Biomais_61Web_Ops

Entrevista o crescimento da energia eólica por Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica
EXPERTISE EM
BIOMASSA
CONHECIMENTO AGREGADO NO
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS
É UM DIFERENCIAL DE EMPRESA
MULTINACIONAL
BIOMASS EXPERTISE
AGGREGATED KNOWLEDGE IN
PROJECT DEVELOPMENT IS A
DIFFERENTIATOR OF A
MULTINATIONAL COMPANY
EUCALIPTO
PESQUISA VISA AUMENTAR OPÇÕES
DE CLONES PARA PRODUÇÃO DE
BIOMASSA NO MATO GROSSO
ECONOMIA
MERCADO LIVRE DE ENERGIA CRESCE
COM ABERTURA PARA NOVA CATEGORIA
DE CONSUMIDORES

SUMÁRIO
08 | EDITORIAL
Mercado promissor
10 | CARTAS
12 | NOTAS
22 | ENTREVISTA
32 | PRINCIPAL
38 | BALANÇO
Energia renovável
42 | BIOMASSA
Biomassa no Mato Grosso
46 | ECONOMIA
50 | ARTIGO
56 | AGENDA
58 | OPINIÃO
O papel vital da energia solar
na ascensão dos veículos
elétricos no Brasil
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EDITORIAL
A capa desta edição destaca a
planta produtora de pellets de
biomassa da ANDRITZ
MERCADO
PROMISSOR
A
primeira edição da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS de 2024 traz como destaque principal o trabalho da ANDRITZ, empresa
multinacional, que atua no segmento de biomassa no Brasil desde 2005 e tem visto este mercado crescer. A expertise adquirida
nos projetos desenvolvidos em várias partes do mundo é um dos diferenciais da empresa que atua com projetos
personalizados. A presidente da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias), Elbia Gannoum,
é a entrevistada na edição, onde aponta os avanços e desafios do setor que tem aumentado sua presença no país. A edição ainda traz
reportagens sobre o mercado livre de energia, o desenvolvimento de pesquisa para melhorar o rendimento da biomassa do eucalipto
e, ainda, o crescimento na geração de energia no país por diferentes fontes, entre outros assuntos. Uma ótima leitura a todos!
PROMISING MARKET
T
he first issue of REFERÊNCIA Biomais in 2024 highlights the work of ANDRITZ, a multinational company that has been operating in
the biomass segment in Brazil since 2005 and has seen this market grow. The expertise acquired in the projects developed in various
parts of the world is one of the highlights of the Company that works with customized projects. Elbia Gannoum, President of the
Brazilian Association of Wind Energy and New Technologies (Abeeólica), is interviewed in this issue, where she points out the advances
and challenges of the Sector that have increased its presence in the Country. The issue also features reports on the free energy market,
the development of research to improve the yield of eucalyptus biomass, and the growth in energy generation in the country from different
sources, among other subjects. A pleasant read, everyone!
EXPEDIENTE
ANO XI - EDIÇÃO 61 - FEVEREIRO 2024
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(fabiomachado@revistabiomais.com.br)
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ASSINATURAS
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Rua Maranhão, 502 - Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil
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dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas
e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de
energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,
direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS
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armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
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direitos autorais, exceto para fins didáticos.
REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed
at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues
used for energy generation and cogeneration, research institutions, university
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and other intellectual property of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden
without written authorization of the holder of the authorial rights, except for
educational purposes.
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CARTAS
PRÊMIO REFERÊNCIA MELHORES DO ANO
Receber esse prêmio foi uma emoção muito grande, pois a Revista REFERÊNCIA BIOMAIS é
consolidada no setor e por ser um prêmio nacional, é o sentimento de dever cumprido, porque
buscamos o reconhecimento por trabalhar seguindo a lei, fazendo o certo.
Por Wesley Giacomelli – Vera (MT)
Foto: Emanoel Caldeira
ENTREVISTA
Excelentes reflexões do professor Thulio Cícero Guimarães Pereira sobre sustentabilidade, transição energética.
Vale a leitura!
Por Maria Patrícia Cordeiro – Irati (PR)
INVESTIMENTO
A usina de hidrogênio verde da UFSC é modelo de inovação, aliada à educação.
Por Paulo André – Ascurra (SC)
PRINCIPAL
Muito bacana a história da Rocha Facas e a relação próxima com seus clientes.
Por Valter Ferreira - Cacoal (RO)
Foto: Emanoel Caldeira
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na
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energia
biomassa
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Publicações Técnicas da JOTA EDITORA
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NOTAS
Fotos: Desenvolve SP
USINA SOLAR FLUTUANTE
Com financiamento da Desenvolve SP, agência de fomento do governo do Estado de São Paulo, o Grupo AB Areias
ergueu um empreendimento inédito, o de uma usina solar flutuante em um lago de mineração de areia já exaurido na
cidade de Roseira (SP), no Vale do Paraíba. Inaugurada no final de novembro de 2023, a usina já abastece totalmente a
unidade da empresa na cidade.
Para implantar o projeto a empresa contou com o trabalho de empresas especializadas em usinas solares fotovoltaicas
flutuantes. A usina solar ocupa um dos 20 ha (hectares) do lago - equivalente a 10 mil m2 (metros quadrados) dos 200 mil
m2 disponíveis -. Foram instaladas 1.180 placas fotovoltaicas sobre flutuadores no espelho d’água. Elas são sustentadas
em estruturas de alumínio e ficam suspensas com auxílio de boias. Para evitar que elas se desloquem, foram instaladas 20
poitas (espécie de âncoras), cada uma pesando duas toneladas. Só para se ter uma ideia, se o destino dessa energia gerada
fosse para residências, seria suficiente para abastecer 6 mil casas.
O diretor de Negócios e Fomento da agência Desenvolve SP, Gustavo Melo, destacou a inovação do projeto. “Temos
muito orgulho de falar que somos a ferramenta de viabilidade de projetos como esse. Isso é desenvolvimento sustentável,
e são ações como essa que geram emprego, renda e desenvolvimento para o Estado. Queremos ser cada vez mais apoiadores
de projetos que trazem evolução e inovação”, afirmou o diretor.
O projeto capitaneado pela AB Sol Energias Renováveis, uma das empresas da AB Areias, teve investimento total de R$
5,3 milhões, dos quais R$ 4,2 milhões foram financiados pela Desenvolve SP (80% do total). “Tivemos total acolhida da Desenvolve
SP neste processo”, afirma Sandra Maia de Oliveira, diretora de Meio Ambiente e Mineração do Grupo AB Areias.
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Redução de temperatura
35°C
de redução de
temperatura
135 o C

NOTAS
SERGIPE LIDERA REGULAMENTAÇÃO
DE GÁS NATURAL
O Estado de Sergipe assumiu a liderança do
RELIVRE (Ranking do Mercado Livre de Gás) na
atualização divulgada em dezembro de 2023,
em evento realizado na sede do IBP (Instituto
Brasileiro de Petróleo e Gás). Roberto Ardenghy,
presidente do IBP, lembrou que o lançamento do
RELIVRE, em março de 2023, foi um importante
marco para a abertura do mercado livre de gás
nos Estados com foco no amadurecimento e na
modernização das regulações estaduais, com
aderência aos princípios da nova lei federal do
gás natural. “O RELIVRE nos proporcionou um
canal de diálogo com os Estados para apoiar
o aprimoramento das normas locais sobre gás
natural”, avalia Ardenghy. Até outubro deste ano,
dos 19 Estados com algum tipo de norma sobre
o mercado livre de gás natural, apenas metade
tinha uma pontuação acima de 40% no ranking.
Ao longo de 2023, vários Estados introduziram
novas regulações, estreando no ranking ou
ampliando sua pontuação. Ele acrescenta que a
trajetória do Estado de Sergipe tornou-se uma
referência e visa ampliar a competitividade e
atratividade do gás com benefícios para a economia
do Estado e benefícios para os consumidores.
O RELIVRE, resultado de uma parceria do IBP
com a ABRACE (Associação dos Grandes Consumidores
Industriais de Energia e de Consumidores
Livres) e a ABPIP (Associação Brasileira de
Produtores Independentes de Petróleo e Gás), é
uma ferramenta que permite o acompanhamento
e a análise das normas estaduais referentes
à abertura do mercado livre de gás natural,
destacando as melhores práticas regulatórias em
cada Estado e apontando seus potenciais pontos
de aprimoramento.
Foto: Ascom Agrese/Presidente IBP, Roberto Ardenghy Foto: Ascom Agrese/Evento Atualização do Relivre Foto: Ascom Agrese/Evento Atualização do Relivre
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SISTEMA DE PRODUÇÃO DE BIOMASSA
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NOTAS
USINA HÍBRIDA EÓLICA E SOLAR
A ACCIONA Energía concluiu a sua primeira planta de geração renovável híbrida com a construção de uma usina fotovoltaica
de 29,4 MW (Megawatts) no mesmo local de seu parque eólico Escepar (36 MW), entre os municípios de Villalba
del Rey e Tinajas (Cuenca), na Espanha.
Composta por 54.208 módulos fotovoltaicos, a planta solar Escepar gerará 48.170 MWh (Megawatts por hora) de
eletricidade limpa por ano, quantidade equivalente ao consumo de cerca de 13.800 residências. Essa potência se soma
aos 57.500 MWh anuais já produzidos pelo parque eólico homônimo. Em conjunto, as duas instalações que compõem a
hibridização irão gerar eletricidade suficiente para abastecer mais de 30 mil residências, evitando a emissão de mais de 46
mil toneladas de CO2 (gás carbônico) por ano, o equivalente a plantar 2,5 milhões de árvores ou retirar de circulação mais
de 17.750 carros.
A hibridização de Escepar gerou até 130 empregos durante o pico da sua construção. A usina de Escepar é a primeira
hibridização da empresa, uma fórmula na qual duas ou mais tecnologias renováveis utilizam o mesmo ponto de conexão,
otimizando assim o uso da rede. Ao combinar tecnologias capazes de se alternar, como a eólica e a solar, reduz-se a dependência
das condições ambientais e obtém-se uma produção renovável mais constante e estável. Outro destaque é que, ao
compartilhar infraestruturas, evita-se a construção de novas linhas elétricas, subestações, instalações e estradas, reduzindo
o impacto ambiental que dois projetos independentes teriam.
Foto: divulgação Acciona Energia
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Empresa pertencente ao Grupo Gaboardi, especializada na fabricação de
máquinas e equipamentos para produção de biomassa (pellet) e ração
animal desde 1968, atendendo também demandas e necessidades no reparo
e fabricação de peças de reposição do setor.
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Fone: +55 (49) 3253-1100
Fone: +55 (49) 9 9927-5926
E-mail: comercial.gell@gaboardi.com.br

NOTAS
BRASILEIROS ADOTAM HÁBITOS SUSTENTÁVEIS
Os brasileiros têm adotado ações relacionadas à conservação do meio ambiente no dia a dia, embora ainda haja
espaço para expansão do consumo sustentável. Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) revela que
81% adotam hábitos sustentáveis sempre ou na maioria das vezes. Em 2022, eram 74%.
Conforme a pesquisa nos últimos seis meses: 73% evitaram desperdício de água sempre e 17% na maioria das
vezes, somando 90%; 69% evitaram desperdício de energia sempre e 20% na maioria das vezes, somando 89%; 50%
reduziram a produção de lixo sempre e 28% na maioria das vezes, somando 78%; 52% reutilizaram água sempre e
22% na maioria das vezes, somando 74%; 47% separaram lixo para reciclagem sempre e 18% na maioria das vezes,
somando 65%; 45% reutilizaram ou reaproveitaram embalagens de produtos sempre e 25% na maioria das vezes,
somando 60%; 43% reutilizaram o uso de embalagens sempre e 27% na maioria das vezes, somando 70%. Por outro
lado, 62% consideram difícil encontrar produtos sustentáveis em lojas e 45% não verificam se o produto que vão
comprar foi produzido de forma ambientalmente sustentável. Os principais entraves para práticas sustentáveis apontados
foram falta de campanhas de conscientização (19%), hábitos ruins (15%) e desconhecimento (15%).
“Todos temos de fazer a nossa parte: governo, sociedade e setor produtivo juntos, no que cabe a cada um para
viabilizar a descarbonização da economia. Temos de entrar em um ciclo virtuoso para impulsionar o país para uma
economia mais sustentável e alinhada à conservação do planeta e à promoção do bem-estar social”, afirma o presidente
da CNI, Ricardo Alban.
Foto: divulgação
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Projetos
Totalmente
Personalizados
em conformidade com a sua
necessidade, desde o layout até as
características de desempenho da
caldeira e de cada equipamento.

NOTAS
GERAÇÃO DE ENERGIA AUMENTOU NO BRASIL
Impulsionada pela energia eólica e solar, a geração de energia elétrica terminou 2023 com crescimento
de 10.324,2 MW (Megawatts). Os dados foram divulgados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Apenas em dezembro passado, foram acrescidos 1,9 mil MW, com a entrada em operação comercial de 51
unidades geradoras em todo o país.
O acréscimo anual superou a meta de 10.302,4 MW estabelecida pela Aneel para o ano passado. Esse
foi o maior incremento na matriz elétrica brasileira desde 2016, quando foram incorporados 9.527,8 MW à
geração de energia. Ao todo, 291 empreendimentos de energia entraram em operação no ano passado em
19 Estados. Os estados com maior acréscimo foram a Bahia (2.614 MW), o Rio Grande do Norte (2.278,5 MW)
e Minas Gerais (2.025,7 MW).
A principal contribuição para o aumento veio da energia eólica. Com 140 unidades inauguradas no ano
passado, a modalidade registrou aumento de 4.919 MW, o equivalente a 47,65% do incremento total. Em
segundo lugar, está a energia solar, cuja geração aumentou 4.070,9 MW com a entrada em operação de 104
centrais fotovoltaicas, 39,51% do acréscimo. Completam a lista 1.214,9 MW gerados por 33 termelétricas, 158
MW de 11 novas pequenas centrais hidrelétricas e 11,4 MW de três novas centrais geradoras hidrelétricas.
Foto: divulgação
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ENTREVISTA
Foto: Flavia Valsani
ENERGIA
ENTREVISTA
DO VENTO
ELBIA
GANNOUM
ENERGY FROM THE WIND
Formação: Ciências Econômicas pela UFU (Universidade
Federal de Uberlândia); mestre em Economia pela UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina); doutora em
Engenharia de Produção pela UFSC
Education: Economic Sciences from the Federal University of
Uberlândia (UFU); MSc in Economics from the Federal University of
Santa Catarina (Ufsc); PhD in Production Engineering from Ufsc
Cargo: Presidente-executiva da Abeeólica
Function: Executive President of the Brazilian Association of Wind
Energy and New Technologies
F
ilha caçula de uma família mineira de oito irmãos, Elbia
Gannoum, almejava se tornar professora universitária.
Com formação em Ciências Econômicas, foi no
curso de mestrado que se interessou pela indústria
de energia e começou a pesquisar na área. Desde 2011 é
presidente-executiva da Abeeólica (Associação Brasileira de
Energia Eólica e Novas Tecnologias), onde iniciou quando o
setor tinha apenas 1 GW (gigawatts) de capacidade instalada.
Passados 12 anos, a energia eólica tem mais de 30 GW de
capacidade instalada no Brasil. Em sua trajetória profissional
Elbia foi professora da UFSC (Universidade Federal de Santa
Catarina), integrou a CCEE (Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica), foi economista-chefe do MME (Ministério
de Minas e Energia), coordenadora de Política Institucional
do Ministério da Fazenda e assessora na Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica). Em entrevista para Revista a
REFERÊNCIA BIOMAIS, Elbia Gannoum falou dos avanços e
expectativas do setor.
T
he youngest daughter in a family of eight siblings
from the State of Minas Gerais, Elbia Gannoum aspired
to become a University Professor. With a degree
in Economic Sciences, it was during her studies for
her Master’s degree that she became interested in the energy
industry and began research in the area. Since 2011, she has
been Executive President of the Brazilian Association of Wind
Energy and New Technologies (Abeeólica), where she started
when the Sector had only 1 GW of installed capacity. After 12
years, wind energy has more than 30 GW of installed capacity
in Brazil. In her professional career, Gannoum has been a
Professor at the Federal University of Santa Catarina (Ufsc),
a member of the Electric Energy Trading Chamber (Ccee),
Chief Economist at the Ministry of Mines and Energy (MME),
Coordinator of Institutional Policy at the Ministry of Finance
and advisor at National Electric Energy Agency (Aneel). In an
interview with REFERÊNCIA Biomais, Elbia Gannoum talks
about the advances and expectations of the Sector.
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IMPORTAÇÃO DE MATRIZES,
ANÉIS E CAPAS DE ROLOS PARA
BIOMASSA, FERTILIZANTES E RAÇÃO
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ENTREVISTA
Conte de forma resumida sua trajetória até chegar
na presidência da Abeeólica.
Nasci em Ituiutaba (MG). Me formei em economia e
comecei a construir uma carreira acadêmica com o objetivo
de me tornar professora universitária, foi quando decidi
fazer mestrado e depois doutorado. Durante o mestrado,
fiquei muito interessada na indústria de energia e comecei
a pesquisar nessa área. Fui uma das primeiras economistas
a escrever sobre essa indústria, que passava por reformas,
no final da década de 1990. Quando estava começando o
doutorado e já lecionando temporariamente na universidade,
recebi um convite para trabalhar na recém-inaugurada
agência reguladora no Brasil. A partir desse período,
desenvolvi uma carreira na área de energia. Comecei a
trabalhar no governo federal em 2000, o que me proporcionou
uma grande experiência. Hoje, tenho uma carreira
de 24 anos. Desses, 11 anos dos quais trabalhei no governo
e em instituições relacionadas. Com toda essa bagagem,
tornei-me presidente da Abeeólica em 2011, onde estou
há 12 anos. A associação tem sido fundamental para o
desenvolvimento da área, que é muito importante no Brasil.
É a segunda maior fonte de geração de energia, com mais
de mil parques em operação no país. Desde 2020, também
sou vice-presidente do GWEC (Conselho Global de Energia
Eólica). E percebo que essa situação pode ajudar o Brasil a
se posicionar melhor nas questões de mudanças climáticas
e transição energética.
Como surgiu a Abeeólica?
Surgiu para representar uma indústria que estava
começando e precisava se consolidar. Sendo assim, em
2002 é fundada a Abeeólica, uma instituição sem fins
lucrativos que reúne e representa a indústria de energia
eólica no país, incluindo empresas em toda a cadeia de
produção. Nos últimos 10 anos, a entidade tem contribuído
efetivamente para o desenvolvimento e reconhecimento
da energia eólica como uma fonte limpa, renovável, de
baixo impacto ambiental, competitiva e estratégica para a
composição da matriz energética nacional. Nos primeiros
anos, a associação contava com 20 membros, e agora temos
mais de 150 membros. Passamos de 20,5 MW em 2002, para
30 GW de capacidade instalada, posicionando-se como
a segunda fonte na matriz elétrica do país, ficando atrás
apenas da energia hidrelétrica.
Quais os benefícios para os associados?
São muitos os benefícios. Quando se tem uma indústria
da magnitude da energia eólica, ter uma associação
que defenda com ética e transparência os interesses do
Can you briefly tell us about your until you became
Executive President of Abeeólica?
I was born in Ituiutaba (MG). I graduated in economics
and started to build an academic career to become
a University Professor, so I decided to do a Master’s
degree and then a Doctorate. During my studies for my
Master’s degree, I became very interested in the energy
industry and started to research this area. I was one of the
first economists to write about this industry, which was
undergoing reforms in the late 1990s. When I was starting
my Doctorate and already teaching temporarily at the
university, I received an invitation to work at the newly
created regulatory agency in Brazil. From that time on, I
developed a career in the energy field. I started working for
the Federal Government in 2000, which gave me a great
deal of experience. Today, I have a career spanning 24
years. Of those, I spent 11 years in government and related
institutions. With all this baggage, I became President of
Abeeólica in 2011, where I have been for the past 12 years.
The Association has been fundamental for the development
of the area, which is very important in Brazil. Today,
it is the second largest source of energy generation, with
more than a thousand wind farms in operation in the Country.
Since 2020, I have also been Vice Chair of the Global
Wind Energy Council (Gwec). And I realize that this can
help Brazil to better position itself on the issues of climate
change and energy transition.
How did Abeeólica come about?
It emerged to represent an industry that was in its infancy
and needed to consolidate. Thus, in 2002, Abeeólica
was founded, a non-profit institution that brings together
and represents the wind energy industry in the Country,
including companies throughout the production chain.
In the last ten years, the entity has effectively contributed
to the development and recognition of wind energy as a
clean, renewable, low environmental impact, competitive,
and strategic source for the composition of the national
energy matrix. In the early years, the Association had 20
members, and now we have more than 150 members. We
went from 20.5 MW in 2002 to 30 GW of installed capacity,
positioning itself as the second largest source in the Country’s
electricity matrix, behind only hydroelectric power.
What are the benefits for members?
There are many benefits. When you have an industry of
the magnitude of wind energy, having an association that
defends the interests of the development of this industry
with ethics and transparency is fundamental. Even more
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PRINCIPAL
PROJETOS DE BIOMASSA
DA ANDRITZ AGREGAM
EXPERTISE DO GRUPO
PROJEÇÃO DE MERCADO INDICA: 2024 É
O MOMENTO PARA PREPARAR
E RECEBER DEMANDA CRESCENTE POR
FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL
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A
questão energética vem ganhando a cada
dia mais importância, além de se tornar
uma necessidade para a indústria, é considerada
igualmente estratégica para revisão
de processos, exemplo disso é a crescente demanda da
Europa, Japão e outros países desenvolvidos com prazos
para redução drástica de emissões de GEE (gases
do efeito estufa).
Há vários anos o grupo ANDRITZ vem atuando globalmente
em demandas do setor de pellets. No mercado
brasileiro a produção iniciou em 2005 e a multinacional
já é considerada a empresa mais preparada para
a oferta de soluções completas para pequenas, médias
e grandes plantas, assim como na cadeia de papel e
celulose.
A experiência do grupo se reflete em conhecimento
agregado para originar os projetos para pellet de
madeira, transformando em biomassa o que estava
sendo descartado, ou comercializado com baixo valor
agregado, tornando-se outra fonte de receita para o
negócio.
A ANDRITZ fornece desde o projeto, engenharia
civil, equipamentos e tecnologias necessárias para colocar
o sistema em operação. Referência na aplicação
EPC (Engineering, Procurement and Construction),
dispõe dessa expertise para executar os projetos com
linhas para recepção de matérias-primas, secagem de
biomassa, desde a moagem úmida, moagem fina e a
peletização.
A visão integral desses processos diminui prazos e
garante entregas eficientes reduzindo o desperdício,
sobretudo, nos casos que a biomassa é gerada de cascas
e aparas de madeira.
Para que as inúmeras vantagens do sistema possam
ser aproveitadas por todos os interessados nesse
mercado, a ANDRITZ recebe pedidos para projetos de
diferentes portes. “A empresa atende sistemas para geração
de até 6 ou 7 toneladas de pellets por hora, bem
como está desenvolvendo projetos que geram até 57
toneladas/hora, ou seja, pode executar todos os projetos,
com a mesma eficiência”, ressalta Marinaldo Campos,
Diretor ANDRITZ Feed & BioFuel.
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
33

BALANÇO
ENERGIA
RENOVÁVEL
FINANCIAMENTO PARA
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
AUMENTOU EM 2023
FOTOS DIVULGAÇÃO
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O
s financiamentos para projetos em
energia limpa e renovável tiveram um
importante aumento no ano passado.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) aumentou em 62% os
investimentos em energia limpa durante 2023, em
comparação com o valor investido em 2022, segundo
levantamento divulgado pela instituição. O total
aportado em 2023 foi de R$ 19,6 bilhões no segmento
de energias renováveis.
Ao todo, foram 51 operações aprovadas pelo
BNDES com foco em transição energética e mudança
climática, o que representa um terço dos investimentos
realizados pela instituição financeira no ano passado.
A título de comparação, o banco fechou 2023 com
R$ 37,5 bilhões em projetos de transportes, logística,
mobilidade e saneamento.
Um dos empreendimentos financiado pelo banco
é o Complexo Eólico Babilônia Centro, localizado
na Bahia. O financiamento foi de R$ 3,16 bilhões, o
maior aporte já aprovado pelo BNDES para geração
renovável. A usina terá capacidade instalada de 553,5
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
39

BIOMASSA
BIOMASSA NO
MATO GROSSO
PROJETO DE PESQUISA ENTRE EMBRAPA
E AREFLORESTA VAI AVALIAR CLONES
DE EUCALIPTO PARA BIOMASSA
FOTOS DIVULGAÇÃO
BIOMASS IN THE STATE
OF MATO GROSSO
A JOINT RESEARCH PROJECT WITH
EMBRAPA AND AREFLORESTA
EVALUATES EUCALYPTUS CLONES
FOR BIOMASS
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O
Conselho Gestor do Desenvolve Floresta do
Estado de Mato Grosso aprovou o financiamento
de um projeto de pesquisa liderado pela
Embrapa Agrossilvipastoril, sediada em Sinop
(MT) e Arefloresta (Associação dos Reflorestadores de Mato
Grosso) para a avaliação de clones de eucalipto.
O projeto testará 60 clones de eucalipto desenvolvidos
pela Embrapa visando atender à crescente demanda
por madeira para energia. O objetivo é o de recomendar
materiais mais adaptados e produtivos para as condições de
clima e solo do Estado. Com isso, espera-se reduzir os riscos
na atividade florestal.
T
he State of Mato Grosso Forest Development Council
Management approved the funding for a research
project led by Embrapa Agrosilvopastoril, based
in Sinop (MT), and with the State of Mato Grosso
Planted Forest Association (Arefloresta) for the evaluation of
eucalyptus clones.
The project plans to test 60 eucalyptus clones developed
by Embrapa to meet the growing demand for wood for energy.
The objective is to recommend better-adapted and more
productive materials for the climate and soil conditions within
the State. With this, it expects to reduce the risks in forestry
activity.
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
43

ECONOMIA
MERCADO LIVRE
DE ENERGIA
FOTOS DIVULGAÇÃO
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MAIS DE 3 MIL
CONSUMIDORES
JÁ ENCERRARAM
CONTRATOS COM
DISTRIBUIDORAS DE
ENERGIA ELÉTRICA
PARA ENTRAR NO
NOVO MERCADO
O
ano mal começou e desde o início mais
de 3 mil consumidores já notificaram o
encerramento dos contratos com distribuidoras
de energia elétrica para migrar
para o mercado livre de energia. Janeiro de 2024 foi o
primeiro mês de vigência da abertura desse modelo
para consumidores do grupo A, de média e alta tensão,
que passaram a ter essa opção, já disponível para
as grandes indústrias.
A mudança pode baratear as contas de energia
dessas empresas em torno de 20%. Marcelo Loureiro,
conselheiro da CCEE (Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica), que integra geradores, distribuidores,
comercializadores e consumidores de energia elétrica
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
47

ARTIGO
MANEJO DA
BIOMASSA E
SUSTENTABILIDADE
NUTRICIONAL EM POVOAMENTOS
DE EUCALYPTUS SPP. EM
PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS
FOTOS DIVULGAÇÃO
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MAURO VALDIR SCHUMACHER
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria)
RUDI WITSCHORECK
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria)
FRANCINE NEVES CALIL
UFG (Universidade Federal de Goiás)
VICENTE GUILHERME LOPES
Unipampa (Universidade Federal do Pampa)
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
51

mesh. As determinações analíticas de N, P, K, Ca, Mg e S,
foram realizadas segundo a metodologia sugerida por
Miyazawa et al. (1999). O nitrogênio foi determinado
pelo método Kjeldhal, no extrato de digestão sulfúrica,
e os demais elementos, no extrato de digestão nítrico-perclórica,
sendo cálcio e magnésio por espectrofotometria
de absorção atômica, fósforo por espectrofotometria
(VIS), potássio por fotometria de chama e
enxofre por turbidimetria.
CONCLUSÕES
Os fundamentos da ciclagem de nutrientes devem
ser aplicados ao manejo da biomassa para manter a
fertilidade do solo e diminuir a necessidade de adubação.
Nesse sentido, o sub-bosque e a serapilheira são
importantes compartimentos para a manutenção dos
nutrientes no sistema. A ciclagem interna de nutrientes
aumenta a eficiência de utilização dos nutrientes
(CUB) ao longo da idade do povoamento, reduzindo a
exportação relativa de nutrientes pela colheita florestal.
O aumento da biomassa relativa em função da idade
contribui para um maior rendimento de madeira nos
povoamentos após os 6 anos de idade.
A restrição da exportação de biomassa somente à
madeira do tronco, mantendo casca do tronco, raiz e
os demais componentes da copa como resíduo sobre
o solo, é a medida mais importante para a redução do
impacto nutricional da colheita florestal. A observância
à idade de colheita florestal e à intensidade de remoção
da biomassa associadas ao manejo correto dos resíduos
pós-colheita, são medidas efetivas à sustentabilidade
nutricional de plantios de eucalipto.
Para acessar esse conteúdo na
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AGENDA
MARÇO 2024
DESTAQUE
BRASIL OFFSHORE WIND SUMMIT
Data: 26 e 27 de março 2024
Local: Rio de Janeiro (RJ)
Informações:
https://abeeolica.org.br/eventos-abeeolica/
ABRIL 2024
IFAT BRASIL - FEIRA INTERNACIONAL PARA
ÁGUA, ESGOTO, DRENAGEM E SOLUÇÕES
EM RECUPERAÇÃO DE RESÍDUOS
Data: 24 a 26 de abril 2024
Local: São Paulo Expo (SP)
Informações: https://ifatbrasil.com.br/
MAIO 2024
VI FÓRUM SUL BRASILEIRO
DE BIOGÁS E BIOMETANO
Data: 16 a 18 de abril 2024
Local: Chapecó (SC)
Informações:
https://biogasebiometano.com.br/
CIBIO 2024 – CONGRESSO INTERNACIONAL
DE BIOMASSA
Data: 29 e 30
Local: FIEP – Curitiba (PR)
Informações: https://www.congressobiomassa.com/site/
CBENS - CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENERGIA SOLAR
Data: 27 a 30
Local: Natal (RN)
Informações:
https://www.abens.org.br/evento.php?evento=3
Esta é a segunda vez que Chapecó
recebe o Fórum Sul Brasileiro de Biogás e
Biometano. O Centro de Cultura e Eventos
Plínio Arlindo de Nes, será sede da VI edição
do fórum organizado pela Sbera (Sociedade
Brasileira dos Especialistas em Resíduos das
Produções Agropecuária e Agroindustrial). A
programação prevê painéis, além de visitas
técnicas e espaço de negócios. Além dos painéis
principais, o fórum reserva espaço para
eventos paralelos como encontros, reuniões e
workshops.
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OPINIÃO
Foto: divulgação
O PAPEL VITAL DA ENERGIA
SOLAR NA ASCENSÃO DOS
VEÍCULOS ELÉTRICOS NO
BRASIL
E
m um mundo cada vez mais comprometido com
a diminuição da emissão de GEE (gases de efeito
estufa), a mobilidade elétrica urbana é um tema
central para acelerar essas reduções. A boa notícia
é que o veículo elétrico já é realidade, inclusive no Brasil. E
esse segmento, que vem crescendo a passos largos no país,
traz diversas oportunidades para o mundo da energia solar.
O veículo elétrico está se popularizando à medida que as
baterias, que pode ser considerado o calcanhar de Aquiles
dos modelos por vários motivos, estão cada vez mais eficientes
e com custos em queda acelerada.
Segundo um estudo recente da Goldman Sachs, o custo
de um kWh (quilowatts por hora) de capacidade da bateria
era de US$ 155 em 2022; e, até 2025, deverá sofrer uma redução
de cerca de 36%, atingindo US$ 99 – anteriormente, o
banco estimava uma queda de 33%. A previsão dos analistas
é que os preços das baterias caiam 11% ao ano de 2023 a
2030, quando deverão custar cerca de US$ 70 por kWh.
Além de estarem mais baratas, as baterias estão mais
densas, uma vez que a indústria está conseguindo colocar
mais energia por quilo de bateria. Segundo dados da IEA
(International Energy Agency), a relação está entre 200-250
Kwh por quilo de bateria; em 2030, deverá chegar a 400 Kwh
– isso equivale dizer que os veículos de transporte de longa
distância, como as carretas, já poderão ser 100% elétricos.
Em 2040, ainda conforme a IEA, a capacidade da bateria
deverá alcançar 600 Kwh e então os aviões elétricos também
serão uma realidade – a Embraer já tem seu projeto pronto
esperando que a bateria chegue ao peso necessário.
Enquanto esse futuro não chega, no presente estamos
vendo a transformação da frota automotiva brasileira. Em
2022, 50 mil novos veículos elétricos passaram a rodar pelas
ruas e estradas do país. Neste ano, esse número deve dobrar
e, em 2032, alcançar 350 mil unidades. Os dados são da EPE
(Empresa de Pesquisa Energética).
A cidade de São Paulo (SP) concentra o maior número de
veículos elétricos do país (eles não entram no rodízio veicular
que vigora por lá) em seguida, estão capitais como Brasília
(DF), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Curitiba
(PR). Apesar da concentração em grandes centros, essa onda
não vai demorar a se espalhar pelas cidades do interior.
E toda essa frota vai precisar de infraestrutura de recarga,
devidamente equipada para que o motorista desses veículos
tenha tranquilidade para seguir viagem. Essa infraestrutura
ainda é deficitária no Brasil, ainda mais nas rodovias. Os centros
urbanos contam cada vez mais com pontos de recargas
em shoppings, supermercados e condomínios, além de
postos de combustíveis. E esse é um negócio que gera grandes
oportunidades para a cadeia solar: o carregador veicular
pode ser oferecido junto com o sistema fotovoltaico.
Podemos supor que um motorista que tem hoje um
veículo com uma bateria de 50 kwh, o que dá uma autonomia
de mais ou menos 400 km, vai ter de carregar esse
veículo uma vez por semana na sua própria casa. Nessa
conta, estamos falando de uma residência que vai ter no mínimo
200 kwh mês a mais no consumo e de um cliente que
certamente vai ficar feliz em economizar na sua conta, tendo
ele uma usina de energia solar instalada em casa. Ou seja, a
instalação do sistema fotovoltaico passa a ser uma necessidade.
O carregador veicular pode ser colocado dentro do kit
gerador e com isso terá todas as isenções de imposto que o
kit permite.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Por Bruno Catta Preta
Diretor de relações institucionais da Genyx e coordenador da Absolar, em Minas Gerais
Foto: divulgação
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