSTICA 53<br />
BIOCON 147<br />
BIOMEDICA 09<br />
BUNZL 88-89 | 143<br />
CELLAVISION 95<br />
DATA INNOVATIONS 165<br />
DB<br />
4ª CAPA<br />
DIAGAM 29<br />
DIAGNO 179<br />
DYMIND 121<br />
EBRAM 24-25<br />
EDAN INSTRUMENTS 107<br />
EUROIMMUN 60<br />
FIRSTLAB 151<br />
GREINER 83<br />
GRIFOLS 05 | 07<br />
GRUPO PRIME<br />
3ª CAPA<br />
GT GROUP 17<br />
GUTHRIE LABORATÓRIO 76-77<br />
HAMILTON 93<br />
HERMES PARDINI 14-15<br />
HIMEDIA LABORATORIES 73<br />
HORIBA 2ª CAPA | 185<br />
IBMP 85<br />
INVITRO 153<br />
LAB MASTELLINI 46-47<br />
LAB REDE 169<br />
LABOR LINE 62-63<br />
LIFOTRONIC 11<br />
LOCCUS 111<br />
MEDIX 167<br />
MGI AMÉRICA 32<br />
MINDRAY 71<br />
MP BIOMEDICALS 171<br />
NEOLAB BY NEOCOMPANY CAPA | 65<br />
NEXCOPE 163<br />
NIHON KOHDEN 56-57 | 161<br />
OHC -OSANG HEALTH CARE 145<br />
PERFECTA 103<br />
PLASTLABOR 03<br />
PNCQ 119<br />
QUALLYX 43<br />
RENYLAB 139<br />
SARSTEDT 127<br />
SCS MEDICINA DIAGNÓSTICA 157<br />
SNIBE 39<br />
SOLLUTIO DIAGNÓSTICOS 20-21<br />
SYSMEX DO BRASIL 131<br />
TBS BINDING SITE 98-99<br />
TPP TECHNO PLASTICS PRODUCTS 133<br />
VEOLIA 149<br />
VIDA BIOTECNOLOGIA 49<br />
ZYBIO 81<br />
ZYMO RESEARCH 137<br />
SBAC 173<br />
Conselho Editorial<br />
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa<br />
da Universidade de São Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da<br />
Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela<br />
USP/SP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério<br />
– Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto<br />
de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de<br />
Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
Allyne Cristina Grando; Franciele da Rosa Sonemann; Humberto Façanha; Fábia Bezerra; Gleiciere Maia Silva; Jorge Luiz Silva Araújo-Filho; Brunno Câmara; Helena Varela de Araújo; Rafaele Loureiro; Bruna Garcia; Fabiano de<br />
Abreu Agrela Rodrigues; Délio J. Ciriaco de Oliveira; Anna Clara do Nascimento Jesus; Luiza de Souza Fernandes; Victória Oliveira Gonzaga; Daniela Santos Silva; Járede da Silva Lopes; Bianca Victoria Trevizã da Cunha Ferreira<br />
Silvério; Pâmela Caroline Costa Pereira; Alessandra Alves de Souza Abou Hamia; Waldirene Nicioli; Silvânia Ramalho; Andressa Fehlberg; Rachel Siqueira de Queiroz Simões; Joelma Lessa da Silva; Juliana Yuri; Juliana Gomes;<br />
Paulo Mafra; Bruna Massa Barbosa de Andrade; Marina Raposo Neves Baptista; Mirella Portella Serafini; Álvaro Nunes de Morais; Gabriel Valença de Siqueira Borges; Júlia Domingues Marinho.<br />
6<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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BR-PLMD-2300004<br />
© 2023 Grifols S.A. All rights reserved worldwide
ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
65<br />
Neolab<br />
lança a última geração da<br />
marca Neovaccumi<br />
10 - Agenda<br />
60 - Publieditorial I - Euroimmun<br />
62 - Publieditorial II - Laborline<br />
64 - Neurociência em Foco<br />
70 - Lab News<br />
82 - Análises Clínicas<br />
86 - Auditoria e Qualidade<br />
90 - Papo de bancada<br />
92 - Tecnologia e Saúde<br />
100 - Direito e Saúde<br />
104 - Medicina Genômica<br />
110 - Virologia<br />
124 - Blog dos Cientistas<br />
128 - Diagnóstico por imagem<br />
130 - Minuto Laboratório<br />
136 - Entrevista - Thiago Favano MiNK Therapeutics<br />
140 - OFAC Brasil<br />
144 - Epidemiologia<br />
152 - Hematologia<br />
154 - Auditoria Interna<br />
158 - Biossegurança I<br />
162 - Biossegurança II<br />
166 - Citometria de Fluxo<br />
172 - Logística Laboratorial<br />
174 - Informes de Mercado<br />
12<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
INFECÇÃO POR HTLV: UMA<br />
REVISÃO DA LITERATURA<br />
26<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
INTERPRETAÇÃO CLÍNICO-<br />
LABORATORIAL<br />
DOS CRISTAIS DA MORTE<br />
E OUTRAS ALTERAÇÕES<br />
QUALITATIVAS LEUCOCITÁRIAS<br />
42<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
VACINAÇÃO INFANTIL<br />
54<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
COLEÇÃO: GESTÃO ECONÔMICA<br />
DE VANGUARDA PARA<br />
LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />
Autores: Thais Alves dos Santos,<br />
Allyne Cristina Grando.<br />
Autores: Lumara Vitória Melatti,<br />
Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />
Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />
Autores: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela<br />
da Silva, Lívia Custódio Gonçalves, Daniela Santos<br />
Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />
Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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AGENDA<br />
AGENDA<br />
de eventos 2023<br />
SEMANA DA ONCOLOGIA NO RIO DE JANEIRO:<br />
XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ONCOLOGIA CLÍNICA<br />
Data: 16 a 18 de novembro de 2023<br />
Local: Windsor Oceanico – Barra da Tijuca – RJ<br />
Inscrições: https://www.congressosboc.com.br/<br />
XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE RADIOTERAPIA<br />
Data: 16 a 18 de novembro de 2023<br />
Local: Windsor Oceanico – Barra da Tijuca – RJ<br />
Inscrições: https://www.congressosbrt.com.br/<br />
XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA ONCOLÓGICA<br />
Data: 16 a 18 de novembro de 2023<br />
Local: Windsor Oceanico – Barra da Tijuca – RJ<br />
Inscrições: https://www.congressosbco.com.br/<br />
L CONGRESSO BRASILEIRO DE ALERGIA E IMUNOLOGIA<br />
Data: 17 a 20 de novembro de 2023<br />
Local: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso - Maceió - AL<br />
Inscrições: https://congressoalergia2023.com.br/alergia2023<br />
10<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
INFECÇÃO POR HTLV:<br />
UMA REVISÃO DA LITERATURA<br />
HTLV INFECTION: A REVIEW OF THE LITERATURE<br />
Autores:<br />
Thais Alves dos Santos1<br />
Allyne Cristina Grando1<br />
1 - Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, RS, Brasil<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
O Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) foi<br />
o primeiro retrovírus descoberto na década de 1980.<br />
Existem dois tipos mais conhecidos do vírus, o HTLV I e<br />
o HTLV II. Ambos os vírus são semelhantes, mas estão<br />
associados a diferentes doenças. Sabe-se que o HTLV I,<br />
o mais comum, está fortemente associado com doenças<br />
neurodegenerativas, sendo a mais conhecida a PET/MAH<br />
- Paraparesia Espástica Tropical e a Mielopatia. O HTLV<br />
II já foi relacionado com a leucemia de células pilosas;<br />
porém, pouco se sabe quais outras doenças este tipo<br />
pode ocasionar. Epidemiologicamente, sabe-se que esse<br />
retrovírus é endêmico em regiões como sudeste do Japão,<br />
Caribe, África, América Central e do Sul e Ilhas Melanésia. No<br />
Brasil, a doença é considerada endêmica, pois se acredita<br />
que no país encontra-se o maior número de indivíduos<br />
contaminados, sendo aproximadamente 2,5 milhões de<br />
pessoas. Dados ainda comprovam que o vírus afeta, em sua<br />
maioria, mulheres com idade em média de 40 anos. Isto se<br />
torna um problema, já que os exames para detecção do vírus<br />
não fazem parte do pré-natal e sua transmissão através do<br />
aleitamento materno é considerada elevada. Este trabalho<br />
teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre<br />
a prevalência do HTLV no Brasil e ressaltar a importância de<br />
prevenção, controle da epidemiologia e profilaxia.<br />
Palavras-chaves: HTLV, prevalência, epidemiologia.<br />
Abstract<br />
The human T-lymphotropic vírus (HTLV) was the first<br />
retrovirus discovered in the 80s. There are two known<br />
types of the virus, the HTLV I and HTLV II both viruses are<br />
very similar but are associated with different diseases. It<br />
is known that HTLV I is the most common, it is strongly<br />
associated with neurodegenerative diseases, the best<br />
known being TSP/HAM - Tropical Spastic Paraparesis and<br />
Myelopathy. HTLV II has already been linked to hairy cell<br />
leukemia, but little is known about what other diseases<br />
this type can cause. Epidemiologically it is known that this<br />
retrovirus is endemic in regions such as Southeast Japan,<br />
the Caribbean, Africa, Central and South America and the<br />
Melanesian Islands. In Brazil, the disease is considered<br />
endemic because it is believed that the country is home<br />
to the largest number of contaminated individuals, with<br />
approximately 2.5 million people. Data also confirm that<br />
the virus affects mostly women aged 40 years and over,<br />
which turns out to be a problem since tests for the virus<br />
detection aren’t part of the prenatal and transmission<br />
through breastfeeding is high. The objective of this study<br />
was to conduct a literature review on the prevalence<br />
of HTLV in Brazil and to emphasize the importance of<br />
prevention, control of epidemiology and prophylaxis.<br />
Keywords: HTLV, prevalence, epidemiology.<br />
12 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Introdução<br />
O Vírus Linfotrópico de Células<br />
T Humanas (HTLV) pertence à<br />
dores musculares, permanecem<br />
um longo período expostos à<br />
infecção antes da manifestação<br />
Metodologia<br />
Para a realização do presente<br />
trabalho de revisão de literatura<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
família Retroviridae, que para-<br />
(5)<br />
. Não há tratamento específico<br />
foram realizadas pesquisas de<br />
sita determinadas células do<br />
para o vírus (6) . Sendo o trata-<br />
artigos científicos nas platafor-<br />
sistema imunológico huma-<br />
mento realizado é para se evitar<br />
mas Scielo, PubMed e FioCruz<br />
no, chamadas de linfócitos T,<br />
ou retardar doenças associadas<br />
nos idiomas português e inglês.<br />
sendo classificados em dois<br />
( 7) . A prevenção do HTLV dá-se<br />
Foram utilizados os seguintes<br />
grupos: HTLV l e HTLV ll. Apesar<br />
através do uso de preservativo<br />
descritores: Vírus Linfotrópico<br />
de serem semelhantes, esses<br />
masculino ou feminino em todas<br />
de Células T Humanas (HTLV),<br />
vírus comportam-se de forma<br />
as relações sexuais, não compar-<br />
Prevalência e Gestantes.<br />
diferente<br />
(1)<br />
. Recentemente,<br />
tilhar seringas, agulhas ou outro<br />
dois novos tipos do vírus foram<br />
objeto cortante e recomenda-se<br />
Para uma revisão bibliográfica<br />
descobertos, o HTLV lll e o HTLV<br />
evitar o aleitamento (8) .<br />
atualizada referente ao assunto<br />
lV. Contudo, apenas alguns<br />
analisado, foram selecionados<br />
casos foram relatados e nenhu-<br />
O vírus HTLV teve origem na<br />
materiais no intervalo de 10 anos;<br />
ma doença específica ainda foi<br />
África ou na Melanésia. Existem<br />
porém, em casos necessários,<br />
associada a esses vírus (2) .<br />
regiões endêmicas reconhe-<br />
materiais anteriores ao ano de<br />
cidas como sudeste do Japão,<br />
2008 estão presentes no estudo.<br />
O HTLV invade as células inte-<br />
Ilhas do Caribe, América Central<br />
grando seu material genético<br />
e do Sul, sudeste dos Estados<br />
Revisão da literatura<br />
ao da célula, controlando seu<br />
Unidos e África Central e, mais<br />
metabolismo para replicar<br />
recentemente, regiões brasilei-<br />
HTLV l<br />
novos vírus no organismo (3) .<br />
ros como Sudeste e o Nordeste<br />
O primeiro retrovírus humano<br />
Os tipos HTLV I e II possuem as<br />
(4)<br />
. Estima-se que no mundo haja<br />
descrito foi o HTLV l, sendo iso-<br />
mesmas vias de transmissão,<br />
15 a 20 milhões de pessoas este-<br />
lado em 1980 de um paciente<br />
que são: sexual, vertical (da<br />
jam infectadas pelo HTLV (5, 9) .<br />
com linfoma cutâneo de células<br />
mãe para o feto, recém-nascido<br />
T (10) , relacionado com neoplasias<br />
durante o parto ou aleitamen-<br />
O objetivo deste trabalho foi evi-<br />
(linfomas, leucemias e sarcomas)<br />
to) e parenteral (transfusão de<br />
denciar a importância do HTLV e<br />
e também a uma encefalomielo-<br />
hemocomponentes ou com-<br />
sua prevalência epidemiológica,<br />
patia, conhecida como Parapare-<br />
partilhamento de seringas e<br />
uma doença bastante negligen-<br />
sia Espática Tropical/ Mielopatia<br />
agulhas contaminadas) (4) .<br />
ciada pela falta de conhecimen-<br />
associada ao HTLV (PET/MAH),<br />
to dos profissionais da área da<br />
endêmica na região do Caribe (11) .<br />
Na maioria dos casos, os porta-<br />
saúde e da população em geral,<br />
Porém, a PET/MAH manifesta-se<br />
dores destes retrovírus são assin-<br />
principalmente em áreas endê-<br />
em pequena porcentagem dos<br />
tomáticos e os que apresentam<br />
micas. O vírus apresenta uma<br />
soropositivos; cerca de 98% das<br />
algum tipo de sintoma, os quais<br />
prevalência mundial e pode<br />
pessoas infectadas permanecem<br />
são inespecíficos como febre e<br />
causar diversas patologias.<br />
assintomáticas (12) .<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
13
Autores: Thais Alves dos Santos, Allyne Cristina Grando.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
O HTLV l pode estar relacionado<br />
também com doenças autoimunes<br />
como lúpus sistêmico eritematoso,<br />
diabetes, esclerose<br />
múltipla, artropatias, poliomiosite<br />
e síndrome de Sjögren (13) . O<br />
HTLV I infecta os linfócitos CD4+<br />
(14)<br />
. Sua estrutura é similar aos<br />
HTLV ll<br />
O HTLV II foi identificado em<br />
1982 obtido de um paciente<br />
com tricoleucemia (leucemia<br />
de células pilosas) e verificou-se<br />
que o mesmo não tem relação<br />
esclarecida com algum tipo de<br />
patologia (18) . Este tipo tem tro-<br />
Diagnóstico<br />
Para diagnosticar o HTLV l e ll,<br />
é necessário fazer um teste de<br />
triagem e outro confirmatório,<br />
respectivamente. São usados<br />
os testes de imunoensaio como<br />
Ensaio de Imunoabsorção<br />
Enzimática (ELISA), que fazem<br />
demais vírus da família e possui<br />
um genoma de ácido ribonucleico<br />
(RNA) (1) . Na sua superfície<br />
o envelope consiste em um<br />
complexo proteico (15) .<br />
pismo pelos linfócitos CD8+ (16) .<br />
O retrovírus parece estar mais<br />
predominante no hemisfério<br />
ocidental. A infecção por ele<br />
parece ser antiga entre os índios<br />
a detecção do anticorpo produzido<br />
contra o vírus e o Western<br />
Blot, que age por meio de incorporação<br />
de proteínas que estão<br />
presentes no envelope do retrovírus<br />
e proteínas transmembra-<br />
O vírus apresenta duas subunidades<br />
proteicas glicosadas: a<br />
gp46 e a gp21. Posterior vem a<br />
proteína matriz denominada de<br />
p19. A proteína p24 é o capsídeo.<br />
No meio interno, encontram-se<br />
o genoma e pequenas proteínas<br />
chamadas de p15, proteínas<br />
importantes no processo de<br />
integração ao ácido desoxirribonucleico<br />
(DNA). A transcriptase<br />
reversa p55, integrasse p32 e a<br />
protease p10 precedem eventos<br />
de replicação viral (16) . A figura<br />
abaixo apresenta detalhadamente<br />
a estrutura do vírus (17) .<br />
americanos (7) .<br />
HTLV lll<br />
O HTLV III foi isolado em 1994<br />
a partir de células do cordão<br />
umbilical de babuínos. Em<br />
dezembro de 2001, outras cepas<br />
de HTLV III foram relatadas por<br />
pesquisadores em várias espécies<br />
de macacos ocidentais, da<br />
África Central (19) .<br />
O vírus linfotrópico T humano<br />
tipo III está associado à linfadenopatia<br />
(LAV). Ele é um<br />
retrovírus linfotrópico recém<br />
descoberto como citopático<br />
nas, para permitir identificar o<br />
HTLV l ou HTLV ll (22) .<br />
O diagnóstico baseia-se na<br />
detecção sorológica dos anticorpos<br />
específicos produzidos<br />
em respota ao Vírus Linfotrópico<br />
de Células Humanas T. Ainda,<br />
utiliza-se testes confirmatórios<br />
através da soro-reatividade por<br />
Western Blot ou pela reação em<br />
cadeia da polimerase (23) .<br />
O Enzyme Linked Immunosorbent<br />
Assay (ELISA) é o método<br />
mais utilizado em serviços de<br />
hemoterapia, pois permite<br />
Figura 1: Estrutura do HTLV<br />
para células T (20) . HTLV lV<br />
boa reprodutibilidade, fácil<br />
execução e possibilidade de<br />
O HTLV IV consiste, até o<br />
automação (24) . O teste permite<br />
momento, em uma única<br />
a interação do antígeno-anticor-<br />
linhagem humana. Este tipo<br />
po sendo evidenciado pela ação<br />
foi encontrado em grupos de<br />
de uma enzima, geralmente<br />
caçadores em Camarões no<br />
pela fosfatase alcalina, assim um<br />
Fonte: BARCELLOS, 2004.<br />
continente africano (21) .<br />
substrato apropriado é revelado<br />
16 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Autores: Thais Alves dos Santos, Allyne Cristina Grando.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
pelo cromogênio mais usado<br />
ortofenileno diamina, no caso<br />
do HTLV. O antígeno mais utilizado<br />
é o Lisado Viral, que são<br />
proteínas obtidas de partículas<br />
virais rompidas que contêm proteínas<br />
das células hospedeiras<br />
e podem provocar resultados<br />
falso-positivos (25, 26, 1) .<br />
células mononucleares e emitir<br />
fluorescência quando irradiado<br />
por luz ultravioleta (9, 26) .<br />
Os indivíduos infectados pelo<br />
HTLV lll exibiram um padrão<br />
semelhante ao HTLV ll na análise<br />
de Western Blot (28) . E o HTLV lV<br />
reagiu com os kits comerciais<br />
HTLV l/ll para ELISA e Western<br />
O HTLV foi identificado pela<br />
primeira vez no Brasil em 1986<br />
entre imigrantes japoneses de<br />
Okinawa na cidade de Campo<br />
Grande em Mato Grosso do Sul<br />
(31)<br />
. Em 1993, passou a ser obrigatória<br />
a triagem do HTLV l e ll em<br />
bancos de sangue. Conforme<br />
a regência da Portaria número<br />
1376, de 19 de novembro de<br />
Western Blot é um teste de<br />
biologia molecular que detecta<br />
anticorpos dos vírus HTLV l e ll<br />
e difere a presença entre os dois<br />
tipos. Ele utiliza como antígenos<br />
proteínas nv recombinantes<br />
GD21, presentes nos dois vírus,<br />
as específicas rgp46-l existentes<br />
no HTLV l e a rgp46-ll no HTLV<br />
ll. Além de outras proteínas,<br />
sua interpretação dá-se através<br />
de combinação da reatividade<br />
das bandas formadas no gel de<br />
(27, 9, 1).<br />
nitrocelulose<br />
Blot (19) .<br />
Epidemiologia<br />
O Japão é um dos países com a<br />
maior taxa de prevalência. Em<br />
1986, foi o primeiro país a iniciar<br />
a triagem sorológica em serviços<br />
de hemoterapia, seguido<br />
pelos Estados Unidos em 1988,<br />
Canadá e Ilhas Caribenhas em<br />
1989. Logo após alguns países<br />
da Europa também implementaram<br />
a triagem (4) .<br />
O Brasil pode ter o maior<br />
1993 (26, 32) . Os estudos de prevalência<br />
na sua maioria ainda são<br />
realizados em grupos específicos<br />
como gestantes e doadores<br />
de sangue (3) .<br />
Segundo o Ministério da Saúde,<br />
em 2004, um inquérito soroepidemiológico<br />
realizado no<br />
Brasil, encontraram resultados<br />
reagentes para o HTLV em 13,7%<br />
dos Índios Yanomami, 10%<br />
para pacientes com Síndrome<br />
da Imunodeficiência Humana<br />
Adquirida no estado de São Pau-<br />
Na reação em cadeia da polimerase<br />
(PCR) aplica-se primers<br />
(iniciadores), que diferenciam a<br />
infecção causada pelo HTLV l do<br />
HTLV ll, ou seja, colocam-se primers<br />
específicos para amplificação<br />
de ambos os tipos. Por meio<br />
da eletroforese dos genomas<br />
amplificados em gel de agarose,<br />
pode-se visualizar os fragmentos<br />
de DNA no gel de agarose<br />
corados com brometo de etídio.<br />
Através disso são capazes de se<br />
ligar aos ácidos nucléicos viral na<br />
forma de DNA proviral, obtido de<br />
número de soropositividade,<br />
sendo de aproximadamente 2,5<br />
milhões de pessoas (9) . A soroprevalência<br />
do vírus é muito<br />
diversificada de acordo com<br />
região geográfica, grupo étnico<br />
e comportamento de risco<br />
(29)<br />
. Observa-se um aumento<br />
da soroprevalência referente à<br />
idade e ao sexo, na sua maioria<br />
mulheres com idade em média<br />
dos 40 anos. A prevalência nos<br />
estados brasileiros diferem de<br />
um estado para outro, sendo<br />
mais elevado nos estados da<br />
Bahia, Pernambuco e Pará (30) .<br />
lo, 4% entre os homossexuais no<br />
Rio de Janeiro e 9% nos profissionais<br />
do sexo (11) .<br />
Em pacientes com doenças<br />
hematológicas, ambos no estado<br />
do Rio de Janeiro, foi de 18,7% e<br />
usuários de drogas injetáveis na<br />
Bahia, apresentaram 35,2%. Os<br />
candidatos a doador de sangue<br />
foram encontradas prevalências<br />
variáveis: de 0,42% a 0,78% no<br />
Rio de Janeiro, em São Paulo<br />
0,15%, enquanto índices de até<br />
1,35% foram identificados na<br />
Bahia e Pernambuco (11) .<br />
18 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
A Tabela 1 apresenta a prevalência<br />
do vírus mundialmente,<br />
onde se encontra 14% de<br />
prevalência em Nova Guine no<br />
ano de 1990 (33) ; em 1991 nos<br />
Estados Unidos a prevalência<br />
era de 0,1% (34) ; no Uruguai, em<br />
1992, segundo Muchinik, foi<br />
de 0,75% (35) ; Reino Unido teve<br />
uma grande variação de 0,17%<br />
a 25% (36) ; Caribe, no ano de<br />
1995, também houve variação<br />
de 4% a 9% (37) ; o Japão em 1996<br />
obteve a maior prevalência, de<br />
17% a 25% (38) ; no Peru em 2003<br />
encontrou-se uma prevalência<br />
de 2,5% (39); Camarões e Nigéria<br />
no continente Africano, respectivamente,<br />
em 2009 e 2014,<br />
a prevalência apresentada foi<br />
de 5,0% e 1,0% (40, 41) .<br />
A Tabela 2 apresenta a prevalência<br />
do HTLV nos estados brasileiros.<br />
Segundo Cavalcanti Jr,<br />
em 1997, o estado do Rio Grande<br />
do Norte obteve uma prevalência<br />
de 0,1% (42) . No estado de<br />
São Paulo o resultado foi de 0,<br />
2% (43) , o Pará em 2002 obteve<br />
um resultado de 1,61% (44) , já<br />
em 2003 o Paraná apresentou<br />
0,12% (45) . Segundo Dourado I,<br />
em 2003, a Bahia obteve como<br />
prevalência de 3,25% (46) , Minas<br />
Gerais foi menor que 0,1% e<br />
Santa Catarina foi de 0,2% (47, 48) .<br />
No Rio Grande do Sul, segundo<br />
Garcia, em 2011, foi encontrada<br />
a prevalência de 0,11% (49) .<br />
No Paraná em 2003, o índice<br />
de prevalência foi de 0,04% e o<br />
Maranhão apresentou o resultado<br />
de 1,5% (50, 51) .<br />
Gestantes<br />
Entre as gestantes, deve-se ter<br />
uma maior preocupação com<br />
o HTLV, devido aos relatos de<br />
que a prevalência seja maior<br />
no sexo feminino (9) . O exame<br />
de detecção do HTLV não é<br />
obrigatório no pré-natal para<br />
gestantes (3) . A importância de<br />
se realizar o exame dá-se através<br />
da transmissão do vírus<br />
tratar-se de um problema de<br />
saúde pública, pois o mesmo<br />
pode causar doenças graves<br />
nas mães e/ou nos filhos (52) .<br />
Porém, em alguns estados<br />
como Goiás e Mato Grosso<br />
do Sul, é rotina a pesquisa do<br />
HTLV para gestantes, evitando,<br />
assim, a contaminação<br />
por aleitamento. Acredita-se<br />
que a amamentação tem o<br />
maior índice de transmissão,<br />
variando entre 15% a 25% nas<br />
mulheres infectadas (53) .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
19
Quando falamos de vidas<br />
que buscam respostas<br />
e correm contra o tempo,<br />
não medimos esforços<br />
para caminhar lado a lado<br />
com a saúde.<br />
Segundos são muito preciosos no processo...<br />
Por isso, as amostras biológicas que chegam<br />
para nós com suspeita de leucemia aguda, são<br />
analisadas em até 24 horas.<br />
Um laudo parcial é emitido e o médico é<br />
comunicado e caso ele tenha alguma dúvida<br />
sobre os exames, pode discutir com nossa<br />
equipe médica.<br />
sollutiodiagnosticos.com.br
Nosso domínio na área nos<br />
permite integrar diferentes<br />
técnicas laboratoriais, que<br />
resultam em respostas<br />
mais precisas,<br />
incorporando a<br />
imunofenotipagem ao<br />
cariótipo e marcadores<br />
específicos da biologia<br />
molecular<br />
LAUDOS INTEGRADOS
Autores: Thais Alves dos Santos, Allyne Cristina Grando.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
A Tabela 3 apresenta a prevalência<br />
entre gestantes em alguns<br />
estados brasileiros. Segundo<br />
Olbrich Neto, em 2004, no estado<br />
de São Paulo, a prevalência<br />
entre gestantes foi de 0,10% (54) ;<br />
em 2008, no Mato Grosso do Sul,<br />
foi de 0,13% (55) ; no Mato Grosso,<br />
o índice apresentado foi de<br />
0,20% (56) ; o Pará apresentou um<br />
índice de 0,30% (57) ; Maranhão e<br />
Bahia, respectivamente, obtiveram<br />
os maiores índices que foi<br />
de 0,30% e 1,05% (58, 59) .<br />
Considerações finais<br />
O retrovírus HTLV é bastante desconhecido<br />
ainda na população<br />
de forma geral. Existem poucos<br />
estudos sobre os tipos I e ll, ainda<br />
sendo mais escassos sobre os<br />
tipos lll e lV do vírus. Entretanto,<br />
o tipo HTLV l é o mais conhecido<br />
e o que apresenta mais estudos<br />
publicados, atualmente sendo<br />
associado a diversas patologias,<br />
como doenças autoimunes,<br />
neoplasias, encefalomielopatia,<br />
entre outras.<br />
Pelo fato de que a prevalência<br />
de todos os tipos de HTLV seje<br />
baixa, na maioria dos locais,<br />
questiona-se a assiduidade<br />
dos dados. As publicações que<br />
foram realizadas aconteceram<br />
em grupos específicos da<br />
população, como doadores de<br />
sangue e gestantes.<br />
Tendo em vista os dados apresentados,<br />
é imprescindível o<br />
incentivo de novos estudos<br />
sobre o HTLV, principalmente no<br />
Brasil. Além disso, é importante<br />
estimular as políticas de saúde<br />
pública para conhecimento e<br />
prevenção da população a respeito<br />
do vírus e seus efeitos.<br />
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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
23
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
INTERPRETAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL<br />
DOS CRISTAIS DA MORTE E OUTRAS ALTERAÇÕES<br />
QUALITATIVAS LEUCOCITÁRIAS<br />
Autores:<br />
Lumara Vitória Melatti *<br />
Profa. Ma. Maitê Marques da Silva **<br />
Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues **<br />
*Acadêmica de Biomedicina na Universidade de Caxias do Sul<br />
**Professor na Universidade de Caxias do Sul<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
A literatura apresenta achados leucocitários que fogem<br />
à normalidade e apresentam associações a condições<br />
clínicas de grande risco. Tais achados auxiliam no<br />
entendimento das alterações hematológicas durante o<br />
acometimento de doenças e seu grau de complicação,<br />
e cabe aos profissionais da saúde, trabalhando na área<br />
laboratorial, reconhecer tais achados. Esse trabalho tem<br />
como objetivo descrever sete alterações leucocitárias,<br />
através de uma revisão na literatura, buscando expor<br />
mais sobre as alterações, descrevendo-as e relacionando-as<br />
a patologias de importância clínica. Artigos<br />
e livros foram selecionados para revisão das alterações<br />
leucocitárias, descrições e patologias associadas e seu<br />
grau de complicação, assim como importância da análise<br />
microscópica na busca desses achados.<br />
Abstract<br />
The literature presents leukocyte findings that go out<br />
of the normal range and present high-risk clinical<br />
conditions. Such findings help us understand the<br />
hematological changes during the onset of diseases<br />
and their degree of complication, so it is up to health<br />
professionals working in the laboratory to recognize<br />
such findings. This work aims to describe seven leukocyte<br />
alterations, through a literature review, seeking<br />
to expose more about the alterations, describing them<br />
and relating them to pathologies of clinical importance.<br />
Articles and books were selected for this review<br />
presenting leukocyte alterations, descriptions and<br />
associated pathologies and their degree of complication<br />
as well as the importance of microscopy analysis<br />
in the search for these findings.<br />
Palavras-chaves: alterações leucocitárias; cristais da<br />
morte; hematologia; alterações qualitativas.<br />
Keywords: leukocyte changes; death crystals;<br />
hematology; qualitative changes.<br />
26 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Introdução<br />
As anomalias leucocitárias são<br />
alterações na morfologia e fun-<br />
doença (CORADI; VIEIRA, 2021).<br />
Apesar dos avanços laboratoriais<br />
e da automação, a utiliza-<br />
Nível Superior (CAPES), utilizando<br />
as palavras-chave: “leucócitos”,<br />
“hematologia”, “alterações<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
ção dos leucócitos em geral.<br />
ção de microscopia ainda se faz<br />
leucocitárias", “cristais da mor-<br />
Na maioria das vezes quando<br />
necessária para averiguação de<br />
te”, “granulação tóxica”, "vacuo-<br />
ocorre a alteração morfológica<br />
células anormais em amostra de<br />
lização", “corpos de Döhle”,<br />
também ocorre a funcional, mas<br />
sangue periférico, uma vez que<br />
"corpúsculo de May-Hegglin”,<br />
a última pode ou não vir acom-<br />
o analisador eletrônico possui<br />
“síndrome de Chediak-Higashi",<br />
panhada de modificações em<br />
dificuldades para avaliar células<br />
“células de Mott”. Os critérios de<br />
sua forma celular (SILVA; COS-<br />
com alterações de forma e tama-<br />
aceitação para livros e artigos<br />
TA, 2020 apud LORENZI, 2015).<br />
nho, gerando um resultado qua-<br />
foram: textos publicados entre<br />
Diversas condições hereditárias<br />
litativo que necessita verificação<br />
os anos de 2013 e 2021 que<br />
ou patológicas podem causar<br />
(DA SILVA, et al, 2015).<br />
abordassem assunto da pesqui-<br />
essas alterações nos leucócitos,<br />
sa; estudos de casos; e artigos<br />
podendo estar associada a uma<br />
Sendo assim o objetivo deste<br />
e livros disponíveis nas línguas<br />
doença, anomalia, síndrome<br />
trabalho é expor algumas das<br />
portuguesa e inglesa. Os crité-<br />
hereditária ou adquirida (FAI-<br />
principais anomalias leucoci-<br />
rios de exclusão foram: textos<br />
LACE; FERNANDES, 2015; HOF-<br />
tárias adquiridas como cristais<br />
com referências antecedentes<br />
FBRAND; MOSS, 2018).<br />
da morte, granulações tóxicas,<br />
aos anos 2013; que relataram<br />
vacuolização<br />
citoplasmática,<br />
casos de alterações leucoci-<br />
Os dados fornecidos pelo hemo-<br />
corpos de Döhle e algumas das<br />
tárias em animais; e que não<br />
grama são essenciais dentro<br />
principais anomalias leucocitá-<br />
estão de acordo com os crité-<br />
da investigação das doenças<br />
rias hereditárias como corpús-<br />
rios de inclusão.<br />
hematológicas - através dele<br />
culo de May-Hegglin, síndro-<br />
é possível analisar variações<br />
me de Chediak-Higashi (CHS) e<br />
Revisão de Literatura<br />
quantitativas e qualitativas das<br />
células de Mott.<br />
Para elaboração do artigo de<br />
séries sanguíneas, sendo possí-<br />
revisão foram encontrados 11<br />
vel acompanhar a evolução de<br />
Metodologia<br />
livros e 67 artigos. Realizou-<br />
doenças e tratamentos (MELO;<br />
O estudo consiste em uma<br />
-se leitura completa e desses<br />
SILVEIRA, 2015). Devido à rapi-<br />
revisão narrativa de literatu-<br />
materiais, 6 livros e 14 artigos<br />
dez e fácil realização da conta-<br />
ra. Foram utilizados livros e<br />
foram citados no manuscrito<br />
gem diferencial de leucócitos,<br />
artigos científicos das seguin-<br />
por estarem de acordo com os<br />
esse exame auxilia a equipe<br />
tes bases de dados: PUBMED,<br />
critérios de inclusão e exclusão.<br />
médica quanto à classificação de<br />
Science Direct, Scientific Ele-<br />
A seguir são apresentados os<br />
pacientes graves ou não graves,<br />
tronic Library Online (Scielo) e<br />
dados pesquisados de acordo<br />
além de contribuir quanto ao<br />
Periódicos da Coordenação de<br />
com cada uma das alterações<br />
direcionamento da evolução da<br />
Aperfeiçoamento de Pessoal de<br />
leucocitárias selecionadas.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
27
Autores: Lumara Vitória Melatti, Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />
Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Cristais da morte<br />
Os cristais da morte são caracterizados<br />
pelas suas inclusões ver-<br />
está associado à natureza ácida<br />
e que levam a crer que são depósitos<br />
de lipofuscina (YANG, 2017;<br />
gulopatia e elevações de parâmetros<br />
da bioquímica como<br />
bilirrubina, fosfatase alcalina,<br />
des brilhantes, por vezes tam-<br />
GORUP, 2018; SOOS, 2019).<br />
gama glutamil transferase e a<br />
bém relatadas como azul-verde,<br />
troponina. Não há associação<br />
no citoplasma de neutrófilos e<br />
O nome “cristais da morte” deri-<br />
com idade ou sexo do pacien-<br />
monócitos, embora em monó-<br />
va da sua associação à morte<br />
te, tendo relatos de pacientes<br />
citos sua ocorrência seja mais<br />
iminente, uma vez que a maioria<br />
com idades variáveis de 12 a 92<br />
rara. Seu tamanho é variável e<br />
dos pacientes com esse achado<br />
anos. É comum a presença de<br />
apresenta-se em forma de bloco<br />
no sangue evoluiu para óbito e<br />
cristais da morte em associação<br />
ou circular, com suas bordas mal<br />
apesar de raras as inclusões dos<br />
com a vacuolização citoplasmá-<br />
definidas (Figura 1). A visualiza-<br />
cristais no sangue periférico, sua<br />
tica, corpos de Döhle e granula-<br />
ção dos cristais é difícil pois aco-<br />
aparição está associada: à sepse,<br />
ções tóxicas, principalmente em<br />
mete apenas a minoria dos neu-<br />
doenças hepáticas, COVID-19,<br />
doenças agudas (COURVILLE,<br />
trófilos, variando de 1-10% de<br />
acidose lática, doença renal,<br />
2017; YANG, 2017; HARRIS, 2019;<br />
presença em toda lâmina ava-<br />
anemia, trombocitopenia, coa-<br />
DIENSTMANN; et al, 2020).<br />
liada (HODGSON, 2015; YANG,<br />
2017; GORUP, 2018).<br />
Figura 1 – Presença das inclusões azul-esverdeadas em neutrófilos segmentados<br />
( A, B, D, E e F) e em monócito ( C)<br />
A origem dessa inclusão leucocitária<br />
é desconhecida. As principais<br />
hipóteses concentram-se<br />
na associação com a doença<br />
hepática, sugerindo que exista<br />
a fagocitose do dano hepatocelular<br />
pelos neutrófilos e monócitos<br />
devido a substâncias relacionadas<br />
à bile ou produtos de<br />
degradação lisossomal, gerando<br />
então alto teor de lipídios que<br />
Fonte: Vicente-Steijn et al; 2019.<br />
28 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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Autores: Lumara Vitória Melatti, Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />
Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Granulação tóxica<br />
A granulação tóxica é caracterizada<br />
por apresentar coloração<br />
basofílica e com tamanho<br />
maior que a azurófila, podendo<br />
ser classificadas como finas,<br />
médias ou grosseiras (Figura<br />
2). As granulações também<br />
podem representar precipitação<br />
da proteína ribossomal que<br />
são causadas devido à toxicidade<br />
da metabolização dentro da<br />
célula (MELO; SILVEIRA, 2015).A<br />
aparição das granulações tóxicas<br />
reflete perturbação na<br />
maturação do leucócito devido<br />
à persistência dos grânulos azurófilos<br />
(RODRIGUES, 2019).<br />
A granulação tóxica ocorre em<br />
infecções que há uma grande<br />
liberação de neutrófilos na corrente<br />
periférica, que apresentam<br />
grânulos primários em abundância<br />
e não grânulos secundários<br />
que é o esperado de sua morfologia<br />
normal. Isso ocorre devido<br />
ao encurtamento no tempo de<br />
maturação das células precursoras.<br />
A chegada dos leucócitos<br />
no sangue periférico dá-se com<br />
Figura 2 – Neutrófilo com aumento na densidade de sua granulação, característico<br />
da granulação tóxica<br />
Fonte: KRAUS, 2015.<br />
excesso de granulações devido<br />
ao encurtamento da maturação<br />
(FAILACE; FERNANDES, 2015;<br />
RODRIGUES, 2019).<br />
O termo “granulação tóxica”<br />
vai ser utilizado para descrever<br />
o aumento de densidade da<br />
coloração assim como possível<br />
aumento no número de grânulos<br />
que ocorrem em infecções<br />
bacterianas e inflamações.<br />
Também pode ser decorrente<br />
da administração de fatores de<br />
crescimento de colônias granulocitárias<br />
(G-CSF), insuficiência<br />
hepática aguda, das neoplasias<br />
de células plasmáticas e<br />
anemia aplástica (BAIN, 2017).<br />
A alteração pode vir a ocorrer<br />
na gravidez, em queimaduras<br />
e tratamento quimioterápico<br />
(MELO; SILVEIRA, 2015),<br />
infecções sistêmicas, pneumonia,<br />
envenenamento, cânceres<br />
diversos e coma hepático<br />
(RODRIGUES, 2019).<br />
É possível haver a presença de<br />
falsas granulações - quando a<br />
célula é exposta a uma coloração<br />
na qual permaneceu por<br />
tempo prolongado ou então<br />
que apresentou diminuição<br />
do pH da solução (MELO; SIL-<br />
VEIRA, 2015).<br />
30 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Vacuolização citoplasmática<br />
Por ser inespecífica, a vacuolização<br />
citoplasmática (Figura<br />
3) irá variar de acordo com o<br />
leucócito que acometer. Em<br />
neutrófilos as vacuolizações<br />
ocorrem devido à fusão entre<br />
os grânulos com vacúolos<br />
fagocíticos e perda do conteúdo<br />
do lisossomo secundário,<br />
sendo infecção bacteriana a<br />
principal causa do acometimento.<br />
A ingestão de álcool<br />
sem moderação também<br />
pode provocar vacuolização,<br />
embora demonstre mais em<br />
precursores mieloides do que<br />
em neutrófilos. Em monócitos,<br />
as infecções bacterianas também<br />
podem afetar os vacúolos<br />
presentes nos mesmos,<br />
apresentando um aumento na<br />
vacuolização já presente na<br />
célula. Em eosinofilias reacionais<br />
e na síndrome hipereosinofílica<br />
é comum a aparição<br />
de vacúolos no citoplasma dos<br />
eosinófilos. Já em linfócitos é<br />
possível notar a alteração em<br />
doenças de sobrecarga lisossomal<br />
autossômica recessiva por<br />
deficiência enzimática, onde o<br />
produto metabólico pode ser o<br />
lipídio na doença de Wolman, ou<br />
Figura 3 – Vacuolização Citoplasmática em (A) monócito, (B) eosinófilo, (C) linfócito e<br />
(D) neutrófilo segmentado.<br />
Fonte: Adaptado de MELO; SILVEIRA, 2015<br />
então glicogênio, na doença de<br />
Pompe. Além de doenças e síndromes,<br />
a vacuolização também<br />
ocorre na anomalia de Jordan<br />
– que acomete todos os leucócitos,<br />
inclusive seus precursores<br />
(MELO; SILVEIRA, 2015).<br />
Em esfregaços sanguíneos a presença<br />
dos vacúolos é indicativa<br />
de sepse, quando a granulação<br />
tóxica se faz presente. Os vacúolos<br />
também podem ocorrer em<br />
casos de insuficiência hepática<br />
aguda (BAIN, 2017). Para pacientes<br />
em tratamento quimioterápico<br />
pode haver a aparição de<br />
vacuolização nas células brancas<br />
(MELO; SILVEIRA, 2015).<br />
Em casos nos quais o esfregaço<br />
demore a ser realizado<br />
após o decorrer da coleta, os<br />
vacúolos podem desenvolver<br />
artefatos na lâmina, devido<br />
ao anticoagulante ácido etilenodiaminotetracético<br />
(EDTA)<br />
sendo ideal a confecção do<br />
mesmo sem atrasos (BAIN,<br />
2017; MELO; SILVEIRA, 2015).<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
31
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velocidade, demonstrou notável estabilidade e<br />
precisão em suas análises, com uma aceleração<br />
impressionante. Além disso, o MegaBOLT possui o<br />
módulo de chamada de variante de aprendizado<br />
profundo MegaBOLT-DV, que passou por otimizações<br />
meticulosas com algoritmos e treinamento de<br />
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Corpos de Döhle<br />
Os corpos de Döhle são pequenos,<br />
redondos ou ovais, com<br />
estruturas que apresentam<br />
cor azul pálida, normalmente<br />
encontradas na periferia de neutrófilos<br />
(Figura 4). Essas estruturas<br />
são constituídas de ribossomos<br />
e a liquefação do retículo<br />
endoplasmático (BAIN, 2017).<br />
Figura 4 – Setas apontando para os corpos de Döhle presentes nos neutrófilos<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
São geralmente associados a<br />
infecções bacterianas e a quadros<br />
infecciosos graves como<br />
escarlatina, pneumonia pneumocócica<br />
e erisipela, danos ao<br />
tecido como: queimaduras e<br />
inflamação, além de apresentarem-se<br />
na administração de<br />
fatores de estimulação de colônias<br />
granulocitárias e na gravidez<br />
(MELO; SILVEIRA, 2015; FAI-<br />
LACE; FERNANDES, 2015).<br />
Os corpos de Döhle possuem<br />
morfologia semelhante, embora<br />
não idêntica ao corpúsculo de<br />
May-Hegglin, e podem apresentar-se<br />
juntamente com a granulação<br />
tóxica e vacuolização citoplasmática<br />
nas células, sendo<br />
mais frequente em sangue de<br />
felinos (MELO; SILVEIRA, 2015).<br />
Fonte: Adaptado de LAZARCHICK, 2015.<br />
Corpúsculo de May-Hegglin glin são inclusões de coloração<br />
O corpúsculo de May-Hegglin azulada que aderem à parede<br />
é uma condição autossômica celular desses leucócitos e estão<br />
dominante caracterizada pela associados à presença de plaquetopenia<br />
e macroplaquetas<br />
destruição do retículo endoplasmático.<br />
Presentes em neutrófilos,<br />
eosinófilos e basófilos, gaço (Figura 5). De modo geral,<br />
(plaquetas gigantes) no esfre-<br />
os corpúsculos de May-Heg-<br />
é uma condição assintomática<br />
Figura 5 – Setas apontando para os corpúsculos de May-Hegglin nos neutrófilos<br />
Fonte: Adaptado de MELO; SILVEIRA, 2015;HOFFBRAND; MOSS, 2018.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
37
Autores: Lumara Vitória Melatti, Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />
Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
e não apresenta leucocitose<br />
ou desvio à esquerda. Os corpúsculos<br />
de May-Hegglin são<br />
mais proeminentes, permitindo<br />
distinção com o corpúsculo de<br />
Döhle (MELO; SILVEIRA, 2015;<br />
HOFFBRAND; MOSS, 2018).<br />
Figura 6 – Neutrófilo com as características tintoriais características da síndrome de<br />
Chediak-Higashi<br />
A anomalia de May-Hegglin<br />
também pode ser denominada<br />
de trombocitopenia familiar<br />
associada às inclusões leucocitárias.<br />
Essa trombocitopenia pode<br />
variar de discreta a moderada<br />
em associação com as plaquetas<br />
gigantes de 30 a 80 fL. O funcionamento<br />
das plaquetas não é<br />
alterado e o aumento do tempo<br />
de sangramento possui associação<br />
à intensidade de trombocitopenia<br />
(DA SILVA, 2015).<br />
Síndrome de Chediak-Higashi<br />
A síndrome de Chediak-Higashi<br />
é um distúrbio genético autossômico<br />
recessivo originado de<br />
uma mutação no gene regulador<br />
do transporte lisossomal, o<br />
LYST ou CHS1 (MENDES; CAR-<br />
TAXO, 2018). Caracterizado por<br />
apresentar-se em forma de grandes<br />
inclusões eosinofílicas que<br />
contém grânulos com variáveis<br />
características tintoriais (Figura<br />
6) (MELO; SILVEIRA, 2015).<br />
Fonte: MELO;SILVEIRA, 2015<br />
Os sintomas derivados da síndrome<br />
são resultantes das alterações<br />
funcionais dos melanócitos,<br />
plaquetas, neutrófilos e<br />
células natural killer (MENDES;<br />
CARTAXO, 2018). Há comprometimento<br />
da função celular<br />
que leva a fotofobia e albinismo<br />
oculocutâneo parcial, além<br />
de poder ocorrer em infecções,<br />
hemorragias graves, fotossensibilidade,<br />
perda de sensibilidade,<br />
fraqueza muscular,<br />
ataxia cerebelar e déficit cognitivo<br />
(MELO; SILVEIRA, 2015;<br />
MENDES; CARTAXO, 2018).<br />
Em cerca de 85% dos casos, a síndrome<br />
se apresenta como a forma<br />
avançada, caracterizada por<br />
pancitopenia, hemofagocitose<br />
e infiltrado linfocítico em todos<br />
os órgãos, ocasionando falência<br />
múltipla dos órgãos (MENDES;<br />
CARTAXO, 2018). A síndrome de<br />
Chediak-Higashi também pode<br />
ser confundida com a inclusão<br />
denominada pseudo-Chediak-Higashi,<br />
pois possuem alterações<br />
semelhantes, embora a segunda<br />
possa vir a ocorrer em leucemias<br />
agudas e na síndrome mielodisplásica<br />
(MELO; SILVEIRA, 2015).<br />
38 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Autores: Lumara Vitória Melatti, Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />
Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Células de Mott<br />
As células de Mott possuem<br />
uma aparência de cacho de<br />
Figura 7 – Setas apontando para os plasmócitos com as inclusões de Russell,<br />
as células de Mott<br />
uvas devido às inclusões de<br />
IgG (corpos de Russell) no<br />
citoplasma da célula (Figura<br />
7) (NG; HALL, 2020). As células<br />
de Mott apresentam-se<br />
em vacúolos de imunoglobulinas<br />
de tamanho e quantidade<br />
variável no citoplasma dos<br />
plasmócitos. O surgimento do<br />
mesmo é frequente em casos<br />
reativos, embora possa aparecer<br />
em doenças de células<br />
plasmáticas (MELO; SILVEIRA,<br />
2015; RODRIGUES, 2019).<br />
Estudos mostraram que as<br />
inclusões são formadas por<br />
IgG condensados dentro de<br />
estruturas vesiculares derivadas<br />
de cisternas do retículo<br />
endoplasmático dilatado.<br />
Outros investigadores ligaram<br />
loci genéticos específicos<br />
à formação de células<br />
de Mott e hipergamaglobulinemia<br />
(BAVLE, 2013; NG;<br />
HALL, 2020). Os linfócitos<br />
Fonte: Vicari, 2021.<br />
respondem a infecções virais<br />
e outros estímulos aumentando<br />
seu valor na corrente sanguínea.<br />
Os linfócitos B que se<br />
diferenciam em plasmócitos<br />
são vistos em estágios intermediários<br />
de transformação<br />
e são denominados linfócitos<br />
plasmocitoides - que podem<br />
vir a conter imunoglobulinas.<br />
Essas inclusões podem ocorrer<br />
devido a alterações metabólicas<br />
(excessiva formação<br />
de lipídios no citoplasma), em<br />
pacientes com a doença de<br />
Tay-Sachs, na doença de Jordan<br />
(MELO; SILVEIRA, 2015;<br />
RODRIGUES, 2019) e em discrasias<br />
de células plasmáticas<br />
comuns em condições inflamatórias<br />
crônicas, doenças<br />
autoimunes como artrite reumatoide<br />
e tireoidite de Hashimoto;<br />
e condições raras como<br />
Wiskott-Aldrich (BAVLE, 2013;<br />
NG; HALL, 2020).<br />
Conclusão<br />
Alterações qualitativas como<br />
cristais da morte, vacuolização<br />
citoplasmática, granulações<br />
tóxicas, vacuolização<br />
citoplasmática, corpos de<br />
40 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Döhle, corpúsculo de May-<br />
-Hegglin, síndrome de Chediak-Higashi<br />
e células de<br />
Mott podem apresentar-se<br />
em situações clínicas de risco<br />
ao paciente. A avaliação<br />
de esfregaços hematológicos<br />
com esses achados auxilia no<br />
diagnóstico laboratorial de<br />
enfermidades que causam<br />
modificações na estrutura<br />
dos leucócitos, além de avaliar<br />
grau de acometimento da<br />
doença, pois há correlação<br />
com a clínica do paciente.<br />
Dessa forma, fica evidente a<br />
importância do conhecimento<br />
e avaliação microscópica<br />
correta das lâminas por profissionais<br />
da saúde responsáveis<br />
pelo setor laboratorial de<br />
hematologia.<br />
A avaliação microscópica da<br />
lâmina com os achados citados<br />
no artigo deve ser realizada<br />
por profissionais capacitados,<br />
que saibam reconhecer<br />
as alterações, visando uma<br />
interpretação correta para<br />
descrição da alteração no laudo<br />
laboratorial. As alterações,<br />
por serem qualitativas, devem<br />
ser relatadas nas observações<br />
do laudo sem necessidade<br />
de quantificação, buscando<br />
informar o clínico responsável<br />
pela solicitação do exame.<br />
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Health and Disease. Dacie and Lewis Practical<br />
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e400101119838, 2021.<br />
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LINDEN, Michael A.; YOHE, Sophia. Green<br />
Neutrophilic Inclusions are Frequently<br />
Associated With Liver Injury and May Portend<br />
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FAILACE, Renato; FERNANDES, Flavo.<br />
Hemograma: manual de interpretação, 6<br />
ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2015.<br />
FREITAS, Elisangela Oliveira D.; GONÇALVES,<br />
Thayanne Oliveira de F. Imunologia, Parasitologia<br />
e Hematologia Aplicadas à Biotecnologia.<br />
São Paulo: Editora Saraiva, 2015<br />
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ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
41
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
VACINAÇÃO INFANTIL<br />
Autores:<br />
Ana Maria Costa Silva,<br />
Fernanda Gabriela da Silva,<br />
Lívia Custódio Gonçalves,<br />
Daniela Santos Silva,<br />
Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />
Colégio Técnico ”Antônio Teixeira Fernandes”<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
A vacinação infantil é um importante fator para o<br />
crescimento saudável de qualquer ser humano. Diante desta<br />
virtude constatou-se que alguns pais e/ou responsáveis<br />
ainda não sentem total segurança em relação às vacinas<br />
que estão no calendário de vacinação infantil. E através<br />
de pesquisas constatou-se que muitos não recebem<br />
informações suficientes sobre o porquê de se tomar aquela<br />
determinada vacina, ou até mesmo as reações que a mesma<br />
pode causar nas crianças. Sabe-se que cada vacina tem sua<br />
importância e que cada uma previne os bebês de diversas<br />
doenças perigosas. Contudo através deste artigo relata-se a<br />
importância da vacinação infantil e os cuidados que os pais e<br />
os profissionais da saúde precisam ter para obter um melhor<br />
resultado e passar segurança para as crianças e para os pais.<br />
Abstract<br />
Childhood vaccination is an important factor for the<br />
healthy growth of any human being. In view of this virtue,<br />
it was found that some parents and/or guardians still<br />
do not feel complete safety in relation to vaccines that<br />
are in the childhood vaccination schedule. And through<br />
research it has been found that many do not receive<br />
enough information about why they take that particular<br />
vaccine, or even the reactions it can cause in children.<br />
It is known that each vaccine has its importance and<br />
that each one prevents babies from various dangerous<br />
diseases. However, this article reports the importance<br />
of childhood vaccination and the care that parents and<br />
health professionals need to have to obtain a better result<br />
and pass safety to children and parents.<br />
Palavras-chaves: Vacinação Infantil. Importância da<br />
Vacinação Infantil. Calendário de Vacinação Infantil.<br />
Keywords: Childhood Vaccination. Importance of Childhood<br />
Vaccination. Childhood Vaccination Calendar.<br />
42 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
P O I N T O F C A R E<br />
ICARE-2100<br />
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Autoras: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela da Silva, Lívia Custódio Gonçalves,<br />
Daniela Santos Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Introdução<br />
A vacinação é considerada uma<br />
das maiores conquistas da medicina,<br />
pois tem grande importân-<br />
em contato com a doença novamente,<br />
seu corpo saberá como<br />
combater esse vírus (SOUSA;<br />
VIGO; PALMEIRA; 2012). Por<br />
lução 510/2016 que diz: “pesquisa<br />
de opinião pública com<br />
participantes não identificados<br />
não necessitam de apreciação<br />
cia na erradicação de doenças<br />
causa disso os órgãos de saú-<br />
ética pelo CEP. Juntamente com<br />
infecciosas, por sua vez muitas<br />
de do mundo inteiro ciaram o<br />
essa pesquisa foi utilizada a téc-<br />
são prevenidas já na infância<br />
calendário de vacinação infantil,<br />
nica de análise de documento e<br />
por conta da vacinação infan-<br />
no Brasil e em outros países o<br />
revisão bibliográfica, para maior<br />
til (LESSA; SCHRAMM; 2015).<br />
Ministério da Saúde campanhas<br />
número possível de informações<br />
Dentre o calendário vacinal as<br />
e várias outras formas de atrair<br />
a serem compreendidas. Sites<br />
principais vacinas considera-<br />
a atenção da sociedade para a<br />
de artigos e revistas científicas<br />
das importantes para prevenir<br />
vacinação infantil foram feitas<br />
foram acessados e consultaram-<br />
contra doenças de crianças de<br />
para que ocorra uma vacinação<br />
-se diversos autores sobre diver-<br />
0 a 5 anos de idade são: Vacina<br />
em massa (SILVEIRA; SILVA;<br />
sas áreas relacionadas à saúde e<br />
BCG, Hepatite, Vacina oral de<br />
PERES; MENEGHIN; 2007).<br />
à vacinação infantil.<br />
poli vírus atenuados e vacina<br />
injetável de Poliovírus inativado,<br />
A pesquisa foi realizada, para<br />
Metodologia<br />
Vacina Rotavírus, Pneumocócica<br />
obter maior conhecimento<br />
A pesquisa feita para o presen-<br />
Conjugada, Influenza, Hepatite<br />
da vivência dos pais e suas<br />
te artigo teve como propósito<br />
A e B, Penta/DTP, Meningite,<br />
dificuldades quanto à área da<br />
ser exploratória e descritiva,<br />
Febre amarela, tetra viral, Trí-<br />
vacinação infantil. De acordo<br />
já que se notou a necessidade<br />
plice Viral (LESSA; SCHRAMM;<br />
com as abordagens utilizadas, o<br />
de serem realizadas pesquisas<br />
2015). Muitas oportunidades<br />
trabalho foi realizado para obter<br />
bibliográficas e pesquisas<br />
de vacinação são perdidas por<br />
dados qualiquantitativo, bus-<br />
de campo, para dessa forma<br />
alguns motivos como, falsas<br />
cando conter números para aju-<br />
obter maior conhecimento<br />
contraindicações de vacinação<br />
dar na compreensão da quanti-<br />
da vivência dos pais e suas<br />
e movimentos Antivacinas, pro-<br />
dade de pais e/ou responsáveis<br />
dificuldades quanto à área da<br />
blemas logísticos entre outros<br />
que sofrem dificuldade ou não<br />
vacinação infantil. De acordo<br />
(REY ,1996).<br />
para vacinar seus filhos, e quali-<br />
com as abordagens utilizadas,<br />
tativa para interpretar da melhor<br />
o trabalho foi realizado para<br />
A vacinação tem sua importân-<br />
forma possível as situações<br />
obter dados qualiquantitati-<br />
cia também para a prevenção de<br />
pelas quais levam a não vaci-<br />
vo, buscando conter números<br />
surtos ou epidemias. As vacinas<br />
nação completa das crianças.<br />
para ajudar a ter uma noção<br />
são feitas com vírus ou bactérias<br />
Coletou-se dados através de 10<br />
da quantidade de pais e/ou<br />
inativadas, que ao entrarem em<br />
perguntas feitas pela ferramen-<br />
responsáveis que sofrem difi-<br />
contato com o organismo de<br />
ta do “Google Forms”, na qual<br />
culdade ou não para vacinar<br />
um indivíduo ativa o seu siste-<br />
foi realizada de forma aleatória<br />
seus filhos, e qualitativa para<br />
ma imune, fazendo com que o<br />
e voluntária por moradores do<br />
interpretar da melhor forma<br />
sistema imune crie anticorpos e<br />
Vale do Paraíba (SP), sendo que<br />
possível as situações pelas<br />
ative suas células de memória.<br />
esses participantes não foram<br />
quais cada um enfrenta em<br />
Assim, quando a pessoa entrar<br />
identificados conforme a Reso-<br />
seu dia a dia.<br />
44 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Coletou-se dados através de 10<br />
perguntas feitas pela ferramenta<br />
do “Google Forms”, essa pesquisa<br />
foi realizada de forma aleatória<br />
que ocorra uma vacinação em<br />
massa (SILVEIRA; SILVA; PERES;<br />
MENEGHIN; 2007).<br />
A não vacinação é permitida<br />
legalmente apenas à pessoa<br />
que apresentar um documento<br />
feito e assinado por um médico<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
e voluntária por moradores do<br />
Quase 2 milhões de crianças<br />
constatando a contraindicação<br />
Vale do Paraíba (SP), sendo que<br />
morreram pela falta de imuniza-<br />
da aplicação da vacina no indi-<br />
esses participantes não foram<br />
ção através da vacina, e as causas<br />
víduo. No parágrafo único do<br />
identificados conforme a Reso-<br />
podem ser das mais diversas,<br />
Art. 14 do Estatuto da Criança<br />
lução 510/2016 que diz: “pes-<br />
sendo elas religião, mitos ou<br />
e do Adolescente constata<br />
quisa de opinião pública com<br />
estado econômico do país, tra-<br />
que “é obrigatória a vacinação<br />
participantes não identificados<br />
zendo assim a perda de milhões<br />
das crianças nos casos reco-<br />
não necessitam de apreciação<br />
de vidas. A vacinação tem sua<br />
mendados pelas autoridades<br />
ética pelo CEP”. Juntamente com<br />
importância também para a pre-<br />
sanitárias” (BARBIERI; COUTO;<br />
essa pesquisa foi utilizada a téc-<br />
venção de surtos ou epidemias.<br />
AITH; 2017).<br />
nica de análise de documento e<br />
As vacinas são feitas com vírus<br />
revisão bibliográfica, para que<br />
ou bactérias inativadas, que ao<br />
Normas técnicas e operacio-<br />
o seja exposto o maior número<br />
entrarem em contato com o<br />
nais da Vacinação Infantil<br />
possível de informações para o<br />
organismo de um indivíduo ativa<br />
Cada vacinação realizada<br />
corpo deste artigo. Sites de arti-<br />
o seu sistema imune, fazendo<br />
em uma unidade de saúde é<br />
gos e revistas científicas foram<br />
com que o sistema imune crie<br />
registrada e posteriormente<br />
acessados e consultaram-se<br />
anticorpos e ative suas células<br />
enviada para o Ministério da<br />
diversos autores sobre diversas<br />
de memória. Assim quando a<br />
Saúde, que enviará depois para<br />
áreas relacionadas a saúde e a<br />
pessoa entrar em contato com<br />
a Organização Panamericana<br />
vacinação infantil<br />
a doença novamente, seu corpo<br />
de Saúde. Essa base de dados<br />
saberá como combater esse vírus<br />
será o caminho para a avaliação<br />
Vacinação Infantil<br />
(SOUSA; VIGO; PALMEIRA; 2012).<br />
do desempenho de cada país,<br />
A vacinação é um cuidado<br />
estado ou cidade para que as<br />
que cada ser humano deve ou<br />
A vacinação é considerada<br />
ações vacinais sejam planejadas<br />
deveria ter recebido. A vacina<br />
uma das maiores conquistas da<br />
da melhor forma possível e se<br />
é responsável pela prevenção<br />
medicina, pois tem grande atu-<br />
encaixem na situação em que<br />
de diversos tipos de doenças, e<br />
ação na erradicação de doenças<br />
cada lugar se encontra. Os<br />
deve ser tomada principalmen-<br />
infecciosas. As doenças que são<br />
tipos de vacina, o número de<br />
te na infância. Por causa disso<br />
prevenidas já na infância por<br />
doses, a idade para a adminis-<br />
os órgãos de saúde do mundo<br />
conta da vacinação são muitas,<br />
tração de cada dose e o inter-<br />
inteiro ciaram o calendário de<br />
e que antigamente, quando não<br />
valo entre uma dose e outra,<br />
vacinação infantil, no Brasil e<br />
possuíamos esse recurso de pro-<br />
são cuidados que o Manual de<br />
em outros países o Ministério<br />
teção matavam inúmeros bebês<br />
Normas e Procedimentos para<br />
da Saúde campanhas e várias<br />
e crianças, e que hoje em dia são<br />
Vacinação do Ministério da<br />
outras formas de atrair a aten-<br />
erradicadas pelo uso correto e<br />
Saúde exige que o profissional<br />
ção da sociedade para a vaci-<br />
seguro da vacinação (LESSA;<br />
que aplicará a vacina siga rigo-<br />
nação infantil foram feitas para<br />
SCHRAMM; 2015).<br />
rosamente (FERRARI; 2021).<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
45
Autoras: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela da Silva, Lívia Custódio Gonçalves,<br />
Daniela Santos Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
As atividades realizadas dentro<br />
da sala de vacinação sejam feitas<br />
em grupo formado por no míni-<br />
assumiu o cargo na Diretoria<br />
Geral de Saúde, mesmo queria<br />
erradicar a febre amarela, a<br />
varam que aquele estudo feito<br />
pelo Wakefield foi uma fraude<br />
e que as vacinas não causavam<br />
mo dois técnicos de enferma-<br />
peste bubônica e a varíola. A<br />
nada daquilo que ele havia<br />
gem, que são capacitados para<br />
população não aceitou suas<br />
falado. Por isso é de grande<br />
o manuseio das doses de forma<br />
medidas, e a partir disso uma<br />
importância que os cidadãos<br />
segura e correta, sabendo como<br />
revolta Antivacinas começou<br />
procurem em fontes confiáveis<br />
aplicar e conservar a vacina (OLI-<br />
no Rio de Janeiro. As pessoas<br />
informações sobre a vacinação<br />
VEIRA; 2013).<br />
que são a favor do movimento<br />
infantil, para que a mesmo<br />
Antivacinas possuem suas pró-<br />
ocorra em seu devido período e<br />
O Programa Nacional de Imuni-<br />
prias restrições, como não achar<br />
da forma correta, sendo aplica-<br />
zação é responsável por super-<br />
confiável, diversos sentimentos<br />
da por profissionais da área da<br />
visionar, implantar, normatizar<br />
e crenças, optam por acreditar<br />
saúde que estudaram e foram<br />
e avaliar as ações de imunização<br />
que as vacinas não são eficazes,<br />
capacitados para cumprir esse<br />
no Brasil. Ele traz estratégia e<br />
e os adultos que possuem esse<br />
trabalho. Atualmente (SILVA;<br />
faz com que a manipulação e<br />
tipo de pensamento, acabam<br />
TELES; ANDRADE; 2020; MELLO;<br />
acesso às vacinas seja facilitado<br />
transmitindo o mesmo para<br />
GERVITZ; 2020).<br />
e ocorra de forma correta. Ele<br />
seus filhos, deixando assim de<br />
regulamenta as técnicas que<br />
vacinar as crianças (MELLO; GER-<br />
Resultados e Discussão<br />
devem ser utilizadas, tornando-<br />
VITZ; 2020).<br />
A partir de resultados obtidos<br />
-as padrão em todo o território<br />
através de pesquisas de cam-<br />
nacional. O PNI atua também<br />
Os grupos Antivacinas fazem<br />
po e pesquisas bibliográficas<br />
na vigilância de eventos para<br />
o uso de informações falas,<br />
pode ser observado que quase<br />
que as pessoas estejam seguras<br />
embasamento em sites sem<br />
2 milhões de crianças mor-<br />
(ALBUQUERQUE; 2017).<br />
um fundo científico, a muitas<br />
rem pela falta de imunização<br />
vezes criam informações falsas,<br />
através da vacina, possuindo<br />
História do movimento Anti-<br />
como por exemplo o médico<br />
causas diversas como religião,<br />
vacinas<br />
Andrew Wakefield, que disse<br />
mitos ou estado econômico<br />
A OMS publicou uma lista<br />
que as crianças após um a vaci-<br />
(SOUZA; VIGO; PALMEIRA;<br />
de 10 coisas que ameaçam a<br />
nação desenvolviam autismo,<br />
2012). Segundo dados cole-<br />
saúde global, a hesitação em<br />
pois era possível encontrar em<br />
tados por meio de perguntas<br />
se vacinar ganhou o 4° lugar<br />
seus organismos vestígio de<br />
executadas de forma voluntá-<br />
(FLEMING; 2019).<br />
sarampo, que quando entra em<br />
ria e aleatória para moradores<br />
contato com a vacina desen-<br />
do Vale do paraíba realizadas<br />
A primeira revolução Antivaci-<br />
volve essa doença. Mas anos<br />
através da ferramenta do “Goo-<br />
nas no Brasil ocorreu em 1904,<br />
depois com mais pesquisas e<br />
gle Forms” nas quais conti-<br />
quando o médico Oswaldo Cruz<br />
informações cientistas compro-<br />
nham as seguintes perguntas:<br />
48 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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Autoras: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela da Silva, Lívia Custódio Gonçalves,<br />
Daniela Santos Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
1. Em qual região você reside ?<br />
2. Qual é a idade do (s) seu (s)<br />
filho (s)?<br />
Gráfico 1 – Deixou de levar seu filho para tomar algum tipo de vacina?<br />
3. A carteira de vacinação do seu<br />
filho está em dia ?<br />
4. Quando você vacinou seu (s)<br />
filho (s) , você foi orientado a<br />
qual tipo de doença ele estava<br />
sendo imunizado ?<br />
5. No seu ponto de vista, existe<br />
algum tipo de vacina que não é<br />
importante?<br />
6. Deixou de levar seu filho pra<br />
tomar alguma vacina ?<br />
7. Na sua região houveram campanhas<br />
sobre a importância da<br />
Vacinação infantil?<br />
8. Você incentiva outros pais a<br />
levarem seus filhos para vacinação<br />
?<br />
9. Quando você era criança, seus<br />
responsáveis te levavam para<br />
tomar vacina ?<br />
Fonte: as autoras, 2022<br />
Gráfico 2 – A carteira de vacinação do seu filho está em dia?<br />
Fonte: as autoras, 2022<br />
Sendo, 6,4% dos mesmos responderam<br />
que a carteira de pesquisa realizadas por meio<br />
em dados coletados através da<br />
vacinação de seus filhos não da ferramenta “Google Forms”<br />
está completa de acordo com cerca de 5,2% dos responsáveis<br />
10. Você acredita que o ato de<br />
vacinação previne a contração<br />
de possíveis doenças?<br />
A pesquisa indica que cerca de<br />
12,7% dos pais ou responsáveis<br />
que responderam ao formulário<br />
deixaram de levar seus filhos<br />
para tomar algum tipo de vacina.<br />
o calendário vacinal.<br />
A vacinação é considerada<br />
uma das maiores conquistas<br />
da medicina, pois atua na<br />
erradicação de doenças infecciosas<br />
(LESSA; SCHRAMM;<br />
2015), porém ainda com base<br />
não consideram importante<br />
algum tipo de vacina.<br />
E como resultados aproximadamente<br />
14,5% dos mesmos<br />
não incentivam outros pais ou<br />
responsáveis a levarem seus<br />
filhos para a vacinação.<br />
50 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Oliveira (2013), diz que “O<br />
programa nacional de imunização<br />
frisa que a prática de<br />
Gráfico 3 – No seu ponto de vista, existe algum tipo de vacina que<br />
não é importante?<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
imunização seja executada<br />
por profissionais capacitados<br />
para proceder com a conservação,<br />
manuseio e aplicações<br />
desses imunobiológicos”, e<br />
através de dados coletados<br />
pelo formulário de perguntas<br />
92,5% das pessoas informaram<br />
que foram orientadas<br />
pelo profissional de saúde<br />
a qual tipo de doença que a<br />
criança estava sendo imunizada,<br />
onde também 7,5% responderam<br />
que não receberam<br />
nenhum tipo de orientação<br />
Fonte: as autoras, 2022<br />
Gráfico 4 – Você incentiva outros pais e levarem seus filhos para vacinação?<br />
Fonte: as autoras, 2022<br />
por parte do profissional.<br />
A pesquisa ainda mostra que<br />
99,4% dos pais ou responsáveis<br />
que responderam ao formulário<br />
acreditam que o ato da<br />
vacinação previne a contração<br />
de possíveis doenças e 95,4%<br />
dos mesmos informam que<br />
quando crianças foram levados<br />
para a vacinação através de<br />
seus responsáveis.<br />
Com base na pesquisa realizada<br />
juntamente com pesquisas<br />
em sites de artigos e revistas<br />
científicas, é possível apontar<br />
algumas questões para análise<br />
a respeito da Vacinação Infantil.<br />
O questionário utilizado<br />
para esse artigo conteve 173<br />
respostas das quais 148 o que<br />
equivale a 85,5% dos pais e/<br />
ou responsáveis incentivam<br />
uns aos outros a levarem seus<br />
filhos a serem imunizados.<br />
Outro dado no qual foi levantado<br />
é que em 26% dos casos<br />
apresentados não tiveram<br />
contato com campanhas incentivando<br />
a vacinação, isso mostra<br />
que mesmo com tantos recursos<br />
como internet e meios de comunicação<br />
a cobertura informacional<br />
não foi realizada 100%.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
51
Autoras: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela da Silva, Lívia Custódio Gonçalves,<br />
Daniela Santos Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Conclusão<br />
Com base em pesquisas bibliográficas<br />
e pesquisas de campo,<br />
pode-se concluir que a vacinação<br />
se faz muito importante<br />
na prevenção de doenças<br />
principalmente com relação<br />
às crianças, já que a imunização<br />
é um dos pilares para o<br />
desenvolvimento imunológico<br />
dos mesmos. Os objetivos do<br />
trabalho foram alcançados os<br />
quais eram realizar pesquisas<br />
sobre a importância da vacinação<br />
infantil, a atuação dos<br />
profissionais da saúde na área<br />
de imunização, possíveis contradições<br />
vacinais e entender<br />
o ponto de vista dos pais ou<br />
responsáveis com relação à<br />
imunização de seus filhos já<br />
que muitas crianças ainda não<br />
possuem o calendário vacinal<br />
completo por motivos de<br />
religião, Fake News, mitos ou<br />
estado econômico do país.<br />
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140–148, 2014. DOI: 10.5020/2336. Acesso<br />
em: 25 maio. 2022. Disponível em: https://<br />
periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/2336.<br />
ALBUQUERQUE, L. C. Avaliação dos serviços<br />
de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde<br />
do Brasil. 2017. 116 f. Dissertação (Mestrado<br />
em Saúde Coletiva) - Universidade Federal<br />
do Maranhão, São Luis, 2017. Acesso 25<br />
MAIO 2022; Disponível em: http://tedebc.<br />
ufma.br:8080/jspui/handle/tede/1726<br />
FLEMING, M. Infectious Diseases Dominate<br />
WHO's List of 2019 Health Threats. Contagion<br />
Live, Cranbury, 23.01.2019. Acesso em: 25<br />
maio 2022; Disponível em: [www.contagionlive.com/news/infectious-diseases-dominatewhos-list-of-2019-health-threats].<br />
MELLO, C., G. O Movimento Antivacina: A<br />
contaminação ideológica, a escolha social,<br />
o direito e a economia. 2020. [Acessado<br />
em 25 MAIO 2022] Disponível em: https://<br />
www.thomsonreuters.com.br/content/dam/<br />
openweb/documents/pdf/Brazil/white-pa-<br />
per/rdm-5-cecilia-mello-e-luiza-gervitz-o-<br />
-movimento-antivacina.pdf<br />
RODRIGUES, S., M.; APARECIDA, S. T., L. .;<br />
GASPAR, S. A. Antivacinação: Um Movimento<br />
Consequente Na Realidade Brasileira. <strong>Revista</strong><br />
de Iniciação Científica e Extensão, [S. l.], v. 3,<br />
n. 2, p. 483–94, 2020. Acesso em: 25 maio.<br />
2022. Disponível em: https://revistasfacesa.<br />
senaaires.com.br/index.php/iniciacao-cientifica/article/view/307<br />
52 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
NOVEMBRO<br />
AZUL<br />
NA BECKMAN<br />
Teste da Beckman pode auxiliar na redução de<br />
biopsias desnecessárias e gastos extras<br />
No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do<br />
Instituto Nacional do Câncer (INCA). Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns<br />
sinais começam aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.<br />
A ferramenta p2PSA por quimioluminescência, oferecida pela Beckman Coulter é capaz de reduzir o número de biópsias<br />
negativas e proporcionar decisões mais confiáveis, em questão de minutos. A ideia é tornar o processo de diagnóstico<br />
mais rápido através de um exame de sangue mais simples e, consequentemente, diminuir o número de biópsias<br />
desnecessárias e melhorar os índices de diagnóstico na fase inicial da doença.<br />
Quando as medições de p2PSA são combinadas com os testes da Beckman PSA e PSA livre, o índice resultante<br />
demonstra uma melhora significativa na especificidade clínica para detecção do câncer de próstata, em relação ao PSA<br />
isolado, em homens com 50 anos de idade ou mais, com uma faixa de PSA de 2-10 ng/mL e sem achados suspeitos no<br />
exame de toque retal. Este índice resulta em uma probabilidade de câncer de próstata na biópsia do paciente, é<br />
conhecido como Índice de Saúde da Próstata ou phi. O phi aumenta a especificidade porque é uma combinação de três<br />
isoformas diferentes de PSA: PSA Total, PSA Livre e [-2] pro PSA.<br />
A Beckman Coulter, empresa inovadora, é parceira do laboratório e do médico na triagem do paciente com suspeita de<br />
câncer de próstata. Além de diminuir os custos na jornada do paciente, diminui consideralvemnte o número de<br />
pacientes que são levados a biópsias desnecessárias.<br />
Regularização ANVISA/MS nº: 10033120916<br />
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oassay/prostate-cancer-detection
GESTÃO LABORATORIAL<br />
COLEÇÃO: GESTÃO ECONÔMICA DE VANGUARDA<br />
PARA LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />
Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Introdução geral<br />
Em 2023, a Unidos Consultoria<br />
e Treinamento completou 23<br />
anos de existência, cumprindo<br />
fielmente a sua razão de existir:<br />
fazer o possível para socializar<br />
tudo que conhecemos sobre<br />
gestão de laboratórios clínicos,<br />
pois acreditamos firmemente<br />
que a divisão do conhecimento<br />
é na verdade, a multiplicação das<br />
oportunidades para todos, resultando<br />
em uma sociedade mais<br />
justa e um País melhor. Criamos<br />
o PROGELAB – Programa Nacional<br />
para Profissionalização da<br />
Gestão Laboratorial, cujo macro<br />
OBJETIVO é disponibilizar uma<br />
solução prática em gestão econômica<br />
profissional, com fundamento<br />
científico e em exemplos<br />
reais advindos da rotina do dia<br />
a dia dos laboratórios clínicos,<br />
para os gestores cuja formação<br />
não é administração, acessível<br />
não somente aos grandes, mas<br />
também aos pequenos e médios<br />
laboratórios. A VISÃO do PROGE-<br />
LAB é aumentar a competitivida-<br />
de e reduzir o risco de insolvência<br />
dos laboratórios clínicos do País,<br />
proporcionando a manutenção<br />
dos empregos e uma justa remuneração<br />
aos seus acionistas.<br />
Volume 1: FATORES DETERMI-<br />
NANTES PARA O SUCESSO DOS<br />
INVESTIMENTOS EM LABORA-<br />
TÓRIOS CLÍNICOS<br />
Generalidades<br />
Uma pergunta repetida incessantemente<br />
por todos que labutam<br />
nos negócios das análises clínicas<br />
é: como ter sucesso? Isto define<br />
o “Problema” a ser resolvido, portanto,<br />
é o tema central da Coleção<br />
“Gestão Econômica de Vanguarda<br />
para Laboratórios Clínicos”. Em<br />
decorrência, esperamos que esta<br />
traga a solução almejada para o<br />
referido problema. No que tange<br />
a produzir exames tecnicamente<br />
válidos para a sociedade, portanto,<br />
estamos nos referindo aqui a<br />
“Qualidade intrínseca” das informações<br />
geradas (exames) pelos<br />
laboratórios clínicos, que servirão<br />
de auxílio ao diagnóstico médico,<br />
essas devem ter os atributos<br />
de “Precisão” e “Exatidão”. Isto é<br />
proporcionado pelos controles<br />
internos e externos da qualidade.<br />
Não é a minha seara, pertence<br />
aos profissionais da área. Ainda,<br />
para os exames satisfazerem a<br />
condição de “Tecnicamente válidos<br />
para a sociedade”, devem ser<br />
entregues no prazo, local e forma<br />
previamente acordados, do contrário,<br />
não terão utilidade para<br />
o médico assistente. Sob a ótica<br />
de um empreendimento responsável,<br />
uma organização deve<br />
estar comprometida lato sensu<br />
com os clientes, empregados,<br />
fornecedores, sociedade e meio<br />
ambiente. Os exames devem<br />
ser produzidos em ambiente<br />
seguro e salutar para os trabalhadores<br />
e clientes, que devem ser<br />
atendidos na recepção e coleta,<br />
com educação, presteza, gentileza<br />
e empatia. A “Jornada do<br />
cliente” ou o “Ciclo de prestação<br />
dos serviços” deve estar inteiramente<br />
mapeado, com todos os<br />
“Momentos da verdade” claramente<br />
identificados. As ações<br />
54 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
preventivas devem ser tomadas<br />
de forma padronizada para os<br />
processos repetitivos, buscando<br />
evitar falhas, ou seja, problemas,<br />
resultados indesejados dos processos.<br />
No caso de ocorrência<br />
destas não conformidades, deve<br />
ser utilizada a técnica do MASP –<br />
Método de Análise e Solução de<br />
Problemas. O “PLANEJAMENTO<br />
ESTRATÉGICO” do laboratório<br />
elevados impõem “PREÇOS DE<br />
VENDA” altos, que nem sempre,<br />
ou melhor dizendo, dificilmente<br />
são aceitos pelo “MERCADO”.<br />
Nichos privilegiados de mercado<br />
podem proporcionar alto<br />
“TICKET MÉDIO” (valor médio dos<br />
exames – QUALIDADE DA RECEI-<br />
TA). Disto decorre abundância<br />
de “RECEITA”, que pode produzir<br />
“LUCROS” altos, mesmo com bai-<br />
As palavras em letras maiúsculas<br />
no item anterior (MASP; PLANE-<br />
JAMENTO ESTRATÉGICO; INDICA-<br />
DORES DE DESEMPENHO; BEN-<br />
CHMARKING; CONCORRÊNCIA;<br />
PDCA; MELHORIA CONTÍNUA;<br />
GQT; CUSTO; RISCO DE INSOL-<br />
VÊNCIA; PREÇOS DE VENDA;<br />
MERCADO; TICKET MÉDIO; QUA-<br />
LIDADE DA RECEITA; LUCROS;<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
clínico deve ter todas as metas<br />
xa “DEMANDA”. Nesta situação,<br />
DEMANDA;<br />
COMPETITIVIDADE;<br />
dos “INDICADORES DE DESEMPE-<br />
NHO” baseadas em processos de<br />
“BENCHMARKING” competitivo,<br />
ou seja, estabelecidas com fundamento<br />
na “CONCORRÊNCIA”.<br />
Finalmente, toda a gestão da<br />
organização, ou seja, a prática do<br />
controle de seus processos, deve<br />
ser feita utilizando o ciclo PDCA,<br />
método gerencial do terceiro<br />
até os laboratórios com gestão<br />
amadora, podem sobreviver e<br />
ter altas rentabilidades, ainda<br />
que com baixa “COMPETITIVI-<br />
DADE”. O risco é a invasão destes<br />
nichos por parte de concorrentes<br />
aguerridos. A situação mais usual<br />
é a do preço que o “MERCADO”<br />
está disposto a pagar, normalmente<br />
baixo. Esta condição força<br />
MERCADO; REDUZIDOS CUSTOS<br />
OPERAIONAIS; GANHO DE ESCA-<br />
LA; RECEITA), e tantas outras não<br />
citadas, são elementos chave<br />
para a gestão econômica de vanguarda<br />
em laboratórios clínicos,<br />
nos tempos atuais, ousaria dizer,<br />
no terceiro milênio. Eis aqui, o<br />
primeiro “Fator determinante<br />
milênio. Tudo isto deve assegurar<br />
os laboratórios clínicos a terem<br />
do sucesso”: GESTÃO ECONÔ-<br />
a “MELHORIA CONTÍNUA” dos<br />
processos, bem como proporcio-<br />
grandes fatias do mercado e<br />
“REDUZIDOS CUSTOS OPERACIO-<br />
MICA DE VANGUARDA!<br />
nar a capacidade de se adaptar<br />
mais rapidamente as mudanças.<br />
Vejam bem, caros leitores, estamos<br />
falando da chamada Gestão<br />
pela Qualidade Total – GQT (TQC<br />
em inglês). Deixamos propositalmente<br />
a dimensão “CUSTO” para<br />
o final. Ela vincula-se diretamente<br />
com o “RISCO DE INSOLVÊNCIA”<br />
do laboratório clínico. Custos<br />
NAIS” (GANHO DE ESCALA), do<br />
contrário, não sobreviverão. Em<br />
síntese, os laboratórios devem<br />
ser “COMPETITIVOS” para<br />
terem um futuro perene, permanecerem<br />
no mercado. Esta é<br />
a nossa seara!<br />
• Fatores determinantes para o<br />
sucesso dos investimentos em<br />
Uma construção sólida depende<br />
da fortaleza da sua base. Da<br />
mesma forma, o sucesso de um<br />
laboratório clínico vai depender<br />
do seu alicerce: educação lato<br />
sensu e competente formação<br />
técnica dos gestores, sejam<br />
sócios, investidores ou ambos.<br />
Eis aqui, o segundo “Fator<br />
operacionais (fixos e variáveis)<br />
laboratórios clínicos<br />
determinante do sucesso”.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
55
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GESTÃO LABORATORIAL<br />
O que normalmente ocorre no<br />
universo dos negócios na área<br />
das análises clínicas, é um erro<br />
elementar, cuja origem remonta<br />
aos currículos escolares que<br />
raramente preparam os profissionais<br />
técnicos para serem<br />
empreendedores. Em essência,<br />
ficam voltados para o exercício<br />
das suas especialidades, ignorando<br />
as questões básicas de uma<br />
gestão profissional de empresas.<br />
Disto decorre uma falha basilar,<br />
de rumo, estratégica: inexistência<br />
de avaliação precisa do<br />
mercado potencial para laboratórios<br />
clínicos, em determinada<br />
região. Eis aqui, o terceiro<br />
“Fator determinante do sucesso”.<br />
O investidor apressado,<br />
amador, vai abrir o seu negócio<br />
baseado no aspecto emocional,<br />
por gostar do lugar, por questões<br />
familiares, por um sonho, porque<br />
o (a) namorado (a) reside lá e,<br />
por aí vai! Este, talvez seja, o pior<br />
erro a ser cometido ao avaliar um<br />
determinado investimento, pois,<br />
repercute por toda a existência<br />
do negócio. O mercado deve ser<br />
avaliado nos seus aspectos qualitativos<br />
(valor do ticket médio)<br />
e quantitativo (equilíbrio entre<br />
oferta versus demanda). Isto vai<br />
impor aos investidores as estratégias<br />
corretas para uma operação<br />
eficiente. Ganho de escala; nichos<br />
privilegiados, mista? A correta<br />
avaliação da receita potencial<br />
permite determinar qual deve ser<br />
o foco da gestão: custos, volume<br />
de clientes, tratamento diferenciado?<br />
Todas as estratégias de<br />
operação do negócio, de uma<br />
forma ou outra, se correlacionam<br />
com o tipo de mercado, daí sua<br />
importância, a imperiosa necessidade<br />
de uma avalição profissional<br />
antes de investir!<br />
De certa forma, como uma<br />
estratificação do item anterior,<br />
o sucesso dos investimentos<br />
em laboratórios clínicos, passa<br />
por analisar os segmentos que<br />
compõem o mercado: número<br />
de habitantes por laboratório;<br />
número de médicos assistentes,<br />
por especialidade; número de<br />
empresas por tipo e porte etc.<br />
Eis aqui, o quarto “Fator determinante<br />
do sucesso”: análise<br />
estratificada do mercado com<br />
foco na concorrência.<br />
Outro aspecto a ser levado em<br />
consideração pelo investidor é a<br />
questão dos insumos, suprimentos<br />
de todos os tipos: reagentes,<br />
controles, calibradores, material<br />
descartável, material de escritório,<br />
equipamentos, laboratórios<br />
de apoio etc. A distância dos<br />
principais fornecedores, pois<br />
além do impacto nos custos, tem<br />
a questão do tempo necessário<br />
para repor os insumos. Eis aqui, o<br />
quinto “Fator determinante do<br />
sucesso”: a dimensão da complexidade<br />
inerente a logística<br />
dos insumos laboratoriais.<br />
Existe um fator que é parte integrante<br />
do anterior, entretanto,<br />
pela sua importância, deve ser<br />
analisado em separado quando<br />
da decisão de investir em laboratório<br />
clínicos. Trata-se da existência<br />
de mão de obra especializada.<br />
Eis aqui, o sexto “Fator determinante<br />
do sucesso”: disponibilidade<br />
local de mão de obra<br />
especializada.<br />
Finalmente, qualquer investidor,<br />
minimamente cauteloso, independentemente<br />
da área na qual<br />
vai investir, deve levar a efeito<br />
uma investigação, ou seja, uma<br />
análise minuciosa dos riscos<br />
envolvidos. O chamado “RISCO<br />
EMPRESARIAL TOTAL”. Por<br />
exemplo, os riscos oriundos do<br />
ambiente externo e interno do<br />
laboratório. Riscos políticos-legais,<br />
econômicos, demográficos,<br />
naturais, tecnológicos, sociais,<br />
de fornecedores, clientes, concorrentes,<br />
produtos alternativos,<br />
de liquidez, crédito, mercado, de<br />
estrutura de custos, de sucessão,<br />
fraudes, corporativos, de sistemas,<br />
de greves, falhas de produto,<br />
de infraestrutura, funcionais<br />
58 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
das diversas áreas (administrativa,<br />
compras, vendas, marketing,<br />
produção, logística, contábil e fiscal,<br />
financeira, distribuição e tecnologia<br />
da informação). Eis aqui,<br />
o sétimo “Fator determinante<br />
do sucesso”: análise detalhada<br />
do risco empresarial total.<br />
Conclusão<br />
De todos os sete fatores determinantes<br />
para o sucesso dos investimentos<br />
em laboratórios clínicos,<br />
seis deles ocorrem previamente<br />
ao ato de investir e, somente um<br />
ocorre antes, durante e após<br />
os investimentos. Trata-se da<br />
GESTÃO ECONÔMICA DE VAN-<br />
GUARDA! Sua importância fica,<br />
então, evidente. Repetimos, esta<br />
é a nossa seara. A Unidos Consultoria<br />
e Treinamento desenvolveu<br />
o PROGELAB – Programa Nacional<br />
para Profissionalização da Gestão<br />
Laboratorial, composto pelos<br />
segmentos de “CAPACITAÇÃO” e<br />
de “GESTÃO APLICADA”. Nestes<br />
são disponibilizados diversos cursos<br />
bem como vários produtos de<br />
tecnologia da informação, dentre<br />
os quais, destacamos o Sistema<br />
de Apoio à Decisão – Ranking<br />
Nacional da Competência<br />
Gerencial (SAD-RNCG). Nunca<br />
o apoio às decisões foi tão simples,<br />
completo, científico e acessível:<br />
identificação de problemas<br />
(diagnóstico) e análise de causas,<br />
proporcionando a visualização<br />
das ações corretivas e preventivas<br />
(soluções). Finalmente, este<br />
sistema contempla algo único<br />
em termos de gestão econômica<br />
para laboratórios, inédito mesmo<br />
mundialmente: o RANKING<br />
NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />
GERENCIAL! Tudo implantado à<br />
distância, via internet, acessível<br />
aos laboratórios de pequeno e<br />
médio porte. A utilização de um<br />
Sistema de Apoio à Decisão (SAD)<br />
decorre, fundamentalmente, da<br />
competição cada vez maior entre<br />
as organizações, bem como da<br />
necessidade de obter de forma<br />
rápida, informações cruciais para<br />
o processo decisório. Um SAD é<br />
responsável por captar e elaborar<br />
informações contidas em uma<br />
base de dados, transformando-<br />
-os em vantagem competitiva,<br />
para decidir de forma inteligente.<br />
Esperando termos contribuído<br />
para a gestão na área das análises<br />
clínicas, nos despedimos até a<br />
próxima <strong>edição</strong> da revista News-<br />
Lab.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
Humberto Façanha<br />
51-99841-5153<br />
humberto@unidosconsultoria.<br />
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*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />
curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
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de triagem fundamentais para<br />
a determinação de anticorpos, por<br />
exemplo, em doenças autoimunes<br />
ou infecciosas. A procura global<br />
de diagnósticos IFA está continuamente<br />
aumentando e para<br />
minimizar a carga de trabalho<br />
manual, especialmente no caso<br />
de grandes e médios volumes de<br />
amostras, assim como fornecer<br />
resultados altamente padronizados,<br />
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tado para automação completa<br />
dos testes de imunofluorescência<br />
indireta EUROIMMUN, desde a<br />
amostra primária até os resultados<br />
gerados pelo software. Além de<br />
realizar a incubação e lavagem das<br />
lâminas, realiza a montagem das<br />
lâminas, adquire as imagens e as<br />
transmite diretamente ao software<br />
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carregamento do sistema com as<br />
amostras, reagentes e lâminas, não<br />
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até a verificação do resultado.<br />
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portanto, é ideal para laboratórios<br />
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pipetagem eficiente de amostras,<br />
reagentes, meio de montagem e<br />
para lavagem. A aplicação automática<br />
de lamínulas é uma característica<br />
exclusiva deste sistema e garante<br />
que as lâminas não sequem. Para<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
61
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N o s s a s ce n t r í f u g a s s ã o f e i t a s co m u m ro t o r d e d e s i g n<br />
exc l u s i vo, d e s e n vo l v i d o t e c n o l o g i c a m e n t e p e l o s<br />
n o s s o s t é c n i c o s . D i f e r e n t e d e o u t r o s m o d e l o s d e<br />
m e r c a d o , n o s s o r o t o r p o s s i b i l i t a q u e o s t u b o s d e<br />
a m o s t ra f i q u e m n a p o s i ç ã o h o r i z o n t a l , o q u e g a ra n t e<br />
q u e a q u a l i d a d e d a a m o s t ra p e r m a n e ç a i n a l t e ra d a e<br />
a p r e s e n t e m e l h o r e s r e s u l t a d o s , p o i s d u ra n t e o<br />
p r o c e s s o , a s e p a ra ç ã o d o c o á g u l o f i c a n o f u n d o d o<br />
t u b o. A l é m d i s s o , c o m e s s e m o d e l o d e r o t o r exc l u s i vo<br />
L a b o r l i n e é p o s s í ve l u t i l i z a r m a i o r c a p a c i d a d e d e<br />
t u b o s p o r r o t o r, o t i m i z a n d o o s e u t r a b a l h o d i á r i o .
NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />
NOVO ESTUDO ANALISOU CASO DE BRASILEIRO<br />
PARA ENTENDER MELHOR A “DOENÇA DA VACA LOUCA”<br />
Estudo analisou técnicas de diagnóstico e tratamento através de exames de neuroimagem.<br />
Por Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />
A Doença de Creutzfeldt-Jakob<br />
(DCJ) é uma doença neurológica<br />
rara que afeta o cérebro,<br />
principalmente o córtex cerebral<br />
e gânglios basais, e possui<br />
uma progressão é rápida que<br />
leva a um declínio cognitivo e<br />
físico grave, causando sintomas<br />
como perda de memória, dificuldades<br />
motoras, mudanças<br />
comportamentais e a completa<br />
incapacitação do paciente.<br />
A doença, popularmente conhecida<br />
como a “Doença da Vaca<br />
Louca”, pode se manifestar de<br />
duas formas diferentes, como<br />
Creutzfeldt-Jakob, ou Encefalopatia<br />
Espongiforme Bovina<br />
(EEB), que apesar de serem a<br />
mesma patologia, possuem causas<br />
diferentes, como genética e<br />
consumo de carne bovina contaminada<br />
com a doença.<br />
No entanto, a doença não tem<br />
cura, o que faz com que seu<br />
prognóstico seja fatal e bastante<br />
rápido, por isso, diversos<br />
estudos dedicam-se a identificar<br />
novas abordagens de diagnóstico,<br />
manejo e tratamento<br />
da condição para melhorar a<br />
sobrevida dos pacientes diagnosticados<br />
com a condição.<br />
Por ter uma proximidade com<br />
esse tipo de caso, algo que já<br />
ocorreu na minha família, me<br />
dediquei a estudá-lo e entendê-lo<br />
melhor, por isso, realizei<br />
um estudo, que recentemente<br />
foi finalizado e publicado na<br />
revista científica “Caderno<br />
pedagógico”. O estudo analisou<br />
o caso de um brasileiro de<br />
46 anos de idade que foi diagnosticado<br />
com a doença após<br />
sentir dores nas pernas, o que<br />
logo evoluiu para problemas<br />
de fala, dores de cabeça, fraqueza<br />
muscular, entre outros.<br />
No caso analisado, o paciente<br />
precisou realizar um teste<br />
genético para determinar se<br />
a doença se tratava de DCJ<br />
ou EEB, de forma a direcionar<br />
melhor seu tratamento através<br />
da identificação de possíveis<br />
mutações genéticas e associações<br />
a outras causas. Além<br />
disso, foram utilizados exames<br />
de neuroimagem, como Ressonância<br />
Magnética e Tomografia<br />
Computadorizada para<br />
analisar com mais precisão a<br />
evolução da doença, identificar<br />
as melhores técnicas de<br />
diagnóstico para a condição e<br />
medicamentos utilizados no<br />
manejo da doença.<br />
Apesar de atualmente a Doença<br />
de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)<br />
não ter cura, existem sim perspectivas<br />
favoráveis ao desenvolvimento<br />
de novos métodos<br />
de tratamentos que possam<br />
melhorar a qualidade de vida<br />
dos pacientes por meio de<br />
novas áreas que tem sido bastante<br />
exploradas pela ciência,<br />
como a nanotecnologia e uso<br />
de Inteligência Artificial, por<br />
isso, são necessários cada vez<br />
mais estudos na área.<br />
Autor:<br />
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />
www.deabreu.pt - www.pressmf.global - Instagram @fabianodeabreuoficial<br />
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology<br />
no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia<br />
com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society e Triple Nine Society. Autor de mais de<br />
200 artigos científicos e 15 livros.<br />
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MATÉRIA DE CAPA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
69
LAB NEWS<br />
SEXAGEM FETAL: UMA REVOLUÇÃO DIAGNÓSTICA<br />
NA ERA DA MEDICINA PERSONALIZADA<br />
Por Andreza Patricia Marinho de Souza Martins<br />
Nos últimos anos, a sexagem<br />
fetal revolucionou a forma<br />
como determinamos o sexo do<br />
bebê antes do nascimento. Mas<br />
Essa técnica baseia-se na<br />
detecção de sequências do cromossomo<br />
no sangue da mãe,<br />
permitindo a determinação do<br />
subsequentes, foi um estudo<br />
pioneiro sobre a transferência<br />
de células fetais para a mãe.<br />
o que está por trás deste avanço<br />
tecnológico? Neste artigo,<br />
exploraremos a jornada da sexagem<br />
fetal, desde sua concepção<br />
até sua evolução no mercado<br />
atual. Além disso, teremos o<br />
prazer de ler com exclusividade<br />
a entrevista que fiz com Nelson<br />
Gaburo, Co-fundador & CEO<br />
da Sollutio Diagnósticos, para<br />
obter informações privilegiadas<br />
sobre esse teste inovador e suas<br />
nuances.<br />
sexo do feto de maneira menos<br />
invasiva do que os métodos tradicionais,<br />
como a amniocentese,<br />
que envolve procedimentos<br />
que carregam riscos de complicações.<br />
A origem e a evolução da sexagem<br />
fetal é uma linha do tempo<br />
bastante interessante, como<br />
veremos a seguir.<br />
Uma Breve Linha do Tempo<br />
• Um passo crítico no desenvolvimento<br />
da sexagem fetal não<br />
invasiva foi o aprimoramento da<br />
tecnologia de amplificação de<br />
DNA. A PCR (Reação em Cadeia<br />
da Polimerase), desenvolvida<br />
na década de 1980, permitiu<br />
a amplificação seletiva de segmentos<br />
de DNA, tornando possível<br />
a detecção de fragmentos<br />
de DNA fetal em amostras de<br />
sangue materno.<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
A Origem e a Evolução da<br />
Sexagem Fetal<br />
A descoberta do DNA fetal livre<br />
no plasma de gestantes, combinada<br />
com a alta sensibilidade<br />
das técnicas de biologia molecular<br />
que permitem a detecção<br />
de quantidades ínfimas de<br />
ácidos nucleicos, possibilitou<br />
o desenvolvimento de novos<br />
Sobre a Sexagem Fetal<br />
Vamos viajar no tempo para<br />
entender a evolução da sexagem<br />
fetal, desde os primeiros<br />
estudos em 1969 até os avanços<br />
tecnológicos que tornaram<br />
acessíveis a um público<br />
mais amplo.<br />
• O artigo "Implicações práticas<br />
e teóricas da transferência fetal-<br />
• Nos anos seguintes, pesquisadores<br />
identificaram marcadores<br />
cromossômicos específicos<br />
que diferenciam os cromossomos<br />
sexuais masculinos (XY)<br />
dos femininos (XX). Isso foi fundamental<br />
para a sexagem fetal,<br />
pois permitiu o desenvolvimento<br />
de testes que se baseiam na<br />
detecção desses marcadores.<br />
testes não invasivos,expandindo-se<br />
para a avaliação dos<br />
cromossomos sexuais<br />
-materna de linfócitos" publicado<br />
no Lancet (1969), lançado<br />
como base para pesquisas<br />
• Para melhorar a sensibilidade<br />
e a precisão dos testes de sexagem<br />
fetal, os estudiosos desen-<br />
70 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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LAB NEWS<br />
volveram técnicas de separação<br />
que isolam o DNA fetal do DNA<br />
materno no sangue da mãe.<br />
Isso ajudou a reduzir o risco de<br />
resultados incorretos devido à<br />
À medida que essas técnicas se<br />
desenvolveram e se tornaram<br />
mais acessíveis, laboratórios<br />
começaram a comercializar testes<br />
de sexagem fetal não invasiva.<br />
Com a automação de processos<br />
e avanços na tecnologia de<br />
análise de DNA, os laboratórios<br />
agora podem oferecer testes<br />
mais precisos e rápidos. A qua-<br />
contaminação materna.<br />
• 1989-1998: Uma série de estudos<br />
liderados por Lo Y.M. e sua<br />
O teste de sexagem se tornou<br />
amplamente disponível, oferecendo<br />
às famílias a oportunidade<br />
de conhecer o sexo do bebê<br />
lidade no quesito sensibilidade<br />
se tornou uma prioridade,<br />
garantindo que os resultados<br />
sejam confiáveis e seguros.<br />
equipe, marcaram a identificação,<br />
a confirmação e a quantificação<br />
de DNA fetal no sangue<br />
materno. Lembrando que a<br />
base para o desenvolvimento<br />
da sexagem fetal não invasiva<br />
reside na observação de que o<br />
DNA fetal pode ser encontrado<br />
no sangue da mãe durante a<br />
gravidez.<br />
já nas primeiras semanas de<br />
gestação, evoluiu de métodos<br />
mais tradicionais de determinação<br />
do sexo fetal para uma<br />
abordagem não invasiva.<br />
O objetivo da Sexagem Fetal<br />
O principal objetivo da sexagem<br />
fetal é fornecer ao futuros pais<br />
informações sobre o sexo do<br />
feto de forma precoce e precisa.<br />
Uma das questões fundamentais<br />
na sexagem fetal é<br />
a diferença entre os testes<br />
automatizados e os manuais.<br />
Embora os testes automatizados<br />
sejam geralmente mais<br />
precisos e menos suscetíveis<br />
a erros humanos, os testes<br />
manuais podem ter limitações<br />
que podem levar a resultados<br />
• A qPCR, introduzida na<br />
década de 1990, permitiu<br />
uma análise mais precisa do<br />
DNA fetal circulante. Ela tornou<br />
possível a quantificação<br />
de DNA fetal, o que é essencial<br />
para determinar o sexo fetal<br />
de maneira confiável.<br />
A sexagem fetal é, principalmente,<br />
para fins informativos<br />
e de preparação para a chegada<br />
do bebê.<br />
A seguir veremos como a qualidade<br />
e a automação fazem parte<br />
da evolução de testes cada<br />
vez mais sensíveis e assertivos.<br />
discrepantes. A automação<br />
desempenha um papel vital na<br />
padronização dos processos.<br />
As variáveis envolvidas na<br />
análise do DNA fetal devem<br />
ser cuidadosamente avaliadas<br />
para garantir a confiabilidade<br />
dos resultados.<br />
• Primeira década de 2000:<br />
Surgiram vários estudos que<br />
investigaram a presença de<br />
DNA fetal livre e células fetais<br />
intactas no sangue materno<br />
durante os primeiros trimestres<br />
da gravidez.<br />
A Evolução da Qualidade e da<br />
Automação<br />
As experiências evidenciadas<br />
ao longo dos anos trouxeram<br />
uma necessidade de conhecer e<br />
ter um maior rigor relacionado<br />
às boas práticas na realização<br />
da sexagem fetal.<br />
Limitações do teste<br />
Existem limitações pré-analíticas<br />
que podem afetar os<br />
resultados. Compreender essas<br />
especificações e seguir as<br />
orientações é crucial para evitar<br />
conclusões incorretas.<br />
72 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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LAB NEWS<br />
Para entender um pouco mais<br />
sobre o teste, assim como as suas<br />
limitações, convidei um profissional<br />
que é referência quando<br />
falamos de exames de alta complexidade<br />
para uma entrevista<br />
exclusiva: Nelson Gaburo!<br />
Andreza Martins: Olá, Nelson.<br />
Obrigado por compartilhar<br />
seu conhecimento sobre a<br />
sexagem fetal conosco. Para<br />
começar, você poderia nos<br />
explicar o conceito por trás<br />
do teste de sexagem fetal e<br />
como ele entrou no mercado?<br />
Nelson Gaburo: Claro, é um prazer<br />
estar aqui. A sexagem fetal é<br />
um teste não invasivo que permite<br />
determinar o sexo do feto<br />
durante a gravidez, analisando o<br />
DNA fetal presente na circulação<br />
sanguínea da mãe. A técnica<br />
ganhou destaque no início dos<br />
anos 2000, mas sua evolução é<br />
resultado de décadas de experiência<br />
na oferta do teste em<br />
laboratórios privados e de apoio.<br />
Inicialmente, esse tipo de teste era<br />
mais complexo e caro, tornando-<br />
-o menos acessível. Atualmente,<br />
a sexagem fetal é amplamente<br />
oferecida em muitos laboratórios<br />
e clínicas, tornando-se uma<br />
ferramenta mais disponível e<br />
conveniente para gestantes.<br />
AM: Poderia nos fornecer<br />
uma breve linha do tempo<br />
de desenvolvimento do teste<br />
de sexagem fetal ao longo<br />
destes anos?<br />
NG: Com certeza. A sexagem fetal<br />
evoluiu muito ao longo das décadas.<br />
Começou com os primeiros<br />
estudos lá na década de 1960,<br />
quando pesquisadores perceberam<br />
a transferência de células<br />
do sistema imune da mãe para o<br />
feto através da barreira placentária.<br />
Esse seria o pontapé inicial<br />
para estudos que viriam adiante,<br />
tanto que no final dos anos 1980<br />
e início dos anos 1990, Dr. Dennis<br />
Lo sua equipe, desenvolveram<br />
técnicas de amplificação de DNA<br />
que permitiram a identificação,<br />
confirmação, quantificação de<br />
DNA fetal no sangue materno,<br />
até chegar na detecção do sexo<br />
neste mesmo material.<br />
AM: E qual é o principal objetivo<br />
da sexagem fetal?<br />
NG: O exame de sexagem fetal é<br />
um exame não invasivo utilizado<br />
para determinar o sexo do bebê<br />
através da pesquisa de DNA fetal<br />
no plasma materno. Essa informação<br />
pode ser importante para<br />
planejar, estabelecer vínculos<br />
emocionais com o bebê e preparar-se<br />
para a chegada do novo<br />
membro da família.<br />
AM: Para exames de alta<br />
complexidade, sabemos o<br />
quanto a sensibilidade é<br />
importante, não é mesmo? E<br />
na sexagem fetal?<br />
NG: “A sensibilidade é essencial<br />
em qualquer exame laboratorial,<br />
incluindo a sexagem fetal.<br />
A sensibilidade do teste de sexagem<br />
fetal indica quão eficaz o teste<br />
é em identificar corretamente o<br />
sexo do feto. Uma alta sensibilidade<br />
é fundamental para garantir<br />
que o teste seja capaz de detectar<br />
com precisão o sexo fetal.<br />
A precisão é fundamental, pois<br />
resultados inconclusivos podem<br />
levar a interpretação e decisões<br />
equivocadas ou a expectativas<br />
específicas. Importante ressaltar<br />
que a sensibilidade analítica se<br />
dá por um conjunto de etapas<br />
que vão de uma extração eficiente<br />
do material genético, volume<br />
eluído, concentração de amostra<br />
por reação e até mesmo com a<br />
utilização de dois alvos com objetivo<br />
de aumentar a sensibilidade<br />
do teste característica de cada<br />
laboratório.<br />
O ensaio de sexagem, quando<br />
realizado a partir da 8ª semana<br />
completa de gestação, apre-<br />
74 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
senta uma sensibilidade analítica<br />
superior a 99%. Entretanto,<br />
é importante salientar que a<br />
realização do exame em idade<br />
gestacional inferior a este período<br />
pode comprometer a precisão<br />
do teste exatamente pela<br />
baixa fração fetal durante o<br />
primeiro trimestre de gravidez.<br />
Portanto, é de extrema importância<br />
fornecer informações<br />
NG: A automação desempenha<br />
um papel vital na melhoria da<br />
qualidade e na eficiência dos<br />
testes de sexagem fetal. Ela<br />
reduz o risco de erros humanos,<br />
aumenta a consistência dos<br />
resultados e agiliza o processo<br />
de análise. Além disso, a automação<br />
permite processar um<br />
grande volume de amostras,<br />
tornando o teste mais acessível<br />
e disponível para um maior<br />
NG: Os desafios técnicos são muitos!<br />
Eu vou elencar três deles:<br />
Primeiro, ter uma técnica de<br />
extração de DNA eficiente.<br />
A concentração de DNA fetal<br />
presente na amostra materna é<br />
determinante e um desafio, por<br />
isso é sugerido que a coleta do<br />
sangue materno seja feita a partir<br />
da 8ª semana de gestação.<br />
LAB NEWS<br />
sobre a idade gestacional com<br />
número de gestantes.<br />
Segundo desafio, prevenir<br />
maior acurácia.<br />
Estes dados são tão importantes<br />
que quando se compara o Ultrassom<br />
(US) com a sexagem fetal, só<br />
alcança sensibilidade semelhante<br />
ao teste molecular próximo à<br />
13ª e 14ª semana de gestação.<br />
Dessa forma, é possível que haja<br />
discrepâncias entre os resultados<br />
A agilidade é outra vantagem<br />
da automação que combina<br />
a segurança do ensaio com a<br />
necessidade de atender o cliente<br />
com maior eficiência. Inclusive,<br />
a Sollutio que nasceu ágil em<br />
função da oncohematologia,<br />
não necessitou de adaptação de<br />
seus processos, sendo a rapidez<br />
uma característica singular. Des-<br />
a contaminação. A principal<br />
preocupação é evitar a contaminação<br />
cruzada das amostras,<br />
uma vez que mesmo pequenas<br />
partículas de DNA masculino em<br />
outras amostras podem levar a<br />
resultados incorretos, todo o processo<br />
analítico deve ser feito por<br />
um profissional do sexo feminino.<br />
do Ultrassom e do teste molecu-<br />
sa forma, a sexagem, e grande<br />
Terceiro, análise e conhecimen-<br />
lar, dependendo do momento em<br />
que os exames forem realizados<br />
para comparação.<br />
parte do portfólio, se destacam<br />
e tem como diferencial cumprimento<br />
dos prazos.<br />
to. Ter o conhecimento do processo<br />
como um todo e mantê-lo<br />
atualizado em relação às técnicas,<br />
AM: Bom, como já que estamos<br />
falando de sensibilidade<br />
e qualidade, quais são os<br />
benefícios de adotar a automação<br />
na realização do teste<br />
AM: Eu acredito que um exame<br />
como esse deva ter uma série<br />
de desafios para os laboratórios,<br />
não é verdade? Se possível,<br />
conte para nós quais são os<br />
desafios técnicos mais comuns<br />
é muito importante para que erros<br />
sejam evitados. Na hora final de<br />
liberar o resultado você tem que<br />
fazer a junção de todas as informações<br />
recebidas da gestante e<br />
fazer análise de consistência para<br />
de sexagem fetal?<br />
associados à sexagem fetal?<br />
a precisão do resultado.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
75
Triagem<br />
neonatal<br />
Uso exclusivo de<br />
instrumentos e<br />
reagentes<br />
aprovados e<br />
regulamentados<br />
pela Agência<br />
Nacional de<br />
Vigilância Sanitária<br />
(ANVISA).<br />
Em outubro de 2023, o laboratório Guthrie<br />
Pesquisa e Diagnóstico registrou o maior<br />
crescimento de pacientes triados para o<br />
teste do pezinho com um expressivo<br />
aumento de 188% em relação ao mesmo<br />
mês de 2022. Esse dado corresponde ao<br />
planejamento estratégico de contínua<br />
inovação e expansão para oferecer um<br />
serviço de excelência ao mercado de<br />
triagem neonatal.<br />
No segundo semestre de 2023, inserimos a<br />
pesquisa da succinilacetona, que é o<br />
composto principal para o diagnóstico da<br />
doença de Tirosinemia tipo 1.<br />
É um erro congênito do metabolismo<br />
da tirosina, que causa o acúmulo do<br />
aminoácido no plasma, urina e tecidos<br />
tornando potencialmente tóxicos,<br />
especialmente a succinilacetona.<br />
Uma criança acometida com a<br />
tirosinemia tipo 1, pode manifestar os<br />
sintomas como uma insuficiência<br />
hepática de forma fulminante,<br />
hepatite indolente sub-clínica,<br />
neuropatia periférica dolorosa e<br />
disfunção tubular renal. Os que<br />
sobrevivem em prazo prolongado têm<br />
alto risco de desenvolver carcinoma<br />
hepático.
triagem neonatal<br />
Na 14ª <strong>edição</strong> do Prêmio Top Master<br />
Engenharis, o laboratório foi destacado para<br />
ser homenageado na categoria: Saúde-<br />
Hospitar/Clinicas/Laboratorios - Triagem<br />
Neonatal, uma realização das entidades,<br />
INST. METROPOLITANO ENGENHARIA E<br />
TECNOLOGIA, ENGENHEIROS DA UFMG e<br />
da BIS CONECTIV.<br />
visite o nosso site através do QR CODE ao<br />
lado e confira todos os perfis de exames<br />
realizados pelo laboratório.<br />
Diagnóstico Precoce<br />
Na triagem neonatal, o diagnóstico<br />
precoce é fundamental para dar início ao<br />
tratamento antes do bebê adquirir<br />
qualquer sequela irreversível. O nosso<br />
comprometimento é realizar os exames a<br />
partir das 24 primeiras horas de vida do<br />
bebê, que só é possível através da<br />
metodologia avançada de diagnóstico por<br />
espectrometria de massas em tandem.<br />
A equipe médica do laboratório, formada<br />
por geneticistas especializados na área,<br />
reforçam essa importância pois as doenças<br />
hereditárias são graves e as complicações<br />
podem ser devastadoras.<br />
Transtornos hereditários que passam<br />
despercebidos até que os sintomas se<br />
desenvolvam pode causar complicações<br />
ao longo da vida, incluindo retardo mental,<br />
deficiência e incapacidade física. Recémnascidos<br />
que são rastreados e<br />
diagnosticados precocemente podem<br />
receber tratamento antes que os sintomas<br />
se desenvolvam.<br />
Com a realização do painel “master”,<br />
rastreamos mais de 85 patologias, ente<br />
elas: Imunodeficiência Congênita Grave -<br />
SCID, Doenças Lisossômicas, Atrofia<br />
Muscular Espinal e Erros Inatos do<br />
Metabolismo.<br />
Contato: (61) 3045 4004 (61) 98286 7432 e-mail: contato@guthrielaboratorio.com
LAB NEWS<br />
AM: Nelson, você poderia<br />
falar sobre as limitações do<br />
teste de sexagem fetal e fornecer<br />
algumas orientações<br />
pré-analíticas importantes?<br />
AM: Nelson, é importante<br />
mencionar que, embora a<br />
sexagem fetal seja um teste<br />
destinado a verificar o sexo<br />
do bebê, já vimos em alguns<br />
um teste abrangente de genética<br />
fetal. Embora seu objetivo<br />
principal seja determinar o sexo<br />
do feto, é possível que, em casos<br />
raros, o teste revele inconsistên-<br />
NG: “Claro, as limitações incluem<br />
situações raras, como mosaicismos<br />
genéticos maternos ou anomalias<br />
casos resultados inconclusivos.<br />
Podemos nos explicar<br />
por que isso acontece e se há<br />
cias relacionadas ao sexo. No<br />
entanto, essas descobertas não<br />
devem ser confundidas com<br />
cromossômicas fetais, que podem<br />
afetar a interpretação do teste.<br />
Recomendamos aos profissionais<br />
de saúde que conheçam o histórico<br />
da gestante, considerem o contexto<br />
clínico e adotem práticas rigorosas<br />
de coleta e processamento de<br />
amostras para minimizar erros.<br />
alguma relação com possíveis<br />
alterações genéticas nas<br />
amostras?<br />
NG: Claro, essa é uma questão<br />
crucial. Resultados inconclusivos<br />
podem ocorrer por várias<br />
razões. Em alguns casos, a con-<br />
uma análise abrangente de<br />
saúde fetal. Para esse fim, outros<br />
testes genéticos mais específicos<br />
podem ser necessários.<br />
Portanto, é fundamental que<br />
as gestantes e os profissionais<br />
de saúde compreendam que a<br />
AM: Para confirmar, você<br />
pode explicar a seguinte<br />
afirmação sobre a sexagem<br />
fetal: “A sexagem fetal não é<br />
um teste para prever doenças<br />
genéticas, mas para determinar<br />
o sexo fetal?<br />
centração de DNA fetal em uma<br />
amostra pode ser insuficiente<br />
para uma análise precisa. Isso<br />
pode ocorrer quando se faz o<br />
teste antes da oitava semana<br />
completa de gestação ou em<br />
situações clínicas específicas.<br />
sexagem fetal é uma ferramenta<br />
específica e que resultados<br />
inconclusivos não devem ser<br />
interpretados automaticamente<br />
como restrição de problemas<br />
genéticos. Eles deverão ser avaliados<br />
de forma adequada e, se<br />
NG: É crucial que todos compre-<br />
Além disso, fatores pré-analíti-<br />
necessário,<br />
complementados<br />
endam a natureza da sexagem<br />
fetal. Ela é uma ferramenta de<br />
identificação do sexo do feto, não<br />
uma análise genética profunda.<br />
Isso ajuda os futuros pais a se<br />
prepararem para a chegada do<br />
bebê, mas não fornece informações<br />
sobre condições genéticas. É<br />
essencial que as expectativas em<br />
cos como tubo não centrifugado,<br />
transporte ou como Interferentes<br />
na amostra, podem<br />
impactar nos resultados.<br />
No que diz respeito a possíveis<br />
alterações genéticas, é importante<br />
destacar que a sexagem<br />
por outros exames clínicos e<br />
genéticos mais aprofundados.<br />
Um aconselhamento claro e<br />
adequado desempenha um<br />
papel essencial nesse processo.<br />
E para terminar a nossa entrevista<br />
com chave de ouro, só<br />
relação ao teste sejam realistas.<br />
fetal não foi projetada para ser<br />
mais uma pergunta<br />
78 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
LAB NEWS<br />
AM: Nelson, ao longo dos<br />
anos, a sexagem fetal evoluiu<br />
significativamente. Podemos<br />
falar sobre essa evolução e<br />
como o teste se encontra no<br />
mercado atualmente?<br />
Como pudemos ver ao longo do<br />
artigo e da entrevista, o texto<br />
oferece uma visão valiosa sobre<br />
a sexagem fetal.<br />
Inclusive gostaria de aprovei-<br />
teremos um artigo científico<br />
completo, mergulhando ainda<br />
mais fundo no mundo da sexagem<br />
fetal proporcionando um<br />
entendimento mais abrangente<br />
sobre essa inovação na medici-<br />
NG: Certamente, a evolução da<br />
sexagem fetal é notável. Inicialmente,<br />
esse tipo de teste era<br />
tar o momento e agradecer<br />
imensamente a participação<br />
do Nelson Gaburo nesta<br />
na personalizada.<br />
Agradeço a sua leitura e espero<br />
mais complexo e caro, tornan-<br />
<strong>edição</strong>. Obrigada por ter<br />
que continue acompanhando<br />
do-o menos acessível. No entanto,<br />
com o avanço da tecnologia,<br />
houve uma mudança significativa<br />
no mercado. Atualmente,<br />
a sexagem fetal é amplamente<br />
oferecida em muitos laboratórios<br />
e clínicas, tornando-se uma<br />
ferramenta mais acessível e conveniente<br />
para gestantes.<br />
dedicado parte do seu tempo<br />
para explicar para os leitores<br />
da NewsLab um pouco mais<br />
sobre o exame que vem transformando<br />
a medicina diagnóstica<br />
pré natal.<br />
E se você deseja se aprofundar<br />
as publicações da NewsLab<br />
para se atualizar sobre as últimas<br />
descobertas na área da<br />
medicina diagnóstica.<br />
Como só nos veremos em 2024,<br />
na próxima <strong>edição</strong>, gostaria de<br />
desejar a todos que acompa-<br />
ainda mais nesse tema fasci-<br />
nham a minha coluna um natal<br />
Há uma necessidade do laboratório<br />
que oferece esses testes<br />
prestar a assistência em todas<br />
nante, fique atento à nossa<br />
<strong>edição</strong> de janeiro de 2024. Nela<br />
de muito amor e um ano de<br />
2024 próspero. Até breve!<br />
as fases do processo, pois ainda<br />
assim que ele seja popularizado,<br />
Autores:<br />
carece de informações em função<br />
da falta do conhecimento dos<br />
testes e suas limitações.<br />
Com o aumento da priorização,<br />
um laboratório tem a obrigação<br />
de estar mais atento e prestar<br />
assistência em todas as fases,<br />
quer seja seu cliente, quer seja a<br />
gestante, quer seja seu parceiro.<br />
Autora: Andreza Martins<br />
Biomédica, formada na UNIRIO e mestre em química<br />
biológica pelo Instituto de Bioquímica Médica (UFRJ).<br />
Copywriter, escritora e professora universitária apaixonada.<br />
Idealizadora do canal @uniprofimulti, que tem a finalidade<br />
de unir profissionais através da multidisciplinaridade.<br />
Entrevistado: Nelson Gaburo<br />
Co-founder & CEO at Sollutio Diagnósticos.<br />
Farmacêutico pela Universidade Estadual de<br />
Maringá. Mestre em ciências pela USP. Doutor pelo<br />
Instituto de Medicina Tropical da USP (IMT). MBA<br />
em administração e finanças.<br />
80 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
ANÁLISES CLÍNICAS<br />
DE DADOS AO DIAGNÓSTICO: O PODER DA<br />
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA BIOMEDICINA<br />
Por Brunno Câmara<br />
A inteligência artificial (IA) está<br />
cada dia mais presente nas<br />
nossas vidas.<br />
Em 2023, houve uma explosão<br />
e popularização de novas ferramentas<br />
de IA, encabeçada pelo<br />
ChatGPT.<br />
Na área de biomedicina não<br />
poderia ser diferente. Há muitas<br />
possibilidades de uso da IA dentro<br />
da nossa área.<br />
A forma de trabalhar e adquirir<br />
conhecimento atual está com os<br />
dias contados. A IA não vai tirar<br />
seu emprego, mas quem souber<br />
usá-la vai.<br />
Se você é um entusiasta de novas<br />
tecnologias como eu, e quer ficar<br />
por dentro do que há de mais<br />
recente, confira abaixo seis aplicações<br />
da IA na biomedicina.<br />
Análise de imagens médicas<br />
Os algoritmos de IA podem analisar<br />
imagens médicas produzidas<br />
por tecnologias como ressonância<br />
magnética, tomografia<br />
computadorizada e, até mesmo,<br />
radiografias convencionais.<br />
Isso pode ajudar no diagnóstico<br />
de doenças e condições<br />
clínicas, incluindo tumores,<br />
fraturas e lesões.<br />
Muitos estudos utilizam a IA<br />
para estimar a acurácia do diagnóstico<br />
por meio do cálculo da<br />
sensibilidade e especificidade;<br />
outros avaliam desfechos clinicamente<br />
importantes.<br />
Outras áreas dentro das análises<br />
clínicas, como hematologia,<br />
microbiologia e parasitologia,<br />
também estão sendo impactadas<br />
pelo uso de softwares de análise<br />
de imagens com uso de IA.<br />
Se você é biomédico habilitado<br />
ou tem interesse em trabalhar<br />
com imagenologia ou análises<br />
clínicas, é extremamente importante<br />
ficar atualizado nas tendências<br />
e novidades relacionadas à<br />
utilização da IA nessa área.<br />
Descoberta de novos medicamentos<br />
Os algoritmos de IA podem testar<br />
milhares de moléculas para<br />
identificar potenciais drogas candidatas,<br />
com alto valor terapêutico,<br />
e ajudar a desenvolver novas<br />
drogas para doenças específicas.<br />
Por exemplo, a startup Insilico<br />
Medicine utiliza a IA para identificar<br />
um novo possível medicamento<br />
para a fibrose pulmonar<br />
idiopática e criar novas moléculas<br />
que tem se mostrado com<br />
alto potencial e seletividade<br />
para o alvo.<br />
Fique atento nessa aplicação<br />
da IA se você é biomédico e<br />
trabalha nas áreas de fisiologia<br />
e farmacologia, principalmente.<br />
Análise preditiva e Medicina<br />
personalizada<br />
Por meio da IA, é possível analisar<br />
uma grande quantidade de bases<br />
de dados de registros médicos<br />
eletrônicos e dados de pacientes.<br />
Com isso é possível identificar<br />
padrões e fatores de risco que<br />
podem predizer o início e progressão<br />
de doenças, além da<br />
resposta aos tratamentos.<br />
Por exemplo, um algoritmo pode<br />
analisar o histórico médico de<br />
um paciente, seu estilo de vida<br />
e seus dados genômicos para<br />
predizer o risco de desenvolvimento<br />
de doenças cardiovasculares<br />
e recomendar medidas de<br />
prevenção e tratamento.<br />
Um exemplo disso é o software<br />
da IBM chamado Watson for<br />
Oncology que analisa dados<br />
dos pacientes e é capaz de<br />
gerar informações importantes<br />
sobre tratamentos.<br />
Biomédicos das áreas de genética,<br />
bioinformática e epidemiologia<br />
devem estar atentos<br />
nesses avanços.<br />
82 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
ANÁLISES CLÍNICAS<br />
Diagnóstico de doenças<br />
Aqui, os algoritmos de IA podem<br />
ajudar deixando o diagnóstico<br />
de doenças mais rápido.<br />
Ao combinar manifestações clínicas,<br />
histórico médico e resultados<br />
dos exames laboratoriais, é<br />
possível chegar a uma hipótese<br />
clínica precisa mais rapidamente<br />
e intervir o quanto antes.<br />
Um exemplo é a empresa da<br />
Google chamada DeepMind<br />
que desenvolveu um algoritmo<br />
capaz de diagnosticar a insuficiência<br />
renal aguda em menos<br />
tempo do que os métodos atuais,<br />
por meio da análise de dados<br />
do paciente em tempo real.<br />
Outros algoritmos também já<br />
foram desenvolvidos para diagnóstico<br />
de retinopatia diabética,<br />
câncer de pele e tuberculose.<br />
Biomédicos analistas clínicos<br />
devem prestar atenção e estudar<br />
sobre esses algoritmos.<br />
Manutenção preditiva<br />
A IA é capaz de predizer se um<br />
equipamento de laboratório/<br />
imagem irá falhar ou precisar<br />
de manutenção.<br />
Isso diminui o tempo de aparelho<br />
parado e otimiza e aumenta<br />
o desempenho e eficiência.<br />
Por exemplo, a empresa Siemens<br />
Healthineers usa algoritmos<br />
de IA para monitorar o<br />
desempenho de seus equipamentos<br />
de imagem e predizer<br />
quando a manutenção será<br />
necessária.<br />
Processamento de linguagem<br />
natural<br />
O processamento de linguagem<br />
natural (PLN) é o uso de programas<br />
de computadores que<br />
utilizam linguagem humana<br />
(natural) como entrada (input).<br />
O PLN é uma subárea da IA que<br />
foca na interação entre computadores<br />
e humanos.<br />
São usados algoritmos para processar,<br />
entender e gerar dados<br />
de linguagem natural como<br />
texto, fala e até mesmo gestos.<br />
Para você ter uma ideia, o PLN<br />
tem muitas aplicações, incluindo<br />
traduções de idiomas, análise<br />
de sentimentos e extração<br />
de informações.<br />
Na área biomédica, o PLN pode<br />
ser usado para minerar textos da<br />
literatura médica, artigos científicos,<br />
dados de estudos clínicos<br />
e extrair informações valiosas.<br />
Por exemplo, a empresa BenevolentAI<br />
tem uma plataforma que<br />
integra dados dos mais variados<br />
campos do conhecimento como<br />
as "ômicas", dados experimentais,<br />
literatura, sistemas biológicos<br />
e patológicos, moléculas<br />
etc., totalizando mais de 85<br />
fontes de dados diferentes.<br />
Analisar tudo isso e integrar<br />
esses conhecimentos de forma<br />
manual é humanamente<br />
impossível. A tecnologia da<br />
BenevolentAI faz toda essa parte<br />
complexa.<br />
Com isso, os cientistas podem<br />
focar em usar o conhecimento<br />
analisado e interligado para ter<br />
uma compreensão maior de<br />
doenças, definir hipóteses científicas<br />
e predizer possíveis alvos<br />
terapêuticos e novas drogas.<br />
Referências<br />
Oren O, Gersh BJ, Bhatt DL. Artificial intelligence<br />
in medical imaging: switching from radiographic<br />
pathological data to clinically meaningful<br />
endpoints. Lancet Digit Health. 2020;2(9):e486-e488.<br />
doi:10.1016/S2589-7500(20)30160-6<br />
DeepMind. Blog Post: Using AI to give doctors<br />
a 48-hour head start on life-threatening illness.<br />
July 31, 2019.<br />
Powles, J., & Hodson, H. (2017). Google Deep-<br />
Mind and healthcare in an age of algorithms.<br />
Health and technology, 7(4), 351–367. https://<br />
doi.org/10.1007/s12553-017-0179-1<br />
Liu, Z., Roberts, R. A., Lal-Nag, M., Chen, X.,<br />
Huang, R., & Tong, W. (2021). AI-based language<br />
models powering drug discovery and<br />
development. Drug discovery today, 26(11),<br />
2593–2607. https://doi.org/10.1016/j.drudis.2021.06.009<br />
Autor:<br />
Brunno Câmara<br />
Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de<br />
Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia /<br />
experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />
Contato: @biomedicinapadrao<br />
FONTE: BIOMEDICINA PADRÃO<br />
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2023/03/como-saber-se-uma-anemia-e.html<br />
84 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
AUDITORIA E QUALIDADE<br />
VOCÊ AVALIA SEUS FORNECEDORES?<br />
COMO SELECIONAR BONS PARCEIROS<br />
Por Waldirene Nicioli<br />
Você não seleciona os melhores<br />
profissionais para fazer parte do<br />
seu quadro de colaboradores?<br />
Então também é necessário<br />
fazer a qualificação de fornecedores,<br />
pois entregar um serviço<br />
de excelência sem apoio e<br />
envolvimento de importantes<br />
parceiros, é muito difícil.<br />
Os produtos ou serviços terceiros<br />
não podem afetar a<br />
capacidade de um laboratório<br />
em atender os seus próprios<br />
requisitos. Logo, o que incorporamos<br />
de fora também concorre<br />
para a qualidade. E é natural<br />
que quanto mais amadurecido<br />
esteja o Sistema de Gestão da<br />
Qualidade, mais alto seja o nível<br />
de cobrança.<br />
Tem-se um leque de possibilidades<br />
para avaliação de fornecedores,<br />
mas dependendo de suas<br />
decisões, pode não ser eficiente.<br />
Mantenha a simplicidade e<br />
objetividade. A avaliação de fornecedores<br />
é um processo que<br />
pode confundir de várias maneiras,<br />
com regrinhas difíceis de<br />
colocar em prática, sistemas de<br />
pontuação complexos, dependências<br />
entre análises etc. Não<br />
complique o seu trabalho.<br />
Estabeleça um sistema que<br />
você seja capaz de seguir. Use<br />
critérios que vão precisar ser<br />
atendidos. O que você não<br />
estabelecer não será avaliado.<br />
No entanto, isso não significa<br />
que você possa ser frouxo na<br />
avaliação de fornecedores, sob<br />
pena de afetar a qualidade do<br />
serviço. A chave é manter o programa<br />
de avaliação de fornecedores<br />
enxuto, mas suficientemente<br />
extenso para avaliar os<br />
fornecedores críticos para o seu<br />
sucesso, na cadência correta.<br />
Precisa ser muito bem pensado,<br />
já que este documento vai identificar<br />
todo o fluxo de análise<br />
dos fornecedores e é, portanto,<br />
uma peça chave.<br />
Você pode iniciar:<br />
- Organizando sua lista de fornecedores<br />
e prestadores atual<br />
- Estabelecer métodos para avaliação,<br />
seleção, monitoramento<br />
de desempenho e reavaliação<br />
- Definir critérios de qualificação<br />
e aprovação<br />
- Definir o período de reavaliação<br />
- Determinar as ações após os<br />
resultados das análises<br />
- Documentar todas essas atividades<br />
Há várias formas, critérios e<br />
possibilidades de realizar a<br />
avaliação dos fornecedores.<br />
Um exemplo é o modelo de Ray<br />
Carter, diretor da DPSS Consultants<br />
que escreveu um artigo<br />
em 1995 na “Purchasing and<br />
Supply Management” sobre os<br />
7 C’s da avaliação de Fornecedores,<br />
e depois, ele acrescentou<br />
mais 3 C’s. São elencados,<br />
portanto, 10 possibilidades que<br />
podem ser usadas.<br />
Se usarmos esses 10 C’s como<br />
uma lista de verificação, provavelmente,<br />
conseguiremos avaliar<br />
os potenciais fornecedores<br />
de várias maneiras, melhorando<br />
a análise sobre a eficácia.<br />
Dificilmente um fornecedor se<br />
destacará nos 10 itens, talvez ele<br />
será forte em alguns e fraco em<br />
outros, e isso pode até ser usado<br />
na negociação, principalmente<br />
se os pontos fracos do fornecedor<br />
representarem riscos significativos<br />
para seu laboratório.<br />
Vamos aos C´s:<br />
Competência (Competency):<br />
avalie se o fornecedor atende<br />
os atributos e especificações<br />
buscados pela sua empresa,<br />
se equipe e profissionais estão<br />
devidamente qualificados para<br />
o serviço, entrega etc. Isso pode<br />
envolver atestado de competência<br />
técnica, cases de sucesso,<br />
feedbacks de clientes, entre<br />
outros documentos.<br />
Capacidade (Capacity): o fornecedor<br />
atende a sua empresa<br />
na escala e prazos necessários?<br />
Se ele não tem capacidade<br />
para produzir o volume de<br />
itens que você precisa, você<br />
poderá ter problemas.<br />
86 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Compromisso (Commitment):<br />
avalie se o fornecedor honra<br />
seus compromissos, observe<br />
reclamações de clientes, depoimentos<br />
e avaliações etc. para<br />
ter segurança de que ela vai<br />
cumprir o contrato.<br />
Controle (Control): avalie as<br />
políticas e processos adotados<br />
pelo fornecedor para garantir o<br />
atendimento.<br />
Solidez financeira (Cash):<br />
garanta um fornecedor com<br />
sustentabilidade financeira. Se<br />
necessário, cobre certidão negativa<br />
de débito.<br />
Custo (Cost): preço não deve<br />
ser decisivo, mas considerado.<br />
Equilibre serviço realizado com<br />
o valor cobrado. Se necessário,<br />
inclua condições de pagamento,<br />
entre outras.<br />
Cultura (Culture): compreenda<br />
os valores e princípios de<br />
atuação do seu fornecedor. As<br />
melhores relações de negócios<br />
acontecem quando as duas<br />
partes compartilham de valores<br />
semelhantes.<br />
Limpeza (Clean): instalações<br />
e meio ambiente contam nesse<br />
ponto.<br />
Comunicação (Communication):<br />
É basicamente sobre como<br />
mantém contato. Quais os canais<br />
de comunicação disponíveis?<br />
E além disso, num imprevisto,<br />
como será essa comunicação?<br />
É muito importante que a avaliação<br />
seja documentada para<br />
possibilitar uma gestão eficaz<br />
de fornecedores. Por exemplo:<br />
em caso de mudança de equipe,<br />
é muito importante essa<br />
gestão, pois evita que se cometa<br />
o mesmo erro e contrate<br />
novamente aquele fornecedor.<br />
uma porcentagem dos critérios<br />
apontados (ideal em checklists)<br />
ou uma pontuação (ideal em<br />
questionários ou formulários).<br />
Depois dos dados serem coletados<br />
e verificados, caso o<br />
fornecedor atenda aos critérios<br />
avaliativos exigidos, ele será<br />
homologado e ficará disponível<br />
para negociações.<br />
No entanto, em qualquer outra<br />
fase do processo de qualificação,<br />
caso não atenda aos<br />
critérios ou apresente alguma<br />
inconsistência, ele poderá<br />
ser reprovado e descartado,<br />
dependendo dos critérios adotados<br />
pelo laboratório.<br />
Como visto, a qualificação de<br />
fornecedores é um processo<br />
delicado e que exige cuidados.<br />
Existem muitos aspectos a<br />
serem analisados e cada um<br />
deles deve ser avaliado para<br />
evitar problemas lá na frente.<br />
AUDITORIA E QUALIDADE<br />
Consistência (Consistency):<br />
Ninguém é perfeito o tempo<br />
todo, mas é importante conhecer<br />
quais são os processos e<br />
procedimentos que garantem a<br />
consistência do fornecedor em<br />
entregar produtos em conformidade<br />
com o padrão acordado.<br />
Para definir o instrumento de<br />
avaliação dos fornecedores,<br />
você pode construir um modelo<br />
como um checklist, formulário,<br />
planilha... Não se esqueça de<br />
estabelecer critérios mínimos<br />
de aprovação na sua avaliação:<br />
pode ser o atendimento de<br />
Ao qualificar adequadamente<br />
as empresas fornecedoras que<br />
podem fazer parte da cadeia de<br />
abastecimento do seu laboratório,<br />
você ganha em qualidade,<br />
eficiência, melhor distribuição<br />
de recursos, entre vários outros<br />
pontos relacionados.<br />
Autora:<br />
Waldirene Nicioli<br />
Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Farmacologia Clínica, Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas, Proprietária Examinare de Análises<br />
Clínicas, Auditora Líder do DICQ - Sistema Nacional de Acreditação, Membro da Central de Negócios do Grupo ACB - Análises Clínicas Brasil, Umas das<br />
fundadoras da OFAC Brasil - Organização Feminina de Análises Clínicas.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
87
PAPO DE BANCADA<br />
A GESTÃO ESTRATÉGICA E AS MOTIVAÇÕES<br />
PARA TOMADA DE DECISÃO<br />
O DESAFIO DE MANTER CUSTOS E QUALIDADE.<br />
Por Silvânia Ramalho<br />
O gestor atento as inovações<br />
tecnológicas tem um papel<br />
importante na tomada de<br />
decisão por manter os custos<br />
alinhados a manutenção da<br />
qualidade. Nas diversas feiras<br />
e eventos durante todo o ano<br />
dentro e fora do Brasil existe<br />
uma infinidade de recursos<br />
onde tecnologia e inovação são<br />
o principal diferencial. E para<br />
você enquanto Gestor Estratégico,<br />
o que te motiva na tomada<br />
de decisão: custo ou qualidade?<br />
O grande engano que cometemos<br />
é limitar o diferencial do<br />
laboratório clínico sem avaliar<br />
que investimento também é<br />
detalhe importante. Velhos<br />
métodos, mesmos resultados.<br />
Analisar o impacto de um investimento<br />
em uma tecnologia ou<br />
um sistema que inove e diversifique<br />
o meu negócio na região<br />
de atuação é imprescindível.<br />
Mas muitas vezes construindo<br />
o planejamento estratégico<br />
anual do laboratório, é necessário<br />
pensar naquela reserva que<br />
será destinada para trazer algo<br />
novo para o processo. Aquela<br />
novidade que aumenta o ganho<br />
de produtividade e produção,<br />
que são dois conceitos com<br />
resultados diferentes. Investir<br />
por exemplo em um sistema<br />
de coleta aumentando a qualidade<br />
do meu sistema pré-analítico,<br />
retorna em ganhos para<br />
a produtividade. A aquisição<br />
de um separador de tubos para<br />
triagem é um diferencial importante<br />
para a produção. Ambos<br />
agregando qualidade e velocidade,<br />
mas com percentuais de<br />
importância distintos.<br />
Aquele incremento no custo<br />
provisionado e bem acompanhando,<br />
tem total possibilidade<br />
de convergir em retorno de<br />
caixa, fidelização de clientes,<br />
retorno de clientes, marketing<br />
boca a boca na comunidade em<br />
que atuo. Além de tantos outros<br />
ganhos diretos e indiretos.<br />
E então, decidimos por investir<br />
em um sistema de interfaceamento<br />
e integração que nos<br />
possibilite extrair relatórios e<br />
na grande maioria das vezes<br />
não utilizamos 1/3 destes relatórios,<br />
por desconhecimento<br />
de aplicação, por falta de planejamento,<br />
por não ter recursos<br />
humanos internos capacitados.<br />
E nos deparamos um outro<br />
complicador, não ter braços<br />
para colocar em validação<br />
metade do que o sistema em<br />
que investimos é capaz de nos<br />
oferecer. E continuamos usando<br />
o básico daquele sistema<br />
por falta de um planejamento<br />
de projeto.<br />
Decidimos por adquirir auxiliares<br />
de coleta, como scanner,<br />
óculos virtuais entre outros,<br />
mas não investimos em capacitação<br />
da equipe que atua com<br />
os dispositivos. E optamos por<br />
continuar com um sistema de<br />
coleta primário que nos retorna<br />
índices de recoleta altíssimos,<br />
custos com o retorno deste<br />
paciente, além da insatisfação<br />
não medidas pela reconvocação.<br />
E mesmo quando mensurado<br />
não identificamos que<br />
basta uma virada de atitude<br />
para trazer uma solução prática.<br />
Porque não conseguimos visualizar<br />
que investimento em valor<br />
tem um retorno palpável.<br />
Decidimos por cotações de<br />
menor preço sem avaliar o custo<br />
de um material com qualidade<br />
discutível. E por não medirmos,<br />
90 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
não conseguimos mensurar a<br />
quantidade de retrabalho que<br />
estes itens nos ocasionam. Você<br />
to antigo, nem tudo que é bom<br />
tem de ser caro. O quanto você<br />
tem mensurado este conceito?<br />
gente compra”. Que não seja<br />
um processo de decisão moroso,<br />
mas que tenha avaliação<br />
PAPO DE BANCADA<br />
já parou para avaliar quanto<br />
Isso também é investimento.<br />
suficiente para uma tomada de<br />
é o seu custo de recoleta com<br />
decisão solida. Sem os anseios<br />
o uso de agulha e seringa em<br />
Investir em tecnologia, não está<br />
da nossa empolgação.<br />
ambulatório? Durante as feiras<br />
somente associado com anali-<br />
procurou por novos produtos<br />
sadores de ultima geração, mas<br />
Cada novo investimento vem<br />
da linha de coleta de amostras<br />
também diretamente a relação<br />
carregado de oportunidades<br />
biológicas? Muitas vezes fica-<br />
custo/beneficio e hoje mais<br />
para outros novos investimen-<br />
mos condicionados a loteria de<br />
ainda ao conceito preço/valor.<br />
tos. Dimensione a oportunidade<br />
cotações de tantas marcas com<br />
Existem alternativas em que o<br />
de apresentar o novo na sua<br />
preço, mas sem valor agregado.<br />
valor da opção não está no preço<br />
região de atuação e que este<br />
O quanto você tem valorizado<br />
negociado, mas no valor agrega-<br />
novo lhe transforme em refe-<br />
suas compras?<br />
do embutido no produto pelo<br />
rência técnica. Quando perti-<br />
seu diferencial. Sem grandes<br />
nente procure por parceiros que<br />
Qual a sua motivação para<br />
surpresas durante a utilização.<br />
compartilhem ideias e ações em<br />
fechamento de uma reposição<br />
beneficio dos pacientes/clientes<br />
de estoque? Preço ou valor?<br />
Por isso pesquisar, conhecer<br />
locais como forma de divulga-<br />
Optar por um produto de<br />
os manuais, buscar informa-<br />
ção e dependendo da parceria<br />
preço baixo para redução de<br />
ções sobre a aquisição seja de<br />
fechada até mesmo atração do<br />
custos nem sempre é a melhor<br />
mobilizado ou de descartável é<br />
publico nas proximidades.<br />
alternativa. Por exemplo os<br />
grande motivador nas tomadas<br />
reagentes da linha de bioquí-<br />
de decisões. Ter argumentos e<br />
E não há limites para o novo,<br />
mica com preço baixo muitas<br />
contra-argumentos na tomada<br />
aproveite os congressos e feiras,<br />
vezes geram uma quantidade<br />
de decisão é parte do processo<br />
aproveite os grupos e os tantos<br />
de calibração associada com<br />
de investimento também. As<br />
gestores que utilizam de mídias<br />
uma estabilidade não alcança-<br />
vezes decidimos baseado pelo<br />
sociais para falar de oportuni-<br />
da (lembrando que calibração<br />
tempo de mercado ou pela bela<br />
dades e aproveite as paginas<br />
consome reagente, matriz cali-<br />
apresentação da marca, sem<br />
desta <strong>edição</strong>, tem sempre um<br />
bradora e matriz de controle).<br />
nos atentar no clássico conse-<br />
bom negócio esperando pela<br />
Mas parafraseando um concei-<br />
lho da nossa mãe “na volta a<br />
sua tomada de decisão.<br />
Autora:<br />
Silvânia Ramalho<br />
Bioquímica farmacêutica com especialização em Análise de Custos e Formação de Preço de Venda, Gestão Comercial em Vendas e membro do Grupo<br />
Técnico de Trabalhos de Analises Clinicas do CRF/MG.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
91
TECNOLOGIA E SAÚDE<br />
BIG DATA E APLICABILIDADE EM<br />
SERVIÇOS DE SAÚDE<br />
Por Dra. Mariana Zanotto<br />
Gerente Técnica SDAT – Laboratórios<br />
Instituição: Hospital Universitário Sagrada Família – HUSF<br />
IMEPAC – Centro Universitário – Araguari - MG<br />
Resumo<br />
O Big Data é um grande volume de dados coletados,<br />
armazenados e analisados para obter informações relevantes<br />
na área da saúde. Essa tecnologia tem sido utilizada para<br />
melhorar o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças,<br />
além de otimizar a gestão dos serviços de saúde. No entanto,<br />
é importante garantir a segurança e privacidade dos dados<br />
dos pacientes. Com o uso responsável do Big Data, é possível<br />
transformar a saúde e proporcionar um atendimento mais<br />
eficiente e humano.<br />
Abstract<br />
Big Data is a large volume of data collected, stored and<br />
analyzed to obtain relevant information in healthcare.<br />
This technology has been used to improve the diagnosis,<br />
treatment and prevention of diseases, in addition to<br />
optimizing the management of health services. However,<br />
it is important to ensure the security and privacy of<br />
patient data. With the responsible use of Big Data, it is<br />
possible to transform health and provide a more efficient<br />
and humane care.<br />
Palavras-chaves: Big Data, Medicina Laboratorial,<br />
Automação, Tecnologia, Iteligência Artificial, Gestão em<br />
Saúde, Qualidade Assegurada<br />
Keywords: Big Data, Laboratory Medicine, Automation,<br />
Technology, Artificial Intelligence, Health Management,<br />
Quality Assurance<br />
Nos últimos anos, temos presenciado<br />
um avanço tecnológico<br />
sem precedentes em diversas<br />
áreas, e a saúde não fica para trás.<br />
Uma das grandes revoluções nesse<br />
setor é o uso do Big Data, que<br />
tem se mostrado extremamente<br />
útil e promissor na melhoria dos<br />
serviços de saúde.<br />
Com o avanço da digitalização<br />
e a crescente quantidade de<br />
informações disponíveis, surge<br />
a necessidade de encontrar<br />
maneiras eficientes de lidar<br />
com esse volume de dados. No<br />
entanto, o uso do big data não<br />
se restringe apenas ao campo<br />
tecnológico, sendo também<br />
aplicável em diversos setores.<br />
A área da saúde é conhecida por<br />
gerar uma enorme quantidade<br />
de dados, desde registros médicos<br />
até resultados de exames e<br />
informações sobre tratamentos.<br />
Tradicionalmente, essas informações<br />
eram armazenadas em<br />
papel ou em sistemas isolados,<br />
dificultando o acesso e a análise<br />
dos dados. Com o advento do big<br />
data, é possível reunir todas essas<br />
informações em um único local,<br />
de forma organizada e acessível.<br />
Mas, afinal, o que é Big Data? De<br />
forma simplificada, podemos<br />
dizer que é um grande volume<br />
de dados que são coletados,<br />
armazenados e analisados para<br />
obter informações relevantes.<br />
No contexto da saúde, isso<br />
significa que podemos utilizar<br />
esses dados para melhorar o<br />
diagnóstico, o tratamento e a<br />
prevenção de doenças.<br />
A tradução simples do termo<br />
BIG DATA significa “grande volume<br />
de dados”, portanto assim<br />
quando esta expressão é citada<br />
para a tomada de decisão em<br />
92 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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TECNOLOGIA E SAÚDE<br />
saúde, significa olhar em uma<br />
“visão ampla e geral” diante dos<br />
dados dos pacientes, seus resultados<br />
para condutas rápidas<br />
e assertivas, por exemplo, aos<br />
setores como os de serviços de<br />
controles de infecções hospitalares<br />
que através das análises de<br />
dados generalizados de resultados<br />
deste serviço, possibilita a<br />
identificação de oportunidade<br />
de otimização operacional.<br />
Possibilita análises conjuntas de<br />
dados para melhor administração<br />
através de um direcionador<br />
Um exemplo de como o big<br />
data pode ser aplicado na área<br />
da saúde é o monitoramento<br />
de pacientes. Com a utilização<br />
de dispositivos inteligentes, é<br />
possível coletar uma infinidade<br />
de dados sobre a saúde de uma<br />
pessoa, como batimentos cardíacos,<br />
níveis de glicose e pressão<br />
arterial. Essas informações são<br />
enviadas para uma plataforma<br />
de big data, onde são analisadas<br />
e comparadas com dados de<br />
outros pacientes. Dessa forma,<br />
é possível identificar padrões<br />
e prever problemas de saúde<br />
antes mesmo que eles ocorram.<br />
aprendizado por estes próprios<br />
dados, para maior sistemática<br />
possível e menor dependência à<br />
intervenção humana.<br />
Portanto, o Big Data também<br />
pode ser utilizado para melhorar<br />
a gestão dos serviços de saúde.<br />
Com a análise dos dados de<br />
pacientes, resultados e desempenhos,<br />
sendo possível identificar<br />
gargalos no atendimento,<br />
otimizar a distribuição de<br />
recursos e melhorar a eficiência<br />
dos processos. Isso resulta em<br />
um atendimento mais ágil e de<br />
qualidade para os pacientes.<br />
real e não pressuposto, com a<br />
extração dos melhores resultados<br />
e nortear estratégias para as<br />
melhores projeções futuras de<br />
desempenhos almejados.<br />
Esta expressão se tornou mais<br />
conhecida, quando a Google<br />
(ano 2000), adotou o BIG DATA<br />
para melhoria em plataformas e<br />
expansão do alcance, logo depois<br />
ganhou força e outras grandes<br />
empresas, multinacionais foram<br />
adotando a mesma inovação.<br />
Portanto, as ferramentas de Big<br />
Data possibilitam aumentar visibilidade,<br />
que ampara a redução<br />
de custos, o aumento da produtividade<br />
e facilitar a tomada<br />
de decisão. O que resulta em<br />
negócios mais inteligentes e,<br />
aplicado ao setor de saúde, em<br />
mais qualidade no cuidado.<br />
No ano de 2017 a revista Forbes<br />
realizou a publicação de um<br />
artigo, onde mostra hospitais<br />
em Paris, na França, que se utilizaram<br />
de testes efetivos com<br />
o Big Data, para as análises dos<br />
dados de 10 anos de registros<br />
de internações (informações de<br />
dia, hora e número de paciente<br />
recebidos), que possibilitou a<br />
centralização das informações e<br />
prever taxas de admissão.<br />
Este processo consistiu em<br />
implementação de um sistema<br />
chamado como “aprendizado de<br />
máquina” - Machine Learning,<br />
que se trata de um método para<br />
análise de dados que automatiza<br />
a construção de modelos de<br />
análises, com intuito de melhorar<br />
os desempenhos diante de<br />
problemas pré detectados nos<br />
dados e que através desta inteligência<br />
artificial amparando o<br />
No Brasil existem alguns hospitais<br />
e serviços de saúde que já<br />
estabeleceram as ferramentas<br />
Big Data e como todos sabemos,<br />
hospitais são locais de alta<br />
complexidade de processos que<br />
através do uso da tecnologia<br />
e a interação entre as áreas em<br />
acordos de serviços consegue o<br />
alcanço de ganhos assistenciais,<br />
de gestão e cuidados.<br />
Neste cenário, de inteligências<br />
artificiais, ferramentas e tecnologias,<br />
o Hospital Universitário<br />
Sagrada Família, localizado na<br />
cidade de Araguari MG, do triângulo<br />
mineiro, possui em seu<br />
serviços de Apoio Diagnóstico<br />
em Medicina Laboratorial para<br />
exames de análises clínicas a<br />
utilização desta inovação de Big<br />
Data, conseguindo estabelecer<br />
análises correlacionadas e maiores<br />
assertividades em laudos.<br />
94 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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TECNOLOGIA E SAÚDE<br />
Este hospital universitário e<br />
filantrópico, que iniciou sua<br />
construção em 2019 finalizando<br />
este ano 2023, conta com<br />
de ferramenta centralizada de<br />
informações disponíveis digitalmente,<br />
é possível análises<br />
correlacionadas que amparam<br />
que possibilitam empresas de<br />
saúde, grandes laboratórios e<br />
hospitais, estabelecerem serviços<br />
de apoio de diagnóstico<br />
30.000 m² de área construída,<br />
laudos de assertividade efetiva<br />
terapêutico de exames, de alta<br />
sendo com a estrutura de 337<br />
ao cuidado e assistência.<br />
precisão, na mesma qualidade<br />
leitos, 19 salas cirúrgicas, 40<br />
tecnológica e entregas mais<br />
leitos de UTI, 3 salas de parto<br />
Sendo processos parametriza-<br />
rápidas através de redução no<br />
humanizado, centro de ima-<br />
dos para identificações de além<br />
tempo de liberações de laudos<br />
gem, laboratório de análises<br />
dos alertas diante de resultados<br />
com as análises de dados cen-<br />
clínicas que inicia seus proces-<br />
de riscos a vida com necessida-<br />
tralizados e amparo na redução<br />
sos analíticos contando com<br />
de de ação imediata, também<br />
de tempo de atendimento e<br />
as ferramentas desta inovação<br />
idade, evolução clínica, históri-<br />
tomadas de decisões. Sendo<br />
tecnológica, com propósito de<br />
cos, quadros agudos, crônicos,<br />
assim, os dados em inovação<br />
garantir melhor amparo ao cui-<br />
se em piora, melhora, interações<br />
de aplicabilidade de Big Data,<br />
dado à vida, eficiência e apoio<br />
medicamentosas, adesão de<br />
de análises correlacionadas em<br />
diagnóstico efetivo.<br />
Protocolos Críticos e tempos de<br />
centralizações de dados e infor-<br />
entregas se eficiente e até ampa-<br />
mações de resultados, pacientes<br />
Quando a aplicabilidade em<br />
ro do uso de antibioticoterapias<br />
e históricos, consegue se elevar<br />
medicina laboratorial de Big<br />
se uso racional e efetividade.<br />
a excelência ao cuidado destes<br />
Data, o processo de dados<br />
serviços de Apoio diagnósticos<br />
e as centralizações iniciam<br />
Atualmente para serviços de<br />
em Análises Clínicas de Medici-<br />
basicamente na admissão<br />
apoio em diagnósticos e tera-<br />
na laboratorial.<br />
dos pacientes e os registros<br />
pias de exames em análises<br />
dos prontuários eletrônicos,<br />
clínicas, contamos com as altas<br />
Outra aplicação do big data<br />
com dados clínicos, medica-<br />
tecnologias em medicina labo-<br />
na saúde é a análise de dados<br />
mentosos, sinais vitais e para<br />
ratorial, através de automações<br />
genéticos. Com o avanço da tec-<br />
que todas as informações “se<br />
com equipamentos de grandes<br />
nologia, sequenciar o genoma<br />
conversem” em um central<br />
dimensões e robustez para<br />
humano está se tornando cada<br />
única, é necessário as para-<br />
volumetrias expressivas; mas<br />
vez mais acessível. Isso permite<br />
metrizações sistêmicas para as<br />
também podemos estabelecer<br />
que os pesquisadores anali-<br />
trocas de informações entre as<br />
processos nos serviços para<br />
sem grandes quantidades de<br />
áreas e o produto final sendo<br />
EAC – Exames de Análises Clí-<br />
dados genéticos e descubram<br />
um compilado de dados para<br />
nicas, em laboratórios satélites<br />
informações importantes sobre<br />
o profissional de saúde utili-<br />
descentralizados menores, uni-<br />
doenças genéticas, como câncer<br />
zarem. E sendo assim quando<br />
dades móveis de saúdes, imple-<br />
e doenças cardíacas. Com essas<br />
um exame de análises clínicas<br />
mentando equipamentos com<br />
informações em mãos, é pos-<br />
entra para a produção, quando<br />
dimensões mínimas que cabem<br />
sível desenvolver tratamentos<br />
obtidos os resultados através<br />
na palma da mão, Point Of Care,<br />
personalizados e mais eficazes.<br />
96 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Outra aplicação interessante do<br />
Big Data na área da saúde é a prevenção<br />
de doenças e promoção<br />
à saúde, que através das análises<br />
de dados de um grande número<br />
das páginas mais visitadas, tipo<br />
de perfil dos clientes e o gatilho<br />
para as maiores conversões em<br />
vendas. Assim com isto, o empreendedor<br />
consegue visualizar a<br />
O futuro da saúde está nas mãos<br />
da tecnologia, e o Big Data é<br />
uma ferramenta poderosa que<br />
pode transformar a forma como<br />
cuidamos da nossa saúde.<br />
TECNOLOGIA E SAÚDE<br />
de pessoas, é possível identificar<br />
fatores de risco e desenvolver<br />
estratégias de prevenção mais<br />
eficientes. Isso pode ajudar a<br />
reduzir a incidência de doenças<br />
e melhorar a qualidade de vida<br />
da população.<br />
Enfim, a aplicabilidade do Big<br />
Data nos serviços de saúde é vasta.<br />
Com a análise de um grande<br />
volume de dados, é possível identificar<br />
padrões e tendências que<br />
podem auxiliar os profissionais<br />
da saúde no diagnóstico precoce<br />
de doenças, proporcionando um<br />
tratamento mais eficaz e aumentando<br />
as chances de cura.<br />
O uso do BIG DATA representa<br />
uma inovação de grande valor,<br />
que podemos complementar<br />
quando aplicado em outros<br />
tipos de negócios não sendo em<br />
saúde, por exemplo uma rede<br />
de supermercados, neste caso<br />
o tipo de dados, a distinção dos<br />
mesmos e as informações que<br />
agregam maior valor à estes<br />
negócios, são aqueles dados dos<br />
produtos com as maiores saídas,<br />
maiores procuras, os setores que<br />
mais rapidamente ficam com<br />
seus estoque zerados, as análises<br />
melhor diretriz para os investimentos<br />
futuros que representam<br />
gerar maior retorno para o negócio<br />
em curto prazo.<br />
No entanto, é importante ressaltar<br />
que o uso do Big Data na<br />
saúde também traz desafios.<br />
A privacidade dos dados dos<br />
pacientes, por exemplo, é uma<br />
preocupação constante. É fundamental<br />
garantir que as informações<br />
sejam armazenadas e utilizadas<br />
de forma segura e ética,<br />
respeitando a legislação vigente.<br />
Em resumo, o Big Data tem um<br />
enorme potencial para melhorar<br />
os serviços de saúde. Com a<br />
análise de um grande volume<br />
de dados, é possível obter informações<br />
valiosas que podem<br />
contribuir para o diagnóstico,<br />
tratamento personalizado e prevenção<br />
de doenças. No entanto,<br />
é necessário ter cuidado para<br />
garantir a segurança e a privacidade<br />
dos dados dos pacientes.<br />
Com o uso responsável e ético<br />
do Big Data, podemos transformar<br />
a saúde, revolucionado a<br />
forma como a medicina é praticada<br />
e proporcionar um atendimento<br />
mais eficiente e humano.<br />
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Big Data In Healthcare: Paris Hospitals Predict Admission<br />
Rates Using Machine Learning (forbes.com)<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
97
DIREITO E SAÚDE<br />
CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL DO<br />
EMPREGADO PARA O SINDICATO<br />
Por Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />
Prezado(a) Leitor(a), seja<br />
bem, vindo(a) a esta análise<br />
jurídica!<br />
Temos que o – SUPREMO TRIBU-<br />
NAL FEDERAL - STF declarou a<br />
constitucionalidade da contribuição<br />
assistencial a trabalhadores<br />
não sindicalizados. 1<br />
Acerca da TESE VENCEDORA no<br />
STF, o qual convalidou para a<br />
cobrança da Contribuição assistencial<br />
aos Sindicatos, que indica<br />
ser lícita a cobrança, ressalvada<br />
a oposição a qual o empregado<br />
tem direito, abaixo explicado:<br />
ESCLARECENDO ALGUNS PON-<br />
TOS IMPORTANTES:<br />
01. A tese do STF, refere-se a<br />
Contribuição Assistencial (aquela<br />
que pode constar na Convenção<br />
Coletiva de Trabalho (CCT)<br />
ou Acordo Coletivo - AC) com<br />
vinculação para os empregados<br />
pagarem ao respectivo Sindicado,<br />
todavia, conforme mencionado,<br />
está totalmente resguardado<br />
o direito de oposição,<br />
que significa o empregado se<br />
opor a cobrança.<br />
02. Esta tese adotada pelo STF,<br />
não se confunde com a cobrança<br />
sindical obrigatória prevista<br />
na CLT e alterada (com sua<br />
exclusão) pela reforma trabalhista<br />
de 2017 (Lei 13.467/2017),<br />
que antes da referida lei previa<br />
o “imposto sindical”, por assim<br />
chamado, (que na prática e em<br />
linguagem acessível era aquele<br />
dia do empregado descontado<br />
obrigatoriamente no mês de<br />
março e repassado para o respectivo<br />
Sindicato).<br />
03. É necessário com base neste<br />
atual e válido julgamento,<br />
que o EMPREGADO evite a referida<br />
cobrança, caso não deseje<br />
arcar com a contribuição,<br />
cabendo ao próprio empregado<br />
formalizar a oposição junto<br />
ao Sindicato respectivo.<br />
É importante e obrigatório que<br />
seja o empregado a formalizar<br />
a oposição e que o empregador<br />
NÃO INTERVENHA na referida<br />
questão, para que não se caracterize<br />
uma violação sindical –<br />
por meio da prática anti sindical.<br />
Assim, abaixo um passo a passo<br />
– sugerido - para a oposição<br />
que o empregado deve realizar,<br />
para evitar a cobrança (desconto<br />
em sua folha de pagamento).<br />
1) Formalizar por escrito o exercício<br />
do direito de oposição;<br />
2) Fazer uma declaração na<br />
qual o empregado/trabalhador<br />
declara ao sindicato que não<br />
autoriza o desconto do valor<br />
da contribuição assistencial do<br />
seu salário;<br />
100 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
3) É recomendável que a carta de<br />
A exceção a OPOSIÇÃO (momen-<br />
empregador também fica pre-<br />
DIREITO E SAÚDE<br />
oposição seja apresentada tanto<br />
to em que não cabe a mesma) é<br />
cavido em caso de cobrança<br />
ao empregador como ao sindica-<br />
para o empregado de fato filia-<br />
por parte do sindicato.<br />
to – (que geralmente se entrega<br />
pessoalmente com protocolo do<br />
recebimento pelo Sindicato);<br />
do ao sindicato que se submete<br />
ao desconto por força da filiação<br />
(empregado sindicalizado formalmente),<br />
não tendo direito de<br />
Sabendo que determinado trabalhador<br />
se opôs expressamente<br />
à cobrança da contribuição<br />
4) Não se exige registro em<br />
cartório ou reconhecimento de<br />
firma, basta que a carta esteja<br />
assinada pelo trabalhador e<br />
que exista um comprovante de<br />
se opor, neste caso.<br />
Importante salientar que ao<br />
nosso sentir, uma vez que o<br />
empregado apresente ao Sindicado<br />
a carta de oposição,<br />
assistencial, o sindicato não vai<br />
promover nenhuma cobrança<br />
administrativa ou judicial, seja<br />
em face do próprio empregado,<br />
como em face do empregador, é<br />
o que se espera ao menos.<br />
entrega dessa carta (protocolo);<br />
cabe ao empregado comprovar<br />
que entregou (enviou via ECT, /<br />
Normalmente, (pela regra de<br />
5) Pode ser uma assinatura do<br />
protocolou / encaminhou via<br />
praxe e usual), se estabelece um<br />
representante do departamen-<br />
e-mail, etc) ao empregador a<br />
prazo de 10 dias para que o tra-<br />
to de recursos humanos da<br />
empresa, um carimbo, se for<br />
pelo Correio, com aviso de recebimento<br />
por cautela.<br />
carta de oposição, assim, ele<br />
(empregado) está seguro de<br />
que a empresa não pode realizar<br />
o desconto da contribuição<br />
no seu salário,<br />
balhador manifeste seu desejo<br />
de não contribuir.<br />
Em geral, o empregado deve ir<br />
presencialmente ao sindicato<br />
6) É importante que essa comunicação<br />
seja realizada de imediato,<br />
para nenhuma contribuição<br />
devida ser descontada do salário<br />
sob pena de responsabilidade<br />
de, inclusive, ser cobrado judicialmente<br />
a devolver o valor.<br />
para fazer isso. Aconselho que<br />
verifique junto ao sindicato se<br />
existe alguma forma virtual de<br />
enviar a oposição (lembrando<br />
que cabe ao empregado o envio<br />
ou no prazo previsto pelo Sindi-<br />
É salutar a prática indicada<br />
da oposição) e ter o comprovan-<br />
cato da Categoria profissional.<br />
acima, vez que o próprio<br />
te de recebimento.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
101
DIREITO E SAÚDE<br />
Para quem não se opõe, o pagamento<br />
é feito diretamente pela<br />
empresa por meio de desconto<br />
na folha. Os valores recolhidos<br />
são repassados aos sindicatos<br />
— mensalmente ou em outra<br />
periodicidade, respeitando a<br />
regra prevista na CCT ou Acordo<br />
Coletivo.<br />
CARTA DE OPOSIÇÃO<br />
DECLARAÇÃO<br />
Eu,<br />
, portador(a) do RG n.º<br />
e do CPF nº<br />
, empregado(a)<br />
da empresa , CNPJ n.º ,<br />
declaro que não autorizo o desconto de contribuição assistencial,<br />
confederativa ou qualquer outra que venha a ser estabelecida em<br />
convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho em favor do<br />
Sindicato da minha categoria, nos termos da legislação vigente.<br />
Ao lado, um modelo sugerido<br />
de carta de oposição (verificar<br />
se o Sindicato não tem um<br />
modelo próprio).<br />
É o que tínhamos a apresentar,<br />
salvo melhor juízo.<br />
Local , data: / /<br />
Nome e assinatura do(a) trabalhador(a)<br />
Proteção jurídica ao seu Laboratório!<br />
Está é nossa missão e está<br />
no nosso DNA lhe assessorar nesta<br />
empreitada, conte conosco!<br />
Obrigado e um grande abraço a todos!<br />
1 Notícia vinculada: https://portal.stf.jus.br/noticias/<br />
verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=513910&ori=1<br />
(acesso aos 05.10.2023 – às 11:14hs).<br />
Autor:<br />
Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />
Advogado em São Paulo, especialista em direito e processo do trabalho, especialista em direito contratual, especializando em advocacia consultiva, é sócio do<br />
escritório CIRIACO ADVOGADOS, localizado em São Paulo – Capital, é Professor de Pós Graduação em São Paulo- SP; São Luis do Maranhão-MA; Goiânia-GO e<br />
Palestrante, atuando na área da saúde, na ASSESSORIA JURÍDICA E DEFESA de Laboratório de Análises Clínicas, Clínicas médicas e empresas.<br />
@ciriacoadvogados<br />
102 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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MEDICINA GENÔMICA<br />
ZOONOSES E VÍRUS EMERGENTES:<br />
O QUE SÃO E COMO IDENTIFICAR?<br />
Por Varsomics<br />
Os vírus emergentes e reemergentes<br />
são uma preocupação<br />
global quando se trata de saúde<br />
pública. Oriundos muitas vezes<br />
de animais, esses vírus causam<br />
zoonoses que, se não identificadas<br />
e contidas, tendem a gerar<br />
inúmeras infecções.<br />
Desse modo, a rápida identificação<br />
desses patógenos, bem como<br />
a conscientização e prevenção<br />
das infecções precisam ser feitos<br />
de forma integrada e efetiva.<br />
O que são zoonoses?<br />
Os seres humanos sempre<br />
foram atormentados por<br />
epidemias causadas principalmente<br />
por doenças infecciosas<br />
que se originaram de animais,<br />
especialmente animais selvagens.<br />
Uma zoonose é uma<br />
doença infecciosa que “saltou”<br />
de um animal não humano<br />
para humanos.<br />
Em outras palavras, as zoonoses<br />
são definidas como doenças<br />
e infecções naturalmente<br />
transmitidas entre pessoas e<br />
animais vertebrados.<br />
Os patógenos zoonóticos são<br />
agentes bacterianos, virais e<br />
parasitários, ou podem envolver<br />
agentes não convencionais.<br />
Sua disseminação para<br />
humanos podem ocorrer por<br />
contato direto ou por meio<br />
de alimentos, água ou meio<br />
ambiente.<br />
Em nível global, estima-se<br />
que cerca de um bilhão de<br />
casos de doenças e milhões<br />
de mortes ocorram anualmente<br />
por zoonoses.<br />
Além disso, cerca de 60% das<br />
doenças infecciosas emergentes<br />
relatadas globalmente são<br />
zoonoses, sendo que mais de<br />
30 novos patógenos humanos<br />
foram detectados nas últimas<br />
três décadas, 75% dos quais se<br />
originaram em animais.<br />
As zoonoses são divididas<br />
em três classes:<br />
Zoonoses endêmicas, que<br />
estão presentes em muitos<br />
lugares e afetam muitas pessoas<br />
e animais;<br />
Zoonoses epidêmicas, de distribuição<br />
temporal e espacial<br />
esporádica;<br />
Zoonoses emergentes e reemergentes,<br />
que estão aparecendo<br />
recentemente em uma<br />
população ou já existiam anteriormente,<br />
mas estão aumentando<br />
rapidamente em incidência<br />
ou alcance geográfico.<br />
O estabelecimento de transmissão<br />
sustentada destas<br />
zoonoses, a partir de eventos<br />
de transbordamento iniciais,<br />
envolve a interação de mecanismos<br />
complexos.<br />
No entanto, há consenso de que<br />
o contato direto ou indireto de<br />
humanos com animais e seus<br />
fluidos corporais (uma “interface<br />
animal-humano”) é essencial<br />
para uma transmissão bem-sucedida<br />
entre espécies.<br />
O que são vírus emergentes?<br />
Vírus emergentes são aqueles<br />
capazes de causar novas doenças<br />
em seres humanos (doenças<br />
emergentes).<br />
104 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
O termo “vírus recém-emergente”<br />
é diferente de “vírus<br />
emergente” porque um vírus<br />
recém-emergente ainda não<br />
foi isolado em laboratório. Se o<br />
vírus foi isolado e, mais importante,<br />
se um teste de diagnóstico<br />
está disponível, isso tem<br />
ao seu incrível potencial de<br />
adaptação. Isso vale tanto<br />
para seus hospedeiros atuais,<br />
quanto para mudar para novos<br />
hospedeiros e desenvolver<br />
estratégias para escapar das<br />
medidas antivirais.<br />
O conhecimento dos fatores de<br />
risco gerais para emergência e<br />
disseminação, combinado com<br />
dados de nível local, é necessário<br />
para desenvolver metodologias<br />
baseadas em risco para<br />
detecção precoce.<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
implicações para a vigilância<br />
do mesmo.<br />
O reconhecimento de um vírus<br />
emergente é inicialmente feito<br />
através do estudo da apresentação<br />
clínica de indivíduos<br />
Uma doença emergente, conforme<br />
definida pela Organização<br />
Mundial da Saúde (OMS), é uma<br />
doença que apareceu em uma<br />
população pela primeira vez, ou<br />
que pode ter existido anteriormente,<br />
mas está aumentando<br />
Exemplos de doenças zoonóticas<br />
globalmente importantes<br />
identificadas incluem:<br />
• Vírus Ebola em 1976;<br />
• Gripe aviária (H5N1) em 1997;<br />
• Síndrome Respiratória Aguda<br />
infectados. Casos de uma<br />
rapidamente em incidência ou<br />
• Grave (SARS) em 2002;<br />
doença infecciosa aparentemente<br />
nova em humanos<br />
levarão a investigações epidemiológicas<br />
e iniciarão esforços<br />
para isolar o agente causador.<br />
Uma vez isolado o agente, o<br />
alcance geográfico.<br />
Zoonoses mais comuns<br />
enfrentadas por humanos<br />
O risco de emergência e disseminação<br />
de novos patógenos<br />
• Gripe suína (H1N1) em 2009;<br />
• Síndrome Respiratória do<br />
Oriente Médio (MERS-CoV) em<br />
2012;<br />
• Síndrome Respiratória Aguda<br />
Grave (SARS-CoV2) em 2019.<br />
esforço se volta para o desenvolvimento<br />
de métodos de<br />
diagnóstico. Em algum ponto<br />
dessa progressão, o vírus é<br />
visto como uma causa estabelecida<br />
de doença endêmica ou<br />
humanos originários de um reservatório<br />
animal aumentou nas últimas<br />
décadas. No entanto, a natureza<br />
imprevisível do surgimento<br />
de doenças torna a vigilância e a<br />
preparação desafiadoras.<br />
Além das citadas anteriormente,<br />
muitos outros vírus causam<br />
doenças e epidemias no mundo,<br />
como é possível ver na<br />
figura abaixo:<br />
epidêmica, e não é mais considerado<br />
um “recém-emergente”.<br />
É importante notar que os vírus<br />
emergentes e reemergentes<br />
são sempre uma ameaça contínua<br />
à saúde humana devido<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
105
MEDICINA GENÔMICA<br />
Vigilância, prevenção e controle<br />
de zoonoses<br />
A vigilância em saúde é uma<br />
ferramenta fundamental para<br />
a saúde pública, produzindo<br />
informações para orientar as<br />
ações. A vigilância moderna<br />
tende a seguir medidas de saúde<br />
como a incidência de uma<br />
doença ou síndrome ou mesmo<br />
a ocorrência de comportamentos<br />
relacionados à saúde.<br />
nacionais dificultou o controle<br />
da transmissão viral entre países<br />
e continentes. De forma análoga,<br />
a quarentena em aeroportos<br />
e portos marítimos tornou-se<br />
cada vez mais importante para a<br />
vigilância de zoonoses.<br />
Estes aspectos, assim como a<br />
história recente, evidenciam que<br />
a ameaça de uma determinada<br />
doença transmissível em um<br />
determinado lugar pode se tor-<br />
Embora alguns dos métodos<br />
subjacentes usados na vigilância<br />
da saúde pública tenham<br />
evoluído consideravelmente<br />
nos últimos anos, a abordagem<br />
geral da vigilância permaneceu<br />
relativamente constante.<br />
Em um nível fundamental, a<br />
vigilância visa:<br />
1. identificar casos individuais,<br />
2. detectar padrões populacio-<br />
Há muitas razões para conduzir<br />
a vigilância, e os dados coletados<br />
e a abordagem adotada<br />
para analisá-los são influenciados<br />
pelo objetivo geral de<br />
um sistema de vigilância. Os<br />
sistemas de vigilância visam<br />
principalmente a detecção,<br />
mas também fornecem informações<br />
que podem ser úteis<br />
para outros fins.<br />
nar também uma ameaça global.<br />
O risco de propagação e carga<br />
de doenças emergentes e<br />
reemergentes foi aumentado<br />
pelas extensas interações<br />
entre animais, humanos e<br />
ecossistemas, como resultado<br />
do crescimento:<br />
• das populações humanas;<br />
• urbanização em rápido cresci-<br />
nais em casos identificados e,<br />
então,<br />
3. transmitir informações aos<br />
tomadores de decisão sobre os<br />
padrões de saúde da população,<br />
para que adotem medidas<br />
de controle e prevenção.<br />
Métodos de identificação de<br />
zoonoses e vírus emergentes<br />
Atualmente, os métodos de<br />
O objetivo de detectar um surto<br />
de um vírus emergente coloca<br />
demandas específicas sobre<br />
o tipo de dados coletados e os<br />
tipos de análises realizadas.<br />
Todas as abordagens de vigilância<br />
compartilham alguns<br />
princípios comuns.<br />
Por que o risco de transmissão<br />
de zoonoses têm aumentado?<br />
Em particular, a expansão explosiva<br />
do comércio e viagens inter-<br />
mento e sistemas agrícolas em<br />
mudança;<br />
• interações próximas entre<br />
a vida selvagem e os animais<br />
domésticos (seguidas pela<br />
invasão da floresta, destruição<br />
do habitat e mudanças no<br />
ecossistema);<br />
• globalização no comércio de<br />
animais e produtos de origem<br />
animal;<br />
• resistência antimicrobiana;<br />
• mudanças climáticas.<br />
detecção de ácido nucleico<br />
estão entre os meios mais<br />
eficazes para identificar rapidamente<br />
a infecção viral diretamente<br />
da fonte.<br />
O teste e a detecção de influenza<br />
zoonótica, por exemplo,<br />
são realizados com ensaios de<br />
reação em cadeia da polimerase,<br />
permitindo uma detecção<br />
molecular direta altamente<br />
106 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
MEDICINA GENÔMICA<br />
sensível e rápida de genomas<br />
virais de Influenza zoonótica.<br />
A abordagem de diagnóstico<br />
dade de sequenciar um grande<br />
número de genomas virais forneceria<br />
aos pesquisadores infor-<br />
Testes sorológicos não devem<br />
ser usados para detecção inicial<br />
e caracterização de um<br />
usando RT-PCR em tempo real<br />
mações aprimoradas e ajudaria<br />
potencial evento zoonótico,<br />
adotada na maioria dos labora-<br />
no rastreio de zoonoses.<br />
pois apresentam várias limita-<br />
tórios é baseada principalmente<br />
ções. Entre as limitações, está<br />
no direcionamento do gene da<br />
A metagenômica viral, que<br />
o fato de que podem ocorrer<br />
matriz M1, que é um alvo padrão<br />
revela a abundância viral em<br />
reações cruzadas entre dife-<br />
para a diferenciação dos vírus<br />
uma ampla variedade de amos-<br />
rentes linhagens dentro de<br />
influenza tipo A e tipo B.<br />
tras usando NGS, atualmente<br />
um subtipo, ou mesmo entre<br />
está em rápido crescimento.<br />
diferentes subtipos do agente<br />
Como as sequências genéticas<br />
patogênico.<br />
diferem entre os vários subtipos<br />
Os avanços da metagenômica<br />
de vírus influenza zoonóticos,<br />
relacionam-se com melhorias<br />
Além disso, os resultados obti-<br />
é necessário obter ou projetar<br />
em NGS e aliados a aborda-<br />
dos por sorologia fornecem<br />
primers e sondas de PCR que<br />
gens bioinformáticas, usadas<br />
apenas informações sobre a<br />
detectem especificamente o<br />
para a análise dos dados de<br />
exposição histórica aos vírus<br />
subtipo influenza de interesse.<br />
leitura de sequência gerados.<br />
zoonóticos e não fornecem<br />
Sendo assim, os estudos meta-<br />
informações genéticas virais<br />
Métodos genômicos para a<br />
genômicos são amplamente<br />
que são vitais para avaliar a<br />
identificação de zoonoses<br />
aplicados na descoberta de<br />
potencial ameaça pandêmica<br />
Adicionalmente, as ferramen-<br />
vírus provenientes de variados<br />
das cepas.<br />
tas baseadas em genômica são<br />
tipos de amostras, incluindo<br />
excelentes para identificação e<br />
espécimes de sangue.<br />
Impacto de zoonoses na saú-<br />
caracterização de vírus e outros<br />
de humana e animal<br />
microrganismos. Elas também<br />
Quando a metagenômica<br />
A prevenção e resposta a sur-<br />
permitem a investigação de<br />
viral é aplicada a amostras de<br />
tos de doenças em ambos,<br />
padrões de evolução de vírus<br />
sangue, ela fornece uma visão<br />
humanos e animais, reque-<br />
por sequenciamento aprofun-<br />
geral completa da abundância<br />
rem estratégias, ferramentas<br />
dado de genomas virais em<br />
de ácidos nucleicos virais, tam-<br />
e mecanismos eficazes de<br />
hospedeiros individuais.<br />
bém chamada de “viroma do<br />
administração e governança.<br />
sangue”. O viroma do sangue<br />
Entre essas estratégias, estão<br />
A aplicação de Sequenciamento<br />
humano pode ser definido<br />
incluídos o armazenamento<br />
de Nova Geração (NGS) pode<br />
como a comunidade de todos<br />
estratégico e uso equitativo de<br />
fornecer resultados altamente<br />
os vírus encontrados em uma<br />
bens globais, como vacinas e<br />
específicos. Além disso, a capaci-<br />
amostra de sangue.<br />
outras terapias.<br />
108 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Tanto nos casos de patógenos<br />
previamente conhecidos<br />
quanto nos casos de patóge-<br />
autoridades precisa ser feita<br />
com antecipação e prevenção.<br />
Referências<br />
Buckeridge D, Cadieux G. Surveillance<br />
for Newly Emerging Viruses. Perspect<br />
MEDICINA GENÔMICA<br />
nos (recém) emergentes, uma<br />
resposta eficaz requer mecanismos<br />
globais para definir:<br />
• Prioridades a serem seguidas<br />
• Financiar e acelerar a pesquisa<br />
e o desenvolvimento de<br />
contramedidas<br />
• Mecanismo global para fabricação<br />
em larga escala de vacinas<br />
e medicamentos<br />
• Distribuição desses medicamentos<br />
Nesse contexto, os profissionais<br />
de saúde precisam estar atentos<br />
a sintomas diferentes do<br />
habitual ou aprofundar a investigação<br />
da doença quando a<br />
sua recorrência é alta. Junto<br />
disso a comunicação das ocor-<br />
Conclusão<br />
A relação humano-animal<br />
existirá e se estreita a cada<br />
ano devido ao crescimento<br />
populacional e diminuição das<br />
florestas, além de outros motivos<br />
que anteriormente listados<br />
no decorrer do texto. Com isso<br />
o risco de vírus emergentes<br />
zoonóticos ainda é um motivo<br />
de atenção e prevenção.<br />
Estar em alerta com casos isolados<br />
e investigar de maneira profunda,<br />
utilizando ferramentas<br />
genômicas, são passos essenciais<br />
para identificar rapidamente<br />
o agente causal e haver tempo<br />
hábil para o estabelecimento<br />
de estratégias de contenção e<br />
Med Virol. 2006;16:325-343. doi:<br />
10.1016/S0168-7069(06)16013-9.<br />
Epub 2006 Nov 28. PMID: 32287587;<br />
PMCID: PMC7114643.<br />
Cassedy A. et al., Virus Detection:<br />
A Review of the Current and Emerging<br />
Molecular and Immunological<br />
Methods Front. Mol. Biosci., Sec. Molecular<br />
Diagnostics and Therapeutics,<br />
Vol. 8 2021 | https://doi.org/10.3389/<br />
fmolb.2021.637559.<br />
Magouras I. et al., Emerging Zoonotic<br />
Diseases: Should We Rethink the<br />
Animal–Human Interface? Front. Vet.<br />
Sci., 22 October 2020, Sec. Veterinary<br />
Epidemiology and Economics, Vol 7<br />
– 2020 DOI: https://doi.org/10.3389/<br />
fvets.2020.582743Slavov, S.N. Viral<br />
Metagenomics for Identification of<br />
Emerging Viruses in Transfusion Medicine.<br />
Viruses 2022, 14, 2448. https://<br />
rências aos órgãos de saúde e<br />
controle das infecções.<br />
doi.org/10.3390/v14112448<br />
FONTE:<br />
Varsomics<br />
União de soluções tecnológicas para a prática da medicina de precisão. Nossa missão é ser referência de excelência no desenvolvimento de soluções de<br />
bioinformática e prestação de serviços aplicados na área de diagnóstico clínico e de pesquisas acadêmicas, para auxiliar a comunidade científica a difundir<br />
cada vez mais o conhecimento.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
109
PRINCIPAIS INFECÇÕES VIRAIS FELINAS<br />
VIROLOGIA<br />
VÍRUS DA LEUCEMIA FELINA (FELV), VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA<br />
FELINA (FIV) E PERITONITE INFECCIOSA FELINA (FIP): REVISÃO<br />
Feline Viral Diseases - Feline Leukemia Virus (FELV), Feline immunodeficiency vírus (FIV)<br />
and Feline Infectious Peritonitis (FIP): short review<br />
Por Guilherme Silva de Mello1;<br />
João Victor Pereira Lacerda1;<br />
Mara Ferreira Pessanha1;<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões2.<br />
1 - Graduando do curso de Medicina Veterinária; Departamento de<br />
Ciências da Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
2 - Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso de Medicina<br />
Veterinária; Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />
Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Resumo<br />
Dentre as doenças virais felinas com genoma RNA viral destacam-se<br />
o vírus da leucemia felina (FELV), o vírus da imunodeficiência<br />
felina (FIV) e o coronavírus felino causador da peritonite<br />
infecciosa felina (FIP). Já foram descritos quatro subgrupos<br />
virais identificados geneticamente: FeLV-A, B, C e T. Os gatos<br />
infectados com os subgrupos FeLV-B, C e T são co-infectados<br />
com o FeLV-A. Somente o subgrupo A é transmissível entre os<br />
felinos por meio do receptor da proteína de membrana identificada<br />
como Feline high affinity thiamine transporter 1 (fe-<br />
THTR1). Com base na análise genética do gene env, já foram<br />
descritos cinco subtipos virais denominados A, B, C, D e E. A<br />
gengivo-estomatite é a manifestação clínica mais frequente da<br />
FIV. O coronavírus felino desencadeia uma doença imunomediada<br />
produzida como resultado da infecção de macrófagos<br />
pelas cepas mutantes do feline coronavirus denominada peritonite<br />
infecciosa felina, do inglês feline infectious peritonitis<br />
(FIP). Com base nas características antigênicas e estruturais do<br />
vírus têm sido descritas 2 tipos virais: FIP-1 e FIP-2. Tais viroses<br />
frequentemente acometem os gatos domésticos, e quando<br />
diagnosticada precocemente, costumam ter um prognóstico<br />
reservado, visto que todas as três viroses não possuem cura,<br />
apenas um protocolo terapêutico na tentativa de diminuir a<br />
carga viral. Deve-se ressaltar também que, essas doenças estão<br />
frequentemente associadas a outras enfermidades, como<br />
linfomas no caso da FELV e alterações renais e hepáticas no<br />
caso da PIF, o que torna ainda mais difícil o tratamento e a evolução<br />
dos pacientes.<br />
Palavras-chaves: peritonite infecciosa felina, leucemia viral<br />
felina, imunodeficiência felina.<br />
Abstract<br />
Feline viral diseases with a viral RNA genome include<br />
feline leukemia virus (FELV), feline immunodeficiency<br />
virus (FIV) and feline coronavirus that causes feline<br />
infectious peritonitis (FIP). About four genetically viral<br />
subgroups have been described: FeLV-A, B, C and T. Cats<br />
infected with subgroups FeLV-B, C and T are co-infected<br />
with FeLV-A. Only subgroup A is transmissible between<br />
felines through the membrane protein receptor<br />
identified as Feline high affinity thiamine transporter<br />
1 (feTHTR1). Based on genetic analysis of the env gene,<br />
five viral subtypes called A, B, C, D and E have been described.<br />
Gingivostomatitis is the most common clinical<br />
manifestation of FIV. The feline coronavirus triggers an<br />
immune-mediated disease produced as a result of the<br />
infection of macrophages by mutant strains of the feline<br />
coronavirus called feline infectious peritonitis (FIP).<br />
Based on the antigenic and structural characteristics of<br />
the virus, 2 viral types have been reported: FIP-1 and<br />
FIP-2. Such viruses often affect domestic cats, and when<br />
diagnosed early, they usually have a poor prognosis,<br />
since all three viruses have no cure, just a therapeutic<br />
protocol in an attempt to reduce the viral load. It should<br />
also be noted that these diseases are often associated<br />
with other illnesses, such as lymphomas in the case of<br />
FELV and kidney and liver changes in the case of FIP,<br />
which makes treatment and the evolution of patients<br />
even more difficult.<br />
Keywords: Feline Leukemia Virus, Feline immunodeficiency vírus,<br />
Feline Infectious Peritonitis.<br />
110 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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VIROLOGIA<br />
Introdução<br />
Apesar dos cães ainda serem<br />
considerados o principal animal<br />
de companhia do homem,<br />
os gatos têm ganhado cada vez<br />
mais espaço, visto que esses<br />
animais são mais independentes<br />
e possuem menos necessidades<br />
que os cães. Apesar disso,<br />
o Brasil ainda possui uma<br />
quantidade considerável de<br />
animais vivendo nas ruas, de<br />
acordo com uma pesquisa realizada<br />
pela Organização Mundial<br />
de Saúde o país possui<br />
cerca de 10 milhões de gatos<br />
errantes. Esses animais estão<br />
mais suscetíveis às doenças<br />
virais abordadas nesse artigo,<br />
visto que, a transmissão pode<br />
ocorrer por lambeduras, arranhaduras<br />
ou então na cópula.<br />
Neste artigo será abordado as<br />
principais enfermidades que<br />
acometem os felinos domésticos<br />
tais como Feline leucemia<br />
virus - Leucemia Viral Felina<br />
(FeLV), Feline immunodeficiency<br />
virus - Imunodeficiência<br />
Viral Felina (FIV) e Feline<br />
infectious peritonitis - Peritonite<br />
infecciosa felina (PIF).<br />
Feline leucemia virus - Leucemia<br />
Viral Felina (Felv)<br />
O vírus da Leucemia felina<br />
(Feline leucemia virus - FeLV)<br />
é um RNA vírus de fita simples<br />
classificado na família Retroviridae,<br />
genêro Gammaretrovirus<br />
que acomete felinos domésticos<br />
e silvestres. O vírus causa<br />
imunodeficiência, distúrbios<br />
da medula óssea e tumores<br />
em células linfáticas. Já foram<br />
descritos quatro subgrupos<br />
virais identificados geneticamente:<br />
FeLV-A, B, C e T. Os gatos<br />
infectados com os subgrupos<br />
FeLV-B, C e T são co-infectados<br />
com o FeLV-A. Somente o subgrupo<br />
A é transmissível entre<br />
os felinos por meio do receptor<br />
da proteína de membrana<br />
identificada como Feline high<br />
affinity thiamine transporter 1<br />
(feTHTR1). Sangue, secreções<br />
salivares e compartilhamento<br />
de recipiente de água são fontes<br />
de transmissão viral. O vírus<br />
é eliminado pela saliva, urina e<br />
fezes dos felinos infectados. O<br />
vírus já foi detectado no leite e<br />
pode ocorrer a transmissão vertical<br />
(Figueiredo & Junior, 2011).<br />
O vírus acomete principalmente<br />
gatos jovens de vida livre,<br />
podendo causar neoplasmas,<br />
doenças degenerativas do sistema<br />
hematopoiético e principalmente<br />
imunodeficiência.<br />
Porém, apesar de causar diversas<br />
enfermidades secundárias, é<br />
importante ressaltar que gatos<br />
portadores e transmissores da<br />
FeLV muitas vezes não estão<br />
clinicamente doentes, sendo<br />
portadores assintomáticos tornando<br />
mais difícil de realizar o<br />
diagnóstico da doença, logo,<br />
para combater, diagnosticar e<br />
evitar a propagação do vírus,<br />
deve-se entender detalhadamente<br />
a fisiopatogenia viral.<br />
Como citado anteriormente,<br />
gatos portadores da FelV<br />
podem não manifestar nenhum<br />
sinal clínico, ou doenças brandas.<br />
Porém, os principais sinais<br />
decorrentes da infecção são<br />
classificados em neoplasmas,<br />
desordens hematológicas,<br />
doenças imunomediadas e<br />
outras síndromes. Além disso<br />
deve-se considerar também<br />
que a idade em que o animal se<br />
infecta é um fator fundamental<br />
para o desenvolvimento da<br />
patogenia, uma vez que dados<br />
apontam que gatos contaminados<br />
com menos de três meses se<br />
tornarão apenas progressores.<br />
112 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Nos casos de neoplasmas o vírus<br />
insere seu RNA no DNA da célula<br />
hospedeira, o que aumenta<br />
em 62 vezes as chances de se<br />
desenvolver um linfoma ou<br />
uma leucemia. O linfoma é o<br />
principal câncer que acomete<br />
gatos FelV e tende a acometer o<br />
linfonodo mediastínico, os rins,<br />
os olhos e a coluna vertebral.<br />
Já as leucemias. são o segundo<br />
principal tipo, elas podem causar<br />
febres, leucocitose elevada<br />
e eritrocitose. Somam-se ainda<br />
que a FeLV também pode gerar<br />
desordens imunomediadas<br />
como gengivoestomatites,<br />
glomerulonefrites e citopenias.<br />
Também se observa síndromes<br />
neurológicas, apesar de serem<br />
incomuns, sendo que nesses<br />
casos ocorre o aparecimento de<br />
midríase, síndrome de Horner,<br />
hiperestesia e cegueira central,<br />
por fim, também podem ocorrer<br />
síndromes reprodutivas e<br />
neonatais, como reabsorção<br />
embrionária e abortos.<br />
Na leucemia felina, os gatos<br />
podem ser testados em qualquer<br />
período, desde filhotes<br />
recém-nascidos até a senilidade.<br />
Os testes realizados<br />
rotineiramente na clínica de<br />
pequenos detectam antígenos,<br />
assim, os anticorpos oriundos<br />
da vacinação do animal com<br />
a V5 não irão interferir com os<br />
resultados. Os mais utilizados<br />
são os testes rápidos do tipo<br />
SNAP, sendo esses o ELISA e a<br />
IMC, ambos os testes são baseados<br />
na detecção da proteína<br />
p27, que circula livre no sangue<br />
do animal em viremia. Como<br />
ensaio molecular, o RT-PCR<br />
também pode ser utilizado,<br />
caso os exames citados anteriormente<br />
sejam inconclusivos<br />
(apesar de raro, pode ocorrer).<br />
Esse é o teste considerável mais<br />
sensível, pois é capaz de detectar<br />
a infecção mesmo que haja<br />
poucas partículas virais circulantes<br />
na amostra teste.<br />
Alguns gatos conseguem suprimir<br />
a infecção viral através do<br />
próprio sistema imunológico e<br />
assim desenvolvem uma infecção<br />
regressiva, no qual não<br />
ocorre replicação viral. É possível<br />
o aparecimento de tumores<br />
como resultado da integração<br />
do DNA viral nos oncogenes<br />
celulares. Além disso, existe a<br />
FeLV progressiva afetando a<br />
medula óssea e desencadeando<br />
uma viremia persistente.<br />
Linfoma e leucemia são os tipos<br />
mais comuns de neoplasia em<br />
gatos infectados com FeLV.<br />
Como diagnóstico, a coleta de<br />
sangue faz-se de escolha para<br />
ensaios de RT-PCR, e testes de<br />
ELISA para pesquisa do antígeno<br />
proteico p27 do vírus. Como<br />
terapêutica, adota-se IFN-α<br />
recombinante. A melhor forma<br />
de prevenção é a vacinação<br />
com vírus inativado associado<br />
a outros vírus respiratórios<br />
(Simões, 2020).<br />
Diferente da FIV, a Felv possui<br />
uma vacina, contendo o<br />
vírus inativado, popularmente<br />
conhecida como “Vacina<br />
Quíntupla” (V5). Entretanto,<br />
o protocolo mais comum é a<br />
realização da primeira dose a<br />
partir de 8 semanas, uma dose<br />
de reforço após 30 dias e após<br />
esse período, a terceira e última<br />
dose. Além da vacinação, outras<br />
medidas profiláticas devem ser<br />
tomadas, tais como: (i) evitar<br />
que animais negativados saiam<br />
do ambiente domiciliar, (ii)<br />
evitar o contato entre animais<br />
negativos e positivos.<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
113
VIROLOGIA<br />
Feline<br />
immunodeficiency<br />
consegue funcionar da forma<br />
animal, até então saudável, o<br />
virus - Imunodeficiência Viral<br />
que deveria, deixando o orga-<br />
vírus e leucócitos contamina-<br />
Felina (FIV)<br />
nismo do portador mais susce-<br />
dos. Existem outros meios de<br />
O vírus da imunodeficiência felina,<br />
tível a infecções oportunistas.<br />
contaminação, como a arra-<br />
do inglês Feline immunodeficien-<br />
nhadura, e com menos poder<br />
cy virus (FIV), é um RNA vírus de<br />
O vírus da imunodeficiência<br />
de contaminação, o compar-<br />
fita simples comumente conhe-<br />
felina é formado por RNA de fita<br />
tilhamento de bebedouros e<br />
cido como AIDS felina pertence<br />
simples e para que sua transcri-<br />
comedouros, já que o vírus<br />
à família Retroviridae, sub-família<br />
ção seja possível, o vírus utiliza<br />
contido em grande quantida-<br />
Orthoretrovirinae, gênero Lentivi-<br />
a enzima transcriptase reversa,<br />
de na saliva não dura muito<br />
rus. Com base na análise genética<br />
uma vez que esta consegue<br />
tempo no ambiente. Do mes-<br />
do gene env, já foram descritos<br />
produzir cDNA a partir de RNA<br />
mo modo, o sêmen contém<br />
cinco subtipos virais denomina-<br />
(provirus). Além desse meca-<br />
o vírus, mas aparentemente<br />
dos A, B, C, D e E (Ferreira et al.,<br />
nismo de evasão do sistema<br />
não é grande fonte de conta-<br />
2011). A gengivo-estomatite é<br />
imunológico, quando o vírus sai<br />
minação, como o colostro, o<br />
a manifestação clínica mais fre-<br />
da célula ele transporta parte<br />
leite ou pela via transplacen-<br />
quente (Simões, 2020).<br />
da membrana celular da célu-<br />
tária. O FIV não é transmitido<br />
la hospedeira. Esse vírus tem<br />
pelo ar e por ser um vírus<br />
A Imunodeficiência Viral Felina<br />
grande tropismo por células<br />
envelopado, sua presença no<br />
(FIV) é uma doença que acome-<br />
hematopoiéticas, elas se multi-<br />
ambiente pode ser facilmen-<br />
te gatos a nível mundial, não<br />
plicam rapidamente.<br />
te eliminada por produtos de<br />
tem cura, mas os animais infec-<br />
limpeza que rompem as bar-<br />
tados podem ter boa qualidade<br />
A transmissão viral ocorre<br />
reiras glicoproteicas inativan-<br />
de vida durante muitos anos.<br />
pela via transplacentária, pela<br />
do-o (Simões, 2020).<br />
O vírus possui grande variabi-<br />
amamentação e pelo sêmen<br />
lidade genética, apresentando<br />
de machos soropositivos<br />
Os gatos mais acometidos são<br />
5 subtipos (A, B, C, D e E) espa-<br />
além de mordidas e arranhões<br />
os machos, errantes e não cas-<br />
lhados mundialmente, mas<br />
de gatos infectados por FIV. A<br />
trados. Esses têm um histórico<br />
com prevalência individual em<br />
transmissão se dá pela ino-<br />
de grande disputa territorial<br />
determinados países; sendo o A<br />
culação do vírus na corrente<br />
e por fêmeas no cio, devido a<br />
e B os mais recorrentes. Uma vez<br />
sanguínea, logo ela é passada<br />
isso se expõem a mordeduras<br />
que o animal é infectado, ele se<br />
de um animal para outro com<br />
(principal via de transmissão) e<br />
torna portador da doença. É um<br />
mais frequência pela mor-<br />
arranhões nas brigas e no aca-<br />
vírus que como o nome sugere,<br />
dedura. Assim, o animal por-<br />
salamento, ao contato sexual e<br />
cria deficiência no sistema imu-<br />
tador da FIV através de sua<br />
as possíveis mordidas e lambi-<br />
nológico, assim o mesmo não<br />
saliva inocula no sangue do<br />
das envolvidas nesse processo.<br />
114 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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VIROLOGIA<br />
A doença apresenta três estágios,<br />
a seguir: (i) a fase aguda,<br />
(ii) a fase assintomática e (iii) a<br />
fase terminal. Logo depois da<br />
contaminação, na fase aguda,<br />
o vírus encontra-se circulando<br />
em alta concentração no sangue,<br />
e com isso as células de<br />
defesa começam a agir na tentativa<br />
de debelar o mesmo. A<br />
quantidade de linfócitos T CD4<br />
e CD8 aumenta, e também há<br />
produção de anticorpos específicos<br />
contra FIV. Essa primeira<br />
fase pode durar em torno de 4<br />
a 6 semanas e o animal pode<br />
apresentar, nesse período,<br />
letargia, febre transitória, diarreia,<br />
linfoadenopatia, infecções<br />
do trato respiratório superior<br />
ou até mesmo não apresentar<br />
nenhum sinal clínico.<br />
Concomitantemente, a taxa<br />
de CD4 e CD8 vão diminuindo<br />
e com o passar do tempo isso<br />
pode causar imunodeficiência.<br />
É a partir desse momento,<br />
onde o sistema imunológico já<br />
está mais debilitado, ou ele por<br />
algum outro motivo é suprimido,<br />
que a enfermidade começa<br />
a predispor o animal a infecções<br />
oportunistas com recorrência, e<br />
assim ele começa o último estágio,<br />
o terminal.<br />
Na fase terminal, o gato entra<br />
no quadro de síndrome de<br />
imunodeficiência adquirida<br />
felina, onde há aparição de<br />
infecções oportunistas. A<br />
gengivite-estomatite crônica,<br />
apesar de não ter causa clara,<br />
é extremamente presente nos<br />
o gato portador apresentar<br />
algum sinal clínico ele deve<br />
receber cuidados paliativos<br />
que cuidem dos mesmos,<br />
gerando qualidade de vida e<br />
dando suporte para que seu<br />
corpo consiga se equilibrar.<br />
De mesma importância, há a<br />
necessidade de manter esse<br />
animal em ambiente e condições<br />
favoráveis para que ele<br />
mantenha seu sistema imunológico<br />
estável. Assim, um gato<br />
que tem um lar seguro, boa<br />
alimentação, auxílio médico<br />
veterinário e que não é exposto<br />
a estresse tem mais qualidade<br />
de vida mesmo sendo positivo<br />
para doença do que outro também<br />
positivo, mas exposto em<br />
um cenário contrário a este.<br />
Assim, com o alto número de<br />
CD4 e CD8 a viremia (vírus<br />
circulante na corrente sanguínea)<br />
diminui, mas por sua vez<br />
sua replicação está ocorrendo<br />
dentro dos linfócitos. Por tanto,<br />
como a replicação viral ainda<br />
persiste, mesmo que em números<br />
mais baixos, a fase assintomática<br />
não pode ser considerada<br />
um período de latência.<br />
pacientes. Os portadores, nessa<br />
fase, também podem apresentar<br />
problemas neurológicos,<br />
oftálmicos, perda de peso,<br />
problema respiratório, diarreia,<br />
linfoadenopatia e neoplasias.<br />
Como dito anteriormente, a<br />
imunodeficiência felina não<br />
tem cura, até o momento<br />
nenhum retroviral ou tratamento<br />
específico. Quando<br />
O estresse é um grande fator<br />
a ser controlado, já que este<br />
tem grande influência no sistema<br />
imunológico dos gatos,<br />
baixando sua capacidade de<br />
defesa e causando supressão<br />
do mesmo. A idade também se<br />
torna um fator a levar o animal<br />
ao estágio terminal, visto que<br />
animais mais velhos não têm<br />
seus sistemas imunológicos<br />
tão competentes quanto antes.<br />
116 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Por meio de ensaios sorológicos<br />
tem sido possível detectar a<br />
presença de anticorpos contra<br />
as proteínas do core p24 ou proteína<br />
trans-membrana gp40 do<br />
vírus ((Simões, 2020). A FIV comumente<br />
pode ser diagnosticada<br />
por teste de ELISA ou RT-PCR,<br />
mas para a escolha de qual teste<br />
deverá ser feito, deve ser entendida<br />
a situação do animal, e em<br />
certos casos há a necessidade de<br />
fazer os dois para confirmação.<br />
Pelo fato de os gatos infectados<br />
já apresentarem altas taxas de<br />
anticorpos anti-FIV depois dos<br />
60 dias de exposição, o resultado<br />
do teste ELISA é confiável.<br />
Por isso, também é importante<br />
que caso o teste tenha resultado<br />
negativo e o tempo de isolamento<br />
tenha sido menor que<br />
os 60 dias, o teste deverá novamente<br />
ser realizado depois de<br />
30 dias após a realização do último.<br />
Mas se o animal tiver mais<br />
de 6 meses e apontar positivo,<br />
mesmo sem ter sido respeitado<br />
o tempo de isolamento, ele será<br />
verdadeiramente positivo. Na<br />
mesma fase, o RT-PCR também<br />
pode ser realizado apresentando<br />
resultado fidedigno.<br />
Para os filhotes além do tempo<br />
de 60 dias, há a necessidade<br />
de esperar que ele complete<br />
6 meses para que não haja um<br />
falso negativo diante dos anticorpos<br />
da mãe. O felino que se<br />
encontra na segunda fase da<br />
doença apresenta anticorpos,<br />
porém baixo nível de viremia.<br />
Na fase terminal, o ideal é que<br />
o RT-PCR.<br />
Até o momento não há nenhuma<br />
vacina indicada para prevenção<br />
da FIV, já que atualmente<br />
a única liberada em alguns<br />
países, Fel-o-Vax FIV, ainda causa<br />
dificuldades no diagnóstico<br />
por anticorpos. Como a vacina<br />
gera anticorpos e a maioria<br />
dos testes não detectam essa<br />
diferenciação de anticorpos<br />
gerado pela vacina dos quais<br />
aqueles gerados pelo contato<br />
com o vírus, os gatos vacinados<br />
podem erroneamente serem<br />
classificados como positivos<br />
para FIV. A melhor prevenção<br />
até o momento é manter os<br />
gatos positivos e negativos<br />
separados uns dos outros, castrar<br />
os gatos semi-domiciliados<br />
para que diminuam as idas à<br />
rua ou disputa por território.<br />
Feline infectious peritonitis -<br />
Peritonite infecciosa felina (PIF)<br />
O coronavírus felino é um RNA<br />
viral de fita simples polaridade<br />
positiva classificado na família<br />
Coronaviridae, subfamília Coronavirinae,<br />
gênero Alphacoronavirus,<br />
espécie Alphacoronavirus-1.<br />
O coronavírus felino desencadeia<br />
uma doença imunomediada<br />
produzida como resultado da<br />
infecção de macrófagos pelas<br />
cepas mutantes do feline coronavirus<br />
denominada peritonite<br />
infecciosa felina, do inglês feline<br />
infectious peritonitis (FIP). Com<br />
base nas características antigênicas<br />
e estruturais do vírus têm<br />
sido descritas 2 tipos virais: FIP-1<br />
e FIP-2 (Simões, 2020).<br />
É uma doença viral imuno<br />
mediada provocada pelo coronavírus<br />
felino (FCoV) mutado,<br />
que acomete felinos em geral,<br />
tanto domésticos quanto selvagens.<br />
Em sua forma não mutada<br />
do vírus causa apenas enterite,<br />
que é facilmente tratada. A<br />
doença afeta em sua maioria<br />
gatos muito jovens, com menos<br />
de 3 anos, ou pacientes idosos,<br />
com mais de 10 anos e com<br />
falhas imunológicas (BARROS,<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
117
VIROLOGIA<br />
2014). Esse grupo específico<br />
de faixa etária ocorre devido a<br />
situação imunológica dos indivíduos,<br />
sendo que animais após<br />
os 3 anos costumam estar com<br />
a imunidade adequada. Portanto,<br />
animais imunossuprimidos<br />
também estão entre os classificados<br />
no grupo de risco.<br />
A PIF apresenta duas apresentações<br />
clínicas: (i) a efusiva (chamada<br />
também de úmida) e (ii) a<br />
não efusiva (chamada também<br />
de seca). A distinção é por conta<br />
dos sinais clínicos, a efusiva<br />
apresenta acúmulo de líquido<br />
nas cavidades abdominais e<br />
torácicas. Já a não efusiva há<br />
presença de sinais inespecíficos,<br />
o que dificulta o diagnóstico.<br />
O coronavírus felino (CoFV) é<br />
um vírus RNA de cadeia simples,<br />
não segmentado e envelopado.<br />
Tem dois tipos, o Coronavírus<br />
Felino Entérico (FECV) e o Vírus<br />
da Peritonite Infecciosa Felina<br />
(FIPV). O FECV é mais comum e<br />
constantemente o paciente não<br />
apresenta sinais clínicos, sendo<br />
assintomático. Já o FIPV mesmo<br />
sendo mais raro é o mais grave<br />
e letal (BARROS, 2014).<br />
A contaminação do felino se dá,<br />
principalmente, de forma oral.<br />
Podendo ser, pela ingestão de<br />
fezes contaminadas e utilização<br />
de fômites contaminados,<br />
como bebedouros e vasilhas de<br />
comida compartilhados. Aerossóis<br />
também podem contaminar,<br />
pois nos primeiros momentos<br />
urina e saliva podem conter<br />
o vírus, entretanto só é possível<br />
nas primeiras horas de infecção<br />
(ADDIE, et al, 2009).<br />
Ambientes com grande número<br />
de gatos reunidos têm maior<br />
chance de contaminação pelo<br />
coronavírus felino. Portanto,<br />
animais oriundos de abrigos são<br />
mais suscetíveis ao vírus. A aparição<br />
da doença está associada<br />
à competência imunológica do<br />
indivíduo. Portanto, animais<br />
mais suscetíveis são aqueles<br />
que não possuem sistema<br />
imunológico totalmente maduro,<br />
que são animais de idade<br />
inferior a 3 anos, animais que<br />
estão com déficit imunológico,<br />
animais idosos com mais de 10<br />
anos de idade, e animais imunossuprimidos,<br />
e somam-se os<br />
animais com doenças autoimunes<br />
como FIV e FELV. Há raças<br />
mais propensas a desenvolver a<br />
PIF tais como: Birman, Ragdoll,<br />
Bengala, Rex, Abissínia e Himalaia<br />
(Pesteanu-Somogyi, 2006).<br />
É uma doença sistêmica e granulomatosa<br />
que acomete felinos<br />
que têm contato direto com<br />
outros felinos. O vírus se replica<br />
de forma eficaz em animais com<br />
sistema imune deficiente atingindo<br />
os macrófagos e monócitos<br />
alcançando todo organismo<br />
a doença sistêmica. Nos macrófagos<br />
eles ativam a produção<br />
de citocinas que agem gerando<br />
granulomas nos tecidos (PIF<br />
não efusiva) ou vasculite (PIF<br />
efusiva). A PIF não efusiva com<br />
o tempo, na maioria das vezes,<br />
passa a ser efusiva.<br />
A Peritonite infecciosa felina<br />
(PIF) é uma doença com dois<br />
tipos de apresentação clínica<br />
distintas relacionadas a forma<br />
que o vírus irá evoluir no organismo<br />
do paciente. Sendo elas<br />
efusiva (úmida) ou não efusiva<br />
(seca). A forma efusiva da doença<br />
é a mais comum, cerca de<br />
80% dos casos, ela é caracterizada<br />
pelo acúmulo de líquido rico<br />
em fibrina nas cavidades abdo-<br />
118 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
VIROLOGIA<br />
minais e torácicas (o nome se<br />
deu pelo acúmulo desses líquidos).<br />
Além disso, sinais comuns<br />
como febre, anorexia, perda de<br />
peso, icterícia, linfadenomegalia<br />
mesentérica, dificuldade para<br />
respirar e barriga inchada são<br />
observadas com frequência na<br />
anamnese clínica do paciente.<br />
A forma não efusiva da doença é<br />
a menos comum e é caracterizada<br />
pela formação de lesões granulomatosas<br />
em vários órgãos,<br />
como: o intestino, fígado, pulmões,<br />
coração, olhos, cérebro e<br />
rins. Porém, diferente da efusiva<br />
é mais difícil de ser diagnosticada,<br />
pois os sinais clínicos observados<br />
são menos específicos.<br />
O diagnóstico da Peritonite<br />
infecciosa felina é feito a partir<br />
da anamnese, aliado a exames<br />
físicos e laboratoriais. É uma<br />
doença de diagnóstico difícil,<br />
principalmente quando a apresentação<br />
clínica é não efusiva.<br />
Não existe um exame único<br />
e preciso. Geralmente é feito<br />
um diagnóstico presuntivo por<br />
exclusão após a realização de<br />
alguns exames diferenciais.<br />
Quando é do tipo efusiva, o<br />
paciente chega ao consultório<br />
com efusão de cor amarelada,<br />
viscosa, muito proteica, não<br />
sanguinolenta e asséptica. Nesse<br />
caso deve-se coletar, fazer<br />
o teste de rivalta que constata<br />
se é uma secreção proteica (em<br />
caso de negativo há grande<br />
possibilidade de não ser PIF), e<br />
mandar para análise em teste<br />
mais específico como cultura<br />
para descartar, a suspeita de<br />
peritonite bacteriana.<br />
Além da coleta, podem ser feitos<br />
exames de imagens que evidenciam<br />
a presença de efusões<br />
pelo corpo, granulomas e a<br />
integridade dos órgãos. Exames<br />
laboratoriais de hemograma,<br />
perfil bioquímico, albumina e<br />
globulina são importantes para<br />
diferenciar de outras doenças<br />
e evidenciar a possibilidade de<br />
peritonite infecciosa felina.<br />
Estudos comprovam eficácia<br />
do RT-PCR apenas quando há<br />
alterações neurológicas e o<br />
material testado é o líquido<br />
cefalorraquidiano (Doenges,<br />
2016). Também é realizado exame<br />
post-mortem como a histopatologia<br />
que coleta amostras<br />
de órgãos e testa evidenciando<br />
a morte por PIF. Por ser uma<br />
doença sem diagnóstico preciso<br />
e definitivo é necessário realizar<br />
o máximo de exames para<br />
descartar outras patologias.<br />
Exames comumente feitos são:<br />
hemograma, perfil bioquímico,<br />
teste relação albumina-globulina,<br />
ultrassonografia, radiografia,<br />
histologia, técnica de rivalta,<br />
coleta de líquor, imuno-histoquímica,<br />
RT-PCR e detecção de<br />
antígenos e anticorpos.<br />
Existe vacina para a peritonite<br />
infecciosa felina, entretanto<br />
ela não está disponível no Brasil.<br />
Até o momento, é realizado<br />
um tratamento de suporte<br />
para diminuir os sintomas da<br />
doença e dar qualidade de vida<br />
ao animal. É utilizado drogas<br />
imunomoduladoras, imunossupressoras,<br />
antivirais e interferon<br />
para o tratamento. Em caso de<br />
infecções secundárias, também<br />
é utilizado antibióticos (Silva et<br />
al., 2017). O fármaco de escolha<br />
para o tratamento imunossupressor<br />
é a prednisolona que age<br />
suprimindo a resposta humoral e<br />
celular, causando uma melhora<br />
clínica no animal (Barros, 2014)<br />
120 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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O uso de interferon recombinante<br />
felino pode ser administrado<br />
para combater a replicação do<br />
vírus, entretanto é um tratamento<br />
caro e não leva a cura (Barros,<br />
2014). Em caso de PIF efusiva é<br />
possível realizar a drenagem do<br />
líquido, assim promovendo alívio<br />
no desconforto do paciente.<br />
Além dos tratamentos de suporte,<br />
que não curam o animal da<br />
doença, existem estudos sobre<br />
uma molécula análoga ao nucleosídeo<br />
GS-441524 que afirmam<br />
que ela inibe a replicação do vírus<br />
da peritonite infecciosa felina<br />
(Murphy et al., 2018). Entretanto,<br />
o tratamento não está disponível<br />
no mercado até o atual momento.<br />
O medicamento é uma real<br />
esperança de cura para pacientes<br />
com peritonite infecciosa felina<br />
no futuro quando for liberado a<br />
comercialização.<br />
Referências<br />
Addie, D.D., Belák, S., Boucraut-Baralon, C., Egberink,<br />
H., Frymus, T., Gruffydd-Jones, T., Hartmann,<br />
K. Feline infectious peritonitis. ABCD guidelines<br />
on prevention and management. Journal of<br />
Feline Medicine and Surgery. 2009.<br />
Barros, A. R. T. (2014). Peritonite infecciosa felina:<br />
estudo retrospectivo de 20 casos clínicos.<br />
Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária<br />
conferido pela Universidade Lusófona<br />
de Humanidades e Tecnologias. Lisboa.<br />
Doenges, S. J., Weber, K., Dorsch, R., Fux,<br />
R., Fischer, A., Matiasek, L. A., Matiasek,<br />
K., & Hartmann, K. (2016). Detection of<br />
feline coronavirus in cerebrospinal fluid<br />
for diagnosis of feline infectious peritonitis<br />
in cats with and without neurological<br />
signs. Journal of Feline Medicine<br />
and Surgery, 18(2), 104–109. https://doi.<br />
org/10.1177/1098612X15574757<br />
Massitel, I. (2021). Peritonite infecciosa<br />
felina: Revisão. Pubvet, 15(01). https://doi.<br />
org/10.31533/pubvet.v15n01a740.1-8<br />
Murphy, B. G., Perron, M., Murakami, E., Bauer,<br />
K., Park, Y., Eckstrand, C., Liepnieks, M., &<br />
Pedersen, N. C. (2018). The nucleoside analog<br />
GS-441524 strongly inhibits feline infectious<br />
peritonitis (FIP) virus in tissue culture and<br />
experimental cat infection studies. Veterinary<br />
Microbiology, 219, 226–233. https://doi.<br />
org/10.1016/j.vetmic.2018.04.026<br />
Oliveira, F. N.; Raffi, M.; Souza, T. M.; Barros,<br />
C. S. Peritonite infecciosa felina: 13 casos.<br />
Ciência Rural, Santa Maria, v.33, n.5, p.905-<br />
911, set-out, 2003.<br />
Pedersen, N. C. (2009). A review of feline<br />
infectious peritonitis virus infection:<br />
1963–2008. Journal of Feline Medicine and<br />
Surgery, 11(4), 225–258. https ://doi.org/<br />
10.1016/j.jfms.2008.09.008<br />
Pedersen, N. C., Perron, M., Bannasch, M.,<br />
Montgomery, E., Murakami, E., Liepnieks,<br />
M., & Liu, H. (2019). Efficacy and safety of the<br />
nucleoside analog GS-441524 for treatment<br />
of cats with naturally occurring feline infectious<br />
peritonitis. Journal of Feline Medicine<br />
and Surgery, 21(4), 271–281. https: //doi.<br />
org /10.1177/1098612X19825701<br />
Pesteanu-Somogyi, L. D., Radzai, C., &<br />
Pressler, B. M. (2006). Prevalence of feline<br />
infectious peritonitis in specific cat breeds.<br />
Journal of Feline Medicine and Surgery,<br />
8(1), 1–5. https://doi.org/ 10.1016 /j.jfms.2005.04.003<br />
Sharif, S., Arshad, S. S., Hair-Bejo, M., Omar,<br />
A. R., Zeenathul, N. A., & Alazawy, A. (2010).<br />
Diagnostic Methods for Feline Coronavirus:<br />
A Review. Veterinary Medicine International,<br />
2010, 1– 7. https://doi.org/ 10.4061/<br />
2010/809480<br />
Silva, A. L., Medeiros, C. M., Prado, M. G., &<br />
Andreo, J. (2017). Peritonite Infecciosa Felina<br />
(PIF) – Revisão de Literatura. Anais Do<br />
XX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF.<br />
Garça/SP: Editora FAEF, 39.<br />
Simões, R.S.Q. Infecções virais e os vírus oncolíticos:<br />
Uma estratégia terapêutica na medicina<br />
felina. <strong>Revista</strong> Vet Share, p:51-53, 2020.<br />
Autores:<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />
Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso<br />
de Medicina Veterinária; Departamento de Ciências<br />
da Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula,<br />
Campus Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
Guilherme Silva de Mello<br />
Graduando do curso de Medicina Veterinária;<br />
Departamento de Ciências da Saúde e<br />
Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
João Victor Pereira Lacerda<br />
Graduando do curso de Medicina Veterinária;<br />
Departamento de Ciências da Saúde e<br />
Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
Mara Ferreira Pessanha<br />
Graduando do curso de Medicina Veterinária;<br />
Departamento de Ciências da Saúde e<br />
Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />
Botafogo, Rio de Janeiro.<br />
122 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
CITOMEGALOVÍRUS CONGÊNITO: A<br />
IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO<br />
O Citomegalovírus (CMV), também conhecido como<br />
Herpes vírus humano tipo 5, é um vírus de DNA onipresente<br />
nos humanos, sendo encontrado em diversos países, não<br />
possuindo especificidade por idade ou população (1,3,4).<br />
Após a primeira infecção que geralmente ocorre na infância,<br />
o vírus se torna latente (2, 4, 6) . As manifestações clínicas<br />
são raras em crianças e adultos que não possuem<br />
comprometimento do sistema imune, o que não é<br />
verdadeiro para pacientes com diminuição da imunidade<br />
celular, onde o vírus pode sofrer reativação e gerar<br />
sintomas como febre, mialgia, astenia e linfadenopatia (7).<br />
Dados apontam que a prevalência dos casos congênitos<br />
está compreendida entre 1-5% em países em<br />
desenvolvimento (2). No entanto, maior precisão nestes<br />
valores pode ser prejudicada por alguns fatores:<br />
A maioria das infecções da mãe e do bebê são<br />
assintomáticas (85-90% dos casos) e, portanto, não<br />
reconhecidas no nascimento;<br />
As sequelas resultantes da infecção congênita<br />
não são evidentes logo de início;<br />
A infecção também pode ocorrer no período pré-natal,<br />
caracterizando o CMV congênito (cCMV), quando o vírus<br />
presente na mãe é capaz de atravessar a placenta e atingir<br />
o sistema imunológico imaturo do feto (1, 3, 8).<br />
O fato de que crianças com CMV congênito cujas<br />
mães possuíam anticorpos para o CMV não<br />
apresentarem desenvolvimentos anormais, levou à<br />
uma falta de atenção a este tipo de infecção.<br />
Quando isso ocorre, as principais sequelas são perda<br />
auditiva neurossensorial e atraso no desenvolvimento<br />
neurológico e oftálmico. Além disso, manifestações como<br />
hepatoesplenomegalia, microcefalia, retardo no<br />
crescimento intrauterino, calcificações cerebrais e crises<br />
convulsivas estão entre os sintomas (2, 8).<br />
O fato de que a detecção precoce da perda auditiva e outros<br />
sintomas neurológicos pode limitar deficiências de longo<br />
prazo, a triagem neonatal para identificar aqueles em risco<br />
de sequelas, com base em ensaios PCR com sensibilidade<br />
e especificidade (similares ao isolamento viral) e<br />
apresentando maior rapidez, merece consideração (3,4).<br />
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Referências:<br />
1. Leao, G.L. et al. Rev. Méd. Paraná, Curitiba. 79 (Supl. 1):53-55. 2021<br />
2. Manicklal, S. et al. Clinical Microbiology Reviews. Vol. 26. Number 1. p 86-102. 2013.<br />
3. Miura, C. et al. J Pediatr (Rio J).82(1):46-50. 2006.<br />
4. Lanzieri, T.M. et al. International Journal of Infectious Diseases 22. p 44–48. 2014.<br />
5. Lobato-Silva, D.F. Rev Pan-Amaz Saude; 7 núm esp:213-219. 2016.<br />
6. Yamamoto, A.Y. et al. Medicina, Ribeirão Preto, 32:49-56, jan./mar. 1999.<br />
7. Oliveira, F.L. FEMINA. vol 39 . nº 11. 2011.<br />
8. Plosa, E.J. Pediatrics in Review. 33;156. 2012.<br />
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AUDITORIAS EM LABORATÓRIOS<br />
Por Ingrid Ferreira Costa<br />
A princípio, as auditorias em<br />
laboratórios são uns dos processos<br />
mais importantes para<br />
as boas práticas laboratoriais.<br />
Sendo assim, a partir delas, é<br />
Dessa forma, ela é formada por<br />
uma equipe de auditoria, que<br />
conduz o processo, um especialista,<br />
se necessário, e um cliente,<br />
que solicita a auditoria. Então,<br />
Enquanto a auditoria externa,<br />
chamada de auditoria de segunda<br />
e terceira partes, é realizada<br />
por pessoas de fora com interesse<br />
na organização. E por isso,<br />
possível se manter dentro das caso haja mais de uma com o geralmente, são organizações<br />
conformidades com normas e<br />
regulações importantes.<br />
mesmo propósito, se torna um<br />
programa de auditoria.<br />
externas de auditoria independente<br />
que provêm certificados.<br />
Dessa maneira, é pela auditoria<br />
laboratorial que se consegue a<br />
acreditação, que é o reconhecimento<br />
formal da competência<br />
por Organismos de Avaliação da<br />
Conformidade (OAC). Por isso,<br />
seus ensaios passam a ter reconhecimento<br />
internacional.<br />
O que é o processo de auditoria?<br />
“Não estar nos conformes<br />
com as normas e regulamentações<br />
pode trazer diferentes<br />
consequências para a gestão<br />
laboratorial.”<br />
A auditoria é um processo<br />
sistemático, documentado e<br />
independente executado para<br />
obter registros, apresentação<br />
de fatos e outras informações<br />
pertinentes aos critérios da<br />
auditoria. Por isso, essas evidências<br />
podem ser qualitativas<br />
ou quantitativas.<br />
Em resumo, o processo de auditoria<br />
é orientado pela norma<br />
ISO 19011, que estabelece as<br />
diretrizes para auditorias de<br />
sistema de gestão da qualidade<br />
e/ou ambiental. Portanto, a ISO<br />
19011 é aplicável em todas as<br />
organizações que precisam de<br />
auditorias internas e externas.<br />
Qual é a diferença entre auditoria<br />
interna e externa?<br />
A princípio, muitas pessoas<br />
acabam não sabendo a diferença<br />
entre a auditoria interna<br />
e a auditoria externa, o que<br />
gera confusão. Sendo assim, a<br />
auditoria interna, chamada de<br />
auditoria de primeira parte, é<br />
conduzida pela própria organização<br />
ou em seu nome.<br />
Nela, a auditoria é realizada para<br />
a análise crítica pela direção e<br />
outros propósitos internos.<br />
Como é o planejamento e<br />
elaboração do processo de<br />
auditoria?<br />
Para que as etapas do processo<br />
de auditoria corram com<br />
sucesso, é necessário planejar e<br />
elaborar essas etapas. Pensando<br />
nisso, você deve executar o passo<br />
a passo a seguir:<br />
• Estabeleça uma autoridade<br />
para o programa de auditoria;<br />
• Depois, defina os objetivos,<br />
responsabilidades, recursos e<br />
procedimentos do programa de<br />
auditoria. Além disso, defina o seu<br />
escopo, que se trata da abrangência<br />
e dos limites dela;<br />
• Selecione a equipe de auditoria<br />
competente, levando em conta<br />
os critérios da auditoria, seu<br />
escopo e a independência da<br />
atividade que vai ser auditada;<br />
• Determine a duração e localização<br />
da auditoria;<br />
124 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
• Defina os requisitos que serão<br />
- Alocação dos recursos<br />
- Avaliação e garantia da com-<br />
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
avaliados por cada auditor;<br />
• Mantenha registros e documentações<br />
sobre todo esse processo.<br />
O que é a análise crítica<br />
documental?<br />
Além do planejamento, é necessário<br />
realizar a análise crítica<br />
documental. Ela é feita com o<br />
objetivo de obter informações<br />
para a preparação das atividades<br />
da auditoria e o estabelecimen-<br />
- Ações de acompanhamento<br />
realizadas na última auditoria<br />
Quais são os requisitos do programa<br />
de auditoria?<br />
Para funcionar, a auditoria laboratorial<br />
deve ser caracterizada<br />
pela confiança em 5 requisitos do<br />
programa de auditoria. Eles são:<br />
• Conduta ética durante todo<br />
o processo<br />
petência dos auditores em suas<br />
funções e responsabilidades<br />
- Realização de acompanhamento<br />
da auditoria<br />
- Produção de registros documentados<br />
da auditoria<br />
- Monitoramento de desempenho<br />
e eficácia do programa<br />
- Comunicação das realizações<br />
globais do programa para a Alta<br />
Direção<br />
to da abrangência do programa.<br />
O que é o plano de auditoria?<br />
Com base nas informações<br />
da fase de planejamento e<br />
da análise crítica, o plano de<br />
auditoria é elaborado pelo<br />
auditor líder. Ele se trata da<br />
descrição das atividades e dos<br />
arranjos de uma auditoria,<br />
contendo assim:<br />
• Apresentação justa, reportando<br />
as informações com<br />
veracidade e exatidão<br />
• Cuidado profissional na aplicação<br />
de julgamento dentro da<br />
auditoria<br />
• Independência da auditoria, de<br />
forma que exista imparcialidade<br />
nas conclusões<br />
• Abordagem baseada em<br />
Como é a implantação do programa<br />
de auditoria?<br />
Entendido os requisitos e<br />
os procedimentos, você<br />
está pronto para começar a<br />
implantação do programa de<br />
auditoria. Para a implantação,<br />
é importante que comunique<br />
sobre o programa a todas as<br />
figuras participantes.<br />
- Os objetivos da auditoria<br />
evidência<br />
Além disso, você deve:<br />
- O escopo<br />
- Os critérios da auditoria e os<br />
documentos de referência<br />
- Localizações, datas e durações<br />
estimadas<br />
- Métodos da auditoria<br />
- Abrangência da amostragem<br />
Quais são os procedimentos<br />
do programa de auditoria?<br />
Os principais procedimentos<br />
que fazem parte da auditoria<br />
laboratorial são:<br />
- Planejamento e programação das<br />
auditorias dentro do programa<br />
- Programar as auditorias que<br />
compõem o programa<br />
- Estabelecer previamente uma<br />
etapa para a avaliação da equipe<br />
de auditores e assegurar a seleção<br />
da equipe antes do processo<br />
- Fornecer todos os recursos<br />
necessários para a equipe<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
125
BLOG DOS CIENTISTAS<br />
- Garantir o controle de registros<br />
plano de auditoria e informações<br />
• Análise crítica dos resultados<br />
das atividades<br />
sobre a reunião de encerramento<br />
• Envio das propostas de ações<br />
- Assegurar a análise crítica,<br />
a aprovação do relatório de<br />
• Comunicação durante a<br />
auditoria: realizada dentro da<br />
corretivas para as não conformidades<br />
do laboratório<br />
auditoria e a distribuição dele<br />
equipe auditora e entre audi-<br />
• Verificação da eficácia das<br />
para o cliente<br />
tor líder e auditado<br />
ações tomadas!<br />
- Confirmar as ações de acompanhamento<br />
de todo o processo<br />
• Designação de guias: é designado<br />
um guia para cada auditor, que<br />
ajudará na realização do processo<br />
Em suma, você finaliza a auditoria<br />
em laboratórios – ou, pelo menos,<br />
aprende a começar uma. Espero<br />
Quais são as etapas do processo<br />
• Elaboração do relatório da<br />
que esse artigo tenha ajudado!<br />
de auditoria em laboratórios?<br />
auditoria: o relatório carre-<br />
Após tudo isso, você está preparado<br />
para entender as principais<br />
atividades que acontecem num<br />
processo de auditoria já formado.<br />
Por isso, confira as etapas a seguir:<br />
• Reunião de abertura: apresentação<br />
dos participantes e da equipe<br />
ga todas as informações do<br />
processo de auditoria, as<br />
constatações e evidências,<br />
conclusões e recomendações<br />
para a melhoria do processo<br />
• Reunião de encerramento:<br />
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mais presente na medicina<br />
nacional. Segundo um levantamento<br />
encomendado pela<br />
Associação dos Hospitais<br />
Privados e pela Associação<br />
Brasileira das Startups de Saúde,<br />
62,5% das instituições do<br />
segmento utilizam o recurso<br />
no seu dia a dia.<br />
A IA encontrou na medicina um<br />
campo fértil para seu desenvolvimento<br />
e vem transformando<br />
a relação médico/paciente. É<br />
usada, por exemplo, no diagnóstico,<br />
auxiliando a identificação<br />
de doenças com base em<br />
informações clínicas, exames<br />
de imagem ou laboratoriais. Na<br />
chamada medicina de precisão,<br />
contribui no estabelecimento de<br />
biomarcadores e pode correlacionar<br />
dados genéticos, direcionando<br />
terapias personalizadas<br />
-- campo em ampla expansão na<br />
oncologia. É também aplicada<br />
com êxito na robótica cirúrgica,<br />
dando precisões às intervenções<br />
complexas e permitindo abordagens<br />
menos invasivas.<br />
De consultórios e salas de operação<br />
para o cotidiano administrativo<br />
de hospitais e clínicas,<br />
chatbots e assistentes virtuais<br />
já fazem o trabalho inicial da<br />
triagem de pacientes, o agendamento<br />
de consultas e o encaminhamento<br />
especializado. A<br />
IA é fundamental também para<br />
o gerenciamento eficiente dos<br />
registros médicos eletrônicos<br />
e sua interação com diversas<br />
bases de dados, sejam os de<br />
uma clínica particular ou de um<br />
gigante como os do SUS.<br />
Mas a IA também tem muito a<br />
contribuir na própria formação<br />
dos profissionais de saúde.<br />
Trata-se, aliás, de um processo<br />
natural: a geração que está<br />
nos bancos da faculdade foi<br />
alfabetizada digitalmente. Para<br />
essa turma, empregar recursos<br />
tecnológicos na hora de estudar<br />
é um hábito tão natural quanto<br />
escovar os dentes.<br />
A faculdade de medicina do<br />
Instituto Israelita de Ensino e<br />
Pesquisa Albert Einstein fez<br />
uma pesquisa entre março e<br />
abril deste ano com seus alunos.<br />
O levantamento revelou<br />
que mais de 90% deles já havia<br />
acessado o ChatGPT e que<br />
metade recorria à ferramenta<br />
para estudar. A constatação<br />
levou a entidade a criar um<br />
núcleo que avalia a inclusão de<br />
IA na grade curricular.<br />
No Instituto de Radiologia do<br />
HCFMUSP, InRad, temos o InLab,<br />
centro de pesquisa, desenvolvimento<br />
e inovação em inteligência<br />
artificial aplicada à saúde,<br />
que completou três anos em<br />
2023. Idealizado em parceria<br />
com a Siemens Healthineers, o<br />
espaço é destinado a parceiros,<br />
startups e pesquisadores que<br />
desenvolvem projetos de inteligência<br />
artificial (IA) voltados<br />
às melhorias e soluções das<br />
diferentes etapas da jornada do<br />
paciente e da cadeia da saúde.<br />
Entre as principais frentes estão<br />
prevenção, diagnóstico e tratamento<br />
e, até mesmo, gestão,<br />
que tem como objetivo otimizar<br />
o serviço de saúde como um<br />
todo. Com equipes multidisciplinares<br />
e espaço próprio, o centro<br />
128 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
é o único no país que segue o<br />
modelo de tríplice hélice para<br />
inovação, além de obter o maior<br />
datalake em saúde do Brasil e<br />
uma estrutura com informações<br />
e imagens médicas que pode<br />
acelerar as pesquisas, mudar o<br />
ensino da medicina e promover<br />
o ecossistema de inovação em<br />
saúde. Nesses três anos, o InLab<br />
já desenvolveu 45 projetos,<br />
em IA aplicada à medicina. A<br />
University of Oxford, na Inglaterra,<br />
é conhecida por seu trabalho<br />
com IA na análise de imagens<br />
clínicas. A Carnegie Mellon<br />
University, na Pensilvânia (EUA),<br />
tem um departamento de robótica<br />
e IA que vem contribuindo<br />
com diversos avanços no campo<br />
da cirurgia com robôs.<br />
Outro grande gargalo é a<br />
mudança de mindset que a<br />
tecnologia requer. Há toda<br />
uma geração de professores e<br />
profissionais da saúde que, ao<br />
contrário dos alunos, não foi<br />
alfabetizada digitalmente. É preciso<br />
treiná-los. Muitas vezes, eles<br />
desconfiam da “capacidade<br />
de análise de máquinas”, não<br />
enxergando tais ferramentas<br />
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
como o 7 Tesla, que reduz ruído<br />
instrumental em ressonâncias<br />
magnéticas; o RadVid19, plataforma<br />
que auxiliou médicos e<br />
instituições a identificar a presença<br />
do coronavírus utilizando<br />
imagens de raios-X e tomografias<br />
do tórax, a partir de algoritmos<br />
e tecnologia de IA.<br />
No Brasil, existe a vontade de<br />
incorporar a tecnologia ao<br />
ensino, à pesquisa e ao currículo<br />
da formação médica.<br />
Entende-se a importância e<br />
a urgência dessa iniciativa se<br />
concretizar, porém, o cenário<br />
é de uma corrida com diversos<br />
obstáculos a serem superados.<br />
como aliadas pedagógicas. Vencer<br />
essa barreira cultural não é<br />
simples, até porque a IA está em<br />
constante evolução.<br />
Os desafios são grandes e a tarefa<br />
de enfrenta-los não é só de professores<br />
e alunos de medicina,<br />
de profissionais e instituições de<br />
saúde. Governo e a indústria da<br />
Nas instituições de ensino mais<br />
estreladas a tecnologia é um<br />
recurso presente. Stanford e<br />
Harvard, nos Estados Unidos, e<br />
a Universidade de Toronto, no<br />
Canadá, por exemplo, se destacam<br />
pela pesquisa e inovação<br />
Um dos principais é a questão<br />
do financiamento. A educação<br />
e a pesquisa no Brasil viveram<br />
à míngua nos últimos anos. A<br />
retomada da capacidade de<br />
investimento, principalmente<br />
público, é gradual e irregular.<br />
tecnologia têm voz obrigatória<br />
nesse fórum. Bem-sucedida, a<br />
incorporação de IA nos cursos<br />
de medicina vai trazer inúmeros<br />
ganhos aos graduandos, à<br />
pesquisa científica, aos futuros<br />
médicos e à saúde do país.<br />
Autor:<br />
Giovanni Guido Cerri<br />
Médico, é presidente do Conselho do Instituto de Radiologia e presidente do Conselho de Inovação (InovaHC) do Hospital das Clínicas da<br />
Faculdade de Medicina da USP. Foi diretor da FMUSP, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e secretário de<br />
Estado da Saúde de São Paulo.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
129
MINUTO LABORATÓRIO<br />
TIPAGEM SANGUÍNEA AUTOMATIZADA E CONTROLE<br />
DE QUALIDADE. O QUE CONSIDERAR?<br />
Por Fábia Bezerra<br />
Já falamos anteriormente sobre<br />
a Automação dentro do laboratório<br />
e os benefícios que ela nos<br />
traz. Particularmente no quesito<br />
Tipagem Sanguínea - que aparentemente<br />
é um teste simples,<br />
mas extremamente complexo,<br />
como por exemplo, quando nos<br />
deparamos com um resultado<br />
de D fraco, TAD positivo ou<br />
equívocos de interpretação que<br />
levam a erros que vão parar nos<br />
tribunais como no caso abaixo:<br />
“A 6ª Turma Cível do TJDFT negou<br />
provimento ao recurso do réu e<br />
manteve sentença da 1ª Vara Cível<br />
do Gama, que condenou o laboratório<br />
do Hospital ‘M.A’ a pagar<br />
indenização por danos morais à<br />
mãe de recém-nascido pelos transtornos<br />
sofridos diante de erro no<br />
resultado de exame de sangue do<br />
infante. A decisão foi unânime.”<br />
A autora conta que, após o nascimento<br />
do seu primeiro filho,<br />
a parte ré constatou, por meio<br />
de exames, que o recém-nascido<br />
possuía grupo sanguíneo<br />
"B" e fator RH "negativo". Passados<br />
dois anos, ao engravidar<br />
novamente, realizou exames<br />
em dois outros laboratórios<br />
que constataram que o grupo<br />
sanguíneo do seu primeiro filho<br />
era "B" e o fator RH, na verdade,<br />
era "positivo". Alega que,<br />
diante disso, foi submetida a<br />
intenso sofrimento e angústia,<br />
ante a possibilidade de perder<br />
seu segundo filho, em virtude<br />
de haver tomado vários medicamentos<br />
em razão do referido<br />
diagnóstico equivocado.<br />
A ré argumenta, em resumo,<br />
que não constam provas nos<br />
autos aptas a demonstrar a<br />
ocorrência de erro no procedimento<br />
por ela adotado. Sustenta<br />
que a autora não deve ser<br />
indenizada por qualquer dano,<br />
uma vez que o posterior refazimento<br />
do exame com resultado<br />
diverso demonstrou a completa<br />
ausência de anormalidade na<br />
saúde de seu filho.<br />
Ao analisar o feito, o juiz considerou<br />
"que o defeito na prestação<br />
do serviço se mostra indubitável,<br />
uma vez que o laboratório requerido<br />
identificou erroneamente<br />
o tipo sanguíneo do primeiro<br />
filho recém-nascido da autora, o<br />
que pode ser comprovado pela<br />
comparação entre o resultado<br />
emitido pelo réu e os resultados<br />
dos exames realizados por outros<br />
laboratórios". Assim, prossegue o<br />
magistrado, "restando patente<br />
a falha na prestação do serviço,<br />
representada pelo resultado<br />
incorreto do exame de tipagem<br />
sanguínea do primeiro filho<br />
da autora, que lhe ocasionou<br />
insegurança acerca do estado<br />
de saúde do seu segundo filho,<br />
em virtude do suposto risco de<br />
este ser acometido pela Doença<br />
Hemolítica do Recém-Nascido<br />
(DHRN), é certo que resta evidente<br />
o dever de indenizar".<br />
A esse respeito, o julgador registra,<br />
ainda, que "no caso de prestação<br />
de serviços médicos, é<br />
admissível a ocorrência de prejuízos<br />
ao consumidor somente<br />
com relação a riscos razoáveis e<br />
suficientemente informados ao<br />
paciente. (...).”<br />
Podemos observar no caso acima<br />
que, um simples controle de<br />
Qualidade eficiente poderia ter<br />
evitado esse processo.<br />
E o que devemos considerar<br />
no momento da escolha<br />
do Controle para tipagem<br />
sanguínea?<br />
Ao meu ver, este tipo de controle<br />
precisa ter as seguintes características:<br />
-Tubos que simulam o sangue<br />
total<br />
Os tubos com as amostras para<br />
uso nos testes de CQ devem<br />
cumprir o requisito de ter sempre<br />
as mesmas características<br />
que uma amostra de paciente<br />
e, portanto, serem tratadas de<br />
forma idêntica.<br />
-Reagentes pronto para uso<br />
As amostras para CQ quando<br />
prontas para uso eliminam o<br />
risco de manipulação errônea<br />
do produto pelos usuários,<br />
como por exemplo, a transferência<br />
de uma fração da amostra<br />
de um tubo para outro ou<br />
a realização de uma diluição<br />
para posterior utilização.<br />
130 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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MINUTO LABORATÓRIO<br />
-Flexibilidade de compra dos<br />
tubos separadamente<br />
Cada Laboratório possui uma<br />
necessidade de acordo com<br />
os testes de rotina que realiza.<br />
Assim, ao utilizar um reagente<br />
modular, o Laboratório<br />
pode selecionar para aquisição,<br />
somente a combinação<br />
de amostras que realmente<br />
precisa. Como o Laboratório<br />
não recebe mais tubos do que<br />
o necessário, o desperdício é<br />
reduzido ou eliminado.<br />
-Amostra D Fraco<br />
Este tipo de amostra é indicado<br />
para o CQ dos testes de Pesquisa<br />
de D fraco. É uma amostra<br />
que possui o antígeno D fracamente<br />
expresso e por ser mais<br />
fraco, poderá indicar mais eficientemente,<br />
quando houver<br />
alguma falha na execução do<br />
teste, ou com os reagentes utilizados<br />
ou no processo.<br />
-Amostra TAD positivo<br />
Este tipo de amostra é indicado<br />
para controle positivo dos<br />
Testes de Antiglobulina Direto<br />
(TAD) - Coombs Direto. A amostra<br />
está recoberta por anticorpos<br />
da classe IgG sendo, portanto,<br />
esperado um resultado<br />
positivo nestes testes. Se o teste<br />
for não reagente, há indicação<br />
que alguma etapa do teste não<br />
está adequada e acende o alerta<br />
para revisão dos procedimentos<br />
e dos resultados liberados.<br />
- Software integrado com o<br />
sistema do Laboratório<br />
A integração entre os equipamentos<br />
automatizados e o LIS<br />
do Laboratório permite a transferência<br />
automática dos resultados<br />
obtidos, da interpretação<br />
dos resultados, da data e hora<br />
dos testes, dos lotes de todos os<br />
reagentes utilizados e do operador<br />
responsável. Assim, os<br />
erros de transcrição de dados<br />
são completamente eliminados<br />
garantindo maior segurança e<br />
confiabilidade dos dados.<br />
-Apresente uma verificação/<br />
validação analítica de alta<br />
performance e confiabilidade<br />
Os estudos de avaliação de<br />
desempenho do reagente para<br />
CQ devem demonstrar que o<br />
controle apresenta resultados<br />
reprodutíveis para cada aplicação<br />
indicada. Além disso, deve<br />
estar em conformidade com<br />
os regulamentos e diretrizes<br />
seguidos pelo Laboratório.<br />
Como Profissional da área de<br />
Qualidade, a primeira coisa que<br />
levo em consideração é a performance<br />
da verificação / validação.<br />
Para testes Qualitativos,<br />
prefiro os controles que performem<br />
100% conforme.<br />
Considero de suma importância<br />
também, o treinamento oferecido<br />
a equipe, é fundamental<br />
que os operadores realmente<br />
sejam bem treinados e despertados<br />
a uma análise crítica de<br />
cada etapa do processo. Afinal,<br />
apertar botão é fácil, mas apertar<br />
o botão certo é o que faz<br />
toda a diferença quando se trabalha<br />
com automação.<br />
Vale ressaltar também algo que<br />
dou muito valor na escolha de<br />
um produto/ fornecedor, que é o<br />
pós-venda. Em minha opinião, é<br />
tão importante quanto a venda.<br />
Toda escolha que fazemos reflete<br />
diretamente no desempenho<br />
de nossos exames, portanto, se<br />
faz necessário o envolvimento<br />
de todos neste processo. Do<br />
departamento de compras à<br />
área técnica, os responsáveis<br />
pelo processamento dos testes.<br />
Referência:<br />
- https://www.tjdft.jus.br/institucional/<br />
imprensa/noticias/2016/maio/laboratorio-<br />
-e-condenado-a-indenizar-devido-a-erro-<br />
-em-tipagem-sanguinea.<br />
- www.bio-rad.com / Karina Cruz. Gerente<br />
de produto da Imunohematologia<br />
Autora:<br />
Fábia Bezerra<br />
Biomédica, Auditora; Gerente da Qualidade Corporativa na Hapvida /Diagnósticos.<br />
132 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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ENTREVISTA<br />
ENTREVISTA COM THIAGO FAVANO<br />
SENIOR DIRECTOR, MINK THERAPEUTICS, NEW YORK<br />
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Entrevistadora: Flavia Pinheiro Zanotto, Msc, PhD - Diretora da Escrever Ciência – Assessoria Científica<br />
www.escreverciencia.com<br />
FPZ: Você que já tem experiência<br />
empreendedora na área<br />
da saúde, e cursos de empreendedorismo,<br />
qual seria o seu<br />
conselho para empreender<br />
nessa área em um país como<br />
o Brasil que ainda tem poucas<br />
iniciativas nesse sentido?<br />
TF: Possuo curso de empreendedorismo<br />
na Institute for<br />
Biomedical Entrepreneurship<br />
(IBE) e uma empresa de tradução<br />
(Versa Traduções).<br />
Um conselho que sempre<br />
repito para diversas pessoas<br />
que buscam minha ajuda para<br />
empreender é: comece!<br />
Você deve procurar algum<br />
tipo de serviço, dentro do<br />
seu conhecimento e das suas<br />
redes de contato, que você<br />
consiga entregar. Não precisa<br />
ter um arcabouço enorme de<br />
documentação, sócio, websi-<br />
te, logo, apresentação institucional,<br />
nada disso. A primeira<br />
coisa que você deve fazer é<br />
tentar entregar o seu primeiro<br />
serviço. Tenha um CNPJ, MEI<br />
por exemplo, para se tornar<br />
uma empresa. A partir daí a<br />
sua primeira missão é encontrar<br />
um serviço que você possa<br />
entregar, executá-lo e cobrar.<br />
Parece simples, mas é incrível<br />
a quantidade de pessoas que<br />
vem falar comigo, e tem uma<br />
visão quase mágica e idealizada<br />
sobre como empreender.<br />
Perdem muito tempo e não<br />
vão direto ao ponto.<br />
Claro, se você quer comercializar<br />
um produto complexo, por<br />
exemplo, um medicamento, aí a<br />
coisa é diferente. Mesmo assim,<br />
eu uso aqui um conceito aprendido<br />
na minha pós em “Businness<br />
of Biotech”, em San Diego<br />
– O Hibrid Business Model.<br />
Thiago Favano<br />
Atua como Diretor Sênior de<br />
Operações do Programa, liderando<br />
as operações clínicas e a estratégia<br />
de portfólio da MiNK. Com mais de<br />
17 anos de ampla experiência em<br />
desenvolvimento e operações clínicas,<br />
pesquisa clínica, acesso ao mercado<br />
e gestão de projetos, ele é um líder<br />
experiente do setor. Sua experiência<br />
abrange operações de ensaios<br />
clínicos, acesso e projetos comerciais<br />
estratégicos em escala global, com<br />
notável capacidade de navegar em<br />
cenários regulatórios complexos e<br />
impulsionar a eficiência operacional.<br />
Anteriormente, ele atuou como<br />
Diretor Sênior de Desenvolvimento<br />
Clínico e Operações e Conselheiro<br />
Estratégico Sênior da Orphan DC.<br />
Ele também ocupou vários cargos<br />
na indústria farmacêutica, incluindo<br />
o de consultor de operações clínicas<br />
na Atea Pharmaceuticals e funções na<br />
Alexion Pharmaceuticals.<br />
134 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Basicamente consiste em<br />
você ter uma atividade, como<br />
2- Novas oportunidades vão<br />
aparecer. Muitas empresas<br />
TF: Especificamente na situação<br />
do Brasil: tradução médica<br />
ENTREVISTA<br />
empresa, que vai servir para<br />
começaram com um objetivo,<br />
e científica e Medical Writing<br />
financiar a atividade que você<br />
e ao longo do processo cami-<br />
são áreas que sempre existe<br />
realmente quer entregar. Um<br />
nharam para outro. Eu mesmo,<br />
demanda, mas que já são bem<br />
exemplo. Uma empresa jovem,<br />
comecei na OrphanDC fazen-<br />
exploradas. O pessoal que tem<br />
Biotech, que pretende fazer<br />
do consultoria estratégica<br />
conhecimento em bioestatísti-<br />
produtos de terapia gênica. Esta<br />
para empresas que queriam<br />
ca tem bastante oportunidade<br />
pode começar vendendo testes<br />
entrar no Brasil. No caminho,<br />
também, precisa divulgar que<br />
genéticos de diagnóstico (PCR,<br />
encontramos uma demanda<br />
está disponível e fazer conta-<br />
por exemplo). Com esse lucro,<br />
com pesquisa clínica. Hoje, a<br />
tos. Essa área envolve um bom<br />
pode implementar processos e<br />
OrphanDC-CT é uma empresa<br />
número de trabalhos.<br />
começar a sintetizar e vender<br />
com mais de 50 funcionários<br />
outros produtos, até conseguir<br />
e diversos clientes, focada<br />
Agora, uma outra oportuni-<br />
obter recursos e experiência<br />
somente em pesquisa clínica.<br />
dade ocorre nas funções de<br />
para implementar uma estru-<br />
Mas, se eu não estivesse atu-<br />
“Liaison” juntamente a médi-<br />
tura de desenvolvimento de<br />
ando, jamais teria aparecido a<br />
cos e instituições de saúde.<br />
terapias celulares. Veja bem, eu<br />
ideia da pesquisa clínica.<br />
MSL (Medical Science Liaison),<br />
disse recursos E EXPERIÊNCIA.<br />
CDL (Clinical Development<br />
Por isso que eu friso muito esse<br />
O negócio de “mão na massa” já<br />
Liaison), dentre outras. A<br />
ponto: comece a fazer alguma<br />
tem muito a ver com uma men-<br />
indústria tem oportunidades<br />
coisa! A hora que você se vê<br />
talidade difundida no Silicon Val-<br />
para contratos temporários<br />
executando uma atividade,<br />
ley, onde deve-se tentar diversas<br />
ou part-time, principalmente<br />
acontecem algumas coisas mui-<br />
vezes e errar, e ir ajustando, até<br />
em projetos relativamente<br />
to importantes para o processo:<br />
acertar, ao invés de gastar uma<br />
novos. São oportunidades<br />
eternidade planejando. Planeja-<br />
excelentes para se expor à<br />
1- O seu mindset muda. É<br />
mento é importante, mas execu-<br />
dinâmica de trabalho de cam-<br />
impossível você saber o quan-<br />
tar é mais ainda.<br />
po, da indústria, e também de<br />
to isso é real e impacta na sua<br />
FPZ: Em que áreas você con-<br />
networking. Desse modo, ao<br />
visão e desenvolvimento, pois<br />
sidera como deficientes em<br />
trabalhar no campo, a pessoa<br />
você só vai perceber como<br />
prestação de serviços que<br />
irá interagir com profissionais<br />
ocorre essa mudança, quando<br />
pode ser explorada por gra-<br />
de saúde e staff operacional<br />
começar a executar algo con-<br />
duandos ou pós-graduandos<br />
de diversos hospitais, facul-<br />
creto e sentir esse efeito.<br />
na área da saúde e afins?<br />
dades, e outras instituições<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
135
ENTREVISTA<br />
de saúde, além de conhecer<br />
nas áreas biológicas ou bio-<br />
qualquer área vai ser útil, e<br />
pessoas da indústria. Outra<br />
médicas, onde você acha que<br />
pode te ajudar muito. Quan-<br />
oportunidade é na área de<br />
eles poderiam se inserir no<br />
do você chega em cargos de<br />
Patient Advocacy, que são<br />
mercado profissional além<br />
liderança, das duas uma: ou<br />
as Associações de Pacientes.<br />
do mundo acadêmico com o<br />
você vai acabar usando algo<br />
Geralmente são ONGs que<br />
skill que já possuem?<br />
que aprendeu em outra área,<br />
atuam defendendo o interes-<br />
TF: A resposta da questão aci-<br />
que você achava que nunca<br />
se dos pacientes dentro do<br />
ma ajuda nessa questão tam-<br />
mais iria usar, ou vai ter que<br />
contexto do acesso ao diag-<br />
bém. Todas essas áreas de atu-<br />
aprender, porque nunca viu<br />
nóstico, às tecnologias e tra-<br />
ação acima, mencionadas no<br />
nada sobre aquele assunto.<br />
tamentos, tanto no ambiente<br />
contexto de prestação de ser-<br />
Além disso, qualquer experi-<br />
de pesquisa, como fora. Essas<br />
viços, também existem em um<br />
ência te aproxima de pessoas<br />
associações têm muitas opor-<br />
contexto de carreira. Pode-se<br />
novas e daquela posição que é<br />
tunidades para prestadores<br />
também adicionar: Marketing,<br />
a melhor para você, e que você<br />
de serviço, com uma flexibi-<br />
Acesso ao Mercado, Comer-<br />
ainda nem sabe. Por isso, nova-<br />
lidade que é muito oportuna<br />
cial, Informações Médicas,<br />
mente, o mantra: comece já.<br />
para quem está estudando.<br />
Farmacovigilância,<br />
Pesquisa<br />
Nesses casos, outra vantagem<br />
Clínica, Assuntos Regulatórios,<br />
FPZ: Você acha que sua expe-<br />
é que, junto a essas associa-<br />
Patentes, Desenvolvimento de<br />
riência e conexões interna-<br />
ções, normalmente existe uma<br />
Negócios, dentre outras.<br />
cionais serviram como tram-<br />
boa interação com os órgãos<br />
polim para você conseguir<br />
públicos (Ministério da Saúde,<br />
Fazendo um paralelo com o<br />
se inserir no mercado de<br />
Secretarias de Saúde, Univer-<br />
que falei sobre o empreen-<br />
trabalho americano? E como<br />
sidades e Hospitais Públicos),<br />
dedorismo, eu recomendaria<br />
eles enxergam os brasileiros<br />
o que é uma experiência tam-<br />
entrar em qualquer uma delas<br />
para entrar nesse mercado?<br />
bém bastante interessante.<br />
e, estando dentro, ficar de olho<br />
TF: Certamente. Eu fui con-<br />
nas atividades de todas as<br />
tratado por um cliente para<br />
FPZ: Você possui formação de<br />
outras áreas. Você pode mudar<br />
quem eu prestava um serviço.<br />
farmacêutico. Para os profis-<br />
de emprego, de empresa, e de<br />
Se você tem uma posição na<br />
sionais do mundo acadêmico<br />
área, a hora que quiser. Então,<br />
qual você tem exposição a<br />
que fizeram pós-graduação<br />
não espere. Experiência em<br />
pessoas importantes de fora<br />
136 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
ENTREVISTA<br />
do país, fique onde está, mes-<br />
saúde qualificados para inte-<br />
melhor, fazer melhores cone-<br />
mo que seu vizinho ganhe<br />
ragir nesses processos. Porém,<br />
xões e parcerias, a coisa fun-<br />
muito mais do que você e<br />
as empresas daqui dos EUA<br />
ciona muito bem e, no geral, o<br />
esteja trabalhando naquela<br />
não conhecem os processos e<br />
Brasil performa melhor do que<br />
empresa grande que paga<br />
os stakeholder, e muitas vezes<br />
outros países. E qualquer pro-<br />
mais. Recomendo valorizar<br />
(muitas mesmo), chegam trau-<br />
fissional brasileiro diretamente<br />
posições em empresas peque-<br />
matizados com experiências<br />
envolvido na entrega desses<br />
nas que prestam serviços para<br />
ruins, onde tentaram fazer<br />
resultados começa a ter opor-<br />
clientes estrangeiros. Dessa<br />
algum projeto no Brasil e não<br />
tunidades de se aproximar dos<br />
forma, é só uma questão de<br />
tiveram sucesso devido à buro-<br />
clientes e quem sabe trabalhar<br />
tempo para você começar<br />
cracia, ou por não escolherem<br />
para um deles diretamente,<br />
a ganhar duas coisas que o<br />
as melhores instituições. Isso<br />
como foi o meu caso.<br />
dinheiro não paga: a visão<br />
acontece porque, no geral,<br />
de como as coisas funcionam<br />
eles atuam no Brasil através de<br />
FPZ: Pode finalizar aqui com<br />
num nível acima, e os contatos<br />
grandes empresas internacio-<br />
alguma dica importante para<br />
e oportunidade de expor o seu<br />
nais que tem representação no<br />
os pós-graduandos que estão<br />
trabalho e as suas qualidades.<br />
Brasil. Nessas empresas, a ope-<br />
terminando seus estudos?<br />
ração, no geral, é muito lenta e<br />
TF: Abra um CNPJ. Ofereça seu<br />
No geral, o mercado brasileiro<br />
não individualizada, e os pro-<br />
conhecimento. Cobre por isso<br />
é visto como um grande desa-<br />
cessos muito engessados. Os<br />
(mesmo que pouco). Você<br />
fio, mas também como uma<br />
projetos acabam se perdendo<br />
pode dar aulas, treinamento,<br />
grande oportunidade. Na área<br />
ou não entregando os resulta-<br />
revisar documentos, fazer<br />
da saúde, tanto em pesquisa<br />
dos que poderiam.<br />
traduções. Procure e aceite<br />
como em acesso a terapias<br />
oportunidades para traba-<br />
novas, por exemplo, é óbvio<br />
Quando uma empresa daqui<br />
lhar em áreas que você não<br />
que o Brasil tem pacientes<br />
dos EUA encontra um parceiro<br />
conhece. Fale com as pessoas,<br />
que precisam das terapias, e<br />
(geralmente empresas meno-<br />
valorize as oportunidades em<br />
instituições e profissionais de<br />
res) que consegue transitar<br />
empresas pequenas.<br />
138 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
OFAC BRASIL<br />
VOCÊ JÁ ASSISTIU O FILME<br />
"DE VOLTA PARA O FUTURO"?<br />
Por Thiago Brito Homem d'El-Rey<br />
Esse icônico filme dos anos 80<br />
nos apresentou um futuro com<br />
carros voadores, casas inteligentes<br />
e inúmeras inovações<br />
que nos fascinavam, fazendo-<br />
-nos sonhar com o dia em que<br />
tais maravilhas fariam parte do<br />
nosso cotidiano.<br />
E acredite, o futuro já está<br />
aqui! Muitas das previsões<br />
feitas pelo filme se materializaram<br />
ao longo dos anos e o<br />
maior impacto recentemente<br />
é a inteligência artificial (IA).<br />
Se você ainda não sabe do que<br />
estou falando, entenda que o<br />
seu laboratório não pode ficar<br />
à margem desta evolução.<br />
Portanto, convido para uma<br />
jornada ao estilo "De Volta<br />
para o Futuro", explorando<br />
como a IA pode ser uma alavanca<br />
para o crescimento do<br />
seu laboratório.<br />
Para quem ainda não me<br />
conhece, sou Thiago d'El-Rey,<br />
Diretor de Marketing e Inovação<br />
da OFAC Brasil. Tenho<br />
auxiliado dezenas de laboratórios<br />
a expandir nos últimos<br />
dois anos. E estou confiante<br />
de que, ao fim desta leitura,<br />
você estará preparado para se<br />
destacar frente à concorrência.<br />
Somente peço que acompanhe<br />
este conteúdo até o final.<br />
Durante o último ano, provavelmente<br />
você deve ter ouvido<br />
falar bastante sobre o ChatGPT,<br />
que é uma IA muito debatida<br />
pela mídia. Em eventos e conferências,<br />
especialistas discutiram<br />
suas capacidades, muitas<br />
vezes com uma abordagem<br />
técnica e pouco acessível. Essa<br />
maneira de expor o assunto<br />
sempre pareceu ineficaz, dado<br />
que o tempo é um ativo precioso<br />
e nem todos dispõem de<br />
horas para dedicar-se a longas<br />
palestras ou textos complexos.<br />
Além dessa percepção, dialoguei<br />
com muitos gestores<br />
de laboratórios e percebi a<br />
importância de tratar o tema<br />
de forma prática para demonstrar<br />
como essa nova realidade<br />
pode ser benéfica, desde laboratórios<br />
de menor porte até<br />
grandes laboratórios.<br />
Mas não quero me aprofundar<br />
de maneira técnica, meu objetivo<br />
é que você compreenda<br />
o potencial da IA. Imagine ela<br />
como uma forma de contar<br />
com um "assistente" capaz de<br />
apoiar em diversas áreas de<br />
atividade. Eu pretendo falar<br />
bastante em como ela impacta<br />
a jornada do seu paciente e o<br />
marketing do seu laboratório.<br />
Para você que está conhecendo<br />
esse termo pela primeira<br />
vez, a inteligência artificial<br />
resolve problemas reconhecendo<br />
padrões e usando uma<br />
base de dados muito grande.<br />
Na saúde, a IA pode nos ajudar<br />
desde o reconhecimento<br />
de padrões para diagnósticos<br />
automatizados até a melhoria<br />
140 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
OFAC BRASIL<br />
da experiência do paciente,<br />
assegurando uma qualidade<br />
superior de tratamento e<br />
apoio à equipe médica.<br />
Segundo um estudo realizado<br />
pela Tractica, uma consultoria<br />
especializada na interação<br />
humana com a tecnologia,<br />
espera-se que o mercado de<br />
soluções de IA para a saúde<br />
supere os US$ 34 bilhões globalmente<br />
até 2025. Com isso,<br />
podemos entender que o<br />
mercado está investindo muito<br />
nessa tecnologia e como<br />
prometido vou te repassar de<br />
forma objetiva e simplificada<br />
as melhores ferramentas<br />
que usam de IA para você<br />
aplicar no marketing do seu<br />
laboratório e na experiência<br />
do paciente.<br />
Aqui vamos indicar algumas<br />
ferramentas de IA acessíveis e<br />
gratuitas, para que você comece<br />
a explorar o potencial dessa<br />
tecnologia hoje:<br />
Inteligência Artificial para<br />
Criação de Conteúdo:<br />
Às vezes, bate aquela indecisão<br />
sobre o que compartilhar<br />
no Instagram do laboratório.<br />
Nessas horas, a ferramenta do<br />
“ChatGPT” se torna um parceiro<br />
inestimável, auxiliando-me<br />
não apenas com ideias criativas<br />
para posts, mas também<br />
oferecendo suporte na elaboração<br />
de legendas atraentes<br />
que engajam a audiência. A<br />
ferramenta vai poder te ajudar<br />
a criar conteúdos para diversos<br />
canais: redes sociais, blogs,<br />
newsletter e muito mais.<br />
Inteligência Artificial para<br />
campanhas do laboratório:<br />
Quando eventos sazonais como<br />
o Novembro Azul ou o período<br />
natalino se aproximam, geralmente<br />
você fica em dúvida<br />
sobre como trazer novidades<br />
para as campanhas do laboratório.<br />
Agora, com a ferramenta<br />
do “ChatGPT”, você explora um<br />
leque de possibilidades criativas.<br />
Este recurso é como um<br />
brainstorming digital que vai<br />
te sugerir conceitos originais,<br />
campanhas de conscientização<br />
ou promoções especiais. Ele<br />
te orienta não só com ideias<br />
inovadoras, mas também com<br />
roteiros detalhados desde a<br />
concepção inicial até a execução<br />
final da campanha.<br />
Inteligência Artificial para<br />
agendamento de exames:<br />
Já pensou em conseguir realizar<br />
o agendamento do exame<br />
do paciente no site do seu<br />
laboratório sem precisar de<br />
um atendente?<br />
Muitos já sabiam disso, mas<br />
agora com a utilização da ferramenta<br />
do “Chatbase”, é possível<br />
criar mensagens automáticas<br />
inteligentes! Utilizando<br />
um sistema de agendamento<br />
inteligente que guia cada usuário<br />
através de um processo<br />
intuitivo, poupando tempo e<br />
maximizando eficiência.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
141
OFAC BRASIL<br />
Inteligência Artificial para<br />
humanização da marca<br />
O desafio de humanizar a marca<br />
do laboratório nas redes<br />
sociais pode ser superado<br />
com um toque de criatividade<br />
fornecido por IA. Utilizando<br />
plataformas inovadoras como<br />
o DALL-E ou Midjourney, você<br />
pode criar um mascote/ personificação<br />
que não só encante<br />
visualmente, mas que também<br />
emane os princípios e valores<br />
do laboratório. Este personagem<br />
pode se tornar o embaixador<br />
da marca, construindo<br />
uma ponte emocional com os<br />
pacientes e seu laboratório<br />
Inteligência Artificial para<br />
vídeos:<br />
Já viu aqueles anúncios legais<br />
com vídeos atraentes e gostaria<br />
de ter um para laboratório? A<br />
falta de tempo e dinheiro não<br />
é mais uma barreira, pois com<br />
ferramentas como o “Runway”,<br />
você consegue transformar<br />
imagens estáticas e textos em<br />
vídeos dinâmicos e envolventes.<br />
Essa tecnologia me permite<br />
contar a história do laboratório<br />
e destacar serviços de maneira<br />
inovadora, tudo isso sem a<br />
necessidade de uma grande<br />
produção de vídeo, economizando<br />
tempo e recursos.<br />
De fato, são muitas ferramentas<br />
e acabei de apresentar apenas<br />
a ponta do iceberg, e há muitos<br />
outros recursos disponíveis . Afinal,<br />
existem mais de 500 empresas<br />
hoje no segmento de saúde<br />
que utilizam IA para entregar<br />
soluções e aos poucos elas vão<br />
sendo aprimoradas e se tornando<br />
mais populares e acessíveis a<br />
você gestor de laboratório.<br />
E, como diz o doutor em "De Volta<br />
para o Futuro": "O futuro é o que<br />
você faz dele". Portanto, pegue as<br />
dicas que você viu nesse texto e<br />
já coloque em prática hoje mesmo<br />
e use o poder da tecnologia<br />
a favor do seu laboratório.<br />
Autor:<br />
Thiago Brito Homem d'El-Rey<br />
Diretor de Marketing e de Inovação da OFAC Brasil<br />
Graduando em Comunicação e Marketing : ESPM – RS<br />
Ex Gestor de Projetos Empresa Jr ESPM<br />
142 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
OFAC BRASIL<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
143
EPIDEMIOLOGIA<br />
HEMOFILIA A E B<br />
IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE,<br />
TRATAMENTO E NOTIFICAÇÃO<br />
Por Paulo Mafra e Glaucilene Monteiro<br />
Queridos leitores nesta sexta<br />
coluna sobre epidemiologia<br />
trago a Glaucilene Monteiro<br />
- biomédica especialista em<br />
hematologia clínica e laboratorial<br />
– UFPE onde falaremos<br />
um pouco sobre as Hemofilias<br />
A e B, patologia essa que vem<br />
crescendo em número de casos<br />
com o passar dos anos. Desde já<br />
desejo uma boa leitura e espero<br />
que supra as expectativas.<br />
As hemofilias são patologias<br />
hemorrágicas resultantes de<br />
alterações de cunho genético<br />
e hereditário, decorrente de<br />
deficiências quantitativas ou<br />
qualitativas dos fatores VIII ou<br />
IX da coagulação. Os principais<br />
tipos são classificados como<br />
hemofilia A (clássica associada<br />
a deficiência no fator VIII)<br />
e a hemofilia B (doença de<br />
Christmas associada a deficiência<br />
no fator IX).<br />
Segundo a Associação Brasileira<br />
de Pessoas com Hemofilia<br />
(ABRAPHEM) estima-se que a<br />
prevalência para hemofilia A<br />
é de 1/5.000 nascimentos do<br />
Imagem 1 - Hereditariedade da hemofilia. Fonte: Brasil, 2015.<br />
sexo masculino, correspondendo<br />
a 80% dos casos, enquanto<br />
a prevalência para hemofilia B<br />
volverão a patologia em um<br />
único alelo mutado, enquanto<br />
às mulheres com um alelo<br />
é de 1/30.000 nascimentos do mutado serão portadoras;<br />
sexo masculino.<br />
em casos raros haverá mutação<br />
nos dois alelos femininos<br />
A transmissão hereditária das (Imagem 1).<br />
hemofilias está relacionada a<br />
mutações presentes no cromossomo<br />
Aproximadamente 30% dos<br />
sexual X e geral-<br />
mente são devido a deleções<br />
e/ou inversões. Não é uma<br />
casos a gênesis da patologia<br />
é a partir de uma mutação de<br />
“novo” fenômeno que pode<br />
patologia que apresenta ocorrer na mãe ou no feto.<br />
limites étnicos ou territoriais<br />
e ocorre mundialmente, mas Os genes responsáveis por<br />
afetam quase exclusivamente<br />
indivíduos do sexo masculino,<br />
visto que estes desen-<br />
codificar os fatores VIII e IX são<br />
encontrados no braço longo<br />
do cromossomo X.<br />
144 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Inovação em<br />
Diagnóstico<br />
In Vitro<br />
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especializamos no desenvolvimento de tecnologias de diagnóstico revolucionárias e fabricação<br />
de produtos que melhoram a saúde global.<br />
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O diagnóstico de biologia molecular tem as<br />
técnicas que se destacam pela rapidez e<br />
alta sensibilidade, auxiliando uma detecção<br />
mais precisa do vírus respiratório e permitir<br />
testes de histocompatibilidade (HLA),<br />
doenças infecciosas e arboviroses.<br />
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EPIDEMIOLOGIA<br />
Cerca de 40% dos casos da<br />
hemofilia A são provocados pela<br />
inversão do intron 22 do gene<br />
do fator VIII, o gene do fator IX<br />
possui aproximadamente 1/3<br />
do tamanho do fator VIII, com<br />
isso torna de maior facilidade a<br />
identificação das mutações.<br />
O nível de deficiência do fator<br />
é o que determina a gravidade<br />
das hemofilias congênitas<br />
(Quadro 1).<br />
Quadro 1 - Classificação clínica das hemofilias e frequência das manifestações hemorrágicas.<br />
Fonte: Tratado em hematologia, 2013<br />
anos de idade, sendo geralmente<br />
espontâneos ou sem<br />
trauma evidente (Imagem 2).<br />
Imagem 2 – Hemartrose em joelho direito<br />
em hemofílico A grave.<br />
A clínica das hemofilias manifesta<br />
crises hemorrágicas análogos,<br />
tornando incerto a diferenciação<br />
entre as hemofilias A e B;<br />
a principal característica clínica<br />
se dá pelo surgimento de sangramentos<br />
decorrentes de traumatismos<br />
de baixa intensidade.<br />
Outras manifestações hemorrágicas<br />
como hemartrose e sangramentos<br />
musculares podem<br />
ocorrer sem lesão evidente.<br />
As hemartroses compõe as<br />
manifestações hemorrágicas<br />
clássicas mais decorrentes nas<br />
hemofilias, em principal na<br />
forma grave; as articulações<br />
mais afetadas são joelhos,<br />
cotovelos, tornozelos, ombros,<br />
coxas femorais e punhos, são<br />
evidentes com frequência<br />
em indivíduos portadores da<br />
hemofilia grave entre 2 ou 3<br />
Os hematomas musculares<br />
estabelecem a forma secundária<br />
de sangramentos em<br />
indivíduos hemofílicos graves,<br />
ocorrendo de forma espontânea<br />
ou decorrente de traumas<br />
de baixa intensidade, não<br />
apresentam maior significado<br />
clínico exceto o desconforto<br />
na região, as lesões aumentam<br />
gradativamente podendo levar<br />
a formação fibrosa com contratura<br />
muscular.<br />
Pacientes hemofílicos podem<br />
apresentar sangramentos involuntários<br />
ou após lesões da língua,<br />
músculos do pescoço ou<br />
garganta, podendo ocasionar<br />
ágil obstrução das vias aéreas<br />
superiores.<br />
O sangramento gastrointestinal<br />
é comum, onde em grande<br />
Fonte: Tratado em hematologia, 2013.<br />
parte dos casos apresenta-se<br />
de forma persistente ou recorrente<br />
e podem ser na forma de<br />
hematêmese e/ou melena.<br />
A ocorrência que causa mais<br />
perigo para o paciente é o sangramento<br />
intracraniano que<br />
ocorre logo após traumatismos<br />
ou de forma espontânea,<br />
não possui uma faixa etária de<br />
ocorrência mas dispõem de 2<br />
picos mais prevalentes, sendo<br />
na infância em recém-nascidos<br />
e após os 50 anos de idade.<br />
146 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Lançamento<br />
CoagPro<br />
Analisador de Coagulação Veterinária<br />
NX-102<br />
A hemostasia é um processo fisiológico que tem como objetivos a manutenção da<br />
integridade e do fluxo vascular e o controle da hemorragia e da trombose. Os distúrbios da<br />
hemostasia são muito comuns em pequenos animais, e consistem em uma série de<br />
alterações patológicas que levam os animais apresentarem hemorragias ou tromboses.<br />
Estas alterações podem ser congênitas ou adquiridas e são divididos em primárias ou<br />
secundárias. A disponibilidade de avaliação laboratorial da hemostasia é muito importante<br />
para o diagnóstico e tratamento desses distúrbios.<br />
O Analisador de Coagulação Veterinária Accuvet - NX102 é um equipamento portátil e<br />
automatizado que realiza testes de 5 parâmetros de coagulação de maneira rápida e<br />
confiável em sangue total de cães e gatos.<br />
TP TT TTPA FIB ACT<br />
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EPIDEMIOLOGIA<br />
O diagnóstico correto e precoce<br />
é um importante definidor do<br />
prognóstico, já que sem o tratamento<br />
adequado e imediato<br />
os pacientes ficam vulneráveis<br />
a complicações. O diagnóstico<br />
de confirmação consiste na avaliação<br />
da atividade coagulante<br />
dos fatores VIII e IX, associados<br />
aos episódios hemorrágicos do<br />
paciente e avaliação do histórico<br />
familiar, verificando assim a<br />
presença ou ausência de antecedentes<br />
portadores da hemofilia.<br />
Os fatores VIII e IX compõe<br />
o mecanismo intrínseco da<br />
coagulação, com isso os testes<br />
que fazem parte da avaliação<br />
desta via apresentarão resultados<br />
fora da normalidade.<br />
O coagulograma em grande<br />
parte dos casos apresentará o<br />
tempo de tromboplastina parcial<br />
ativada (TTPA) e o tempo<br />
de coagulação (TC) prolongados,<br />
enquanto o tempo de<br />
protrombina (TP), tempo de<br />
sangramento (TS) e contagem<br />
de plaquetas normais.<br />
Para a investigação da causa da<br />
alteração do TTPA, pode ser realizado<br />
o teste da mistura que visa<br />
distinguir se o prolongamento<br />
do TTPA provém da deficiência<br />
na produção dos fatores ou da<br />
presença de inibidores.<br />
Imagem 3 – Números de casos da Hemofilia a nível mundial.<br />
Fonte: World Federation of Hemophilia, 2015<br />
O teste consiste na mistura de lizado pela administração, na<br />
volumes iguais de plasma normal<br />
com o plasma do paciente, humano (hemoderivados) ou<br />
sua forma derivada de plasma<br />
submetido a uma incubação fabricado por engenharia genética<br />
(recombinantes).<br />
por 1 a 2 horas a 37ºC ou mistura<br />
imediata e posteriormente<br />
uma análise do TTPA, se existir a Segundo estudos realizados pelo<br />
correção de mais de 50% entre World Federation of Hemophilia<br />
os TTPA do plasma teste e da (WFH) estimam que mundialmente<br />
hajam aproximadamente<br />
mistura, indica a deficiência na<br />
produção de um dos fatores 350.000 (trezentos e cinquenta<br />
de coagulação. Caso o tempo mil) casos, onde 70% possui histórico<br />
familiar de hemofilia e 30%<br />
não seja corrigido, mantendo<br />
o prolongamento, sugere-se a dos casos é esporádica, há uma<br />
presença de um inibidor contra mutação de novo (Imagem 3).<br />
um dos fatores.<br />
O Brasil é o quarto país com<br />
A hemofilia não possui uma maior número de pacientes<br />
cura e a principal base do hemofílicos, atrás dos Estados<br />
seu tratamento é a terapia de Unidos, Índia e China. Estimativa<br />
feita pelo Ministério da<br />
reposição do fator coagulação<br />
deficiente, que pode ser rea-<br />
Saúde do Brasil, com base nos<br />
148 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
EPIDEMIOLOGIA<br />
dados do Sistema Hemovida<br />
Web Coagulopatias, referente<br />
ao ano de 2021, mostram que<br />
existiam em média 29.785 pessoas<br />
com transtornos hemorrágicos<br />
no Brasil, dos quais<br />
11.141 (37,40%) correspondem<br />
à hemofilia A; 2.196 (7,37%) à<br />
hemofilia B, doença de von Willebrand<br />
corresponde à 10.231<br />
(34,35%), coagulopatias raras<br />
com 2.984 (10,02%) e outras<br />
coagulopatias hereditárias e<br />
demais transtornos hemorrágicos<br />
3.233 (10,85%).<br />
A prevalência das hemofilias A<br />
e B em território nacional divididas<br />
regionalmente são distribuídas<br />
das seguintes forma:<br />
• Região Centro Oeste: Hemofilia<br />
A – 897 (8,05%); Hemofilia<br />
B – 187 (8,52%).<br />
• Região Nordeste: Hemofilia<br />
A – 2.993 (26,86%); Hemofilia<br />
B – 463 (21,08%).<br />
• Região Norte: Hemofilia A – 954<br />
(8,56%); Hemofilia B – 181 (8,24%).<br />
• Região Sudeste: Hemofilia A<br />
– 4.588 (41,18%); Hemofilia B –<br />
1.039 (47,31%).<br />
• Região Sul Hemofilia A – 1.709<br />
(15,34%); Hemofilia B – 326<br />
(14,85%).<br />
Segundo o Ministério da Saúde<br />
em relatórios do ano de 2021,<br />
os dados mostraram que pouco<br />
Gráfico 1 - Prevalência da hemofilia A e B por unidade federada do Brasil em 2021.<br />
Fonte: SILVA; SILVA, 2023.<br />
mais de 13.000 pessoas vivem<br />
com os tipos A e B da doença<br />
no Brasil; a seguir podemos ver<br />
a distribuição de hemofílico do<br />
tipo A e B em cada estado do<br />
território brasileiro (Gráfico 1).<br />
A hemofilia pode ser potencialmente<br />
fatal, devido a hemorragias<br />
graves, acarretando alta<br />
taxa de morbimortalidade. Com<br />
isso, os profissionais da saúde<br />
devem abrigar um alto índice<br />
de suspeita para diagnosticar<br />
precocemente esta condição.<br />
Autores:<br />
Paulo Mafra<br />
Biomédico no Hospital Regional do Alto Sertão. Docente<br />
do Centro Educacional Vale do Ipanema - CEVI com as<br />
disciplinas de Epidemiologia, Microbiologia e Parasitologia.<br />
CRBM2 - 14461; Especialista em Epidemiologia e Vigilância<br />
em Saúde. Atuante na área laboratorial desde 2018.<br />
Além disso, deve-se estabelecer<br />
um diagnóstico preciso,<br />
uma vez que é um pré-requisito<br />
para a escolha da terapia<br />
adequada pela necessidade de<br />
um tratamento específico para<br />
cada tipo de hemofilia.<br />
É essencial a realização de estudos<br />
adicionais, bem como treinamento<br />
entre os profissionais, a<br />
fim de assegurar um diagnóstico<br />
correto e precoce que repercuta<br />
positivamente no prognóstico,<br />
sobrevida e qualidade de vida<br />
dos pacientes hemofílicos.<br />
Glaucilene Monteiro<br />
Biomédica - UNINASSAU<br />
Especialista em Hematologia Clínica e Laboratorial<br />
- UFPE. Biomédica do Centro de Diagnósticos São<br />
Lucas. Professora - CEDDU<br />
150 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
FirstLab.<br />
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registro ANVISA n° 81628880005. 5 Produto com registro ANVISA n° 81628889003.<br />
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80026<strong>180</strong>029. 8 Produto com registro ANVISA nº 81628880029. 9 e 10 Não estão<br />
sujeitos a registro na Anvisa.
MORFOLOGIA E HEMATOLOGIA<br />
HEMATOLOGIA<br />
Por Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite, Ph.D.<br />
Prezados leitores,<br />
Temos o prazer de anunciar o lançamento<br />
de um livro inovador que<br />
marcará um novo padrão na área de<br />
hematologia. Este livro abrangente,<br />
intitulado "Atlas de Hematologia<br />
Laboratorial. Uma imersão na citomorfologia<br />
hematológica - Guia<br />
prático", 1ª Edição, publicado em<br />
2023 pela editora R&D é uma obra de<br />
referência que se torna essencial na<br />
rotina laboratorial e oferece insights<br />
valiosos, informações atualizadas e<br />
orientações práticas para profissionais,<br />
pesquisadores e estudantes<br />
dedicados ao campo da hematologia.<br />
O livro foi recentemente lançado<br />
no Congresso Brasileiro de<br />
Hematologia (HEMO 2023), com a<br />
presença dos autores Juliana Spezia,<br />
Luiz Arthur Calheiros Leite no<br />
evento, realizando uma sessão de<br />
autógrafos no estande da DiLivros,<br />
já se consagrando como um sucesso<br />
de vendas no evento.<br />
Até os anos 90, as antigas escolas de<br />
morfologistas mantinham a tradição<br />
de analisar o sangue periférico<br />
e a medula óssea com extrema cautela.<br />
No entanto, nos últimos anos,<br />
avanços na tecnologia hematológica,<br />
combinados com citometria<br />
de fluxo e genética molecular, tornaram<br />
as análises sanguíneas mais<br />
eficientes, por vezes sem a devida<br />
atenção às possíveis doenças subjacentes.<br />
Na era de 1970 a 1990,<br />
os atlas de hematologia eram<br />
uma presença comum ao lado dos<br />
microscópios, mas essa prática vem<br />
cada vez mais se tornando raridade<br />
nos laboratórios.<br />
Nós, Juliana Spezia, Luiz Arthur<br />
Calheiros Leite e Guilherme<br />
Dienstmann, autores deste livro,<br />
buscamos compartilhar o conhecimento<br />
através de imagens e da<br />
descrição da morfologia celular<br />
e suas alterações encontradas no<br />
hemograma. O livro é dividido em<br />
7 capítulos, abrangendo a Série<br />
Vermelha, Plaquetas, Leucócitos,<br />
Células Blásticas - Leucemias<br />
Agudas, Neoplasias Mieloproliferativas<br />
Crônicas, Doenças Linfoides<br />
Malignas (Neoplasias de Células<br />
Linfoides Maduras) e por último,<br />
um capítulo com imagens de<br />
Protozoários, Fungos e Bactérias.<br />
Nossa experiência com morfologia<br />
hematológica, como especialistas,<br />
mestres, doutores, professores e<br />
analistas clínicos na área de hematologia<br />
consagrou esta obra, fruto<br />
da captação, catalogação e <strong>edição</strong><br />
de um banco de imagens com mais<br />
de 6000 fotos, com a colaboração<br />
de diversos profissionais da área.<br />
Nosso objetivo é disseminar esse<br />
recurso valioso com todos os profissionais<br />
e entusiastas da hematologia<br />
em todo o país. Esperamos<br />
que este livro seja uma referência,<br />
destacando também, a ilustre revisão<br />
realizada pelo Prof. Dr. Paulo<br />
Henrique da Silva da Universidade<br />
Federal do Paraná (UFPR).<br />
Por fim, ressaltamos a relevância<br />
da hematologia como um campo<br />
crucial da medicina e pesquisa, e<br />
este livro contribui para o aprimoramento<br />
e domínio nas habilidades<br />
para identificação das células sanguíneas,<br />
com o intuito de auxiliar o<br />
clínico no diagnóstico de diversas<br />
patologias, tanto hematológicas<br />
quanto não hematológicas. Esperamos<br />
que este atlas contribua<br />
para o retorno da análise morfológica<br />
precisa, identificando anormalidades<br />
em várias condições<br />
sanguíneas e de medula óssea, a<br />
fim de proporcionar ao paciente<br />
uma indicação diagnóstica correta.<br />
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Cordialmente,<br />
Os autores<br />
Juliana Spezia<br />
Luiz Arthur Calheiros<br />
Guilherme Dienstmann<br />
Autor<br />
Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite, Ph.D.<br />
Doutorado em Bioquímica, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Mestrado e especialização em Hematologia, UNIFESP.<br />
Consultor em Hematologia. Instagram: @draluizarthur<br />
152 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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AUDITORIA INTERNA<br />
IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO DE AUDITORIA<br />
COMO FERRAMENTA DE MELHORIA INSTITUCIONAL.<br />
Por Eliane Cristina da Silva Santana<br />
A auditoria interna é uma<br />
importante ferramenta para<br />
desenvolvimento de melhorias<br />
em qualquer tipo de negócio,<br />
na saúde temos a oportunidade<br />
de envolver desde a<br />
alta liderança até a operação<br />
na implantação e gestão das<br />
mudanças necessárias.<br />
Importante salientar que a<br />
auditoria interna precisa ser<br />
parte integrante do sistema<br />
de gestão da qualidade, como<br />
um processo bem desenhado<br />
e alinhado com todas as partes<br />
interessadas, incluindo a média<br />
liderança para desdobramento<br />
e implantação das oportunidades<br />
apontadas.<br />
A auditoria interna deve ser<br />
um processo solicitado ou até<br />
“desejado” pela alta direção, e<br />
este com o entendimento que<br />
os resultados obtidos devem<br />
ser reportados a ele, e muitas<br />
vezes são necessárias deliberações<br />
para a média liderança<br />
ter a oportunidade de seguir<br />
com as implantações. Estas<br />
deliberações podem estar relacionadas<br />
ao estabelecimento<br />
de políticas, hierarquia de processos<br />
(cadeia de valor) e até<br />
investimentos financeiros se<br />
esta for a necessidade.<br />
O gestor responsável pelo<br />
desenho do Programa de Auditoria<br />
Interna tem o papel de<br />
intermediar as necessidades da<br />
operação, em conjunto com a<br />
média e a alta liderança, através<br />
de dados consolidados e objetivos<br />
vindos do Programa. Ainda<br />
sobre este gestor não podemos<br />
esquecer que ele deve<br />
mostrar a média liderança e a<br />
operação que a auditoria será<br />
um instrumento de melhorias,<br />
e que seus resultados serão<br />
demostrados para alta direção<br />
com as orientações para as<br />
implantações, levantando em<br />
conta a melhoria do sistema, e<br />
não apontamentos e punições<br />
sobre as pessoas. De uma forma<br />
mais objetiva este gestor<br />
se torna o elo de ligação entre<br />
todos, com a devida imparcialidade,<br />
mas com o grande foco<br />
de liderar as equipes para a<br />
melhoria e a mudança de cultura<br />
tão necessária para o alcance<br />
da excelência.<br />
A média liderança é fundamental<br />
no processo, seguindo<br />
com o desdobramento que a<br />
auditoria interna deve servir<br />
como melhoria e levando a<br />
informação que esta não será<br />
punitiva, mas sim com foco em<br />
aprendizado, desenvolvimento<br />
e melhoria contínua.<br />
Após a realização da publicação<br />
do Programa, para alta e média<br />
liderança, o gestor responsável<br />
deve definir com ambos, como<br />
será o modelo de realização<br />
das auditorias, e aqui podemos<br />
falar de duas formas presentes<br />
154 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
no mercado: a contratação<br />
de empresas externas que de<br />
o processo deve estar muito<br />
alinhado com as lideranças<br />
capacitar o time de auditores<br />
quanto aos processos e proto-<br />
AUDITORIA INTERNA<br />
forma sigilosa irá permear os<br />
quanto a disponibilidade do<br />
colos internos. Com a opção<br />
processos da instituição, e<br />
tempo dos envolvidos direta-<br />
pelo segundo formato, não<br />
entregar os resultados para<br />
mente, já que estes auditores<br />
podemos deixar de colocar<br />
análise, ou ainda a formação de<br />
internos ficarão fora das suas<br />
o desafio que o Programa<br />
auditores internos vindos das<br />
áreas de operação durante as<br />
precisa começar em campo<br />
próprias equipes, através de<br />
auditorias.<br />
e no paralelo será necessário<br />
um processo seletivo, onde os<br />
formar e acompanhar os times<br />
próprios colaboradores podem<br />
E qual modelo ideal a ser dese-<br />
de auditores, com o conteúdo<br />
se inscrever mediante a crité-<br />
nhado para a formação dos<br />
e feedbacks para desenhar os<br />
rios já definidos pelo gestor do<br />
auditores internos? É preciso<br />
planos de desenvolvimento<br />
Programa. A primeira proposta<br />
que contemple no mínimo os<br />
para estes profissionais.<br />
tem como aspecto positivo que<br />
temas relativos a: comunica-<br />
não serão gastos os recursos da<br />
ção, escrita assertiva, técnicas<br />
Feito todo o processo de audi-<br />
própria operação, porém existe<br />
de entrevistas, conhecimento<br />
toria em campo, vamos agora<br />
a necessidade de investimento<br />
da legislação, conhecimento<br />
discutir os desafios da entrega<br />
e a escolha de uma empresa<br />
dos processos e protocolos da<br />
dos relatórios, reporte para<br />
idônea que irá apresentar a<br />
instituição. Novamente aqui,<br />
alta liderança e desenho dos<br />
devida documentação para<br />
temos duas formas de fazer o<br />
planos de ação.<br />
garantia do sigilo e guarda das<br />
desenvolvimento destes times,<br />
informações obtidas por eles.<br />
através da contratação de<br />
O relatório deve ser escrito a<br />
A segunda tem como bene-<br />
empresas externas presentes<br />
partir das oportunidades e/ ou<br />
fício, o desenvolvimento das<br />
no mercado ou o desenho do<br />
não conformidades, detecta-<br />
equipes internas que devem<br />
programa envolvendo colabo-<br />
das durante a auditoria, ponto<br />
passar por um programa de<br />
radores da própria instituição<br />
que precisa ser obtido através<br />
desenvolvimento contínuo e<br />
que tenham suas especialida-<br />
de um check list desenhado a<br />
que com certeza conhecem<br />
des nos temas mencionados<br />
partir de um escopo pré defini-<br />
as fragilidades dos processos<br />
acima, vale aqui lembrar que<br />
do pelo gestor do Programa, e<br />
de forma a contribuir com a<br />
ninguém melhor que os pró-<br />
confeccionado pelos próprios<br />
instituição, aqui o contra é que<br />
prios gestores para treinar e<br />
auditores. O relatório deve ser<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
155
AUDITORIA INTERNA<br />
feito a partir de um consenso<br />
e neste caso podemos trazer a<br />
recomendação que a auditoria<br />
ele que existe a oportunidade<br />
de contestação. Caso o gestor<br />
esteja de acordo, seguimos<br />
esquecer que a base do processo<br />
deve estar pautada na<br />
transparência, e dessa forma<br />
interna seja feita pelo menos<br />
para fase de contribuição<br />
o material apresentado deve<br />
aos pares. Este consenso deve<br />
enquanto auditores internos<br />
ser mostrado para os gestores<br />
ser guiado de forma que o rela-<br />
para o desenho dos planos de<br />
antes da apresentação final,<br />
tório contenha os apontamen-<br />
ação, neste caso feito em fer-<br />
o que irá proporcionar um<br />
tos que irão gerar valor para<br />
ramentas padronizadas para o<br />
ambiente mais colaborativo<br />
a instituição, e assim, livre de<br />
Sistema de Gestão da Qualida-<br />
em que as respostas a possí-<br />
experiências anteriores, ques-<br />
de. O momento de interação<br />
veis perguntas da alta direção,<br />
tões pessoais e perfilado para<br />
com o gestor é de extrema<br />
podem ser estudadas previa-<br />
a situação que está em discus-<br />
importância para garantir a<br />
mente. Importante que aqui<br />
são. Ainda sobre os relatórios,<br />
transparência no processo, e<br />
também tenhamos a forma-<br />
devemos lembrar que este não<br />
ainda que este gestor irá iniciar<br />
lização de um plano de ação<br />
deve ser surpresa para o gestor,<br />
seus planos de ação antes do<br />
estratégico, com os direciona-<br />
e para isso é importante que os<br />
reporte para alta direção.<br />
mentos da alta gestão.<br />
auditores apontem ao máximo<br />
e durante a auditoria as melho-<br />
Finalmente chegamos ao<br />
Em resumo, para o sucesso e<br />
rias e não conformidades<br />
momento do reporte para alta<br />
sustentabilidade do Programa<br />
detectadas. Finalizado o rela-<br />
direção, nesta fase devemos<br />
de Auditoria Interna devemos<br />
tório, chegamos ao momento<br />
preparar um resumo com os<br />
ter como norteador, a comuni-<br />
de marcar a apresentação para<br />
pontos estratégicos, e que<br />
cação efetiva e a transparência<br />
o gestor. Neste momento o<br />
principalmente<br />
necessitem<br />
no processo. Dessa forma as<br />
relatório deve ser lido, e caso o<br />
das deliberações para sucesso<br />
informações e resultados irão<br />
gestor não concorde , é impor-<br />
da implantação de ações de<br />
permear todos os níveis da<br />
tante que seja esclarecido a<br />
melhoria. Aqui não podemos<br />
organização.<br />
Autora<br />
Eliane Cristina da Silva Santana<br />
Biomédica formada pela Univerdade Mogi das Cruzes, especializada em Administração dos Serviços de Saúde e Administração Hospitalar,<br />
com Mestrado em Farmacologia pela UNIFESP. Experiência em Gestão da Qualidade Corporativa, vivência em acreditações, processos<br />
relativos a qualidade e segurança do paciente. Atuação como Gerente de Compliance e avaliadora ONA e na gestão de qualidade no<br />
ambiente hospitalar e centros diagnósticos. Atualmente fundadora e CEO da consultoria Masterquali gestão em saúde.<br />
156 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
BIOSSEGURANÇA I<br />
O SANEAMENTO BÁSICO E A SUA<br />
IMPORTÂNCIA NA ÁREA DA SAÚDE<br />
Por: Jorge Luiz Silva Araujo Filho, Beatriz Melo Carvalho, Luiz Henrique Lócio Cabral Freire e Nelson Moraes De Brito Neto<br />
A biossegurança é uma área<br />
relacionada às medidas que<br />
devem ser tomadas a fim de<br />
prevenir e minimizar a incidência<br />
de problemas de saúde,<br />
visando a melhora da qualidade<br />
de vida na sociedade.<br />
Segundo a ANVISA, a biossegurança<br />
é um conjunto de<br />
ações destinadas a prevenir,<br />
controlar, reduzir ou eliminar<br />
riscos inerentes às atividades<br />
que possam comprometer<br />
a saúde humana, animal e o<br />
meio ambiente. Uma das estratégias<br />
abrange o conceito de<br />
saneamento básico, no qual,<br />
o mau gerenciamento desse<br />
potável, esgotamento sanitário,<br />
coleta de lixo e drenagem<br />
urbana. Sendo esse,<br />
um direito universal garantido<br />
pelo artigo 2º, inciso I,<br />
da LEI Nº 11.445/2007. Desse<br />
modo, percebe-se que a<br />
biossegurança está intimamente<br />
ligada ao saneamento<br />
público, visto que ambos<br />
se vinculam à promoção da<br />
saúde, tendo por base evitar<br />
a contaminação e proliferação<br />
de agentes infecciosos.<br />
Apesar de sua importância<br />
biológica e social, o saneamento<br />
básico no Brasil é<br />
milhões de brasileiros, 100<br />
milhões não possuem acesso<br />
à rede de esgoto e pelo<br />
menos 35 milhões ainda<br />
sofrem com a escassez de<br />
água potável. Não o bastante,<br />
a distribuição do saneamento<br />
básico nas regiões<br />
do nosso país apresenta<br />
uma profunda desigualdade<br />
socioeconômica, como mostra<br />
também os dados do último<br />
censo, que sinalizaram<br />
a região norte como a mais<br />
afetada, tendo apenas 14%<br />
de sua população com acesso<br />
à rede de esgoto, enquanto<br />
a região sudeste possui<br />
pode gerar efeitos desastrosos<br />
extremamente<br />
negligencia-<br />
82% de sua população com<br />
no organismo humano.<br />
O saneamento básico engloba<br />
o abastecimento de água<br />
do, como mostram os dados<br />
coletados no último censo<br />
realizado (2022), onde se<br />
aponta que dos mais de 203<br />
cobertura de esgoto.<br />
Todavia, percebe-se ainda<br />
que mesmo dentro das cida-<br />
158 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
BIOSSEGURANÇA I<br />
des dos estados brasileiros<br />
com melhores índices de<br />
saneamento, como a capital<br />
São Paulo, as desigualdades<br />
enquanto a cobertura da rede<br />
de esgoto e acesso à água<br />
potável continuam presentes,<br />
tendo os bairros nobres<br />
um índice de cobertura que<br />
beira 100%, enquanto que<br />
nas comunidades periféricas<br />
de área irregular, apenas 10%<br />
dos moradores tem acesso<br />
ao serviço. Assim, compreende-se<br />
que as defasagens<br />
nos serviços de saneamento<br />
é uma questão político-social,<br />
onde as áreas de menores<br />
condições financeiras são<br />
aquelas com maiores defasagens<br />
do serviço.<br />
Em se tratando do cenário<br />
brasileiro, a falta de saneamento<br />
teve como consequência<br />
a sobrecarga do sistema<br />
de saúde no ano de<br />
2019, sendo responsável por<br />
aproximadamente 273 mil<br />
internações com caráter de<br />
transmissão hídrica, tendo<br />
um aumento de 11% quando<br />
comparado ao ano anterior e<br />
gerando um gasto de R$108<br />
milhões para os cofres públicos<br />
brasileiros. Esse número<br />
de internações gerou um<br />
média de 7,4 mortes por dia<br />
nesse mesmo ano por falta<br />
de saneamento básico. Entre<br />
as principais causas dessas<br />
mortes estão as doenças<br />
veiculadas através da<br />
água contaminada, dentre<br />
elas, incluem-se a diarreia,<br />
a dengue, a leptospirose e a<br />
esquistossomose.<br />
No que diz respeito a essas<br />
enfermidades, a esquistossomose<br />
mansônica é acometida<br />
pelo contato da pele e da<br />
mucosa com a água contaminada<br />
através da forma infectante<br />
do schistosoma mansoni,<br />
que depende da presença<br />
de fezes humanas infectadas<br />
ou de caramujos aquáticos<br />
liberando a larva infectante. Já<br />
a leptospirose, trata-se de uma<br />
doença provocada pela bactéria<br />
leptospira, relacionada com<br />
locais de saneamento precário,<br />
onde os roedores se proliferam<br />
de forma desordenada.<br />
A transmissão dessa doença se<br />
dá pela presença da bactéria<br />
em água contaminada, na qual<br />
teve contato com a pele da<br />
possível pessoa infectada. Na<br />
dengue, como muitas comunidades<br />
acabam por estocar<br />
água em reservatório pela falta<br />
de abastecimento, gera-se<br />
um ambiente propício para o<br />
mosquito Aedes Aegypti, vetor<br />
responsável pela transmissão<br />
dessa patologia.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
159
BIOSSEGURANÇA I<br />
Sendo assim, um saneamento<br />
À luz dessas considerações,<br />
ocorreria uma queda na inci-<br />
básico adequado acaba por<br />
é notória a importância do<br />
dência de doenças dissemi-<br />
diminuir a incidência de doen-<br />
saneamento básico ade-<br />
nadas pela água, bem como<br />
ças de transmissão hídrica, vis-<br />
quado no que tange a saú-<br />
aquelas que se proliferam a<br />
to que ajuda a controlar a dis-<br />
de pública, indicando que a<br />
partir do esgoto não tratado.<br />
seminação de patógenos em<br />
diminuição das lacunas de<br />
água, esgoto e resíduos sóli-<br />
estrutura acerca desse, pode<br />
Assim, torna-se imprescin-<br />
dos. Algumas das maneiras de<br />
evitar a contaminação de<br />
dível também, proporcionar<br />
diminuir a ocorrência dessas<br />
diversos patógenos, sobretu-<br />
uma maior mobilização polí-<br />
doenças é a implementação do<br />
do bactérias e parasitas, con-<br />
tico-social com objetivo de<br />
fornecimento de água potável<br />
tribuindo desse modo para<br />
ampliar o acesso à água potá-<br />
segura, eliminando a necessi-<br />
biossegurança. Além disso,<br />
vel, a coleta de lixo e o trata-<br />
dade de buscar água em fontes<br />
é possível elencar que uma<br />
mento de esgoto, para que<br />
contaminadas e a estocagem<br />
melhora na estruturação do<br />
dessa forma, todos os brasi-<br />
dessa, bem como o tratamento<br />
saneamento básico é capaz<br />
leiros tenham acesso ao sane-<br />
de esgoto e resíduos sólidos,<br />
de desafogar o SUS, assim<br />
amento básico de qualidade,<br />
refreando a contaminação de<br />
como diminuir os gastos em<br />
cumprindo assim, o estabele-<br />
lagos, rios e do lençol freático.<br />
saúde, tendo em vista que<br />
cido na Constituição Federal.<br />
Autores:<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />
palestrante e consultor em biossegurança.<br />
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />
Beatriz Melo Carvalho<br />
Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />
Luiz Henrique L. Cabral Freire<br />
Graduando em Medicina, Uninassau Recife.<br />
Nelson Moraes De Brito Neto<br />
Graduando em Medicina, Uninassau Recife.<br />
160 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
O Celltac ES, é um analisador<br />
hematológico com 25 parâmetros e<br />
WBC com diferencial de 5 partes.<br />
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o tempo de inicialização e desligamento.<br />
O Celltac ES possui dois modos para aspiração de amostras:<br />
- O modo fechado contribui para a operação mais segura, já<br />
que elimina a chance de contato direto com o sangue.<br />
- O modo aberto permite a aspiração de amostras<br />
diretamente no capilar e realizar a pré-diluição.<br />
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PROTOCOLOS DE HIGIENIZAÇÃO EM SERVIÇOS<br />
DE SAÚDE: MÉTODOS EFICAZES NA PREVENÇÃO<br />
DE INFECÇÕES<br />
Por: Jorge Luiz Silva Araujo Filho, Evaclenes dos Santos Arruda Silva, Lucas Alves Vanderlei, Julia Cavalcante de Souza e Cecilia Fernanda Rocha Cordeiro de Arruda<br />
A higienização adequada em<br />
serviços de saúde é fundamental<br />
para prevenir infecções<br />
relacionadas aos cuidados de<br />
saúde. Infecções adquiridas<br />
em hospitais e outras instituições<br />
de saúde representam<br />
um risco significativo para os<br />
pacientes, além de causar custos<br />
elevados para o sistema de<br />
saúde. Para combater e prevenir<br />
infecções, são necessários<br />
métodos eficazes de higienização,<br />
como a higienização das<br />
mãos, a limpeza e desinfecção<br />
de superfícies e a esterilização<br />
de dispositivos médicos (FRA-<br />
CAROLLI, 2021).<br />
Essa higienização adequada<br />
das mãos é a medida mais<br />
simples e eficaz para prevenir<br />
a propagação de infecções. A<br />
Organização Mundial da Saúde<br />
(OMS) recomenda a higienização<br />
das mãos nos momentos<br />
corretos, utilizando água e<br />
sabão ou desinfetante à base<br />
de álcool. Profissionais de saúde<br />
devem receber treinamento<br />
adequado sobre técnicas de<br />
higienização das mãos, além<br />
de serem incentivados a aderir<br />
a essa prática em todos os<br />
momentos apropriados (WHO,<br />
2009; BRASIL, 2009).<br />
De acordo com o Manual de<br />
Referência Técnica para Higiene<br />
das mãos da Organização<br />
Mundial da Saúde, essa limpeza<br />
deve ter um rigor técnico<br />
com passo-a-passo necessários<br />
para a qualidade da higienização<br />
e deverá ser feito em<br />
5 momentos, são eles: antes<br />
de contato do paciente; antes<br />
da realização de procedimento<br />
asséptico; após risco de<br />
exposição a fluidos corporais e<br />
após o contato com o paciente<br />
(BRASIL, 2018).<br />
Já limpeza e desinfecção adequadas<br />
de superfícies em<br />
ambientes de saúde são essenciais<br />
para evitar a contaminação<br />
cruzada e a propagação<br />
de infecções. As superfícies<br />
devem ser limpas regularmente<br />
com produtos desinfetantes<br />
adequados. A seleção do<br />
desinfetante e a frequência de<br />
limpeza dependem do tipo de<br />
superfície e do nível de risco de<br />
contaminação (BRASIL, 2010).<br />
Segundo o Manual de Limpeza<br />
e Desinfecção de Superfícies,<br />
existem alguns fatores<br />
que favorecem a contaminação<br />
do ambiente dos serviços<br />
de saúde, como: mãos dos<br />
profissionais de saúde em<br />
contato com as superfícies;<br />
ausência da utilização de técnicas<br />
básicas pelos profissionais<br />
de saúde; manutenção de<br />
superfícies úmidas ou molhadas;<br />
manutenção de superfícies<br />
empoeiradas; condições<br />
precárias de revestimentos e<br />
manutenção de matéria orgânica<br />
(BRASIL, 2010).<br />
162 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
NE 620
BIOSSEGURANÇA II<br />
A utilização das técnicas de<br />
limpeza é algo indispensável<br />
para que o processo de desin-<br />
A implementação de protocolos<br />
de higienização adequados<br />
é essencial para garantir<br />
A higienização adequada nos<br />
serviços de saúde é fundamental<br />
para prevenir infecções e<br />
fecção alcance alto padrão de<br />
a conformidade e a eficácia<br />
reduzir riscos. A higienização<br />
qualidade, assim como todos<br />
das práticas de higiene em<br />
das mãos, a limpeza e desinfec-<br />
os materiais e produtos usados<br />
terem registro na ANVISA<br />
e serem indicados pela mesma<br />
(BRASIL, 2023).<br />
A esterilização de dispositivos<br />
médicos é essencial para<br />
garantir que instrumentos e<br />
equipamentos reutilizáveis<br />
estejam livres de microrganismos<br />
viáveis. Existem diferen-<br />
serviços de saúde. Além disso,<br />
o treinamento regular dos<br />
profissionais de saúde é fundamental<br />
para garantir a execução<br />
correta dos procedimentos<br />
de higienização. Caso<br />
contrário, aumenta significativamente<br />
a disseminação<br />
e proliferação de microorganismos<br />
infeciosos o que pode<br />
contribuir para a morbimor-<br />
ção de superfícies e a esterilização<br />
de dispositivos médicos são<br />
métodos eficazes para prevenir<br />
a propagação de infecções. A<br />
implementação de protocolos<br />
adequados, o treinamento dos<br />
profissionais de saúde e o monitoramento<br />
da conformidade são<br />
aspectos essenciais na promoção<br />
de ambientes mais seguros<br />
nos serviços de saúde.<br />
tes métodos de esterilização,<br />
como autoclave, óxido de etileno<br />
e radiação. É importante<br />
seguir as diretrizes e recomendações<br />
dos fabricantes para<br />
garantir a eficácia da esterilização<br />
e evitar danos aos dispositivos<br />
(NR-32, 2022).<br />
talidade dentre dos ambientes<br />
de saúde (GARCIA et al.,<br />
2019). O Acompanhamento<br />
e monitoramento contínuos<br />
também são necessários para<br />
avaliar a adesão às diretrizes<br />
e identificar áreas que necessitam<br />
de melhorias.<br />
REFERÊNCIAS<br />
ANVISA. Manual de Referência Técnica para<br />
a Higiene das Mãos. AGENCIA NACIONAL DE<br />
VIGILÂNCIA SANITÁRIA. BRASÍLIA, 2013.<br />
BRASIL. Manual de Limpeza e Desinfecção<br />
de Superfícies. AGENCIA NACIONAL DE<br />
VIGILÂNCIA SANITÁRIA. BRASÍLIA, 2010.<br />
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.<br />
NOTA TÉCNICA No01/2018 GVIMS/GGTES/<br />
ANVISA: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA HIGIENE<br />
DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE. 2018, 16p.<br />
World Health Organization (WHO). A Guide<br />
to the Implementation of the WHO Multimodal<br />
Hand Hygiene Improvement Strategy.<br />
Geneva: WHO; 2009.<br />
Autores:<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />
palestrante e consultor em biossegurança.<br />
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />
Evaclenes dos Santos Arruda Silva<br />
Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />
Lucas Alves Vanderlei<br />
Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />
Julia Cavalcante de Souza<br />
Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />
Cecilia Fernanda Rocha<br />
Cordeiro de Arruda<br />
Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />
164 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
Conectividade<br />
Desempenho e<br />
Confiabilidade<br />
Produtividade<br />
Suporte, Consultoria<br />
e Treinamento<br />
Análises e<br />
Inteligência<br />
Qualidade
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
CONTROLES EM CITOMETRIA DE FLUXO<br />
Por Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro Azevedo, Fernanda Vitelli Lins e Bruna Garcia Nogueira<br />
Em experimentos utilizando<br />
citometria de fluxo, os controles<br />
desempenham papel<br />
fundamental na obtenção de<br />
resultados confiáveis. Eles são<br />
responsáveis por distinguir<br />
informações reais de inespecificidade<br />
e background.<br />
Explicaremos aqui os tipos de<br />
controles que podem ser utilizados<br />
em seus experimentos, para<br />
que você obtenha resultados<br />
ainda melhores.<br />
Controle não marcado<br />
Controles não marcados são<br />
importantes para ajudar a<br />
definir suas populações celulares<br />
e otimizar o citômetro de<br />
fluxo para a sua análise, sendo<br />
fundamentais para ajustar as<br />
voltagens dos PMTs. Além disso,<br />
têm papel fundamental na verificação<br />
da autofluorescência das<br />
células do seu experimento.<br />
amostras marcadas com todos<br />
os fluoróforos do painel que<br />
você usará na marcação da sua<br />
amostra teste, assim como as<br />
células da sua amostra teste,<br />
menos um deles. Esse tipo de<br />
controle é utilizado para definir<br />
o limite superior do sinal emitido,<br />
identificando e bloqueando<br />
populações positivas em experimentos<br />
com múltiplas cores<br />
de fluorescências. Os FMOs são<br />
necessários e têm um importante<br />
papel quando os positivos<br />
não estão claramente separados<br />
dos negativos, graças ao nível<br />
baixo de expressão do antígeno<br />
marcado. Uma vez validado o<br />
painel, alguns dos FMOs podem<br />
ser eliminados e apenas aqueles<br />
para populações mais difíceis<br />
de serem detectadas são subsequentemente<br />
analisados.<br />
Controles de viabilidade celular<br />
Restos celulares possuem um<br />
alto nível de autofluorescência<br />
e marcações inespecíficas com<br />
anticorpos, podendo gerar<br />
resultados falso positivos.<br />
Dessa forma, a qualidade da<br />
amostra vai determinar a qualidade<br />
dos dados obtidos. Em<br />
um gráfico utilizando SSC x<br />
FSC podemos excluir debris e<br />
algumas células mortas, porém<br />
não todas. Devido a isso um<br />
controle de viabilidade celular<br />
deve ser incluído no painel.<br />
O primeiro tipo de controle de<br />
viabilidade é o que se liga ao<br />
DNA (como Iodeto de Propidio,<br />
DAPI e 7-AAD). Eles se ligam ao<br />
ácido nucleico, mas não conseguem<br />
atravessar a membrana<br />
celular intacta. O outro tipo<br />
Figura 1. Populações negativas para PE em gráfico tipo dot-plot demonstrando maior<br />
dispersão em painel multicolor, requerendo assim um controle FMO para identificação<br />
precisa de populações positivas.<br />
Fluorescência menos um (FMO)<br />
Fluorescência menos um (do<br />
inglês Fluorescence Minus One)<br />
é o termo usado para falar sobre<br />
um tipo de Controle utilizado<br />
em Citometria de Fluxo. São<br />
Referência da imagem:<br />
https://www.uth.edu/imm/service-centers/flow-cytometry/gfx/FMO.png?language_id=1<br />
166 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
CITOMETRIA DE FLUXO<br />
é o que se liga às proteínas,<br />
onde se ligam covalentemente<br />
às proteínas e aminas livres<br />
presentes na membrana das<br />
células. Eles têm uma boa fluorescência<br />
devido a um aumento<br />
de aminas livres em células<br />
mortas, sendo facilmente diferenciadas<br />
de células vivas.<br />
Figura 2. Em um gráfico SSC x PI foi realizado um gate em células vivas e outro em células<br />
mortas. Os seguintes gráficos ilustram a diferença na separação de células viáveis.<br />
Controle Isotípico<br />
Especialmente na avaliação de<br />
populações raras, de células<br />
com baixa expressão antigênica<br />
ou em painéis multicor, marcações<br />
inespecíficas podem<br />
ser um problema.<br />
Referência da imagem:<br />
https://www.bio-rad-antibodies.com/flow-cytometry-controls.html<br />
Os controles isotípicos são anticorpos<br />
produzidos contra um<br />
antígeno que não é encontrado<br />
no tipo de célula ou na amostra<br />
analisada. Desenvolvidos para<br />
marcação de superfície, sua função<br />
é confirmar que a marcação<br />
observada se deve à ligação de<br />
um anticorpo específico ao alvo,<br />
e não a um artefato. Eles não<br />
devem ser usados para determinar<br />
células positivas versus<br />
negativas ou para definir limites,<br />
e podem não ser adequados<br />
para marcação intracelular.<br />
O controle isotípico mais apropriado<br />
deve ser da mesma<br />
espécie, subclasse de imunoglobulina<br />
(Ig) e conjugado ao mesmo<br />
fluorocromo do anticorpo<br />
primário. Por exemplo, se você<br />
estiver usando um anticorpo<br />
monoclonal de camundongo<br />
IgG1 conjugado a FITC, você<br />
deve selecionar um controle de<br />
isotipo de camundongo IgG1<br />
conjugado a FITC.<br />
Como o número de moléculas<br />
de fluoróforo conjugadas a<br />
cada anticorpo (chamado de<br />
relação F/P) difere entre os fornecedores,<br />
é melhor adquirir o<br />
controle de isotipo do mesmo<br />
fornecedor do anticorpo primário.<br />
Também é aconselhável,<br />
se possível, usar controles de<br />
isotipo na mesma concentração<br />
que o anticorpo primário.<br />
Controle Isoclônico<br />
Uma alternativa ao controle<br />
isotípico é o controle isoclônico.<br />
Utilizando-o, células são<br />
marcadas na presença de um<br />
excesso de anticorpo idêntico<br />
não conjugado. Este último<br />
ocupa todos os sítios de ligação,<br />
impedindo que o anticorpo<br />
marcado se ligue especificamente.<br />
Portanto, qualquer<br />
sinal que seja detectado deve<br />
resultar de uma ligação não<br />
específica.<br />
Controles bloqueadores de FC<br />
Receptores Fc são encontrados<br />
em monócitos, macrófagos,<br />
células dendríticas e células B.<br />
Como o nome sugere, eles se<br />
ligam aos anticorpos por meio<br />
de seu domínio Fc constante,<br />
em vez do domínio de fragmento<br />
de ligação específica de<br />
antígeno (Fab).<br />
168 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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Molecular<br />
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Líquido Amniótico<br />
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Sangue Periférico<br />
- Cordoncentese<br />
- Instabilidade de<br />
Microssatélites<br />
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- 37 genes<br />
- JAK2 - Mutação<br />
V617F<br />
- Cariótipo Medula<br />
Óssea<br />
- Cariótipo de<br />
Sangue Periférico<br />
- Síndrome de<br />
Angelman<br />
- Síndrome de<br />
Prader Willi<br />
- Síndrome do X<br />
frágil<br />
- Síndrome<br />
Velocardiofacial<br />
- Síndrome de<br />
Williams<br />
- Fator V de Leiden<br />
- Protrombina<br />
- MTHFR<br />
- Polimorfismo<br />
PAI-1<br />
- Intolerância à<br />
lactose<br />
- Intolerância ao<br />
glúten<br />
- Microdeleções do<br />
Cromossomo Y<br />
- Cariótipo de<br />
Sangue Periférico<br />
- aCGH/Microarray<br />
- Exoma<br />
- Estudo de Perdas<br />
Fetais<br />
- Estudo de<br />
Perdas Fetais<br />
por Biologia<br />
Molecular<br />
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CITOMETRIA DE FLUXO<br />
Essa ligação não específica pode<br />
levar a resultados falso-positivos<br />
e dados sem significado. Para<br />
evitar isso, os reagentes de blo-<br />
conhecido por ser negativo em<br />
suas células, ou um anticorpo<br />
secundário sozinho (se estiver<br />
usando anticorpos primários e<br />
tra não estimulada quanto<br />
uma completamente estimulada<br />
são importantes para<br />
determinar tanto os resulta-<br />
queio de Fc bloqueiam os recep-<br />
secundários), podem ser úteis<br />
dos positivos quanto a faixa<br />
tores Fc e garantem que apenas<br />
para determinar a ligação espe-<br />
dinâmica da marcação por flu-<br />
a ligação específica ao antígeno<br />
cífica na marcação intracelular.<br />
orescência, e para confirmar<br />
seja observada.<br />
que o anticorpo está funcio-<br />
Controle biológico<br />
nando conforme o esperado.<br />
Controle de marcação<br />
Deve-se considerar ainda o uso<br />
intracelular<br />
de controles biológicos que<br />
Esse tipo de controle também<br />
A marcação intracelular pode<br />
permitirão determinar a espe-<br />
pode ajudar na escolha do<br />
ser mais problemática do que<br />
cificidade da marcação e as<br />
fluoróforo mais apropriado,<br />
a de superfície, muitas vezes<br />
limitações experimentais. Eles<br />
já que pequenas alterações<br />
devido a níveis mais elevados de<br />
são importantes para todas as<br />
podem ter uma melhor reso-<br />
background dentro das células<br />
marcações, mas especialmente<br />
lução com fluoróforos mais<br />
causados por interações prote-<br />
para a marcação intracelular,<br />
brilhantes. Compreender o<br />
ína-proteína. Como ela requer<br />
que pode apresentar maior<br />
seu experimento e a amostra é<br />
fixação e permeabilização, o<br />
fluorescência de fundo. Os<br />
importante ao escolher o con-<br />
que pode afetar a detecção de<br />
controles incluem amostras<br />
trole biológico adequado.<br />
antígenos, a autofluorescência,<br />
a intensidade do fluoróforo e<br />
a morfologia celular, outros<br />
controles são necessários.<br />
Controles, como uma linha<br />
celular negativa, um anticorpo<br />
conhecidas negativas e amostras<br />
conhecidas positivas.<br />
Para alguns experimentos,<br />
como a m<strong>edição</strong> da liberação<br />
de citocinas, tanto uma amos-<br />
Referências<br />
FMO controls - Flow Cytometry - Service<br />
Centers - UTHealth Houston<br />
All for one and one for all – Fluorescence<br />
Minus One Controls (bitesizebio.com)<br />
Flow Cytometry Basics Guide: Practical Advice<br />
to Get Your Started in Flow Cytometry<br />
- Bio-Rad<br />
Autoras:<br />
Helena Varela de Araújo<br />
Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent<br />
(Inglaterra). Especialista em Hematologia pelo Hospital<br />
Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde pelo Centro<br />
Universitário São Camilo. Aluna de cursos na área de Marketing<br />
na ESPM. Foi assistente técnica do laboratório de citometria de<br />
fluxo do Whitehead Institute, MIT. Atualmente é supervisora<br />
do laboratório de citometria clínica do Beth Israel Deaconess<br />
- Harvard Medical School. Fundadora do @HemoFlow, maior<br />
página de ensino em citometria de fluxo do Instagram.<br />
Rafaele Loureiro de Azevedo<br />
Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />
CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />
Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />
Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />
farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />
Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />
anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />
professora do @HemoFlow.<br />
Bruna Garcia Nogueira<br />
Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />
Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />
Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />
Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />
especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />
Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />
do @HemoFlow<br />
Fernanda Vitelli Lins<br />
Formada em Biomedicina pela Universidade<br />
Católica de Brasília, Mestre em Patologia Molecular<br />
pela Universidade de Brasília. Atualmente Flow<br />
Cytometry Senior Specialist no Children's Research<br />
Institute at UT Southwestern Medical Center.<br />
170 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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e objetivos comerciais. Isso permite<br />
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geográficas e comerciais,<br />
como Minas Gerais, é necessária<br />
ainda mais cautela para atender<br />
as demandas com eficiência e<br />
agilidade, principalmente nas<br />
questões logísticas de armazenamento<br />
e distribuição, já que o<br />
cumprimento dos prazos é uma<br />
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172 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DE EXAMES LABORATORIAIS:<br />
UM OLHAR PARA OS VALORES DESEJÁVEIS DOS RESULTADOS<br />
Interpretar exames laboratoriais<br />
através de uma simples análise<br />
comparativa dos resultados com os<br />
intervalos de referência descritos<br />
nos laudos é uma prática ultrapassada<br />
e que faz parte de uma medicina<br />
do século passado. Existe uma<br />
ciência repleta de detalhes e muitos<br />
“campos minados” convidativos<br />
aos erros graves e potencialmente<br />
letais por trás de uma simples<br />
leitura equivocada de resultados.<br />
Além disso, se interpretar exames<br />
laboratoriais fosse apenas comparar<br />
números, o próprio paciente<br />
poderia realizar essa avaliação sem<br />
a ajuda do profissional prescritor.<br />
Os resultados de diversos estudos<br />
científicos demonstraram que dentro<br />
dos intervalos de referência existe<br />
uma faixa dos resultados associada<br />
à saúde e outra já associada ao<br />
desenvolvimento de doenças. Ter<br />
resultados de exames laboratoriais<br />
dentro da referência não significa<br />
necessariamente normalidade, uma<br />
vez que existem resultados alterados<br />
no limite superior da referência<br />
(“high normal” ou “normal alto”),<br />
assim como resultados próximos<br />
ao limite inferior da referência (“low<br />
normal” ou “normal baixo”).<br />
Acreditar que uma glicemia de<br />
92mg/dL (ref.: 70-99mg/dL) e uma<br />
hemoglobina glicada de 5.3% (ref.:<br />
INFORME DE MERCADO<br />
e sugerindo a necessidade de uma<br />
adequação dos intervalos de referência<br />
do TSH para valores abaixo<br />
de 2.5 uUI/ mL como desejáveis. 3<br />
Em relação ao ácido úrico, alguns<br />
estudos demonstraram que os valores<br />
desejáveis de ácido úrico provavelmente<br />
variam entre 2.5-4.5mg/<br />
dL, aproximadamente, embora os<br />
intervalos de referência comumente<br />
adotados pelos laboratórios sejam<br />
de 2.5-7mg/dL para homens e 2.5-<br />
6.0mg/dL para mulheres. 4 As evidências<br />
científicas demonstraram<br />
que valores de ácido úrico acima<br />
de 4.5mg/dL estão associados ao<br />
maior risco de desenvolvimento de<br />
doenças cardiovasculares e mortalidade.<br />
Assim como valores abaixo de<br />
2.5mg/dL estão associados ao estresse<br />
oxidativo, uma vez que o ácido<br />
úrico em níveis desejáveis apresenta<br />
ação antioxidante e, quando acima<br />
do desejável, também aumentam o<br />
estresse oxidativo.<br />
No contexto da medicina preventiva<br />
e envelhecimento saudável,<br />
interpretar corretamente os resultados<br />
das dosagens de homocisteína<br />
também é fundamental. Trata-se de<br />
um aminoácido sulfurado que, em<br />
níveis elevados, aumenta o risco<br />
de desenvolvimento de Alzheimer,<br />
Parkinson, demência, osteoporose,<br />
trombose, complicações cardiovasculares,<br />
retinopatia, doença renal<br />
crônica, disfunção erétil, câncer<br />
e mortalidade. Alguns estudos<br />
demonstraram que embora os<br />
intervalos de referência da homocisteína<br />
variem entre 5-15umol/L,<br />
resultados acima de 9umol/L<br />
podem aumentar o risco de complicações<br />
cardiovasculares e mortalidade,<br />
por exemplo. 5<br />
Em relação aos marcadores de lesão<br />
hepática, a gama GT também pode<br />
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ser interpretada como um marcador<br />
de estresse oxidativo e risco cardiovascular,<br />
uma vez que esta enzima<br />
ao participar da metabolização e<br />
reciclagem da glutationa (enzima<br />
antioxidante), gera um aumento<br />
do estresse oxidativo e, consequentemente,<br />
maior oxidação do<br />
LDL-colesterol e formação de placas<br />
de ateroma. Um estudo científico<br />
demonstrou que os níveis séricos<br />
de gama GT de 17U/L para mulheres<br />
e 27U/L para homens foram<br />
preditores do desenvolvimento de<br />
síndrome metabólica e, portanto,<br />
maior risco cardiometabólico.<br />
Cabe relembrar que a maioria dos<br />
laboratórios de análises clínicas<br />
considera valores normais de<br />
gama GT até 60U/L, em média. 6<br />
Segundo a American Heart Association<br />
(Associação Americana<br />
de Cardiologia), países com baixa<br />
incidência de doenças cardiovasculares,<br />
como os países africanos, em<br />
decorrência de desnutrição, e países<br />
asiáticos, devido a um padrão<br />
de dieta low carb, apresentam<br />
triglicerídeos abaixo de 100mg/<br />
dL na média populacional, faixa de<br />
resultados abaixo dos intervalos<br />
de referência tradicionalmente<br />
classificados como “normais” (ref.:<br />
muito alto, por exemplo, os valores<br />
desejáveis de LDL-c são abaixo de<br />
50mg/dL, ao passo que indivíduos<br />
com baixo risco cardiovascular<br />
essa meta se eleva para resultados<br />
abaixo de 130mg/dL. Portanto, a<br />
prescrição de estatinas não deve ser<br />
baseada apenas no resultado isolado<br />
de LDL-c ou colesterol total. 8<br />
Aos amantes da hematologia,<br />
relato aqui alguns erros graves de<br />
interpretação do hemograma. É<br />
muito comum a solicitação e avaliação<br />
do hemograma para triagem<br />
de casos suspeitos de deficiência de<br />
ferro ou anemia ferropriva, onde a<br />
anemia ferropriva é o estágio mais<br />
avançado da deficiência de ferro. As<br />
alterações laboratoriais da anemia<br />
ferropriva se instalam na seguinte<br />
ordem: redução de ferritina,<br />
redução do ferro sérico, redução<br />
de hemoglobina reticulocitária<br />
(HB-Ret), redução da hemoglobina<br />
e, por último, redução de VCM, HCM<br />
e CHCM (com aumento do RDW),<br />
caracterizando uma anemia microcítica<br />
e hipocrômica.<br />
Sendo assim, é possível que um<br />
hemograma de um paciente com<br />
deficiência de ferro e, ainda, sem<br />
a anemia ferropriva, esteja com<br />
os resultados da hemoglobina e<br />
índices hematimétricos dentro da<br />
referência, mas com redução dos<br />
níveis séricos de ferritina e ferro,<br />
por exemplo. Alguns estudos<br />
buscaram identificar qual seria o<br />
melhor ponto de corte de hemoglobina<br />
para identificar casos suspeitos<br />
da deficiência de ferro não<br />
anêmica, e demonstraram que os<br />
critérios de definição de anemia<br />
pela Organização Mundial de Saúde<br />
não são suficientes para rastreio<br />
e identificação de pacientes<br />
com deficiência de ferro, uma vez<br />
que o paciente pode apresentar<br />
deficiência de ferro sem a redução<br />
da hemoglobina nos estágios iniciais<br />
da anemia ferropriva. 9<br />
Em relação à leucometria global,<br />
embora os intervalos de referência<br />
variem entre 4.500-10.000/<br />
mm³, em média, alguns estudos<br />
demonstraram que valores acima<br />
de 6.500/mm³ estavam associados<br />
à um risco mais elevado do desenvolvimento<br />
de diabetes, justificado<br />
pela associação da inflamação com<br />
resultados mais elevados da leucometria<br />
global, embora dentro<br />
dos intervalos de referência. Um<br />
desses estudos demonstrou que<br />
a leucometria acima de 6.900/<br />
mm³ foi associada a um aumento<br />
de 52% do risco de desenvolver<br />
diabetes quando comparados<br />
aos indivíduos que apresentaram<br />
leucometria abaixo de 5.400/mm³.<br />
Os resultados destes estudos em<br />
associação com evidências práticas<br />
sugerem que a leucometria global<br />
desejável varie entre 4.500-6.500/<br />
mm³, aproximadamente. 10,11<br />
Portanto, interpretar exames<br />
laboratoriais não é um simples ato<br />
de “ler” e comparar números, mas<br />
uma arte de estabelecer correlações<br />
clínicas entre dados clínicos<br />
do paciente e os resultados dos<br />
exames. Esse olhar criterioso<br />
para os resultados, buscando os<br />
valores desejáveis baseados em<br />
evidências científicas e práticas,<br />
são fundamentais para detectar<br />
alterações clínicas em estágios<br />
iniciais e evitar a forma grave de<br />
diversas doenças que podem<br />
cursar de forma assintomática<br />
por longos períodos, incluindo a<br />
doença renal crônica e DM2, por<br />
exemplo. Os exames laboratoriais<br />
são ferramentas fundamentais<br />
para a prática de uma medicina<br />
preventiva e moderna quando<br />
interpretados à luz da ciência.<br />
Referências Bibliográficas<br />
1- JOHNSON, J. L. et al. Identifying prediabetes using fasting<br />
insulin levels. Endocr Pract; 16(1):47-52, 2010.<br />
2- SGARBI, J. A. et al. Consenso brasileiro para a abordagem<br />
clínica e tratamento do hipotireoidismo subclínico em<br />
adultos: recomendações do Departamento de Tireoide da<br />
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Arq<br />
Bras Endocrinol Metab; 57(3), 2013.<br />
3- WARD, L. S. Should we change the reference values of<br />
normal TSH? Arq Bras Endocrinol Metabol; 52(1):141-2, 2008.<br />
4-RUSSO, E. et al. Association of uric acid with kidney function<br />
and albuminuria: the Uric Acid Right for heArt Health<br />
(URRAH) Project. J Nephrol; 35(1):211-221, 2022<br />
5- SUN, Y. et al. Use of serum homocysteine to predict stroke,<br />
coronary heart disease and death in ethnic Chinese. 12-year<br />
prospective cohort study. Circ J; 73(8):1423-1430, 2009.<br />
6-LEE, M. Y. et al. Association between Serum Gamma-Glutamyltransferase<br />
and Prevalence of Metabolic Syndrome<br />
Using Data from the Korean Genome and Epidemiology<br />
Study. Endocrinol Metab (Seoul): 390–397, 2019.<br />
7-The Association between Triglycerides and Incident Cardiovascular<br />
Disease: What Is “Optimal”? J Clin Lipidol; 14(4):<br />
438–447, 2020.<br />
8-Faludi AA, Izar MCO, Saraiva JFK, Chacra APM, Bianco HT,<br />
Afiune Neto A et al. Atualização da Diretriz Brasileira de<br />
Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Arq Bras<br />
Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76<br />
9-SEKHAR, D. L. et al. Optimizing hemoglobin thresholds<br />
for detection of iron deficiency among reproductive-age<br />
women in the United States. Transl Res; <strong>180</strong>:68-76, 2017.<br />
10-GU, Y. et al. White blood cells count as an indicator to identify<br />
whether obesity leads to increased risk of type 2 diabetes.<br />
Diabetes Res Clin Pract; 141:140-147, 2018.<br />
11-TWIG, G. et al. White blood cells count and incidence of type<br />
2 diabetes in young men. Diabetes Care; 36(2):276-282, 2013.<br />
RODOLFO FERNANDES.<br />
Farmacêutico Bioquímico. Mestre em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense (UERJ);<br />
Especialista em Ciências do Laboratório Clínico & Diagnóstico in vitro (UFRJ); Escritor e autor<br />
do livro físico inédito no mundo “Interpretação clínica de exames laboratoriais na COVID-19”.<br />
Fundador da Academia das Análises Clínicas. Instagram: @rodolfofernandesprof.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
177
INFORME DE MERCADO<br />
O PAPEL DA AUTOMAÇÃO NA MELHORIA DOS TESTES<br />
HEMATOLÓGICOS<br />
Por: Amanda Gonçalves dos Reis<br />
A automação e a análise manual<br />
dos testes hematológicos desempenham<br />
papéis fundamentais na<br />
área, contribuindo para a obtenção<br />
de resultados precisos e confiáveis<br />
nos exames laboratoriais<br />
(BRAGA, et al., 2019).<br />
A automação na hematologia<br />
revolucionou os laboratórios<br />
e hoje os processos são mais<br />
rápidos e eficientes. Os equipamentos<br />
automatizados são<br />
capazes de realizar uma série de<br />
análises hematológicas, como:<br />
contagem de células sanguíneas,<br />
dosagem de hemoglobina e<br />
identificação de alterações morfológicas,<br />
além de processarem<br />
grandes volumes de amostras<br />
em um curto período de tempo,<br />
o que contribui para a redução<br />
da carga de trabalho manual e<br />
consequente aumento da produtividade<br />
(SILVA, et al., 2017).<br />
Ao utilizar equipamentos automatizados,<br />
há menos chance de<br />
erros humanos e variações nos<br />
procedimentos, o que aumenta<br />
a confiabilidade e padronização<br />
dos resultados, além da segurança<br />
do paciente. A automação<br />
também proporciona maior<br />
precisão na contagem e classifi-<br />
cação das células sanguíneas, o<br />
que por sua vez permite a detecção<br />
de alterações sutis, as quais<br />
podem passar despercebidas na<br />
análise manual (BAIN, 2017).<br />
A automação revolucionou os<br />
testes hematológicos, tornando-os<br />
mais eficientes, precisos e<br />
acessíveis. A contínua evolução<br />
tecnológica promete um futuro<br />
emocionante para a hematologia<br />
clínica, com diagnósticos<br />
mais rápidos e precisos, o que<br />
favorece a melhoria na assistência<br />
médica e na saúde pública.<br />
Esse processo na hematologia é<br />
um exemplo brilhante de como<br />
a tecnologia pode aprimorar a<br />
compreensão e cuidado com a<br />
saúde (FERREIRA, et al., 2016).<br />
No entanto, segundo Carraro;<br />
Plebani (2009) e Ferreira, et al.<br />
(2016), essa automação também<br />
apresenta alguns desafios. Os<br />
equipamentos automatizados<br />
requerem manutenção e calibração<br />
regulares para garantir<br />
sua precisão e confiabilidade; a<br />
aquisição e o custo operacional<br />
desses analisadores podem ser<br />
significativos, o que pode ser um<br />
desafio para laboratórios menores<br />
ou com recursos limitados.<br />
Por outro lado, a análise manual<br />
na hematologia ainda desempenha<br />
um papel importante<br />
em determinadas situações. A<br />
identificação de anormalidades<br />
morfológicas, como células<br />
imaturas, alterações na forma<br />
das células ou inclusões, exige<br />
a intervenção de um técnico<br />
experiente. Essa técnica permite<br />
uma avaliação mais detalhada e<br />
individualizada das células sanguíneas,<br />
o que auxilia na detecção<br />
de anomalias que podem<br />
não ser identificadas pelo sistema<br />
automatizado (HOROWITZ;<br />
ZAMAN, 2007).<br />
Por fim, conclui-se que a automação<br />
e a análise manual na<br />
hematologia são técnicas complementares.<br />
A automação oferece<br />
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178 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
velocidade, padronização e alta<br />
capacidade de processamento,<br />
enquanto a análise manual permite<br />
uma avaliação mais detalhada<br />
e sensibilidade para identificar<br />
anomalias morfológicas. O uso<br />
adequado de ambos os métodos,<br />
combinado com a expertise de<br />
profissionais qualificados, são<br />
essenciais para garantir resultados<br />
precisos e confiáveis nos exames<br />
hematológicos, o que garante o<br />
correto diagnóstico e monitoramento<br />
de condições de saúde dos<br />
pacientes (FERREIRA, et al., 2016).<br />
Referências Bibliográficas<br />
1. BAIN, BJ Diagnosis from blood smear. The<br />
New England Journal of Medicine , v. 19, pág.<br />
1841-1853, 2017.<br />
2. CARRARO, P.; PLEBANI, M. Erros em um laboratório<br />
estatístico: tipos e frequências 10 anos depois.<br />
Clínica Química Acta , v. 1, pág. 73-74, 2009.<br />
3. HOROWITZ, GL; ZAMAN, Z. Automação em<br />
química clínica. Bioquímica Clínica , v. 13-14,<br />
pág. 959-965, 2007.<br />
4. LIPPI, G.; PLEBANI, M. O papel crítico da<br />
medicina laboratorial na resposta emergente<br />
ao desafio do Ebola. Química Clínica e Medicina<br />
Laboratorial , v. 3, pág. 363-364, 2010.<br />
5. BRAGA, CCC, et al. Automação e eficiência<br />
de testes hematológicos em laboratórios brasileiros:<br />
um estudo de caso. <strong>Revista</strong> Brasileira<br />
de Análises Clínicas , v. 2, pág. 155-162, 2019.<br />
6. SILVA, RM, et al. Automação em hematologia<br />
clínica: tendências e desafios em<br />
laboratórios brasileiros. <strong>Revista</strong> de Medicina<br />
Diagnóstica, v. 3, pág. 193-201, 2017.<br />
7. FERREIRA, AL, et al. Implementação de<br />
sistemas automatizados em laboratórios de<br />
hematologia no Brasil: benefícios e perspectivas.<br />
Hematologia, Transfusão e Terapia<br />
Celular , v. 2, pág. 118-125, 2016.<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
REAGENTE-ÚNICO PODE PARECER SIMPLES, MAS É<br />
RESULTADO DE UM ENORME AVANÇO EM PESQUISA E<br />
DESENVOLVIMENTO.<br />
A Ebram tem despendido anos<br />
pesquisando e desenvolvendo<br />
produtos com o intuito de fornecer<br />
kits bioquímicos em sua forma<br />
monoreagente, “reagente único”,<br />
por entender que os benefícios<br />
adquiridos são enormes.<br />
A obtenção de produtos “reagente<br />
único” em Bioquímica Clínica envolve<br />
um grande esforço na produção<br />
de estabilizadores eficazes a ponto<br />
de garantir sobrevida dos substratos,<br />
íons e de enzimas importantes,<br />
como para a quantificação das Transaminases<br />
Glutâmico Oxalacética e<br />
Pirúvica (TGP e TGO), Ureia BUN,<br />
Proteína Total, Ac Úrico, Creatinina,<br />
Magnésio Arsenazo e outros.<br />
Uma das principais vantagens da<br />
utilização de reagentes únicos é<br />
com relação ao consumo nos analisadores<br />
automatizados. Os analisadores<br />
normalmente consomem<br />
volumes adicionais de reagente<br />
em cada pipetagem (por questões<br />
de segurança numa eventual aspiração<br />
de bolhas ou instabilidades<br />
dos módulos de pipetagem). Esse<br />
volume de segurança é conhecido<br />
como “Volume de GAP”. Estes volumes<br />
adicionais, dependendo do<br />
instrumento podem chegar a 30%<br />
quando o volume da pipetagem<br />
for ≤ 40 μl, 20% para volumes próximos<br />
de 100μl, e diminui para 7%<br />
para volumes > 100μl. No protocolo<br />
dos bireagentes o volume do R2<br />
varia em torno de 25μl a 80μl, já nos<br />
“reagentes únicos” o volume varia de<br />
200μl a 300μl, fica claro que a escolha<br />
de trabalhar com a maioria dos produtos<br />
no formato “reagente único”<br />
têm impacto direto no custo da bioquímica<br />
para o laboratório clínico.<br />
Devido a presença destes estabilizadores,<br />
outra grande vantagem<br />
na utilização destes reagentes é a<br />
maior estabilidade de armazenamento,<br />
atingindo 18 a 24 meses<br />
de validade, impactando também<br />
nos custos dos pequenos, médios e<br />
grandes laboratórios.<br />
Analisadores de pequeno porte<br />
disponibilizam um pequeno número<br />
de posições no compartimento<br />
para reagentes, onde a utilização<br />
dos reagentes únicos propicia maior<br />
produtividade instrumental e baixo<br />
consumo de soluções de lavagens.<br />
Reagentes estáveis fornecem baixíssimos<br />
CV% intra e inter-ensaios contribuindo<br />
com a precisão e reprodutibilidade<br />
instrumental analítica.<br />
Tudo isso é fabricado pela EBRAM no<br />
Brasil, uma empresa nacional que trabalha<br />
continuamente para oferecer<br />
aos laboratórios produtos diferenciados,<br />
de qualidade e com baixo custo.<br />
Veja a lista de MONOREAGENTES<br />
da Linha Bioquímica Ebram.<br />
1. Creatinina – Jafé modificado,<br />
conservado de 2 a 8°C<br />
2. Acido Úrico – menor foto sensibilidade<br />
3. Magnésio Arsenazo – a melhor<br />
metodologia<br />
4. Cálcio Arsenazo III – primeiro<br />
cálcio arsenazo do Brasil<br />
5. Triglicérides – alta linearidade<br />
6. TGO/AST – único monoreagente<br />
do Brasil<br />
7. TGP/ALT – único monoreagente<br />
do Brasil<br />
8. Ureia – único monoreagente do<br />
Brasil<br />
9. Amilase – ótima estabilidade<br />
10. Fósforo<br />
11. Albumina<br />
12. Proteína Total.<br />
13. Glicose Oxidade<br />
14. Colesterol<br />
15. Cloro<br />
16. Proteinúria<br />
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<strong>180</strong> <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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gama de instrumentos óticos e<br />
acessórios de alta qualidade.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
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especialmente projetado para<br />
atender várias necessidades de<br />
observação microscópica, como<br />
laboratórios biológicos e ensino<br />
de microscopia. Possui excelente<br />
qualidade óptica, amplo campo<br />
de visão, excelente desempenho<br />
da lente objetiva, proporcionando<br />
imagens nítidas e confiáveis. O<br />
design ergonômico proporciona<br />
melhor conforto e experiência dos<br />
usuários, já que foi pensado nos<br />
mínimos detalhes para otimizar<br />
o desempenho. Com seu design<br />
modular é possível realizar várias<br />
técnicas de microscopia, como;<br />
campo claro, campo escuro,<br />
contraste de fase e fluorescência.<br />
Lentes<br />
As lentes planacromáticas garantem<br />
um campo de visão plano. A lente de<br />
40x tem uma distância de trabalho<br />
maior que as convencionais com<br />
1,5 mm, evitando o contato com<br />
fluidos e imersão. Opcionalmente,<br />
uma lente de 100x projetada para<br />
imersão em água (NA: 1,10) pode ser<br />
incluída. O revólver é codificado e<br />
conta com cinco posições.<br />
Oculares<br />
As oculares têm um campo de<br />
visão de 22 mm, trazendo mais<br />
informação e eficiência nas<br />
leituras de lâmina.<br />
Iluminação<br />
O poderoso LED de 3 W tem um brilho<br />
ajustável para cada lente e fornece a<br />
melhor iluminação possível.<br />
Mecânica<br />
Platina com limite de altura ajuda<br />
a evitar a quebra de lâminas.<br />
Manípulo longo, proporcionando<br />
maior conforto e ergonomia para<br />
os usuários que passam horas em<br />
frente ao microscópio.<br />
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funções: Identificação automática<br />
das objetivas e controle automático<br />
de brilho para cada objetiva. Função<br />
SLEEP/STANDBY que desliga a luz,<br />
economizando energia e vida útil<br />
da lâmpada, Função ECO ajusta o<br />
tempo de desligamento automático<br />
do microscópio quando fora de uso.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
181
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Pacientes que possuem ação comprometida<br />
do sistema imunológico,<br />
seja por imunodeficiências congênitas,<br />
adquiridas ou pelo uso de<br />
imunossupressores pós-transplante,<br />
correm maior risco de infecções<br />
anormais, também chamadas de<br />
oportunistas, as quais podem ser<br />
causadas por diversos patógenos,<br />
incluindo os vírus.<br />
Diante disso, o acompanhamento<br />
destes pacientes é de fundamental<br />
importância para que os<br />
agentes patológicos possam ser<br />
identificados e medidas de controle<br />
possam ser iniciadas.<br />
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182 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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do infarto agudo do miocárdio.<br />
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183
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e reagentes.<br />
Os analisadores Yumizen C, combinados<br />
com o pacote abrangente e de<br />
alta qualidade de reagentes HORIBA<br />
POINTE, fornecem resultados rápidos<br />
e confiáveis, graças ao seu hardware<br />
robusto e software avançado.<br />
Os novos equipamentos são respaldados<br />
pelo padrão ouro de serviço<br />
e suporte da HORIBA Medical, assegurando<br />
resultados consistentes e<br />
precisos para diagnósticos e monitoramento<br />
de pacientes.<br />
Esses dispositivos representam o<br />
compromisso da HORIBA Medical<br />
em fornecer soluções de diagnóstico<br />
avançadas e confiáveis para<br />
laboratórios de médio e pequeno<br />
porte, permitindo que os profissionais<br />
de saúde ofereçam um cuidado<br />
de qualidade aos pacientes.<br />
Para laboratórios de médio porte,<br />
a HORIBA Medical está lançando<br />
o analisador Yumizen C560, um<br />
modelo de chão de alto desempenho<br />
que oferece recursos de ponta<br />
normalmente encontrados apenas<br />
em grandes sistemas integrados.<br />
Além do Yumizen C560, a HORIBA<br />
Medical está lançando os analisadores<br />
Yumizen C240 e Yumizen<br />
C230. O Yumizen C240 é uma opção<br />
compacta e eficiente em termos de<br />
custo, com capacidades completas<br />
de operação automática e recursos<br />
avançados para laboratórios de<br />
médio a pequeno porte. O Yumizen<br />
C230 é projetado para laboratórios<br />
menores, com recursos avançados<br />
e fáceis de usar.<br />
Os novos analisadores clínicos<br />
Yumizen C serão apresentados no<br />
Congresso Brasileiro de Patologia<br />
Clínica, de 5 a 7 de setembro, no<br />
centro de eventos Pro Magno em<br />
São Paulo.<br />
Visite-nos no estande #81<br />
Sobre a HORIBA Medical:<br />
HORIBA Medical é uma empresa<br />
líder em diagnóstico clínico, fornecendo<br />
soluções avançadas e confiáveis<br />
para laboratórios em todo o<br />
mundo. Com uma história de inovação<br />
e excelência, a HORIBA Medical<br />
está comprometida em fornecer<br />
tecnologias de ponta que permitam<br />
diagnósticos precisos e rápidos<br />
para melhorar a saúde e o bem-estar<br />
dos pacientes.<br />
Para mais informações sobre a<br />
HORIBA Medical e seus produtos,<br />
visite: www.horiba.com/br/med.<br />
HORIBA Medical Brasil<br />
Tel.: (11) 2923-5400<br />
E-mail: marketing.br@horiba.com<br />
184 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
PORQUE DEVEMOS REALIZAR TESTES<br />
QUANTITATIVOS DE HPV?<br />
NOVO KIT DE RT-PCR HPV COM<br />
IDENTIFICAÇÃO QUANTITATIVA<br />
DE 21 GENÓTIPOS<br />
Estudos multicentros determinaram<br />
que a infecção persistente pelo<br />
Vírus do Papiloma Humano (HPV) é<br />
considerada um fator de risco, mas<br />
não suficiente, para o desenvolvimento<br />
do câncer do colo do útero.<br />
Nos últimos anos, tem-se assistido<br />
a uma intensa procura de novos<br />
métodos moleculares de diagnóstico<br />
que permitam diferenciar as<br />
lesões que podem progredir para<br />
um carcinoma invasivo e aquelas<br />
cujas lesões regredirão espontaneamente.<br />
O novo kit de RT-PCR<br />
de HPV que diferencia e quantifica<br />
a carga viral de HPV de alto e baixo<br />
risco oferece grande auxílio e<br />
permite o estabelecer indicadores<br />
de prognóstico para o desenvolvimento<br />
de câncer do colo do útero.<br />
A quantificação da carga viral,<br />
muito além da tipificação dos HPV<br />
de alto risco, é uma importante<br />
informação para a identificação<br />
precoce dos casos com maior<br />
probabilidade de progressão e<br />
desenvolvimento de carcinoma do<br />
colo do útero e lesões percursoras.<br />
Estudos apontam a correlação<br />
entre a alta carga viral do HPV e o<br />
pior prognóstico de sobrevida dos<br />
pacientes (1). O conhecimento da<br />
carga viral ajudará a detectar as<br />
lesões de alto-risco facilitando a<br />
intervenção oportuna e prevenindo<br />
a ocorrência de câncer cervical.<br />
Adicionalmente, possibilitará o<br />
acompanhamento da efetividade<br />
do tratamento, possibilitando tratamento<br />
e acompanhamento mais<br />
assertivo da doença.<br />
Resultado Quantitativo<br />
De acordo com as recomendações<br />
do FDA e do consenso europeu que<br />
estabelece que a quantificação da<br />
carga viral do HPV deve ser adequadamente<br />
ajustada para o número<br />
de células da amostra (SIC).<br />
O Kit PCR em Tempo Real HPV<br />
Quant-21 destina-se a genotipagem<br />
e quantificação de 21 tipos de<br />
HPV em relação às suas propriedades<br />
oncogênicas:<br />
Alto risco: HPV 16, 18, 26, 31, 33, 35, 39,<br />
45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 66, 68, 73, 82<br />
Baixo risco: HPV 6, 11, 44<br />
• Alta sensibilidade analítica<br />
• Geração automática do laudo<br />
• Genotipagem e quantificação<br />
simultânea de 21 tipos de HPV<br />
Dois tipos de Controle Interno:<br />
• Presença de CI (controle interno)<br />
- endógeno<br />
• Presença de SIC (controle de<br />
amostras) – exógeno<br />
Tipos de amostras:<br />
• Citologia líquida e parafina<br />
• SWAB epitelial<br />
• Fluído prostático<br />
• Esperma<br />
• Urina<br />
• Biópsias<br />
• Parafina<br />
REGIÃO DE DETECÇÃO<br />
Regiões variáveis entre os genes E6<br />
e E7 do HPV (oncogenes principais)<br />
Sensibilidade analítica:<br />
• 5 ou mais cópias de DNA de patógenos<br />
purificados por reação de PCR<br />
(10³ cópias/mL de amostra de DNA)<br />
Os testes de PCR comercializados<br />
pela Biomedica oferecem um<br />
diagnóstico preciso, alta sensibilidade,<br />
assertividade e rapidez.<br />
Entre em contato conosco e<br />
saiba mais.<br />
Referências<br />
(1) CAO, Meng, SHAH,Walayat, QI, Jingxian,<br />
ZHOU, Yi , WANG, Yili, CHEN Hongwei,<br />
Pathology – Research and Practice, Prognostic<br />
significance of human papillomavirus<br />
viral load in correlation with different<br />
therapeutic modalities in cervical cancer<br />
patients, © 2016 Elsevier GmbH.<br />
Biomedica Equipamentos e Suprimentos LTDA<br />
SIA Trecho 03 – lote 625 – sala 230C<br />
CEP 71200-030<br />
Telefone: (61) 3363-4422 (WhatsApp)<br />
E-mail: contato@biomedica.com.br<br />
www.biomedica.com.br<br />
186 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
DESCUBRA A INOVAÇÃO EM GASOMETRIA COM A<br />
SERINGA NEOLAB!<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Em 2023, testemunhamos um marco significativo na<br />
área da saúde brasileira, com mais de 10 milhões de<br />
Seringas de Gasometria Neolab sendo adotadas em<br />
hospitais e clínicas em todo o país. Este fenômeno<br />
é reflexo do comprometimento da Neolab by<br />
Neocampany em oferecer produtos da mais alta<br />
qualidade, consolidando-se como uma das principais<br />
referências no segmento de Seringas de Gasometria<br />
no Brasil.<br />
Qualidade Incomparável:<br />
A Neolab orgulha-se de sua reputação inabalável em<br />
qualidade. Cada Seringa Neolab é fabricada com os mais<br />
rigorosos padrões, assegurando resultados precisos<br />
e consistentes. Nosso compromisso com a excelência<br />
coloca-nos na vanguarda da inovação, proporcionando<br />
aos profissionais de saúde instrumentos confiáveis<br />
para suas práticas diárias.<br />
Facilidade para Profissionais da Saúde:<br />
Compreendemos a importância do tempo e da<br />
eficiência no ambiente de saúde. A tecnologia<br />
avançada incorporada à Seringa Neolab facilita<br />
a aplicação para os profissionais da saúde. Nossa<br />
abordagem inovadora visa simplificar processos,<br />
permitindo que os profissionais concentrem-se no que<br />
fazem de melhor: cuidar de vidas.<br />
Embrace a evolução na Gasometria com a Seringa<br />
Neolab. Não apenas um instrumento, mas uma<br />
promessa de excelência e conforto para profissionais<br />
e pacientes.<br />
Escolha Neolab by Neocomapany. Escolha Qualidade.<br />
Escolha Inovação. A jornada de cuidados com a saúde<br />
nunca foi tão confiável e confortável.<br />
Agulhas Trifacetadas:<br />
Reconhecendo a sensibilidade do paciente, a Neolab<br />
investe em tecnologia de ponta. As agulhas que<br />
acompanham a Seringa Neolab são projetadas<br />
para serem indolores, graças ao design trifacetado.<br />
Proporcionamos não apenas resultados precisos, mas<br />
uma experiência mais confortável para aqueles que<br />
confiam em nossos produtos.<br />
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Neolab by Neocompany<br />
R. Carlos Gusso, 250 - Barracão 2 - Águas Belas,<br />
São José dos Pinhais - PR, 83040-630, Brasil<br />
E-mail: contato@neolabimpot.com.br<br />
Contato: +55 41 3146-0802<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
187
INFORME DE MERCADO<br />
in. loccus – REAGENTES POR ASSINATURA<br />
A Loccus inova em apresentar ao mercado um programa de assinatura de reagentes que garante um<br />
equipamento sem custo para o seu laboratório*<br />
Em busca de sempre inovar no relacionamento<br />
com clientes e simplificar o caminho da descoberta<br />
científica para preservar vidas, a Loccus anunciou ao<br />
mercado um novo modelo de negócio. O in. loccus<br />
é um programa de assinatura de reagentes feito sob<br />
medida para o seu laboratório que contempla desde<br />
a automação de extração de DNA/ RNA e automação<br />
do workflow de PCR até o PCR em tempo real.<br />
. Consumíveis de alta qualidade<br />
. Sem pegadinhas ou letras miúdas<br />
. Acesso ao suporte em idioma local<br />
. Benefícios extras de acordo com a modalidade de<br />
assinatura escolhida<br />
Entre em contato com o nosso time para conhecer<br />
os planos.<br />
Com a assinatura in. loccus, você paga o valor do<br />
plano escolhido, recebe os reagentes direto no seu<br />
laboratório e ainda garante o melhor equipamento*<br />
sem custo para suas reações.<br />
Confira as principais vantagens do programa:<br />
. Equipamento sem custo*<br />
. Acesso a equipamentos de última geração<br />
. Custo por reação extremamente acessível<br />
A Loccus entrega uma plataforma de soluções<br />
para os laboratórios de biologia molecular,<br />
desenvolvidas de forma customizada e abrangendo<br />
equipamentos, reagentes e serviço.<br />
*O equipamento fica disponível no laboratório durante o período da<br />
sua assinatura, assim que encerrada ele deve ser devolvido à Loccus.<br />
188 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
O TUBO PLANO DE CULTURA CELULAR<br />
Os tubos de cultura celular TPP são<br />
uma extensão da gama de produtos<br />
dos frascos de cultura. Consiste<br />
em um produto 3 em 1: cultivo, incubação<br />
e análise sob microscopia<br />
e centrifugação.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Cultivo: Possui superfície de crescimento<br />
ativada com 10cm 2 , que além<br />
disso, possibilita uma ampla abertura<br />
para o acesso completo de pipetas<br />
e raspadores. Garante também,<br />
trocas gasosas por meio do filtro na<br />
tampa. Fabricado com PS com tratamento<br />
para adesão celular.<br />
Análise sob microscopia: Oferece<br />
um controle do crescimento celular<br />
por meio de microscópios invertidos.<br />
O topo achatado minimiza<br />
a refração da luz perturbadora<br />
Centrifugação: Permite a centrifugação<br />
utilizando um adaptador<br />
de 50 mL padrão, com velocidade<br />
de até 1.200 x g. A forma cônica do<br />
tubo facilita a remoção de pellets.<br />
O nosso Tubo de Cultura Celular é<br />
um produto completo, que possibilita<br />
todo o processo de repique de<br />
células em um mesmo recipiente.<br />
A nossa superfície diferenciada<br />
com cargas negativas propicia o<br />
ambiente perfeito para a produção<br />
celular de proteínas de adesão,<br />
garantindo uma excelente ancoragem<br />
e crescimento celular.<br />
No mesmo recipiente de cultivo é<br />
possível observar, por meio de um<br />
microscópio invertido, as culturas<br />
e detectar alterações ou possíveis<br />
contaminações.<br />
Estamos localizados no estado de<br />
São Paulo, peça já o seu orçamento<br />
por email, telefone/whatsapp ou<br />
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Informações de contato.<br />
telefone: (11) 91109-2022/ (11) 91911-2022<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
189
INFORME DE MERCADO<br />
CONHEÇA A FIRSTLAB<br />
A FirstLab é uma empresa que oferece<br />
soluções completas em análises<br />
clínicas. Parte de um grupo<br />
sólido de empresas com mais de<br />
25 anos de expertise na área da<br />
saúde, a FirstLab conta com uma<br />
equipe qualificada, dispondo de<br />
equipe comercial capacitada e assessoria<br />
científica, e uma infraestrutura<br />
moderna para atender as<br />
necessidades dos seus clientes.<br />
Fabricante e distribuidora de<br />
produtos e equipamentos para<br />
laboratório, a FirstLab conta com<br />
soluções para coleta de sangue,<br />
exame de urina, entre outros.<br />
Inovação e tecnologia para<br />
suas rotinas laboratoriais.<br />
Com uma linha de produção diária<br />
de 1,4 milhão de itens, é utilizada<br />
de forma consciente toda a<br />
matéria-prima, com menor quantidade<br />
de plástico na produção<br />
dos produtos, sem perder a resistência<br />
e qualidade.<br />
O processo produtivo reaproveita<br />
100% do refugo, desenvolvendo<br />
produtos acessórios, como por<br />
exemplo a pá, que acompanha<br />
alguns modelos de coletores.<br />
Todos os produtos de fabricação<br />
própria passam por inspeção<br />
para a máxima garantia da qualidade:<br />
inspeção física (vedação,<br />
rebarbas e empenamento de<br />
tampa); inspeção de quantidade<br />
por pacote (peso e unidades);<br />
inspeção da integridade do produto<br />
final e inspeção dos dados<br />
técnicos. E todos os produtos estéreis<br />
passam pelo processo de<br />
radiação ionizante.<br />
Por todo o Brasil<br />
Com uma fábrica e estoque com<br />
mais de 10.000 m² no Paraná, a distribuição<br />
diária de produtos por todo o<br />
território nacional é garantida.<br />
Acesse o Portal do Cliente e conheça<br />
as soluções FirstLab que vão<br />
complementar a sua rotina e garantir<br />
o bem-estar dos seus clientes.<br />
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0800 710 0888<br />
atendimento@firstlab.ind.br<br />
190 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
191
INFORME DE MERCADO<br />
BLOOD 5P - INVISTAR: INOVAÇÃO E QUALIDADE NA<br />
ANÁLISE HEMATOLÓGICA<br />
Os exames laboratoriais são de<br />
grande importância para a avaliação<br />
da saúde das pessoas, estes<br />
fornecem dados e informações que<br />
permitem diagnósticos, prognósticos<br />
e a caracterização de riscos<br />
para diversas patologias. Formas de<br />
tratamentos personalizados também<br />
podem ser utilizadas a partir<br />
dos resultados fornecidos por estes<br />
exames.<br />
O sangue é composto pelo plasma<br />
e pelos elementos celulares,<br />
que incluem células sanguíneas e<br />
fragmentos celulares. Geralmente<br />
uma pessoa apresenta um volume<br />
total de sangue que corresponde a<br />
cerca de 7% do seu peso corporal.<br />
O sangue apresenta diversas funções<br />
no corpo, garantindo, por<br />
exemplo:<br />
- Transporte de nutrientes;<br />
- Transporte dos gases respiratórios;<br />
- Transporte de resíduos do metabolismo;<br />
- Defesa e imunidade por meio da<br />
ação dos leucócitos;<br />
- Coagulação sanguínea por meio<br />
da ação das plaquetas.<br />
O hemograma é o exame que avalia<br />
quantitativa e qualitativamente os<br />
elementos celulares do sangue. É o<br />
exame complementar mais requerido<br />
nas consultas, fazendo parte de<br />
todas as revisões de saúde e rotina<br />
de exames, pois é uma triagem<br />
muito útil e fornece informações<br />
valiosas sobre o paciente, muitas<br />
vezes tomadas como ponto de<br />
partida para a maioria das investigações<br />
médicas.<br />
O hemograma geralmente é solicitado<br />
como um exame de rotina,<br />
mas em algumas situações pode ser<br />
Blood5P<br />
utilizado para diagnosticar algumas<br />
condições que indiquem a presença<br />
de algumas doenças.<br />
Número e tipos de células brancas<br />
– se estiver alto, pode constituir<br />
inflamação ou infecção.<br />
Número de células vermelhas – se<br />
estiver baixo, pode sinalizar anemia<br />
ou outro tipo de doença.<br />
Modificação no tamanho das células<br />
vermelhas – se isso acontecer, também<br />
pode ser um sinal de anemia.<br />
Hematócrito – essa porcentagem<br />
baixa pode sinalizar uma anemia ou<br />
um sangramento excessivo.<br />
Hemoglobina – problemas com<br />
essa taxa podem mostrar anemia e<br />
doenças pulmonares.<br />
Contagem de plaquetas – em quantidade<br />
baixa, podem significar problema<br />
por excesso de sangramento.<br />
Tamanho de células vermelhas –<br />
quando elas estão maiores, podem<br />
denotar que o corpo está com<br />
pouca vitamina B12 ou ácido fólico.<br />
Se elas estiverem menores, pode<br />
ser um sinal de tipos de anemia, por<br />
exemplo, deficiência de ferro.<br />
Hemoglobina Corpuscular Média<br />
– mede a quantidade de hemoglobina<br />
existente nas hemácias.<br />
Pode ser indicado também para o<br />
acompanhamento de tratamentos<br />
médicos, das reações do organismo<br />
a medicamentos, pré cirurgias e<br />
pós-operatórios.<br />
Durante as últimas décadas<br />
observou-se uma grande evolução<br />
tecnológica na realização do<br />
hemograma, e as técnicas manuais<br />
têm sido substituídas por sistemas<br />
automatizados que apresentam<br />
maior precisão nos resultados e em<br />
um menor intervalo de tempo.<br />
Essas inovações mudaram a rotina<br />
dos laboratórios, tornando-os mais<br />
eficientes e ágeis, além de apresentarem<br />
uma melhor qualidade nos<br />
resultados. Com a automação novos<br />
parâmetros laboratoriais continuamente<br />
são implementados com<br />
192 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
Humacount 5d<br />
HumaCount 30TS<br />
HumaCount 80TS<br />
o objetivo de ampliar as informações<br />
fornecidas pelo hemograma<br />
auxiliando no diagnóstico de uma<br />
gama considerável de patologias.<br />
A In Vitro Diagnóstica possui analisadores<br />
automáticos com diferenciais<br />
de 3 e 5 partes ideais para<br />
automação dos laboratórios.<br />
O analisador diferencial de 3 partes<br />
é adequado para uso em salas de<br />
emergência e laboratórios ambulatoriais,<br />
onde situações agudas<br />
como resultados para análises de<br />
inflamações devem ser identificadas<br />
prontamente e de forma confiável.<br />
O equipamento é adequado<br />
também para rotina de pequenos<br />
laboratórios e laboratórios e clínicas<br />
veterinárias.<br />
Os analisadores hematológicos de<br />
5 partes coletam resultados de Linfócitos,<br />
Monócitos, Neutrófilos, Eosinófilos<br />
e Basófilos em cada amostra,<br />
e disponibilizam informações de<br />
sinalizadores (flags) mais detalhadas<br />
e específicas. A diferencial de 5 partes<br />
fornece uma imagem clara do estado<br />
imunológico da amostra analisada.<br />
A análise diferencial de células do<br />
esfregaço de sangue periférico é um<br />
componente essencial do hemograma<br />
e tem extrema importância<br />
em algumas situações. Embora<br />
seja habitualmente realizada por<br />
técnicos qualificados, essa análise é<br />
trabalhosa e pode apresentar certo<br />
grau de subjetividade, por ser totalmente<br />
dependente do observador.<br />
Para atender a este mercado, a In<br />
Vitro oferece uma linha com tecnologia<br />
de última geração.<br />
HumaCount 30TS e 80TS que equivale<br />
a 30 e 80 testes/horas respectivamente,<br />
que além das vantagens<br />
de um sistema diferencial de 3 partes<br />
com análise de 22 parâmetros,<br />
conta com modo veterinário.<br />
HumaCout 5D é analisador 5 partes,<br />
com leitura de Laser Scattergragra<br />
que permite a contagem quantitativa<br />
e valor percentual de grandes<br />
células imaturas (LIC) e de células<br />
atípicas Linfócitos (ALY). Além do<br />
diferencial de ser 3 e 5 partes na<br />
mesma máquina, são até 60 testes/<br />
hora, 29 parâmetros e é possível<br />
utilizar de sangue capilar.<br />
Blood 5P é o lançamento da In Vitro<br />
para complementar a linha hematológica.<br />
Com carregador automático<br />
de até 50 tubos, computador<br />
integrado e o uso de apenas 3<br />
reagentes é possível ter a otimização<br />
eficiente do fluxo de trabalho e<br />
espaço físico. As tecnologias avançadas<br />
fornecem 28 parâmetros de<br />
grande utilidade clínica, além de<br />
8 importantes parâmetros de pesquisa,<br />
2 histogramas para RBC e PLT<br />
e 4 diagramas de dispersão (Scartegramas)<br />
para WBC. Com módulo<br />
automático e manual é possível<br />
analisar até 80 amostras/horas.<br />
Além disso o equipamento possui<br />
o modo de contagem inteligente.<br />
Quando o instrumento apresentar<br />
um alarme de “redução de WBC”<br />
ou “diminuição de PLT” é possível<br />
selecionar o Modo de Contagem<br />
Inteligente e testar novamente a<br />
amostra. O modo L-WBC fornece<br />
contagens precisas de leucócitos<br />
e análise diferencial, estendendo<br />
o tempo de contagem em 2 vezes.<br />
Neste modo de reanálise L-WBC<br />
e L-PLT o equipamento utiliza um<br />
número maior de informações da<br />
amostra para garantir resultados<br />
mais exatos e precisos. Melhor<br />
repetibilidade para baixo WBC e<br />
amostra de baixo PLT.<br />
Entre em contato com a In Vitro<br />
Diagnóstica através do e-mail invitro@invitro.com.br<br />
InviZAP (31) 99973-2098 ou acesse<br />
www.invitro.com.br.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
193
INFORME DE MERCADO<br />
GRUPO MASTELLINI EXPANDE ATENDIMENTO AO SUS<br />
NO INTERIOR DE SP<br />
O Grupo Mastellini está consolidando<br />
sua presença no interior de São<br />
Paulo, expandindo significativamente<br />
seu atendimento ao Sistema<br />
Único de Saúde (SUS). Com mais de<br />
15 unidades em diferentes cidades<br />
paulistas, o grupo é reconhecido por<br />
sua excelência e qualidade na oferta<br />
de serviços de análises clínicas.<br />
Neste mês de outubro, o grupo<br />
deu mais um passo e inaugurou<br />
duas novas unidades e fechando<br />
parcerias estratégicas. As duas<br />
novas unidades do Grupo Mastellini<br />
foram inauguradas nas cidades<br />
de Presidente Bernardes e Tarumã,<br />
reforçando sua presença no interior<br />
de São Paulo.<br />
"Isso representa um marco significativo.<br />
As novas unidades estão<br />
equipadas com tecnologia de ponta<br />
e contam com uma equipe altamente<br />
qualificada para realizar uma<br />
ampla gama de exames e serviços<br />
de diagnóstico", conta o presidente<br />
do Grupo, Jáder Mastellini.<br />
Além das inaugurações, o Grupo<br />
Mastellini fechou parcerias estratégicas<br />
com as cidades de Assis,<br />
Ourinhos e o Ambulatório Médico<br />
de Especialidades (AME) Botucatu.<br />
"O AME Botucatu, em particular,<br />
desempenha um papel fundamental<br />
na região, atendendo a<br />
uma demanda considerável por<br />
cuidados de saúde especializados<br />
e servindo como referência para<br />
pacientes de mais de 25 cidades<br />
da região", contou o presidente e<br />
fundador do grupo.<br />
Jáder disse ainda que, “o AME Botucatu,<br />
com seu alcance regional e<br />
seu foco nas especialidades, é um<br />
parceiro fundamental em nossa<br />
missão de contribuir com acesso a<br />
serviços de medicina diagnóstica<br />
de alta qualidade”.<br />
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OSANG HEALTHCARE - TRANSFORMANDO O MUNDO<br />
DO DIAGNÓSTICO IN VITRO<br />
Somos a Osang Healthcare, fundada<br />
em 1996, uma empresa sul coreana<br />
especializada em P&D, fabricação e<br />
vendas para mais de 110 países na<br />
indústria de diagnostico In Vitro.<br />
Sendo líder sul-coreana na fabricação<br />
de produtos de diagnóstico In Vitro.<br />
Temos o orgulho de oferecer a maior<br />
variedade de produtos nesse segmento,<br />
sendo uma referência no mercado.<br />
Nossa linha de produtos já estão<br />
disponíveis no Brasil e com registro<br />
na ANVISA (Agência Nacional de<br />
Vigilância Sanitária).<br />
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ampla gama de produtos de biologia<br />
molecular e como eles podem<br />
atender às suas necessidades de<br />
diagnóstico e pesquisa.<br />
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Contato: Tel.: +55 11 989064885<br />
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194 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
CELEBRANDO CONQUISTAS E COMPROMISSOS: UM OLHAR<br />
PARA O ANO DE 2023 NA GREINER BIO-ONE BRASIL<br />
À medida que o ano de 2023 se<br />
encerra, é com grande alegria e<br />
gratidão que celebramos não apenas<br />
as conquistas deste ano, mas<br />
também marcos verdadeiramente<br />
especiais na história da Greiner Bio-<br />
-One Brasil e do grupo global.<br />
Este ano foi marcado por sucessos<br />
notáveis e desafios superados, graças<br />
ao esforço incansável de nossa<br />
equipe, à confiança de nossos clientes<br />
e à parceria contínua com nossos<br />
colaboradores. Estamos orgulhosos<br />
do que alcançamos juntos.<br />
Em 2023, celebramos os 20 anos<br />
da nossa planta em Americana-<br />
-SP. Duas décadas de dedicação,<br />
inovação e compromisso com a<br />
qualidade. Esse marco é um testemunho<br />
do nosso compromisso<br />
em crescer e servir a comunidade<br />
científica, médica e de diagnóstico<br />
do Brasil, fornecendo produtos<br />
de excelência. Além disso,<br />
também é um ano especial para a<br />
Greiner Bio-One em todo o mundo,<br />
onde comemoramos nosso<br />
60º aniversário. Seis décadas de<br />
inovação, liderança e serviço à<br />
saúde e à pesquisa.<br />
Olhando para o futuro, estamos animados<br />
com as oportunidades que<br />
2024 nos reserva. Continuaremos<br />
a investir no desenvolvimento de<br />
excelentes produtos para demandas<br />
laboratoriais, mantendo nosso<br />
compromisso com a qualidade, a<br />
sustentabilidade e a excelência em<br />
tudo o que fazemos.<br />
Desejamos a todos um final de<br />
ano repleto de alegria e um novo<br />
ano repleto de realizações e prosperidade.<br />
Que nossa jornada de<br />
sucesso continue fortalecida pela<br />
dedicação e determinação que nos<br />
trouxeram até aqui.<br />
Para mais informações:<br />
Departamento de Marketing<br />
Telefone: +55 19 3468 9600<br />
E-mail: info@br.gbo.com<br />
INFORME DE MERCADO<br />
RE<br />
AGINE O NOVO, JÁ DISPONÍVEL PLATAFORMA<br />
2023<br />
O que já era bom, ficou ainda melhor! Leia o QR code ao lado, e saiba mais sobre o novo<br />
Software<br />
, versão 2023 <strong>edição</strong> v.9.00.00.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
Nova Plataforma com mais facilidades<br />
para os usuários: Ferramenta<br />
“ web-app”,<br />
parte integrante do IM2023,<br />
remodelada para uso de forma<br />
rápida e intuitiva para aplicação<br />
em regras de automação. Inicia-<br />
-se uma nova era de interação da<br />
experiência dos usuários com o<br />
IM, facilita os processos de parametrizações,<br />
autoverificação e<br />
autovalidação de resultados;<br />
Configurações simplificadas para<br />
os valores de referência: Através<br />
do gerenciamento de propriedades,<br />
os perfis de usuários e os administradores<br />
poderão criar e/ou importar<br />
os padrões utilizados para ganho de<br />
tempo e eficiência nos laboratórios;<br />
Novo banco de dados profissional<br />
Intersystems IRIS®: Atualizações<br />
em segurança cibernética<br />
aliadas à melhoria de performance<br />
do sistema.<br />
195
INFORME DE MERCADO<br />
LAB REDE: LABORATÓRIO EXCLUSIVAMENTE DE APOIO,<br />
POSSUI AS MAIS IMPORTANTES CERTIFICAÇÕES<br />
Reconhecido pela qualidade e capacitação técnica, é referência em uma ampla<br />
gama de exames laboratoriais.<br />
O Lab Rede nasceu no ano 2000,<br />
com o intuito de ser uma rede inovadora<br />
de relacionamento e apoio<br />
laboratorial, que gera valor e soluções<br />
para seus clientes. Por isso,<br />
investe continuamente na excelência<br />
de seus processos, tendo como<br />
referência os métodos avaliativos<br />
e de certificação sobre a qualidade<br />
da assistência à saúde e segurança<br />
do paciente das principais acreditações:<br />
PALC, DICQ e ONA Nível III.<br />
Cada uma delas tem a sua importância,<br />
e todas contribuem para o<br />
fortalecimento dos serviços oferecidos,<br />
garantindo aos clientes que os<br />
exames processados no Lab Rede<br />
seguem os padrões mais elevados<br />
de qualidade.<br />
O PALC - Programa de Acreditação<br />
da Sociedade Brasileira de Patologia<br />
Clínica -, audita e acredita uma<br />
série de requisitos, que asseguram<br />
a validade e a confiabilidade dos<br />
resultados emitidos, comprovando<br />
a seriedade, a competência e o profissionalismo<br />
com que esses laudos<br />
são gerados. Além disso, contém requisitos<br />
de segurança ao paciente e<br />
tecnologia da informação.<br />
Já o Sistema Nacional de Acreditação<br />
DICQ - garante que os exames<br />
realizados no Lab Rede seguem<br />
processos padronizados, em conformidade<br />
com normas internacionais<br />
de qualidade, que garantem<br />
resultados confiáveis.<br />
E a Organização Nacional de Acreditação<br />
– ONA -, é a única do país com<br />
certificações em diferentes níveis, o<br />
que permite avaliar a melhoria contínua<br />
na gestão e nos processos das<br />
organizações de saúde. Atualmente<br />
o Lab Rede é acreditado no Níve III -<br />
Acreditado com Excelência, que é o<br />
degrau mais alto da ONA, demonstrando<br />
uma cultura organizacional<br />
de melhoria contínua com maturidade<br />
institucional.<br />
O Lab Rede acredita no desenvolvimento<br />
contínuo da qualidade<br />
do serviço prestado, sempre<br />
acompanhando as atualizações e<br />
inovações na saúde.<br />
Sobre o Lab Rede<br />
O Lab Rede é um tradicional laboratório<br />
do mercado de medicina<br />
diagnóstica, com atuação exclusiva<br />
no segmento de apoio – Lab to Lab.<br />
Reconhecido pela qualidade e capacitação<br />
técnica, é referência em<br />
uma ampla gama de exames em<br />
especialidades tais como: Imunologia,<br />
Hormônios, Bioquímica, Alergia,<br />
Autoimunidade, Genética, Biologia<br />
Molecular, Técnicas Manuais e<br />
Especiais, dentre outras.<br />
Através de seu Núcleo Técnico<br />
Operacional (NTO), localizado em<br />
Belo Horizonte/MG, atende a diversos<br />
laboratórios nas regiões<br />
sudeste e centro-oeste do país,<br />
realizando exames com a mais alta<br />
tecnologia, de forma ágil e em condições<br />
competitivas.<br />
Como laboratório exclusivo de<br />
Apoio, disponibiliza aos seus clientes<br />
uma equipe de profissionais<br />
altamente qualificados, aptos a oferecer<br />
toda a assistência científica e<br />
suporte técnico requeridos. Dessa<br />
forma, está sempre na posição de<br />
parceiro dos seus clientes.<br />
MAIS INFORMAÇÕES:<br />
(31) 2519-7500<br />
labrede.com.br<br />
196 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
A IMPORTÂNCIA DO FREELITE MX® PARA O DIAGNÓSTICO<br />
PRECOCE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA<br />
Um dos exames da Binding Site tem<br />
atuação fundamental no diagnóstico<br />
de uma das principais doenças<br />
que afetam o sistema nervoso<br />
central: a Esclerose Múltipla. Tratase<br />
do Freelite Mx®, mais específico,<br />
sensível, confiável, rápido e fácil de<br />
execução quando comparado aos<br />
exames mais tradicionais para a<br />
análise dessa e de outras patologias.<br />
Tais qualidades advém do fato de o<br />
Freelite Mx® ser capaz de identificar<br />
a mais ínfima quantidade de cadeia<br />
leve livre em uma amostra de líquor<br />
retirada do espaço intratecal –<br />
aquele dentro de nossa coluna onde<br />
a medula está contida – região de<br />
difícil acesso e análise.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Como funciona<br />
Alguns estudos demonstram que<br />
portadores da Esclerose Múltipla<br />
apresentam aumento considerável<br />
da cadeia leve livre kappa no<br />
líquor: cerca de 60 vezes maior do<br />
que o do grupo controle. Por isso,<br />
o Freelite Mx® tem sido cada vez<br />
mais recomendado e utilizado<br />
no diagnóstico da doença, em<br />
conjunto com outros exames mais<br />
tradicionais para Esclerose Múltipla,<br />
como o de bandas oligoclonais,<br />
índice de IgG, índice de albumina e<br />
também a ressonância magnética.<br />
A alta sensibilidade do Freelite<br />
Mx® é uma grande vantagem, uma<br />
vez que ele apresenta resultados<br />
objetivos e quantitativos, diferente<br />
dos demais, cuja análise muitas<br />
vezes é difícil, nem sempre clara<br />
– e passa por critérios subjetivos.<br />
Assim, por exemplo, mesmo que<br />
o resultado dê negativo em um<br />
exame de bandas oligoclonais,<br />
o Freelite Mx®, devido à sua<br />
sensibilidade, consegue detectar<br />
qualquer alteração. O exame da<br />
Binding Site também pode ser<br />
usado no auxílio do diagnóstico<br />
e na diferenciação de outras<br />
patologias do sistema nervoso<br />
central, como a síndrome clínica<br />
isolada, meningite, encefalite,<br />
síndrome de Guillain-Barré,<br />
neuroborreliose, polineuropatia,<br />
entre outras doenças crônicas.<br />
Sobre o Freelite® Mx e onde<br />
encontrar o exame<br />
O Freelite® foi aprovado em<br />
2001 pelo FDA (Food and Drug<br />
Administration), aprovado<br />
pela ANVISA em 2010-11 e<br />
considerado biomarcador em<br />
2014 pelo Grupo Internacional<br />
de Trabalho do Mieloma, ou<br />
seja, é o exame de escolha para<br />
o diagnóstico e monitoramento<br />
do Mieloma Múltiplo e ainda<br />
outras gamopatias monoclonais.<br />
Após anos de padronização e<br />
validação, em 2006, foi lançado<br />
então o Freelite Mx®, com<br />
valores de referência específicos<br />
para as amostras de líquor; que<br />
também possibilita a utilização<br />
de amostras de soro e urina. O<br />
Mx, aliás, vem do termo em inglês<br />
“multiple matrix assays” (ensaios<br />
de matriz múltipla). Ambos<br />
utilizam a plataforma Optilite®<br />
para a análise automatizada dos<br />
testes. O exame está disponível<br />
no Laboratório Neurolife e no<br />
Laboratório Senne Liquor.<br />
Contato<br />
No blog da Binding Site você<br />
encontra outros artigos que explicam<br />
mais aspectos da Esclerose Múltipla.<br />
www.freelite.com.br<br />
www.bindingsite.com.br<br />
Para mais detalhes e informações sobre os<br />
produtos, contate-nos:<br />
Tel: +55 16 3415-2829<br />
Email: info@bindingsite.com<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
197
INFORME DE MERCADO<br />
QUALIDADE E SOLUÇÕES BIOTECNOLÓGICAS.<br />
Entregar soluções biotecnológicas<br />
de qualidade para a Saúde,<br />
olhando para o futuro e atendendo<br />
a satisfação dos clientes.<br />
No IBMP a melhoria de processos,<br />
produtos e resultados ocorre de<br />
forma contínua. Nossa responsabilidade<br />
é atender os requisitos<br />
regulatórios aplicáveis, desenvolvimento<br />
dos nossos colaboradores,<br />
com o meio-ambiente e o<br />
compromisso com a Alta Gestão.<br />
O Sistema de Gestão da Qualidade<br />
trabalha ativamente para garantir<br />
a execução das Boas Práticas de<br />
Fabricação de produtos médicos<br />
e diagnóstico in vitro, recomendadas<br />
pela Agência Nacional de<br />
Vigilância Sanitária (Anvisa).<br />
Entre os certificados que possuímos<br />
estão: Boas Práticas de<br />
Fabricação (Anvisa). Certificado<br />
de Qualidade em Biossegurança<br />
junto à Comissão Técnica Nacional<br />
de Biossegurança (CTNBio).<br />
Periodicamente, nossos processos<br />
são avaliados por equipes auditoras.<br />
Laboratório de Controle de Qualidade.<br />
Responsável por mensurar e<br />
analisar os insumos obtidos de<br />
fornecedores externos e aqueles<br />
desenvolvidos no Instituto. O objetivo<br />
é verificar se todos os produ-<br />
tos estão de acordo com o padrão<br />
pré-estabelecido.<br />
O IBMP conta com laboratórios de<br />
Físico-Química, Microbiologia e<br />
Biologia Molecular, onde são realizados<br />
diversos testes com o auxílio<br />
de equipamentos de última geração<br />
e profissionais qualificados.<br />
Conheça todos os nossos<br />
produtos acessando aqui:<br />
www.ibmp.org.br<br />
@ibmpsaude<br />
198 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
UM BOM INSTRUMENTO SÓ PODE SER USADO DA<br />
MELHOR MANEIRA COM ÓTIMOS ACESSÓRIOS E KITS”<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A HiMedia lançou os sistemas de<br />
extração automatizados baseados<br />
em esferas magnéticas - série Insta<br />
NX® Mag em 2020, logo no início<br />
da pandemia. As máquinas Insta<br />
NX® Mag32 e Mag96 foram instaladas<br />
em inúmeros laboratórios em<br />
todo o mundo. Desde o menor dos<br />
estandes de teste de COVID e laboratórios<br />
recém-criados, para centros<br />
privados e públicos. instalações de<br />
teste, os extratores Insta NX® Mag<br />
tornaram-se uma necessidade fundamental<br />
para acompanhar a carga<br />
de amostras em massa.<br />
A pandemia provocou uma revolução<br />
no campo da extração de ácidos<br />
nucleicos. A introdução do novo<br />
conceito de 'placas pré-preenchidas'<br />
trouxe uma reforma adicional<br />
na demanda por esses sistemas de<br />
extração automatizados. Esses kits<br />
têm todos os reagentes, incluindo<br />
grânulos magnéticos pré-dispensados<br />
nas placas. Dada a disponibilidade<br />
limitada de pessoal devido às<br />
normas do COVID, a enorme carga<br />
de amostras e o tempo gasto no pré-<br />
-processamento, essa ideia inovadora<br />
de placas pré-preenchidas ajudou<br />
a reduzir o tempo de pré-processamento<br />
e reduzir o TAT geral em 75%.<br />
Eventualmente, conforme o COVID<br />
diminuiu, a utilidade desses instrumentos<br />
foi inicialmente questionável<br />
com o declínio da carga de<br />
amostras. Na mesma época, a HiGenoMB®<br />
lançou o Insta NX® Mag16<br />
com capacidade de processamento<br />
de 16 amostras. O que tornou esse<br />
lançamento fascinante foi que, além<br />
das placas, o Insta NX® Mag16 pode<br />
processar até mesmo uma única<br />
amostra em um cartucho sem desperdiçar<br />
nenhum reagente ou material<br />
plástico. Os cartuchos pré-cheios<br />
HiPurA® são cartuchos individuais<br />
selados contendo reagentes para<br />
processar uma única amostra. Isso<br />
permite que os usuários finais usem<br />
a automação magnética para processar<br />
uma única amostra pela primeira<br />
vez. Acrescente-se a facilidade<br />
de utilização dos cartuchos, pois os<br />
técnicos apenas têm de adicionar<br />
a amostra, carregá-la na máquina e<br />
executar. Dependendo da carga da<br />
amostra, pode-se alternar facilmente<br />
entre placas e cartuchos.<br />
Dada a aceitabilidade e a enorme<br />
demanda por cartuchos pré-cheios,<br />
também projetamos o mesmo para<br />
Mag32, Mag32 PRO para clientes<br />
existentes usarem essas máquinas<br />
de acordo com a carga de amostra.<br />
Isso também impulsionará a indústria<br />
clínica e especialmente os laboratórios<br />
de patologia a fazer parte<br />
dessa transformação para a automação<br />
molecular. A equipe técnica<br />
da HiGenoMB®, a ala de biologia<br />
molecular da HiMedia, também tem<br />
trabalhado de perto na expansão do<br />
portfólio de produtos moleculares<br />
com kits de extração automatizados<br />
para as indústrias de sequenciamento,<br />
educação, forense, veterinária,<br />
alimentícia, biofarmacêutica e de<br />
pesquisa que já atendemos.<br />
HiMedia Laboratories<br />
www.himedialabs.com<br />
T : +55-11 981141515 | E : rgarcia@<br />
himedialabs.com<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
199
INFORME DE MERCADO<br />
CL-900I – ANALISADOR DE IMUNOENSAIO POR<br />
QUIMIOLUMINESCÊNCIA<br />
CL-900i – ANALISADOR DE IMUNOENSAIO<br />
POR QUIMIOLUMINESCÊNCIA<br />
Especificações Técnicas<br />
• Dimensão: 860mm*740mm*560mm (L*P*A)<br />
• Peso: 145Kg<br />
Desempenho<br />
• Até <strong>180</strong> testes/hora;<br />
• M<strong>edição</strong> em plataforma de partículas<br />
superparamagnéticas de mícron com reagentes<br />
marcados com ALP e substrato AMPPD;<br />
• Portfólio com 16 painéis de testes com mais<br />
de 70 parâmetros.<br />
Unidade de amostras<br />
• Carregamento contínuo de amostras;<br />
• 50 Posições de amostra;<br />
• Probe de aço com detecção de nível de líquido, detecção<br />
de coágulos e proteção contra colisão horizontal e vertical;<br />
• Volume de amostra 10~200ul;<br />
• Diluição automática com 1:2~1:40.<br />
Unidade de reagentes<br />
• 15 posições de reagente;<br />
• Carregamento contínuo e homogeneização em tempo real<br />
das partículas magnéticas;<br />
• Sistema de refrigeração 2~8 °C;<br />
• Apresentação dos reagentes: 50 ou 100 testes por embalagem;<br />
• Leitor de código de barras interno e externo;<br />
• Probe de aço com detecção de nível de líquido, de coágulos<br />
e proteção contra colisão horizontal e vertical;<br />
200 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
Sistema de substrato<br />
• Frascos com apresentação de 300 ou 500 testes com<br />
perfuração na parte inferior do frasco. Quantitativo real<br />
e não aproximado;<br />
• Capacidade de carregamento contínuo durante o teste;<br />
• Aquecimento constante do substrato;<br />
Sistema de m<strong>edição</strong> e reação<br />
• Modo de detecção: Contagem de fótons<br />
• Detector de sinal: Contador de fótons do fotomultiplicador<br />
(PMT);<br />
• Calibração do PMT: Módulo de referência LED;<br />
• 82 Posições de incubação;<br />
• Temperatura 37±0.3 °C;<br />
• Homogeneização por vórtex em sistema fechado.<br />
Carregamento de cubetas e coletor de resíduos<br />
• Cubetas de plástico descartável, 88 cubetas por bandeja;<br />
• Equipamento possui 2 bandejas de cubetas com carregamento<br />
contínuo;<br />
• Caixa coletora de resíduos – capacidade de 200 cubetas<br />
por caixa.<br />
Contato: Ana Carolina Santos<br />
Gerente de Produto - IVD<br />
E-mail: acarolina.santos@mindray.com<br />
Mobile/WhatsApp: +55 11 96434 1166<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
201
INFORME DE MERCADO<br />
DB TOXICOLÓGICO PROCESSOU MAIS DE 2 MILHÕES<br />
DE EXAMES DE LARGA JANELA DE DETECÇÃO DESDE A<br />
EXIGÊNCIA PARA MOTORISTAS PROFISSIONAIS<br />
Foco do laboratório está em manter a agilidade e a precisão na entrega de<br />
laudos diante das novas demandas do mercado<br />
O DB Toxicológico, que faz parte<br />
do complexo DB Diagnósticos,<br />
líder no segmento de apoio<br />
laboratorial no país, alcançou a<br />
marca de mais de 2 milhões de<br />
Exames Toxicológico de Larga<br />
Janela de Detecção (Toxicológico<br />
do Cabelo) realizados nos últimos<br />
anos. Na unidade produtiva, inaugurada<br />
em abril de 2022, e que<br />
está localizada em Sorocaba-SP, a<br />
equipe trabalha constantemente<br />
para manter o alto padrão da sua<br />
capacidade produtiva diante das<br />
exigências do Contran (Conselho<br />
Nacional de Trânsito) e a certificação<br />
ISO 17 025 do Inmetro.<br />
Carro-chefe do portfólio oferecido<br />
pelo DB Toxicológico, o Exame<br />
Toxicológico de Larga Janela<br />
de Detecção é um procedimento<br />
laboratorial que tem como objetivo<br />
identificar a presença de<br />
substâncias psicoativas no organismo,<br />
por um período mínimo<br />
de 90 dias.<br />
Para a gerente de produto do<br />
laboratório, Ana Prata, o volume<br />
de exames produzidos pelo DB<br />
nos últimos anos representa, principalmente,<br />
que o foco da equipe<br />
está em liberar para o mercado<br />
laudos com alto rigor de qualidade.<br />
“Nosso maior compromisso é<br />
fornecer resultados que garantam a<br />
segurança nas estradas, contribuindo<br />
com a redução de acidentes nas<br />
rodovias brasileiras”, afirma Ana.<br />
Ela ainda destaca que o DB Toxicológico<br />
se diferencia das outras<br />
empresas nessa mesma linha de<br />
análise por ter uma Unidade Produtiva<br />
com capacidade de produção<br />
mensal superior a 100 mil exames;<br />
ampla rede de laboratórios<br />
credenciados, sendo mais de 4 mil<br />
Postos de Coleta (PCL) em todo<br />
Brasil; logística diária em mais<br />
202 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
de 3 mil cidades; além de contar<br />
com especialistas de produtos<br />
para treinamento do PCL e uma<br />
inteligência de mercado focada<br />
para atuar no impulsionamento<br />
dos laboratórios parceiros.<br />
Para Ana, esse mercado tem alto<br />
potencial de ampliação para<br />
demais categorias de habilitação<br />
CNH e exigências dessa análise<br />
para outros tipos de profissionais<br />
que não apenas os motoristas.<br />
“Apenas laboratórios comprometidos<br />
com a qualidade do exame e o<br />
cumprimento das normas Inmetro<br />
e Contran devem permanecer nesse<br />
segmento”, avalia.<br />
Na esteira desses avanços da<br />
Medicina Laboratorial, o DB Toxicológico<br />
vem se destacando no<br />
mercado pela inovação. Segundo<br />
a supervisora forense da unidade,<br />
Milena Suzuki, as novas tecnologias<br />
de instrumentação proporcionam<br />
rotas analíticas de preparo<br />
Janela Detecção no Brasil e que<br />
INFORME DE MERCADO<br />
de amostras menos complexas e<br />
com menor tempo.<br />
“As primeiras metodologias de análise<br />
forense apresentavam tempo<br />
de preparo superior a 15 horas.<br />
Atualmente, este tempo se reduz<br />
a, no mínimo, 50% com as novas<br />
técnicas”, explica.<br />
Outro aspecto importante é que,<br />
por meio de um setor regulatório<br />
interno, a equipe monitora<br />
diariamente as alterações no que<br />
diz respeito às leis do Código de<br />
Trânsito Brasileiro, especialmente,<br />
no que se refere aos exames<br />
de Toxicologia, bem como aos<br />
demais temas que englobam as<br />
Análises Clínicas.<br />
Além disso, o laboratório participa<br />
da Associação Brasileira de Toxicologia<br />
(ABTox), formada pelos<br />
principais laboratórios nacionais<br />
de Exame Toxicológico de Larga<br />
defende os interesses de segurança<br />
no trânsito e como atuar de<br />
maneira a atender aos requisitos<br />
do CONTRAN e do Inmetro.<br />
Exigência do exame - Regulamentado<br />
pela Lei Federal nº<br />
13.103/2015, o Exame Toxicológico<br />
do cabelo é obrigatório para a<br />
emissão e a renovação da Carteira<br />
Nacional de Habilitação (CNH) nas<br />
categorias C, D e E, e na pré-admissão<br />
e desligamento de motoristas<br />
contratados pelo regime<br />
CLT. Recentemente, uma nova lei<br />
foi sancionada (Lei nº 14.599/23),<br />
a qual traz na íntegra as principais<br />
mudanças na legislação do CTB e<br />
que também impactam a realização<br />
desse tipo de exame.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
203
INFORME DE MERCADO<br />
AVANÇOS NO DESENVOLVIMENTO DE<br />
ANTIMICROBIANOS PARA RESITÊNCIA MICROBIANA.<br />
Na <strong>edição</strong> de Julho de 2020 da<br />
atualização de notícias, do “Clinical<br />
& Laboratory Standards Institute”<br />
(CLSI), o cefiderocol foi discutido<br />
para inclusão de uso, requisitos<br />
para testes e outras mais.<br />
Desde então, vários novos desenvolvimentos<br />
ocorreram nos testes<br />
de cefiderocol.<br />
Laboratórios de Microbiologia<br />
podem contar com a Plastlabor,<br />
distribuidora exclusiva da Liofilchem®<br />
no Brasil, para esses agentes<br />
que vem sendo desenvolvidos com<br />
características únicas para superar<br />
alguns mecanismos de resistência<br />
em microrganismos MDR.<br />
Cefiderocol MTS 0.016-256 μg/mL<br />
Aztreonam-avibactam MTS<br />
0.016/4-256/4 μg/mL<br />
Embalagem com 10 tiras embaladas<br />
individualmente/caixa<br />
Embalagem com 30 tiras embaladas<br />
individualmente/caixa<br />
Embalagem com 10m tiras/caixa<br />
Cefiderocol é uma cefalosporina<br />
siderófora injetável aprovada pela<br />
“Food and Drug Administration”<br />
(FDA) dos EUA em Novembro de<br />
2019 para o tratamento de infecções<br />
complicadas do trato urinário<br />
causadas por selecionadas Enterobacterales<br />
e P.aeruginosa.<br />
Embalagem com 10 tiras embaladas<br />
individualmente/caixa<br />
Embalagem com 30 tiras embaladas<br />
individualmente/caixa<br />
Embalagem com 10m tiras/caixa<br />
Em Abril de 2020, o Comité de Produtos<br />
Médicos para Uso Humano<br />
(CMPH) da Agência Europeia de<br />
Medicamentos (EMA) autorizou<br />
o cefiderocol para uso médico no<br />
tratamento de infecções causadas<br />
por bacilos Gram-negativos aeróbios<br />
em adultos com opções de<br />
tratamento limitadas.<br />
Em Setembro de 2020, o cefiderocol<br />
foi aprovado pelo FDA para<br />
indicação adicional para tratamento<br />
de pneumonia bacteriana<br />
adquirida em hospital e pneumonia<br />
bacteriana associada à ventilação<br />
mecânica para os complexos<br />
Enterobacterales, P. aeruginosa e<br />
Acinetobacter baumannii. Os pontos<br />
de corte do cefiderocol no CLSI<br />
são considerados investigacionais<br />
(INV) porque ainda não foi aprovado<br />
em sua totalidade pela “Food<br />
and Drug Administration” (FDA)<br />
dos EUA para uso clínico.<br />
Laboratórios de Microbiologia<br />
já podem contar com uma fita<br />
de gradiente de concentração<br />
combinada, onde economizando<br />
tempo e recursos financeiros, não é<br />
necessário teste de sinergismo com<br />
uma fita de AZTREONAM e uma<br />
fita de CEFTAZIDIME-AVIBACTAM,<br />
pois já se encontra disponível para<br />
comercialização uma única fita<br />
combinada com os antimicrobianos<br />
AZTREONAM+ AVIBACTAM.<br />
Artigos para referência:<br />
In Vitro Activity of the Siderophore Cephalosporin,<br />
Cefiderocol, against Carbapenem-<br />
-Nonsusceptible and Multidrug-Resistant<br />
Isolates of Gram-Negative Bacilli Collected<br />
Worldwide in 2014 to 2016<br />
Aztreonam-Avibactam Susceptibility Testing<br />
Program for Metallo-Beta-Lactamase-Producing<br />
Enterobacterales in the Antibiotic<br />
Resistance Laboratory Network, March 2019<br />
to December 2020<br />
Para saber mais sobre esse e<br />
outros produtos entre em contato<br />
com a nossa equipe comercial.<br />
www.plastlabor.com.br<br />
plabor@plastlabor.com.br<br />
Suporte/RJ: (21) 2501 0888<br />
Suporte/SP: (11) 3862 9008<br />
204 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
Nós do LABORATÓRIO SCS temos um compromisso<br />
diário com o bem-estar do nosso paciente<br />
O atendimento humanizado, no conforto do seu<br />
lar é tão essencial quanto a tecnologia e sistemas<br />
de gestão em atendimento.<br />
Por isso, desenvolvemos uma expertise em atendimento<br />
domiciliar!<br />
Essa relação de confiança entre o paciente e o<br />
profissional do atendimento, demonstra a satisfação<br />
e o cuidado dedicado.<br />
Nossa equipe de agendamento está pronta, cordial<br />
e acolhedora para entender as necessidades<br />
dos pacientes!<br />
Nosso paciente tem tratamento individualizado,<br />
respeitando sua intimidade e às diferenças com<br />
muita ética.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
205
INFORME DE MERCADO<br />
MORFOLOGIA CELULAR DIGITAL CELLAVISION:<br />
UM CONCEITO FLEXÍVEL PARA LABORATÓRIOS DE<br />
HEMATOLOGIA DE TODOS OS TAMANHOS<br />
Quinze anos atrás, a CellaVision<br />
introduziu a automação e a<br />
imagem digital na contagem<br />
diferencial de leucócitos, criando<br />
assim o que hoje é conhecido<br />
como Morfologia Celular Digital.<br />
Hoje, oferecemos uma família de<br />
produtos que formam um conceito<br />
de automação exclusivo e<br />
flexível que ajuda os gestores de<br />
laboratório a enfrentar os principais<br />
desafios associados à análise<br />
morfológica de células.<br />
A CellaVision conta com três<br />
modelos de equipamentos, de<br />
acordo com o volume de amostras<br />
da rotina. O DM9600 é ideal para<br />
laboratórios de alto volume de<br />
exames, sendo capaz de processar<br />
trinta lâminas por hora. Já o modelo<br />
DM1200 é ideal para rotinas de<br />
médio tamanho, processando 20<br />
lâminas por hora. O modelo DC-1<br />
é ideal para laboratórios de baixo<br />
ou médio volume de amostras.<br />
Ele processa uma lâmina por vez,<br />
sendo capaz de analisar em média<br />
10 lâminas por hora.<br />
Com a lâmina já pronta, confeccionada<br />
e corada, o microscópio<br />
automatizado embutido no sistema<br />
busca pela monocamada, que<br />
é a região ideal para se realizar a<br />
contagem diferencial de leucócitos.<br />
Em seguida, o sistema localiza<br />
e fotografa centenas de leucócitos<br />
e eritrócitos. As características<br />
morfológicas de cada elemento<br />
figurado são extraídas e processadas<br />
em uma rede neural artificial,<br />
isto é, o sistema utiliza inteligência<br />
artificial para pré classificar todos<br />
os leucócitos e pré caracterizar os<br />
glóbulos vermelhos.<br />
Na última etapa, o sistema apresenta<br />
de forma ordenada todas<br />
as células já pré-classificadas na<br />
tela do computador, em imagens<br />
de altíssima resolução, onde o<br />
analista somente terá de revisar<br />
o resultado e reclassificar, se<br />
necessário, as células que ele<br />
não está de acordo.<br />
Todo este processo economiza<br />
um precioso tempo dentro do<br />
laboratório, incrementando a<br />
produtividade de forma significativa,<br />
reduzindo resultados<br />
falso-negativos e melhorando a<br />
consistência da análise.<br />
Ainda, é possível acessar remotamente<br />
sua base de dados<br />
e revisar lâminas à distância,<br />
recurso importantíssimo nos dias<br />
de hoje, sobretudo para redes<br />
de laboratórios com mais de um<br />
centro técnico operacional, o que<br />
aumenta ainda mais a produtividade<br />
laboratorial e o uso racional<br />
de recursos humanos.<br />
Saiba mais em www.cellavision.com/pt-BR<br />
Contato: Wagner Miyaura - Market Support<br />
Manager, South America<br />
wagner.miyaura@cellavision.com<br />
206 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
LÂMINA K-CELL EXACTA E LÂMINA K-CELL PERFECTA<br />
A Perfecta é reconhecida no mercado<br />
pela qualidade e pioneirismo<br />
na produção, comercialização<br />
e distribuição de produtos<br />
para laboratórios para as mais<br />
diversas aplicações, nacionais e<br />
importados.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Líder no mercado na produção<br />
de lâminas e lamínulas, a Perfecta<br />
conta com uma ampla gama<br />
de produtos para microscopia.<br />
E foi pensando em atender as<br />
diferentes necessidades de seus<br />
clientes que a Perfecta ampliou<br />
seu portfólio de lâminas e lança<br />
a nova Lâmina K-Cell Exacta.<br />
As lâminas K-Cell foram projetadas<br />
para realizar as análises do<br />
sedimento urinário ao microscópio<br />
com mais precisão, uniformidade<br />
e segurança. Sua estrutura,<br />
com 10 câmaras independentes,<br />
torna as análises muito simples e<br />
prática evitando possível contaminação<br />
entre amostras e facilitando<br />
a contagem de células das<br />
amostras de urina.<br />
A Perfecta conta com 2 modelos<br />
de lâmina K-Cell:<br />
- K-Cell Perfecta: com 2 séries<br />
de 9 círculos, os exames podem<br />
ser feitos a partir de 10 ou 12 ml<br />
de urina concentrados.<br />
- K- Cell Exacta: possui sistema<br />
de contagem equivalente a<br />
outras câmaras como Neubauer,<br />
Burker, Thoma-Zeiss onde a grade<br />
de contagem é quadrada. Os<br />
cálculos podem ser feitos a partir<br />
de 10 ml de urina concentrados.<br />
Com uma tradição de mais de<br />
60 anos no mercado, a Perfecta<br />
está em constante inovação<br />
buscando oferecer produtos de<br />
alta qualidade para um mercado<br />
bastante exigente.<br />
Os nossos representantes e<br />
distribuidores estão em todo o<br />
território nacional.<br />
Acesse o nosso site e descubra tudo<br />
o que temos para te oferecer.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
207
INFORME DE MERCADO<br />
NOVOS MANUAIS E GUIAS GRATUITOS DO PNCQ<br />
Evidenciando o comprometimento<br />
com a atualização científica dos<br />
seus Associados, em 2023 o PNCQ<br />
lançou novos materiais, disponíveis<br />
para download gratuito em<br />
seu website. Confira:<br />
· Manual do Laboratório Participante<br />
– com detalhes dos programas<br />
de controle externo da<br />
PNCQ, com amplo material relacionado<br />
à fase pré-analítica, entre<br />
outros conteúdos.<br />
· Manual de Coleta – elaborado e<br />
revisado pelo Assessor Científico<br />
em Hematologia, Dr. Marcos Kneip<br />
Fleury, reúne as principais recomendações<br />
PRO-IN em Tempo de sociedades Real gratuito científicas<br />
nacionais e internacionais<br />
· Manual da Marca PNCQ – disponibiliza<br />
os logos oficiais do PNCQ e<br />
as regras para a sua utilização, para<br />
que os Laboratórios Participantes<br />
utilizem em seus laudos e suas<br />
divulgações em suas redes sociais,<br />
assegurando a manutenção das<br />
características e padrões do PNCQ.<br />
· RDC 786:2023 Comentada pelos<br />
qualidade (PRO-EX) disponíveis,<br />
incluindo o processamento correto<br />
das amostras-controle e análise<br />
das avaliações mensais, além das<br />
metodologias de avaliação, gráfico<br />
de tendência e análise de desvio<br />
relativo à média (DRM), PRO-IN<br />
em Tempo Real, Indicadores de<br />
Desempenho e documentos comprobatórios<br />
para o laboratório clínico<br />
evidenciar seu atendimento à<br />
legislação sanitária.<br />
acerca O Programa dos Nacional procedimentos de Controle de Qualidade que oferece Assessores a ferramenta Científicos PRO-IN em do Tempo PNCQ Real –<br />
gratuitamente a todos os laboratórios que adquirem as amostras para controle interno da<br />
envolvem qualidade – PRO-IN, a coleta sejam e Laboratórios o transporte Participantes com do a PNCQ, íntegra ou não, da através legislação, de um acrescentada<br />
de comentários e descri-<br />
cadastro simples.<br />
de amostras biológicas.<br />
O PRO-IN em Tempo Real é uma ferramenta que auxilia os laboratórios na elaboração e na<br />
avaliação de seu controle interno. Com navegação ção acelerada de e evidências, inserção de valores para facilitada, permitir<br />
disponibiliza, entre outros:<br />
·• Catálogo Gráfico de de Produtos Levey Jennings – oferece automático a aos laboratórios o atendimento<br />
linha • completa Regras de Westgard de programas podem ser para personalizadas aos pelo requisitos seu laboratório técnico-sanitários<br />
controle • Média, externo Desvio Padrão da (DP) qualidade e Coeficiente de relacionados Variação (CV%) automáticos ao seu funcionamen-<br />
• Possibilidade de comparar seu desempenho com o de outros usuários<br />
(PRO-EX) e amostras para controle to, além da indicação de documentos<br />
Instituição modelo Acreditadora do software PNCQ<br />
• Resultados e gráficos podem ser impressos ou arquivados por tempo indefinido, à<br />
interno disposição da qualidade fiscalização da (PRO-IN), Vigilância Sanitária Pai-<br />
ou Ges-<br />
néis Facilite e a informações implantação do gerais. Controle Interno de Qualidade tor em no seu atendimento Laboratório. Fornecemos a esta norma. um<br />
amplo menu de amostras para controle com qualidade certificada!<br />
Baixe agora o Catálogo de Produtos 2022, escolha as amostras do PRO-IN necessárias para a<br />
sua rotina e utilize o PRO-IN em Tempo Real. É GRÁTIS<br />
· Garantia da Qualidade no Laboratório<br />
Clínico – livro de autoria<br />
do Dr. José Abol Corrêa, fundador<br />
e atual diretor administrativo do<br />
Telefone: (21) 3172-7100 | 25696867<br />
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Telefone: (21) 3172-7100 | 25696867<br />
Rua Vicente Licíneo, 193 - Tijuca - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20270-340<br />
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Linkedin: /pncq-oficial<br />
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208 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
PROCURANDO UMA SOLUÇÃO COMPLETA PARA POINT<br />
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Procurando uma solução completa<br />
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nosso Analisador Portátil Multifunção<br />
iCare 2100.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Com tecnologia avançada, ele analisa<br />
bioquímica, coagulação, HbA1c,<br />
hormônios e proteínas em um único<br />
dispositivo, oferecendo resultados<br />
precisos em minutos.<br />
O procedimento de realização de<br />
exames é muito simples, basta<br />
acoplar o cartucho com a amostra<br />
inserida dentro do analisador e<br />
automaticamente a leitura QRCODE<br />
do teste é lida e o processo da análise<br />
inicia automaticamente.<br />
• Resultados Rápidos: Varia entre 3<br />
e 15 minutos, otimizando o atendimento<br />
médico.<br />
• Econômico: Sem custos adicionais<br />
com consumíveis e manutenções<br />
diárias.<br />
• Tela Touchscreen de 9.7": Interface<br />
intuitiva para fácil operação.<br />
• Conexão Versátil: Wi-Fi e portas<br />
USB, RS e LAN para facilitar a integração<br />
em seu ambiente de trabalho.<br />
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Otimize o fluxo de trabalho<br />
e a qualidade do diagnóstico com<br />
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a eficiência do seu laboratório ou<br />
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• Múltiplas Amostras: sangue total,<br />
soro e plasma.<br />
• Diversidade de Testes: Amplo menu<br />
de testes, incluindo marcadores cardíacos,<br />
coagulação, diabetes, inflamação,<br />
imunoglobulina, fator reumatoide e<br />
muito mais.<br />
• Memória Ampla: Armazena até<br />
8000 resultados de amostra para<br />
análises detalhadas.<br />
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mesmo princípio de teste dos<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
209
INFORME DE MERCADO<br />
COM DESIGN COMPACTO, O SISTEMA DE PURIFICAÇÃO<br />
E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA CENTRA, ATENDE DEMANDA<br />
DE ATÉ DEZ MIL LITROS DIA DE ÁGUA PURA<br />
Líder mundial na prestação de serviços<br />
relacionados ao tratamento<br />
de água e efluentes líquidos, a Veolia<br />
Water disponibiliza a tecnologia<br />
CENTRA, capaz de abranger toda<br />
cadeia de produção de água pura,<br />
produzindo e distribuindo de forma<br />
automatizada.<br />
Pertencente à linha ELGA Labwater,<br />
o CENTRA revoluciona a forma<br />
com que expressivos volumes de<br />
água pura são produzidos, armazenados<br />
e distribuídos. Ao invés<br />
do laboratório ter um sistema tradicional<br />
e deficiente em componentes,<br />
tubulações e armzenagem,<br />
agora você pode ter apenas um sistema<br />
integrado e completo.<br />
O CENTRA-R60 e o CENTRA-R120<br />
são sistemas completos de purificação,<br />
armazenamento, controle<br />
e distribuição de água que fornecem<br />
até 120 litros por hora de água<br />
que foi purificada usando osmose<br />
reversa, lâmpada UV, deionização<br />
opcional e filtração de 0,2 μm.<br />
O CENTRA R60 e o CENTRA R120<br />
fornecem água Tipo II e Tipo III<br />
para alimentar lavadoras grandes,<br />
sistemas de ultrapurificação de<br />
água e distribuição com pontos<br />
para aplicações gerais de laboratório.<br />
Eles podem fornecer até<br />
120 litros por hora de água que foi<br />
purificada usando uma variedade<br />
de tecnologias.<br />
Dentre diversas caracteristicas<br />
do sistema, podemos destacar:<br />
• O design compacto oferece<br />
opções de instalação flexíveis<br />
para novos edifícios e reformas. As<br />
dimensões reduzidas do CENTRA<br />
significa que ele pode ser colocado<br />
perto das áreas de trabalho, evitando<br />
custos negativos e implicações<br />
de design de tubulações desnecessariamente<br />
longas<br />
• Fornecimento confiável e contínuo<br />
de água pura usando controles<br />
de acesso exclusivos, sistemas<br />
de detecção de vazamentos e<br />
alarmes AV completos com conectividade<br />
opcional de sistema de<br />
gerenciamento predial (BMS).<br />
• Pureza otimizada da água através<br />
do uso de lâmpada UV em linha,<br />
deionização e filtração de 0,2 μm<br />
• A sanitização rápida e fácil garante<br />
que a pureza ideal seja mantida<br />
durante toda a vida útil do sistema.<br />
Contate nossos especialistas<br />
para agendar uma visita:<br />
marketingbr@veolia.com<br />
Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />
Rafaela Rodrigues<br />
Tel.+55 11 97675 0943<br />
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210 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
211
INFORME DE MERCADO<br />
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA EM URINÁLISE: O PODCAST<br />
DA SYSMEX QUE VOCÊ PRECISA OUVIR<br />
Aprenda mais sobre doenças,<br />
infecções, dismorfismo, automação<br />
e outros temas<br />
A Sysmex, referência mundial<br />
em urinálise, deu mais um passo<br />
inovador em direção à educação e<br />
atualização continuada com o lançamento<br />
do Sysmex Experience<br />
Podcast na plataforma Spotify.<br />
O novo podcast traz especialistas<br />
para falar sobre tecnologia e inovação<br />
no segmento da urinálise,<br />
compartilhando dicas e conhecimentos<br />
atualizados que podem<br />
ser aplicados no dia a dia pelos<br />
profissionais da saúde.<br />
O episódio inaugural destaca<br />
"Os benefícios da tecnologia<br />
de citometria de fluxo aplicada<br />
ao teste de urina", e conta com a<br />
participação do doutor Gianfranco<br />
Zampieri, médico patologista clínico,<br />
diretor médico da Salomão e<br />
Zoppi, e gerente de projetos médicos<br />
da DASA, a maior rede de saúde<br />
integrada do Brasil. Zampieri tem<br />
mais de 40 anos de experiência em<br />
diagnóstico laboratorial.<br />
Também participa da conversa o<br />
Especialista em Marketing de Produto<br />
na Sysmex, Leonardo Pimentel,<br />
que tem grande experiência<br />
nas áreas da urinálise, citometria<br />
de fluxo e onco-hematologia.<br />
Entre os assuntos abordados em<br />
outros episódios estão uma visão<br />
da importância do diagnóstico<br />
precoce da doença renal crônica,<br />
da infecção do trato urinário e do<br />
câncer de bexiga, os crescentes<br />
desafios da resistência antimicrobiana,<br />
o dismorfismo eritrocitário,<br />
a questão dos fluidos corporais<br />
ou fluidos biológicos, e o<br />
papel e os avanços da automação<br />
no campo laboratorial.<br />
Esse leque de temas reforça o<br />
compromisso do podcast em<br />
oferecer uma visão abrangente<br />
e atualizada para profissionais<br />
que buscam aprimorar os seus<br />
conhecimentos.<br />
"Compartilhar conhecimento é a<br />
chave para avanços contínuos em<br />
qualquer campo, especialmente na<br />
área da saúde. O Sysmex Experience<br />
Podcast oferece uma oportunidade<br />
única para que os profissionais da<br />
saúde aprendam mais sobre urinálise<br />
e assimilem novas descobertas e dicas<br />
que podem ser aplicadas em suas<br />
rotinas diárias”, pontua Fabio Cunha,<br />
Gerente de Produto na Sysmex.<br />
Ouça os episódios disponíveis<br />
escaneando o QR code, acessando<br />
sysmex-latam.com/spotify ou faça<br />
uma busca pela palavra “Sysmex”<br />
dentro da plataforma Spotify.<br />
212 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
CONHEÇA O GRUPO ONMNIA, FORMADO PELAS<br />
EMPRESAS GT GROUP, VIDA BIOTECNOLOGIA,<br />
RENYLAB E QUOKKA!<br />
INFORME DE MERCADO<br />
O Grupo ONmnia, um ecossistema<br />
completo de soluções em saúde<br />
com foco no diagnóstico in vitro,<br />
integra diversos elos da cadeia em<br />
que atua. Cada empresa possui sua<br />
especialidade, mas todas estão<br />
unidas por um propósito comum:<br />
promover a saúde e o bem-estar<br />
por meio da prevenção.<br />
Operamos de maneira integrada.<br />
Nossas marcas, equipes e soluções<br />
funcionam em conjunto,<br />
com um pensamento interligado<br />
e colaborativo, visando fornecer<br />
soluções abrangentes. Isso não<br />
apenas agiliza as respostas, mas<br />
também simplifica processos e<br />
otimiza o setor de saúde.<br />
Essa colaboração reflete nosso<br />
compromisso em nos tornarmos<br />
uma referência sólida no mercado<br />
de biotecnologia e saúde no Brasil.<br />
Estamos alinhados para consolidar<br />
essa posição por meio de nosso<br />
empenho conjunto e da dedicação<br />
contínua à excelência.<br />
Saiba mais sobre cada uma das<br />
empresas do grupo:<br />
A GT Group tem se consolidado<br />
como sinônimo de inovação e<br />
tecnologia. O atendimento qualificado<br />
e personalizado aos nossos<br />
clientes e distribuidores, tem nos<br />
conferido um caráter de referência.<br />
Temos uma das linhas de produtos<br />
mais completa do mercado<br />
brasileiro, com um portfólio que<br />
contempla mais de dez segmentos<br />
de insumos laboratoriais.<br />
Fundada em novembro de 2009, a<br />
Vida Biotecnologia se destaca no<br />
mercado de reagentes e equipamentos<br />
para diagnósticos in vitro<br />
com uma participação considerável<br />
no mercado nacional. Seu amplo<br />
portfólio de produtos permite<br />
atender às necessidades dos mais<br />
variados portes de laboratórios.<br />
A RENYLAB foi fundada em 1995,<br />
em Barbacena, pelo farmacêutico-bioquímico<br />
Renê Vaz de Mello<br />
e, desde então, segue sua história<br />
de sucesso em desenvolver<br />
produtos eficientes para análises<br />
clínicas. Nosso fundador foi o responsável<br />
por elaborar o URETEST®<br />
- o primeiro teste diagnóstico de<br />
urease, na forma líquida, para<br />
detecção da bactéria Helicobacter<br />
pylori em mucosa gástrica, a<br />
ser introduzido e comercializado<br />
no mercado brasileiro.<br />
A Quokka Saúde Animal é a mais<br />
recente adição do portfólio ONmnia,<br />
contribuindo para tornar o<br />
grupo ainda mais completo no<br />
mercado brasileiro do segmento<br />
de saúde em diagnóstico in vitro.<br />
Ela estreou no mercado veterinário<br />
oferecendo uma ampla gama<br />
de soluções, incluindo linhas de<br />
hematologia, bioquímica, gasometrica,<br />
coagulação, urinálise, coleta<br />
de reagentes, infusão e EPI.<br />
www.onmnia.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
213
INFORME DE MERCADO<br />
COMO O TESTE DA BECKMAN PODE AUXILIAR NA REDUÇÃO<br />
DE BIÓPSIAS DESNECESSÁRIAS E GASTOS EXTRAS.<br />
O câncer de próstata, tipo mais comum<br />
entre os homens, é a causa<br />
de morte de 28,6% da população<br />
masculina que desenvolve neoplasias<br />
malignas. No Brasil, um homem<br />
morre a cada 38 minutos devido<br />
ao câncer de próstata, segundo os<br />
dados mais recentes do Instituto<br />
Nacional do Câncer (INCA). Na fase<br />
inicial, o câncer de próstata não<br />
apresenta sintomas e quando alguns<br />
sinais começam aparecer, cerca<br />
de 95% dos tumores já estão em<br />
fase avançada, dificultando o tratamento<br />
antecipado e possível cura.<br />
O diagnóstico precoce do câncer de<br />
próstata ajuda no tratamento adequado<br />
do paciente. Mesmo na ausência<br />
de sintomas, homens a partir<br />
dos 45 anos com fatores de risco, ou<br />
50 anos sem estes fatores, devem ir<br />
ao urologista para conversar sobre<br />
o exame de toque retal, que permite<br />
ao médico avaliar alterações<br />
da glândula, como endurecimento<br />
e presença de nódulos suspeitos, e<br />
sobre o exame de sangue PSA (antígeno<br />
prostático específico).<br />
Cerca de 20% dos pacientes com<br />
câncer de próstata são diagnosticados<br />
somente pela alteração no toque<br />
retal. Outros exames poderão<br />
ser solicitados se houver suspeita<br />
de câncer de próstata, como as biópsias,<br />
que retiram fragmentos da<br />
próstata para análise, guiadas pelo<br />
ultrassom transretal.<br />
O teste do antígeno específico da<br />
próstata (PSA) é amplamente utilizado<br />
como uma ferramenta de rastreamento<br />
do câncer de próstata.<br />
Existem algumas coisas importantes<br />
a serem observadas sobre o teste de<br />
PSA: PSA não é um marcador específico<br />
do câncer. Como tal, existem<br />
considerações sobre o teste de PSA:<br />
• As concentrações de PSA não são<br />
evidências definitivas da presença<br />
ou ausência de câncer de próstata;<br />
• PSA elevado pode não indicar<br />
câncer;<br />
NOVEMBRO<br />
AZUL<br />
NA BECKMAN<br />
• PSA também está presente em<br />
Teste da Beckman pode auxiliar na redução de<br />
biopsias desnecessárias e gastos extras<br />
condições não cancerosas, como<br />
hiperplasia benigna da próstata;<br />
No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do<br />
Instituto Nacional do Câncer (INCA). Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns<br />
sinais começam aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.<br />
• Os níveis de PSA são afetados por<br />
A ferramenta p2PSA por quimioluminescência, oferecida pela Beckman Coulter é capaz de reduzir o número de biópsias<br />
negativas e proporcionar decisões mais confiáveis, em questão de minutos. A ideia é tornar o processo de diagnóstico<br />
mais rápido através de um exame de sangue mais simples e, consequentemente, diminuir o número de biópsias<br />
desnecessárias e melhorar os índices de diagnóstico na fase inicial da doença.<br />
prostatite aguda e crônica, bem<br />
Quando as medições de p2PSA são combinadas com os testes da Beckman PSA e PSA livre, o índice resultante<br />
demonstra uma melhora significativa na especificidade clínica para detecção do câncer de próstata, em relação ao PSA<br />
isolado, em homens com 50 anos de idade ou mais, com uma faixa de PSA de 2-10 ng/mL e sem achados suspeitos no<br />
exame de toque retal. Este índice resulta em uma probabilidade de câncer de próstata na biópsia do paciente, é<br />
conhecido como Índice de Saúde da Próstata ou phi. O phi aumenta a especificidade porque é uma combinação de três<br />
isoformas diferentes de PSA: PSA Total, PSA Livre e [-2] pro PSA.<br />
como por trauma físico e inflamação;<br />
• A precisão do teste de PSA tem sido<br />
A Beckman Coulter, empresa inovadora, é parceira do laboratório e do médico na triagem do paciente com suspeita de<br />
câncer de próstata. Além de diminuir os custos na jornada do paciente, diminui consideralvemnte o número de<br />
pacientes que são levados a biópsias desnecessárias.<br />
difícil porque os homens com valores<br />
típicos Quer saber de mais? tPSA não serão submetidos<br />
www.beckmancoulter.com/pt/products/immun<br />
oassay/prostate-cancer-detection<br />
à biópsia, a menos que seu exame retal<br />
digital (DRE) seja anormal;<br />
• O viés da investigação tende a superestimar<br />
a sensibilidade e subestimar<br />
a especificidade do teste.<br />
Normalmente, à medida que os níveis<br />
de PSA aumentam, aumenta<br />
também a probabilidade de detecção<br />
do câncer. No entanto, apenas<br />
Regularização ANVISA/MS nº: 10033120916<br />
214 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
cerca de 25% dos pacientes cujos<br />
níveis de PSA estão entre 4-10 ng /<br />
mL têm uma biópsia positiva subsequente.<br />
Como as biópsias são<br />
4-10 ng/mL, os médicos podem:<br />
• Obter maior especificidade através<br />
da adição de p2PSA em testes<br />
de diagnóstico<br />
do teste PSA para detecção de câncer<br />
é baixo, leva a muitas biópsias<br />
negativas. O Índice de Saúde da<br />
Próstata (phi) demonstra especifi-<br />
INFORME DE MERCADO<br />
procedimentos invasivos que po-<br />
cidade melhorada em comparação<br />
dem deixar os pacientes vulnerá-<br />
• Reduzir potencialmente biópsias<br />
com a triagem apenas de PSA e,<br />
veis a uma série de riscos, muitos<br />
negativas ou desnecessárias atra-<br />
portanto, pode melhorar a rela-<br />
profissionais de saúde se concen-<br />
vés do aumento da especificidade.<br />
ção custo-efetividade detecção do<br />
tram em reduzir compilações rela-<br />
câncer de próstata. Quando o tes-<br />
cionadas à biópsia.<br />
Um estudo publicado no Prosta-<br />
te phi foi adicionado à triagem de<br />
te Cancer and Prostatic Diseases<br />
PSA, para homens com PSA entre 4<br />
O Índice de Saúde da Próstata (phi)<br />
demonstrou que os médicos op-<br />
e 10 ng/mL, o modelo previu uma<br />
é um exame de sangue simples que<br />
taram por realizar menos biópsias<br />
redução de 23% nas biópsias ne-<br />
fornece uma melhor detecção do<br />
de próstata para homens que se<br />
gativas. Esta levaria a uma redução<br />
câncer de próstata para reduzir as<br />
apresentavam na zona cinzenta<br />
de 17% nos custos de diagnóstico<br />
biópsias negativas. O teste aprova-<br />
diagnóstica quando o teste phi foi<br />
e de 1% no total de custos do cân-<br />
do pela FDA é solicitado em circuns-<br />
incluído em sua avaliação clínica<br />
cer de próstata. O custo-efetivida-<br />
tâncias específicas, como quando o<br />
geral de rotina. Os médicos relata-<br />
de foi 11% melhor.<br />
PSA de um paciente está na faixa de<br />
ram que o teste phi teve um impac-<br />
4-10 ng / mL, e combina testes de<br />
to significativo na decisão de ge-<br />
A Beckman Coulter, empresa inova-<br />
PSA, PSA livre e p2PSA.<br />
renciamento de pacientes em mais<br />
dora, é parceira do laboratório e do<br />
de 73% dos casos. Apenas 36% dos<br />
médico na triagem do paciente com<br />
Os resultados do Índice de Saúde<br />
homens tiveram que se submeter a<br />
suspeita de câncer de próstata. Além<br />
da Próstata (phi) são baseados em<br />
biópsias quando o phi foi incluído<br />
de diminuir os custos na jornada do<br />
uma pontuação que fornece infor-<br />
na avaliação, em comparação com<br />
paciente, diminui consideravelmen-<br />
mações sobre a probabilidade de<br />
os 60% que tiveram que passar por<br />
te o número de pacientes que são<br />
se encontrar câncer de próstata e<br />
tais procedimentos antes que o phi<br />
levados a biópsias desnecessárias.<br />
fornece confiança nas decisões de<br />
estivesse disponível.<br />
biópsia. Como a análise phi melho-<br />
Para saber mais acesse: https://<br />
ra a especificidade para o câncer<br />
Um outro estudo demostrou o cus-<br />
www.beckmancoulter.com/pt/<br />
de próstata, ela preenche a lacuna<br />
to-efetividade quando o teste phi<br />
products/immunoassay/prostate-<br />
diagnóstica entre o exame de PSA e<br />
foi adicionado a triagem do pa-<br />
cancer-detection<br />
uma biópsia da próstata.<br />
ciente suspeito. Os resultados dos<br />
ensaios clínicos sugeriram que a<br />
Ao oferecer phi como parte do teste<br />
triagem do antígeno prostático es-<br />
de câncer de próstata para pacien-<br />
pecífico (PSA) pode reduzir a mor-<br />
tes com resultados de toque retal<br />
talidade por câncer de próstata. No<br />
não suspeitos e tPSA na faixa de<br />
entanto, porque a especificidade<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
215
INFORME DE MERCADO<br />
ANÁLISE DE TALASSEMIAS COM CELLTAC RDW-SD:<br />
UM PARÂMETRO POTENCIAL PARA IDENTIFICAÇÃO<br />
DE ANEMIAS.<br />
A Talassemia, também denominada<br />
como Anemia do Mediterrâneo<br />
devido a maioria dos casos<br />
descobertos inicialmente serem<br />
habitantes próximos ao Mar<br />
do Mediterrâneo, é um tipo de<br />
hemoglobinopatia<br />
quantitativa,<br />
hereditária, decorrentes de mutações<br />
nos genes das globinas que<br />
promovem redução ou ausência<br />
de síntese de uma ou mais das<br />
cadeias de globina, formadoras da<br />
hemoglobina. O resultado dessas<br />
alterações moleculares ocasiona<br />
desequilíbrio na produção das<br />
cadeias tendo como maior consequência<br />
a eritropoese ineficaz.<br />
A Talassemia é classificada como<br />
anemia hipocrômica microcítica,<br />
tendo essa característica muito<br />
similar à anemia ferropriva, sendo<br />
que esta última é um estado, no<br />
qual há redução da quantidade<br />
total de ferro corporal e o fornecimento<br />
de ferro é insuficiente<br />
para atingir as necessidades de<br />
diferentes tecidos, incluindo, prin-<br />
cipalmente, as necessidades para<br />
a formação de hemoglobina e dos<br />
glóbulos vermelhos.<br />
Devido a essa similaridade,<br />
especialmente no hemograma,<br />
há a necessidade de uma rápida<br />
identificação diagnóstica, pois<br />
isso auxiliará o médico no melhor<br />
manejo do paciente. Assim como<br />
todos os analisadores hematológicos<br />
da Nihon Kohden, o Celltac<br />
ES (MEK-7300) possui o parâmetro<br />
RDW-SD, um parâmetro eficaz<br />
que aliado ao uso de duas agulhas<br />
distribui a amostra em suas<br />
respectivas câmaras, reduzindo o<br />
arraste - Carry Over-, e tornando<br />
seus resultados mais precisos.<br />
Verificamos a eficácia do parâmetro<br />
RDW-SD do Celltac ES (MEK-<br />
7300) como um parâmetro potencial<br />
para identificação de anemia,<br />
comparando contagens de células<br />
sanguíneas relacionadas com RBC<br />
e histogramas para talassemia e<br />
anemia ferropriva. Então, encontramos<br />
diferença significativa no<br />
RDW-SD de pacientes com talassemia<br />
e anemia ferropriva enquanto<br />
o RDW-CV e histogramas não<br />
mostram diferenças significativas.<br />
Para o rastreio de talassemia, o<br />
RDW-SD do Celltac ES (MEK-7300)<br />
efetivamente fornece dados eficazes<br />
para um diagnóstico preciso<br />
do médico, como mostrado<br />
na imagem:<br />
NIHON KOHDEN<br />
Alameda Júpiter, 634<br />
American Park Empresarial Nr, Indaiatuba – SP<br />
Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />
E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />
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as novidades!<br />
216 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
ÍNDICE DE MENTZER E RDWI NO CELLTAC G:<br />
PARÂMETROS PARA DIFERENCIAÇÃO DA ANEMIA FERROPRIVA<br />
E TALASSEMIA EM CASOS DE ANEMIA MICROCÍTICA<br />
O diagnóstico diferencial das anemias<br />
microcíticas é complexo e a<br />
sua investigação laboratorial tem<br />
um custo alto. O uso de índices<br />
ou parâmetros para racionalizar<br />
a abordagem diagnóstica tem<br />
sido proposto para contornar essa<br />
problemática.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Para auxiliar na identificação da<br />
causa da anemia microcítica, foi<br />
descrito em 1973 por William C.<br />
Mentzer, o Índice de Mentzer, sendo<br />
útil na diferenciação da anemia<br />
ferropriva de beta-talassemia. O<br />
índice é gerado a partir dos resultados<br />
de um hemograma, sendo<br />
utilizados os parâmetros:<br />
• VCM - Volume corpuscular médio<br />
(em fL)<br />
• RBC - Contagem global de<br />
eritrócitos (RBC, em milhões por<br />
microlitro).<br />
Existe um valor de corte para o<br />
Índice de Mentzer, sendo que<br />
valores abaixo deste é dito ser<br />
mais provável a beta talassemia<br />
e acima anemia ferropriva. Para<br />
entender a utilização deste índice<br />
o princípio é o seguinte:<br />
Na deficiência de ferro, a produção<br />
de eritrócitos na medula está<br />
diminuída. Estes eritrócitos por<br />
sua vez são pequenos (microcíticos),<br />
de modo que a contagem de<br />
ambos parâmetros serão baixos<br />
e como resultado, o índice será<br />
maior do que o valor de corte.<br />
Por outro lado, nos casos de<br />
talassemias, a anemia microcítica<br />
é resultante de um erro na síntese<br />
de cadeias globínicas com consequente<br />
diminuição da hemoglobina,<br />
sendo a produção dos<br />
eritrócitos em quantidade normal<br />
mas são mais frágeis e menores<br />
com volume corpuscular médio<br />
baixo (microcítica), de modo que<br />
o índice será menor que o valor<br />
de corte. Além do Índice de<br />
Mentzer, o equipamento Celltac G<br />
(MEK-9100) da Nihon Kohden tem<br />
um parâmetro adicional, o RDWI.<br />
Este parâmetro é utilizado em<br />
conjunto com o Índice de Mentzer<br />
e aumenta significativamente a<br />
sensibilidade e especificidade na<br />
diferenciação da anemia ferropriva<br />
e beta talassemia e consequentemente<br />
o diagnóstico final.<br />
Estes índices são úteis na orientação<br />
ao médico e sem custo<br />
adicional, direcionando ao melhor<br />
diagnóstico e a melhor tratativa<br />
por parte da equipe médica.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
217
INFORME DE MERCADO<br />
MEDIX BRASIL APRESENTA TUBOS DE COLETA A VÁCUO DE ALTO<br />
DESEMPENHO PARA RESULTADOS MAIS PRECISOS<br />
Os dispositivos médicos possuem<br />
um papel fundamental nas rotinas<br />
laboratoriais.<br />
Seja na segurança ou na confiabilidade,<br />
a precisão começa com<br />
a escolha certa desses produtos.<br />
É por essa razão que os Tubos de<br />
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riscos e tornando a coleta<br />
de múltiplas amostras mais prática<br />
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com padronização que permite o<br />
uso de etiquetas secundárias.<br />
• Fabricação em plástico PET,<br />
garantindo a segurança de<br />
pacientes e profissionais, bem<br />
como a integridade das amostras.<br />
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Em um mercado que valoriza a<br />
precisão diagnóstica, a Medix<br />
Brasil está pronta para atender<br />
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218 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
219
INFORME DE MERCADO<br />
EXTRAÇÃO AUTOMATIZADA DE 25-OH-VITAMINA<br />
D3 E D2 EM AMOSTRAS DE SORO PARA ANÁLISE<br />
COM LC-MS/MS UTILIZANDO A TECNOLOGIA DPX<br />
(DISPERSIVE PIPETTE EXTRACTION) NO MICROLAB<br />
NIMBUS DA HAMILTON COMPANY<br />
Introdução<br />
A vitamina D é uma prohormona<br />
essencial que regula o equilíbrio<br />
de cálcio e fosfato no organismo.<br />
A deficiência de vitamina D é um<br />
problema crescente e se manifesta<br />
como má absorção de cálcio,<br />
hipertireoidismo secundário, fraqueza<br />
muscular e/ou osteoporose/<br />
osteomalacia. Com estimativas de<br />
que 50% da população global seja<br />
deficiente em vitamina D, a extensão<br />
dos testes clínicos continua a<br />
aumentar, com uma ênfase crescente<br />
na precisão.<br />
Figura 1. O esquema representa o fluxo de trabalho para a Filtração ToT usada na precipitação<br />
de proteínas e no método de limpeza WAX-S-XTR. Este método processa 96 amostras em<br />
menos de 10 minutos.<br />
A avaliação da vitamina D é<br />
realizada pela quantificação da<br />
25-hidroxivitamina D no soro e/<br />
ou plasma. A 25-hidroxivitamina D<br />
possui duas formas: 25-hidroxivitamina<br />
D2 (25OHD2) proveniente<br />
da vitamina D2, um suplemento de<br />
origem vegetal, e 25-hidroxivitamina<br />
D3 (25OHD3) proveniente da<br />
vitamina D3, que é produzida na<br />
pele como resultado de uma reação<br />
fotoquímica. Tanto o 25OHD2<br />
quanto o 25OHD3 podem ser analisados<br />
com precisão e eficiência<br />
usando LC-MS/MS (cromatografia<br />
líquida acoplada à espectrometria<br />
de massas em tandem).<br />
No entanto, é necessário remover<br />
a matriz da amostra para garantir<br />
que interferências não afetem<br />
adversamente a análise quan-<br />
titativa. Portanto, a maioria das<br />
aplicações requer precipitação de<br />
proteínas seguida de extração em<br />
fase sólida (SPE) antes da análise<br />
cromatográfica. No estudo atual,<br />
uma tecnologia de filtragem automatizada<br />
patenteada chamada<br />
Tip-on-Tip (ToT) é acoplada à tecnologia<br />
de extração de pipeta dispersiva<br />
XTRaction em um sistema<br />
de manipulação de líquidos automatizado<br />
(ALH) para preparação<br />
rápida e eficiente das amostras.<br />
A tecnologia de filtragem ToT<br />
automatiza as etapas tradicionais<br />
de vortex e centrifugação usadas<br />
para precipitar proteínas em<br />
amostras de soro. A eficiência é<br />
aprimorada, pois a filtragem ToT<br />
pode ser realizada em um formato<br />
de 96 amostras. Após a filtragem,<br />
pontas XTR contendo um sorvente<br />
de troca iônica fraca (WAX) e o<br />
sal (S) necessário para a extração<br />
de líquido-líquido com adsorção<br />
de sal (SALLE - WAX-S) são usadas<br />
para remover rapidamente interferências<br />
da matriz. Este método<br />
processa 96 amostras em menos<br />
de dez minutos.<br />
Placas com 100 µL de soro e padrão<br />
interno são carregadas em uma<br />
plataforma ALH, conforme mostrado<br />
na figura 2. Pontas CO-RE de<br />
boca larga (1 mL) são usadas para<br />
transferir 300 µL de acetonitrila<br />
(ACN) para o soro, seguido de uma<br />
mistura completa para permitir<br />
uma extensa precipitação de proteínas.<br />
As pontas de boca larga<br />
aspiram a solução precipitada, em<br />
seguida, são pressionadas firme-<br />
220 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
mente em uma Ponta de Filtração<br />
de Dupla Fase (Figura 1). O filtrado<br />
é aspirado e dispensado três vezes<br />
usando pontas WAX-S XTR para<br />
produzir separação entre as fases<br />
aquosa e ACN. Os analitos hidrofóbicos<br />
permanecem na camada limpa<br />
de ACN para injeção na análise<br />
por LC-MS/MS.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A disposição da mesa no equipamento<br />
foi configurada para processar<br />
até 96 amostras para precipitação<br />
rápida de proteínas, filtração e<br />
limpeza de alto rendimento (figura<br />
2). Os scripts automatizados para<br />
este método estão disponíveis.<br />
Resultados<br />
Este método foi avaliado quanto<br />
à linearidade, precisão, exatidão e<br />
limites de detecção e quantificação.<br />
Curvas de calibração abrangendo<br />
5-100 ng/mL para 25OHD2 e D3<br />
resultaram em coeficientes de correlação<br />
superiores a 0,99. Os valores<br />
de precisão e exatidão foram<br />
determinados usando controles de<br />
soro a 10, 30/26 e 73 ng/mL (Utak<br />
Laboratories, Valencia, CA).<br />
A exatidão e precisão foram<br />
monitoradas em triplicata ao<br />
longo de três dias. Os valores de<br />
exatidão variaram de 93,2 a 97,7%<br />
para 25OHD3 e de 91,8 a 108,4%<br />
para 25OHD2. A imprecisão total<br />
(%RSD) para 25OHD3 e 25OHD2<br />
variou de 7,4 a 7,8% e de 9,6 a<br />
14,0%, respectivamente. Os limites<br />
de detecção (LOD) foram calculados<br />
como 3,3σ/m, onde σ é o<br />
desvio padrão do calibrador não<br />
Figura 2. Microlab NIMBUS 96 e Layout da mesa<br />
zero mais baixo (5 ng/mL) e m é a<br />
inclinação da linha de calibração.<br />
O limite de quantificação (LOQ) foi<br />
de 10σ/m. Os LODs e LOQs foram<br />
de 5,5 e 16,4 ng/mL e de 3,4 e 10,3<br />
ng/mL para 25OHD2 e 25OHD3,<br />
respectivamente.<br />
Conforme Bickle et al., aproximadamente<br />
88% da 25-hidroxivitamina<br />
D está ligada a proteínas, principalmente<br />
à proteína de ligação<br />
à vitamina D e, em menor grau, à<br />
albumina. Para liberar a 25-hidroxivitamina<br />
D, é necessária uma<br />
precipitação de proteínas completa<br />
para uma análise precisa. As<br />
práticas de precipitação de proteínas<br />
mais comuns envolvem o uso<br />
de acetonitrila seguido de mistura<br />
por agitação (vortex) e centrifugação.<br />
Para eliminar essa abordagem<br />
intensiva em trabalho, implementamos<br />
uma etapa de mistura automatizada<br />
de boca larga, seguida<br />
pela Filtração ToT. As duas etapas<br />
de precipitação de proteínas foram<br />
comparadas ao preparar amostras<br />
de pacientes com cada método,<br />
seguido pela análise por Dispersive<br />
Pipette XTRaction e LC-MS/MS.<br />
A comparação produziu uma dife-<br />
Tabela 1. O limite de detecção (LOD) em ng/mL, limite de quantificação (LOQ) em ng/mL e o<br />
coeficiente de determinação (R2) para 25OHD2 e 25OHD3.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
221
INFORME DE MERCADO<br />
rença média de porcentagem de<br />
2%. A semelhança nos resultados<br />
confirma a viabilidade do nosso<br />
método alternativo de precipitação<br />
de proteínas ToT (figura 3).<br />
Tabela 2. Parâmetros de exatidão e precisão calculados de acordo com as diretrizes do Grupo<br />
de Trabalho Científico para Toxicologia Forense (SWGTOX).<br />
Deve-se enfatizar que os limites de<br />
detecção (LOD) e de quantificação<br />
(LOQ) são altamente dependentes<br />
da sensibilidade dos instrumentos<br />
e do método LC/MS. Se for necessário<br />
melhorar a sensibilidade<br />
para reduzir os LODs e LOQs, a<br />
evaporação do solvente pode ser<br />
empregada para concentrar os<br />
extratos. Alternativamente, um<br />
volume maior da solução da amostra<br />
também pode ser extraído para<br />
obter LODs/LOQs mais baixos.<br />
Conclusões<br />
O método descrito aqui fornece a<br />
velocidade, sensibilidade e reprodutibilidade<br />
necessárias para um<br />
método de preparação de amostras<br />
confiável em uma configuração<br />
de alto rendimento. O erro<br />
humano é minimizado ao automatizar<br />
todo o processo. Extratos<br />
limpos minimizam o tempo de<br />
inatividade do instrumento. Uma<br />
redução no tempo de resposta e<br />
um aumento na taxa de produção<br />
são essenciais para minimizar custos<br />
e aumentar a eficiência.<br />
Sobre a Hamilton Company<br />
A Hamilton Company é uma<br />
empresa representada pela sua<br />
subsidiaria Hamilton do Brasil, com<br />
sede em Indaiatuba, São Paulo, e é<br />
especializada no desenvolvimento,<br />
fabricação e personalização de dispositivos<br />
de m<strong>edição</strong> de precisão,<br />
plataformas de pipetagem automatizadas<br />
para manuseio de líquidos<br />
e sistemas de gerenciamento<br />
de amostras. A Hamilton Company<br />
é a fabricante líder global há mais<br />
de 60 anos, com sede em Reno,<br />
Nevada; e no Brasil está presente<br />
diretamente desde 2010.<br />
Sobre a DPX<br />
Fundada em 2007, a DPX Technologies<br />
desenvolve e fabrica produtos<br />
de preparação de amostras e<br />
métodos personalizados para uma<br />
ampla base de clientes. Nossas<br />
tecnologias proprietárias e patenteadas<br />
INTip oferecem soluções<br />
eficientes e automatizadas para<br />
laboratórios que são fáceis de personalizar<br />
e implementar em qualquer<br />
fluxo de trabalho ou método.<br />
Autores:<br />
William Brewer and Kaylee Mastrianni<br />
– DPX Technologies<br />
Oscar G. Cabrices PhD –G-Flo Scientific<br />
(Distribuidores Exclusivos DPX para o<br />
Brasil)<br />
Figura 3. A comparação cromatográfica<br />
entre o método ToT e os resultados tradicionais<br />
de centrifugação usando amostras de<br />
pacientes.<br />
Figura 4. A eficiência de extração foi de<br />
90% ou superior para a 25-hidroxivitamina<br />
D2 (25OHD2) e a 25-hidroxivitamina<br />
D3 (25OHD3) a partir do soro, usando um<br />
método de precipitação de proteínas Tip-<br />
-on-Tip e pontas XTR com sorvente WAX-S<br />
para a limpeza.<br />
222 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
FACILITE O ISOLAMENTO DE SEUS ÁCIDOS NUCLEICOS<br />
COM A LINHA SPINeasy®!<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Manipule os ácidos nucléicos<br />
com facilidade! Conheça os<br />
kits SPINeasy® e simplifique o<br />
isolamento de ácidos nucleicos<br />
de forma rápida e eficiente.<br />
Diga adeus aos processos<br />
complexos e demorados - com<br />
nossa tecnologia de ponta,<br />
purificar DNA e RNA nunca<br />
foi tão fácil. Libere o potencial<br />
de suas análises com<br />
SPINeasy® - a inovação que<br />
acelera suas descobertas!<br />
Os laboratórios de análises<br />
enfrentam constantemente desafios<br />
na purificação de DNA e RNA<br />
de amostras diversas. Atendendo<br />
a essa demanda, os kits de isolamento<br />
SPINeasy® apresentam<br />
uma solução revolucionária.<br />
Projetados para oferecer um processo<br />
simples, eficiente e rápido,<br />
esses kits utilizam a tecnologia de<br />
membrana de sílica em colunas<br />
de centrifugação, eliminando a<br />
necessidade de extração tóxica<br />
com fenol-clorofórmio ou precipitação<br />
alcoólica demorada.<br />
Os procedimentos de purificação<br />
de coluna de centrifugação utilizam<br />
o método de extração em<br />
fase sólida para ligar e isolar o<br />
DNA/RNA dentro da coluna que<br />
contém membrana de filtro de<br />
sílica. A amostra é homogeneizada<br />
e/ou lisada usando o tampão<br />
de lise otimizado. O lisado é então<br />
misturado com etanol para precipitar<br />
o ácido nucleico.<br />
Uma vez que o lisado é passado<br />
pela membrana de sílica por<br />
centrifugação, a membrana da<br />
coluna de centrifugação é lavada<br />
para remover a proteína remanescente<br />
e os resíduos de sais.<br />
O ácido nucleico é então eluído<br />
e está pronto para uso em diversas<br />
aplicações subsequentes. A<br />
simplicidade e a eficiência dos<br />
kits SPINeasy® representam um<br />
avanço significativo no campo do<br />
isolamento de ácidos nucleicos,<br />
proporcionando uma solução<br />
acessível e confiável para os desafios<br />
laboratoriais atuais.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
223
INFORME DE MERCADO<br />
HEMOCULTURA: O EXAME QUE PODE SALVAR VIDAS<br />
A hemocultura é um exame feito<br />
para identificar a presença de<br />
bactérias ou fungos no sangue através<br />
da coleta do mesmo para meios<br />
de cultura específicos. Esse exame<br />
é indicado em caso de suspeita de<br />
infecção sanguínea, como febre e<br />
calafrios, por exemplo, em caso de<br />
endocardite, pneumonia grave ou<br />
meningite e quando a pessoa está<br />
em uso de cateter ou dreno.<br />
A presença de microrganismos<br />
no sangue é considerada grave, já<br />
que indica que os agentes infecciosos<br />
e as substâncias produzidas<br />
por eles conseguiram se espalhar<br />
pelo corpo, aumentando o risco de<br />
complicações.<br />
Assim, é fundamental que o tratamento<br />
seja iniciado o quanto<br />
antes. Assim que for confirmado<br />
o agente infeccioso no sangue,<br />
deve-se iniciar o tratamento, feito<br />
por meio do uso de antibióticos<br />
ou antifúngicos diretamente na<br />
veia, além de também poder ser<br />
indicado medicamentos para<br />
diminuir a inflamação.<br />
A hemocultura pode ser indicada<br />
pelo médico em caso de:<br />
• Sintomas de infecção no sangue,<br />
como febre, calafrios e cansaço<br />
excessivo;<br />
• Endocardite, que é a inflamação<br />
do tecido que reveste o coração;<br />
• Após cirurgias cardíacas;<br />
• Comprometimento do funcionamento<br />
do sistema imune devido<br />
a câncer, infecção pelo vírus HIV,<br />
neutropenia e/ ou uso de corticoides;<br />
• Pneumonia grave;<br />
• Meningite;<br />
• Infecção hospitalar.<br />
Além disso, a hemocultura pode<br />
ser também indicada para pacientes<br />
que estejam em uso de cateter<br />
venoso ou dreno cirúrgico, já<br />
que a colocação desses dispositivos<br />
pode promover a entrada de<br />
microrganismos caso não sejam<br />
colocados corretamente.<br />
Tipos de hemocultura<br />
De acordo com a forma com que<br />
a amostra vai ser processada, a<br />
hemocultura pode ser:<br />
• Hemocultura automatizada,<br />
em que a garrafa de hemocultura<br />
é colocada no equipamento que é<br />
responsável por fazer a leitura em<br />
intervalos pré-determinados;<br />
• Hemocultura manual, em que<br />
a garrafa de hemocultura deve ser<br />
incubada por até 7 dias, em estufa<br />
bacteriológica e a leitura deve ser<br />
realizada pelo operador.<br />
A hemocultura automatizada<br />
permite contínua monitorização<br />
do crescimento bacteriano, que<br />
permite detecção de bactérias 24<br />
horas ao dia, proporcionando um<br />
diagnóstico rápido e seguro.<br />
A Renylab acaba de lançar o sistema<br />
para hemocultura automatizada BC.<br />
Mais agilidade e segurança para o<br />
seu diagnóstico.<br />
Entre em contato para maiores<br />
informações.<br />
comercial@renylab.ind.br<br />
224 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023
DIAGAM PARTICIPOU JUNTAMENTE COM SEU FORNECEDOR<br />
DO ÚLTIMO CONGRESSO DE PATOLOGIA CLÍNICA<br />
Diagam com muito orgulho acaba de<br />
concretizar uma grande parceria na<br />
distribuição de equipamentos para<br />
IVD, uma linha moderna avançada e<br />
extremamente tecnológica que irá<br />
trazer a seus clientes muita segurança,<br />
tranquilidade e com reagentes fabricados<br />
diretamente na Diagam trazendo<br />
ainda mais economia.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Essa semana recebemos a visita da CEO<br />
da empresa EDAN que conheceu nossas<br />
instalações e onde será fabricado<br />
os reagentes para os equipamentos de<br />
distribuição.<br />
A DIAGAM está fabricando reagentes<br />
para os Analisadores Hematológicos<br />
EDAN, modelos H60S, H60, H50 e H30 na<br />
sede da DIAGAM no Brasil.<br />
Sobre a DIAGAM<br />
Diagam é uma empresa nacional que<br />
atua no mercado desde 2012, localizada<br />
em uma área Fabril em um prédio<br />
com cerca de 1500 metros quadrados.<br />
Prédio de Fabricação e Estoque, onde é<br />
desenvolvido, produzido e comercializado<br />
uma linha completa de Reagentes<br />
para Hematologia para equipamentos<br />
automatizados.<br />
Oferecemos um atendimento exclusivo<br />
com um completo acompanhamento e<br />
todo suporte necessário, através de um<br />
relacionamento de confiança e conhecimento,<br />
apresentamos as melhores<br />
soluções para cada cliente.<br />
Nossa estrutura conta com um laboratório<br />
de apoio exclusivo, utilizamos<br />
técnicas analíticas de alta sensibilidade<br />
e especificidade para suporte ao nosso<br />
cliente, assim como as validações de<br />
todos os produtos promovendo sua<br />
eficácia e qualidade.<br />
A DIAGAM possui certificação<br />
ISO 9001 e ISO 13485<br />
Fique atento as novidades em nosso<br />
site ou nas nossas redes sociais.<br />
www.diagam.com.br<br />
Linha veterinária de 3 e 5 partes.<br />
H30 VET<br />
H60 VET<br />
3 partes e somente 2 reagentes 5 partes somente 2 reagentes<br />
Para mais informações<br />
DIAGAM INDUSTRIA E COMERCIO LTDA<br />
Rua José Bruno da Costa, 39<br />
Ferraz de Vasconcelos - Cep: 08539-110<br />
Tel: 11 4679-3767<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
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