INFORMAQ | Nº 287 | maio de 2024 | Ano XXIII
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10 INFORMAQ Ano XXIII • nº 287 • Maio de 2024
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Setor eólico busca políticas industriais para
alavancar produtividade e competitividade
Reunião realizada na sede da ABIMAQ, falou sobre a necessidade de políticas industriais eficazes que
promovam o aumento da produtividade e da competitividade do setor no país
Durante o encontro, o presidente do Conselho
de Energia Eólica, Leonardo Euler, destacou a
importância da Nova Política Industrial, abordando
tópicos fundamentais como Brasil Mais Produtivo,
Custo Brasil, Depreciação Acelerada e aspectos
da Reforma Tributária. Para ele, esta é uma ótima
oportunidade para o setor discutir os desafios e
oportunidades para impulsionar a indústria eólica
no Brasil.
Na reunião, Euler mencionou que fosse compartilhado
o que poderia ser importado do programa
MOVER, a fim de propor junto ao governo, um programa
específico para o setor eólico. A ideia surgiu
após uma reunião com Rodrigo Rollemberg, Secretário
de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria
do MDIC, onde foi mencionada a criação de
um grupo com esse propósito.
José Velloso – presidente-executivo da ABIMAQ,
complementou a inciativa de Euler e disse estar em
contato com Uallace Moreira (Secretário de Desenvolvimento
Industrial, Inovação, Comércio e Serviços)
e Margarete Gandini (Diretora do Departamento
de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média
Complexidade Tecnológica) para estabelecer uma
política industrial para o setor de máquinas inspiradas
no MOVER, visando a renovação do parque industrial
brasileiro.
Em consonância com Velloso, João Alfredo, diretor
de Tecnologia da ABIMAQ, informou que Margarete
Gandini está desenvolvendo um projeto para
o setor eólico e sugeriu a possibilidade de aproveitar
ideias do MOVER, como o crédito de impostos. “Vamos
discutir uma estratégia a partir de documento
elaborado com essas ações”, frisou João.
Destacando o Plano de Ação para a neoindustrialização
e as perspectivas da Nova Indústria Brasil
(NIB), Velloso ressaltou a importância de uma política
que promova aumento de produtividade e bemestar
social, e que esteja alinhada as necessidades
atuais da economia brasileira.
O presidente-executivo recordou a crise fiscal
de 2015 no Brasil, que ceifou dez anos da economia
do país, o que somam exatos dez anos para
que o PIB perdido naquela época, seja recuperado.
Em consequência disso, houve uma queda na taxa
de investimento.
A crise fiscal de 2015, que teve um impacto duradouro
na economia, serviu como um lembrete dos
desafios enfrentados.
"Vamos reavaliar algumas premissas econômicas.
Uma delas é a demanda e a outra é a expectativa.
Os economistas costumam olhar muito para
o passado por meio das estatísticas, mas quando
se trata do futuro, é preciso considerar a expectativa.
No passado, a expectativa não era boa, devido
ao crescimento do endividamento do Brasil. Muitos
previam que, por volta de 2017/18, nossa dívida
ultrapassaria 100% do PIB, mas isso não ocorreu;
hoje, a dívida corresponde a 80% do PIB", ponderou
Velloso.
Para ele, as políticas industriais adotadas anteriormente
eram muito criticadas e a ABIMAQ tem
um conceito de como deveria ser feita essa política.
“Política industrial deve ser feita sempre com aumento
da produtividade. Não adianta fazer política
industrial se ela não trouxer o aumento da produtividade
e da sociedade como um todo, além de trazer
bem-estar social”, considerou Velloso, explicando
que a Nova Política Industrial foi muito bem desenhada,
pois não comete os erros que já foram cometidos
no passado.
Por fim, o vice-presidente do Conselho de Energia
Eólica, Alexandre Negrão, enfatizou a necessidade
de alavancar a indústria eólica no país. Ele apontou
que, apesar da cadeia produtiva ter poucos
players, deveria ser mais lucrativa para os fabricantes
do que para os desenvolvedores, o que não é o caso
na prática.
“O mercado nacional para o setor de energia
eólica tem um problema de demanda, que se deu
no ano passado, devido aos juros elevados e o Preço
de Liquidação das Diferenças (PLD) muito baixos”,
explicou.
Para Velloso, é preciso uma política industrial
única para o setor eólico, abordando questões como
a falta de sustentabilidade do mercado, a falta de
competitividade para exportação e os benefícios dados
à geração de energia solar, que podem prejudicar
os investimentos na energia eólica.
“A NIB tem seis missões, e todas elas passam pelo
aumento da produtividade. A ABIMAQ, como um
todo, está em todas essas missões, pois elas passam
pela descarbonização e pela energia limpa e renovável,
e o setor eólico está inserido como um acessório”,
concluiu Velloso.
ABIMAQ participa
da comemoração
dos 20 anos da
ABESpetro
Fundada em 2004, a
Associação Brasileira
das Empresas
de Bens e Serviços de
Petróleo, ABESPetro,
possui um conjunto de associadas com grande
inteiração com as associadas da ABIMAQ.
Na comemoração dos seus 20 anos, a entidade
esteve representada pelo presidenteexecutivo
José Velloso, pelo diretor de Petróleo,
Gás Natural, Bioenergia e Hidrogênio
da ABIMAQ, Alberto Machado e pelo presidente
do Conselho de Óleo e Gás, Idarilho
Nascimento.
A ABESPetro tem como objetivo, promover
o desenvolvimento
econômico sustentável
de empresas que fornecem
bens e serviços para
a atividade de exploração
e produção de petróleo. Representa o
primeiro elo de fornecedores desse sistema
produtivo, em sua maioria demandantes de
produtos das associadas da ABIMAQ.
A ABESPetro tem hoje, mais de 50 empresas
em seu quadro de associadas, que atuam
nos segmentos de reservatórios e poços, instalações
submarinas de coleta e escoamento
de fluidos, sondas de perfuração e unidades
estacionárias de produção de petróleo.