Apólice 294 - Atualizado
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PESQUISA<br />
PANORAMA<br />
Setor cresce acima das previsões<br />
A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS SEGURADORAS DIVULGOU DADOS DO MERCADO ATÉ SETEMBRO DE<br />
2023, QUE MOSTRAM QUE SETOR DEVE AUMENTAR CERCA DE 10% NO ANO<br />
O<br />
setor de seguros emprega 253,7 mil pessoas, em 131 seguradoras,<br />
13 entidades abertas de previdência complementar,<br />
914 operadoras de planos de saúde e 123 resseguradoras.<br />
“O maior problema continua sendo a baixa penetração do seguro,<br />
necessitando a ampliação da cobertura”, declarou Dyogo Oliveira,<br />
presidente da CNseg.<br />
Em 2022, o setor fechou o ano com 432 milhões de indenizações<br />
pagas e, em 2023, chegou a R$ 348,2 bilhões até setembro<br />
de 2023. A previsão é fechar o ano em R$ 460 bilhões de pagamentos<br />
em saúde. “É uma indústria que gera valor para a sociedade”. A<br />
projeção é de fechar 2023 com R$ 663 bilhões de arrecadação, com<br />
crescimento na casa de 10%. A participação no PIB deve ficar em<br />
6,2%.<br />
O crescimento projetado para 2024 é de 11,7%, com saúde.<br />
O ramo de danos e responsabilidades, sem DPVAT, pode variar até<br />
16,8%.O grande fator que contribui para o crescimento é a empregabilidade<br />
e o aumento da renda. A pauta para 2024 inclui a regulamentação<br />
do PLC 29, a nova lei para o mercado segurador. O tema<br />
da Sustentabilidade estará cada dia mais na pauta da entidade, com<br />
o seguro para infraestrutura urbana e o seguro social contra catástrofes,<br />
além da ampliação do Seguro Rural.<br />
Denis Morais, presidente da Fenacap, falou sobre os números<br />
da capitalização. A parte mais difícil foi incluir a capitalização na lei<br />
14.652/23, como garantia de crédito. São mais de R$ 50 bilhões de<br />
reservas nos próximos dois anos. Para o PL 3954/2023, que oferece<br />
garantia em licitações de obras públicas. “Realizamos um trabalho<br />
de consultoria para fazer a estimativa de consumo de produtos de<br />
capitalização, que deve apoiar o desenvolvimento do setor e as novas<br />
iniciativas para que o mercado dê um salto”, apontou Morais.<br />
A estimativa de potencial de consumo indica a possibilidade<br />
de montantes anuais três vezes superior ao atual. A receita pode sair<br />
de R$ 30 bilhões para R$ 89 bilhões em 2026, podendo atingir a marca<br />
de 100 bilhões em reservas em 2026.<br />
Edson Franco, presidente da Fenaprevi, ressaltou que o Brasil<br />
continua como um país de grandes oportunidades. Somadas, as<br />
reservas de previdências fechadas e abertas representam 25% do<br />
PIB. 2023 foi um ano de recuperação da captação líquida, com recuperação<br />
no segundo semestre e crescimento de 13% até outubro<br />
de 2023, com aumento da captação bruta e aumento dos resgates.<br />
“Mesmo neste contexto, crescemos no volume de participantes.<br />
Não houve redução. Mais da metade dos brasileiros quer parar<br />
de trabalhar aos 60 anos, mas apenas 30% acham que vão conseguir.<br />
4 em cada 10 dizem que pretendem viver da aposentadoria<br />
do INSS, mas a maioria não sabe o valor que irá receber do poder<br />
público”, ponderou Franco.<br />
Percebe-se um nível de conscientização<br />
maior, com as pessoas falando<br />
sobre morte, o que aumentou a penetração<br />
dos produtos de vida e proteção de<br />
renda.<br />
Manoel Antonio Peres, presidente<br />
da Fenasaude, disse que vivemos nos últimos<br />
tres anos uma convergência de fatores<br />
negativos, como a questão dos custos<br />
assistenciais, que aumentaram exponencialmente<br />
durante a pandemia; aumento<br />
das fraudes e do desperdício.<br />
“O resultado operacional foi negativo<br />
em 2021, 2022 e 2023. O setor arrecadou<br />
R$ 190 bilhões e gastou quase a mesma<br />
coisa. O setor sobrevive do resultado<br />
financeiro, com índice combinado maior<br />
que 100”, lamentou Peres. A sinistralidade<br />
do setor está na casa dos 88%. O combate<br />
às fraudes é um trabalho árduo. Cerca de<br />
R$ 30 bilhões a R$ 34 bilhões, em 2022,<br />
foram gastos em fraudes e desperdícios.<br />
Antonio Trindade, presidente da<br />
Fenseg, informou que até setembro a<br />
arrecadação foi de R$ 93,4 bilhões e indenizações<br />
de R$ 41,9 bilhões. São 45%<br />
de toda a arrecadação do mercado segurador.<br />
Entre os destaques, as mudanças<br />
climáticas impactaram diretamente o seguro<br />
rural. O seguro garante a sustentabilidade<br />
do agronegócio, que responde por<br />
25% do PIB nacional. “Estamos trabalhando<br />
em parceria com o Governo Federal<br />
para fazer um aumento da subvenção ao<br />
prêmio do seguro rural. Já foi pedida até<br />
uma suplementação da verba disponível,<br />
de R$ 1 bi para R$ 2 bi para a próxima safra”,<br />
avisou Trindade.<br />
As mensagens dos presidentes das<br />
Federações e da CNseg são muito claras:<br />
para fazer o mercado crescer, é preciso<br />
que haja renda, condições econômicas<br />
melhores e muita comunicação, para<br />
mostrar à população o que o mercado de<br />
seguros pode fazer por ela.<br />
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