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Entrevista vice-presidente da Fiep, Roni Junior Marini, destaca os princípios ESG e o futuro do mercado 

MÓVEIS E MADEIRA 

FEIRA INTERNACIONAL VAI APRESENTAR 

AS NOVIDADES DA CADEIA PRODUTIVA 

DO SETOR 

FURNITURE AND WOOD 

INTERNATIONAL TRADE SHOW WILL 

PRESENT THE NEWS FROM THE 

SECTOR'S PRODUCTION CHAIN

De uma modesta oficina especializada em manutenção de máquinas, nascida em 1956, a Mendes 

Máquinas evoluiu para se tornar uma indústria proeminente e respeitada no setor madeireiro, 

marcando uma trajetória notável que ultrapassa os limites convencionais. 

Em 2024, celebramos com orgulho 

o marco de 68 anos de uma história 

repleta de desafios e conquistas. 

Deixamos aqui nosso agradecimento a 

todos os nossos clientes, fornecedores, 

colaboradores e aos nossos parceiros que 

contribuem para o sucesso da Mendes 

Máquinas, sendo parte integral de nossa 

jornada compartilhada com confiança. 

PARCEIROS DE CLASSE MUNDIAL: Soluções e tecnologia em máquinas, peças e serviços industriais 

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Originada na Alemanha, destaca-se como líder 

global na inovação de sistemas de secagem de 

madeira há mais de 60 anos. 

Com representação técnico-comercial exclusiva, o secador de madeira Continuous Kilns, é 

utilizado para secar a madeira de forma eficiente e controlada. 

Funcionalidades do Continuous Kilns: 

O processo de secagem com o Continuous Kilns 

ocorre em uma esteira transportadora, onde a 

madeira é movida de forma contínua através do 

equipamento. Isso permite um fluxo contínuo de 

produção, com a entrada constante de madeira 

fresca e a saída de madeira seca e pronta para uso. 

O sistema de aquecimento para gerar calor, pode ser 

fornecido por diferentes fontes, como gás, 

eletricidade ou biomassa. O calor é então distribuído 

uniformemente dentro do secador para promover a 

secagem uniforme da madeira. 

Alimentação volumétrica contínua para levar o produto 

madeireiro mais rápido ao mercado 

Integrada com a logística da fábrica 

Multipista, flexível e capaz de secar diferentes espécies e 

dimensões dentro do mesmo forno 

Secagem volumétrica com o menor custo possível 

Maximizar o rendimento do teor 

Eficiência energética otimizada em linha com iniciativas 

ecológicas e aplicável a programas de financiamento 

Escalável para crescimento futuro da produção KD 

Adaptado a qualquer fonte de calor e meio de aquecimento 

Recursos selecionáveis para obter a solução ideal para você

SUMÁRIO 

INDUSTRIAL 

58 

2024 

38 

50 

44 

MADEIRA 

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO 

Benecke 07 

Bruno 09 

Cipem 27 

Contraco 29 

CWB Energia Solar 37 

DRV Ferramentas 13 

Dujua 67 

Elemaq 63 

Engecass 17 

Gaidzinski 57 

Impacto 21 

Lignum 49 

Mendes Máquinas 02 

Mill Indústrias 68 

Montana Química 05 

MSM Química 19 

Nazzareno 23 

Pole Cola 35 

Rotteng 11 

Tech Forestry 65 

Termolegno 25 

Vantec 15 

WoodFlow 33 

SUMÁRIO 

06 Editorial 

08 Cartas 

10 Bastidores 

12 Notas 

26 Aplicação 

28 Frases 

30 Entrevista 

38 Principal ForMóbile apresenta destaques 

da sua 10ª edição 

44 Marcenaria 

50 Investimento 

54 Inovação 

58 Artigo 

64 Agenda 

66 Espaço Aberto 

04 

referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO 2024

EDITORIAL 

ENCONTROS 

SIGNIFICATIVOS 

NA CAPA 

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product 

www.referenciaindustrial.com.br 

Entrevista vice-presidente da Fiep, Roni Junior Marini, destaca os princípios ESG e o futuro do mercado 

MÓVEIS E MADEIRA 

FEIRA INTERNACIONAL VAI APRESENTAR 

AS NOVIDADES DA CADEIA PRODUTIVA 

DO SETOR 

FURNITURE AND WOOD 

INTERNATIONAL TRADE SHOW WILL 

PRESENT THE NEWS FROM THE 

SECTOR'S PRODUCTION CHAIN 

O 

ano de 2024 promete movimentar a cadeia 

produtiva da madeira. A primeira edição da 

Revista REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL 

do novo ano destaca na capa a realização da 

10º ForMóbile – Feira Internacional da Indústria 

de Móveis e Madeira -, que já conta com mais de 550 expositores 

confirmados, incluindo o Espaço Madeira, que reúne 

expositores de madeira maciça e produtos relacionados, setor 

crucial no cenário moveleiro nacional e internacional. Na 

editoria de Entrevista conversamos com o vice-presidente da 

FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Roni 

Junior Marini, sobre a importância de se aplicar os princípios 

ESG (do inglês Environmental, Social and Governance) nas 

empresas. O desenvolvimento da madeira transparente na 

Suécia e a inauguração do escritório do NAPI Wood Tech, 

em Guarapuava (PR), são outros temas abordados na edição, 

entre tantos assuntos de interesse para o setor. Desejamos 

um ano novo recheado de conquistas e força de superação. 

Uma ótima leitura! 

SIGNIFICANT 

MEETINGS 

T 

he year 2024 promises to energize the wood production 

chain. The cover of the first issue of the 

new year’s REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL 

highlights the holding of the 10th ForMóbile 

– International Fair of the Furniture and Wood 

Industry, which already has more than 550 confirmed exhibitors, 

including Espaço Madeira, which brings together solid 

wood and related product exhibitors, a crucial segment in 

the national and international furniture scene. In the Interview 

Section, we talked to Roni Junior Marini, Vice-president of 

the State of Paraná Federation of Industries (FIEP), about 

the importance of applying Environmental, Social, and Governance 

(ESG) principles in companies. The development 

of transparent wood in Sweden and the inauguration of the 

NAPI Wood Tech office in Guarapuava (PR) are other topics 

addressed in the issue, among other subjects of interest to 

the Sector. We wish you a new year full of achievements and 

the strength to overcome any obstacles. Pleasant reading! 

06 

referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO 2024 

ASSINATURAS 

0800 600 2038 

Periodicidade Advertising 

GARANTIDA GARANTEED 

OS PREPARATIVOS PARA 

A 10ª FORMÓBILE É O 

DESTAQUE DA CAPA 

DESTA EDIÇÃO. 

EXPEDIENTE 

ANO XXVI - EDIÇÃO 259 - FEVEREIRO 2024 

Ano XXVI • Nº259 • Fevereiro 2024 

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado 

fabiomachado@revistareferencia.com.br 

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr. 

bartoski@revistareferencia.com.br 

Redação / Writing 

Gisele Rossi 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

Depto. de Criação / Graphic Design 

Fabiana Tokarski / Supervisão 

criacao@revistareferencia.com.br 

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal 

comercial@revistareferencia.com.br 

fone: +55 (41) 3333-1023 

Tradução / Translation - John Wood Moore 

Depto. de Assinaturas / Subscription 

assinatura@revistareferencia.com.br 

0800 600 2038 

Veículo filiado a: 

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e 

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos 

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao 

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor Industrial Madeireiro não se responsabiliza por 

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de 

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco 

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE- 

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, 

exceto para fins didáticos. 

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and 

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students, 

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based 

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material, 

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The 

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs 

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without 

the written authorization of the holders of the authorial rights.

A Benecke é uma tradicional fabricante de 

caldeiras, máquinas para o segmento madeireiro 

e sistemas de secagem de grãos direto e indireto. 

Ao longo dos nossos 70 anos de mercado e 

presença em 21 países, com um parque fabril de 

18.500 metros quadrados, a Benecke estabeleceu 

uma sólida reputação, atendendo diversos 

mercados ao redor do mundo com mais de 5.400 

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dos equipamentos, desta forma conseguimos o 

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indústria que necessite de água quente, vapor 

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da indústria, garantindo mais qualidade no 

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Aquatubulares, com capacidade 

produtiva de até 60ton/h e até 45 bar de 

pressão. 

Projetos customizados de acordo com a sua 

necessidade, garantindo qualidade e 

principalmente a confiabilidade em quem 

carrega 70 anos de experiência no mercado.

TO INCREASE PRODUCTION 

Entrevista Ramiro Wahrhaftig, presidente da Fundação Araucária, explica o que é o NAPI Wood Tech 

CARTAS 

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product 

CARTAS 

CAPA DA EDIÇÃO 258 DA 

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE DEZEMBRO DE 2023 

PRINCIPAL 

www.referenciaindustrial.com.br 

Ano XXV • Nº258 • Dezembro 2023 

MERCADO EM 

EXPANSÃO 

INDÚSTRIA INVESTE EM NOVA SEDE NO 

SETOR DE SECAGEM DE MADEIRA E 

PLANEJA AUMENTAR A PRODUÇÃO 

EXPANDING MARKET 

COMPANY INVESTS IN NEW HEADQUARTERS 

IN THE WOOD DRYING SECTOR AND PLANS 

PRÊMIO 

REFERÊNCIA 

MELHORES DO ANO 

Por Jair Alberto das Neves – 

Taió (SC) 

Parabéns à empresa Contraco, que nunca baixou 

a cabeça quando os problemas apareceram e 

hoje conquistou a confiança do mercado e virou 

uma potência. 

Por Felipe Antoniolli – 

presidente do Sindusmad 

(Sindicato das Indústrias 

Madeireiras do Norte de 

Mato Grosso) – Sinop (MT) 

Este é o reconhecimento 

do setor de base florestal, 

e com certeza essas 

premiações são frutos de 

uma organização sindical 

que prima pela legalidade 

e a sustentabilidade 

Foto: Emanoel Caldeira 

Foto: divulgação 



PESQUISA 

Por Regina Amaral – 

Paranavaí (PR) 

Muito interessante a 

reportagem sobre a 

produção de painéis a 

partir de resíduos. 

ENTREVISTA 

Por Fábio Cunha Meireles – 

Cacoal (RO) 

Ótima iniciativa a criação do núcleo para 

desenvolvimento e pesquisa com a madeira 

engenheirada. 

08 

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os 

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo. 

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é 

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL. 

referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO 2024 

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga: 

jornalismo@revistareferencia.com.br 

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Referência Madeira Industrial 

@referenciamadeira 

@revistareferencia9702

BASTIDORES 

BASTIDORES 

RENOVAÇÃO 

O COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, GERSON PENKAL (CENTRO) 

ESTEVE NA EMPRESA IMPACTO MÁQUINAS EM LAGES (SC), DO DIRETOR 

DANIEL ENGEL (ESQ.) E DO GERENTE COMERCIAL RICARDO RAIZER (DIR.), 

PARA A RENOVAÇÃO DA PARCERIA COMERCIAL PARA O ANO DE 2024. 


COMEMORAÇÃO 

NO MÊS DE DEZEMBRO/23, A EMPRESA CONTRACO MÁQUINAS COMEMOROU 

37 ANOS DE HISTÓRIA E REALIZOU UMA FESTA DE ANIVERSÁRIO E TAMBÉM DE 

INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE NA CIDADE DE TAIÓ (SC), COM MUITA COSTELA 

E CARNEIRO, PARA FUNCIONÁRIOS, CLIENTES, FORNECEDORES, AMIGOS E 

FAMILIARES. A REFERÊNCIA INDUSTRIAL TEVE A HONRA DE SER CONVIDADA PARA 

PARTICIPAR DESSE EVENTO. NA FOTO, O DIRETOR COMERCIAL DA REVISTA, FÁBIO 

MACHADO (ESQ.), O DIRETOR DA CONTRACO MÁQUINAS, NATALINO BONIN 

(CENTRO), E O COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, GERSON PENKAL (DIR.). 


ALTA 

CURSOS EM SANTA 

CATARINA 

O Programa Novos Caminhos, 

uma iniciativa da Fiesc 

(Federação das Indústrias 

de Santa Catarina), do TJSC 

(Tribunal de Justiça de Santa 

Catarina) e da AMC (Associação 

dos Magistrados Catarinenses) 

formou 633 jovens em 

cursos profissionalizantes em 

2023. Trata-se de um aumento 

de 40,35% em relação a 2022, 

quando 451 foram formados. 

Os cursos mais comuns foram 

informática, conserto de eletrônicos, 

robótica, mecânica 

de motos, mecânica industrial, 

costura, marketing, fotografia, 

logística e afins. 

BAIXA 

QUEDA NA EXPORTAÇÃO 

NO RIO GRANDE DO SUL 

Com queda de 4,6% na quantidade 

exportada e de 0,1% nos 

preços médios ao longo de 

2023, as exportações gaúchas 

da indústria de transformação 

tiveram uma retração de 4,9% 

em comparação com 2022. 

“Dos 23 segmentos exportadores 

da nossa indústria 

de transformação, somente 

oito apresentaram aumento 

nas vendas externas em 2023 

na comparação com 2022”, 

alertou o presidente da Fiergs 

(Federação das Indústrias do 

Estado do Rio Grande do Sul), 

Gilberto Porcello Petry. 

10 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO 2024

NOTAS 

GUIA DESTACA 

MADEIRAS DOS EUA 

Já está disponível a versão em português do: Guia para Espécies de Madeira Dura Americana, do AHEC (American Hardwood 

Export Council); órgão fiscalizador e fomentador no setor de madeiras do governo norte-americano. A publicação 

traz como mote principal a sustentabilidade alinhada a projetos de design e arquitetura e promove o repensar do uso de 

madeiras. O livro oferece informações técnicas e abrangentes sobre as 18 espécies de madeiras, obtidas e comercializadas 

de maneira responsável, provenientes dos EUA (Estados Unidos da América). 

A primeira metade do guia apresenta uma análise completa das propriedades, aplicações e credenciais ambientais dos 

EUA de espécies de madeiras disponíveis comercialmente. A segunda parte do livro fornece uma explicação simplificada do 

sistema de classificação da NHLA (National Hardwood Lumber Association), que é o padrão nacional da indústria madeireira 

de folhosa dos EUA e que compõe a classificação de exportação. 

Para Michael Snow, diretor executivo global do AHEC o guia é uma ferramenta essencial para arquitetos, designers de 

interiores, fabricantes de móveis e qualquer pessoa interessada em usar materiais de qualidade e sustentáveis em seus projetos. 

“A nossa missão é não só promover a matéria prima em si, mas também oferecer de forma gratuita um guia educativo 

sobre sustentabilidade e informações técnicas sobre o uso dessas madeiras. Com o livro em português, contribuímos com o 

setor ao incluirmos um player importante como o Brasil”, explica. O guia completo pode ser acessado pelo link bit.ly/guiadeespeciesahec 

O guia completo pode ser 

acessado pelo QRcode: 

Fotos: Divulgação American Hardwood Export Council 


NOTAS 

ATIVIDADE ECONÔMICA DO PARANÁ 

CRESCEU EM 2023 

Com um crescimento de 9,1% no acumulado entre janeiro e outubro de 2023 em comparação ao mesmo período de 

2022, o Paraná registrou o maior crescimento da atividade econômica no Brasil no período. O aumento está muito acima 

da média nacional, que foi de 2,4%, e também supera com folga o segundo Estado mais bem colocado, Goiás, que contabilizou 

6,2% neste mesmo intervalo de tempo. 

Os dados fazem parte do IBCR (Índice de Atividade Econômica Regional), cujo cálculo é feito pelo Banco Central. 

O IBCR é um indicador divulgado mensalmente que incorpora as informações sobre o desempenho da economia nos 

setores agropecuário, industrial, de serviços e de comércio a partir das pesquisas mensais do IBGE (Instituto Brasileiro de 

Geografia e Estatítica). 

Na região sul, o IBCR dos primeiros 10 meses do ano passado teve variação positiva de 2,4% em Santa Catarina e de 

2,8% no Rio Grande do Sul. Outras grandes economias tiveram desempenhos mais tímidos, casos de São Paulo (1,3%) e 

Rio de Janeiro e Minas Gerais (4,3%). 

Além do IBCR, dados do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgados em dezembro 

apontaram um crescimento de 6,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná de janeiro a setembro de 2023, somando 

R$ 485,8 bilhões, o equivalente a 6,1% das riquezas do Brasil. Ao longo dos últimos 20 anos, a economia paranaense 

também tornou-se mais dinâmica, com diversas regiões ganhando maior participação proporcional no PIB estadual. 

Em nível municipal, oito das 100 cidades com maior peso na economia nacional estão no Paraná 

Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN 


NOTAS 

VI ENCAPP 

ACONTECE EM SETEMBRO 

O principal evento da cadeia produtiva de portas, o Encapp (Encontro da Cadeia Produtiva da Porta) terá sua sexta edição 

realizada entre os dias 17 e 19 de setembro de 2024. O evento acontecerá na Semana Internacional da Madeira junto à 

Lignum Latin America, no Expotrade Convention Center, em Pinhais, município da região metropolitana de Curitiba (PR). A 

Abimci (Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente) é a entidade realizadora do Encapp por 

meio do PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações). “ O objetivo é atrair o maior 

número possível de empresas que forneçam tecnologias e soluções para a fabricação de portas de madeira. Nesta edição 

serão 552 m² (metros quadrados) disponíveis para exposição”, afirmou Paulo Pupo, superintendente da Abimci. Nesta sexta 

edição, o Encapp terá as seguintes áreas de exposição: madeiras, núcleo de portas, adesivos, colas, chapas, painéis, ferragens, 

tintas, vernizes, abrasivos, vedações, revestimentos, preservantes de madeiras, embalagens, máquinas e ferramentas 

de cortes. 

Assim como nas edições anteriores, as empresas expositoras terão acesso exclusivo à Rodada de Negócios, na qual poderão 

estreitar o relacionamento com as empresas fabricantes de portas de madeira participantes do PSQ-PME. As vendas 

das áreas de exposição já foram iniciadas. Informações sobre participação no encontro podem ser obtidas pelo e-mail contato@encapp.com.br. 

Para saber mais sobre o Encapp 2024, acesse www.encapp.com.br 



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NOTAS 

ORCHESTRA BRASIL ENCERROU 2023 

COM SALDO POSITIVO 

Com participações em feiras, missão comercial e projeto comprador, o Orchestra Brasil chegou ao final de 2023 com projeção 

de alcançar US$ 20,9 milhões em negócios. A estimativa considera os mais de US$ 4,1 milhões já efetuados durante as 

ações e as transações que devem se concretizar pelos próximos meses. 

O Orchestra Brasil é realizado pelo Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves) em parceria 

com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). 

A gerente do Orchestra Brasil, Ana Cristina Schneider, ressalta que o cenário global impactou todo o setor moveleiro, 

tornando desafiadora a performance internacional das empresas que integram o projeto. “México e Peru se destacaram 

dentre os países-alvo para as exportações, pois, comparado a 2022, nossos fornecedores de produtos e serviços apresentaram 

crescimento nesses dois mercados. Em outros, verificamos estabilidade ou pequeno decréscimo, mas, ainda assim, 

acima da média geral do setor moveleiro”, explica Schneider. 

Atualmente o projeto conta com 75 empresas participantes localizadas em seis Estados brasileiros (Espírito Santo, Goiás, 

Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). Elas são fornecedoras dos mais diversos segmentos, que compõem 

a cadeia moveleira, como máquinas, adesivos, tintas, softwares, embalagens, acessórios, exaustores industriais, ferramentas, 

compensados, entre outros. 

Fotos: Augusto Tomasi/Vagão Filmes 


CUPIM SUBTERRÂNEO 

NORMA ASTM D:3345-74 (1999) 

AVALIAÇÃO 10 

CIPERTRIN MD foi aplicado em painéis compensados pelo processo de adição à cola e tratamento superficial, posteriormente 

estes painéis foram submetidos ao ataque de CUPINS SUBTERRÂNEOS conforme NORMA ASTM D:3345-74 (1999) 

(Stabd Test Method for Laboratory Evoluation of Wood and Other Cellulosic Materials for Resistence to Termites), obtendo 

resultados de avaliação 10, onde demonstra total eficiência contra o ataque dos CUPINS SUBTERRÂNEOS, atendendo 

assim, a Norma de Preservação de Madeira ABNT 16143 (Sistema de Categoria de Uso). 

• Líder no tratamento inseticida de painéis de 

madeira, (compensados, MDF, HDF, OSB, e outros) 

por adição à cola e tratamento superficial; 

• Indicadores: EC 257-842-9 / 

CAS 52315-07-08 / EPA 70506-10; 

• Compatível com resinas de última geração; 

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NOTAS 


PRESSÃO POR MADEIRA 

LIVRE DO DESMATAMENTO 

O parlamento do Reino Unido aumentou a pressão às exportações de commodities pela Grã-Bretanha ligadas ao desmatamento 

do meio ambiente. A Câmara dos Lordes recebeu a publicação do relatório feito pela EAC (Comitê de Auditoria 

Ambiental, em português) que cita a necessidade da criação de um indicador de pegada de carbono, bem como, o 

trabalho em conjunto com parceiros internacionais para o combate ao desmatamento. 

Entre essas commodities estão os produtos do segmento florestal e o órgão deseja que todos os itens importados para 

a venda no mercado britânico recebam uma certificação que ateste a procedência. O relatório ainda critica a demora na 

implementação de medidas efetivas no combate ao desmatamento global pelo Reino Unido. 

Em maio de 2023, o parlamento da UE (União Europeia) ratificou a lei que proíbe aos países do bloco a importação de 

matérias-primas e produtos derivados oriundos do desmatamento, como óleos, carne, soja, borracha e madeira. As empresas 

que exportam essas matérias-primas e produtos à UE irão precisar apresentar certificados, que comprovem a origem 

não ligada ao desmatamento, incluindo coordenadas de geolocalização da produção e a garantia de respeito aos direitos 

humanos, em especial de povos indígenas. 


NOTAS 

MANUTENÇÃO DO PARCELAMENTO 

SEM JUROS 

No final de dezembro de 2023, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu manter o parcelamento sem juros das 

compras no cartão de crédito. Caso fosse aprovado o fim da modalidade, a decisão afetaria diretamente os pequenos negócios 

do país. Isto porque grande parte dos varejistas no Brasil adotam o parcelamento no cartão para efetivar ao menos 

parte de suas vendas, defendeu o Sebrae, lembrando que é uma das 11 entidades que integram a campanha: Parcelo Sim!; 

em defesa da manutenção do modelo. 

O presidente do Sebrae, Décio Lima, comemorou a continuidade da modalidade. “Entendemos que é um modelo que 

beneficia a população, que pode continuar consumindo, e os empreendedores, que utilizam a modalidade para ganhar fôlego. 

Essa é uma ferramenta de crédito insubstituível, por ser a única sem juros no país”, afirmou. “Vamos continuar mobilizados 

para que essa conquista da população permaneça por muito tempo”, completou Décio. O tema voltará a ser discutido 

neste ano de 2024, possivelmente em consulta pública organizada pelo CMN. 

Levantamento do Instituto Locomotiva mostra que cerca de 115 milhões de brasileiros só conseguiram conquistar seus 

sonhos até hoje, porque puderam comprar nessa modalidade. O cartão de crédito também é usado por 39% dos donos de 

pequenos negócios como modalidade de financiamento, conforme aponta a pesquisa: Financiamento dos pequenos negócios 

no Brasil; realizada pelo Sebrae. No total, o parcelamento sem juros movimenta R$ 1 trilhão, correspondendo a 10% do 

PIB (Produto Interno Bruto) do país. 



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NOTAS 

POLÍTICA 

INDUSTRIAL 

O governo federal lançou no final de janeiro um plano para o desenvolvimento da indústria brasileira nos 

próximos anos. Chamado Nova Indústria Brasil, o plano inclui um pacote de R$ 300 bilhões em crédito para 

projetos em pesquisa e inovação no setor até o ano 2026 e outros incentivos para os empresários conseguirem 

impulsionar seus negócios até 2033. 

De acordo com o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, o Nova Indústria 

Brasil, representa um plano consistente de ações para incentivar a produtividade, a inovação e a inserção da 

indústria brasileira nas cadeias globais de valor. “Precisamos ganhar vantagens competitivas para nossas indústrias. 

Vamos descarbonizar a nossa indústria para recuperar a nossa manufatura, para agregar valor e empregos 

de qualidade “, disse Ricardo. 

O presidente da CNI destacou a relevância do Plano Mais Produção, que contará com linhas de crédito no 

valor de R$ 300 bilhões. Os recursos serão destinados a projetos sob quatro temas transversais: inovação, produtividade, 

descarbonização e exportações, por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 

e Social). “Temos uma pujante indústria que serve de base para o agronegócio, porque houve recurso, 

ambiente para que crescesse e desse certo. Temos uma convergência de fatores agora para o setor indústria 

como um todo”, destacou Ricardo. 



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APLICAÇÃO 


MATO GROSSO ATUALIZA 

LEGISLAÇÃO DO SETOR 

DE BASE FLORESTAL 

No início de 2024, o governo do Mato Grosso publicou duas 

leis no Diário Oficial do Estado que foram pleitos do Cipem (Centro 

das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato 

Grosso), por meio da Câmara Técnica Florestal. As duas leis foram 

atualizadas pela ALMT (Asssembleia Legislativa do Mato Grosso) 

e sancionadas pelo governador. Uma das atualizações amplia a 

validade da Autorização para Exploração dos PMFS (Planos de 

Manejo Florestal Sustentável) de 12 para 24 meses, excetuando os 

períodos de restrição da atividade de corte, arraste e transporte 

na floresta no período chuvoso. Tal ajuste ocorreu por meio da LC 

(Lei Complementar) número 786/2024, que alterou artigo da LC 

número 592/2017, que dispõe sobre o PRA (Programa de Regularização 

Ambiental), disciplina o CAR (Cadastro Ambiental Rural), 

a regularização ambiental dos imóveis rurais e o licenciamento 

ambiental das atividades poluidoras ou utilizadoras de recursos 

naturais, no âmbito do Estado de Mato Grosso. 

AVANÇOS 

SIGNIFICATIVOS 

A outra mudança advém da LC número 785/2024, que inclui na LC 

592/2017 artigo que prevê a emissão de ACAI (Autorização do Corte 

de Árvores Isoladas). Conforme explica o diretor-executivo do Cipem, 

Valdinei Bento, a atualização da norma não autoriza a supressão de vegetação, 

apenas a colheita de espécies arbóreas isoladas quando houver 

a conversão de área de pastagem em agricultura, facilitando o processo 

de mecanização das lavouras. Valdinei também destacou que a extensão 

da validade da Autex (Autorização de Exploração Florestal) para o dobro 

do prazo anteriormente vigente contribui para reduzir o acúmulo de processos 

de análises dentro do órgão ambiental. “Em Mato Grosso a permissão 

de exploração ainda era de 12 meses, prorrogável por igual período 

de 12 meses. Isso acarretava em mais processos no órgão ambiental 

e morosidade para o empreendedor florestal, que tinha que aguardar o 

trâmite burocrático, impactando negativamente na colheita, produção e 

comercialização dos produtos florestais”, explicou Valdinei. 

O presidente do Cipem, Ednei Blasius, expressou sua satisfação em 

relação à publicação das leis que representam um significativo avanço e 

atende às necessidades do setor de base florestal. 



FRASES 

“COM UM CENÁRIO ECONÔMICO DE INCERTEZAS, AUMENTO 

DA CARGA DE ICMS VIA CORTE DE INCENTIVOS FISCAIS E 

INSEGURANÇA JURÍDICA, OS EMPRESÁRIOS ESTÃO RECEOSOS E 

MANTÊM CAUTELA EM RELAÇÃO A FUTUROS INVESTIMENTOS” 

PRESIDENTE DA FIERGS (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS 

DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL), GILBERTO 

PORCELLO PETRY 

“A NOVA 

POLÍTICA 

POSICIONA A 

INOVAÇÃO E A 

SUSTENTABILIDADE 

NO CENTRO DO 

DESENVOLVIMENTO 

ECONÔMICO, 

ESTIMULANDO 

A PESQUISA E A 

TECNOLOGIA NOS MAIS 

DIVERSOS SEGMENTOS, 

COM RESPONSABILIDADE 

SOCIAL E AMBIENTAL” 

GERALDO ALCKMIN, 

VICE-PRESIDENTE DA 

REPÚBLICA E MINISTRO 

DO MDIC (MINISTÉRIO 

DO DESENVOLVIMENTO, 

INDÚSTRIA, COMÉRCIO 

E SERVIÇOS) NO 

LANÇAMENTO DO 

TEXTO NIB (NOVA 

INDÚSTRIA BRASIL), 

QUE VAI DIRECIONAR 

A POLÍTICA INDUSTRIAL 

VISANDO IMPULSIONAR 

O DESENVOLVIMENTO 

NACIONAL ATÉ 2033 

“OS PRODUTOS FLORESTAIS DE MATO GROSSO 

ATENDEM AOS RIGOROSOS CRITÉRIOS DE 

RASTREABILIDADE, QUALIDADE E DIVERSIDADE DE 

ESPÉCIES, COM VOLUME DE PRODUÇÃO SUFICIENTE 

PARA ATENDER A DEMANDA DE CONSUMIDORES 

NACIONAIS E INTERNACIONAIS” 

Foto: Cadu Gomes/VPR 

EDNEI BLASIUS, PRESIDENTE DO CIPEM AO COMENTAR A 

EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO DO SETOR EM 2024 

“VAMOS JUNTAR OS ESFORÇOS E 

BUSCAR CONTRIBUIR PARA QUE A 

INDÚSTRIA NO BRASIL APROVEITE 

A JANELA DE OPORTUNIDADES QUE 

AS NOVAS DEMANDAS MUNDIAIS, 

INCLUINDO A GEOPOLÍTICA, ESTÃO 

NOS OFERECENDO. NÃO SE TRATA 

DE IDEOLOGIAS POLÍTICAS, MAS 

SIM, DE UMA REAL URGÊNCIA DE 

TRANSFORMARMOS NOSSA REALIDADE 

INDUSTRIAL, ASSIM COMO AS DEMAIS 

NAÇÕES ESTÃO FAZENDO” 

RICARDO ALBAN, PRESIDENTE DA CNI 

(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA) 

AO COMENTAR O LANÇAMENTO DA NOVA 

POLÍTICA INDUSTRIAL 


ENTREVISTA 

NEGÓCIO 

MAIS SUSTENTÁVEL 

Foto: Gelson Bampi 

A MORE 

SUSTAINABLE 

BUSINESS 

ENTREVISTA 

M 

uito se fala sobre a necessidade da adoção de práticas 

ESG (Environmental, Social and Governance), 

um modelo de negócios mais sustentável. Para 

aprofundar sobre este assunto conversamos com o 

vice-presidente da Fiep (Federação das Indústrias do 

Estado do Paraná) Roni Junior Marini, coordenador do Conselho Setorial 

da Indústria da Madeira na federação, também vice-presidente 

da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada 

Mecanicamente) e atual coordenador do Comitê de Compensados 

da entidade. Em sua trajetória profissional foi, ainda, presidente da 

Associação dos Engenheiros de Palmas (PR) e presidente do Sindipal 

(Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Madeiras 

Compensadas, Laminados e de Marcenaria de Palmas) por três 

gestões. Na entrevista para a Revista REFERÊNCIA MADEIRA INDUS- 

TRIAL ele destaca a importância deste modelo de negócios e qual 

panorama atual nas empresas. 

M 

uch is said about the need to adopt Environmental, Social, 

and Governance (ESG) practices - a more sustainable 

business model. To delve deeper into this subject, we 

spoke with Roni Junior Marini, Vice-president of the State 

of Paraná Federation of Industries (Fiep) and Coordinator 

of the Sectorial Council of the Wood Industry in the Federation, also 

Vice-president of the Brazilian Association of the Mechanically Processed 

Wood Industry (Abimci) and current coordinator of the entity’s Plywood 

Committee. In his professional career, he was also President of the Palmas 

(PR) Association of Engineers and President of the Palmas Business Union 

of Sawmills, Carpentry, Cooperage, Plywood, Laminate and Woodworking 

Companies (Sindipal) for three terms. In the interview with REFERÊNCIA 

Madeira Industrial, he highlights the importance of this business model 

and the current panorama in companies. 

RONI JUNIOR MARINI 

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ENGENHARIA CIVIL PELA UFPR 

(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); MBA EM GESTÃO 

EMPRESARIAL PELA FAE (FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E 

ECONOMIA). 

CARGO: VICE-PRESIDENTE DA FIEP (FEDERAÇÃO DAS 

INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ) 

PROFESSIONAL EDUCATION: CIVIL ENGINEERING FROM THE FEDERAL UNIVERSITY 

OF PARANÁ (UFPR); MBA FROM THE FACULTY OF ADMINISTRATION AND 

ECONOMICS (FAE). 

FUNCTION: VICE-PRESIDENT OF THE STATE OF PARANÁ FEDERATION OF 

INDUSTRIES (FIEP) 


QUAL MELHOR DEFINIÇÃO PARA ESG (ENVIRON- 

MENTAL, SOCIAL AND GOVERNANCE)? É UMA ES- 

TRATÉGIA DE NEGÓCIO? 

ESG é a sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança. 

Trata-se de um modelo de negócios mais sustentável, 

que avalia e se responsabiliza por seus impactos, 

ensejando o cuidado ambiental, o comprometimento 

com o desenvolvimento das pessoas, comunidades e relacionamentos, 

e, o comportamento ético e transparente. 

Ou seja, enquanto diretriz o ESG ampara a atuação do 

negócio, com foco na minimização de riscos e na maximização 

de impactos positivos em toda a cadeia de valor. 

Portanto, pode-se dizer que sim, é uma estratégia de negócio 

e um comportamento organizacional, cada vez mais 

exigido pelo mercado. 

QUAIS AS PRINCIPAIS VANTAGENS PARA AS EM- 

PRESAS ADOTAREM O ESG? 

Ao adotar critérios ESG para a gestão as empresas 

promovem o diálogo e engajamento com stakeholders, 

avaliam os impactos de seus relacionamentos; monitoram 

aspectos relevantes e respectivos indicadores; planejam 

melhorias contínuas. Pesquisas recentes demonstram a 

importância da adoção de critérios ESG nas empresas 

brasileiras e sua relação com resultados positivos. Um estudo 

realizado em 2023 pela CNI (Confederação Nacional 

da Indústria) revelou que somente 3% das indústrias não 

têm medidas relacionadas à sustentabilidade; nove em 

cada dez empresas industriais pesquisadas, ou 89% adotam 

medidas para reduzir a geração de resíduos sólidos; 

86% têm medidas para otimizar o consumo de energia; 

e 83% para otimizar o uso de água. Já no Panorama ESG 

Brasil (Amcham e Humanizadas, 2023), que contou com 

574 respondentes cujo faturamento anual aproximado 

é de R$ 762 bilhões, 82% dos respondentes acreditam 

que CEOs devam liderar ativamente a agenda ESG; 59% 

associam a inovação em ESG à expansão dos negócios 

com novos produtos e mercados. Os pesquisados dizem, 

ainda, que o investimento em ESG é importante para: 

fortalecer a reputação da marca (61%), ter impacto positivo 

em questões socioambientais (57%); reduzir riscos 

ambientais, sociais e de governança (40%); e, fortalecer o 

engajamento dos colaboradores (33%). Estes dados, dentre 

outras conclusões das pesquisas vêm corroborando a 

crescente implementação de ações alinhadas ao conceito 

ESG enquanto vantagem competitiva. 

DE FORMA PRÁTICA, COMO DEVE SER A APLICA- 

ÇÃO DO ESG? 

O ponto de partida deve ser a definição do escopo 

da gestão ESG - da materialidade -, que é dada pela 

análise dos diferentes tipos e níveis de impacto dos processos 

no meio ambiente e na cadeia de relacionamento 

da empresa. Há uma exigência cada vez maior de balizar 

a gestão ESG considerando como a empresa se relaciona 

com seus stakeholders, o que também considera a gestão 

de riscos e a minimização de impactos negativos. Outro 

ponto decorrente da definição da materialidade é estabelecer 

os indicadores e o monitoramento dos aspectos 

WHAT IS THE BEST DEFINITION OF ESG? IS IT A BU- 

SINESS STRATEGY? 

ESG is the acronym for Environmental, Social, and Governance. 

It is a more sustainable business model, which 

evaluates and takes responsibility for its impacts, enabling 

environmental care, commitment to the development of 

people, communities, and relationships, and ethical and 

transparent behavior. In other words, as a guideline, ESG supports 

business performance with a focus on minimizing risks 

and maximizing positive impacts throughout the value chain. 

Therefore, it can be said that yes, it is a business strategy and 

an organizational behavior increasingly demanded by the 

market. 

WHAT ARE THE MAIN ADVANTAGES FOR COMPA- 

NIES TO ADOPT ESG PRACTICES? 

By adopting ESG criteria for management, companies 

promote dialogue and engagement with stakeholders, 

evaluate the impacts of their relationships, monitor relevant 

aspects and their indicators, and plan continuous improvements. 

Recent studies demonstrate the importance of adopting 

ESG criteria in Brazilian companies and their relationship 

with positive results. A survey carried out in 2023 by the National 

Confederation of Industry (CNI) revealed that only 3% 

of companies do not have measures related to sustainability; 

nine out of ten industrial companies surveyed, or 89%, adopted 

measures to reduce the generation of solid waste; 86% 

have measures in place to optimize energy consumption; and 

83% maximize water use. In the Panorama ESG Brasil (Amcham 

and Humanizadas, 2023), which had 574 respondents 

whose approximate annual revenue is R$ 762 billion, 82% of 

respondents believe that CEOs should actively lead the ESG 

agenda; 59% associate ESG innovation with business expansion 

with new products and markets. Those surveyed also say 

that investing in ESG practices is essential to strengthen their 

brand’s reputation (61%), have a positive impact on social and 

environmental issues (57%), reduce environmental, social, and 

governance risks (40%), and strengthen employee engagement 

(33%). This data, among other research conclusions, has 

corroborated the growing implementation of actions aligned 

with the ESG concept as a competitive advantage. 

IN A PRACTICAL WAY, HOW SHOULD ESG BE 

APPLIED? 

The starting point should be the definition of the scope 

of ESG management - materiality - which is given by the 

analysis of the different types and levels of impact of proces- 

O ESG AMPARA A 

ATUAÇÃO DO NEGÓCIO, 

COM FOCO NA MINIMIZAÇÃO DE 

RISCOS E NA MAXIMIZAÇÃO DE 

IMPACTOS POSITIVOS EM TODA A 

CADEIA DE VALOR 

FEVEREIRO 2024 31

ENTREVISTA 

ESG relevantes para cada negócio, com base em metodologias 

reconhecidas globalmente. Mas, vale lembrar 

que em boa parte o ESG já acontece na prática, pois desses 

critérios depende a própria produção. São exemplos 

a gestão de resíduos e logística reserva, o reuso da água, 

as fontes de energia limpa, a redução de emissões, no 

campo ambiental; as ações de promoção da qualidade de 

vida do trabalhador, de diversidade e inclusão, de engajamento 

com a comunidade no escopo social; e as políticas, 

diretrizes, processos, estrutura de gestão, na área da 

governança. 

O ESG JÁ É UMA REALIDADE EM EMPRESAS 

FORA DO BRASIL? 

Sim, fora do Brasil é uma realidade motivada, entre 

outros, por uma crescente obrigatoriedade, a exemplo da 

legislação antidesmatamento, que entrou em vigor recentemente 

na UE (União Europeia), exigindo que empresas 

que usam óleo de palma, soja, café, borracha, carne, 

cacau, madeira e derivados como móveis e chocolate, 

comprovem o não envolvimento com o desmatamento 

ou degradação florestal. Países que exportam para a UE, 

a exemplo do Brasil, serão classificados de acordo com o 

grau de risco e submetidos a procedimentos de due diligence 

para comprovar suas práticas. Existem propostas 

para que China e EUA (Estados Unidos da América) adotem 

legislações semelhantes. Tais posturas buscam reverter 

a reputação desses países, por serem responsáveis 

por grande parte do desmatamento de florestas tropicais, 

devido à importação de produtos, o que irá impactar 

cada vez mais os países fornecedores de comodities, 

como o Brasil. Portanto, é crucial para nossa economia 

nos adequarmos, disso dependerá o acesso à crédito, ao 

mercado e a garantia de reputação associada às questões 

éticas. 

A PARTIR DE QUE MOMENTO UMA EMPRESA 

DEVE SE PREOCUPAR COM O ESG? 

Na prática, o ESG já faz parte do cotidiano das organizações, 

pois, independente do porte ou do setor todas 

as empresas precisam estabelecer critérios para produzir 

de acordo com as exigências de mercado, indo além da 

qualidade, para a contenção da impactos negativos para 

as pessoas e para o meio ambiente. Além disso, há um 

número crescente de certificações globais, legislações 

locais e internacionais, que abarcam aspectos ESG e são 

diferenciais competitivos nas relações de compra, venda e 

obtenção de crédito, tanto para países, quanto para empresas. 

Portanto, independente do setor ou porte todas 

devem analisar sua materialidade e impactos, para adaptar-se 

às exigências contemporâneas. Temos visto muitas 

startups, microempresas e pequenos negócios preocupados 

com sustentabilidade desde que nascem. 

EXISTE SETORES COM MAIOR OU MENOR DIFI- 

CULDADE PARA APLICAR OS PRINCÍPIOS ESG? 

Alguns setores possuem maior complexidade de acorses 

on the environment and the company’s relationship chain. 

There is an increasing demand to guide ESG management 

considering how the company relates to its stakeholders, 

which also considers risk management and the minimization 

of negative impacts. Another point arising from the definition 

of materiality is to establish indicators and monitoring of ESG 

aspects relevant to each business based on globally recognized 

methodologies. But to a large extent, it is worth remembering 

that ESG already happens in practice, as production 

itself depends on these criteria. Examples are waste management, 

reverse logistics, water reuse, clean energy sources, 

emission reduction in the environmental field; actions to promote 

the quality of life of the worker, diversity and inclusion, 

engagement with the community in the social scope; and 

policies, guidelines, processes, and management structure in 

the governance area. 

IS ESG ALREADY A REALITY IN COMPANIES OUTSI- 

DE BRAZIL? 

Yes, outside Brazil, it is a reality motivated by, among 

other factors, a growing obligation, such as anti-deforestation 

legislation, which recently came into force in the European 

Union (EU), requiring companies that use palm oil, soybeans, 

coffee, rubber, meat, cocoa, and wood and derivatives such 

as furniture and chocolate, to prove that they are not involved 

in deforestation or forest degradation. Countries that export 

to the EU, such as Brazil, will be classified according to the 

degree of risk and subjected to due diligence procedures 

to prove their practices. There are proposals for China and 

the United States to adopt similar legislation. Such stances 

seek to reverse the reputation of these countries, as they are 

responsible for a large part of the deforestation of tropical 

forests due to the import of products, which will increasingly 

impact commodity supplier countries, such as Brazil. Therefore, 

our economy must adapt and have access to credit and 

markets, and the guarantee of reputation associated with 

ethical issues will depend on it. 

AT WHAT POINT SHOULD A COMPANY BE CONCER- 

NED ABOUT ESG? 

In practice, ESG is already part of the daily life of organizations 

because, regardless of size or sector, all companies 

need to establish criteria to produce according to market 

requirements, going beyond quality to contain negative 

impacts on people and the environment. In addition, there 

is a growing number of global certifications and local and 

international legislation that cover ESG aspects and are competitive 

differentials in the relationships of buying, selling, 

and obtaining credit, both for countries and companies. 

Therefore, regardless of the sector or size, all must analyze 

their materiality and impacts to adapt to contemporary requirements. 

We have seen many startups, micro-enterprises, and 

small businesses concerned about sustainability since they 

started up. 

ARE THERE SECTORS WITH GREATER OR LESSER 

DIFFICULTY IN APPLYING ESG PRINCIPLES? 


ENTREVISTA 

do com seus insumos, processos e produtos, podendo, 

consequentemente, enfrentar maiores desafios. Por isso, 

diagnóstico e planejamento pautados em metodologias 

conceituadas são essenciais e facilitam a implementação. 

É preciso observar também as questões contextuais, 

como por exemplo uma pandemia, as crises climáticas e 

as dinâmicas que alteram o contexto da sustentabilidade 

e exigem tomadas de decisão nos âmbitos econômico, 

social e político. 

EXISTEM CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS PARA ESG 

EM DIFERENTES SETORES? COMO VÊ A ADOÇÃO 

DE ESG NAS EMPRESAS DO SETOR DA MADEIRA? 

Sim, existem critérios específicos por setor, dados 

pelo tipo e nível de impactos provocados pelos processos 

do negócio. Por exemplo, a SASB (Sustainability 

Accounting Standard Board) é uma entidade que oferece 

padrões contábeis de sustentabilidade para 77 setores 

produtivos, pautados em risco e oportunidades específicos. 

No caso das empresas do setor de madeira, entendo 

que é extremamente importante conciliar o desenvolvimento 

econômico com a responsabilidade socioambiental 

e a governança. Não existe outra maneira de garantir 

um futuro mais sustentável. No nosso setor, as empresas 

dependem muito da floresta, então cada vez mais estão 

adotando práticas sustentáveis, como certificações florestais, 

gestão do uso da terra e manejo responsável das 

florestas. Isso envolve também o respeito aos direitos dos 

trabalhadores, com a garantia de condições justas de trabalho. 

Então, de maneira geral, entendo que o setor da 

madeira está cada vez mais aplicando o ESG dentro das 

empresas. 

QUAL O CUSTO PARA IMPLANTAR ESG? 

Não é possível precisar um custo fixo, visto que a 

adaptação de processos e procedimentos aos critérios 

ESG vai variar bastante de empresa para empresa. De 

qualquer forma, é possível começar pelo mais simples e 

fazer valer a máxima: ESG não é custo, mas sim investimento, 

que deve impactar em resultados mais qualitativos 

no médio e longo prazo. 

COMO MEDIR OS INDICADORES ESG? 

Existem diferentes metodologias de gestão, mensuração 

e publicação em uso no mundo, desde as mais 

amplas que abordam aspectos econômicos, sociais, ambientais 

e de governança, até mais aplicadas à uma área, 

como por exemplo, às questões climáticas. Novamente, 

o que deve balizar a adesão às certificações, normas e diretrizes 

de gestão pelas empresas é a sua materialidade, 

seus impactos na cadeia considerando a maximização da 

geração de valor. Tendo o escopo ESG definido, a empresa 

deve estruturar a gestão integrada, incorporada aos 

processos e cultura organizacional, além de dar transparência 

às suas ações e dados em relatórios que permitam 

a análise de todos os públicos interessados, como as comunidades, 

os colaboradores, os clientes e os acionistas. 

Some sectors have greater complexity according to 

their inputs, processes, and products and may consequently 

face more significant challenges. Therefore, diagnosis and 

planning based on reputable methodologies are essential 

and facilitate implementation. It is also necessary to look at 

contextual issues, such as a pandemic, climate crises, and dynamics 

that alter the context of sustainability and require decision-making 

in the economic, social, and political spheres. 

ARE THERE SPECIFIC CHARACTERISTICS FOR ESG 

IN DIFFERENT SECTORS? HOW DO YOU SEE THE 

ADOPTION OF ESG IN COMPANIES IN THE FOREST 

PRODUCT SECTOR? 

Yes, there are specific criteria per sector, given by the 

type and level of impacts caused by business processes. 

For example, the Sustainability Accounting Standard Board 

(SASB) is an entity that offers sustainability accounting standards 

for 77 productive sectors based on specific risks and 

opportunities. In the case of companies in the Forest Product 

Sector, I believe that it is imperative to reconcile economic 

development with social and environmental responsibility 

and governance. There is no other way to ensure a more 

sustainable future. In our Sector, companies rely heavily on 

forests, so they are increasingly adopting sustainable practices 

such as forest certifications, land use management, and 

responsible forest management. This also involves respect for 

workers’ rights, with the guarantee of fair working conditions. 

So, in general, I understand that the Forest Product Sector is 

increasingly applying ESG within companies. 

WHAT IS THE COST OF IMPLEMENTING ESG? 

It is not possible to specify a fixed cost since the adaptation 

of processes and procedures to ESG criteria will vary 

significantly from company to company. In any case, it is possible 

to start with the simplest and enforce the maxim: ESG 

is not a cost but rather an investment, which should impact 

more qualitative results in the medium and long term. 

HOW DO YOU MEASURE ESG INDICATORS? 

There are different management, measurement, and 

publication methodologies in use around the world, from the 

broadest that address economic, social, environmental, and 

governance aspects to more applied to an area, such as climate 

issues. Again, what should guide companies’ adherence 

to certifications, standards, and management guidelines is 

their materiality and their impacts on the chain, considering 

the maximization of value generation. Once the ESG scope 

has been defined, the company must structure integrated 

management and incorporate it into the organizational processes 

and culture, in addition to providing transparency to 

its actions and data in reports that allow analysis by all stakeholders, 

such as communities, employees, customers, and 

shareholders. 

WITHIN THE FIEP SYSTEM, WHAT HAS THE WORK 

BEEN TO POPULARIZE ESG PRINCIPLES? 

The Fiep System is a signatory to the global compact, the 


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ENTREVISTA 

DENTRO DO SISTEMA FIEP COMO TEM SIDO O 

TRABALHO PARA POPULARIZAR OS PRINCÍPIOS 

ESG? 

O Sistema Fiep é signatário do pacto global, dos 

WEPs (Princípios de Empoderamento das Mulheres), é 

mobilizador da Agenda 2030/ODS (Objetivos de Desenvolvimento 

Sustentável), sendo uma referência para as 

indústrias, pois, possui uma série de iniciativas neste sentido, 

perpassando suas diferentes áreas de atuação. No 

Centro de Inovação SESI, por exemplo, assessoramos as 

indústrias na definição da materialidade, em diagnósticos, 

capacitações, planejamentos, implementação de ações 

ESG e relato de sustentabilidade, por meio das consultorias; 

promovemos a interação de diferentes setores da 

sociedade em eventos sobre as temáticas, como o já tradicional 

Congresso e Prêmio ODS, o Portas Abertas ESG, 

dentre outros. A Chamada SESI ESG é uma iniciativa que 

merece destaque por estar trazendo muitas indústrias de 

diferentes portes e setores para o universo ESG, a partir 

de uma metodologia de engajamento e melhoria de processos. 

ACREDITA QUE NOVAS GERAÇÕES VÃO ESTAR 

MAIS APTAS AO ESG NO AMBIENTE INDUSTRIAL, 

EMPRESARIAL? 

Sim, as novas gerações têm tido possibilidades diferentes 

de outros momentos históricos, no acesso a informações 

e interações propiciadas pela tecnologia, o que 

pode ser um diferencial positivo se bem canalizado, além 

disso, têm maior pré-disposição para se identificar com 

critérios ESG no campo valorativo, tanto enquanto consumidores 

finais, quanto enquanto colaboradores. Um dos 

fatores de fidelização é a combinação de produto com 

propósito e apoio à causa socioambiental, o que se configura 

como mais um aspecto a ser tratado pelas empresas 

como estratégico. 

E COM RELAÇÃO A QUESTÃO DE GÊNERO, TAM- 

BÉM PASSA PELOS PRINCÍPIOS ESG? 

Certamente. A DIEP (Diversidade, Equidade, Inclusão 

e Pertencimento) correspondem aos critérios sociais e de 

governança do ESG e a um conjunto de impactos que 

abrangem desde a igualdade de oportunidades e a qualidade 

de vida de colaboradores e comunidades, até a melhoria 

de resultados financeiros devido à multiplicidade 

de competências presente nas empresas mais diversas. 

Neste sentido, a equidade de gênero é um aspecto que 

figura como material em empresas de diferentes setores 

produtivos e portes, bem como, é apontado globalmente 

como um fator crucial ao desenvolvimento dos países. 

Entretando, ainda são grandes as barreiras socioculturais 

que precisam ser ultrapassadas para alcançarmos melhores 

indicadores neste quesito, espera-se que a compreensão 

dos critérios ESG possa ser um facilitador para a 

ampliação de ações afirmativas de DIEP. 

Women’s Empowerment Principles (WEP), and is a mobilizer 

of the 2030/Sustainable Development Goals Agenda (SDG), 

being a reference for industries, as it has a series of initiatives 

in this regard, crossing its different areas of activity. At the 

Sesi Innovation Center, for example, we advise companies 

in the definition of materiality, in the diagnostics, training, 

planning, implementation of ESG actions, and sustainability 

reporting through consultancies; we promote the interaction 

of different sectors of society in events on the themes, such 

as the traditional SDG Congress and Award, and the Portas 

Abertas ESG (ESG Open Doors), among others. The Chamada 

SESI ESG (SESI ESG Call) is an initiative that deserves to 

be highlighted because it is bringing many companies and 

sectors of different sizes to the ESG universe based on a methodology 

of engagement and process improvement. 

DO YOU BELIEVE THAT NEW GENERATIONS WILL 

BE MORE APT FOR ESG IN THE INDUSTRIAL BUSINESS 

ENVIRONMENT? 

Yes, new generations have had different possibilities 

from other historical moments in access to information and 

interactions provided by technology, which can be a positive 

differential if well channeled; in addition, they have a greater 

predisposition to identify with ESG criteria in the value field, 

both as end consumers and as employees. One of the loyalty 

factors is the combination of product with purpose and 

support for the socio-environmental cause, which is another 

aspect to be treated by companies as strategic. 

AND WITH REGARD TO THE GENDER ISSUE, DOES 

IT ALSO INVOLVE ESG PRINCIPLES? 

Certainly. Diversity, Equity, Inclusion, and Belonging 

(Deib) corresponds to the social and governance criteria of 

ESG and to a set of impacts that range from equal opportunities 

and the quality of life of employees and communities 

to the improvement of financial results due to the diversity 

of skills present in the most diverse companies. In this sense, 

gender equality is an aspect that figures as material in 

companies within different productive sectors and sizes, and 

it is being pointed out globally as a crucial factor for the 

development of countries. However, there are still significant 

sociocultural barriers that need to be overcome in order to 

achieve better indicators in this regard, and it is hoped that 

the understanding of ESG criteria can be a facilitator for the 

expansion of Deib affirmative actions. 

ESG NÃO É CUSTO, MAS SIM 

INVESTIMENTO, QUE DEVE 

IMPACTAR EM RESULTADOS MAIS 

QUALITATIVOS NO MÉDIO E LONGO 

PRAZO 


PRINCIPAL 

FORMÓBILE 

APRESENTA DESTAQUES 

DA SUA 10ª EDIÇÃO 

FEIRA DA INDÚSTRIA DE MÓVEIS E MADEIRA 

ATRAI EXPOSITORES E VISITANTES DA 

AMÉRICA LATINA 

Fotos: Formóbile 


THE HIGHLIGHTS 

FOR THE 10 TH 

FORMÓBILE 

THE INTERNATIONAL TRADE SHOW FOR 

THE FURNITURE AND WOOD INDUSTRIES 

ATTRACTS EXHIBITORS AND VISITORS 

FROM LATIN AMERICA 

FEVEREIRO 2024 39

PRINCIPAL 

C 

ompletando duas bem sucedidas décadas, 

a ForMóbile, maior feira do setor e principal 

evento da indústria de móveis e madeira da 

América Latina, chega em sua 10ª edição 

com mais de 550 marcas expositoras confirmadas 

e expectativa de receber aproximadamente 

50 mil profissionais do segmento, de 2 a 5 de julho de 

2024, no São Paulo Expo. 

A ForMóbile é um evento significativo no setor moveleiro, 

servindo como um ponto de encontro essencial 

para marceneiros, arquitetos, fornecedores e revendedores 

nacionais e internacionais. A feira proporciona um 

ambiente propício para interações profissionais e oportunidades 

de negócios, permitindo que os participantes 

explorem as últimas novidades e tendências do mercado. 

Sob a gestão de Tatiano Segalin, business manager 

da ForMóbile, a 10ª edição é encarada com otimismo, 

pois representa uma oportunidade para impulsionar os 

negócios no cenário nacional e internacional. Segundo 

Segalin, a feira desempenha um papel estratégico crucial 

ao promover a integração da cadeia moveleira em torno 

da inovação para as empresas do setor. 

“Estamos entusiasmados com a próxima edição da 

ForMóbile, que marca nosso 20º aniversário. O evento 

atrai uma ampla participação da indústria e da cadeia 

moveleira, com mais de 550 marcas expositoras provenientes 

de diversas regiões do Brasil e da América 

do Sul. Com cerca de 50 mil m 2 (metros quadrados) do 

evento, oferecemos aos visitantes a oportunidade de 

explorar tendências, novidades e conteúdo abrangente 

C 

ompleting two very successful decades, 

ForMóbile, the largest trade show in the 

Sector and the main event for the Furniture 

and Woodworking Sectors in Latin America, 

schedules its 10th event with more than 550 

confirmed exhibitors showing their products and expectations 

to receive approximately 50 thousand professionals 

in the segment, from July 2 to 5, 2024, at the São Paulo 

Expo Hall. 

ForMóbile is a significant event in the furniture industry, 

serving as an essential meeting point for national and 

international woodworkers, architects, suppliers, and dealers. 

The Trade Show provides a conducive environment 

for professional interactions and business opportunities, 

allowing attendees to explore the latest market news and 

trends. Under the management of Tatiano Segalin, Business 

Manager for ForMóbile, the 10th bi-annual trade show presents 

an optimistic face, as it represents an opportunity to 

stimulate business on the national and international scene. 

According to Segalin, the Trade Show plays a crucial strategic 

role in promoting the integration of the furniture chain 

around innovation for companies in the Sector. 

“We are excited about the next ForMóbile, which marks 

our 20th year. The event attracts a wide participation of the 

industry and the furniture chain, with more than 550 exhibitors 

from different regions of Brazil and South America. 

With about 50 thousand m 2 of show floor, we offer atten- 

ESTAMOS ENTUSIASMADOS 

COM A PRÓXIMA EDIÇÃO 

DA FORMÓBILE, QUE MARCA NOSSO 

20º ANIVERSÁRIO 

TATIANO SEGALIN, BUSINESS MANAGER 

DA FORMÓBILE 


sobre fabricação, acessórios, matérias-primas, insumos, 

equipamentos e produtos finais, além de conectar fornecedores 

e revendedores. A expectativa é que a visitação 

supere mais uma vez as expectativas”, explica. 

ESPAÇO AMPLIADO 

O Espaço Madeira, presente na feira desde 2018, 

reúne expositores de madeira maciça e produtos relacionados, 

setor crucial no cenário moveleiro nacional e 

internacional. O projeto, em parceria com as Revistas 

REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL e REFERÊNCIA 

PRODUTOS DE MADEIRA será expandido, incluindo 

soluções para a construção civil, devido ao aumento 

global do uso da madeira em edificações para promover 

sustentabilidade. Este ambiente dedicado oferece oportunidades 

de negócios, troca de experiências e acesso 

às novidades do setor, proporcionando estandes com 

benefícios para as empresas, permitindo apresentações 

práticas de produtos e aplicações. 

Os expositores presentes nesta edição do Espaço 

Madeira são: Cipem (Centro das Indústrias Produtoras 

e Exportadoras de Madeira do Mato Grosso), CCB Coating, 

Qualisol, Arte Diamante, Kanefusa, Compensados 

Bonardi, Wintersteiger, Revista REFERÊNCIA MADEIRA 

INDUSTRIAL, Guru Amar e Vale Norte. 

dees the opportunity to explore trends, new products, and 

comprehensive content on manufacturing, accessories, raw 

materials, inputs, equipment, and final products, in addition 

to connecting suppliers and resellers. The outlook is that 

the meeting will once again exceed hopes,” he explains. 

INCREASED SPACE 

Espaço Madeira (Wood Space), present at the Trade 

Show since 2018, brings together exhibitors of solid wood 

and related products, a vital Sector in the national and 

international furniture scene. The project, in partnership 

with the magazines REFERÊNCIA Madeira Industrial and 

REFERÊNCIA Produtos de Madeira, will be expanded, 

including solutions for building construction due to the 

global increase in the use of wood in buildings to promote 

sustainability. This dedicated environment offers business 

opportunities, exchange of experiences, and access to 

industry news, providing booths with benefits for companies 

and allowing practical presentations of products and 

applications. 

The exhibitors present in this year’s Espaço Madeira are 

the Center of Wood Producing and Exporting Industries of 

Mato Grosso (Cipem), CCB Coating, Qualisol, Arte Diamante, 

Kanefusa, Bonardi Plywood, Wintersteiger, REFERÊNCIA 

Madeira, Guru Amar, and Vale Norte. 

FEVEREIRO 2024 41

PRINCIPAL 

PROGRAMAÇÃO INTENSA 

Com ações pensadas para promover o desenvolvimento 

comercial, econômico, tecnológico e profissional 

do setor, os visitantes terão a oportunidade de participar 

de uma série de palestras e workshops exclusivos. No 

Palco ForMóbile, o público poderá conferir diferentes 

temáticas pensadas para o mercado. Outra atração 

interativa é o Espaço Maker, dedicado para quem quer 

aprender técnicas especializadas e conferir o trabalho 

dos principais profissionais do setor. 

A ForMóbile proporciona ainda uma jornada para 

interação digital durante 365 dias do ano nas plataformas 

e redes sociais do evento. A ForMóbile Digital é 

um canal de conteúdo editorial com produção exclusiva 

setorizada com mais de 20 mil acessos por mês. Além da 

ForMóbile Xperience que é uma plataforma digital para 

a comunidade do evento com diversas funcionalidades, 

proporcionando pesquisa de marcas, produtos e serviços, 

consumo de conteúdos em vídeos e muita conexão. 

INTENSE PROGRAMMING 

With actions designed to promote the commercial, 

economic, technological, and professional development 

of the Sector, attendees will have the opportunity to participate 

in a series of exclusive lectures and workshops. On 

the Palco ForMóbile (ForMóbile Stage), attendees will be 

able to check out different themes designed for the market. 

Another interactive attraction is the Espaço Maker (Maker 

Space), dedicated to those who want to learn specialized 

techniques and check out the work of the foremost professionals 

in the Sector. 

ForMóbile also provides a journey for digital interaction 

365 days a year on the Event’s platforms and social networks. 

ForMóbile Digital is an editorial content channel with exclusive 

sectorized production with more than 20 thousand hits 

per month. In addition, there is ForMóbile Xperience, which 

is a digital platform for the event’s community with several 

features, providing search for brands, products, and services, 

consumption of video content, and a lot of connection. 


A FORMÓBILE XPERIENCE É UMA PLATAFORMA DIGITAL QUE REÚNE 

E CONECTA O SETOR MOVELEIRO DURANTE 365 DIAS NO ANO, 

TRAZENDO SOLUÇÕES E PROPORCIONANDO A CONEXÃO ENTRE VISITANTES 

E MARCAS EXPOSITORAS 

TATIANO SEGALIN, BUSINESS MANAGER 

DA FORMÓBILE 

“A ForMóbile Xperience é uma plataforma digital 

que reúne e conecta o setor moveleiro durante 365 dias 

no ano, trazendo soluções para pequenos marceneiros 

à grandes indústrias, proporcionando assim a conexão 

entre visitantes e marcas expositoras, além de promover 

atualização profissional com conteúdos inéditos e 

relevantes, em uma navegação simples para ampliar sua 

rede de contatos dentro desta comunidade e conhecer 

lançamentos das empresas expositoras”, enaltece Tatiano 

Segalin. 

A ForMóbile se transformou em uma plataforma de 

negócios completa para toda a indústria de móveis e 

madeira, nacional e internacional, gerando negócios, 

relacionamentos e entregando conteúdos de qualidade 

em todos os ambientes: digital e físico, sinergicamente. 

Programe-se para participar 

da ForMóbile! 

Saiba mais em: formobile.com.br 

“ForMóbile Xperience is a digital platform that brings 

together and connects the Furniture Sector 365 days a year, 

providing solutions for small woodworkers to large companies, 

thus providing a connection between attendees, 

brands, and exhibitors, in addition to promoting professional 

updating with unpublished and relevant content, in 

a simple navigation to expand your network of contacts 

within this community and learn about the new products of 

the exhibiting companies,” praises Show Manager Segalin 

ForMóbile has become a complete business platform 

for the entire furniture and wood industry, national and 

international, generating business and relationships and 

delivering quality content in all environments, digital and 

physical, synergistically. 

Plan to participate in ForMóbile! Learn more at: formobile.com.br 

FEVEREIRO 2024 43

MARCENARIA 

CONHEÇA DIFERENTES 

MODELOS DE DIVISÓRIAS 


DIVISÓRIAS 

DE MADEIRA 

RECURSO UTILIZADO PARA DELIMITAR ESPAÇOS PODE GARANTIR 

TOQUE SOFISTICADO PARA O AMBIENTE 

Fotos: divulgação 

FEVEREIRO 2024 45

MARCENARIA 

O 

uso de divisórias em decoração 

de ambientes é um recurso que 

serve para delimitar espaços, 

proporcionar mais privacidade ou 

simplesmente dar um toque de 

estilo diferenciado para a decoração. As divisórias 

de madeira para esta composição podem 

contribuir para valorizar ainda mais o ambiente. 

Tudo depende da decoração que já tem em 

casa. 

As divisórias de madeira podem ser adquiridas 

já prontas ou ser construídas gastando 

pouco, utilizando materiais como “ripinhas” de 

madeira pinus, ripas de pallets, MDF ou outras 

madeiras. 

AS DIVISÓRIAS DE 

MADEIRA PODEM SER 

ADQUIRIDAS JÁ PRONTAS OU 

CONSTRUÍDAS GASTANDO 

POUCO 


CRIANDO A DIVISÓRIA 

Uma vez definida a finalidade para instalação 

da divisória de madeira e o local onde será 

instalado é necessário pensar no projeto para 

execução e escolher a madeira. Se será de demolição, 

madeira maciça como peroba, pinus, 

eucalipto, teca, ou ainda de outras espécies. Se 

a divisória será inteira, com recortes, se terá desenhos, 

ou prateleiras. Outro ponto importante 

é definir se a divisória será colorida, ou irá manter 

o tom natural. 

Como será a instalação da divisória é outra 

importante definição antes de iniciar a produção 

ou buscar a divisória pronta. Algumas 

divisórias podem ser fixadas no piso, outras no 

teto, na parede, ou ser uma continuação de um 

balcão, por exemplo. Tudo vai depender da escolha 

e a finalidade da divisória. 

COMO SERÁ A 

INSTALAÇÃO DA 

DIVISÓRIA É OUTRA 

IMPORTANTE DEFINIÇÃO 

ANTES DE INICIAR A 

PRODUÇÃO OU BUSCAR PELA 

DIVISÓRIA PRONTA 

FEVEREIRO 2024 47

MARCENARIA 

DIFERENTES AMBIENTES 

Como material versátil e de fácil manutenção, 

as divisórias de madeira podem ser utilizadas 

em diferentes ambientes, passando pela 

sala, cozinha, quartos, escritórios, varandas. 

Pode separar área de lavabo do box, o quarto 

do escritório, o quarto do closet, a sala da cozinha, 

a sala da varanda, a cozinha da lavanderia, 

entre outras possibilidades. 

Vale lembrar que as divisórias permitem a 

passagem de ar, proporcionando ventilação e 

de luminosidade, isso dependendo do modelo 

escolhido. A versatilidade da madeira permite 

que possa escolher o modelo que preferir, fechado 

ou com recortes. A escolha deve ser feita 

de acordo com o local e a função da divisória. 

O valor vai variar conforme o tamanho e o tipo 

de madeira escolhida. 


INVESTIMENTO 

NAPI 

WOOD 

TECH 

É INAUGURADO 



O ESCRITÓRIO DO NOVO 

ARRANJO UNE DIVERSOS 

PARCEIROS E ESTÁ LOCALIZADO 

EM GUARAPUAVA (PR) 

P 

ensado e estruturado durante o ano de 

2023, o NAPI (Novo Arranjo de Pesquisa 

e Inovação) Wood Tech começou o novo 

ano com um escritório próprio. A inauguração 

aconteceu no final de novembro do 

ano passado, consolidando o movimento articulado 

de várias instituições, com coordenação da FA (Fundação 

Araucária), para criação do centro de desenvolvimento 

de pesquisas em madeira engenheirada. 

Conforme afirmou Ramiro Wahrhaftig, presidente 

da FA, em entrevista para a Revista REFERÊNCIA MA- 

DEIRA INDUSTRIAL publicada na edição número 258, 

de dezembro de 2023, todo arranjo foi montado para 

tornar Guarapuava sede do NAPI devido a sua localização, 

na região central do Paraná, e a concentração 

de empresas ligadas à madeira na região. 

PARCERIAS PARA INOVAÇÃO 

O escritório NAPI Wood Tech está localizado no 

Campus da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal 

do Paraná) de Guarapuava. A inauguração do espaço 

aconteceu em conjunto com instituições parceiras 

como a Prefeitura de Guarapuava, o Cilla Tech Park, a 

FEVEREIRO 2024 51

INVESTIMENTO 

UEL (Universidade Estadual de Londrina), a UEM (Universidade 

Estadual de Maringá) e a UFPR (Universidade 

Federal do Paraná). O espaço pretende tornar a 

região um centro de inovação em madeira engenheirada 

e um polo de construções com esta tecnologia 

no Paraná. O investimento será de mais de R$ 2,6 milhões 

em recursos da FA, vinculada à SETI (Secretaria 

de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) do Estado 

do Paraná. 

A inauguração do escritório foi acompanhada por 

diversas autoridades. “Estamos muito felizes que a 

UTFPR aqui seja sede desse NAPI que já nasce muito 

robusto e com grandes parcerias. Esperamos que 

quando se falar de madeira engenheirada, lembre-se 

de Guarapuava e que foi aqui que tudo começou”, 

destacou o diretor do Campus UTFPR Guarapuava, 

Marcelo Granza. 

O reitor da UTFPR, Marcos Schiefler Filho, também 

acompanhou a inauguração. “Esse NAPI em 

madeira engenheirada já possui muitos parceiros, são 

mais de 100 empresas que trabalham com o beneficiamento 

de madeira, então é somar atividades e tem 

tudo pra se tornar um grande referencial nacional no 

processamento e engenharia envolvida nesta tecnologia”, 

argumentou o reitor. 

Um dos objetivos do NAPI é oferecer pesquisas 

aplicadas com uma estratégia de fomento e apoio a 

modalidades que incentivem os ativos tecnológicos 

nas regiões do Estado. “Este novo arranjo em madeira 

engenheirada deve gerar resultados que impactem 

diretamente a sociedade, um trabalho em rede que 

aproveita o potencial e gera soluções para toda a população”, 

destacou o secretário da SETI do Paraná, 

Aldo Nelson Bona. 

O prefeito de Guarapuava, Celso Góes, destacou 

o projeto e o compromisso da cidade em se tornar 

um polo de referência em construções com madeira 

engenheirada. “Este é mais do que um marco, é a 

afirmação do nosso compromisso com a inovação e 

sustentabilidade. Estamos trilhando o caminho de 

Guarapuava se tornar destaque como um polo de referência 

em construções com madeira engenheirada, 

não apenas no Paraná, mas em todo o país”, enalteceu 

o prefeito. 

Ainda estiveram presentes na inauguração do 

escritório do NAPI Wood Tech, além de diretores dos 

campi da UTFPR, o diretor executivo do Cilla Tech 

Park, Paulo Alvim; o diretor de Ciência Tecnologia e 


Inovação da FA, Luiz Marcio Spinosa; o diretor-presidente 

do Instituto de Tecnologia do Paraná, Celso 

Kloss; empresários e representantes do poder legislativo. 

MADEIRA ENGENHEIRADA 

A madeira engenheirada tem sua origem de floresta 

de manejo, plantadas para fins comerciais e que 

retiram CO 2 

da atmosfera.“O uso da madeira engenheirada 

é muito comum no hemisfério norte pois é 

considerado um material que já realiza o sequestro 

de CO 2 

da atmosfera”, explica o professor Marcelo 

Granza. 

Dessa forma, segundo a proposta, o recurso 

é mais sustentável e renovável se comparado aos 

demais materiais utilizados em construções como o 

concreto e o aço. Outra vantagem é com relação a 

sua resistência, já que o controle de qualidade desta 

madeira é maior nas fábricas, além da praticidade de 

utilizar um material mais leve que facilitará a fase de 

execução das obras. 

ESTE NOVO ARRANJO 

DEVE GERAR 

RESULTADOS QUE IMPACTEM 

DIRETAMENTE A SOCIEDADE, 

UM TRABALHO EM REDE QUE 

APROVEITA O POTENCIAL E 

GERA SOLUÇÕES PARA TODA A 

POPULAÇÃO 

ALDO NELSON BONA, SECRETÁRIO DA 

SETI DO PARANÁ 

FEVEREIRO 2024 53

INOVAÇÃO 

MADEIRA 

TRANSPARENTE 



PESQUISADORES 

SUECOS 

DESENVOLVERAM 

MADEIRA 

TRANSPARENTE E 

NOVOS ESTUDOS 

BUSCAM DESENVOLVER 

NANOTECNOLOGIA 

F 

oi em 2016 que começaram a surgir 

notícias sobre a madeira transparente, 

descoberta por meio de testes laboratoriais. 

Desde então, pesquisadores do 

Wallenberg Wood Science Center, centro 

de pesquisa localizado no KTH (Royal Institute 

of Technology) uma universidade fundada em 1827 

em Estocolmo, na Suécia, tem desenvolvido novas 

variantes. Entre outras coisas, os pesquisadores 

Celine Montanari e Peter Olsén conseguiram produzir 

madeira transparente de bétula totalmente 

biológica. “Substituímos os polímeros fósseis que 

usávamos anteriormente. Foi uma das dificuldades 

que tivemos para conseguir chegar à madeira 

transparente sustentável”, assume Lars Berglund, 

professor e chefe do Departamento de Biocompósitos, 

da KTH. 

FEVEREIRO 2024 55

INOVAÇÃO 

Foto: Nasta generations transparent, Peter Asplund/KTH 

DA ESQUERDA PARA DIREITA, RESULTADO DE 

TRÊS ETAPAS DA PESQUISA SOBRE MADEIRA 

TRANSPARENTE: EM 2016 – 2019 – 2021 

SEM RISCOS PARA A SAÚDE 

Conforme Lars, os pesquisadores permitiram 

que considerações ambientais e a chamada química 

verde permeassem todo o trabalho. Eles agora 

não usam solventes. Todos os produtos químicos 

são verdes, ou seja, provenientes de matérias-primas 

biológicas e sem riscos para a saúde. Isso significa 

que a produção do material é simplificada. 

“Outro aspecto importante é que a investigação 

que fazemos sobre estes materiais abre caminho 

para novas nanotecnologias da madeira. A madeira 

pode assumir um novo papel e não apenas 

funcionar como um material de construção barato. 

Novos produtos de madeira de alta tecnologia 

podem ser produzidos para que a madeira receba 

funções completamente novas, como janelas inteligentes, 

madeira como bateria de aquecimento, 

madeira com função de iluminação embutida e até 

mesmo um laser de madeira”. 

Segundo Lars Berglund, uma oportunidade 

única desta nanotecnologia é que ela pode ser 

ecologicamente correta e em grande escala. Muitas 

aplicações da nanotecnologia, por exemplo, 

na microeletrônica, estão limitadas a componentes 

pequenos e altamente especializados, do tamanho 

de selos postais. 

A INVESTIGAÇÃO QUE 

FAZEMOS SOBRE ESTES 

MATERIAIS ABRE CAMINHO PARA 

NOVAS NANOTECNOLOGIAS DA 

MADEIRA 

LARS BERGLUND, PROFESSOR E CHEFE DO 

DEPARTAMENTO DE BIOCOMPÓSITOS, DA KTH 

À BASE DE FRUTAS CÍTRICAS 

Conforme o material divulgado pela KTH, no 

processo de fabricação da madeira transparente 

os pesquisadores partem da bétula e removem a 

lignina para obter a transparência. Esta etapa de 

tratamento químico é feita usando um parente do 

ácido acético. A novidade é que os pesquisadores 

adicionam um polímero de base biológica em vez 

de um polímero de base fóssil. Polímero de uma 


NOVOS PRODUTOS DE 

MADEIRA DE ALTA 

TECNOLOGIA PODEM SER 

PRODUZIDOS COMO JANELAS 

INTELIGENTES, MADEIRA COMO 

BATERIA DE AQUECIMENTO, 

MADEIRA COM FUNÇÃO DE 

ILUMINAÇÃO EMBUTIDA E ATÉ 

MESMO UM LASER DE MADEIRA 

LARS BERGLUND, PROFESSOR E 

CHEFE DO DEPARTAMENTO DE 

BIOCOMPÓSITOS, DA KTH 

substância presente na casca de frutas cítricas, ou 

seja, desperdício de alimentos. Assim, a madeira 

transparente recupera a resistência que foi perdida 

com a retirada da lignina. 

Segundo Lars Berglund, as propriedades ópticas 

do material são as mais bem medidas até 

agora para madeira transparente. Uma das razões 

é que os pesquisadores trabalharam em conjunto 

com o grupo de fotônica de Sergei Popov no KTH. 

A colaboração além das fronteiras das disciplinas 

tem sido um ponto forte. “Vimos para onde vai a 

luz e o que acontece quando atinge a celulose. 

Parte da luz atravessa diretamente a madeira, tornando 

o material transparente. Parte da luz é refratada 

e espalhada em diferentes ângulos e produz 

efeitos agradáveis em aplicações de iluminação”, 

explica Lars. 

Esta nova etapa da pesquisa, sobre a incidência 

da luz na madeira, é que está sendo alvo de 

novos estudos visando desenvolver novas nanotecnologias. 

Uma coisa de que os pesquisadores têm 

certeza é que as propriedades ópticas do novo 

polímero são semelhantes às da celulose comum.

ARTIGO 

ABSORÇÃO DE ÁGUA E PROPRIEDADES 

MECÂNICAS DE COMPÓSITOS 

POLIMÉRICOS UTILIZANDO 

RESÍDUOS DE MDF 


JAILTON WEBER GOMES 

IFBA (INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA) 

GLAUBER SILVA GODOI 

UFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) 

LUIZ GUILHERME MEIRA DE SOUZA 

UFRN (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) 

LUIZ GUILHERME VIEIRA MEIRA DE SOUZA 

UFRN (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) 


ARESUMO 

presenta-se o estudo de viabilidade 

de utilização, como reforço em materiais 

compósitos poliméricos, de 

resíduos originados da manufatura 

dos painéis de MDF (Medium Density 

Fiberboard), avaliando seu potencial como 

alternativa em substituição a cargas minerais para 

aplicação industrial. A escolha da resina poliéster 

ortoftálica foi motivada pelas suas propriedades e 

principalmente pelo seu baixo custo e facilidade 

de aquisição. Diferentes frações mássicas (m) de 

adição de resíduo em resina poliéster ortoftálica 

foram estudadas: 0%, 10%, 15% e 20%. As propriedades 

analisadas foram: resistência mecânica, 

absorção de água e grau de cristalinidade. Os resultados 

mostram a diminuição das propriedades 

mecânicas em até 53%, no índice de cristalinidade 

em até 18% e aumento no índice de absorção de 

água em quase cinco vezes para o compósito de 

maior adição de resíduo (C20). 

FEVEREIRO 2024 59

ARTIGO 

INTRODUÇÃO 

O MDF é um importante compósito preparado 

a partir de fibras lignocelulósicas, oriundas normalmente 

de madeira, que são misturadas com 

resinas sintéticas e posteriormente submetidas à 

prensagem em altas temperaturas o que confere 

ao produto o típico formato de chapas com densidade 

na faixa de 500-900 kg/m 3 . As resinas sintéticas 

mais usadas são à base de uréia-formaldeído, 

tanino-formaldeído e melanina-uréia-formaldeído, 

sendo esta última bastante usada quando se deseja 

maior resistência à umidade. Além destes 

materiais, outros podem ser usados a depender da 

propriedade de interesse, tais como retardantes 

de chama, fungicidas, entre outros. 

O MDF é um material uniforme, livre de nós 

e de superfície lisa e plana. Estas características 

o tornam de fácil usinagem, além de apresentar 

melhor rendimento da matéria-prima e preço mais 

acessível quando comparado à madeira natural. 

Estas características o tornaram popular em diversos 

segmentos, tais como na fabricação de mó- 

O MDF É UM 

MATERIAL UNIFORME, 

LIVRE DE NÓS E DE SUPERFÍCIE 

LISA E PLANA. ESTAS 

CARACTERÍSTICAS O TORNAM 

DE FÁCIL USINAGEM, ALÉM DE 

APRESENTAR MELHOR 

RENDIMENTO DA MATÉRIA- 

PRIMA E PREÇO MAIS ACESSÍVEL 

QUANDO COMPARADO À 

MADEIRA NATURAL 


veis, na construção civil e de peças de artesanato 

em substituição ao uso da madeira natural. Mesmo 

em tempos de crise, estudos de mercado indicam 

o crescimento da indústria de painéis, principalmente 

o MDF, nos próximos anos no Brasil e em 

outros países. 

Um aspecto importante a ser destacado sobre 

o processo produtivo de corte do MDF nas marcenarias 

e na indústria moveleira é a grande quantidade 

de resíduo na forma de um pó fino constituído 

principalmente de fibras lignocelulósicas. Diante 

deste desafio, é importante que as empresas e 

indústrias do setor realizem a implantação de sistemas 

certificáveis de gestão ambiental, como a norma 

ISO 14001, viabilizando uma adequada gestão 

de resíduos que permita obter benefícios sociais, 

ambientais econômicos. Como exemplo podemos 

citar a utilização do resíduo em aplicações diversas 

tais como: fabricação de painéis aglomerados, 

tijolos e compósitos poliméricos; combustível 

alternativo para geração termoelétrica; produção 

de produtos de maior valor agregado através de 

conversão térmica; entre outras. 

MATERIAIS E MÉTODOS 

O resíduo utilizado apresenta-se na forma de 

serragem oriunda das operações de corte com serra 

circular de painéis de MDF usados na fabricação 

de móveis. Como o objetivo é o aproveitamento 

deste resíduo na forma coletada não foi feita análise 

de granulométrica. 

A matriz utilizada para fabricação dos compósitos 

foi a resina poliéster ortoftálica de baixa reatividade 

e pré-acelerada (Ashland Arazyn 1.0). Esta 

escolhida foi motivada pelos seguintes fatores: facilidade 

de aquisição em qualquer loja especializada 

em manutenção de piscinas, vasta aplicação em 

diversos segmentos industriais e seu baixo custo. 

O peróxido de metiletilcetona (Methyl Ethyl Ketone 

Peroxide, MEKP) foi utilizado como elemento 

ativador de polimerização na quantidade de 1,0% 

da massa de resina utilizada. 

RESULTADOS E DISCUSSÕES 

A medida de pH do resíduo apresentou resultado 

neutro. O objetivo desta medida foi de verificar 

se eventuais valores ácidos ou básicos pode- 

FEVEREIRO 2024 61

ARTIGO 

riam causar um aceleramento ou retardamento da 

cura da resina, o que parece não ter ocorrido. 

Na análise do resíduo não foi observado nas 

regiões analisadas vestígios de outros materiais ou 

contaminantes que pudessem interferir no processamento 

do compósito. Uma característica importante 

observada foi a presença de aglomerados e 

de certa heterogeneidade nas características anatômicas 

das fibras que compõe o resíduo. A diferença 

no comprimento, por exemplo, pode atingir 

uma ordem de grandeza, com fibras variando de 

aproximadamente 300 µm até 3 mm. O processo 

de desfibramento dos cavacos de madeira usados 

na produção das chapas de MDF bem como o 

próprio processo produtivo de corte das chapas 

fabricadas podem produzir fibras descontínuas, e 

portanto, com diferenças no comprimento. Outra 

hipótese que deve ser considerada é que a chapa 

de MDF tenha sido fabricada a partir da mistura de 

fibras de espécies coníferas, de comprimento longo, 

e de fibras de espécies folhosas, principalmente 

o eucalipto, de comprimento mais curto. Esta é 

uma tendência natural no mercado de produção 

de MDF tendo em vista a maior competitividade 

das florestas de eucalipto. 

OS RESULTADOS DOS 

ENSAIOS MECÂNICOS 

INDICAM QUE NÃO HOUVE 

MELHORIAS NAS PROPRIEDADES DE 

RESISTÊNCIA A TRAÇÃO E FLEXÃO 

PROVOCADAS PELA BAIXA ADESÃO 

ENTRE FIBRA E MATRIZ 


CONCLUSÃO 

Conforme resultados obtidos, o compósito 

proposto apresenta propriedades tecnológicas 

viáveis para fabricação de peças e estruturas onde 

as solicitações de esforços mecânicos são menores 

tais como embalagens, estantes, objetos de 

decoração, assentos sanitários e prateleiras, além 

de apresentarem ótimo aspecto visual. Os resultados 

dos ensaios mecânicos indicam que o resíduo 

apresentou-se apenas como enchimento ao 

compósito quando se compara à matriz polimérica 

de origem, pois não houve melhorias nas propriedades 

de resistência a tração e flexão provocadas 

pela baixa adesão entre fibra e matriz observado 

no ensaio de microscopia eletrônica de varredura 

assim como pela distribuição aleatória das fibras. 

Porém, quando se analisa o ganho no módulo de 

elasticidade, é possível dizer que o resíduo teve 

a função de reforço na matriz poliéster. Houve 

influência da concentração de MDF ao compósito 

reduzindo a resistência mecânica e aumentando 

o nível de absorção de água pelo compósito, fato 

já esperado devido a ação capilar entre os feixes 

de fibras e o caráter hidrofílico das fibras. Porém 

não houve diferença significativa entre os índices 

de absorção dentre os meios estudados. Este fato 

sugere que a água do mar não é mais agressiva 

ao compósito em questão. Vale destacar que não 

houve degradação ou modificação da fibra de 

MDF em interação com a matriz poliéster, ou a 

presença de resíduos de outros gêneros tais como 

areia, óleo ou outros produtos que comprometessem 

a cristalização do compósito. A formulação 

mais viável para o compósito foi a C20 por apresentar 

menores perdas quando comparadas aos 

demais compósitos com a vantagem de redução 

da matéria prima utilizada em aplicações industriais. 

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ESPAÇO ABERTO 

DESAFIO EDUCACIONAL NO BRASIL: 

TRANSFORMANDO COMPROMISSOS EM AÇÕES 

POR 

SAMUEL HANAN 

ENGENHEIRO COM ESPECIALIZAÇÃO 

NAS ÁREAS DE MACROECONOMIA, 

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 

E FINANÇAS, EMPRESÁRIO, E FOI 

VICE-GOVERNADOR DO AMAZONAS 

(1999-2002). AUTOR DOS LIVROS: 

BRASIL, UM PAÍS À DERIVA; E 

CAMINHOS PARA UM PAÍS SEM RUMO 

U 

ma frase costumeiramente dita pelo líder 

sul-africano Nelson Mandela, vencedor do 

Prêmio Nobel da Paz de 1993, nunca perde 

o sentido: A educação é a arma mais 

poderosa que você pode usar para mudar 

o mundo. Eis uma lição que o Brasil não aprendeu porque 

permanece sem priorizar a educação como agente de 

transformação do país. 

A Constituição Federal de 1988 deu um passo significativo 

ao obrigar, em seu artigo 212, que a União aplique 

ao menos 18% e os governos estaduais e municipais invistam, 

no mínimo, 25% da receita resultante de impostos 

em educação. O problema é que um equívoco histórico 

se perpetua por falta de coragem ou omissão propositada 

de nossos governantes, com a covarde cumplicidade do 

Congresso Nacional. 

Isso porque o governo federal até hoje se aproveita de 

uma inexatidão terminológica seguida pelos constituintes, 

os quais, ao tratar da obrigação constitucional de investimento 

em educação, fixaram percentual de arrecadação 

de impostos e não de tributos (que englobam impostos, 

taxas e contribuições). E faz isso aumentando a carga tributária 

via contribuições como CSLL (Contribuição Social 

sobre o Lucro Líquido), Cofins (Contribuição para o Financiamento 

da Seguridade Social) e CIDE (Contribuições de 

Intervenção no Domínio Econômico) – e adotando a política 

de conceder renúncias fiscais com os impostos compartilhados 

com Estados e municípios, como o IR (Imposto de 

Renda) e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). 

Ou seja, sem que congressistas, governadores, prefeitos 

e reitores de universidades percebessem, o governo 

federal conseguiu, ao mesmo tempo, subtrair as receitas 

dos Estados e municípios e impedir o aumento dos investimentos 

obrigatórios em educação e saúde, calculados 

apenas sobre os impostos. Além disso, sobrepôs as receitas 

e o poder da União, e consequentemente a dependência 

dos Estados e municípios. 

Com a ciência de tais informações, é incontestável 

pensar que se o percentual destinado à educação abarcasse 

também os tributos, e não somente aos impostos, 

haveria imediato e robusto reforço nos recursos carimbados 

para esse segmento, vital para mudar para melhor a 

realidade do Brasil. Mas não é só. 

Se o Brasil almeja garantir mais receitas para a educação, 

precisa rever a prática enraizada de concessão de 

renúncias fiscais, especialmente as que envolvem IR e 

IPI, cujo total correspondeu, em 2021, de 4,5% a 5% do 

PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Como são impostos 

compartilhados com Estados e municípios, ambos representam 

perda para esses entes federativos aplicarem em 

educação cada vez que uma renúncia fiscal é concedida. 

Além de aumentar os investimentos, o Brasil ainda 

precisa repensar a qualidade da educação que oferece 

aos seus cidadãos. É urgente implantar escolas de tempo 

integral nos ensinos fundamental e médio assim como, 

na mesma medida, é necessário valorizar a profissão de 

professor, oferecendo-lhe remuneração adequada, capacitação 

permanente com treinamento e reciclagem, e 

melhores condições de segurança e transporte, sobretudo 

para os profissionais que atuam nas periferias, na zona 

rural e nos cursos noturnos. Recursos para isso existem e 

viriam da redução das renúncias fiscais. 

As novas tecnologias, as novas profissões, as recentes 

necessidades do mercado exigem também uma revisão 

das grades curriculares, hoje defasadas, trazendo-as para 

o século XXI a fim de preparar os estudantes para os desafios 

atuais e futuros do mundo globalizado e altamente 

tecnológico. A matemática hoje lecionada nos ensinos 

fundamental e médio no Brasil, por exemplo, sequer 

aborda a questão das finanças, com a qual o cidadão vai 

conviver até o fim da vida, seja em nível pessoal ou profissional. 

Todos os cursos deveriam incluir noções elementares 

de finanças, de economia e de controle de gastos. 

Nem é preciso dizer que o Brasil também precisa universalizar 

o acesso ao ensino superior e fomentar as instituições 

de pesquisas, aproveitando a fonte de recursos 

garantida por uma nova política de renúncias fiscais que 

deveria ser limitada por lei a 1,5% a 2% do PIB, no máximo. 

Educação nunca foi despesa; sempre foi investimento 

com retorno garantido, como ensinou o economista britânico 

Sir Arthur Lewis, em lição ainda não aprendida pelos 

governantes brasileiros. 

É unanimidade nacional o conceito de que sem educação 

não há salvação. O problema é que a prática se 

mantém distanciada do discurso. Com isso, a salvação 

não veio e não virá sem mudanças profundas como, por 

exemplo, as discutidas nessas linhas.

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