17.04.2024 Views

Jornal Paraná Abril 2024

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Hidrogênio verde<br />

Alerta vermelho<br />

Até 2030, o Brasil pode produzir<br />

o hidrogênio verde mais<br />

barato do mundo, sob o valor<br />

de US$1,45 por quilo. A informação<br />

é de um estudo da<br />

empresa de pesquisas sobre<br />

finanças energéticas BloombergNEF.<br />

O estudo considera<br />

os métodos mais baratos de<br />

geração de hidrogênio verde<br />

de acordo com as condições<br />

de cada país. Para o Brasil, o<br />

uso de energia eólica terrestre<br />

e eletrólise alcalina seria o<br />

mais benéfico. Outros países<br />

que apresentaram valores baixos<br />

são China, também com<br />

energia eólica, e Chile, com<br />

uso de fontes solares.<br />

A Organização Meteorológica<br />

Mundial confirmou que<br />

2023 foi o ano mais quente<br />

já registrado em 174 anos,<br />

provocando efeitos que fazem<br />

da mudança climática<br />

"o desafio essencial da humanidade".<br />

A entidade alertou<br />

ainda que há uma "alta<br />

probabilidade" de que <strong>2024</strong><br />

seja outro ano de calor recorde.<br />

A temperatura média<br />

mundial foi 1,45 grau superior<br />

à média da era pré-industrial<br />

(1850-1900) e 12%<br />

superior ao recorde anterior<br />

(em 2016 o aumento médio<br />

foi de 1,29 grau).<br />

Mercado global<br />

Brasil<br />

O mercado global de açúcar<br />

deverá ter um excedente<br />

maior do que o esperado na<br />

temporada 2023/24, devido<br />

às recuperações de produção<br />

na Índia e na Tailândia<br />

nos estágios finais de suas<br />

safras, disse a corretora StoneX<br />

. Ela projetou que a produção<br />

global de açúcar excederia<br />

a demanda total em<br />

3,88 milhões de toneladas,<br />

acima das 3,4 milhões de toneladas<br />

previstas em fevereiro.<br />

A StoneX revisou para<br />

cima sua projeção para a<br />

produção da Índia em 1,7 milhão<br />

de toneladas, para 32,8<br />

milhões de toneladas, e<br />

acrescentou 500 mil toneladas<br />

à sua estimativa para a<br />

Tailândia, para 9,1 milhões<br />

de toneladas. Ambos os países<br />

estão tendo uma safra<br />

melhor, com rendimentos<br />

mais altos na fase final. A<br />

produção melhor do que o<br />

esperado na Ásia compensou<br />

os cortes no México e<br />

no Brasil, disse a corretora.<br />

A StoneX também divulgou<br />

uma nova estimativa para a<br />

safra atual do centro-sul do<br />

Brasil. Ela reduziu drasticamente<br />

sua visão para a moagem<br />

total de cana-de-açúcar<br />

de 622 milhões de toneladas<br />

em janeiro para 602 milhões<br />

de toneladas, dizendo que a<br />

produtividade agrícola cairá<br />

cerca de 9% devido ao clima<br />

mais seco do que o normal. A<br />

corretora não vê mais uma<br />

produção recorde de açúcar<br />

no centro-sul em <strong>2024</strong>/25 -<br />

apesar do maior foco na produção<br />

de açúcar pelas usinas<br />

- já que volumes menores de<br />

cana impedirão que a região<br />

ultrapasse a produção da safra<br />

anterior. O relatório prevê que<br />

a produção de açúcar do centro-sul<br />

será de 42,3 milhões<br />

de toneladas, abaixo das 43,1<br />

milhões de toneladas projetadas<br />

em janeiro. Outros analistas<br />

esperam uma produção<br />

ainda menor no Brasil, em<br />

torno de 40 milhões de toneladas.<br />

Carros flex<br />

A maioria dos veículos vendidos<br />

no Brasil é flex - ou seja,<br />

pode ser abastecida com etanol<br />

ou gasolina, em qualquer proporção<br />

-, mas somente 30% da<br />

frota utiliza o combustível derivado<br />

da cana-de-açúcar. É o<br />

que aponta um estudo da consultoria<br />

Datagro referente ao<br />

mês de janeiro. Se comparado<br />

ao mesmo mês do ano passado,<br />

houve avanço - o índice<br />

era de 19,4% -, mas o patamar<br />

está muito abaixo dos 41,5% já<br />

Grandes produtores de petróleo<br />

e gás nos Estados Unidos<br />

podem estar emitindo três vezes<br />

mais metano, gás que<br />

aquece o planeta, do que as<br />

estimativas oficiais, de acordo<br />

com uma nova pesquisa. Este<br />

é o mais recente de uma série<br />

de estudos que sugerem que<br />

as emissões do setor de combustíveis<br />

fósseis podem estar<br />

Metano<br />

obtidos pelo setor, em outubro<br />

de 2018. “Tem um trabalho<br />

muito grande para ser feito,<br />

para ampliar o uso de hidratado<br />

na frota flex", afirmou Plínio<br />

Nastari, presidente da Datagro.<br />

No mínimo, o consumo no período<br />

atual, de entressafra, deveria<br />

estar em 35%, mas executivos<br />

do setor relatam que o<br />

patamar recorde já obtido ainda<br />

é aquém do ideal. Para Nastari,<br />

50% é um índice "absolutamente<br />

viável".<br />

sendo subestimadas. O metano<br />

é o principal componente<br />

do gás natural e, quando liberado<br />

sem queima na atmosfera,<br />

atua como um gás de<br />

efeito estufa extremamente poderoso.<br />

Ele pode aquecer o planeta<br />

mais de 80 vezes mais do<br />

que a mesma quantidade de<br />

dióxido de carbono ao longo de<br />

um período de 20 anos.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!