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Revista Newslab edição 180

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Editorial<br />

revista<br />

Prezados leitores,<br />

À medida que nos aproximamos do final<br />

de mais um ano, é com imenso prazer que<br />

dedico este editorial a todos aqueles que<br />

se unem conosco a paixão pela medicina<br />

diagnóstica. O ano de 2023 foi um período<br />

de desafios iniciados e progressos notáveis<br />

em nossa busca para compreender e vencer,<br />

entre muitas coisas, as doenças que<br />

afetam a humanidade.<br />

A pandemia influenciou muito as nossas<br />

vidas, reforçando a importância dos diagnósticos<br />

e dos exames laboratoriais como<br />

nunca antes. A rápida evolução da ciência<br />

nos ajudou a entender, rastrear e combater<br />

a COVID-19, demonstrando o poder da<br />

inovação e da colaboração na saúde.<br />

A <strong>Revista</strong> NewsLab segue com o compromisso<br />

contínuo de trazer as últimas<br />

descobertas, tecnologias e abordagens<br />

para seus leitores, através de nossos anunciantes<br />

e articulistas. Em 2023, juntos, nós<br />

exploramos avanços na genômica, nas<br />

análises laboratoriais de alta precisão e<br />

na inteligência artificial aplicada à saúde.<br />

Sendo assim, a <strong>edição</strong> número <strong>180</strong> traz<br />

para vocês vários artigos com assuntos<br />

relevantes.<br />

Você sabe selecionar bem seus parceiros<br />

e fornecedores? Na coluna Auditoria e<br />

Qualidade, a Wal Nicioli fala sobre como<br />

selecionar os melhores profissionais. E<br />

neste momento, você tem em suas mãos<br />

reunido, tudo que há de melhor no mercado<br />

quando o assunto é produtos e serviços<br />

em análises clínicas.<br />

O Doutor Délio Ciriaco, escreveu um artigo<br />

sobre a volta da contribuição assistencial do<br />

empregado para o sindicato, e nos orienta<br />

como contribuir ou formalizar o direito a<br />

oposição.<br />

A equipe HemoFlow, autoras da coluna Citometria<br />

de Fluxo, ganhou mais uma colaboradora,<br />

a Fernanda Vitelli Lins e elas trouxeram<br />

para esta <strong>edição</strong> um artigo sobre Controles<br />

em Citometria de Fluxo.<br />

Na coluna LabNews, temos uma entrevista<br />

especial com o Dr. Nelson Gaburo - CEO da<br />

Sollutio Diagnósticos, conduzida pela nossa<br />

querida colunista Andreza Martins, para<br />

entendermos mais sobre Sexagem Fetal e,<br />

para deixar você ainda mais curioso sobre<br />

tudo que teremos aqui, a nossa especialista<br />

em análise de custos, Silvânia Ramalho, traz<br />

em sua coluna, um artigo brilhante sobre o<br />

desafio de manter os custos e a qualidade no<br />

seu laboratório.<br />

Enquanto nos despedimos deste ano, é<br />

crucial considerar o papel vital que os profissionais<br />

de laboratório desempenham em<br />

nossos sistemas de saúde. Eles são os heróis<br />

muitas vezes silenciosos que garantem<br />

diagnósticos precisos, ajudando a direcionar<br />

tratamentos eficazes e a melhorar a qualidade<br />

de vida. Continuaremos apoiando a<br />

pesquisa, a inovação e a educação em saúde.<br />

Cada um de nós pode fazer a diferença ao<br />

buscar cuidados de saúde preventivos e<br />

conscientes, incluindo a realização de exames<br />

de rotina e a compreensão de nossos<br />

próprios corpos.<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />

Neste espírito, a equipe do Grupo FuturLab,<br />

deseja a todos os leitores, clientes e amigos,<br />

um Feliz Ano Novo repleto de saúde, progresso<br />

e realização. Continuaremos a ser seu guia<br />

confiável na jornada contínua para compreender<br />

e revolucionar a medicina diagnóstica.<br />

Com gratidão e determinação,<br />

Luciene Almeida<br />

Editora-Chefe, Grupo FuturLab.<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: FUTURLAB<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@futurlab.com.br<br />

Comercial: Juliana Cristina da Silva (11) 97733-3312 | comercial2@futurlab.com.br<br />

Diagramação e Arte: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />

Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />

<strong>Newslab</strong> - Tel.: (11) 98357-9843<br />

www.newslab.com.br - david.kernbaum@futurlab.com.br<br />

ISSN 0104 - 8384<br />

2


Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

revista<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab<br />

publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />

casos educacionais, resumos de<br />

teses etc. Os editores levarão em consideração<br />

para publicação toda e qualquer<br />

contribuição que possua correlação<br />

com a medicina diagnóstica.<br />

Todas as contribuições serão revisadas<br />

e analisadas pelos revisores. Os autores<br />

deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular<br />

aqueles de natureza financeira<br />

relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos<br />

que estejam relacionados com a contribuição<br />

e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />

de compromisso assinado por todos<br />

os autores, atestando a originalidade<br />

do artigo, bem como a participação de<br />

todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em<br />

português, mas com Abstract detalhado<br />

em inglês. O Resumo e o Abstract<br />

deverão conter as palavras-chave e<br />

keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma original,<br />

para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />

pedimos que a resolução do escaneamento<br />

seja de 300 dpi’s, com extensão<br />

em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados<br />

e enviados por e-mail, ordenados em<br />

título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição onde<br />

o estudo foi realizado. Além disso, o<br />

nome do autor correspondente, com<br />

endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos<br />

por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />

e Métodos, Parte Experimental,<br />

Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto<br />

com o sobrenome do devido autor,<br />

seguido pelo ano da publicação, segundo<br />

norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada<br />

referência citadas no texto devem vir<br />

listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela<br />

sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />

dos prenomes. Título: subtítulo do artigo.<br />

Título do livro/periódico, volume,<br />

fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda não<br />

publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados para:<br />

Luciene Almeida – Redação<br />

E-mail: redacao@futurlab.com.br<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81<br />

CV: 10543 Itaim Bibi, São Paulo, SP, 04532-060.<br />

WhatsApp: (11) 98357-9856<br />

E-mail: redacao@futurlab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

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@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país.<br />

Os artigos e informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong>.<br />

Filiado à:<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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Índice remissivo de<br />

anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

revista<br />

Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

ACADEMIA DAS ANÁLISES CLÍNICAS 175<br />

ALFA PLAST 79<br />

ALTONA 123<br />

APPARAT 115 | 183<br />

BECKMAN COULTER DIV DIAGNÓSTICA 53<br />

BIOCON 147<br />

BIOMEDICA 09<br />

BUNZL 88-89 | 143<br />

CELLAVISION 95<br />

DATA INNOVATIONS 165<br />

DB<br />

4ª CAPA<br />

DIAGAM 29<br />

DIAGNO 179<br />

DYMIND 121<br />

EBRAM 24-25<br />

EDAN INSTRUMENTS 107<br />

EUROIMMUN 60<br />

FIRSTLAB 151<br />

GREINER 83<br />

GRIFOLS 05 | 07<br />

GRUPO PRIME<br />

3ª CAPA<br />

GT GROUP 17<br />

GUTHRIE LABORATÓRIO 76-77<br />

HAMILTON 93<br />

HERMES PARDINI 14-15<br />

HIMEDIA LABORATORIES 73<br />

HORIBA 2ª CAPA | 185<br />

IBMP 85<br />

INVITRO 153<br />

LAB MASTELLINI 46-47<br />

LAB REDE 169<br />

LABOR LINE 62-63<br />

LIFOTRONIC 11<br />

LOCCUS 111<br />

MEDIX 167<br />

MGI AMÉRICA 32<br />

MINDRAY 71<br />

MP BIOMEDICALS 171<br />

NEOLAB BY NEOCOMPANY CAPA | 65<br />

NEXCOPE 163<br />

NIHON KOHDEN 56-57 | 161<br />

OHC -OSANG HEALTH CARE 145<br />

PERFECTA 103<br />

PLASTLABOR 03<br />

PNCQ 119<br />

QUALLYX 43<br />

RENYLAB 139<br />

SARSTEDT 127<br />

SCS MEDICINA DIAGNÓSTICA 157<br />

SNIBE 39<br />

SOLLUTIO DIAGNÓSTICOS 20-21<br />

SYSMEX DO BRASIL 131<br />

TBS BINDING SITE 98-99<br />

TPP TECHNO PLASTICS PRODUCTS 133<br />

VEOLIA 149<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 49<br />

ZYBIO 81<br />

ZYMO RESEARCH 137<br />

SBAC 173<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa<br />

da Universidade de São Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da<br />

Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela<br />

USP/SP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério<br />

– Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto<br />

de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de<br />

Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Allyne Cristina Grando; Franciele da Rosa Sonemann; Humberto Façanha; Fábia Bezerra; Gleiciere Maia Silva; Jorge Luiz Silva Araújo-Filho; Brunno Câmara; Helena Varela de Araújo; Rafaele Loureiro; Bruna Garcia; Fabiano de<br />

Abreu Agrela Rodrigues; Délio J. Ciriaco de Oliveira; Anna Clara do Nascimento Jesus; Luiza de Souza Fernandes; Victória Oliveira Gonzaga; Daniela Santos Silva; Járede da Silva Lopes; Bianca Victoria Trevizã da Cunha Ferreira<br />

Silvério; Pâmela Caroline Costa Pereira; Alessandra Alves de Souza Abou Hamia; Waldirene Nicioli; Silvânia Ramalho; Andressa Fehlberg; Rachel Siqueira de Queiroz Simões; Joelma Lessa da Silva; Juliana Yuri; Juliana Gomes;<br />

Paulo Mafra; Bruna Massa Barbosa de Andrade; Marina Raposo Neves Baptista; Mirella Portella Serafini; Álvaro Nunes de Morais; Gabriel Valença de Siqueira Borges; Júlia Domingues Marinho.<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Impulsionando a eficiência<br />

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ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 30 - Edição <strong>180</strong> - Novembro 2023<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

65<br />

Neolab<br />

lança a última geração da<br />

marca Neovaccumi<br />

10 - Agenda<br />

60 - Publieditorial I - Euroimmun<br />

62 - Publieditorial II - Laborline<br />

64 - Neurociência em Foco<br />

70 - Lab News<br />

82 - Análises Clínicas<br />

86 - Auditoria e Qualidade<br />

90 - Papo de bancada<br />

92 - Tecnologia e Saúde<br />

100 - Direito e Saúde<br />

104 - Medicina Genômica<br />

110 - Virologia<br />

124 - Blog dos Cientistas<br />

128 - Diagnóstico por imagem<br />

130 - Minuto Laboratório<br />

136 - Entrevista - Thiago Favano MiNK Therapeutics<br />

140 - OFAC Brasil<br />

144 - Epidemiologia<br />

152 - Hematologia<br />

154 - Auditoria Interna<br />

158 - Biossegurança I<br />

162 - Biossegurança II<br />

166 - Citometria de Fluxo<br />

172 - Logística Laboratorial<br />

174 - Informes de Mercado<br />

12<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

INFECÇÃO POR HTLV: UMA<br />

REVISÃO DA LITERATURA<br />

26<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

INTERPRETAÇÃO CLÍNICO-<br />

LABORATORIAL<br />

DOS CRISTAIS DA MORTE<br />

E OUTRAS ALTERAÇÕES<br />

QUALITATIVAS LEUCOCITÁRIAS<br />

42<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

VACINAÇÃO INFANTIL<br />

54<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

COLEÇÃO: GESTÃO ECONÔMICA<br />

DE VANGUARDA PARA<br />

LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />

Autores: Thais Alves dos Santos,<br />

Allyne Cristina Grando.<br />

Autores: Lumara Vitória Melatti,<br />

Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />

Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />

Autores: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela<br />

da Silva, Lívia Custódio Gonçalves, Daniela Santos<br />

Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />

Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Nossos Clientes<br />

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Dra. Fernanda Dahrouge, Gerente Tecnica e de Qualidade do Laboratório IPOG.<br />

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AGENDA<br />

AGENDA<br />

de eventos 2023<br />

SEMANA DA ONCOLOGIA NO RIO DE JANEIRO:<br />

XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ONCOLOGIA CLÍNICA<br />

Data: 16 a 18 de novembro de 2023<br />

Local: Windsor Oceanico – Barra da Tijuca – RJ<br />

Inscrições: https://www.congressosboc.com.br/<br />

XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE RADIOTERAPIA<br />

Data: 16 a 18 de novembro de 2023<br />

Local: Windsor Oceanico – Barra da Tijuca – RJ<br />

Inscrições: https://www.congressosbrt.com.br/<br />

XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA ONCOLÓGICA<br />

Data: 16 a 18 de novembro de 2023<br />

Local: Windsor Oceanico – Barra da Tijuca – RJ<br />

Inscrições: https://www.congressosbco.com.br/<br />

L CONGRESSO BRASILEIRO DE ALERGIA E IMUNOLOGIA<br />

Data: 17 a 20 de novembro de 2023<br />

Local: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso - Maceió - AL<br />

Inscrições: https://congressoalergia2023.com.br/alergia2023<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

INFECÇÃO POR HTLV:<br />

UMA REVISÃO DA LITERATURA<br />

HTLV INFECTION: A REVIEW OF THE LITERATURE<br />

Autores:<br />

Thais Alves dos Santos1<br />

Allyne Cristina Grando1<br />

1 - Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, RS, Brasil<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

O Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) foi<br />

o primeiro retrovírus descoberto na década de 1980.<br />

Existem dois tipos mais conhecidos do vírus, o HTLV I e<br />

o HTLV II. Ambos os vírus são semelhantes, mas estão<br />

associados a diferentes doenças. Sabe-se que o HTLV I,<br />

o mais comum, está fortemente associado com doenças<br />

neurodegenerativas, sendo a mais conhecida a PET/MAH<br />

- Paraparesia Espástica Tropical e a Mielopatia. O HTLV<br />

II já foi relacionado com a leucemia de células pilosas;<br />

porém, pouco se sabe quais outras doenças este tipo<br />

pode ocasionar. Epidemiologicamente, sabe-se que esse<br />

retrovírus é endêmico em regiões como sudeste do Japão,<br />

Caribe, África, América Central e do Sul e Ilhas Melanésia. No<br />

Brasil, a doença é considerada endêmica, pois se acredita<br />

que no país encontra-se o maior número de indivíduos<br />

contaminados, sendo aproximadamente 2,5 milhões de<br />

pessoas. Dados ainda comprovam que o vírus afeta, em sua<br />

maioria, mulheres com idade em média de 40 anos. Isto se<br />

torna um problema, já que os exames para detecção do vírus<br />

não fazem parte do pré-natal e sua transmissão através do<br />

aleitamento materno é considerada elevada. Este trabalho<br />

teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre<br />

a prevalência do HTLV no Brasil e ressaltar a importância de<br />

prevenção, controle da epidemiologia e profilaxia.<br />

Palavras-chaves: HTLV, prevalência, epidemiologia.<br />

Abstract<br />

The human T-lymphotropic vírus (HTLV) was the first<br />

retrovirus discovered in the 80s. There are two known<br />

types of the virus, the HTLV I and HTLV II both viruses are<br />

very similar but are associated with different diseases. It<br />

is known that HTLV I is the most common, it is strongly<br />

associated with neurodegenerative diseases, the best<br />

known being TSP/HAM - Tropical Spastic Paraparesis and<br />

Myelopathy. HTLV II has already been linked to hairy cell<br />

leukemia, but little is known about what other diseases<br />

this type can cause. Epidemiologically it is known that this<br />

retrovirus is endemic in regions such as Southeast Japan,<br />

the Caribbean, Africa, Central and South America and the<br />

Melanesian Islands. In Brazil, the disease is considered<br />

endemic because it is believed that the country is home<br />

to the largest number of contaminated individuals, with<br />

approximately 2.5 million people. Data also confirm that<br />

the virus affects mostly women aged 40 years and over,<br />

which turns out to be a problem since tests for the virus<br />

detection aren’t part of the prenatal and transmission<br />

through breastfeeding is high. The objective of this study<br />

was to conduct a literature review on the prevalence<br />

of HTLV in Brazil and to emphasize the importance of<br />

prevention, control of epidemiology and prophylaxis.<br />

Keywords: HTLV, prevalence, epidemiology.<br />

12 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Introdução<br />

O Vírus Linfotrópico de Células<br />

T Humanas (HTLV) pertence à<br />

dores musculares, permanecem<br />

um longo período expostos à<br />

infecção antes da manifestação<br />

Metodologia<br />

Para a realização do presente<br />

trabalho de revisão de literatura<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

família Retroviridae, que para-<br />

(5)<br />

. Não há tratamento específico<br />

foram realizadas pesquisas de<br />

sita determinadas células do<br />

para o vírus (6) . Sendo o trata-<br />

artigos científicos nas platafor-<br />

sistema imunológico huma-<br />

mento realizado é para se evitar<br />

mas Scielo, PubMed e FioCruz<br />

no, chamadas de linfócitos T,<br />

ou retardar doenças associadas<br />

nos idiomas português e inglês.<br />

sendo classificados em dois<br />

( 7) . A prevenção do HTLV dá-se<br />

Foram utilizados os seguintes<br />

grupos: HTLV l e HTLV ll. Apesar<br />

através do uso de preservativo<br />

descritores: Vírus Linfotrópico<br />

de serem semelhantes, esses<br />

masculino ou feminino em todas<br />

de Células T Humanas (HTLV),<br />

vírus comportam-se de forma<br />

as relações sexuais, não compar-<br />

Prevalência e Gestantes.<br />

diferente<br />

(1)<br />

. Recentemente,<br />

tilhar seringas, agulhas ou outro<br />

dois novos tipos do vírus foram<br />

objeto cortante e recomenda-se<br />

Para uma revisão bibliográfica<br />

descobertos, o HTLV lll e o HTLV<br />

evitar o aleitamento (8) .<br />

atualizada referente ao assunto<br />

lV. Contudo, apenas alguns<br />

analisado, foram selecionados<br />

casos foram relatados e nenhu-<br />

O vírus HTLV teve origem na<br />

materiais no intervalo de 10 anos;<br />

ma doença específica ainda foi<br />

África ou na Melanésia. Existem<br />

porém, em casos necessários,<br />

associada a esses vírus (2) .<br />

regiões endêmicas reconhe-<br />

materiais anteriores ao ano de<br />

cidas como sudeste do Japão,<br />

2008 estão presentes no estudo.<br />

O HTLV invade as células inte-<br />

Ilhas do Caribe, América Central<br />

grando seu material genético<br />

e do Sul, sudeste dos Estados<br />

Revisão da literatura<br />

ao da célula, controlando seu<br />

Unidos e África Central e, mais<br />

metabolismo para replicar<br />

recentemente, regiões brasilei-<br />

HTLV l<br />

novos vírus no organismo (3) .<br />

ros como Sudeste e o Nordeste<br />

O primeiro retrovírus humano<br />

Os tipos HTLV I e II possuem as<br />

(4)<br />

. Estima-se que no mundo haja<br />

descrito foi o HTLV l, sendo iso-<br />

mesmas vias de transmissão,<br />

15 a 20 milhões de pessoas este-<br />

lado em 1980 de um paciente<br />

que são: sexual, vertical (da<br />

jam infectadas pelo HTLV (5, 9) .<br />

com linfoma cutâneo de células<br />

mãe para o feto, recém-nascido<br />

T (10) , relacionado com neoplasias<br />

durante o parto ou aleitamen-<br />

O objetivo deste trabalho foi evi-<br />

(linfomas, leucemias e sarcomas)<br />

to) e parenteral (transfusão de<br />

denciar a importância do HTLV e<br />

e também a uma encefalomielo-<br />

hemocomponentes ou com-<br />

sua prevalência epidemiológica,<br />

patia, conhecida como Parapare-<br />

partilhamento de seringas e<br />

uma doença bastante negligen-<br />

sia Espática Tropical/ Mielopatia<br />

agulhas contaminadas) (4) .<br />

ciada pela falta de conhecimen-<br />

associada ao HTLV (PET/MAH),<br />

to dos profissionais da área da<br />

endêmica na região do Caribe (11) .<br />

Na maioria dos casos, os porta-<br />

saúde e da população em geral,<br />

Porém, a PET/MAH manifesta-se<br />

dores destes retrovírus são assin-<br />

principalmente em áreas endê-<br />

em pequena porcentagem dos<br />

tomáticos e os que apresentam<br />

micas. O vírus apresenta uma<br />

soropositivos; cerca de 98% das<br />

algum tipo de sintoma, os quais<br />

prevalência mundial e pode<br />

pessoas infectadas permanecem<br />

são inespecíficos como febre e<br />

causar diversas patologias.<br />

assintomáticas (12) .<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

13


Autores: Thais Alves dos Santos, Allyne Cristina Grando.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

O HTLV l pode estar relacionado<br />

também com doenças autoimunes<br />

como lúpus sistêmico eritematoso,<br />

diabetes, esclerose<br />

múltipla, artropatias, poliomiosite<br />

e síndrome de Sjögren (13) . O<br />

HTLV I infecta os linfócitos CD4+<br />

(14)<br />

. Sua estrutura é similar aos<br />

HTLV ll<br />

O HTLV II foi identificado em<br />

1982 obtido de um paciente<br />

com tricoleucemia (leucemia<br />

de células pilosas) e verificou-se<br />

que o mesmo não tem relação<br />

esclarecida com algum tipo de<br />

patologia (18) . Este tipo tem tro-<br />

Diagnóstico<br />

Para diagnosticar o HTLV l e ll,<br />

é necessário fazer um teste de<br />

triagem e outro confirmatório,<br />

respectivamente. São usados<br />

os testes de imunoensaio como<br />

Ensaio de Imunoabsorção<br />

Enzimática (ELISA), que fazem<br />

demais vírus da família e possui<br />

um genoma de ácido ribonucleico<br />

(RNA) (1) . Na sua superfície<br />

o envelope consiste em um<br />

complexo proteico (15) .<br />

pismo pelos linfócitos CD8+ (16) .<br />

O retrovírus parece estar mais<br />

predominante no hemisfério<br />

ocidental. A infecção por ele<br />

parece ser antiga entre os índios<br />

a detecção do anticorpo produzido<br />

contra o vírus e o Western<br />

Blot, que age por meio de incorporação<br />

de proteínas que estão<br />

presentes no envelope do retrovírus<br />

e proteínas transmembra-<br />

O vírus apresenta duas subunidades<br />

proteicas glicosadas: a<br />

gp46 e a gp21. Posterior vem a<br />

proteína matriz denominada de<br />

p19. A proteína p24 é o capsídeo.<br />

No meio interno, encontram-se<br />

o genoma e pequenas proteínas<br />

chamadas de p15, proteínas<br />

importantes no processo de<br />

integração ao ácido desoxirribonucleico<br />

(DNA). A transcriptase<br />

reversa p55, integrasse p32 e a<br />

protease p10 precedem eventos<br />

de replicação viral (16) . A figura<br />

abaixo apresenta detalhadamente<br />

a estrutura do vírus (17) .<br />

americanos (7) .<br />

HTLV lll<br />

O HTLV III foi isolado em 1994<br />

a partir de células do cordão<br />

umbilical de babuínos. Em<br />

dezembro de 2001, outras cepas<br />

de HTLV III foram relatadas por<br />

pesquisadores em várias espécies<br />

de macacos ocidentais, da<br />

África Central (19) .<br />

O vírus linfotrópico T humano<br />

tipo III está associado à linfadenopatia<br />

(LAV). Ele é um<br />

retrovírus linfotrópico recém<br />

descoberto como citopático<br />

nas, para permitir identificar o<br />

HTLV l ou HTLV ll (22) .<br />

O diagnóstico baseia-se na<br />

detecção sorológica dos anticorpos<br />

específicos produzidos<br />

em respota ao Vírus Linfotrópico<br />

de Células Humanas T. Ainda,<br />

utiliza-se testes confirmatórios<br />

através da soro-reatividade por<br />

Western Blot ou pela reação em<br />

cadeia da polimerase (23) .<br />

O Enzyme Linked Immunosorbent<br />

Assay (ELISA) é o método<br />

mais utilizado em serviços de<br />

hemoterapia, pois permite<br />

Figura 1: Estrutura do HTLV<br />

para células T (20) . HTLV lV<br />

boa reprodutibilidade, fácil<br />

execução e possibilidade de<br />

O HTLV IV consiste, até o<br />

automação (24) . O teste permite<br />

momento, em uma única<br />

a interação do antígeno-anticor-<br />

linhagem humana. Este tipo<br />

po sendo evidenciado pela ação<br />

foi encontrado em grupos de<br />

de uma enzima, geralmente<br />

caçadores em Camarões no<br />

pela fosfatase alcalina, assim um<br />

Fonte: BARCELLOS, 2004.<br />

continente africano (21) .<br />

substrato apropriado é revelado<br />

16 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Autores: Thais Alves dos Santos, Allyne Cristina Grando.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

pelo cromogênio mais usado<br />

ortofenileno diamina, no caso<br />

do HTLV. O antígeno mais utilizado<br />

é o Lisado Viral, que são<br />

proteínas obtidas de partículas<br />

virais rompidas que contêm proteínas<br />

das células hospedeiras<br />

e podem provocar resultados<br />

falso-positivos (25, 26, 1) .<br />

células mononucleares e emitir<br />

fluorescência quando irradiado<br />

por luz ultravioleta (9, 26) .<br />

Os indivíduos infectados pelo<br />

HTLV lll exibiram um padrão<br />

semelhante ao HTLV ll na análise<br />

de Western Blot (28) . E o HTLV lV<br />

reagiu com os kits comerciais<br />

HTLV l/ll para ELISA e Western<br />

O HTLV foi identificado pela<br />

primeira vez no Brasil em 1986<br />

entre imigrantes japoneses de<br />

Okinawa na cidade de Campo<br />

Grande em Mato Grosso do Sul<br />

(31)<br />

. Em 1993, passou a ser obrigatória<br />

a triagem do HTLV l e ll em<br />

bancos de sangue. Conforme<br />

a regência da Portaria número<br />

1376, de 19 de novembro de<br />

Western Blot é um teste de<br />

biologia molecular que detecta<br />

anticorpos dos vírus HTLV l e ll<br />

e difere a presença entre os dois<br />

tipos. Ele utiliza como antígenos<br />

proteínas nv recombinantes<br />

GD21, presentes nos dois vírus,<br />

as específicas rgp46-l existentes<br />

no HTLV l e a rgp46-ll no HTLV<br />

ll. Além de outras proteínas,<br />

sua interpretação dá-se através<br />

de combinação da reatividade<br />

das bandas formadas no gel de<br />

(27, 9, 1).<br />

nitrocelulose<br />

Blot (19) .<br />

Epidemiologia<br />

O Japão é um dos países com a<br />

maior taxa de prevalência. Em<br />

1986, foi o primeiro país a iniciar<br />

a triagem sorológica em serviços<br />

de hemoterapia, seguido<br />

pelos Estados Unidos em 1988,<br />

Canadá e Ilhas Caribenhas em<br />

1989. Logo após alguns países<br />

da Europa também implementaram<br />

a triagem (4) .<br />

O Brasil pode ter o maior<br />

1993 (26, 32) . Os estudos de prevalência<br />

na sua maioria ainda são<br />

realizados em grupos específicos<br />

como gestantes e doadores<br />

de sangue (3) .<br />

Segundo o Ministério da Saúde,<br />

em 2004, um inquérito soroepidemiológico<br />

realizado no<br />

Brasil, encontraram resultados<br />

reagentes para o HTLV em 13,7%<br />

dos Índios Yanomami, 10%<br />

para pacientes com Síndrome<br />

da Imunodeficiência Humana<br />

Adquirida no estado de São Pau-<br />

Na reação em cadeia da polimerase<br />

(PCR) aplica-se primers<br />

(iniciadores), que diferenciam a<br />

infecção causada pelo HTLV l do<br />

HTLV ll, ou seja, colocam-se primers<br />

específicos para amplificação<br />

de ambos os tipos. Por meio<br />

da eletroforese dos genomas<br />

amplificados em gel de agarose,<br />

pode-se visualizar os fragmentos<br />

de DNA no gel de agarose<br />

corados com brometo de etídio.<br />

Através disso são capazes de se<br />

ligar aos ácidos nucléicos viral na<br />

forma de DNA proviral, obtido de<br />

número de soropositividade,<br />

sendo de aproximadamente 2,5<br />

milhões de pessoas (9) . A soroprevalência<br />

do vírus é muito<br />

diversificada de acordo com<br />

região geográfica, grupo étnico<br />

e comportamento de risco<br />

(29)<br />

. Observa-se um aumento<br />

da soroprevalência referente à<br />

idade e ao sexo, na sua maioria<br />

mulheres com idade em média<br />

dos 40 anos. A prevalência nos<br />

estados brasileiros diferem de<br />

um estado para outro, sendo<br />

mais elevado nos estados da<br />

Bahia, Pernambuco e Pará (30) .<br />

lo, 4% entre os homossexuais no<br />

Rio de Janeiro e 9% nos profissionais<br />

do sexo (11) .<br />

Em pacientes com doenças<br />

hematológicas, ambos no estado<br />

do Rio de Janeiro, foi de 18,7% e<br />

usuários de drogas injetáveis na<br />

Bahia, apresentaram 35,2%. Os<br />

candidatos a doador de sangue<br />

foram encontradas prevalências<br />

variáveis: de 0,42% a 0,78% no<br />

Rio de Janeiro, em São Paulo<br />

0,15%, enquanto índices de até<br />

1,35% foram identificados na<br />

Bahia e Pernambuco (11) .<br />

18 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


A Tabela 1 apresenta a prevalência<br />

do vírus mundialmente,<br />

onde se encontra 14% de<br />

prevalência em Nova Guine no<br />

ano de 1990 (33) ; em 1991 nos<br />

Estados Unidos a prevalência<br />

era de 0,1% (34) ; no Uruguai, em<br />

1992, segundo Muchinik, foi<br />

de 0,75% (35) ; Reino Unido teve<br />

uma grande variação de 0,17%<br />

a 25% (36) ; Caribe, no ano de<br />

1995, também houve variação<br />

de 4% a 9% (37) ; o Japão em 1996<br />

obteve a maior prevalência, de<br />

17% a 25% (38) ; no Peru em 2003<br />

encontrou-se uma prevalência<br />

de 2,5% (39); Camarões e Nigéria<br />

no continente Africano, respectivamente,<br />

em 2009 e 2014,<br />

a prevalência apresentada foi<br />

de 5,0% e 1,0% (40, 41) .<br />

A Tabela 2 apresenta a prevalência<br />

do HTLV nos estados brasileiros.<br />

Segundo Cavalcanti Jr,<br />

em 1997, o estado do Rio Grande<br />

do Norte obteve uma prevalência<br />

de 0,1% (42) . No estado de<br />

São Paulo o resultado foi de 0,<br />

2% (43) , o Pará em 2002 obteve<br />

um resultado de 1,61% (44) , já<br />

em 2003 o Paraná apresentou<br />

0,12% (45) . Segundo Dourado I,<br />

em 2003, a Bahia obteve como<br />

prevalência de 3,25% (46) , Minas<br />

Gerais foi menor que 0,1% e<br />

Santa Catarina foi de 0,2% (47, 48) .<br />

No Rio Grande do Sul, segundo<br />

Garcia, em 2011, foi encontrada<br />

a prevalência de 0,11% (49) .<br />

No Paraná em 2003, o índice<br />

de prevalência foi de 0,04% e o<br />

Maranhão apresentou o resultado<br />

de 1,5% (50, 51) .<br />

Gestantes<br />

Entre as gestantes, deve-se ter<br />

uma maior preocupação com<br />

o HTLV, devido aos relatos de<br />

que a prevalência seja maior<br />

no sexo feminino (9) . O exame<br />

de detecção do HTLV não é<br />

obrigatório no pré-natal para<br />

gestantes (3) . A importância de<br />

se realizar o exame dá-se através<br />

da transmissão do vírus<br />

tratar-se de um problema de<br />

saúde pública, pois o mesmo<br />

pode causar doenças graves<br />

nas mães e/ou nos filhos (52) .<br />

Porém, em alguns estados<br />

como Goiás e Mato Grosso<br />

do Sul, é rotina a pesquisa do<br />

HTLV para gestantes, evitando,<br />

assim, a contaminação<br />

por aleitamento. Acredita-se<br />

que a amamentação tem o<br />

maior índice de transmissão,<br />

variando entre 15% a 25% nas<br />

mulheres infectadas (53) .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

19


Quando falamos de vidas<br />

que buscam respostas<br />

e correm contra o tempo,<br />

não medimos esforços<br />

para caminhar lado a lado<br />

com a saúde.<br />

Segundos são muito preciosos no processo...<br />

Por isso, as amostras biológicas que chegam<br />

para nós com suspeita de leucemia aguda, são<br />

analisadas em até 24 horas.<br />

Um laudo parcial é emitido e o médico é<br />

comunicado e caso ele tenha alguma dúvida<br />

sobre os exames, pode discutir com nossa<br />

equipe médica.<br />

sollutiodiagnosticos.com.br


Nosso domínio na área nos<br />

permite integrar diferentes<br />

técnicas laboratoriais, que<br />

resultam em respostas<br />

mais precisas,<br />

incorporando a<br />

imunofenotipagem ao<br />

cariótipo e marcadores<br />

específicos da biologia<br />

molecular<br />

LAUDOS INTEGRADOS


Autores: Thais Alves dos Santos, Allyne Cristina Grando.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

A Tabela 3 apresenta a prevalência<br />

entre gestantes em alguns<br />

estados brasileiros. Segundo<br />

Olbrich Neto, em 2004, no estado<br />

de São Paulo, a prevalência<br />

entre gestantes foi de 0,10% (54) ;<br />

em 2008, no Mato Grosso do Sul,<br />

foi de 0,13% (55) ; no Mato Grosso,<br />

o índice apresentado foi de<br />

0,20% (56) ; o Pará apresentou um<br />

índice de 0,30% (57) ; Maranhão e<br />

Bahia, respectivamente, obtiveram<br />

os maiores índices que foi<br />

de 0,30% e 1,05% (58, 59) .<br />

Considerações finais<br />

O retrovírus HTLV é bastante desconhecido<br />

ainda na população<br />

de forma geral. Existem poucos<br />

estudos sobre os tipos I e ll, ainda<br />

sendo mais escassos sobre os<br />

tipos lll e lV do vírus. Entretanto,<br />

o tipo HTLV l é o mais conhecido<br />

e o que apresenta mais estudos<br />

publicados, atualmente sendo<br />

associado a diversas patologias,<br />

como doenças autoimunes,<br />

neoplasias, encefalomielopatia,<br />

entre outras.<br />

Pelo fato de que a prevalência<br />

de todos os tipos de HTLV seje<br />

baixa, na maioria dos locais,<br />

questiona-se a assiduidade<br />

dos dados. As publicações que<br />

foram realizadas aconteceram<br />

em grupos específicos da<br />

população, como doadores de<br />

sangue e gestantes.<br />

Tendo em vista os dados apresentados,<br />

é imprescindível o<br />

incentivo de novos estudos<br />

sobre o HTLV, principalmente no<br />

Brasil. Além disso, é importante<br />

estimular as políticas de saúde<br />

pública para conhecimento e<br />

prevenção da população a respeito<br />

do vírus e seus efeitos.<br />

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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

23


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

INTERPRETAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL<br />

DOS CRISTAIS DA MORTE E OUTRAS ALTERAÇÕES<br />

QUALITATIVAS LEUCOCITÁRIAS<br />

Autores:<br />

Lumara Vitória Melatti *<br />

Profa. Ma. Maitê Marques da Silva **<br />

Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues **<br />

*Acadêmica de Biomedicina na Universidade de Caxias do Sul<br />

**Professor na Universidade de Caxias do Sul<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A literatura apresenta achados leucocitários que fogem<br />

à normalidade e apresentam associações a condições<br />

clínicas de grande risco. Tais achados auxiliam no<br />

entendimento das alterações hematológicas durante o<br />

acometimento de doenças e seu grau de complicação,<br />

e cabe aos profissionais da saúde, trabalhando na área<br />

laboratorial, reconhecer tais achados. Esse trabalho tem<br />

como objetivo descrever sete alterações leucocitárias,<br />

através de uma revisão na literatura, buscando expor<br />

mais sobre as alterações, descrevendo-as e relacionando-as<br />

a patologias de importância clínica. Artigos<br />

e livros foram selecionados para revisão das alterações<br />

leucocitárias, descrições e patologias associadas e seu<br />

grau de complicação, assim como importância da análise<br />

microscópica na busca desses achados.<br />

Abstract<br />

The literature presents leukocyte findings that go out<br />

of the normal range and present high-risk clinical<br />

conditions. Such findings help us understand the<br />

hematological changes during the onset of diseases<br />

and their degree of complication, so it is up to health<br />

professionals working in the laboratory to recognize<br />

such findings. This work aims to describe seven leukocyte<br />

alterations, through a literature review, seeking<br />

to expose more about the alterations, describing them<br />

and relating them to pathologies of clinical importance.<br />

Articles and books were selected for this review<br />

presenting leukocyte alterations, descriptions and<br />

associated pathologies and their degree of complication<br />

as well as the importance of microscopy analysis<br />

in the search for these findings.<br />

Palavras-chaves: alterações leucocitárias; cristais da<br />

morte; hematologia; alterações qualitativas.<br />

Keywords: leukocyte changes; death crystals;<br />

hematology; qualitative changes.<br />

26 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Introdução<br />

As anomalias leucocitárias são<br />

alterações na morfologia e fun-<br />

doença (CORADI; VIEIRA, 2021).<br />

Apesar dos avanços laboratoriais<br />

e da automação, a utiliza-<br />

Nível Superior (CAPES), utilizando<br />

as palavras-chave: “leucócitos”,<br />

“hematologia”, “alterações<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

ção dos leucócitos em geral.<br />

ção de microscopia ainda se faz<br />

leucocitárias", “cristais da mor-<br />

Na maioria das vezes quando<br />

necessária para averiguação de<br />

te”, “granulação tóxica”, "vacuo-<br />

ocorre a alteração morfológica<br />

células anormais em amostra de<br />

lização", “corpos de Döhle”,<br />

também ocorre a funcional, mas<br />

sangue periférico, uma vez que<br />

"corpúsculo de May-Hegglin”,<br />

a última pode ou não vir acom-<br />

o analisador eletrônico possui<br />

“síndrome de Chediak-Higashi",<br />

panhada de modificações em<br />

dificuldades para avaliar células<br />

“células de Mott”. Os critérios de<br />

sua forma celular (SILVA; COS-<br />

com alterações de forma e tama-<br />

aceitação para livros e artigos<br />

TA, 2020 apud LORENZI, 2015).<br />

nho, gerando um resultado qua-<br />

foram: textos publicados entre<br />

Diversas condições hereditárias<br />

litativo que necessita verificação<br />

os anos de 2013 e 2021 que<br />

ou patológicas podem causar<br />

(DA SILVA, et al, 2015).<br />

abordassem assunto da pesqui-<br />

essas alterações nos leucócitos,<br />

sa; estudos de casos; e artigos<br />

podendo estar associada a uma<br />

Sendo assim o objetivo deste<br />

e livros disponíveis nas línguas<br />

doença, anomalia, síndrome<br />

trabalho é expor algumas das<br />

portuguesa e inglesa. Os crité-<br />

hereditária ou adquirida (FAI-<br />

principais anomalias leucoci-<br />

rios de exclusão foram: textos<br />

LACE; FERNANDES, 2015; HOF-<br />

tárias adquiridas como cristais<br />

com referências antecedentes<br />

FBRAND; MOSS, 2018).<br />

da morte, granulações tóxicas,<br />

aos anos 2013; que relataram<br />

vacuolização<br />

citoplasmática,<br />

casos de alterações leucoci-<br />

Os dados fornecidos pelo hemo-<br />

corpos de Döhle e algumas das<br />

tárias em animais; e que não<br />

grama são essenciais dentro<br />

principais anomalias leucocitá-<br />

estão de acordo com os crité-<br />

da investigação das doenças<br />

rias hereditárias como corpús-<br />

rios de inclusão.<br />

hematológicas - através dele<br />

culo de May-Hegglin, síndro-<br />

é possível analisar variações<br />

me de Chediak-Higashi (CHS) e<br />

Revisão de Literatura<br />

quantitativas e qualitativas das<br />

células de Mott.<br />

Para elaboração do artigo de<br />

séries sanguíneas, sendo possí-<br />

revisão foram encontrados 11<br />

vel acompanhar a evolução de<br />

Metodologia<br />

livros e 67 artigos. Realizou-<br />

doenças e tratamentos (MELO;<br />

O estudo consiste em uma<br />

-se leitura completa e desses<br />

SILVEIRA, 2015). Devido à rapi-<br />

revisão narrativa de literatu-<br />

materiais, 6 livros e 14 artigos<br />

dez e fácil realização da conta-<br />

ra. Foram utilizados livros e<br />

foram citados no manuscrito<br />

gem diferencial de leucócitos,<br />

artigos científicos das seguin-<br />

por estarem de acordo com os<br />

esse exame auxilia a equipe<br />

tes bases de dados: PUBMED,<br />

critérios de inclusão e exclusão.<br />

médica quanto à classificação de<br />

Science Direct, Scientific Ele-<br />

A seguir são apresentados os<br />

pacientes graves ou não graves,<br />

tronic Library Online (Scielo) e<br />

dados pesquisados de acordo<br />

além de contribuir quanto ao<br />

Periódicos da Coordenação de<br />

com cada uma das alterações<br />

direcionamento da evolução da<br />

Aperfeiçoamento de Pessoal de<br />

leucocitárias selecionadas.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

27


Autores: Lumara Vitória Melatti, Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />

Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Cristais da morte<br />

Os cristais da morte são caracterizados<br />

pelas suas inclusões ver-<br />

está associado à natureza ácida<br />

e que levam a crer que são depósitos<br />

de lipofuscina (YANG, 2017;<br />

gulopatia e elevações de parâmetros<br />

da bioquímica como<br />

bilirrubina, fosfatase alcalina,<br />

des brilhantes, por vezes tam-<br />

GORUP, 2018; SOOS, 2019).<br />

gama glutamil transferase e a<br />

bém relatadas como azul-verde,<br />

troponina. Não há associação<br />

no citoplasma de neutrófilos e<br />

O nome “cristais da morte” deri-<br />

com idade ou sexo do pacien-<br />

monócitos, embora em monó-<br />

va da sua associação à morte<br />

te, tendo relatos de pacientes<br />

citos sua ocorrência seja mais<br />

iminente, uma vez que a maioria<br />

com idades variáveis de 12 a 92<br />

rara. Seu tamanho é variável e<br />

dos pacientes com esse achado<br />

anos. É comum a presença de<br />

apresenta-se em forma de bloco<br />

no sangue evoluiu para óbito e<br />

cristais da morte em associação<br />

ou circular, com suas bordas mal<br />

apesar de raras as inclusões dos<br />

com a vacuolização citoplasmá-<br />

definidas (Figura 1). A visualiza-<br />

cristais no sangue periférico, sua<br />

tica, corpos de Döhle e granula-<br />

ção dos cristais é difícil pois aco-<br />

aparição está associada: à sepse,<br />

ções tóxicas, principalmente em<br />

mete apenas a minoria dos neu-<br />

doenças hepáticas, COVID-19,<br />

doenças agudas (COURVILLE,<br />

trófilos, variando de 1-10% de<br />

acidose lática, doença renal,<br />

2017; YANG, 2017; HARRIS, 2019;<br />

presença em toda lâmina ava-<br />

anemia, trombocitopenia, coa-<br />

DIENSTMANN; et al, 2020).<br />

liada (HODGSON, 2015; YANG,<br />

2017; GORUP, 2018).<br />

Figura 1 – Presença das inclusões azul-esverdeadas em neutrófilos segmentados<br />

( A, B, D, E e F) e em monócito ( C)<br />

A origem dessa inclusão leucocitária<br />

é desconhecida. As principais<br />

hipóteses concentram-se<br />

na associação com a doença<br />

hepática, sugerindo que exista<br />

a fagocitose do dano hepatocelular<br />

pelos neutrófilos e monócitos<br />

devido a substâncias relacionadas<br />

à bile ou produtos de<br />

degradação lisossomal, gerando<br />

então alto teor de lipídios que<br />

Fonte: Vicente-Steijn et al; 2019.<br />

28 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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10 µL<br />

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Autores: Lumara Vitória Melatti, Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />

Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Granulação tóxica<br />

A granulação tóxica é caracterizada<br />

por apresentar coloração<br />

basofílica e com tamanho<br />

maior que a azurófila, podendo<br />

ser classificadas como finas,<br />

médias ou grosseiras (Figura<br />

2). As granulações também<br />

podem representar precipitação<br />

da proteína ribossomal que<br />

são causadas devido à toxicidade<br />

da metabolização dentro da<br />

célula (MELO; SILVEIRA, 2015).A<br />

aparição das granulações tóxicas<br />

reflete perturbação na<br />

maturação do leucócito devido<br />

à persistência dos grânulos azurófilos<br />

(RODRIGUES, 2019).<br />

A granulação tóxica ocorre em<br />

infecções que há uma grande<br />

liberação de neutrófilos na corrente<br />

periférica, que apresentam<br />

grânulos primários em abundância<br />

e não grânulos secundários<br />

que é o esperado de sua morfologia<br />

normal. Isso ocorre devido<br />

ao encurtamento no tempo de<br />

maturação das células precursoras.<br />

A chegada dos leucócitos<br />

no sangue periférico dá-se com<br />

Figura 2 – Neutrófilo com aumento na densidade de sua granulação, característico<br />

da granulação tóxica<br />

Fonte: KRAUS, 2015.<br />

excesso de granulações devido<br />

ao encurtamento da maturação<br />

(FAILACE; FERNANDES, 2015;<br />

RODRIGUES, 2019).<br />

O termo “granulação tóxica”<br />

vai ser utilizado para descrever<br />

o aumento de densidade da<br />

coloração assim como possível<br />

aumento no número de grânulos<br />

que ocorrem em infecções<br />

bacterianas e inflamações.<br />

Também pode ser decorrente<br />

da administração de fatores de<br />

crescimento de colônias granulocitárias<br />

(G-CSF), insuficiência<br />

hepática aguda, das neoplasias<br />

de células plasmáticas e<br />

anemia aplástica (BAIN, 2017).<br />

A alteração pode vir a ocorrer<br />

na gravidez, em queimaduras<br />

e tratamento quimioterápico<br />

(MELO; SILVEIRA, 2015),<br />

infecções sistêmicas, pneumonia,<br />

envenenamento, cânceres<br />

diversos e coma hepático<br />

(RODRIGUES, 2019).<br />

É possível haver a presença de<br />

falsas granulações - quando a<br />

célula é exposta a uma coloração<br />

na qual permaneceu por<br />

tempo prolongado ou então<br />

que apresentou diminuição<br />

do pH da solução (MELO; SIL-<br />

VEIRA, 2015).<br />

30 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Vacuolização citoplasmática<br />

Por ser inespecífica, a vacuolização<br />

citoplasmática (Figura<br />

3) irá variar de acordo com o<br />

leucócito que acometer. Em<br />

neutrófilos as vacuolizações<br />

ocorrem devido à fusão entre<br />

os grânulos com vacúolos<br />

fagocíticos e perda do conteúdo<br />

do lisossomo secundário,<br />

sendo infecção bacteriana a<br />

principal causa do acometimento.<br />

A ingestão de álcool<br />

sem moderação também<br />

pode provocar vacuolização,<br />

embora demonstre mais em<br />

precursores mieloides do que<br />

em neutrófilos. Em monócitos,<br />

as infecções bacterianas também<br />

podem afetar os vacúolos<br />

presentes nos mesmos,<br />

apresentando um aumento na<br />

vacuolização já presente na<br />

célula. Em eosinofilias reacionais<br />

e na síndrome hipereosinofílica<br />

é comum a aparição<br />

de vacúolos no citoplasma dos<br />

eosinófilos. Já em linfócitos é<br />

possível notar a alteração em<br />

doenças de sobrecarga lisossomal<br />

autossômica recessiva por<br />

deficiência enzimática, onde o<br />

produto metabólico pode ser o<br />

lipídio na doença de Wolman, ou<br />

Figura 3 – Vacuolização Citoplasmática em (A) monócito, (B) eosinófilo, (C) linfócito e<br />

(D) neutrófilo segmentado.<br />

Fonte: Adaptado de MELO; SILVEIRA, 2015<br />

então glicogênio, na doença de<br />

Pompe. Além de doenças e síndromes,<br />

a vacuolização também<br />

ocorre na anomalia de Jordan<br />

– que acomete todos os leucócitos,<br />

inclusive seus precursores<br />

(MELO; SILVEIRA, 2015).<br />

Em esfregaços sanguíneos a presença<br />

dos vacúolos é indicativa<br />

de sepse, quando a granulação<br />

tóxica se faz presente. Os vacúolos<br />

também podem ocorrer em<br />

casos de insuficiência hepática<br />

aguda (BAIN, 2017). Para pacientes<br />

em tratamento quimioterápico<br />

pode haver a aparição de<br />

vacuolização nas células brancas<br />

(MELO; SILVEIRA, 2015).<br />

Em casos nos quais o esfregaço<br />

demore a ser realizado<br />

após o decorrer da coleta, os<br />

vacúolos podem desenvolver<br />

artefatos na lâmina, devido<br />

ao anticoagulante ácido etilenodiaminotetracético<br />

(EDTA)<br />

sendo ideal a confecção do<br />

mesmo sem atrasos (BAIN,<br />

2017; MELO; SILVEIRA, 2015).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

31


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30x Completo<br />

44,00 horas<br />

1,94 horas<br />

0,64 horas<br />

0,16 horas<br />

Acelera 275x<br />

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100x Básico<br />

4,90 horas<br />

0,26 horas<br />

0,09 horas<br />

0,02 horas<br />

Acelera 245x<br />

WES Germinativo<br />

100x Completo<br />

5,04 horas<br />

0,32 horas<br />

0,11 horas<br />

0,03 horas<br />

Acelera 168x<br />

WGS Somático<br />

40x Tumor + 40x Normal<br />

58,20 horas<br />

5,17 horas<br />

1,74 horas<br />

0,44 horas<br />

Acelera 132x<br />

WES Somático<br />

400x Tumor + 400x Normal<br />

9,53 horas<br />

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Corpos de Döhle<br />

Os corpos de Döhle são pequenos,<br />

redondos ou ovais, com<br />

estruturas que apresentam<br />

cor azul pálida, normalmente<br />

encontradas na periferia de neutrófilos<br />

(Figura 4). Essas estruturas<br />

são constituídas de ribossomos<br />

e a liquefação do retículo<br />

endoplasmático (BAIN, 2017).<br />

Figura 4 – Setas apontando para os corpos de Döhle presentes nos neutrófilos<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

São geralmente associados a<br />

infecções bacterianas e a quadros<br />

infecciosos graves como<br />

escarlatina, pneumonia pneumocócica<br />

e erisipela, danos ao<br />

tecido como: queimaduras e<br />

inflamação, além de apresentarem-se<br />

na administração de<br />

fatores de estimulação de colônias<br />

granulocitárias e na gravidez<br />

(MELO; SILVEIRA, 2015; FAI-<br />

LACE; FERNANDES, 2015).<br />

Os corpos de Döhle possuem<br />

morfologia semelhante, embora<br />

não idêntica ao corpúsculo de<br />

May-Hegglin, e podem apresentar-se<br />

juntamente com a granulação<br />

tóxica e vacuolização citoplasmática<br />

nas células, sendo<br />

mais frequente em sangue de<br />

felinos (MELO; SILVEIRA, 2015).<br />

Fonte: Adaptado de LAZARCHICK, 2015.<br />

Corpúsculo de May-Hegglin glin são inclusões de coloração<br />

O corpúsculo de May-Hegglin azulada que aderem à parede<br />

é uma condição autossômica celular desses leucócitos e estão<br />

dominante caracterizada pela associados à presença de plaquetopenia<br />

e macroplaquetas<br />

destruição do retículo endoplasmático.<br />

Presentes em neutrófilos,<br />

eosinófilos e basófilos, gaço (Figura 5). De modo geral,<br />

(plaquetas gigantes) no esfre-<br />

os corpúsculos de May-Heg-<br />

é uma condição assintomática<br />

Figura 5 – Setas apontando para os corpúsculos de May-Hegglin nos neutrófilos<br />

Fonte: Adaptado de MELO; SILVEIRA, 2015;HOFFBRAND; MOSS, 2018.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

37


Autores: Lumara Vitória Melatti, Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />

Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

e não apresenta leucocitose<br />

ou desvio à esquerda. Os corpúsculos<br />

de May-Hegglin são<br />

mais proeminentes, permitindo<br />

distinção com o corpúsculo de<br />

Döhle (MELO; SILVEIRA, 2015;<br />

HOFFBRAND; MOSS, 2018).<br />

Figura 6 – Neutrófilo com as características tintoriais características da síndrome de<br />

Chediak-Higashi<br />

A anomalia de May-Hegglin<br />

também pode ser denominada<br />

de trombocitopenia familiar<br />

associada às inclusões leucocitárias.<br />

Essa trombocitopenia pode<br />

variar de discreta a moderada<br />

em associação com as plaquetas<br />

gigantes de 30 a 80 fL. O funcionamento<br />

das plaquetas não é<br />

alterado e o aumento do tempo<br />

de sangramento possui associação<br />

à intensidade de trombocitopenia<br />

(DA SILVA, 2015).<br />

Síndrome de Chediak-Higashi<br />

A síndrome de Chediak-Higashi<br />

é um distúrbio genético autossômico<br />

recessivo originado de<br />

uma mutação no gene regulador<br />

do transporte lisossomal, o<br />

LYST ou CHS1 (MENDES; CAR-<br />

TAXO, 2018). Caracterizado por<br />

apresentar-se em forma de grandes<br />

inclusões eosinofílicas que<br />

contém grânulos com variáveis<br />

características tintoriais (Figura<br />

6) (MELO; SILVEIRA, 2015).<br />

Fonte: MELO;SILVEIRA, 2015<br />

Os sintomas derivados da síndrome<br />

são resultantes das alterações<br />

funcionais dos melanócitos,<br />

plaquetas, neutrófilos e<br />

células natural killer (MENDES;<br />

CARTAXO, 2018). Há comprometimento<br />

da função celular<br />

que leva a fotofobia e albinismo<br />

oculocutâneo parcial, além<br />

de poder ocorrer em infecções,<br />

hemorragias graves, fotossensibilidade,<br />

perda de sensibilidade,<br />

fraqueza muscular,<br />

ataxia cerebelar e déficit cognitivo<br />

(MELO; SILVEIRA, 2015;<br />

MENDES; CARTAXO, 2018).<br />

Em cerca de 85% dos casos, a síndrome<br />

se apresenta como a forma<br />

avançada, caracterizada por<br />

pancitopenia, hemofagocitose<br />

e infiltrado linfocítico em todos<br />

os órgãos, ocasionando falência<br />

múltipla dos órgãos (MENDES;<br />

CARTAXO, 2018). A síndrome de<br />

Chediak-Higashi também pode<br />

ser confundida com a inclusão<br />

denominada pseudo-Chediak-Higashi,<br />

pois possuem alterações<br />

semelhantes, embora a segunda<br />

possa vir a ocorrer em leucemias<br />

agudas e na síndrome mielodisplásica<br />

(MELO; SILVEIRA, 2015).<br />

38 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Autores: Lumara Vitória Melatti, Profa. Ma. Maitê Marques da Silva,<br />

Profa. Ma. Adriana Dalpicolli Rodrigues.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Células de Mott<br />

As células de Mott possuem<br />

uma aparência de cacho de<br />

Figura 7 – Setas apontando para os plasmócitos com as inclusões de Russell,<br />

as células de Mott<br />

uvas devido às inclusões de<br />

IgG (corpos de Russell) no<br />

citoplasma da célula (Figura<br />

7) (NG; HALL, 2020). As células<br />

de Mott apresentam-se<br />

em vacúolos de imunoglobulinas<br />

de tamanho e quantidade<br />

variável no citoplasma dos<br />

plasmócitos. O surgimento do<br />

mesmo é frequente em casos<br />

reativos, embora possa aparecer<br />

em doenças de células<br />

plasmáticas (MELO; SILVEIRA,<br />

2015; RODRIGUES, 2019).<br />

Estudos mostraram que as<br />

inclusões são formadas por<br />

IgG condensados dentro de<br />

estruturas vesiculares derivadas<br />

de cisternas do retículo<br />

endoplasmático dilatado.<br />

Outros investigadores ligaram<br />

loci genéticos específicos<br />

à formação de células<br />

de Mott e hipergamaglobulinemia<br />

(BAVLE, 2013; NG;<br />

HALL, 2020). Os linfócitos<br />

Fonte: Vicari, 2021.<br />

respondem a infecções virais<br />

e outros estímulos aumentando<br />

seu valor na corrente sanguínea.<br />

Os linfócitos B que se<br />

diferenciam em plasmócitos<br />

são vistos em estágios intermediários<br />

de transformação<br />

e são denominados linfócitos<br />

plasmocitoides - que podem<br />

vir a conter imunoglobulinas.<br />

Essas inclusões podem ocorrer<br />

devido a alterações metabólicas<br />

(excessiva formação<br />

de lipídios no citoplasma), em<br />

pacientes com a doença de<br />

Tay-Sachs, na doença de Jordan<br />

(MELO; SILVEIRA, 2015;<br />

RODRIGUES, 2019) e em discrasias<br />

de células plasmáticas<br />

comuns em condições inflamatórias<br />

crônicas, doenças<br />

autoimunes como artrite reumatoide<br />

e tireoidite de Hashimoto;<br />

e condições raras como<br />

Wiskott-Aldrich (BAVLE, 2013;<br />

NG; HALL, 2020).<br />

Conclusão<br />

Alterações qualitativas como<br />

cristais da morte, vacuolização<br />

citoplasmática, granulações<br />

tóxicas, vacuolização<br />

citoplasmática, corpos de<br />

40 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Döhle, corpúsculo de May-<br />

-Hegglin, síndrome de Chediak-Higashi<br />

e células de<br />

Mott podem apresentar-se<br />

em situações clínicas de risco<br />

ao paciente. A avaliação<br />

de esfregaços hematológicos<br />

com esses achados auxilia no<br />

diagnóstico laboratorial de<br />

enfermidades que causam<br />

modificações na estrutura<br />

dos leucócitos, além de avaliar<br />

grau de acometimento da<br />

doença, pois há correlação<br />

com a clínica do paciente.<br />

Dessa forma, fica evidente a<br />

importância do conhecimento<br />

e avaliação microscópica<br />

correta das lâminas por profissionais<br />

da saúde responsáveis<br />

pelo setor laboratorial de<br />

hematologia.<br />

A avaliação microscópica da<br />

lâmina com os achados citados<br />

no artigo deve ser realizada<br />

por profissionais capacitados,<br />

que saibam reconhecer<br />

as alterações, visando uma<br />

interpretação correta para<br />

descrição da alteração no laudo<br />

laboratorial. As alterações,<br />

por serem qualitativas, devem<br />

ser relatadas nas observações<br />

do laudo sem necessidade<br />

de quantificação, buscando<br />

informar o clínico responsável<br />

pela solicitação do exame.<br />

Referências bibliográficas<br />

BAIN, Barbara J., Blood Cell Morphology in<br />

Health and Disease. Dacie and Lewis Practical<br />

Haematology, 12th Edition, Elsevier<br />

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COURVILLE, Elizabeth L.; CRISMAN, Susan;<br />

LINDEN, Michael A.; YOHE, Sophia. Green<br />

Neutrophilic Inclusions are Frequently<br />

Associated With Liver Injury and May Portend<br />

Short-Term Mortality in Critically Ill<br />

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DIENSTMANN, Guilherme; et al. Critical<br />

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monocyte cytoplasm in a healthy patient<br />

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FAILACE, Renato; FERNANDES, Flavo.<br />

Hemograma: manual de interpretação, 6<br />

ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2015.<br />

FREITAS, Elisangela Oliveira D.; GONÇALVES,<br />

Thayanne Oliveira de F. Imunologia, Parasitologia<br />

e Hematologia Aplicadas à Biotecnologia.<br />

São Paulo: Editora Saraiva, 2015<br />

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Inc. Volume 24 Number 00 2017.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

41


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

VACINAÇÃO INFANTIL<br />

Autores:<br />

Ana Maria Costa Silva,<br />

Fernanda Gabriela da Silva,<br />

Lívia Custódio Gonçalves,<br />

Daniela Santos Silva,<br />

Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />

Colégio Técnico ”Antônio Teixeira Fernandes”<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A vacinação infantil é um importante fator para o<br />

crescimento saudável de qualquer ser humano. Diante desta<br />

virtude constatou-se que alguns pais e/ou responsáveis<br />

ainda não sentem total segurança em relação às vacinas<br />

que estão no calendário de vacinação infantil. E através<br />

de pesquisas constatou-se que muitos não recebem<br />

informações suficientes sobre o porquê de se tomar aquela<br />

determinada vacina, ou até mesmo as reações que a mesma<br />

pode causar nas crianças. Sabe-se que cada vacina tem sua<br />

importância e que cada uma previne os bebês de diversas<br />

doenças perigosas. Contudo através deste artigo relata-se a<br />

importância da vacinação infantil e os cuidados que os pais e<br />

os profissionais da saúde precisam ter para obter um melhor<br />

resultado e passar segurança para as crianças e para os pais.<br />

Abstract<br />

Childhood vaccination is an important factor for the<br />

healthy growth of any human being. In view of this virtue,<br />

it was found that some parents and/or guardians still<br />

do not feel complete safety in relation to vaccines that<br />

are in the childhood vaccination schedule. And through<br />

research it has been found that many do not receive<br />

enough information about why they take that particular<br />

vaccine, or even the reactions it can cause in children.<br />

It is known that each vaccine has its importance and<br />

that each one prevents babies from various dangerous<br />

diseases. However, this article reports the importance<br />

of childhood vaccination and the care that parents and<br />

health professionals need to have to obtain a better result<br />

and pass safety to children and parents.<br />

Palavras-chaves: Vacinação Infantil. Importância da<br />

Vacinação Infantil. Calendário de Vacinação Infantil.<br />

Keywords: Childhood Vaccination. Importance of Childhood<br />

Vaccination. Childhood Vaccination Calendar.<br />

42 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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Autoras: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela da Silva, Lívia Custódio Gonçalves,<br />

Daniela Santos Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Introdução<br />

A vacinação é considerada uma<br />

das maiores conquistas da medicina,<br />

pois tem grande importân-<br />

em contato com a doença novamente,<br />

seu corpo saberá como<br />

combater esse vírus (SOUSA;<br />

VIGO; PALMEIRA; 2012). Por<br />

lução 510/2016 que diz: “pesquisa<br />

de opinião pública com<br />

participantes não identificados<br />

não necessitam de apreciação<br />

cia na erradicação de doenças<br />

causa disso os órgãos de saú-<br />

ética pelo CEP. Juntamente com<br />

infecciosas, por sua vez muitas<br />

de do mundo inteiro ciaram o<br />

essa pesquisa foi utilizada a téc-<br />

são prevenidas já na infância<br />

calendário de vacinação infantil,<br />

nica de análise de documento e<br />

por conta da vacinação infan-<br />

no Brasil e em outros países o<br />

revisão bibliográfica, para maior<br />

til (LESSA; SCHRAMM; 2015).<br />

Ministério da Saúde campanhas<br />

número possível de informações<br />

Dentre o calendário vacinal as<br />

e várias outras formas de atrair<br />

a serem compreendidas. Sites<br />

principais vacinas considera-<br />

a atenção da sociedade para a<br />

de artigos e revistas científicas<br />

das importantes para prevenir<br />

vacinação infantil foram feitas<br />

foram acessados e consultaram-<br />

contra doenças de crianças de<br />

para que ocorra uma vacinação<br />

-se diversos autores sobre diver-<br />

0 a 5 anos de idade são: Vacina<br />

em massa (SILVEIRA; SILVA;<br />

sas áreas relacionadas à saúde e<br />

BCG, Hepatite, Vacina oral de<br />

PERES; MENEGHIN; 2007).<br />

à vacinação infantil.<br />

poli vírus atenuados e vacina<br />

injetável de Poliovírus inativado,<br />

A pesquisa foi realizada, para<br />

Metodologia<br />

Vacina Rotavírus, Pneumocócica<br />

obter maior conhecimento<br />

A pesquisa feita para o presen-<br />

Conjugada, Influenza, Hepatite<br />

da vivência dos pais e suas<br />

te artigo teve como propósito<br />

A e B, Penta/DTP, Meningite,<br />

dificuldades quanto à área da<br />

ser exploratória e descritiva,<br />

Febre amarela, tetra viral, Trí-<br />

vacinação infantil. De acordo<br />

já que se notou a necessidade<br />

plice Viral (LESSA; SCHRAMM;<br />

com as abordagens utilizadas, o<br />

de serem realizadas pesquisas<br />

2015). Muitas oportunidades<br />

trabalho foi realizado para obter<br />

bibliográficas e pesquisas<br />

de vacinação são perdidas por<br />

dados qualiquantitativo, bus-<br />

de campo, para dessa forma<br />

alguns motivos como, falsas<br />

cando conter números para aju-<br />

obter maior conhecimento<br />

contraindicações de vacinação<br />

dar na compreensão da quanti-<br />

da vivência dos pais e suas<br />

e movimentos Antivacinas, pro-<br />

dade de pais e/ou responsáveis<br />

dificuldades quanto à área da<br />

blemas logísticos entre outros<br />

que sofrem dificuldade ou não<br />

vacinação infantil. De acordo<br />

(REY ,1996).<br />

para vacinar seus filhos, e quali-<br />

com as abordagens utilizadas,<br />

tativa para interpretar da melhor<br />

o trabalho foi realizado para<br />

A vacinação tem sua importân-<br />

forma possível as situações<br />

obter dados qualiquantitati-<br />

cia também para a prevenção de<br />

pelas quais levam a não vaci-<br />

vo, buscando conter números<br />

surtos ou epidemias. As vacinas<br />

nação completa das crianças.<br />

para ajudar a ter uma noção<br />

são feitas com vírus ou bactérias<br />

Coletou-se dados através de 10<br />

da quantidade de pais e/ou<br />

inativadas, que ao entrarem em<br />

perguntas feitas pela ferramen-<br />

responsáveis que sofrem difi-<br />

contato com o organismo de<br />

ta do “Google Forms”, na qual<br />

culdade ou não para vacinar<br />

um indivíduo ativa o seu siste-<br />

foi realizada de forma aleatória<br />

seus filhos, e qualitativa para<br />

ma imune, fazendo com que o<br />

e voluntária por moradores do<br />

interpretar da melhor forma<br />

sistema imune crie anticorpos e<br />

Vale do Paraíba (SP), sendo que<br />

possível as situações pelas<br />

ative suas células de memória.<br />

esses participantes não foram<br />

quais cada um enfrenta em<br />

Assim, quando a pessoa entrar<br />

identificados conforme a Reso-<br />

seu dia a dia.<br />

44 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Coletou-se dados através de 10<br />

perguntas feitas pela ferramenta<br />

do “Google Forms”, essa pesquisa<br />

foi realizada de forma aleatória<br />

que ocorra uma vacinação em<br />

massa (SILVEIRA; SILVA; PERES;<br />

MENEGHIN; 2007).<br />

A não vacinação é permitida<br />

legalmente apenas à pessoa<br />

que apresentar um documento<br />

feito e assinado por um médico<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

e voluntária por moradores do<br />

Quase 2 milhões de crianças<br />

constatando a contraindicação<br />

Vale do Paraíba (SP), sendo que<br />

morreram pela falta de imuniza-<br />

da aplicação da vacina no indi-<br />

esses participantes não foram<br />

ção através da vacina, e as causas<br />

víduo. No parágrafo único do<br />

identificados conforme a Reso-<br />

podem ser das mais diversas,<br />

Art. 14 do Estatuto da Criança<br />

lução 510/2016 que diz: “pes-<br />

sendo elas religião, mitos ou<br />

e do Adolescente constata<br />

quisa de opinião pública com<br />

estado econômico do país, tra-<br />

que “é obrigatória a vacinação<br />

participantes não identificados<br />

zendo assim a perda de milhões<br />

das crianças nos casos reco-<br />

não necessitam de apreciação<br />

de vidas. A vacinação tem sua<br />

mendados pelas autoridades<br />

ética pelo CEP”. Juntamente com<br />

importância também para a pre-<br />

sanitárias” (BARBIERI; COUTO;<br />

essa pesquisa foi utilizada a téc-<br />

venção de surtos ou epidemias.<br />

AITH; 2017).<br />

nica de análise de documento e<br />

As vacinas são feitas com vírus<br />

revisão bibliográfica, para que<br />

ou bactérias inativadas, que ao<br />

Normas técnicas e operacio-<br />

o seja exposto o maior número<br />

entrarem em contato com o<br />

nais da Vacinação Infantil<br />

possível de informações para o<br />

organismo de um indivíduo ativa<br />

Cada vacinação realizada<br />

corpo deste artigo. Sites de arti-<br />

o seu sistema imune, fazendo<br />

em uma unidade de saúde é<br />

gos e revistas científicas foram<br />

com que o sistema imune crie<br />

registrada e posteriormente<br />

acessados e consultaram-se<br />

anticorpos e ative suas células<br />

enviada para o Ministério da<br />

diversos autores sobre diversas<br />

de memória. Assim quando a<br />

Saúde, que enviará depois para<br />

áreas relacionadas a saúde e a<br />

pessoa entrar em contato com<br />

a Organização Panamericana<br />

vacinação infantil<br />

a doença novamente, seu corpo<br />

de Saúde. Essa base de dados<br />

saberá como combater esse vírus<br />

será o caminho para a avaliação<br />

Vacinação Infantil<br />

(SOUSA; VIGO; PALMEIRA; 2012).<br />

do desempenho de cada país,<br />

A vacinação é um cuidado<br />

estado ou cidade para que as<br />

que cada ser humano deve ou<br />

A vacinação é considerada<br />

ações vacinais sejam planejadas<br />

deveria ter recebido. A vacina<br />

uma das maiores conquistas da<br />

da melhor forma possível e se<br />

é responsável pela prevenção<br />

medicina, pois tem grande atu-<br />

encaixem na situação em que<br />

de diversos tipos de doenças, e<br />

ação na erradicação de doenças<br />

cada lugar se encontra. Os<br />

deve ser tomada principalmen-<br />

infecciosas. As doenças que são<br />

tipos de vacina, o número de<br />

te na infância. Por causa disso<br />

prevenidas já na infância por<br />

doses, a idade para a adminis-<br />

os órgãos de saúde do mundo<br />

conta da vacinação são muitas,<br />

tração de cada dose e o inter-<br />

inteiro ciaram o calendário de<br />

e que antigamente, quando não<br />

valo entre uma dose e outra,<br />

vacinação infantil, no Brasil e<br />

possuíamos esse recurso de pro-<br />

são cuidados que o Manual de<br />

em outros países o Ministério<br />

teção matavam inúmeros bebês<br />

Normas e Procedimentos para<br />

da Saúde campanhas e várias<br />

e crianças, e que hoje em dia são<br />

Vacinação do Ministério da<br />

outras formas de atrair a aten-<br />

erradicadas pelo uso correto e<br />

Saúde exige que o profissional<br />

ção da sociedade para a vaci-<br />

seguro da vacinação (LESSA;<br />

que aplicará a vacina siga rigo-<br />

nação infantil foram feitas para<br />

SCHRAMM; 2015).<br />

rosamente (FERRARI; 2021).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

45


Autoras: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela da Silva, Lívia Custódio Gonçalves,<br />

Daniela Santos Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

As atividades realizadas dentro<br />

da sala de vacinação sejam feitas<br />

em grupo formado por no míni-<br />

assumiu o cargo na Diretoria<br />

Geral de Saúde, mesmo queria<br />

erradicar a febre amarela, a<br />

varam que aquele estudo feito<br />

pelo Wakefield foi uma fraude<br />

e que as vacinas não causavam<br />

mo dois técnicos de enferma-<br />

peste bubônica e a varíola. A<br />

nada daquilo que ele havia<br />

gem, que são capacitados para<br />

população não aceitou suas<br />

falado. Por isso é de grande<br />

o manuseio das doses de forma<br />

medidas, e a partir disso uma<br />

importância que os cidadãos<br />

segura e correta, sabendo como<br />

revolta Antivacinas começou<br />

procurem em fontes confiáveis<br />

aplicar e conservar a vacina (OLI-<br />

no Rio de Janeiro. As pessoas<br />

informações sobre a vacinação<br />

VEIRA; 2013).<br />

que são a favor do movimento<br />

infantil, para que a mesmo<br />

Antivacinas possuem suas pró-<br />

ocorra em seu devido período e<br />

O Programa Nacional de Imuni-<br />

prias restrições, como não achar<br />

da forma correta, sendo aplica-<br />

zação é responsável por super-<br />

confiável, diversos sentimentos<br />

da por profissionais da área da<br />

visionar, implantar, normatizar<br />

e crenças, optam por acreditar<br />

saúde que estudaram e foram<br />

e avaliar as ações de imunização<br />

que as vacinas não são eficazes,<br />

capacitados para cumprir esse<br />

no Brasil. Ele traz estratégia e<br />

e os adultos que possuem esse<br />

trabalho. Atualmente (SILVA;<br />

faz com que a manipulação e<br />

tipo de pensamento, acabam<br />

TELES; ANDRADE; 2020; MELLO;<br />

acesso às vacinas seja facilitado<br />

transmitindo o mesmo para<br />

GERVITZ; 2020).<br />

e ocorra de forma correta. Ele<br />

seus filhos, deixando assim de<br />

regulamenta as técnicas que<br />

vacinar as crianças (MELLO; GER-<br />

Resultados e Discussão<br />

devem ser utilizadas, tornando-<br />

VITZ; 2020).<br />

A partir de resultados obtidos<br />

-as padrão em todo o território<br />

através de pesquisas de cam-<br />

nacional. O PNI atua também<br />

Os grupos Antivacinas fazem<br />

po e pesquisas bibliográficas<br />

na vigilância de eventos para<br />

o uso de informações falas,<br />

pode ser observado que quase<br />

que as pessoas estejam seguras<br />

embasamento em sites sem<br />

2 milhões de crianças mor-<br />

(ALBUQUERQUE; 2017).<br />

um fundo científico, a muitas<br />

rem pela falta de imunização<br />

vezes criam informações falsas,<br />

através da vacina, possuindo<br />

História do movimento Anti-<br />

como por exemplo o médico<br />

causas diversas como religião,<br />

vacinas<br />

Andrew Wakefield, que disse<br />

mitos ou estado econômico<br />

A OMS publicou uma lista<br />

que as crianças após um a vaci-<br />

(SOUZA; VIGO; PALMEIRA;<br />

de 10 coisas que ameaçam a<br />

nação desenvolviam autismo,<br />

2012). Segundo dados cole-<br />

saúde global, a hesitação em<br />

pois era possível encontrar em<br />

tados por meio de perguntas<br />

se vacinar ganhou o 4° lugar<br />

seus organismos vestígio de<br />

executadas de forma voluntá-<br />

(FLEMING; 2019).<br />

sarampo, que quando entra em<br />

ria e aleatória para moradores<br />

contato com a vacina desen-<br />

do Vale do paraíba realizadas<br />

A primeira revolução Antivaci-<br />

volve essa doença. Mas anos<br />

através da ferramenta do “Goo-<br />

nas no Brasil ocorreu em 1904,<br />

depois com mais pesquisas e<br />

gle Forms” nas quais conti-<br />

quando o médico Oswaldo Cruz<br />

informações cientistas compro-<br />

nham as seguintes perguntas:<br />

48 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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Autoras: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela da Silva, Lívia Custódio Gonçalves,<br />

Daniela Santos Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

1. Em qual região você reside ?<br />

2. Qual é a idade do (s) seu (s)<br />

filho (s)?<br />

Gráfico 1 – Deixou de levar seu filho para tomar algum tipo de vacina?<br />

3. A carteira de vacinação do seu<br />

filho está em dia ?<br />

4. Quando você vacinou seu (s)<br />

filho (s) , você foi orientado a<br />

qual tipo de doença ele estava<br />

sendo imunizado ?<br />

5. No seu ponto de vista, existe<br />

algum tipo de vacina que não é<br />

importante?<br />

6. Deixou de levar seu filho pra<br />

tomar alguma vacina ?<br />

7. Na sua região houveram campanhas<br />

sobre a importância da<br />

Vacinação infantil?<br />

8. Você incentiva outros pais a<br />

levarem seus filhos para vacinação<br />

?<br />

9. Quando você era criança, seus<br />

responsáveis te levavam para<br />

tomar vacina ?<br />

Fonte: as autoras, 2022<br />

Gráfico 2 – A carteira de vacinação do seu filho está em dia?<br />

Fonte: as autoras, 2022<br />

Sendo, 6,4% dos mesmos responderam<br />

que a carteira de pesquisa realizadas por meio<br />

em dados coletados através da<br />

vacinação de seus filhos não da ferramenta “Google Forms”<br />

está completa de acordo com cerca de 5,2% dos responsáveis<br />

10. Você acredita que o ato de<br />

vacinação previne a contração<br />

de possíveis doenças?<br />

A pesquisa indica que cerca de<br />

12,7% dos pais ou responsáveis<br />

que responderam ao formulário<br />

deixaram de levar seus filhos<br />

para tomar algum tipo de vacina.<br />

o calendário vacinal.<br />

A vacinação é considerada<br />

uma das maiores conquistas<br />

da medicina, pois atua na<br />

erradicação de doenças infecciosas<br />

(LESSA; SCHRAMM;<br />

2015), porém ainda com base<br />

não consideram importante<br />

algum tipo de vacina.<br />

E como resultados aproximadamente<br />

14,5% dos mesmos<br />

não incentivam outros pais ou<br />

responsáveis a levarem seus<br />

filhos para a vacinação.<br />

50 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Oliveira (2013), diz que “O<br />

programa nacional de imunização<br />

frisa que a prática de<br />

Gráfico 3 – No seu ponto de vista, existe algum tipo de vacina que<br />

não é importante?<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

imunização seja executada<br />

por profissionais capacitados<br />

para proceder com a conservação,<br />

manuseio e aplicações<br />

desses imunobiológicos”, e<br />

através de dados coletados<br />

pelo formulário de perguntas<br />

92,5% das pessoas informaram<br />

que foram orientadas<br />

pelo profissional de saúde<br />

a qual tipo de doença que a<br />

criança estava sendo imunizada,<br />

onde também 7,5% responderam<br />

que não receberam<br />

nenhum tipo de orientação<br />

Fonte: as autoras, 2022<br />

Gráfico 4 – Você incentiva outros pais e levarem seus filhos para vacinação?<br />

Fonte: as autoras, 2022<br />

por parte do profissional.<br />

A pesquisa ainda mostra que<br />

99,4% dos pais ou responsáveis<br />

que responderam ao formulário<br />

acreditam que o ato da<br />

vacinação previne a contração<br />

de possíveis doenças e 95,4%<br />

dos mesmos informam que<br />

quando crianças foram levados<br />

para a vacinação através de<br />

seus responsáveis.<br />

Com base na pesquisa realizada<br />

juntamente com pesquisas<br />

em sites de artigos e revistas<br />

científicas, é possível apontar<br />

algumas questões para análise<br />

a respeito da Vacinação Infantil.<br />

O questionário utilizado<br />

para esse artigo conteve 173<br />

respostas das quais 148 o que<br />

equivale a 85,5% dos pais e/<br />

ou responsáveis incentivam<br />

uns aos outros a levarem seus<br />

filhos a serem imunizados.<br />

Outro dado no qual foi levantado<br />

é que em 26% dos casos<br />

apresentados não tiveram<br />

contato com campanhas incentivando<br />

a vacinação, isso mostra<br />

que mesmo com tantos recursos<br />

como internet e meios de comunicação<br />

a cobertura informacional<br />

não foi realizada 100%.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

51


Autoras: Ana Maria Costa Silva, Fernanda Gabriela da Silva, Lívia Custódio Gonçalves,<br />

Daniela Santos Silva, Alessandra Alves de Souza Abou Hamia.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Conclusão<br />

Com base em pesquisas bibliográficas<br />

e pesquisas de campo,<br />

pode-se concluir que a vacinação<br />

se faz muito importante<br />

na prevenção de doenças<br />

principalmente com relação<br />

às crianças, já que a imunização<br />

é um dos pilares para o<br />

desenvolvimento imunológico<br />

dos mesmos. Os objetivos do<br />

trabalho foram alcançados os<br />

quais eram realizar pesquisas<br />

sobre a importância da vacinação<br />

infantil, a atuação dos<br />

profissionais da saúde na área<br />

de imunização, possíveis contradições<br />

vacinais e entender<br />

o ponto de vista dos pais ou<br />

responsáveis com relação à<br />

imunização de seus filhos já<br />

que muitas crianças ainda não<br />

possuem o calendário vacinal<br />

completo por motivos de<br />

religião, Fake News, mitos ou<br />

estado econômico do país.<br />

Referências<br />

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em: .<br />

SILVEIRA, A. S. DE A; SILVA, BRUNA MARIA<br />

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de agosto de 2022 Disponível em: < https://<br />

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25 de maio de 2022; pp. 115-124. Disponível<br />

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1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-<br />

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2017, v. 33, n. 2 . Acesso 25 maio 2022.<br />

Disponível em: . Epub 09 Mar 2017.<br />

ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/<br />

0102-311X00173315.<br />

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Serviço. 2021, Acesso em 25 Maio 2022]<br />

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1015-1021, Dec. 2013. Acesso em: 25 maio<br />

2022; Disponível em: <br />

OLIVEIRA, R. B.; HORTA, M. A. P.; VERANI, J.<br />

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ampliada do rotavírus. <strong>Revista</strong> Brasileira<br />

em Promoção da Saúde, [S. l.], v. 27, n. 1, p.<br />

140–148, 2014. DOI: 10.5020/2336. Acesso<br />

em: 25 maio. 2022. Disponível em: https://<br />

periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/2336.<br />

ALBUQUERQUE, L. C. Avaliação dos serviços<br />

de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde<br />

do Brasil. 2017. 116 f. Dissertação (Mestrado<br />

em Saúde Coletiva) - Universidade Federal<br />

do Maranhão, São Luis, 2017. Acesso 25<br />

MAIO 2022; Disponível em: http://tedebc.<br />

ufma.br:8080/jspui/handle/tede/1726<br />

FLEMING, M. Infectious Diseases Dominate<br />

WHO's List of 2019 Health Threats. Contagion<br />

Live, Cranbury, 23.01.2019. Acesso em: 25<br />

maio 2022; Disponível em: [www.contagionlive.com/news/infectious-diseases-dominatewhos-list-of-2019-health-threats].<br />

MELLO, C., G. O Movimento Antivacina: A<br />

contaminação ideológica, a escolha social,<br />

o direito e a economia. 2020. [Acessado<br />

em 25 MAIO 2022] Disponível em: https://<br />

www.thomsonreuters.com.br/content/dam/<br />

openweb/documents/pdf/Brazil/white-pa-<br />

per/rdm-5-cecilia-mello-e-luiza-gervitz-o-<br />

-movimento-antivacina.pdf<br />

RODRIGUES, S., M.; APARECIDA, S. T., L. .;<br />

GASPAR, S. A. Antivacinação: Um Movimento<br />

Consequente Na Realidade Brasileira. <strong>Revista</strong><br />

de Iniciação Científica e Extensão, [S. l.], v. 3,<br />

n. 2, p. 483–94, 2020. Acesso em: 25 maio.<br />

2022. Disponível em: https://revistasfacesa.<br />

senaaires.com.br/index.php/iniciacao-cientifica/article/view/307<br />

52 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


NOVEMBRO<br />

AZUL<br />

NA BECKMAN<br />

Teste da Beckman pode auxiliar na redução de<br />

biopsias desnecessárias e gastos extras<br />

No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do<br />

Instituto Nacional do Câncer (INCA). Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns<br />

sinais começam aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.<br />

A ferramenta p2PSA por quimioluminescência, oferecida pela Beckman Coulter é capaz de reduzir o número de biópsias<br />

negativas e proporcionar decisões mais confiáveis, em questão de minutos. A ideia é tornar o processo de diagnóstico<br />

mais rápido através de um exame de sangue mais simples e, consequentemente, diminuir o número de biópsias<br />

desnecessárias e melhorar os índices de diagnóstico na fase inicial da doença.<br />

Quando as medições de p2PSA são combinadas com os testes da Beckman PSA e PSA livre, o índice resultante<br />

demonstra uma melhora significativa na especificidade clínica para detecção do câncer de próstata, em relação ao PSA<br />

isolado, em homens com 50 anos de idade ou mais, com uma faixa de PSA de 2-10 ng/mL e sem achados suspeitos no<br />

exame de toque retal. Este índice resulta em uma probabilidade de câncer de próstata na biópsia do paciente, é<br />

conhecido como Índice de Saúde da Próstata ou phi. O phi aumenta a especificidade porque é uma combinação de três<br />

isoformas diferentes de PSA: PSA Total, PSA Livre e [-2] pro PSA.<br />

A Beckman Coulter, empresa inovadora, é parceira do laboratório e do médico na triagem do paciente com suspeita de<br />

câncer de próstata. Além de diminuir os custos na jornada do paciente, diminui consideralvemnte o número de<br />

pacientes que são levados a biópsias desnecessárias.<br />

Regularização ANVISA/MS nº: 10033120916<br />

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

COLEÇÃO: GESTÃO ECONÔMICA DE VANGUARDA<br />

PARA LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />

Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Introdução geral<br />

Em 2023, a Unidos Consultoria<br />

e Treinamento completou 23<br />

anos de existência, cumprindo<br />

fielmente a sua razão de existir:<br />

fazer o possível para socializar<br />

tudo que conhecemos sobre<br />

gestão de laboratórios clínicos,<br />

pois acreditamos firmemente<br />

que a divisão do conhecimento<br />

é na verdade, a multiplicação das<br />

oportunidades para todos, resultando<br />

em uma sociedade mais<br />

justa e um País melhor. Criamos<br />

o PROGELAB – Programa Nacional<br />

para Profissionalização da<br />

Gestão Laboratorial, cujo macro<br />

OBJETIVO é disponibilizar uma<br />

solução prática em gestão econômica<br />

profissional, com fundamento<br />

científico e em exemplos<br />

reais advindos da rotina do dia<br />

a dia dos laboratórios clínicos,<br />

para os gestores cuja formação<br />

não é administração, acessível<br />

não somente aos grandes, mas<br />

também aos pequenos e médios<br />

laboratórios. A VISÃO do PROGE-<br />

LAB é aumentar a competitivida-<br />

de e reduzir o risco de insolvência<br />

dos laboratórios clínicos do País,<br />

proporcionando a manutenção<br />

dos empregos e uma justa remuneração<br />

aos seus acionistas.<br />

Volume 1: FATORES DETERMI-<br />

NANTES PARA O SUCESSO DOS<br />

INVESTIMENTOS EM LABORA-<br />

TÓRIOS CLÍNICOS<br />

Generalidades<br />

Uma pergunta repetida incessantemente<br />

por todos que labutam<br />

nos negócios das análises clínicas<br />

é: como ter sucesso? Isto define<br />

o “Problema” a ser resolvido, portanto,<br />

é o tema central da Coleção<br />

“Gestão Econômica de Vanguarda<br />

para Laboratórios Clínicos”. Em<br />

decorrência, esperamos que esta<br />

traga a solução almejada para o<br />

referido problema. No que tange<br />

a produzir exames tecnicamente<br />

válidos para a sociedade, portanto,<br />

estamos nos referindo aqui a<br />

“Qualidade intrínseca” das informações<br />

geradas (exames) pelos<br />

laboratórios clínicos, que servirão<br />

de auxílio ao diagnóstico médico,<br />

essas devem ter os atributos<br />

de “Precisão” e “Exatidão”. Isto é<br />

proporcionado pelos controles<br />

internos e externos da qualidade.<br />

Não é a minha seara, pertence<br />

aos profissionais da área. Ainda,<br />

para os exames satisfazerem a<br />

condição de “Tecnicamente válidos<br />

para a sociedade”, devem ser<br />

entregues no prazo, local e forma<br />

previamente acordados, do contrário,<br />

não terão utilidade para<br />

o médico assistente. Sob a ótica<br />

de um empreendimento responsável,<br />

uma organização deve<br />

estar comprometida lato sensu<br />

com os clientes, empregados,<br />

fornecedores, sociedade e meio<br />

ambiente. Os exames devem<br />

ser produzidos em ambiente<br />

seguro e salutar para os trabalhadores<br />

e clientes, que devem ser<br />

atendidos na recepção e coleta,<br />

com educação, presteza, gentileza<br />

e empatia. A “Jornada do<br />

cliente” ou o “Ciclo de prestação<br />

dos serviços” deve estar inteiramente<br />

mapeado, com todos os<br />

“Momentos da verdade” claramente<br />

identificados. As ações<br />

54 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


preventivas devem ser tomadas<br />

de forma padronizada para os<br />

processos repetitivos, buscando<br />

evitar falhas, ou seja, problemas,<br />

resultados indesejados dos processos.<br />

No caso de ocorrência<br />

destas não conformidades, deve<br />

ser utilizada a técnica do MASP –<br />

Método de Análise e Solução de<br />

Problemas. O “PLANEJAMENTO<br />

ESTRATÉGICO” do laboratório<br />

elevados impõem “PREÇOS DE<br />

VENDA” altos, que nem sempre,<br />

ou melhor dizendo, dificilmente<br />

são aceitos pelo “MERCADO”.<br />

Nichos privilegiados de mercado<br />

podem proporcionar alto<br />

“TICKET MÉDIO” (valor médio dos<br />

exames – QUALIDADE DA RECEI-<br />

TA). Disto decorre abundância<br />

de “RECEITA”, que pode produzir<br />

“LUCROS” altos, mesmo com bai-<br />

As palavras em letras maiúsculas<br />

no item anterior (MASP; PLANE-<br />

JAMENTO ESTRATÉGICO; INDICA-<br />

DORES DE DESEMPENHO; BEN-<br />

CHMARKING; CONCORRÊNCIA;<br />

PDCA; MELHORIA CONTÍNUA;<br />

GQT; CUSTO; RISCO DE INSOL-<br />

VÊNCIA; PREÇOS DE VENDA;<br />

MERCADO; TICKET MÉDIO; QUA-<br />

LIDADE DA RECEITA; LUCROS;<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

clínico deve ter todas as metas<br />

xa “DEMANDA”. Nesta situação,<br />

DEMANDA;<br />

COMPETITIVIDADE;<br />

dos “INDICADORES DE DESEMPE-<br />

NHO” baseadas em processos de<br />

“BENCHMARKING” competitivo,<br />

ou seja, estabelecidas com fundamento<br />

na “CONCORRÊNCIA”.<br />

Finalmente, toda a gestão da<br />

organização, ou seja, a prática do<br />

controle de seus processos, deve<br />

ser feita utilizando o ciclo PDCA,<br />

método gerencial do terceiro<br />

até os laboratórios com gestão<br />

amadora, podem sobreviver e<br />

ter altas rentabilidades, ainda<br />

que com baixa “COMPETITIVI-<br />

DADE”. O risco é a invasão destes<br />

nichos por parte de concorrentes<br />

aguerridos. A situação mais usual<br />

é a do preço que o “MERCADO”<br />

está disposto a pagar, normalmente<br />

baixo. Esta condição força<br />

MERCADO; REDUZIDOS CUSTOS<br />

OPERAIONAIS; GANHO DE ESCA-<br />

LA; RECEITA), e tantas outras não<br />

citadas, são elementos chave<br />

para a gestão econômica de vanguarda<br />

em laboratórios clínicos,<br />

nos tempos atuais, ousaria dizer,<br />

no terceiro milênio. Eis aqui, o<br />

primeiro “Fator determinante<br />

milênio. Tudo isto deve assegurar<br />

os laboratórios clínicos a terem<br />

do sucesso”: GESTÃO ECONÔ-<br />

a “MELHORIA CONTÍNUA” dos<br />

processos, bem como proporcio-<br />

grandes fatias do mercado e<br />

“REDUZIDOS CUSTOS OPERACIO-<br />

MICA DE VANGUARDA!<br />

nar a capacidade de se adaptar<br />

mais rapidamente as mudanças.<br />

Vejam bem, caros leitores, estamos<br />

falando da chamada Gestão<br />

pela Qualidade Total – GQT (TQC<br />

em inglês). Deixamos propositalmente<br />

a dimensão “CUSTO” para<br />

o final. Ela vincula-se diretamente<br />

com o “RISCO DE INSOLVÊNCIA”<br />

do laboratório clínico. Custos<br />

NAIS” (GANHO DE ESCALA), do<br />

contrário, não sobreviverão. Em<br />

síntese, os laboratórios devem<br />

ser “COMPETITIVOS” para<br />

terem um futuro perene, permanecerem<br />

no mercado. Esta é<br />

a nossa seara!<br />

• Fatores determinantes para o<br />

sucesso dos investimentos em<br />

Uma construção sólida depende<br />

da fortaleza da sua base. Da<br />

mesma forma, o sucesso de um<br />

laboratório clínico vai depender<br />

do seu alicerce: educação lato<br />

sensu e competente formação<br />

técnica dos gestores, sejam<br />

sócios, investidores ou ambos.<br />

Eis aqui, o segundo “Fator<br />

operacionais (fixos e variáveis)<br />

laboratórios clínicos<br />

determinante do sucesso”.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

55


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GESTÃO LABORATORIAL<br />

O que normalmente ocorre no<br />

universo dos negócios na área<br />

das análises clínicas, é um erro<br />

elementar, cuja origem remonta<br />

aos currículos escolares que<br />

raramente preparam os profissionais<br />

técnicos para serem<br />

empreendedores. Em essência,<br />

ficam voltados para o exercício<br />

das suas especialidades, ignorando<br />

as questões básicas de uma<br />

gestão profissional de empresas.<br />

Disto decorre uma falha basilar,<br />

de rumo, estratégica: inexistência<br />

de avaliação precisa do<br />

mercado potencial para laboratórios<br />

clínicos, em determinada<br />

região. Eis aqui, o terceiro<br />

“Fator determinante do sucesso”.<br />

O investidor apressado,<br />

amador, vai abrir o seu negócio<br />

baseado no aspecto emocional,<br />

por gostar do lugar, por questões<br />

familiares, por um sonho, porque<br />

o (a) namorado (a) reside lá e,<br />

por aí vai! Este, talvez seja, o pior<br />

erro a ser cometido ao avaliar um<br />

determinado investimento, pois,<br />

repercute por toda a existência<br />

do negócio. O mercado deve ser<br />

avaliado nos seus aspectos qualitativos<br />

(valor do ticket médio)<br />

e quantitativo (equilíbrio entre<br />

oferta versus demanda). Isto vai<br />

impor aos investidores as estratégias<br />

corretas para uma operação<br />

eficiente. Ganho de escala; nichos<br />

privilegiados, mista? A correta<br />

avaliação da receita potencial<br />

permite determinar qual deve ser<br />

o foco da gestão: custos, volume<br />

de clientes, tratamento diferenciado?<br />

Todas as estratégias de<br />

operação do negócio, de uma<br />

forma ou outra, se correlacionam<br />

com o tipo de mercado, daí sua<br />

importância, a imperiosa necessidade<br />

de uma avalição profissional<br />

antes de investir!<br />

De certa forma, como uma<br />

estratificação do item anterior,<br />

o sucesso dos investimentos<br />

em laboratórios clínicos, passa<br />

por analisar os segmentos que<br />

compõem o mercado: número<br />

de habitantes por laboratório;<br />

número de médicos assistentes,<br />

por especialidade; número de<br />

empresas por tipo e porte etc.<br />

Eis aqui, o quarto “Fator determinante<br />

do sucesso”: análise<br />

estratificada do mercado com<br />

foco na concorrência.<br />

Outro aspecto a ser levado em<br />

consideração pelo investidor é a<br />

questão dos insumos, suprimentos<br />

de todos os tipos: reagentes,<br />

controles, calibradores, material<br />

descartável, material de escritório,<br />

equipamentos, laboratórios<br />

de apoio etc. A distância dos<br />

principais fornecedores, pois<br />

além do impacto nos custos, tem<br />

a questão do tempo necessário<br />

para repor os insumos. Eis aqui, o<br />

quinto “Fator determinante do<br />

sucesso”: a dimensão da complexidade<br />

inerente a logística<br />

dos insumos laboratoriais.<br />

Existe um fator que é parte integrante<br />

do anterior, entretanto,<br />

pela sua importância, deve ser<br />

analisado em separado quando<br />

da decisão de investir em laboratório<br />

clínicos. Trata-se da existência<br />

de mão de obra especializada.<br />

Eis aqui, o sexto “Fator determinante<br />

do sucesso”: disponibilidade<br />

local de mão de obra<br />

especializada.<br />

Finalmente, qualquer investidor,<br />

minimamente cauteloso, independentemente<br />

da área na qual<br />

vai investir, deve levar a efeito<br />

uma investigação, ou seja, uma<br />

análise minuciosa dos riscos<br />

envolvidos. O chamado “RISCO<br />

EMPRESARIAL TOTAL”. Por<br />

exemplo, os riscos oriundos do<br />

ambiente externo e interno do<br />

laboratório. Riscos políticos-legais,<br />

econômicos, demográficos,<br />

naturais, tecnológicos, sociais,<br />

de fornecedores, clientes, concorrentes,<br />

produtos alternativos,<br />

de liquidez, crédito, mercado, de<br />

estrutura de custos, de sucessão,<br />

fraudes, corporativos, de sistemas,<br />

de greves, falhas de produto,<br />

de infraestrutura, funcionais<br />

58 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


das diversas áreas (administrativa,<br />

compras, vendas, marketing,<br />

produção, logística, contábil e fiscal,<br />

financeira, distribuição e tecnologia<br />

da informação). Eis aqui,<br />

o sétimo “Fator determinante<br />

do sucesso”: análise detalhada<br />

do risco empresarial total.<br />

Conclusão<br />

De todos os sete fatores determinantes<br />

para o sucesso dos investimentos<br />

em laboratórios clínicos,<br />

seis deles ocorrem previamente<br />

ao ato de investir e, somente um<br />

ocorre antes, durante e após<br />

os investimentos. Trata-se da<br />

GESTÃO ECONÔMICA DE VAN-<br />

GUARDA! Sua importância fica,<br />

então, evidente. Repetimos, esta<br />

é a nossa seara. A Unidos Consultoria<br />

e Treinamento desenvolveu<br />

o PROGELAB – Programa Nacional<br />

para Profissionalização da Gestão<br />

Laboratorial, composto pelos<br />

segmentos de “CAPACITAÇÃO” e<br />

de “GESTÃO APLICADA”. Nestes<br />

são disponibilizados diversos cursos<br />

bem como vários produtos de<br />

tecnologia da informação, dentre<br />

os quais, destacamos o Sistema<br />

de Apoio à Decisão – Ranking<br />

Nacional da Competência<br />

Gerencial (SAD-RNCG). Nunca<br />

o apoio às decisões foi tão simples,<br />

completo, científico e acessível:<br />

identificação de problemas<br />

(diagnóstico) e análise de causas,<br />

proporcionando a visualização<br />

das ações corretivas e preventivas<br />

(soluções). Finalmente, este<br />

sistema contempla algo único<br />

em termos de gestão econômica<br />

para laboratórios, inédito mesmo<br />

mundialmente: o RANKING<br />

NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />

GERENCIAL! Tudo implantado à<br />

distância, via internet, acessível<br />

aos laboratórios de pequeno e<br />

médio porte. A utilização de um<br />

Sistema de Apoio à Decisão (SAD)<br />

decorre, fundamentalmente, da<br />

competição cada vez maior entre<br />

as organizações, bem como da<br />

necessidade de obter de forma<br />

rápida, informações cruciais para<br />

o processo decisório. Um SAD é<br />

responsável por captar e elaborar<br />

informações contidas em uma<br />

base de dados, transformando-<br />

-os em vantagem competitiva,<br />

para decidir de forma inteligente.<br />

Esperando termos contribuído<br />

para a gestão na área das análises<br />

clínicas, nos despedimos até a<br />

próxima <strong>edição</strong> da revista News-<br />

Lab.<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Humberto Façanha<br />

51-99841-5153<br />

humberto@unidosconsultoria.<br />

com.br<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />

curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

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VANGUARDA DO DIAGNÓSTICO POR IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA<br />

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indireta (IFA) estão entre os métodos<br />

de triagem fundamentais para<br />

a determinação de anticorpos, por<br />

exemplo, em doenças autoimunes<br />

ou infecciosas. A procura global<br />

de diagnósticos IFA está continuamente<br />

aumentando e para<br />

minimizar a carga de trabalho<br />

manual, especialmente no caso<br />

de grandes e médios volumes de<br />

amostras, assim como fornecer<br />

resultados altamente padronizados,<br />

são necessários sistemas de<br />

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sempre com o objetivo de aumentar<br />

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tado para automação completa<br />

dos testes de imunofluorescência<br />

indireta EUROIMMUN, desde a<br />

amostra primária até os resultados<br />

gerados pelo software. Além de<br />

realizar a incubação e lavagem das<br />

lâminas, realiza a montagem das<br />

lâminas, adquire as imagens e as<br />

transmite diretamente ao software<br />

EUROLabOffice 4.0 para avaliação<br />

automatizada. Assim, após o<br />

carregamento do sistema com as<br />

amostras, reagentes e lâminas, não<br />

são necessárias mais etapas manuais<br />

até a verificação do resultado.<br />

O equipamento tem capacidade<br />

para 160 amostras por corrida e,<br />

portanto, é ideal para laboratórios<br />

com rendimento médio de<br />

amostras que buscam alto grau de<br />

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durante todo o processo, garantindo<br />

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correta e rastreabilidade completa<br />

de todos os itens. Possui também<br />

um sistema de três agulhas para<br />

pipetagem eficiente de amostras,<br />

reagentes, meio de montagem e<br />

para lavagem. A aplicação automática<br />

de lamínulas é uma característica<br />

exclusiva deste sistema e garante<br />

que as lâminas não sequem. Para<br />

aquisição de imagens, o equipamento<br />

possui uma unidade de<br />

microscopia integrada de alta qualidade<br />

com foco automático e três<br />

objetivas que mudam automaticamente<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

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NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

NOVO ESTUDO ANALISOU CASO DE BRASILEIRO<br />

PARA ENTENDER MELHOR A “DOENÇA DA VACA LOUCA”<br />

Estudo analisou técnicas de diagnóstico e tratamento através de exames de neuroimagem.<br />

Por Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />

A Doença de Creutzfeldt-Jakob<br />

(DCJ) é uma doença neurológica<br />

rara que afeta o cérebro,<br />

principalmente o córtex cerebral<br />

e gânglios basais, e possui<br />

uma progressão é rápida que<br />

leva a um declínio cognitivo e<br />

físico grave, causando sintomas<br />

como perda de memória, dificuldades<br />

motoras, mudanças<br />

comportamentais e a completa<br />

incapacitação do paciente.<br />

A doença, popularmente conhecida<br />

como a “Doença da Vaca<br />

Louca”, pode se manifestar de<br />

duas formas diferentes, como<br />

Creutzfeldt-Jakob, ou Encefalopatia<br />

Espongiforme Bovina<br />

(EEB), que apesar de serem a<br />

mesma patologia, possuem causas<br />

diferentes, como genética e<br />

consumo de carne bovina contaminada<br />

com a doença.<br />

No entanto, a doença não tem<br />

cura, o que faz com que seu<br />

prognóstico seja fatal e bastante<br />

rápido, por isso, diversos<br />

estudos dedicam-se a identificar<br />

novas abordagens de diagnóstico,<br />

manejo e tratamento<br />

da condição para melhorar a<br />

sobrevida dos pacientes diagnosticados<br />

com a condição.<br />

Por ter uma proximidade com<br />

esse tipo de caso, algo que já<br />

ocorreu na minha família, me<br />

dediquei a estudá-lo e entendê-lo<br />

melhor, por isso, realizei<br />

um estudo, que recentemente<br />

foi finalizado e publicado na<br />

revista científica “Caderno<br />

pedagógico”. O estudo analisou<br />

o caso de um brasileiro de<br />

46 anos de idade que foi diagnosticado<br />

com a doença após<br />

sentir dores nas pernas, o que<br />

logo evoluiu para problemas<br />

de fala, dores de cabeça, fraqueza<br />

muscular, entre outros.<br />

No caso analisado, o paciente<br />

precisou realizar um teste<br />

genético para determinar se<br />

a doença se tratava de DCJ<br />

ou EEB, de forma a direcionar<br />

melhor seu tratamento através<br />

da identificação de possíveis<br />

mutações genéticas e associações<br />

a outras causas. Além<br />

disso, foram utilizados exames<br />

de neuroimagem, como Ressonância<br />

Magnética e Tomografia<br />

Computadorizada para<br />

analisar com mais precisão a<br />

evolução da doença, identificar<br />

as melhores técnicas de<br />

diagnóstico para a condição e<br />

medicamentos utilizados no<br />

manejo da doença.<br />

Apesar de atualmente a Doença<br />

de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)<br />

não ter cura, existem sim perspectivas<br />

favoráveis ao desenvolvimento<br />

de novos métodos<br />

de tratamentos que possam<br />

melhorar a qualidade de vida<br />

dos pacientes por meio de<br />

novas áreas que tem sido bastante<br />

exploradas pela ciência,<br />

como a nanotecnologia e uso<br />

de Inteligência Artificial, por<br />

isso, são necessários cada vez<br />

mais estudos na área.<br />

Autor:<br />

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />

www.deabreu.pt - www.pressmf.global - Instagram @fabianodeabreuoficial<br />

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology<br />

no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia<br />

com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society e Triple Nine Society. Autor de mais de<br />

200 artigos científicos e 15 livros.<br />

64 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


MATÉRIA DE CAPA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

69


LAB NEWS<br />

SEXAGEM FETAL: UMA REVOLUÇÃO DIAGNÓSTICA<br />

NA ERA DA MEDICINA PERSONALIZADA<br />

Por Andreza Patricia Marinho de Souza Martins<br />

Nos últimos anos, a sexagem<br />

fetal revolucionou a forma<br />

como determinamos o sexo do<br />

bebê antes do nascimento. Mas<br />

Essa técnica baseia-se na<br />

detecção de sequências do cromossomo<br />

no sangue da mãe,<br />

permitindo a determinação do<br />

subsequentes, foi um estudo<br />

pioneiro sobre a transferência<br />

de células fetais para a mãe.<br />

o que está por trás deste avanço<br />

tecnológico? Neste artigo,<br />

exploraremos a jornada da sexagem<br />

fetal, desde sua concepção<br />

até sua evolução no mercado<br />

atual. Além disso, teremos o<br />

prazer de ler com exclusividade<br />

a entrevista que fiz com Nelson<br />

Gaburo, Co-fundador & CEO<br />

da Sollutio Diagnósticos, para<br />

obter informações privilegiadas<br />

sobre esse teste inovador e suas<br />

nuances.<br />

sexo do feto de maneira menos<br />

invasiva do que os métodos tradicionais,<br />

como a amniocentese,<br />

que envolve procedimentos<br />

que carregam riscos de complicações.<br />

A origem e a evolução da sexagem<br />

fetal é uma linha do tempo<br />

bastante interessante, como<br />

veremos a seguir.<br />

Uma Breve Linha do Tempo<br />

• Um passo crítico no desenvolvimento<br />

da sexagem fetal não<br />

invasiva foi o aprimoramento da<br />

tecnologia de amplificação de<br />

DNA. A PCR (Reação em Cadeia<br />

da Polimerase), desenvolvida<br />

na década de 1980, permitiu<br />

a amplificação seletiva de segmentos<br />

de DNA, tornando possível<br />

a detecção de fragmentos<br />

de DNA fetal em amostras de<br />

sangue materno.<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

A Origem e a Evolução da<br />

Sexagem Fetal<br />

A descoberta do DNA fetal livre<br />

no plasma de gestantes, combinada<br />

com a alta sensibilidade<br />

das técnicas de biologia molecular<br />

que permitem a detecção<br />

de quantidades ínfimas de<br />

ácidos nucleicos, possibilitou<br />

o desenvolvimento de novos<br />

Sobre a Sexagem Fetal<br />

Vamos viajar no tempo para<br />

entender a evolução da sexagem<br />

fetal, desde os primeiros<br />

estudos em 1969 até os avanços<br />

tecnológicos que tornaram<br />

acessíveis a um público<br />

mais amplo.<br />

• O artigo "Implicações práticas<br />

e teóricas da transferência fetal-<br />

• Nos anos seguintes, pesquisadores<br />

identificaram marcadores<br />

cromossômicos específicos<br />

que diferenciam os cromossomos<br />

sexuais masculinos (XY)<br />

dos femininos (XX). Isso foi fundamental<br />

para a sexagem fetal,<br />

pois permitiu o desenvolvimento<br />

de testes que se baseiam na<br />

detecção desses marcadores.<br />

testes não invasivos,expandindo-se<br />

para a avaliação dos<br />

cromossomos sexuais<br />

-materna de linfócitos" publicado<br />

no Lancet (1969), lançado<br />

como base para pesquisas<br />

• Para melhorar a sensibilidade<br />

e a precisão dos testes de sexagem<br />

fetal, os estudiosos desen-<br />

70 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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LAB NEWS<br />

volveram técnicas de separação<br />

que isolam o DNA fetal do DNA<br />

materno no sangue da mãe.<br />

Isso ajudou a reduzir o risco de<br />

resultados incorretos devido à<br />

À medida que essas técnicas se<br />

desenvolveram e se tornaram<br />

mais acessíveis, laboratórios<br />

começaram a comercializar testes<br />

de sexagem fetal não invasiva.<br />

Com a automação de processos<br />

e avanços na tecnologia de<br />

análise de DNA, os laboratórios<br />

agora podem oferecer testes<br />

mais precisos e rápidos. A qua-<br />

contaminação materna.<br />

• 1989-1998: Uma série de estudos<br />

liderados por Lo Y.M. e sua<br />

O teste de sexagem se tornou<br />

amplamente disponível, oferecendo<br />

às famílias a oportunidade<br />

de conhecer o sexo do bebê<br />

lidade no quesito sensibilidade<br />

se tornou uma prioridade,<br />

garantindo que os resultados<br />

sejam confiáveis e seguros.<br />

equipe, marcaram a identificação,<br />

a confirmação e a quantificação<br />

de DNA fetal no sangue<br />

materno. Lembrando que a<br />

base para o desenvolvimento<br />

da sexagem fetal não invasiva<br />

reside na observação de que o<br />

DNA fetal pode ser encontrado<br />

no sangue da mãe durante a<br />

gravidez.<br />

já nas primeiras semanas de<br />

gestação, evoluiu de métodos<br />

mais tradicionais de determinação<br />

do sexo fetal para uma<br />

abordagem não invasiva.<br />

O objetivo da Sexagem Fetal<br />

O principal objetivo da sexagem<br />

fetal é fornecer ao futuros pais<br />

informações sobre o sexo do<br />

feto de forma precoce e precisa.<br />

Uma das questões fundamentais<br />

na sexagem fetal é<br />

a diferença entre os testes<br />

automatizados e os manuais.<br />

Embora os testes automatizados<br />

sejam geralmente mais<br />

precisos e menos suscetíveis<br />

a erros humanos, os testes<br />

manuais podem ter limitações<br />

que podem levar a resultados<br />

• A qPCR, introduzida na<br />

década de 1990, permitiu<br />

uma análise mais precisa do<br />

DNA fetal circulante. Ela tornou<br />

possível a quantificação<br />

de DNA fetal, o que é essencial<br />

para determinar o sexo fetal<br />

de maneira confiável.<br />

A sexagem fetal é, principalmente,<br />

para fins informativos<br />

e de preparação para a chegada<br />

do bebê.<br />

A seguir veremos como a qualidade<br />

e a automação fazem parte<br />

da evolução de testes cada<br />

vez mais sensíveis e assertivos.<br />

discrepantes. A automação<br />

desempenha um papel vital na<br />

padronização dos processos.<br />

As variáveis envolvidas na<br />

análise do DNA fetal devem<br />

ser cuidadosamente avaliadas<br />

para garantir a confiabilidade<br />

dos resultados.<br />

• Primeira década de 2000:<br />

Surgiram vários estudos que<br />

investigaram a presença de<br />

DNA fetal livre e células fetais<br />

intactas no sangue materno<br />

durante os primeiros trimestres<br />

da gravidez.<br />

A Evolução da Qualidade e da<br />

Automação<br />

As experiências evidenciadas<br />

ao longo dos anos trouxeram<br />

uma necessidade de conhecer e<br />

ter um maior rigor relacionado<br />

às boas práticas na realização<br />

da sexagem fetal.<br />

Limitações do teste<br />

Existem limitações pré-analíticas<br />

que podem afetar os<br />

resultados. Compreender essas<br />

especificações e seguir as<br />

orientações é crucial para evitar<br />

conclusões incorretas.<br />

72 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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1. Swine flu H1N1 virus<br />

2. Influenza A (seasonal H3N2 & seasonal H1N1)<br />

3. Influenza B<br />

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Limite da Detecção :<br />

Swine flu H1N1 – 2 copies/µl<br />

Influenza B – 2 copies/µl<br />

Influenza A – 4 copies/µl<br />

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LAB NEWS<br />

Para entender um pouco mais<br />

sobre o teste, assim como as suas<br />

limitações, convidei um profissional<br />

que é referência quando<br />

falamos de exames de alta complexidade<br />

para uma entrevista<br />

exclusiva: Nelson Gaburo!<br />

Andreza Martins: Olá, Nelson.<br />

Obrigado por compartilhar<br />

seu conhecimento sobre a<br />

sexagem fetal conosco. Para<br />

começar, você poderia nos<br />

explicar o conceito por trás<br />

do teste de sexagem fetal e<br />

como ele entrou no mercado?<br />

Nelson Gaburo: Claro, é um prazer<br />

estar aqui. A sexagem fetal é<br />

um teste não invasivo que permite<br />

determinar o sexo do feto<br />

durante a gravidez, analisando o<br />

DNA fetal presente na circulação<br />

sanguínea da mãe. A técnica<br />

ganhou destaque no início dos<br />

anos 2000, mas sua evolução é<br />

resultado de décadas de experiência<br />

na oferta do teste em<br />

laboratórios privados e de apoio.<br />

Inicialmente, esse tipo de teste era<br />

mais complexo e caro, tornando-<br />

-o menos acessível. Atualmente,<br />

a sexagem fetal é amplamente<br />

oferecida em muitos laboratórios<br />

e clínicas, tornando-se uma<br />

ferramenta mais disponível e<br />

conveniente para gestantes.<br />

AM: Poderia nos fornecer<br />

uma breve linha do tempo<br />

de desenvolvimento do teste<br />

de sexagem fetal ao longo<br />

destes anos?<br />

NG: Com certeza. A sexagem fetal<br />

evoluiu muito ao longo das décadas.<br />

Começou com os primeiros<br />

estudos lá na década de 1960,<br />

quando pesquisadores perceberam<br />

a transferência de células<br />

do sistema imune da mãe para o<br />

feto através da barreira placentária.<br />

Esse seria o pontapé inicial<br />

para estudos que viriam adiante,<br />

tanto que no final dos anos 1980<br />

e início dos anos 1990, Dr. Dennis<br />

Lo sua equipe, desenvolveram<br />

técnicas de amplificação de DNA<br />

que permitiram a identificação,<br />

confirmação, quantificação de<br />

DNA fetal no sangue materno,<br />

até chegar na detecção do sexo<br />

neste mesmo material.<br />

AM: E qual é o principal objetivo<br />

da sexagem fetal?<br />

NG: O exame de sexagem fetal é<br />

um exame não invasivo utilizado<br />

para determinar o sexo do bebê<br />

através da pesquisa de DNA fetal<br />

no plasma materno. Essa informação<br />

pode ser importante para<br />

planejar, estabelecer vínculos<br />

emocionais com o bebê e preparar-se<br />

para a chegada do novo<br />

membro da família.<br />

AM: Para exames de alta<br />

complexidade, sabemos o<br />

quanto a sensibilidade é<br />

importante, não é mesmo? E<br />

na sexagem fetal?<br />

NG: “A sensibilidade é essencial<br />

em qualquer exame laboratorial,<br />

incluindo a sexagem fetal.<br />

A sensibilidade do teste de sexagem<br />

fetal indica quão eficaz o teste<br />

é em identificar corretamente o<br />

sexo do feto. Uma alta sensibilidade<br />

é fundamental para garantir<br />

que o teste seja capaz de detectar<br />

com precisão o sexo fetal.<br />

A precisão é fundamental, pois<br />

resultados inconclusivos podem<br />

levar a interpretação e decisões<br />

equivocadas ou a expectativas<br />

específicas. Importante ressaltar<br />

que a sensibilidade analítica se<br />

dá por um conjunto de etapas<br />

que vão de uma extração eficiente<br />

do material genético, volume<br />

eluído, concentração de amostra<br />

por reação e até mesmo com a<br />

utilização de dois alvos com objetivo<br />

de aumentar a sensibilidade<br />

do teste característica de cada<br />

laboratório.<br />

O ensaio de sexagem, quando<br />

realizado a partir da 8ª semana<br />

completa de gestação, apre-<br />

74 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


senta uma sensibilidade analítica<br />

superior a 99%. Entretanto,<br />

é importante salientar que a<br />

realização do exame em idade<br />

gestacional inferior a este período<br />

pode comprometer a precisão<br />

do teste exatamente pela<br />

baixa fração fetal durante o<br />

primeiro trimestre de gravidez.<br />

Portanto, é de extrema importância<br />

fornecer informações<br />

NG: A automação desempenha<br />

um papel vital na melhoria da<br />

qualidade e na eficiência dos<br />

testes de sexagem fetal. Ela<br />

reduz o risco de erros humanos,<br />

aumenta a consistência dos<br />

resultados e agiliza o processo<br />

de análise. Além disso, a automação<br />

permite processar um<br />

grande volume de amostras,<br />

tornando o teste mais acessível<br />

e disponível para um maior<br />

NG: Os desafios técnicos são muitos!<br />

Eu vou elencar três deles:<br />

Primeiro, ter uma técnica de<br />

extração de DNA eficiente.<br />

A concentração de DNA fetal<br />

presente na amostra materna é<br />

determinante e um desafio, por<br />

isso é sugerido que a coleta do<br />

sangue materno seja feita a partir<br />

da 8ª semana de gestação.<br />

LAB NEWS<br />

sobre a idade gestacional com<br />

número de gestantes.<br />

Segundo desafio, prevenir<br />

maior acurácia.<br />

Estes dados são tão importantes<br />

que quando se compara o Ultrassom<br />

(US) com a sexagem fetal, só<br />

alcança sensibilidade semelhante<br />

ao teste molecular próximo à<br />

13ª e 14ª semana de gestação.<br />

Dessa forma, é possível que haja<br />

discrepâncias entre os resultados<br />

A agilidade é outra vantagem<br />

da automação que combina<br />

a segurança do ensaio com a<br />

necessidade de atender o cliente<br />

com maior eficiência. Inclusive,<br />

a Sollutio que nasceu ágil em<br />

função da oncohematologia,<br />

não necessitou de adaptação de<br />

seus processos, sendo a rapidez<br />

uma característica singular. Des-<br />

a contaminação. A principal<br />

preocupação é evitar a contaminação<br />

cruzada das amostras,<br />

uma vez que mesmo pequenas<br />

partículas de DNA masculino em<br />

outras amostras podem levar a<br />

resultados incorretos, todo o processo<br />

analítico deve ser feito por<br />

um profissional do sexo feminino.<br />

do Ultrassom e do teste molecu-<br />

sa forma, a sexagem, e grande<br />

Terceiro, análise e conhecimen-<br />

lar, dependendo do momento em<br />

que os exames forem realizados<br />

para comparação.<br />

parte do portfólio, se destacam<br />

e tem como diferencial cumprimento<br />

dos prazos.<br />

to. Ter o conhecimento do processo<br />

como um todo e mantê-lo<br />

atualizado em relação às técnicas,<br />

AM: Bom, como já que estamos<br />

falando de sensibilidade<br />

e qualidade, quais são os<br />

benefícios de adotar a automação<br />

na realização do teste<br />

AM: Eu acredito que um exame<br />

como esse deva ter uma série<br />

de desafios para os laboratórios,<br />

não é verdade? Se possível,<br />

conte para nós quais são os<br />

desafios técnicos mais comuns<br />

é muito importante para que erros<br />

sejam evitados. Na hora final de<br />

liberar o resultado você tem que<br />

fazer a junção de todas as informações<br />

recebidas da gestante e<br />

fazer análise de consistência para<br />

de sexagem fetal?<br />

associados à sexagem fetal?<br />

a precisão do resultado.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

75


Triagem<br />

neonatal<br />

Uso exclusivo de<br />

instrumentos e<br />

reagentes<br />

aprovados e<br />

regulamentados<br />

pela Agência<br />

Nacional de<br />

Vigilância Sanitária<br />

(ANVISA).<br />

Em outubro de 2023, o laboratório Guthrie<br />

Pesquisa e Diagnóstico registrou o maior<br />

crescimento de pacientes triados para o<br />

teste do pezinho com um expressivo<br />

aumento de 188% em relação ao mesmo<br />

mês de 2022. Esse dado corresponde ao<br />

planejamento estratégico de contínua<br />

inovação e expansão para oferecer um<br />

serviço de excelência ao mercado de<br />

triagem neonatal.<br />

No segundo semestre de 2023, inserimos a<br />

pesquisa da succinilacetona, que é o<br />

composto principal para o diagnóstico da<br />

doença de Tirosinemia tipo 1.<br />

É um erro congênito do metabolismo<br />

da tirosina, que causa o acúmulo do<br />

aminoácido no plasma, urina e tecidos<br />

tornando potencialmente tóxicos,<br />

especialmente a succinilacetona.<br />

Uma criança acometida com a<br />

tirosinemia tipo 1, pode manifestar os<br />

sintomas como uma insuficiência<br />

hepática de forma fulminante,<br />

hepatite indolente sub-clínica,<br />

neuropatia periférica dolorosa e<br />

disfunção tubular renal. Os que<br />

sobrevivem em prazo prolongado têm<br />

alto risco de desenvolver carcinoma<br />

hepático.


triagem neonatal<br />

Na 14ª <strong>edição</strong> do Prêmio Top Master<br />

Engenharis, o laboratório foi destacado para<br />

ser homenageado na categoria: Saúde-<br />

Hospitar/Clinicas/Laboratorios - Triagem<br />

Neonatal, uma realização das entidades,<br />

INST. METROPOLITANO ENGENHARIA E<br />

TECNOLOGIA, ENGENHEIROS DA UFMG e<br />

da BIS CONECTIV.<br />

visite o nosso site através do QR CODE ao<br />

lado e confira todos os perfis de exames<br />

realizados pelo laboratório.<br />

Diagnóstico Precoce<br />

Na triagem neonatal, o diagnóstico<br />

precoce é fundamental para dar início ao<br />

tratamento antes do bebê adquirir<br />

qualquer sequela irreversível. O nosso<br />

comprometimento é realizar os exames a<br />

partir das 24 primeiras horas de vida do<br />

bebê, que só é possível através da<br />

metodologia avançada de diagnóstico por<br />

espectrometria de massas em tandem.<br />

A equipe médica do laboratório, formada<br />

por geneticistas especializados na área,<br />

reforçam essa importância pois as doenças<br />

hereditárias são graves e as complicações<br />

podem ser devastadoras.<br />

Transtornos hereditários que passam<br />

despercebidos até que os sintomas se<br />

desenvolvam pode causar complicações<br />

ao longo da vida, incluindo retardo mental,<br />

deficiência e incapacidade física. Recémnascidos<br />

que são rastreados e<br />

diagnosticados precocemente podem<br />

receber tratamento antes que os sintomas<br />

se desenvolvam.<br />

Com a realização do painel “master”,<br />

rastreamos mais de 85 patologias, ente<br />

elas: Imunodeficiência Congênita Grave -<br />

SCID, Doenças Lisossômicas, Atrofia<br />

Muscular Espinal e Erros Inatos do<br />

Metabolismo.<br />

Contato: (61) 3045 4004 (61) 98286 7432 e-mail: contato@guthrielaboratorio.com


LAB NEWS<br />

AM: Nelson, você poderia<br />

falar sobre as limitações do<br />

teste de sexagem fetal e fornecer<br />

algumas orientações<br />

pré-analíticas importantes?<br />

AM: Nelson, é importante<br />

mencionar que, embora a<br />

sexagem fetal seja um teste<br />

destinado a verificar o sexo<br />

do bebê, já vimos em alguns<br />

um teste abrangente de genética<br />

fetal. Embora seu objetivo<br />

principal seja determinar o sexo<br />

do feto, é possível que, em casos<br />

raros, o teste revele inconsistên-<br />

NG: “Claro, as limitações incluem<br />

situações raras, como mosaicismos<br />

genéticos maternos ou anomalias<br />

casos resultados inconclusivos.<br />

Podemos nos explicar<br />

por que isso acontece e se há<br />

cias relacionadas ao sexo. No<br />

entanto, essas descobertas não<br />

devem ser confundidas com<br />

cromossômicas fetais, que podem<br />

afetar a interpretação do teste.<br />

Recomendamos aos profissionais<br />

de saúde que conheçam o histórico<br />

da gestante, considerem o contexto<br />

clínico e adotem práticas rigorosas<br />

de coleta e processamento de<br />

amostras para minimizar erros.<br />

alguma relação com possíveis<br />

alterações genéticas nas<br />

amostras?<br />

NG: Claro, essa é uma questão<br />

crucial. Resultados inconclusivos<br />

podem ocorrer por várias<br />

razões. Em alguns casos, a con-<br />

uma análise abrangente de<br />

saúde fetal. Para esse fim, outros<br />

testes genéticos mais específicos<br />

podem ser necessários.<br />

Portanto, é fundamental que<br />

as gestantes e os profissionais<br />

de saúde compreendam que a<br />

AM: Para confirmar, você<br />

pode explicar a seguinte<br />

afirmação sobre a sexagem<br />

fetal: “A sexagem fetal não é<br />

um teste para prever doenças<br />

genéticas, mas para determinar<br />

o sexo fetal?<br />

centração de DNA fetal em uma<br />

amostra pode ser insuficiente<br />

para uma análise precisa. Isso<br />

pode ocorrer quando se faz o<br />

teste antes da oitava semana<br />

completa de gestação ou em<br />

situações clínicas específicas.<br />

sexagem fetal é uma ferramenta<br />

específica e que resultados<br />

inconclusivos não devem ser<br />

interpretados automaticamente<br />

como restrição de problemas<br />

genéticos. Eles deverão ser avaliados<br />

de forma adequada e, se<br />

NG: É crucial que todos compre-<br />

Além disso, fatores pré-analíti-<br />

necessário,<br />

complementados<br />

endam a natureza da sexagem<br />

fetal. Ela é uma ferramenta de<br />

identificação do sexo do feto, não<br />

uma análise genética profunda.<br />

Isso ajuda os futuros pais a se<br />

prepararem para a chegada do<br />

bebê, mas não fornece informações<br />

sobre condições genéticas. É<br />

essencial que as expectativas em<br />

cos como tubo não centrifugado,<br />

transporte ou como Interferentes<br />

na amostra, podem<br />

impactar nos resultados.<br />

No que diz respeito a possíveis<br />

alterações genéticas, é importante<br />

destacar que a sexagem<br />

por outros exames clínicos e<br />

genéticos mais aprofundados.<br />

Um aconselhamento claro e<br />

adequado desempenha um<br />

papel essencial nesse processo.<br />

E para terminar a nossa entrevista<br />

com chave de ouro, só<br />

relação ao teste sejam realistas.<br />

fetal não foi projetada para ser<br />

mais uma pergunta<br />

78 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


LAB NEWS<br />

AM: Nelson, ao longo dos<br />

anos, a sexagem fetal evoluiu<br />

significativamente. Podemos<br />

falar sobre essa evolução e<br />

como o teste se encontra no<br />

mercado atualmente?<br />

Como pudemos ver ao longo do<br />

artigo e da entrevista, o texto<br />

oferece uma visão valiosa sobre<br />

a sexagem fetal.<br />

Inclusive gostaria de aprovei-<br />

teremos um artigo científico<br />

completo, mergulhando ainda<br />

mais fundo no mundo da sexagem<br />

fetal proporcionando um<br />

entendimento mais abrangente<br />

sobre essa inovação na medici-<br />

NG: Certamente, a evolução da<br />

sexagem fetal é notável. Inicialmente,<br />

esse tipo de teste era<br />

tar o momento e agradecer<br />

imensamente a participação<br />

do Nelson Gaburo nesta<br />

na personalizada.<br />

Agradeço a sua leitura e espero<br />

mais complexo e caro, tornan-<br />

<strong>edição</strong>. Obrigada por ter<br />

que continue acompanhando<br />

do-o menos acessível. No entanto,<br />

com o avanço da tecnologia,<br />

houve uma mudança significativa<br />

no mercado. Atualmente,<br />

a sexagem fetal é amplamente<br />

oferecida em muitos laboratórios<br />

e clínicas, tornando-se uma<br />

ferramenta mais acessível e conveniente<br />

para gestantes.<br />

dedicado parte do seu tempo<br />

para explicar para os leitores<br />

da NewsLab um pouco mais<br />

sobre o exame que vem transformando<br />

a medicina diagnóstica<br />

pré natal.<br />

E se você deseja se aprofundar<br />

as publicações da NewsLab<br />

para se atualizar sobre as últimas<br />

descobertas na área da<br />

medicina diagnóstica.<br />

Como só nos veremos em 2024,<br />

na próxima <strong>edição</strong>, gostaria de<br />

desejar a todos que acompa-<br />

ainda mais nesse tema fasci-<br />

nham a minha coluna um natal<br />

Há uma necessidade do laboratório<br />

que oferece esses testes<br />

prestar a assistência em todas<br />

nante, fique atento à nossa<br />

<strong>edição</strong> de janeiro de 2024. Nela<br />

de muito amor e um ano de<br />

2024 próspero. Até breve!<br />

as fases do processo, pois ainda<br />

assim que ele seja popularizado,<br />

Autores:<br />

carece de informações em função<br />

da falta do conhecimento dos<br />

testes e suas limitações.<br />

Com o aumento da priorização,<br />

um laboratório tem a obrigação<br />

de estar mais atento e prestar<br />

assistência em todas as fases,<br />

quer seja seu cliente, quer seja a<br />

gestante, quer seja seu parceiro.<br />

Autora: Andreza Martins<br />

Biomédica, formada na UNIRIO e mestre em química<br />

biológica pelo Instituto de Bioquímica Médica (UFRJ).<br />

Copywriter, escritora e professora universitária apaixonada.<br />

Idealizadora do canal @uniprofimulti, que tem a finalidade<br />

de unir profissionais através da multidisciplinaridade.<br />

Entrevistado: Nelson Gaburo<br />

Co-founder & CEO at Sollutio Diagnósticos.<br />

Farmacêutico pela Universidade Estadual de<br />

Maringá. Mestre em ciências pela USP. Doutor pelo<br />

Instituto de Medicina Tropical da USP (IMT). MBA<br />

em administração e finanças.<br />

80 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

DE DADOS AO DIAGNÓSTICO: O PODER DA<br />

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA BIOMEDICINA<br />

Por Brunno Câmara<br />

A inteligência artificial (IA) está<br />

cada dia mais presente nas<br />

nossas vidas.<br />

Em 2023, houve uma explosão<br />

e popularização de novas ferramentas<br />

de IA, encabeçada pelo<br />

ChatGPT.<br />

Na área de biomedicina não<br />

poderia ser diferente. Há muitas<br />

possibilidades de uso da IA dentro<br />

da nossa área.<br />

A forma de trabalhar e adquirir<br />

conhecimento atual está com os<br />

dias contados. A IA não vai tirar<br />

seu emprego, mas quem souber<br />

usá-la vai.<br />

Se você é um entusiasta de novas<br />

tecnologias como eu, e quer ficar<br />

por dentro do que há de mais<br />

recente, confira abaixo seis aplicações<br />

da IA na biomedicina.<br />

Análise de imagens médicas<br />

Os algoritmos de IA podem analisar<br />

imagens médicas produzidas<br />

por tecnologias como ressonância<br />

magnética, tomografia<br />

computadorizada e, até mesmo,<br />

radiografias convencionais.<br />

Isso pode ajudar no diagnóstico<br />

de doenças e condições<br />

clínicas, incluindo tumores,<br />

fraturas e lesões.<br />

Muitos estudos utilizam a IA<br />

para estimar a acurácia do diagnóstico<br />

por meio do cálculo da<br />

sensibilidade e especificidade;<br />

outros avaliam desfechos clinicamente<br />

importantes.<br />

Outras áreas dentro das análises<br />

clínicas, como hematologia,<br />

microbiologia e parasitologia,<br />

também estão sendo impactadas<br />

pelo uso de softwares de análise<br />

de imagens com uso de IA.<br />

Se você é biomédico habilitado<br />

ou tem interesse em trabalhar<br />

com imagenologia ou análises<br />

clínicas, é extremamente importante<br />

ficar atualizado nas tendências<br />

e novidades relacionadas à<br />

utilização da IA nessa área.<br />

Descoberta de novos medicamentos<br />

Os algoritmos de IA podem testar<br />

milhares de moléculas para<br />

identificar potenciais drogas candidatas,<br />

com alto valor terapêutico,<br />

e ajudar a desenvolver novas<br />

drogas para doenças específicas.<br />

Por exemplo, a startup Insilico<br />

Medicine utiliza a IA para identificar<br />

um novo possível medicamento<br />

para a fibrose pulmonar<br />

idiopática e criar novas moléculas<br />

que tem se mostrado com<br />

alto potencial e seletividade<br />

para o alvo.<br />

Fique atento nessa aplicação<br />

da IA se você é biomédico e<br />

trabalha nas áreas de fisiologia<br />

e farmacologia, principalmente.<br />

Análise preditiva e Medicina<br />

personalizada<br />

Por meio da IA, é possível analisar<br />

uma grande quantidade de bases<br />

de dados de registros médicos<br />

eletrônicos e dados de pacientes.<br />

Com isso é possível identificar<br />

padrões e fatores de risco que<br />

podem predizer o início e progressão<br />

de doenças, além da<br />

resposta aos tratamentos.<br />

Por exemplo, um algoritmo pode<br />

analisar o histórico médico de<br />

um paciente, seu estilo de vida<br />

e seus dados genômicos para<br />

predizer o risco de desenvolvimento<br />

de doenças cardiovasculares<br />

e recomendar medidas de<br />

prevenção e tratamento.<br />

Um exemplo disso é o software<br />

da IBM chamado Watson for<br />

Oncology que analisa dados<br />

dos pacientes e é capaz de<br />

gerar informações importantes<br />

sobre tratamentos.<br />

Biomédicos das áreas de genética,<br />

bioinformática e epidemiologia<br />

devem estar atentos<br />

nesses avanços.<br />

82 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Diagnóstico de doenças<br />

Aqui, os algoritmos de IA podem<br />

ajudar deixando o diagnóstico<br />

de doenças mais rápido.<br />

Ao combinar manifestações clínicas,<br />

histórico médico e resultados<br />

dos exames laboratoriais, é<br />

possível chegar a uma hipótese<br />

clínica precisa mais rapidamente<br />

e intervir o quanto antes.<br />

Um exemplo é a empresa da<br />

Google chamada DeepMind<br />

que desenvolveu um algoritmo<br />

capaz de diagnosticar a insuficiência<br />

renal aguda em menos<br />

tempo do que os métodos atuais,<br />

por meio da análise de dados<br />

do paciente em tempo real.<br />

Outros algoritmos também já<br />

foram desenvolvidos para diagnóstico<br />

de retinopatia diabética,<br />

câncer de pele e tuberculose.<br />

Biomédicos analistas clínicos<br />

devem prestar atenção e estudar<br />

sobre esses algoritmos.<br />

Manutenção preditiva<br />

A IA é capaz de predizer se um<br />

equipamento de laboratório/<br />

imagem irá falhar ou precisar<br />

de manutenção.<br />

Isso diminui o tempo de aparelho<br />

parado e otimiza e aumenta<br />

o desempenho e eficiência.<br />

Por exemplo, a empresa Siemens<br />

Healthineers usa algoritmos<br />

de IA para monitorar o<br />

desempenho de seus equipamentos<br />

de imagem e predizer<br />

quando a manutenção será<br />

necessária.<br />

Processamento de linguagem<br />

natural<br />

O processamento de linguagem<br />

natural (PLN) é o uso de programas<br />

de computadores que<br />

utilizam linguagem humana<br />

(natural) como entrada (input).<br />

O PLN é uma subárea da IA que<br />

foca na interação entre computadores<br />

e humanos.<br />

São usados algoritmos para processar,<br />

entender e gerar dados<br />

de linguagem natural como<br />

texto, fala e até mesmo gestos.<br />

Para você ter uma ideia, o PLN<br />

tem muitas aplicações, incluindo<br />

traduções de idiomas, análise<br />

de sentimentos e extração<br />

de informações.<br />

Na área biomédica, o PLN pode<br />

ser usado para minerar textos da<br />

literatura médica, artigos científicos,<br />

dados de estudos clínicos<br />

e extrair informações valiosas.<br />

Por exemplo, a empresa BenevolentAI<br />

tem uma plataforma que<br />

integra dados dos mais variados<br />

campos do conhecimento como<br />

as "ômicas", dados experimentais,<br />

literatura, sistemas biológicos<br />

e patológicos, moléculas<br />

etc., totalizando mais de 85<br />

fontes de dados diferentes.<br />

Analisar tudo isso e integrar<br />

esses conhecimentos de forma<br />

manual é humanamente<br />

impossível. A tecnologia da<br />

BenevolentAI faz toda essa parte<br />

complexa.<br />

Com isso, os cientistas podem<br />

focar em usar o conhecimento<br />

analisado e interligado para ter<br />

uma compreensão maior de<br />

doenças, definir hipóteses científicas<br />

e predizer possíveis alvos<br />

terapêuticos e novas drogas.<br />

Referências<br />

Oren O, Gersh BJ, Bhatt DL. Artificial intelligence<br />

in medical imaging: switching from radiographic<br />

pathological data to clinically meaningful<br />

endpoints. Lancet Digit Health. 2020;2(9):e486-e488.<br />

doi:10.1016/S2589-7500(20)30160-6<br />

DeepMind. Blog Post: Using AI to give doctors<br />

a 48-hour head start on life-threatening illness.<br />

July 31, 2019.<br />

Powles, J., & Hodson, H. (2017). Google Deep-<br />

Mind and healthcare in an age of algorithms.<br />

Health and technology, 7(4), 351–367. https://<br />

doi.org/10.1007/s12553-017-0179-1<br />

Liu, Z., Roberts, R. A., Lal-Nag, M., Chen, X.,<br />

Huang, R., & Tong, W. (2021). AI-based language<br />

models powering drug discovery and<br />

development. Drug discovery today, 26(11),<br />

2593–2607. https://doi.org/10.1016/j.drudis.2021.06.009<br />

Autor:<br />

Brunno Câmara<br />

Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de<br />

Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia /<br />

experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />

Contato: @biomedicinapadrao<br />

FONTE: BIOMEDICINA PADRÃO<br />

https://www.biomedicinapadrao.com.br/2023/03/como-saber-se-uma-anemia-e.html<br />

84 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


AUDITORIA E QUALIDADE<br />

VOCÊ AVALIA SEUS FORNECEDORES?<br />

COMO SELECIONAR BONS PARCEIROS<br />

Por Waldirene Nicioli<br />

Você não seleciona os melhores<br />

profissionais para fazer parte do<br />

seu quadro de colaboradores?<br />

Então também é necessário<br />

fazer a qualificação de fornecedores,<br />

pois entregar um serviço<br />

de excelência sem apoio e<br />

envolvimento de importantes<br />

parceiros, é muito difícil.<br />

Os produtos ou serviços terceiros<br />

não podem afetar a<br />

capacidade de um laboratório<br />

em atender os seus próprios<br />

requisitos. Logo, o que incorporamos<br />

de fora também concorre<br />

para a qualidade. E é natural<br />

que quanto mais amadurecido<br />

esteja o Sistema de Gestão da<br />

Qualidade, mais alto seja o nível<br />

de cobrança.<br />

Tem-se um leque de possibilidades<br />

para avaliação de fornecedores,<br />

mas dependendo de suas<br />

decisões, pode não ser eficiente.<br />

Mantenha a simplicidade e<br />

objetividade. A avaliação de fornecedores<br />

é um processo que<br />

pode confundir de várias maneiras,<br />

com regrinhas difíceis de<br />

colocar em prática, sistemas de<br />

pontuação complexos, dependências<br />

entre análises etc. Não<br />

complique o seu trabalho.<br />

Estabeleça um sistema que<br />

você seja capaz de seguir. Use<br />

critérios que vão precisar ser<br />

atendidos. O que você não<br />

estabelecer não será avaliado.<br />

No entanto, isso não significa<br />

que você possa ser frouxo na<br />

avaliação de fornecedores, sob<br />

pena de afetar a qualidade do<br />

serviço. A chave é manter o programa<br />

de avaliação de fornecedores<br />

enxuto, mas suficientemente<br />

extenso para avaliar os<br />

fornecedores críticos para o seu<br />

sucesso, na cadência correta.<br />

Precisa ser muito bem pensado,<br />

já que este documento vai identificar<br />

todo o fluxo de análise<br />

dos fornecedores e é, portanto,<br />

uma peça chave.<br />

Você pode iniciar:<br />

- Organizando sua lista de fornecedores<br />

e prestadores atual<br />

- Estabelecer métodos para avaliação,<br />

seleção, monitoramento<br />

de desempenho e reavaliação<br />

- Definir critérios de qualificação<br />

e aprovação<br />

- Definir o período de reavaliação<br />

- Determinar as ações após os<br />

resultados das análises<br />

- Documentar todas essas atividades<br />

Há várias formas, critérios e<br />

possibilidades de realizar a<br />

avaliação dos fornecedores.<br />

Um exemplo é o modelo de Ray<br />

Carter, diretor da DPSS Consultants<br />

que escreveu um artigo<br />

em 1995 na “Purchasing and<br />

Supply Management” sobre os<br />

7 C’s da avaliação de Fornecedores,<br />

e depois, ele acrescentou<br />

mais 3 C’s. São elencados,<br />

portanto, 10 possibilidades que<br />

podem ser usadas.<br />

Se usarmos esses 10 C’s como<br />

uma lista de verificação, provavelmente,<br />

conseguiremos avaliar<br />

os potenciais fornecedores<br />

de várias maneiras, melhorando<br />

a análise sobre a eficácia.<br />

Dificilmente um fornecedor se<br />

destacará nos 10 itens, talvez ele<br />

será forte em alguns e fraco em<br />

outros, e isso pode até ser usado<br />

na negociação, principalmente<br />

se os pontos fracos do fornecedor<br />

representarem riscos significativos<br />

para seu laboratório.<br />

Vamos aos C´s:<br />

Competência (Competency):<br />

avalie se o fornecedor atende<br />

os atributos e especificações<br />

buscados pela sua empresa,<br />

se equipe e profissionais estão<br />

devidamente qualificados para<br />

o serviço, entrega etc. Isso pode<br />

envolver atestado de competência<br />

técnica, cases de sucesso,<br />

feedbacks de clientes, entre<br />

outros documentos.<br />

Capacidade (Capacity): o fornecedor<br />

atende a sua empresa<br />

na escala e prazos necessários?<br />

Se ele não tem capacidade<br />

para produzir o volume de<br />

itens que você precisa, você<br />

poderá ter problemas.<br />

86 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Compromisso (Commitment):<br />

avalie se o fornecedor honra<br />

seus compromissos, observe<br />

reclamações de clientes, depoimentos<br />

e avaliações etc. para<br />

ter segurança de que ela vai<br />

cumprir o contrato.<br />

Controle (Control): avalie as<br />

políticas e processos adotados<br />

pelo fornecedor para garantir o<br />

atendimento.<br />

Solidez financeira (Cash):<br />

garanta um fornecedor com<br />

sustentabilidade financeira. Se<br />

necessário, cobre certidão negativa<br />

de débito.<br />

Custo (Cost): preço não deve<br />

ser decisivo, mas considerado.<br />

Equilibre serviço realizado com<br />

o valor cobrado. Se necessário,<br />

inclua condições de pagamento,<br />

entre outras.<br />

Cultura (Culture): compreenda<br />

os valores e princípios de<br />

atuação do seu fornecedor. As<br />

melhores relações de negócios<br />

acontecem quando as duas<br />

partes compartilham de valores<br />

semelhantes.<br />

Limpeza (Clean): instalações<br />

e meio ambiente contam nesse<br />

ponto.<br />

Comunicação (Communication):<br />

É basicamente sobre como<br />

mantém contato. Quais os canais<br />

de comunicação disponíveis?<br />

E além disso, num imprevisto,<br />

como será essa comunicação?<br />

É muito importante que a avaliação<br />

seja documentada para<br />

possibilitar uma gestão eficaz<br />

de fornecedores. Por exemplo:<br />

em caso de mudança de equipe,<br />

é muito importante essa<br />

gestão, pois evita que se cometa<br />

o mesmo erro e contrate<br />

novamente aquele fornecedor.<br />

uma porcentagem dos critérios<br />

apontados (ideal em checklists)<br />

ou uma pontuação (ideal em<br />

questionários ou formulários).<br />

Depois dos dados serem coletados<br />

e verificados, caso o<br />

fornecedor atenda aos critérios<br />

avaliativos exigidos, ele será<br />

homologado e ficará disponível<br />

para negociações.<br />

No entanto, em qualquer outra<br />

fase do processo de qualificação,<br />

caso não atenda aos<br />

critérios ou apresente alguma<br />

inconsistência, ele poderá<br />

ser reprovado e descartado,<br />

dependendo dos critérios adotados<br />

pelo laboratório.<br />

Como visto, a qualificação de<br />

fornecedores é um processo<br />

delicado e que exige cuidados.<br />

Existem muitos aspectos a<br />

serem analisados e cada um<br />

deles deve ser avaliado para<br />

evitar problemas lá na frente.<br />

AUDITORIA E QUALIDADE<br />

Consistência (Consistency):<br />

Ninguém é perfeito o tempo<br />

todo, mas é importante conhecer<br />

quais são os processos e<br />

procedimentos que garantem a<br />

consistência do fornecedor em<br />

entregar produtos em conformidade<br />

com o padrão acordado.<br />

Para definir o instrumento de<br />

avaliação dos fornecedores,<br />

você pode construir um modelo<br />

como um checklist, formulário,<br />

planilha... Não se esqueça de<br />

estabelecer critérios mínimos<br />

de aprovação na sua avaliação:<br />

pode ser o atendimento de<br />

Ao qualificar adequadamente<br />

as empresas fornecedoras que<br />

podem fazer parte da cadeia de<br />

abastecimento do seu laboratório,<br />

você ganha em qualidade,<br />

eficiência, melhor distribuição<br />

de recursos, entre vários outros<br />

pontos relacionados.<br />

Autora:<br />

Waldirene Nicioli<br />

Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Farmacologia Clínica, Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas, Proprietária Examinare de Análises<br />

Clínicas, Auditora Líder do DICQ - Sistema Nacional de Acreditação, Membro da Central de Negócios do Grupo ACB - Análises Clínicas Brasil, Umas das<br />

fundadoras da OFAC Brasil - Organização Feminina de Análises Clínicas.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

87


PAPO DE BANCADA<br />

A GESTÃO ESTRATÉGICA E AS MOTIVAÇÕES<br />

PARA TOMADA DE DECISÃO<br />

O DESAFIO DE MANTER CUSTOS E QUALIDADE.<br />

Por Silvânia Ramalho<br />

O gestor atento as inovações<br />

tecnológicas tem um papel<br />

importante na tomada de<br />

decisão por manter os custos<br />

alinhados a manutenção da<br />

qualidade. Nas diversas feiras<br />

e eventos durante todo o ano<br />

dentro e fora do Brasil existe<br />

uma infinidade de recursos<br />

onde tecnologia e inovação são<br />

o principal diferencial. E para<br />

você enquanto Gestor Estratégico,<br />

o que te motiva na tomada<br />

de decisão: custo ou qualidade?<br />

O grande engano que cometemos<br />

é limitar o diferencial do<br />

laboratório clínico sem avaliar<br />

que investimento também é<br />

detalhe importante. Velhos<br />

métodos, mesmos resultados.<br />

Analisar o impacto de um investimento<br />

em uma tecnologia ou<br />

um sistema que inove e diversifique<br />

o meu negócio na região<br />

de atuação é imprescindível.<br />

Mas muitas vezes construindo<br />

o planejamento estratégico<br />

anual do laboratório, é necessário<br />

pensar naquela reserva que<br />

será destinada para trazer algo<br />

novo para o processo. Aquela<br />

novidade que aumenta o ganho<br />

de produtividade e produção,<br />

que são dois conceitos com<br />

resultados diferentes. Investir<br />

por exemplo em um sistema<br />

de coleta aumentando a qualidade<br />

do meu sistema pré-analítico,<br />

retorna em ganhos para<br />

a produtividade. A aquisição<br />

de um separador de tubos para<br />

triagem é um diferencial importante<br />

para a produção. Ambos<br />

agregando qualidade e velocidade,<br />

mas com percentuais de<br />

importância distintos.<br />

Aquele incremento no custo<br />

provisionado e bem acompanhando,<br />

tem total possibilidade<br />

de convergir em retorno de<br />

caixa, fidelização de clientes,<br />

retorno de clientes, marketing<br />

boca a boca na comunidade em<br />

que atuo. Além de tantos outros<br />

ganhos diretos e indiretos.<br />

E então, decidimos por investir<br />

em um sistema de interfaceamento<br />

e integração que nos<br />

possibilite extrair relatórios e<br />

na grande maioria das vezes<br />

não utilizamos 1/3 destes relatórios,<br />

por desconhecimento<br />

de aplicação, por falta de planejamento,<br />

por não ter recursos<br />

humanos internos capacitados.<br />

E nos deparamos um outro<br />

complicador, não ter braços<br />

para colocar em validação<br />

metade do que o sistema em<br />

que investimos é capaz de nos<br />

oferecer. E continuamos usando<br />

o básico daquele sistema<br />

por falta de um planejamento<br />

de projeto.<br />

Decidimos por adquirir auxiliares<br />

de coleta, como scanner,<br />

óculos virtuais entre outros,<br />

mas não investimos em capacitação<br />

da equipe que atua com<br />

os dispositivos. E optamos por<br />

continuar com um sistema de<br />

coleta primário que nos retorna<br />

índices de recoleta altíssimos,<br />

custos com o retorno deste<br />

paciente, além da insatisfação<br />

não medidas pela reconvocação.<br />

E mesmo quando mensurado<br />

não identificamos que<br />

basta uma virada de atitude<br />

para trazer uma solução prática.<br />

Porque não conseguimos visualizar<br />

que investimento em valor<br />

tem um retorno palpável.<br />

Decidimos por cotações de<br />

menor preço sem avaliar o custo<br />

de um material com qualidade<br />

discutível. E por não medirmos,<br />

90 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


não conseguimos mensurar a<br />

quantidade de retrabalho que<br />

estes itens nos ocasionam. Você<br />

to antigo, nem tudo que é bom<br />

tem de ser caro. O quanto você<br />

tem mensurado este conceito?<br />

gente compra”. Que não seja<br />

um processo de decisão moroso,<br />

mas que tenha avaliação<br />

PAPO DE BANCADA<br />

já parou para avaliar quanto<br />

Isso também é investimento.<br />

suficiente para uma tomada de<br />

é o seu custo de recoleta com<br />

decisão solida. Sem os anseios<br />

o uso de agulha e seringa em<br />

Investir em tecnologia, não está<br />

da nossa empolgação.<br />

ambulatório? Durante as feiras<br />

somente associado com anali-<br />

procurou por novos produtos<br />

sadores de ultima geração, mas<br />

Cada novo investimento vem<br />

da linha de coleta de amostras<br />

também diretamente a relação<br />

carregado de oportunidades<br />

biológicas? Muitas vezes fica-<br />

custo/beneficio e hoje mais<br />

para outros novos investimen-<br />

mos condicionados a loteria de<br />

ainda ao conceito preço/valor.<br />

tos. Dimensione a oportunidade<br />

cotações de tantas marcas com<br />

Existem alternativas em que o<br />

de apresentar o novo na sua<br />

preço, mas sem valor agregado.<br />

valor da opção não está no preço<br />

região de atuação e que este<br />

O quanto você tem valorizado<br />

negociado, mas no valor agrega-<br />

novo lhe transforme em refe-<br />

suas compras?<br />

do embutido no produto pelo<br />

rência técnica. Quando perti-<br />

seu diferencial. Sem grandes<br />

nente procure por parceiros que<br />

Qual a sua motivação para<br />

surpresas durante a utilização.<br />

compartilhem ideias e ações em<br />

fechamento de uma reposição<br />

beneficio dos pacientes/clientes<br />

de estoque? Preço ou valor?<br />

Por isso pesquisar, conhecer<br />

locais como forma de divulga-<br />

Optar por um produto de<br />

os manuais, buscar informa-<br />

ção e dependendo da parceria<br />

preço baixo para redução de<br />

ções sobre a aquisição seja de<br />

fechada até mesmo atração do<br />

custos nem sempre é a melhor<br />

mobilizado ou de descartável é<br />

publico nas proximidades.<br />

alternativa. Por exemplo os<br />

grande motivador nas tomadas<br />

reagentes da linha de bioquí-<br />

de decisões. Ter argumentos e<br />

E não há limites para o novo,<br />

mica com preço baixo muitas<br />

contra-argumentos na tomada<br />

aproveite os congressos e feiras,<br />

vezes geram uma quantidade<br />

de decisão é parte do processo<br />

aproveite os grupos e os tantos<br />

de calibração associada com<br />

de investimento também. As<br />

gestores que utilizam de mídias<br />

uma estabilidade não alcança-<br />

vezes decidimos baseado pelo<br />

sociais para falar de oportuni-<br />

da (lembrando que calibração<br />

tempo de mercado ou pela bela<br />

dades e aproveite as paginas<br />

consome reagente, matriz cali-<br />

apresentação da marca, sem<br />

desta <strong>edição</strong>, tem sempre um<br />

bradora e matriz de controle).<br />

nos atentar no clássico conse-<br />

bom negócio esperando pela<br />

Mas parafraseando um concei-<br />

lho da nossa mãe “na volta a<br />

sua tomada de decisão.<br />

Autora:<br />

Silvânia Ramalho<br />

Bioquímica farmacêutica com especialização em Análise de Custos e Formação de Preço de Venda, Gestão Comercial em Vendas e membro do Grupo<br />

Técnico de Trabalhos de Analises Clinicas do CRF/MG.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

91


TECNOLOGIA E SAÚDE<br />

BIG DATA E APLICABILIDADE EM<br />

SERVIÇOS DE SAÚDE<br />

Por Dra. Mariana Zanotto<br />

Gerente Técnica SDAT – Laboratórios<br />

Instituição: Hospital Universitário Sagrada Família – HUSF<br />

IMEPAC – Centro Universitário – Araguari - MG<br />

Resumo<br />

O Big Data é um grande volume de dados coletados,<br />

armazenados e analisados para obter informações relevantes<br />

na área da saúde. Essa tecnologia tem sido utilizada para<br />

melhorar o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças,<br />

além de otimizar a gestão dos serviços de saúde. No entanto,<br />

é importante garantir a segurança e privacidade dos dados<br />

dos pacientes. Com o uso responsável do Big Data, é possível<br />

transformar a saúde e proporcionar um atendimento mais<br />

eficiente e humano.<br />

Abstract<br />

Big Data is a large volume of data collected, stored and<br />

analyzed to obtain relevant information in healthcare.<br />

This technology has been used to improve the diagnosis,<br />

treatment and prevention of diseases, in addition to<br />

optimizing the management of health services. However,<br />

it is important to ensure the security and privacy of<br />

patient data. With the responsible use of Big Data, it is<br />

possible to transform health and provide a more efficient<br />

and humane care.<br />

Palavras-chaves: Big Data, Medicina Laboratorial,<br />

Automação, Tecnologia, Iteligência Artificial, Gestão em<br />

Saúde, Qualidade Assegurada<br />

Keywords: Big Data, Laboratory Medicine, Automation,<br />

Technology, Artificial Intelligence, Health Management,<br />

Quality Assurance<br />

Nos últimos anos, temos presenciado<br />

um avanço tecnológico<br />

sem precedentes em diversas<br />

áreas, e a saúde não fica para trás.<br />

Uma das grandes revoluções nesse<br />

setor é o uso do Big Data, que<br />

tem se mostrado extremamente<br />

útil e promissor na melhoria dos<br />

serviços de saúde.<br />

Com o avanço da digitalização<br />

e a crescente quantidade de<br />

informações disponíveis, surge<br />

a necessidade de encontrar<br />

maneiras eficientes de lidar<br />

com esse volume de dados. No<br />

entanto, o uso do big data não<br />

se restringe apenas ao campo<br />

tecnológico, sendo também<br />

aplicável em diversos setores.<br />

A área da saúde é conhecida por<br />

gerar uma enorme quantidade<br />

de dados, desde registros médicos<br />

até resultados de exames e<br />

informações sobre tratamentos.<br />

Tradicionalmente, essas informações<br />

eram armazenadas em<br />

papel ou em sistemas isolados,<br />

dificultando o acesso e a análise<br />

dos dados. Com o advento do big<br />

data, é possível reunir todas essas<br />

informações em um único local,<br />

de forma organizada e acessível.<br />

Mas, afinal, o que é Big Data? De<br />

forma simplificada, podemos<br />

dizer que é um grande volume<br />

de dados que são coletados,<br />

armazenados e analisados para<br />

obter informações relevantes.<br />

No contexto da saúde, isso<br />

significa que podemos utilizar<br />

esses dados para melhorar o<br />

diagnóstico, o tratamento e a<br />

prevenção de doenças.<br />

A tradução simples do termo<br />

BIG DATA significa “grande volume<br />

de dados”, portanto assim<br />

quando esta expressão é citada<br />

para a tomada de decisão em<br />

92 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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TECNOLOGIA E SAÚDE<br />

saúde, significa olhar em uma<br />

“visão ampla e geral” diante dos<br />

dados dos pacientes, seus resultados<br />

para condutas rápidas<br />

e assertivas, por exemplo, aos<br />

setores como os de serviços de<br />

controles de infecções hospitalares<br />

que através das análises de<br />

dados generalizados de resultados<br />

deste serviço, possibilita a<br />

identificação de oportunidade<br />

de otimização operacional.<br />

Possibilita análises conjuntas de<br />

dados para melhor administração<br />

através de um direcionador<br />

Um exemplo de como o big<br />

data pode ser aplicado na área<br />

da saúde é o monitoramento<br />

de pacientes. Com a utilização<br />

de dispositivos inteligentes, é<br />

possível coletar uma infinidade<br />

de dados sobre a saúde de uma<br />

pessoa, como batimentos cardíacos,<br />

níveis de glicose e pressão<br />

arterial. Essas informações são<br />

enviadas para uma plataforma<br />

de big data, onde são analisadas<br />

e comparadas com dados de<br />

outros pacientes. Dessa forma,<br />

é possível identificar padrões<br />

e prever problemas de saúde<br />

antes mesmo que eles ocorram.<br />

aprendizado por estes próprios<br />

dados, para maior sistemática<br />

possível e menor dependência à<br />

intervenção humana.<br />

Portanto, o Big Data também<br />

pode ser utilizado para melhorar<br />

a gestão dos serviços de saúde.<br />

Com a análise dos dados de<br />

pacientes, resultados e desempenhos,<br />

sendo possível identificar<br />

gargalos no atendimento,<br />

otimizar a distribuição de<br />

recursos e melhorar a eficiência<br />

dos processos. Isso resulta em<br />

um atendimento mais ágil e de<br />

qualidade para os pacientes.<br />

real e não pressuposto, com a<br />

extração dos melhores resultados<br />

e nortear estratégias para as<br />

melhores projeções futuras de<br />

desempenhos almejados.<br />

Esta expressão se tornou mais<br />

conhecida, quando a Google<br />

(ano 2000), adotou o BIG DATA<br />

para melhoria em plataformas e<br />

expansão do alcance, logo depois<br />

ganhou força e outras grandes<br />

empresas, multinacionais foram<br />

adotando a mesma inovação.<br />

Portanto, as ferramentas de Big<br />

Data possibilitam aumentar visibilidade,<br />

que ampara a redução<br />

de custos, o aumento da produtividade<br />

e facilitar a tomada<br />

de decisão. O que resulta em<br />

negócios mais inteligentes e,<br />

aplicado ao setor de saúde, em<br />

mais qualidade no cuidado.<br />

No ano de 2017 a revista Forbes<br />

realizou a publicação de um<br />

artigo, onde mostra hospitais<br />

em Paris, na França, que se utilizaram<br />

de testes efetivos com<br />

o Big Data, para as análises dos<br />

dados de 10 anos de registros<br />

de internações (informações de<br />

dia, hora e número de paciente<br />

recebidos), que possibilitou a<br />

centralização das informações e<br />

prever taxas de admissão.<br />

Este processo consistiu em<br />

implementação de um sistema<br />

chamado como “aprendizado de<br />

máquina” - Machine Learning,<br />

que se trata de um método para<br />

análise de dados que automatiza<br />

a construção de modelos de<br />

análises, com intuito de melhorar<br />

os desempenhos diante de<br />

problemas pré detectados nos<br />

dados e que através desta inteligência<br />

artificial amparando o<br />

No Brasil existem alguns hospitais<br />

e serviços de saúde que já<br />

estabeleceram as ferramentas<br />

Big Data e como todos sabemos,<br />

hospitais são locais de alta<br />

complexidade de processos que<br />

através do uso da tecnologia<br />

e a interação entre as áreas em<br />

acordos de serviços consegue o<br />

alcanço de ganhos assistenciais,<br />

de gestão e cuidados.<br />

Neste cenário, de inteligências<br />

artificiais, ferramentas e tecnologias,<br />

o Hospital Universitário<br />

Sagrada Família, localizado na<br />

cidade de Araguari MG, do triângulo<br />

mineiro, possui em seu<br />

serviços de Apoio Diagnóstico<br />

em Medicina Laboratorial para<br />

exames de análises clínicas a<br />

utilização desta inovação de Big<br />

Data, conseguindo estabelecer<br />

análises correlacionadas e maiores<br />

assertividades em laudos.<br />

94 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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E A CERTEZA DIAGNÓSTICA ATRAVÉS<br />

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implementado em laboratórios de<br />

pequeno volume de amostras ou<br />

conectado a uma rede de laboratórios.<br />

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Rendimento: 10 lâminas/hora*<br />

CellaVision® DM1200<br />

O DM1200 é adequado para laboratórios<br />

de médio e grande volume de amostras:<br />

Capacidade: 12 lâminas<br />

Rendimento: 20 lâminas/hora*<br />

CellaVision® DM9600<br />

O DM9600 é ideal para laboratórios<br />

de grande volume de amostras:<br />

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acesso contínuo<br />

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*O tempo de processamento pode variar, a depender da qualidade do esfregaço, concentração de leucócitos e número de não leucócitos


TECNOLOGIA E SAÚDE<br />

Este hospital universitário e<br />

filantrópico, que iniciou sua<br />

construção em 2019 finalizando<br />

este ano 2023, conta com<br />

de ferramenta centralizada de<br />

informações disponíveis digitalmente,<br />

é possível análises<br />

correlacionadas que amparam<br />

que possibilitam empresas de<br />

saúde, grandes laboratórios e<br />

hospitais, estabelecerem serviços<br />

de apoio de diagnóstico<br />

30.000 m² de área construída,<br />

laudos de assertividade efetiva<br />

terapêutico de exames, de alta<br />

sendo com a estrutura de 337<br />

ao cuidado e assistência.<br />

precisão, na mesma qualidade<br />

leitos, 19 salas cirúrgicas, 40<br />

tecnológica e entregas mais<br />

leitos de UTI, 3 salas de parto<br />

Sendo processos parametriza-<br />

rápidas através de redução no<br />

humanizado, centro de ima-<br />

dos para identificações de além<br />

tempo de liberações de laudos<br />

gem, laboratório de análises<br />

dos alertas diante de resultados<br />

com as análises de dados cen-<br />

clínicas que inicia seus proces-<br />

de riscos a vida com necessida-<br />

tralizados e amparo na redução<br />

sos analíticos contando com<br />

de de ação imediata, também<br />

de tempo de atendimento e<br />

as ferramentas desta inovação<br />

idade, evolução clínica, históri-<br />

tomadas de decisões. Sendo<br />

tecnológica, com propósito de<br />

cos, quadros agudos, crônicos,<br />

assim, os dados em inovação<br />

garantir melhor amparo ao cui-<br />

se em piora, melhora, interações<br />

de aplicabilidade de Big Data,<br />

dado à vida, eficiência e apoio<br />

medicamentosas, adesão de<br />

de análises correlacionadas em<br />

diagnóstico efetivo.<br />

Protocolos Críticos e tempos de<br />

centralizações de dados e infor-<br />

entregas se eficiente e até ampa-<br />

mações de resultados, pacientes<br />

Quando a aplicabilidade em<br />

ro do uso de antibioticoterapias<br />

e históricos, consegue se elevar<br />

medicina laboratorial de Big<br />

se uso racional e efetividade.<br />

a excelência ao cuidado destes<br />

Data, o processo de dados<br />

serviços de Apoio diagnósticos<br />

e as centralizações iniciam<br />

Atualmente para serviços de<br />

em Análises Clínicas de Medici-<br />

basicamente na admissão<br />

apoio em diagnósticos e tera-<br />

na laboratorial.<br />

dos pacientes e os registros<br />

pias de exames em análises<br />

dos prontuários eletrônicos,<br />

clínicas, contamos com as altas<br />

Outra aplicação do big data<br />

com dados clínicos, medica-<br />

tecnologias em medicina labo-<br />

na saúde é a análise de dados<br />

mentosos, sinais vitais e para<br />

ratorial, através de automações<br />

genéticos. Com o avanço da tec-<br />

que todas as informações “se<br />

com equipamentos de grandes<br />

nologia, sequenciar o genoma<br />

conversem” em um central<br />

dimensões e robustez para<br />

humano está se tornando cada<br />

única, é necessário as para-<br />

volumetrias expressivas; mas<br />

vez mais acessível. Isso permite<br />

metrizações sistêmicas para as<br />

também podemos estabelecer<br />

que os pesquisadores anali-<br />

trocas de informações entre as<br />

processos nos serviços para<br />

sem grandes quantidades de<br />

áreas e o produto final sendo<br />

EAC – Exames de Análises Clí-<br />

dados genéticos e descubram<br />

um compilado de dados para<br />

nicas, em laboratórios satélites<br />

informações importantes sobre<br />

o profissional de saúde utili-<br />

descentralizados menores, uni-<br />

doenças genéticas, como câncer<br />

zarem. E sendo assim quando<br />

dades móveis de saúdes, imple-<br />

e doenças cardíacas. Com essas<br />

um exame de análises clínicas<br />

mentando equipamentos com<br />

informações em mãos, é pos-<br />

entra para a produção, quando<br />

dimensões mínimas que cabem<br />

sível desenvolver tratamentos<br />

obtidos os resultados através<br />

na palma da mão, Point Of Care,<br />

personalizados e mais eficazes.<br />

96 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Outra aplicação interessante do<br />

Big Data na área da saúde é a prevenção<br />

de doenças e promoção<br />

à saúde, que através das análises<br />

de dados de um grande número<br />

das páginas mais visitadas, tipo<br />

de perfil dos clientes e o gatilho<br />

para as maiores conversões em<br />

vendas. Assim com isto, o empreendedor<br />

consegue visualizar a<br />

O futuro da saúde está nas mãos<br />

da tecnologia, e o Big Data é<br />

uma ferramenta poderosa que<br />

pode transformar a forma como<br />

cuidamos da nossa saúde.<br />

TECNOLOGIA E SAÚDE<br />

de pessoas, é possível identificar<br />

fatores de risco e desenvolver<br />

estratégias de prevenção mais<br />

eficientes. Isso pode ajudar a<br />

reduzir a incidência de doenças<br />

e melhorar a qualidade de vida<br />

da população.<br />

Enfim, a aplicabilidade do Big<br />

Data nos serviços de saúde é vasta.<br />

Com a análise de um grande<br />

volume de dados, é possível identificar<br />

padrões e tendências que<br />

podem auxiliar os profissionais<br />

da saúde no diagnóstico precoce<br />

de doenças, proporcionando um<br />

tratamento mais eficaz e aumentando<br />

as chances de cura.<br />

O uso do BIG DATA representa<br />

uma inovação de grande valor,<br />

que podemos complementar<br />

quando aplicado em outros<br />

tipos de negócios não sendo em<br />

saúde, por exemplo uma rede<br />

de supermercados, neste caso<br />

o tipo de dados, a distinção dos<br />

mesmos e as informações que<br />

agregam maior valor à estes<br />

negócios, são aqueles dados dos<br />

produtos com as maiores saídas,<br />

maiores procuras, os setores que<br />

mais rapidamente ficam com<br />

seus estoque zerados, as análises<br />

melhor diretriz para os investimentos<br />

futuros que representam<br />

gerar maior retorno para o negócio<br />

em curto prazo.<br />

No entanto, é importante ressaltar<br />

que o uso do Big Data na<br />

saúde também traz desafios.<br />

A privacidade dos dados dos<br />

pacientes, por exemplo, é uma<br />

preocupação constante. É fundamental<br />

garantir que as informações<br />

sejam armazenadas e utilizadas<br />

de forma segura e ética,<br />

respeitando a legislação vigente.<br />

Em resumo, o Big Data tem um<br />

enorme potencial para melhorar<br />

os serviços de saúde. Com a<br />

análise de um grande volume<br />

de dados, é possível obter informações<br />

valiosas que podem<br />

contribuir para o diagnóstico,<br />

tratamento personalizado e prevenção<br />

de doenças. No entanto,<br />

é necessário ter cuidado para<br />

garantir a segurança e a privacidade<br />

dos dados dos pacientes.<br />

Com o uso responsável e ético<br />

do Big Data, podemos transformar<br />

a saúde, revolucionado a<br />

forma como a medicina é praticada<br />

e proporcionar um atendimento<br />

mais eficiente e humano.<br />

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mean for population and health related studies<br />

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patients with acute ischemic stroke Diretrizes brasileiras<br />

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com acidente vascular cerebral isquêmico agudo -<br />

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Big Data In Healthcare: Paris Hospitals Predict Admission<br />

Rates Using Machine Learning (forbes.com)<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

97


DIREITO E SAÚDE<br />

CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL DO<br />

EMPREGADO PARA O SINDICATO<br />

Por Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />

Prezado(a) Leitor(a), seja<br />

bem, vindo(a) a esta análise<br />

jurídica!<br />

Temos que o – SUPREMO TRIBU-<br />

NAL FEDERAL - STF declarou a<br />

constitucionalidade da contribuição<br />

assistencial a trabalhadores<br />

não sindicalizados. 1<br />

Acerca da TESE VENCEDORA no<br />

STF, o qual convalidou para a<br />

cobrança da Contribuição assistencial<br />

aos Sindicatos, que indica<br />

ser lícita a cobrança, ressalvada<br />

a oposição a qual o empregado<br />

tem direito, abaixo explicado:<br />

ESCLARECENDO ALGUNS PON-<br />

TOS IMPORTANTES:<br />

01. A tese do STF, refere-se a<br />

Contribuição Assistencial (aquela<br />

que pode constar na Convenção<br />

Coletiva de Trabalho (CCT)<br />

ou Acordo Coletivo - AC) com<br />

vinculação para os empregados<br />

pagarem ao respectivo Sindicado,<br />

todavia, conforme mencionado,<br />

está totalmente resguardado<br />

o direito de oposição,<br />

que significa o empregado se<br />

opor a cobrança.<br />

02. Esta tese adotada pelo STF,<br />

não se confunde com a cobrança<br />

sindical obrigatória prevista<br />

na CLT e alterada (com sua<br />

exclusão) pela reforma trabalhista<br />

de 2017 (Lei 13.467/2017),<br />

que antes da referida lei previa<br />

o “imposto sindical”, por assim<br />

chamado, (que na prática e em<br />

linguagem acessível era aquele<br />

dia do empregado descontado<br />

obrigatoriamente no mês de<br />

março e repassado para o respectivo<br />

Sindicato).<br />

03. É necessário com base neste<br />

atual e válido julgamento,<br />

que o EMPREGADO evite a referida<br />

cobrança, caso não deseje<br />

arcar com a contribuição,<br />

cabendo ao próprio empregado<br />

formalizar a oposição junto<br />

ao Sindicato respectivo.<br />

É importante e obrigatório que<br />

seja o empregado a formalizar<br />

a oposição e que o empregador<br />

NÃO INTERVENHA na referida<br />

questão, para que não se caracterize<br />

uma violação sindical –<br />

por meio da prática anti sindical.<br />

Assim, abaixo um passo a passo<br />

– sugerido - para a oposição<br />

que o empregado deve realizar,<br />

para evitar a cobrança (desconto<br />

em sua folha de pagamento).<br />

1) Formalizar por escrito o exercício<br />

do direito de oposição;<br />

2) Fazer uma declaração na<br />

qual o empregado/trabalhador<br />

declara ao sindicato que não<br />

autoriza o desconto do valor<br />

da contribuição assistencial do<br />

seu salário;<br />

100 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


3) É recomendável que a carta de<br />

A exceção a OPOSIÇÃO (momen-<br />

empregador também fica pre-<br />

DIREITO E SAÚDE<br />

oposição seja apresentada tanto<br />

to em que não cabe a mesma) é<br />

cavido em caso de cobrança<br />

ao empregador como ao sindica-<br />

para o empregado de fato filia-<br />

por parte do sindicato.<br />

to – (que geralmente se entrega<br />

pessoalmente com protocolo do<br />

recebimento pelo Sindicato);<br />

do ao sindicato que se submete<br />

ao desconto por força da filiação<br />

(empregado sindicalizado formalmente),<br />

não tendo direito de<br />

Sabendo que determinado trabalhador<br />

se opôs expressamente<br />

à cobrança da contribuição<br />

4) Não se exige registro em<br />

cartório ou reconhecimento de<br />

firma, basta que a carta esteja<br />

assinada pelo trabalhador e<br />

que exista um comprovante de<br />

se opor, neste caso.<br />

Importante salientar que ao<br />

nosso sentir, uma vez que o<br />

empregado apresente ao Sindicado<br />

a carta de oposição,<br />

assistencial, o sindicato não vai<br />

promover nenhuma cobrança<br />

administrativa ou judicial, seja<br />

em face do próprio empregado,<br />

como em face do empregador, é<br />

o que se espera ao menos.<br />

entrega dessa carta (protocolo);<br />

cabe ao empregado comprovar<br />

que entregou (enviou via ECT, /<br />

Normalmente, (pela regra de<br />

5) Pode ser uma assinatura do<br />

protocolou / encaminhou via<br />

praxe e usual), se estabelece um<br />

representante do departamen-<br />

e-mail, etc) ao empregador a<br />

prazo de 10 dias para que o tra-<br />

to de recursos humanos da<br />

empresa, um carimbo, se for<br />

pelo Correio, com aviso de recebimento<br />

por cautela.<br />

carta de oposição, assim, ele<br />

(empregado) está seguro de<br />

que a empresa não pode realizar<br />

o desconto da contribuição<br />

no seu salário,<br />

balhador manifeste seu desejo<br />

de não contribuir.<br />

Em geral, o empregado deve ir<br />

presencialmente ao sindicato<br />

6) É importante que essa comunicação<br />

seja realizada de imediato,<br />

para nenhuma contribuição<br />

devida ser descontada do salário<br />

sob pena de responsabilidade<br />

de, inclusive, ser cobrado judicialmente<br />

a devolver o valor.<br />

para fazer isso. Aconselho que<br />

verifique junto ao sindicato se<br />

existe alguma forma virtual de<br />

enviar a oposição (lembrando<br />

que cabe ao empregado o envio<br />

ou no prazo previsto pelo Sindi-<br />

É salutar a prática indicada<br />

da oposição) e ter o comprovan-<br />

cato da Categoria profissional.<br />

acima, vez que o próprio<br />

te de recebimento.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

101


DIREITO E SAÚDE<br />

Para quem não se opõe, o pagamento<br />

é feito diretamente pela<br />

empresa por meio de desconto<br />

na folha. Os valores recolhidos<br />

são repassados aos sindicatos<br />

— mensalmente ou em outra<br />

periodicidade, respeitando a<br />

regra prevista na CCT ou Acordo<br />

Coletivo.<br />

CARTA DE OPOSIÇÃO<br />

DECLARAÇÃO<br />

Eu,<br />

, portador(a) do RG n.º<br />

e do CPF nº<br />

, empregado(a)<br />

da empresa , CNPJ n.º ,<br />

declaro que não autorizo o desconto de contribuição assistencial,<br />

confederativa ou qualquer outra que venha a ser estabelecida em<br />

convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho em favor do<br />

Sindicato da minha categoria, nos termos da legislação vigente.<br />

Ao lado, um modelo sugerido<br />

de carta de oposição (verificar<br />

se o Sindicato não tem um<br />

modelo próprio).<br />

É o que tínhamos a apresentar,<br />

salvo melhor juízo.<br />

Local , data: / /<br />

Nome e assinatura do(a) trabalhador(a)<br />

Proteção jurídica ao seu Laboratório!<br />

Está é nossa missão e está<br />

no nosso DNA lhe assessorar nesta<br />

empreitada, conte conosco!<br />

Obrigado e um grande abraço a todos!<br />

1 Notícia vinculada: https://portal.stf.jus.br/noticias/<br />

verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=513910&ori=1<br />

(acesso aos 05.10.2023 – às 11:14hs).<br />

Autor:<br />

Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />

Advogado em São Paulo, especialista em direito e processo do trabalho, especialista em direito contratual, especializando em advocacia consultiva, é sócio do<br />

escritório CIRIACO ADVOGADOS, localizado em São Paulo – Capital, é Professor de Pós Graduação em São Paulo- SP; São Luis do Maranhão-MA; Goiânia-GO e<br />

Palestrante, atuando na área da saúde, na ASSESSORIA JURÍDICA E DEFESA de Laboratório de Análises Clínicas, Clínicas médicas e empresas.<br />

@ciriacoadvogados<br />

102 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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MEDICINA GENÔMICA<br />

ZOONOSES E VÍRUS EMERGENTES:<br />

O QUE SÃO E COMO IDENTIFICAR?<br />

Por Varsomics<br />

Os vírus emergentes e reemergentes<br />

são uma preocupação<br />

global quando se trata de saúde<br />

pública. Oriundos muitas vezes<br />

de animais, esses vírus causam<br />

zoonoses que, se não identificadas<br />

e contidas, tendem a gerar<br />

inúmeras infecções.<br />

Desse modo, a rápida identificação<br />

desses patógenos, bem como<br />

a conscientização e prevenção<br />

das infecções precisam ser feitos<br />

de forma integrada e efetiva.<br />

O que são zoonoses?<br />

Os seres humanos sempre<br />

foram atormentados por<br />

epidemias causadas principalmente<br />

por doenças infecciosas<br />

que se originaram de animais,<br />

especialmente animais selvagens.<br />

Uma zoonose é uma<br />

doença infecciosa que “saltou”<br />

de um animal não humano<br />

para humanos.<br />

Em outras palavras, as zoonoses<br />

são definidas como doenças<br />

e infecções naturalmente<br />

transmitidas entre pessoas e<br />

animais vertebrados.<br />

Os patógenos zoonóticos são<br />

agentes bacterianos, virais e<br />

parasitários, ou podem envolver<br />

agentes não convencionais.<br />

Sua disseminação para<br />

humanos podem ocorrer por<br />

contato direto ou por meio<br />

de alimentos, água ou meio<br />

ambiente.<br />

Em nível global, estima-se<br />

que cerca de um bilhão de<br />

casos de doenças e milhões<br />

de mortes ocorram anualmente<br />

por zoonoses.<br />

Além disso, cerca de 60% das<br />

doenças infecciosas emergentes<br />

relatadas globalmente são<br />

zoonoses, sendo que mais de<br />

30 novos patógenos humanos<br />

foram detectados nas últimas<br />

três décadas, 75% dos quais se<br />

originaram em animais.<br />

As zoonoses são divididas<br />

em três classes:<br />

Zoonoses endêmicas, que<br />

estão presentes em muitos<br />

lugares e afetam muitas pessoas<br />

e animais;<br />

Zoonoses epidêmicas, de distribuição<br />

temporal e espacial<br />

esporádica;<br />

Zoonoses emergentes e reemergentes,<br />

que estão aparecendo<br />

recentemente em uma<br />

população ou já existiam anteriormente,<br />

mas estão aumentando<br />

rapidamente em incidência<br />

ou alcance geográfico.<br />

O estabelecimento de transmissão<br />

sustentada destas<br />

zoonoses, a partir de eventos<br />

de transbordamento iniciais,<br />

envolve a interação de mecanismos<br />

complexos.<br />

No entanto, há consenso de que<br />

o contato direto ou indireto de<br />

humanos com animais e seus<br />

fluidos corporais (uma “interface<br />

animal-humano”) é essencial<br />

para uma transmissão bem-sucedida<br />

entre espécies.<br />

O que são vírus emergentes?<br />

Vírus emergentes são aqueles<br />

capazes de causar novas doenças<br />

em seres humanos (doenças<br />

emergentes).<br />

104 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


O termo “vírus recém-emergente”<br />

é diferente de “vírus<br />

emergente” porque um vírus<br />

recém-emergente ainda não<br />

foi isolado em laboratório. Se o<br />

vírus foi isolado e, mais importante,<br />

se um teste de diagnóstico<br />

está disponível, isso tem<br />

ao seu incrível potencial de<br />

adaptação. Isso vale tanto<br />

para seus hospedeiros atuais,<br />

quanto para mudar para novos<br />

hospedeiros e desenvolver<br />

estratégias para escapar das<br />

medidas antivirais.<br />

O conhecimento dos fatores de<br />

risco gerais para emergência e<br />

disseminação, combinado com<br />

dados de nível local, é necessário<br />

para desenvolver metodologias<br />

baseadas em risco para<br />

detecção precoce.<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

implicações para a vigilância<br />

do mesmo.<br />

O reconhecimento de um vírus<br />

emergente é inicialmente feito<br />

através do estudo da apresentação<br />

clínica de indivíduos<br />

Uma doença emergente, conforme<br />

definida pela Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS), é uma<br />

doença que apareceu em uma<br />

população pela primeira vez, ou<br />

que pode ter existido anteriormente,<br />

mas está aumentando<br />

Exemplos de doenças zoonóticas<br />

globalmente importantes<br />

identificadas incluem:<br />

• Vírus Ebola em 1976;<br />

• Gripe aviária (H5N1) em 1997;<br />

• Síndrome Respiratória Aguda<br />

infectados. Casos de uma<br />

rapidamente em incidência ou<br />

• Grave (SARS) em 2002;<br />

doença infecciosa aparentemente<br />

nova em humanos<br />

levarão a investigações epidemiológicas<br />

e iniciarão esforços<br />

para isolar o agente causador.<br />

Uma vez isolado o agente, o<br />

alcance geográfico.<br />

Zoonoses mais comuns<br />

enfrentadas por humanos<br />

O risco de emergência e disseminação<br />

de novos patógenos<br />

• Gripe suína (H1N1) em 2009;<br />

• Síndrome Respiratória do<br />

Oriente Médio (MERS-CoV) em<br />

2012;<br />

• Síndrome Respiratória Aguda<br />

Grave (SARS-CoV2) em 2019.<br />

esforço se volta para o desenvolvimento<br />

de métodos de<br />

diagnóstico. Em algum ponto<br />

dessa progressão, o vírus é<br />

visto como uma causa estabelecida<br />

de doença endêmica ou<br />

humanos originários de um reservatório<br />

animal aumentou nas últimas<br />

décadas. No entanto, a natureza<br />

imprevisível do surgimento<br />

de doenças torna a vigilância e a<br />

preparação desafiadoras.<br />

Além das citadas anteriormente,<br />

muitos outros vírus causam<br />

doenças e epidemias no mundo,<br />

como é possível ver na<br />

figura abaixo:<br />

epidêmica, e não é mais considerado<br />

um “recém-emergente”.<br />

É importante notar que os vírus<br />

emergentes e reemergentes<br />

são sempre uma ameaça contínua<br />

à saúde humana devido<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

105


MEDICINA GENÔMICA<br />

Vigilância, prevenção e controle<br />

de zoonoses<br />

A vigilância em saúde é uma<br />

ferramenta fundamental para<br />

a saúde pública, produzindo<br />

informações para orientar as<br />

ações. A vigilância moderna<br />

tende a seguir medidas de saúde<br />

como a incidência de uma<br />

doença ou síndrome ou mesmo<br />

a ocorrência de comportamentos<br />

relacionados à saúde.<br />

nacionais dificultou o controle<br />

da transmissão viral entre países<br />

e continentes. De forma análoga,<br />

a quarentena em aeroportos<br />

e portos marítimos tornou-se<br />

cada vez mais importante para a<br />

vigilância de zoonoses.<br />

Estes aspectos, assim como a<br />

história recente, evidenciam que<br />

a ameaça de uma determinada<br />

doença transmissível em um<br />

determinado lugar pode se tor-<br />

Embora alguns dos métodos<br />

subjacentes usados na vigilância<br />

da saúde pública tenham<br />

evoluído consideravelmente<br />

nos últimos anos, a abordagem<br />

geral da vigilância permaneceu<br />

relativamente constante.<br />

Em um nível fundamental, a<br />

vigilância visa:<br />

1. identificar casos individuais,<br />

2. detectar padrões populacio-<br />

Há muitas razões para conduzir<br />

a vigilância, e os dados coletados<br />

e a abordagem adotada<br />

para analisá-los são influenciados<br />

pelo objetivo geral de<br />

um sistema de vigilância. Os<br />

sistemas de vigilância visam<br />

principalmente a detecção,<br />

mas também fornecem informações<br />

que podem ser úteis<br />

para outros fins.<br />

nar também uma ameaça global.<br />

O risco de propagação e carga<br />

de doenças emergentes e<br />

reemergentes foi aumentado<br />

pelas extensas interações<br />

entre animais, humanos e<br />

ecossistemas, como resultado<br />

do crescimento:<br />

• das populações humanas;<br />

• urbanização em rápido cresci-<br />

nais em casos identificados e,<br />

então,<br />

3. transmitir informações aos<br />

tomadores de decisão sobre os<br />

padrões de saúde da população,<br />

para que adotem medidas<br />

de controle e prevenção.<br />

Métodos de identificação de<br />

zoonoses e vírus emergentes<br />

Atualmente, os métodos de<br />

O objetivo de detectar um surto<br />

de um vírus emergente coloca<br />

demandas específicas sobre<br />

o tipo de dados coletados e os<br />

tipos de análises realizadas.<br />

Todas as abordagens de vigilância<br />

compartilham alguns<br />

princípios comuns.<br />

Por que o risco de transmissão<br />

de zoonoses têm aumentado?<br />

Em particular, a expansão explosiva<br />

do comércio e viagens inter-<br />

mento e sistemas agrícolas em<br />

mudança;<br />

• interações próximas entre<br />

a vida selvagem e os animais<br />

domésticos (seguidas pela<br />

invasão da floresta, destruição<br />

do habitat e mudanças no<br />

ecossistema);<br />

• globalização no comércio de<br />

animais e produtos de origem<br />

animal;<br />

• resistência antimicrobiana;<br />

• mudanças climáticas.<br />

detecção de ácido nucleico<br />

estão entre os meios mais<br />

eficazes para identificar rapidamente<br />

a infecção viral diretamente<br />

da fonte.<br />

O teste e a detecção de influenza<br />

zoonótica, por exemplo,<br />

são realizados com ensaios de<br />

reação em cadeia da polimerase,<br />

permitindo uma detecção<br />

molecular direta altamente<br />

106 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


MEDICINA GENÔMICA<br />

sensível e rápida de genomas<br />

virais de Influenza zoonótica.<br />

A abordagem de diagnóstico<br />

dade de sequenciar um grande<br />

número de genomas virais forneceria<br />

aos pesquisadores infor-<br />

Testes sorológicos não devem<br />

ser usados para detecção inicial<br />

e caracterização de um<br />

usando RT-PCR em tempo real<br />

mações aprimoradas e ajudaria<br />

potencial evento zoonótico,<br />

adotada na maioria dos labora-<br />

no rastreio de zoonoses.<br />

pois apresentam várias limita-<br />

tórios é baseada principalmente<br />

ções. Entre as limitações, está<br />

no direcionamento do gene da<br />

A metagenômica viral, que<br />

o fato de que podem ocorrer<br />

matriz M1, que é um alvo padrão<br />

revela a abundância viral em<br />

reações cruzadas entre dife-<br />

para a diferenciação dos vírus<br />

uma ampla variedade de amos-<br />

rentes linhagens dentro de<br />

influenza tipo A e tipo B.<br />

tras usando NGS, atualmente<br />

um subtipo, ou mesmo entre<br />

está em rápido crescimento.<br />

diferentes subtipos do agente<br />

Como as sequências genéticas<br />

patogênico.<br />

diferem entre os vários subtipos<br />

Os avanços da metagenômica<br />

de vírus influenza zoonóticos,<br />

relacionam-se com melhorias<br />

Além disso, os resultados obti-<br />

é necessário obter ou projetar<br />

em NGS e aliados a aborda-<br />

dos por sorologia fornecem<br />

primers e sondas de PCR que<br />

gens bioinformáticas, usadas<br />

apenas informações sobre a<br />

detectem especificamente o<br />

para a análise dos dados de<br />

exposição histórica aos vírus<br />

subtipo influenza de interesse.<br />

leitura de sequência gerados.<br />

zoonóticos e não fornecem<br />

Sendo assim, os estudos meta-<br />

informações genéticas virais<br />

Métodos genômicos para a<br />

genômicos são amplamente<br />

que são vitais para avaliar a<br />

identificação de zoonoses<br />

aplicados na descoberta de<br />

potencial ameaça pandêmica<br />

Adicionalmente, as ferramen-<br />

vírus provenientes de variados<br />

das cepas.<br />

tas baseadas em genômica são<br />

tipos de amostras, incluindo<br />

excelentes para identificação e<br />

espécimes de sangue.<br />

Impacto de zoonoses na saú-<br />

caracterização de vírus e outros<br />

de humana e animal<br />

microrganismos. Elas também<br />

Quando a metagenômica<br />

A prevenção e resposta a sur-<br />

permitem a investigação de<br />

viral é aplicada a amostras de<br />

tos de doenças em ambos,<br />

padrões de evolução de vírus<br />

sangue, ela fornece uma visão<br />

humanos e animais, reque-<br />

por sequenciamento aprofun-<br />

geral completa da abundância<br />

rem estratégias, ferramentas<br />

dado de genomas virais em<br />

de ácidos nucleicos virais, tam-<br />

e mecanismos eficazes de<br />

hospedeiros individuais.<br />

bém chamada de “viroma do<br />

administração e governança.<br />

sangue”. O viroma do sangue<br />

Entre essas estratégias, estão<br />

A aplicação de Sequenciamento<br />

humano pode ser definido<br />

incluídos o armazenamento<br />

de Nova Geração (NGS) pode<br />

como a comunidade de todos<br />

estratégico e uso equitativo de<br />

fornecer resultados altamente<br />

os vírus encontrados em uma<br />

bens globais, como vacinas e<br />

específicos. Além disso, a capaci-<br />

amostra de sangue.<br />

outras terapias.<br />

108 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Tanto nos casos de patógenos<br />

previamente conhecidos<br />

quanto nos casos de patóge-<br />

autoridades precisa ser feita<br />

com antecipação e prevenção.<br />

Referências<br />

Buckeridge D, Cadieux G. Surveillance<br />

for Newly Emerging Viruses. Perspect<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

nos (recém) emergentes, uma<br />

resposta eficaz requer mecanismos<br />

globais para definir:<br />

• Prioridades a serem seguidas<br />

• Financiar e acelerar a pesquisa<br />

e o desenvolvimento de<br />

contramedidas<br />

• Mecanismo global para fabricação<br />

em larga escala de vacinas<br />

e medicamentos<br />

• Distribuição desses medicamentos<br />

Nesse contexto, os profissionais<br />

de saúde precisam estar atentos<br />

a sintomas diferentes do<br />

habitual ou aprofundar a investigação<br />

da doença quando a<br />

sua recorrência é alta. Junto<br />

disso a comunicação das ocor-<br />

Conclusão<br />

A relação humano-animal<br />

existirá e se estreita a cada<br />

ano devido ao crescimento<br />

populacional e diminuição das<br />

florestas, além de outros motivos<br />

que anteriormente listados<br />

no decorrer do texto. Com isso<br />

o risco de vírus emergentes<br />

zoonóticos ainda é um motivo<br />

de atenção e prevenção.<br />

Estar em alerta com casos isolados<br />

e investigar de maneira profunda,<br />

utilizando ferramentas<br />

genômicas, são passos essenciais<br />

para identificar rapidamente<br />

o agente causal e haver tempo<br />

hábil para o estabelecimento<br />

de estratégias de contenção e<br />

Med Virol. 2006;16:325-343. doi:<br />

10.1016/S0168-7069(06)16013-9.<br />

Epub 2006 Nov 28. PMID: 32287587;<br />

PMCID: PMC7114643.<br />

Cassedy A. et al., Virus Detection:<br />

A Review of the Current and Emerging<br />

Molecular and Immunological<br />

Methods Front. Mol. Biosci., Sec. Molecular<br />

Diagnostics and Therapeutics,<br />

Vol. 8 2021 | https://doi.org/10.3389/<br />

fmolb.2021.637559.<br />

Magouras I. et al., Emerging Zoonotic<br />

Diseases: Should We Rethink the<br />

Animal–Human Interface? Front. Vet.<br />

Sci., 22 October 2020, Sec. Veterinary<br />

Epidemiology and Economics, Vol 7<br />

– 2020 DOI: https://doi.org/10.3389/<br />

fvets.2020.582743Slavov, S.N. Viral<br />

Metagenomics for Identification of<br />

Emerging Viruses in Transfusion Medicine.<br />

Viruses 2022, 14, 2448. https://<br />

rências aos órgãos de saúde e<br />

controle das infecções.<br />

doi.org/10.3390/v14112448<br />

FONTE:<br />

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União de soluções tecnológicas para a prática da medicina de precisão. Nossa missão é ser referência de excelência no desenvolvimento de soluções de<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

109


PRINCIPAIS INFECÇÕES VIRAIS FELINAS<br />

VIROLOGIA<br />

VÍRUS DA LEUCEMIA FELINA (FELV), VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA<br />

FELINA (FIV) E PERITONITE INFECCIOSA FELINA (FIP): REVISÃO<br />

Feline Viral Diseases - Feline Leukemia Virus (FELV), Feline immunodeficiency vírus (FIV)<br />

and Feline Infectious Peritonitis (FIP): short review<br />

Por Guilherme Silva de Mello1;<br />

João Victor Pereira Lacerda1;<br />

Mara Ferreira Pessanha1;<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões2.<br />

1 - Graduando do curso de Medicina Veterinária; Departamento de<br />

Ciências da Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />

Botafogo, Rio de Janeiro.<br />

2 - Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso de Medicina<br />

Veterinária; Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />

Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo, Rio de Janeiro.<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

Dentre as doenças virais felinas com genoma RNA viral destacam-se<br />

o vírus da leucemia felina (FELV), o vírus da imunodeficiência<br />

felina (FIV) e o coronavírus felino causador da peritonite<br />

infecciosa felina (FIP). Já foram descritos quatro subgrupos<br />

virais identificados geneticamente: FeLV-A, B, C e T. Os gatos<br />

infectados com os subgrupos FeLV-B, C e T são co-infectados<br />

com o FeLV-A. Somente o subgrupo A é transmissível entre os<br />

felinos por meio do receptor da proteína de membrana identificada<br />

como Feline high affinity thiamine transporter 1 (fe-<br />

THTR1). Com base na análise genética do gene env, já foram<br />

descritos cinco subtipos virais denominados A, B, C, D e E. A<br />

gengivo-estomatite é a manifestação clínica mais frequente da<br />

FIV. O coronavírus felino desencadeia uma doença imunomediada<br />

produzida como resultado da infecção de macrófagos<br />

pelas cepas mutantes do feline coronavirus denominada peritonite<br />

infecciosa felina, do inglês feline infectious peritonitis<br />

(FIP). Com base nas características antigênicas e estruturais do<br />

vírus têm sido descritas 2 tipos virais: FIP-1 e FIP-2. Tais viroses<br />

frequentemente acometem os gatos domésticos, e quando<br />

diagnosticada precocemente, costumam ter um prognóstico<br />

reservado, visto que todas as três viroses não possuem cura,<br />

apenas um protocolo terapêutico na tentativa de diminuir a<br />

carga viral. Deve-se ressaltar também que, essas doenças estão<br />

frequentemente associadas a outras enfermidades, como<br />

linfomas no caso da FELV e alterações renais e hepáticas no<br />

caso da PIF, o que torna ainda mais difícil o tratamento e a evolução<br />

dos pacientes.<br />

Palavras-chaves: peritonite infecciosa felina, leucemia viral<br />

felina, imunodeficiência felina.<br />

Abstract<br />

Feline viral diseases with a viral RNA genome include<br />

feline leukemia virus (FELV), feline immunodeficiency<br />

virus (FIV) and feline coronavirus that causes feline<br />

infectious peritonitis (FIP). About four genetically viral<br />

subgroups have been described: FeLV-A, B, C and T. Cats<br />

infected with subgroups FeLV-B, C and T are co-infected<br />

with FeLV-A. Only subgroup A is transmissible between<br />

felines through the membrane protein receptor<br />

identified as Feline high affinity thiamine transporter<br />

1 (feTHTR1). Based on genetic analysis of the env gene,<br />

five viral subtypes called A, B, C, D and E have been described.<br />

Gingivostomatitis is the most common clinical<br />

manifestation of FIV. The feline coronavirus triggers an<br />

immune-mediated disease produced as a result of the<br />

infection of macrophages by mutant strains of the feline<br />

coronavirus called feline infectious peritonitis (FIP).<br />

Based on the antigenic and structural characteristics of<br />

the virus, 2 viral types have been reported: FIP-1 and<br />

FIP-2. Such viruses often affect domestic cats, and when<br />

diagnosed early, they usually have a poor prognosis,<br />

since all three viruses have no cure, just a therapeutic<br />

protocol in an attempt to reduce the viral load. It should<br />

also be noted that these diseases are often associated<br />

with other illnesses, such as lymphomas in the case of<br />

FELV and kidney and liver changes in the case of FIP,<br />

which makes treatment and the evolution of patients<br />

even more difficult.<br />

Keywords: Feline Leukemia Virus, Feline immunodeficiency vírus,<br />

Feline Infectious Peritonitis.<br />

110 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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VIROLOGIA<br />

Introdução<br />

Apesar dos cães ainda serem<br />

considerados o principal animal<br />

de companhia do homem,<br />

os gatos têm ganhado cada vez<br />

mais espaço, visto que esses<br />

animais são mais independentes<br />

e possuem menos necessidades<br />

que os cães. Apesar disso,<br />

o Brasil ainda possui uma<br />

quantidade considerável de<br />

animais vivendo nas ruas, de<br />

acordo com uma pesquisa realizada<br />

pela Organização Mundial<br />

de Saúde o país possui<br />

cerca de 10 milhões de gatos<br />

errantes. Esses animais estão<br />

mais suscetíveis às doenças<br />

virais abordadas nesse artigo,<br />

visto que, a transmissão pode<br />

ocorrer por lambeduras, arranhaduras<br />

ou então na cópula.<br />

Neste artigo será abordado as<br />

principais enfermidades que<br />

acometem os felinos domésticos<br />

tais como Feline leucemia<br />

virus - Leucemia Viral Felina<br />

(FeLV), Feline immunodeficiency<br />

virus - Imunodeficiência<br />

Viral Felina (FIV) e Feline<br />

infectious peritonitis - Peritonite<br />

infecciosa felina (PIF).<br />

Feline leucemia virus - Leucemia<br />

Viral Felina (Felv)<br />

O vírus da Leucemia felina<br />

(Feline leucemia virus - FeLV)<br />

é um RNA vírus de fita simples<br />

classificado na família Retroviridae,<br />

genêro Gammaretrovirus<br />

que acomete felinos domésticos<br />

e silvestres. O vírus causa<br />

imunodeficiência, distúrbios<br />

da medula óssea e tumores<br />

em células linfáticas. Já foram<br />

descritos quatro subgrupos<br />

virais identificados geneticamente:<br />

FeLV-A, B, C e T. Os gatos<br />

infectados com os subgrupos<br />

FeLV-B, C e T são co-infectados<br />

com o FeLV-A. Somente o subgrupo<br />

A é transmissível entre<br />

os felinos por meio do receptor<br />

da proteína de membrana<br />

identificada como Feline high<br />

affinity thiamine transporter 1<br />

(feTHTR1). Sangue, secreções<br />

salivares e compartilhamento<br />

de recipiente de água são fontes<br />

de transmissão viral. O vírus<br />

é eliminado pela saliva, urina e<br />

fezes dos felinos infectados. O<br />

vírus já foi detectado no leite e<br />

pode ocorrer a transmissão vertical<br />

(Figueiredo & Junior, 2011).<br />

O vírus acomete principalmente<br />

gatos jovens de vida livre,<br />

podendo causar neoplasmas,<br />

doenças degenerativas do sistema<br />

hematopoiético e principalmente<br />

imunodeficiência.<br />

Porém, apesar de causar diversas<br />

enfermidades secundárias, é<br />

importante ressaltar que gatos<br />

portadores e transmissores da<br />

FeLV muitas vezes não estão<br />

clinicamente doentes, sendo<br />

portadores assintomáticos tornando<br />

mais difícil de realizar o<br />

diagnóstico da doença, logo,<br />

para combater, diagnosticar e<br />

evitar a propagação do vírus,<br />

deve-se entender detalhadamente<br />

a fisiopatogenia viral.<br />

Como citado anteriormente,<br />

gatos portadores da FelV<br />

podem não manifestar nenhum<br />

sinal clínico, ou doenças brandas.<br />

Porém, os principais sinais<br />

decorrentes da infecção são<br />

classificados em neoplasmas,<br />

desordens hematológicas,<br />

doenças imunomediadas e<br />

outras síndromes. Além disso<br />

deve-se considerar também<br />

que a idade em que o animal se<br />

infecta é um fator fundamental<br />

para o desenvolvimento da<br />

patogenia, uma vez que dados<br />

apontam que gatos contaminados<br />

com menos de três meses se<br />

tornarão apenas progressores.<br />

112 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Nos casos de neoplasmas o vírus<br />

insere seu RNA no DNA da célula<br />

hospedeira, o que aumenta<br />

em 62 vezes as chances de se<br />

desenvolver um linfoma ou<br />

uma leucemia. O linfoma é o<br />

principal câncer que acomete<br />

gatos FelV e tende a acometer o<br />

linfonodo mediastínico, os rins,<br />

os olhos e a coluna vertebral.<br />

Já as leucemias. são o segundo<br />

principal tipo, elas podem causar<br />

febres, leucocitose elevada<br />

e eritrocitose. Somam-se ainda<br />

que a FeLV também pode gerar<br />

desordens imunomediadas<br />

como gengivoestomatites,<br />

glomerulonefrites e citopenias.<br />

Também se observa síndromes<br />

neurológicas, apesar de serem<br />

incomuns, sendo que nesses<br />

casos ocorre o aparecimento de<br />

midríase, síndrome de Horner,<br />

hiperestesia e cegueira central,<br />

por fim, também podem ocorrer<br />

síndromes reprodutivas e<br />

neonatais, como reabsorção<br />

embrionária e abortos.<br />

Na leucemia felina, os gatos<br />

podem ser testados em qualquer<br />

período, desde filhotes<br />

recém-nascidos até a senilidade.<br />

Os testes realizados<br />

rotineiramente na clínica de<br />

pequenos detectam antígenos,<br />

assim, os anticorpos oriundos<br />

da vacinação do animal com<br />

a V5 não irão interferir com os<br />

resultados. Os mais utilizados<br />

são os testes rápidos do tipo<br />

SNAP, sendo esses o ELISA e a<br />

IMC, ambos os testes são baseados<br />

na detecção da proteína<br />

p27, que circula livre no sangue<br />

do animal em viremia. Como<br />

ensaio molecular, o RT-PCR<br />

também pode ser utilizado,<br />

caso os exames citados anteriormente<br />

sejam inconclusivos<br />

(apesar de raro, pode ocorrer).<br />

Esse é o teste considerável mais<br />

sensível, pois é capaz de detectar<br />

a infecção mesmo que haja<br />

poucas partículas virais circulantes<br />

na amostra teste.<br />

Alguns gatos conseguem suprimir<br />

a infecção viral através do<br />

próprio sistema imunológico e<br />

assim desenvolvem uma infecção<br />

regressiva, no qual não<br />

ocorre replicação viral. É possível<br />

o aparecimento de tumores<br />

como resultado da integração<br />

do DNA viral nos oncogenes<br />

celulares. Além disso, existe a<br />

FeLV progressiva afetando a<br />

medula óssea e desencadeando<br />

uma viremia persistente.<br />

Linfoma e leucemia são os tipos<br />

mais comuns de neoplasia em<br />

gatos infectados com FeLV.<br />

Como diagnóstico, a coleta de<br />

sangue faz-se de escolha para<br />

ensaios de RT-PCR, e testes de<br />

ELISA para pesquisa do antígeno<br />

proteico p27 do vírus. Como<br />

terapêutica, adota-se IFN-α<br />

recombinante. A melhor forma<br />

de prevenção é a vacinação<br />

com vírus inativado associado<br />

a outros vírus respiratórios<br />

(Simões, 2020).<br />

Diferente da FIV, a Felv possui<br />

uma vacina, contendo o<br />

vírus inativado, popularmente<br />

conhecida como “Vacina<br />

Quíntupla” (V5). Entretanto,<br />

o protocolo mais comum é a<br />

realização da primeira dose a<br />

partir de 8 semanas, uma dose<br />

de reforço após 30 dias e após<br />

esse período, a terceira e última<br />

dose. Além da vacinação, outras<br />

medidas profiláticas devem ser<br />

tomadas, tais como: (i) evitar<br />

que animais negativados saiam<br />

do ambiente domiciliar, (ii)<br />

evitar o contato entre animais<br />

negativos e positivos.<br />

VIROLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

113


VIROLOGIA<br />

Feline<br />

immunodeficiency<br />

consegue funcionar da forma<br />

animal, até então saudável, o<br />

virus - Imunodeficiência Viral<br />

que deveria, deixando o orga-<br />

vírus e leucócitos contamina-<br />

Felina (FIV)<br />

nismo do portador mais susce-<br />

dos. Existem outros meios de<br />

O vírus da imunodeficiência felina,<br />

tível a infecções oportunistas.<br />

contaminação, como a arra-<br />

do inglês Feline immunodeficien-<br />

nhadura, e com menos poder<br />

cy virus (FIV), é um RNA vírus de<br />

O vírus da imunodeficiência<br />

de contaminação, o compar-<br />

fita simples comumente conhe-<br />

felina é formado por RNA de fita<br />

tilhamento de bebedouros e<br />

cido como AIDS felina pertence<br />

simples e para que sua transcri-<br />

comedouros, já que o vírus<br />

à família Retroviridae, sub-família<br />

ção seja possível, o vírus utiliza<br />

contido em grande quantida-<br />

Orthoretrovirinae, gênero Lentivi-<br />

a enzima transcriptase reversa,<br />

de na saliva não dura muito<br />

rus. Com base na análise genética<br />

uma vez que esta consegue<br />

tempo no ambiente. Do mes-<br />

do gene env, já foram descritos<br />

produzir cDNA a partir de RNA<br />

mo modo, o sêmen contém<br />

cinco subtipos virais denomina-<br />

(provirus). Além desse meca-<br />

o vírus, mas aparentemente<br />

dos A, B, C, D e E (Ferreira et al.,<br />

nismo de evasão do sistema<br />

não é grande fonte de conta-<br />

2011). A gengivo-estomatite é<br />

imunológico, quando o vírus sai<br />

minação, como o colostro, o<br />

a manifestação clínica mais fre-<br />

da célula ele transporta parte<br />

leite ou pela via transplacen-<br />

quente (Simões, 2020).<br />

da membrana celular da célu-<br />

tária. O FIV não é transmitido<br />

la hospedeira. Esse vírus tem<br />

pelo ar e por ser um vírus<br />

A Imunodeficiência Viral Felina<br />

grande tropismo por células<br />

envelopado, sua presença no<br />

(FIV) é uma doença que acome-<br />

hematopoiéticas, elas se multi-<br />

ambiente pode ser facilmen-<br />

te gatos a nível mundial, não<br />

plicam rapidamente.<br />

te eliminada por produtos de<br />

tem cura, mas os animais infec-<br />

limpeza que rompem as bar-<br />

tados podem ter boa qualidade<br />

A transmissão viral ocorre<br />

reiras glicoproteicas inativan-<br />

de vida durante muitos anos.<br />

pela via transplacentária, pela<br />

do-o (Simões, 2020).<br />

O vírus possui grande variabi-<br />

amamentação e pelo sêmen<br />

lidade genética, apresentando<br />

de machos soropositivos<br />

Os gatos mais acometidos são<br />

5 subtipos (A, B, C, D e E) espa-<br />

além de mordidas e arranhões<br />

os machos, errantes e não cas-<br />

lhados mundialmente, mas<br />

de gatos infectados por FIV. A<br />

trados. Esses têm um histórico<br />

com prevalência individual em<br />

transmissão se dá pela ino-<br />

de grande disputa territorial<br />

determinados países; sendo o A<br />

culação do vírus na corrente<br />

e por fêmeas no cio, devido a<br />

e B os mais recorrentes. Uma vez<br />

sanguínea, logo ela é passada<br />

isso se expõem a mordeduras<br />

que o animal é infectado, ele se<br />

de um animal para outro com<br />

(principal via de transmissão) e<br />

torna portador da doença. É um<br />

mais frequência pela mor-<br />

arranhões nas brigas e no aca-<br />

vírus que como o nome sugere,<br />

dedura. Assim, o animal por-<br />

salamento, ao contato sexual e<br />

cria deficiência no sistema imu-<br />

tador da FIV através de sua<br />

as possíveis mordidas e lambi-<br />

nológico, assim o mesmo não<br />

saliva inocula no sangue do<br />

das envolvidas nesse processo.<br />

114 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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VIROLOGIA<br />

A doença apresenta três estágios,<br />

a seguir: (i) a fase aguda,<br />

(ii) a fase assintomática e (iii) a<br />

fase terminal. Logo depois da<br />

contaminação, na fase aguda,<br />

o vírus encontra-se circulando<br />

em alta concentração no sangue,<br />

e com isso as células de<br />

defesa começam a agir na tentativa<br />

de debelar o mesmo. A<br />

quantidade de linfócitos T CD4<br />

e CD8 aumenta, e também há<br />

produção de anticorpos específicos<br />

contra FIV. Essa primeira<br />

fase pode durar em torno de 4<br />

a 6 semanas e o animal pode<br />

apresentar, nesse período,<br />

letargia, febre transitória, diarreia,<br />

linfoadenopatia, infecções<br />

do trato respiratório superior<br />

ou até mesmo não apresentar<br />

nenhum sinal clínico.<br />

Concomitantemente, a taxa<br />

de CD4 e CD8 vão diminuindo<br />

e com o passar do tempo isso<br />

pode causar imunodeficiência.<br />

É a partir desse momento,<br />

onde o sistema imunológico já<br />

está mais debilitado, ou ele por<br />

algum outro motivo é suprimido,<br />

que a enfermidade começa<br />

a predispor o animal a infecções<br />

oportunistas com recorrência, e<br />

assim ele começa o último estágio,<br />

o terminal.<br />

Na fase terminal, o gato entra<br />

no quadro de síndrome de<br />

imunodeficiência adquirida<br />

felina, onde há aparição de<br />

infecções oportunistas. A<br />

gengivite-estomatite crônica,<br />

apesar de não ter causa clara,<br />

é extremamente presente nos<br />

o gato portador apresentar<br />

algum sinal clínico ele deve<br />

receber cuidados paliativos<br />

que cuidem dos mesmos,<br />

gerando qualidade de vida e<br />

dando suporte para que seu<br />

corpo consiga se equilibrar.<br />

De mesma importância, há a<br />

necessidade de manter esse<br />

animal em ambiente e condições<br />

favoráveis para que ele<br />

mantenha seu sistema imunológico<br />

estável. Assim, um gato<br />

que tem um lar seguro, boa<br />

alimentação, auxílio médico<br />

veterinário e que não é exposto<br />

a estresse tem mais qualidade<br />

de vida mesmo sendo positivo<br />

para doença do que outro também<br />

positivo, mas exposto em<br />

um cenário contrário a este.<br />

Assim, com o alto número de<br />

CD4 e CD8 a viremia (vírus<br />

circulante na corrente sanguínea)<br />

diminui, mas por sua vez<br />

sua replicação está ocorrendo<br />

dentro dos linfócitos. Por tanto,<br />

como a replicação viral ainda<br />

persiste, mesmo que em números<br />

mais baixos, a fase assintomática<br />

não pode ser considerada<br />

um período de latência.<br />

pacientes. Os portadores, nessa<br />

fase, também podem apresentar<br />

problemas neurológicos,<br />

oftálmicos, perda de peso,<br />

problema respiratório, diarreia,<br />

linfoadenopatia e neoplasias.<br />

Como dito anteriormente, a<br />

imunodeficiência felina não<br />

tem cura, até o momento<br />

nenhum retroviral ou tratamento<br />

específico. Quando<br />

O estresse é um grande fator<br />

a ser controlado, já que este<br />

tem grande influência no sistema<br />

imunológico dos gatos,<br />

baixando sua capacidade de<br />

defesa e causando supressão<br />

do mesmo. A idade também se<br />

torna um fator a levar o animal<br />

ao estágio terminal, visto que<br />

animais mais velhos não têm<br />

seus sistemas imunológicos<br />

tão competentes quanto antes.<br />

116 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Por meio de ensaios sorológicos<br />

tem sido possível detectar a<br />

presença de anticorpos contra<br />

as proteínas do core p24 ou proteína<br />

trans-membrana gp40 do<br />

vírus ((Simões, 2020). A FIV comumente<br />

pode ser diagnosticada<br />

por teste de ELISA ou RT-PCR,<br />

mas para a escolha de qual teste<br />

deverá ser feito, deve ser entendida<br />

a situação do animal, e em<br />

certos casos há a necessidade de<br />

fazer os dois para confirmação.<br />

Pelo fato de os gatos infectados<br />

já apresentarem altas taxas de<br />

anticorpos anti-FIV depois dos<br />

60 dias de exposição, o resultado<br />

do teste ELISA é confiável.<br />

Por isso, também é importante<br />

que caso o teste tenha resultado<br />

negativo e o tempo de isolamento<br />

tenha sido menor que<br />

os 60 dias, o teste deverá novamente<br />

ser realizado depois de<br />

30 dias após a realização do último.<br />

Mas se o animal tiver mais<br />

de 6 meses e apontar positivo,<br />

mesmo sem ter sido respeitado<br />

o tempo de isolamento, ele será<br />

verdadeiramente positivo. Na<br />

mesma fase, o RT-PCR também<br />

pode ser realizado apresentando<br />

resultado fidedigno.<br />

Para os filhotes além do tempo<br />

de 60 dias, há a necessidade<br />

de esperar que ele complete<br />

6 meses para que não haja um<br />

falso negativo diante dos anticorpos<br />

da mãe. O felino que se<br />

encontra na segunda fase da<br />

doença apresenta anticorpos,<br />

porém baixo nível de viremia.<br />

Na fase terminal, o ideal é que<br />

o RT-PCR.<br />

Até o momento não há nenhuma<br />

vacina indicada para prevenção<br />

da FIV, já que atualmente<br />

a única liberada em alguns<br />

países, Fel-o-Vax FIV, ainda causa<br />

dificuldades no diagnóstico<br />

por anticorpos. Como a vacina<br />

gera anticorpos e a maioria<br />

dos testes não detectam essa<br />

diferenciação de anticorpos<br />

gerado pela vacina dos quais<br />

aqueles gerados pelo contato<br />

com o vírus, os gatos vacinados<br />

podem erroneamente serem<br />

classificados como positivos<br />

para FIV. A melhor prevenção<br />

até o momento é manter os<br />

gatos positivos e negativos<br />

separados uns dos outros, castrar<br />

os gatos semi-domiciliados<br />

para que diminuam as idas à<br />

rua ou disputa por território.<br />

Feline infectious peritonitis -<br />

Peritonite infecciosa felina (PIF)<br />

O coronavírus felino é um RNA<br />

viral de fita simples polaridade<br />

positiva classificado na família<br />

Coronaviridae, subfamília Coronavirinae,<br />

gênero Alphacoronavirus,<br />

espécie Alphacoronavirus-1.<br />

O coronavírus felino desencadeia<br />

uma doença imunomediada<br />

produzida como resultado da<br />

infecção de macrófagos pelas<br />

cepas mutantes do feline coronavirus<br />

denominada peritonite<br />

infecciosa felina, do inglês feline<br />

infectious peritonitis (FIP). Com<br />

base nas características antigênicas<br />

e estruturais do vírus têm<br />

sido descritas 2 tipos virais: FIP-1<br />

e FIP-2 (Simões, 2020).<br />

É uma doença viral imuno<br />

mediada provocada pelo coronavírus<br />

felino (FCoV) mutado,<br />

que acomete felinos em geral,<br />

tanto domésticos quanto selvagens.<br />

Em sua forma não mutada<br />

do vírus causa apenas enterite,<br />

que é facilmente tratada. A<br />

doença afeta em sua maioria<br />

gatos muito jovens, com menos<br />

de 3 anos, ou pacientes idosos,<br />

com mais de 10 anos e com<br />

falhas imunológicas (BARROS,<br />

VIROLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

117


VIROLOGIA<br />

2014). Esse grupo específico<br />

de faixa etária ocorre devido a<br />

situação imunológica dos indivíduos,<br />

sendo que animais após<br />

os 3 anos costumam estar com<br />

a imunidade adequada. Portanto,<br />

animais imunossuprimidos<br />

também estão entre os classificados<br />

no grupo de risco.<br />

A PIF apresenta duas apresentações<br />

clínicas: (i) a efusiva (chamada<br />

também de úmida) e (ii) a<br />

não efusiva (chamada também<br />

de seca). A distinção é por conta<br />

dos sinais clínicos, a efusiva<br />

apresenta acúmulo de líquido<br />

nas cavidades abdominais e<br />

torácicas. Já a não efusiva há<br />

presença de sinais inespecíficos,<br />

o que dificulta o diagnóstico.<br />

O coronavírus felino (CoFV) é<br />

um vírus RNA de cadeia simples,<br />

não segmentado e envelopado.<br />

Tem dois tipos, o Coronavírus<br />

Felino Entérico (FECV) e o Vírus<br />

da Peritonite Infecciosa Felina<br />

(FIPV). O FECV é mais comum e<br />

constantemente o paciente não<br />

apresenta sinais clínicos, sendo<br />

assintomático. Já o FIPV mesmo<br />

sendo mais raro é o mais grave<br />

e letal (BARROS, 2014).<br />

A contaminação do felino se dá,<br />

principalmente, de forma oral.<br />

Podendo ser, pela ingestão de<br />

fezes contaminadas e utilização<br />

de fômites contaminados,<br />

como bebedouros e vasilhas de<br />

comida compartilhados. Aerossóis<br />

também podem contaminar,<br />

pois nos primeiros momentos<br />

urina e saliva podem conter<br />

o vírus, entretanto só é possível<br />

nas primeiras horas de infecção<br />

(ADDIE, et al, 2009).<br />

Ambientes com grande número<br />

de gatos reunidos têm maior<br />

chance de contaminação pelo<br />

coronavírus felino. Portanto,<br />

animais oriundos de abrigos são<br />

mais suscetíveis ao vírus. A aparição<br />

da doença está associada<br />

à competência imunológica do<br />

indivíduo. Portanto, animais<br />

mais suscetíveis são aqueles<br />

que não possuem sistema<br />

imunológico totalmente maduro,<br />

que são animais de idade<br />

inferior a 3 anos, animais que<br />

estão com déficit imunológico,<br />

animais idosos com mais de 10<br />

anos de idade, e animais imunossuprimidos,<br />

e somam-se os<br />

animais com doenças autoimunes<br />

como FIV e FELV. Há raças<br />

mais propensas a desenvolver a<br />

PIF tais como: Birman, Ragdoll,<br />

Bengala, Rex, Abissínia e Himalaia<br />

(Pesteanu-Somogyi, 2006).<br />

É uma doença sistêmica e granulomatosa<br />

que acomete felinos<br />

que têm contato direto com<br />

outros felinos. O vírus se replica<br />

de forma eficaz em animais com<br />

sistema imune deficiente atingindo<br />

os macrófagos e monócitos<br />

alcançando todo organismo<br />

a doença sistêmica. Nos macrófagos<br />

eles ativam a produção<br />

de citocinas que agem gerando<br />

granulomas nos tecidos (PIF<br />

não efusiva) ou vasculite (PIF<br />

efusiva). A PIF não efusiva com<br />

o tempo, na maioria das vezes,<br />

passa a ser efusiva.<br />

A Peritonite infecciosa felina<br />

(PIF) é uma doença com dois<br />

tipos de apresentação clínica<br />

distintas relacionadas a forma<br />

que o vírus irá evoluir no organismo<br />

do paciente. Sendo elas<br />

efusiva (úmida) ou não efusiva<br />

(seca). A forma efusiva da doença<br />

é a mais comum, cerca de<br />

80% dos casos, ela é caracterizada<br />

pelo acúmulo de líquido rico<br />

em fibrina nas cavidades abdo-<br />

118 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


VIROLOGIA<br />

minais e torácicas (o nome se<br />

deu pelo acúmulo desses líquidos).<br />

Além disso, sinais comuns<br />

como febre, anorexia, perda de<br />

peso, icterícia, linfadenomegalia<br />

mesentérica, dificuldade para<br />

respirar e barriga inchada são<br />

observadas com frequência na<br />

anamnese clínica do paciente.<br />

A forma não efusiva da doença é<br />

a menos comum e é caracterizada<br />

pela formação de lesões granulomatosas<br />

em vários órgãos,<br />

como: o intestino, fígado, pulmões,<br />

coração, olhos, cérebro e<br />

rins. Porém, diferente da efusiva<br />

é mais difícil de ser diagnosticada,<br />

pois os sinais clínicos observados<br />

são menos específicos.<br />

O diagnóstico da Peritonite<br />

infecciosa felina é feito a partir<br />

da anamnese, aliado a exames<br />

físicos e laboratoriais. É uma<br />

doença de diagnóstico difícil,<br />

principalmente quando a apresentação<br />

clínica é não efusiva.<br />

Não existe um exame único<br />

e preciso. Geralmente é feito<br />

um diagnóstico presuntivo por<br />

exclusão após a realização de<br />

alguns exames diferenciais.<br />

Quando é do tipo efusiva, o<br />

paciente chega ao consultório<br />

com efusão de cor amarelada,<br />

viscosa, muito proteica, não<br />

sanguinolenta e asséptica. Nesse<br />

caso deve-se coletar, fazer<br />

o teste de rivalta que constata<br />

se é uma secreção proteica (em<br />

caso de negativo há grande<br />

possibilidade de não ser PIF), e<br />

mandar para análise em teste<br />

mais específico como cultura<br />

para descartar, a suspeita de<br />

peritonite bacteriana.<br />

Além da coleta, podem ser feitos<br />

exames de imagens que evidenciam<br />

a presença de efusões<br />

pelo corpo, granulomas e a<br />

integridade dos órgãos. Exames<br />

laboratoriais de hemograma,<br />

perfil bioquímico, albumina e<br />

globulina são importantes para<br />

diferenciar de outras doenças<br />

e evidenciar a possibilidade de<br />

peritonite infecciosa felina.<br />

Estudos comprovam eficácia<br />

do RT-PCR apenas quando há<br />

alterações neurológicas e o<br />

material testado é o líquido<br />

cefalorraquidiano (Doenges,<br />

2016). Também é realizado exame<br />

post-mortem como a histopatologia<br />

que coleta amostras<br />

de órgãos e testa evidenciando<br />

a morte por PIF. Por ser uma<br />

doença sem diagnóstico preciso<br />

e definitivo é necessário realizar<br />

o máximo de exames para<br />

descartar outras patologias.<br />

Exames comumente feitos são:<br />

hemograma, perfil bioquímico,<br />

teste relação albumina-globulina,<br />

ultrassonografia, radiografia,<br />

histologia, técnica de rivalta,<br />

coleta de líquor, imuno-histoquímica,<br />

RT-PCR e detecção de<br />

antígenos e anticorpos.<br />

Existe vacina para a peritonite<br />

infecciosa felina, entretanto<br />

ela não está disponível no Brasil.<br />

Até o momento, é realizado<br />

um tratamento de suporte<br />

para diminuir os sintomas da<br />

doença e dar qualidade de vida<br />

ao animal. É utilizado drogas<br />

imunomoduladoras, imunossupressoras,<br />

antivirais e interferon<br />

para o tratamento. Em caso de<br />

infecções secundárias, também<br />

é utilizado antibióticos (Silva et<br />

al., 2017). O fármaco de escolha<br />

para o tratamento imunossupressor<br />

é a prednisolona que age<br />

suprimindo a resposta humoral e<br />

celular, causando uma melhora<br />

clínica no animal (Barros, 2014)<br />

120 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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VIROLOGIA<br />

O uso de interferon recombinante<br />

felino pode ser administrado<br />

para combater a replicação do<br />

vírus, entretanto é um tratamento<br />

caro e não leva a cura (Barros,<br />

2014). Em caso de PIF efusiva é<br />

possível realizar a drenagem do<br />

líquido, assim promovendo alívio<br />

no desconforto do paciente.<br />

Além dos tratamentos de suporte,<br />

que não curam o animal da<br />

doença, existem estudos sobre<br />

uma molécula análoga ao nucleosídeo<br />

GS-441524 que afirmam<br />

que ela inibe a replicação do vírus<br />

da peritonite infecciosa felina<br />

(Murphy et al., 2018). Entretanto,<br />

o tratamento não está disponível<br />

no mercado até o atual momento.<br />

O medicamento é uma real<br />

esperança de cura para pacientes<br />

com peritonite infecciosa felina<br />

no futuro quando for liberado a<br />

comercialização.<br />

Referências<br />

Addie, D.D., Belák, S., Boucraut-Baralon, C., Egberink,<br />

H., Frymus, T., Gruffydd-Jones, T., Hartmann,<br />

K. Feline infectious peritonitis. ABCD guidelines<br />

on prevention and management. Journal of<br />

Feline Medicine and Surgery. 2009.<br />

Barros, A. R. T. (2014). Peritonite infecciosa felina:<br />

estudo retrospectivo de 20 casos clínicos.<br />

Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária<br />

conferido pela Universidade Lusófona<br />

de Humanidades e Tecnologias. Lisboa.<br />

Doenges, S. J., Weber, K., Dorsch, R., Fux,<br />

R., Fischer, A., Matiasek, L. A., Matiasek,<br />

K., & Hartmann, K. (2016). Detection of<br />

feline coronavirus in cerebrospinal fluid<br />

for diagnosis of feline infectious peritonitis<br />

in cats with and without neurological<br />

signs. Journal of Feline Medicine<br />

and Surgery, 18(2), 104–109. https://doi.<br />

org/10.1177/1098612X15574757<br />

Massitel, I. (2021). Peritonite infecciosa<br />

felina: Revisão. Pubvet, 15(01). https://doi.<br />

org/10.31533/pubvet.v15n01a740.1-8<br />

Murphy, B. G., Perron, M., Murakami, E., Bauer,<br />

K., Park, Y., Eckstrand, C., Liepnieks, M., &<br />

Pedersen, N. C. (2018). The nucleoside analog<br />

GS-441524 strongly inhibits feline infectious<br />

peritonitis (FIP) virus in tissue culture and<br />

experimental cat infection studies. Veterinary<br />

Microbiology, 219, 226–233. https://doi.<br />

org/10.1016/j.vetmic.2018.04.026<br />

Oliveira, F. N.; Raffi, M.; Souza, T. M.; Barros,<br />

C. S. Peritonite infecciosa felina: 13 casos.<br />

Ciência Rural, Santa Maria, v.33, n.5, p.905-<br />

911, set-out, 2003.<br />

Pedersen, N. C. (2009). A review of feline<br />

infectious peritonitis virus infection:<br />

1963–2008. Journal of Feline Medicine and<br />

Surgery, 11(4), 225–258. https ://doi.org/<br />

10.1016/j.jfms.2008.09.008<br />

Pedersen, N. C., Perron, M., Bannasch, M.,<br />

Montgomery, E., Murakami, E., Liepnieks,<br />

M., & Liu, H. (2019). Efficacy and safety of the<br />

nucleoside analog GS-441524 for treatment<br />

of cats with naturally occurring feline infectious<br />

peritonitis. Journal of Feline Medicine<br />

and Surgery, 21(4), 271–281. https: //doi.<br />

org /10.1177/1098612X19825701<br />

Pesteanu-Somogyi, L. D., Radzai, C., &<br />

Pressler, B. M. (2006). Prevalence of feline<br />

infectious peritonitis in specific cat breeds.<br />

Journal of Feline Medicine and Surgery,<br />

8(1), 1–5. https://doi.org/ 10.1016 /j.jfms.2005.04.003<br />

Sharif, S., Arshad, S. S., Hair-Bejo, M., Omar,<br />

A. R., Zeenathul, N. A., & Alazawy, A. (2010).<br />

Diagnostic Methods for Feline Coronavirus:<br />

A Review. Veterinary Medicine International,<br />

2010, 1– 7. https://doi.org/ 10.4061/<br />

2010/809480<br />

Silva, A. L., Medeiros, C. M., Prado, M. G., &<br />

Andreo, J. (2017). Peritonite Infecciosa Felina<br />

(PIF) – Revisão de Literatura. Anais Do<br />

XX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF.<br />

Garça/SP: Editora FAEF, 39.<br />

Simões, R.S.Q. Infecções virais e os vírus oncolíticos:<br />

Uma estratégia terapêutica na medicina<br />

felina. <strong>Revista</strong> Vet Share, p:51-53, 2020.<br />

Autores:<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />

Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso<br />

de Medicina Veterinária; Departamento de Ciências<br />

da Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula,<br />

Campus Botafogo, Rio de Janeiro.<br />

Guilherme Silva de Mello<br />

Graduando do curso de Medicina Veterinária;<br />

Departamento de Ciências da Saúde e<br />

Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />

Botafogo, Rio de Janeiro.<br />

João Victor Pereira Lacerda<br />

Graduando do curso de Medicina Veterinária;<br />

Departamento de Ciências da Saúde e<br />

Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />

Botafogo, Rio de Janeiro.<br />

Mara Ferreira Pessanha<br />

Graduando do curso de Medicina Veterinária;<br />

Departamento de Ciências da Saúde e<br />

Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />

Botafogo, Rio de Janeiro.<br />

122 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


CITOMEGALOVÍRUS CONGÊNITO: A<br />

IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO<br />

O Citomegalovírus (CMV), também conhecido como<br />

Herpes vírus humano tipo 5, é um vírus de DNA onipresente<br />

nos humanos, sendo encontrado em diversos países, não<br />

possuindo especificidade por idade ou população (1,3,4).<br />

Após a primeira infecção que geralmente ocorre na infância,<br />

o vírus se torna latente (2, 4, 6) . As manifestações clínicas<br />

são raras em crianças e adultos que não possuem<br />

comprometimento do sistema imune, o que não é<br />

verdadeiro para pacientes com diminuição da imunidade<br />

celular, onde o vírus pode sofrer reativação e gerar<br />

sintomas como febre, mialgia, astenia e linfadenopatia (7).<br />

Dados apontam que a prevalência dos casos congênitos<br />

está compreendida entre 1-5% em países em<br />

desenvolvimento (2). No entanto, maior precisão nestes<br />

valores pode ser prejudicada por alguns fatores:<br />

A maioria das infecções da mãe e do bebê são<br />

assintomáticas (85-90% dos casos) e, portanto, não<br />

reconhecidas no nascimento;<br />

As sequelas resultantes da infecção congênita<br />

não são evidentes logo de início;<br />

A infecção também pode ocorrer no período pré-natal,<br />

caracterizando o CMV congênito (cCMV), quando o vírus<br />

presente na mãe é capaz de atravessar a placenta e atingir<br />

o sistema imunológico imaturo do feto (1, 3, 8).<br />

O fato de que crianças com CMV congênito cujas<br />

mães possuíam anticorpos para o CMV não<br />

apresentarem desenvolvimentos anormais, levou à<br />

uma falta de atenção a este tipo de infecção.<br />

Quando isso ocorre, as principais sequelas são perda<br />

auditiva neurossensorial e atraso no desenvolvimento<br />

neurológico e oftálmico. Além disso, manifestações como<br />

hepatoesplenomegalia, microcefalia, retardo no<br />

crescimento intrauterino, calcificações cerebrais e crises<br />

convulsivas estão entre os sintomas (2, 8).<br />

O fato de que a detecção precoce da perda auditiva e outros<br />

sintomas neurológicos pode limitar deficiências de longo<br />

prazo, a triagem neonatal para identificar aqueles em risco<br />

de sequelas, com base em ensaios PCR com sensibilidade<br />

e especificidade (similares ao isolamento viral) e<br />

apresentando maior rapidez, merece consideração (3,4).<br />

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TORNO DE 30%. DOS QUE SOBREVIVEM, 80-90% APRESENTARÃO<br />

SEQUELAS NEUROLÓGICAS COMO AS CITADAS ACIMA (6).<br />

Referências:<br />

1. Leao, G.L. et al. Rev. Méd. Paraná, Curitiba. 79 (Supl. 1):53-55. 2021<br />

2. Manicklal, S. et al. Clinical Microbiology Reviews. Vol. 26. Number 1. p 86-102. 2013.<br />

3. Miura, C. et al. J Pediatr (Rio J).82(1):46-50. 2006.<br />

4. Lanzieri, T.M. et al. International Journal of Infectious Diseases 22. p 44–48. 2014.<br />

5. Lobato-Silva, D.F. Rev Pan-Amaz Saude; 7 núm esp:213-219. 2016.<br />

6. Yamamoto, A.Y. et al. Medicina, Ribeirão Preto, 32:49-56, jan./mar. 1999.<br />

7. Oliveira, F.L. FEMINA. vol 39 . nº 11. 2011.<br />

8. Plosa, E.J. Pediatrics in Review. 33;156. 2012.<br />

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AUDITORIAS EM LABORATÓRIOS<br />

Por Ingrid Ferreira Costa<br />

A princípio, as auditorias em<br />

laboratórios são uns dos processos<br />

mais importantes para<br />

as boas práticas laboratoriais.<br />

Sendo assim, a partir delas, é<br />

Dessa forma, ela é formada por<br />

uma equipe de auditoria, que<br />

conduz o processo, um especialista,<br />

se necessário, e um cliente,<br />

que solicita a auditoria. Então,<br />

Enquanto a auditoria externa,<br />

chamada de auditoria de segunda<br />

e terceira partes, é realizada<br />

por pessoas de fora com interesse<br />

na organização. E por isso,<br />

possível se manter dentro das caso haja mais de uma com o geralmente, são organizações<br />

conformidades com normas e<br />

regulações importantes.<br />

mesmo propósito, se torna um<br />

programa de auditoria.<br />

externas de auditoria independente<br />

que provêm certificados.<br />

Dessa maneira, é pela auditoria<br />

laboratorial que se consegue a<br />

acreditação, que é o reconhecimento<br />

formal da competência<br />

por Organismos de Avaliação da<br />

Conformidade (OAC). Por isso,<br />

seus ensaios passam a ter reconhecimento<br />

internacional.<br />

O que é o processo de auditoria?<br />

“Não estar nos conformes<br />

com as normas e regulamentações<br />

pode trazer diferentes<br />

consequências para a gestão<br />

laboratorial.”<br />

A auditoria é um processo<br />

sistemático, documentado e<br />

independente executado para<br />

obter registros, apresentação<br />

de fatos e outras informações<br />

pertinentes aos critérios da<br />

auditoria. Por isso, essas evidências<br />

podem ser qualitativas<br />

ou quantitativas.<br />

Em resumo, o processo de auditoria<br />

é orientado pela norma<br />

ISO 19011, que estabelece as<br />

diretrizes para auditorias de<br />

sistema de gestão da qualidade<br />

e/ou ambiental. Portanto, a ISO<br />

19011 é aplicável em todas as<br />

organizações que precisam de<br />

auditorias internas e externas.<br />

Qual é a diferença entre auditoria<br />

interna e externa?<br />

A princípio, muitas pessoas<br />

acabam não sabendo a diferença<br />

entre a auditoria interna<br />

e a auditoria externa, o que<br />

gera confusão. Sendo assim, a<br />

auditoria interna, chamada de<br />

auditoria de primeira parte, é<br />

conduzida pela própria organização<br />

ou em seu nome.<br />

Nela, a auditoria é realizada para<br />

a análise crítica pela direção e<br />

outros propósitos internos.<br />

Como é o planejamento e<br />

elaboração do processo de<br />

auditoria?<br />

Para que as etapas do processo<br />

de auditoria corram com<br />

sucesso, é necessário planejar e<br />

elaborar essas etapas. Pensando<br />

nisso, você deve executar o passo<br />

a passo a seguir:<br />

• Estabeleça uma autoridade<br />

para o programa de auditoria;<br />

• Depois, defina os objetivos,<br />

responsabilidades, recursos e<br />

procedimentos do programa de<br />

auditoria. Além disso, defina o seu<br />

escopo, que se trata da abrangência<br />

e dos limites dela;<br />

• Selecione a equipe de auditoria<br />

competente, levando em conta<br />

os critérios da auditoria, seu<br />

escopo e a independência da<br />

atividade que vai ser auditada;<br />

• Determine a duração e localização<br />

da auditoria;<br />

124 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


• Defina os requisitos que serão<br />

- Alocação dos recursos<br />

- Avaliação e garantia da com-<br />

BLOG DOS CIENTISTAS<br />

avaliados por cada auditor;<br />

• Mantenha registros e documentações<br />

sobre todo esse processo.<br />

O que é a análise crítica<br />

documental?<br />

Além do planejamento, é necessário<br />

realizar a análise crítica<br />

documental. Ela é feita com o<br />

objetivo de obter informações<br />

para a preparação das atividades<br />

da auditoria e o estabelecimen-<br />

- Ações de acompanhamento<br />

realizadas na última auditoria<br />

Quais são os requisitos do programa<br />

de auditoria?<br />

Para funcionar, a auditoria laboratorial<br />

deve ser caracterizada<br />

pela confiança em 5 requisitos do<br />

programa de auditoria. Eles são:<br />

• Conduta ética durante todo<br />

o processo<br />

petência dos auditores em suas<br />

funções e responsabilidades<br />

- Realização de acompanhamento<br />

da auditoria<br />

- Produção de registros documentados<br />

da auditoria<br />

- Monitoramento de desempenho<br />

e eficácia do programa<br />

- Comunicação das realizações<br />

globais do programa para a Alta<br />

Direção<br />

to da abrangência do programa.<br />

O que é o plano de auditoria?<br />

Com base nas informações<br />

da fase de planejamento e<br />

da análise crítica, o plano de<br />

auditoria é elaborado pelo<br />

auditor líder. Ele se trata da<br />

descrição das atividades e dos<br />

arranjos de uma auditoria,<br />

contendo assim:<br />

• Apresentação justa, reportando<br />

as informações com<br />

veracidade e exatidão<br />

• Cuidado profissional na aplicação<br />

de julgamento dentro da<br />

auditoria<br />

• Independência da auditoria, de<br />

forma que exista imparcialidade<br />

nas conclusões<br />

• Abordagem baseada em<br />

Como é a implantação do programa<br />

de auditoria?<br />

Entendido os requisitos e<br />

os procedimentos, você<br />

está pronto para começar a<br />

implantação do programa de<br />

auditoria. Para a implantação,<br />

é importante que comunique<br />

sobre o programa a todas as<br />

figuras participantes.<br />

- Os objetivos da auditoria<br />

evidência<br />

Além disso, você deve:<br />

- O escopo<br />

- Os critérios da auditoria e os<br />

documentos de referência<br />

- Localizações, datas e durações<br />

estimadas<br />

- Métodos da auditoria<br />

- Abrangência da amostragem<br />

Quais são os procedimentos<br />

do programa de auditoria?<br />

Os principais procedimentos<br />

que fazem parte da auditoria<br />

laboratorial são:<br />

- Planejamento e programação das<br />

auditorias dentro do programa<br />

- Programar as auditorias que<br />

compõem o programa<br />

- Estabelecer previamente uma<br />

etapa para a avaliação da equipe<br />

de auditores e assegurar a seleção<br />

da equipe antes do processo<br />

- Fornecer todos os recursos<br />

necessários para a equipe<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

125


BLOG DOS CIENTISTAS<br />

- Garantir o controle de registros<br />

plano de auditoria e informações<br />

• Análise crítica dos resultados<br />

das atividades<br />

sobre a reunião de encerramento<br />

• Envio das propostas de ações<br />

- Assegurar a análise crítica,<br />

a aprovação do relatório de<br />

• Comunicação durante a<br />

auditoria: realizada dentro da<br />

corretivas para as não conformidades<br />

do laboratório<br />

auditoria e a distribuição dele<br />

equipe auditora e entre audi-<br />

• Verificação da eficácia das<br />

para o cliente<br />

tor líder e auditado<br />

ações tomadas!<br />

- Confirmar as ações de acompanhamento<br />

de todo o processo<br />

• Designação de guias: é designado<br />

um guia para cada auditor, que<br />

ajudará na realização do processo<br />

Em suma, você finaliza a auditoria<br />

em laboratórios – ou, pelo menos,<br />

aprende a começar uma. Espero<br />

Quais são as etapas do processo<br />

• Elaboração do relatório da<br />

que esse artigo tenha ajudado!<br />

de auditoria em laboratórios?<br />

auditoria: o relatório carre-<br />

Após tudo isso, você está preparado<br />

para entender as principais<br />

atividades que acontecem num<br />

processo de auditoria já formado.<br />

Por isso, confira as etapas a seguir:<br />

• Reunião de abertura: apresentação<br />

dos participantes e da equipe<br />

ga todas as informações do<br />

processo de auditoria, as<br />

constatações e evidências,<br />

conclusões e recomendações<br />

para a melhoria do processo<br />

• Reunião de encerramento:<br />

relembra os objetivos da<br />

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Autora:<br />

Ingrid Ferreira Costa<br />

Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências Farmacêuticas.<br />

Especialista em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Externa<br />

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126 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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CURSOS DE MEDICINA<br />

Por Giovanni Cerri<br />

O uso de Inteligência Artificial<br />

(IA) é uma realidade cada vez<br />

mais presente na medicina<br />

nacional. Segundo um levantamento<br />

encomendado pela<br />

Associação dos Hospitais<br />

Privados e pela Associação<br />

Brasileira das Startups de Saúde,<br />

62,5% das instituições do<br />

segmento utilizam o recurso<br />

no seu dia a dia.<br />

A IA encontrou na medicina um<br />

campo fértil para seu desenvolvimento<br />

e vem transformando<br />

a relação médico/paciente. É<br />

usada, por exemplo, no diagnóstico,<br />

auxiliando a identificação<br />

de doenças com base em<br />

informações clínicas, exames<br />

de imagem ou laboratoriais. Na<br />

chamada medicina de precisão,<br />

contribui no estabelecimento de<br />

biomarcadores e pode correlacionar<br />

dados genéticos, direcionando<br />

terapias personalizadas<br />

-- campo em ampla expansão na<br />

oncologia. É também aplicada<br />

com êxito na robótica cirúrgica,<br />

dando precisões às intervenções<br />

complexas e permitindo abordagens<br />

menos invasivas.<br />

De consultórios e salas de operação<br />

para o cotidiano administrativo<br />

de hospitais e clínicas,<br />

chatbots e assistentes virtuais<br />

já fazem o trabalho inicial da<br />

triagem de pacientes, o agendamento<br />

de consultas e o encaminhamento<br />

especializado. A<br />

IA é fundamental também para<br />

o gerenciamento eficiente dos<br />

registros médicos eletrônicos<br />

e sua interação com diversas<br />

bases de dados, sejam os de<br />

uma clínica particular ou de um<br />

gigante como os do SUS.<br />

Mas a IA também tem muito a<br />

contribuir na própria formação<br />

dos profissionais de saúde.<br />

Trata-se, aliás, de um processo<br />

natural: a geração que está<br />

nos bancos da faculdade foi<br />

alfabetizada digitalmente. Para<br />

essa turma, empregar recursos<br />

tecnológicos na hora de estudar<br />

é um hábito tão natural quanto<br />

escovar os dentes.<br />

A faculdade de medicina do<br />

Instituto Israelita de Ensino e<br />

Pesquisa Albert Einstein fez<br />

uma pesquisa entre março e<br />

abril deste ano com seus alunos.<br />

O levantamento revelou<br />

que mais de 90% deles já havia<br />

acessado o ChatGPT e que<br />

metade recorria à ferramenta<br />

para estudar. A constatação<br />

levou a entidade a criar um<br />

núcleo que avalia a inclusão de<br />

IA na grade curricular.<br />

No Instituto de Radiologia do<br />

HCFMUSP, InRad, temos o InLab,<br />

centro de pesquisa, desenvolvimento<br />

e inovação em inteligência<br />

artificial aplicada à saúde,<br />

que completou três anos em<br />

2023. Idealizado em parceria<br />

com a Siemens Healthineers, o<br />

espaço é destinado a parceiros,<br />

startups e pesquisadores que<br />

desenvolvem projetos de inteligência<br />

artificial (IA) voltados<br />

às melhorias e soluções das<br />

diferentes etapas da jornada do<br />

paciente e da cadeia da saúde.<br />

Entre as principais frentes estão<br />

prevenção, diagnóstico e tratamento<br />

e, até mesmo, gestão,<br />

que tem como objetivo otimizar<br />

o serviço de saúde como um<br />

todo. Com equipes multidisciplinares<br />

e espaço próprio, o centro<br />

128 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


é o único no país que segue o<br />

modelo de tríplice hélice para<br />

inovação, além de obter o maior<br />

datalake em saúde do Brasil e<br />

uma estrutura com informações<br />

e imagens médicas que pode<br />

acelerar as pesquisas, mudar o<br />

ensino da medicina e promover<br />

o ecossistema de inovação em<br />

saúde. Nesses três anos, o InLab<br />

já desenvolveu 45 projetos,<br />

em IA aplicada à medicina. A<br />

University of Oxford, na Inglaterra,<br />

é conhecida por seu trabalho<br />

com IA na análise de imagens<br />

clínicas. A Carnegie Mellon<br />

University, na Pensilvânia (EUA),<br />

tem um departamento de robótica<br />

e IA que vem contribuindo<br />

com diversos avanços no campo<br />

da cirurgia com robôs.<br />

Outro grande gargalo é a<br />

mudança de mindset que a<br />

tecnologia requer. Há toda<br />

uma geração de professores e<br />

profissionais da saúde que, ao<br />

contrário dos alunos, não foi<br />

alfabetizada digitalmente. É preciso<br />

treiná-los. Muitas vezes, eles<br />

desconfiam da “capacidade<br />

de análise de máquinas”, não<br />

enxergando tais ferramentas<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

como o 7 Tesla, que reduz ruído<br />

instrumental em ressonâncias<br />

magnéticas; o RadVid19, plataforma<br />

que auxiliou médicos e<br />

instituições a identificar a presença<br />

do coronavírus utilizando<br />

imagens de raios-X e tomografias<br />

do tórax, a partir de algoritmos<br />

e tecnologia de IA.<br />

No Brasil, existe a vontade de<br />

incorporar a tecnologia ao<br />

ensino, à pesquisa e ao currículo<br />

da formação médica.<br />

Entende-se a importância e<br />

a urgência dessa iniciativa se<br />

concretizar, porém, o cenário<br />

é de uma corrida com diversos<br />

obstáculos a serem superados.<br />

como aliadas pedagógicas. Vencer<br />

essa barreira cultural não é<br />

simples, até porque a IA está em<br />

constante evolução.<br />

Os desafios são grandes e a tarefa<br />

de enfrenta-los não é só de professores<br />

e alunos de medicina,<br />

de profissionais e instituições de<br />

saúde. Governo e a indústria da<br />

Nas instituições de ensino mais<br />

estreladas a tecnologia é um<br />

recurso presente. Stanford e<br />

Harvard, nos Estados Unidos, e<br />

a Universidade de Toronto, no<br />

Canadá, por exemplo, se destacam<br />

pela pesquisa e inovação<br />

Um dos principais é a questão<br />

do financiamento. A educação<br />

e a pesquisa no Brasil viveram<br />

à míngua nos últimos anos. A<br />

retomada da capacidade de<br />

investimento, principalmente<br />

público, é gradual e irregular.<br />

tecnologia têm voz obrigatória<br />

nesse fórum. Bem-sucedida, a<br />

incorporação de IA nos cursos<br />

de medicina vai trazer inúmeros<br />

ganhos aos graduandos, à<br />

pesquisa científica, aos futuros<br />

médicos e à saúde do país.<br />

Autor:<br />

Giovanni Guido Cerri<br />

Médico, é presidente do Conselho do Instituto de Radiologia e presidente do Conselho de Inovação (InovaHC) do Hospital das Clínicas da<br />

Faculdade de Medicina da USP. Foi diretor da FMUSP, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e secretário de<br />

Estado da Saúde de São Paulo.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

129


MINUTO LABORATÓRIO<br />

TIPAGEM SANGUÍNEA AUTOMATIZADA E CONTROLE<br />

DE QUALIDADE. O QUE CONSIDERAR?<br />

Por Fábia Bezerra<br />

Já falamos anteriormente sobre<br />

a Automação dentro do laboratório<br />

e os benefícios que ela nos<br />

traz. Particularmente no quesito<br />

Tipagem Sanguínea - que aparentemente<br />

é um teste simples,<br />

mas extremamente complexo,<br />

como por exemplo, quando nos<br />

deparamos com um resultado<br />

de D fraco, TAD positivo ou<br />

equívocos de interpretação que<br />

levam a erros que vão parar nos<br />

tribunais como no caso abaixo:<br />

“A 6ª Turma Cível do TJDFT negou<br />

provimento ao recurso do réu e<br />

manteve sentença da 1ª Vara Cível<br />

do Gama, que condenou o laboratório<br />

do Hospital ‘M.A’ a pagar<br />

indenização por danos morais à<br />

mãe de recém-nascido pelos transtornos<br />

sofridos diante de erro no<br />

resultado de exame de sangue do<br />

infante. A decisão foi unânime.”<br />

A autora conta que, após o nascimento<br />

do seu primeiro filho,<br />

a parte ré constatou, por meio<br />

de exames, que o recém-nascido<br />

possuía grupo sanguíneo<br />

"B" e fator RH "negativo". Passados<br />

dois anos, ao engravidar<br />

novamente, realizou exames<br />

em dois outros laboratórios<br />

que constataram que o grupo<br />

sanguíneo do seu primeiro filho<br />

era "B" e o fator RH, na verdade,<br />

era "positivo". Alega que,<br />

diante disso, foi submetida a<br />

intenso sofrimento e angústia,<br />

ante a possibilidade de perder<br />

seu segundo filho, em virtude<br />

de haver tomado vários medicamentos<br />

em razão do referido<br />

diagnóstico equivocado.<br />

A ré argumenta, em resumo,<br />

que não constam provas nos<br />

autos aptas a demonstrar a<br />

ocorrência de erro no procedimento<br />

por ela adotado. Sustenta<br />

que a autora não deve ser<br />

indenizada por qualquer dano,<br />

uma vez que o posterior refazimento<br />

do exame com resultado<br />

diverso demonstrou a completa<br />

ausência de anormalidade na<br />

saúde de seu filho.<br />

Ao analisar o feito, o juiz considerou<br />

"que o defeito na prestação<br />

do serviço se mostra indubitável,<br />

uma vez que o laboratório requerido<br />

identificou erroneamente<br />

o tipo sanguíneo do primeiro<br />

filho recém-nascido da autora, o<br />

que pode ser comprovado pela<br />

comparação entre o resultado<br />

emitido pelo réu e os resultados<br />

dos exames realizados por outros<br />

laboratórios". Assim, prossegue o<br />

magistrado, "restando patente<br />

a falha na prestação do serviço,<br />

representada pelo resultado<br />

incorreto do exame de tipagem<br />

sanguínea do primeiro filho<br />

da autora, que lhe ocasionou<br />

insegurança acerca do estado<br />

de saúde do seu segundo filho,<br />

em virtude do suposto risco de<br />

este ser acometido pela Doença<br />

Hemolítica do Recém-Nascido<br />

(DHRN), é certo que resta evidente<br />

o dever de indenizar".<br />

A esse respeito, o julgador registra,<br />

ainda, que "no caso de prestação<br />

de serviços médicos, é<br />

admissível a ocorrência de prejuízos<br />

ao consumidor somente<br />

com relação a riscos razoáveis e<br />

suficientemente informados ao<br />

paciente. (...).”<br />

Podemos observar no caso acima<br />

que, um simples controle de<br />

Qualidade eficiente poderia ter<br />

evitado esse processo.<br />

E o que devemos considerar<br />

no momento da escolha<br />

do Controle para tipagem<br />

sanguínea?<br />

Ao meu ver, este tipo de controle<br />

precisa ter as seguintes características:<br />

-Tubos que simulam o sangue<br />

total<br />

Os tubos com as amostras para<br />

uso nos testes de CQ devem<br />

cumprir o requisito de ter sempre<br />

as mesmas características<br />

que uma amostra de paciente<br />

e, portanto, serem tratadas de<br />

forma idêntica.<br />

-Reagentes pronto para uso<br />

As amostras para CQ quando<br />

prontas para uso eliminam o<br />

risco de manipulação errônea<br />

do produto pelos usuários,<br />

como por exemplo, a transferência<br />

de uma fração da amostra<br />

de um tubo para outro ou<br />

a realização de uma diluição<br />

para posterior utilização.<br />

130 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Together for a better<br />

healthcare journey<br />

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MINUTO LABORATÓRIO<br />

-Flexibilidade de compra dos<br />

tubos separadamente<br />

Cada Laboratório possui uma<br />

necessidade de acordo com<br />

os testes de rotina que realiza.<br />

Assim, ao utilizar um reagente<br />

modular, o Laboratório<br />

pode selecionar para aquisição,<br />

somente a combinação<br />

de amostras que realmente<br />

precisa. Como o Laboratório<br />

não recebe mais tubos do que<br />

o necessário, o desperdício é<br />

reduzido ou eliminado.<br />

-Amostra D Fraco<br />

Este tipo de amostra é indicado<br />

para o CQ dos testes de Pesquisa<br />

de D fraco. É uma amostra<br />

que possui o antígeno D fracamente<br />

expresso e por ser mais<br />

fraco, poderá indicar mais eficientemente,<br />

quando houver<br />

alguma falha na execução do<br />

teste, ou com os reagentes utilizados<br />

ou no processo.<br />

-Amostra TAD positivo<br />

Este tipo de amostra é indicado<br />

para controle positivo dos<br />

Testes de Antiglobulina Direto<br />

(TAD) - Coombs Direto. A amostra<br />

está recoberta por anticorpos<br />

da classe IgG sendo, portanto,<br />

esperado um resultado<br />

positivo nestes testes. Se o teste<br />

for não reagente, há indicação<br />

que alguma etapa do teste não<br />

está adequada e acende o alerta<br />

para revisão dos procedimentos<br />

e dos resultados liberados.<br />

- Software integrado com o<br />

sistema do Laboratório<br />

A integração entre os equipamentos<br />

automatizados e o LIS<br />

do Laboratório permite a transferência<br />

automática dos resultados<br />

obtidos, da interpretação<br />

dos resultados, da data e hora<br />

dos testes, dos lotes de todos os<br />

reagentes utilizados e do operador<br />

responsável. Assim, os<br />

erros de transcrição de dados<br />

são completamente eliminados<br />

garantindo maior segurança e<br />

confiabilidade dos dados.<br />

-Apresente uma verificação/<br />

validação analítica de alta<br />

performance e confiabilidade<br />

Os estudos de avaliação de<br />

desempenho do reagente para<br />

CQ devem demonstrar que o<br />

controle apresenta resultados<br />

reprodutíveis para cada aplicação<br />

indicada. Além disso, deve<br />

estar em conformidade com<br />

os regulamentos e diretrizes<br />

seguidos pelo Laboratório.<br />

Como Profissional da área de<br />

Qualidade, a primeira coisa que<br />

levo em consideração é a performance<br />

da verificação / validação.<br />

Para testes Qualitativos,<br />

prefiro os controles que performem<br />

100% conforme.<br />

Considero de suma importância<br />

também, o treinamento oferecido<br />

a equipe, é fundamental<br />

que os operadores realmente<br />

sejam bem treinados e despertados<br />

a uma análise crítica de<br />

cada etapa do processo. Afinal,<br />

apertar botão é fácil, mas apertar<br />

o botão certo é o que faz<br />

toda a diferença quando se trabalha<br />

com automação.<br />

Vale ressaltar também algo que<br />

dou muito valor na escolha de<br />

um produto/ fornecedor, que é o<br />

pós-venda. Em minha opinião, é<br />

tão importante quanto a venda.<br />

Toda escolha que fazemos reflete<br />

diretamente no desempenho<br />

de nossos exames, portanto, se<br />

faz necessário o envolvimento<br />

de todos neste processo. Do<br />

departamento de compras à<br />

área técnica, os responsáveis<br />

pelo processamento dos testes.<br />

Referência:<br />

- https://www.tjdft.jus.br/institucional/<br />

imprensa/noticias/2016/maio/laboratorio-<br />

-e-condenado-a-indenizar-devido-a-erro-<br />

-em-tipagem-sanguinea.<br />

- www.bio-rad.com / Karina Cruz. Gerente<br />

de produto da Imunohematologia<br />

Autora:<br />

Fábia Bezerra<br />

Biomédica, Auditora; Gerente da Qualidade Corporativa na Hapvida /Diagnósticos.<br />

132 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


ESTAMOS NO BRASIL<br />

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ENTREVISTA<br />

ENTREVISTA COM THIAGO FAVANO<br />

SENIOR DIRECTOR, MINK THERAPEUTICS, NEW YORK<br />

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Entrevistadora: Flavia Pinheiro Zanotto, Msc, PhD - Diretora da Escrever Ciência – Assessoria Científica<br />

www.escreverciencia.com<br />

FPZ: Você que já tem experiência<br />

empreendedora na área<br />

da saúde, e cursos de empreendedorismo,<br />

qual seria o seu<br />

conselho para empreender<br />

nessa área em um país como<br />

o Brasil que ainda tem poucas<br />

iniciativas nesse sentido?<br />

TF: Possuo curso de empreendedorismo<br />

na Institute for<br />

Biomedical Entrepreneurship<br />

(IBE) e uma empresa de tradução<br />

(Versa Traduções).<br />

Um conselho que sempre<br />

repito para diversas pessoas<br />

que buscam minha ajuda para<br />

empreender é: comece!<br />

Você deve procurar algum<br />

tipo de serviço, dentro do<br />

seu conhecimento e das suas<br />

redes de contato, que você<br />

consiga entregar. Não precisa<br />

ter um arcabouço enorme de<br />

documentação, sócio, websi-<br />

te, logo, apresentação institucional,<br />

nada disso. A primeira<br />

coisa que você deve fazer é<br />

tentar entregar o seu primeiro<br />

serviço. Tenha um CNPJ, MEI<br />

por exemplo, para se tornar<br />

uma empresa. A partir daí a<br />

sua primeira missão é encontrar<br />

um serviço que você possa<br />

entregar, executá-lo e cobrar.<br />

Parece simples, mas é incrível<br />

a quantidade de pessoas que<br />

vem falar comigo, e tem uma<br />

visão quase mágica e idealizada<br />

sobre como empreender.<br />

Perdem muito tempo e não<br />

vão direto ao ponto.<br />

Claro, se você quer comercializar<br />

um produto complexo, por<br />

exemplo, um medicamento, aí a<br />

coisa é diferente. Mesmo assim,<br />

eu uso aqui um conceito aprendido<br />

na minha pós em “Businness<br />

of Biotech”, em San Diego<br />

– O Hibrid Business Model.<br />

Thiago Favano<br />

Atua como Diretor Sênior de<br />

Operações do Programa, liderando<br />

as operações clínicas e a estratégia<br />

de portfólio da MiNK. Com mais de<br />

17 anos de ampla experiência em<br />

desenvolvimento e operações clínicas,<br />

pesquisa clínica, acesso ao mercado<br />

e gestão de projetos, ele é um líder<br />

experiente do setor. Sua experiência<br />

abrange operações de ensaios<br />

clínicos, acesso e projetos comerciais<br />

estratégicos em escala global, com<br />

notável capacidade de navegar em<br />

cenários regulatórios complexos e<br />

impulsionar a eficiência operacional.<br />

Anteriormente, ele atuou como<br />

Diretor Sênior de Desenvolvimento<br />

Clínico e Operações e Conselheiro<br />

Estratégico Sênior da Orphan DC.<br />

Ele também ocupou vários cargos<br />

na indústria farmacêutica, incluindo<br />

o de consultor de operações clínicas<br />

na Atea Pharmaceuticals e funções na<br />

Alexion Pharmaceuticals.<br />

134 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Basicamente consiste em<br />

você ter uma atividade, como<br />

2- Novas oportunidades vão<br />

aparecer. Muitas empresas<br />

TF: Especificamente na situação<br />

do Brasil: tradução médica<br />

ENTREVISTA<br />

empresa, que vai servir para<br />

começaram com um objetivo,<br />

e científica e Medical Writing<br />

financiar a atividade que você<br />

e ao longo do processo cami-<br />

são áreas que sempre existe<br />

realmente quer entregar. Um<br />

nharam para outro. Eu mesmo,<br />

demanda, mas que já são bem<br />

exemplo. Uma empresa jovem,<br />

comecei na OrphanDC fazen-<br />

exploradas. O pessoal que tem<br />

Biotech, que pretende fazer<br />

do consultoria estratégica<br />

conhecimento em bioestatísti-<br />

produtos de terapia gênica. Esta<br />

para empresas que queriam<br />

ca tem bastante oportunidade<br />

pode começar vendendo testes<br />

entrar no Brasil. No caminho,<br />

também, precisa divulgar que<br />

genéticos de diagnóstico (PCR,<br />

encontramos uma demanda<br />

está disponível e fazer conta-<br />

por exemplo). Com esse lucro,<br />

com pesquisa clínica. Hoje, a<br />

tos. Essa área envolve um bom<br />

pode implementar processos e<br />

OrphanDC-CT é uma empresa<br />

número de trabalhos.<br />

começar a sintetizar e vender<br />

com mais de 50 funcionários<br />

outros produtos, até conseguir<br />

e diversos clientes, focada<br />

Agora, uma outra oportuni-<br />

obter recursos e experiência<br />

somente em pesquisa clínica.<br />

dade ocorre nas funções de<br />

para implementar uma estru-<br />

Mas, se eu não estivesse atu-<br />

“Liaison” juntamente a médi-<br />

tura de desenvolvimento de<br />

ando, jamais teria aparecido a<br />

cos e instituições de saúde.<br />

terapias celulares. Veja bem, eu<br />

ideia da pesquisa clínica.<br />

MSL (Medical Science Liaison),<br />

disse recursos E EXPERIÊNCIA.<br />

CDL (Clinical Development<br />

Por isso que eu friso muito esse<br />

O negócio de “mão na massa” já<br />

Liaison), dentre outras. A<br />

ponto: comece a fazer alguma<br />

tem muito a ver com uma men-<br />

indústria tem oportunidades<br />

coisa! A hora que você se vê<br />

talidade difundida no Silicon Val-<br />

para contratos temporários<br />

executando uma atividade,<br />

ley, onde deve-se tentar diversas<br />

ou part-time, principalmente<br />

acontecem algumas coisas mui-<br />

vezes e errar, e ir ajustando, até<br />

em projetos relativamente<br />

to importantes para o processo:<br />

acertar, ao invés de gastar uma<br />

novos. São oportunidades<br />

eternidade planejando. Planeja-<br />

excelentes para se expor à<br />

1- O seu mindset muda. É<br />

mento é importante, mas execu-<br />

dinâmica de trabalho de cam-<br />

impossível você saber o quan-<br />

tar é mais ainda.<br />

po, da indústria, e também de<br />

to isso é real e impacta na sua<br />

FPZ: Em que áreas você con-<br />

networking. Desse modo, ao<br />

visão e desenvolvimento, pois<br />

sidera como deficientes em<br />

trabalhar no campo, a pessoa<br />

você só vai perceber como<br />

prestação de serviços que<br />

irá interagir com profissionais<br />

ocorre essa mudança, quando<br />

pode ser explorada por gra-<br />

de saúde e staff operacional<br />

começar a executar algo con-<br />

duandos ou pós-graduandos<br />

de diversos hospitais, facul-<br />

creto e sentir esse efeito.<br />

na área da saúde e afins?<br />

dades, e outras instituições<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

135


ENTREVISTA<br />

de saúde, além de conhecer<br />

nas áreas biológicas ou bio-<br />

qualquer área vai ser útil, e<br />

pessoas da indústria. Outra<br />

médicas, onde você acha que<br />

pode te ajudar muito. Quan-<br />

oportunidade é na área de<br />

eles poderiam se inserir no<br />

do você chega em cargos de<br />

Patient Advocacy, que são<br />

mercado profissional além<br />

liderança, das duas uma: ou<br />

as Associações de Pacientes.<br />

do mundo acadêmico com o<br />

você vai acabar usando algo<br />

Geralmente são ONGs que<br />

skill que já possuem?<br />

que aprendeu em outra área,<br />

atuam defendendo o interes-<br />

TF: A resposta da questão aci-<br />

que você achava que nunca<br />

se dos pacientes dentro do<br />

ma ajuda nessa questão tam-<br />

mais iria usar, ou vai ter que<br />

contexto do acesso ao diag-<br />

bém. Todas essas áreas de atu-<br />

aprender, porque nunca viu<br />

nóstico, às tecnologias e tra-<br />

ação acima, mencionadas no<br />

nada sobre aquele assunto.<br />

tamentos, tanto no ambiente<br />

contexto de prestação de ser-<br />

Além disso, qualquer experi-<br />

de pesquisa, como fora. Essas<br />

viços, também existem em um<br />

ência te aproxima de pessoas<br />

associações têm muitas opor-<br />

contexto de carreira. Pode-se<br />

novas e daquela posição que é<br />

tunidades para prestadores<br />

também adicionar: Marketing,<br />

a melhor para você, e que você<br />

de serviço, com uma flexibi-<br />

Acesso ao Mercado, Comer-<br />

ainda nem sabe. Por isso, nova-<br />

lidade que é muito oportuna<br />

cial, Informações Médicas,<br />

mente, o mantra: comece já.<br />

para quem está estudando.<br />

Farmacovigilância,<br />

Pesquisa<br />

Nesses casos, outra vantagem<br />

Clínica, Assuntos Regulatórios,<br />

FPZ: Você acha que sua expe-<br />

é que, junto a essas associa-<br />

Patentes, Desenvolvimento de<br />

riência e conexões interna-<br />

ções, normalmente existe uma<br />

Negócios, dentre outras.<br />

cionais serviram como tram-<br />

boa interação com os órgãos<br />

polim para você conseguir<br />

públicos (Ministério da Saúde,<br />

Fazendo um paralelo com o<br />

se inserir no mercado de<br />

Secretarias de Saúde, Univer-<br />

que falei sobre o empreen-<br />

trabalho americano? E como<br />

sidades e Hospitais Públicos),<br />

dedorismo, eu recomendaria<br />

eles enxergam os brasileiros<br />

o que é uma experiência tam-<br />

entrar em qualquer uma delas<br />

para entrar nesse mercado?<br />

bém bastante interessante.<br />

e, estando dentro, ficar de olho<br />

TF: Certamente. Eu fui con-<br />

nas atividades de todas as<br />

tratado por um cliente para<br />

FPZ: Você possui formação de<br />

outras áreas. Você pode mudar<br />

quem eu prestava um serviço.<br />

farmacêutico. Para os profis-<br />

de emprego, de empresa, e de<br />

Se você tem uma posição na<br />

sionais do mundo acadêmico<br />

área, a hora que quiser. Então,<br />

qual você tem exposição a<br />

que fizeram pós-graduação<br />

não espere. Experiência em<br />

pessoas importantes de fora<br />

136 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


ENTREVISTA<br />

do país, fique onde está, mes-<br />

saúde qualificados para inte-<br />

melhor, fazer melhores cone-<br />

mo que seu vizinho ganhe<br />

ragir nesses processos. Porém,<br />

xões e parcerias, a coisa fun-<br />

muito mais do que você e<br />

as empresas daqui dos EUA<br />

ciona muito bem e, no geral, o<br />

esteja trabalhando naquela<br />

não conhecem os processos e<br />

Brasil performa melhor do que<br />

empresa grande que paga<br />

os stakeholder, e muitas vezes<br />

outros países. E qualquer pro-<br />

mais. Recomendo valorizar<br />

(muitas mesmo), chegam trau-<br />

fissional brasileiro diretamente<br />

posições em empresas peque-<br />

matizados com experiências<br />

envolvido na entrega desses<br />

nas que prestam serviços para<br />

ruins, onde tentaram fazer<br />

resultados começa a ter opor-<br />

clientes estrangeiros. Dessa<br />

algum projeto no Brasil e não<br />

tunidades de se aproximar dos<br />

forma, é só uma questão de<br />

tiveram sucesso devido à buro-<br />

clientes e quem sabe trabalhar<br />

tempo para você começar<br />

cracia, ou por não escolherem<br />

para um deles diretamente,<br />

a ganhar duas coisas que o<br />

as melhores instituições. Isso<br />

como foi o meu caso.<br />

dinheiro não paga: a visão<br />

acontece porque, no geral,<br />

de como as coisas funcionam<br />

eles atuam no Brasil através de<br />

FPZ: Pode finalizar aqui com<br />

num nível acima, e os contatos<br />

grandes empresas internacio-<br />

alguma dica importante para<br />

e oportunidade de expor o seu<br />

nais que tem representação no<br />

os pós-graduandos que estão<br />

trabalho e as suas qualidades.<br />

Brasil. Nessas empresas, a ope-<br />

terminando seus estudos?<br />

ração, no geral, é muito lenta e<br />

TF: Abra um CNPJ. Ofereça seu<br />

No geral, o mercado brasileiro<br />

não individualizada, e os pro-<br />

conhecimento. Cobre por isso<br />

é visto como um grande desa-<br />

cessos muito engessados. Os<br />

(mesmo que pouco). Você<br />

fio, mas também como uma<br />

projetos acabam se perdendo<br />

pode dar aulas, treinamento,<br />

grande oportunidade. Na área<br />

ou não entregando os resulta-<br />

revisar documentos, fazer<br />

da saúde, tanto em pesquisa<br />

dos que poderiam.<br />

traduções. Procure e aceite<br />

como em acesso a terapias<br />

oportunidades para traba-<br />

novas, por exemplo, é óbvio<br />

Quando uma empresa daqui<br />

lhar em áreas que você não<br />

que o Brasil tem pacientes<br />

dos EUA encontra um parceiro<br />

conhece. Fale com as pessoas,<br />

que precisam das terapias, e<br />

(geralmente empresas meno-<br />

valorize as oportunidades em<br />

instituições e profissionais de<br />

res) que consegue transitar<br />

empresas pequenas.<br />

138 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


OFAC BRASIL<br />

VOCÊ JÁ ASSISTIU O FILME<br />

"DE VOLTA PARA O FUTURO"?<br />

Por Thiago Brito Homem d'El-Rey<br />

Esse icônico filme dos anos 80<br />

nos apresentou um futuro com<br />

carros voadores, casas inteligentes<br />

e inúmeras inovações<br />

que nos fascinavam, fazendo-<br />

-nos sonhar com o dia em que<br />

tais maravilhas fariam parte do<br />

nosso cotidiano.<br />

E acredite, o futuro já está<br />

aqui! Muitas das previsões<br />

feitas pelo filme se materializaram<br />

ao longo dos anos e o<br />

maior impacto recentemente<br />

é a inteligência artificial (IA).<br />

Se você ainda não sabe do que<br />

estou falando, entenda que o<br />

seu laboratório não pode ficar<br />

à margem desta evolução.<br />

Portanto, convido para uma<br />

jornada ao estilo "De Volta<br />

para o Futuro", explorando<br />

como a IA pode ser uma alavanca<br />

para o crescimento do<br />

seu laboratório.<br />

Para quem ainda não me<br />

conhece, sou Thiago d'El-Rey,<br />

Diretor de Marketing e Inovação<br />

da OFAC Brasil. Tenho<br />

auxiliado dezenas de laboratórios<br />

a expandir nos últimos<br />

dois anos. E estou confiante<br />

de que, ao fim desta leitura,<br />

você estará preparado para se<br />

destacar frente à concorrência.<br />

Somente peço que acompanhe<br />

este conteúdo até o final.<br />

Durante o último ano, provavelmente<br />

você deve ter ouvido<br />

falar bastante sobre o ChatGPT,<br />

que é uma IA muito debatida<br />

pela mídia. Em eventos e conferências,<br />

especialistas discutiram<br />

suas capacidades, muitas<br />

vezes com uma abordagem<br />

técnica e pouco acessível. Essa<br />

maneira de expor o assunto<br />

sempre pareceu ineficaz, dado<br />

que o tempo é um ativo precioso<br />

e nem todos dispõem de<br />

horas para dedicar-se a longas<br />

palestras ou textos complexos.<br />

Além dessa percepção, dialoguei<br />

com muitos gestores<br />

de laboratórios e percebi a<br />

importância de tratar o tema<br />

de forma prática para demonstrar<br />

como essa nova realidade<br />

pode ser benéfica, desde laboratórios<br />

de menor porte até<br />

grandes laboratórios.<br />

Mas não quero me aprofundar<br />

de maneira técnica, meu objetivo<br />

é que você compreenda<br />

o potencial da IA. Imagine ela<br />

como uma forma de contar<br />

com um "assistente" capaz de<br />

apoiar em diversas áreas de<br />

atividade. Eu pretendo falar<br />

bastante em como ela impacta<br />

a jornada do seu paciente e o<br />

marketing do seu laboratório.<br />

Para você que está conhecendo<br />

esse termo pela primeira<br />

vez, a inteligência artificial<br />

resolve problemas reconhecendo<br />

padrões e usando uma<br />

base de dados muito grande.<br />

Na saúde, a IA pode nos ajudar<br />

desde o reconhecimento<br />

de padrões para diagnósticos<br />

automatizados até a melhoria<br />

140 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


OFAC BRASIL<br />

da experiência do paciente,<br />

assegurando uma qualidade<br />

superior de tratamento e<br />

apoio à equipe médica.<br />

Segundo um estudo realizado<br />

pela Tractica, uma consultoria<br />

especializada na interação<br />

humana com a tecnologia,<br />

espera-se que o mercado de<br />

soluções de IA para a saúde<br />

supere os US$ 34 bilhões globalmente<br />

até 2025. Com isso,<br />

podemos entender que o<br />

mercado está investindo muito<br />

nessa tecnologia e como<br />

prometido vou te repassar de<br />

forma objetiva e simplificada<br />

as melhores ferramentas<br />

que usam de IA para você<br />

aplicar no marketing do seu<br />

laboratório e na experiência<br />

do paciente.<br />

Aqui vamos indicar algumas<br />

ferramentas de IA acessíveis e<br />

gratuitas, para que você comece<br />

a explorar o potencial dessa<br />

tecnologia hoje:<br />

Inteligência Artificial para<br />

Criação de Conteúdo:<br />

Às vezes, bate aquela indecisão<br />

sobre o que compartilhar<br />

no Instagram do laboratório.<br />

Nessas horas, a ferramenta do<br />

“ChatGPT” se torna um parceiro<br />

inestimável, auxiliando-me<br />

não apenas com ideias criativas<br />

para posts, mas também<br />

oferecendo suporte na elaboração<br />

de legendas atraentes<br />

que engajam a audiência. A<br />

ferramenta vai poder te ajudar<br />

a criar conteúdos para diversos<br />

canais: redes sociais, blogs,<br />

newsletter e muito mais.<br />

Inteligência Artificial para<br />

campanhas do laboratório:<br />

Quando eventos sazonais como<br />

o Novembro Azul ou o período<br />

natalino se aproximam, geralmente<br />

você fica em dúvida<br />

sobre como trazer novidades<br />

para as campanhas do laboratório.<br />

Agora, com a ferramenta<br />

do “ChatGPT”, você explora um<br />

leque de possibilidades criativas.<br />

Este recurso é como um<br />

brainstorming digital que vai<br />

te sugerir conceitos originais,<br />

campanhas de conscientização<br />

ou promoções especiais. Ele<br />

te orienta não só com ideias<br />

inovadoras, mas também com<br />

roteiros detalhados desde a<br />

concepção inicial até a execução<br />

final da campanha.<br />

Inteligência Artificial para<br />

agendamento de exames:<br />

Já pensou em conseguir realizar<br />

o agendamento do exame<br />

do paciente no site do seu<br />

laboratório sem precisar de<br />

um atendente?<br />

Muitos já sabiam disso, mas<br />

agora com a utilização da ferramenta<br />

do “Chatbase”, é possível<br />

criar mensagens automáticas<br />

inteligentes! Utilizando<br />

um sistema de agendamento<br />

inteligente que guia cada usuário<br />

através de um processo<br />

intuitivo, poupando tempo e<br />

maximizando eficiência.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

141


OFAC BRASIL<br />

Inteligência Artificial para<br />

humanização da marca<br />

O desafio de humanizar a marca<br />

do laboratório nas redes<br />

sociais pode ser superado<br />

com um toque de criatividade<br />

fornecido por IA. Utilizando<br />

plataformas inovadoras como<br />

o DALL-E ou Midjourney, você<br />

pode criar um mascote/ personificação<br />

que não só encante<br />

visualmente, mas que também<br />

emane os princípios e valores<br />

do laboratório. Este personagem<br />

pode se tornar o embaixador<br />

da marca, construindo<br />

uma ponte emocional com os<br />

pacientes e seu laboratório<br />

Inteligência Artificial para<br />

vídeos:<br />

Já viu aqueles anúncios legais<br />

com vídeos atraentes e gostaria<br />

de ter um para laboratório? A<br />

falta de tempo e dinheiro não<br />

é mais uma barreira, pois com<br />

ferramentas como o “Runway”,<br />

você consegue transformar<br />

imagens estáticas e textos em<br />

vídeos dinâmicos e envolventes.<br />

Essa tecnologia me permite<br />

contar a história do laboratório<br />

e destacar serviços de maneira<br />

inovadora, tudo isso sem a<br />

necessidade de uma grande<br />

produção de vídeo, economizando<br />

tempo e recursos.<br />

De fato, são muitas ferramentas<br />

e acabei de apresentar apenas<br />

a ponta do iceberg, e há muitos<br />

outros recursos disponíveis . Afinal,<br />

existem mais de 500 empresas<br />

hoje no segmento de saúde<br />

que utilizam IA para entregar<br />

soluções e aos poucos elas vão<br />

sendo aprimoradas e se tornando<br />

mais populares e acessíveis a<br />

você gestor de laboratório.<br />

E, como diz o doutor em "De Volta<br />

para o Futuro": "O futuro é o que<br />

você faz dele". Portanto, pegue as<br />

dicas que você viu nesse texto e<br />

já coloque em prática hoje mesmo<br />

e use o poder da tecnologia<br />

a favor do seu laboratório.<br />

Autor:<br />

Thiago Brito Homem d'El-Rey<br />

Diretor de Marketing e de Inovação da OFAC Brasil<br />

Graduando em Comunicação e Marketing : ESPM – RS<br />

Ex Gestor de Projetos Empresa Jr ESPM<br />

142 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


OFAC BRASIL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

143


EPIDEMIOLOGIA<br />

HEMOFILIA A E B<br />

IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE,<br />

TRATAMENTO E NOTIFICAÇÃO<br />

Por Paulo Mafra e Glaucilene Monteiro<br />

Queridos leitores nesta sexta<br />

coluna sobre epidemiologia<br />

trago a Glaucilene Monteiro<br />

- biomédica especialista em<br />

hematologia clínica e laboratorial<br />

– UFPE onde falaremos<br />

um pouco sobre as Hemofilias<br />

A e B, patologia essa que vem<br />

crescendo em número de casos<br />

com o passar dos anos. Desde já<br />

desejo uma boa leitura e espero<br />

que supra as expectativas.<br />

As hemofilias são patologias<br />

hemorrágicas resultantes de<br />

alterações de cunho genético<br />

e hereditário, decorrente de<br />

deficiências quantitativas ou<br />

qualitativas dos fatores VIII ou<br />

IX da coagulação. Os principais<br />

tipos são classificados como<br />

hemofilia A (clássica associada<br />

a deficiência no fator VIII)<br />

e a hemofilia B (doença de<br />

Christmas associada a deficiência<br />

no fator IX).<br />

Segundo a Associação Brasileira<br />

de Pessoas com Hemofilia<br />

(ABRAPHEM) estima-se que a<br />

prevalência para hemofilia A<br />

é de 1/5.000 nascimentos do<br />

Imagem 1 - Hereditariedade da hemofilia. Fonte: Brasil, 2015.<br />

sexo masculino, correspondendo<br />

a 80% dos casos, enquanto<br />

a prevalência para hemofilia B<br />

volverão a patologia em um<br />

único alelo mutado, enquanto<br />

às mulheres com um alelo<br />

é de 1/30.000 nascimentos do mutado serão portadoras;<br />

sexo masculino.<br />

em casos raros haverá mutação<br />

nos dois alelos femininos<br />

A transmissão hereditária das (Imagem 1).<br />

hemofilias está relacionada a<br />

mutações presentes no cromossomo<br />

Aproximadamente 30% dos<br />

sexual X e geral-<br />

mente são devido a deleções<br />

e/ou inversões. Não é uma<br />

casos a gênesis da patologia<br />

é a partir de uma mutação de<br />

“novo” fenômeno que pode<br />

patologia que apresenta ocorrer na mãe ou no feto.<br />

limites étnicos ou territoriais<br />

e ocorre mundialmente, mas Os genes responsáveis por<br />

afetam quase exclusivamente<br />

indivíduos do sexo masculino,<br />

visto que estes desen-<br />

codificar os fatores VIII e IX são<br />

encontrados no braço longo<br />

do cromossomo X.<br />

144 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Inovação em<br />

Diagnóstico<br />

In Vitro<br />

Nossos Produtos<br />

Hemoglobina Glicada<br />

e Colesterol<br />

Testes Rápidos<br />

Biologia Molecular<br />

Na Osang Healthcare, nossa jornada é um testemunho de inovação, comprometimento e paixão<br />

pela transformação da indústria de diagnóstico In Vitro. Desde nossa fundação em 1996, nos<br />

especializamos no desenvolvimento de tecnologias de diagnóstico revolucionárias e fabricação<br />

de produtos que melhoram a saúde global.<br />

Biologia Molecular<br />

O diagnóstico de biologia molecular tem as<br />

técnicas que se destacam pela rapidez e<br />

alta sensibilidade, auxiliando uma detecção<br />

mais precisa do vírus respiratório e permitir<br />

testes de histocompatibilidade (HLA),<br />

doenças infecciosas e arboviroses.<br />

Saiba mais sobre<br />

nossos kits:<br />

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EPIDEMIOLOGIA<br />

Cerca de 40% dos casos da<br />

hemofilia A são provocados pela<br />

inversão do intron 22 do gene<br />

do fator VIII, o gene do fator IX<br />

possui aproximadamente 1/3<br />

do tamanho do fator VIII, com<br />

isso torna de maior facilidade a<br />

identificação das mutações.<br />

O nível de deficiência do fator<br />

é o que determina a gravidade<br />

das hemofilias congênitas<br />

(Quadro 1).<br />

Quadro 1 - Classificação clínica das hemofilias e frequência das manifestações hemorrágicas.<br />

Fonte: Tratado em hematologia, 2013<br />

anos de idade, sendo geralmente<br />

espontâneos ou sem<br />

trauma evidente (Imagem 2).<br />

Imagem 2 – Hemartrose em joelho direito<br />

em hemofílico A grave.<br />

A clínica das hemofilias manifesta<br />

crises hemorrágicas análogos,<br />

tornando incerto a diferenciação<br />

entre as hemofilias A e B;<br />

a principal característica clínica<br />

se dá pelo surgimento de sangramentos<br />

decorrentes de traumatismos<br />

de baixa intensidade.<br />

Outras manifestações hemorrágicas<br />

como hemartrose e sangramentos<br />

musculares podem<br />

ocorrer sem lesão evidente.<br />

As hemartroses compõe as<br />

manifestações hemorrágicas<br />

clássicas mais decorrentes nas<br />

hemofilias, em principal na<br />

forma grave; as articulações<br />

mais afetadas são joelhos,<br />

cotovelos, tornozelos, ombros,<br />

coxas femorais e punhos, são<br />

evidentes com frequência<br />

em indivíduos portadores da<br />

hemofilia grave entre 2 ou 3<br />

Os hematomas musculares<br />

estabelecem a forma secundária<br />

de sangramentos em<br />

indivíduos hemofílicos graves,<br />

ocorrendo de forma espontânea<br />

ou decorrente de traumas<br />

de baixa intensidade, não<br />

apresentam maior significado<br />

clínico exceto o desconforto<br />

na região, as lesões aumentam<br />

gradativamente podendo levar<br />

a formação fibrosa com contratura<br />

muscular.<br />

Pacientes hemofílicos podem<br />

apresentar sangramentos involuntários<br />

ou após lesões da língua,<br />

músculos do pescoço ou<br />

garganta, podendo ocasionar<br />

ágil obstrução das vias aéreas<br />

superiores.<br />

O sangramento gastrointestinal<br />

é comum, onde em grande<br />

Fonte: Tratado em hematologia, 2013.<br />

parte dos casos apresenta-se<br />

de forma persistente ou recorrente<br />

e podem ser na forma de<br />

hematêmese e/ou melena.<br />

A ocorrência que causa mais<br />

perigo para o paciente é o sangramento<br />

intracraniano que<br />

ocorre logo após traumatismos<br />

ou de forma espontânea,<br />

não possui uma faixa etária de<br />

ocorrência mas dispõem de 2<br />

picos mais prevalentes, sendo<br />

na infância em recém-nascidos<br />

e após os 50 anos de idade.<br />

146 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Lançamento<br />

CoagPro<br />

Analisador de Coagulação Veterinária<br />

NX-102<br />

A hemostasia é um processo fisiológico que tem como objetivos a manutenção da<br />

integridade e do fluxo vascular e o controle da hemorragia e da trombose. Os distúrbios da<br />

hemostasia são muito comuns em pequenos animais, e consistem em uma série de<br />

alterações patológicas que levam os animais apresentarem hemorragias ou tromboses.<br />

Estas alterações podem ser congênitas ou adquiridas e são divididos em primárias ou<br />

secundárias. A disponibilidade de avaliação laboratorial da hemostasia é muito importante<br />

para o diagnóstico e tratamento desses distúrbios.<br />

O Analisador de Coagulação Veterinária Accuvet - NX102 é um equipamento portátil e<br />

automatizado que realiza testes de 5 parâmetros de coagulação de maneira rápida e<br />

confiável em sangue total de cães e gatos.<br />

TP TT TTPA FIB ACT<br />

biocondiagnosticos.com.br


EPIDEMIOLOGIA<br />

O diagnóstico correto e precoce<br />

é um importante definidor do<br />

prognóstico, já que sem o tratamento<br />

adequado e imediato<br />

os pacientes ficam vulneráveis<br />

a complicações. O diagnóstico<br />

de confirmação consiste na avaliação<br />

da atividade coagulante<br />

dos fatores VIII e IX, associados<br />

aos episódios hemorrágicos do<br />

paciente e avaliação do histórico<br />

familiar, verificando assim a<br />

presença ou ausência de antecedentes<br />

portadores da hemofilia.<br />

Os fatores VIII e IX compõe<br />

o mecanismo intrínseco da<br />

coagulação, com isso os testes<br />

que fazem parte da avaliação<br />

desta via apresentarão resultados<br />

fora da normalidade.<br />

O coagulograma em grande<br />

parte dos casos apresentará o<br />

tempo de tromboplastina parcial<br />

ativada (TTPA) e o tempo<br />

de coagulação (TC) prolongados,<br />

enquanto o tempo de<br />

protrombina (TP), tempo de<br />

sangramento (TS) e contagem<br />

de plaquetas normais.<br />

Para a investigação da causa da<br />

alteração do TTPA, pode ser realizado<br />

o teste da mistura que visa<br />

distinguir se o prolongamento<br />

do TTPA provém da deficiência<br />

na produção dos fatores ou da<br />

presença de inibidores.<br />

Imagem 3 – Números de casos da Hemofilia a nível mundial.<br />

Fonte: World Federation of Hemophilia, 2015<br />

O teste consiste na mistura de lizado pela administração, na<br />

volumes iguais de plasma normal<br />

com o plasma do paciente, humano (hemoderivados) ou<br />

sua forma derivada de plasma<br />

submetido a uma incubação fabricado por engenharia genética<br />

(recombinantes).<br />

por 1 a 2 horas a 37ºC ou mistura<br />

imediata e posteriormente<br />

uma análise do TTPA, se existir a Segundo estudos realizados pelo<br />

correção de mais de 50% entre World Federation of Hemophilia<br />

os TTPA do plasma teste e da (WFH) estimam que mundialmente<br />

hajam aproximadamente<br />

mistura, indica a deficiência na<br />

produção de um dos fatores 350.000 (trezentos e cinquenta<br />

de coagulação. Caso o tempo mil) casos, onde 70% possui histórico<br />

familiar de hemofilia e 30%<br />

não seja corrigido, mantendo<br />

o prolongamento, sugere-se a dos casos é esporádica, há uma<br />

presença de um inibidor contra mutação de novo (Imagem 3).<br />

um dos fatores.<br />

O Brasil é o quarto país com<br />

A hemofilia não possui uma maior número de pacientes<br />

cura e a principal base do hemofílicos, atrás dos Estados<br />

seu tratamento é a terapia de Unidos, Índia e China. Estimativa<br />

feita pelo Ministério da<br />

reposição do fator coagulação<br />

deficiente, que pode ser rea-<br />

Saúde do Brasil, com base nos<br />

148 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


EPIDEMIOLOGIA<br />

dados do Sistema Hemovida<br />

Web Coagulopatias, referente<br />

ao ano de 2021, mostram que<br />

existiam em média 29.785 pessoas<br />

com transtornos hemorrágicos<br />

no Brasil, dos quais<br />

11.141 (37,40%) correspondem<br />

à hemofilia A; 2.196 (7,37%) à<br />

hemofilia B, doença de von Willebrand<br />

corresponde à 10.231<br />

(34,35%), coagulopatias raras<br />

com 2.984 (10,02%) e outras<br />

coagulopatias hereditárias e<br />

demais transtornos hemorrágicos<br />

3.233 (10,85%).<br />

A prevalência das hemofilias A<br />

e B em território nacional divididas<br />

regionalmente são distribuídas<br />

das seguintes forma:<br />

• Região Centro Oeste: Hemofilia<br />

A – 897 (8,05%); Hemofilia<br />

B – 187 (8,52%).<br />

• Região Nordeste: Hemofilia<br />

A – 2.993 (26,86%); Hemofilia<br />

B – 463 (21,08%).<br />

• Região Norte: Hemofilia A – 954<br />

(8,56%); Hemofilia B – 181 (8,24%).<br />

• Região Sudeste: Hemofilia A<br />

– 4.588 (41,18%); Hemofilia B –<br />

1.039 (47,31%).<br />

• Região Sul Hemofilia A – 1.709<br />

(15,34%); Hemofilia B – 326<br />

(14,85%).<br />

Segundo o Ministério da Saúde<br />

em relatórios do ano de 2021,<br />

os dados mostraram que pouco<br />

Gráfico 1 - Prevalência da hemofilia A e B por unidade federada do Brasil em 2021.<br />

Fonte: SILVA; SILVA, 2023.<br />

mais de 13.000 pessoas vivem<br />

com os tipos A e B da doença<br />

no Brasil; a seguir podemos ver<br />

a distribuição de hemofílico do<br />

tipo A e B em cada estado do<br />

território brasileiro (Gráfico 1).<br />

A hemofilia pode ser potencialmente<br />

fatal, devido a hemorragias<br />

graves, acarretando alta<br />

taxa de morbimortalidade. Com<br />

isso, os profissionais da saúde<br />

devem abrigar um alto índice<br />

de suspeita para diagnosticar<br />

precocemente esta condição.<br />

Autores:<br />

Paulo Mafra<br />

Biomédico no Hospital Regional do Alto Sertão. Docente<br />

do Centro Educacional Vale do Ipanema - CEVI com as<br />

disciplinas de Epidemiologia, Microbiologia e Parasitologia.<br />

CRBM2 - 14461; Especialista em Epidemiologia e Vigilância<br />

em Saúde. Atuante na área laboratorial desde 2018.<br />

Além disso, deve-se estabelecer<br />

um diagnóstico preciso,<br />

uma vez que é um pré-requisito<br />

para a escolha da terapia<br />

adequada pela necessidade de<br />

um tratamento específico para<br />

cada tipo de hemofilia.<br />

É essencial a realização de estudos<br />

adicionais, bem como treinamento<br />

entre os profissionais, a<br />

fim de assegurar um diagnóstico<br />

correto e precoce que repercuta<br />

positivamente no prognóstico,<br />

sobrevida e qualidade de vida<br />

dos pacientes hemofílicos.<br />

Glaucilene Monteiro<br />

Biomédica - UNINASSAU<br />

Especialista em Hematologia Clínica e Laboratorial<br />

- UFPE. Biomédica do Centro de Diagnósticos São<br />

Lucas. Professora - CEDDU<br />

150 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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registro ANVISA n° 81628880005. 5 Produto com registro ANVISA n° 81628889003.<br />

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80026<strong>180</strong>029. 8 Produto com registro ANVISA nº 81628880029. 9 e 10 Não estão<br />

sujeitos a registro na Anvisa.


MORFOLOGIA E HEMATOLOGIA<br />

HEMATOLOGIA<br />

Por Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite, Ph.D.<br />

Prezados leitores,<br />

Temos o prazer de anunciar o lançamento<br />

de um livro inovador que<br />

marcará um novo padrão na área de<br />

hematologia. Este livro abrangente,<br />

intitulado "Atlas de Hematologia<br />

Laboratorial. Uma imersão na citomorfologia<br />

hematológica - Guia<br />

prático", 1ª Edição, publicado em<br />

2023 pela editora R&D é uma obra de<br />

referência que se torna essencial na<br />

rotina laboratorial e oferece insights<br />

valiosos, informações atualizadas e<br />

orientações práticas para profissionais,<br />

pesquisadores e estudantes<br />

dedicados ao campo da hematologia.<br />

O livro foi recentemente lançado<br />

no Congresso Brasileiro de<br />

Hematologia (HEMO 2023), com a<br />

presença dos autores Juliana Spezia,<br />

Luiz Arthur Calheiros Leite no<br />

evento, realizando uma sessão de<br />

autógrafos no estande da DiLivros,<br />

já se consagrando como um sucesso<br />

de vendas no evento.<br />

Até os anos 90, as antigas escolas de<br />

morfologistas mantinham a tradição<br />

de analisar o sangue periférico<br />

e a medula óssea com extrema cautela.<br />

No entanto, nos últimos anos,<br />

avanços na tecnologia hematológica,<br />

combinados com citometria<br />

de fluxo e genética molecular, tornaram<br />

as análises sanguíneas mais<br />

eficientes, por vezes sem a devida<br />

atenção às possíveis doenças subjacentes.<br />

Na era de 1970 a 1990,<br />

os atlas de hematologia eram<br />

uma presença comum ao lado dos<br />

microscópios, mas essa prática vem<br />

cada vez mais se tornando raridade<br />

nos laboratórios.<br />

Nós, Juliana Spezia, Luiz Arthur<br />

Calheiros Leite e Guilherme<br />

Dienstmann, autores deste livro,<br />

buscamos compartilhar o conhecimento<br />

através de imagens e da<br />

descrição da morfologia celular<br />

e suas alterações encontradas no<br />

hemograma. O livro é dividido em<br />

7 capítulos, abrangendo a Série<br />

Vermelha, Plaquetas, Leucócitos,<br />

Células Blásticas - Leucemias<br />

Agudas, Neoplasias Mieloproliferativas<br />

Crônicas, Doenças Linfoides<br />

Malignas (Neoplasias de Células<br />

Linfoides Maduras) e por último,<br />

um capítulo com imagens de<br />

Protozoários, Fungos e Bactérias.<br />

Nossa experiência com morfologia<br />

hematológica, como especialistas,<br />

mestres, doutores, professores e<br />

analistas clínicos na área de hematologia<br />

consagrou esta obra, fruto<br />

da captação, catalogação e <strong>edição</strong><br />

de um banco de imagens com mais<br />

de 6000 fotos, com a colaboração<br />

de diversos profissionais da área.<br />

Nosso objetivo é disseminar esse<br />

recurso valioso com todos os profissionais<br />

e entusiastas da hematologia<br />

em todo o país. Esperamos<br />

que este livro seja uma referência,<br />

destacando também, a ilustre revisão<br />

realizada pelo Prof. Dr. Paulo<br />

Henrique da Silva da Universidade<br />

Federal do Paraná (UFPR).<br />

Por fim, ressaltamos a relevância<br />

da hematologia como um campo<br />

crucial da medicina e pesquisa, e<br />

este livro contribui para o aprimoramento<br />

e domínio nas habilidades<br />

para identificação das células sanguíneas,<br />

com o intuito de auxiliar o<br />

clínico no diagnóstico de diversas<br />

patologias, tanto hematológicas<br />

quanto não hematológicas. Esperamos<br />

que este atlas contribua<br />

para o retorno da análise morfológica<br />

precisa, identificando anormalidades<br />

em várias condições<br />

sanguíneas e de medula óssea, a<br />

fim de proporcionar ao paciente<br />

uma indicação diagnóstica correta.<br />

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Cordialmente,<br />

Os autores<br />

Juliana Spezia<br />

Luiz Arthur Calheiros<br />

Guilherme Dienstmann<br />

Autor<br />

Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite, Ph.D.<br />

Doutorado em Bioquímica, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Mestrado e especialização em Hematologia, UNIFESP.<br />

Consultor em Hematologia. Instagram: @draluizarthur<br />

152 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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AUDITORIA INTERNA<br />

IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO DE AUDITORIA<br />

COMO FERRAMENTA DE MELHORIA INSTITUCIONAL.<br />

Por Eliane Cristina da Silva Santana<br />

A auditoria interna é uma<br />

importante ferramenta para<br />

desenvolvimento de melhorias<br />

em qualquer tipo de negócio,<br />

na saúde temos a oportunidade<br />

de envolver desde a<br />

alta liderança até a operação<br />

na implantação e gestão das<br />

mudanças necessárias.<br />

Importante salientar que a<br />

auditoria interna precisa ser<br />

parte integrante do sistema<br />

de gestão da qualidade, como<br />

um processo bem desenhado<br />

e alinhado com todas as partes<br />

interessadas, incluindo a média<br />

liderança para desdobramento<br />

e implantação das oportunidades<br />

apontadas.<br />

A auditoria interna deve ser<br />

um processo solicitado ou até<br />

“desejado” pela alta direção, e<br />

este com o entendimento que<br />

os resultados obtidos devem<br />

ser reportados a ele, e muitas<br />

vezes são necessárias deliberações<br />

para a média liderança<br />

ter a oportunidade de seguir<br />

com as implantações. Estas<br />

deliberações podem estar relacionadas<br />

ao estabelecimento<br />

de políticas, hierarquia de processos<br />

(cadeia de valor) e até<br />

investimentos financeiros se<br />

esta for a necessidade.<br />

O gestor responsável pelo<br />

desenho do Programa de Auditoria<br />

Interna tem o papel de<br />

intermediar as necessidades da<br />

operação, em conjunto com a<br />

média e a alta liderança, através<br />

de dados consolidados e objetivos<br />

vindos do Programa. Ainda<br />

sobre este gestor não podemos<br />

esquecer que ele deve<br />

mostrar a média liderança e a<br />

operação que a auditoria será<br />

um instrumento de melhorias,<br />

e que seus resultados serão<br />

demostrados para alta direção<br />

com as orientações para as<br />

implantações, levantando em<br />

conta a melhoria do sistema, e<br />

não apontamentos e punições<br />

sobre as pessoas. De uma forma<br />

mais objetiva este gestor<br />

se torna o elo de ligação entre<br />

todos, com a devida imparcialidade,<br />

mas com o grande foco<br />

de liderar as equipes para a<br />

melhoria e a mudança de cultura<br />

tão necessária para o alcance<br />

da excelência.<br />

A média liderança é fundamental<br />

no processo, seguindo<br />

com o desdobramento que a<br />

auditoria interna deve servir<br />

como melhoria e levando a<br />

informação que esta não será<br />

punitiva, mas sim com foco em<br />

aprendizado, desenvolvimento<br />

e melhoria contínua.<br />

Após a realização da publicação<br />

do Programa, para alta e média<br />

liderança, o gestor responsável<br />

deve definir com ambos, como<br />

será o modelo de realização<br />

das auditorias, e aqui podemos<br />

falar de duas formas presentes<br />

154 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


no mercado: a contratação<br />

de empresas externas que de<br />

o processo deve estar muito<br />

alinhado com as lideranças<br />

capacitar o time de auditores<br />

quanto aos processos e proto-<br />

AUDITORIA INTERNA<br />

forma sigilosa irá permear os<br />

quanto a disponibilidade do<br />

colos internos. Com a opção<br />

processos da instituição, e<br />

tempo dos envolvidos direta-<br />

pelo segundo formato, não<br />

entregar os resultados para<br />

mente, já que estes auditores<br />

podemos deixar de colocar<br />

análise, ou ainda a formação de<br />

internos ficarão fora das suas<br />

o desafio que o Programa<br />

auditores internos vindos das<br />

áreas de operação durante as<br />

precisa começar em campo<br />

próprias equipes, através de<br />

auditorias.<br />

e no paralelo será necessário<br />

um processo seletivo, onde os<br />

formar e acompanhar os times<br />

próprios colaboradores podem<br />

E qual modelo ideal a ser dese-<br />

de auditores, com o conteúdo<br />

se inscrever mediante a crité-<br />

nhado para a formação dos<br />

e feedbacks para desenhar os<br />

rios já definidos pelo gestor do<br />

auditores internos? É preciso<br />

planos de desenvolvimento<br />

Programa. A primeira proposta<br />

que contemple no mínimo os<br />

para estes profissionais.<br />

tem como aspecto positivo que<br />

temas relativos a: comunica-<br />

não serão gastos os recursos da<br />

ção, escrita assertiva, técnicas<br />

Feito todo o processo de audi-<br />

própria operação, porém existe<br />

de entrevistas, conhecimento<br />

toria em campo, vamos agora<br />

a necessidade de investimento<br />

da legislação, conhecimento<br />

discutir os desafios da entrega<br />

e a escolha de uma empresa<br />

dos processos e protocolos da<br />

dos relatórios, reporte para<br />

idônea que irá apresentar a<br />

instituição. Novamente aqui,<br />

alta liderança e desenho dos<br />

devida documentação para<br />

temos duas formas de fazer o<br />

planos de ação.<br />

garantia do sigilo e guarda das<br />

desenvolvimento destes times,<br />

informações obtidas por eles.<br />

através da contratação de<br />

O relatório deve ser escrito a<br />

A segunda tem como bene-<br />

empresas externas presentes<br />

partir das oportunidades e/ ou<br />

fício, o desenvolvimento das<br />

no mercado ou o desenho do<br />

não conformidades, detecta-<br />

equipes internas que devem<br />

programa envolvendo colabo-<br />

das durante a auditoria, ponto<br />

passar por um programa de<br />

radores da própria instituição<br />

que precisa ser obtido através<br />

desenvolvimento contínuo e<br />

que tenham suas especialida-<br />

de um check list desenhado a<br />

que com certeza conhecem<br />

des nos temas mencionados<br />

partir de um escopo pré defini-<br />

as fragilidades dos processos<br />

acima, vale aqui lembrar que<br />

do pelo gestor do Programa, e<br />

de forma a contribuir com a<br />

ninguém melhor que os pró-<br />

confeccionado pelos próprios<br />

instituição, aqui o contra é que<br />

prios gestores para treinar e<br />

auditores. O relatório deve ser<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

155


AUDITORIA INTERNA<br />

feito a partir de um consenso<br />

e neste caso podemos trazer a<br />

recomendação que a auditoria<br />

ele que existe a oportunidade<br />

de contestação. Caso o gestor<br />

esteja de acordo, seguimos<br />

esquecer que a base do processo<br />

deve estar pautada na<br />

transparência, e dessa forma<br />

interna seja feita pelo menos<br />

para fase de contribuição<br />

o material apresentado deve<br />

aos pares. Este consenso deve<br />

enquanto auditores internos<br />

ser mostrado para os gestores<br />

ser guiado de forma que o rela-<br />

para o desenho dos planos de<br />

antes da apresentação final,<br />

tório contenha os apontamen-<br />

ação, neste caso feito em fer-<br />

o que irá proporcionar um<br />

tos que irão gerar valor para<br />

ramentas padronizadas para o<br />

ambiente mais colaborativo<br />

a instituição, e assim, livre de<br />

Sistema de Gestão da Qualida-<br />

em que as respostas a possí-<br />

experiências anteriores, ques-<br />

de. O momento de interação<br />

veis perguntas da alta direção,<br />

tões pessoais e perfilado para<br />

com o gestor é de extrema<br />

podem ser estudadas previa-<br />

a situação que está em discus-<br />

importância para garantir a<br />

mente. Importante que aqui<br />

são. Ainda sobre os relatórios,<br />

transparência no processo, e<br />

também tenhamos a forma-<br />

devemos lembrar que este não<br />

ainda que este gestor irá iniciar<br />

lização de um plano de ação<br />

deve ser surpresa para o gestor,<br />

seus planos de ação antes do<br />

estratégico, com os direciona-<br />

e para isso é importante que os<br />

reporte para alta direção.<br />

mentos da alta gestão.<br />

auditores apontem ao máximo<br />

e durante a auditoria as melho-<br />

Finalmente chegamos ao<br />

Em resumo, para o sucesso e<br />

rias e não conformidades<br />

momento do reporte para alta<br />

sustentabilidade do Programa<br />

detectadas. Finalizado o rela-<br />

direção, nesta fase devemos<br />

de Auditoria Interna devemos<br />

tório, chegamos ao momento<br />

preparar um resumo com os<br />

ter como norteador, a comuni-<br />

de marcar a apresentação para<br />

pontos estratégicos, e que<br />

cação efetiva e a transparência<br />

o gestor. Neste momento o<br />

principalmente<br />

necessitem<br />

no processo. Dessa forma as<br />

relatório deve ser lido, e caso o<br />

das deliberações para sucesso<br />

informações e resultados irão<br />

gestor não concorde , é impor-<br />

da implantação de ações de<br />

permear todos os níveis da<br />

tante que seja esclarecido a<br />

melhoria. Aqui não podemos<br />

organização.<br />

Autora<br />

Eliane Cristina da Silva Santana<br />

Biomédica formada pela Univerdade Mogi das Cruzes, especializada em Administração dos Serviços de Saúde e Administração Hospitalar,<br />

com Mestrado em Farmacologia pela UNIFESP. Experiência em Gestão da Qualidade Corporativa, vivência em acreditações, processos<br />

relativos a qualidade e segurança do paciente. Atuação como Gerente de Compliance e avaliadora ONA e na gestão de qualidade no<br />

ambiente hospitalar e centros diagnósticos. Atualmente fundadora e CEO da consultoria Masterquali gestão em saúde.<br />

156 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


BIOSSEGURANÇA I<br />

O SANEAMENTO BÁSICO E A SUA<br />

IMPORTÂNCIA NA ÁREA DA SAÚDE<br />

Por: Jorge Luiz Silva Araujo Filho, Beatriz Melo Carvalho, Luiz Henrique Lócio Cabral Freire e Nelson Moraes De Brito Neto<br />

A biossegurança é uma área<br />

relacionada às medidas que<br />

devem ser tomadas a fim de<br />

prevenir e minimizar a incidência<br />

de problemas de saúde,<br />

visando a melhora da qualidade<br />

de vida na sociedade.<br />

Segundo a ANVISA, a biossegurança<br />

é um conjunto de<br />

ações destinadas a prevenir,<br />

controlar, reduzir ou eliminar<br />

riscos inerentes às atividades<br />

que possam comprometer<br />

a saúde humana, animal e o<br />

meio ambiente. Uma das estratégias<br />

abrange o conceito de<br />

saneamento básico, no qual,<br />

o mau gerenciamento desse<br />

potável, esgotamento sanitário,<br />

coleta de lixo e drenagem<br />

urbana. Sendo esse,<br />

um direito universal garantido<br />

pelo artigo 2º, inciso I,<br />

da LEI Nº 11.445/2007. Desse<br />

modo, percebe-se que a<br />

biossegurança está intimamente<br />

ligada ao saneamento<br />

público, visto que ambos<br />

se vinculam à promoção da<br />

saúde, tendo por base evitar<br />

a contaminação e proliferação<br />

de agentes infecciosos.<br />

Apesar de sua importância<br />

biológica e social, o saneamento<br />

básico no Brasil é<br />

milhões de brasileiros, 100<br />

milhões não possuem acesso<br />

à rede de esgoto e pelo<br />

menos 35 milhões ainda<br />

sofrem com a escassez de<br />

água potável. Não o bastante,<br />

a distribuição do saneamento<br />

básico nas regiões<br />

do nosso país apresenta<br />

uma profunda desigualdade<br />

socioeconômica, como mostra<br />

também os dados do último<br />

censo, que sinalizaram<br />

a região norte como a mais<br />

afetada, tendo apenas 14%<br />

de sua população com acesso<br />

à rede de esgoto, enquanto<br />

a região sudeste possui<br />

pode gerar efeitos desastrosos<br />

extremamente<br />

negligencia-<br />

82% de sua população com<br />

no organismo humano.<br />

O saneamento básico engloba<br />

o abastecimento de água<br />

do, como mostram os dados<br />

coletados no último censo<br />

realizado (2022), onde se<br />

aponta que dos mais de 203<br />

cobertura de esgoto.<br />

Todavia, percebe-se ainda<br />

que mesmo dentro das cida-<br />

158 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


BIOSSEGURANÇA I<br />

des dos estados brasileiros<br />

com melhores índices de<br />

saneamento, como a capital<br />

São Paulo, as desigualdades<br />

enquanto a cobertura da rede<br />

de esgoto e acesso à água<br />

potável continuam presentes,<br />

tendo os bairros nobres<br />

um índice de cobertura que<br />

beira 100%, enquanto que<br />

nas comunidades periféricas<br />

de área irregular, apenas 10%<br />

dos moradores tem acesso<br />

ao serviço. Assim, compreende-se<br />

que as defasagens<br />

nos serviços de saneamento<br />

é uma questão político-social,<br />

onde as áreas de menores<br />

condições financeiras são<br />

aquelas com maiores defasagens<br />

do serviço.<br />

Em se tratando do cenário<br />

brasileiro, a falta de saneamento<br />

teve como consequência<br />

a sobrecarga do sistema<br />

de saúde no ano de<br />

2019, sendo responsável por<br />

aproximadamente 273 mil<br />

internações com caráter de<br />

transmissão hídrica, tendo<br />

um aumento de 11% quando<br />

comparado ao ano anterior e<br />

gerando um gasto de R$108<br />

milhões para os cofres públicos<br />

brasileiros. Esse número<br />

de internações gerou um<br />

média de 7,4 mortes por dia<br />

nesse mesmo ano por falta<br />

de saneamento básico. Entre<br />

as principais causas dessas<br />

mortes estão as doenças<br />

veiculadas através da<br />

água contaminada, dentre<br />

elas, incluem-se a diarreia,<br />

a dengue, a leptospirose e a<br />

esquistossomose.<br />

No que diz respeito a essas<br />

enfermidades, a esquistossomose<br />

mansônica é acometida<br />

pelo contato da pele e da<br />

mucosa com a água contaminada<br />

através da forma infectante<br />

do schistosoma mansoni,<br />

que depende da presença<br />

de fezes humanas infectadas<br />

ou de caramujos aquáticos<br />

liberando a larva infectante. Já<br />

a leptospirose, trata-se de uma<br />

doença provocada pela bactéria<br />

leptospira, relacionada com<br />

locais de saneamento precário,<br />

onde os roedores se proliferam<br />

de forma desordenada.<br />

A transmissão dessa doença se<br />

dá pela presença da bactéria<br />

em água contaminada, na qual<br />

teve contato com a pele da<br />

possível pessoa infectada. Na<br />

dengue, como muitas comunidades<br />

acabam por estocar<br />

água em reservatório pela falta<br />

de abastecimento, gera-se<br />

um ambiente propício para o<br />

mosquito Aedes Aegypti, vetor<br />

responsável pela transmissão<br />

dessa patologia.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

159


BIOSSEGURANÇA I<br />

Sendo assim, um saneamento<br />

À luz dessas considerações,<br />

ocorreria uma queda na inci-<br />

básico adequado acaba por<br />

é notória a importância do<br />

dência de doenças dissemi-<br />

diminuir a incidência de doen-<br />

saneamento básico ade-<br />

nadas pela água, bem como<br />

ças de transmissão hídrica, vis-<br />

quado no que tange a saú-<br />

aquelas que se proliferam a<br />

to que ajuda a controlar a dis-<br />

de pública, indicando que a<br />

partir do esgoto não tratado.<br />

seminação de patógenos em<br />

diminuição das lacunas de<br />

água, esgoto e resíduos sóli-<br />

estrutura acerca desse, pode<br />

Assim, torna-se imprescin-<br />

dos. Algumas das maneiras de<br />

evitar a contaminação de<br />

dível também, proporcionar<br />

diminuir a ocorrência dessas<br />

diversos patógenos, sobretu-<br />

uma maior mobilização polí-<br />

doenças é a implementação do<br />

do bactérias e parasitas, con-<br />

tico-social com objetivo de<br />

fornecimento de água potável<br />

tribuindo desse modo para<br />

ampliar o acesso à água potá-<br />

segura, eliminando a necessi-<br />

biossegurança. Além disso,<br />

vel, a coleta de lixo e o trata-<br />

dade de buscar água em fontes<br />

é possível elencar que uma<br />

mento de esgoto, para que<br />

contaminadas e a estocagem<br />

melhora na estruturação do<br />

dessa forma, todos os brasi-<br />

dessa, bem como o tratamento<br />

saneamento básico é capaz<br />

leiros tenham acesso ao sane-<br />

de esgoto e resíduos sólidos,<br />

de desafogar o SUS, assim<br />

amento básico de qualidade,<br />

refreando a contaminação de<br />

como diminuir os gastos em<br />

cumprindo assim, o estabele-<br />

lagos, rios e do lençol freático.<br />

saúde, tendo em vista que<br />

cido na Constituição Federal.<br />

Autores:<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />

palestrante e consultor em biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Beatriz Melo Carvalho<br />

Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />

Luiz Henrique L. Cabral Freire<br />

Graduando em Medicina, Uninassau Recife.<br />

Nelson Moraes De Brito Neto<br />

Graduando em Medicina, Uninassau Recife.<br />

160 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


O Celltac ES, é um analisador<br />

hematológico com 25 parâmetros e<br />

WBC com diferencial de 5 partes.<br />

Com uma ampla tela colorida "touch<br />

screen" permite uma operação intuitiva e<br />

"Auto priming" e autolimpeza minimizam<br />

o tempo de inicialização e desligamento.<br />

O Celltac ES possui dois modos para aspiração de amostras:<br />

- O modo fechado contribui para a operação mais segura, já<br />

que elimina a chance de contato direto com o sangue.<br />

- O modo aberto permite a aspiração de amostras<br />

diretamente no capilar e realizar a pré-diluição.<br />

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BIOSSEGURANÇA II<br />

PROTOCOLOS DE HIGIENIZAÇÃO EM SERVIÇOS<br />

DE SAÚDE: MÉTODOS EFICAZES NA PREVENÇÃO<br />

DE INFECÇÕES<br />

Por: Jorge Luiz Silva Araujo Filho, Evaclenes dos Santos Arruda Silva, Lucas Alves Vanderlei, Julia Cavalcante de Souza e Cecilia Fernanda Rocha Cordeiro de Arruda<br />

A higienização adequada em<br />

serviços de saúde é fundamental<br />

para prevenir infecções<br />

relacionadas aos cuidados de<br />

saúde. Infecções adquiridas<br />

em hospitais e outras instituições<br />

de saúde representam<br />

um risco significativo para os<br />

pacientes, além de causar custos<br />

elevados para o sistema de<br />

saúde. Para combater e prevenir<br />

infecções, são necessários<br />

métodos eficazes de higienização,<br />

como a higienização das<br />

mãos, a limpeza e desinfecção<br />

de superfícies e a esterilização<br />

de dispositivos médicos (FRA-<br />

CAROLLI, 2021).<br />

Essa higienização adequada<br />

das mãos é a medida mais<br />

simples e eficaz para prevenir<br />

a propagação de infecções. A<br />

Organização Mundial da Saúde<br />

(OMS) recomenda a higienização<br />

das mãos nos momentos<br />

corretos, utilizando água e<br />

sabão ou desinfetante à base<br />

de álcool. Profissionais de saúde<br />

devem receber treinamento<br />

adequado sobre técnicas de<br />

higienização das mãos, além<br />

de serem incentivados a aderir<br />

a essa prática em todos os<br />

momentos apropriados (WHO,<br />

2009; BRASIL, 2009).<br />

De acordo com o Manual de<br />

Referência Técnica para Higiene<br />

das mãos da Organização<br />

Mundial da Saúde, essa limpeza<br />

deve ter um rigor técnico<br />

com passo-a-passo necessários<br />

para a qualidade da higienização<br />

e deverá ser feito em<br />

5 momentos, são eles: antes<br />

de contato do paciente; antes<br />

da realização de procedimento<br />

asséptico; após risco de<br />

exposição a fluidos corporais e<br />

após o contato com o paciente<br />

(BRASIL, 2018).<br />

Já limpeza e desinfecção adequadas<br />

de superfícies em<br />

ambientes de saúde são essenciais<br />

para evitar a contaminação<br />

cruzada e a propagação<br />

de infecções. As superfícies<br />

devem ser limpas regularmente<br />

com produtos desinfetantes<br />

adequados. A seleção do<br />

desinfetante e a frequência de<br />

limpeza dependem do tipo de<br />

superfície e do nível de risco de<br />

contaminação (BRASIL, 2010).<br />

Segundo o Manual de Limpeza<br />

e Desinfecção de Superfícies,<br />

existem alguns fatores<br />

que favorecem a contaminação<br />

do ambiente dos serviços<br />

de saúde, como: mãos dos<br />

profissionais de saúde em<br />

contato com as superfícies;<br />

ausência da utilização de técnicas<br />

básicas pelos profissionais<br />

de saúde; manutenção de<br />

superfícies úmidas ou molhadas;<br />

manutenção de superfícies<br />

empoeiradas; condições<br />

precárias de revestimentos e<br />

manutenção de matéria orgânica<br />

(BRASIL, 2010).<br />

162 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


NE 620


BIOSSEGURANÇA II<br />

A utilização das técnicas de<br />

limpeza é algo indispensável<br />

para que o processo de desin-<br />

A implementação de protocolos<br />

de higienização adequados<br />

é essencial para garantir<br />

A higienização adequada nos<br />

serviços de saúde é fundamental<br />

para prevenir infecções e<br />

fecção alcance alto padrão de<br />

a conformidade e a eficácia<br />

reduzir riscos. A higienização<br />

qualidade, assim como todos<br />

das práticas de higiene em<br />

das mãos, a limpeza e desinfec-<br />

os materiais e produtos usados<br />

terem registro na ANVISA<br />

e serem indicados pela mesma<br />

(BRASIL, 2023).<br />

A esterilização de dispositivos<br />

médicos é essencial para<br />

garantir que instrumentos e<br />

equipamentos reutilizáveis<br />

estejam livres de microrganismos<br />

viáveis. Existem diferen-<br />

serviços de saúde. Além disso,<br />

o treinamento regular dos<br />

profissionais de saúde é fundamental<br />

para garantir a execução<br />

correta dos procedimentos<br />

de higienização. Caso<br />

contrário, aumenta significativamente<br />

a disseminação<br />

e proliferação de microorganismos<br />

infeciosos o que pode<br />

contribuir para a morbimor-<br />

ção de superfícies e a esterilização<br />

de dispositivos médicos são<br />

métodos eficazes para prevenir<br />

a propagação de infecções. A<br />

implementação de protocolos<br />

adequados, o treinamento dos<br />

profissionais de saúde e o monitoramento<br />

da conformidade são<br />

aspectos essenciais na promoção<br />

de ambientes mais seguros<br />

nos serviços de saúde.<br />

tes métodos de esterilização,<br />

como autoclave, óxido de etileno<br />

e radiação. É importante<br />

seguir as diretrizes e recomendações<br />

dos fabricantes para<br />

garantir a eficácia da esterilização<br />

e evitar danos aos dispositivos<br />

(NR-32, 2022).<br />

talidade dentre dos ambientes<br />

de saúde (GARCIA et al.,<br />

2019). O Acompanhamento<br />

e monitoramento contínuos<br />

também são necessários para<br />

avaliar a adesão às diretrizes<br />

e identificar áreas que necessitam<br />

de melhorias.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ANVISA. Manual de Referência Técnica para<br />

a Higiene das Mãos. AGENCIA NACIONAL DE<br />

VIGILÂNCIA SANITÁRIA. BRASÍLIA, 2013.<br />

BRASIL. Manual de Limpeza e Desinfecção<br />

de Superfícies. AGENCIA NACIONAL DE<br />

VIGILÂNCIA SANITÁRIA. BRASÍLIA, 2010.<br />

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.<br />

NOTA TÉCNICA No01/2018 GVIMS/GGTES/<br />

ANVISA: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA HIGIENE<br />

DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE. 2018, 16p.<br />

World Health Organization (WHO). A Guide<br />

to the Implementation of the WHO Multimodal<br />

Hand Hygiene Improvement Strategy.<br />

Geneva: WHO; 2009.<br />

Autores:<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />

palestrante e consultor em biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Evaclenes dos Santos Arruda Silva<br />

Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />

Lucas Alves Vanderlei<br />

Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />

Julia Cavalcante de Souza<br />

Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />

Cecilia Fernanda Rocha<br />

Cordeiro de Arruda<br />

Graduanda em Medicina, Uninassau Recife.<br />

164 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Conectividade<br />

Desempenho e<br />

Confiabilidade<br />

Produtividade<br />

Suporte, Consultoria<br />

e Treinamento<br />

Análises e<br />

Inteligência<br />

Qualidade


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

CONTROLES EM CITOMETRIA DE FLUXO<br />

Por Helena Varela de Araújo, Rafaele Loureiro Azevedo, Fernanda Vitelli Lins e Bruna Garcia Nogueira<br />

Em experimentos utilizando<br />

citometria de fluxo, os controles<br />

desempenham papel<br />

fundamental na obtenção de<br />

resultados confiáveis. Eles são<br />

responsáveis por distinguir<br />

informações reais de inespecificidade<br />

e background.<br />

Explicaremos aqui os tipos de<br />

controles que podem ser utilizados<br />

em seus experimentos, para<br />

que você obtenha resultados<br />

ainda melhores.<br />

Controle não marcado<br />

Controles não marcados são<br />

importantes para ajudar a<br />

definir suas populações celulares<br />

e otimizar o citômetro de<br />

fluxo para a sua análise, sendo<br />

fundamentais para ajustar as<br />

voltagens dos PMTs. Além disso,<br />

têm papel fundamental na verificação<br />

da autofluorescência das<br />

células do seu experimento.<br />

amostras marcadas com todos<br />

os fluoróforos do painel que<br />

você usará na marcação da sua<br />

amostra teste, assim como as<br />

células da sua amostra teste,<br />

menos um deles. Esse tipo de<br />

controle é utilizado para definir<br />

o limite superior do sinal emitido,<br />

identificando e bloqueando<br />

populações positivas em experimentos<br />

com múltiplas cores<br />

de fluorescências. Os FMOs são<br />

necessários e têm um importante<br />

papel quando os positivos<br />

não estão claramente separados<br />

dos negativos, graças ao nível<br />

baixo de expressão do antígeno<br />

marcado. Uma vez validado o<br />

painel, alguns dos FMOs podem<br />

ser eliminados e apenas aqueles<br />

para populações mais difíceis<br />

de serem detectadas são subsequentemente<br />

analisados.<br />

Controles de viabilidade celular<br />

Restos celulares possuem um<br />

alto nível de autofluorescência<br />

e marcações inespecíficas com<br />

anticorpos, podendo gerar<br />

resultados falso positivos.<br />

Dessa forma, a qualidade da<br />

amostra vai determinar a qualidade<br />

dos dados obtidos. Em<br />

um gráfico utilizando SSC x<br />

FSC podemos excluir debris e<br />

algumas células mortas, porém<br />

não todas. Devido a isso um<br />

controle de viabilidade celular<br />

deve ser incluído no painel.<br />

O primeiro tipo de controle de<br />

viabilidade é o que se liga ao<br />

DNA (como Iodeto de Propidio,<br />

DAPI e 7-AAD). Eles se ligam ao<br />

ácido nucleico, mas não conseguem<br />

atravessar a membrana<br />

celular intacta. O outro tipo<br />

Figura 1. Populações negativas para PE em gráfico tipo dot-plot demonstrando maior<br />

dispersão em painel multicolor, requerendo assim um controle FMO para identificação<br />

precisa de populações positivas.<br />

Fluorescência menos um (FMO)<br />

Fluorescência menos um (do<br />

inglês Fluorescence Minus One)<br />

é o termo usado para falar sobre<br />

um tipo de Controle utilizado<br />

em Citometria de Fluxo. São<br />

Referência da imagem:<br />

https://www.uth.edu/imm/service-centers/flow-cytometry/gfx/FMO.png?language_id=1<br />

166 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

é o que se liga às proteínas,<br />

onde se ligam covalentemente<br />

às proteínas e aminas livres<br />

presentes na membrana das<br />

células. Eles têm uma boa fluorescência<br />

devido a um aumento<br />

de aminas livres em células<br />

mortas, sendo facilmente diferenciadas<br />

de células vivas.<br />

Figura 2. Em um gráfico SSC x PI foi realizado um gate em células vivas e outro em células<br />

mortas. Os seguintes gráficos ilustram a diferença na separação de células viáveis.<br />

Controle Isotípico<br />

Especialmente na avaliação de<br />

populações raras, de células<br />

com baixa expressão antigênica<br />

ou em painéis multicor, marcações<br />

inespecíficas podem<br />

ser um problema.<br />

Referência da imagem:<br />

https://www.bio-rad-antibodies.com/flow-cytometry-controls.html<br />

Os controles isotípicos são anticorpos<br />

produzidos contra um<br />

antígeno que não é encontrado<br />

no tipo de célula ou na amostra<br />

analisada. Desenvolvidos para<br />

marcação de superfície, sua função<br />

é confirmar que a marcação<br />

observada se deve à ligação de<br />

um anticorpo específico ao alvo,<br />

e não a um artefato. Eles não<br />

devem ser usados para determinar<br />

células positivas versus<br />

negativas ou para definir limites,<br />

e podem não ser adequados<br />

para marcação intracelular.<br />

O controle isotípico mais apropriado<br />

deve ser da mesma<br />

espécie, subclasse de imunoglobulina<br />

(Ig) e conjugado ao mesmo<br />

fluorocromo do anticorpo<br />

primário. Por exemplo, se você<br />

estiver usando um anticorpo<br />

monoclonal de camundongo<br />

IgG1 conjugado a FITC, você<br />

deve selecionar um controle de<br />

isotipo de camundongo IgG1<br />

conjugado a FITC.<br />

Como o número de moléculas<br />

de fluoróforo conjugadas a<br />

cada anticorpo (chamado de<br />

relação F/P) difere entre os fornecedores,<br />

é melhor adquirir o<br />

controle de isotipo do mesmo<br />

fornecedor do anticorpo primário.<br />

Também é aconselhável,<br />

se possível, usar controles de<br />

isotipo na mesma concentração<br />

que o anticorpo primário.<br />

Controle Isoclônico<br />

Uma alternativa ao controle<br />

isotípico é o controle isoclônico.<br />

Utilizando-o, células são<br />

marcadas na presença de um<br />

excesso de anticorpo idêntico<br />

não conjugado. Este último<br />

ocupa todos os sítios de ligação,<br />

impedindo que o anticorpo<br />

marcado se ligue especificamente.<br />

Portanto, qualquer<br />

sinal que seja detectado deve<br />

resultar de uma ligação não<br />

específica.<br />

Controles bloqueadores de FC<br />

Receptores Fc são encontrados<br />

em monócitos, macrófagos,<br />

células dendríticas e células B.<br />

Como o nome sugere, eles se<br />

ligam aos anticorpos por meio<br />

de seu domínio Fc constante,<br />

em vez do domínio de fragmento<br />

de ligação específica de<br />

antígeno (Fab).<br />

168 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


Seu laboratório<br />

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Hereditária<br />

- HLA-B27<br />

- Acondroplasia<br />

- Fibrose Cística<br />

- NIPT<br />

- Liquido Amniótico<br />

por Biologia<br />

Molecular<br />

- Cariótipo de<br />

Líquido Amniótico<br />

- aCGH/Microarray<br />

- Cariótipo de<br />

Sangue Periférico<br />

- Cordoncentese<br />

- Instabilidade de<br />

Microssatélites<br />

- Painel Hereditário<br />

- 37 genes<br />

- JAK2 - Mutação<br />

V617F<br />

- Cariótipo Medula<br />

Óssea<br />

- Cariótipo de<br />

Sangue Periférico<br />

- Síndrome de<br />

Angelman<br />

- Síndrome de<br />

Prader Willi<br />

- Síndrome do X<br />

frágil<br />

- Síndrome<br />

Velocardiofacial<br />

- Síndrome de<br />

Williams<br />

- Fator V de Leiden<br />

- Protrombina<br />

- MTHFR<br />

- Polimorfismo<br />

PAI-1<br />

- Intolerância à<br />

lactose<br />

- Intolerância ao<br />

glúten<br />

- Microdeleções do<br />

Cromossomo Y<br />

- Cariótipo de<br />

Sangue Periférico<br />

- aCGH/Microarray<br />

- Exoma<br />

- Estudo de Perdas<br />

Fetais<br />

- Estudo de<br />

Perdas Fetais<br />

por Biologia<br />

Molecular<br />

- Cariótipo de Vilo<br />

Corial<br />

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CITOMETRIA DE FLUXO<br />

Essa ligação não específica pode<br />

levar a resultados falso-positivos<br />

e dados sem significado. Para<br />

evitar isso, os reagentes de blo-<br />

conhecido por ser negativo em<br />

suas células, ou um anticorpo<br />

secundário sozinho (se estiver<br />

usando anticorpos primários e<br />

tra não estimulada quanto<br />

uma completamente estimulada<br />

são importantes para<br />

determinar tanto os resulta-<br />

queio de Fc bloqueiam os recep-<br />

secundários), podem ser úteis<br />

dos positivos quanto a faixa<br />

tores Fc e garantem que apenas<br />

para determinar a ligação espe-<br />

dinâmica da marcação por flu-<br />

a ligação específica ao antígeno<br />

cífica na marcação intracelular.<br />

orescência, e para confirmar<br />

seja observada.<br />

que o anticorpo está funcio-<br />

Controle biológico<br />

nando conforme o esperado.<br />

Controle de marcação<br />

Deve-se considerar ainda o uso<br />

intracelular<br />

de controles biológicos que<br />

Esse tipo de controle também<br />

A marcação intracelular pode<br />

permitirão determinar a espe-<br />

pode ajudar na escolha do<br />

ser mais problemática do que<br />

cificidade da marcação e as<br />

fluoróforo mais apropriado,<br />

a de superfície, muitas vezes<br />

limitações experimentais. Eles<br />

já que pequenas alterações<br />

devido a níveis mais elevados de<br />

são importantes para todas as<br />

podem ter uma melhor reso-<br />

background dentro das células<br />

marcações, mas especialmente<br />

lução com fluoróforos mais<br />

causados por interações prote-<br />

para a marcação intracelular,<br />

brilhantes. Compreender o<br />

ína-proteína. Como ela requer<br />

que pode apresentar maior<br />

seu experimento e a amostra é<br />

fixação e permeabilização, o<br />

fluorescência de fundo. Os<br />

importante ao escolher o con-<br />

que pode afetar a detecção de<br />

controles incluem amostras<br />

trole biológico adequado.<br />

antígenos, a autofluorescência,<br />

a intensidade do fluoróforo e<br />

a morfologia celular, outros<br />

controles são necessários.<br />

Controles, como uma linha<br />

celular negativa, um anticorpo<br />

conhecidas negativas e amostras<br />

conhecidas positivas.<br />

Para alguns experimentos,<br />

como a m<strong>edição</strong> da liberação<br />

de citocinas, tanto uma amos-<br />

Referências<br />

FMO controls - Flow Cytometry - Service<br />

Centers - UTHealth Houston<br />

All for one and one for all – Fluorescence<br />

Minus One Controls (bitesizebio.com)<br />

Flow Cytometry Basics Guide: Practical Advice<br />

to Get Your Started in Flow Cytometry<br />

- Bio-Rad<br />

Autoras:<br />

Helena Varela de Araújo<br />

Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent<br />

(Inglaterra). Especialista em Hematologia pelo Hospital<br />

Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde pelo Centro<br />

Universitário São Camilo. Aluna de cursos na área de Marketing<br />

na ESPM. Foi assistente técnica do laboratório de citometria de<br />

fluxo do Whitehead Institute, MIT. Atualmente é supervisora<br />

do laboratório de citometria clínica do Beth Israel Deaconess<br />

- Harvard Medical School. Fundadora do @HemoFlow, maior<br />

página de ensino em citometria de fluxo do Instagram.<br />

Rafaele Loureiro de Azevedo<br />

Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />

CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />

Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />

Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />

farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />

Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />

anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />

professora do @HemoFlow.<br />

Bruna Garcia Nogueira<br />

Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />

Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />

Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />

Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />

especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />

Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />

do @HemoFlow<br />

Fernanda Vitelli Lins<br />

Formada em Biomedicina pela Universidade<br />

Católica de Brasília, Mestre em Patologia Molecular<br />

pela Universidade de Brasília. Atualmente Flow<br />

Cytometry Senior Specialist no Children's Research<br />

Institute at UT Southwestern Medical Center.<br />

170 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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muito planejamento e organização,<br />

estudando detalhadamente<br />

os processos, atividades<br />

e objetivos comerciais. Isso permite<br />

que as empresas extraiam<br />

ao máximo seus potenciais.<br />

Em grandes cidades, em questões<br />

geográficas e comerciais,<br />

como Minas Gerais, é necessária<br />

ainda mais cautela para atender<br />

as demandas com eficiência e<br />

agilidade, principalmente nas<br />

questões logísticas de armazenamento<br />

e distribuição, já que o<br />

cumprimento dos prazos é uma<br />

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172 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

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INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DE EXAMES LABORATORIAIS:<br />

UM OLHAR PARA OS VALORES DESEJÁVEIS DOS RESULTADOS<br />

Interpretar exames laboratoriais<br />

através de uma simples análise<br />

comparativa dos resultados com os<br />

intervalos de referência descritos<br />

nos laudos é uma prática ultrapassada<br />

e que faz parte de uma medicina<br />

do século passado. Existe uma<br />

ciência repleta de detalhes e muitos<br />

“campos minados” convidativos<br />

aos erros graves e potencialmente<br />

letais por trás de uma simples<br />

leitura equivocada de resultados.<br />

Além disso, se interpretar exames<br />

laboratoriais fosse apenas comparar<br />

números, o próprio paciente<br />

poderia realizar essa avaliação sem<br />

a ajuda do profissional prescritor.<br />

Os resultados de diversos estudos<br />

científicos demonstraram que dentro<br />

dos intervalos de referência existe<br />

uma faixa dos resultados associada<br />

à saúde e outra já associada ao<br />

desenvolvimento de doenças. Ter<br />

resultados de exames laboratoriais<br />

dentro da referência não significa<br />

necessariamente normalidade, uma<br />

vez que existem resultados alterados<br />

no limite superior da referência<br />

(“high normal” ou “normal alto”),<br />

assim como resultados próximos<br />

ao limite inferior da referência (“low<br />

normal” ou “normal baixo”).<br />

Acreditar que uma glicemia de<br />

92mg/dL (ref.: 70-99mg/dL) e uma<br />

hemoglobina glicada de 5.3% (ref.:<br />


INFORME DE MERCADO<br />

e sugerindo a necessidade de uma<br />

adequação dos intervalos de referência<br />

do TSH para valores abaixo<br />

de 2.5 uUI/ mL como desejáveis. 3<br />

Em relação ao ácido úrico, alguns<br />

estudos demonstraram que os valores<br />

desejáveis de ácido úrico provavelmente<br />

variam entre 2.5-4.5mg/<br />

dL, aproximadamente, embora os<br />

intervalos de referência comumente<br />

adotados pelos laboratórios sejam<br />

de 2.5-7mg/dL para homens e 2.5-<br />

6.0mg/dL para mulheres. 4 As evidências<br />

científicas demonstraram<br />

que valores de ácido úrico acima<br />

de 4.5mg/dL estão associados ao<br />

maior risco de desenvolvimento de<br />

doenças cardiovasculares e mortalidade.<br />

Assim como valores abaixo de<br />

2.5mg/dL estão associados ao estresse<br />

oxidativo, uma vez que o ácido<br />

úrico em níveis desejáveis apresenta<br />

ação antioxidante e, quando acima<br />

do desejável, também aumentam o<br />

estresse oxidativo.<br />

No contexto da medicina preventiva<br />

e envelhecimento saudável,<br />

interpretar corretamente os resultados<br />

das dosagens de homocisteína<br />

também é fundamental. Trata-se de<br />

um aminoácido sulfurado que, em<br />

níveis elevados, aumenta o risco<br />

de desenvolvimento de Alzheimer,<br />

Parkinson, demência, osteoporose,<br />

trombose, complicações cardiovasculares,<br />

retinopatia, doença renal<br />

crônica, disfunção erétil, câncer<br />

e mortalidade. Alguns estudos<br />

demonstraram que embora os<br />

intervalos de referência da homocisteína<br />

variem entre 5-15umol/L,<br />

resultados acima de 9umol/L<br />

podem aumentar o risco de complicações<br />

cardiovasculares e mortalidade,<br />

por exemplo. 5<br />

Em relação aos marcadores de lesão<br />

hepática, a gama GT também pode<br />

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ser interpretada como um marcador<br />

de estresse oxidativo e risco cardiovascular,<br />

uma vez que esta enzima<br />

ao participar da metabolização e<br />

reciclagem da glutationa (enzima<br />

antioxidante), gera um aumento<br />

do estresse oxidativo e, consequentemente,<br />

maior oxidação do<br />

LDL-colesterol e formação de placas<br />

de ateroma. Um estudo científico<br />

demonstrou que os níveis séricos<br />

de gama GT de 17U/L para mulheres<br />

e 27U/L para homens foram<br />

preditores do desenvolvimento de<br />

síndrome metabólica e, portanto,<br />

maior risco cardiometabólico.<br />

Cabe relembrar que a maioria dos<br />

laboratórios de análises clínicas<br />

considera valores normais de<br />

gama GT até 60U/L, em média. 6<br />

Segundo a American Heart Association<br />

(Associação Americana<br />

de Cardiologia), países com baixa<br />

incidência de doenças cardiovasculares,<br />

como os países africanos, em<br />

decorrência de desnutrição, e países<br />

asiáticos, devido a um padrão<br />

de dieta low carb, apresentam<br />

triglicerídeos abaixo de 100mg/<br />

dL na média populacional, faixa de<br />

resultados abaixo dos intervalos<br />

de referência tradicionalmente<br />

classificados como “normais” (ref.:<br />


muito alto, por exemplo, os valores<br />

desejáveis de LDL-c são abaixo de<br />

50mg/dL, ao passo que indivíduos<br />

com baixo risco cardiovascular<br />

essa meta se eleva para resultados<br />

abaixo de 130mg/dL. Portanto, a<br />

prescrição de estatinas não deve ser<br />

baseada apenas no resultado isolado<br />

de LDL-c ou colesterol total. 8<br />

Aos amantes da hematologia,<br />

relato aqui alguns erros graves de<br />

interpretação do hemograma. É<br />

muito comum a solicitação e avaliação<br />

do hemograma para triagem<br />

de casos suspeitos de deficiência de<br />

ferro ou anemia ferropriva, onde a<br />

anemia ferropriva é o estágio mais<br />

avançado da deficiência de ferro. As<br />

alterações laboratoriais da anemia<br />

ferropriva se instalam na seguinte<br />

ordem: redução de ferritina,<br />

redução do ferro sérico, redução<br />

de hemoglobina reticulocitária<br />

(HB-Ret), redução da hemoglobina<br />

e, por último, redução de VCM, HCM<br />

e CHCM (com aumento do RDW),<br />

caracterizando uma anemia microcítica<br />

e hipocrômica.<br />

Sendo assim, é possível que um<br />

hemograma de um paciente com<br />

deficiência de ferro e, ainda, sem<br />

a anemia ferropriva, esteja com<br />

os resultados da hemoglobina e<br />

índices hematimétricos dentro da<br />

referência, mas com redução dos<br />

níveis séricos de ferritina e ferro,<br />

por exemplo. Alguns estudos<br />

buscaram identificar qual seria o<br />

melhor ponto de corte de hemoglobina<br />

para identificar casos suspeitos<br />

da deficiência de ferro não<br />

anêmica, e demonstraram que os<br />

critérios de definição de anemia<br />

pela Organização Mundial de Saúde<br />

não são suficientes para rastreio<br />

e identificação de pacientes<br />

com deficiência de ferro, uma vez<br />

que o paciente pode apresentar<br />

deficiência de ferro sem a redução<br />

da hemoglobina nos estágios iniciais<br />

da anemia ferropriva. 9<br />

Em relação à leucometria global,<br />

embora os intervalos de referência<br />

variem entre 4.500-10.000/<br />

mm³, em média, alguns estudos<br />

demonstraram que valores acima<br />

de 6.500/mm³ estavam associados<br />

à um risco mais elevado do desenvolvimento<br />

de diabetes, justificado<br />

pela associação da inflamação com<br />

resultados mais elevados da leucometria<br />

global, embora dentro<br />

dos intervalos de referência. Um<br />

desses estudos demonstrou que<br />

a leucometria acima de 6.900/<br />

mm³ foi associada a um aumento<br />

de 52% do risco de desenvolver<br />

diabetes quando comparados<br />

aos indivíduos que apresentaram<br />

leucometria abaixo de 5.400/mm³.<br />

Os resultados destes estudos em<br />

associação com evidências práticas<br />

sugerem que a leucometria global<br />

desejável varie entre 4.500-6.500/<br />

mm³, aproximadamente. 10,11<br />

Portanto, interpretar exames<br />

laboratoriais não é um simples ato<br />

de “ler” e comparar números, mas<br />

uma arte de estabelecer correlações<br />

clínicas entre dados clínicos<br />

do paciente e os resultados dos<br />

exames. Esse olhar criterioso<br />

para os resultados, buscando os<br />

valores desejáveis baseados em<br />

evidências científicas e práticas,<br />

são fundamentais para detectar<br />

alterações clínicas em estágios<br />

iniciais e evitar a forma grave de<br />

diversas doenças que podem<br />

cursar de forma assintomática<br />

por longos períodos, incluindo a<br />

doença renal crônica e DM2, por<br />

exemplo. Os exames laboratoriais<br />

são ferramentas fundamentais<br />

para a prática de uma medicina<br />

preventiva e moderna quando<br />

interpretados à luz da ciência.<br />

Referências Bibliográficas<br />

1- JOHNSON, J. L. et al. Identifying prediabetes using fasting<br />

insulin levels. Endocr Pract; 16(1):47-52, 2010.<br />

2- SGARBI, J. A. et al. Consenso brasileiro para a abordagem<br />

clínica e tratamento do hipotireoidismo subclínico em<br />

adultos: recomendações do Departamento de Tireoide da<br />

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Arq<br />

Bras Endocrinol Metab; 57(3), 2013.<br />

3- WARD, L. S. Should we change the reference values of<br />

normal TSH? Arq Bras Endocrinol Metabol; 52(1):141-2, 2008.<br />

4-RUSSO, E. et al. Association of uric acid with kidney function<br />

and albuminuria: the Uric Acid Right for heArt Health<br />

(URRAH) Project. J Nephrol; 35(1):211-221, 2022<br />

5- SUN, Y. et al. Use of serum homocysteine to predict stroke,<br />

coronary heart disease and death in ethnic Chinese. 12-year<br />

prospective cohort study. Circ J; 73(8):1423-1430, 2009.<br />

6-LEE, M. Y. et al. Association between Serum Gamma-Glutamyltransferase<br />

and Prevalence of Metabolic Syndrome<br />

Using Data from the Korean Genome and Epidemiology<br />

Study. Endocrinol Metab (Seoul): 390–397, 2019.<br />

7-The Association between Triglycerides and Incident Cardiovascular<br />

Disease: What Is “Optimal”? J Clin Lipidol; 14(4):<br />

438–447, 2020.<br />

8-Faludi AA, Izar MCO, Saraiva JFK, Chacra APM, Bianco HT,<br />

Afiune Neto A et al. Atualização da Diretriz Brasileira de<br />

Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Arq Bras<br />

Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76<br />

9-SEKHAR, D. L. et al. Optimizing hemoglobin thresholds<br />

for detection of iron deficiency among reproductive-age<br />

women in the United States. Transl Res; <strong>180</strong>:68-76, 2017.<br />

10-GU, Y. et al. White blood cells count as an indicator to identify<br />

whether obesity leads to increased risk of type 2 diabetes.<br />

Diabetes Res Clin Pract; 141:140-147, 2018.<br />

11-TWIG, G. et al. White blood cells count and incidence of type<br />

2 diabetes in young men. Diabetes Care; 36(2):276-282, 2013.<br />

RODOLFO FERNANDES.<br />

Farmacêutico Bioquímico. Mestre em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense (UERJ);<br />

Especialista em Ciências do Laboratório Clínico & Diagnóstico in vitro (UFRJ); Escritor e autor<br />

do livro físico inédito no mundo “Interpretação clínica de exames laboratoriais na COVID-19”.<br />

Fundador da Academia das Análises Clínicas. Instagram: @rodolfofernandesprof.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

177


INFORME DE MERCADO<br />

O PAPEL DA AUTOMAÇÃO NA MELHORIA DOS TESTES<br />

HEMATOLÓGICOS<br />

Por: Amanda Gonçalves dos Reis<br />

A automação e a análise manual<br />

dos testes hematológicos desempenham<br />

papéis fundamentais na<br />

área, contribuindo para a obtenção<br />

de resultados precisos e confiáveis<br />

nos exames laboratoriais<br />

(BRAGA, et al., 2019).<br />

A automação na hematologia<br />

revolucionou os laboratórios<br />

e hoje os processos são mais<br />

rápidos e eficientes. Os equipamentos<br />

automatizados são<br />

capazes de realizar uma série de<br />

análises hematológicas, como:<br />

contagem de células sanguíneas,<br />

dosagem de hemoglobina e<br />

identificação de alterações morfológicas,<br />

além de processarem<br />

grandes volumes de amostras<br />

em um curto período de tempo,<br />

o que contribui para a redução<br />

da carga de trabalho manual e<br />

consequente aumento da produtividade<br />

(SILVA, et al., 2017).<br />

Ao utilizar equipamentos automatizados,<br />

há menos chance de<br />

erros humanos e variações nos<br />

procedimentos, o que aumenta<br />

a confiabilidade e padronização<br />

dos resultados, além da segurança<br />

do paciente. A automação<br />

também proporciona maior<br />

precisão na contagem e classifi-<br />

cação das células sanguíneas, o<br />

que por sua vez permite a detecção<br />

de alterações sutis, as quais<br />

podem passar despercebidas na<br />

análise manual (BAIN, 2017).<br />

A automação revolucionou os<br />

testes hematológicos, tornando-os<br />

mais eficientes, precisos e<br />

acessíveis. A contínua evolução<br />

tecnológica promete um futuro<br />

emocionante para a hematologia<br />

clínica, com diagnósticos<br />

mais rápidos e precisos, o que<br />

favorece a melhoria na assistência<br />

médica e na saúde pública.<br />

Esse processo na hematologia é<br />

um exemplo brilhante de como<br />

a tecnologia pode aprimorar a<br />

compreensão e cuidado com a<br />

saúde (FERREIRA, et al., 2016).<br />

No entanto, segundo Carraro;<br />

Plebani (2009) e Ferreira, et al.<br />

(2016), essa automação também<br />

apresenta alguns desafios. Os<br />

equipamentos automatizados<br />

requerem manutenção e calibração<br />

regulares para garantir<br />

sua precisão e confiabilidade; a<br />

aquisição e o custo operacional<br />

desses analisadores podem ser<br />

significativos, o que pode ser um<br />

desafio para laboratórios menores<br />

ou com recursos limitados.<br />

Por outro lado, a análise manual<br />

na hematologia ainda desempenha<br />

um papel importante<br />

em determinadas situações. A<br />

identificação de anormalidades<br />

morfológicas, como células<br />

imaturas, alterações na forma<br />

das células ou inclusões, exige<br />

a intervenção de um técnico<br />

experiente. Essa técnica permite<br />

uma avaliação mais detalhada e<br />

individualizada das células sanguíneas,<br />

o que auxilia na detecção<br />

de anomalias que podem<br />

não ser identificadas pelo sistema<br />

automatizado (HOROWITZ;<br />

ZAMAN, 2007).<br />

Por fim, conclui-se que a automação<br />

e a análise manual na<br />

hematologia são técnicas complementares.<br />

A automação oferece<br />

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diagnosolucoes<br />

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178 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


velocidade, padronização e alta<br />

capacidade de processamento,<br />

enquanto a análise manual permite<br />

uma avaliação mais detalhada<br />

e sensibilidade para identificar<br />

anomalias morfológicas. O uso<br />

adequado de ambos os métodos,<br />

combinado com a expertise de<br />

profissionais qualificados, são<br />

essenciais para garantir resultados<br />

precisos e confiáveis nos exames<br />

hematológicos, o que garante o<br />

correto diagnóstico e monitoramento<br />

de condições de saúde dos<br />

pacientes (FERREIRA, et al., 2016).<br />

Referências Bibliográficas<br />

1. BAIN, BJ Diagnosis from blood smear. The<br />

New England Journal of Medicine , v. 19, pág.<br />

1841-1853, 2017.<br />

2. CARRARO, P.; PLEBANI, M. Erros em um laboratório<br />

estatístico: tipos e frequências 10 anos depois.<br />

Clínica Química Acta , v. 1, pág. 73-74, 2009.<br />

3. HOROWITZ, GL; ZAMAN, Z. Automação em<br />

química clínica. Bioquímica Clínica , v. 13-14,<br />

pág. 959-965, 2007.<br />

4. LIPPI, G.; PLEBANI, M. O papel crítico da<br />

medicina laboratorial na resposta emergente<br />

ao desafio do Ebola. Química Clínica e Medicina<br />

Laboratorial , v. 3, pág. 363-364, 2010.<br />

5. BRAGA, CCC, et al. Automação e eficiência<br />

de testes hematológicos em laboratórios brasileiros:<br />

um estudo de caso. <strong>Revista</strong> Brasileira<br />

de Análises Clínicas , v. 2, pág. 155-162, 2019.<br />

6. SILVA, RM, et al. Automação em hematologia<br />

clínica: tendências e desafios em<br />

laboratórios brasileiros. <strong>Revista</strong> de Medicina<br />

Diagnóstica, v. 3, pág. 193-201, 2017.<br />

7. FERREIRA, AL, et al. Implementação de<br />

sistemas automatizados em laboratórios de<br />

hematologia no Brasil: benefícios e perspectivas.<br />

Hematologia, Transfusão e Terapia<br />

Celular , v. 2, pág. 118-125, 2016.<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

REAGENTE-ÚNICO PODE PARECER SIMPLES, MAS É<br />

RESULTADO DE UM ENORME AVANÇO EM PESQUISA E<br />

DESENVOLVIMENTO.<br />

A Ebram tem despendido anos<br />

pesquisando e desenvolvendo<br />

produtos com o intuito de fornecer<br />

kits bioquímicos em sua forma<br />

monoreagente, “reagente único”,<br />

por entender que os benefícios<br />

adquiridos são enormes.<br />

A obtenção de produtos “reagente<br />

único” em Bioquímica Clínica envolve<br />

um grande esforço na produção<br />

de estabilizadores eficazes a ponto<br />

de garantir sobrevida dos substratos,<br />

íons e de enzimas importantes,<br />

como para a quantificação das Transaminases<br />

Glutâmico Oxalacética e<br />

Pirúvica (TGP e TGO), Ureia BUN,<br />

Proteína Total, Ac Úrico, Creatinina,<br />

Magnésio Arsenazo e outros.<br />

Uma das principais vantagens da<br />

utilização de reagentes únicos é<br />

com relação ao consumo nos analisadores<br />

automatizados. Os analisadores<br />

normalmente consomem<br />

volumes adicionais de reagente<br />

em cada pipetagem (por questões<br />

de segurança numa eventual aspiração<br />

de bolhas ou instabilidades<br />

dos módulos de pipetagem). Esse<br />

volume de segurança é conhecido<br />

como “Volume de GAP”. Estes volumes<br />

adicionais, dependendo do<br />

instrumento podem chegar a 30%<br />

quando o volume da pipetagem<br />

for ≤ 40 μl, 20% para volumes próximos<br />

de 100μl, e diminui para 7%<br />

para volumes > 100μl. No protocolo<br />

dos bireagentes o volume do R2<br />

varia em torno de 25μl a 80μl, já nos<br />

“reagentes únicos” o volume varia de<br />

200μl a 300μl, fica claro que a escolha<br />

de trabalhar com a maioria dos produtos<br />

no formato “reagente único”<br />

têm impacto direto no custo da bioquímica<br />

para o laboratório clínico.<br />

Devido a presença destes estabilizadores,<br />

outra grande vantagem<br />

na utilização destes reagentes é a<br />

maior estabilidade de armazenamento,<br />

atingindo 18 a 24 meses<br />

de validade, impactando também<br />

nos custos dos pequenos, médios e<br />

grandes laboratórios.<br />

Analisadores de pequeno porte<br />

disponibilizam um pequeno número<br />

de posições no compartimento<br />

para reagentes, onde a utilização<br />

dos reagentes únicos propicia maior<br />

produtividade instrumental e baixo<br />

consumo de soluções de lavagens.<br />

Reagentes estáveis fornecem baixíssimos<br />

CV% intra e inter-ensaios contribuindo<br />

com a precisão e reprodutibilidade<br />

instrumental analítica.<br />

Tudo isso é fabricado pela EBRAM no<br />

Brasil, uma empresa nacional que trabalha<br />

continuamente para oferecer<br />

aos laboratórios produtos diferenciados,<br />

de qualidade e com baixo custo.<br />

Veja a lista de MONOREAGENTES<br />

da Linha Bioquímica Ebram.<br />

1. Creatinina – Jafé modificado,<br />

conservado de 2 a 8°C<br />

2. Acido Úrico – menor foto sensibilidade<br />

3. Magnésio Arsenazo – a melhor<br />

metodologia<br />

4. Cálcio Arsenazo III – primeiro<br />

cálcio arsenazo do Brasil<br />

5. Triglicérides – alta linearidade<br />

6. TGO/AST – único monoreagente<br />

do Brasil<br />

7. TGP/ALT – único monoreagente<br />

do Brasil<br />

8. Ureia – único monoreagente do<br />

Brasil<br />

9. Amilase – ótima estabilidade<br />

10. Fósforo<br />

11. Albumina<br />

12. Proteína Total.<br />

13. Glicose Oxidade<br />

14. Colesterol<br />

15. Cloro<br />

16. Proteinúria<br />

E-mail: sac@ebram.com - Site: www.ebram.com.br<br />

SAC: 0800 500 2424 - Telefone: 11 2291-2811<br />

<strong>180</strong> <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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A NEXCOPE, tradicional fabricante<br />

consolidada no mercado asiático,<br />

agora chegou ao Brasil e traz<br />

para você uma linha completa de<br />

microscópios inteligentes para<br />

aplicações clínicas e pesquisa<br />

cientifica. Integrando design ótico<br />

de alta qualidade e com tecnologia<br />

moderna, fornecemos uma ampla<br />

gama de instrumentos óticos e<br />

acessórios de alta qualidade.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O NEXCOPE NE620 foi<br />

especialmente projetado para<br />

atender várias necessidades de<br />

observação microscópica, como<br />

laboratórios biológicos e ensino<br />

de microscopia. Possui excelente<br />

qualidade óptica, amplo campo<br />

de visão, excelente desempenho<br />

da lente objetiva, proporcionando<br />

imagens nítidas e confiáveis. O<br />

design ergonômico proporciona<br />

melhor conforto e experiência dos<br />

usuários, já que foi pensado nos<br />

mínimos detalhes para otimizar<br />

o desempenho. Com seu design<br />

modular é possível realizar várias<br />

técnicas de microscopia, como;<br />

campo claro, campo escuro,<br />

contraste de fase e fluorescência.<br />

Lentes<br />

As lentes planacromáticas garantem<br />

um campo de visão plano. A lente de<br />

40x tem uma distância de trabalho<br />

maior que as convencionais com<br />

1,5 mm, evitando o contato com<br />

fluidos e imersão. Opcionalmente,<br />

uma lente de 100x projetada para<br />

imersão em água (NA: 1,10) pode ser<br />

incluída. O revólver é codificado e<br />

conta com cinco posições.<br />

Oculares<br />

As oculares têm um campo de<br />

visão de 22 mm, trazendo mais<br />

informação e eficiência nas<br />

leituras de lâmina.<br />

Iluminação<br />

O poderoso LED de 3 W tem um brilho<br />

ajustável para cada lente e fornece a<br />

melhor iluminação possível.<br />

Mecânica<br />

Platina com limite de altura ajuda<br />

a evitar a quebra de lâminas.<br />

Manípulo longo, proporcionando<br />

maior conforto e ergonomia para<br />

os usuários que passam horas em<br />

frente ao microscópio.<br />

Funções Inteligentes<br />

Display em LCD com as seguintes<br />

funções: Identificação automática<br />

das objetivas e controle automático<br />

de brilho para cada objetiva. Função<br />

SLEEP/STANDBY que desliga a luz,<br />

economizando energia e vida útil<br />

da lâmpada, Função ECO ajusta o<br />

tempo de desligamento automático<br />

do microscópio quando fora de uso.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

181


INFORME DE MERCADO<br />

CONHEÇA OS KITS DE PCR EM TEMPO REAL ALTOSTAR®<br />

PARA PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS<br />

Pacientes que possuem ação comprometida<br />

do sistema imunológico,<br />

seja por imunodeficiências congênitas,<br />

adquiridas ou pelo uso de<br />

imunossupressores pós-transplante,<br />

correm maior risco de infecções<br />

anormais, também chamadas de<br />

oportunistas, as quais podem ser<br />

causadas por diversos patógenos,<br />

incluindo os vírus.<br />

Diante disso, o acompanhamento<br />

destes pacientes é de fundamental<br />

importância para que os<br />

agentes patológicos possam ser<br />

identificados e medidas de controle<br />

possam ser iniciadas.<br />

Os kits AltoStar® da altona Diagnostics<br />

oferece uma linha completa<br />

para monitoramento de pacientes<br />

imunocomprometidos:<br />

• Os Kits são de PCR em tempo real para a detecção de agentes<br />

virais infecciosos:<br />

Citomegalovírus AltoStar®CMV PCR kit 1.5<br />

Adenovírus AltoStar®Adenovírus PCR kit 1.5<br />

Herpes vírus 6 AltoStar®HHV-6 PCR kit 1.5<br />

Epstein-Barr AltoStar®EBV PCR kit 1.5<br />

BK vírus AltoStar®BKV PCR kit 1.5<br />

JC vírus AltoStar®JCV PCR kit 1.5<br />

• São desenhados para o uso na<br />

plataforma automatizada para<br />

diagnóstico molecular AltoStar®;<br />

• O fluxo de trabalho permite o<br />

processamento paralelo de vários<br />

tipos de amostras, usando um único<br />

kit de purificação, bem como a<br />

detecção e quantificação simultâneas<br />

de diferentes vírus relevantes<br />

em uma única execução.<br />

Temos a flexibilidade necessária<br />

para a combinação de diferentes<br />

testes em sua rotina laboratorial.<br />

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182 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


QUALIDADE BIOCON: FIA CARDIAC COMBO TEST<br />

Teste quantitativo para imunodetecção<br />

por fluorescência da Troponina<br />

I (cTnI), Mioglobina (Myo)<br />

e CK-MB em amostras de sangue<br />

INFORME DE MERCADO<br />

total, soro ou plasma. Este teste é<br />

utilizado no auxílio do diagnóstico<br />

do infarto agudo do miocárdio.<br />

• Princípio: Imunoensaio Fluorescente<br />

por Európio<br />

• Tipo de amostra: Sangue total,<br />

soro ou plasma<br />

• Tempo de incubação: 15min<br />

• Tempo de leitura: 10 segundos<br />

• Apresentação: 10T/20T<br />

Dados de contato:<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

A HORIBA MEDICAL EXPANDE O PORTFÓLIO DE QUÍMICA CLÍNICA<br />

COM O LANÇAMENTO DE TRÊS NOVOS ANALISADORES<br />

Trio de analisadores Yumizen C oferece novos níveis de sinergia entre<br />

instrumentos e reagentes para laboratórios de pequeno e médio porte.<br />

A HORIBA Medical, parceira confiável<br />

da indústria de diagnóstico clínico,<br />

anunciou hoje o lançamento<br />

de três novos analisadores de química<br />

clínica Yumizen C, oferecendo<br />

novos níveis de sinergia entre instrumentos<br />

e reagentes.<br />

Os analisadores Yumizen C, combinados<br />

com o pacote abrangente e de<br />

alta qualidade de reagentes HORIBA<br />

POINTE, fornecem resultados rápidos<br />

e confiáveis, graças ao seu hardware<br />

robusto e software avançado.<br />

Os novos equipamentos são respaldados<br />

pelo padrão ouro de serviço<br />

e suporte da HORIBA Medical, assegurando<br />

resultados consistentes e<br />

precisos para diagnósticos e monitoramento<br />

de pacientes.<br />

Esses dispositivos representam o<br />

compromisso da HORIBA Medical<br />

em fornecer soluções de diagnóstico<br />

avançadas e confiáveis para<br />

laboratórios de médio e pequeno<br />

porte, permitindo que os profissionais<br />

de saúde ofereçam um cuidado<br />

de qualidade aos pacientes.<br />

Para laboratórios de médio porte,<br />

a HORIBA Medical está lançando<br />

o analisador Yumizen C560, um<br />

modelo de chão de alto desempenho<br />

que oferece recursos de ponta<br />

normalmente encontrados apenas<br />

em grandes sistemas integrados.<br />

Além do Yumizen C560, a HORIBA<br />

Medical está lançando os analisadores<br />

Yumizen C240 e Yumizen<br />

C230. O Yumizen C240 é uma opção<br />

compacta e eficiente em termos de<br />

custo, com capacidades completas<br />

de operação automática e recursos<br />

avançados para laboratórios de<br />

médio a pequeno porte. O Yumizen<br />

C230 é projetado para laboratórios<br />

menores, com recursos avançados<br />

e fáceis de usar.<br />

Os novos analisadores clínicos<br />

Yumizen C serão apresentados no<br />

Congresso Brasileiro de Patologia<br />

Clínica, de 5 a 7 de setembro, no<br />

centro de eventos Pro Magno em<br />

São Paulo.<br />

Visite-nos no estande #81<br />

Sobre a HORIBA Medical:<br />

HORIBA Medical é uma empresa<br />

líder em diagnóstico clínico, fornecendo<br />

soluções avançadas e confiáveis<br />

para laboratórios em todo o<br />

mundo. Com uma história de inovação<br />

e excelência, a HORIBA Medical<br />

está comprometida em fornecer<br />

tecnologias de ponta que permitam<br />

diagnósticos precisos e rápidos<br />

para melhorar a saúde e o bem-estar<br />

dos pacientes.<br />

Para mais informações sobre a<br />

HORIBA Medical e seus produtos,<br />

visite: www.horiba.com/br/med.<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

Tel.: (11) 2923-5400<br />

E-mail: marketing.br@horiba.com<br />

184 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


INFORME DE MERCADO<br />

PORQUE DEVEMOS REALIZAR TESTES<br />

QUANTITATIVOS DE HPV?<br />

NOVO KIT DE RT-PCR HPV COM<br />

IDENTIFICAÇÃO QUANTITATIVA<br />

DE 21 GENÓTIPOS<br />

Estudos multicentros determinaram<br />

que a infecção persistente pelo<br />

Vírus do Papiloma Humano (HPV) é<br />

considerada um fator de risco, mas<br />

não suficiente, para o desenvolvimento<br />

do câncer do colo do útero.<br />

Nos últimos anos, tem-se assistido<br />

a uma intensa procura de novos<br />

métodos moleculares de diagnóstico<br />

que permitam diferenciar as<br />

lesões que podem progredir para<br />

um carcinoma invasivo e aquelas<br />

cujas lesões regredirão espontaneamente.<br />

O novo kit de RT-PCR<br />

de HPV que diferencia e quantifica<br />

a carga viral de HPV de alto e baixo<br />

risco oferece grande auxílio e<br />

permite o estabelecer indicadores<br />

de prognóstico para o desenvolvimento<br />

de câncer do colo do útero.<br />

A quantificação da carga viral,<br />

muito além da tipificação dos HPV<br />

de alto risco, é uma importante<br />

informação para a identificação<br />

precoce dos casos com maior<br />

probabilidade de progressão e<br />

desenvolvimento de carcinoma do<br />

colo do útero e lesões percursoras.<br />

Estudos apontam a correlação<br />

entre a alta carga viral do HPV e o<br />

pior prognóstico de sobrevida dos<br />

pacientes (1). O conhecimento da<br />

carga viral ajudará a detectar as<br />

lesões de alto-risco facilitando a<br />

intervenção oportuna e prevenindo<br />

a ocorrência de câncer cervical.<br />

Adicionalmente, possibilitará o<br />

acompanhamento da efetividade<br />

do tratamento, possibilitando tratamento<br />

e acompanhamento mais<br />

assertivo da doença.<br />

Resultado Quantitativo<br />

De acordo com as recomendações<br />

do FDA e do consenso europeu que<br />

estabelece que a quantificação da<br />

carga viral do HPV deve ser adequadamente<br />

ajustada para o número<br />

de células da amostra (SIC).<br />

O Kit PCR em Tempo Real HPV<br />

Quant-21 destina-se a genotipagem<br />

e quantificação de 21 tipos de<br />

HPV em relação às suas propriedades<br />

oncogênicas:<br />

Alto risco: HPV 16, 18, 26, 31, 33, 35, 39,<br />

45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 66, 68, 73, 82<br />

Baixo risco: HPV 6, 11, 44<br />

• Alta sensibilidade analítica<br />

• Geração automática do laudo<br />

• Genotipagem e quantificação<br />

simultânea de 21 tipos de HPV<br />

Dois tipos de Controle Interno:<br />

• Presença de CI (controle interno)<br />

- endógeno<br />

• Presença de SIC (controle de<br />

amostras) – exógeno<br />

Tipos de amostras:<br />

• Citologia líquida e parafina<br />

• SWAB epitelial<br />

• Fluído prostático<br />

• Esperma<br />

• Urina<br />

• Biópsias<br />

• Parafina<br />

REGIÃO DE DETECÇÃO<br />

Regiões variáveis entre os genes E6<br />

e E7 do HPV (oncogenes principais)<br />

Sensibilidade analítica:<br />

• 5 ou mais cópias de DNA de patógenos<br />

purificados por reação de PCR<br />

(10³ cópias/mL de amostra de DNA)<br />

Os testes de PCR comercializados<br />

pela Biomedica oferecem um<br />

diagnóstico preciso, alta sensibilidade,<br />

assertividade e rapidez.<br />

Entre em contato conosco e<br />

saiba mais.<br />

Referências<br />

(1) CAO, Meng, SHAH,Walayat, QI, Jingxian,<br />

ZHOU, Yi , WANG, Yili, CHEN Hongwei,<br />

Pathology – Research and Practice, Prognostic<br />

significance of human papillomavirus<br />

viral load in correlation with different<br />

therapeutic modalities in cervical cancer<br />

patients, © 2016 Elsevier GmbH.<br />

Biomedica Equipamentos e Suprimentos LTDA<br />

SIA Trecho 03 – lote 625 – sala 230C<br />

CEP 71200-030<br />

Telefone: (61) 3363-4422 (WhatsApp)<br />

E-mail: contato@biomedica.com.br<br />

www.biomedica.com.br<br />

186 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


DESCUBRA A INOVAÇÃO EM GASOMETRIA COM A<br />

SERINGA NEOLAB!<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Em 2023, testemunhamos um marco significativo na<br />

área da saúde brasileira, com mais de 10 milhões de<br />

Seringas de Gasometria Neolab sendo adotadas em<br />

hospitais e clínicas em todo o país. Este fenômeno<br />

é reflexo do comprometimento da Neolab by<br />

Neocampany em oferecer produtos da mais alta<br />

qualidade, consolidando-se como uma das principais<br />

referências no segmento de Seringas de Gasometria<br />

no Brasil.<br />

Qualidade Incomparável:<br />

A Neolab orgulha-se de sua reputação inabalável em<br />

qualidade. Cada Seringa Neolab é fabricada com os mais<br />

rigorosos padrões, assegurando resultados precisos<br />

e consistentes. Nosso compromisso com a excelência<br />

coloca-nos na vanguarda da inovação, proporcionando<br />

aos profissionais de saúde instrumentos confiáveis<br />

para suas práticas diárias.<br />

Facilidade para Profissionais da Saúde:<br />

Compreendemos a importância do tempo e da<br />

eficiência no ambiente de saúde. A tecnologia<br />

avançada incorporada à Seringa Neolab facilita<br />

a aplicação para os profissionais da saúde. Nossa<br />

abordagem inovadora visa simplificar processos,<br />

permitindo que os profissionais concentrem-se no que<br />

fazem de melhor: cuidar de vidas.<br />

Embrace a evolução na Gasometria com a Seringa<br />

Neolab. Não apenas um instrumento, mas uma<br />

promessa de excelência e conforto para profissionais<br />

e pacientes.<br />

Escolha Neolab by Neocomapany. Escolha Qualidade.<br />

Escolha Inovação. A jornada de cuidados com a saúde<br />

nunca foi tão confiável e confortável.<br />

Agulhas Trifacetadas:<br />

Reconhecendo a sensibilidade do paciente, a Neolab<br />

investe em tecnologia de ponta. As agulhas que<br />

acompanham a Seringa Neolab são projetadas<br />

para serem indolores, graças ao design trifacetado.<br />

Proporcionamos não apenas resultados precisos, mas<br />

uma experiência mais confortável para aqueles que<br />

confiam em nossos produtos.<br />

by<br />

Neolab by Neocompany<br />

R. Carlos Gusso, 250 - Barracão 2 - Águas Belas,<br />

São José dos Pinhais - PR, 83040-630, Brasil<br />

E-mail: contato@neolabimpot.com.br<br />

Contato: +55 41 3146-0802<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

187


INFORME DE MERCADO<br />

in. loccus – REAGENTES POR ASSINATURA<br />

A Loccus inova em apresentar ao mercado um programa de assinatura de reagentes que garante um<br />

equipamento sem custo para o seu laboratório*<br />

Em busca de sempre inovar no relacionamento<br />

com clientes e simplificar o caminho da descoberta<br />

científica para preservar vidas, a Loccus anunciou ao<br />

mercado um novo modelo de negócio. O in. loccus<br />

é um programa de assinatura de reagentes feito sob<br />

medida para o seu laboratório que contempla desde<br />

a automação de extração de DNA/ RNA e automação<br />

do workflow de PCR até o PCR em tempo real.<br />

. Consumíveis de alta qualidade<br />

. Sem pegadinhas ou letras miúdas<br />

. Acesso ao suporte em idioma local<br />

. Benefícios extras de acordo com a modalidade de<br />

assinatura escolhida<br />

Entre em contato com o nosso time para conhecer<br />

os planos.<br />

Com a assinatura in. loccus, você paga o valor do<br />

plano escolhido, recebe os reagentes direto no seu<br />

laboratório e ainda garante o melhor equipamento*<br />

sem custo para suas reações.<br />

Confira as principais vantagens do programa:<br />

. Equipamento sem custo*<br />

. Acesso a equipamentos de última geração<br />

. Custo por reação extremamente acessível<br />

A Loccus entrega uma plataforma de soluções<br />

para os laboratórios de biologia molecular,<br />

desenvolvidas de forma customizada e abrangendo<br />

equipamentos, reagentes e serviço.<br />

*O equipamento fica disponível no laboratório durante o período da<br />

sua assinatura, assim que encerrada ele deve ser devolvido à Loccus.<br />

188 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


O TUBO PLANO DE CULTURA CELULAR<br />

Os tubos de cultura celular TPP são<br />

uma extensão da gama de produtos<br />

dos frascos de cultura. Consiste<br />

em um produto 3 em 1: cultivo, incubação<br />

e análise sob microscopia<br />

e centrifugação.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Cultivo: Possui superfície de crescimento<br />

ativada com 10cm 2 , que além<br />

disso, possibilita uma ampla abertura<br />

para o acesso completo de pipetas<br />

e raspadores. Garante também,<br />

trocas gasosas por meio do filtro na<br />

tampa. Fabricado com PS com tratamento<br />

para adesão celular.<br />

Análise sob microscopia: Oferece<br />

um controle do crescimento celular<br />

por meio de microscópios invertidos.<br />

O topo achatado minimiza<br />

a refração da luz perturbadora<br />

Centrifugação: Permite a centrifugação<br />

utilizando um adaptador<br />

de 50 mL padrão, com velocidade<br />

de até 1.200 x g. A forma cônica do<br />

tubo facilita a remoção de pellets.<br />

O nosso Tubo de Cultura Celular é<br />

um produto completo, que possibilita<br />

todo o processo de repique de<br />

células em um mesmo recipiente.<br />

A nossa superfície diferenciada<br />

com cargas negativas propicia o<br />

ambiente perfeito para a produção<br />

celular de proteínas de adesão,<br />

garantindo uma excelente ancoragem<br />

e crescimento celular.<br />

No mesmo recipiente de cultivo é<br />

possível observar, por meio de um<br />

microscópio invertido, as culturas<br />

e detectar alterações ou possíveis<br />

contaminações.<br />

Estamos localizados no estado de<br />

São Paulo, peça já o seu orçamento<br />

por email, telefone/whatsapp ou<br />

compre direto pelo site:<br />

https://www.tpp-shop.com.br/<br />

Informações de contato.<br />

telefone: (11) 91109-2022/ (11) 91911-2022<br />

email: info@tpp-br.com<br />

site: https://www.tpp-shop.com.br/<br />

redes sociais: @tppbrasil<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

189


INFORME DE MERCADO<br />

CONHEÇA A FIRSTLAB<br />

A FirstLab é uma empresa que oferece<br />

soluções completas em análises<br />

clínicas. Parte de um grupo<br />

sólido de empresas com mais de<br />

25 anos de expertise na área da<br />

saúde, a FirstLab conta com uma<br />

equipe qualificada, dispondo de<br />

equipe comercial capacitada e assessoria<br />

científica, e uma infraestrutura<br />

moderna para atender as<br />

necessidades dos seus clientes.<br />

Fabricante e distribuidora de<br />

produtos e equipamentos para<br />

laboratório, a FirstLab conta com<br />

soluções para coleta de sangue,<br />

exame de urina, entre outros.<br />

Inovação e tecnologia para<br />

suas rotinas laboratoriais.<br />

Com uma linha de produção diária<br />

de 1,4 milhão de itens, é utilizada<br />

de forma consciente toda a<br />

matéria-prima, com menor quantidade<br />

de plástico na produção<br />

dos produtos, sem perder a resistência<br />

e qualidade.<br />

O processo produtivo reaproveita<br />

100% do refugo, desenvolvendo<br />

produtos acessórios, como por<br />

exemplo a pá, que acompanha<br />

alguns modelos de coletores.<br />

Todos os produtos de fabricação<br />

própria passam por inspeção<br />

para a máxima garantia da qualidade:<br />

inspeção física (vedação,<br />

rebarbas e empenamento de<br />

tampa); inspeção de quantidade<br />

por pacote (peso e unidades);<br />

inspeção da integridade do produto<br />

final e inspeção dos dados<br />

técnicos. E todos os produtos estéreis<br />

passam pelo processo de<br />

radiação ionizante.<br />

Por todo o Brasil<br />

Com uma fábrica e estoque com<br />

mais de 10.000 m² no Paraná, a distribuição<br />

diária de produtos por todo o<br />

território nacional é garantida.<br />

Acesse o Portal do Cliente e conheça<br />

as soluções FirstLab que vão<br />

complementar a sua rotina e garantir<br />

o bem-estar dos seus clientes.<br />

portal.firstlab.ind.br<br />

0800 710 0888<br />

atendimento@firstlab.ind.br<br />

190 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

191


INFORME DE MERCADO<br />

BLOOD 5P - INVISTAR: INOVAÇÃO E QUALIDADE NA<br />

ANÁLISE HEMATOLÓGICA<br />

Os exames laboratoriais são de<br />

grande importância para a avaliação<br />

da saúde das pessoas, estes<br />

fornecem dados e informações que<br />

permitem diagnósticos, prognósticos<br />

e a caracterização de riscos<br />

para diversas patologias. Formas de<br />

tratamentos personalizados também<br />

podem ser utilizadas a partir<br />

dos resultados fornecidos por estes<br />

exames.<br />

O sangue é composto pelo plasma<br />

e pelos elementos celulares,<br />

que incluem células sanguíneas e<br />

fragmentos celulares. Geralmente<br />

uma pessoa apresenta um volume<br />

total de sangue que corresponde a<br />

cerca de 7% do seu peso corporal.<br />

O sangue apresenta diversas funções<br />

no corpo, garantindo, por<br />

exemplo:<br />

- Transporte de nutrientes;<br />

- Transporte dos gases respiratórios;<br />

- Transporte de resíduos do metabolismo;<br />

- Defesa e imunidade por meio da<br />

ação dos leucócitos;<br />

- Coagulação sanguínea por meio<br />

da ação das plaquetas.<br />

O hemograma é o exame que avalia<br />

quantitativa e qualitativamente os<br />

elementos celulares do sangue. É o<br />

exame complementar mais requerido<br />

nas consultas, fazendo parte de<br />

todas as revisões de saúde e rotina<br />

de exames, pois é uma triagem<br />

muito útil e fornece informações<br />

valiosas sobre o paciente, muitas<br />

vezes tomadas como ponto de<br />

partida para a maioria das investigações<br />

médicas.<br />

O hemograma geralmente é solicitado<br />

como um exame de rotina,<br />

mas em algumas situações pode ser<br />

Blood5P<br />

utilizado para diagnosticar algumas<br />

condições que indiquem a presença<br />

de algumas doenças.<br />

Número e tipos de células brancas<br />

– se estiver alto, pode constituir<br />

inflamação ou infecção.<br />

Número de células vermelhas – se<br />

estiver baixo, pode sinalizar anemia<br />

ou outro tipo de doença.<br />

Modificação no tamanho das células<br />

vermelhas – se isso acontecer, também<br />

pode ser um sinal de anemia.<br />

Hematócrito – essa porcentagem<br />

baixa pode sinalizar uma anemia ou<br />

um sangramento excessivo.<br />

Hemoglobina – problemas com<br />

essa taxa podem mostrar anemia e<br />

doenças pulmonares.<br />

Contagem de plaquetas – em quantidade<br />

baixa, podem significar problema<br />

por excesso de sangramento.<br />

Tamanho de células vermelhas –<br />

quando elas estão maiores, podem<br />

denotar que o corpo está com<br />

pouca vitamina B12 ou ácido fólico.<br />

Se elas estiverem menores, pode<br />

ser um sinal de tipos de anemia, por<br />

exemplo, deficiência de ferro.<br />

Hemoglobina Corpuscular Média<br />

– mede a quantidade de hemoglobina<br />

existente nas hemácias.<br />

Pode ser indicado também para o<br />

acompanhamento de tratamentos<br />

médicos, das reações do organismo<br />

a medicamentos, pré cirurgias e<br />

pós-operatórios.<br />

Durante as últimas décadas<br />

observou-se uma grande evolução<br />

tecnológica na realização do<br />

hemograma, e as técnicas manuais<br />

têm sido substituídas por sistemas<br />

automatizados que apresentam<br />

maior precisão nos resultados e em<br />

um menor intervalo de tempo.<br />

Essas inovações mudaram a rotina<br />

dos laboratórios, tornando-os mais<br />

eficientes e ágeis, além de apresentarem<br />

uma melhor qualidade nos<br />

resultados. Com a automação novos<br />

parâmetros laboratoriais continuamente<br />

são implementados com<br />

192 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


INFORME DE MERCADO<br />

Humacount 5d<br />

HumaCount 30TS<br />

HumaCount 80TS<br />

o objetivo de ampliar as informações<br />

fornecidas pelo hemograma<br />

auxiliando no diagnóstico de uma<br />

gama considerável de patologias.<br />

A In Vitro Diagnóstica possui analisadores<br />

automáticos com diferenciais<br />

de 3 e 5 partes ideais para<br />

automação dos laboratórios.<br />

O analisador diferencial de 3 partes<br />

é adequado para uso em salas de<br />

emergência e laboratórios ambulatoriais,<br />

onde situações agudas<br />

como resultados para análises de<br />

inflamações devem ser identificadas<br />

prontamente e de forma confiável.<br />

O equipamento é adequado<br />

também para rotina de pequenos<br />

laboratórios e laboratórios e clínicas<br />

veterinárias.<br />

Os analisadores hematológicos de<br />

5 partes coletam resultados de Linfócitos,<br />

Monócitos, Neutrófilos, Eosinófilos<br />

e Basófilos em cada amostra,<br />

e disponibilizam informações de<br />

sinalizadores (flags) mais detalhadas<br />

e específicas. A diferencial de 5 partes<br />

fornece uma imagem clara do estado<br />

imunológico da amostra analisada.<br />

A análise diferencial de células do<br />

esfregaço de sangue periférico é um<br />

componente essencial do hemograma<br />

e tem extrema importância<br />

em algumas situações. Embora<br />

seja habitualmente realizada por<br />

técnicos qualificados, essa análise é<br />

trabalhosa e pode apresentar certo<br />

grau de subjetividade, por ser totalmente<br />

dependente do observador.<br />

Para atender a este mercado, a In<br />

Vitro oferece uma linha com tecnologia<br />

de última geração.<br />

HumaCount 30TS e 80TS que equivale<br />

a 30 e 80 testes/horas respectivamente,<br />

que além das vantagens<br />

de um sistema diferencial de 3 partes<br />

com análise de 22 parâmetros,<br />

conta com modo veterinário.<br />

HumaCout 5D é analisador 5 partes,<br />

com leitura de Laser Scattergragra<br />

que permite a contagem quantitativa<br />

e valor percentual de grandes<br />

células imaturas (LIC) e de células<br />

atípicas Linfócitos (ALY). Além do<br />

diferencial de ser 3 e 5 partes na<br />

mesma máquina, são até 60 testes/<br />

hora, 29 parâmetros e é possível<br />

utilizar de sangue capilar.<br />

Blood 5P é o lançamento da In Vitro<br />

para complementar a linha hematológica.<br />

Com carregador automático<br />

de até 50 tubos, computador<br />

integrado e o uso de apenas 3<br />

reagentes é possível ter a otimização<br />

eficiente do fluxo de trabalho e<br />

espaço físico. As tecnologias avançadas<br />

fornecem 28 parâmetros de<br />

grande utilidade clínica, além de<br />

8 importantes parâmetros de pesquisa,<br />

2 histogramas para RBC e PLT<br />

e 4 diagramas de dispersão (Scartegramas)<br />

para WBC. Com módulo<br />

automático e manual é possível<br />

analisar até 80 amostras/horas.<br />

Além disso o equipamento possui<br />

o modo de contagem inteligente.<br />

Quando o instrumento apresentar<br />

um alarme de “redução de WBC”<br />

ou “diminuição de PLT” é possível<br />

selecionar o Modo de Contagem<br />

Inteligente e testar novamente a<br />

amostra. O modo L-WBC fornece<br />

contagens precisas de leucócitos<br />

e análise diferencial, estendendo<br />

o tempo de contagem em 2 vezes.<br />

Neste modo de reanálise L-WBC<br />

e L-PLT o equipamento utiliza um<br />

número maior de informações da<br />

amostra para garantir resultados<br />

mais exatos e precisos. Melhor<br />

repetibilidade para baixo WBC e<br />

amostra de baixo PLT.<br />

Entre em contato com a In Vitro<br />

Diagnóstica através do e-mail invitro@invitro.com.br<br />

InviZAP (31) 99973-2098 ou acesse<br />

www.invitro.com.br.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

193


INFORME DE MERCADO<br />

GRUPO MASTELLINI EXPANDE ATENDIMENTO AO SUS<br />

NO INTERIOR DE SP<br />

O Grupo Mastellini está consolidando<br />

sua presença no interior de São<br />

Paulo, expandindo significativamente<br />

seu atendimento ao Sistema<br />

Único de Saúde (SUS). Com mais de<br />

15 unidades em diferentes cidades<br />

paulistas, o grupo é reconhecido por<br />

sua excelência e qualidade na oferta<br />

de serviços de análises clínicas.<br />

Neste mês de outubro, o grupo<br />

deu mais um passo e inaugurou<br />

duas novas unidades e fechando<br />

parcerias estratégicas. As duas<br />

novas unidades do Grupo Mastellini<br />

foram inauguradas nas cidades<br />

de Presidente Bernardes e Tarumã,<br />

reforçando sua presença no interior<br />

de São Paulo.<br />

"Isso representa um marco significativo.<br />

As novas unidades estão<br />

equipadas com tecnologia de ponta<br />

e contam com uma equipe altamente<br />

qualificada para realizar uma<br />

ampla gama de exames e serviços<br />

de diagnóstico", conta o presidente<br />

do Grupo, Jáder Mastellini.<br />

Além das inaugurações, o Grupo<br />

Mastellini fechou parcerias estratégicas<br />

com as cidades de Assis,<br />

Ourinhos e o Ambulatório Médico<br />

de Especialidades (AME) Botucatu.<br />

"O AME Botucatu, em particular,<br />

desempenha um papel fundamental<br />

na região, atendendo a<br />

uma demanda considerável por<br />

cuidados de saúde especializados<br />

e servindo como referência para<br />

pacientes de mais de 25 cidades<br />

da região", contou o presidente e<br />

fundador do grupo.<br />

Jáder disse ainda que, “o AME Botucatu,<br />

com seu alcance regional e<br />

seu foco nas especialidades, é um<br />

parceiro fundamental em nossa<br />

missão de contribuir com acesso a<br />

serviços de medicina diagnóstica<br />

de alta qualidade”.<br />

Saiba mais em<br />

laboratoriomastellini.com.br<br />

OSANG HEALTHCARE - TRANSFORMANDO O MUNDO<br />

DO DIAGNÓSTICO IN VITRO<br />

Somos a Osang Healthcare, fundada<br />

em 1996, uma empresa sul coreana<br />

especializada em P&D, fabricação e<br />

vendas para mais de 110 países na<br />

indústria de diagnostico In Vitro.<br />

Sendo líder sul-coreana na fabricação<br />

de produtos de diagnóstico In Vitro.<br />

Temos o orgulho de oferecer a maior<br />

variedade de produtos nesse segmento,<br />

sendo uma referência no mercado.<br />

Nossa linha de produtos já estão<br />

disponíveis no Brasil e com registro<br />

na ANVISA (Agência Nacional de<br />

Vigilância Sanitária).<br />

Contate-nos para conhecer nossa<br />

ampla gama de produtos de biologia<br />

molecular e como eles podem<br />

atender às suas necessidades de<br />

diagnóstico e pesquisa.<br />

Somente para uso professional em diagnóstico IN VITRO<br />

Contato: Tel.: +55 11 989064885<br />

E-mail: comercial@osangbr.com - Site: www.osanghc.com<br />

194 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


CELEBRANDO CONQUISTAS E COMPROMISSOS: UM OLHAR<br />

PARA O ANO DE 2023 NA GREINER BIO-ONE BRASIL<br />

À medida que o ano de 2023 se<br />

encerra, é com grande alegria e<br />

gratidão que celebramos não apenas<br />

as conquistas deste ano, mas<br />

também marcos verdadeiramente<br />

especiais na história da Greiner Bio-<br />

-One Brasil e do grupo global.<br />

Este ano foi marcado por sucessos<br />

notáveis e desafios superados, graças<br />

ao esforço incansável de nossa<br />

equipe, à confiança de nossos clientes<br />

e à parceria contínua com nossos<br />

colaboradores. Estamos orgulhosos<br />

do que alcançamos juntos.<br />

Em 2023, celebramos os 20 anos<br />

da nossa planta em Americana-<br />

-SP. Duas décadas de dedicação,<br />

inovação e compromisso com a<br />

qualidade. Esse marco é um testemunho<br />

do nosso compromisso<br />

em crescer e servir a comunidade<br />

científica, médica e de diagnóstico<br />

do Brasil, fornecendo produtos<br />

de excelência. Além disso,<br />

também é um ano especial para a<br />

Greiner Bio-One em todo o mundo,<br />

onde comemoramos nosso<br />

60º aniversário. Seis décadas de<br />

inovação, liderança e serviço à<br />

saúde e à pesquisa.<br />

Olhando para o futuro, estamos animados<br />

com as oportunidades que<br />

2024 nos reserva. Continuaremos<br />

a investir no desenvolvimento de<br />

excelentes produtos para demandas<br />

laboratoriais, mantendo nosso<br />

compromisso com a qualidade, a<br />

sustentabilidade e a excelência em<br />

tudo o que fazemos.<br />

Desejamos a todos um final de<br />

ano repleto de alegria e um novo<br />

ano repleto de realizações e prosperidade.<br />

Que nossa jornada de<br />

sucesso continue fortalecida pela<br />

dedicação e determinação que nos<br />

trouxeram até aqui.<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

Telefone: +55 19 3468 9600<br />

E-mail: info@br.gbo.com<br />

INFORME DE MERCADO<br />

RE<br />

AGINE O NOVO, JÁ DISPONÍVEL PLATAFORMA<br />

2023<br />

O que já era bom, ficou ainda melhor! Leia o QR code ao lado, e saiba mais sobre o novo<br />

Software<br />

, versão 2023 <strong>edição</strong> v.9.00.00.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

Nova Plataforma com mais facilidades<br />

para os usuários: Ferramenta<br />

“ web-app”,<br />

parte integrante do IM2023,<br />

remodelada para uso de forma<br />

rápida e intuitiva para aplicação<br />

em regras de automação. Inicia-<br />

-se uma nova era de interação da<br />

experiência dos usuários com o<br />

IM, facilita os processos de parametrizações,<br />

autoverificação e<br />

autovalidação de resultados;<br />

Configurações simplificadas para<br />

os valores de referência: Através<br />

do gerenciamento de propriedades,<br />

os perfis de usuários e os administradores<br />

poderão criar e/ou importar<br />

os padrões utilizados para ganho de<br />

tempo e eficiência nos laboratórios;<br />

Novo banco de dados profissional<br />

Intersystems IRIS®: Atualizações<br />

em segurança cibernética<br />

aliadas à melhoria de performance<br />

do sistema.<br />

195


INFORME DE MERCADO<br />

LAB REDE: LABORATÓRIO EXCLUSIVAMENTE DE APOIO,<br />

POSSUI AS MAIS IMPORTANTES CERTIFICAÇÕES<br />

Reconhecido pela qualidade e capacitação técnica, é referência em uma ampla<br />

gama de exames laboratoriais.<br />

O Lab Rede nasceu no ano 2000,<br />

com o intuito de ser uma rede inovadora<br />

de relacionamento e apoio<br />

laboratorial, que gera valor e soluções<br />

para seus clientes. Por isso,<br />

investe continuamente na excelência<br />

de seus processos, tendo como<br />

referência os métodos avaliativos<br />

e de certificação sobre a qualidade<br />

da assistência à saúde e segurança<br />

do paciente das principais acreditações:<br />

PALC, DICQ e ONA Nível III.<br />

Cada uma delas tem a sua importância,<br />

e todas contribuem para o<br />

fortalecimento dos serviços oferecidos,<br />

garantindo aos clientes que os<br />

exames processados no Lab Rede<br />

seguem os padrões mais elevados<br />

de qualidade.<br />

O PALC - Programa de Acreditação<br />

da Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica -, audita e acredita uma<br />

série de requisitos, que asseguram<br />

a validade e a confiabilidade dos<br />

resultados emitidos, comprovando<br />

a seriedade, a competência e o profissionalismo<br />

com que esses laudos<br />

são gerados. Além disso, contém requisitos<br />

de segurança ao paciente e<br />

tecnologia da informação.<br />

Já o Sistema Nacional de Acreditação<br />

DICQ - garante que os exames<br />

realizados no Lab Rede seguem<br />

processos padronizados, em conformidade<br />

com normas internacionais<br />

de qualidade, que garantem<br />

resultados confiáveis.<br />

E a Organização Nacional de Acreditação<br />

– ONA -, é a única do país com<br />

certificações em diferentes níveis, o<br />

que permite avaliar a melhoria contínua<br />

na gestão e nos processos das<br />

organizações de saúde. Atualmente<br />

o Lab Rede é acreditado no Níve III -<br />

Acreditado com Excelência, que é o<br />

degrau mais alto da ONA, demonstrando<br />

uma cultura organizacional<br />

de melhoria contínua com maturidade<br />

institucional.<br />

O Lab Rede acredita no desenvolvimento<br />

contínuo da qualidade<br />

do serviço prestado, sempre<br />

acompanhando as atualizações e<br />

inovações na saúde.<br />

Sobre o Lab Rede<br />

O Lab Rede é um tradicional laboratório<br />

do mercado de medicina<br />

diagnóstica, com atuação exclusiva<br />

no segmento de apoio – Lab to Lab.<br />

Reconhecido pela qualidade e capacitação<br />

técnica, é referência em<br />

uma ampla gama de exames em<br />

especialidades tais como: Imunologia,<br />

Hormônios, Bioquímica, Alergia,<br />

Autoimunidade, Genética, Biologia<br />

Molecular, Técnicas Manuais e<br />

Especiais, dentre outras.<br />

Através de seu Núcleo Técnico<br />

Operacional (NTO), localizado em<br />

Belo Horizonte/MG, atende a diversos<br />

laboratórios nas regiões<br />

sudeste e centro-oeste do país,<br />

realizando exames com a mais alta<br />

tecnologia, de forma ágil e em condições<br />

competitivas.<br />

Como laboratório exclusivo de<br />

Apoio, disponibiliza aos seus clientes<br />

uma equipe de profissionais<br />

altamente qualificados, aptos a oferecer<br />

toda a assistência científica e<br />

suporte técnico requeridos. Dessa<br />

forma, está sempre na posição de<br />

parceiro dos seus clientes.<br />

MAIS INFORMAÇÕES:<br />

(31) 2519-7500<br />

labrede.com.br<br />

196 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


A IMPORTÂNCIA DO FREELITE MX® PARA O DIAGNÓSTICO<br />

PRECOCE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA<br />

Um dos exames da Binding Site tem<br />

atuação fundamental no diagnóstico<br />

de uma das principais doenças<br />

que afetam o sistema nervoso<br />

central: a Esclerose Múltipla. Tratase<br />

do Freelite Mx®, mais específico,<br />

sensível, confiável, rápido e fácil de<br />

execução quando comparado aos<br />

exames mais tradicionais para a<br />

análise dessa e de outras patologias.<br />

Tais qualidades advém do fato de o<br />

Freelite Mx® ser capaz de identificar<br />

a mais ínfima quantidade de cadeia<br />

leve livre em uma amostra de líquor<br />

retirada do espaço intratecal –<br />

aquele dentro de nossa coluna onde<br />

a medula está contida – região de<br />

difícil acesso e análise.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Como funciona<br />

Alguns estudos demonstram que<br />

portadores da Esclerose Múltipla<br />

apresentam aumento considerável<br />

da cadeia leve livre kappa no<br />

líquor: cerca de 60 vezes maior do<br />

que o do grupo controle. Por isso,<br />

o Freelite Mx® tem sido cada vez<br />

mais recomendado e utilizado<br />

no diagnóstico da doença, em<br />

conjunto com outros exames mais<br />

tradicionais para Esclerose Múltipla,<br />

como o de bandas oligoclonais,<br />

índice de IgG, índice de albumina e<br />

também a ressonância magnética.<br />

A alta sensibilidade do Freelite<br />

Mx® é uma grande vantagem, uma<br />

vez que ele apresenta resultados<br />

objetivos e quantitativos, diferente<br />

dos demais, cuja análise muitas<br />

vezes é difícil, nem sempre clara<br />

– e passa por critérios subjetivos.<br />

Assim, por exemplo, mesmo que<br />

o resultado dê negativo em um<br />

exame de bandas oligoclonais,<br />

o Freelite Mx®, devido à sua<br />

sensibilidade, consegue detectar<br />

qualquer alteração. O exame da<br />

Binding Site também pode ser<br />

usado no auxílio do diagnóstico<br />

e na diferenciação de outras<br />

patologias do sistema nervoso<br />

central, como a síndrome clínica<br />

isolada, meningite, encefalite,<br />

síndrome de Guillain-Barré,<br />

neuroborreliose, polineuropatia,<br />

entre outras doenças crônicas.<br />

Sobre o Freelite® Mx e onde<br />

encontrar o exame<br />

O Freelite® foi aprovado em<br />

2001 pelo FDA (Food and Drug<br />

Administration), aprovado<br />

pela ANVISA em 2010-11 e<br />

considerado biomarcador em<br />

2014 pelo Grupo Internacional<br />

de Trabalho do Mieloma, ou<br />

seja, é o exame de escolha para<br />

o diagnóstico e monitoramento<br />

do Mieloma Múltiplo e ainda<br />

outras gamopatias monoclonais.<br />

Após anos de padronização e<br />

validação, em 2006, foi lançado<br />

então o Freelite Mx®, com<br />

valores de referência específicos<br />

para as amostras de líquor; que<br />

também possibilita a utilização<br />

de amostras de soro e urina. O<br />

Mx, aliás, vem do termo em inglês<br />

“multiple matrix assays” (ensaios<br />

de matriz múltipla). Ambos<br />

utilizam a plataforma Optilite®<br />

para a análise automatizada dos<br />

testes. O exame está disponível<br />

no Laboratório Neurolife e no<br />

Laboratório Senne Liquor.<br />

Contato<br />

No blog da Binding Site você<br />

encontra outros artigos que explicam<br />

mais aspectos da Esclerose Múltipla.<br />

www.freelite.com.br<br />

www.bindingsite.com.br<br />

Para mais detalhes e informações sobre os<br />

produtos, contate-nos:<br />

Tel: +55 16 3415-2829<br />

Email: info@bindingsite.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

197


INFORME DE MERCADO<br />

QUALIDADE E SOLUÇÕES BIOTECNOLÓGICAS.<br />

Entregar soluções biotecnológicas<br />

de qualidade para a Saúde,<br />

olhando para o futuro e atendendo<br />

a satisfação dos clientes.<br />

No IBMP a melhoria de processos,<br />

produtos e resultados ocorre de<br />

forma contínua. Nossa responsabilidade<br />

é atender os requisitos<br />

regulatórios aplicáveis, desenvolvimento<br />

dos nossos colaboradores,<br />

com o meio-ambiente e o<br />

compromisso com a Alta Gestão.<br />

O Sistema de Gestão da Qualidade<br />

trabalha ativamente para garantir<br />

a execução das Boas Práticas de<br />

Fabricação de produtos médicos<br />

e diagnóstico in vitro, recomendadas<br />

pela Agência Nacional de<br />

Vigilância Sanitária (Anvisa).<br />

Entre os certificados que possuímos<br />

estão: Boas Práticas de<br />

Fabricação (Anvisa). Certificado<br />

de Qualidade em Biossegurança<br />

junto à Comissão Técnica Nacional<br />

de Biossegurança (CTNBio).<br />

Periodicamente, nossos processos<br />

são avaliados por equipes auditoras.<br />

Laboratório de Controle de Qualidade.<br />

Responsável por mensurar e<br />

analisar os insumos obtidos de<br />

fornecedores externos e aqueles<br />

desenvolvidos no Instituto. O objetivo<br />

é verificar se todos os produ-<br />

tos estão de acordo com o padrão<br />

pré-estabelecido.<br />

O IBMP conta com laboratórios de<br />

Físico-Química, Microbiologia e<br />

Biologia Molecular, onde são realizados<br />

diversos testes com o auxílio<br />

de equipamentos de última geração<br />

e profissionais qualificados.<br />

Conheça todos os nossos<br />

produtos acessando aqui:<br />

www.ibmp.org.br<br />

@ibmpsaude<br />

198 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


UM BOM INSTRUMENTO SÓ PODE SER USADO DA<br />

MELHOR MANEIRA COM ÓTIMOS ACESSÓRIOS E KITS”<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A HiMedia lançou os sistemas de<br />

extração automatizados baseados<br />

em esferas magnéticas - série Insta<br />

NX® Mag em 2020, logo no início<br />

da pandemia. As máquinas Insta<br />

NX® Mag32 e Mag96 foram instaladas<br />

em inúmeros laboratórios em<br />

todo o mundo. Desde o menor dos<br />

estandes de teste de COVID e laboratórios<br />

recém-criados, para centros<br />

privados e públicos. instalações de<br />

teste, os extratores Insta NX® Mag<br />

tornaram-se uma necessidade fundamental<br />

para acompanhar a carga<br />

de amostras em massa.<br />

A pandemia provocou uma revolução<br />

no campo da extração de ácidos<br />

nucleicos. A introdução do novo<br />

conceito de 'placas pré-preenchidas'<br />

trouxe uma reforma adicional<br />

na demanda por esses sistemas de<br />

extração automatizados. Esses kits<br />

têm todos os reagentes, incluindo<br />

grânulos magnéticos pré-dispensados<br />

nas placas. Dada a disponibilidade<br />

limitada de pessoal devido às<br />

normas do COVID, a enorme carga<br />

de amostras e o tempo gasto no pré-<br />

-processamento, essa ideia inovadora<br />

de placas pré-preenchidas ajudou<br />

a reduzir o tempo de pré-processamento<br />

e reduzir o TAT geral em 75%.<br />

Eventualmente, conforme o COVID<br />

diminuiu, a utilidade desses instrumentos<br />

foi inicialmente questionável<br />

com o declínio da carga de<br />

amostras. Na mesma época, a HiGenoMB®<br />

lançou o Insta NX® Mag16<br />

com capacidade de processamento<br />

de 16 amostras. O que tornou esse<br />

lançamento fascinante foi que, além<br />

das placas, o Insta NX® Mag16 pode<br />

processar até mesmo uma única<br />

amostra em um cartucho sem desperdiçar<br />

nenhum reagente ou material<br />

plástico. Os cartuchos pré-cheios<br />

HiPurA® são cartuchos individuais<br />

selados contendo reagentes para<br />

processar uma única amostra. Isso<br />

permite que os usuários finais usem<br />

a automação magnética para processar<br />

uma única amostra pela primeira<br />

vez. Acrescente-se a facilidade<br />

de utilização dos cartuchos, pois os<br />

técnicos apenas têm de adicionar<br />

a amostra, carregá-la na máquina e<br />

executar. Dependendo da carga da<br />

amostra, pode-se alternar facilmente<br />

entre placas e cartuchos.<br />

Dada a aceitabilidade e a enorme<br />

demanda por cartuchos pré-cheios,<br />

também projetamos o mesmo para<br />

Mag32, Mag32 PRO para clientes<br />

existentes usarem essas máquinas<br />

de acordo com a carga de amostra.<br />

Isso também impulsionará a indústria<br />

clínica e especialmente os laboratórios<br />

de patologia a fazer parte<br />

dessa transformação para a automação<br />

molecular. A equipe técnica<br />

da HiGenoMB®, a ala de biologia<br />

molecular da HiMedia, também tem<br />

trabalhado de perto na expansão do<br />

portfólio de produtos moleculares<br />

com kits de extração automatizados<br />

para as indústrias de sequenciamento,<br />

educação, forense, veterinária,<br />

alimentícia, biofarmacêutica e de<br />

pesquisa que já atendemos.<br />

HiMedia Laboratories<br />

www.himedialabs.com<br />

T : +55-11 981141515 | E : rgarcia@<br />

himedialabs.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

199


INFORME DE MERCADO<br />

CL-900I – ANALISADOR DE IMUNOENSAIO POR<br />

QUIMIOLUMINESCÊNCIA<br />

CL-900i – ANALISADOR DE IMUNOENSAIO<br />

POR QUIMIOLUMINESCÊNCIA<br />

Especificações Técnicas<br />

• Dimensão: 860mm*740mm*560mm (L*P*A)<br />

• Peso: 145Kg<br />

Desempenho<br />

• Até <strong>180</strong> testes/hora;<br />

• M<strong>edição</strong> em plataforma de partículas<br />

superparamagnéticas de mícron com reagentes<br />

marcados com ALP e substrato AMPPD;<br />

• Portfólio com 16 painéis de testes com mais<br />

de 70 parâmetros.<br />

Unidade de amostras<br />

• Carregamento contínuo de amostras;<br />

• 50 Posições de amostra;<br />

• Probe de aço com detecção de nível de líquido, detecção<br />

de coágulos e proteção contra colisão horizontal e vertical;<br />

• Volume de amostra 10~200ul;<br />

• Diluição automática com 1:2~1:40.<br />

Unidade de reagentes<br />

• 15 posições de reagente;<br />

• Carregamento contínuo e homogeneização em tempo real<br />

das partículas magnéticas;<br />

• Sistema de refrigeração 2~8 °C;<br />

• Apresentação dos reagentes: 50 ou 100 testes por embalagem;<br />

• Leitor de código de barras interno e externo;<br />

• Probe de aço com detecção de nível de líquido, de coágulos<br />

e proteção contra colisão horizontal e vertical;<br />

200 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


INFORME DE MERCADO<br />

Sistema de substrato<br />

• Frascos com apresentação de 300 ou 500 testes com<br />

perfuração na parte inferior do frasco. Quantitativo real<br />

e não aproximado;<br />

• Capacidade de carregamento contínuo durante o teste;<br />

• Aquecimento constante do substrato;<br />

Sistema de m<strong>edição</strong> e reação<br />

• Modo de detecção: Contagem de fótons<br />

• Detector de sinal: Contador de fótons do fotomultiplicador<br />

(PMT);<br />

• Calibração do PMT: Módulo de referência LED;<br />

• 82 Posições de incubação;<br />

• Temperatura 37±0.3 °C;<br />

• Homogeneização por vórtex em sistema fechado.<br />

Carregamento de cubetas e coletor de resíduos<br />

• Cubetas de plástico descartável, 88 cubetas por bandeja;<br />

• Equipamento possui 2 bandejas de cubetas com carregamento<br />

contínuo;<br />

• Caixa coletora de resíduos – capacidade de 200 cubetas<br />

por caixa.<br />

Contato: Ana Carolina Santos<br />

Gerente de Produto - IVD<br />

E-mail: acarolina.santos@mindray.com<br />

Mobile/WhatsApp: +55 11 96434 1166<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

201


INFORME DE MERCADO<br />

DB TOXICOLÓGICO PROCESSOU MAIS DE 2 MILHÕES<br />

DE EXAMES DE LARGA JANELA DE DETECÇÃO DESDE A<br />

EXIGÊNCIA PARA MOTORISTAS PROFISSIONAIS<br />

Foco do laboratório está em manter a agilidade e a precisão na entrega de<br />

laudos diante das novas demandas do mercado<br />

O DB Toxicológico, que faz parte<br />

do complexo DB Diagnósticos,<br />

líder no segmento de apoio<br />

laboratorial no país, alcançou a<br />

marca de mais de 2 milhões de<br />

Exames Toxicológico de Larga<br />

Janela de Detecção (Toxicológico<br />

do Cabelo) realizados nos últimos<br />

anos. Na unidade produtiva, inaugurada<br />

em abril de 2022, e que<br />

está localizada em Sorocaba-SP, a<br />

equipe trabalha constantemente<br />

para manter o alto padrão da sua<br />

capacidade produtiva diante das<br />

exigências do Contran (Conselho<br />

Nacional de Trânsito) e a certificação<br />

ISO 17 025 do Inmetro.<br />

Carro-chefe do portfólio oferecido<br />

pelo DB Toxicológico, o Exame<br />

Toxicológico de Larga Janela<br />

de Detecção é um procedimento<br />

laboratorial que tem como objetivo<br />

identificar a presença de<br />

substâncias psicoativas no organismo,<br />

por um período mínimo<br />

de 90 dias.<br />

Para a gerente de produto do<br />

laboratório, Ana Prata, o volume<br />

de exames produzidos pelo DB<br />

nos últimos anos representa, principalmente,<br />

que o foco da equipe<br />

está em liberar para o mercado<br />

laudos com alto rigor de qualidade.<br />

“Nosso maior compromisso é<br />

fornecer resultados que garantam a<br />

segurança nas estradas, contribuindo<br />

com a redução de acidentes nas<br />

rodovias brasileiras”, afirma Ana.<br />

Ela ainda destaca que o DB Toxicológico<br />

se diferencia das outras<br />

empresas nessa mesma linha de<br />

análise por ter uma Unidade Produtiva<br />

com capacidade de produção<br />

mensal superior a 100 mil exames;<br />

ampla rede de laboratórios<br />

credenciados, sendo mais de 4 mil<br />

Postos de Coleta (PCL) em todo<br />

Brasil; logística diária em mais<br />

202 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


de 3 mil cidades; além de contar<br />

com especialistas de produtos<br />

para treinamento do PCL e uma<br />

inteligência de mercado focada<br />

para atuar no impulsionamento<br />

dos laboratórios parceiros.<br />

Para Ana, esse mercado tem alto<br />

potencial de ampliação para<br />

demais categorias de habilitação<br />

CNH e exigências dessa análise<br />

para outros tipos de profissionais<br />

que não apenas os motoristas.<br />

“Apenas laboratórios comprometidos<br />

com a qualidade do exame e o<br />

cumprimento das normas Inmetro<br />

e Contran devem permanecer nesse<br />

segmento”, avalia.<br />

Na esteira desses avanços da<br />

Medicina Laboratorial, o DB Toxicológico<br />

vem se destacando no<br />

mercado pela inovação. Segundo<br />

a supervisora forense da unidade,<br />

Milena Suzuki, as novas tecnologias<br />

de instrumentação proporcionam<br />

rotas analíticas de preparo<br />

Janela Detecção no Brasil e que<br />

INFORME DE MERCADO<br />

de amostras menos complexas e<br />

com menor tempo.<br />

“As primeiras metodologias de análise<br />

forense apresentavam tempo<br />

de preparo superior a 15 horas.<br />

Atualmente, este tempo se reduz<br />

a, no mínimo, 50% com as novas<br />

técnicas”, explica.<br />

Outro aspecto importante é que,<br />

por meio de um setor regulatório<br />

interno, a equipe monitora<br />

diariamente as alterações no que<br />

diz respeito às leis do Código de<br />

Trânsito Brasileiro, especialmente,<br />

no que se refere aos exames<br />

de Toxicologia, bem como aos<br />

demais temas que englobam as<br />

Análises Clínicas.<br />

Além disso, o laboratório participa<br />

da Associação Brasileira de Toxicologia<br />

(ABTox), formada pelos<br />

principais laboratórios nacionais<br />

de Exame Toxicológico de Larga<br />

defende os interesses de segurança<br />

no trânsito e como atuar de<br />

maneira a atender aos requisitos<br />

do CONTRAN e do Inmetro.<br />

Exigência do exame - Regulamentado<br />

pela Lei Federal nº<br />

13.103/2015, o Exame Toxicológico<br />

do cabelo é obrigatório para a<br />

emissão e a renovação da Carteira<br />

Nacional de Habilitação (CNH) nas<br />

categorias C, D e E, e na pré-admissão<br />

e desligamento de motoristas<br />

contratados pelo regime<br />

CLT. Recentemente, uma nova lei<br />

foi sancionada (Lei nº 14.599/23),<br />

a qual traz na íntegra as principais<br />

mudanças na legislação do CTB e<br />

que também impactam a realização<br />

desse tipo de exame.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

203


INFORME DE MERCADO<br />

AVANÇOS NO DESENVOLVIMENTO DE<br />

ANTIMICROBIANOS PARA RESITÊNCIA MICROBIANA.<br />

Na <strong>edição</strong> de Julho de 2020 da<br />

atualização de notícias, do “Clinical<br />

& Laboratory Standards Institute”<br />

(CLSI), o cefiderocol foi discutido<br />

para inclusão de uso, requisitos<br />

para testes e outras mais.<br />

Desde então, vários novos desenvolvimentos<br />

ocorreram nos testes<br />

de cefiderocol.<br />

Laboratórios de Microbiologia<br />

podem contar com a Plastlabor,<br />

distribuidora exclusiva da Liofilchem®<br />

no Brasil, para esses agentes<br />

que vem sendo desenvolvidos com<br />

características únicas para superar<br />

alguns mecanismos de resistência<br />

em microrganismos MDR.<br />

Cefiderocol MTS 0.016-256 μg/mL<br />

Aztreonam-avibactam MTS<br />

0.016/4-256/4 μg/mL<br />

Embalagem com 10 tiras embaladas<br />

individualmente/caixa<br />

Embalagem com 30 tiras embaladas<br />

individualmente/caixa<br />

Embalagem com 10m tiras/caixa<br />

Cefiderocol é uma cefalosporina<br />

siderófora injetável aprovada pela<br />

“Food and Drug Administration”<br />

(FDA) dos EUA em Novembro de<br />

2019 para o tratamento de infecções<br />

complicadas do trato urinário<br />

causadas por selecionadas Enterobacterales<br />

e P.aeruginosa.<br />

Embalagem com 10 tiras embaladas<br />

individualmente/caixa<br />

Embalagem com 30 tiras embaladas<br />

individualmente/caixa<br />

Embalagem com 10m tiras/caixa<br />

Em Abril de 2020, o Comité de Produtos<br />

Médicos para Uso Humano<br />

(CMPH) da Agência Europeia de<br />

Medicamentos (EMA) autorizou<br />

o cefiderocol para uso médico no<br />

tratamento de infecções causadas<br />

por bacilos Gram-negativos aeróbios<br />

em adultos com opções de<br />

tratamento limitadas.<br />

Em Setembro de 2020, o cefiderocol<br />

foi aprovado pelo FDA para<br />

indicação adicional para tratamento<br />

de pneumonia bacteriana<br />

adquirida em hospital e pneumonia<br />

bacteriana associada à ventilação<br />

mecânica para os complexos<br />

Enterobacterales, P. aeruginosa e<br />

Acinetobacter baumannii. Os pontos<br />

de corte do cefiderocol no CLSI<br />

são considerados investigacionais<br />

(INV) porque ainda não foi aprovado<br />

em sua totalidade pela “Food<br />

and Drug Administration” (FDA)<br />

dos EUA para uso clínico.<br />

Laboratórios de Microbiologia<br />

já podem contar com uma fita<br />

de gradiente de concentração<br />

combinada, onde economizando<br />

tempo e recursos financeiros, não é<br />

necessário teste de sinergismo com<br />

uma fita de AZTREONAM e uma<br />

fita de CEFTAZIDIME-AVIBACTAM,<br />

pois já se encontra disponível para<br />

comercialização uma única fita<br />

combinada com os antimicrobianos<br />

AZTREONAM+ AVIBACTAM.<br />

Artigos para referência:<br />

In Vitro Activity of the Siderophore Cephalosporin,<br />

Cefiderocol, against Carbapenem-<br />

-Nonsusceptible and Multidrug-Resistant<br />

Isolates of Gram-Negative Bacilli Collected<br />

Worldwide in 2014 to 2016<br />

Aztreonam-Avibactam Susceptibility Testing<br />

Program for Metallo-Beta-Lactamase-Producing<br />

Enterobacterales in the Antibiotic<br />

Resistance Laboratory Network, March 2019<br />

to December 2020<br />

Para saber mais sobre esse e<br />

outros produtos entre em contato<br />

com a nossa equipe comercial.<br />

www.plastlabor.com.br<br />

plabor@plastlabor.com.br<br />

Suporte/RJ: (21) 2501 0888<br />

Suporte/SP: (11) 3862 9008<br />

204 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


INFORME DE MERCADO<br />

Nós do LABORATÓRIO SCS temos um compromisso<br />

diário com o bem-estar do nosso paciente<br />

O atendimento humanizado, no conforto do seu<br />

lar é tão essencial quanto a tecnologia e sistemas<br />

de gestão em atendimento.<br />

Por isso, desenvolvemos uma expertise em atendimento<br />

domiciliar!<br />

Essa relação de confiança entre o paciente e o<br />

profissional do atendimento, demonstra a satisfação<br />

e o cuidado dedicado.<br />

Nossa equipe de agendamento está pronta, cordial<br />

e acolhedora para entender as necessidades<br />

dos pacientes!<br />

Nosso paciente tem tratamento individualizado,<br />

respeitando sua intimidade e às diferenças com<br />

muita ética.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

205


INFORME DE MERCADO<br />

MORFOLOGIA CELULAR DIGITAL CELLAVISION:<br />

UM CONCEITO FLEXÍVEL PARA LABORATÓRIOS DE<br />

HEMATOLOGIA DE TODOS OS TAMANHOS<br />

Quinze anos atrás, a CellaVision<br />

introduziu a automação e a<br />

imagem digital na contagem<br />

diferencial de leucócitos, criando<br />

assim o que hoje é conhecido<br />

como Morfologia Celular Digital.<br />

Hoje, oferecemos uma família de<br />

produtos que formam um conceito<br />

de automação exclusivo e<br />

flexível que ajuda os gestores de<br />

laboratório a enfrentar os principais<br />

desafios associados à análise<br />

morfológica de células.<br />

A CellaVision conta com três<br />

modelos de equipamentos, de<br />

acordo com o volume de amostras<br />

da rotina. O DM9600 é ideal para<br />

laboratórios de alto volume de<br />

exames, sendo capaz de processar<br />

trinta lâminas por hora. Já o modelo<br />

DM1200 é ideal para rotinas de<br />

médio tamanho, processando 20<br />

lâminas por hora. O modelo DC-1<br />

é ideal para laboratórios de baixo<br />

ou médio volume de amostras.<br />

Ele processa uma lâmina por vez,<br />

sendo capaz de analisar em média<br />

10 lâminas por hora.<br />

Com a lâmina já pronta, confeccionada<br />

e corada, o microscópio<br />

automatizado embutido no sistema<br />

busca pela monocamada, que<br />

é a região ideal para se realizar a<br />

contagem diferencial de leucócitos.<br />

Em seguida, o sistema localiza<br />

e fotografa centenas de leucócitos<br />

e eritrócitos. As características<br />

morfológicas de cada elemento<br />

figurado são extraídas e processadas<br />

em uma rede neural artificial,<br />

isto é, o sistema utiliza inteligência<br />

artificial para pré classificar todos<br />

os leucócitos e pré caracterizar os<br />

glóbulos vermelhos.<br />

Na última etapa, o sistema apresenta<br />

de forma ordenada todas<br />

as células já pré-classificadas na<br />

tela do computador, em imagens<br />

de altíssima resolução, onde o<br />

analista somente terá de revisar<br />

o resultado e reclassificar, se<br />

necessário, as células que ele<br />

não está de acordo.<br />

Todo este processo economiza<br />

um precioso tempo dentro do<br />

laboratório, incrementando a<br />

produtividade de forma significativa,<br />

reduzindo resultados<br />

falso-negativos e melhorando a<br />

consistência da análise.<br />

Ainda, é possível acessar remotamente<br />

sua base de dados<br />

e revisar lâminas à distância,<br />

recurso importantíssimo nos dias<br />

de hoje, sobretudo para redes<br />

de laboratórios com mais de um<br />

centro técnico operacional, o que<br />

aumenta ainda mais a produtividade<br />

laboratorial e o uso racional<br />

de recursos humanos.<br />

Saiba mais em www.cellavision.com/pt-BR<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market Support<br />

Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

206 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


LÂMINA K-CELL EXACTA E LÂMINA K-CELL PERFECTA<br />

A Perfecta é reconhecida no mercado<br />

pela qualidade e pioneirismo<br />

na produção, comercialização<br />

e distribuição de produtos<br />

para laboratórios para as mais<br />

diversas aplicações, nacionais e<br />

importados.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Líder no mercado na produção<br />

de lâminas e lamínulas, a Perfecta<br />

conta com uma ampla gama<br />

de produtos para microscopia.<br />

E foi pensando em atender as<br />

diferentes necessidades de seus<br />

clientes que a Perfecta ampliou<br />

seu portfólio de lâminas e lança<br />

a nova Lâmina K-Cell Exacta.<br />

As lâminas K-Cell foram projetadas<br />

para realizar as análises do<br />

sedimento urinário ao microscópio<br />

com mais precisão, uniformidade<br />

e segurança. Sua estrutura,<br />

com 10 câmaras independentes,<br />

torna as análises muito simples e<br />

prática evitando possível contaminação<br />

entre amostras e facilitando<br />

a contagem de células das<br />

amostras de urina.<br />

A Perfecta conta com 2 modelos<br />

de lâmina K-Cell:<br />

- K-Cell Perfecta: com 2 séries<br />

de 9 círculos, os exames podem<br />

ser feitos a partir de 10 ou 12 ml<br />

de urina concentrados.<br />

- K- Cell Exacta: possui sistema<br />

de contagem equivalente a<br />

outras câmaras como Neubauer,<br />

Burker, Thoma-Zeiss onde a grade<br />

de contagem é quadrada. Os<br />

cálculos podem ser feitos a partir<br />

de 10 ml de urina concentrados.<br />

Com uma tradição de mais de<br />

60 anos no mercado, a Perfecta<br />

está em constante inovação<br />

buscando oferecer produtos de<br />

alta qualidade para um mercado<br />

bastante exigente.<br />

Os nossos representantes e<br />

distribuidores estão em todo o<br />

território nacional.<br />

Acesse o nosso site e descubra tudo<br />

o que temos para te oferecer.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

207


INFORME DE MERCADO<br />

NOVOS MANUAIS E GUIAS GRATUITOS DO PNCQ<br />

Evidenciando o comprometimento<br />

com a atualização científica dos<br />

seus Associados, em 2023 o PNCQ<br />

lançou novos materiais, disponíveis<br />

para download gratuito em<br />

seu website. Confira:<br />

· Manual do Laboratório Participante<br />

– com detalhes dos programas<br />

de controle externo da<br />

PNCQ, com amplo material relacionado<br />

à fase pré-analítica, entre<br />

outros conteúdos.<br />

· Manual de Coleta – elaborado e<br />

revisado pelo Assessor Científico<br />

em Hematologia, Dr. Marcos Kneip<br />

Fleury, reúne as principais recomendações<br />

PRO-IN em Tempo de sociedades Real gratuito científicas<br />

nacionais e internacionais<br />

· Manual da Marca PNCQ – disponibiliza<br />

os logos oficiais do PNCQ e<br />

as regras para a sua utilização, para<br />

que os Laboratórios Participantes<br />

utilizem em seus laudos e suas<br />

divulgações em suas redes sociais,<br />

assegurando a manutenção das<br />

características e padrões do PNCQ.<br />

· RDC 786:2023 Comentada pelos<br />

qualidade (PRO-EX) disponíveis,<br />

incluindo o processamento correto<br />

das amostras-controle e análise<br />

das avaliações mensais, além das<br />

metodologias de avaliação, gráfico<br />

de tendência e análise de desvio<br />

relativo à média (DRM), PRO-IN<br />

em Tempo Real, Indicadores de<br />

Desempenho e documentos comprobatórios<br />

para o laboratório clínico<br />

evidenciar seu atendimento à<br />

legislação sanitária.<br />

acerca O Programa dos Nacional procedimentos de Controle de Qualidade que oferece Assessores a ferramenta Científicos PRO-IN em do Tempo PNCQ Real –<br />

gratuitamente a todos os laboratórios que adquirem as amostras para controle interno da<br />

envolvem qualidade – PRO-IN, a coleta sejam e Laboratórios o transporte Participantes com do a PNCQ, íntegra ou não, da através legislação, de um acrescentada<br />

de comentários e descri-<br />

cadastro simples.<br />

de amostras biológicas.<br />

O PRO-IN em Tempo Real é uma ferramenta que auxilia os laboratórios na elaboração e na<br />

avaliação de seu controle interno. Com navegação ção acelerada de e evidências, inserção de valores para facilitada, permitir<br />

disponibiliza, entre outros:<br />

·• Catálogo Gráfico de de Produtos Levey Jennings – oferece automático a aos laboratórios o atendimento<br />

linha • completa Regras de Westgard de programas podem ser para personalizadas aos pelo requisitos seu laboratório técnico-sanitários<br />

controle • Média, externo Desvio Padrão da (DP) qualidade e Coeficiente de relacionados Variação (CV%) automáticos ao seu funcionamen-<br />

• Possibilidade de comparar seu desempenho com o de outros usuários<br />

(PRO-EX) e amostras para controle to, além da indicação de documentos<br />

Instituição modelo Acreditadora do software PNCQ<br />

• Resultados e gráficos podem ser impressos ou arquivados por tempo indefinido, à<br />

interno disposição da qualidade fiscalização da (PRO-IN), Vigilância Sanitária Pai-<br />

ou Ges-<br />

néis Facilite e a informações implantação do gerais. Controle Interno de Qualidade tor em no seu atendimento Laboratório. Fornecemos a esta norma. um<br />

amplo menu de amostras para controle com qualidade certificada!<br />

Baixe agora o Catálogo de Produtos 2022, escolha as amostras do PRO-IN necessárias para a<br />

sua rotina e utilize o PRO-IN em Tempo Real. É GRÁTIS<br />

· Garantia da Qualidade no Laboratório<br />

Clínico – livro de autoria<br />

do Dr. José Abol Corrêa, fundador<br />

e atual diretor administrativo do<br />

Telefone: (21) 3172-7100 | 25696867<br />

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Rua Vicente Licíneo, 193 - Tijuca - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20270-340<br />

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Linkedin: /pncq-oficial<br />

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208 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


PROCURANDO UMA SOLUÇÃO COMPLETA PARA POINT<br />

OF CARE?<br />

Procurando uma solução completa<br />

para point of care? Apresentamos<br />

nosso Analisador Portátil Multifunção<br />

iCare 2100.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Com tecnologia avançada, ele analisa<br />

bioquímica, coagulação, HbA1c,<br />

hormônios e proteínas em um único<br />

dispositivo, oferecendo resultados<br />

precisos em minutos.<br />

O procedimento de realização de<br />

exames é muito simples, basta<br />

acoplar o cartucho com a amostra<br />

inserida dentro do analisador e<br />

automaticamente a leitura QRCODE<br />

do teste é lida e o processo da análise<br />

inicia automaticamente.<br />

• Resultados Rápidos: Varia entre 3<br />

e 15 minutos, otimizando o atendimento<br />

médico.<br />

• Econômico: Sem custos adicionais<br />

com consumíveis e manutenções<br />

diárias.<br />

• Tela Touchscreen de 9.7": Interface<br />

intuitiva para fácil operação.<br />

• Conexão Versátil: Wi-Fi e portas<br />

USB, RS e LAN para facilitar a integração<br />

em seu ambiente de trabalho.<br />

• Fácil de Usar, Rápido e Econômico:<br />

Otimize o fluxo de trabalho<br />

e a qualidade do diagnóstico com<br />

nossa solução inovadora. Melhore<br />

a eficiência do seu laboratório ou<br />

clínica com o Analisador iCare 2100.<br />

• Múltiplas Amostras: sangue total,<br />

soro e plasma.<br />

• Diversidade de Testes: Amplo menu<br />

de testes, incluindo marcadores cardíacos,<br />

coagulação, diabetes, inflamação,<br />

imunoglobulina, fator reumatoide e<br />

muito mais.<br />

• Memória Ampla: Armazena até<br />

8000 resultados de amostra para<br />

análises detalhadas.<br />

• Confiança Total: Utiliza o<br />

mesmo princípio de teste dos<br />

laboratórios centrais, garantindo<br />

resultados precisos.<br />

Contatos<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

209


INFORME DE MERCADO<br />

COM DESIGN COMPACTO, O SISTEMA DE PURIFICAÇÃO<br />

E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA CENTRA, ATENDE DEMANDA<br />

DE ATÉ DEZ MIL LITROS DIA DE ÁGUA PURA<br />

Líder mundial na prestação de serviços<br />

relacionados ao tratamento<br />

de água e efluentes líquidos, a Veolia<br />

Water disponibiliza a tecnologia<br />

CENTRA, capaz de abranger toda<br />

cadeia de produção de água pura,<br />

produzindo e distribuindo de forma<br />

automatizada.<br />

Pertencente à linha ELGA Labwater,<br />

o CENTRA revoluciona a forma<br />

com que expressivos volumes de<br />

água pura são produzidos, armazenados<br />

e distribuídos. Ao invés<br />

do laboratório ter um sistema tradicional<br />

e deficiente em componentes,<br />

tubulações e armzenagem,<br />

agora você pode ter apenas um sistema<br />

integrado e completo.<br />

O CENTRA-R60 e o CENTRA-R120<br />

são sistemas completos de purificação,<br />

armazenamento, controle<br />

e distribuição de água que fornecem<br />

até 120 litros por hora de água<br />

que foi purificada usando osmose<br />

reversa, lâmpada UV, deionização<br />

opcional e filtração de 0,2 μm.<br />

O CENTRA R60 e o CENTRA R120<br />

fornecem água Tipo II e Tipo III<br />

para alimentar lavadoras grandes,<br />

sistemas de ultrapurificação de<br />

água e distribuição com pontos<br />

para aplicações gerais de laboratório.<br />

Eles podem fornecer até<br />

120 litros por hora de água que foi<br />

purificada usando uma variedade<br />

de tecnologias.<br />

Dentre diversas caracteristicas<br />

do sistema, podemos destacar:<br />

• O design compacto oferece<br />

opções de instalação flexíveis<br />

para novos edifícios e reformas. As<br />

dimensões reduzidas do CENTRA<br />

significa que ele pode ser colocado<br />

perto das áreas de trabalho, evitando<br />

custos negativos e implicações<br />

de design de tubulações desnecessariamente<br />

longas<br />

• Fornecimento confiável e contínuo<br />

de água pura usando controles<br />

de acesso exclusivos, sistemas<br />

de detecção de vazamentos e<br />

alarmes AV completos com conectividade<br />

opcional de sistema de<br />

gerenciamento predial (BMS).<br />

• Pureza otimizada da água através<br />

do uso de lâmpada UV em linha,<br />

deionização e filtração de 0,2 μm<br />

• A sanitização rápida e fácil garante<br />

que a pureza ideal seja mantida<br />

durante toda a vida útil do sistema.<br />

Contate nossos especialistas<br />

para agendar uma visita:<br />

marketingbr@veolia.com<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel.+55 11 97675 0943<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

210 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

211


INFORME DE MERCADO<br />

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA EM URINÁLISE: O PODCAST<br />

DA SYSMEX QUE VOCÊ PRECISA OUVIR<br />

Aprenda mais sobre doenças,<br />

infecções, dismorfismo, automação<br />

e outros temas<br />

A Sysmex, referência mundial<br />

em urinálise, deu mais um passo<br />

inovador em direção à educação e<br />

atualização continuada com o lançamento<br />

do Sysmex Experience<br />

Podcast na plataforma Spotify.<br />

O novo podcast traz especialistas<br />

para falar sobre tecnologia e inovação<br />

no segmento da urinálise,<br />

compartilhando dicas e conhecimentos<br />

atualizados que podem<br />

ser aplicados no dia a dia pelos<br />

profissionais da saúde.<br />

O episódio inaugural destaca<br />

"Os benefícios da tecnologia<br />

de citometria de fluxo aplicada<br />

ao teste de urina", e conta com a<br />

participação do doutor Gianfranco<br />

Zampieri, médico patologista clínico,<br />

diretor médico da Salomão e<br />

Zoppi, e gerente de projetos médicos<br />

da DASA, a maior rede de saúde<br />

integrada do Brasil. Zampieri tem<br />

mais de 40 anos de experiência em<br />

diagnóstico laboratorial.<br />

Também participa da conversa o<br />

Especialista em Marketing de Produto<br />

na Sysmex, Leonardo Pimentel,<br />

que tem grande experiência<br />

nas áreas da urinálise, citometria<br />

de fluxo e onco-hematologia.<br />

Entre os assuntos abordados em<br />

outros episódios estão uma visão<br />

da importância do diagnóstico<br />

precoce da doença renal crônica,<br />

da infecção do trato urinário e do<br />

câncer de bexiga, os crescentes<br />

desafios da resistência antimicrobiana,<br />

o dismorfismo eritrocitário,<br />

a questão dos fluidos corporais<br />

ou fluidos biológicos, e o<br />

papel e os avanços da automação<br />

no campo laboratorial.<br />

Esse leque de temas reforça o<br />

compromisso do podcast em<br />

oferecer uma visão abrangente<br />

e atualizada para profissionais<br />

que buscam aprimorar os seus<br />

conhecimentos.<br />

"Compartilhar conhecimento é a<br />

chave para avanços contínuos em<br />

qualquer campo, especialmente na<br />

área da saúde. O Sysmex Experience<br />

Podcast oferece uma oportunidade<br />

única para que os profissionais da<br />

saúde aprendam mais sobre urinálise<br />

e assimilem novas descobertas e dicas<br />

que podem ser aplicadas em suas<br />

rotinas diárias”, pontua Fabio Cunha,<br />

Gerente de Produto na Sysmex.<br />

Ouça os episódios disponíveis<br />

escaneando o QR code, acessando<br />

sysmex-latam.com/spotify ou faça<br />

uma busca pela palavra “Sysmex”<br />

dentro da plataforma Spotify.<br />

212 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


CONHEÇA O GRUPO ONMNIA, FORMADO PELAS<br />

EMPRESAS GT GROUP, VIDA BIOTECNOLOGIA,<br />

RENYLAB E QUOKKA!<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O Grupo ONmnia, um ecossistema<br />

completo de soluções em saúde<br />

com foco no diagnóstico in vitro,<br />

integra diversos elos da cadeia em<br />

que atua. Cada empresa possui sua<br />

especialidade, mas todas estão<br />

unidas por um propósito comum:<br />

promover a saúde e o bem-estar<br />

por meio da prevenção.<br />

Operamos de maneira integrada.<br />

Nossas marcas, equipes e soluções<br />

funcionam em conjunto,<br />

com um pensamento interligado<br />

e colaborativo, visando fornecer<br />

soluções abrangentes. Isso não<br />

apenas agiliza as respostas, mas<br />

também simplifica processos e<br />

otimiza o setor de saúde.<br />

Essa colaboração reflete nosso<br />

compromisso em nos tornarmos<br />

uma referência sólida no mercado<br />

de biotecnologia e saúde no Brasil.<br />

Estamos alinhados para consolidar<br />

essa posição por meio de nosso<br />

empenho conjunto e da dedicação<br />

contínua à excelência.<br />

Saiba mais sobre cada uma das<br />

empresas do grupo:<br />

A GT Group tem se consolidado<br />

como sinônimo de inovação e<br />

tecnologia. O atendimento qualificado<br />

e personalizado aos nossos<br />

clientes e distribuidores, tem nos<br />

conferido um caráter de referência.<br />

Temos uma das linhas de produtos<br />

mais completa do mercado<br />

brasileiro, com um portfólio que<br />

contempla mais de dez segmentos<br />

de insumos laboratoriais.<br />

Fundada em novembro de 2009, a<br />

Vida Biotecnologia se destaca no<br />

mercado de reagentes e equipamentos<br />

para diagnósticos in vitro<br />

com uma participação considerável<br />

no mercado nacional. Seu amplo<br />

portfólio de produtos permite<br />

atender às necessidades dos mais<br />

variados portes de laboratórios.<br />

A RENYLAB foi fundada em 1995,<br />

em Barbacena, pelo farmacêutico-bioquímico<br />

Renê Vaz de Mello<br />

e, desde então, segue sua história<br />

de sucesso em desenvolver<br />

produtos eficientes para análises<br />

clínicas. Nosso fundador foi o responsável<br />

por elaborar o URETEST®<br />

- o primeiro teste diagnóstico de<br />

urease, na forma líquida, para<br />

detecção da bactéria Helicobacter<br />

pylori em mucosa gástrica, a<br />

ser introduzido e comercializado<br />

no mercado brasileiro.<br />

A Quokka Saúde Animal é a mais<br />

recente adição do portfólio ONmnia,<br />

contribuindo para tornar o<br />

grupo ainda mais completo no<br />

mercado brasileiro do segmento<br />

de saúde em diagnóstico in vitro.<br />

Ela estreou no mercado veterinário<br />

oferecendo uma ampla gama<br />

de soluções, incluindo linhas de<br />

hematologia, bioquímica, gasometrica,<br />

coagulação, urinálise, coleta<br />

de reagentes, infusão e EPI.<br />

www.onmnia.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

213


INFORME DE MERCADO<br />

COMO O TESTE DA BECKMAN PODE AUXILIAR NA REDUÇÃO<br />

DE BIÓPSIAS DESNECESSÁRIAS E GASTOS EXTRAS.<br />

O câncer de próstata, tipo mais comum<br />

entre os homens, é a causa<br />

de morte de 28,6% da população<br />

masculina que desenvolve neoplasias<br />

malignas. No Brasil, um homem<br />

morre a cada 38 minutos devido<br />

ao câncer de próstata, segundo os<br />

dados mais recentes do Instituto<br />

Nacional do Câncer (INCA). Na fase<br />

inicial, o câncer de próstata não<br />

apresenta sintomas e quando alguns<br />

sinais começam aparecer, cerca<br />

de 95% dos tumores já estão em<br />

fase avançada, dificultando o tratamento<br />

antecipado e possível cura.<br />

O diagnóstico precoce do câncer de<br />

próstata ajuda no tratamento adequado<br />

do paciente. Mesmo na ausência<br />

de sintomas, homens a partir<br />

dos 45 anos com fatores de risco, ou<br />

50 anos sem estes fatores, devem ir<br />

ao urologista para conversar sobre<br />

o exame de toque retal, que permite<br />

ao médico avaliar alterações<br />

da glândula, como endurecimento<br />

e presença de nódulos suspeitos, e<br />

sobre o exame de sangue PSA (antígeno<br />

prostático específico).<br />

Cerca de 20% dos pacientes com<br />

câncer de próstata são diagnosticados<br />

somente pela alteração no toque<br />

retal. Outros exames poderão<br />

ser solicitados se houver suspeita<br />

de câncer de próstata, como as biópsias,<br />

que retiram fragmentos da<br />

próstata para análise, guiadas pelo<br />

ultrassom transretal.<br />

O teste do antígeno específico da<br />

próstata (PSA) é amplamente utilizado<br />

como uma ferramenta de rastreamento<br />

do câncer de próstata.<br />

Existem algumas coisas importantes<br />

a serem observadas sobre o teste de<br />

PSA: PSA não é um marcador específico<br />

do câncer. Como tal, existem<br />

considerações sobre o teste de PSA:<br />

• As concentrações de PSA não são<br />

evidências definitivas da presença<br />

ou ausência de câncer de próstata;<br />

• PSA elevado pode não indicar<br />

câncer;<br />

NOVEMBRO<br />

AZUL<br />

NA BECKMAN<br />

• PSA também está presente em<br />

Teste da Beckman pode auxiliar na redução de<br />

biopsias desnecessárias e gastos extras<br />

condições não cancerosas, como<br />

hiperplasia benigna da próstata;<br />

No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do<br />

Instituto Nacional do Câncer (INCA). Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns<br />

sinais começam aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.<br />

• Os níveis de PSA são afetados por<br />

A ferramenta p2PSA por quimioluminescência, oferecida pela Beckman Coulter é capaz de reduzir o número de biópsias<br />

negativas e proporcionar decisões mais confiáveis, em questão de minutos. A ideia é tornar o processo de diagnóstico<br />

mais rápido através de um exame de sangue mais simples e, consequentemente, diminuir o número de biópsias<br />

desnecessárias e melhorar os índices de diagnóstico na fase inicial da doença.<br />

prostatite aguda e crônica, bem<br />

Quando as medições de p2PSA são combinadas com os testes da Beckman PSA e PSA livre, o índice resultante<br />

demonstra uma melhora significativa na especificidade clínica para detecção do câncer de próstata, em relação ao PSA<br />

isolado, em homens com 50 anos de idade ou mais, com uma faixa de PSA de 2-10 ng/mL e sem achados suspeitos no<br />

exame de toque retal. Este índice resulta em uma probabilidade de câncer de próstata na biópsia do paciente, é<br />

conhecido como Índice de Saúde da Próstata ou phi. O phi aumenta a especificidade porque é uma combinação de três<br />

isoformas diferentes de PSA: PSA Total, PSA Livre e [-2] pro PSA.<br />

como por trauma físico e inflamação;<br />

• A precisão do teste de PSA tem sido<br />

A Beckman Coulter, empresa inovadora, é parceira do laboratório e do médico na triagem do paciente com suspeita de<br />

câncer de próstata. Além de diminuir os custos na jornada do paciente, diminui consideralvemnte o número de<br />

pacientes que são levados a biópsias desnecessárias.<br />

difícil porque os homens com valores<br />

típicos Quer saber de mais? tPSA não serão submetidos<br />

www.beckmancoulter.com/pt/products/immun<br />

oassay/prostate-cancer-detection<br />

à biópsia, a menos que seu exame retal<br />

digital (DRE) seja anormal;<br />

• O viés da investigação tende a superestimar<br />

a sensibilidade e subestimar<br />

a especificidade do teste.<br />

Normalmente, à medida que os níveis<br />

de PSA aumentam, aumenta<br />

também a probabilidade de detecção<br />

do câncer. No entanto, apenas<br />

Regularização ANVISA/MS nº: 10033120916<br />

214 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


cerca de 25% dos pacientes cujos<br />

níveis de PSA estão entre 4-10 ng /<br />

mL têm uma biópsia positiva subsequente.<br />

Como as biópsias são<br />

4-10 ng/mL, os médicos podem:<br />

• Obter maior especificidade através<br />

da adição de p2PSA em testes<br />

de diagnóstico<br />

do teste PSA para detecção de câncer<br />

é baixo, leva a muitas biópsias<br />

negativas. O Índice de Saúde da<br />

Próstata (phi) demonstra especifi-<br />

INFORME DE MERCADO<br />

procedimentos invasivos que po-<br />

cidade melhorada em comparação<br />

dem deixar os pacientes vulnerá-<br />

• Reduzir potencialmente biópsias<br />

com a triagem apenas de PSA e,<br />

veis a uma série de riscos, muitos<br />

negativas ou desnecessárias atra-<br />

portanto, pode melhorar a rela-<br />

profissionais de saúde se concen-<br />

vés do aumento da especificidade.<br />

ção custo-efetividade detecção do<br />

tram em reduzir compilações rela-<br />

câncer de próstata. Quando o tes-<br />

cionadas à biópsia.<br />

Um estudo publicado no Prosta-<br />

te phi foi adicionado à triagem de<br />

te Cancer and Prostatic Diseases<br />

PSA, para homens com PSA entre 4<br />

O Índice de Saúde da Próstata (phi)<br />

demonstrou que os médicos op-<br />

e 10 ng/mL, o modelo previu uma<br />

é um exame de sangue simples que<br />

taram por realizar menos biópsias<br />

redução de 23% nas biópsias ne-<br />

fornece uma melhor detecção do<br />

de próstata para homens que se<br />

gativas. Esta levaria a uma redução<br />

câncer de próstata para reduzir as<br />

apresentavam na zona cinzenta<br />

de 17% nos custos de diagnóstico<br />

biópsias negativas. O teste aprova-<br />

diagnóstica quando o teste phi foi<br />

e de 1% no total de custos do cân-<br />

do pela FDA é solicitado em circuns-<br />

incluído em sua avaliação clínica<br />

cer de próstata. O custo-efetivida-<br />

tâncias específicas, como quando o<br />

geral de rotina. Os médicos relata-<br />

de foi 11% melhor.<br />

PSA de um paciente está na faixa de<br />

ram que o teste phi teve um impac-<br />

4-10 ng / mL, e combina testes de<br />

to significativo na decisão de ge-<br />

A Beckman Coulter, empresa inova-<br />

PSA, PSA livre e p2PSA.<br />

renciamento de pacientes em mais<br />

dora, é parceira do laboratório e do<br />

de 73% dos casos. Apenas 36% dos<br />

médico na triagem do paciente com<br />

Os resultados do Índice de Saúde<br />

homens tiveram que se submeter a<br />

suspeita de câncer de próstata. Além<br />

da Próstata (phi) são baseados em<br />

biópsias quando o phi foi incluído<br />

de diminuir os custos na jornada do<br />

uma pontuação que fornece infor-<br />

na avaliação, em comparação com<br />

paciente, diminui consideravelmen-<br />

mações sobre a probabilidade de<br />

os 60% que tiveram que passar por<br />

te o número de pacientes que são<br />

se encontrar câncer de próstata e<br />

tais procedimentos antes que o phi<br />

levados a biópsias desnecessárias.<br />

fornece confiança nas decisões de<br />

estivesse disponível.<br />

biópsia. Como a análise phi melho-<br />

Para saber mais acesse: https://<br />

ra a especificidade para o câncer<br />

Um outro estudo demostrou o cus-<br />

www.beckmancoulter.com/pt/<br />

de próstata, ela preenche a lacuna<br />

to-efetividade quando o teste phi<br />

products/immunoassay/prostate-<br />

diagnóstica entre o exame de PSA e<br />

foi adicionado a triagem do pa-<br />

cancer-detection<br />

uma biópsia da próstata.<br />

ciente suspeito. Os resultados dos<br />

ensaios clínicos sugeriram que a<br />

Ao oferecer phi como parte do teste<br />

triagem do antígeno prostático es-<br />

de câncer de próstata para pacien-<br />

pecífico (PSA) pode reduzir a mor-<br />

tes com resultados de toque retal<br />

talidade por câncer de próstata. No<br />

não suspeitos e tPSA na faixa de<br />

entanto, porque a especificidade<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

215


INFORME DE MERCADO<br />

ANÁLISE DE TALASSEMIAS COM CELLTAC RDW-SD:<br />

UM PARÂMETRO POTENCIAL PARA IDENTIFICAÇÃO<br />

DE ANEMIAS.<br />

A Talassemia, também denominada<br />

como Anemia do Mediterrâneo<br />

devido a maioria dos casos<br />

descobertos inicialmente serem<br />

habitantes próximos ao Mar<br />

do Mediterrâneo, é um tipo de<br />

hemoglobinopatia<br />

quantitativa,<br />

hereditária, decorrentes de mutações<br />

nos genes das globinas que<br />

promovem redução ou ausência<br />

de síntese de uma ou mais das<br />

cadeias de globina, formadoras da<br />

hemoglobina. O resultado dessas<br />

alterações moleculares ocasiona<br />

desequilíbrio na produção das<br />

cadeias tendo como maior consequência<br />

a eritropoese ineficaz.<br />

A Talassemia é classificada como<br />

anemia hipocrômica microcítica,<br />

tendo essa característica muito<br />

similar à anemia ferropriva, sendo<br />

que esta última é um estado, no<br />

qual há redução da quantidade<br />

total de ferro corporal e o fornecimento<br />

de ferro é insuficiente<br />

para atingir as necessidades de<br />

diferentes tecidos, incluindo, prin-<br />

cipalmente, as necessidades para<br />

a formação de hemoglobina e dos<br />

glóbulos vermelhos.<br />

Devido a essa similaridade,<br />

especialmente no hemograma,<br />

há a necessidade de uma rápida<br />

identificação diagnóstica, pois<br />

isso auxiliará o médico no melhor<br />

manejo do paciente. Assim como<br />

todos os analisadores hematológicos<br />

da Nihon Kohden, o Celltac<br />

ES (MEK-7300) possui o parâmetro<br />

RDW-SD, um parâmetro eficaz<br />

que aliado ao uso de duas agulhas<br />

distribui a amostra em suas<br />

respectivas câmaras, reduzindo o<br />

arraste - Carry Over-, e tornando<br />

seus resultados mais precisos.<br />

Verificamos a eficácia do parâmetro<br />

RDW-SD do Celltac ES (MEK-<br />

7300) como um parâmetro potencial<br />

para identificação de anemia,<br />

comparando contagens de células<br />

sanguíneas relacionadas com RBC<br />

e histogramas para talassemia e<br />

anemia ferropriva. Então, encontramos<br />

diferença significativa no<br />

RDW-SD de pacientes com talassemia<br />

e anemia ferropriva enquanto<br />

o RDW-CV e histogramas não<br />

mostram diferenças significativas.<br />

Para o rastreio de talassemia, o<br />

RDW-SD do Celltac ES (MEK-7300)<br />

efetivamente fornece dados eficazes<br />

para um diagnóstico preciso<br />

do médico, como mostrado<br />

na imagem:<br />

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Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades!<br />

216 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


ÍNDICE DE MENTZER E RDWI NO CELLTAC G:<br />

PARÂMETROS PARA DIFERENCIAÇÃO DA ANEMIA FERROPRIVA<br />

E TALASSEMIA EM CASOS DE ANEMIA MICROCÍTICA<br />

O diagnóstico diferencial das anemias<br />

microcíticas é complexo e a<br />

sua investigação laboratorial tem<br />

um custo alto. O uso de índices<br />

ou parâmetros para racionalizar<br />

a abordagem diagnóstica tem<br />

sido proposto para contornar essa<br />

problemática.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Para auxiliar na identificação da<br />

causa da anemia microcítica, foi<br />

descrito em 1973 por William C.<br />

Mentzer, o Índice de Mentzer, sendo<br />

útil na diferenciação da anemia<br />

ferropriva de beta-talassemia. O<br />

índice é gerado a partir dos resultados<br />

de um hemograma, sendo<br />

utilizados os parâmetros:<br />

• VCM - Volume corpuscular médio<br />

(em fL)<br />

• RBC - Contagem global de<br />

eritrócitos (RBC, em milhões por<br />

microlitro).<br />

Existe um valor de corte para o<br />

Índice de Mentzer, sendo que<br />

valores abaixo deste é dito ser<br />

mais provável a beta talassemia<br />

e acima anemia ferropriva. Para<br />

entender a utilização deste índice<br />

o princípio é o seguinte:<br />

Na deficiência de ferro, a produção<br />

de eritrócitos na medula está<br />

diminuída. Estes eritrócitos por<br />

sua vez são pequenos (microcíticos),<br />

de modo que a contagem de<br />

ambos parâmetros serão baixos<br />

e como resultado, o índice será<br />

maior do que o valor de corte.<br />

Por outro lado, nos casos de<br />

talassemias, a anemia microcítica<br />

é resultante de um erro na síntese<br />

de cadeias globínicas com consequente<br />

diminuição da hemoglobina,<br />

sendo a produção dos<br />

eritrócitos em quantidade normal<br />

mas são mais frágeis e menores<br />

com volume corpuscular médio<br />

baixo (microcítica), de modo que<br />

o índice será menor que o valor<br />

de corte. Além do Índice de<br />

Mentzer, o equipamento Celltac G<br />

(MEK-9100) da Nihon Kohden tem<br />

um parâmetro adicional, o RDWI.<br />

Este parâmetro é utilizado em<br />

conjunto com o Índice de Mentzer<br />

e aumenta significativamente a<br />

sensibilidade e especificidade na<br />

diferenciação da anemia ferropriva<br />

e beta talassemia e consequentemente<br />

o diagnóstico final.<br />

Estes índices são úteis na orientação<br />

ao médico e sem custo<br />

adicional, direcionando ao melhor<br />

diagnóstico e a melhor tratativa<br />

por parte da equipe médica.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

217


INFORME DE MERCADO<br />

MEDIX BRASIL APRESENTA TUBOS DE COLETA A VÁCUO DE ALTO<br />

DESEMPENHO PARA RESULTADOS MAIS PRECISOS<br />

Os dispositivos médicos possuem<br />

um papel fundamental nas rotinas<br />

laboratoriais.<br />

Seja na segurança ou na confiabilidade,<br />

a precisão começa com<br />

a escolha certa desses produtos.<br />

É por essa razão que os Tubos de<br />

Coleta a Vácuo MedixLab apresentam<br />

características exclusivas no<br />

mercado de diagnóstico. Especialmente<br />

projetados, armazenados e<br />

transportados, eles oferecem alto<br />

desempenho para laboratórios<br />

quando se trata de qualidade e<br />

resultados confiáveis.<br />

• Sistema de coleta fechado, reduzindo<br />

riscos e tornando a coleta<br />

de múltiplas amostras mais prática<br />

e segura.<br />

• Método eficaz de rotulagem<br />

com padronização que permite o<br />

uso de etiquetas secundárias.<br />

• Fabricação em plástico PET,<br />

garantindo a segurança de<br />

pacientes e profissionais, bem<br />

como a integridade das amostras.<br />

• Compatibilidade com uma<br />

variedade de sistemas de análise<br />

automatizados, facilitando a integração<br />

com processos laboratoriais<br />

existentes.<br />

venda em todo o país. Para obter<br />

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Medix Brasil.<br />

Saiba mais sobre eles:<br />

• Importação em contêiner refrigerado<br />

para manter a estabilidade<br />

dos aditivos.<br />

• Vácuo calibrado para proporções<br />

precisas de sangue coletado<br />

para cada tipo de aditivo.<br />

Em um mercado que valoriza a<br />

precisão diagnóstica, a Medix<br />

Brasil está pronta para atender<br />

às crescentes demandas<br />

do setor de dispositivos médicos.<br />

Os Tubos de Coleta a Vácuo<br />

MedixLab estão disponíveis para<br />

218 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


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com a detecção conjunta CBC+CRP+SAA para fornecer<br />

uma base de diagnóstico auxiliar confiável para quadros<br />

de infecção bacteriana/viral.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

• Tamanho compacto para economia de espaço e kit de<br />

detecção individual e descartável, sem desperdício de<br />

reagentes, atende perfeitamente às necessidades de<br />

laboratórios médios e pequenos.<br />

• Suporta os modos de sangue total e capilar, 30μL volume<br />

mínimo de amostra, ideal para populações especiais<br />

de pacientes.<br />

Cenários de aplicação: Farmácias, emergências, consultórios<br />

médicos, clínicas, pediatria, bases militares e etc.<br />

De acordo com todos os padrões estabelecidos pela<br />

RDC 786/2023.<br />

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processamento de altos volumes de dados. Integra<br />

sistema de gerenciamento de informações laboratoriais<br />

(ZLIMS), acelerador de bioinformática e armazenamento<br />

de dados genéticos de alto desempenho.<br />

Pode ser usado diretamente no laboratório ou nos<br />

data centers tradicionais. Ele pode ser implantado<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

219


INFORME DE MERCADO<br />

EXTRAÇÃO AUTOMATIZADA DE 25-OH-VITAMINA<br />

D3 E D2 EM AMOSTRAS DE SORO PARA ANÁLISE<br />

COM LC-MS/MS UTILIZANDO A TECNOLOGIA DPX<br />

(DISPERSIVE PIPETTE EXTRACTION) NO MICROLAB<br />

NIMBUS DA HAMILTON COMPANY<br />

Introdução<br />

A vitamina D é uma prohormona<br />

essencial que regula o equilíbrio<br />

de cálcio e fosfato no organismo.<br />

A deficiência de vitamina D é um<br />

problema crescente e se manifesta<br />

como má absorção de cálcio,<br />

hipertireoidismo secundário, fraqueza<br />

muscular e/ou osteoporose/<br />

osteomalacia. Com estimativas de<br />

que 50% da população global seja<br />

deficiente em vitamina D, a extensão<br />

dos testes clínicos continua a<br />

aumentar, com uma ênfase crescente<br />

na precisão.<br />

Figura 1. O esquema representa o fluxo de trabalho para a Filtração ToT usada na precipitação<br />

de proteínas e no método de limpeza WAX-S-XTR. Este método processa 96 amostras em<br />

menos de 10 minutos.<br />

A avaliação da vitamina D é<br />

realizada pela quantificação da<br />

25-hidroxivitamina D no soro e/<br />

ou plasma. A 25-hidroxivitamina D<br />

possui duas formas: 25-hidroxivitamina<br />

D2 (25OHD2) proveniente<br />

da vitamina D2, um suplemento de<br />

origem vegetal, e 25-hidroxivitamina<br />

D3 (25OHD3) proveniente da<br />

vitamina D3, que é produzida na<br />

pele como resultado de uma reação<br />

fotoquímica. Tanto o 25OHD2<br />

quanto o 25OHD3 podem ser analisados<br />

com precisão e eficiência<br />

usando LC-MS/MS (cromatografia<br />

líquida acoplada à espectrometria<br />

de massas em tandem).<br />

No entanto, é necessário remover<br />

a matriz da amostra para garantir<br />

que interferências não afetem<br />

adversamente a análise quan-<br />

titativa. Portanto, a maioria das<br />

aplicações requer precipitação de<br />

proteínas seguida de extração em<br />

fase sólida (SPE) antes da análise<br />

cromatográfica. No estudo atual,<br />

uma tecnologia de filtragem automatizada<br />

patenteada chamada<br />

Tip-on-Tip (ToT) é acoplada à tecnologia<br />

de extração de pipeta dispersiva<br />

XTRaction em um sistema<br />

de manipulação de líquidos automatizado<br />

(ALH) para preparação<br />

rápida e eficiente das amostras.<br />

A tecnologia de filtragem ToT<br />

automatiza as etapas tradicionais<br />

de vortex e centrifugação usadas<br />

para precipitar proteínas em<br />

amostras de soro. A eficiência é<br />

aprimorada, pois a filtragem ToT<br />

pode ser realizada em um formato<br />

de 96 amostras. Após a filtragem,<br />

pontas XTR contendo um sorvente<br />

de troca iônica fraca (WAX) e o<br />

sal (S) necessário para a extração<br />

de líquido-líquido com adsorção<br />

de sal (SALLE - WAX-S) são usadas<br />

para remover rapidamente interferências<br />

da matriz. Este método<br />

processa 96 amostras em menos<br />

de dez minutos.<br />

Placas com 100 µL de soro e padrão<br />

interno são carregadas em uma<br />

plataforma ALH, conforme mostrado<br />

na figura 2. Pontas CO-RE de<br />

boca larga (1 mL) são usadas para<br />

transferir 300 µL de acetonitrila<br />

(ACN) para o soro, seguido de uma<br />

mistura completa para permitir<br />

uma extensa precipitação de proteínas.<br />

As pontas de boca larga<br />

aspiram a solução precipitada, em<br />

seguida, são pressionadas firme-<br />

220 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


mente em uma Ponta de Filtração<br />

de Dupla Fase (Figura 1). O filtrado<br />

é aspirado e dispensado três vezes<br />

usando pontas WAX-S XTR para<br />

produzir separação entre as fases<br />

aquosa e ACN. Os analitos hidrofóbicos<br />

permanecem na camada limpa<br />

de ACN para injeção na análise<br />

por LC-MS/MS.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A disposição da mesa no equipamento<br />

foi configurada para processar<br />

até 96 amostras para precipitação<br />

rápida de proteínas, filtração e<br />

limpeza de alto rendimento (figura<br />

2). Os scripts automatizados para<br />

este método estão disponíveis.<br />

Resultados<br />

Este método foi avaliado quanto<br />

à linearidade, precisão, exatidão e<br />

limites de detecção e quantificação.<br />

Curvas de calibração abrangendo<br />

5-100 ng/mL para 25OHD2 e D3<br />

resultaram em coeficientes de correlação<br />

superiores a 0,99. Os valores<br />

de precisão e exatidão foram<br />

determinados usando controles de<br />

soro a 10, 30/26 e 73 ng/mL (Utak<br />

Laboratories, Valencia, CA).<br />

A exatidão e precisão foram<br />

monitoradas em triplicata ao<br />

longo de três dias. Os valores de<br />

exatidão variaram de 93,2 a 97,7%<br />

para 25OHD3 e de 91,8 a 108,4%<br />

para 25OHD2. A imprecisão total<br />

(%RSD) para 25OHD3 e 25OHD2<br />

variou de 7,4 a 7,8% e de 9,6 a<br />

14,0%, respectivamente. Os limites<br />

de detecção (LOD) foram calculados<br />

como 3,3σ/m, onde σ é o<br />

desvio padrão do calibrador não<br />

Figura 2. Microlab NIMBUS 96 e Layout da mesa<br />

zero mais baixo (5 ng/mL) e m é a<br />

inclinação da linha de calibração.<br />

O limite de quantificação (LOQ) foi<br />

de 10σ/m. Os LODs e LOQs foram<br />

de 5,5 e 16,4 ng/mL e de 3,4 e 10,3<br />

ng/mL para 25OHD2 e 25OHD3,<br />

respectivamente.<br />

Conforme Bickle et al., aproximadamente<br />

88% da 25-hidroxivitamina<br />

D está ligada a proteínas, principalmente<br />

à proteína de ligação<br />

à vitamina D e, em menor grau, à<br />

albumina. Para liberar a 25-hidroxivitamina<br />

D, é necessária uma<br />

precipitação de proteínas completa<br />

para uma análise precisa. As<br />

práticas de precipitação de proteínas<br />

mais comuns envolvem o uso<br />

de acetonitrila seguido de mistura<br />

por agitação (vortex) e centrifugação.<br />

Para eliminar essa abordagem<br />

intensiva em trabalho, implementamos<br />

uma etapa de mistura automatizada<br />

de boca larga, seguida<br />

pela Filtração ToT. As duas etapas<br />

de precipitação de proteínas foram<br />

comparadas ao preparar amostras<br />

de pacientes com cada método,<br />

seguido pela análise por Dispersive<br />

Pipette XTRaction e LC-MS/MS.<br />

A comparação produziu uma dife-<br />

Tabela 1. O limite de detecção (LOD) em ng/mL, limite de quantificação (LOQ) em ng/mL e o<br />

coeficiente de determinação (R2) para 25OHD2 e 25OHD3.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

221


INFORME DE MERCADO<br />

rença média de porcentagem de<br />

2%. A semelhança nos resultados<br />

confirma a viabilidade do nosso<br />

método alternativo de precipitação<br />

de proteínas ToT (figura 3).<br />

Tabela 2. Parâmetros de exatidão e precisão calculados de acordo com as diretrizes do Grupo<br />

de Trabalho Científico para Toxicologia Forense (SWGTOX).<br />

Deve-se enfatizar que os limites de<br />

detecção (LOD) e de quantificação<br />

(LOQ) são altamente dependentes<br />

da sensibilidade dos instrumentos<br />

e do método LC/MS. Se for necessário<br />

melhorar a sensibilidade<br />

para reduzir os LODs e LOQs, a<br />

evaporação do solvente pode ser<br />

empregada para concentrar os<br />

extratos. Alternativamente, um<br />

volume maior da solução da amostra<br />

também pode ser extraído para<br />

obter LODs/LOQs mais baixos.<br />

Conclusões<br />

O método descrito aqui fornece a<br />

velocidade, sensibilidade e reprodutibilidade<br />

necessárias para um<br />

método de preparação de amostras<br />

confiável em uma configuração<br />

de alto rendimento. O erro<br />

humano é minimizado ao automatizar<br />

todo o processo. Extratos<br />

limpos minimizam o tempo de<br />

inatividade do instrumento. Uma<br />

redução no tempo de resposta e<br />

um aumento na taxa de produção<br />

são essenciais para minimizar custos<br />

e aumentar a eficiência.<br />

Sobre a Hamilton Company<br />

A Hamilton Company é uma<br />

empresa representada pela sua<br />

subsidiaria Hamilton do Brasil, com<br />

sede em Indaiatuba, São Paulo, e é<br />

especializada no desenvolvimento,<br />

fabricação e personalização de dispositivos<br />

de m<strong>edição</strong> de precisão,<br />

plataformas de pipetagem automatizadas<br />

para manuseio de líquidos<br />

e sistemas de gerenciamento<br />

de amostras. A Hamilton Company<br />

é a fabricante líder global há mais<br />

de 60 anos, com sede em Reno,<br />

Nevada; e no Brasil está presente<br />

diretamente desde 2010.<br />

Sobre a DPX<br />

Fundada em 2007, a DPX Technologies<br />

desenvolve e fabrica produtos<br />

de preparação de amostras e<br />

métodos personalizados para uma<br />

ampla base de clientes. Nossas<br />

tecnologias proprietárias e patenteadas<br />

INTip oferecem soluções<br />

eficientes e automatizadas para<br />

laboratórios que são fáceis de personalizar<br />

e implementar em qualquer<br />

fluxo de trabalho ou método.<br />

Autores:<br />

William Brewer and Kaylee Mastrianni<br />

– DPX Technologies<br />

Oscar G. Cabrices PhD –G-Flo Scientific<br />

(Distribuidores Exclusivos DPX para o<br />

Brasil)<br />

Figura 3. A comparação cromatográfica<br />

entre o método ToT e os resultados tradicionais<br />

de centrifugação usando amostras de<br />

pacientes.<br />

Figura 4. A eficiência de extração foi de<br />

90% ou superior para a 25-hidroxivitamina<br />

D2 (25OHD2) e a 25-hidroxivitamina<br />

D3 (25OHD3) a partir do soro, usando um<br />

método de precipitação de proteínas Tip-<br />

-on-Tip e pontas XTR com sorvente WAX-S<br />

para a limpeza.<br />

222 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


FACILITE O ISOLAMENTO DE SEUS ÁCIDOS NUCLEICOS<br />

COM A LINHA SPINeasy®!<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Manipule os ácidos nucléicos<br />

com facilidade! Conheça os<br />

kits SPINeasy® e simplifique o<br />

isolamento de ácidos nucleicos<br />

de forma rápida e eficiente.<br />

Diga adeus aos processos<br />

complexos e demorados - com<br />

nossa tecnologia de ponta,<br />

purificar DNA e RNA nunca<br />

foi tão fácil. Libere o potencial<br />

de suas análises com<br />

SPINeasy® - a inovação que<br />

acelera suas descobertas!<br />

Os laboratórios de análises<br />

enfrentam constantemente desafios<br />

na purificação de DNA e RNA<br />

de amostras diversas. Atendendo<br />

a essa demanda, os kits de isolamento<br />

SPINeasy® apresentam<br />

uma solução revolucionária.<br />

Projetados para oferecer um processo<br />

simples, eficiente e rápido,<br />

esses kits utilizam a tecnologia de<br />

membrana de sílica em colunas<br />

de centrifugação, eliminando a<br />

necessidade de extração tóxica<br />

com fenol-clorofórmio ou precipitação<br />

alcoólica demorada.<br />

Os procedimentos de purificação<br />

de coluna de centrifugação utilizam<br />

o método de extração em<br />

fase sólida para ligar e isolar o<br />

DNA/RNA dentro da coluna que<br />

contém membrana de filtro de<br />

sílica. A amostra é homogeneizada<br />

e/ou lisada usando o tampão<br />

de lise otimizado. O lisado é então<br />

misturado com etanol para precipitar<br />

o ácido nucleico.<br />

Uma vez que o lisado é passado<br />

pela membrana de sílica por<br />

centrifugação, a membrana da<br />

coluna de centrifugação é lavada<br />

para remover a proteína remanescente<br />

e os resíduos de sais.<br />

O ácido nucleico é então eluído<br />

e está pronto para uso em diversas<br />

aplicações subsequentes. A<br />

simplicidade e a eficiência dos<br />

kits SPINeasy® representam um<br />

avanço significativo no campo do<br />

isolamento de ácidos nucleicos,<br />

proporcionando uma solução<br />

acessível e confiável para os desafios<br />

laboratoriais atuais.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

223


INFORME DE MERCADO<br />

HEMOCULTURA: O EXAME QUE PODE SALVAR VIDAS<br />

A hemocultura é um exame feito<br />

para identificar a presença de<br />

bactérias ou fungos no sangue através<br />

da coleta do mesmo para meios<br />

de cultura específicos. Esse exame<br />

é indicado em caso de suspeita de<br />

infecção sanguínea, como febre e<br />

calafrios, por exemplo, em caso de<br />

endocardite, pneumonia grave ou<br />

meningite e quando a pessoa está<br />

em uso de cateter ou dreno.<br />

A presença de microrganismos<br />

no sangue é considerada grave, já<br />

que indica que os agentes infecciosos<br />

e as substâncias produzidas<br />

por eles conseguiram se espalhar<br />

pelo corpo, aumentando o risco de<br />

complicações.<br />

Assim, é fundamental que o tratamento<br />

seja iniciado o quanto<br />

antes. Assim que for confirmado<br />

o agente infeccioso no sangue,<br />

deve-se iniciar o tratamento, feito<br />

por meio do uso de antibióticos<br />

ou antifúngicos diretamente na<br />

veia, além de também poder ser<br />

indicado medicamentos para<br />

diminuir a inflamação.<br />

A hemocultura pode ser indicada<br />

pelo médico em caso de:<br />

• Sintomas de infecção no sangue,<br />

como febre, calafrios e cansaço<br />

excessivo;<br />

• Endocardite, que é a inflamação<br />

do tecido que reveste o coração;<br />

• Após cirurgias cardíacas;<br />

• Comprometimento do funcionamento<br />

do sistema imune devido<br />

a câncer, infecção pelo vírus HIV,<br />

neutropenia e/ ou uso de corticoides;<br />

• Pneumonia grave;<br />

• Meningite;<br />

• Infecção hospitalar.<br />

Além disso, a hemocultura pode<br />

ser também indicada para pacientes<br />

que estejam em uso de cateter<br />

venoso ou dreno cirúrgico, já<br />

que a colocação desses dispositivos<br />

pode promover a entrada de<br />

microrganismos caso não sejam<br />

colocados corretamente.<br />

Tipos de hemocultura<br />

De acordo com a forma com que<br />

a amostra vai ser processada, a<br />

hemocultura pode ser:<br />

• Hemocultura automatizada,<br />

em que a garrafa de hemocultura<br />

é colocada no equipamento que é<br />

responsável por fazer a leitura em<br />

intervalos pré-determinados;<br />

• Hemocultura manual, em que<br />

a garrafa de hemocultura deve ser<br />

incubada por até 7 dias, em estufa<br />

bacteriológica e a leitura deve ser<br />

realizada pelo operador.<br />

A hemocultura automatizada<br />

permite contínua monitorização<br />

do crescimento bacteriano, que<br />

permite detecção de bactérias 24<br />

horas ao dia, proporcionando um<br />

diagnóstico rápido e seguro.<br />

A Renylab acaba de lançar o sistema<br />

para hemocultura automatizada BC.<br />

Mais agilidade e segurança para o<br />

seu diagnóstico.<br />

Entre em contato para maiores<br />

informações.<br />

comercial@renylab.ind.br<br />

224 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023


DIAGAM PARTICIPOU JUNTAMENTE COM SEU FORNECEDOR<br />

DO ÚLTIMO CONGRESSO DE PATOLOGIA CLÍNICA<br />

Diagam com muito orgulho acaba de<br />

concretizar uma grande parceria na<br />

distribuição de equipamentos para<br />

IVD, uma linha moderna avançada e<br />

extremamente tecnológica que irá<br />

trazer a seus clientes muita segurança,<br />

tranquilidade e com reagentes fabricados<br />

diretamente na Diagam trazendo<br />

ainda mais economia.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Essa semana recebemos a visita da CEO<br />

da empresa EDAN que conheceu nossas<br />

instalações e onde será fabricado<br />

os reagentes para os equipamentos de<br />

distribuição.<br />

A DIAGAM está fabricando reagentes<br />

para os Analisadores Hematológicos<br />

EDAN, modelos H60S, H60, H50 e H30 na<br />

sede da DIAGAM no Brasil.<br />

Sobre a DIAGAM<br />

Diagam é uma empresa nacional que<br />

atua no mercado desde 2012, localizada<br />

em uma área Fabril em um prédio<br />

com cerca de 1500 metros quadrados.<br />

Prédio de Fabricação e Estoque, onde é<br />

desenvolvido, produzido e comercializado<br />

uma linha completa de Reagentes<br />

para Hematologia para equipamentos<br />

automatizados.<br />

Oferecemos um atendimento exclusivo<br />

com um completo acompanhamento e<br />

todo suporte necessário, através de um<br />

relacionamento de confiança e conhecimento,<br />

apresentamos as melhores<br />

soluções para cada cliente.<br />

Nossa estrutura conta com um laboratório<br />

de apoio exclusivo, utilizamos<br />

técnicas analíticas de alta sensibilidade<br />

e especificidade para suporte ao nosso<br />

cliente, assim como as validações de<br />

todos os produtos promovendo sua<br />

eficácia e qualidade.<br />

A DIAGAM possui certificação<br />

ISO 9001 e ISO 13485<br />

Fique atento as novidades em nosso<br />

site ou nas nossas redes sociais.<br />

www.diagam.com.br<br />

Linha veterinária de 3 e 5 partes.<br />

H30 VET<br />

H60 VET<br />

3 partes e somente 2 reagentes 5 partes somente 2 reagentes<br />

Para mais informações<br />

DIAGAM INDUSTRIA E COMERCIO LTDA<br />

Rua José Bruno da Costa, 39<br />

Ferraz de Vasconcelos - Cep: 08539-110<br />

Tel: 11 4679-3767<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

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