Livro 03 final-EVALDO.indd - Ministério do Esporte

Volume III
A Chama Que Uniu o País 6
A Marca do Rio 2007 48
O Pan nas Asas da Portela 62
O Marketing dos Jogos 70
Os Jogos em Todas as Mídias 90
Doping – O Pan Mais “Limpo” da História 96
Um Pan para Impulsionar Projetos Sociais 112
O Legado Científi co 144
O Legado Esportivo para uma Nova Era 158
A Rapidez e a Efi ciência dos Correios nos Jogos 200
A Gigantesca Bilheteria do Pan 206
Passagens para os Jogos 212
Trânsito e Transporte no Rio 2007 216
O Pan de Mãos Dadas com o Meio Ambiente 226
O Riso no Alto do Pódio 242
Ficha Técnica 244
Expediente 300
5

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
6
A CHAMA QUE
UNIU O PAÍS
Do México ao Maracanã,
o encanto e o simbolismo
da Tocha Pan-americana

Da Grécia Antiga ao Brasil
U
m dos maiores símbolos do olimpismo
internacional, a tocha olímpica
e pan-americana traduz a paz
e a harmonia entre os povos que
se unem por meio de um dos mais poderosos
veículos de integração humana: o esporte.
Item obrigatório nas cerimônias de abertura
dos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno, o
acendimento da pira olímpica é uma das imagens
mais aguardadas da festa, encantando o
público presente e os bilhões de espectadores
que assistem à celebração pela tevê e internet.
Em 13 de julho de 2007, o Brasil teve a experiência
de vivenciar este ritual nascido na Grécia
Antiga, berço do moderno pensamento ocidental
e das disputas multiesportivas que deram
origem aos Jogos Olímpicos da Era Moderna.
O ex-corredor e campeão olímpico Joaquim
Cruz foi o eleito para repetir a reverência que os
atletas gregos de outrora prestavam a Zeus, o
Deus do Olimpo. Em um Maracanã lotado e tomado
pela emoção, o vencedor dos 800 metros
livres nos Jogos de Los Angeles 1984 fez, em
pleno inverno, a bela pira brilhar como o sol carioca
em uma quente e tranqüila tarde de verão.
Cruz foi o último dos cerca de 2,8 mil escolhidos
para participar da maior edição do revezamento
da Tocha Pan-americana dos 56
anos de história dos Jogos e também a única
a passar por todas as regiões de um país que
recebeu os Jogos. No total, 1.551 quilômetros
foram percorridos em 39 dias.
A chama iluminou os 26 estados da federação
e o Distrito Federal. Aqueceu as cinco regiões
geográfi cas do País. Visitou 51 localidades.
Tudo para divulgar os valores do esporte e
envolver o povo brasileiro no principal evento
esportivo organizado pelo País nos seus cinco
séculos de existência. A lenda da tocha
7
remonta à Grécia Antiga: aceso em Olympia,
em cerimônia realizada no sagrado templo de
Hera, deusa do matrimônio e irmã e esposa de
Zeus, o mais poderoso dos Deuses do Olimpo,
o fogo brilhava intensamente do início ao
fi nal das competições olímpicas de então. Até
que o titã Prometeu, uma das divindades que
ousaram desafi ar o poder de Zeus, roubou a
chama sagrada do Olimpo e a entregou aos
homens, que se libertaram das trevas e iluminaram
seu caminho rumo à sabedoria.
Mais de vinte e seis séculos depois, o fogo
olímpico ressurge nos XI Jogos Olímpicos da
era moderna, realizados em Amsterdã, na Holanda.
O estádio olímpico da capital holandesa
foi o primeiro da história a ser projetado com
uma torre para abrigar a chama.
Nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, Carl
Diem, secretário do comitê organizador, defi niu
o modelo do revezamento da tocha que conhecemos
hoje. Transportado por 3.331 condutores,
o fogo saiu de Olympia, na Grécia, passou
pela Bulgária, Hungria, Áustria, Tchecoslováquia
(que, após o processo de mudança política
ocorrido no Leste Europeu, deu origem a
dois países, a República Tcheca e a Eslováquia)
e a Iugoslávia (que foi dividida em várias repúblicas
autônomas durante o mesmo processo).
Depois de atravessar cinco países e percorrer
milhares de quilômetros, o fogo chegou ao seu
destino, o estádio Olímpico de Berlim, onde
dias depois o atleta negro americano Jesse
Owens entrou para a galeria dos heróis olímpicos
ao conquistar quatro medalhas de ouro
nas provas de atletismo.
Façanha esta obtida sob olhar perplexo de
Adolf Hitler, o ditador que tentou impor ao
mundo a teoria de que os arianos eram os mais
perfeitos dos seres humanos. Owens deu uma
colaboração decisiva para implodir esse mito.

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8

A Tocha Pan-americana
Foto: Arquivo / Agência O Globo
A
primeira edição dos Jogos Panamericanos
aconteceu em 1951, em
Buenos Aires. A chamada “Olimpíada
das Américas” adotou, então, o
modelo e o protocolo da versão mundial dos
Jogos. A festa de abertura teve desfi le de delegações,
juramento olímpico e a cerimônia do
acendimento da pira.
Num simpático gesto de boas-vindas ao novo
evento, integrantes do Comitê Olímpico Grego
viajaram de Acrópole a Buenos Aires com
o fogo que iluminaria o primeiro Pan da história.
Quatro anos depois, na Cidade do México,
surge a Tocha Pan-americana.
A tocha é acesa na Serra da Estrella, local sagrado
para astecas, povo que habitava o México
e parte da América Central até a chegada
dos colonizadores espanhóis. No Pan de São
Paulo, em 1963, o primeiro grande evento poliesportivo
no Brasil, índios carajás acenderam
a tocha em Brasília, num antigo ritual da tribo
realizado na nova e arrojada capital do País,
inaugurada três anos antes.
No Pan-americano de Havana, Cuba, em 1991,
a cerimônia de acendimento da tocha teve uma
simbólica mudança de local. Deixou a Serra da
Estrella para ser realizada nas pirâmides de
Teotihuacán, nas imediações da Cidade do
México, outro sítio de relevante importância
histórica. Ali, os astecas realizavam celebrações
religiosas de adoração ao Deus Sol.
Nessas manifestações, o fogo era o principal
elemento. Daí a escolha de Teotihuacán como
o ponto de partida do revezamento do Fogo
para todos os Jogos Pan-americanos.
9

Foto: Hulhon Archive / Getty Images
10

O revezamento da tocha
surge nas Olímpiadas
de Berlim, em 1936
O revezamento
E
m agosto de 2002, o Brasil conquista
pela segunda vez o direito de ser a
sede de uma edição dos Jogos Panamericanos.
Mas os elos entre o Rio
2007 e São Paulo 63 fi cam restritos ao espírito
olímpico e à paz e união entre os povos, nobres
e eternos valores difundidos pelo esporte.
E que assim o serão por todo o sempre. Porém,
no aspecto estrutural e organizacional, há
uma enorme distância entre os dois eventos.
Nas últimas décadas, os grandes eventos esportivos
passaram por profundas transformações.
Jogos Olímpicos e Pan-americanos deixaram
de ser apenas competições por tempos
e recordes e se tornaram máquinas geradoras
de investimento e robustos vetores de desenvolvimento
para os países que os recebem.
Os Jogos Rio 2007 são o espelho desse novo
paradigma. De toda forma, um evento desse
porte não pode ser feito apenas de planilhas
de custos, cimento e cal. Por trás do planejamento
há o ser humano, o público-alvo deste
grande produto chamado esporte. Cativar sua
gente, despertar seu interesse para os Jogos
são preocupações primordiais de qualquer organizador
de uma grande competição esportiva
como os Jogos Pan-americanos.
Pelo caráter integrador e pela mensagem de
paz e harmonia que transmite, a tocha é um
efi ciente agente de mobilização coletiva. Por
onde passa encanta a população e faz com
que ela volte sua atenção para a festa esportiva
que anuncia. A participação de grandes
atletas e personalidades no revezamento,
além de dar carisma e visibilidade ao projeto,
aproxima o brasileiro ainda mais dos Jogos.
Levar o Pan até o brasileiro, seja ele morador
do Amazonas ou do Rio Grande do Sul, era
o principal objetivo do governo federal com o
revezamento da tocha. A operação foi estabelecida
no Plano Estratégico de Ações Governamentais
(PAG), documento que defi niu
as ações, investimentos e políticas públicas
desenvolvidas e apoiadas pela administração
federal para os Jogos Pan-americanos. Meta
essa que foi plenamente atingida e dividida
com os mais de 187 milhões de habitantes da
Terra Brasilis.
11

Na Antigüidade, o fogo
era oferecido a Zeus
pelos competidores
12

As primeiras ações
Foto: Milos Bicanski / Getty Images
A
ssim que cada país conquista o direito
de ser a sede do Pan, assume
imediatamente uma série de
obrigações e recomendações estabelecidas
pela Organização Desportiva Panamericana,
a Odepa, instituição criada para
valorizar e difundir a prática esportiva pelas
Américas, além de ser também a entidade que
elege a cidade-sede do Pan. O revezamento
da tocha é um destes deveres. Desde o início
das discussões sobre o tema, o governo federal,
por intermédio da Secretaria do Comitê
de Gestão Federal Rio 2007 (Sepan/ME), defendeu
a posição de que o revezamento deveria
ocorrer em pelo menos uma cidade de
cada uma das 27 unidades da federação. Havia
o entendimento de que esse era o modelo
mais adequado para a proposta de levar o Pan
a todas as regiões do País. O CO-Rio aceitou a
proposta.
O revezamento dos Jogos Atenas 2004 foi o
primeiro da história a percorrer os cinco continentes.
O fogo olímpico passou por 33 cidades
de 26 países. O Brasil foi um dos escolhidos. O
País foi o primeiro da América do Sul a receber
a visita do artefato divino para os gregos da
Antigüidade. No dia 13 de junho daquele ano,
a chama olímpica desfi lou pelas ruas do Rio de
Janeiro. Edson Arantes do Nascimento, o eterno
Pelé, foi o primeiro a conduzi-la. Depois de
um passeio pelos principais pontos turísticos
da cidade, o ponto alto foi a subida ao Cristo
Redentor. A festa terminou com um grande
show na Praia do Flamengo.
A logística foi desenvolvida pela empresa americana
Alem International Management, contratada
pelo COl para escoltar a tocha mundo
afora e depois escolhida para o revezamento
do Fogo nos Jogos Pan-americanos Rio
2007. Alguns fatores impediram que o projeto
de levar a tocha a outros países do Pan fosse
adiante. O principal foi o custo alto. Discutiuse
então uma forma de homenagear cada país
participante. Houve o entendimento de que
cada uma das 42 nações fosse representada
por uma cidade brasileira. Começava a ser
concebido o maior revezamento da história da
Tocha Pan-americana.
13

As localidades percorridas
D
efi nido o modelo, fi ca a cargo do
CO-Rio a organização do revezamento
da tocha. Foi estabelecido
que o planejamento da operação
fi caria a cargo da área de Marketing da entidade.
Porém esta gerência apresentava um
acúmulo de funções e serviços sob a sua tutela.
Entre eles estavam as vendas e concessões
de direitos de televisão, licenciamentos
de produtos ofi ciais, patrocínios e gerenciamento
e produção de cerimônias, além do
revezamento da tocha. Apesar da concentração
de tarefas, o CO-Rio tinha difi culdades
orçamentárias para a contratação de pessoal.
No primeiro momento também não houve a
indicação de um profissional para acompanhar
o projeto mais de perto. O Comitê ressentiase
da falta de verbas, já que a Prefeitura do
Rio de Janeiro, que havia se comprometido
a subsidiar as crescentes despesas da entidade,
não empenhou o recurso prometido.
Mesmo sem um plano de aporte de recursos
definido, em julho de 2006, o CO-Rio deu o
primeiro passo para viabilizar o evento, com
o início das negociações com a empresa
Alem International Management, a mesma
que havia dado suporte técnico e logístico
para o revezamento mundial da tocha olímpica,
em 2004. Informada sobre os propósitos
e conceitos do projeto, a Alem começou
a trabalhar seu cronograma de ação. Um
mês depois, a empresa americana apresentou
seu plano inicial para apreciação do CO-
Rio e do governo federal, representado no
processo pela Sepan. Iniciaram-se então as
reuniões para se definir os detalhes do plano
de execução.
Foi nesse momento do processo que o Ministério
do Esporte encaminhou para os debates
a sugestão de aumentar o número de locais
visitados pela tocha. Além das 27 capitais e
de outras 15 cidades que representariam os
42 países, a proposta era incluir mais nove localidades.
Estas foram defi nidas pela sua importância
econômica, turística, ecológica ou
cultural. Usar a visibilidade gerada pelo maior
evento esportivo das Américas para divulgar a
14
imagem do Brasil no continente e pelo mundo
afora era uma das prioridades e diretrizes do
governo federal nos Jogos. Para atingir esse
objetivo, entrou em cena o Instituto Brasileiro
de Turismo (Embratur).
O órgão teve papel determinante na elaboração
da lista defi nitiva das cidades e localidades
que seriam visitadas pelo sagrado Fogo
Pan-americano. Além do apoio à operação do
revezamento, a Embratur também divulgou os
Jogos em seus estandes nas principais feiras
de turismo do mundo.
Outro órgão com papel relevante foi a Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial (Seppir). Ela indicou a passagem
da tocha pelo quilombo Campinho da
Independência, situado em Paraty, no Rio de
Janeiro, área onde vivem até hoje descendentes
de escravos fugidos das fazendas do litoral
sul fl uminense. O evento se transformou
em um ato para chamar a atenção da sociedade
para a causa dos fi lhos de um povo que
durante séculos foi vítima da ignorância daqueles
que acreditavam que cor fosse sinônimo
de superioridade.
Nos últimos anos os quilombolas têm recebido
especial atenção do governo federal. Uma das
principais ações sociais da Seppir, o programa
Agenda Social Quilombola tem como meta
nos próximos dois anos atingir 1.739 quilombos
espalhados pelo País, garantindo acesso
à saúde, educação, terra, luz elétrica, assistência
social e aos programas sociais do governo
federal, como o Bolsa Família.
A passagem da tocha pelo Quilombo Campinho
da Independência se tornou uma grande
festa e serviu também para reafi rmar o compromisso
do governo com a causa quilombola.
Foi também o primeiro ponto de parada do
Fogo Pan-americano no estado que abrigou
a cidade-sede das Olimpíadas das Américas.
Leia no quadro todas as cidades e localidades
escolhidas, os dias em que receberam a visita
da Tocha do Pan e os países que foram homenageados
por cada município:

AS CIDADES QUE RECEBERAM O FOGO DO PAN
Data Cidade / localidade País representado
15
Percurso
(em km)
Nº de
condutores
5/6 Santa Cruz Cabrália (BA) Bahamas 4 10
5/6 Porto Seguro (BA) Bahamas 16 40
6/6 Goiânia (GO) República Dominicana 32 80
7/6 Belo Horizonte (MG) Canadá 32 80
7/6 Ouro Preto (MG) São Vicente e Granadinas 8 20
8/6 Vitória (ES) Costa Rica 24 60
9/6 Salvador (BA) Cuba 40 100
10/6 Canindé de São Francisco (SE) Antigua e Barbuda 4 10
10/6 Aracaju (SE) Antigua e Barbuda 24 60
11/6 Brasília (DF) México 32 80
12/6 Recife (PE) / Olinda (PE) Venezuela 40 100
13/6 Maceió (AL) Barbados 24 60
14/6 João Pessoa (PB) Guatemala 24 60
15/6 Fernando de Noronha (PE) Ilhas Cayman 4 10
15/6 Natal (RN) Equador 24 60
16/6 Fortaleza (CE) Argentina 40 100
17/6 Teresina (PI) Antilhas Holandesas 24 60
18/6 Palmas (TO) Bermudas 24 60
19/6 São Luis (MA) Jamaica 24 60
20/6 Belém (PA) Colômbia 32 80
21/6 Macapá (AP) Suriname 24 60
22/6 Boa Vista (RR) Guiana 24 60
23/6 Manaus (AM) Aruba 32 80
24/6 Rio Branco (AC) Bolívia 24 60
25/6 Porto Velho (RO) Belize 24 60
26/6 Cuiabá (MT) Nicarágua 28 70
27/6 Campo Novo de Parecis (MT)* 4 10
28/6 Campo Grande (MS) Dominica 28 70
29/6 Porto Alegre (RS) Uruguai 40 100
30/6 Foz do Iguaçu (PR) Paraguai 8 20
1/7 Florianópolis (SC) Porto Rico 32 80
2/7 Blumenau (SC) Trinidad e Tobago 12 30
2/7 Balneário Camboriú (SC) El Salvador 12 30
3/7 Curitiba (PR) Chile 32 80
5/7 Guarulhos (SP) Granada 24 60
*Homenagem aos povos indígenas das Américas

Foto: Ministério do Esporte
Data Cidade / localidade País representado
16
Percurso
(em km)
Nº de
condutores
6/7 Santos (SP) Honduras 24 60
7/7 Americana (SP) Haiti 6 15
7/7 Campinas (SP) Haiti 32 80
8/7 São Paulo (SP) Estados Unidos 48 120
9/7 Campinho da Independência (RJ)* 4 10
9/7 Paraty (RJ) Ilhas Virgens Britânicas 6 15
9/7 Angra dos Reis (RJ) Ilhas Virgens 12 30
10/7 Nova Iguaçu (RJ) Panamá 12 30
10/7 Duque de Caxias (RJ) Panamá 12 30
10/7 Petrópolis (RJ) Saint Kitts e Nevis 12 30
11/7 Macaé (RJ) Santa Lúcia 12 30
11/7 Rio das Ostras (RJ) Santa Lúcia 4 10
11/7 Búzios (RJ) Santa Lúcia 12 30
12/7 Niterói (RJ) Peru 20 50
13/7 Rio de Janeiro (RJ) Brasil 64 160
Total 51 Localidades 42 Países 1.104 2.760
*Homenagem aos remanescentes dos quilombos.
A
pesar de ter sido proposta e avaliada em agosto de 2006, a lista fi nal só foi defi nida a poucos
dias do início do revezamento. E o ponto de partida não poderia ter sido mais simbólico.
A primeira cidade a receber o fogo do Pan foi Santa Cruz Cabrália, Sul da Bahia.
Foi ali que em 1500 a esquadra de Pedro Alvarez Cabral aportou em terras brasileiras.
Os detalhes sobre a chegada da tocha ao Brasil serão relatados mais adiante neste capítulo.
O barco foi um dos
vários meios de
transporte usados
no revezamento

As difi culdades iniciais
C
omo abordado neste relatório, a
falta de um orçamento defi nido
com antecedência e de um profi
ssional com a função específi ca
de acompanhar o projeto do revezamento no
CO-Rio ocasionaram uma série de percalços
adicionais que atrasaram o projeto. Sem verba,
a Alem não tinha condições de contratar
uma equipe de gerentes avançados, que seriam
uma espécie de comissão de frente da
operação. Chegariam dias antes da passagem
da tocha para preparar o terreno. Fariam
os contatos com os poderes locais, discutiriam
o esquema de trânsito, segurança e outros
detalhes logísticos.
A passagem da tocha mexeria drasticamente
com a rotina da cidade, e todos os detalhes
deveriam ser cuidadosamente planejados. Os
gerentes também seriam encarregados de
checar hospedagem, alimentação e locomoção
da equipe, itens que, por contrato, fi cariam
a cargo das administrações municipais.
Portanto, o papel deste grupo era considerado
primordial para o êxito da ação. Mesmo no
aguardo de um posicionamento a respeito dos
recursos, a Alem iniciou uma importante fase
do processo: o contato com as cidades previamente
escolhidas.
No decorrer do processo, por sugestão do
Ministério do Esporte, a empresa americana
passou a contar com apoio institucional da
Asmel – Associação Nacional dos Secretários
Municipais de Esporte e Lazer. Com a
parceria, agilizou-se a relação entre os municípios
e a Alem. A empresa também passou
a focar seu trabalho no planejamento
da ação e a Asmel promoveu a interlocução
com as prefeituras.
A associação ainda estabeleceu uma parceria
com o Instituto para o Desenvolvimento
da Criança e do Adolescente pela Cultura
e o Esporte (Idecace), entidade que desenvolve
uma série de projetos de inclusão socioeducacional
em conjunto com prefeituras
para operacionalizar o revezamento. A instituição
foi escolhida pelo CO-Rio em sele-
17
ção pública por oferecer menor preço e alta
capacidade técnica. Entre suas ações, estava
a mobilização das cidades convidadas,
o acompanhamento do processo de confecção
e assinatura de contratos e orientação
e formação da força-tarefa em cada cidade.
Outra decisão relevante para os rumos do
revezamento foi a iniciativa do Ministério do
Esporte de contratar uma profissional para
gerenciar as ações do governo federal na
operação. Em outubro de 2006, a publicitária
Sarah Castro se integrou à equipe para
ser o elo entre a Sepan, CO-Rio, Alem e Asmel.
No momento em que começou a trabalhar,
Sarah ainda não tinha interlocução no
comitê, que ainda não tinha um profissional
escalado para acompanhar o projeto.
Sentindo a necessidade de maior participação
do organizador dos Jogos no projeto,
o secretário para Gestão das Ações Governamentais
no Rio 2007, Ricardo Leyser,
iniciou gestões para aproximar os dois parceiros.
Para isso, seria fundamental que o
CO-Rio contratasse alguém para ocupar o
gerenciamento do projeto. Leyser levou a
proposta para ser apreciada pelo presidente
do CO-Rio, Carlos Arthur Nuzman.
Apresentados e debatidos os argumentos,
chega-se ao consenso sobre a efetivação
de uma gerência para a área, cargo este
que, a partir de abril, seria ocupado por Patrícia
Kowalewski, até então funcionária do
departamento de eventos do COB.
A entrada de Kowalewski, ocorrida de fato
em março, cerca de três meses antes do
início do revezamento, estabelece um novo
paradigma nas relações entre o Ministério,
CO-Rio, Alem International e Asmel. A
gerente trazia também a bagagem de ter
atuado na equipe do COB que em 2004
deu suporte logístico à Alem na operação
da passagem da tocha olímpica de Atenas
pelo Brasil. Essa experiência foi fundamental
para o êxito do revezamento da tocha
do Pan.

O orçamento do projeto
E
m 2006, o CO-Rio defi niu o orçamento
inicial para a organização do
projeto da tocha. À época, o valor
estipulado era de R$ 20 milhões.
O objetivo era que R$ 15 milhões viessem de
patrocínios e os outros R$ 5 seriam investidos
pelo governo federal. Mas uma série de difi culdades
e empecilhos difi cultavam a captação
na iniciativa privada e nas estatais.
E atrasavam ainda mais o início de uma complexa
operação que demandaria uma numerosa
equipe – ao fi nal dos trabalhos, 110 pessoas
a integravam. Esse grande time necessitaria
de alimentação, transporte, hospedagem, uniformes,
serviços de lavanderia, etc. Além dos
gastos pessoais, a logística dependia dos carros
de apoio para deslocamentos terrestres e
um avião para percorrer as longas distâncias
entre uma cidade e outra. Em novembro de
18
2006, o Comitê Organizador apresentou o primeiro
plano de trabalho para a área de cerimônias
e revezamento. Este documento é ferramenta
fundamental para se estabelecer o valor
fi nal dos orçamentos e conferir se os custos ali
defi nidos são compatíveis com a qualidade e a
necessidade dos serviços descritos.
Os recursos da União só podem ser liberados
após a análise destes planos pelo corpo técnico
do Ministério. Mas o primeiro documento
apresentou uma série de inconsistências. O
CO-Rio alegava falta de profi ssionais qualifi cados,
fato que creditou à escassez de recursos
para contratar mão-de-obra especializada. De
toda forma, o plano de trabalho foi refeito, o
que postergou ainda mais o recebimento dos
recursos. O primeiro grande aporte ocorreu
em 18 de janeiro de 2007, data da assinatura
do convênio 005/2007.
Fotos: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

O valor do convênio, R$ 4.761.020,01, permitiu
que as primeiras providências fi nalmente
fossem tomadas, entres elas a contratação da
Alem International e a fabricação das tochas e
piras pan-americanas. Com o início dos preparativos,
o departamento de marketing do
CO-Rio acelerou as negociações com a Samsung,
empresa coreana do setor de eletroeletrônicos,
patrocinadora ofi cial do revezamento
mundial da tocha olímpica. Buscava-se
um acordo para que a empresa também associasse
sua imagem ao revezamento brasileiro.
Porém as discussões não caminhavam na velocidade
exigida.
A matriz coreana da Samsung insistia que a
tocha fi zesse uma escala na Guatemala, onde,
em julho, o Comitê Olímpico Internacional realizaria
seu 119º encontro. Originalmente não
programada, a escala implicaria um acréscimo
de custos e causaria ameaças à operação.
Após várias rodadas de negociação, o impasse
foi resolvido: a tocha não foi à Guatemala, e o
martelo foi defi nitivamente batido. A Samsung
investiu R$ 4,7 milhões para ser a patrocinadora
ofi cial do maior revezamento da história
da Tocha Pan-americana, recurso equivalente
ao investimento do governo federal até então.
Com isso, a empresa coreana teria sua marca
estampada em cartazes, uniformes de condutores
e equipe de apoio, painéis e peças publicitárias
do evento, além da divulgação nos
diversos meios de comunicação.
Mas a entrada de recursos da iniciativa privada
ainda não supria a expectativa de captação,
projetada inicialmente em R$ 15 milhões.
Wilson Gomes Carneiro,
primeiro medalhista brasileiro
em um Pan, iniciou
a jornada no País.
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A partir do momento em que a participação
da Sepan no projeto aumentou, a estimativa
foi revista para baixo. Gastos foram cortados
e despesas, redimensionadas. A redução de
custos, no entanto, não alterou a idéia de levar
a tocha para todas as regiões do Brasil.
Os cálculos fi nais revelaram que a operação
fi caria entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões. O
maior ou menor valor seria defi nido pela locação
ou não de uma aeronave.
19

O revezamento envolveu:
aviões tripulantes da FAB colaboradores
20
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aeroporto de Guarulhos
2 8 100 500
quilos de material
Foto: André Mello / CO-Rio

A participação da Força Aérea Brasileira
H
avia consenso de que, sem o apoio
de uma aeronave, seria impossível
cumprir o cronograma dentro do
apertado prazo disponível. Mas a
locação de um equipamento de grande porte,
capaz de abrigar boa parte da equipe, elevaria
ainda mais os custos de uma operação que já
se mostrava defi citária.
Uma pesquisa de mercado mostrou que o
valor do aluguel de um avião compatível com
as necessidades do revezamento não sairia
por menos de R$ 2 milhões. Nesse momento,
foi decisiva a participação do ministro
do Esporte, Orlando Silva Jr., que se reuniu
com o então ministro da Defesa, Waldir Pires,
para avaliar a possibilidade de a Força
Aérea Brasileira (FAB) fazer parte da operação.
Pires encaminhou o pedido ao Estado-
Maior da Aeronáutica, que respondeu favoravelmente.
Nesse estágio foi importante a
participação do Tenente-brigadeiro-do-ar
Cleonílson Nicácio Silva, à época diretor do
Departamento de Assuntos Internacionais
do Ministério da Defesa. O Tenente-brigadeiro
Nicácio fez a interlocução entre o Ministério
da Defesa e a Aeronáutica, contribuindo
para a celeridade nos procedimentos
entre os dois órgãos governamentais.
A FAB disponibilizou então um avião Hércules
130, aeronave normalmente utilizada para
treinamento e deslocamento de tropas, para
transportar cerca de 40 pessoas da equipe
e mais de 500 quilos de material do revezamento.
O Hércules, apesar das grandes dimensões,
é um avião que não requer pistas
muito extensas para as suas operações de
pouso e decolagem. Essa característica foi
determinante para a sua escolha, pois nem
todos os aeroportos por onde o Hércules
passou dispunham de pistas com grandes
dimensões. Além do avião para a operação,
a Aeronáutica também disponibilizou um
Boeing 707 pertencente ao Segundo Esquadrão
do Segundo Grupo de Aviação, baseado
no Rio de Janeiro. Essa aeronave foi utilizada
no transporte da delegação brasileira
que acompanhou o acendimento da tocha
21
no México. Além de levar o fogo sagrado do
Pan, o Boeing 707 da FAB desempenhou importantes
missões militares e humanitárias.
Estão na sua folha de serviços o resgate de
brasileiros e familiares que em 2006 estavam
no Líbano durante os confl itos entre exército
israelense e grupos rebeldes daquele país.
Nessa operação, mais de mil e quatrocentas
pessoas foram retiradas.
O avião transportou também militares brasileiros
que integram a Força de Paz da Organização
das Nações Unidas (ONU) no Haiti.
Outro Boeing 707 do mesmo grupamento
levou água e mantimentos para as vítimas e
desabrigados da tsunâmi, as ondas gigantes
provocadas por um terremoto subaquático
ocorrido no Oceano Índico, que devastou
inúmeros países do Sudeste Asiático, no final
de 2004.
Além da Aeronáutica, deve ser destacada a
relevante participação de outros órgãos do
governo federal, como a Empresa Brasileira
de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero)
e a Polícia Federal, que atuaram de forma
decisiva para agilizar os procedimentos de
embarque e desembarque nos aeroportos
onde o avião da equipe do revezamento
pousou. A cessão da aeronave diminuiu os
custos, porém ainda faltava recurso. Governo
federal e Samsung entravam com R$
4,7 milhões cada. Para a conta fechar, outro
investidor teria de participar com igual valor.
O CO-Rio foi ao mercado tentar captar
possíveis interessados. Estatais e grandes
empresas foram procuradas, e todas demonstraram
interesse.
Porém, o curto prazo – havia pouco mais
de dois meses para o revezamento começar
– inviabilizou qualquer acerto. Não haveria
tempo para produzir uma campanha de
marketing que justificasse o valor investido
pelas empresas. CO-Rio e Sepan voltavam
a debater alternativas de captação de recursos.
Uma sugestão da Associação dos Secretários
Municipais de Esporte e Lazer foi
levada para a apreciação dos dois órgãos.

Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte
22
O Fogo Pan-americano
no cenário paradisíaco
do arquipélago de
Fernando de Noronha

A
proposta era que as cidades contribuíssem
com uma taxa de participação.
A passagem da tocha traria
grande visibilidade e divulgação
para cada município visitado. O retorno seria
proporcional a cada centavo investido, sendo
que as cidades ainda teriam a oportunidade
de vender cotas de patrocínio local para cobrir
suas despesas. Entretanto, a comercialização
dessas cotas deveria atender rígidas normas
determinadas pelo departamento de marketing
do CO-Rio. Tal precaução visava preservar os
interesses da Samsung, patrocinadora máster
do revezamento. Apresentada e debatida, a
proposta foi encaminhada aos municípios. A
taxa teria então três valores distintos: R$ 56
mil, R$ 38 mil e R$ 23 mil. Cidades com maior
arrecadação, população e infra-estrutura investiriam
o maior valor; municípios médios e
pequenos pagariam valores segmentados.
Os valores rateados entre as cidades participantes
se destinaram principalmente à manutenção
das equipes precursoras (que seguiam
três dias antes para as cidades), incluindo o
transporte terrestre do grupo antes e durante
o dia do revezamento da tocha em cada localidade,
aluguel dos carros que compuseram
o comboio e custeio do combustível desses
veículos. Esse recurso seria somado aos valores
investidos pelo governo federal e pelo
23
patrocinador, que se destinariam, entre outros
serviços, ao custeio das principais despesas
globais, como: contratação da empresa produtora
encarregada do planejamento e da
execução do revezamento (Alem International),
contratação de equipe operacional, fabricação
de mais de 3 mil uniformes para os
condutores e equipes de trabalho, fabricação
de 500 tochas, lanternas e piras, pagamento
do combustível (gás) para as tochas e piras
das cidades-anfi triãs e montagem da estrutura
para o carro de mídia que acompanhava o
comboio. Além disso, por contrato, todas as
localidades teriam de fazer uma pequena cerimônia
de recepção e uma grande festa de
encerramento. Algumas cidades promoveram
megashows com artistas de renome.
Com a taxa, os recursos federais e o patrocínio,
o valor para a operação atingiu o montante
de R$ 10,9 milhões. Para complementar o
orçamento e garantir o maior revezamento da
história dos Jogos Pan-americanos, o CO-Rio
encaminhou ao governo federal uma solicitação
de termo aditivo ao convênio 005/2007, que
destinou mais R$ 1.190.255,00 para o projeto
(na prestação de contas, o valor repassado pela
União fi cou em R$ 5.760.751,26). Com os recursos
garantidos, chegou a hora de levar a alegria
do Pan e a mensagem da tocha para os quatro
cantos do maior país da América do Sul.

Os condutores
C
erca de 2,8 mil condutores foram
escolhidos. Governos federal e
municipal, CO-Rio e o patrocinador
tiveram direito a cerca de 700
indicações, 25% do total dos condutores. Entre
os homenageados, grandes atletas do esporte
olímpico e paraolímpico, índios, músicos, artistas,
descendentes de escravos, defi cientes
físicos e inúmeros benefi ciários dos projetos
sociais do governo federal.
A Samsung convidou personalidades com destaque
social, clientes, fornecedores e vendedores.
Foi estipulado que o trajeto de cada condutor
seria de aproximadamente 400 metros,
podendo ser maior ou menor em função de uma
situação específi ca ou se algum problema físico
o impedisse de completar a distância. O percurso
poderia ser feito caminhando, correndo ou
em cadeira de rodas. Não havia nenhuma restrição
para pessoas com alguma defi ciência física.
Vale destacar o importante papel desempenhado
pela Força Nacional de Segurança, tropa de
O PERFIL DOS CONDUTORES
CO-Rio, Ministério do Esporte, Samsung e as cidades
anfi triãs defi niram cerca de 2,8 mil encarregados de levar
a tocha. Conheça os critérios adotados na escolha
Ter idade mínima de 12 anos;
Ser atleta ou possuir histórias inspiradoras
e exercer benefícios para a sociedade;
Não ocupar cargos públicos eletivos ou indicados, exceto
ex-atletas olímpicos e pan-americanos ou que tenham
representado o Brasil em Campeonato Mundial;
Também podiam ser indicados cidadãos
que contribuíram para o bem da comunidade, lideranças
e personalidades locais.
24
AS OBRIGAÇÕES DOS ORGANIZADORES
O trabalho do CO-Rio e dos técnicos da Sepan
Realizar a seleção dos municípios;
Defi nir os detalhes da operação do revezamento com
as cidades escolhidas, incluindo o trajeto percorrido
pela tocha no interior dos municípios;
Garantir os recursos e meios para a operação
(transporte entre as cidades, segurança da equipe
de apoio e condutores, despesas gerais);
Em conjunto com a Secretaria Nacional de Segurança
Pública (Senasp) defi nir a equipe de guias cívicos
que iria participar da ação em cada município visitado
pela tocha.
OS DEVERES DOS MUNICÍPIOS
O que previa o contrato entre a cidade anfi triã do revezamento e o CO-Rio
Organizar uma força-tarefa municipal para planejar o evento;
Organizar e realizar uma cerimônia de boas-vindas na cidade;
Organizar e realizar uma cerimônia de celebração no fi nal do percurso
(as cidades tinham autonomia para defi nir o tamanho e o custo da sua cerimônia);
Garantir o fl uxo contínuo do comboio da tocha durante o percurso;
Divulgar o evento em seu município ou região;
elite vinculada à Secretaria Nacional de Segurança
Pública (Senasp) para atuar em situações
de risco e áreas de confl ito. Além de enviar policiais
para garantir a segurança de condutores,
equipe de apoio e público assistente, a Força
assumiu a coordenação do plano de segurança,
trabalhando em conjunto com as polícias civil
e militar das localidades, guardas municipais
e órgãos de gerenciamento de trânsito. Cabe
ressaltar também o valoroso trabalho dos guias
cívicos, jovens de comunidades carentes que
participavam de projetos sociais apoiados pelo
governo federal e, antes do Pan, receberam da
Senasp aulas de cidadania, ética, turismo e idiomas
(inglês e espanhol), além de uma bolsa de
meio salário mínimo (ver capítulo Segurança a
Toda Prova). No revezamento, vinte grupos de
guias cívicos passaram por 16 capitais e outras
12 cidades para divulgar a mensagem da Tocha
Pan-americana: paz, amizade e integração entre
os povos por meio do esporte. As equipes chegavam
às cidades um dia antes da passagem
da tocha e partiam no dia seguinte.
Oferecer serviços de saúde preventiva e emergencial durante o evento;
Garantir a participação do patrocinador ofi cial do revezamento.

CO-Rio
/
O Cristo Redentor e o
Mello
famoso gari do Sambódromo
Renato Sorriso: dois ícones
André
do mais puro espírito carioca Foto:
25

A Tocha em detalhes
26
Forro térmico
resistente a altas
temperaturas
Tubo vaporizador
Queimador
Válvula do tanque
Tanque de
combustível

Estrutura
em metal fosco
com o nome
das cidades
que receberam
a tocha
Peça externa
em acrílico
transparente A produção das peças
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
O
s artefatos condutores do sagrado
Fogo Pan-americano foram
concebidos pela Dupla Design,
escritório carioca responsável por
toda a programação e comunicação visual dos
Jogos. Feitas de alumínio e acrílico, as tochas
apresentaram um desenho moderno, arrojado,
mas funcional. A empresa americana Viron
Ltd. com sede em Atlanta foi escolhida para
fabricar as tochas.
Especializada na confecção desse equipamento,
a Viron produziu as tochas utilizadas
nos revezamentos dos Jogos Olímpicos de
Atlanta 1996 e das Olimpíadas de inverno de
Salt Lake City 2002 e Turim 2006. O formato
longilíneo permitia um manuseio mais confortável
da peça.
O primeiro convênio previa a aquisição de 4 mil
tochas, produzidas por uma empresa americana
especializada na fabricação deste peculiar
equipamento. O governo federal arcaria com
40% do investimento. Em função dos valores
elevados, o número de tochas foi sensivelmente
reduzido. Passou para 500, sendo 470 para
o revezamento do Pan e 30 para o do Parapanamericano,
que, pela primeira vez, teria um revezamento
próprio, realizado somente na cidade
do Rio de Janeiro, na véspera da cerimônia
de abertura dos Jogos.
O revezamento do Parapan é a prova do compromisso
assumido pelos organizadores e pelo
governo federal para garantir a igualdade nos
dois eventos. Ao todo foram gastos R$ 1,298
milhão na compra dos artefatos.
Outra despesa relevante foi com a aquisição
dos uniformes dos condutores e da equipe de
apoio. Foram adquiridas cerca de três mil peças,
entre camisetas, shorts e calças. A roupa,
em tons laranja, branco e vermelho, tornou-se
uma marca inconfundível de todos aqueles
que participaram do maior revezamento realizado
na história dos Jogos.
27

Sandra Pires e Gustavo Borges
em Brasília: a rampa do
palácio virou pista para a
passagem do revezamento
28

O revezamento encantou o País
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
D
epois de muitas incertezas, temores,
cortes de despesas e mudanças
de planejamento, fi nalmente o
revezamento deixou de ser um projeto
para se tornar uma esfuziante realidade. Às
20h30 do dia 3 de junho de 2007, o Boeing 707
da Aeronáutica decolou do Rio e partiu para a
Cidade do México com escalas em Brasília e
Manaus. A bordo da aeronave seguiam várias
autoridades dos governos federal, estadual e
municipal, membros do Comitê Organizador,
atletas convidados e profi ssionais da equipe
de produção.
A comitiva foi acompanhar a cerimônia de
acendimento da Chama Pan-americana, realizada
no dia 4 de junho nas ruínas das pirâmides
de Teotihuacán, nas proximidades da
capital mexicana. Entre as autoridades governamentais
presentes, o ministro do Esporte,
Orlando Silva Jr., a então ministra do Turismo,
Marta Suplicy, o então secretário de Turismo e
Esporte do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo
Paes, o prefeito da Cidade do Rio de Janeiro,
César Maia, o secretário-executivo do Comitê
de Gestão do Governo Federal nos Jogos, Ricardo
Leyser, e o à época secretário municipal
especial para os Jogos, Ruy Cezar Miranda.
Os representantes do Comitê Organizador
dos Jogos foram o seu presidente, Carlos Arthur
Nuzman, e o secretário-geral da entidade,
Carlos Roberto Osório. No avião também
estavam os ex-jogadores de vôlei Giovanne
Gávio e Bernard Rajzman, o ex-judoca Rogério
Sampaio e o ex-nadador e atual secretário
de Alto Rendimento do Ministério do Esporte,
Djan Madruga.
A cerimônia seguiu uma representação artística
semelhante aos rituais pré-hispânicos de
acendimento do fogo. Atores que representavam
os antigos astecas friccionaram pedaços
de madeira que deram origem à primeira faísca,
acendendo o fogo. Ainda seguindo o ritual
da época, o fogo foi colocado dentro de um
vaso, onde foi acesa uma tocha simbólica. A
tocha foi entregue ao governador da Cidade do
México, Henrique Peña Nieto, e, em seguida,
29

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
Ritual asteca no México
marca a cerimônia de
início do revezamento
da tocha do Pan 2007
30

passou pelas mãos do Presidente da Organização
Desportiva Pan-americana (Odepa), Mario
Vázquez Raña, de César Maia, do presidente
do CO-Rio e, fi nalmente, do atleta mexicano
Juan Carril, que correu entre as pirâmides simbolizando
a ida da tocha para o Brasil.
Na época, o ministro Orlando Silva Jr. afi rmou:
“O revezamento da tocha por todo o País é importante
para divulgar os valores do esporte,
de paz e de integração entre os povos de todo
o mundo”. Para a então ministra do Turismo,
Marta Suplicy, os Jogos foram uma oportunidade
única de o Brasil se apresentar ao mundo
e em especial à América, como um “País com
capacidade – inclusive com tecnologia de ponta
– para organizar eventos como os Jogos”.
Carlos Arthur Nuzman lembrou que a Cerimônia
de Acendimento da Chama Pan-americana
marcava o início da competição. “A tocha que
vai percorrer as cidades do Brasil representa
a participação de cada um dos 42 países das
Américas nos Jogos. Receberemos de braços
abertos no Rio de Janeiro os atletas e todos
os representantes do esporte pan-americano”.
E assim foi. A Chama Pan-americana desembarcou
no aeroporto de Porto Seguro, sul da
Bahia, às 10h30min da terça-feira 5 de junho.
Desceu as escadarias do avião nas mãos do
presidente do CO-Rio. De lá, seguiu para a vizinha
Santa Cruz Cabrália. No trajeto foi escoltada
por um grupo de índios pataxós. Na
chegada, foi recepcionada ao som do Hino
Nacional, interpretado pela cantora baiana
Margareth Menezes. A pira foi acesa pelo governador
baiano Jaques Wagner. O primeiro
condutor da tocha foi também o primeiro atleta
brasileiro a conquistar uma medalha em Jogos
Pan-americanos. Em 28 de fevereiro de 1951,
o carioca Wilson Gomes Carneiro conquistou
a medalha de prata no atletismo na prova dos
400 metros com barreira nos Jogos de Buenos
Aires, os que inauguraram a história Pan-americana.
Aos 77 anos, o ex-corredor já não esperava
que a vida lhe reservasse uma emoção
como essa. “É uma grande honra. Corri os 400
metros com barreira e agora percorri a mesma
distância com a Tocha do Pan nas mãos. Para
mim, a emoção foi a mesma que senti quando
subi ao pódio para receber minha medalha.
Quando a gente pensa que foi esquecido,
aparece uma surpresa dessas. Agradeço a todos
por esse momento que fi cará para sempre
no meu coração”, disse Wilson, após vencer
a distância tão simbólica. Wilson foi apenas o
primeiro de muitos ídolos do passado que tiveram
a oportunidade de conduzir a tocha.
O Fogo Pan-americano seguiu então seu caminho
até chegar às mãos de Joaquim Cruz,
naquele belo fi m de tarde de inverno carioca. A
passagem da tocha pelo Brasil deixa o grande
legado da paz e união entre os povos, valores
tão essenciais ao esporte quanto o esforço, a
determinação e a luta incessante de um atleta
para superar seus limites. O governo federal
atingiu seu objetivo no revezamento, que era o
de mobilizar e despertar a atenção da população
para o principal evento esportivo realizado
no País nos últimos 50 anos.
Para atingir essa meta, contou com um importante
aliado: a TV Globo. Em toda a sua grande
campanha de divulgação dos Jogos, a emissora,
que estabeleceu um inédito convênio de
marketing e divulgação com o CO-Rio, não se
cansou de destacar a paz, a união e o respeito
entre os povos, os mais signifi cativos valores
do esporte, além dos benefícios físicos e mentais
que a atividade proporciona. A exemplo do
revezamento da tocha, a TV Globo ajudou a
levar a alegria do “Pan do Brasil” para os quatro
cantos da Nação, mostrando que o evento
era um pouco de cada um dos mais de 187
milhões de habitantes deste País.
31

33
13 de julho: momento
de chegada da tocha na
cerimônia de abertura
Foto: Luciana Vermell / FIA

MÉXICO
Teotihuacán
4 de junho
4 Dia de manutenção
5 Guarulhos (SP)
6 Santos (SP)
7A Americana (SP)
7B Campinas (SP)
8 São Paulo (SP)
9 Campinho da
Independência (RJ)
Paraty (RJ)
Angra dos Reis (RJ)
10 Nova Iguaçu (RJ)
Duque de Caxias (RJ)
Petrópolis (RJ)
11 Macaé (RJ)
Rio das Ostras (RJ)
Búzios (RJ)
12 Niterói (RJ)
Segue de avião
para o Brasil
34
O ROTEIRO DO FOGO
A Tocha saiu de Teotihuacan,
no México. Em 39 dias, percorreu
51 localidades brasileiras até acender,
em 13 de julho, a pira pan-americana
colocada no Maracanã no Rio.
5 1
Data e sentido
dos percursos
feitos no mês de
Data e sentido
dos percursos
feitos no mês de
junho julho
Boa Vista (RR)
22
Macapá (AP)
21
BRASIL
Fernando de
Noronha (PE)
João Pessoa (PB)
Recife (PE) /
Olinda (PE)
Maceió (AL)
Aracaju (SE)
Salvador (BA)
Porto
Seguro (BA)
Vitória (ES)
3
2
1
4
5
6 8
Manaus (AM)
20
23
Belém (PA)
Rio Branco (AC) 24 25
Porto Velho (RO)
18
Palmas (TO)
Campo Novo
de Parecis (MT) 27 Cuiabá
(MT)
26
Brasília (DF)
11
São Luis (MA)
19
Fortaleza (CE)
Teresina (PI) 16
15
17
Natal (RN) 15
14
Canindé
de São
12
Fco. (SE) 10 13
10
Sta. Cruz
9
Cabrália (BA)
Goiânia (GO) 6
INÍCIO
5 5
Belo Horizonte (MG)
28
7
Campo
Ouro Preto (MG) 7
Grande (MS)
8
7A 7B
11
9 10 12
13 Rio de Janeiro
Foz do 30
Iguaçu
Curitiba (PR)
(PR)
Blumenau (SC)
Balneário Camboriú (SC)
29 Florianópolis (SC)
Porto
Alegre (RS)

Neste período, foi transportada
de bicicleta, patins, ferryboat,
helicóptero, caiaque, canoa,
trem, barco, cadeira de rodas,
skate e cavalo
35
A operação em números
39 dias
51 localidades
2,8 mil condutores
31viagens aéreas
1.551
quilômetros percorridos
somente em território brasileiro
32
2
110
500
horas de vôo
aeronaves da FAB utilizadas
(um Boeing 707 e um Hércules 130)
A organização,
passo a passo
pessoas na equipe
de apoio
tochas (470 no Pan
e 30 no Parapan)
Janeiro/2007
* Aprovação da lista das cidades
* Envio dos convites para
os municípios
Fevereiro
* Decisão final sobre a quantidade
de tochas a serem fabricadas
Março
* Contratação do fabricante
da tocha
* Reuniões com técnicos e
diretores da Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) e Empresa
Brasileira de Infra-estrutura
Aeroportuária (Infraero) para
discutir os deslocamentos da
chama pelo espaço aéreo e
aeroportos brasileiros
* Seleção do fabricante dos
uniformes dos condutores
das tochas
Abril
* Conclusão das rotas no perímetro
urbano das cidades
* Reuniões de planejamento com a
equipe de segurança do
revezamento
* Chegada das tochas ao Brasil
Maio
* Distribuição das tochas e
uniformes para as cidades
participantes
* Treinamento das cidades
de passagem da chama
Junho
* Cerimônia de acendimento da
tocha, nas pirâmides de
Teotihuacan, no México
Julho
* Acendimento da pira
pan-americana no estádio do
Maracanã, ponto alto da festa de
abertura dos XV Jogos
Pan-americanos, em 13 de julho

Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte
36
Emoção na abertura do Parapan:
O campeão Luiz Carlos Pereira
acende a Pira na Arena Multiuso

Tocha Parapan-americana
O
s Jogos Parapan-americanos Rio
2007 foram os primeiros da história
a suceder a edição convencional
da competição. E os pioneiros
também na realização do revezamento da tocha
do Parapan. Na prática, tratou-se de uma
versão compacta do grande revezamento que
conduziu, em 39 dias, o fogo sagrado do Pan
das pirâmides do México à cerimônia de abertura
no Maracanã. Realizar este revezamento
foi uma decisão da organização dos Jogos e
que contou com o apoio do governo federal.
Assegurar o mesmo tratamento para os dois
eventos foi uma das diretrizes do Governo brasileiro
estabelecidas pelo Plano Estratégico de
Ações Governamentais (PAG).
As competições do Parapan foram disputadas
nas mesmas instalações utilizadas no Pan.
Os locais passaram por adaptações para se
adequar às necessidades especiais dos competidores
paraolímpicos. O Parapan deu um
importante passo para a consolidação dos
Programas Nacionais de Acessibilidade e de
Garantias dos Direitos das Pessoas com Defi
ciências no País. Foi também uma grande
37
oportunidade para dar visibilidade à causa das
pessoas com defi ciência no Brasil. E a Chama
Parapan-americana tornou-se o novo símbolo
da luta pela igualdade e respeito àqueles que
por algum motivo possuem alguma defi ciência
física, mas não perderam o sonho de viver em
uma sociedade justa e que garanta os mesmos
direitos a todos.
A festa da tocha do Parapan foi realizada
no sábado 11 de agosto, véspera do início
dos Jogos. Cinqüenta condutores transportaram
a chama pelas ruas da cidade do Rio
de Janeiro, um espetáculo que emocionou e
aqueceu o carioca naquele frio dia de inverno.
O fogo foi aceso em uma simbólica cerimônia
na Chama Eterna do Monumento aos
Pracinhas mortos na Segunda Guerra Mundial,
no Aterro do Flamengo, centro do Rio.
A escolha do local não poderia ter sido mais
apropriada. O esporte paraolímpico começou
a tomar a forma que conhecemos hoje
ao final da Segunda Grande Guerra, quando
muitos soldados mutilados nos combates
buscaram na prática esportiva o caminho
para a ressocialização.

Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte
A determinação de atletas
como Alarico Moura deu
o tom no revezamento da
Tocha Parapan-americana
38

A
cesa pelo presidente do Comitê Paraolímpico
das Américas, o brasileiro
Andrew Parsons, a Tocha Parapanamericana
foi logo em seguida para
as mãos do maratonista Antônio Maciel, o único
atleta brasileiro a participar de corridas de longa
distância correndo com duas próteses. Há sete
anos, Maciel perdeu os dois pés em um acidente
automobilístico. Dos 50 condutores inscritos,
a grande maioria era composta por atletas com
alguma defi ciência física. Mas a presença de
atletas paraolímpicos não se restringiu ao Parapan.
Muitos deles também participaram do
grande revezamento da Tocha Pan-americana,
o maior já realizado na história do Pan.
Depois de sair das mãos de Maciel, a tocha inicia
seu trajeto de 18,8 quilômetros pelo perímetro
urbano do Rio. Passou pelos principais pontos
turísticos da cidade. O ápice do percurso
foi a visita ao morro do Pão de Açúcar, cartão
postal da Cidade Maravilhosa. Entre os condutores
estavam atletas paraolímpicos, personalidades
como o ator Marcos Frota, o músico
defi ciente Gabrielzinho do Irajá e a atriz Isabel
Fillards, diretora de uma ONG que desenvolve
trabalhos com defi cientes físicos e mentais.
A cerimônia de encerramento ocorreu na pracinha
do Leme, zona sul da cidade. A prote-
O REVEZAMENTO DA TOCHA PARAPAN-AMERICANA
50 condutores da tocha
18,8 quilômetros percorridos
ção aos condutores foi garantida por integrantes
da equipe de segurança do revezamento,
composta por 24 policiais da Força Nacional
de Segurança, tropa de elite da Secretaria Nacional
de Segurança Pública, e contou com o
apoio das polícias Militar e Civil do Estado do
Rio de Janeiro.
O planejamento da operação começou a ser
debatido em julho, em reuniões entre o grupo
do revezamento e integrantes do governo
e das autoridades policiais. Os principais itens
discutidos foram o roteiro e a segurança de
condutores e equipe de apoio. A logística da
operação fi cou, assim como no revezamento
da tocha do Pan, a cargo da Alem International
Management, empresa com larga experiência
na organização de eventos desse tipo.
Os custos da operação foram fi nanciados pelo
governo federal. A verba foi garantida por meio
do mesmo convênio celebrado com o CO-Rio
que repassou os recursos para o revezamento
da tocha do Pan. O investimento permitiu que,
pela primeira vez, fossem realizados os revezamentos
das Tochas Pan e Parapan-americanas.
“É um momento histórico de eqüidade
entre os atletas pan-americanos e parapanamericanos.
Um exemplo de respeito e igualdade”,
declarou Andrew Parsons.
Largada no monumento aos pracinhas mortos da Segunda Guerra Mundial
Chegada no canto da praia do Leme
A tocha foi transportada de bicicleta, cadeira de rodas, lancha,
a cavalo e no bondinho do Pão de Açúcar
39

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
40
O balão Cauê divulgou o
Pan, trouxe alegria e
fez a festa da garotada

Balão Cauê, uma festa no céu
D
ivulgar os Jogos Pan-americanos e
ao mesmo tempo trazer cor e alegria
para os céus do Brasil. Essa
foi a missão do balão Cauê no revezamento
da Tocha no Pan e durante o período
de disputa dos Jogos. Iniciativa do Ministério
do Esporte, a peça foi produzida no formato
do sol mascote do Pan.
Com 41 metros de altura e 600 quilos de peso,
foi o maior artefato desse tipo já produzido
para fi ns promocionais na América do Sul. No
total, 2.835 pessoas, com grande presença de
crianças e idosos, em 18 cidades, puderam
pegar uma carona no Cauê, ou então no balão
convencional, o gotinha, que o acompanhava.
Por suas dimensões, Cauê só subia aos céus
quando as condições meteorológicas permitiam,
ou seja, ausência de chuvas e ventos
fortes. Quando o tempo fechava, entrava em
ação o seu substituto.
Sustentado por 24 cabos de aço inox, Cauê
foi confeccionado com material resistente ao
calor do gás propano, combustível utilizado
para infl á-lo e orientar seus vôos, que poderiam
atingir até 40 metros de altura. Sete
pessoas, incluindo o piloto, compunham sua
equipe operacional.
No revezamento da tocha ele era montado
sempre próximo aos locais de partida e chegada
da chama. Algumas cidades que recebiam
a visita do Fogo Pan-americano eram encarregadas
de escolher os participantes dos vôos
entre estudantes da rede pública de ensino,
participantes de programas sociais do governo
federal ou das prefeituras, personalidades
locais e profi ssionais de imprensa.
Na cesta do balão viajavam duas pessoas por
vôo. Cada um durava em média cinco minutos.
Durante o Pan foram realizadas ações com
Cauê no Complexo de Deodoro e na Quinta da
Boa Vista.
41
CIDADES QUE RECEBERAM CAUÊ
Santa Cruz Cabrália (BA) – 5/06
Belo Horizonte (BH) – 7/06
Salvador (BA) – 9/06
Brasília (DF) – 11/06
Teresina (PI)– 17/06
São Luís (MA) – 19/06
Manaus (AM) – 23/06
Rio Branco (AC) – 24/06
Cuiabá (MT) – 26/06
Porto Alegre (RS) – 29/06
Florianópolis (SC) – 1/06
Curitiba (PR) – 3/06
Americana (SP) – 7/07
São Paulo (SP) – 8/08
Nova Iguaçu (RJ) – 10/07
Duque de Caxias (RJ) – 10/07
Niterói (RJ) – 12/07
Rio de Janeiro – de 12 a 29/07
Total de passageiros: 2.835

O orgulho dos que fi zeram a festa
“O Uruguai fi cou muito honrado por receber essa
homenagem do Brasil e, especialmente, do Rio
Grande do Sul. Foi um ato muito simpático. Nós temos
laços históricos, culturais e até mesmo familiares.
Hoje há cerca de 36 mil uruguaios residindo no
Brasil. Estou seguro de que a grande maioria está
no Rio Grande do Sul. E não poderia haver símbolo
maior de união e confraternização do que a
Tocha Pan-americana. Ela foi mais uma mostra de
que os nossos vínculos de amizade estão cada vez
mais sólidos. O Brasil deu um grande exemplo de
competência ao organizar o Pan. Vocês estão de
parabéns”.
Pablo Scheiner,
cônsul do Uruguai em Porto Alegre
“Eu já tenho 90 anos e quase não saio de casa. Mas
quando fui convidado, vesti a camiseta e o calção
e fui para a rua. Senti-me muito honrado. Não esperava
essa homenagem, ainda mais porque não
tenho muita ligação com o esporte. Vou levar uma
grata e signifi cativa lembrança daquele dia. Essa
homenagem valerá pelo tempo que eu viver. Creio
que o Pan-americano trouxe muita alegria para o
povo brasileiro”.
Manoel de Barros,
poeta
Campo Grande (MS)
Foto: Aldo Dias / Ministério do Esporte
42
“Representar um país. Representar um ideal. Representar
um sonho de milhões de pessoas em
todo o planeta. Um sonho de um mundo melhor.
Um mundo sem violência, sem guerras, sem discriminações.
Um mundo de paz, onde todos podemos
viver e competir de modo justo, honesto e
saudável pelos nossos objetivos. Temos ainda um
longo caminho pela frente para esse mundo ideal.
Todos podemos ajudar. Por menor que seja a nossa
contribuição, cada um pode ajudar a levar um pouco
mais à frente essas idéias. Dar alguns passos
a mais nessa caminhada de todos nós humanos.
Juntos poderemos ter um futuro feliz. Essa é a visão
que tive para o nosso planeta visto do espaço.
Essa é a maneira como eu vejo também a chama
olímpica! Portanto, ajudar a carregar a tocha do
Pan-americano, alguns passos de um longo caminho,
representou muito para mim”.
Astronauta Marcos Pontes,
primeiro brasileiro a viajar ao espaço
Campinas (SP)
“A tocha foi um dos momentos mais emocionantes
de todo o Pan. A passagem da Chama
Pan-americana aumentou a auto-estima da
população da cidade. Mais de 10 mil pessoas assistiram,
pessoas de vários cantos e índios de tribos
diferentes. Foi um momento de união e muita
emoção para a população, o reconhecimento da
cidade de Cabrália como marco zero do País. A tocha
também fortaleceu o sentimento de brasilidade
do nosso povo”.
Ubaldino Alves Pinto,
prefeito de Santa Cruz Cabrália (BA)
Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte

“A passagem da tocha foi uma grande chance para o fortalecimento da cultura indígena. Uma coisa muito
bonita. Eu me senti muito feliz por ter participado da cerimônia ao lado de índios de tantas etnias. Para nós,
representou a união de todos os povos indígenas, a valorização das nossas culturas e tradições. Nunca
esqueceremos aquele momento”.
Jaqueline Maria Oluizomabroce,
índia da etnia pareci
Campo Novo de Parecis (MT)
“O Acre é o único Estado brasileiro por opção. Houve
uma revolução para que isto acontecesse. Então,
tudo aquilo que vem expressar a questão da pátria,
da união pela paz, pelo esporte é importante. O Ministério
do Esporte teve muita sabedoria em levar
a tocha a todos os estados. Fizemos questão de
escolher a Bolívia como o país homenageado por
nossa cidade. Para a cerimônia recebemos com
muita alegria o governador de Pando, departamento
boliviano que faz fronteira com o nosso estado.
Como todos sabem, Brasil e Bolívia já entraram em
guerra no passado. Mas a passagem da tocha é a
prova inequívoca de que o esporte une os povos”.
Raimundo Angelim,
prefeito de Rio Branco (AC)
“Tivemos grande orgulho de receber a Chama Panamericana,
que simboliza a união e o congraçamento
através do esporte. O fogo olímpico ultrapassa
obstáculos, derruba barreiras. Marcou muito a vida
da nossa cidade e será sempre lembrada como um
momento mágico para a capital. Em seu trajeto pelas
ruas do Distrito Federal, a tocha emocionou a
todos. Do Palácio do Planalto aos bairros mais pobres,
vimos que o povo foi para as ruas aplaudir e
incentivar os atletas e ex-atletas que conduziram o
fogo. Brasília sempre teve uma vocação esportiva
muito forte e a passagem da Tocha Pan-americana
reacendeu nossas esperanças de fazer da cidade
sede de grandes eventos no futuro”.
José Roberto Arruda,
governador do Distrito Federal.
43
Foto: André Mello / CO-Rio

“Foi muito emocionante para mim. Nunca poderia
imaginar que teria a chance de participar de uma
coisa tão importante. Tudo foi bem organizado, até
os shows que depois divertiram as pessoas. Eu fi -
quei famoso no quilombo”.
Tiago Conceição de Freitas,
estudante e descendente de escravos
Quilombo Campinho da Independência
Paraty (RJ)
“Os Jogos Pan-americanos Rio 2007 foram um
momento histórico para o Brasil e para o esporte
nacional. A cidade de São Paulo fi cou orgulhosa de
ter dado sua contribuição, já que por aqui passou a
tocha do Pan, no dia 8 de julho. Acompanhei a chegada
e posso dizer que foi um espetáculo memorável,
com diversas atrações esportivas e culturais e
a participação de alguns dos principais nomes do
esporte brasileiro, que deixaram suas marcas pelos
ginásios esportivos do mundo. Como entusiasta e
fomentador do esporte na formação das pessoas,
tenho convicção de que a realização dos Jogos
Pan-americanos foi um dos momentos mais importantes
da história do esporte no Brasil”.
Gilberto Kassab,
prefeito de São Paulo
44
“Aos 62 anos, eu já não esperava receber uma
honra dessas. Foi uma alegria muito grande ver
aquela multidão me seguindo, poder ver meus fi -
lhos me acompanhando. Acho que o Brasil só tem
a ganhar com eventos assim. Porque mexe com
os artistas, com os atletas. Achei o Pan algo muito
importante para o Brasil. Se Deus consentir, quero
poder fazer essa zoadinha de novo com a tocha
da Olimpíada”.
Manoel Salustiano Soares (Mestre Salu),
músico e artista pernambucano
Olinda (PE)
Obs.: Mestre Salu morreu no dia 31/8/2008
Fotos: André Mello / CO-Rio

“Foi um momento de muita alegria para mim. Todo
mundo queria me dar os parabéns. Fiquei super
famosa! Tive uma vida muito sofrida. Trabalhava
de sol a sol na roça. Por isso, esse foi o momento
mais alegre da minha vida. O Pan trouxe alegria
para o povo”.
Florisbela Lessa de Lima,
agricultora aposentada, 94 anos,
a mais idosa a conduzir a tocha
Rio das Ostras (RJ)
“Costumo brincar que tenho 130 anos. Sessenta e
cinco de idade e o dobro de alegria de viver. E levar
a tocha foi um dos momentos mais importantes de
toda essa vida. Fiquei orgulhoso de ter representado
o Brasil, a Bahia, Salvador e o Pelourinho. Estavam
lá minha família, meus fi lhos, meus amigos. Todos
unidos pelo esporte. Porque o esporte é vida,
é educação, é cultura. Os Jogos Pan-americanos
trouxeram uma grande alegria para o Brasil”.
Clarindo Silva,
comerciante e promotor cultural
Salvador (BA)
“Conquistei a medalha de ouro nas Paraolimpíadas
de Atenas nos 400 metros. Repeti o resultado no
Parapan do Rio, na mesma distância. Quebrei o
recorde mundial na Golden League em Paris nos
400 metros, a mesma distância que percorri com a
tocha do Pan. Sou mineira e moro em Curitiba há
pouco tempo. Diziam que era uma cidade fria. Mas
pude sentir todo o calor da tocha e do povo nas
ruas. Levar a chama me deu a mesma emoção de
ter quebrado um recorde mundial. Eu me senti uma
estrela brasileira”.
Terezinha Guilhermina,
atleta paraolímpica, defi ciente visual,
recordista mundial dos 400 metros
categoria T-11 e medalha de ouro
no Parapan na mesma distância
Curitiba (PR)
45
Fotos: André Mello / CO-Rio

Foto: Leandro Marins
“Maceió provou para o País e para o mundo que
está preparada para organizar qualquer grande
evento nacional ou internacional. E a passagem da
tocha foi a grande prova. Fizemos uma festa muito
bonita. Mais de 20 mil pessoas assistiram ao revezamento.
As ruas fi caram cheias. Crianças, adolescentes,
idosos, enfi m, todos acompanharam a
passagem de um símbolo que representa a paz e
a união entre os povos. Ficamos muito felizes e orgulhosos
por ter participado dessa bela história. E,
além disso, a tocha nos deu um retorno inesperado.
Nos dias que antecederam a passagem, nossa rede
hoteleira esteve quase toda ocupada. Os meios de
comunicação, principalmente a televisão, fi zeram
grande divulgação da imagem de Maceió em todo
o Brasil e no mundo. Desde já estamos torcendo
para o País conquistar o direito de organizar as
Olimpíadas. Caso dê certo, Maceió já está de braços
abertos, pronta para ser visitada pela tocha”.
Cícero Almeida,
prefeito de Maceió
“Foi um dia muito legal. Fiquei ansioso quando minha mãe me contou que eu iria levar a tocha. Acordei às
seis horas da manhã e fui com meus amigos para Brasília (Ismael mora com a família em Valparaíso, cidade
goiana na divisa com o Distrito Federal). Nunca irei me esquecer. Conheci bastante gente. Vi até o Ricardo
Prado. Sei que ele foi um grande nadador. Eu gosto muito de natação e a pratico no Segundo Tempo. Junto
com o futebol, é o esporte que eu mais gosto. Tomara que tenha mais Jogos como o Pan no Brasil. É bom
porque assim vai ter mais gente fazendo esporte”.
Ismael Mendes da Rocha, 13 anos, aluno da 6ª série
do ensino básico em Goiás e integrante do
núcleo do Segundo Tempo em Valparaíso (GO)
46
“Eu tinha fi cado muito triste porque a maratona,
prova que disputo, não entrou no programa de
competições do Parapan. Mas fui convidado a
conduzir a tocha e a tristeza foi embora. Fui o primeiro
a levá-la, até a Marina da Glória. Perdi meus
pés num acidente há sete anos, e até então não era
esportista. E ter a honra de conduzir a tocha foi o
maior presente que poderia ter recebido. Tudo graças
ao esporte”.
Antonio Maciel,
único atleta brasileiro a correr provas de longa
distância utilizando próteses nas pernas.
Rio de Janeiro, revezamento
do Parapan-americano
“Houve um aumento da auto-estima da população
da cidade. Aliás, posso dizer que aumentou a autoestima
do povo do sertão. Procuramos exemplos
de sucesso no esporte e na vida para conduzir a
tocha pelas ruas da cidade. As três gerações descendentes
de Lampião estiveram presentes e a sua
bisneta, a nadadora Luana Ferreira, conduziu a tocha.
A Chama do Pan integrou o Brasil nos Jogos.
Quando nos vimos na cerimônia de abertura, no
vídeo do Pan, sentimos orgulho. Era a valorização
do povo sertanejo. A passagem da tocha provocou
também um aumento da demanda da população
pela prática desportiva e por quadras poliesportivas.
Na pesquisa que a Prefeitura fez sobre as necessidades
da população, todas as regiões demandaram
quadra. Construímos um campo de futebol e
outra área já está em estudo de terraplenagem para
receber mais um. Devemos tudo isso ao Pan”.
Orlandinho Andrade,
prefeito de Canindé de São Francisco (ES)

“Ficamos muito felizes por estarmos entre as 51
cidades que receberam a tocha. Foi um momento
de celebração para nossos moradores, que receberam
a Chama Pan-americana com muito entusiasmo
e alegria. A população foi às ruas festejar
o Pan e os dois atletas que representaram Nova
Iguaçu nos Jogos: o Bruno Laport (halterofi lismo)
e a Lucila Viana, da seleção feminina de handebol,
medalha de ouro nos Jogos. A passagem da tocha
foi um marco para a cidade. Despertou ainda mais
o interesse dos jovens pelo esporte. O Pan mostrou
a capacidade de superação e organização do
povo brasileiro. E o Brasil provou que está pronto
para receber grandes eventos esportivos, como
a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos.
Se conquistarmos o direito de ser sede da Olimpíada,
quem sabe Nova Iguaçu não terá novamente
a honra de receber a tocha, só que desta vez, a
olímpica”.
Lindberg Farias,
prefeito de Nova Iguaçu (RJ)
“Tive duas emoções muito distintas em menos de
oito meses. Ambas vão marcar a minha vida para
sempre. O trabalho no acidente me fez rever valores,
evoluir como ser humano. A oportunidade de
conduzir a tocha resgatou minha alegria. Receber
o carinho das pessoas, ver aquele público feliz, me
deu a segurança de que cumpri o meu dever. Ao
conduzir a tocha, fi z uma homenagem a cada uma
daquelas pessoas que perderam a vida naquele terrível
acidente”.
Felipe Magalhães Castro,
2º tenente da Aeronáutica, participou dos
resgates das vítimas do acidente aéreo da Gol,
ocorrido em setembro de 2006,
no Mato Grosso do Sul
Santos (SP)
“Na Grécia antiga, tudo era batalha. E, quando chegava
a hora do anúncio das competições, marcada
pela tocha, cessavam-se as guerras. O esporte é
um instrumento vital para a paz. O Rio Grande do
Sul, terra de saudável competição, se orgulhou de
estar presente em mais um ato de integração de
todo o Brasil através do esporte. E não só do nosso
País. Foi uma alegria termos recebido a presença
do cônsul do Uruguai, o senhor Pablo Scheiner, representando
um país que é nosso vizinho de fronteira.
No passado, entre nós, tudo parecia guerra.
Ao virem celebrar conosco a vinda da tocha, mostram
que hoje a fronteira é uma terra de irmãos. A
realização do Pan revela que somos um país pacífi -
co, que temos estrutura, responsabilidade e segurança
para abrigar um evento deste porte”.
Yeda Crusius,
governadora do Rio Grande do Sul
“Sem dúvida, foi o fato mais emocionante da história da cidade. Duque de Caxias parou para vê-la passar.
Toda a população se envolveu. Escolas públicas e privadas liberaram os alunos, o comércio também. A
gente podia sentir a vibração do público, a auto-estima elevada da população. Gente de todas as gerações,
bebês, crianças, jovens, senhoras. Nem na Copa do Mundo vi uma manifestação tão espontânea. A gente
observa que depois dos Jogos surgiu uma esperança bacana entre os jovens, eles já olham o esporte com
outros olhos, eles já sonham. Muitos passaram a praticar esportes, principalmente o caratê, que nos deu
duas medalhas, com Vinícius de Souza na categoria até 70 quilos e Juarez Santos, ouro na acima de 80
quilos Nas praças, a juventude agora está praticando esportes”.
Washington Reis,
prefeito de Duque de Caxias (RJ)
47
Foto: André Mello / CO-Rio

A MARCA DO RIO 2007
Alegria, dinamismo, solidariedade e
integração. Eis os elementos que
inspiraram a criação do “Look of the
Games”, a identidade visual dos Jogos
A logomarca e a plástica
dos saltos ornamentais:
identidade visual para
envolver o Rio e o País
no Pan-americano
48

49
Foto: Wanderlei Almeida / AFP

O símbolo do Parapan
no Complexo de Deodoro:
imagens do Pão de Açúcar
em forma de estrela
50

N
o início de julho de 2007, um rápido
passeio pelo Rio de Janeiro
revelava a proximidade dos Jogos.
Para receber competidores, dirigentes,
turistas e jornalistas, a cidade vestiuse
de Pan. Esse efeito, chamado “Look of the
Games” nos ambientes pan-americano e olímpico,
compunha o cenário dos locais das competições
e fazia a aproximação de público e de
atletas com a cidade-sede.
O Look é a identidade estética do Pan e do
Parapan. O conceito da marca Rio 2007 contemplou
os movimentos e ângulos de todos
os esportes. Os cinco pássaros da logomarca
simbolizavam o arrojo do vôo e a precisão
da dança. O trabalho homenageou também o
espírito de equipe e a luta pela superação dos
limites. O pássaro, ícone da marca, é inspirado
nos recortes da paisagem do Rio e tem nos
contornos do seu corpo o Pão de Açúcar e o
Corcovado, cartões-postais da cidade.
A repetição desse elemento, em movimento,
com cores, tamanhos e posições diferentes,
representa a união das várias culturas das
três Américas. Para as tevês, foi um elemento
chave, pois associou e divulgou a imagem
dos Jogos nas transmissões ao vivo das
competições. As cenas produzidas no Rio
2007 foram transmitidas para as Américas,
Europa e China. A empresa carioca Dupla
Design foi quem executou a pesquisa e o desenvolvimento
do projeto gráfi co e da marca
do Pan e do Parapan.
A União contratou a instalação das peças do
Look na Vila Pan-americana, no Complexo Esportivo
de Deodoro, na arena construída para
o vôlei de praia e na arena do posto 6 em Copacabana
– locais de prova sob responsabilidade
federal, nos aeroportos e nos hotéis de
51
jornalistas, dirigentes e árbitros. Sua instalação
estava prevista no contrato de montagens
temporárias (Ver capítulo Instalações).
Além disso, o governo federal destinou, através
do convênio 80/2007, RS 12.631.454,97
ao governo do Estado do Rio de Janeiro para
a programação visual do Pan no Estádio de
Remo da Lagoa, no Clube Caiçaras (também
na Lagoa, local das disputas de esqui aquático)
e no Complexo do Maracanã (Estádio
Mario Filho, ginásio Maracanãzinho e parque
aquático Júlio Delamare).
A marca do Pan começou a ser vista já no
desembarque na Cidade Maravilhosa. Os aeroportos
Santos Dummont e Antônio Carlos
Jobim estampavam os símbolos dos Jogos e
mostravam o orgulho do carioca em receber o
maior evento esportivo das Américas.
Nas instalações esportivas, pictogramas das
modalidades disputadas no local, fundos de
palco, adesivos, bandeiras e banners com
o logotipo dos Jogos eram alguns dos elementos
cênicos utilizados na montagem do
cenário. A identidade visual não se limitava
à decoração das arenas esportivas. Publicações
ofi ciais previstas para os Jogos, como
os manuais e guias (espectador, atletas e imprensa),
informativos, calendários e folderes
institucionais também tiveram a “cara” dos
Jogos. Cerca de 300 títulos com os mais diferentes
formatos e especifi cações gráfi cas
foram desenvolvidos com fi nanciamento do
Ministério do Esporte, por meio do convênio
67/2007, no valor de R$ 720.739,27.
Com o término dos Jogos Pan-americanos,
entrou em cena a marca que representava o
evento que se iniciaria duas semanas depois:
os III Jogos Parapan-americanos.
Foto: Alex Ferro / CO-Rio

Carteira de identidade do Pan
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
A
s próximas páginas trazem uma
amostra signifi cativa dos ícones,
símbolos, peças de sinalização,
elementos de design e imagens que
formaram o “Look of the Games” dos Jogos
Pan-americanos Rio 2007.
Esse conjunto de referências visuais gerou a
carteira de identidade dos Jogos aos olhos
dos atletas, dirigentes, público e dos milhões
de admiradores que acompanharam as disputas
pela tevê no Brasil e no mundo.
Os pássaros e os contornos da cidade do Rio
de Janeiro estiveram em todos os lugares relacionados
ao Pan, dos ingressos, cartazes,
placas e pequenos impressos aos imensos
painéis colocados na estrutura ou projetados
nos painéis eletrônicos.
52
Fotos: Alex Ferro / CO-Rio

Foto: Alex Ferro / CO-Rio Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
53

Foto: Arquivo / FIA
Foto: Arquivo / FIA
54
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte
Foto: Alex Ferro / CO-Rio

Foto: Alex Ferro / CO-Rio
Foto: Arquivo / FIA
Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio
55
Foto: Arquivo /FIA

A linguagem visual do Parapan
N
os Jogos Parapan-americanos Rio
2007, cada atleta foi tratado como
uma estrela com luz própria. Com
desempenhos notáveis, os competidores
emocionam e provam que é possível superar
qualquer limitação para alcançar o sonho
de subir no pódio. A marca Parapan Rio 2007
simboliza uma estrela que representa o brilho e
o valor das competições paraolímpicas.
Como parte do Projeto Rio 2007, os Jogos
Parapan-americanos apresentam uma marca
que carrega um conceito diverso, com referências
à cidade-sede da competição e aos
valores do esporte e do paraolimpismo. Reúne
elementos que simbolizam integração, dinamismo
e modernidade.
A marca do Parapan traz a mesma linguagem
gráfi ca da marca dos Jogos Pan-americanos e
faz referência à alegria do carioca e do Brasil.
Destaca as cores da natureza, o movimento
dos atletas, o espírito de equipe e a união em
torno de um mesmo objetivo.
Parapan: marca simbolizou
dinamismo e modernidade
56

57
Foto: Alex Ferro / CO-Rio

A mascote Cauê
N
as grandes competições esportivas
como os Jogos Olímpicos, a
fi gura da mascote muitas vezes se
confunde com o próprio evento. É
um elemento indispensável para a identidade
estética e afetiva desse grande espetáculo. Alguns
deles entraram para a história, como o famoso
ursinho Misha, que emocionou o mundo
ao chorar na cerimônia de encerramento das
Olimpíadas de Moscou, em 1980. O Rio 2007
seguiu a tradição olímpica. A mascote do Pan e
do Parapan teve a imagem do sol. Não por acaso.
Além de estar associado a valores olímpicos
como a tocha, a medalha e o ouro, à energia da
torcida e à pulsação dos atletas, o astro-rei é a
marca do Rio de Janeiro e do Brasil.
Pela primeira vez, a mascote do Pan e do Parapan
foi a mesma. Seu nome foi escolhido por
votação popular em oito capitais brasileiras.
Mais de 1,2 milhão de brasileiros votaram. Ao
fi nal, Cauê venceu com 38% dos votos. Kuará
(sol, em guarani), segundo colocado, obteve
31,6% e Luca (luminoso, em latim) fechou
com 30,4%. O nome da mascote do Pan tem
origem na saudação indígena Auê, que pode
signifi car homem bondoso. Há também a versão
de que surgiu de uma lenda da mistura de
raças e do caldo cultural que deu origem a São
Sebastião do Rio de Janeiro. Cauê seria fi lho
de uma jovem francesa com o Arerê, cacique
da tribo dos Tamoios, principal etnia que habitava
a região no século XVI, quando chegaram
os colonizadores portugueses.
58

59
Mais de 1,2 milhão de
brasileiros votaram na
escolha que definiu
o nome da mascote do
Pan e do Parapan

As moedas comemorativas
C
olecionadores e amantes do esporte
puderam levar para casa
uma valiosa lembrança dos Jogos
Pan-americanos. O governo
federal criou uma série de moedas comemorativas
para celebrar a realização dos Jogos.
Dois modelos foram confeccionados e comercializados:
um de prata, já usual no programa
de moedas comemorativas; e outro de
cuproníquel, metal menos nobre e mais acessível
à população.
A moeda de prata trouxe de um lado o Pão
de Açúcar e as linhas sinuosas da calçada de
pedras portuguesas da Praia de Copacabana.
Do outro, o desenho símbolo dos Jogos.
O valor de face da moeda era de R$ 5, mas
seu valor para venda foi de R$ 105. A aquisição
do modelo, além de servir como recordação,
60
pode ser vista como um investimento. Produto
de tiragem limitada a 4 mil exemplares, a peça
tende a se valorizar com o passar dos anos. A
moeda de cuproníquel, material que imita a cor
da prata, custou R$ 15. Com valor de face de
R$ 2, ela faz referência ao atletismo, esporte
símbolo do olimpismo. Foram produzidas 10
mil moedas deste modelo.
O projeto gráfi co das peças foi desenvolvido
pelas equipes do Banco Central do Brasil e da
Casa da Moeda do Brasil e contou com colaboração
e sugestões do Ministério do Esporte.
Até o fi nal de 2007, mais de 12 mil moedas haviam
sido comercializadas – cerca de 8.500 de
cuproníquel e 3 mil de prata, gerando receita
de R$ 450 mil. Boa parte das vendas foi feita
em lotes: 135 lotes de 30 moedas de prata e
951 lotes de 100 moedas de cuproníquel.

61
As moedas de prata
traziam, de um lado, o
símbolo dos Jogos, e do
outro, o Pão de Açúcar
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Foto: Henrique Matos / LIESA
O PAN NAS ASAS
DA PORTELA
No mundo da folia, o Rio 2007
começou quase cinco meses
antes, no Sambódromo, com
a bela homenagem da escola
azul-e-branca de Madureira
62

63
A Portela, com sua águia,
balança a Sapucaí: 4.300
foliões celebram o esporte

Abre-alas
O
s Jogos Pan-americanos, como
se sabe, foram realizados na
segunda quinzena de julho de
2007. Mas não seria incorreto
afirmar que a alegria e a empolgação da festa
começaram a ser sentidas quase cinco
meses antes.
Mais precisamente em 19 de fevereiro,
segunda-feira de Carnaval, dia em que a Portela,
uma das mais tradicionais e premiadas
escolas de samba do Rio e do Brasil, incendiou
as arquibancadas do Sambódromo da
Marquês de Sapucaí com o enredo “Os deuses
do Olimpo na terra do Carnaval: uma festa
dos esportes, da saúde e da beleza”.
A águia, símbolo da escola, abriu o desfi le.
Ritmistas, passistas e cerca de 4.300 foliões
ostentavam as cores, os valores e o vigor do
esporte. O desfi le reuniu grandes atletas do
passado e jovens talentos que disputariam o
Pan em julho.
Os ex-jogadores de vôlei Giovane Gávio e
Jackeline Silva, o ex-velocista Robson Caetano,
os ginastas Daiane dos Santos, Danielle
e Diego Hypólito (que fazia piruetas
e exercícios nas barras paralelas do carro
alegórico), o nadador e medalhista olímpico
Gustavo Borges e o campeão paraolímpico
Clodoaldo Silva representaram todos os
atletas brasileiros que participaram dos Jogos.
O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr.,
e o presidente do Comitê Organizador dos
Jogos (CO-Rio), Carlos Arthur Nuzman, também
desfilaram na agremiação.
Bolas, acrobacias, arenas esportivas, entre
outros elementos, ilustraram a passagem da
Portela pela avenida. No desfi le de 2007, além
da divulgação dos Jogos Pan-americanos, a
escola desempenhou um importante papel ao
exaltar os valores inerentes ao esporte, como
saúde, lealdade, trabalho de equipe. Na ala
Piscina Olímpica, os componentes usavam
uma fantasia coletiva e seguiam uma coreografi
a no ritmo do samba e imitando movimentos
do esporte aquático.
64
A escola também fez um alerta sobre o uso de
medicamentos e anabolizantes na ala “Abaixo
o Doping”. Com caveiras e braços postiços
“bombados”, a alegria carnavalesca abriu espaço
para discutir a necessidade de combater
a dopagem em eventos esportivos. Logo em
seguida, a ala “Sim à Vida” exaltava a competição
sem drogas e o fair play.
“A Portela tem tradição em cantar enredos de
temática social. Em 2006, falamos das metas
do milênio. Em 2008, falamos de ecologia. O
esporte é um tema que também merece destaque.
Ele é um grande instrumento de inclusão
de crianças e adolescentes”, explica Valdirene
Carvalho, coordenadora de produção
de fantasias.
O espírito olímpico estava presente também
nos segmentos tradicionais da escola.
A bateria vestiu terno e gravata para representar
a delegação “Medalha de Ouro da Portela”.
As baianas apareceram vestidas com asas
representando Niké, a deusa grega da vitória.
As fantasias do primeiro casal de mestre-sala
e porta-bandeira, Diego Falcão e Alessandra
Bessa, retratavam a Tocha Pan-americana,
lembrando a união entre os povos que o símbolo
caracteriza.
Neste aspecto, o Carnaval 2007 proporcionou
um exemplo de harmonia. Uma das
fundadoras da Tradição – escola apelidada
por alguns de “Portelinha” por ter surgido de
uma dissidência da tradicional agremiação,
Wilma Nascimento voltou a desfilar na Portela
após 27 anos longe da azul-e-branca.
Ela defendeu a bandeira da Portela de 1957
a 1979 e foi convidada para apresentar o primeiro
casal de mestre-sala e porta-bandeira
na Sapucaí.
O público aplaudiu todo o desfi le. Os presentes
cantavam alegres e em coro o sambaenredo
que exaltava os Jogos. Uma perfeita
harmonia entre arquibancada e passarela.
Era a festa de abertura popular dos XV Jogos
Pan-americanos.

A preparação
P
ara colocar na avenida uma história
tão rica e bonita, a Portela contou
com um aporte fi nanceiro do governo
federal. A União fi rmou o convênio
01/2007 com a agremiação no valor de R$
1,8 milhão. O valor correspondeu a 37,5% do
orçamento de R$ 4,8 milhões do Carnaval da
Portela em 2007. A assinatura do documento,
realizada em janeiro de 2007, foi a primeira
grande ação federal de divulgação dos Jogos.
O desfi le das Escolas de Samba do Rio de Janeiro
é transmitido pela tevê em mais de 60
países. Alcança cerca de 78 milhões de telespectadores
no Brasil e mais 300 milhões no
exterior. O Carnaval foi a oportunidade ideal
para divulgar a realização da competição esportiva
que aconteceria em julho no País. O
projeto, no entanto, não se limitou ao desfi le
na avenida. O convênio também promoveu a
aproximação da população carioca com os
Jogos através de dezenas de eventos pré-carnavalescos
realizados na quadra da escola,
que atingiram cerca de 120 mil pessoas, e nos
ensaios técnicos no Sambódromo. “O alcan-
ce do Carnaval carioca não necessariamente
pode ser traduzido em algo tangível, mas
podemos afi rmar que a exposição do tema
Pan para o público na Sapucaí e a geração
de mídia compensaram o investimento”, afi rma
Sarah Castro, coordenadora de Cultura da
Secretaria do Comitê de Gestão Federal Rio
2007 (Sepan/ME).
A decisão de cantar os Jogos na avenida surgiu
em julho de 2006. O Pan seria um dos
maiores eventos do ano seguinte no Brasil,
sendo assim, além do caráter social ao tratar
do tema esporte, a Portela traria uma temática
atual e de interesse público. Ciente da
possibilidade de fi rmar uma parceria federal, a
agremiação procurou o Ministério do Esporte
para conhecer os trâmites legais e buscar
parte do fi nanciamento do desfi le. Os diálogos
se iniciaram em setembro de 2006, mas,
como era período eleitoral, o fechamento do
convênio foi adiado. “Havia um receio de que
o fi nanciamento pudesse ser entendido como
ato de campanha”, diz o presidente da Portela,
Nilo Figueiredo.
65
Daiane dos Santos:
destaque é destaque
em qualquer canto
Foto: Henrique Matos / LIESA

Em harmonia com o governo federal
O
convênio previa recursos para insumos
básicos de confecção de alegorias e fantasias,
instrumentos de transporte, serviços
técnicos, eventos pré-Carnaval e
ações de comunicação e marketing da escola para
aumentar a visibilidade do desfi le da Portela no Carnaval,
e, conseqüentemente, dos Jogos Pan-americanos.
Também estava prevista contrapartida de R$ 450
mil por parte da agremiação. Em novembro – quando
o Brasil já havia escolhido seus governantes, a escola
entregou o plano de trabalho para análise do governo
federal. O documento trazia a quantidade e os tipos
de materiais necessários para a produção dos elementos
do desfi le e, em coerência com as normas da
administração pública, também apresentava pesquisa
de preços de cada item com no mínimo três fornecedores
diferentes. Após a aprovação do projeto, a
verba foi liberada.
O Ministério do Esporte também atuou em parceria
com a Portela para conseguir, junto ao Comitê Organizador
dos Jogos (CO-Rio), a liberação de uso das
logomarcas ofi ciais Rio 2007 (os pictogramas esportivos,
a mascote e os demais símbolos dos Jogos Panamericanos
2007), de sua propriedade. A Proteção às
Marcas é uma forma utilizada pelo Comitê para prevenir
o uso indevido por empresas não associadas ao
evento. Tal medida era necessária para que os patrocinadores
ofi ciais, parceiros, fornecedores, empresas
licenciadas e as três esferas de governo não fossem
prejudicados, pois eram os únicos com direito de uso
das marcas. “Existia, inicialmente, o receio, por parte
do CO-Rio, de que a marca fosse explorada comercialmente.
Mas conseguimos convencer o Comitê de
que a suspeita era improcedente”, explica Nilo.
Paralelamente às negociações, o trabalho nos galpões
da escola não cessou. Uma equipe de mais de 300
pessoas trabalhava incessantemente para transformar
a Marquês de Sapucaí na Olímpia. Quando chegou a
autorização de uso da marca, as fantasias e alegorias
já estavam sendo confeccionadas. Não havia mais
tempo para redesenhá-las. Porém, este fato não prejudicou
a escola, apenas exigiu maior criatividade dos
carnavalescos para o evento. “Na ala das crianças,
queríamos colocá-las todas vestidas de Cauê. Como
ainda não tínhamos a autorização, elas foram fantasiadas
de bolas de diversas modalidades e com um
chapéu da mascote do Pan estilizado”, afi rma Nilo.
66
Foto: Henrique Matos / LIESA
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desta vez, virou
piscina olímpica

A mais tradicional das casas do samba
Foto: Henrique Matos / LIESA
O
Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, fundado no dia
11 de abril de 1923 em Oswaldo Cruz, na região de Madureira,
zona norte do Rio de Janeiro, venceu o primeiro Carnaval
da cidade em que houve disputa de título, em 1935. Única
escola a ter participado de todos os desfi les ofi ciais, tem 21 títulos, o
recorde do Rio. Entre seus ídolos do presente e do passado, estão Clara
Nunes, Natal, Paulo da Portela, Candeia, João Nogueira, Paulinho da Viola
e Zeca Pagodinho. Em 2007, ano em que homenageou o Pan, a Portela
agradou ao público. A escola fi cou em primeiro lugar no júri popular da
enquete promovida pela TV Globo durante a transmisssão televisiva.
68

Diego e Alessandra, primeiro casal
de mestre-sala e porta-bandeira,
representaram a tocha olímpica
69
O samba-enredo
Os Deuses do Olimpo
na terra do Carnaval:
uma festa dos esportes,
da saúde e da beleza
Autores: Diogo Nogueira, Ciraninho
e Celsinho de Andrade
O mensageiro do Olimpo anunciou:
é Carnaval!
Brasil, hoje é a Terra dos Deuses
Lindo paraíso tropical
A majestade do samba
Acende a chama e recebe as nações
Seu manto cobre o Rio de Janeiro
Chegou a hora de unir os corações
Voa minha águia, leva o meu cantar
Semeando a paz pelas Américas
O show do Pan vai começar
Sou recordista de samba no pé
Exemplo de garra e fé
Medalha de ouro em bateria
Eu sou atleta e canto até raiar o dia
O homem lutou por fronteiras
Por seus interesses, religiões...
Hoje suplanta barreiras,
Desfaz preconceitos, juntando
nações...
Esporte é vida! É beleza e emoção
É esperança, amizade, inspiração
Portela, de azul e branco em aquarela
Supera todos os limites
Vem levantar sua bandeira
O samba, de alma verde e amarela
Abençoado pelos deuses
Vem coroar Oswaldo Cruz e
Madureira
Eu sou a raiz do samba
Saúde e beleza na Passarela
O Ninho da Águia, celeiro de bambas
Sou Rio, sou esporte e sou Portela

A participação da Caixa
foi decisiva para o
sucesso dos brasileiros
no Parapan-americano
70

O MARKETING
DOS JOGOS
Patrocínios e parcerias com empresas
públicas ajudaram a viabilizar
os Jogos Rio 2007
71
Foto: Aldo Dias / Ministério do Esporte

N
as últimas décadas, o marketing
esportivo tornou-se uma das mais
vigorosas e rentáveis atividades
comerciais do mundo moderno.
Milhares de empresas identifi caram no segmento
uma excelente vitrine para divulgar suas
marcas e produtos. A chegada da publicidade
às camisas, estádios e transmissões de tevê
promoveu uma revolução no ambiente esportivo.
A união entre esporte e seu vantajoso parceiro
não tem prazo de validade. Os Jogos Pan
e Parapan-americanos foram espelho e palco
de apresentação no Brasil das novas estratégias
de marketing esportivo mundial. Inspirado
no modelo do Comitê Olímpico Internacional
(COI), o plano de marketing e de comercialização
dos direitos de tevê do Pan trouxe um conceito
inovador para o País. Um inédito acordo
entre Comitê Organizador (CO-Rio), patrocinadores
e a Rede Globo, o maior grupo de comunicação
do País, possibilitou à marca Pan
uma exposição jamais vista em toda a história
do evento.
O governo federal teve importante participação
no plano de marketing dos Jogos. Controladas
pela União, a Petrobras e o banco Caixa
Econômica Federal integraram o grupo de patrocinadores
ofi ciais do evento. A Caixa, inclusive,
foi a primeira a acreditar no potencial dos
Jogos e a única patrocinadora do Parapan. A
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
(ECT) foi uma das parceiras dos Jogos. Além
das estatais, o Pan teve entre seus patrocinadores
marcas conhecidas do público brasileiro,
como a fabricante de materiais esportivos
Olympikus, que forneceu os uniformes para
25 delegações, incluindo a brasileira, a Femsa
cervejaria do Brasil, que produz a cerveja Sol,
a companhia de telefonia fi xa e móvel Oi e o
frigorífi co Sadia. O Pan contou também com
dezenas de parceiros e fornecedores. Juntas,
essas empresas tiveram suas marcas e imagens
associadas ao maior Pan-americano de
todos os tempos.
Numa bela campanha, a Caixa
vinculou a imagem de seus
produtos ao Pan e ao Parapan
72
CA TÕES
Ana Paula Ribeiro - ginasta patrocinada pela CAIXA.
FUND S
Ana Paula Ribeiro - ginasta patrocinada pela CAIXA.
No Pan Rio 2007
e na vida. Com você
em cada conquista. Vem.
No Pan Rio 2007
e na vida. Com você
em cada conquista. Vem.

Nasce o moderno marketing esportivo
P
ode-se afi rmar que a história do marketing
esportivo no movimento olímpico
se divide em antes e depois de
Juan Antônio Samaranch, o espanhol
que em julho de 1980 assumiu a presidência do
Comitê Olímpico Internacional (COI). Até aquele
momento, a comercialização dos patrocínios e licenciamentos
fi cava sob responsabilidade dos
comitês organizadores de cada Olimpíada. Essa
descentralização enfraquecia a estratégia de captação
de receitas, pois freqüentemente os acordos
eram realizados com anunciantes locais, que não
tinham o mesmo poder de fogo dos conglomerados
globais. Samaranch tinha planos para valorizar
os Jogos Olímpicos e transformar a marca dos cinco
anéis em uma das mais poderosas do mundo.
Mas os desafi os eram enormes. Quando chegou
à presidência do COI, o olimpismo passava por
uma de suas piores crises. Nos Jogos de Munique
1972, o espírito olímpico foi golpeado no episódio
do seqüestro e morte de atletas israelenses. Quatro
anos mais tarde, as Olimpíadas de Montreal
produziram um dos maiores prejuízos fi nanceiros
de que se tem notícia. Inicialmente orçados em
US$ 310 milhões, os Jogos do Canadá fecharam
o balanço com um rombo de mais de um bilhão
de dólares. O último centavo da dívida só foi pago
30 anos depois da pira apagada. Além do prejuízo,
Montreal assistiu ao primeiro boicote olímpico
da história. Vinte e duas nações africanas deixaram
os Jogos por discordarem da atitude da
Nova Zelândia em disputar partidas de rúgbi na
África do Sul, que na época aplicava um regime
segregacionista aos negros. Mas o pior ainda estava
por vir. Os Jogos de Moscou 1980 fi caram
marcados pelo maior boicote olímpico da história.
Estados Unidos, Inglaterra e mais 63 países não
compareceram às Olimpíadas da União Soviética.
O ato foi um protesto à invasão do país-sede ao
Afeganistão, ocorrida um ano antes. Quatro anos
depois, em Los Angeles, os soviéticos, acompanhados
de 13 nações, não foram à Olimpíada.
Os interesses políticos ameaçavam implodir os
sagrados ideais do movimento olímpico. No meio
deste turbilhão de incertezas, Samaranch começou
a traçar o plano que iria mudar de vez a história
dos Jogos Olímpicos. O primeiro passo foi
73
o desenvolvimento de um novo conceito de comercialização
dos direitos de tevê. Antes de Samaranch,
COI e comitês organizadores travavam
verdadeiras batalhas pela venda das imagens. A
falta de consenso acabava favorecendo as tevês,
que pagavam menos do que os direitos realmente
valiam. A rede americana ABC foi a que melhor
aproveitou a brecha da discordância. Ela pagou
pouco pela exclusividade dos direitos dos Jogos
Olímpicos de Verão da Cidade do México 1968,
Munique 1972, Montreal 1976 e Los Angeles 1984
e das Olimpíadas de Inverno de Innsbruck 1976,
Lake Placid 1980 e Sarajevo 1984. A exceção foram
os Jogos de Moscou 1980, transmitidos pela
rival NBC, já que a concorrente não se interessou
por um evento esvaziado pelo boicote. Financiadas
pelo maior mercado do mundo, as emissoras
dos Estados Unidos pagavam somas superiores
às oferecidas pelas tevês européias e asiáticas.
O golpe de mestre de Samaranch foi convencer
os comitês organizadores a ceder ao COI a exclusividade
da venda dos direitos. Também estimulou
uma concorrência entre as redes. Mas não
se sabia como as tevês reagiriam à proposta. As
respostas para as dúvidas de Samaranch começaram
a se delinear na tarde de 23 de janeiro
de 1984. Nesta data foi marcada a abertura dos
envelopes da primeira concorrência televisiva da
nova era olímpica. Em jogo estava a exclusividade
americana dos direitos de transmissão dos
Jogos de Inverno de 1988, em Calgary, no Canadá.
Sob os olhares atentos e nervosos dos dirigentes
do comitê, os representantes das redes
ABC, NBC e CBS apresentaram seus envelopes
com as ofertas que fariam. Venceu a ABC, com
uma inimaginável proposta: US$ 309 milhões. Foi
a quantia mais alta paga por um único evento –
esportivo ou não – na história da tevê até então,
como descreveu o consultor e ex-diretor de marketing
do COI Michael Payne em seu livro “A Virada
Olímpica – Como os Jogos Olímpicos tornaram-se
a marca mais valorizada do mundo” (Casa
da Palavra). Antes de Calgary 1988, o recorde na
venda pertencia à própria ABC, que pagara US$
225 milhões pela exclusividade de Los Angeles
1984. Após aquela tarde, os Jogos nunca mais
seriam os mesmos. Para Pequim 2008 os direitos
de transmissão atingiram US$ 2,5 bilhões.

TOP, uma máquina de gerar recursos
D
epois de estabelecer um novo
paradigma na venda dos direitos
televisivos, o próximo objetivo do
COI era buscar patrocinadores
fortes, que ajudassem a engordar suas receitas
e com isso fortalecer os frágeis alicerces
do movimento olímpico. Com a assessoria
de renomados especialistas em marketing
esportivo, como o próprio Michael Payne e
o proprietário da marca Adidas, Horst Dassler,
começou a nascer em 1985 o TOP, em
inglês The Olympic Programme, ou o Programa
Olímpico. O conceito era simples, mas de
execução complexa.
A idéia dos executivos era criar um pacote
que englobasse os direitos de exposição e
imagem dos Jogos Olímpicos de Verão e de
Inverno, do COI e de 160 Comitês Olímpicos
Nacionais (Cons). O acordo, que fora planejado
para os Jogos de Seul 1988, vigoraria
durante o chamado ciclo olímpico, o período
de quatro anos entre uma Olimpíada e outra.
Novamente houve muita resistência e desconfi
ança. Surgiram críticas de todos os lados.
Os mais céticos acreditavam que o COI
estava colocando à venda o seu patrimônio
mais valioso: o espírito olímpico. Por sua vez,
os comitês olímpicos nacionais e organizadores
também relutavam. Não queriam perder a
autonomia de negociar seus próprios contratos
de publicidade.
A delicada costura do TOP, que ganhou o
apelido de The olympic puzzle (o quebracabeça
olímpico), exigiu muita paciência e
disposição de todas as partes envolvidas. Os
homens de marketing do COI atravessaram
o mundo diversas vezes para convencer os
dirigentes olímpicos locais das vantagens do
novo negócio. Ao fi nal deste longo e delicado
processo, 154 dos 167 comitês olímpicos nacionais
fi liados ao COI assinaram o acordo.
Eles receberiam valores proporcionais dos
patrocinadores masters que aderissem ao
Programa Olímpico.
As primeiras marcas a associar seu nome e
imagem ao movimento olímpico foram a gi-
74
gante do mercado de refrigerantes Coca-
Cola, a Kodak, uma das líderes mundiais na
venda de fi lmes fotográfi cos, e a americana
Federal Express, empresa líder no segmento
de entregas expressas de mercadoria. Apesar
da força dos parceiros, o TOP ainda precisava
de mais clientes.
A pouco mais de dois anos dos Jogos de Seul
havia difi culdade para encontrá-los. Até que,
depois de muitas negativas, os executivos de
marketing do comitê ouviram um promissor
e aguardado sim. A Visa, uma das grandes
do mercado de cartões de crédito do mundo,
entrou na jogada e aceitou pagar os US$
14,5 milhões equivalentes a uma cota do TOP.
Foi uma tacada de mestre. Embalada pelo
patrocínio olímpico, em três anos a marca se
tornou líder no mercado asiático de cartões e
registrou um aumento de 18% nos pedidos de
novos produtos.
A americana 3M, empresa que produz mais
de 50 mil produtos, seguiu o exemplo da Visa
e colou sua marca à mística dos anéis. O primeiro
TOP atraiu nove grandes corporações
e arrecadou US$ 95 milhões, uma cifra exorbitante
para a época. O sucesso da iniciativa
foi o combustível do TOP II. A novidade foi a
inclusão dos Jogos de Inverno de Albertville,
na França, em 1992, vendidos junto com
os Jogos de Barcelona 1992. Foi a última vez
que os jogos de inverno e de verão aconteceram
no mesmo ano.
Ficou inviável para patrocinadores e organizadores
realizarem dois eventos deste porte
com poucos meses de diferença. O TOP
II quase dobrou a arrecadação do primeiro,
atingindo a cifra de US$ 175 milhões. O programa
seguinte, com os Jogos de Verão de
Atlanta 1996 e de Inverno de Lillehammer (Noruega)
1994, atingiu a cifra de US$ 376 milhões.
O programa TOP tornara-se a estratégia
de marketing global mais bem sucedida
do mundo. E o movimento olímpico, que vira
o seu futuro ameaçado, estava salvo e pronto
para enfrentar os desafi os do novo milênio
que se aproximava.

Foto: Pascoal Rondeau / Getty Images
75
Reabilitado O inovador pelo
esporte, Programa Ariosvaldo Olímpico,
Silva ou TOP, conquistou começou
dois a ser ouros aplicado e uma nos
prata Jogos no de Parapan Seul 1988

O plano de marketing do Pan
I
nspirado no TOP olímpico, o plano de marketing
e patrocínio do CO-Rio para o Pan
introduziu um novo conceito para o País. O
objetivo era potencializar os investimentos
das empresas que patrocinassem o Pan e lhes
garantir um ótimo retorno de visibilidade à marca.
Para tanto, não bastava a tradicional forma
de patrocínio, ou seja, a simples aplicação de
recursos fi nanceiros na compra do direito de
associar-se ao evento. Era necessária a elaboração
de uma estratégia de comunicação que
colasse a imagem do patrocinador ao Pan. Leonardo
Gryner, gerente de Marketing do CO-Rio,
desejava que cada centavo investido garantisse
o retorno esperado pelo investidor. “Para o CO-
Rio era importante que todos os clientes usassem
bem o patrocínio. A experiência internacional
já provou que não basta comprar o espaço,
isto faz pouco para a marca. É preciso um programa
de ativação desse patrocínio”.
O novo plano de marketing do Pan começou a
ser desenhado um ano após o Brasil conquistar
o direito de sediar a competição. Em outubro
de 2003, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o
CO-Rio procuraram a direção das Organizações
Globo com intenção de fi rmar uma parceria que
pudesse garantir visibilidade aos Jogos. Em 2
de agosto de 2004 foi assinado convênio entre
as partes estabelecendo as Ações Pan-americanas
(APAs), um calendário de atividades que
começava naquele ano e evoluía até a realização
dos Jogos. A proposta refl etia um antigo desejo
das empresas Globo de tratar o esporte como
fator de desenvolvimento humano e de inclusão
social. Os Jogos receberiam tratamento especial
nas empresas do grupo envolvidas no projeto:
TV Globo, Globosat, Editora Globo, Infoglobo
e Rádio Globo. Todo o grupo Globo estava
envolvido na divulgação dos valores do esporte.
O Projeto Pan levava o esporte além da competição,
ressaltando o papel da escola e do
professor, sobretudo o de Educação Física. A
estratégia passava pela valorização das manifestações
esportivas comunitárias e a promoção
do esporte escolar e universitário, além da
divulgação de modalidades pouco conhecidas
pelo grande público. O programa teve abran-
76
gência nacional e integrou todas as afi liadas da
emissora. “Chegamos a falar com mais 30 mil
pessoas de dentro e fora das Organizações Globo
sobre o projeto. Apesar de ser um programa
de âmbito nacional, era preciso uma grande
mobilização local. E tivemos um grande sucesso.
Conscientizamos as pessoas de que esporte
não é apenas entretenimento e diversão.
É educação e cidadania também”, conta Érico
Magalhães, diretor de Recursos Humanos da
TV Globo, responsável pelo projeto. O Ministério
do Esporte engajou-se de imediato, e assinou,
também em 2 de agosto de 2004, protocolo de
intenções com o governo do Estado e a Prefeitura
manifestando integral apoio à iniciativa.
Para o secretário Ricardo Leyser, do Ministério
do Esporte, o acordo representou um marco na
relação entre veículos e organizadores de eventos
esportivos. “Foi um projeto inovador. Aliava
responsabilidade social à valorização da marca
dos patrocinadores”.
No decorrer dos quatro anos, inúmeras reportagens
na televisão, em jornais, revistas, rádio e
Internet mostraram histórias de pessoas anônimas
que fi zeram do esporte um instrumento de
transformação e se dedicam a promover a atividade
para crianças e adolescentes no Brasil.
Atletas campeões foram convidados a conhecer
projetos de inclusão social, entendendo a importância
dos ídolos para a formação da juventude.
A valorização do esporte transpassou o departamento
jornalístico das Organizações. A marca
ofi cial do Pan Rio 2007 esteve presente em
produções de grande audiência e apelo popular
da TV Globo, como novelas e o reality show Big
Brother Brasil (BBB). “Nas reportagens produzidas
sobre a preparação dos atletas ou sobre
o esporte educacional, sempre aproveitávamos
para divulgar a marca do Pan”, diz Magalhães.
Essa estratégia foi importante para aproximar o
público do evento. O acordo entre as Organizações
Globo, o COB e o CO-Rio também modifi -
cou o planejamento de competições esportivas
nacionais. Ao longo dos três anos do convênio,
a TV Globo transmitiu 36 eventos preparatórios
para o Pan e apoiou olimpíadas escolares e universitárias,
além de ter divulgado a votação para
escolha do nome da mascote Cauê.

A adesão das empresas
O técnico Paulo Servo,
do Projeto Pan, parceria
da Rede Globo com o COB,
dá aula em escola pública
C
ada cota de patrocínio estava estipulada
em R$ 70 milhões. Ao fi nal
da operação de comercialização
do pacote, seis empresas adquiriram
as cotas maiores, sendo duas estatais: Petrobras,
Caixa Econômica Federal, Sadia, Sol,
Olympikus e Oi. “Por sermos uma das maiores
empresas da América, nada melhor que apoiar
o maior evento esportivo do continente”,
diz Cláudio Thompson, gerente de Patrocínio
da Petrobras.
Outra inovação no mercado publicitário brasileiro
foi o tempo de duração dos contratos. Eles
abrangeriam o ciclo olímpico, período de quatro
anos que separa uma Olimpíada da outra, o que
permite melhor planejamento para o período.
77
Foram assinados no início de 2005 com validade
até o fi nal de 2008. “Nos dois anos seguintes
aos Jogos Olímpicos sempre há Eliminatórias
e Copa do Mundo. Então, quase
toda a verba de publicidade para o esporte
ia parar no futebol. Com a realização do Pan,
pela primeira vez conseguimos romper esse
ciclo. Em 2005 já tínhamos patrocínio”, explica
Gryner.
A meta é garantir que em 2009 não volte a se
repetir o que ocorria antes do Pan. “A experiência
do Pan provou que o esporte é uma
propriedade interessante para se investir. Foi
aberta uma janela do interesse das Organizações
Globo no esporte olímpico”, acrescenta
o diretor Érico Magalhães.
Foto: Alexandre Cassiano / ESP

Caixa Econômica Federal
A
Caixa Econômica Federal foi a primeira
a confi ar no sucesso dos XV
Jogos Pan-americanos no Brasil. A
estatal assumiu o patrocínio ofi cial
do Pan em abril de 2005, tornando-se o banco
ofi cial da competição. Naquele momento,
o Pan ainda não tinha a dimensão que futuramente
teria e o evento era visto com desconfi
ança pelo mercado. “O projeto era inédito. O
valor da cota era alto e o prazo de contrato,
longo. Mas acreditávamos desde o início que
estávamos diante de um marco na história do
esporte do País”, diz Cleibe Gomes, coordenadora
do projeto na estatal.
Como banco ofi cial, a Caixa teve direito de oferecer
todos os serviços bancários necessários
à realização do evento. Entre eles a venda de
ingressos, transações de câmbio e pagamento
dos árbitros. O banco também abriu contas para
movimentação fi nanceira no Brasil de todos os
comitês olímpicos nacionais, além de instalar
terminais eletrônicos nas arenas de competição
e pontos de atendimento nos hotéis da Família
Odepa e dos árbitros, na Vila Pan-americana,
na sede do CO-Rio e no Riocentro.
Em paralelo, a empresa também atuava na
divulgação dos Jogos pelo País, criando produtos
bancários com a “cara” do Pan. Foram
desenvolvidos jogos lotéricos (raspadinha do
Pan, loteria com pictograma e a mascote), e
título de capitalização CAP RIO2007, um sucesso
de vendas no Brasil.
A participação aumentou com a aproximação
dos Jogos. Em junho de 2007, a instituição
também assumiu a responsabilidade pela apólice
de seguro da competição, para a qual o
Ministério do Esporte repassou R$ 7,3 milhões
ao CO-Rio, protegendo os atletas e membros
das delegações dos 42 países envolvidos no
78
evento, além dos milhares de torcedores, instalações
esportivas e equipamentos.
O valor total coberto foi de R$ 620 milhões. As
apólices contratadas cobriam prejuízos causados
por possíveis atos terroristas – até o limite
de R$ 40 milhões –, além de perdas materiais,
tumultos, cancelamento de competições e
danos a terceiros provocados pelos organizadores
do evento. Nunca houve um seguro no
Brasil com tamanha abrangência.
Patrocinador da ginástica e do atletismo brasileiro,
o maior banco social do País é o principal
parceiro do movimento paraolímpico nacional.
Desde 2004, é patrocinadora ofi cial do
Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). Sendo
assim, nada mais natural que a instituição se
comprometesse a patrocinar os III Jogos Parapan-americanos.
A Caixa foi a única empresa a investir na competição.
“A relação da Caixa com o movimento
paraolímpico não é apenas de patrocínio, mas
de parceria. Nosso investimento mantém o
sentimento de alguém que acredita que todos
nascem para vencer” disse Wellington Moreira
Franco, vice-presidente de Fundos de Governo
e Loteria.
A estatal investiu R$ 3 milhões no evento. A
iniciativa cativou o grande público e teve um
impacto positivo. O instituto de pesquisas online
Qualibest perguntou a 403 internautas de
todas as regiões do País quais as marcas que
eles mais associavam ao Pan.
Com 25%, a Caixa fi cou em primeiro lugar na
pesquisa espontânea, na qual o entrevistado
cita aleatoriamente que marcas patrocinavam
o Pan. Mais uma prova de que a estratégia foi
acertada e atingiu os resultados esperados.
A valorização do atleta
com deficiência foi o
ponto forte da estratégia
de marketing da Caixa

ANTÔNIO TENÓRIO
Tricampeão Paraolímpico e
Campeão Mundial de Judô
TEREZINHA GUILHERMINA E CHOCOLATE
Ouro nos 200m rasos no Mundial Paraolímpico
de Atletismo da Holanda em 2006
UM DIA A GENTE GANHA.
OUTRO DIA A GENTE PERDE.
MAS TODO DIA A GENTE VENCE.
O mesmo talento. A mesma garra. O mesmo palco.
Pela primeira vez, os Jogos Parapan-americanos serão realizados
nas mesmas instalações dos Jogos Pan-americanos.
79
ANDRÉ GARCIA
Ouro nos 200m rasos nos Jogos
Paraolímpicos de Atenas em 2004
SUELY GUIMARÃES
Ouro no lançamento de disco nos
Jogos Paraolímpicos de Atenas em 2004
Loterias CAIXA. Patrocinadora exclusiva
dos Jogos Parapan-americanos Rio 2007.

Petrobras
H
á mais de 50 anos a Petrobras investe
em esporte. O patrocínio no
Pan 2007 foi um dos pontos culminantes
da longa parceria da empresa
com a atividade. Com o conceito “Mais
energia para o PAN 2007”, a campanha institucional
da empresa reafi rmava o compromisso
da companhia no desenvolvimento de
novas fontes de energia limpas e renováveis,
possibilitando ao Brasil uma matriz energética
cada vez mais sustentável. Essa relação
entre as fontes renováveis pesquisadas pela
Petrobras e a dinâmica do esporte relacionou
à campanha de marketing os conceitos de superação
de desafi os, transposição de limites
e conquista de meta. Estes valores reforçam
slogans como “Além do mar, terra, sol e vento,
sabe onde existe uma energia que sempre se
renova? Em você”.
A Petrobras usou os mais variados recursos
para colar sua imagem ao Pan. Balão, telão
d’água e diversas atrações para crianças e
adultos estiveram entre ações publicitárias
usadas para divulgar a marca pelas ruas,
praças, orlas e avenidas da Cidade Maravilhosa.
A estatal também esteve presente no
dia-a-dia da Vila Pan-americana, promovendo
shows diários com artistas patrocinados
pelo Programa Petrobras Cultural. Nos 17
dias de competição, atletas dos 42 países
participantes puderam conhecer um pouco
mais da cultura brasileira com espetáculos
que mostraram as mais diversas manifestações
artísticas e populares: cinema, música,
dança, entre outros. Para o gerente de Publicidade
e Promoções da Petrobras, Luís Antônio
Vargas, a estratégia de marketing criada
para os Jogos atingiu seu objetivo. “A marca
da Petrobras foi associada ao sucesso do
evento e mostrada a todo o mundo, através
80
das transmissões das modalidades pela televisão”,
analisa Vargas. Com a transmissão
ao vivo para vários países, o Pan se tornou
uma ótima oportunidade de divulgação, atendendo
à estratégia de internacionalização da
marca. “A Petrobras é uma das maiores empresas
das Américas e o investimento neste
patrocínio permitiu que nossa imagem fosse
veiculada em países em que estamos expandindo
nossas atividades, sobretudo naqueles
considerados prioritários”, diz o gerente de
Patrocínio, Cláudio Thompson.
Além do aporte fi nanceiro, a empresa teve participação
decisiva na logística do evento. Um
acordo entre a BR Distribuidora, subsidiária da
estatal, o CO-Rio e a prefeitura garantiu o abastecimento
de toda frota utilizada nos Jogos. Em
contrapartida, a prefeitura cedeu espaços publicitários
à empresa. No total, foram usados
635 mil litros de diesel e 130 mil litros de gasolina
na operação. Neste ponto, a harmonia entre
os três níveis de governo foi fundamental. O
governo do Estado emitiu a licença ambiental
em tempo hábil para a construção de postos
de combustível que atenderiam a frota do Rio
2007. “A Petrobras foi um grande parceiro dos
Jogos”, afi rma Ricardo Trade, gerente de área
de Serviços dos Jogos do CO-Rio.
A empresa também apresentou seu projeto de
ônibus híbrido, tecnologia que permite aproveitamento
de energia solar na alimentação dos
motores. Essas iniciativas contribuíram para
tornar a empresa a mais citada na pesquisa
estimulada on-line do instituto Qualibest. Nessa
modalidade, uma lista de marcas é apresentada
ao internauta. Ele tem de apontar qual
daquelas patrocinava o Pan. Deu Petrobras,
com 73% das menções. Mais um recorde para
a maior empresa brasileira.

Foto: Guito Moreto / Divulgação Petrobras
81
A Petrobras marcou
presença nas arenas e na
mídia, com belíssimas
campanhas publicitárias

Os Correios
P
arceira dos Jogos, a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos
(ECT) eternizou um dos momentos
mais importantes e simbólicos da
história do esporte nacional. Os Correios lançaram
seis selos postais alusivos aos Jogos
Pan-americanos. Um modelo comemorativo
trazia a marca ofi cial do Pan e uma série de
cinco selos apresentou a mascote Cauê praticando
diferentes modalidades: natação, nado
sincronizado, pólo aquático, saltos ornamentais
e futsal.
Foram vendidos mais de 3,5 milhões de selos.
A chefe da divisão de fi latelia dos Correios,
Maria de Lourdes Fonseca, lembra
que o Brasil tem a tradição de registrar fatos
relevantes de sua história em selos postais.
“Tudo o que é importante para uma nação ou
já foi ou será tema de selos postais. Não poderia
ser diferente no caso dos Jogos Panamericanos”,
afi rma.
Os Correios investiram R$ 3,5 milhões na aquisição
de uma cota de patrocínio do Pan. Como
um dos parceiros dos Jogos, a empresa investiu
pesado na formação de um time de profi ssionais
capaz de realizar os inúmeros serviços
prestados pela empresa.
Nos meses que antecederam a competição
houve treinamento de cerca de 400 empregados
nas 22 agências situadas no entorno dos
locais do evento. Esse grande contingente estava
pronto para atender os diferentes públicos
presentes: espectadores, imprensa, atletas
e dirigentes.
Os serviços incluíam: postais da linha SEDEX
(inclusive SEDEX Mundi), telegramas internacionais,
selos personalizados e comemorativos
(entre eles, os do Pan), aerograma inter-
82
nacional, EMS (Express Mail Service), cartões
postais e serviços como Dinheiro Certo, que
permite remessa e recebimento de numerário
no exterior.
Carteiros e atendentes passaram por cursos
de inglês e espanhol para atuar em pontos
estratégicos durante o Pan. Duas novas
agências foram inauguradas: uma na Vila
Pan-americana, para atender exclusivamente
delegações, e outra no centro de imprensa
do Riocentro, para os jornalistas. Além de
três quiosques nas áreas de competição (Autódromo,
Riocentro e Maracanã).
Para os amantes do esporte que acompanhavam
as competições longe das arenas, foi criado
um código de endereço postal (CEP) que
permitiu a aproximação dos torcedores com
seus ídolos. Por meio deste endereço, as pessoas
podiam enviar carta aos seus atletas preferidos.
Para completar, foi lançado um hotsite
com atualizações diárias sobre os resultados
dos atletas e das modalidades que a estatal
patrocina: esportes aquáticos e futsal.
Nos bastidores, um trabalho invisível aos olhos
dos torcedores, mas essencial para garantir o
sucesso dos Jogos, também teve participação
da estatal: o serviço de logística da competição,
fi nanciado pelo Ministério do Esporte no
valor de R$ 15,9 milhões.
Em parceria com o CO-Rio, a empresa foi responsável
pelo transporte, recebimento, armazenamento,
manuseio, postagem, distribuição,
entrega e recolhimento de todos os equipamentos
que foram usados nas competições,
com exceção de armas, munições, materiais
explosivos e transporte de animais. Mais de
1.200 toneladas de carga foram movimentadas
e entregues em segurança aos seus destinos.
Os Correios presentes na
Vila e, nos detalhes, selos
comemorativos do Pan

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
83

O grande parceiro do esporte no Brasil
O
s investimentos das empresas estatais
no esporte são verdadeiras
parcerias. Eles criam condições
para o aprimoramento técnico de
atletas e o crescimento das modalidades, ao
mesmo tempo que aumentam a visibilidade de
suas marcas. Não é de hoje que Caixa, Correios
e Petrobras apóiam o esporte nacional.
Os recursos da empresa de petróleo ajudaram
a tornar o handebol brasileiro bicampeão panamericano
nas categorias masculino e feminino
e ainda sustentam o crescente desenvolvimento
do automobilismo, do surfe e do tênis
nacional. Patrocinada pelos Correios, a Confederação
Brasileira de Desportos Aquáticos
(CBDA) vê seus atletas quebrarem recordes
e se tornarem fortes candidatos a medalhas
no Brasil e exterior. “Os Correios são a alma
dos esportes aquáticos brasileiros”, afi rma
Coaracy Nunes, presidente da CBDA. O futsal,
modalidade que deu vários títulos mundiais ao
Brasil e a medalha de ouro no Pan do Rio, também
recebe apoio fi nanceiro dos Correios.
Considerado o mais nobre dos esportes olímpicos,
o atletismo forneceu ao País uma série
de ídolos olímpicos e paraolímpicos, pan
e parapan-americanos. Além disso, tornou-se
um caminho natural para a inclusão social de
crianças e de adolescentes. A ginástica artística
salta na mesma direção. As duas modalidades
são patrocinadas pela Caixa. A instituição
também iniciou, em 2004, uma parceria
O QUE DEU CERTO
84
com o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).
O resultado em Atenas 2004 até então havia
sido o melhor alcançado pelo Brasil em uma
Paraolimpíada: 33 medalhas, 14 delas de ouro,
feito superado em Pequim com 47 medalhas.
O presidente do CPB, Vital Severino Neto, enfatiza
a atuação da estatal para o desenvolvimento
do esporte adaptado no País. “Desde a
parceria, as conquistas do nosso movimento
foram consideravelmente ampliadas”, afi rma
Vital. A nadadora Edênia Garcia é uma das benefi
ciadas pelo patrocínio da Caixa. Em Atenas,
ela defendeu o Brasil nas piscinas e trouxe
a prata nos 50m costas. “Esse patrocínio é
fundamental para o meu rendimento. Sem ele
eu não teria condições de ganhar as medalhas
que conquistei”, diz.
Além das empresas patrocinadoras do Pan, o
Banco do Brasil também é parceiro das conquistas
esportivas, no vôlei de quadra e praia,
e, recentemente, passou a investir no futsal. Já
a Eletrobrás patrocina o basquete masculino e
feminino do Brasil. Nos tatames, o judô brasileiro
recebeu um parceiro de peso. A Empresa
Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
(Infraero) patrocina a modalidade. Fora das arenas,
quadras e estádios, a Liquigás, uma das
empresas do sistema Petrobrás, brilhou na cerimônia
de abertura do Rio 2007 ao fornecer o
gás que iluminou a Pira Pan-americana. Como
se nota, o governo federal não mede esforço
para incentivar o esporte e torná-lo uma ferramenta
de inclusão social.
O desenvolvimento de uma estratégia de marketing que uniu o maior grupo de comunicação do Brasil, as Organizações Globo,
e os patrocinadores ao principal evento da história do esporte moderno brasileiro. Isso possibilitou uma divulgação e exposição
inédita para os Jogos Pan-americanos, além de difundir os valores e benefícios proporcionados pelo esporte.
A criação de um novo conceito de marketing esportivo no País, que estimule os patrocinadores a investir no esporte olímpico
mesmo em anos considerados de menor interesse, como os posteriores aos Jogos Olímpicos.
O QUE PODERIA TER SIDO MELHOR
A participação da iniciativa privada nos projetos de patrocínio, incentivo e parceria fi nanceira no Pan e no Parapan deveria ser maior.
A exemplo das empresas públicas federais, o setor privado pode se envolver de forma mais enfática pela tarefa de impulsionar o
esporte brasileiro. O Parapan-americano foi o principal exemplo disso.
Apenas a Caixa Econômica Federal associou sua marca ao principal evento do esporte paraolímpico das Américas.
A promulgação da Lei de Incentivo ao Esporte, que oferece benefícios fi scais às empresas que investirem na atividade,
é um grande estímulo para a mudança desse quadro.

Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte
85
As parcerias de marketing
com o governo federal
ajudaram o Brasil a voar
como nunca em um Pan

Marca brasileira vestindo a América
U
ma das principais fabricantes de
material esportivo do País, a Olympikus
também acreditou no sucesso
dos Jogos Pan-americanos. O
compromisso assumido entre a empresa e o
CO-Rio possibilitou o fornecimento de uniformes
para delegações de 25 países participantes
da competição, além do Brasil, uma iniciativa
inédita na história pan-americana. Foram
eles: Antilhas Holandesas, Antígua e Barbuda,
Aruba, Bermuda, Belize, Bolívia, Costa Rica,
Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala,
Guiana, Haiti, Honduras, Ilhas Cayman, Ilhas
Virgens, Ilhas Virgens Britânicas, Nicarágua,
Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia, São Vicente
e Granadinas, Suriname e Uruguai. Ao
todo, a empresa cedeu mais de 140 mil peças
a cerca de 2 mil atletas.
Para que os países não viessem com o mesmo
visual, foram desenhados modelos diferentes
de uniforme para cada um deles. Durante
o processo de criação, os comitês olímpicos
nacionais receberam amostra de tecido e de
modelagem (pequeno, médio e grande) para
aprovação. O resultado agradou. “A qualidade
é muito boa e o uniforme, bem desenhado.
Já trabalhamos com grandes marcas internacionais
e estamos bastante satisfeitos com os
uniformes da Olympikus”, comentou Jorge Rivva,
chefe de missão do Peru.
Cada conjunto foi composto por 70 peças, dividido
em uniformes de passeio, treino, pódio
e competição. A Olympikus forneceu material
para 15 esportes: atletismo, badminton, basquete,
vôlei, vôlei de praia, fu tebol, handebol,
tênis, tênis de mesa, canoagem, remo, lutas,
boxe, levantamento de peso e triatlo. Chinelo
e tênis também compuseram o guarda-roupa
pan-americano.
O trabalho não terminou com o envio do uniforme.
Como não era possível fazer modelos
personalizados, foi montada na Vila Pan-americana
uma ofi cina de 225m² com costureiras à
disposição dos competidores. Nela eram feitos
ajustes para tornar as peças mais confortáveis
e funcionais. Segundo Leonardo Gryner,
86
gerente de Marketing do CO-Rio, além de oferecer
um serviço de qualidade, os uniformes
atenderam uma demanda real de vários países
que não dispõem de uma indústria de materiais
esportivos bem desenvolvida. “O programa
foi tão bem sucedido e os uniformes,
tão necessários, que vários países resolveram
reutilizá-los em Pequim”, diz Gryner. Além da
Olympikus, três outras empresas do setor privado
adquiriram cotas de patrocínio: Sadia,
Sol e Oi. Todas colaboraram para que o marketing
esportivo no Brasil entrasse numa nova
e promissora fase.
A marca Olympikus
vestiu 25 delegações
estrangeiras nos Jogos
O esporte fi no do Brasil
O design dos uniformes usados pela delegação
brasileira nos Jogos Pan e Parapanamericanos
foi resultado de um trabalho desenvolvido
entre a fornecedora do material
esportivo, a Olympikus, o Comitê Olímpico
Brasileiro e os atletas. Faltando um ano para
o início da competição, os protótipos das roupas
foram testados por esportistas e confederações
brasileiras. Após ouvir as opiniões
e sugestões dos atletas, a Olimpikus realizou
algumas mudanças para atender às necessidades
específi cas de cada esporte. Ao fi nal,
representantes de todas as entidades esportivas
aprovaram os modelos.
Foto: Arquivo / Olympikus

A TECNOLOGIA OLYMPIKUS QUE VESTIU A DELEGAÇÃO BRASILEIRA
Dry Action: Tecido com alta capacidade de transpiração, facilita ao máximo a circulação do ar,
eliminando rapidamente o suor e deixando a pele livre da umidade. Torna o tecido mais leve e
confortável. Foi usado por diversas equipes, como as de atletismo e vôlei. A tecnologia também
está presente nas sapatilhas de atletismo.
Tube: Tecnologia de amortecimento para tênis de alta performance inspirada nos tubos fl exíveis
usados para segurar grandes edifi cações de cidades sujeitas a terremotos.
Solar Tech: Para proteger a pele dos atletas da exposição solar, o tecido dos uniformes era produzido com
tecnologia Solar Tech® Olympikus, que inibe os efeitos dos raios UVA e UVB com fator de proteção +50.
NO PAN
NO PARAPAN
Os uniformes
O GUARDA-ROUPA BRASILEIRO
Vila, pódio e treino – 58.200 peças
Competição – 7.500 peças
Calçados – 4.500 pares (3.000 tênis e 1.500 sandálias )
Meias – 6.000 pares
Mochilas – 1.200
Malas de viagem – 1.200
Bonés – 2.400
T-Shirts – 8.000
Agasalhos – 2.400
Shorts – 4.800
Pódio - 3.300 peças
Vila - 9.000 peças
Treino - 3.000 peças
Competição - 2.700 peças
87
Da esq. para dir.,
os modelos de pódio,
treino e agasalho e camisa
para uso na Vila Pan e
Parapan-americana

Entrevista – Michael Payne
Foto: Divulgação / CO-Rio
D
e esquiador frustrado a um dos
mais poderosos e infl uentes profi
ssionais do marketing esportivo
mundial. Essa é a trajetória resumida
de Michael Payne. Não seria exagero afi rmar
que o inglês é um dos pais do moderno
marketing esportivo.
Ele foi um dos criadores do TOP, o programa publicitário
que tirou o Comitê Olímpico Internacional
(COI) do vermelho e fez dos cinco anéis olímpicos
um dos mais rentáveis e poderosos símbolos
da Era Moderna. Primeiro diretor de Marketing
do COI, hoje ele presta consultoria à poderosa
Formula One Management (FOA), a empresa que
detém os direitos comerciais da F-1, a principal
categoria do automobilismo mundial. Payne esteve
no Brasil para assistir à cerimônia de abertura
dos Jogos Pan-americanos. Ficou impressionado
com o que viu. Na entrevista que concede, ele
avalia o nível de organização do Rio 2007 e afi rma
88
“O BRASIL
PROVOU,
COM O PAN RIO
2007, QUE PODE
FAZER UMA
OLIMPÍADA
EFICIENTE E
MARAVILHOSA”
Michael Payne,
consultor e ex-diretor
de Marketing do COI
que o Brasil está pronto para organizar grandes
eventos esportivos como a Copa de 2014, que
será aqui, e as Olimpíadas, que o País almeja realizar
futuramente.
Como o senhor avalia o plano de marketing
do Jogos Pan-americanos Rio 2007?
Michael Payne – Os Jogos Pan-americanos
2007 foram descritos pelo presidente da Odepa,
Dom Mário Vazques Raña, como os melhores
da história. O mesmo se aplica ao plano de
marketing. Nunca houve tantos espectadores
num Pan. Também nunca fora criada uma imagem,
um design, uma marca para os Jogos.
O programa de marketing baseado no modelo
dos Jogos Olímpicos defi niu um novo patamar
para o evento. Isso atraiu um forte grupo
de empresas nacionais dispostas a colaborar
com o Pan. Muitos visitantes internacionais fi -
caram verdadeiramente impressionados com
o que viram no Pan.

Quais são os pontos fortes do plano?
Michael Payne – O Pan estabeleceu um novo
conceito de marketing esportivo no Brasil.
Algo que o País pode reproduzir num futuro
próximo nos grandes eventos esportivos que
irá realizar.
De que maneira o Pan pode contribuir
para o reforço da marca Brasil no País
e no exterior?
Michael Payne – Veja a citação do meu livro:
“Hospedar os Jogos Olímpicos é uma
das mais poderosas plataformas de desenvolvimento
para qualquer nação. Os governos
gastam bilhões de dólares todos os anos
para divulgar sua imagem em todo o mundo.
Tentam infl uenciar a forma como são vistos
pelas outras nações. Investem para aprimorar
as relações políticas e econômicas. Para
incrementar o turismo, atrair investimentos,
impulsionar o comércio internacional. O objetivo
fi nal é vender uma imagem mais favorável
do País”. Um evento do calibre do Pan coloca
a imagem do Brasil na cena mundial. Trata-se
de uma rara oportunidade de o País mostrar
seu povo, sua cultura e sua força para a mídia
do mundo inteiro. Se um país realmente
compreende o valor dessa chance, ele pode
transformá-la em uma poderosa ferramenta
de crescimento.
Livro de Michael Payne conta a história de como
os Jogos Olímpicos se tornaram a marca de maior
visibilidade no mundo, graças a um planejamento de
mercado até então nunca feito. O projeto idealizado
por Payne fez com que corporações mundiais
investissem pesado em competições multiesportivas, a
fim de associar sua imagem à marca olímpica.
O Brasil e seu mercado publicitário teriam
capacidade para suportar dois grandes
eventos internacionais do porte da Copa do
Mundo e da Olimpíada em um espaço de
tempo de dois anos?
Michael Payne – Não tenho nenhuma dúvida
quanto a isso. O Brasil tem hoje o sétimo
mercado de publicidade do mundo. Existe
um tremendo potencial para ser desenvolvido.
Além disso, os dois eventos irão utilizar
muita infra-estrutura comum – como sistemas
de segurança, telecomunicações – o
que permite amortizar o custo fi nal. Acredito
que os dois eventos trariam um retorno maravilhoso
para o Brasil.
O Pan-americano foi a prova defi nitiva de
que o Brasil tem condições de organizar
grandes eventos esportivos?
Michael Payne – Exatamente. O Pan provou
claramente que o Brasil tem potencial para
receber grandes eventos esportivos e fazer
uma fantástica Olimpíada. Agora é seguir em
frente e aproveitar um palco como a Copa do
Mundo, que vocês irão organizar em 2014, e
as Olimpíadas, que o Brasil deseja receber em
2016, para trazer um novo nível de paixão e
experiência para os dois eventos e com isso
valorizar ainda mais as marcas da Fifa e dos
Jogos Olímpicos.
89

OS JOGOS EM TODAS AS MÍDIAS
Em busca de transparência, o governo federal
investiu em campanhas de comunicação para
divulgar o Pan e o Parapan no País
Campanhas
de divulgação
do Governo
Federal tiveram
a colaboração
do Ministério
da Ciência e
Tecnologia. Ao lado,
anúncio veiculado
em revistas de
circulação nacional:
alguns números
se alteraram após
a divulgação das
peças na mídia
90

C
omo um atleta que se prepara
para as conquistas, o governo
federal dedicou quatro
anos de trabalho para fazer do
Pan-americano a melhor edição já vista no
Continente. Participaram da organização
18 ministérios, várias autarquias, agências
e estatais, além da Presidência da Repú-
blica. Para dar transparência à aplicação
dos recursos e conscientizar a população
da importância da competição para o desenvolvimento
nacional, várias ações de
comunicação foram planejadas nos meses
que antecederam os Jogos. Conheça
as ações de comunicação, marketing e
publicidade do governo federal para o Pan.
91

A campanha ofi cial do Pan
D
uas agências, a De Brito e a Lew
Lara, dividiram a responsabilidade
pela criação e o desenvolvimento
da campanha publicitária do governo
federal nos Jogos. A principal marca do
trabalho foi a participação de atletas e profi ssionais
ligados ao Pan, retratados em posição
que lembra o Cristo Redentor. Juliana Veloso,
do salto ornamental, a triatleta Mariana Ohata
e o tenista Maurício Pomme, do movimento
paraolímpico, foram algumas das estrelas.
O televisor, presente em mais de 90% dos lares
brasileiros, foi um veículo de divulgação bastante
explorado durante a campanha. Cinco
vídeos foram produzidos e veiculados em diversas
tevês brasileiras e cinco programas especiais
sobre o legado do Pan fi zeram parte da
programação de tevês educativas, Radiobrás,
TVE, TV Câmara, TV Senado e tevês das as-
92
sembléias regionais. O fi lme publicitário “Brasileiros”
reforçava o orgulho da nação em abrigar
os Jogos em solo nacional e ressaltava a importância
de cada brasileiro receber os atletas
e turistas com os braços abertos. As cenas,
fi lmadas em pontos do Brasil como Brasília,
Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul, ressaltavam
a diversidade étnica brasileira.
Já o segundo fi lme da campanha, “Investimentos”,
foi gravado inteiramente na cidadesede
dos Jogos e focava as áreas em que o
governo federal teve uma forte atuação: reforma
do aeroporto Santos Dumont, controle
antidoping, segurança, construção de locais
de competição e Vila Pan-americana. Nenhum
ator foi contratado para atuar na produção.
Todas as pessoas que ilustram o vídeo
são profi ssionais que trabalhavam na
execução do Projeto Pan, como técnicos de

laboratório, policiais, pedreiros, entre outros.
Os dois vídeos foram veiculados de novembro
de 2006 a abril de 2007.
“Atletas” foi o último fi lme da campanha pré-
Jogos. Divulgado em junho e julho de 2007, o
vídeo frisava o apoio governamental ao desenvolvimento
do esporte com uma seqüência de
cenas de atletas patrocinados por estatais e
bolsistas do Ministério do Esporte. Coerente
com os outros vídeos, mostrava esportistas
em ação, de braços abertos. Após o término
dos Jogos, foi veiculado o vídeo “Pan”, que reiterava
à população que o espetáculo ainda não
tinha acabado e ressaltava que havia chegado
o momento de o brasileiro receber, mais uma
vez de braços abertos, os atletas do Parapan.
O último vídeo, intitulado “Parapan”, traçava
um balanço do evento, com o nadador Gustavo
Borges narrando os investimentos, con-
quistas e o legado que a competição deixou
para o País. A mídia impressa reforçou a mensagem
que chegava pela TV. Cinco anúncios
dos Jogos foram divulgados nos principais jornais
e revistas brasileiros. Além disso, foram
planejados projetos especiais nos jornais Lance!,
Jornal dos Sports e Correio Braziliense. A
campanha “Jogos Pan e Parapan-americanos”
foi bem sucedida e premiada no 23º Prêmio
Colunistas Brasília de 2007. Venceu na categoria
“Produtos e Serviços Públicos” da área de
Campanhas e Mídias Integradas, fi cando com
a medalha de prata (não houve medalhista de
ouro nesta categoria) e o comercial “Atletas”
recebeu o bronze na categoria “Produtos e
Serviços” da área de Televisão e Cinema.
93
As atletas Mariana Ohata (na pág. anterior)
e Juliana Veloso (acima), o mestre de obras
Sousa (na pág. anterior) e o agente Chagas,
da Força Nacional
Fotos: Álvaro Povoa

Na Internet, no rádio, nas arenas e na cidade
P
ara que a sociedade pudesse se
informar sobre o andamento da organização
dos Jogos, a estratégia
de comunicação federal também
apostou na Internet. O número de brasileiros
que a acessam se aproxima dos 15 milhões de
pessoas, um patamar que deixa o País como
o 11º do mundo em quantidade de usuários
da rede. O Ministério do Esporte fi nanciou a
criação e manutenção do portal www.brasilnopan.com.br,
que trazia notícias, releases e
enquetes, além de prestar serviços da competição.
O veículo também divulgava as políticas
públicas e os projetos governamentais para
o desenvolvimento do esporte e procurava
conscientizar a população sobre a importância
da prática esportiva.
Com os atletas em campo, o site ganhou um
reforço de peso, com a produção de um boletim
diário on-line “Pan Ação 2007” e “Parapan
Ação 2007” sobre a competição e as iniciativas
federais durante os Jogos. O conteúdo – produzido
originalmente em português e depois
traduzido para o inglês e o espanhol – era enviado
a veículos de imprensa e autoridades. O
boletim também tinha uma versão impressa e
distribuída no Congresso Nacional.
O portal também podia ser acessado quando
o usuário estivesse visitando outras páginas
governamentais: todos os órgãos federais
atuantes nos Jogos incluíram em sua página
eletrônica principal um link que direcionava o
internauta à página do Pan. Quando os Jogos
se aproximaram, o mesmo procedimento foi
feito em sites comerciais com a compra de
espaços publicitários em páginas de grande
visitação (MSN, Yahoo, UOL, Terra, IG) e esportivos
(Gazeta Esportiva, Lancenet e Jornal
dos Sports). Desde o seu lançamento em novembro
de 2006, o portal Brasil no Pan teve
1.800.116 acessos, com média de 4.931 visitas
por dia e média mensal de 150.009 considerando
os 12 meses de exibição.
Além do impacto de mídia nacional, o Rio de
Janeiro recebeu um esforço especial de comunicação.
Anúncios e painéis foram espa-
94
lhados por toda a cidade, em outdoors, paradas
de ônibus, estações e vagões do metrô
e trens. Também foi confeccionado um vasto
material de divulgação: folders, totens, folhetos
informativos e institucionais. Todo este
conteúdo foi distribuído em órgãos federais,
incluindo locais de grande movimentação
como bancos estatais e postos de atendimento
ao público.
Durante o Pan, espaços de convivência em oito
locais divulgavam o evento: Riocentro, Cidade
dos Esportes, Estádio João Havelange, Maracanã,
Vila Pan-americana, Arena de Copacabana,
Complexo Esportivo de Deodoro e Hotel
Windsor. Nestes locais, eram concentrados os
serviços e ações de comunicação, como informação
e distribuição de folhetos. No Parapan,
o número de espaços caiu para quatro:
Riocentro, Cidade dos Esportes, Estádio João
Havelange e Vila.
O rádio também estreitou os laços entre governo
e sociedade. Com uma linguagem direta
e simples, as ondas levaram notícias e informações
sobre o Pan a todo território nacional.
A Agência do Rádio Brasileiro (ARB) foi contratada
para executar a missão, em novembro
de 2006. O conteúdo produzido era distribuído
para 2.824 rádios comunitárias e educativas
diariamente. Julho de 2007 marcou uma nova
fase de produção, com uma equipe de jornalistas
no Rio de Janeiro responsável por acompanhar
as ações institucionais do governo na
competição, como o encontro do ministro Orlando
Silva Jr. com autoridades estrangeiras e
projetos ministeriais.
Nesse período dos eventos pré-Pan e da realização
dos Jogos, 156 programas de áudio
foram produzidos e abrigados no portal criado
exclusivamente para a cobertura do Pan. No total,
os programas foram acessados 16.783 vezes
por 608 emissoras de rádio de todo o País.
Em agosto, período em que foram realizados
os Jogos Parapan-americanos, foram produzidas
e veiculadas 44 matérias em áudio, acessadas
3.987 vezes por 338 emissoras de rádio
em 306 municípios brasileiros.

Publicações do CO-Rio
O
contrato entre os patrocinadores
dos Jogos e o Comitê Organizador
estabelecia procedimentos
para garantir retorno
ao investimento do fi nanciador. Entre as contrapartidas
que o CO-Rio deveria oferecer às
empresas estava a exibição das marcas nas
arenas esportivas, ou seja, espaços reservados
para as logomarcas dos patrocinadores
e apoiadores. Na cobertura jornalística, a
imagem do patrocinador é registrada em fotografi
as e vídeos e fi ca exposta durante toda
a disputa, quando a mesma é transmitida ao
vivo por uma emissora de TV. A visibilidade é
tão importante que, para não privilegiar uma
ou outra empresa, havia um rodízio diário do
posicionamento das placas de merchandising
após o encerramento de cada competição.
A produção, instalação e logística deste serviço
exigem equipamentos e recursos humanos
especializados. Para isso, o governo federal fi rmou
o convênio 086/2007 com o CO-Rio, por
meio do qual repassou R$ 473.135,67, para fi -
O jornais da Vila: pacote
de serviços para os atletas
em três idiomas
95
nanciar a contratação de uma empresa que fornecesse
maquinário e equipe de profi ssionais
necessários para, entre outras tarefas,
imprimir, transportar, instalar, desmontar e fazer
a manutenção das placas de anúncios.
O acordo também envolvia o fi nanciamento
de algumas publicações: duas revistas e os
jornais diários da Vila. Com visual gráfi co arrojado,
as revistas traziam informações técnicas,
cronograma e o conceito das cerimônias de
abertura do Pan e do Parapan e foram distribuídas
nas duas festas. Para informar, integrar
e entreter os participantes dos Jogos, foi desenvolvido
o Jornal da Vila, tablóide de quatro
páginas que trazia informações sobre o Rio de
Janeiro, os Jogos e os serviços disponíveis às
delegações, como o cardápio do restaurante,
os horários dos cultos ecumênicos e a programação
cultural da Vila. Entrevistas, depoimentos
de atletas, curiosidades e reportagens especiais
também ilustravam o diário que, para
atender todos os atletas, era impresso em três
idiomas: português, inglês e espanhol.
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Foto: Michael Probst / AP
DOPING
O Pan mais “limpo” da história
96

97
A saltadora alemã Anna
Battke protesta contra o
doping, um dos maiores
atentados à essência do
espírito esportivo

Introdução
A
luta contra o uso de substâncias
proibidas na prática do esporte de
alto nível é um dos princípios do
movimento olímpico internacional.
Criar mecanismos de detecção e estabelecer
critérios de punição para atletas e treinadores
que tentam se benefi ciar desta prática ilícita
são as principais atribuições dos organizadores
de grandes eventos esportivos. Essa
corrida constante para identifi car os métodos
cada vez mais sofi sticados de mascarar
o consumo de substâncias proibidas exige
investimento, esforço e constante aprimoramento
científi co. O doping, a exemplo do
competidor que faz uso dele, busca sempre
estar um segundo à frente dos instrumentos
desenvolvidos para detectá-lo.
Além dos malefícios provocados à saúde dos
que se utilizam dele, a prática representa uma
ameaça invisível a um dos mais caros ideais
do esporte: a igualdade de direitos e de condições
entre os atletas. Ao ingerir ou aplicar uma
substância que melhore seu desempenho, o
competidor fere os códigos de ética e conduta
que regem a prática esportiva. A saltadora
alemã Anna Battke se tornou um símbolo
dessa luta. Ela pintou em seu próprio corpo a
inscrição em inglês Stop Doping (“pare com
o doping”), durante uma etapa do Mundial de
MINISTÉRIO DO ESPORTE
98
Atletismo em pista fechada disputada em Valência,
na Espanha. Era um duro recado da comunidade
olímpica internacional para aqueles
que fazem uso de substâncias proibidas.
O doping, antes de tudo, é um atentado à essência
do espírito esportivo. Por isso, a tarefa
de garantir eqüidade nas competições
tornou-se prioritária nos XV Jogos Pan-americanos
Rio 2007. Garantir recursos e investimentos
para a área de controle de dopagem
foi uma das primeiras medidas adotadas pelo
governo federal para os Jogos. Foi uma decisão
tomada ainda em 2003, ano em que o
planejamento do Pan começou a ser traçado.
Pela sua relevância, o controle de dopagem
tornou-se uma das diretrizes estabelecidas
pelo Plano Estratégico de Ações Governamentais
(PAG), o conjunto de ações, medidas
e investimentos determinados pela União
para garantir o êxito do Pan. As ações foram
executadas pelo governo brasileiro, por intermédio
do Ministério do Esporte, Comitê Organizador
Rio 2007 e a divisão de controle de
doping do Ladetec, laboratório vinculado à
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Veja
o papel de cada um no projeto.
A integração desses agentes e as campanhas
de conscientização sobre os riscos físicos
A partir de 2004, o ME investiu R$ 8.024.005,72 na compra de aparelhos e componentes de última
geração para equipar o setor de Controle de Dopagem do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento
Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
na capacitação e treinamento de profi ssionais deste laboratório no Brasil e no exterior e no
fi nanciamento da área funcional de Doping do Comitê Organizador dos Jogos.
CO-RIO
O Comitê Organizador fi cou encarregado da coleta, identifi cação e remessa do material
colhido durante o Pan e o Parapan ao Lab-Dop Ladetec.
LAB-DOP LADETEC
Único laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) para realizar exames
em competições esportivas internacionais na América Latina, o Ladetec foi o responsável
pela análise de todo o material colhido durante os Jogos Pan e Parapan-americanos.

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
e esportivos do doping diminuíram drasticamente
o número de casos no Pan. O esforço
foi reconhecido. Em seu discurso na cerimônia
de encerramento dos Jogos, o presidente da
Organização Desportiva Pan-americana (Odepa),
Mario Vázquez Raña afi rmou que o Pan do
Brasil foi o mais limpo de toda a sua história.
Apenas quatro casos de doping foram registrados:
a nadadora brasileira Rebeca Gusmão,
que acabou banida do esporte pela Federação
Internacional de Natação, o halterofi lista
brasileiro Fabrício Mafra, o ciclista colombiano
Libardo Niño e o jogador de beisebol nicara-
O amostrador automático
seleciona as amostras
para a análise dos
técnicos do Ladetec
güense Pedro Wilder Rayo Rojas. As medalhas
obtidas por Fabrício (1), Libardo (1) e Rebeca
(4, incluindo duas em revezamento de equipe),
foram cassadas, assim como seus diplomas,
mas a Odepa manteve a medalha de bronze da
equipe nicaragüense em que Pedro atuava.
Em Winnipeg 1999, houve 11 testes positivos.
Quatro anos depois, no Pan de Santo Domingo,
foram 12. Raña fez um reconhecimento a um
trabalho que tem seu marco em 1989, ano da
fundação do Ladetec. O laboratório surge em
um momento decisivo na história do controle
antidopagem em esportes de alto nível.
99

Longa luta contra o proibido
O
uso de artifícios ilegais para aumentar
a performance não é recente.
A palavra doping deriva do
termo holandês dop, que seria
uma bebida alcoólica feita a partir da semente
de uva consumida pelos guerreiros zulus
antes das grandes batalhas. A poção aumentava
a força e melhorava o desempenho dos
combatentes. Na Grécia Antiga, civilização
berço dos Jogos Olímpicos, atletas ingeriam
soluções e dietas compostas por diversas ervas
e raízes para obter vantagens nas provas.
Com o avanço da ciência e da tecnologia, o
doping se aprimorou. No século XIX, ciclistas
e atletas de provas de longa distância consumiam
cocaína e estricnina, substâncias classifi
cadas como estimulantes.
A maratona das Olimpíadas de 1904, em
Saint Louis, nos Estados Unidos, entrou
para a história por ter sido a primeira competição
da Era Moderna vencida por um
atleta que reconhecidamente fez uso de
substâncias hoje proibidas pela legislação
internacional. O americano Thomaz Hicks
cruzou em primeiro a linha de chegada da
mais tradicional das provas olímpicas sob o
efeito de um coquetel à base de estricnina
e conhaque. Nos Jogos de Roma 1960, foi
registrado o primeiro óbito associado ao uso
de doping. O ciclista dinamarquês Knut Enemark
Jensen morreu durante a prova contra
o relógio por equipes. Inicialmente a morte
do atleta foi atribuída a um grave quadro de
insolação, mas exames detectaram traços
de anfetamina em seu organismo. Sete anos
depois, o Comitê Olímpico Internacional
constituiu uma comissão médica que elaborou
a primeira lista de substâncias proibidas
na prática do esporte de alto nível. Os Jogos
Olímpicos de Verão da Cidade do México e
de Inverno em Grenoble, na França, ambos
disputados em 1968, foram os pioneiros na
realização de testes antidoping.
Nas décadas seguintes, a batalha contra o
proibido foi consolidada. De um lado, atletas
ambiciosos, dirigentes mal-intencionados
e especialistas que desenvolvem estra-
100
tégias de doping cada vez mais difíceis de
serem detectadas. Do outro, autoridades e
técnicos responsáveis por identificar e punir
as irregularidades. Um dos capítulos mais
emblemáticos desta disputa ocorreu nos
Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Ali foi
revelado aquele que até hoje é tido como o
caso mais famoso da história. Com 9s79, o
jamaicano naturalizado canadense Ben Johnson
conquistou o ouro e pulverizou o recorde
mundial dos 100 metros rasos, prova
mais nobre do atletismo, tornando-se àquela
altura o homem mais rápido do mundo.
Dois dias após a façanha de Johnson, o
mundo recebeu com espanto a notícia de
que o canadense era o peixe mais gordo
a cair na rede do antidoping em todos os
tempos. A análise apontou a presença de
estalonozol, um esteróide que constava na
lista de substâncias proibidas do COI. Na
investigação sobre a fraude, descobriu-se
que Johnson se dopava desde os 20 anos;
na época da Olimpíada tinha 27. A grande
repercussão provocada pelo caso fez com
que as autoridades apertassem o cerco
contra aqueles que burlavam a ética e os regulamentos
em busca da glória e da fortuna
que uma medalha olímpica ou um recorde
mundial, mesmo forjado, traz.
Desde então começaram a se multiplicar
os registros de atletas flagrados em exames
cada vez mais modernos. O episódio
da Volta da França de 1998, a mais tradicional
e extenuante competição ciclística
do mundo, é um marco na guerra contra o
doping. Naquele ano, guardas de fronteira
franceses encontraram, em um veículo de
apoio de uma das equipes participantes da
prova, caixas de Eritropoietina (EPO), substância
que aumenta a taxa de oxigênio no
sangue e melhora a resistência física de
atletas em prova de longa duração. A investigação
mostrou que vários atletas inscritos
na prova faziam uso rotineiro do EPO. Em
2003, ocorreu um escândalo que abalou os
alicerces do esporte olímpico americano. O
laboratório californiano Balco foi acusado

Foto: Don Emmert / AFP
de estabelecer uma rede de distribuição de
substâncias proibidas para atletas de alto
nível do país. Entre elas estava o TGH, um
hormônio sintético desenvolvido por um
técnico do Balco que não era detectado
pelos controles antidopagem. A descoberta
da fraude levou os donos aos tribunais e
provocou uma punição em cascata de atletas,
treinadores e dirigentes envolvidos com
o laboratório. Entre eles, estava a velocista
norte-americana Marion Jones, tricampeã
olímpica em Sydney 2000. Por ter negado o
uso de doping às autoridades americanas,
Jones foi condenada a prisão. Além disso
teve suas três medalhas de ouro e duas de
bronze cassadas. A atleta viu todos os tempos
de suas provas desde a Olímpiada serem
impugnados pelo COI.
101
O choro da americana
Marion Jones ao ser detida
e o canadense Ben Johnson
após o ouro posteriormente anulado:
tentativas frustradas de trapaça
Foto: Romeu Gacad / AFP

O mundo se prepara para a “guerra”
U
m ano após a chamada “volta
da vergonha”, foi dado o passo
decisivo no combate ao uso de
substâncias proibidas. No fi nal de
1999, foi fundada a Agência Mundial Antidoping
(Wada, na sigla em inglês), que nasceu
da necessidade de se unifi car as ações de
repressão ao consumo das drogas na prática
esportiva. A Wada é uma entidade independente,
com conselho diretor formado por
representantes de governos, associações
intergovernamentais, médicos, esportistas e
instituições públicas e privadas. Sua principal
deliberação foi a criação do Código Mundial
Antidoping. O documento, de 2003, estabelece
bases, diretrizes e normas a serem
adotadas por governos, comitês olímpicos e
paraolímpicos, confederações e federações.
No Brasil, o combate ao doping ganhou uma
comissão no Conselho Nacional do Esporte,
colegiado que assessora o ministro do Esporte
no desenvolvimento de políticas que
incrementem a atividade esportiva no País.
Todo esse empenho visa a preservar os valores
intrínsecos ao esporte, que, de acordo
com o código, são: ética, jogo limpo e honestidade,
saúde, excelência de rendimento,
personalidade e educação, trabalho de equi-
O QUE HÁ NO CÓDIGO MUNDIAL ANTIDOPING
A defi nição do que é doping
O que caracteriza uma violação às regras antidopagem
102
pe, dedicação e empenho, respeito às regras
e às leis, respeito a si próprio e aos outros
participantes e, por fi m, coragem e espírito
de grupo e solidariedade.
Outro passo decisivo foi o acordo que viabilizou
a Convenção Internacional contra o
Doping no Esporte. O documento foi apresentado
ao mundo durante a 33ª Conferência
Geral da Organização das Nações Unidas
para Educação, Ciência e Cultura (Unesco),
em 2005. Com a chancela da ONU, o tratado
objetiva envolver governos de todo o mundo
na luta contra o uso de drogas no esporte. A
Convenção é o instrumento jurídico e complementar
do Código Mundial Antidoping,
aprovado dois anos antes. Uma de suas
principais diretrizes é o desenvolvimento de
políticas educacionais que alertem sobre os
riscos do doping. O tratado instituiu também
novos mecanismos legais e unifi cou procedimentos
de controle e sanção a atletas fl agrados.
Ele determina que os governos adotem
uma série de medidas.
Os países signatários assumiram o compromisso
de adaptar sua legislação às exigências
e às recomendações do documento.
Em 29 de outubro de 2007, a Comissão
Quais são as provas necessárias para se qualifi car um caso de doping
A elaboração de uma lista de substâncias proibidas
A padronização dos procedimentos de coleta e análise das amostras
A administração dos resultados
O direito à defesa dos acusados
A defi nição de critérios para recursos e apelações
A imposição de punições aos atletas fl agrados nos exames
As sanções para as equipes que apresentarem atletas dopados
A garantia de sigilo dos processos
A divulgação dos casos cientifi camente comprovados
A determinação das atribuições e responsabilidades de cada órgão
ou entidade envolvido nas operações antidoping

O QUE ESTABELECE A CONVENÇÃO MUNDIAL ANTIDOPING
Restringir a disponibilidade de substâncias e de métodos proibidos aos esportistas
(salvo em caso de uso legítimo e com fi m terapêutico), o que inclui ações enérgicas
de combate ao tráfi co de drogas proibidas
Criar programas nacionais de controle antidoping
Suspender o apoio fi nanceiro ofi cial a esportistas, treinadores e dirigentes
que violem as normas antidopagem e às organizações esportivas que não cumpram
as deliberações do Código Mundial Antidoping
Orientar os fabricantes e distribuidores de suplementos alimentares a informar a presença
de eventuais substâncias proibidas nos rótulos ou embalagens de seus produtos
Apoiar os programas educacionais voltados para a conscientização sobre
os males causados pelo uso de substâncias proibidas
de Relações Exteriores e Defesa do Senado
brasileiro aprovou a íntegra do texto da
Convenção. O ato é de grande relevância,
pois somente nações que tenham ratificado
o tratado podem se candidatar a ser a sede
dos Jogos Olímpicos.
Entre os inúmeros capítulos, artigos e apêndices
dos documentos, um item se destaca.
É a lista de substâncias e métodos proibidos.
Elaborada pela Wada, a relação contém milhares
de itens que não podem ser consumidos,
ingeridos ou introduzidos na corrente
sangüínea por atletas. Essas substâncias são
divididas por grupos e tipos de classifi cação
de doping estabelecidos pelos técnicos
da Wada. Elas são classifi cadas em: agentes
anabólicos; hormônios e substâncias correlatas;
beta 2 agonistas; agentes com atividades
antiestrogênica; diuréticos e outros agentes
mascarantes; doping sangüíneo; manipulação
química e física; e doping genético.
Há as substâncias e métodos que têm o uso
proibido e sujeito à punição apenas durante
as competições. Nessa categoria estão os
estimulantes (anfetamina, adrenalina, cocaína,
estricnina, etc.) os narcóticos (heroína),
os canabinóides (maconha) e os glicocortinóides.
Se nos chamados exames fora de
competição sem aviso prévio, também chamados
de testes-surpresa, pois colhem urina
e sangue do atleta longe dos locais das
disputas, o esportista for flagrado pelo con-
sumo das chamadas drogas sociais, não
receberá as punições que normalmente receberia
caso estivesse participando de uma
Olimpíada, de um Pan ou de um torneio internacional
de sua modalidade. Nesses casos,
no entendimento da Wada, o esportista
necessita de auxílio e de acompanhamento
das confederações, grupos de apoio e familiares.
Já no período próximo ou durante
uma grande competição, as regras mudam e
as punições são severas.
Em situações específicas, como quando da
necessidade de um tratamento médico, por
exemplo, o atleta pode fazer uso terapêutico
de medicamentos que tragam em sua fórmula
substâncias proibidas. Mas para isso
ele precisa relatar às autoridades médicas
da confederação do esporte que pratica a
enfermidade que o acometeu e as justificativas
para o uso do remédio. A documentação
será então remetida à comissão médica da
federação internacional. Após a análise do
processo, será então deliberado se o atleta
será ou não autorizado a fazer uso do medicamento
por ele solicitado. Daí a necessidade
de o atleta, seja ele olímpico ou paraolímpico,
buscar sempre a informação precisa a
respeito daquilo que lhe está sendo ministrado.
O lema do movimento antidopagem
internacional é: “todo atleta é responsável
por tudo o que for encontrado em seu organismo”.
Sendo assim, arcará também com
todas as conseqüências.
103

Governo Federal incrementou o Ladetec
S
eguindo a tendência mundial, o
Brasil vem, ano a ano, aprimorando
seus mecanismos e instrumentos
para enfrentar as drogas
ilícitas no esporte. O programa antidoping do
Pan, fi nanciado e em parte desenvolvido pelo
governo federal, foi, como se disse, uma das
diretrizes previstas no Plano Estratégico de
Ações Governamentais no Pan 2007.
Garantir a credibilidade dos resultados e preservar
os valores do esporte foram prioridades
do Ministério do Esporte nos Jogos. A
principal iniciativa da União neste segmento
foi a modernização e capacitação do Lab-
Dop Ladetec. Entre 2004 e 2007 o Ministério
investiu R$ 7,061 milhões na melhoria da infra-estrutura
do laboratório e na capacitação
de sua equipe.
Esse aprimoramento das instalações, aliado à
capacidade do corpo técnico, permitiu que o
Ladetec entrasse para o seleto clube dos 33
laboratórios credenciados pela Wada no mundo
e se tornasse referência para a América
Latina. “O Controle de Dopagem e a luta pela
competição esportiva sadia são dois pontos
cruciais da política do Ministério doEsporte.
Por isso, assumimos a modernização do Ladetec”,
explica o gerente de Esporte da Secretaria
do Comitê de Gestão Federal Rio 2007
(Sepan/ME), José Roberto Gnecco.
O laboratório iniciou suas atividades em
1984. Foi o primeiro no País a desenvolver
pesquisas de análise de separação e mistura
de substâncias voláteis. Por isso, tornouse
uma ponte científi ca entre a Academia e
a indústria química. Cinco anos depois, foi
instituída a divisão de controle de dopagem
do laboratório, que passou a fazer testes em
competições organizadas pela Confederação
Brasileira de Futebol (CBF).
Hoje, tem papel fundamental no desenvolvimento
do Programa Nacional de Controle de
Resíduos Biológicos em Carnes, que avalia a
concentração de substâncias anabolizantes
no rebanho de ovinos e eqüinos no Brasil. A
104
ação é realizada em parceria com o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Em 2001, o laboratório recebeu seu primeiro
grande investimento federal. A Secretaria
Nacional do Esporte, orgão vinculado ao então
Ministério do Esporte e Turismo, destinou
R$ 1.640.357,80 para a aquisição de um Espectrômetro
de Massas de Alta Resolução. A
compra deste equipamento foi decisiva para
que, um ano depois, o Ladetec recebesse a
certifi cação do Comitê Olímpico Internacional
(COI), que à época era o órgão responsável
pelo credenciamento das instituições de
pesquisa na área de antidoping.
Em 2004, o COI transferiu à Wada a responsabilidade
pelo credenciamento dos laboratórios
antidoping no mundo. Essa alteração
produziu uma drástica elevação no nível de
exigências e de recomendações para que essas
instituições conquistassem ou mantivessem
a classifi cação adquirida.
Foi neste período que o governo federal
promoveu um grande investimento no laboratório.
O convênio 187/2004, assinado em
19/10/2004 entre o Ministério do Esporte e
a UFRJ, garantiu aporte de recursos de R$
5,175 milhões do Ministério para a compra de
equipamentos de alta tecnologia, com padrões
defi nidos segundo as novas deliberações
e requisitos propostos pelas autoridades
antidoping mundiais.
As aquisições tornaram o Ladetec um dos
mais modernos e capacitados laboratórios de
análise de doping do mundo. O convênio, no
valor total de R$ 6,975 milhões, somando-se a
contrapartida da Universidade, estipulada em
R$ 1,8 milhão, também proporcionou aquisição
de insumos para o laboratório, como seringas,
agulhas, frascos, soluções, tubos, lentes,
peças de manutenção e outros itens.
Foi prevista também verba adicional para o
pagamento de impostos e taxas de importação
dos equipamentos adquiridos fora do
País.

P rincipais
equipamentos fi nanciados pelo Ministério do Esporte para qualifi cação do Ladetec
através do convênio 187/2004, celebrado entre UFRJ e ME. O convênio passou
a vigorar em outubro de 2004 e foi concluído em dezembro de 2005. A conversão do
dólar americano para o real foi baseada na cotação da moeda americana no período.
UNIDS. EQUIPAMENTO
105
VALORES EM MOEDA
ESTRANGEIRA
VALOR EM MOEDA
NACIONAL
1 SISTEMA MILLI-Q GRADIENTE CR PARA PRODUÇÃO DE ÁGUA ULTRAPURA ZMQS6V001 US$ 7.803,00 R$ 21.091,51
1 EQUIPAMENTO AUTOMÁTICO DE EVAPORAÇÃO DE AMOSTRAS ZYMARK TURBOVAP LV US$ 8.450,00 R$ 22.206,60
1 SISTEMA FOTOGRÁFICO FUJI FILM LAS3000 COMPLETO COM ACESSÓRIOS US$ 36.686,00 R$ 99.419,06
1 SISTEMA PEGASUS 4D GCXGC 614-100-700 COM MODULADOR TÉRMICO DE REFRIG. COM ACESS. US$ 165.188,00 R$ 465.308,55
2 MONITOR COLORIDO 22 POLEGADAS 1600 X 1200 NI 50/60 HZ US$ 1.480,00 R$ 4.168,90
1 IMPRESSORA DESKJET HP 950C 115/220 VAC US$ 255,00 R$ 718,39
1 COMPUTADOR COM FLOPPY DRIVE DE 3,5 US$ 1.500,00 R$ 4.225,25
1 SISTEMA AUTOMATIZADO LN2 PARA USO COM SISTEMA PEGASUS US$ 3.790,00 R$ 10.675,82
1 AMOSTRADOR AUTOMÁTICO PARA GC 6890 COM AUTO INJETOR E ACESSÓRIOS US$ 28.495,00 R$ 80.266,00
1 CROMATÓGRAFO LÍQUIDO ACOPLADO A DETECTOR DE MASSAS LC/MS-MS COM GERADOR HIDROGÊNIO US$ 232.644,00 R$ 633.675,73
1 CROMATÓGRAFO LÍQUIDO ACOPLADO A DETECTOR DE MASSAS LC/MS-MS US$ 258.769,00 R$ 704.835,00
1 CROMATÓGRAFO GASOSO PARA USO COM DETECTOR SELETIVO DE MASSAS US$ 11.701,66 R$ 31.872,98
1 DETECTOR SELETIVO DE MASSAS (MSD) AGILENT 5973 US$ 53.247,70 R$ 145.036,08
1 INJETOR AUTOMÁTICO 7683B COM TURRET DE TRANSFER., TURRET DE 8 AMOSTRAS US$ 3.998,63 R$ 10.891,46
1 AMOSTRADOR AUTOMÁTICO (BANDEJA) PARA 100 AMOSTRAS 7683 US$ 4.219,75 R$ 11.493,75
1 ESTAÇÃO DE TRABALHO MSD PRODUCTIVITY CHEMISTATION LICENSE PARA CONTROLE US$ 8.028,80 R$ 21.868,84
5 SISTEMA DETECTOR SELETIVO DE MASSAS (MSD) AGILENT 5973N COM BOMBA DIFUSORA US$ 188.572,00 R$ 513.632,40
5 FONTE DE IONS INERTES PARA IMPACTO DE ELETRONS PARA USO DETECTOR DE MASSAS US$ 12.080,00 R$ 32.903,50
6 CONTROLADOR DE VÁCUO PARA USO EM ESPECTROMETRIA DE MASSAS US$ 8.533,68 R$ 23.246,22
4 CROMATÓGRAFO GASOSO 6890N PARA USO COM DETECTOR SELETIVO DE MASSAS (MSD) US$ 46.806,68 R$ 127.492,00
1 SISTEMA DE CROMATOGRAFIA GASOSA AGILENT 6890N COM ACESSÓRIOS US$ 27.069,60 R$ 73.732,15
1 ESTAÇÃO DE TRABALHO MSD PRODUCTIVITY CHEMISTATION LICENSE PARA CONTROLE US$ 4.333,60 R$ 11.803,85
2 COMPARTIMENTO PARA TERMOSTATIZAÇÃO DE COLUNAS PARA USO EM CROMATOGRAFIA US$ 8.232,40 R$ 22.423,36
2 BOMBA QUATERNÁRIA E MICRO-DEGASEIFICADOR A VÁCUO PARA CROMAT. LÍQUIDO US$ 27.357,90 R$ 74.517,44
1 DETECTOR DE FLUORESCÊNCIA SÉRIE 1100 PARA CROMATOGRAFIA LÍQUIDA US$ 9.637,35 R$ 26.250,21
1 AMOSTRADOR AUTOMÁTICO PARA CROMATÓGRAFO LÍQUIDO US$ 10.210,95 R$ 27.812,58
1 DETECTOR DE ARRANJO DE DIODOS PARA CROMATOGRAFIA US$ 12.758,10 R$ 34.750,51
1 COLETOR DE FRAÇÕES DE ESCALA ANALÍTICA PARA CROMATÓGRAFO US$ 8.153,03 R$ 22.207,22
1 ESTAÇÃO DE TRABALHO LICENÇA PARA CROMATÓGRAFO LÍQUIDO COM ACESSÓRIOS US$ 8.142,40 R$ 22.178,26
1 ESPECTRÔMETRO DE MASSA THERMO FINNIGAN COM RAZÃO ISOTÓPICA EM GASES MOD. DELTA PLUS MERCADO NACIONAL R$ 540.000,00

Fonte de ionização
Vista superior do
espectrômetro de massas
1
AS ETAPAS DE UM EXAME ANTIDOPING
A viagem do material coletado com o atleta, das áreas de
competição às modernas instalações do laboratório Ladetec
Ao término da competição, o atleta é notificado sobre a escolha para o controle de doping.
A partir deste momento, é acompanhado por um oficial de escolta até a sala de coleta de
material. Após o informe, o atleta tem uma hora para chegar ao controle de dopagem
2
O competidor tem direito a um acompanhante, que pode ser seu
treinador, um dirigente ou o médico de sua confederação. Além deles,
somente podem estar no controle de dopagem:
O dirigente da comissão antidoping ou representante
formalmente designado
O oficial responsável pelos exames
O oficial técnico da área de controle de dopagem
Um intérprete, se for necessário
106
3
Na sala de coleta só é permitida a entrada
de um atleta por vez. No local devem
estar os kits de controle de urina e de
amostras parciais. Estes últimos são
utilizados quando o atleta produz menos
de 75 ml de urina, volume mínimo para o
exame. Nestas situações, o frasco é
lacrado e o atleta aguarda ali mesmo o
momento de completar o material
4
Após a coleta,
atletas e oficiais
conferem se não há
irregularidade.
A urina deve estar
dentro dos níveis de
acidez e densidade
estabelecidos pelo
Código Mundial
Antidoping. Após
a conferência, os
frascos são lacrados
e enviados à análise
A tecnologia a serviço do jogo limpo
O equipamento de cromatografia líquida de alta
eficiência acoplado a espectrômetro de massa em
tandem foi dos conjuntos de equipamentos mais
importantes adquiridos pelo Ministério do Esporte
para a modernização do Ladetec. Com tecnologia
de última geração e o auxílio de solventes químicos,
essa máquina faz a separação das substâncias
presentes na urina dos atletas. Após esse processo,
as moléculas são fragmentadas, pesadas e
contadas. Como num quebra-cabeça, o químico
reconstrói a estrutura molecular da amostra,
detectando a presença de elementos estranhos à
composição original da urina, o que caracterizaria o
doping. Complementam o conjunto a unidade de
elaboração de mistura de solventes e o amostrador
automático, relacionados ao lado.

No Pan e
no Parapan, as
amostras foram
transportadas
ao laboratório
em veículos da
organização
dos Jogos.
O deslocamento
era obrigatoriamente
acompanhado por
um oficial de controle
de doping ou pelo
chefe da área da
cada instalação.
Para manter a discrição, esses
veículos não eram escoltados. Por
medida de segurança, o material
recolhido nas competições noturnas
na área da Barra da Tijuca
(Complexo do Autódromo de
Jacarepaguá, Riocentro, Barra
Bowling e Clube Marapendi) era
enviado no dia seguinte.
5
Estação de trabalho com
software para controle dos
equipamentos, aquisição
e processamento de
resultados dos exames
Amostrador
automático
para introduzir
os materiais
examinados
No laboratório, o material é
submetido aos procedimentos
de triagem, para avaliar a
ausência de substâncias tidas
como doping. Quando algum
composto proibido é
identificado, é classificado
como suspeito
6
Cromatógrafo
líquido que separa
os componentes
da amostra para
107
o exame
A amostra então é novamente
examinada para se confirmar ou
não a presença da substância.
Uma vez identificada, o
laboratório comunica o fato e
aguarda autorização para realizar
contraprova
Perigo
7
Espectrômetro de massas,
um detector de alta
sensibilidade das substâncias
dopantes. Recebe o material
transferido do cromatógrafo
8
Fonte de ionização
por eletronebulização,
que transfere o
material examinado
do cromatógrafo
para o espectrômetro
de massas

E
quipamentos novos como os que
se vê nas fotos ao lado dotaram o
Ladetec de uma estrutura que o
qualifi cou para realizar todo o trabalho
de antidopagem dos Jogos Pan e Parapan-americanos.
A partir dessas aquisições,
o laboratório tem dispositivos capazes de
detectar substâncias de alta complexidade,
como o EPO, o hormônio de crescimento TGH
e o esteróide anabolizante testosterona na sua
forma exógena, ou seja, a que não foi produzida
pelo corpo humano.
A nadadora Rebeca Gusmão apresentou um
teste positivo para testosterona em um exame-surpresa
realizado às vésperas do Pan.
A caracterização desse esteróide implica teste
adicional por um método conhecido como espectrometria
de massas por razão isotópica. O
Ministério do Esporte adquiriu o equipamento
que o identifi ca para os Jogos. Para operálo,
foi trazido o médico Roberto Aguilera, do
laboratório olímpico de Los Angeles, um dos
maiores especialistas no mundo na análise e
reconhecimento deste agente.
108
Fotos: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

O papel do Ministério do Esporte
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
O
Ministério do Esporte, por intermédio
da Secretaria Executiva do
Comitê de Gestão do Governo Federal
para os Jogos Rio 2007, fez
o acompanhamento das ações do núcleo antidoping
dos Jogos. A Sepan defi niu o planejamento
estratégico e operacional para o controle
de dopagem dos Jogos. Uma das primeiras
medidas foi a defi nição de um planejamento
de custos e da atuação de cada eixo do projeto.
A área funcional de Controle de Dopagem
do CO-Rio, que fez toda a logística de coleta e
de remessa das amostras ao Ladetec, recebeu
do governo federal R$ 909.034,25 por meio do
convênio 057/2007, valor que seria destinado
à contratação de recursos humanos, incluindo
especialistas, e ao pagamento de materiais de
consumo e outras despesas da equipe. Também
foram repassados R$ 53.875,47 ao Comitê
Olímpico Brasileiro (COB) pelo convênio
045/2007 para a compra e a importação dos
kits antidoping.
O Ladetec, por sua vez, tinha demandas urgentes,
como o treinamento da equipe técnica
para operar os novos equipamentos e a preparação
e adequação da estrutura física do laboratório
para o aumento do trabalho em função
dos Jogos Pan e Parapan-americanos. Além
disso, profi ssionais estrangeiros especializados
nos novos procedimentos vieram prestar
serviço ao Ladetec. Para atender às demandas,
o Ministério do Esporte liberou verbas em
dois destaques de crédito orçamentário para a
UFRJ. O primeiro, no valor de R$ 1,140 milhão,
foi voltado para adequações e melhorias nas
instalações do laboratório e ao pagamento da
análise das mais de 1,5 mil amostras colhidas
durante o Pan e o Parapan.
109
O segundo repasse, de R$ 746.096,00, foi
destinado ao treinamento de técnicos do laboratório
com profi ssionais estrangeiros. “Os
investimentos no Laboratório e sua equipe foram
necessários para a efi caz e efi ciente realização
dos exames de controle de dopagem.
A comunidade esportiva internacional reconhece
este fato, que auxilia o projeto brasileiro
de consolidar o Rio de Janeiro como destino
de grandes eventos esportivos”, afi rma José
Roberto Gnecco, coordenador da área no
Ministério do Esporte durante os Jogos.
Além do repasse de verbas, a Sepan coordenou
reuniões entre os organismos envolvidos
na operação. Nesses encontros, foram discutidos
os desafi os do programa de controle
antidopagem nos Jogos. Entre os assuntos
debatidos estavam as liberações da entrada
no País de amostras-teste, insumos e equipamentos
que seriam fundamentais para a realização
das análises no Ladetec. Para isso, seria
determinante a participação de outros órgãos
da administração federal, como a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Receita
Federal e a Polícia Federal. Foi solicitada à
Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária
(Infraero) a redução das taxas de armazenagem
das cargas e produtos importados.
A ação deu agilidade aos procedimentos
e permitiu que os produtos e equipamentos
chegassem a tempo de serem testados,
garantindo o êxito da maior operação
antidoping realizada na história do País.
A Anvisa, vinculada ao Ministério da Saúde,
teve papel relevante na liberação de substâncias
que não tinham autorização para entrar no
País e das quais o laboratório necessitava para
realizar suas análises. Entre as substâncias havia
amostras de urina que eram usadas para
testes de avaliação de substâncias exigidos
pela Wada.
Detalhes dos novos equipamentos
(pág. ao lado) e vista geral do Ladetec:
investimentos do governo federal

A operação antidoping entra em campo
A
ntes do início da operação Pan, o
laboratório de doping do Ladetec
contava com corpo técnico de 40
pesquisadores. Para os Jogos, foram
deslocados e treinados mais 23 especialistas
trazidos de outros laboratórios do Instituto
de Química da UFRJ. Compuseram o
quadro mais dois voluntários brasileiros e 13
técnicos voluntários estrangeiros, que passaram
por um treinamento específi co para se
adaptar à metodologia de trabalho do laboratório.
Somou-se ainda o pessoal de logística
para a operação (segurança, transporte, alimentação,
serviços médicos e brigada de incêndio).
No total, o Ladetec contava com 140
pessoas envolvidas direta ou indiretamente
no controle de dopagem do Pan, todos sob
a coordenação de Francisco Radler, responsável
pelas operações do laboratório. Esse
grupo trabalhou em média dez horas por dia,
sem folgas, do início de julho ao início de
agosto de 2007.
Criada em agosto de 2006, a área funcional
de doping do CO-Rio foi incumbida de coletar
e enviar as amostras de urina para o Ladetec.
Coordenada pela médica Renata Castro,
a equipe do CO-Rio que trabalhou nos Jogos
contou com 315 pessoas. Destes, 50 eram ofi -
ciais de controle de doping e chefes das estações
de coleta e 262 eram voluntários. A área
também controlava autorizações para que os
atletas usassem substâncias com fi ns terapêuticos.
Um comitê de emergência, formado
O LADETEC NO PAN E NO PARAPAN
110
por dois especialistas em medicina do esporte
e um pneumologista, foi criado para analisar
as solicitações que poderiam envolver substâncias
proibidas pela Wada. O setor fi cou
incumbido ainda do controle de doping dos
cavalos do hipismo e do pentatlo moderno.
O Brasil, como signatário do Código Mundial
Antidoping, é obrigado a seguir as regras de
coleta e de remessa de material estabelecidas
pelo Código.
Esses cuidados causaram difi culdades porque
a maioria dos envolvidos na operação não
havia participado de uma ação de controle de
dopagem. Um relatório elaborado pelos técnicos
da Secretaria do Comitê de Gestão Federal
Rio 2007 (Sepan/ME) revelou que 27% dos
procedimentos adotados na coleta, armazenamento
e transporte não estavam em total conformidade
com as exigências da Wada.
Os maiores lapsos foram detectados no momento
do recolhimento das amostras nas estações
de controle, porém nada que afetasse o
resultado do trabalho. Apesar dos problemas
pontuais, o Pan deixou um importante legado
ao constituir um corpo técnico qualifi cado
que pode atuar em outros eventos esportivos
que o Brasil venha a abrigar. Somando-se as
equipes do Ladetec e do CO-Rio, 455 pessoas
participaram da maior operação de controle
antidoping realizada no País. A seguir, os números
do programa antidopagem do Pan e Parapan
Rio 2007.
1.565 amostras
250 exames fora de competição (200 no Pan e 50 no Parapan)
8 triagens
12.656 procedimentos analíticos
215 análises para o hormônio Eritropoietina – EPO (200 no Pan e 15 no Parapan)
4 casos registrados de doping
Equipes
Ladetec CO-Rio
√63 pesquisadores 3 médicos
√ç15 voluntários (13 estrangeiros e dois brasileiros) 262 voluntários
62 profi ssionais da equipe de apoio 50 ofi ciais de controle de doping

A herança
D
urante os Jogos, quatro observadores
internacionais com especialização
em controle antidopagem
acompanharam as operações no
Pan. O grupo apontou falhas em procedimentos
adotados no processo de coleta, na logística
do transporte das amostras e na própria
operação do laboratório. Mas foram críticas
pontuais, que não comprometeram o conceito
de “jogo limpo” pregado pela Wada. Ao fi nal
do documento, fazem recomendações para
aprimorar o processo.
A conclusão do texto não deixa dúvidas, no
entanto, quanto à efi ciência da operação desenvolvida
pela Odepa/CO-Rio, o Ladetec e a
Sepan, do governo federal. “Embora este relatório
aponte questões observadas durante o
Pan, os observadores gostariam de enfatizar
que o Programa de Controle de Doping da Comissão
Médica da Odepa foi bem sucedido.
No aspecto global, foram cumpridos os requisitos
exigidos pelo Código Mundial Antidopagem.
A equipe espera que o nosso relatório
auxilie na continuidade e no desenvolvimento
de programas futuros e acredita que o trabalho
implementado no Rio seja um enorme passo
na luta contra o doping na região”, conclui o
documento. Na avaliação de um dos maiores
especialistas em doping do mundo, o médico
gaúcho Eduardo de Rose, o controle do uso
de substâncias proibidas no Pan foi bem realizado.
Com destaque para a atuação do
Ladetec. “O laboratório fez um excelente tra-
SUGESTÕES
111
balho e o fato de ter recebido analistas estrangeiros,
sem dúvida, deixou um legado grande
em termos de experiência e domínio de novas
tecnologias”. As falhas verifi cadas em alguns
procedimentos de coleta podem ser atribuídas
à inexperiência e à falta de um melhor treinamento
de pessoal, como aponta relatório do
CO-Rio. Por outro lado, o Brasil hoje dispõe
de um corpo técnico preparado para atuar em
grandes competições. O Ladetec mostrou efi -
ciência para atender às exigências cada vez
maiores, pois o doping busca ser mais ágil e
rápido que os mecanismos que o combatem.
No caso de o Rio se tornar a sede das Olimpíadas,
será necessário ampliar ou até construir
um outro laboratório, porque a limitação
física do Ladetec foi um dos pontos negativos
apontados pelos observadores e por Eduardo
de Rose. “Apenas deveríamos propiciar uma
sede física ao Ladetec. Certamente os ofi ciais
que temos hoje deverão ser utilizados por sua
maior experiência”, concluiu o médico.
Os desafi os são imensos, mas o baixo número
de registros de atletas dopados no Pan aponta
que a política promovida pelas autoridades
antidoping mundiais começa a surtir efeito.
Ao assinar a Convenção Internacional contra
o Doping, o Brasil reafi rma seu compromisso
por um esporte limpo, no qual todos competem
num ambiente regido pelos preceitos da
igualdade. Que vença o melhor. E que esse
melhor tenha sempre em mente os valores e
os ideais do esporte.
Criar, no Sistema Nacional de Esportes instituído na 1ª Conferência Nacional do Esporte,
o Subsistema Nacional de Controle de Dopagem;
Estabelecer, no âmbito do Ministério do Esporte, um setor responsável institucionalmente
pela elaboração de política nacional voltada ao controle de doping;
Regulamentar, em conjunto com os órgãos federais envolvidos (Anvisa, Infraero, Polícia Federal e Receita
Federal), medidas que tornem mais ágil a importação de substâncias necessárias às análises do Ladetec;
Desenvolver, com o Comitê Olímpico Brasileiro, confederações e associações esportivas de âmbito
nacional, um programa de esclarecimento e de educação para os males das drogas no esporte;
Criar, junto com o Ladetec, um sistema nacional de prevenção e controle do uso
de substâncias proibidas em todas as modalidades e categorias do esporte brasileiro;
Incentivar a formação de profi ssionais para o gerenciamento, a coleta
e a análise de controle de dopagem.

UM PAN PARA
IMPULSIONAR
PROJETOS
SOCIAIS
Jogos ampliaram
políticas de inclusão
em comunidades
carentes
do Rio de Janeiro
Na sede do Observatório de Favelas, no Rio,
painel grafitado por alunos do Instituto Vida
Real, do Complexo da Maré: parceria importante
com o Ministério do Esporte
112

113
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

A
idéia de aliar a realização dos XV
Jogos Pan-Americanos Rio 2007 à
indução de bem-estar social para
as camadas mais pobres da população
nasceu de uma constatação óbvia: tradicionalmente,
nas cidades-sede de grandes
eventos internacionais, as comunidades carentes
se mantêm apartadas, isoladas e longe
dos impactos positivos gerados pela festa e
confraternização. Em tese, um evento esportivo
desta magnitude tem o potencial de mobilizar
toda a sociedade, mas entes públicos
e privados envolvidos no seu planejamento e
execução normalmente se limitam a investir na
atividade econômica, instalações esportivas,
transportes e infra-estrutura visando melhorias
urbanas apenas nas áreas onde se concentram
os palcos das competições.
No Brasil, diante da oportunidade de sediar o
evento esportivo mais importante das Américas,
o governo federal decidiu adotá-lo como
alavanca para minimizar algumas das mazelas
sociais das populações carentes do Rio de
Janeiro. Inúmeras iniciativas de cunho social
foram planejadas por diversos órgãos – e terminaram
envolvidos diversos ministérios, mais
diretamente os da Justiça, Esporte, Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Turismo e
Saúde, além da mobilização do Estado e Município
do Rio de Janeiro.
Para coroar o legado social dos Jogos, o governo
federal anunciou investimentos da ordem
de R$ 3,2 bilhões na cidade-sede dos
Jogos, inseridos no Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), verba que vai benefi ciar
dois milhões de famílias carentes. São R$ 3,2
bilhões do governo federal, sendo R$ 2,15 bilhões
de Orçamento Geral da União e R$ 1,08
bilhão de fi nanciamento, e contrapartida de R$
404,9 milhões do governo estadual e R$ 238,3
milhões dos 15 municípios contemplados.
O projeto inclui a implantação de redes de
esgotamento sanitário, centros comunitários,
creches, equipamentos urbanos, melhorias
nas habitações e no sistema viário de acesso
às favelas, entre outras melhorias.
114
Para traçar os locais de investimentos, o PAC
agora pode se basear na pesquisa “Diagnóstico
Social e Esportivo de 53 favelas cariocas”
produzida no bojo do Rio 2007, um raio X das
principais demandas sociais e esportivas de
favelas do entorno dos equipamentos esportivos
da competição. Assim, tornou-se mais fácil
saber onde e como a alocação de recursos
é mais urgente. O mesmo documento, realizado
pela ONG Observatório de Favelas, do Rio
de Janeiro, defi ne a idéia de “legado social”.
A partir da versão brasileira do Pan, o conceito,
nem sequer existente até então, foi incluído
na agenda das competições esportivas e de
outros grandes eventos a serem realizados no
Brasil e em outros países. “O Rio 2007 inaugura
uma nova percepção do potencial de desenvolvimento
deste evento e agrega às suas metas
originais o conceito de Legado Social”, afi rma o
documento XV Jogos Pan-Americanos – Plano
Estratégico de Ações Governamentais, produzido
pelo Comitê de Gestão das Ações Governamentais
nos XV Jogos Pan-Americanos.
O Plano também ressalta o compromisso do
governo federal com o setor: “Ao colocar a inclusão
social e o combate à fome no núcleo
central de suas ações, o atual governo se compromete
a juntar forças, de forma institucional,
para a superação do quadro de injustiça, exclusão
e vulnerabilidade social característico
da estrutura histórica da sociedade brasileira.
O desenvolvimento social, espinha dorsal da
atual gestão, está presente em todas as grandes
ações federais”.
O compromisso de deixar uma marca de transformação
social no Rio não estava previsto na
candidatura da cidade. Surge pela primeira vez
quando a União assume uma fatia maior de responsabilidades
no projeto, no início da discussão
sobre a sua participação na organização do
Pan, durante as primeiras reuniões da equipe
inicial da Sepan – entre eles o futuro secretário
Ricardo Leyser Gonçalves e o futuro secretárioadjunto
Adilson Pires, atual vereador do Rio de
Janeiro. Este último fi caria responsável também
pela área de projetos sociais da Secretaria Exe-

cutiva do Comitê de Gestão do Governo Federal
para os Jogos Rio 2007 (Sepan). “A centelha
surgiu da constatação de que, se entre os princípios
dos Jogos está o de deixar heranças (esportivas,
econômicas, de segurança, etc.) para
a cidade, por que não investir em um legado
social, sobretudo numa metrópole com centenas
de favelas?”, lembra Adilson.
“A própria idéia de organizar um evento esportivo
internacional no Brasil, um país carente
de recursos para projetos fundamentais, só
se justifi caria como estratégia de desenvolvimento
social. Os Jogos precisavam benefi ciar
a comunidade esportiva, as futuras gerações
e o processo formal de geração de empregos,
mas também os moradores de áreas com vulnerabilidade
social. Plantamos uma semente
para considerarem, a partir de agora, a necessidade
de se pensar neste tipo de legado e de
impulsionar as políticas sociais já existentes”,
explica José Ribamar Pereira Filho, consultor
de projetos sociais do Ministério do Esporte.
“O Rio, sabemos, não é só Copacabana, Ipanema,
Leblon ou Barra da Tijuca. Por trás das
cortinas, há favelas. Essa realidade nos despertou
para a discussão”, conta Adilson. A
profunda desigualdade social da cidade foi
a mola propulsora: “A renda média do morador
do Leblon, cerca de R$ 2 mil, é dez vezes
superior à de quem vive na Maré. A cidade é
desigual, economicamente e territorialmente.
Enquanto o Leblon está repleto de teatros, a
Leopoldina, com um milhão de pessoas, não
tem nenhum. Na Maré não há uma agência dos
Correios para 132 mil habitantes. Por isso, propomos:
todo grande evento deve ter compromisso
com o legado social”, diz o historiador
Edson Diniz, do Observatório de Favelas.
As intenções eram claras, ainda em 2005,
quando se começou a tratar do assunto no
ME. Faltava apenas criar o conceito de legado
social, para depois defi nir suas ações, o que
aconteceria no momento seguinte.
A abordagem do tema ganhou ainda mais força
nos debates sobre segurança. A idéia de
se fazer um contraponto radical ao modelo de
segurança adotado na conferência internacional
Eco 92 (quando o Exército cuidou do policiamento
ostensivo) deu impulso à intenção
do governo federal de legar mais do que investimentos
em infra-estrutura à cidade-sede,
numa clara intenção de colocar em prática o
discurso social do atual governo.
Apoiada nas diretrizes da Segurança Cidadã,
a Secretaria Nacional de Segurança Pública
implantou o projeto Guias Cívicos, outro importante
legado do evento. “A inclusão social é
importante para este governo e, evidentemente,
marca o conjunto de suas políticas, como
marcou a preparação do Pan. A ação dos ministérios
do Esporte, Saúde, Turismo, Justiça,
das secretarias especiais de Políticas para
Mulheres e de Promoção da Igualdade Racial,
principalmente, foi pautada fortemente por
esta temática”, analisa o ministro do Esporte,
Orlando Silva Jr.
Em discurso durante formatura de uma turma
de guias cívicos no Maracanã, em 11 de abril
de 2007, o presidente Lula falou sobre a importância
das ações: “No Brasil, milhares de
jovens querem estudar e trabalhar. Esperam
apenas uma oportunidade. Os projetos sociais
do Pan são mais duradouros do que os 15 dias
dos Jogos. Os conhecimentos adquiridos não
acabam amanhã, são para sempre.”
115

O inédito conceito de legado social
O
mesmo documento produzido
pelo Observatório de Favelas,
batizado de “Diagnóstico social
e esportivo de 53 favelas cariocas”,
já citado anteriormente, defi niu pela
primeira vez na história dos Jogos Pan-Americanos
o conceito de legado social: “O Legado
Social é defi nido como o conjunto de bens
materiais e imateriais gerados a partir de um
ciclo virtuoso de desenvolvimento social capaz
de incluir a valorização da vida e da dignidade
humana na cidade do Rio de Janeiro
no contexto das ações empreendidas para a
realização dos XV Jogos Pan-americanos de
2007”, explica o Diagnóstico.
O Plano Estratégico de Ações Governamentais
(PAG) também trata do tema: “O Legado
Social pode ser defi nido como um conjunto
de ações estruturantes, materiais e simbólicas
que contribuam para a efetivação de um projeto
de cidade mais humana, fraterna, sustentável
economicamente e socialmente e capaz de
imprimir novas possibilidades de relações entre
seus moradores. Um projeto que priorize as
necessidades dos moradores das periferias e
comunidades populares.” Segundo o Diagnóstico
do Observatório, “o conceito tem fundamentos
nos dispositivos jurídicos assinados e
116
nas referências operacionais estabelecidas nos
acordos, convenções e pactos internacionais
fi rmados pelo Brasil em relação à promoção e
proteção dos Direitos Humanos, em especial
naqueles referendados aos Direitos Humanos,
Econômicos, Sociais e Culturais. E na Constituição
– assegurar o exercício pleno da cidadania
em todo o Brasil”. Edson Diniz, coordenador
técnico do Diagnóstico, explica que sua equipe
mergulhou na história dos Jogos Pan-Americanos
e das Olimpíadas “para saber se houve
alguma ação neste sentido”, mas, segundo ele,
“o conceito é absolutamente novo”.
O Comitê Olímpico Internacional sugere que
os organizadores destas grandes competições
esportivas se preocupem em melhorar índices
de desenvolvimento humano das cidades-sede,
mas são idéias difusas que não estão abrigadas
sob o guarda-chuva de um conceito de
legado social. “O manual de legados dos Jogos
fala em indicadores sociais – saúde, nutrição,
taxas de níveis de educação, de exclusão
social, pobreza – que o COI usa para medir o
impacto do evento. Mas o conceito de legado
social agrupando tudo isso não existia”, explica
o secretário executivo Ricardo Leyser. “Por
si só, a criação deste conceito já é um importante
legado”, enfatiza.
O principal objetivo
do legado social no Pan
era fazer a inclusão
através do esporte
Foto: Aldo dias / Ministério do Esporte

Os objetivos do projeto
A
principal intenção do governo federal
era utilizar os Jogos como
alavanca para ampliar investimentos
sociais em 53 comunidades
carentes do Rio (explicaremos o critério de
escolha mais adiante). O legado nasceu, portanto,
como oportunidade para se discutir
quais seriam os investimentos e onde eles
seriam aplicados – antes, durante e depois
do evento, para benefi ciar a vida das populações
destas comunidades.
O PAG, no capítulo “Áreas de atuação de projetos”,
explica que o objetivo principal é “construir
um projeto de desenvolvimento social para
a cidade, por ocasião dos Jogos, em parceria
com outras esferas governamentais, ONGs e
entidades privadas”. Os subprojetos descritos
no documento são a “implementação e/ou
ampliação de programas sociais existentes no
governo federal em comunidades situadas em
torno dos logradouros esportivos dos Jogos,
com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento
social da cidade do Rio de Janeiro”. O material
produzido pela equipe responsável pelo legado
social na Secretaria Executiva do Comitê
de Gestão do governo federal para os Jogos
(Sepan), para divulgar o tema, detalha:
Já no campo prático de ação estava o objetivo
de articular órgãos dos três níveis de governo,
empresas estatais e outras instituições como
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) e Fundação Instituto
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
117
Oswaldo Cruz (Fiocruz), além do próprio Comitê
Organizador em torno da idéia de se aproveitar
a competição internacional para ampliar
o número de benefi ciados pelos programas
sociais já existentes naquelas favelas, como
Segundo Tempo, Programa de Saúde da Família,
Bolsa Família, entre outros.
O ex-secretário adjunto da Sepan Adilson
Pires explica o porquê da opção: “Não pensamos
em criar novos programas nem pedir verbas
específi cas porque quando se fala em pedir
dinheiro público para novos projetos tudo
se torna mais complicado. Queríamos algo
factível”. Para o ministro do Esporte, Orlando
Silva Jr., “seria factóide, artifi cial, populista,
demagógico querer fazer ação específi ca durante
o Pan para aquelas comunidades”.
Não foram adotadas metas numéricas, pois a
disposição de investir mais ou menos recursos
em determinados programas dependeria
de cada ministério. Algumas prioridades, no
entanto, foram adotadas com base na predisposição
demonstrada pelos órgãos responsáveis,
como a ampliação do Bolsa Família
até que 100% das comunidades fossem
atingidas. “Conversamos com o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome e
soubemos que, de fato, haveria dinheiro para
cumprir a meta”, lembra Adilson Pires. Mas o
papel da Secretaria estava limitado ao de catalizar
os esforços e estimular a aplicação das
verbas já existentes.
Fortalecer a participação dos moradores da cidade nos Jogos Pan-Americanos de 2007,
em particular os dos espaços populares;
Estimular a oferta de equipamentos culturais, esportivos e de infra-estrutura
nas comunidades populares;
Contribuir na redução da violência, em particular contra crianças, adolescentes
e jovens cariocas, na perspectiva da construção da cultura de paz;
Integrar as ações resultantes das organizações dos Jogos com as necessidades
da população da cidade do Rio de Janeiro, sobretudo as empreendidas pelo
Governo Federal em termos de estruturas esportivas e ações sociais.

Os critérios de escolha das 53 comunidades
D
iante do universo de centenas de
favelas da capital fl uminense (segundo
o IBGE, no Censo Demográfi
co de 2000, são 518; o Instituto
Pereira Passos mapeou 752 no mesmo
período), e da óbvia constatação de que não
seria possível diagnosticar e atingir a todas
com os recursos do governo federal disponíveis,
era fundamental defi nir um critério de
escolha das comunidades a serem analisadas
pelo Observatório de Favelas e, posteriormente,
agraciadas com investimentos.
Portanto, em primeiro lugar, era preciso que
o projeto fosse factível. Depois, o critério de
escolha deveria ser “justo, transparente, democrático
e que não fosse objeto de questionamento”,
nas palavras de Adilson Pires.
118
A equipe optou pelas favelas do entorno das
instalações dos Jogos, como uma forma de
aplacar as necessidades mais urgentes destas
populações que veriam subir, ao lado de
casa, edifícios suntuosos e equipamentos
esportivos de última geração: “Não esquecemos
também os eixos de deslocamento. Os
visitantes chegariam pelo aeroporto do Galeão,
passariam pelos eixos da Linha Amarela
e Linha Vermelha. Pegamos o eixo Avenida
Brasil e o encontro dos grandes equipamentos
divididos por clusters”, detalha José Ribamar
Pereira Filho, consultor de políticas
sociais da Sepan. O Diagnóstico resume os
critérios defi nidos para a seleção das 53 favelas
– que abrangem 31 bairros e, juntas, reúnem
mais de 500 mil habitantes em quase
200 mil domicílios:
Localização nas áreas mais próximas aos locais de realização das diversas modalidades
esportivas dos XV Jogos Pan-Americanos;
Espacialização no entorno dos principais eixos viários da cidade: Avenida Brasil,
Linha Vermelha, Linha Amarela, Túnel Rebouças, Túnel Santa Bárbara e avenidas litorâneas
da Zona Sul e Barra da Tijuca;
No caso de adensamento e/ou contigüidade de diferentes favelas, segundo os critérios
anteriores, os maiores contingentes populacionais.
FORAM, PORTANTO, SELECIONADAS AS SEGUINTES COMUNIDADES:
Eixo Zona Norte/Centro: Complexo do Alemão, Conjunto residencial Fernão Cardin,
Jacarezinho, Mangueira, Maré, Morro da Coroa, Morro do Cariri, Morro do Catumbi (Mineira),
Morro dos Prazeres, Morro do São Carlos, Morro do Urubu, Parque Herédia, Parque Horácio,
Vila Arará, Vila Cruzeiro e Vila Proletária da Penha.
Eixo Zona Oeste I (segue traçado viário da Avenida Brasil): Bairro de Santo André,
Bairro Nova Aliança, Batam, Caminho de Lúcio, Comunidade Parque Real, Falange,
Favela Vila Brasil, Fazenda Coqueiro, Moquiço, Tibaji, Vila Catiri, Vila João Lopes,
Vila Mangueiral, Vila Moretti, Vila São Miguel e Vila Vintém.
Eixo Zona Oeste II (zona de ocupação recente da Zona Oeste – regiões da Barra da Tijuca
e Recreio): Asa-Branca, Caminho do Bicho, Canal do Anil, Cidade de Deus, Comunidade
São Francisco de Assis, Creche, Dois Irmãos, Entre Rios, Fazenda Mato Alto, Fontela,
Nova Esperança, Outeiro, Rio das Pedras e Vila Sapê.
Eixo Zona Sul: Cerro-Corá, Pavão-Pavãozinho, Rocinha, Santa Marta, Vidigal,
Vila Cândido e Vila Santo Amaro.

As ações estratégicas
E
ntre as principais medidas tomadas
pelo grupo da Sepan responsável
pelo legado social estava a de
promover seminários, encontros e
reuniões – no Rio, principalmente, e em Brasília
– com organizações não-governamentais,
consultores, agentes do poder público
estadual e municipal, órgãos e empresas do
governo federal e da iniciativa privada. Tais
encontros tiveram por fi nalidade incentivar a
participação na construção do legado e elaborar
uma agenda comum de medidas. Em
dois seminários de maior relevância, realizados
em 2006, no Rio, estiveram presentes representantes
dos ministérios do Esporte, da
Saúde, Educação, Cultura, Desenvolvimento
Social, Cidades, da Secretaria Geral da Presidência
da República, Secretaria Nacional
de Segurança Pública, Secretaria Nacional da
Juventude, Secretaria da Mulher, Secretaria
Nacional de Direitos Humanos, Conselho Nacional
de Juventude, BNDES, Fundação Instituto
Oswaldo Cruz (Fiocruz), Caixa Econômica
Federal, Correios, Petrobras e Infraero, além
dos consultores do Observatório de Favelas e
Crianças do
Esporte e Lazer
da Cidade, um
dos projetos
mapeados pelo
Observatório
119
membros da Sepan, líderes de comunidades
carentes como Cidade de Deus, Rocinha, Vila
Catiri, Padre Miguel, Realengo e Conjunto Habitacional
Correios.
Paralelamente, o Ministério do Esporte promoveu
encontros em algumas comunidades,
para “planejar, integrar e maximizar as ações
no campo social dos Jogos”, segundo o convite
ofi cial feito pelo órgão. Foram chamados
representantes de igrejas, associações de moradores,
pastorais católicas, colégios, rádios
comunitárias, centros sociais locais e, como
estratégia de convencimento da importância
de se investir no projeto, agentes de governo
e de empresas. A intenção dos encontros era
mostrar, in loco, a realidade destes lugares.
Tais visitas foram realizadas em junho e em
novembro de 2006, por exemplo, nas comunidades
de Cidade de Deus, Complexo da Maré,
Vidigal, Nova Aliança e Batan. “Fizemos questão
de trazer o pessoal de Brasília, principalmente
dos órgãos do governo, para conhecer
de perto a precariedade destes lugares”, conta
Adilson Pires.
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Os relatórios do Observatório de Favelas
O
convênio 235/2006, do Ministério
do Esporte com o Observatório
de Favelas – organização
fundada em agosto de 2003 no
Complexo da Maré, Rio de Janeiro –, deu
origem a um dos materiais mais importantes
do projeto de legado social: dois relatórios,
que se complementam e radiografam, pela
primeira vez, as condições sociais e de infra-estrutura
esportiva de 53 favelas do Rio.
Em 18 de julho de 2007, David Winiger, assistente
de Adolf Ogi, conselheiro especial
do secretário-geral da Organização das Nações
Unidas (ONU), visitou a Maré para conhecer
a pesquisa e elogiou a iniciativa: “O
Brasil executa um papel importante ao usar
o esporte e os Jogos como alavanca para
a transformação social do País. Esperamos
que o Pan seja mais que um entretenimento,
uma plataforma para promover os pontos
positivos do esporte”, disse Winiger.
No projeto básico apresentado ao Ministério
do Esporte, o Observatório esclarece: “O
diagnóstico será realizado em duas etapas
complementares: a primeira traçará um perfi l
social e esportivo das comunidades a partir
de dados do IBGE, IPP e do Observatório de
Favelas; a segunda etapa levantará, junto aos
moradores, as principais demandas sociais e
esportivas de cada uma dessas comunidades.
Essas informações e dados serão disponibilizados
para o Ministério do Esporte, demais
instâncias governamentais, as próprias
comunidades e o conjunto da sociedade.” A
equipe de pesquisadores defi niu como eixos
centrais quatro temas: políticas sociais, espaços
populares, violência urbana (em particular
a letal) e direitos humanos. O primeiro
relatório, Diagnóstico social e esportivo de 53
favelas cariocas, lançado em julho de 2007,
diz o próprio documento, “contém uma análise
mais quantitativa composta a partir da
sistematização de algumas informações estatísticas
de fontes secundárias, recolhidas
junto ao IBGE – Censo Demográfi co 2000, ao
Instituto Pereira Passos (Prefeitura do Rio),
ao Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal
de Saúde do Rio de Janeiro, ao banco
120
de dados do Observatório de Favelas; registros
administrativos referentes aos programas/projetos
culturais, esportivos e sociais
fornecidos pelos ministérios do governo federal
e secretarias da PCRJ; e à bibliografi a
referente à temática discutida”. Ainda segundo
o documento, seu objetivo é “tornar-se referência
para eventos desse porte no Brasil e
no mundo, de modo que sejam incorporadas
metas de melhoria dos indicadores sociais na
gestão do espaço urbano nos futuros calendários
desses eventos”. A tiragem de dois mil
exemplares foi distribuída para ministérios,
instituições não-governamentais e para as
favelas pesquisadas.
Já o segundo relatório, Demandas Sociais
e Esportivas, reproduz os resultados de
uma pesquisa junto a 330 moradores destas
áreas sobre suas carências esportivas
e sociais. “O trabalho foi feito ao longo de
pouco mais de um ano. Promovemos encontros
com as lideranças das comunidades
durante 2006. No início de janeiro de
2007, reunimos 150 lideranças em dois dias,
num grande seminário, para discutir as demandas
das favelas”, lembra Edson Diniz,
coordenador do projeto. Para chegar a um
abrangente número de líderes, o Observatório
firmou parceria com a ONG Cedaps
(Centro de Promoção da Saúde), que, segundo
Edson, “já possuía uma extensa rede
de contatos com as comunidades do Rio”:
“O Cedaps convocou as pessoas e nós fizemos
uma série de encontros para explicar
o que é legado social e discutir com
eles o que deveria ficar na cidade depois
dos Jogos”.
A missão de consultar a população ficou a
cargo de moradores das próprias comunidades.
Segundo o relatório Demandas Sociais
e Esportivas, “a participação destes
como pesquisadores de suas próprias comunidades
mostrou-se bem mais adequada
para se fazer apontamentos sobre as
diferentes realidades vividas, contribuindo
para a articulação social necessária ao
desenvolvimento do trabalho e, de modo

O convênio
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
especial, criando sujeitos co-responsáveis
e co-autores dos resultados alcançados”.
Enquanto uma equipe saía a campo, outra,
formada por técnicos (sociólogos, geógrafos,
estatísticos, auxiliares administrativos,
digitadores), permanecia na sede, tabu-
O PROJETO BÁSICO FOI ENTREGUE PELO OBSERVATÓRIO AO MINISTÉRIO DO ESPORTE
EM 25 DE JULHO DE 2006, PROPONDO, RESUMIDAMENTE, O SEGUINTE:
Confecção de um diagnóstico esportivo e social que trace o perfi l, a partir do levantamento
dos indicadores esportivos e sociais, de 50 comunidades populares situadas no entorno
dos locais onde ocorrerão os Jogos de 2007
Criação de um sistema de comunicação e informação e dados que sistematize,
integre e divulgue os resultados obtidos durante o projeto Legado Social
Estruturação de um diagnóstico que contemple as demandas sociais e esportivas
apresentadas pelas 50 comunidades do projeto Legado Social que será encaminhado
às diversas instâncias governamentais e ao conjunto da sociedade
P
ara realizar os objetivos, o Observatório
de Favelas apresentou orçamento
total de R$ 765.110,16,
e a cota de contrapartida da instituição
fi cou defi nida em R$ 76.596,00. O
volume fi nal repassado pelo Ministério foi de
R$ 688.514,16. Em 20 de outubro de 2006,
após três meses de trâmites administrativos,
o convênio foi publicado no Diário Ofi cial da
121
lando e analisando os dados. Um terceiro
grupo fazia contatos e divulgava a idéia do
legado social junto às lideranças comunitárias,
imprensa, técnicos do governo federal,
além de fazer a interlocução com o
próprio Ministério.
União. “Começamos a trabalhar antes disso
com nossa própria estrutura, ainda no começo
de 2006, porque o volume de trabalho era
gigantesco. No início, tínhamos seis pessoas
na equipe. Depois de recebermos a primeira
parcela esse número dobrou. Ao fi nal, fechamos
em 53 comunidades, e não em 50, como
havíamos proposto”, conta Edson Diniz, coordenador
técnico do projeto.
Edson Diniz (à dir.)apresenta
a David Winiger, da ONU,
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O primeiro relatório: raio-X das comunidades carentes
O
texto do livro Diagnóstico Social e Esportivo de 53 favelas cariocas, publicado em
190 páginas, está dividido em quatro grandes partes: os conceitos de favela e de
legado social; os objetivos e critérios de escolha das 53 comunidades; o diagnóstico
social das comunidades por indicadores de população, infra-estrutura, rendimento,
escolaridade, mortalidade, etc.; e o mapeamento dos projetos do governo federal nas favelas.
PROJETOS MAPEADOS PELO DIAGNÓSTICO NAS 53 FAVELAS
Segundo Tempo: programa do Ministério do Esporte em parceria com
os ministérios da Educação e de Desenvolvimento Social e Combate à
Fome que possibilita o acesso à prática de esportes aos alunos dos ensinos
fundamental e médio da rede pública. Das 53 favelas, 15, ou 28,3%
são atendidas pelo programa, sendo seis delas localizadas no eixo zona oeste I,
cinco no eixo norte e centro, duas na zona oeste II e outras duas na zona sul.
Movimento de Esporte e Lazer (MEL): conjunto de ações em áreas diversas,
entre elas educação ambiental e prática de esportes, implantado pela
Fundação Rio Esportes, da Prefeitura do Rio de Janeiro. Atende 29, ou 54,7%,
das 53 favelas: seis no eixo zona oeste I (37,5%), seis na zona oeste II (42,9%),
10 na zona norte e centro (62,5%) e todas as sete comunidades selecionadas
do eixo zona sul. “Essas atividades precisam ser ampliadas e necessitam
de investimentos na infra-estrutura para o alcance do
sucesso do projeto”, conclui o Diagnóstico.
Escola Aberta: programa criado por um acordo de cooperação técnica
entre o Ministério da Educação e a Unesco (Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura). Promove a abertura das escolas
públicas de ensino fundamental e médio, em geral, nas áreas de risco e
vulnerabilidade social, aos fi nais de semana, para a participação da comunidade
em atividades de cultura, esporte, lazer, geração de renda, formação para a cidadania
e ações educativas complementares. Trinta e quatro escolas participam do projeto
na cidade do Rio de Janeiro, sendo 30 municipais e quatro estaduais,
atendendo um total de 25.241 pessoas. Dez escolas integrantes do projeto estão
em nove dos bairros que concentram 15 das 53 favelas. Nestas, são atendidas
7.212 pessoas, 28,6% do total.
Bolsa Família: Projeto social mais importante do governo federal, promove
a inclusão e a emancipação social de famílias em situação de pobreza.
Está presente em 41 das 53 favelas. É o mais abrangente
dos programas diagnosticados pelo relatório.
Outros projetos: Agente Jovem, Brasil Alfabetizado, Cozinhas Comunitárias
Guias Cívicos, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI),
Pontos de Cultura, Programa de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual
de Crianças e Adolescentes, Pró-Jovem, SUAS (Sistema Único de Assistência Social)
e Centro de Referência e Assistência Social (CRAS)
122

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
123
A comunidade
de Rio das Pedras
está entre as
53 avaliadas

O segundo relatório: demandas sociais e esportivas
P
ara produzir o segundo relatório do
legado social, Demandas Sociais
e Esportivas, o Observatório de
Favelas fez pesquisa direta em 48
comunidades, com o auxílio da ONG Cedaps,
entre abril e maio de 2007. Como principal objetivo,
descobrir as principais demandas destas
populações em relação às políticas públicas.
O resultado servirá para pautar as ações
do poder público nestas comunidades socialmente
vulneráveis.
Como já foi dito anteriormente, o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) poderá usar
as informações coletadas para investir nas
favelas do Rio. As perguntas foram divididas
em quatro blocos temáticos: sócio-ambiental,
educação, transportes, equipamentos culturais
e esportivos.
Quatro comunidades não foram atingidas na
etapa de coleta de entrevistas: Vila Cândido,
Cerro Corá, Vila São Miguel e Tibagi. Nas
duas primeiras, os representantes comunitários
não retornaram “aos inúmeros contatos
realizados, para que se pudesse ter livre
124
acesso às comunidades e para a indicação
de quem seriam os moradores que melhor
se adequariam ao propósito das entrevistas”,
explica o relatório.
No caso da Vila São Miguel, a comunidade não
quis participar do projeto porque não se “reconhece”
como favela. E no caso da comunidade
de Tibagi, não houve articulação com líderes
locais porque a comunidade estava submetida
a uma “situação de violência no período de
trabalho”. As favelas foram pesquisadas respeitando-se
aqueles quatro eixos geográfi cos
já esclarecidos anteriormente (zonas norte/
centro, sul, oeste I e oeste II).
O bloco denominado sócio-ambiental abrigou
questões a respeito da quantidade e qualidade
da rede coletora de esgoto, do acesso à
água potável e da coleta de lixo doméstico.
Além disso, averiguou também as demandas
relativas à iluminação pública, arruamento e
pavimentação, varredura das ruas e acesso à
energia elétrica. O bloco de educação investigou
opiniões sobre as redes municipal e estadual
de ensino.
Projeto Segundo
Tempo: tentativa de
suprir demanda por
atividades esportivas
Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte

ALGUMAS DAS DESCOBERTAS DA PESQUISA
Para 18,4% dos entrevistados, há graves defi ciências na implantação da rede de esgoto
nas comunidades do legado social. Outros 73% apontaram como necessária a ampliação
da coleta e reparos nas instalações
58% declararam ser sufi ciente a coleta de lixo. Na zona sul, 28,2% aprovaram
o serviço; na zona norte, 56,8%
A desigualdade na cobertura de abastecimento de água nas comunidades, segundo os eixos
a que pertencem, é signifi cativa. Menos de 40% consideraram o serviço adequado: o caso mais grave
está no eixo zona oeste II, onde apenas 16% acham satisfatória, 32,1% apontaram para a situação de
improviso e 8,6% para a inexistência do serviço
Pouco menos da metade considerou que a iluminação pública está comprometida.
Para quase um terço, o serviço não existe ou precisa ser ampliado. Somadas as respostas
que demonstram a inadequação do serviço, mais de 70% apontaram a necessidade
de intervenções e melhorias
Poucos apontaram a inexistência de rede elétrica (0,6%). No entanto, para mais da metade,
a rede precisa ser ampliada ou está comprometida (54,3%)
Sobre a situação do arruamento e calçamento dos logradouros públicos, nove entre dez
entrevistados apontaram insatisfação ou inexistência em suas comunidades
Quando o tema são as escolas públicas de ensino fundamental, 45,4% consideraram
o número insufi ciente. Mas, para 30,4%, a situação das escolas em funcionamento é boa,
contra 14,7% que manifestaram posição contrária
Em relação às escolas públicas de ensino médio, 41,7% acham insufi cientes. Outros 16,3%
simplesmente revelaram a inexistência de unidades para este nível de escolarização.
Para 17,2%, as condições dos equipamentos existentes são boas, e para 14,1%, ruins
Sobre a qualidade das creches, 23,1% das respostas do eixo zona sul apontam para
a situação ruim destes equipamentos, seguido da zona oeste II (6,2%), zona norte
e centro (5,6%) e zona oeste I (2,5%)
Em relação aos serviços de transporte, 50% consideraram sufi cientes
e outros 48,2%, insufi cientes
Há desigualdade na distribuição dos equipamentos culturais na cidade: a categoria inexistente
é alta na zona oeste II (69,2%) e oeste I (67,8%), comparados à zona norte e centro (45,6%)
e, principalmente, zona sul (35,9%), onde 48,7% acham insufi cientes
A maioria apontou para a insufi ciência ou inexistência de equipamentos esportivos nas
comunidades: destaque para as zonas oeste I e sul, onde chegam a mais de 70%
Entre os equipamentos esportivos, a predominância é de campos de futebol, seguido
das quadras poliesportivas, nos quatro eixos. Na zona sul, 41% apontaram a existência
de pista de skate/patins
Na zona oeste I, poucos indicaram a existência de pista/equipamentos de atletismo,
ciclovias e piscinas de natação (apenas 3,7%) no eixo zona oeste I
Não há piscinas de natação nas comunidades da zona oeste II, onde apenas
1,2% mencionaram Vilas Olímpicas
125

As ações sociais do Ministério do Esporte
Pintando a Liberdade
Este projeto, um dos mais importantes do Ministério
do Esporte, literalmente entrou em
campo no Parapan. As bolas ofi ciais para o futebol
de 5, disputado por portadores de defi ciência
visual, foram produzidas por presidiários
e moradores de áreas de risco social cadastrados
no programa. Elas passaram pelos pés
dos jogadores na estréia da seleção, contra o
Chile. Os brasileiros venceram os chilenos por
7 a 0, com três gols de Ricardinho, o melhor
jogador do mundo na modalidade. No interior
das bolas especiais há guizos sonoros. O som
atrai e orienta os jogadores. As fabricadas no
projeto são homologadas pela Federação Internacional
de Esportes para Cegos (IBSA). “Além
da função social, o material contribui para o desenvolvimento
do futebol para cegos no Brasil”,
afi rmou o técnico da equipe brasileira, Antônio
de Pádua. Desde a sua criação, há dez anos,
o Pintando a Liberdade produziu mais de 700
mil peças, entre bolas especiais, de futebol de
campo, futsal, basquete, redes, raquetes, mochilas,
uniformes. As bandeiras do Brasil entregues
aos atletas brasileiros nos Jogos também
foram produzidas por integrantes do projeto.
E seguiam junto com uma carta do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Esporte,
Orlando Silva Jr.: “A bandeira que lhe entregamos
neste momento é um dos símbolos
nacionais, assim como você também é símbolo
e exemplo de dedicação e superação. Estamos
certos de que ao recebê-la seu peito enchese
de orgulho e seus olhos adquirem intenso
brilho. Tenha a certeza de que esse sentimento
refl ete-se em cada um dos brasileiros. (...)
Brasileiros como os que confeccionaram esta
fl âmula, benefi ciários do programa Pintando a
Liberdade, que, embora reclusos, torcem por
você enquanto buscam readquirir a plena cidadania”
(Ver a íntegra da carta neste capítulo).
Segundo tempo
Milhares de crianças de algumas cidades fl uminenses
que participam do Programa Segundo
Tempo, do Ministério do Esporte, desenvolvido
em parceria com os ministérios da Educação e
de Desenvolvimento Social e Combate à Fome,
puderam acompanhar de perto provas dos
126
Jogos Pan e Parapan-americanos Rio 2007. A
iniciativa, levada a cabo pelo próprio Ministério,
tinha como objetivo, além de oferecer lazer
às crianças, incentivar e estimular ainda mais
nos alunos a vontade de praticar modalidades
esportivas. As crianças do Segundo Tempo
puderam ver as competições do Pan de perto
graças a uma iniciativa conjunta do Comitê
Organizador com o Ministério do Esporte, que
disponibilizou gratuitamente cerca de 300 mil
das 1,9 milhão de entradas para as provas colocadas
à disposição dos torcedores. Os bilhetes
sem custo para o público foram chamados
de ingressos sociais. O Segundo Tempo é um
programa destinado a democratizar o acesso
ao esporte, por meio de atividades realizadas
no contra-turno escolar. Colabora para a inclusão
social, o bem-estar físico, a promoção da
saúde e o desenvolvimento intelectual e humano,
além de assegurar o exercício da cidadania.
Comunidade Integrada ao Parapan
Este projeto teve como principal objetivo conscientizar
a comunidade para a realidade das
pessoas com defi ciência. Coordenado pelo Ministério
do Esporte em parceria com o Comitê
Organizador dos Jogos Rio 2007, incluiu a visita
de atletas paraolímpicos a 30 escolas e entidades
da cidade do Rio de Janeiro, a distribuição
de cartilhas para professores e estudantes e a
ida de alunos às competições do Parapan. A
realização de um projeto de cunho educacional
que deixasse como legado o envolvimento da
comunidade com o Parapan estava prevista no
contrato assinado entre o Comitê Paraolímpico
das Américas e os organizadores dos Jogos
– Ministério do Esporte, prefeitura do Rio
de Janeiro e CO-Rio. Para estimular a prática
de atividades físicas no ambiente escolar por
crianças e adolescentes com defi ciência, a secretaria
de Esporte Educacional do Ministério
investiu na formação de professores e profi ssionais
de educação. Como estratégia, promoveu
um seminário para professores das redes
públicas municipal e estadual do Rio, além de
integrantes de projetos sociais e membros de
ONGs, durante o Parapan. Em pauta, o desporto
adaptado e o esporte como instrumento
de inclusão social. (Ver capítulo Parapan)

Bolas e bandeiras
foram confeccionadas
por presidiários do
Pintando a Liberdade
PapoPan
Uma parceria entre os ministérios do Esporte,
da Justiça e do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome com o Observatório de Favelas
e a Revista Viração permitiu que 50 jovens
de comunidades carentes do Rio de
Janeiro fi zessem a cobertura jornalística dos
Jogos – acompanhando e relatando os acontecimentos
dos Jogos Pan-Americanos. Texto,
fotos, áudio e vídeo foram produzidos pelos
integrantes do Projeto PapoPan, jovens com
idade entre 16 e 22 anos, moradores de sete
comunidades de Cidade de Deus e de outras
seis no Complexo da Maré. Os 50 “jornalistas”
saíram do projeto Guias Cívicos, do Ministério
da Justiça, e fi zeram uma ofi cina para aprender
cidadania, comunicações e noções básicas
de jornalismo, entre elas, prática de texto,
entrevista, fotografi a, rádio e vídeo de Internet.
A idéia do projeto, além de capacitar estes jovens,
era deixar que fi zessem uma cobertura
crítica dos fatos, relacionando a festa do Pan
com a realidade do cotidiano carioca, principalmente
nas suas próprias comunidades.
Cada participante recebeu uma bolsa-auxílio
de R$ 175,00 e todo o material produzido entrou
no ar no Blog PapoPan, da Agência Brasil,
em rádios comunitárias do Rio de Janeiro e de
outras capitais, em sites ligados à defesa do
adolescente e da juventude e em uma edição
especial da Revista Viração – sem fi ns lucrativos
e de circulação nacional.
Amebras
O Ministério do Esporte fez da preparação das
cerimônias mais uma alavanca de inclusão social
no Pan ao contratar a Associação de Mulheres
Empreendedoras do Brasil (Amebras),
do Rio de Janeiro, em maio de 2007, fi nanciando
um convênio fi rmado entre a entidade
e o Comitê Organizador Rio 2007, no valor de
R$ 2 milhões. A Amebras tem como principal
objetivo capacitar mão-de-obra especializada
em produção artesanal, que costuma ser empregada,
principalmente, na indústria do Car-
127
Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte

naval carioca. Mais de 700 empregos diretos
foram criados através do convênio, na área de
confecção de adereços e fantasias para as cerimônias
de abertura e encerramento dos Jogos.
O projeto estimulou a formação profi ssional
de idosos e jovens de baixa renda, gerou
dividendos para a população e, para muitos
recém-formados nos cursos da própria Amebras,
foi uma oportunidade de emprego (Ver
capítulo sobre Cerimônias).
128
Esporte e Lazer na Cidade
O objetivo deste programa, um dos mais importantes
e abrangentes do Ministério do Esporte,
é democratizar o acesso ao esporte e aproveitar
o máximo possível de espaços alternativos
para este fi m, desenvolvendo atividades para
crianças, jovens, adolescentes, idosos, adultos,
portadores de defi ciência e pessoas com
necessidade educacionais especiais. Durante
os XV Jogos Pan e III Parapan-Americanos Rio
2007, o governo federal
aproveitou para investir
na inclusão de alunos
do projeto no Rio de Janeiro,
todos estudantes
de escolas públicas cariocas,
levando-os para
assistir a competições
do evento. O Esporte e
Lazer na Cidade é gerenciado
pela Secretaria
Nacional de Desenvolvimento
do Esporte e
do Lazer, do Ministério,
e visa garantir a prática
de esportes e o acesso
ao lazer como direitos
sociais. Por isso a iniciativa
de oferecer a este
público infanto-juvenil,
carente de políticas públicas
neste sentido, a
chance de assistir às
competições.
Carta do presidente Lula
e do ministro Orlando
Silva Jr. entregue aos
atletas brasileiros no
Pan junto com uma
bandeira brasileira feita
por reclusos do programa
Pintando a Liberdade

Formação de jovens e campanhas
Parceria produtiva com a Cufa
Juntos, a Central Única de Favelas (Cufa) e o
Ministério do Turismo (MTur) desenvolveram
um programa focado na formação profi ssional
de jovens. O objetivo era promover a capacitação
para o mercado de trabalho de 1,2
mil jovens, entre 16 e 29 anos, moradores das
comunidades de Acari, Complexo do Alemão,
Madureira e Cidade de Deus. Cursos de formação
profi ssional em audiovisual, corte e
costura e serigrafi a, produção de fantasias e
adereços para o carnaval, produção cultural
de eventos, gastronomia e auxiliar de cozinha
foram promovidos pela Cufa graças a um convênio
assinado com o MTur, fi rmado através
do Programa de Formação Profi ssional de
Jovens para Inserção Socioeconômica na Cadeia
Produtiva do Turismo. Com vigência de
um ano, o convênio, assinado em dezembro
de 2006, teve o valor total de R$ 1.620.400. O
programa deu frutos.
Vinte jovens carentes do Rio de Janeiro, alunos
do curso de audiovisual, realizaram dois documentários,
um sobre os Jogos Pan-Americanos
e outro sobre o turismo na cidade-sede do
evento. O fi lme sobre o Pan apresenta como
personagens principais seis guias cívicos da
Secretaria Nacional de Segurança Pública
(Senasp), moradores da Cidade de Deus, e
outros dois voluntários selecionados pelo CO-
Rio. Entre as locações escolhidas, instalações
esportivas, como o Maracanã e o Riocentro,
e cartões-postais do Rio de Janeiro, como o
Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. A mesma
parceria com a Cufa visou também a divulgação
e o fomento da venda de produtos desenvolvidos
pelos jovens, bem como dos próprios
produtos desenvolvidos pela entidade.
Trilha Jovem
O programa Trilha Jovem, do Ministério do Turismo,
é desenvolvido para capacitar jovens
em situação de vulnerabilidade social, de 16 a
24 anos, de várias cidades brasileiras, para o
mercado de trabalho do setor turístico. Após
participarem dos cursos promovidos pelo Ministério
– conceitos de empreendedorismo, cidadania,
competência básica para o trabalho
129
em atividades de turismo constituem a base
dessa formação – em parceria com o Instituto
de Hospitalidade e o Sindicato de Hotéis, Bares
e Restaurantes (SindRio), 164 jovens trabalharam
durante o Pan e o Parapan em lanchonetes
da rede Bob’s (patrocinador dos Jogos),
no restaurante Couve Flor (um dos que serviram
refeições em áreas do Pan) e alguns como
voluntários nas áreas de competição. Outros
alunos do programa foram indicados pelo Ministério
do Esporte às empresas do Consórcio
Interamericano e à Comissaria Rio, responsáveis
pelos serviços de hotelaria e alimentação
da Vila Pan-Americana, respectivamente, para
fazer estágio durante os Jogos. No total, dos
1.655 empregos diretos criados na Vila, 190
eram de jovens vindos das seguintes comunidades
carentes:
TRILHA JOVEM NA VILA
Vidigal: 35 diretos e 140 indiretos;
Cidade de Deus: 40 diretos e 150 indiretos;
Rio das Pedras: 25 diretos e 75 indiretos;
Canal do Anil: 30 diretos e 95 indiretos;
Complexo do Alemão: 60 diretos
e 130 indiretos.
Entre os 4.490 empregos indiretos, esse número
sobe para 590. José Pescarini, gerente
da empresa MaxLav, responsável pela lavanderia
da Vila, diz que teve uma grata surpresa
ao trabalhar com os jovens carentes
selecionados: “Deu certo e foi bom para nós
também, porque contribuímos para melhorar
um pouco o quadro de desigualdade”.
A solenidade de formatura da primeira turma,
com 109 alunos, contou com a presença da
então ministra do Turismo, Marta Suplicy. “Estes
jovens têm a possibilidade de obter uma
qualifi cação básica, onde aprendem noções
de inglês, higiene, apresentação, informática”,
afi rmou. Criado em 2004, o Trilha Jovem já capacitou
cerca de dois mil jovens e a meta é
atingir três mil em cinco destinos turísticos até
o fi nal de 2008. A participação é gratuita.

Não à exploração sexual infantil
Implantado em 2003 pelo Ministério do Turismo,
este programa visa conscientizar empresários
do ramo no combate à exploração sexual
de meninos e meninas. Em momentos de
maior fl uxo de turistas, como no Carnaval e,
neste caso, os Jogos Pan-Americanos, a campanha
se intensifi ca. Através da distribuição de
material informativo, o público foi comunicado
sobre o trabalho do Ministério neste sentido.
Sessenta mil viseiras com os dizeres “Diga
não à exploração sexual de crianças e adolescentes,
conscientize-se, disque 100 e denuncie”
também foram distribuídas no estande
da Praça das Medalhas, onde um display
de 1,70m exibia o slogan da campanha. As viseiras
foram um sucesso, e muitos professores,
representantes de ONGs e igrejas, entre
outros que trabalham com crianças, pediram
informações sobre o projeto. Quase todos os
atletas que compareceram à Praça das Medalhas
tiraram fotos com as viseiras. Para
completar, o MTur, que gastou R$ 400 mil
na campanha, instalou outdoors em pontos
estratégicos do Rio, duas empenas (grandes
painéis em variados formatos), revestiu bancas
de jornais e ônibus com cartazes.
Combate à Aids
No bojo do lançamento do Plano de Enfrentamento
da Feminização da Aids e outras DST,
o primeiro da América Latina e Caribe especifi
camente voltado para enfrentar a questão,
em março de 2007, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva aproveitou para lançar também
a Campanha de Prevenção à Aids e DST no
Pan e no Parapan. Com o slogan “Vista-se
para os Jogos”, a campanha contemplou
ações como a distribuição de 600 mil kits
com preservativos, camisetas e informações
sobre prevenção, além de atividades dentro
da Vila Pan-Americana.
A iniciativa, resultado de uma parceria entre
o CO-Rio e a Secretaria Especial de Políticas
para as Mulheres do governo federal, segue
uma diretriz do Comitê Olímpico Internacional.
“Desta forma estamos em linha com o COI,
130
que desenvolve programas semelhantes de
prevenção à Aids em outros grandes eventos
esportivos. O Rio 2007 também foi um veículo
importante”, disse o presidente do CO-Rio,
Carlos Arthur Nuzman. A campanha foi organizada
em conjunto com o Ministério da Saúde
(Programa Nacional de Doenças Sexualmente
Transmissíveis e Aids), Ministério do Esporte,
ONU (Fundo de População e Desenvolvimento)
e Caixa Econômica Federal (CEF).
Uma caminhada pela orla da Praia de Copacabana,
com a distribuição de camisinhas e
folhetos educativos marcou o início das ações
de prevenção. Para a ministra de Políticas para
as Mulheres, Nilcéa Freire, os XV Jogos Panamericanos
Rio 2007 foram a oportunidade
de reforçar a importância do cuidado com a
saúde: “Para nós é um orgulho trabalhar com
o CO-Rio, pois é importante associarmos a
campanha à imagem de pessoas vitoriosas,
como os atletas, que cuidam de sua saúde”.
O Ministério da Saúde aproveitou o Pan para
divulgar campanhas contra a Aids e a dengue

Pan sem Dengue
O objetivo desta campanha, como o próprio
nome diz, era impedir a proliferação do mosquito
Aedes Aegypti, transmissor da dengue.
Resultado de uma parceria entre os ministérios
do Esporte e da Saúde, as secretarias Estadual
e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e o
CO-Rio, a ação fez veicular um fi lme para televisão
e anúncios em jornais, até 31 de dezembro
de 2006 – seis meses antes do evento
porque, pesquisas revelam, 76% dos casos de
dengue no País surgem entre os meses de janeiro
e maio, período de chuvas. A operação
teve duas etapas: antes da veiculação das
campanhas, foram entregues veículos e equipamentos
de prevenção de dengue a municípios
da Baixada Fluminense, na Região Metropolitana
do Rio, e ao governo do Estado do
Rio de Janeiro. Foram repassados 48 microscópios
bacteriológicos, um microscópio entomológico
e 17 furgões. A entrega dos equipamentos
ocorreu durante o lançamento do Dia
Nacional de Mobilização contra a Dengue, em
novembro de 2006, no Rio de Janeiro.
Cerca de 400 agentes de saúde da Baixada
fi zeram uma força-tarefa para evitar a proliferação
do mosquito, no início de 2007. Os agentes,
que integraram o grupo de outros 900 que
já combatem a doença regularmente, fi zeram
inspeções em residências para identifi car focos
de larvas do mosquito e orientar os moradores.
A Baixada foi escolhida por abrigar
focos do mosquito em 7% das residências – o
Ministério da Saúde recomenda que este índice
não passe de 1%. No Dia D de prevenção à
dengue, 6 de julho de 2007, 119 comunidades
da cidade receberam a visita de agentes, time
reforçado por 4,5 mil guias cívicos, que percorreram
suas regiões de origem para combater
o transmissor da doença. A inclusão dos
guias cívicos no mutirão foi resultado de uma
parceria entre o Ministério da Justiça, por meio
da Secretaria Nacional de Segurança Pública
(Senasp), e as secretarias estadual e municipal
de Saúde do Rio.
Certifi cado Especial Fome Zero
O Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, com o apoio do Ministério
do Esporte, distribuiu o Certificado Especial
Fome Zero a empresas e personalidades
que desenvolvem projetos sociais na área
esportiva e surgiu como forma de divulgar
e incentivar trabalhos que geram legados
sociais. O documento reconhece organizações,
empresas e pessoas que desenvolveram
ações de responsabilidade social que
promovem assistência e desenvolvimento
por meio do esporte.
131

O judoca Flávio Canto, medalha de ouro em
Atenas-2004, à frente do Instituto Reação –
que promove aulas de judô e cidadania em
comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro
– foi um dos homenageados, além do
velejador Axel Grael, do Instituto Rumo Náutico,
do técnico da Seleção Brasileira de
Basquetebol em Cadeiras de Rodas, Wilson
Flávio (Caju), e dos ex-jogadores de futebol
Leonardo e Raí, da Fundação Gol de Letra.
Entre as instituições e empresas contempladas
com o certifi cado estiveram a Caixa Econômica
Federal, Banco do Brasil, Petrobras,
SESC Nacional e Observatório de Favelas. Os
certifi cados foram entregues pelos ministros
Orlando Silva Jr., do Esporte, e Patrus Ananias,
do Desenvolvimento Social, em agosto
de 2007, em cerimônia no Rio de Janeiro.
Projeto Medalha de Ouro
Grande parte do legado social dos Jogos
Pan-americanos resultou dos investimentos
do Ministério da Justiça, no bojo das ações
de Segurança Cidadã. O Projeto Medalha de
Ouro abrigou nove programas sociais, que
receberam R$ 52,181 milhões em investimentos.
O de maior magnitude, Guias Cívicos,
abriu 10,5 mil vagas e custou R$ 19,2 milhões.
Jovens e adultos carentes ou em situação de
risco foram capacitados em diversos ofícios
e líderes comunitários criaram canais de diálogo
com o governo federal, que também planeja
reformar espaços públicos degradados
em 30 comunidades. Estas e inúmeras outras
ações foram realizadas através dos programas
Polícia Comunitária, Atenção e Proteção
às Crianças, Atenção e Proteção às Famílias,
Mediação Pacífi ca de Confl itos, Olimpíada
Carioca, Espaços Urbanos Seguros, Gestão
em Segurança Cidadã e Brigada Socorrista
(ver capítulo Segurança a Toda Prova).
Quilombolas
A Tocha Pan-americana entrou no Estado do
Rio de Janeiro, em 9 de julho de 2007, pelas
mãos de integrantes da comunidade quilombola
Campinho da Independência, a 13
quilômetros de Paraty, cidade do litoral fl uminense.
A iniciativa da Secretaria Especial
132
Foto: Divulgação / SENASP

133
Guias Cívicos: grande
parte do legado social
resultou de investimentos
do Ministério da Justiça

de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
(Seppir), Ministério do Esporte, Secretaria
Estadual de Assistência Social e Direitos
Humanos, Prefeitura de Paraty, Comitê Olímpico
Brasileiro e Associação de Comunidades
Quilombolas do Rio foi um sucesso. Ao
apoiar a escolha do quilombo como porta de
entrada da Tocha no Rio, o governo federal
aproveitou os Jogos Pan-Americanos para
dar visibilidade à resistência de um grupo
historicamente excluído, e assim dar mais um
passo na promoção da inclusão social e de
melhores condições de vida por intermédio
do esporte. A cerimônia de revezamento foi
celebrada com apresentações de música,
como dos cantores Sandra de Sá e Toni Garrido,
dança e capoeira.
O Campinho é a única comunidade quilombola
reconhecida pela Fundação Palmares
no Estado do Rio, há quase dez anos, e tem
origem peculiar: todos descendem de três escravas,
Antônia, Marcelina e Luiza. A maioria
dos 450 moradores se dedica à produção de
artesanatos, como balaios, cestos e peneiras,
para atender ao turismo local. A comunidade
mantém viva a tradição do jongo, que integra
percussão e dança coletiva, de origem banto,
cultiva arroz, feijão, milho, além de mandioca e
cana de açúcar, que usam também para produzir
farinha e pinga.
Ainda como parte da política de promover a
inclusão social dos quilombolas no bojo dos
Jogos Pan-Americanos, Maria Rosalina dos
Santos foi uma das convidadas de honra na
cerimônia de recebimento da Tocha, no Palácio
do Planalto, no dia 11 de junho de 2007.
Maria, quilombola do município de Queimada
Nova, no semi-árido piauiense, esteve ao
lado de atletas de diversas modalidades esportivas,
de outros representantes de grupos
sociais e do presidente Lula. Sua presença
na cerimônia garantiu visibilidade à luta, da
qual é grande expoente, pela regularização
fundiária e por serviços básicos nas áreas de
saúde, educação, trabalho e renda das comunidades
quilombolas.
134
Projeto Pan Social
Uma parceria entre a ONG Ação Comunitária
do Brasil e o governo fl uminense permitiu a realização
do Projeto Pan Social, com o patrocínio
da Petrobras. A iniciativa visou colaborar
para a ressocialização de jovens em regime
de semi-liberdade do Departamento Geral de
Ações Socioeducativas da Secretaria de Estado
de Assistência Social do Rio de Janeiro
(DEGASE), ensinando-lhes ofícios, estimulando
a prática de esporte e promovendo atividades
culturais. Assim, ocupam seu tempo livre
ao máximo, melhoram sua qualidade de vida e
permanecem mais tempo em sala de aula.
O projeto teve oito meses de duração, e um
de seus resultados pôde ser visto ao vivo e a
cores na Semana de Moda Fashion Rio, em
dezembro de 2007. Peças de roupa bordadas
por 20 jovens em processo de ressocialização
na unidade Santos Dumont fi zeram bonito no
desfi le da marca AcomB, grife da própria ONG
Ação Comunitária. O Pan Social também atingiu
semi-internos do DEGASE nos bairros de
Bangu e Ilha do Governador, no Rio de Janeiro,
e na cidade de Belford Roxo, na Região Metropolitana
do Rio.
A parceria com a Fiocruz
O bom andamento de projetos socioesportivos
em locais carentes depende diretamente
da existência de infra-estrutura adequada.
Por isso, o Ministério do Esporte investiu R$
566.558,00 na construção de espaços de esporte
e lazer em regiões de risco social. O
programa foi desenvolvido em parceria com
a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o mais
respeitado centro de pesquisa em saúde pública
da América Latina. Foram construídos
dois campos de futebol e quatro quadras esportivas,
uma delas de areia, em terrenos da
Fiocruz nos bairros de Manguinhos, na zona
norte do Rio, e Curicica, na zona oeste da
cidade. A iniciativa atende 380 crianças, que
praticam futebol de campo, futebol de salão,
vôlei de quadra, vôlei de areia, basquete,
handebol, atletismo, escalada e xadrez. Todo
o trabalho é orientado por profissionais de
educação física.

Vila: equipamentos doados
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
O
s mais de 10 mil itens de equipamentos
utilizados no restaurante
da Vila Pan-Americana foram doados
pelo Ministério do Esporte
ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
(Senac) por meio de um Termo de Doação
com Encargos. A instituição de ensino pleiteou
os aparelhos oferecendo, como principal contrapartida,
a ampliação de sua capacidade de
atendimento de três mil para nove mil e triplicar
o número de vagas gratuitas nos cursos profi
ssionalizantes de hotelaria e de alimentação
para a população carente do Rio de Janeiro –
hoje são 900 alunos.
Além de ser reconhecido como um dos mais
importantes centros de capacitação para o
trabalho do País, principalmente na área de
turismo, o Senac foi escolhido para receber
as doações por ter capacitado 20 mil pessoas,
entre taxistas, comerciários, hoteleiros e
voluntários, para atuarem nos XV Jogos Panamericanos.
O Ministério do Esporte também
levou em consideração na escolha a vocação
turística do Rio de Janeiro: são 1.880 hotéis
e cerca de 200 mil empregos. A cidade recebe
cerca de 6 milhões de visitantes por ano.
E o Senac é a instituição capaz de formar o
maior número de pessoas para atuar neste
mercado. “O crescimento comprovado dos
segmentos de hotelaria e gastronomia, com
altos índices de geração de emprego e renda,
e a estreita sinergia com o turismo, tornam
o setor de hotelaria e gastronomia signifi
cativos para o desenvolvimento econômico
135
do estado, além de valorizar a cultura e a história
fl uminenses”, justifi ca o Senac em seu
pedido de doação.
O Ministério, que por sua vez recebeu os equipamentos
em doação da Comissaria Rio, empresa
responsável pela operação do restaurante,
orientou o Senac para que o atendimento
fosse ampliado para cidades da Região Metropolitana,
como Nova Iguaçu, Duque de Caxias,
Petrópolis e Niterói, na intenção de estender os
benefícios do legado. Entre os equipamentos
doados estão bancadas, pias, estantes, cadeiras
e mesas, além de centenas de aparelhos
específi cos para uso em cozinhas industriais,
como carrinhos para lavagem de cereais, coifas
em aço inoxidável, carros para transporte
de bandejas, refrigeradores horizontais, conservadores
e escorredores de frituras, seladora
a vácuo, estações para recolhimento de
resíduos, máquina de lavar louças, contêineres
frigorífi cos, estação para recolhimento de resíduos,
refresqueiras duplas, roupeiros, carros
para remolho de talheres, estantes em aço inoxidável
para panelas, balcões de distribuição,
caldeirões a gás, boilers elétricos com capacidade
para 200 litros cada, secadoras de roupas,
fornos elétricos para pizza, entre centenas
de outros aparelhos. Em relação ao mobiliário
contratado pelo Ministério do Esporte para o
funcionamento dos apartamentos da Vila Panamericana,
o Consórcio Interamericano, fornecedor
dos serviços de hotelaria, decidiu doar
camas e itens de banheiro, enxovais, cabides,
etc. para entidades assistenciais.
Os equipamentos do
restaurante da Vila
foram doados ao Senac

Fotos: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
136
O Pan vincula-se ao basquete de rua
A
exibição do talento dos atletas
será sempre uma das principais
razões para se organizar
disputas esportivas de grande
porte. Mas, na visão contemporânea
dos realizadores e das sociedades, ela
está longe de ser a única. No Rio 2007,
a imensa força da festa pan-americana,
com todo o seu potencial de mobilização,
educação e fortalecimento de bons
conceitos, foi vinculada pelo Ministério
do Esporte a vários projetos sociais para
disseminar e democratizar a prática esportiva.
Um dos mais importantes teve
como eixo o basquete de rua, ou street
basketball, modalidade adotada com entusiasmo,
nos últimos anos, pelas comunidades
carentes brasileiras.
No início, o basquete de rua era disputado
com latas de lixo adaptadas para
funcionarem como cestas. Hoje, os
campeonatos mobilizam jovens em todo
o País e envolvem ativid ades paralelas
como dança (rap e break) e artes plásticas
(pintura e grafi te). A irreverência dos
atletas e as regras liberais são as chaves
do sucesso: vale, por exemplo, esconder
a bola na camisa ou jogá-la na testa do
adversário. Passar a bola entre as pernas
de um adversário rende um ponto
extra para a equipe.
Apostando no potencial de mobilização e
inclusão social da modalidade, o Ministério
investiu R$ 420 mil em três campeonatos
nacionais de basquete de rua, através
dos convênios 207/2006, 442/2006 e
040/2007, fi rmados com a Central Única
das Favelas (Cufa), para a organização da
Liga Brasileira de Basquete de Rua (Libbra).
Duas dessas edições foram inseridas
no calendário ofi cial do Pan. “Esta
modalidade é hoje um importante fator
de estímulo para os jovens em todo o
País, sobretudo os da periferia”, analisa
o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr.
“Foi muito gratifi cante vê-los mobilizados
nas primeiras disputas nacionais. No ano

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
Enterrada na quadra
do Arpoador: torneios
atraíram jogadores de
vários estados do País e
incorporaram elementos
do hip hop (na outra pág.)
137

do Pan, a participação aumentou e a atividade
ganhou visibilidade ainda maior, graças à
decisão da Cufa de incorporar elementos de
arte e da cultura hip hop à prática esportiva”
acrescenta o ministro.
O rapper, escritor e documentarista MV Bill,
um dos fundadores da Cufa, é outro entusiasmado
com o projeto. “O basquete de rua virou
pano de fundo para uma coisa muito maior: a
inclusão social. Isso tem feito com que vários
jovens encontrem uma forma mais efi caz de
integração. Além de cantar e de apontar problemas
e angústias em suas letras, realizam
algo para transformar o lugar onde vivem. A
modalidade tem sido uma porta fundamental
para tudo isso”, completa MV Bill.
Com a realização de campeonatos de abrangência
nacional, o aumento de popularidade
e de adesão à modalidade foi visível, passando
a ser reconhecida pela Confederação Brasileira
de Basquete (CBB). A primeira edição
da Libbra, realizada no Rio de Janeiro no segundo
semestre de 2005, contou com cerca
de 800 atletas, das categorias masculina e feminina,
de todas as regiões do País. Para sua
realização, o Ministério do Esporte destinou
R$ 50 mil, valor acrescido de R$ 10 mil em
contrapartida da Cufa. Grafi teiros, DJs MCs
e dançarinos animaram os jogos em bairros
do centro e da zona oeste da cidade, como
Bangu, Campo Grande e Madureira. O campeão
no masculino foi o time do Sl um, de
São Paulo, e no feminino, o Jebic, de Santa
Catarina. Cada equipe levou R$ 4.000,00 de
prêmio pelo título, além de um troféu, acessórios
e brindes. Os segundos colocados ganharam
R$ 2,5 mil e os terceiros, R$ 1 mil. Os
cestinhas foram premiados com R$ 250,00,
um troféu e brindes da Liga.
Já a edição seguinte reuniu cerca de 1.000
atletas. Inserida ofi cialmente no calendário
do Pan, contou com investimentos de R$
150 mil do Ministério do Esporte e R$ 30 mil
da Cufa. Desta vez, as partidas ocorreram
também em áreas nobres do Rio de Janeiro,
como o Arpoador, em Ipanema, na zona sul,
138
e a Barra da Tijuca. São Paulo e Santa Catarina
repetiram a dobradinha nos primeiros
lugares masculino e feminino, nesta ordem,
com And One e Hantei, que ganharam prêmio
de R$ 3.000,00, troféu e medalhas. Os
segundos colocados receberam R$ 2.000,00
e os terceiros, R$ 1.000,00. Os cestinhas e
o melhor jogador dos dois torneios receberam
R$ 250,00 e troféu cada um. Em 2007,
no calor do Pan, o terceiro camp eonato nacional,
fi nanciado com investimentos de R$
220 mil do governo federal e R$ 44 mil da
Cufa, reuniu 1.120 atletas no Rio. As partidas
foram disputadas no Arpoador, Barra da Tijuca,
Bangu, Caxias, Queimados e Madureira.
Desta vez o Cufa, o time da casa, levou a melhor
no masculino. As paulistas da Red Nose
Negra 7 venceram no feminino. O modelo de
premiação foi idêntico ao de 2006.
Os benefícios do projeto mudaram para melhor
a vida de parte desses atletas. É o caso
de Eduardo Henrique Januário, 25 anos, o
Banana, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Após se destacar na Liga 2005, ele
venceu o desafi o de acertar dez bolas na
cesta no programa Caldeirão do Huck, da
Rede Globo, e ganhou um prêmio de R$ 24
mil. “Paguei as contas, reformei a casa, ajudei
meu irmão no casamento e comprei um
computador. O mais importante é ajudar a
família”, lembra Banana. “Agradeço a Deus
por ter me colocado no caminho da Cufa. Foi
uma tremenda revolução na minha vida”.
MV Bill tem uma teoria para explicar os bons
resultados do projeto. “As pessoas jogavam
basquete de rua há muito tempo mas não tinham
estrutura para aprimorar o que sabiam.
A Libbra criou condições para esse pessoal
mostrar talento”. A parceria entre o governo
federal e a Cufa não se encerrou com a última
medalha entregue no Pan. Com apoio da
CBB e da Eletrobrás, foram implementadas
escolinhas de basquete de rua em áreas pobres
do Rio, como Cidade de Deus, Complexo
do Alemão, Acari e Nova Iguaçu. Nelas,
mais de 400 jovens de baixa renda treinam
com professores de educação física.

Banana ganhou
R$ 24 mil depois
de se destacar no
campeonato de 2005.
Ao lado, o ministro
Silva Jr. e o rapper
e escritor MV Bill
durante disputa:
mobilização de jovens
em todo o País
139
Fotos: Divulgação / CUFA

O Parapan na lente de jovens talentos
Foto: A F Rodrigues
A
cultura, a formação profi ssional e
o aprendizado estético também fazem
parte do legado social deixado
pelo Rio 2007. Um convênio entre o
Ministério do Turismo (MTur) e a ONG sóciopedagógica
Observatório de Favelas, coordenada
por pessoas criadas na periferia do Rio
de Janeiro, produziu três belas exposições de
fotografi a relacionadas aos Jogos Pan-americanos.
As imagens foram feitas por fotógrafos
de origem popular formados nos cursos gratuitos
da escola Imagens do Povo, um projeto
do Observatório que inclui ainda uma agência
fotográfi ca e um banco de imagens.
A primeira exposição, batizada de “Imagens
do Povo – Esporte na Favela” registrou a prática
de esportes e jogos informais em 15 favelas
do Rio – entre elas, Vila Vintém, Dois Irmãos,
140
Morro da Coroa, Pavão-Pavãozinho e Rocinha
– e a maneira como o esporte infl uencia
o cotidiano dos jovens destas comunidades, e
esteve em cartaz no Centro Cultural Banco do
Brasil, no Rio de Janeiro, em agosto de 2007.
Já a segunda exposição, “Olhar Cúmplice - Fotografi
as do Parapan”, também realizada pelos
alunos da Escola, foi resultado do registro das
competições do Parapan e esteve em cartaz
no Centro Caixa Cultural, no Rio, entre setembro
e outubro de 2007. A combinação dos
dois trabalhos gerou uma terceira exposição,
"Olhar Cúmplice/Esporte na favela", montada
em fevereiro de 2008 no saguão de entrada do
Palácio do Planalto, em Brasília, com 80 imagens
de 16 fotógrafos da agência. O MTur investiu
R$ 229 mil no projeto. A seguir, algumas
imagens expostas em Brasília:

141
Foto: Bira Carvalho
Foto: Walter Mesquita

142
Foto: Bira Carvalho
Foto: Fábio Caffé

Foto: Davi Marcos
Foto: Ratão Diniz
143
Foto: Francisco Valdean

Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
O LEGADO
CIENTÍFICO
Projetos de meteorologia
e de controle de pragas,
desenvolvidos por técnicos
do governo federal
e acadêmicos, viram referência
144

O
s bons resultados das ações do
governo federal no Pan 2007 vieram,
em grande parte, da capacidade
da Secretaria Executiva do
Comitê de Gestão Pan Rio 2007 (Sepan), do
Ministério do Esporte, de articular a atuação
de ministérios e de outros órgãos da União envolvidos
nos Jogos. Uma peça efi ciente dessa
engrenagem foi o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre suas
ações, os destaques foram a contribuição decisiva
para a previsão meteorológica nos Jogos
e o trabalho primoroso, elogiado em universidades
européias e americanas, que fez do
Complexo Esportivo de Deodoro uma área de
competição eqüestre livre e protegida de carrapatos
e outros parasitas, garantindo a segurança
dos atletas e dos animais.
145
Diferentes microclimas
dificultam previsão do
tempo no Rio de Janeiro

O apoio meteorológico às competições
A
previsão meteorológica é um serviço
essencial à prática do esporte.
Os estudos do tempo, da temperatura
e de suas variáveis são indispensáveis
para a realização de esportes de
precisão, de velocidade e de todas as regatas,
só para citar alguns exemplos. Na homologação
dos recordes nessas modalidades, são
avaliadas as condições climáticas do horário
da competição.
O apoio meteorológico aos Jogos foi dado
pelo Instituto Nacional de Meteorologia (In-
Met), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento. A convite da
Sepan, o órgão iniciou seus trabalhos mais de
um ano antes do evento. Participaram, desde o
início, representantes da Sepan/ME, do InMet
de Brasília e do Rio, do CO-Rio e do Centro de
Hidrografi a da Marinha (CHM), este último para
apoiar os esportes náuticos.
Os trabalhos do InMet no Pan começaram
em três frentes: levantamento das necessidades
de cada esporte, seleção de áreas onde
seriam instaladas as estações automáticas e
formulação de um modelo numérico brasileiro
de alta resolução (MBAR) para esportes terrestres.
Sete estações meteorológicas automáticas
foram instaladas em áreas estratégicas da
cidade do Rio de Janeiro levando-se em conta
o complexo relevo local, com a interação entre
planície costeira, montanhas e oceano. Todas
fi cavam próximas a locais de competição: Museu
do Trem, Maracanã, Forte de Copacabana,
Deodoro, Escola Naval, Aeroporto de Jacarepaguá
e Lagoa Rodrigo de Freitas.
Dados coletados a cada 15 minutos, reunidos
em relatórios, alimentavam o modelo numérico
– que gerava previsões para as próximas 78
horas em uma área de 7km². Assim, o comportamento
meteorológico naquele espaço fi cava
mapeado, com 95% de precisão, por períodos
efetivos de até 24 horas, sem anormalidades
ou interrupção das operações. As estações
também permitiram ao InMet iniciar o monitoramento
das condições atmosféricas, a elaboração
de boletins de previsão de tempo e a
146
Foto: Arquivo / Inmet
emissão de alertas meteorológicos. Tudo isso
era divulgado em português, espanhol e inglês
para o público, atletas, imprensa, dirigentes e
profi ssionais de apoio.
Por trás de toda a tecnologia, uma equipe reunida
no Centro Principal de Operações dos
Jogos (ou MOC, na sigla em inglês) executava
todas as atividades relativas a previsão de
tempo, monitoramento das condições e disseminação
de alertas meteorológicos, além de
preparar relatórios preliminares especiais.
Desse time faziam parte meteorologistas da
área de modelagem numérica, de previsão de
tempo e do centro regional no Rio de Janeiro.
A equipe trabalhou em contato direto com o
grupo responsável pela disseminação de informações
do Pan. “O fato de os meteorologistas
atuarem o tempo todo no MOC permitiu o
envolvimento com profi ssionais de outras áreas,
como defesa civil e logística, que de certa
forma podem complementar o trabalho de um
centro de previsão. A experiência foi importante,
realmente de grande valia para o InMet”, explica
Alaor Dall’Antonia, coordenador de Agrometeorologia
do Ministério da Agricultura.
Uma das antenas de
medição meteorológica
adquiridas pela União

Previsão de tempo nos Jogos
A
s competições dos XV Jogos
Pan-americanos foram realizadas
em julho, segundo mês do
inverno brasileiro. O período é de
clima ameno e agradável, com alguma chuva
e temperaturas médias de 25ºC. A ação
que mapeou as dimensões e características
desse período indefinido ressaltou a importância
da equipe do InMet. Além de boletins
a cada 78 horas, os profissionais trabalhavam
com outro tipo de ferramenta preventiva:
os alertas, que chamam atenção para
os fenômenos meteorológicos mais severos
incluídos nos relatórios.
A disseminação da informação era ágil: após
rápidas conversas entre os meteorologistas e
membros do MOC, mensagens eram enviadas
para os celulares de todos os envolvidos na logística
dos Jogos. As informações eram também
publicadas na intranet e no portal do Pan,
com grande destaque.
O InMet emitiu 14 alertas nos 19 dias do Pan.
A entrada de frentes frias no Rio de Janeiro
gerou baixas severas na temperatura. Fortes
chuvas com rajadas de ventos infl uenciaram
algumas competições. Em especial, tênis e
softbol foram afetados pelas condições climáticas
adversas. Alertada, a organização do Pan
conseguiu, a tempo, transferir as fi nais do tênis
para um campo coberto e alterar a data de
147
todo o torneio de softbol. A parte regular das
previsões cabia passar aos atletas, em intervalos
de 15 minutos, as condições do tempo
atualizadas. Foram 357 boletins de previsão do
tempo – sendo três diários – além dos alertas.
As equipes podiam avaliar infl uência da temperatura,
das chuvas, do vento e da umidade,
a pressão atmosférica e a radiação solar em
suas performances.
O público também acompanhou as previsões
com grande interesse: o portal do InMet computou
mais de 135 mil acessos durante o Pan
– média de 5 mil acessos diários.
Com investimento de R$ 333.650,00 o governo
federal, por meio do InMet, deixa ao País como
legado o desenvolvimento de novos produtos
e de conhecimentos na área de apoio meteorológico,
além do aumento na rede de coleta
de dados meteorológicos para a cidade do Rio
de Janeiro. A verba foi liberada via descentralização
do Ministério do Esporte para o Ministério
da Agricultura.
Das sete estações utilizadas, três continuam
na cidade em pontos estratégicos: Copacabana,
Vila Militar de Deodoro e Jacarepaguá. A
maior parte do conhecimento necessário para
a realização de uma Olimpíada já está adquirida,
e a população do Rio de Janeiro permanece
com os benefícios após os Jogos.
LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS NO PAN
Museu do Trem: Rua Arquia Cordeiro, 1.046 – Engenho de Dentro
Maracanã: Av. Maracanã, 252
Copacabana: Praça Coronel Eugenio Franco 1 – Posto 6
Deodoro: Avenida Duque de Caxias, 1965 – Vila Militar
Escola Naval: Avenida Alte Sylvio de Noronha, s/nº – Castelo
Aeroporto de Jacarepaguá: Av. Ayrton Senna, 2.541
Lagoa: Av. Borges de Medeiros, 1.444, Heliporto – SSPERJ

O combate feroz aos três inimigos
P
ara garantir o sucesso do Pan e elevá-lo
à categoria de melhores Jogos
de todos os tempos, o Brasil teve de
enfrentar a ameaça de infestação
das áreas de provas eqüestres por carrapatos
e outros parasitas. Era preciso criar uma área
protegida para os melhores atletas e animais
do continente. Veículos de imprensa previam
a proliferação de doenças em competições no
Complexo de Deodoro. Para alguns, o lugar estaria
assolado por carrapatos hematófagos e a
saúde de atletas, animais e espectadores estava
em risco. Nada disso se confi rmou.
Para eliminar a população de carrapatos em
Deodoro, o Ministério da Agricultura entrou em
ação em parceria com a Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Três especialistas
– os professores Carlos Luiz Massard
e Fernando Queiroz de Almeida, do Instituto
de Veterinária da UFRRJ, e Romário Cerqueira
Leite, da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) – orientaram os trabalhos de controle
nos animais, no ambiente, nos locais de
competição e nas áreas vizinhas. O projeto foi
fi nanciado pelo Ministério do Esporte, que investiu
R$ 183 mil.
Fazem parte do Complexo os Centros de Tiro
Esportivo, Hóquei sobre Grama, Pentatlo Moderno
e Hipismo. Por envolverem a participação
de animais bastante valiosos, esses dois
últimos geravam maior apreensão. Um cavalo
competidor do Pan vale em média entre US$
800 mil e US$ 1 milhão.
As primeiras visitas técnicas aos locais aconteceram
em outubro de 2005 e, até o início de
2009, ainda devem ser realizados trabalhos
para manter a área livre de carrapatos. A área
total alcançada pelo trabalho foi de 120 mil m².
Nos cavalos do Exército – cerca de 460 animais
–, foram aplicados mais de 13 mil banhos
com pulverizadores mecanizados, adquiridos
especialmente para os Jogos. “As infestações
são bem controladas, a população de carrapatos
já era pequena no Complexo de Deodoro,
mas era preciso chegar ao patamar zero durante
o Pan”, explica Massard.
148
Fotos: Arquivo / UFRRJ

As batalhas travadas no complexo esportivo
tinham três inimigos: Amblyomma cajennense
(carrapato-estrela), anocentor nitens (carrapato-das-orelhas)
e boophilus microplus (carrapato-de-boi).
Espécies mais encontradas em
eqüinos no Brasil, estes parasitas transmitem
principalmente as babesioses. O parasitismo
intenso pode levar o animal à morte ou tornálo
improdutivo ou inábil a atividades eqüestres.
Além do perigo aos animais, o carrapato-deboi
transmite um tipo de babesiose humana.
Os sintomas, que aparecem de sete a 28 dias
após a picada, são semelhantes aos da malária,
com febres, anemia, problemas intestinais,
cansaço, dor no corpo e calafrios. Para Carlos
Massard, da UFRRJ, havia ainda uma outra
preocupação. A principal doença transmitida
pelos carrapatos ao homem é aquela conhecida
no interior e no sudeste do Brasil como a
Febre Maculosa Brasileira, uma doença humana
grave, que, se não tratada nos sete primeiros
dias em que se apresentam os sintomas,
pode ser fatal.
Há ainda a Piroplasmose eqüina, mais uma
que pode ser comparada à malária. A bactéria,
transmitida através do sangue do animal,
se manifesta quando se exige grande esforço
do eqüino. Contaminado, o cavalo perde seu
valor, e seu desempenho esportivo é afetado.
Muitos morrem. Esta doença é controlada internacionalmente.
O Ministério da Agricultura
não permite que animais portadores de Piroplasmose
entrem em território nacional.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE), o Brasil é livre de peste eqüina
africana, encefalomielite eqüina venezuelana,
encefalite japonesa, febre do Nilo Ocidental,
arterite viral eqüina, durina, metrite contagiosa
eqüina e linfangite epizoótica – causadas por
insetos que parasitam animais. Por isso tamanha
preocupação com os cavalos do Pan.
As ações do Ministério tinham como objetivo
prevenir a entrada dessas doenças no País.
Outras, ainda, como mormo (que causa infecto-contágio
das vias respiratórias e pode ser
transmitida para o homem) e a anemia infecciosa
eqüina, precisavam ser controladas.
O extermínio, naquela área, trazia um dividendo
de saúde pública. O tratamento do animal
também previne doença nos seres humanos.
A base da estratégia de combate aos parasitas
era simples: prevenir a contaminação do
animal e torná-lo também um soldado nesta
guerra. “Ao se tratar o animal, ele se torna uma
armadilha viva para o carrapato, pois quando
o parasita vier mordê-lo, ele morre”, explica o
professor da UFMG Romário Cerqueira.
No combate às infestações de carrapatos, evitar
sua reprodução é um dos principais focos.
Dependendo da espécie, uma fêmea pode pôr
até seis mil ovos. O projeto abrangia todos os
ciclos de vida dos insetos. Três etapas faziam
parte da estratégia de combate. O primeiro
passo foi realizar visitas prévias – estágio fi nalizado
após 75 incursões exploratórias. Então,
foram decididos os pontos de exterminação e
deu-se início à pulverização. Pela estratégia,
semanalmente, todos os animais do Exército
que habitam o Complexo – entre eqüinos
do Regimento da Escola de Cavalaria (REsC),
ovinos e cães – seriam cercados em currais
especialmente construídos para esse fi m. A
ação estava prevista para ser executada de
abril a outubro de 2006 e de abril de 2007 até
o início do Pan, quando os carrapatos estão
em suas fases jovens, de larvas e ninfas.
No entanto, os currais não puderam ser construídos
a tempo hábil para o conjunto de ações
tornar-se efetivo. Como as bombas são móveis
e os animais não puderam ser manejados
em linha, a borrifação foi feita individualmente,
no interior das baias originais. O problema
tornou-se, então, uma vantagem. O resíduo
pulverizado em paredes, piso e teto das
baias possibilitou manter o ambiente livre de
qualquer forma parasitária, além de eliminar
moscas, mosquitos e outros insetos. Depois
desta ação inicial, medidas de manutenção
seriam tomadas mensalmente. Uma delas era
arrastar fl anelas brancas nas áreas gramadas,
para a verifi cação de presença de larvas de
vida livre (que não precisam de um outro organismo
para sobreviver, mesmo vindo a se
tornar insetos hematófagos). Também seriam
149

instaladas armadilhas de gelo seco nas áreas
gramadas, para detectar formas adultas livres.
De outubro de 2006 a abril de 2007, essas
práticas seriam repetidas nas áreas gramadas
das competições e nos locais onde seriam realizadas
as provas hípicas.
Toda a mobilização para eliminar os carrapatos
dos 120 mil m² do Complexo de Deodoro
acontecia ao mesmo tempo que a preparação
técnica das áreas de competições esportivas.
A ação do Ministério da Agricultura
e da UFRRJ foi realizada, em parte, no período
de construção. Depois, ainda vieram os
eventos-teste e a montagem final de áreas
para os Jogos. Durante o período do programa,
a partir de janeiro de 2006, os animais
internos do Complexo foram diariamente
inspecionados para verificação de presença
de carrapatos.
Segundo Massard, a aplicação de produtos
carrapaticidas foi estabelecida pelos critérios
de biosseguranca, tanto em relação aos animais
quanto aos operadores. Para o serviço,
foram utilizados dois conjuntos de máquinas
pulverizadoras, semelhantes aos utiliza-
150
Pulverização de
Deodoro: combate
aos carrapatos
estrela, das orelhas
e de boi (abaixo, da
esq. para dir.)
dos para borrifar produtos contra o mosquito
transmissor da dengue, Aedes Aegipty.
Cada máquina tem quatro bicos de saída e níveis
de pressão diferentes. As aplicações sobre
os animais foram intensifi cadas nos últimos
seis meses, em intervalos semanais. Sobre a
vegetação, os produtos foram aplicados mensalmente,
utilizando-se pulverizadores agrícolas,
de acordo com a presença e a intensidade
da população de carrapatos nos campos estudados,
até o seu desaparecimento total, em
junho de 2007 – a um mês do Pan.
Simultaneamente foram aplicados os produtos
carrapaticidas nas áreas de gramados, pastagens
e locais de acesso aos animais ali estacionados,
como estábulos, cocheiras e baias, e
em 6.500 m² de grama, em um total de mais de
11.040 aplicações. A pulverização em troncos
de árvores, arredores de valas de drenagem e
de valões, áreas próximas a ruas, estradas e
avenidas, bem como nas áreas de treinamento
(campos de areia, ruas, campos gramados,
bosques, muros, calçadas, jardins e em área
de vegetação arbustiva), foi efi ciente também
contra um ataque inesperado de abelhas.
Fotos: Arquivo / UFRRJ

A capacitação dos profi ssionais
M
esmo com os animais de competição
sob monitoramento e
os riscos de contaminação por
doenças transmitidas por carrapatos
praticamente eliminados, as equipes
envolvidas na extinção de insetos de Deodoro
levaram um susto durante a realização do
39º Mundial Militar de Pentatlo Moderno, um
dos eventos-teste para o Pan. Um cavalo purosangue
inglês alugado morreu depois de ser
atacado por um enxame de abelhas: foram
mais de 600 picadas. Escondidas em um tronco
oco de árvore, as abelhas foram atiçadas
quando o cavalo bateu na árvore, enquanto era
levado das baias para a área de competição.
Imediatamente, as equipes de descarrapatização
foram acionadas. Com apoio do Exército,
o apicultor e veterinário da UFRRJ José Luiz
Pinto Gomes foi chamado para liderar as equipes
em busca de colméias escondidas. Mas
uma questão pairava no ar: como, depois de
tantas pulverizações de inseticidas, as abelhas
sobreviveram? O apicultor voltou com equipes
ao local do acidente e verifi cou que elas não
estavam lá anteriormente. “Elas se alocaram
provisoriamente na árvore e, por azar, o animal
foi amarrado ou colocado próximo ao local.
Era um animal com uma sudorese imensa e as
abelhas fi caram agitadas”, explica Fernando
Almeida, da UFRRJ.
Uma grande mobilização foi feita entre os funcionários
de Deodoro em busca de outros
focos. Não os acharam. A conclusão foi a de
que, como Deodoro é uma grande área verde,
provavelmente, durante a pulverização,
as abelhas estavam em outro local e escaparam.
Para garantir a segurança dos animais e
equipes, toda a área foi vistoriada em busca
de abelhas e outros insetos. “Quando fomos
procurar outras colméias, verifi camos que a
maior parte das abelhas encontradas não tinha
ferrão e não oferecia risco. Foi um acidente”,
acrescenta Almeida.
151
As equipes de operadores das máquinas de
pulverização foram treinadas em cursos práticos.
Os selecionados para integrá-las atendiam
a alguns pré-requisitos: conhecer detalhes da
biologia dos carrapatos, os pontos críticos do
parasitismo e as técnicas de controle. Os serviços
foram executados pela Seção Veterinária
Regimental da Vila Militar de Deodoro, com 60
anos de experiência em tratamento de cavalos.
Como em todo o legado do Pan, a escolha
já tinha os olhos no futuro. Como a maioria dos
participantes do curso era do Exército, o conhecimento
adquirido passa a ser utilizado no
tratamento dos animais após os Jogos.
A administração do curso fi cou a cargo dos
professores Luiz Massard, Romário Cerqueira
e Fernando Queiroz de Almeida, com apoio de
alunos de pós-graduação da UFRRJ. A equipe
sistematizou o roteiro de aplicações carrapaticidas
entre os animais e as áreas abertas.
Quatro soldados participaram das etapas de
pulverização, utilizando máquinas motorizadas
(e não as bombeadas que se vê na rua em
campanhas contra a dengue) que facilitavam o
serviço e garantiam a segurança dos funcionários,
porque foram usadas em conjunto com
equipamentos de proteção individual.
Em outro front, fi scais federais agropecuários
participaram de uma reciclagem de conhecimentos
para lidar com os cavalos. Os fi scais
atualizaram-se em bem-estar eqüino, emergência
sanitária, inspeção clínica, ações de
quarentena, doenças exóticas e outros males
que poderiam impedir a entrada de animais de
fora no País. Também receberam instruções
sobre identifi cação de pelagens e conferência
de resenhas, técnicas e práticas de necropsia
e de colheita de amostras. A reciclagem, promovida
pela Coordenação de Trânsito e Quarentena
Animal do Ministério da Agricultura, foi
realizada no Instituto de Veterinária da UFRRJ
e no Regimento Andrade Neves, na Vila Militar.

E chegam as estrelas
A
menos de um mês para o Pan, começaram
a desembarcar no Brasil
estrelas valiosíssimas das competições:
133 cavalos de 18 delegações
estrangeiras (México, República Dominicana,
Bermudas, Guatemala, EUA, Canadá,
Equador, Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia,
Peru, Venezuela, Barbados, Jamaica, Bolívia,
Porto Rico e El Salvador) que participariam
das competições de adestramento, concurso
completo de equitação e salto.
Os animais foram recebidos por mais de 50
fiscais. Os eqüinos vindos da América desembarcaram
no Galeão (RJ) e os provenientes
da Europa desceram no Aeroporto de Viracopos
(Campinas-SP), já que não há vôos
de carga que ligue o Velho Mundo ao Rio de
Janeiro. Os eqüinos da delegação uruguaia
passaram pela fronteira terrestre da Unidade
de Vigilância Agropecuária de Sant’Ana
do Livramento (RS). Esses fizeram uma parada
na cidade de Curitiba, sempre sob supervisão
de fiscais agropecuários federais.
Mas não só as celebridades internacionais
do mundo animal foram paparicadas. Os
animais da delegação brasileira, 15 no total,
sendo que nove vieram do exterior, e os 16
cavalos brasileiros alugados para o pentatlo
moderno (na competição, o cavaleiro conhece
o animal que vai montar minutos antes da
prova eqüestre, por sorteio), também foram
submetidos às mesmas exigências sanitárias
e tiveram acompanhamento do primeiro
ao último dia.
Para eliminar inúmeras possibilidades de doenças
virais e bacterianas, o Ministério da
Agricultura cuidou também da parte de alimentação
e das fichas individuais de identificação
de todos os eqüinos participantes
do Pan. Com uma equipe especializada em
legislação internacional, os fiscais foram rigorosos
na chegada dos animais e na vistoria
dos documentos necessários para sua
entrada em solo nacional. No entanto, para
poupar o cavalo de um possível estresse,
foi feito um acordo com a Receita Federal.
Excepcionalmente, a conclusão de interna-
152
A descarrapatização garantiu
a entrada de 142 cavalos
vindos do exterior, sendo nove
da delegação brasileira
cionalização do eqüino que chegasse para
os Jogos pelo Rio de Janeiro não foi feita
no aeroporto e, sim, em seu destino: o Complexo
de Deodoro. Porém, no momento do
desembarque, o responsável pelo animal
apresentava os documentos e a equipe fazia
uma pré-inspeção para verificar a saúde do
animal. O procedimento completo seria realizado
somente no Complexo. Essa medida
não foi possível em Viracopos pela distância
entre os locais, mais de 500 km.
A vinda dos cavalos só foi possível graças
à vitória em conjunto do Ministério do Esporte,
do Ministério da Agricultura, Pecuá-

ia e Abastecimento (Mapa), da UFRRJ e do
Exército sobre os carrapatos e outros parasitas
transmissores de doenças. O Complexo
Esportivo de Deodoro foi considerado uma
estação quarentenária, ou seja, estava, de
forma garantida, em uma área livre de parasitas.
“Quando um cavalo participa de uma
competição em outro país, ao retornar, passa
por uma bateria de exames para assegurar
que esteja livre de doenças. Se a competição
é feita em uma área de quarentena, seu
retorno é mais rápido e menos custoso”, diz
Sérgio Bernardes, do Ministério do Esporte.
Para garantir a segurança das instalações,
todos os acessos ao local contavam com
rampas de lavagem e desinfecção de rodas
de veículos e calçados de pessoas que
chegavam a Deodoro. No caso dos veículos
transportadores de animais, a precaução era
ainda maior. Os caminhões e carretas passavam
por postos de limpeza e desinfecção.
O lixo hospitalar era esterilizado no hospital
veterinário do Complexo antes de rejeitado
em definitivo. O Mapa cuidou ainda dos
dejetos orgânicos dos animais, que foram
tratados e descartados na própria estação,
mediante compostagem – reciclagem para
uso como adubo agrícola – de acordo com
as normas ambientais.
153
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

A ação da equipe da Agricultura
A
tuando nos bastidores, o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) trabalhou por quase
dois anos nas preparações para o
Pan. Apenas para defi nir as regras e estabelecer
os critérios de procedimentos a vigorar
durante o evento, os técnicos do Mapa trabalharam
durante 18 meses. Em parceria com a
Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e o
CO-Rio, foi produzida a Instrução Normativa nº
35, de outubro de 2006, que trazia os procedimentos
sanitários que deveriam ser cumpridos
na estada de animais. O documento extrapolava
a segurança dos Jogos, já que protegia o
País de doenças parasitárias não encontradas
aqui ou já erradicadas.
No início de 2007, os serviços ofi ciais de defesa
animal dos países participantes dos Jogos
foram informados sobre os requisitos sanitários
para entrada dos eqüinos no Brasil. Para
não haver mal-entendidos, foram informados
também que, logo ao chegarem ao País, as
delegações teriam de se apresentar aos fi scais
federais. Apenas a um animal, que apresentava
lesões cutâneas, não foi permitido
Equipe do Ministério
da Agricultura vistoriou
a chegada dos animais
154
o ingresso. “O desafi o do Ministério foi criar
uma legislação que garantisse agilidade às
ações, sem prejuízo da vigilância ativa aplicada
durante a competição”, afi rma o chefe
da Divisão de Trânsito Internacional do Mapa,
André Bompet. O órgão voltou a campo para
a parte prática. Os pontos de chegada dos
animais estavam cobertos durante 24 horas.
A rotina da vistoria era tomar a temperatura
e a freqüência cardíaca e respiratória e inspecionar
existência de carrapatos. Técnicos
acompanhavam o trajeto dos animais até Deodoro,
onde providenciavam a desinfecção
dos cascos e os banhos carrapaticidas. Os
produtos de uso veterinário e suplementos
das delegações também passavam por controle.
Times do Ministério acompanhavam as
delegações com animais, no dia de retorno,
até o momento do embarque. Ao fi m do Pan,
emitiram o Certifi cado Veterinário Internacional,
a garantia ofi cial brasileira de que os
eqüinos atendiam às exigências sanitárias do
país de destino. “Foi uma fonte de experiência
e aprendizado. O Brasil está apto a receber
novos eventos desse porte com segurança”,
diz André Bompet.
Foto: Arquivo / UFRRJ

A Embrapa entra na guerra
O
que fazer com os mais de três
mil quilos diários de dejetos produzidos
pelos animais no Complexo
de Deodoro? A solução foi
encontrada pela Embrapa Solos, unidade da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) com sede no Rio de Janeiro: fazer
a compostagem dos detritos, transformando-os
em fertilizante orgânico para utilização
nos parques e jardins da Escola de Equitação
do Exército. O meio ambiente agradece.
Uma vantagem para o trabalho foi que o processo
de compostagem não pede muitos
equipamentos. Para o processo, o primeiro
passo é conhecer os resíduos, em geral, por
meio de análises químicas do material, para
se chegar à composição. Em seguida, faz-se
a coleta e o transporte para o local previamente
preparado para evitar a contaminação
do material onde a compostagem será feita.
Os resíduos devem ser triturados em pedaços
pequenos. Os técnicos chegam à quantidade
de fontes de carbono (palhas e folhas)
que devem ser misturadas ao material rico em
nitrogênio (estercos) para a produção do adubo
orgânico. A mistura pronta é levada a um
campo ou canteiro de compostagem, onde
terá a temperatura e a umidade monitoradas.
No Complexo de Deodoro, o trabalho foi feito
em um pátio dentro do galpão selecionado.
Técnicos agrícolas da Embrapa Solos orientaram
o trabalho de revolvimento, molhamento
e condicionamento das pilhas de cama de
serragem com dejetos. “É muito bacana essa
oportunidade de participar do Pan, gratifi -
cante mesmo. Fomos muito bem recebidos.
É engraçado porque nunca imaginei que meu
trabalho na Embrapa me levaria aos Jogos”,
disse Gustavo Tato, técnico agrícola.
Especialmente para o Pan, a Embrapa Solos
agregou conhecimento técnico quanto ao
uso de pó de rocha rica em mineral zeolita
e de uréia (fertilizante nitrogenado), misturados
com os dejetos animais, para controle
de maus odores e melhora da efi ciência da
compostagem.
O reconhecimento internacional
155
A
lém do legado para o Brasil, o
Rio de Janeiro e o Exército, o
projeto de eliminação de carrapatos
gerou reconhecimento
para as instituições de ensino e pesquisa
líderes da ação. Em fevereiro de 2008, a
equipe da UFRRJ esteve em Moscou (Rússia),
no Congresso da Associação Mundial
de Veterinária Eqüina (WEVA, na sigla em
inglês), para expor os resultados do sucesso
no Pan. O foco do interesse internacional
é o controle de carrapatos em um
evento, já que as infestações causam problemas
também em outros países. E uma
curiosidade: os países mediterrâneos sofrem
mais que os nórdicos, já que o aquecimento
global contribui para a disseminação
dos parasitas. “O esforço do governo
federal, com o apoio de nossas instituições
científicas, teve grande êxito. O fruto desta
vitória é um legado esportivo e científico
importante, conforme deixa claro o reconhecimento
internacional”, conclui Sérgio
Bernardes, do Ministério do Esporte.
Grande parte desta herança beneficia o
esporte nacional e as organizações militares.
Ficam os equipamentos, os profissionais
especializados, o conhecimento
assimilado e a experiência em ações ambientais.
No Complexo Esportivo de Deodoro,
as instalações estão preparadas
para receber não apenas treinamento de
atletas de tiro, hipismo, pentatlo e hóquei,
como as maiores disputas internacionais
civis e militares.
A comunidade acadêmica também é beneficiada
com acesso aos equipamentos,
processos metodológicos e conhecimento
de ponta adquiridos. Um exemplo prático
deste legado foi sua aplicação pelos cursos
de pós-graduação em Ciências Veterinárias
e Medicina Veterinária da UFRRJ,
os quais possuem níveis de elevada conceituação
reconhecidos pela Capes e o
CNPq, vinculados ao Ministério da Educação
e ao Ministério de Ciência e Tecnologia,
respectivamente.

Campinas
Viracopos
TRATAMENTO DE PRIMEIRA
Exames sofisticados, escolta policial, alimentação balanceada. Os procedimentos
e cuidados desenvolvidos para as estrelas do hipismo nos Jogos Pan-americanos
No desembarque nos aeroportos do
1
Galeão (RJ) e Viracopos (SP), o
responsável pelos cavalos deve apresentar o
CZI (Certificado Zôosanitario Internacional), o
documento que é um atestado oficial de saúde
do eqüino. Em Viracopos, os cavalos passaram
por uma avaliação clínica, na qual foram
examinados pêlo, mucosas, cascos, pressão
arterial, coração e pulmão. Também foi
coletado sangue para um exame que detecta a
presença de parasitas. Do aeroporto paulista,
os animais seguiram de caminhão para o Rio.
1
SÃO PAULO
MINAS
GERAIS
Oceano
Atlântico
Rodovia
Presidente
Dutra
Brasil
RIO DE
JANEIRO
Realengo
Nos cavalos
2
desembarcados no
Aeroporto Internacional do
Galeão, no Rio, foi feita uma
pré-inspeção, um procedimento
visual no qual eram verificadas
as condições gerais do animal.
O exame completo foi realizado
na chegada ao Complexo
de Deodoro, para onde foram
transportados após a chegada
à cidade-sede.
156
6
2
COMPLEXO
DE DEODORO
Nos caminhões, os animais
3
eram colocados em
posição transversal e amarrados
pelo cabresto às paredes do
veículo. Cada cavalo era
separado por uma baia.
O transporte foi realizado
por 10 veículos, cada um
com capacidade para carregar
entre 5 e 13 animais.
Rodovia
Presidente
Dutra
Guadalupe
Madureira

pe
a
3
No espaço destinado aos
4
eqüinos, havia água, alimentação
e um sistema de ventilação.
Foi instalado um circuito interno
de TV que permitia ao motorista
acompanhar a movimentação dos
animais. Telas impediam a entrada
de corpos estranhos, como
parasitas, no compartimento de carga.
A área ocupada pelos cavalos era
higienizada e desinfetada.
Av. Brasil
Município do
Rio de Janeiro
4
Penha
Linha Amarela
Av. Brasil
Bonsucesso
O caminhão, que era
5
lacrado na partida, seguia
rumo ao Complexo de Deodoro
com a escolta de batedores das
polícias rodoviária e militar.
A distância que separa o
Aeroporto de Viracopos e
Deodoro é de cerca de 500 km.
Do Galeão ao Complexo
são 25 km. Não houve
paradas pelo caminho.
Linha Vermelha
Ramos
CARGA VIVA
157
Na chegada, o lacre do caminhão
6
era retirado e o número, conferido.
Após o desembarque, os animais eram
encaminhados à área de quarentena,
onde ficavam 24 horas sob observação.
Fiscais agropecuários faziam rondas de
quatro em quatro horas para
acompanhar o estado de saúde deles.
Após esse procedimento, os eqüinos,
que podem custar até US$ 1 milhão,
eram liberados e encaminhados para os
estábulos. De lá partiam para os locais
de competição.
Aeroporto Internacional
Antônio Carlos Jobim
ILHA DO GOVERNADOR
5
ILHA DO
FUNDÃO
2
Ponte Rio-Niterói
Baía de
Guanabara

Foto: Bruno Miani / CBAt
Foto: Satiro Sodré / CBDA
O LEGADO
ESPORTIVO
PARA UMA
NOVA ERA
158
Foto: Luiz Alvarenga / CO-Rio
Foto: Wilson Dias / ABr

Foto: Bruno Miani / CBAt
Foto: Luiz Alvarenga / CO-Rio
Foto: Satiro Sodré / CBDA
Movido a fortes investimentos federais,
o Brasil fez história nos Jogos. A construção
de instalações modernas, a compra de
equipamentos e a entrega de recursos para
os atletas criaram o maior e mais diversifi cado
legado da trajetória esportiva do País.
A importância deste processo
apenas começa a ser sentida
159
Hudson de Souza, Pedro Lima,
Thiago Perreira, Maureen Maggi,
Diogo Silva , Cesar Cielo
(em sentido horário) e
Jadel Gregório (no centro):
em comum, o alto do pódio
com o ouro no Pan

160
CO-Rio
/
Jade brilha no novo solo da Arena
Divulgação
Multiuso. A ginástica ganhou
R$ 1,3 milhão em equipamentos Foto:

Investimento é igual a resultado
O
mundo subverteu várias vezes sua
própria ordem nas últimas décadas.
E, para as grandes competições
internacionais, não sobrou
outra saída a não ser vir junto. Disputas multiesportivas
como os Jogos Olímpicos e Panamericanos
passaram por imensas transformações.
A ampliação da cobertura de tevê, a
explosão do marketing esportivo, o surgimento
da Internet e a revolução sócio-urbanística
promovida nos países e cidades-sede transformaram
essas disputas em legítimas máquinas
geradoras de desenvolvimento.
Mas por trás de todas essas mudanças e inovações
ainda está aquele que é a essência de
qualquer espetáculo dessa natureza: o esporte.
Nada consegue ser mais simbólico e marcante
do que o suor despejado por um atleta
na eterna batalha pela superação de seus limites.
Tem sido assim desde a Grécia Antiga,
berço dos jogos que milênios depois se tornariam
as Olimpíadas da Era Moderna.
Matéria-prima de qualquer grande competição,
o esporte e seus poderosos desdobramentos
sociais foram as prioridades do governo
federal em sua ação na parceria para a
organização dos Jogos Pan e Parapan-americanos
Rio 2007. As medidas para a área foram
debatidas e executadas muito antes de
a ciclista canadense Cathereni Pendrel conquistar
a primeira medalha de ouro no Rio, no
mountain bike feminino. O esporte foi um dos
alicerces do Plano Estratégico de Ações Governamentais
(PAG), documento que defi niu
as diretrizes e linhas de atuação da União no
Pan. O objetivo principal na área esportiva do
documento era apoiar a realização dos Jogos
disseminando a cultura do esporte e ampliando
a capacidade nacional de organizar competições
e formar atletas.
A atuação dos entes organizadores do Pan
deixou para o Rio e o País o mais complexo
e diversifi cado legado esportivo oferecido aos
brasileiros na história. E, pelo seu potencial, a
importância social deste fato apenas começa
a ser sentida. As instalações de alto nível construídas
tornaram o Rio de Janeiro dono de uma
das mais modernas e diversifi cadas plataformas
esportivas reunidas em uma única cidade
em todo o mundo. Ainda há pontos a serem
aprimorados, mas o que existe hoje oferece ao
Brasil as condições de abrigar campeonatos e
torneios internacionais nos próximos anos.
Os equipamentos esportivos importados pelo
Ministério do Esporte estão sendo incorporados
ao patrimônio de clubes e confederações
das modalidades e utilizados para o aprimoramento
dos atletas de alto rendimento. Os
recursos liberados para treinamento e intercâmbio
de equipes e treinadores contribuíram
para que o Brasil conquistasse um excelente
terceiro lugar no Pan, atrás de Cuba e dos Estados
Unidos, e a festejada primeira posição
no Parapan. Juntos, esses elementos seguramente
permitirão a conquista de ótimos resultados
em competições posteriores. Por fi m, a
divulgação trazida pelos Jogos pode se tornar
um catalisador para o crescimento de modalidades
pouco conhecidas no País. O badminton,
por exemplo, começa a ser praticado por
estudantes da rede pública de grandes cidades
brasileiras.
O resultado desta mudança de estrutura para o
esporte nacional começou a ser registrado nos
próprios Jogos Pan e Parapan-americanos.
Nunca o País conquistou tantas medalhas em
uma única edição do Pan. Em números absolutos,
com 52 medalhas de ouro, 40 de prata
e 65 de bronze, ultrapassou a poderosa Cuba.
Por ter freqüentado menos o alto do pódio, terminou
atrás da ilha caribenha. Agora, o objetivo
do movimento olímpico brasileiro é defi nir a
melhor maneira de utilizar essa estrutura para
que o legado deixado pelo Pan se traduza em
bons resultados nos próximos anos e décadas.
161

Foto: Aldo Dias / Ministério do Esporte
162
O hipismo brasileiro
ganhou quatro medalhas
nas modernas instalações
do Complexo de Deodoro

O futuro começa aqui
O
primeiro desafi o é estabelecer qual
será o modelo de gestão das instalações
esportivas construídas ou
reformadas para o Pan. O ideal é
que se criem mecanismos para torná-las autosufi
cientes sem comprometer o papel fundamental
no desenvolvimento e no aprimoramento
do esporte de alto nível no País. Oito novos locais
de competição foram erguidos e cinco outros revitalizados
para receber os Jogos. As obras, de
construção e reforma, foram repartidas entre os
governos federal, estadual e municipal.
As oito novas instalações foram o Centro Nacional
de Hipismo General Eloy Menezes, o
Centro Nacional de Tiro Esportivo Tenente
Guilherme Paraense, o Centro de Hóquei sobre
Grama Sargento João Carlos de Oliveira e
o Centro de Pentatlo Moderno Coronel Eric Tinoco
Marques, todos situados nas dependências
do Complexo Esportivo de Deodoro, zona
norte do Rio; o Estádio Olímpico João Havelange,
o Engenhão, no Engenho de Dentro; a
Arena Olímpica (Multiuso), o Parque Aquático
Maria Lenk e o Velódromo da Barra, integrantes
do Complexo Cidade dos Esportes, em Jacarepaguá.
Foram reformados o Estádio Mário
Filho (Maracanã), o Ginásio Gilberto Cardoso
(Maracanãzinho) e o Parque Aquático Júlio Delamare,
as três instalações do Complexo do
Maracanã; o Estádio de Remo da Lagoa; e o
Complexo Miécimo da Silva.
Também foram erguidas várias instalações
provisórias. São elas: Cidade do Rock (beisebol
e softbol), Complexo Esportivo Riocentro
(badminton, boxe, esgrima, ginástica rítmica,
trampolim acrobático, handebol, judô, levantamento
de peso, futsal, lutas, taekwondo e tênis
de mesa), Morro do Outeiro (mountain bike e
ciclismo BMX), Praia de Copacabana (vôlei de
praia, maratonas aquáticas e triatlo), Marina da
Glória (regatas de vela) e Parque do Flamengo
(ponto de chegada da maratona, da marcha
atlética e do ciclismo de estrada). Dois endereços
particulares também prestaram serviço ao
Rio 2007: o Marapendi Country Club, sede do
tênis, e o Barra Bowling, que serviu ao boliche.
O grande legado do Pan será perpetuado, no
163
entanto, nas instalações defi nitivas. Nelas treinarão
nossos melhores atletas de hoje. Delas
sairão os futuros talentos do esporte brasileiro.
Grandes educadores esportivos, futuros formadores
de atletas, poderão ser preparados
nesses espaços. A seguir, os principais fatos
esportivos abrigados nessas plataformas durante
os Jogos. E o potencial de contribuição
de cada uma delas para o aprimoramento da
prática esportiva no País:
Complexo de Deodoro
– A casa das novas modalidades
para os brasileiros
Principal obra do governo federal nos Jogos
Pan e Parapan-americanos, o Complexo foi
construído com recursos da União e tornou-se
palco de fortes emoções do esporte brasileiro
nos Jogos, como a inédita medalha de ouro
para o pentatlo moderno feminino, façanha da
atleta Yane Marques, o triunfo da equipe brasileira
de saltos no hipismo, o inédito bronze
no concurso de adestramento e os ouros do
futebol de 5 e de 7 no Parapan. Desde então,
Deodoro abrigou diversas competições que
reafi rmaram sua vocação de se tornar centro
de excelência e desenvolvimento para as modalidades
que abriga: hipismo, pentatlo moderno,
tiro esportivo e hóquei sobre grama. Lá
ocorreram desde disputas de âmbito mundial
até local, passando por sul-americanas e estaduais,
com a presença de grandes atletas dos
respectivos esportes (ver quadro seguinte). O
Complexo será também a instalação base dos
Jogos Mundiais Militares de 2011, que terão o
Brasil como sede pela primeira vez, reunindo
mais de 5 mil atletas de 128 países.
A utilização desta estrutura depois do Pan estava
prevista desde julho de 2004, no Termo
de Cooperação assinado entre o Ministério do
Esporte e o Comando do Exército. O documento
formalizou o início das ações entre os
dois parceiros para construir as instalações
e também defi niu as obrigações de cada um
deles. O Ministério fi cou responsável pela execução
das obras e o custeio da manutenção
dos centros esportivos após a construção.

EVENTOS REALIZADOS EM DEODORO DEPOIS DO PAN E DO PARAPAN, ATÉ SETEMBRO DE 2008
2007
Campeonato Brasileiro de Tiro com Arco
Campeonato de Hipismo do Exército
Campeonato Brasileiro de Hóquei sobre Grama
Campeonato Mundial de Futebol de 7
Campeonato Sul-americano Open de Pentato Moderno
2008
1ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Fossa Olímpica
Campeonato Sul-americano de Tiro Esportivo
Copa do Mundo da Federação Internacional de Tiro Esportivo (ISSF)
1ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Skeet
2ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola de Ar e Carabina de Ar
1ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola de Ar 50m masculino
Campeonato Brasileiro de Saltos Mini-mirim, Mirim, Júnior e Jovens Cavaleiros
Seletiva Nacional de Hipismo para as Olimpíadas de 2008
Treinamento da Seleção Masculina de Hóquei sobre Grama para o Campeonato Sul-americano
I Copa Cidade do Rio de Janeiro de Tiro Esportivo
3ª Etapa de Treinamento da Seleção Brasileira de Futebol de Sete
Temporada de Saltos da Escola de Equitação do Exército
4ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola de Ar e Carabina de Ar
2ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Fossa Olímpica
1ª etapa do Campeonato Brasileiro de Pistola de Ar e Carabina de Ar (provas on-line com competições em Deodoro)
Seletiva de Tiro das Forças Armadas
2ª etapa do Campeonato Brasileiro de Pistola de Ar e Carabina de Ar (provas on-line com competições em Deodoro)
5ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola de Ar e Carabina de Ar
3ª etapa do Campeonato Brasileiro de Pistola de Ar e Carabina de Ar (provas on-line com competições em Deodoro)
6ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola de Ar e Carabina de Ar
4ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Mira Aberta
2ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola de Ar 50m masculino
1ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola Standard
1ª etapa do Campeonato Estadual de Escolinhas de Hóquei sobre Grama
3ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Skeet
2ª etapa do Campeonato Estadual de Escolinhas de Hóquei sobre Grama
Campeonato Brasileiro de Hóquei sobre Grama masculino
Etapa de Hipismo da Comissão de Desportos do Exército
Preparação da Seleção Brasileira Masculina de Hóquei sobre Grama para Torneio da Lusofonia
Campeonato Brasileiro de Hóquei sobre Grama feminino
2ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola Standard
2ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Tiro Rápido
3ª etapa do Campeonato Estadual de Escolinhas de Hóquei sobre Grama
7ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola de Ar e Carabina de Ar
5ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Pistola de Ar 50m masculino
1ª etapa do Campeonato Carioca de Hóquei sobre Grama
1ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Fogo Central
XXXIII Campeonato Centro Brasileiro (CENBRA) de Pistola de Ar e Carabina de Ar
4ª etapa do Campeonato Brasileiro de Pistola de Ar e Carabina de Ar (provas on-line com competições em Deodoro)
2ª etapa do Campeonato Carioca de Hóquei sobre Grama
3ª etapa do Campeonato Estadual de Tiro Esportivo Fossa Olímpica
164

Foto: Bruno Miani / CBAt
O Comando do Exército se comprometeu a
ceder o espaço aos Jogos e a regulamentar as
atividades esportivas futuras de formação e de
alto rendimento. O bom relacionamento entre
o Ministério do Esporte e o Exército continua
após a competição. No fi nal de 2007, os dois
órgãos assinaram protocolo de intenções para
a reforma de um ginásio para treinamento de
judô em Deodoro. Pelo acordo, o Ministério repassaria
ao Exército os recursos necessários
à obra e, após a conclusão, o local seria destinado
à Federação de Judô do Estado do Rio
de Janeiro, que se tornaria gestora do espaço.
João Havelange – O Rio ganha
um dos estádios mais modernos
do mundo
Uma das mais belas e imponentes instalações
construídas para os Jogos, o Estádio Olímpico
João Havelange, o Engenhão, recebeu partidas
de futebol e as provas de atletismo durante
o Pan e o Parapan. Suas linhas arrojadas
e o design inovador testemunharam grandes
feitos protagonizados por atletas brasileiros e
das Américas. Ficará para sempre registrado
o ouro de Jadel Gregório no salto triplo, de
Maurren Maggi no salto em distância, da equipe
do revezamento nos 4 x 100, time formado
por Vicente Lenilson, Rafael Ribeiro, Basílio de
Moraes e Sandro Viana, e o ouro inédito até o
Pan de Hudson de Souza nos 1,5 mil metros
e de Fabiana Murer no salto com vara. As vitórias
ajudaram o atletismo brasileiro a bater
seu recorde absoluto de medalhas em Pans.
Foram 23 no total (nove de ouro, cinco de prata
e nove de bronze).
O sucesso se repetiu no Parapan. O atletismo
paraolímpico brasileiro fechou os Jogos com
72 medalhas, seu melhor desempenho em Parapans.
Na moderna pista do Engenhão brilharam
as estrelas dos velocistas Lucas Prado,
que na sua estréia conquistou ouro nos 100,
200 e 400 metros rasos na classe T-11 (cegos),
e Terezinha Guilhermina, que, num duelo inesquecível
com Ádria dos Santos, fi cou com a
medalha de ouro nos 200 metros rasos da classe
T-11. As duas são consideradas as melhores
do mundo nessa distância. Destaque também
para o fundista Odair Santos, ouro nos 10 mil,
5 mil e 1,5 mil metros na classe T-12 (baixa visão)
e para a arremessadora Roseane Ferreira
dos Santos, a simpática Rosinha, ouro no lançamento
de disco na classe F-58 (amputados).
O Engenhão é um dos mais modernos estádios
do mundo. Em agosto de 2007, a Prefeitura do
Rio, fi nanciadora da obra, fez a concessão do
João Havelange por 20 anos a um consórcio
165
A equipe do
revezamento 4x100
do Brasil, Sandro,
Lenilson, Rafael
e Basílio: ouro no
moderno Engenhão

formado pelo tradicional Botafogo de Futebol
e Regatas e duas empresas estrangeiras. O
valor do aluguel mensal pago à Prefeitura é de
R$ 36 mil. Atualmente, o estádio é usado para
os jogos de futebol do Botafogo.
Na opinião do presidente da Confederação
Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta de
Melo, o estádio deve se tornar o grande palco
do atletismo sul-americano. “O Engenhão
nasceu para ser grande. Precisa abrigar outras
grandes disputas, como campeonatos
mundiais, meetings internacionais e o nosso
grande sonho, as Olimpíadas de 2016”, afi rma
Gesta. O dirigente acredita que, em função do
alto custo de manutenção, a parceria com o
Botafogo foi a melhor saída para a administração
do espaço.
Cidade dos Esportes – Palco de uma
enxurrada de medalhas
Erguido no Autódromo Nélson Piquet, em Jacarepaguá,
zona oeste do Rio, o Complexo Esportivo
Cidade dos Esportes contribuirá para
o desenvolvimento, no País, de algumas modalidades
que abrigou durante os Jogos.
O Parque Aquático Maria Lenk, obra
que contou com R$ 60 milhões de
investimentos do governo federal,
teve uma estréia em grande
estilo. Nas piscinas do
Maria Lenk, batizado
assim em homenagem
à primeira
A beleza do movimento
de Juliana Veloso no
Parque Aquático
Maria Lenk, custeado
pela União, que teve a
gestão entregue ao COB
166
nadadora brasileira a competir numa Olimpíada,
a natação brasileira obteve seu melhor
desempenho em Pan-americanos.
Foram 24 medalhas (dez ouros, cinco pratas
e nove bronzes), já excluindo aquelas
que foram retiradas pela Odepa em razão
de doping da nadadora Rebeca Gusmão.
E muitos episódios memoráveis para os amantes
da modalidade. Com oito pódios, o nadador
Thiago Pereira quebrou o recorde geral
de medalhas obtidas em um único Pan. Até o
Rio 2007, essa marca pertencia ao exnadador
Djan Madruga, que conquistara
seis no Pan de San
Juan, Porto Rico, em
1979.

No vácuo de Thiago, seus colegas César
Cielo e Kaio Márcio conquistaram resultados
expressivos nas suas provas. Seguindo
o exemplo do masculino, as meninas
da natação tiveram sua melhor atuação
em Pans. Apesar de o sonhado ouro ter
escapado, as brasileiras conquistaram
uma prata (Fabíola Molina, nos
100 metros costas) cinco bronzes e
um número recorde de finais panamericanas.
Os saltos ornamentais
e o nado sincronizado também mostraram
grande evolução.
No Parapan, o Parque Maria Lenk presenciou
mais uma chuva de medalhas. Sozinha,
a natação do Brasil conquistou 108 medalhas.
Destaque para a incrível atuação do
estreante Daniel Dias, recordista absoluto
dos Jogos, com oito ouros em oito caídas
na água. Seu companheiro Clodoaldo Silva
obteve sete ouros e uma prata e André Brasil
seis ouros, com três recordes mundiais. O
trio teve papel decisivo na conquista brasileira
do primeiro lugar na classificação geral
dos Jogos, feito inédito para o País. Para
que as conquistas dos esportes aquáticos
se tornem rotina, o Comitê Olímpico Brasileiro
(COB) fez acordo com a Prefeitura do
Rio para assumir a gestão do Parque Aquático.
Em março de 2008, o COB assumiu as
despesas administrativas e funcionais da
instalação. O COB pretende transformá-lo
em um centro de treinamento para atletas
de alto rendimento e um celeiro de futuros
ídolos. Deseja também que as piscinas do
Parque Aquático recebam grandes competições
internacionais. A primeira delas foi o
Troféu Mundial de Nado Sincronizado, disputado
ali em outubro de 2007, no qual
o Brasil fechou sua participação em
sexto lugar na classificação geral,
uma acima da edição anterior,
na Rússia, em 2006.
167
Foto: Satiro Sodré / CBDA

Foto: Alex Ferro / CO-Rio
168
Para vários ciclistas que vieram ao Pan,
a pista do Velódromo é uma das melhores
do mundo. O COB administra o espaço

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
Construído a poucos metros do Maria Lenk, o
Velódromo teve o mesmo destino do vizinho.
Assim como no Parque Aquático, o COB assumiu
a administração do local. Considerado
o mais moderno da América do Sul e equipado
com a única pista coberta do continente
– importada da Holanda com recursos de
R$ 2.113.288,19 do Ministério do Esporte –,
ele será fundamental para o desenvolvimento
do ciclismo de pista, modalidade ainda sem
resultados expressivos e com poucos praticantes
se comparada aos seus pares do ciclismo
de estrada, mountain bike e BMX. O
esporte é um dos mais plásticos e emocionantes
da grade olímpica. Alia força física,
velocidade e habilidade, elementos apreciados
por público, fotógrafos e repórteres
cinematográfi cos das tevês. O ciclismo de pista
distribui uma boa quantidade de medalhas
em Pans e Olimpíadas. Não por acaso, países
que investem na modalidade costumam terminar
essas competições entre os primeiros.
Por isso, ela merece toda a atenção e um belo
planejamento estratégico de desenvolvimento.
Em parceria com o COB, a Confederação Brasileira
de Ciclismo (CBC) pretende fazer do
O basquete masculino
conquistou o tricampeonato
do Pan na Arena
Velódromo um centro de treinamento da modalidade
no País. Para isso, planeja trazer técnicos
estrangeiros para acompanhar os atletas
da equipe. A CBC também tem projetos com a
Prefeitura, fi nanciadora do espaço, para abrir
a área a ciclistas mirins da comunidade instalada
nos arredores do Complexo. Além de
revelar novos talentos, a idéia é aproveitar a
área interna da instalação para dar noções de
trânsito e de cidadania.
Das três instalações do Complexo do Autódromo
Nélson Piquet, a Arena Multiuso foi a
primeira a ter seu destino resolvido. Por 50
anos, foi concedida pela Prefeitura ao grupo
francês GL Events, o mesmo que administra
o Riocentro. Até junho de 2016, os franceses
pagarão aluguel mensal de R$ 269,6
mil, que poderá ser reajustado no período.
Após os Jogos, o local que assistiu à despedida
da ala Janeth da Seleção Brasileira
de Basquete Feminino, o ouro do basquete
masculino e as impecáveis apresentações
dos ginastas Diego Hypólito e Jade Barbosa,
recebeu o Mundial de Judô, cujo contrato
havia sido assinado na época da realização
das obras. A competição consagrou o
169

Parque Aquático Júlio Delamare,
que compõe o Complexo
do Maracanã, sediou as partidas
de pólo aquático do Pan
gaúcho João Derly, o paulista Thiago Camilo e
o brasiliense Luciano Correia. O trio conquistou
três ouros e garantiu ao País o segundo
lugar no quadro geral do torneio, a melhor
participação da história do País em mundiais
da modalidade. Mas nem só do suor e da disposição
dos atletas vive a Arena. Em fevereiro
de 2008, ela foi palco do show do lendário
músico e compositor americano Bob Dylan.
Na seqüência, apresentaram-se os roqueiros
Ozzy Osbourne e Rod Stewart e o cantor pop
Seal. Foram os primeiros de uma extensa lista
de atrações que podem ajudar a consolidar a
entrada do Rio de Janeiro no circuito dos grandes
shows internacionais.
Complexo do Maracanã –
Vida nova para a mais tradicional
instalação do Rio
Formado por quatro instalações – o Estádio
Mário Filho, o Ginásio Gilberto Cardoso, o Par-
170
que Aquático Júlio Delamare e
o Estádio de Atletismo Célio de
Barros –, o Complexo do Maracanã,
com boa parte das obras
fi nanciada pela União, produziu
cenas memoráveis nos Jogos.
Fatos que enriqueceram ainda
mais a história de um lugar que
abrigou uma fi nal de Copa do
Mundo, a de 1950, partidas de futebol
antológicas, o milésimo gol
do Rei Pelé, o Atleta do Século, e
o nascimento da Geração de Prata,
o time que começou a transformar
o vôlei brasileiro em uma
usina geradora de conquistas.
No estádio do Maracanã, mais
de 60 mil torcedores empurraram
a Seleção Feminina de Futebol
para o bicampeonato da
categoria no Pan. Foi uma tarde
inesquecível, na qual torcedores
de todos os times do Brasil se
uniram para acompanhar o show
do esquadrão comandado por
Marta, eleita duas vezes a melhor
jogadora do mundo pela Fifa. As americanas
não viram a cor da bola. O placar de 5 x 0 para
o Brasil foi até modesto, tal a superioridade da
equipe canarinho. Ao fi nal da partida, Marta
chorou ao ser questionada sobre o signifi cado
de conquistar o título do Pan naquele que é
considerado o templo sagrado do futebol brasileiro.
“Ver aquela multidão em festa é algo indescritível.
Foi o dia mais feliz da minha vida”,
disse a jogadora.
Foto: Ricardo Brandão / CBDA
A poucos metros do maior do mundo, o renovado
Ginásio Gilberto Cardoso, o Maracanãzinho,
agora com ar-condicionado centralizado,
piso fl utuante e moderno placar central, abrigou
mais uma verdadeira aula da equipe de voleibol
masculino do Brasil. O time bicampeão
mundial e bicampeão olímpico simplesmente
não tomou conhecimento dos adversários e
conquistou, com relativa facilidade, o terceiro
título pan-americano de sua história – os outros
foram os de São Paulo, em 1963, e Ca-

acas (Venezuela), em 1983. Na fi nal, a equipe
comandada pelo técnico Bernardo Resende, o
Bernardinho, venceu os Estados Unidos por 3
x 0 e levou ao delírio os mais de 13 mil torcedores
no ginásio. Dias antes, a Seleção Feminina
deixou escapar o tetracampeonato do Pan ao
ser derrotada por Cuba por 3 x 2, em um jogo
dramático e emocionante.
O Parque Aquático Júlio Delamare foi a terceira
instalação do complexo a ser utilizada no
Pan. Nas suas piscinas foram disputadas as
partidas de pólo aquático. Na categoria masculina,
o Brasil teve ótimo desempenho. Após
uma bela campanha, os brasileiros tiveram o
sonho do ouro interrompido pela forte seleção
americana, que venceu a partida fi nal. No
feminino, conquistado também pelos EUA, o
Brasil acabou na quarta colocação. O Estádio
de Atletismo Célio de Barros não teve agenda
no Pan, porque as provas da modalidade foram
disputadas no Engenhão, mas o local foi
suporte para os trabalhos das equipes empenhadas
na montagem das cerimônias de abertura
e encerramento.
Desde o fi m dos Jogos discute-se o que deve
ser feito do Complexo do Maracanã, principalmente
do estádio de futebol, incluído no programa
da Copa do Mundo de 2014. O governo
do Estado do Rio de Janeiro pretende revitalizá-lo
completamente para a maior competição
do futebol mundial. O desejo é que o Maracanã,
construído em 1950 para a disputa da
primeira e até agora única Copa do Mundo realizada
no País, seja o cenário do jogo fi nal de
2014. Seria a oportunidade de a Seleção Brasileira
conquistar o esperado título no maior dos
palcos do futebol pentacampeão mundial.
O ex-presidente da Superintendência de Desportos
do Estado do Rio de Janeiro (Suderj)
Eduardo Paes diz que o governo fl uminense
pretende atrair a iniciativa privada para o projeto
de modernização do Mário Filho. “A entrada
de atores privados trabalhando com o setor
público na gestão de equipamentos esportivos
é a solução. Trabalhamos para isso ocorrer em
plenitude no Maracanã. Em 2007, o estádio
deu lucro pela primeira vez, mostrando que o
modelo é viável”, afi rma.
171
A craque Marta em ação no Maracanã:
reforma do complexo e valorização
do futebol feminino como heranças
Foto: Aldo Dias / Ministério do Esporte

Estádio de Remo da Lagoa
– Espaço para lazer e competições
Uma das instalações esportivas mais tradicionais
do Rio de Janeiro, o Estádio de Remo
da Lagoa Rodrigo de Freitas abrigou as competições
de remo, esqui aquático e canoagem
de velocidade. Sede de duelos marcantes
entre clubes que tiveram sua origem no
esporte, como Flamengo, Vasco e Botafogo,
o estádio irradiou fortes emoções durante os
Jogos. Modalidade estreante, o wakeboard,
na qual o atleta é puxado por uma lancha
enquanto faz manobras radicais sobre dois
esquis presos aos pés, deu ao paulistano
Marcelo Giardi, o Marreco, a honra de ser o
primeiro medalhista de ouro do esporte na
história do Pan.
Na canoagem de velocidade, outro feito relevante.
O K-4 brasileiro, formado pelos atletas
172
Sebastian Cuattrin, Roberto Maehler, Guto
Campos e Edson Silva, venceu a disputa na
prova dos 1.000 metros. Após o Pan o estádio
retomou suas reformas. A responsável
pela obra é a concessionária Glen, que planeja
instalar um centro de lazer e apoiar a realização
de competições de remo.
Complexo Miécimo da Silva – Iniciação
esportiva para a comunidade
Administrado pela prefeitura do Rio, o Complexo
Miécimo da Silva, em Campo Grande,
zona oeste da cidade, presenciou um feito. Ali,
o caratê brasileiro conquistou duas medalhas
de ouro, outras duas de prata e três bronzes.
Lucélia Ribeiro, na categoria até 58 kg, e o
surpreendente Juarez dos Santos, acima dos
80 kg, levaram as douradas. O excelente desempenho
deu ao Brasil o título da modalidade,
deixando para trás Cuba e República Do-
A canoagem K4, ouro
na Lagoa: recursos do
governo federal para
compra de equipamentos
Foto: Rodrigo Ramirez / CBCA

O gaúcho Marcel Sturmer
conquistou o bicampeonato
Pan-americano da patinação
artística no Complexo
Miécimo da Silva
minicana, potências do esporte nas Américas.
Quem também fez bonito por aqueles lados
foi o gaúcho Marcel Sturmer. Ele conquistou
o bicampeonato pan-americano na patinação
artística, que estreou em Pequim 2008 como
modalidade convidada (as medalhas distribuídas
não são ofi cialmente reconhecidas e nem
computadas no quadro geral).
A paulista Juliana Almeida fi cou com a medalha
de bronze no feminino. Além do caratê
e da patinação artística, o Miécimo da Silva
abrigou as disputas de squash, em que o Bra-
sil conquistou um bronze por equipes, e algumas
partidas do torneio de futebol.
O Complexo tem sido utilizado pela Prefeitura
como um equipamento de apoio à iniciação esportiva
da comunidade vizinha. Além da vocação
comunitária, nos últimos anos o Miécimo abrigou
também importantes competições esportivas
internacionais, como o Grand Prix de Atletismo,
uma etapa da Copa do Mundo de Natação, a
Copa do Mundo de Ginástica, a Copa do Mundo
de Judô para Defi cientes Visuais e os Jogos
Mundiais de Cadeiras de Rodas e Amputados.
173
Foto: Divulgação / CBPA

Equipamentos que valem ouro
P
ara instalações de alto nível, nada
melhor que equipamentos esportivos
novos, modernos e com alta
tecnologia incorporada. Tudo para
que os atletas brasileiros tivessem condições
de treinar com peças de última geração, até
então exclusividade de competidores das potências
olímpicas mundiais. Por solicitação das
Confederações Brasileiras, o governo federal
atendeu à necessidade de renovar o parque
de material esportivo do País, com a aquisição
de mais de 251 mil peças para 43 modalidades
Convênio Convenente
A novidade: o vôlei reencontrou
a torcida no novo Maracanãzinho.
A rotina: eles ganharam o ouro
Valor fi nal
do convênio
– em R$
174
olímpicas e paraolímpicas, todos homologados
pelas respectivas Federações Internacionais.
Em seis convênios, cinco com o Comitê
Olímpico Brasileiro e um com o Comitê Organizador
dos Jogos, fi rmados entre junho de
2004 e junho de 2007, o Ministério do Esporte
investiu R$ 15.496.219,14 na aquisição de equipamentos,
a maioria importada, sem similar no
Brasil. Esse material foi utilizado na preparação
e no treinamento da delegação brasileira e
nas competições dos Jogos Pan-americanos
e Parapan-americanos. Veja a lista:
Valor gasto pelo
Ministério do
Esporte (R$)
Número de
modalidades
benefi ciadas*
147/2004 COB 7.289.395,21 7.034.195,21 16
172/2004 COB 3.976.559,42 3.808.359,42 12
299/2006 COB 3.895.042,81 3.719.073,07 23
058/2007 COB 88.539,14 68.730,07 6
002/2007 COB 415.075,85 396.212,61
054/2007 CO-Rio 469.648,76 469.248,76
Pregão
eletrônico
*Olímpicas e paraolímpicas
---- ------ 18.604,80
Tiro ao Prato:
aquisição de máquina
do tiro e seus
apetrechos
Hipismo: compra de
obstáculos das provas
6.860 bolas para sete
modalidades
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

PRINCIPAIS AQUISIÇÕES DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS
PAGOS COM RECURSOS DO MINISTÉRIO DO ESPORTE:
ESPORTES OLÍMPICOS PRINCIPAIS ITENS ADQUIRIDOS
Atletismo
Badminton
Basquete 4 pares de tabelas
Beisebol
200 barreiras, 36 blocos de partida, 6 colchões de espuma para saltos,
10 medidores de diversas modalidades, 50 sarrafos para saltos,
24 sinalizadores de raias, 90 dardos de diversos tipos, 4 revólveres,
50 obstáculos fi xos e móveis, 4 indicadores de vento, 12 discos,
12 pesos ofi ciais, 12 martelos, 22 trenas de aço, 91 varas de salto
em diversas alturas, 3 relógios regressivos, 32 cronômetros digitais,
4 plataformas para juízes, 11 suportes para dardos, discos, martelos,
varas, etc., 2 aparelhos para medição de salto com vara, 80 cubos
numerados para sinalização de arremessos e lançamentos
90 tubos de petecas, 200 dúzias de petecas, 10 quadras Tarafl ex,
10 pares de poste, redes Super Din, 10 cadeiras para árbitros
400 dúzias de bolas, 65 jogos de bases/prato, 212 tacos de diversos
modelos, 16 protetores de pés, 16 protetores de mãos, 40 capacetes,
129 máquinas de lançar bolas, 163 pares de luvas, 55 unidades de luvas,
10 redes de proteção
Boxe 4 ringues, 40 pares de luva, 40 pares de protetores de cabeça
Canoagem
25 canoas, 56 caiaques masculinos e femininos, 90 remos para caiaques
e canoas
Ciclismo 15 bicicletas para prova de pista, 8 rodas dianteiras e 8 traseiras
Esgrima
Ginástica
Handebol
Hipismo
Hóquei sobre grama
2.016 lâminas de espada, fl orete e saibro, 464 máscaras, 18 pistas de
alumínio, 25 tripés, 1 tablado para fi nais, 25 unidades sinalizadoras
3 jogos de tablado de competição, 3 tablados de solo Montreal,
3 cavalos com alça, 23 colchões Happy Landing, 5 mesas de salto
Ergojet, 4 pistas de corrida para saltos, 38 trampolins, 56 jogos de
colchões protetores para barras, cavalos, argolas, saltos, traves, etc.,
20 carpetes para colchões, 2 tapetes de competição, 2 pistas de cama
elástica, 4 mesas de proteção, 5 barras paralelas, 4 traves de equilíbrio
6 quadras esportivas de Tarafl ex, 6 pares de rede e 6 de gols e 6 redes
de segurança
1.860 varas de 400cm, 2.720 ganchos de plástico e 480 ganchos de
segurança, 19 jogos de placares eletrônicos com mostrador, cronômetro,
radiotransmissores, etc.,
6 vestimentas de goleiro formadas por 9 peças e 12 vestimentas
formadas por 8 peças, 18 protetores pélvicos, 18 camisas de goleiros, 18
tacos de goleiro, 300 bolas, 2.500 tacos de modelos diversos,
2.500 bolas, 4 pares de rede e 4 de traves
Judô 786 tatames, computador, câmera fi lmadora
Levantamento de peso
40 barras para levantamento de peso, 50 pares de sapatilha, 60 jogos
de pesos e barras, 1 plataforma de competição e 20 de aquecimento, 10
recipientes com suporte de peso, 10 suportes para agachamento,
2 balanças eletrônicas para pesagem
Lutas 50 pares de sapatilha, 9 jogos de tapetes, 18 bonecos de treino
175

Fotos: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
ESPORTES OLÍMPICOS PRINCIPAIS ITENS ADQUIRIDOS
Tiro esportivo
Tiro com arco
Pan teve auxílio federal na
compra de equipamentos
10 metros: 60 jogos de postos que incluem monitores, unidades de
controle, dispositivos de apoio, adaptadores e cabos;
60 controles remotos, 60 jogos de pistola de ar comprimido,
6 mesas de comando, 62 impressoras térmicas, 1 jogo de sistema de
classifi cação completo, 1 projetor de vídeo, 1 quadro de projeção,
2 alvos de 10 metros para armas de ar comprimido.
25 metros: 40 jogos de postos, 40 controles remotos, 40 jogos
de alvos para armas de pequeno calibre, 40 luzes vermelhas
sinalizadoras e 40 luzes verdes, 4 jogos de cronometragem,
8 suportes para alvo de 25 metros, 42 impressoras térmicas.
50 metros: 50 jogos de postos, 50 controles remotos, 50 jogos de
alvo de pistola de pequeno calibre, 50 suportes para alvo de 50
metros, 52 impressoras térmicas, 1 jogo de sistema de classifi cação
completo, 1 videoprojetor por computador, 2 monitores de alta
resolução. Outros: 200 jogos de moldura de carabina, 60 membranas
de borracha, 200 jogos de moldura para alvo de pistola, 200 contraalvos,
100 máscaras frontais para armas de precisão, 100 máscaras
frontais para armas de fogo rápido, 200 fundos de alvo, 10 pesos de
gatilho, 5 máquinas apuradoras de alvos.
Tiro ao prato: máquina de tiro ao prato e equipamentos para fossa
olímpica, skeet e acionamento de voz e 194.950 pratos
400 alvos, 1.200 fl echas completas, 750 fl echas Easton,
100 arcos-escola para iniciantes, 105 dedeiras, 150 miras para
arco-escola, 130 descansos de fl echas, 100 protetores de tórax,
100 protetores de braço, 200 alvos de 80cm e 200 de 122cm,
30 empunhadeiras, 30 lâminas, 552 tubos de fl echa diversos,
192 pontas para os tubos, 120 anteparos de alvos, 400 prendedores
de alvos, 230 penas para fl echas, 4 máquinas de colar pena nas
fl echas, 1.400 fi tas/face de alvo, 600 pontas de fl echa
Maratona aquática 2 catamarãs para área de chegada das provas
Nado sincronizado
Patinação
Pentatlo moderno
1 sistema de monitoramento de som subaquático, 12 alto-falantes,
6 tripés para alto-falantes, 4 amplifi cadores, 5 racks
50 jogos de rodas de patins, 10 botas, 10 bases Roll Line modelo
Energy, 50 pares de breques
Esgrima: 9 sinalizadores com controle remoto, 9 luzes sinalizadoras
para espectadores, 9 tripés, 9 pistas de alumínio, 230 lâminas de
espada elétrica completas, 75 espadas de punho anatômico,
35 espadas de punho francês, 120 pontas de espada, 210 fi os de
corpo para espada, 70 máscaras, 110 pontas de espada completas;
20 pistolas de ar comprimido, 100 jogos de parafuso de ponta,
100 jogos de mola de ponta
176

ESPORTES OLÍMPICOS PRINCIPAIS ITENS ADQUIRIDOS
Pólo aquático 200 bolas, 8 traves antimarola
Remo
Saltos ornamentais
38 barcos de diversos tipos, 48 pares de remo scull, 34 remos sweep,
48 remos Concept, 20 simuladores, 120 bóias para demarcação,
3 balanças para pesagem de barcos de remo
14 pranchas para saltos, 14 bases para prancha, 80m 2 de piso
Sportfl ex/Divetex, 43 colchões e colchonetes
Taekwondô 1.590 tapetes, 40 protetores de cabeça, 40 protetores de tórax
Tênis 5.040 bolas
Tênis de mesa
1.440 bolas, 30 mesas azuis Tibhar, 5.220 m 2 de quadra esportiva
Tarafl ex portátil, 30 redes com suporte, 750 separadores de mesa,
20 mesas para árbitros, 20 placares eletrônicos, 30 cronômetros
Triatlo 8 bicicletas Felt modelo T23
Vela
Vôlei
10 barcos a vela, 8 botes, 36 bóias infl áveis, 1.500 cabos de
amarração, 20 velas de diversos modelos, 6 aparelhos de GPS,
6 pranchas, 4 jogos de vela North Sail
4.914m 2 de piso esportivo sintético Tarafl ex Sport, 12 redes, 10 postes,
136 fi tas de marcação de linha de jogo, 12 pares de antena de rede
Vôlei de praia 8 pares de postes, 200 bolas, 8 cadeiras de árbitros
ESPORTES PARAOLÍMPICOS* PRINCIPAIS ITENS ADQUIRIDOS
Atletismo
12 dardos de 700 gramas, 54 unidades de pesos diversos,
31 discos de fi bra de vidro
Basquete em cadeira de rodas 112 bolas
Futebol de 5 4 pares de traves, 6 pares de rede
Futebol de 7 3 pares de trave, 4 pares de redes de futebol society
Halterofi lismo
12 jogos de peso, 12 barras para levantamento, 1 balança
digital, 12 bancos mecânicos
Tênis de mesa 1.200 bolas de competição e 300 de treinamento
Tênis em cadeira de rodas 720 bolas
Vôlei sentado
314 m 2 de piso sintético, 17 rolos de contrapiso de borracha,
10 jogos de rede e postes
* Muitos equipamentos adquiridos para o esporte olímpico foram também utilizados pelos paraolímpicos.
177
Foto: Divulgação / CO-Rio
Foto: Divulgação / CO-Rio

As aquisições vieram de países como Suécia,
Itália, Alemanha, Estados Unidos, França,
Coréia do Sul, Paquistão, Polônia, Holanda e
Portugal, conforme a especialização de cada
mercado e o que havia de mais moderno em
cada um deles. Além dos itens resumidos anteriormente,
por meio do convênio 058/2007
foram adquiridos 395 cronômetros com diversas
capacidades de memória para diferentes
esportes e ainda 15 balanças que igualmente
atenderam diversas modalidades. Cabe ressaltar
que muitos destes equipamentos foram
utilizados não apenas nas disputas do Pan
como também do Parapan. Mesmo assim,
quando não houve compatibilidade, o governo
federal complementou alguns itens que são
específi cos dos esportes adaptados.
Em junho de 2007 foi realizado pregão eletrônico
para aquisição de bolas para estas modalidades:
Modalidade Quantidade
Tênis 5.040
Tênis em cadeira de rodas 720
Voleibol 600
Volei de Praia 100
Pólo Aquático (masculino) 50
Pólo Aquático (feminino) 50
Voleibol sentado 300
Depois dos Jogos Pan-americanos, o Ministério
do Esporte repassou todo o material de
uso permanente ao Comitê Olímpico Brasileiro
(COB), que se incumbiu de transferi-lo para as
respectivas confederações dos esportes contemplados
com as importações. O objetivo é
aperfeiçoar o desenvolvimento de atletas e incrementar
o treinamento daqueles que participam
de competições no Brasil e no exterior.
Esse material foi fundamental não apenas na
preparação da delegação brasileira que participou
do Pan, mas também para as equipes
que foram a Pequim. O COB pode requisitar a
devolução de equipamentos que não estejam
sendo utilizados adequadamente.
178
União comprou equipamentos
esportivos para o Pan
Foto: Wilson Dias / ABr Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Como a grande maioria dos equipamentos
chegou ao Brasil com boa antecedência em
relação aos Jogos, os atletas tiveram tempo
para se familiarizar com as peças. Por isso,
eles foram fundamentais para o desenvolvimento
de esportes sem muita expressão e recurso
no Brasil, como o taekwondo, o pentatlo
moderno, o badminton e a esgrima. Os resultados
são evidentes. Das 43 modalidades contempladas
com equipamentos adquiridos para
os dois eventos, 34 conquistaram medalhas no
Pan e 8 no Parapan. A torcida brasileira vibrou
com vitórias como a do lutador de taekwondo
Diogo Silva, que conquistou a primeira medalha
de ouro do Brasil no Pan. Diogo treinou em
alguns dos 1.590 novos tapetes importados da
Coréia do Sul. O Pan permitiu um salto de qualidade
para a modalidade. “Os Jogos foram um
divisor de águas para o taekwondo brasileiro.
Hoje temos uma estrutura que nos coloca no
mesmo nível das grandes potências”, afi rma
Carlos Negrão, técnico dos três atletas da modalidade
classifi cados para os Jogos de Pequim:
Márcio Wenceslau (categoria até 58 quilos),
Natália Falavigna (até 67 quilos) e Débora
Nunes (até 57 quilos).
Feito tão relevante quanto o de Diogo Silva foi
protagonizado pela atleta pernambucana Yane
Marques. Ela deu para o pentatlo moderno,
uma modalidade praticamente desconhecida
no País, a primeira medalha de ouro em Panamericanos.
A proeza foi realizada no Centro
de Pentatlo Moderno Coronel Eric Tinoco
Marques, uma das instalações que compõem
o novo Complexo Esportivo de Deodoro, obra
inteiramente fi nanciada com recursos do governo
federal. Yane se destacou em um esporte
peculiar, no qual interagem cinco modalidades:
hipismo, tiro esportivo, corrida, natação
e esgrima. Vence quem tiver o desempenho
mais homogêneo nas provas. Ela competiu
em uma piscina climatizada, atirou em alvos
eletrônicos e duelou com espadas produzidas
com materiais leves e resistentes. Todo esse
aparato foi adquirido com recursos liberados
pelo Ministério do Esporte. A vitória nos Jogos
deu a Yane a classifi cação nesta modalidade
para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Outra modalidade que mostrou uma clara evolução
no País foi o badminton. Muito desse
salto se deve à aquisição de novos equipamentos
esportivos realizada pelo Ministério do
Esporte. Nos últimos quatro anos, mais de R$
200 mil foram investidos na compra de raquetes,
quadras, redes e petecas para a prática
do esporte.
O presidente da Confederação de Badminton,
Celso Wolf Jr., relata as difi culdades enfrentadas
antes da chegada dos materiais. “Tínhamos
de riscar o chão e colar fi ta crepe. Era
uma confusão que trazia até risco de lesão.
Agora, podemos nos preparar melhor”, diz
Wolf. O Rio 2007 foi um marco para a trajetória
do esporte no Brasil. Muitos podem achar
uma medalha de bronze um resultado modesto.
Mas para o badminton pode ser considerada
uma revolução.
A dupla Guilherme Pardo e Guilherme Kumasaka
conquistou um inédito bronze para o Brasil
na modalidade, feito que gerou uma frase
curiosa de Pardo. “Agora chega dessa história
de bad o quê? O badminton mostrou que tem
tudo para seguir adiante. O caminho para popularizar
o esporte é implantá-lo na escola ou
então apresentá-lo para futuros interessados
que não tenham de pagar a mensalidade de
um clube”. Para fechar esse ciclo virtuoso, o
Brasil conquistou medalhas na esgrima depois
de 32 anos, o bronze de Clarisse Menezes, na
categoria espada; bronze também para Renzo
Agresta, no sabre; e João Antônio Souza,
no fl orete. Os valorosos esgrimistas brasileiros
treinaram e competiram com as mais de duas
mil peças adquiridas com verbas de convênios
entre o Ministério do Esporte e o COB.
O Ministério contemplou ainda esportes mais
estruturados, como o vôlei de quadra e o de
praia, a ginástica artística e o atletismo. “Essas
aquisições reafi rmam o compromisso do
governo federal com a qualifi cação do esporte.
Esses investimentos não se limitaram ao Pan,
mas fi cam como um legado para nivelar a capacidade
de treinamento dos nossos atletas”,
afi rma o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr.
179

Foto: Wilson Dias / ABr
Uma grande vitrine
C
omo país-sede dos Jogos, o Brasil
teve o direito de disputar todas
as modalidades. Com isso, a realização
dos Jogos Pan-Americanos
em solo nacional deu aos torcedores brasileiros
a oportunidade de acompanhar esportes
em que o País tem pouca tradição. O desafi o
desses atletas, técnicos e dirigentes, agora,
é o de prolongar essa exposição conquistada
no Pan. Badminton, pentatlo moderno, tiro
esportivo, patinação artística, wakeboard, entre
outros, tiveram espaço jamais obtido nas
transmissões de tevê, telejornais, rádios e jornais
diários. Cláudio Rocha, diretor-técnico da
Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama,
afi rma que sua modalidade nunca recebeu
tamanha atenção. “O Pan deu uma visibilidade
inédita para nosso trabalho. Após o seu fi nal,
recebemos contatos de pessoas interessadas
em aprender o esporte. Inicialmente, temos
convites para criar núcleos de treinamento em
Brasília, Paraná e Pernambuco. E essa lista
certamente vai crescer”, empolga-se Rocha.
O fenômeno se repete em outras modalidades.
Atrair novos praticantes para esportes
até então pouco divulgados é o primeiro pas-
180
Bronze de Pardo e
Kumasaka foi primeira
medalha do País no
Badminton. União
importou dez pisos
para os Jogos
so que um país dá na direção de se tornar
uma potência olímpica. Um bom exemplo
dessa transformação é a Austrália. Os Jogos
de Sydney 2000 funcionaram como incentivo
para que os australianos dessem um salto
de qualidade poucas vezes visto na história
do esporte. Do 10º lugar geral em Barcelona
1992, o país saltou para a quarta colocação
em Atenas 2004.
Ainda é cedo para mensurar o impacto que o
Pan provocará nos futuros atletas brasileiros.
Mas alguns indícios são bastante animadores.
Quem imaginaria ver, poucos anos atrás,
meninos e meninas praticando badminton,
um esporte inventado pelos ingleses e muito
popular nas ex-colônias britânicas, na educação
física de escolas da rede pública? Pois é
o que ocorre em alguns colégios do Rio de
Janeiro e de Teresina, cidade piauiense milhares
de quilômetros distante da capital do
Pan. Um adepto da modalidade introduziu o
esporte nas aulas de educação física da rede
pública do município. Dali poderão sair os novos
Guilhermes Pardo e Kumasaka. Mas só o
futuro dirá se os Jogos ajudaram a produzir
novas Yane Marques, uma jovem que saiu do

Teste de fogo para o Pan
interior pernambucano para brilhar no pentatlo
moderno e se tornar estrela do Pan. Se
continuar a evoluir, é provável que daqui a
alguns anos muitos meninos e meninas vão
querer aprender a montar, atirar, nadar, correr
e duelar com espadas, as cinco modalidades
do pentatlo moderno. Além de Yane, outros
atletas como Marcel Sturmer da patinação
de velocidade, Diogo Silva do taekowondo e
Marcelo Giardi do wakeboard, são a prova de
que o Brasil é muito mais do que vôlei, natação
e atletismo, esportes com resultados e
tradição olímpica.
Rainha do pentatlo
A atleta pernambucana Yane Marques, que venceu
24 dos 26 embates de esgrima disputados nos Jogos
Pan-americanos Rio 2007, passou a ser considerada
pela Federação Internacional de Pentatlo
Moderno (UIPM) como a dona do melhor rendimento
da história do esporte neste tipo de confronto. A
homologação aconteceu em congresso da entidade
realizado na Cidade do Cabo, na África do Sul, em
13 de dezembro de 2007.
P
arte fundamental da estratégia
de divulgação dos Jogos e
da preparação das equipes, os
eventos preparatórios para o Rio
2007 não estavam entre as exigências da
Odepa para a organização do Pan. Mesmo
assim, entre 2004 e 2006, competições de
diferentes modalidades foram levadas aos
quatro cantos do País. Criou-se uma excelente
chance para que atletas brasileiros
participassem de provas de alto nível no
período que antecedeu o Rio 2007. Muitas
delas foram competições internacionais,
o que reforçou os objetivos de promover
o Pan, aprimorar a equipe organizadora e
preparar os atletas. Como parte da estratégia
de marketing traçada entre o CO-Rio
e a Rede Globo, muitas destas competições
foram transmitidas ao vivo pela TV
Globo e pelo canal esportivo a cabo Spor-
TV, pertencente à Globosat, empresa das
Organizações Globo.
181
Mesmo não tendo ocorrido nas instalações
dos Jogos e alguns nem na cidade ou no Estado
do Rio, eles propiciaram aos torcedores ir
tomando contato com a idéia do Pan e do Parapan
que iriam ocorrer adiante. Foi uma forma
de “criar o clima” no Brasil, envolver equipes e
dirigentes, capacitar pessoal técnico, arbitragens
e serviços médicos, atualizar os organizadores
com as tecnologias e outras novidades
do esporte mundial e mobilizar os brasileiros.
“Graças ao calendário de eventos preparatórios
foi possível observar o trabalho feito pelas
entidades internacionais durante esse tipo de
competição de primeira linha”, afi rma o secretário-geral
do CO-Rio, Carlos Roberto Osório,
que destaca ainda a divulgação obtida pelo
Pan através das transmissões televisivas cujas
imagens correram o mundo. Além da televisão,
os eventos preparatórios tiveram parceria com
as Confederações e apoio do Ministério do Esporte,
da prefeitura das cidades e do governo
dos estados que receberam as competições.
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Eventos preparatórios para o Pan
2004
PRÉ-OLÍMPICO MUNDIAL MASCULINO DE PÓLO AQUÁTICO
Data: 25 de janeiro a 1º de fevereiro
Local: São Januário, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Croácia, Eslováquia, Holanda,
Polônia, Porto Rico, Romênia e Rússia.
Esta foi a primeira das sete competições internacionais realizadas no Brasil em 2004 que fi zeram
parte do calendário dos eventos preparatórios. O Pré-Olímpico classifi cou três equipes para as
Olimpíadas de Atenas.
COPA DO MUNDO DE NATAÇÃO
Data: 6 a 8 de fevereiro de 2004
Local: Complexo Esportivo Miécimo da Silva, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Barbados, Brasil, China, Colômbia,
Coréia, Costa Rica, Cuba, Estados Unidos, França, Portugal, Romênia, Rússia, Suécia,
Trinidad e Tobago e Ucrânia.
A etapa fi nal da Copa do Mundo de Natação da temporada 2003/2004, realizada em piscina de
25m, teve participação de diversas estrelas da natação como o medalhista olímpico Fernando
Scherer, o Xuxa, a ucraniana Yana Klochkova, campeã olímpica em Sydney e Atenas,
e o campeão mundial argentino José Meolans.
MUNDIAL DE IATISMO DA CLASSE FINN
Data: 15 a 21 de fevereiro de 2004
Local: Iate Clube do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda,
Hungria, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Polônia, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia.
Participaram do campeonato 54 dos melhores velejadores da classe Finn, entre eles os campeões
olímpicos Mateusz Kusznieriwicz e Ben Ainsle, este último tendo conquistado seu quarto título consecutivo
nesta competição. O campeonato serviu como pré-seletiva para os Jogos Olímpicos de Atenas
2004 para sete países: Holanda, Hungria, Irlanda, Nova Zelândia, Polônia, Suíça e República Tcheca.
COPA DO MUNDO DE PENTATLO MODERNO
Data: 18 a 21 de março de 2004
Local: Escola Naval (tiro esportivo, esgrima, natação e semifi nais da corrida de rua), Sociedade Hípica
Brasileira (hipismo) e Lagoa Rodrigo de Freitas (etapa fi nal da corrida de rua) – Rio de Janeiro
Países participantes: Alemanha, Bielo-Rússia, Brasil, Bulgária, Canadá, Chile, China, Egito, Espanha,
Estados Unidos, Finlândia, França, Guatemala, Hungria, Inglaterra, Itália, Letônia, Lituânia,
México, Moldávia, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia e Suíça.
A etapa carioca da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno, uma das principais competições do
calendário da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM), reuniu 117 atletas de 25 países. Foi
a primeira vez que este campeonato se realizou na América do Sul, do qual participaram os dez
primeiros colocados no ranking mundial, masculino e feminino.
182

Foto: Divulgação CO-Rio
ETAPA DA COPA DO MUNDO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA
Data: 1º a 4 de abril de 2004
Local: Riocentro, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: África do Sul, Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Estados Unidos, México,
Porto Rico, Suécia e Uzbequistão (feminino); África do Sul, Argélia, Áustria, Brasil, Bulgária,
Canadá, Cazaquistão, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Hungria, Porto Rico, Suécia e Venezuela
(masculino).
A Copa, uma das mais importantes competições da modalidade, superada apenas pelos Jogos
Olímpicos e pelo Mundial, recebeu 54 ginastas para provas individuais por aparelho na categoria
adulto feminino e masculino. Com premiação total de 45 mil euros, o evento teve participação de
Daiane dos Santos e Daniele Hypólito, vencedoras no solo e na trave, respectivamente.
TORNEIO PRÉ-OLÍMPICO DE BOXE
Data: 6 a 11 de abril de 2004
Local: Riocentro, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: Argentina, Bahamas, Barbados, Bermudas, Brasil, Canadá, Colômbia,
Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Granada, Guatemala, Haiti, Ilhas Cayman,
Ilhas Virgens, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Peru, República Dominicana,
Trinidad e Tobago e Venezuela.
A competição foi a última oportunidade para os pugilistas garantirem vaga para os Jogos Olímpicos
de Atenas. Ao todo, mais de 100 atletas disputaram 20 vagas em 11 categorias de peso.
GRAND PRIX DE ATLETISMO DA IAAF
Data: 16 de maio de 2004
Local: Complexo Esportivo Miécimo da Silva, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: África do Sul, Alemanha, Argentina, Bahamas, Barbados, Bielo-Rússia,
Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Eslováquia, Estados Unidos, Gana, Guiana, Holanda,
Ilhas Cayman, Inglaterra, Itália, Jamaica, Marrocos, Moçambique, Noruega, Polônia, Porto Rico,
Quênia, Suécia, Suriname, Tanzânia, Trinidad e Tobago, Ucrânia, Uruguai e Venezuela.
Cento e sessenta atletas, entre eles os 50 melhores do mundo, participaram desta etapa do Grand
Prix, no qual foram disputadas 20 provas. A competição, que fez parte do calendário esportivo
do Rio de Janeiro entre os anos de 96 e 2001 no Estádio Célio de Barros, voltou a acontecer na
cidade a partir de 2004.
183
TRAVESSIA DOS FORTES
Data: 28 de novembro de 2004
Local: Praia de Copacabana,
Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
A quarta edição da maratona aquática, com
percurso do Posto 6 ao Leme, foi disputada
pelo número recorde de 4.300 atletas.
Dividida em 17 classes, a prova abrangeu
as categorias feminina e masculina e teve
participação de pessoas com defi ciência.

Foto: Divulgação / CO-Rio
2005
COPA PAN-AMERICANA DE CICLISMO
Data: 20 de março de 2005
Local: Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, Peru e
Venezuela.
Quarenta atletas provenientes de nove países participaram desta competição, que aconteceu
praticamente no mesmo percurso utilizado nos Jogos Pan-americanos Rio 2007. A prova consistia
em 14 voltas em um circuito de 3,1 km, totalizando 43,1 km.
II GRANDE PRÊMIO RIO DE ATLETISMO DA IAAF
Data: 15 de maio de 2005
Local: Estádio de Atletismo Célio de Barros, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países Participantes: Argentina, África do Sul, Bahamas, Bielo-Rússia, Brasil, Canadá, Colômbia,
Cuba, Equador, Guiana, Haiti, Estados Unidos, França, Holanda, Ilhas Cayman, Irlanda, Jamaica,
Cazaquistão, Polônia, Quênia, Romênia, Tanzânia, Moçambique, Nova Zelândia, Ucrânia, Suriname,
Venezuela.
Cento e cinqüenta atletas disputaram esta competição, composta por sete provas masculinas e
oito femininas.
21º GRANDE PRÊMIO BRASIL CAIXA DE ATLETISMO DA IAAF
Data: 22 de maio de 2005
Local: Estádio Olímpico do Pará, Belém
Países participantes: África do Sul, Argentina, Brasil, Bahamas, Bielo-Rússia, Brasil, Canadá,
Colômbia, Cuba, Dinamarca, Equador, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Guiana, Haiti, Ilhas
Cayman, Irlanda, Cazaquistão, Moçambique, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Quênia, Romênia,
Suriname, Tanzânia, Ucrânia, Venezuela.
Principal evento do atletismo da América Latina, o Grande Prêmio Brasil Caixa teve a participação
de 130 atletas e 150 árbitros. Foram realizadas durante a competição oito provas masculinas e
oito femininas.
184
COPA PAN-AMERICANA DE JUDÔ
Data: 23 e 24 de julho de 2005
Local: Ginásio do Tijuca Tênis Clube,
Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: Argentina, Brasil,
Estados Unidos e Venezuela
(classe masculina adulta); Argentina, Brasil,
Equador e República Dominicana
(classe feminina adulta).

TROFÉU BRASIL DE ATLETISMO
Data: 19 de junho de 2005
Local: Estádio Ícaro de Castro Melo, São Paulo – São Paulo
País participante: Brasil
A competição contou com a participação de 757 atletas representando 103 clubes de 16 estados
do Brasil, além de 15 convidados estrangeiros. Foram ao todo 42 provas ofi ciais, onde os atletas
disputaram vagas para o Campeonato Mundial.
DESAFIO PAN-AMERICANO DE HANDEBOL
Data: 17 a 19 de julho de 2005
Local: Guarujá – São Paulo
Países participantes: Brasil e Argentina
Seleções nacionais masculinas do Brasil e da Argentina disputaram três partidas neste evento,
que contou com a participação de 56 atletas, sendo 28 competidores masculinos e 28 competidoras
femininas.
MEIA MARATONA DO RIO DE JANEIRO
Data: 14 de agosto de 2005
Local: Rio de Janeiro
A edição de 2005 da Meia Maratona do Rio de Janeiro, um dos eventos mais importantes do
calendário nacional de corridas de rua, teve recorde de participantes. Foram 14 mil corredores,
entre brasileiros e convidados dos países da América do Sul e América Central, que
disputaram a premiação de R$ 120 mil e a classificação para o Mundial de Meia Maratona
no Canadá. Os atletas fizeram percurso de São Conrado ao Aterro do Flamengo, num total
de 21.096 metros.
DESAFIO PAN-AMERICANO DE VÔLEI DE PRAIA
Data: 16 a 18 de setembro de 2005
Local: Praia de Iracema, Fortaleza – Ceará
Países participantes: Brasil e Estados Unidos
Um dos atrativos do evento foi a estréia de Nalbert no vôlei de praia, em dupla com Guto, para
enfrentar os americanos Karch Kiraly e Mike Lambert.
VI CAMPEONATO PAN-AMERICANO DE BOXE
Data: 25 de setembro a 2 de outubro de 2005
Local: Ginásio Poliesportivo Pedro Rage Jahara, Teresópolis – Rio de Janeiro
Países participantes: Argentina, Barbados, Brasil, Chile, Cuba, Equador, México, Porto Rico, República
Dominicana e Trinidad e Tobago.
Com participação de 76 atletas de 10 países, este Pan-americano reuniu campeões olímpicos e
jovens promessas. O evento foi organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em parceria
com o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Boxe, e contou com apoio da Prefeitura
de Teresópolis.
185

PRÉ-PAN DE GINÁSTICA ARTÍSTICA
Data: 6 a 9 de outubro de 2005
Local: Riocentro, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador,
Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai
e Venezuela.
O evento reuniu 136 atletas de 17 países, e foi classifi catório para os Jogos Pan-americanos Rio
2007. No masculino, as disputas aconteceram no solo, barra fi xa, salto sobre o cavalo, cavalo com
alças, argolas e paralelas. As atletas femininas competiram no solo, trave, salto sobre o cavalo e
barras assimétricas.
12ª ETAPA DO CIRCUITO MUNDIAL DE VÔLEI DE PRAIA
Data: 18 a 23 de outubro de 2005
Local: Salvador – Bahia
Participantes: Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, China, Cuba, Espanha, Estados
Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Suécia, Suíça e Venezuela
(feminino); Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Cazaquistão, China,
Cuba, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, França, Geórgia, Holanda, Indonésia,
Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Porto Rico, Portugal, Rússia, República Tcheca e Venezuela
(masculino).
O Comitê Olímpico Brasileiro realizou, com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), esta etapa
brasileira do circuito mundial, em que as duplas Emanuel e Ricardo (masculino/Brasil) e Walsh e
May (feminino/EUA) foram campeãs.
PRÉ-PAN DE GINÁSTICA RÍTMICA
Data: 10 a 13 de novembro de 2005
Local: Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral, Vitória – Espírito Santo
Países participantes: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, Equador, Estados Unidos,
Guatemala, México e Venezuela.
Além de corresponder ao Campeonato Pan-americano da modalidade, o evento serviu como
classifi catória para os XV Jogos Pan-americanos Rio 2007. Oitenta atletas de 11 países disputaram
provas nas categorias individual e de conjunto, com cinco aparelhos: fi ta, bola, arco,
corda e maças.
TRAVESSIA DOS FORTES
Data: 20 de novembro de 2005
Local: Praia de Copacabana, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Três mil e oitocentos atletas, divididos em 17 categorias masculinas e femininas, participaram
da 5ª edição da Travessia. Além de jovens nadadores com idade mínima de 13 anos, e
de uma elite composta pelos melhores nadadores inscritos na prova e ranqueados pela Confederação
Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), participaram como convidados alguns
atletas com deficiências. Nesta edição, a novidade ficou por conta da utilização de chips
eletrônicos pelos nadadores para o controle de tempo dos participantes. Foram montadas
duas estruturas, uma no Posto 6, para a largada, e outra na Praia do Leme, local de chegada
e premiação da competição.
186

Foto: Divulgação / CO-Rio
CORRIDA PAN-AMERICANA
Data: 18 de dezembro de 2005
Local: Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
A primeira edição da Corrida Pan-americana contou com a participação de 5.500 corredores, que
fi zeram percurso de 10 km.
2006
DESAFIO INTERNACIONAL DE JUDÔ
Data: 18 e 19 de março de 2006
Local: Minas Tênis Clube, Belo Horizonte – Minas Gerais
Países participantes: Brasil, Cuba, França, Argentina e República Dominicana.
Com a presença de nomes como os medalhistas olímpicos Flávio Canto e Frédéric Demontfaucon,
o Desafi o foi um campeonato por equipe.
DESAFIO PAN-AMERICANO DE HANDEBOL
Data: 14 a 16 de abril de 2006
Local: Guarulhos – São Paulo
Países participantes: Brasil e Cuba
As seleções nacionais masculinas do Brasil e de Cuba enfrentaram-se em três partidas. Trinta e
dois atletas das duas delegações participaram dos jogos.
GINÁSTICA DE GALA
Data: 30 de abril de 2006
Local: Curitiba – Paraná
O evento foi uma apresentação
de 40 minutos em que as diferentes
modalidades da ginástica faziam alusão
às competições que seriam disputadas
nos Jogos Pan-americanos Rio 2007.
22º GRANDE PRÊMIO BRASIL CAIXA DE ATLETISMO DA IAAF
Data: 21 de maio de 2006
Local: Estádio Olímpico do Pará, Belém
Países participantes: África do Sul, Argélia, Bahamas, Bielo-Rússia, Bolívia, Brasil, Canadá, Colômbia,
Costa do Marfi m, Cuba, Estados Unidos, França, Haiti, Hungria, Irlanda, Itália, Jamaica,
Panamá, Peru, Polônia, Portugal, Catar, Quênia, Romênia, Rússia, Senegal, Ucrânia, Venezuela.
Da disputa das nove provas masculinas e sete femininas, participaram 125 atletas.
187

Foto: Divulgação / CO-Rio
TROFÉU JOSÉ FINKEL DE NATAÇÃO
Data: 23 a 28 de maio de 2006
Local: Esporte Clube Pinheiros, São Paulo – São Paulo
O evento contou com a participação de 480 atletas de 15 clubes brasileiros.
XII MARATONA DE SÃO PAULO
Data: 4 de junho de 2006
Local: São Paulo – São Paulo
Esta edição da Maratona de São Paulo, evento ofi cial da Confederação Brasileira de Atletismo
(CBAt), teve participação de 10 mil corredores.
10 ANOS DA MEDALHA OLÍMPICA FEMININA
Data: 6 de agosto de 2006
Local: Marina da Glória, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Para comemorar o décimo aniversário da medalha de ouro no vôlei de praia feminino em Atlanta,
foi realizada uma partida na qual se enfrentaram a dupla campeã olímpica Jackie Silva e Sandra
Pires, e as americanas Annette Davis e Jeniffer Jordan.
I CAMPEONATO MUNDIAL JÚNIOR DE NATAÇÃO
Data: 22 a 27 de agosto de 2006
Local: Parque Aquático Julio Delamare, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
A primeira edição do Campeonato Mundial Júnior recebeu 700 atletas de 61 países, e foi realizada
no local onde aconteceria a competição de pólo aquático nos Jogos Pan-americanos Rio 2007.
MEIA MARATONA DO RIO DE JANEIRO
Data: 3 de setembro de 2006
Local: Rio de Janeiro – Rio de Janeiro.
Com saída de São Conrado e chegada no Aterro do Flamengo, o percurso de 21.096 metros pela
orla carioca teve 14 mil corredores inscritos.
188
III GRANDE PRÊMIO RIO DE ATLETISMO
Data: 14 de maio de 2006
Local: Estádio Célio de Barros,
Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Países participantes: Argentina, Bahamas,
Bielo-Rússia, Brasil, Bulgária, Canadá, Colômbia,
Chile, Cuba, Estados Unidos, França,
Jamaica, Haiti, Hungria, Itália, Moçambique, Peru,
Quênia, Panamá, Portugal, Romênia,
Rússia, Senegal e Ucrânia.

DESAFIO PAN-AMERICANO DE GINÁSTICA RÍTMICA
Data: 9 de setembro de 2006
Local: Macaé – Rio de Janeiro
Países participantes: Argentina, Brasil e Cuba.
Cerca de 2 mil pessoas assistiram à competição, da qual participaram 27 atletas: 16 do Brasil, 8
de Cuba e 3 da Argentina.
TROFÉU BRASIL DE ATLETISMO
Data: 21 a 24 de setem bro de 2006
Local: Estádio Ícaro de Castro Melo, Ibirapuera, São Paulo – São Paulo.
O evento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) contou com a participação de 827 atletas
representando 99 clubes de 15 estados do Brasil, além de 21 atletas sul-americanos convidados.
A competição, que também serviu como seletiva para o Campeonato Sul-americano na
Colômbia, teve 21 provas ofi ciais.
13ª ETAPA DO CIRCUITO MUNDIAL DE VÔLEI DE PRAIA
Data: 25 de setembro a 1º de outubro
Local: Vitória – Espírito Santo
Participantes: Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Geórgia,
Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Japão, Noruega, República Tcheca, Rússia e Suíça (feminino);
Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Canadá, Cuba, Dinamarca, Estados Unidos, França,
Geórgia, Holanda, Itália, Japão, México, Noruega, Portugal, Rússia, Suíça e Venezuela (masculino).
Trinta e duas duplas masculinas e femininas participaram deste evento que faz parte do calendário
ofi cial da Fédération Internationale de Volleyball (FIVB).
CORRIDA PAN-AMERICANA
Data: 17 de dezembro de 2006
Local: Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro.
A segunda edição da Corrida
Pan-americana contou com a participação de 5 mil corredores, que percorreram 10 km.
OUTROS APOIOS DO GOVERNO FEDERAL
Além do apoio a vários dos eventos preparatórios citados neste capítulo, o Ministério do Esporte
fi nanciou outras disputas. R$ 249.932,00 (convênio 243/2006 com a CBB) foram investidos
no 15º Mundial de Basquetebol. R$ 95.865,68 (convênio 256/2006 com a CBB em Cadeira
de Rodas) para o Campeonato Brasileiro de Basquetebol em Cadeira de Rodas da 1ª divisão.
R$ 103.047,24 (convênio 286/2006 com a Associação Brasileira de Desportos para Cegos) para a
Copa Brasil de Atletismo e Natação para Cegos. R$ 579.207,72 (convênio 289/2006 com o Co-Rio)
para o evento-teste Campeonato Pan-americano de Tiro com Arco, em novembro de 2006, no Complexo
Esportivo de Deodoro. R$ 937.796,22 (convênio 041/2007 também com o CO-Rio) para a realização
do evento-teste 39º Campeonato Mundial Militar de Pentatlo Moderno, em Deodoro, em maio
de 2007. R$ 195.760,00 (convênio 282/2006 com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos)
para a Copa Pan-americana de Pólo Aquático masculino e feminino. R$ 120.000,00 (convênio
216/2006 com a Confederação Brasileira de Bicicross) para viabilizar a realização e participação da
equipe brasileira no UCI World BMX Championship.
189

Projeto potência olímpica
A
Lei Agnelo-Piva, que destina 2%
do total arrecadado pelas loterias
da Caixa Econômica Federal aos
esportes olímpico, paraolímpico,
escolar e universitário, foi essencial para o
desenvolvimento técnico de diversas equipes
brasileiras e, conseqüentemente, ao bom resultado
brasileiro no Pan e no Parapan. Somente
em 2007, o COB recebeu R$ 84,6 milhões
pelo repasse das loterias. Entre 2005
e 2008 o Comitê aplicou em suas atividades
e nos programas das Confederações Brasileiras
Olímpicas um total de R$ 288 milhões
oriundos da Lei Agnelo-Piva. O Ministério do
Esporte também ajudou a fi nanciar, em 2007,
a preparação dos atletas do Pan repassando
R$ 1.655.869,22 ao COB por meio do convênio
037/2007, verba que custeou basicamente
passagens, hospedagem e alimentação
de atletas brasileiros em competições no exterior.
Foram benefi ciados 17 esportes: atletismo,
boxe, canoagem, ciclismo, desportos
aquáticos, esgrima, ginástica, hipismo, judô,
lutas, remo, taekwondo, tênis de mesa, tiro
com arco, tiro esportivo, triatlo e vela.
Em 2008, o Ministério, por meio da Lei de
Incentivo ao Esporte, que assegura incentivos
fi scais a pessoas físicas e jurídicas que
patrocinem atletas, clubes, delegações, confederações
e comitês, autorizou o Comitê
Olímpico Brasileiro a captar aproximadamente
R$ 26 milhões para treinamento de atletas
e equipes selecionadas para as Olimpíadas
de Pequim. O dinheiro foi investido pela Petrobrás,
que, de acordo com a lei, regulamentada
no fi nal de 2006, pôde deduzir 1%
de seu imposto de renda. A formatação do
projeto foi feita entre Ministério, COB e confederações.
No total, foram benefi ciadas 27
modalidades de 23 confederações.
Somadas, as Leis de Incentivo e Agnelo-Piva
garantiram ao esporte de alta performance um
aporte de fi nanciamento jamais visto. Nunca
os atletas brasileiros tiveram tantos recursos e
condições para se preparar para eventos como
os Jogos Pan-americanos, Parapan-americanos,
Olímpicos e Paraolímpicos. Mas os inves-
190
timentos do governo federal não param por
aí. O programa Bolsa Atleta, do Ministério do
Esporte, tornou-se o principal suporte a competidores
que ainda não obtiveram patrocínio.
Regulamentada em janeiro de 2005, a iniciativa
atendeu 2.175 esportistas em 2007, destinando
R$ 26,4 milhões a atletas novatos ou já consagrados,
com participações em campeonatos
mundiais, Pan-americanos e Olimpíadas,
como as judocas Daniele Zangrando e Vânia
Ishii. A partir de 2008, o Bolsa Atleta passou a
atender cem por cento dos atletas habilitados
a receber o benefício, num total de 3.313 bolsas
ao custo de R$ 40,3 milhões.
No Pan, participaram 82 bolsistas, e eles obtiveram
19 medalhas (8 de ouro, 4 de prata e
7 de bronze). Para destacar alguns exemplos,
metade da equipe de beisebol possuía o benefício.
Dos nove convocados para competições
de caratê, seis recebiam a bolsa. Nove
esgrimistas eram bolsistas, do total de 14 convocados.
No Parapan, 103 atletas brasileiros
eram bolsistas, ou 45% da delegação. Os benefi
ciados não podem contar com nenhuma
outra espécie de incentivo fi nanceiro e, por
vezes, a bolsa é a única maneira de abraçarem
o esporte efetivamente. É o caso das meninas
Andréia Suntaque, Andréia Santos (Maycon) e
Tânia Ribeiro, da seleção de futebol feminino
medalhista de ouro no Pan. Devido à difi culdade
para conseguir apoio, a goleira Andréia
Suntaque acredita que o programa é essencial
para a modalidade. “A bolsa foi a melhor
criação até hoje para o futebol feminino. Sem
o benefício não sei se estaria aqui disputando
uma fi nal de Pan-americano”, contou. A meio
campista Maycon diz que antes do programa
não existia apoio algum ao futebol feminino e
que a bolsa foi o estímulo para ela continuar
jogando futebol.
A construção de modernas instalações, a
aquisição de novos equipamentos esportivos,
o repasse de recursos para treinamento
e todas as outras ações são tomadas
para que o Giba do vôlei, a Yane Marques
do pentatlo moderno, os Guilhermes do badminton,
o Robert Scheidt da vela, o Se-

Foto: Divulgação / CO-Rio
bastian Cuattrin da canoagem e todos os
demais esportistas brasileiros tenham as
melhores condições de desenvolver o seu
mais precioso bem: o talento. Este, aliás,
foi um produto que sempre acompanhou
o Brasil em toda a sua trajetória olímpica.
Exemplos como o bicampeão Ademar Ferreira
da Silva, os saltadores Nelson Prudêncio e
João do Pulo, o boxeador Servílio de Oliveira,
191
Thiago Pereira e o
secretário do Ministério do
Esporte Djan Madruga:
parceria do governo federal
com o esporte
a nadadora Maria Lenk e o atirador Guilherme
Paraense, só para citar alguns, não faltam
nessa história. No fundo, os investimentos e
a criação de infra-estrutura esportiva cresceram
em busca de um objetivo: respeitar os
atletas para que eles transformem o Brasil
na potência olímpica e esportiva que merece
ser. A se julgar pelo que foi relatado neste
capítulo, o País está no caminho certo.

Gaspar Nóbrega / Divulgação COB
Prata no
taekwondo, Márcio
Wenceslau também
foi beneficiado com
a bolsa
Andréia Suntaque (goleira) e
Andréia Maycon (atacante),
da seleção de futebol,
também são bolsistas
192
Gledson Soares,
primeiro ouro no
Parapan, recebe
o benefício
Foto: Aldo Dias / Ministério do Esporte Foto: Divulgação / CPB

Foto: Francisco Medeiros / Ministério do Esporte
193
Bolsa Atleta: incentivo ao
esporte brasileiro. Fabiana
Grippa, ouro no handebol,
tem o apoio federal

Opinião de dirigentes de confederações
Roberto Gesta de Melo
Presidente da Confederação Brasileira de Atletismo
“O atletismo recebeu um verdadeiro monumento de presente do Pan. O estádio olímpico João
Havelange é hoje uma das instalações mais fantásticas do mundo. Além de belo, ele foi construído
com materiais de altíssima tecnologia. Nosso grande trabalho é trazer a fi nal do Mundial de 2010
ou uma etapa da Copa do Mundo de atletismo para o Brasil. Durante o Pan, recebemos a visita
do presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), o senegalês Lamine
Diack. Ele fi cou impressionado com o que viu. Os equipamentos esportivos adquiridos pelo
Ministério do Esporte serão enviados para os nossos centros de treinamento de alto nível. Estes
materiais serão outro importante legado que os Jogos irão deixar para o atletismo brasileiro”.
Celso Wolf Júnior
Confederação Brasileira de Badminton
“Os Jogos Pan-americanos deram ao badminton uma divulgação que ele nunca obteve. Pois
sabemos que o público só toma conhecimento de um esporte como o nosso quando ele é
transmitido pela televisão, sai nos jornais. E o Pan nos deu essa exposição. Depois dos Jogos,
muitas pessoas entraram em contato com a confederação para pedir informações sobre a modalidade.
Com o Pan conseguimos novos materiais esportivos, aquisição realizada pelo Ministério
do Esporte. Recebemos dez novas quadras sintéticas importadas. Antes jogávamos em pisos
improvisados, que traziam riscos de lesão para os nossos atletas. Recebemos também novas
petecas e tubos para as raquetes. Com esse apoio o badminton conquistou a primeira medalha
pan-americana de sua história, o bronze da dupla Guilherme Pardo e Guilherme Kumasaka. E vem
mais por aí. Nosso projeto é colocar o badminton brasileiro na Olimpíada de Londres, em 2012.
Estou certo que conseguiremos”.
José Luiz Vasconcellos
Presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo
“O ciclismo de pista recebeu um grande legado do Pan. O País agora dispõe de um moderno
velódromo, o único coberto do continente. Isso permite que as provas sejam realizadas com qualquer
condição climática. Com pequenos ajustes, o novo velódromo permitirá que o Brasil receba
importantes competições internacionais, como uma etapa da Copa do Mundo. Nosso desejo é fazer
do espaço o centro de referência do ciclismo de pista. Para isso, além das competições, queremos
fazer intercâmbios com as potências do esporte. É nosso interesse abrir a instalação para
a comunidade. Assim os moradores da região irão tomar contato com o esporte. Com o apoio da
prefeitura do Rio, já realizamos algumas clínicas, onde, além de pedalar, as crianças receberam
aulas de trânsito. Gostaria de destacar também a atuação do Ministério do Esporte, que adquiriu
15 novas bicicletas de pista italianas. Elas foram usadas na preparação dos atletas para o Pan e
serão fundamentais para o treinamento da equipe brasileira nos próximos anos”
Ricardo Teixeira
Presidente da Confederação Brasileira de Futebol
“A brilhante participação da Seleção Feminina medalha de ouro do Pan-Americano do Rio de Ja-
194

neiro tornou visível o trabalho que a Confederação Brasileira de Futebol vem fazendo, de maneira
mais incisiva desde 2003, na modalidade. Como nas masculinas, as seleções femininas fazem
todo o período de preparação na Granja Comary, fato que representou, em 2007, a maior taxa
de ocupação da concentração da Seleção Brasileira. Este apoio resultou no sucesso da Seleção
Feminina no Pan-americano do Rio de Janeiro, a modalidade que maior público levou aos estádios,
o que pôde ser comprovado pelo espetáculo emocionante proporcionado por milhares de
pessoas no Maracanã lotado nos jogos da semifi nal e da fi nal da competição. O Pan-americano
do Rio de Janeiro serviu também de importante fase de preparação da Seleção Feminina para a
Copa do Mundo da China, em setembro de 2007, em que o Brasil terminou em segundo lugar”.
Maurício Manfredi
Presidente da Confederação Brasileira de Hipismo
“O Brasil não dispunha de um parque eqüestre com a qualidade do Centro Nacional de Hipismo,
no Complexo de Deodoro. Grandes nomes da modalidade, como Nélson Pessoa e George Morris,
afi rmaram que temos hoje uma instalação de nível olímpico, como poucas no mundo. Deodoro
será o palco de grandes eventos hípicos internacionais. O primeiro deles será o Sul-Americano,
que reunirá a elite do esporte no continente em 2008. Seriam necessários apenas alguns pequenos
ajustes para receber as provas de hipismo da Olimpíada, caso o Rio de Janeiro conquiste
esse direito. Precisaríamos aumentar o número de cocheiras de 180, a capacidade atual, para 225.
Desejaria que o Complexo se transformasse num centro de formação profi ssional para jovens que
viessem a trabalhar na indústria do cavalo no País, que carece de mão-de-obra qualifi cada”.
Cláudio Rocha
Gerente-técnico da Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama
“Os Jogos Pan-americanos deixaram uma grande herança para o Hóquei sobre Grama. O campo
de Deodoro é o primeiro do Brasil e agora estamos solicitando auxílio para a construção de um
centro de treinamento em uma área ao lado do campo. Em relação à modalidade, a seleção brasileira
participou de um Pan de alto nível, que serviu para atletas e comissões técnicas adquirirem
experiência. Não conseguimos ganhar nem uma partida, mas foi excelente para uma primeira
participação. O Pan deu uma boa visibilidade à modalidade, que se tornou um pouco mais conhecida.
Recebemos contato de pessoas interessadas em aprender a jogar. Surgiu a possibilidade
da criação de núcleos do esporte em Recife, Paraná e Brasília. Para completar, recebemos do
Ministério do Esporte quatro pares de gol, bolas de competição e outros materiais. Durante a
preparação para o Pan já pudemos treinar com esse material”.
Frederico Costa
Presidente da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo
“O Centro Nacional de Tiro, no Complexo Esportivo de Deodoro, é hoje uma das melhores instalações
do mundo. Além da qualidade da obra, temos um conjunto de equipamentos de última
geração, avaliado em US$ 1,2 milhão. Esse investimento permitirá que nossos atletas tenham
as melhores condições de treinamento. O centro entrou também para o calendário das grandes
competições internacionais, como a etapa da Copa do Mundo de Tiro Esportivo, que foi disputada
em março de 2008. Isso tudo representa um grande avanço para nós”.
195

Coaracy Nunes
Presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
“A nossa grande nadadora Maria Lenk não poderia ter recebido uma homenagem mais bela.
O Parque Aquático Maria Lenk é hoje um dos mais modernos do mundo. E ele já se tornou o
grande palco da modalidade no País. Lá tivemos o melhor resultado da natação na história do
Pan. Na piscina do Maria Lenk, os nossos atletas fi zeram os melhores tempos da vida deles.
E o Pan foi só o começo. Estou seguro de que com a administração do COB o futuro
do parque está assegurado. Vamos fazer do Maria Lenk um criadouro de campeões.
Nosso desejo é lançar uma escola de natação para cinco mil crianças. Destas, 1,5 mil não pagariam
nada para nadar lá. No Maria Lenk também realizaremos importantes competições internacionais,
como o Troféu Mundial de Nado Sincronizado, disputado em outubro de 2007. A natação
brasileira passa pelo melhor momento de sua trajetória. E o Maria Lenk será fundamental para a
continuidade desse vitorioso processo”
Hélio Meirelles
Presidente da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno
“Não tenho dúvidas de que os Jogos Pan-americanos serão um marco para a história do Pentatlo
Moderno. A inédita medalha de ouro da atleta Yane Marques é o símbolo dessa transformação.
O resultado de Yane foi obtido no Centro de Pentatlo Moderno. Essa instalação promete colocar
o esporte em uma nova era no País. É sem dúvida a mais equipada e preparada da América do
Sul. Estamos trabalhando para levar a Deodoro o maior número possível de competições, além
de torná-lo um centro de treinamento para os atletas brasileiros. No último Congresso Mundial,
realizado na África do Sul, em 2007, três integrantes da executiva internacional da confederação
citaram o fato de o Brasil ter organizado três competições internacionais naquele ano: o Pan, o
Sul-americano Open e o Campeonato Mundial Militar. Com este trabalho, conseguimos trazer
para o Brasil a fi nal da Copa do Mundo de 2009, o segundo evento mais importante do calendário
da modalidade. O Brasil está se consolidando como o líder do esporte no continente”.
Eros Fauni
Coordenador técnico da Confederação Brasileira de Tiro com Arco
“O legado marcante e gigantesco deixado pelos Jogos Pan-americanos para o nosso esporte
foi a doação, por parte do Ministério do Esporte, de material técnico e esportivo importado, de
primeira qualidade, à nossa modalidade. Recebemos alvos e esteiras de suporte. Além disso,
nossa equipe ganhou arcos e fl echas desde a fase de treinamento. Estamos montando um centro
de treinamento em Maricá, no Estado do Rio, em um terreno oferecido pela prefeitura local.
Pretendemos levar este material para lá. Ele será utilizado em treinamentos e intercâmbios. Foi
estabelecido um novo padrão de ação do poder público em relação à nossa modalidade. Espero
que outros incentivos do tipo voltem a ser dados – ou que, ao menos, as taxas de importação dos
materiais que necessitamos caiam sensivelmente”.
196

Foto: Wanderlei Almeida / AFP
As brasileiras Lara Teixeira e
Carolina Hildebrandt levaram
o frevo ao Maria Lenk e
saíram de lá com o bronze
197

O Brasil em todos os Pans
Os recursos direcionados de várias formas ao esporte pelo governo federal, nos últimos
anos, e o trabalho do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foram traduzidos em resultados
no Rio 2007. Confi ra a evolução do desempenho do País:
BUENOS AIRES, ARGENTINA – 1951 – 5º LUGAR – 32 MEDALHAS
5 ouros 15 pratas 12 bronzes
CIDADE DO MÉXICO, MÉXICO – 1955 – 7º LUGAR – 18 MEDALHAS
2 ouros 3 pratas 13 bronzes
CHICAGO, ESTADOS UNIDOS -1959 – 3º LUGAR – 22 MEDALHAS
8 ouros 8 pratas 6 bronzes
SÃO PAULO, BRASIL – 1963 – 2º LUGAR – 52 MEDALHAS
14 ouros 20 pratas 18 bronzes
WINNIPEG, CANADÁ – 1967 – 3º LUGAR – 26 MEDALHAS
11 ouros 10 pratas 5 bronzes
CALI, COLÔMBIA – 1971 – 4º LUGAR – 30 MEDALHAS
9 ouros 7 pratas 14 bronzes
CIDADE DO MÉXICO, MÉXICO -1975 5º LUGAR – 44 MEDALHAS
8 ouros 13 pratas 23 bronzes
SAN JUAN, PORTO RICO -1979 - 5º LUGAR - 39 MEDALHAS
9 ouros 13 pratas 17 bronzes
CARACAS, VENEZUELA -1983 - 4º LUGAR – 57 MEDALHAS
14 ouros 20 pratas 23 bronzes
INDIANÁPOLIS, ESTADOS UNIDOS -1987 - 4º LUGAR – 61 MEDALHAS
14 ouros 14 pratas 33 bronzes
HAVANA, CUBA - 1991 - 4º LUGAR – 79 MEDALHAS
21 ouros 21 pratas 37 bronzes
MAR DEL PLATA, ARGENTINA – 1995 - 6º LUGAR – 82 MEDALHAS
18 ouros 27 pratas 37 bronzes
WINNIPEG, CANADÁ -1999 – 4º LUGAR – 101 MEDALHAS
25 ouros 32 pratas 44 bronzes
SANTO DOMINGO, REPÚBLICA DOMINICANA – 2003 – 4º LUGAR –123 MEDALHAS
29 ouros 40 pratas 54 bronzes
RIO DE JANEIRO, BRASIL – 2007- 3º LUGAR – 157 MEDALHAS
52 ouros 40 pratas 65 bronze
198

QUADRO FINAL DE MEDALHAS DO RIO 2007
Posição País Ouro Prata Bronze Total
1º Estados Unidos 97 88 52 237
2º Cuba 59 35 41 135
3º BRASIL 52 40 65 157
4º Canadá 39 44 55 138
5º México 18 24 31 73
6º Colômbia 14 20 13 47
7º Venezuela 12 23 35 70
8º Argentina 11 16 33 60
9º República Dominicana 6 6 17 29
10º Chile 6 5 9 20
11º Equador 5 4 10 19
12º Porto Rico 3 6 12 21
13º Jamaica 3 5 1 9
14º Guatemala 2 3 2 7
15º Bahamas 2 2 3 7
16º El Salvador 1 3 6 10
17º Panamá 1 1 0 2
18º Antígua e Barbuda 1 0 2 3
19º Antilhas Holandesas 1 0 1 2
20º Peru 0 4 8 12
21º Trinidad e Tobago 0 1 3 4
22º Uruguai 0 1 2 3
23º Ilhas Cayman 0 1 0 1
24º Nicarágua 0 0 2 2
25º Barbados 0 0 1 1
26º Dominica 0 0 1 1
27º Granada 0 0 1 1
28º Guiana 0 0 1 1
29º Haiti 0 0 1 1
30º Honduras 0 0 1 1
31º Santa Lúcia 0 0 1 1
32º Paraguai 0 0 1 1
199

A RAPIDEZ E A EFICIÊNCIA
DOS CORREIOS NOS JOGOS
No ritmo dos atletas, a empresa bateu
recordes de agilidade ao entregar, na hora
e no endereço certos, as toneladas de
equipamentos do Pan e do Parapan
N
ão se faz uma competição esportiva
sem apoio logístico. Cada delegação
participante traz consigo
uma verdadeira parafernália. São
quilos de equipamentos indispensáveis para o
bom desempenho dos atletas. Isso sem falar
numa série de itens específi cos para a prática
das modalidades e na realização de serviços ligados
ao evento, como os barcos para remo e
canoagem, arcos e fl echas para o tiro com arco,
200
aparelhos de raio-x, peças de uniformes e equipamentos
de tecnologia. O fi nanciamento da
operação de logística, compreendida por transporte,
montagem e desmontagem dos materiais
usados nas competições, foi assumido pelo
governo federal na organização dos Jogos Pan
e Parapan-americanos. Para a função de operador
logístico dos Jogos foi contratada a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
Os Correios apresentavam o conhecimento

e a experiência necessários para uma ação
complexa e repleta de detalhes. Foi levado em
conta o fato de a empresa estar presente nos
5.564 municípios brasileiros e em mais de 200
países, além da experiência de entregar todos
os dias 32 milhões de objetos no território nacional.
O investimento do Ministério do Esporte no
contrato foi de R$ 15.990.171,00. A contratação
seguiu todas as normas e orientações jurídicas.
A chegada dos Correios aos Jogos unifi cou a
ampla e diversifi cada rede de serviços, o que
garantiu redução no tempo das entregas e economia
de recursos. “Os Correios foram a melhor
opção. Sem a atuação da empresa, seria preciso
contratar uma série de empresas para realizar
o trabalho que eles fi izeram sozinhos. Fora
isso, eles estão presentes em todos os cantos
do País.Sem essa parceria, o serviço seria muito
mais difícil”, diz Ricardo Trade, gerente da
área de Serviços dos Jogos do CO-Rio.
201
Parte da frota no armazém
da Marinha, reformado
para as operaçõe de
logística: 33 caminhões
foram utilizados nos Jogos
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

O zelo e a pontualidade regeram o trabalho
das equipes operacionais. Equipamentos
de modalidades como ginástica, atletismo
e remo exigem cuidado maior. O deslocamento
de caiaques e barcos do estacionamento
do Parque dos Patins até as margens
da Lagoa Rodrigo de Freitas, por exemplo,
teve um planejamento próprio, em virtude
do grande número de manobras complexas
no local. Os percursos também receberam
atenção especial. Foram traçadas rotas específicas
em horários de menor fluxo para
garantir a segurança do material sem prejudicar
o trânsito da cidade. As cargas de
maior valor foram escoltadas por policiais
da Força Nacional de Segurança. A central
de operações, de onde saiu a maior parte
do material, foi a Base de Abastecimento
da Marinha do Brasil, situada em Olaria, na
zona norte da cidade. Dois outros depósitos
menores, na Penha e em Bonsucesso, deram
suporte à operação.
Para que se tenha idéia da dinâmica do serviço,
na desmontagem dos aparelhos de ginástica,
competição realizada na Arena Multiuso,
foram utilizados 10 caminhões durante uma
madrugada inteira, para que o local estivesse
pronto para o torneio de basquete, na tarde
seguinte. A frota de transporte possuía 33 veículos
pesados (caminhões-baú, caminhõesguincho,
etc.), utilitários diversos, vans e motocicletas.
Os armazéns contaram com tratores,
26 empilhadeiras, três guindastes e 114 carri-
853 profi ssionais
31 locais de competição
e não-competição
14 locais de treinamento
25 mil kits de uniformes da força de trabalho
26 mil itens de tecnologia
60 mil itens de mobiliário e utensílios
150 mil itens de uniforme para os atletas
202
nhos manuais de movimentação de carga. A
estatal também transportou bagagens e equipamentos
de pequeno porte das Famílias Pan,
Parapan-americana e Odepa. Cerca de 16.500
malas das delegações foram deslocadas do
Aeroporto para a Vila Pan-americana e no sentido
inverso. Os Correios e o CO-Rio também
fi rmaram um acordo no qual a empresa se responsabilizou
pela entrega de cerca de 130 mil
ingressos adquiridos por Internet e telefone
para torcedores de todo o Brasil. Por último, a
ECT fez a remessa postal de mais de dez mil
credenciais para o exterior.
No total, 853 profi ssionais foram treinados.
Este contingente vestiu uniformes especiais,
com a logomarca dos Jogos. Para os Correios,
tanto o investimento em patrocínio quanto a
atuação na logística do Pan atenderam às expectativas.
"Nossa participação não poderia
ter sido melhor. Demonstramos capacidade
de realização e de superação frente a novos
desafi os. As metas foram superadas", diz Marcus
Vinícius Dellacqua Machado, da diretoria
comercial da ECT. Os Jogos foram um importante
canal para expor a imagem da empresa
no continente e reforçar a marca Correios Log,
lançada em 2004. Além disso, a experiência
de ser o operador logístico do maior evento
esportivo das Américas foi a oportunidade de
abrir um canal com o segmento esportivo e
reforçou a imagem dos Correios como uma
das empresas mais efi cientes e bem avaliadas
pela população brasileira.
A OPERAÇÃO DE LOGÍSTICA DOS CORREIOS NO PAN E NO PARAPAN
33 caminhões
20 veículos utilitários
9 carrinhos elétricos
26 empilhadeiras
114 carrinhos manuais
2 guindastes para o deslocamento de contêineres
389 viagens de entrega e recolhimento
1.226 toneladas transportadas

Foto: Divulgação / Correios
203
Operação dos Correios
teve caminhões,
empilhadeiras, guindastes
e outros equipamentos para
transportar mais de 1.200
toneladas de bagagens e
materiais

204

O trabalho dos
Correios abrangeu a
entrega, a montagem
e a desmontagem
de materiais e
equipamentos
esportivos em locais
de treinamento e de
competição; entrega de
ingressos, credenciais
e uniformes; e
transporte de bagagens
dos aeroportos para a
Vila e vice-versa, entre
outros serviços que
envolveram mais de 850
profi ssionais
205
Fotos: Jorge Nunes / Correios

A GIGANTESCA
BILHETERIA DO PAN
A mega-operação que vendeu
e entregou 1,024 milhão de ingressos.
Seria como se cada um dos habitantes
de São Gonçalo (RJ) ou Campinas (SP)
recebesse um bilhete
Pan para todos: 304 mil
ingressos sociais foram
distribuídos a ONGs e
associações comunitárias
pelos governos
206

Sucesso de público e de renda
O
programa de venda de ingressos
para os XV Jogos Pan-americanos
foi o maior da história esportiva
recente do País. Apesar das
particularidades encontradas em operações
deste porte, o Comitê Organizador contabilizou
1.024.741 bilhetes comercializados. Para
uma comparação, seria como entregar um
bilhete a cada um dos habitantes de cidades
importantes como São Gonçalo (RJ) ou Campinas
(SP). Como manda o Estatuto do Torcedor,
eles traziam a numeração do assento
a ser ocupado em cada instalação esportiva.
Publicado em 15 de maio de 2003, o Estatuto
é a lei que estabelece normas de proteção e
de defesa aos consumidores que prestigiam
espetáculos esportivos.
Garantir conforto, acesso e segurança para
os torcedores brasileiros e estrangeiros que
acompanharam o Pan tornou-se uma das principais
metas dos organizadores do Rio 2007.
A intenção era cumprir o estabelecido no Estatuto
e propiciar um bom atendimento aos
afi cionados que iriam ao local da competição
acompanhar ao vivo uma disputa esportiva.
Com isso, arenas, ginásios e estádios foram
invadidos por famílias e por um público que
não tinha o hábito de ver o esporte como entretenimento.
Carlos Roberto Osório, secretário geral do Comitê
Organizador do Rio 2007, desejava que o
Pan se tornasse uma referência para o atendimento
ao público de competições esportivas
no País. “O espectador de esporte no Brasil
sempre foi muito mal atendido. Entendemos
que, para o crescimento da atividade no País, a
bilheteria precisa se tornar uma fonte de fi nanciamento
dos clubes e confederações. Enxergamos
no Pan uma grande oportunidade para
estabelecer um novo padrão de atendimento
ao consumidor esportivo no Brasil”, afi rma
Osório. Na Europa, a bilheteria é a principal
fonte de renda de muitos esportes olímpicos,
sendo a maior fi nanciadora de suas despesas
e investimentos.
207
Foto: Brnuo Carvalho / Ministério do Esporte

208

209
Mais de um milhão de
torcedores compraram
ingressos e fizeram a
festa no Pan Rio 2007
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Programa de vendas
C
onforme modelo previsto no Estatuto
do Torcedor, o consumidor
deveria ter a opção de adquirir
seu ingresso, com antecedência,
no conforto de sua casa ou escritório. Internet
e telefone eram canais fundamentais na
estratégia do CO-Rio para atender à legislação.
Para o êxito do programa de vendas,
seria necessária a contratação de uma empresa
que operasse uma central telefônica
para atendimento ao consumidor e um canal
eletrônico para a venda dos tíquetes.
No fi nal de 2006, o Comitê realizou um processo
seletivo para a escolha do parceiro. Porém,
a vencedora, a Ingresso Fácil, cobrou uma
taxa de administração considerada alta pelos
organizadores. No começo de 2007, foi aberta
uma nova seleção, vencida pela Ticketronic.
Porém a nova operadora não começou a trabalhar
imediatamente, em decorrência de um
questionamento judicial. Esse contratempo
impediu que se cumprisse a expectativa do
CO-Rio de iniciar a venda seis meses antes da
Cerimônia de Abertura do Pan.
A operação começou efetivamente à zero hora
do dia 27 de abril, muito antes do prazo mínimo
determinado pelo Estatuto do Torcedor,
que estabelece 72 horas de antecedência entre
a abertura da comercialização e o início da
prova para a qual o ingresso foi adquirido.
Foram colocados à disposição dos torcedores
1,9 milhão de entradas para as competições
do Pan. Destas, 304.680 foram
destinadas para um público que não tinha
condições de adquiri-las. Eram os chamados
ingressos sociais.
Alguns esportes foram gratuitos. Entre eles:
Maratona, Marcha Atlética, Ciclismo de Estrada,
Esqui Aquático, Maratona Aquática e Vela.
Todos eram praticados ao ar livre e em logradouros
públicos.
210
O preço das entradas variava de R$ 10 a R$
120. No primeiro mês a Ticketronic, que desenvolveu
um sistema capaz de processar oito
mil operações simultâneas, registrou 388 mil
entradas comercializadas. A grande maioria foi
reservada por comitês olímpicos nacionais e
patrocinadores. Os compradores tinham a opção
de receber seus bilhetes no domicílio ou
local de trabalho.
Por um taxa de R$ 3,50, a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos realizava a entrega
dos ingressos. Mais de 130 mil entradas foram
despachadas pelos Correios. Essa modalidade,
no entanto, foi encerrada em 24 de junho. A
partir daquela data, os torcedores recebiam um
comprovante da compra para ser trocado em
uma das 26 bilheterias espalhadas por 10 locais
de competição e na Vila Pan-americana. Nessa
primeira fase, os ingressos para os chamados
eventos de alta demanda, como as fi nais do vôlei
masculino e feminino, vôlei de praia, futsal e
ginástica rítmica, foram esgotados.
A chamada venda presencial, realizada nas
bilheterias localizadas nas instalações, teve
o seu início em 3 de julho. Nas primeiras 24
horas, foram adquiridas 13.480 entradas nos
quatro postos de venda defi nidos: Estádio do
Maracanã, Estádio de Remo da Lagoa, Riocentro
e Arena de Vôlei de Copacabana.
Nos dias que se seguiram, mais pontos foram
abertos nos seguintes locais: Arena Olímpica
do Rio, Complexo Esportivo de Deodoro, Clube
Marapendi, Estádio João Havelange, Complexo
Miécimo da Silva e Vila Pan-americana.
Como na venda pela Internet, o torcedor que
comparecia à bilheteria tinha a opção de adquirir
os bilhetes pagando com cartões de crédito
e débito da Visa, apoiadora dos Jogos.
Antes das disputas, as bilheterias funcionavam
diariamente das 9h às 18h. Durante o Pan,
abriram sempre uma hora antes do início da
prova programada no local.

Os ensinamentos
O
utra preocupação dos organizadores
era incentivar o uso do
transporte coletivo. O objetivo
era que o torcedor deixasse o
seu carro na garagem. O estacionamento ao
redor das instalações foi proibido. Não havia
também grande disponibilidade de vagas no
entorno dos locais de competição.
Para não deixar os torcedores a pé, a prefeitura
do Rio redirecionou e criou novas linhas de
ônibus para atender a demanda dos Jogos. O
Metrô e a companhia que administra os trens
da Supervia também desenvolveram esquemas
especiais para o Rio 2007. Nos dias de
competição, um exército formado por 3,4 mil
voluntários ia a campo para auxiliar e orientar
o público.
Uma equipe composta por 20 ouvidores, todos
especialistas em direito esportivo, foi escalada
para resolver qualquer problema ou difi culdade
encontrada pelos torcedores. Divididos em
grupos, eles percorriam os locais de competição
e as bilheterias.
Para dar suporte à operação, foi criado um link
no portal do CO-Rio e aberta uma linha telefônica
para sugestões e reclamações dos clientes
do Pan. As maiores queixas foram em re-
A VENDA DE INGRESSOS NO PAN
1.024.741 ingressos vendidos
R$ 27,969 milhões de receita líqüida
304.680 ingressos sociais
3.438 voluntários no atendimento ao público
211
lação a ingressos comprados e não entregues,
atrasos na remessa das entradas e problemas
com a numeração dos assentos nas instalações.
Muitos lugares vendidos desapareceram
no momento da demarcação fi nal da área
reservada ao público, o que obrigou a organização
a acomodar os torcedores em outras
cadeiras. Apesar dos contratempos, apenas
3.395 ingressos foram devolvidos. O Serviço
de Atendimento ao Consumidor da Ticketronic
registrou 5.985 consultas.
O Fale Conosco do Co-Rio recebeu 104 mil
chamadas. Para Wanderley Rebello Filho, o
Ouvidor Geral do Pan, o número de reclamações
esteve dentro da expectativa. “Conseguimos
atender e resolver a grande maioria dos
problemas. Mais de 90% das ocorrências foram
solucionadas”, afi rma.
Rebello Filho sugere alguns ajustes para o
programa em caso de o Rio ser a sede da
Olimpíada. “Eu estou seguro de que muitas
falhas não irão se repetir. Mas, para uma
Olimpíada, acredito que seja interessante
começar a venda com mais antecedência e
disponibilizar um número maior de postos
de venda”. O Pan deu o exemplo de como o
torcedor pode e deve ser atendido no Brasil,
com o respeito que ele merece.
26 bilheterias espalhadas por 10 locais de competição e Vila
5.985 consultas ao Serviço de Atendimento ao Consumidor
3.395 ingressos foram devolvidos
104 mil contatos no Fale Conosco

Por que o Brasil adotou a idéia
PASSAGENS PARA OS JOGOS
O Rio adotou a estratégia de arcar com
a viagem das delegações estrangeiras.
A iniciativa deu certo e ajudou a vencer
San Antonio na assembléia da Odepa
O
projeto apresentado na campanha
para abrigar os Jogos Panamericanos
2007 trouxe avanços
e novos conceitos à competição
continental. Guadalaraja, a exemplo do Rio
de Janeiro, vai realizar o Parapan de 2011 nos
moldes das Paraolimpíadas. Outra proposta
brasileira bem recebida pela Organização Desportiva
Pan-americana (Odepa) deverá tornarse
rotina nas disputas para abrigar as próximas
competições: o fi nanciamento das passagens
aéreas internacionais para atletas dos esportes
olímpicos, dirigentes, técnicos e profi ssionais
das delegações de todos os países participantes.
A iniciativa favorece o desenvolvimento do
esporte no continente e inclui as nações com
pouca tradição e investimento, ao proporcionar
aos atletas experiência em competição de
alto nível e contato com a elite esportiva.
A estratégia adotada pelo Brasil não é inédita.
Para os Jogos Olímpicos de 2000, ela também
fez diferença a favor de Sydney. Os australianos,
com receio de que a distância pudesse
impedir sua vitória na disputa, ofereceram
passagens a todas as delegações. Atenas seguiu
o exemplo em 2004 e Pequim assumiu o
compromisso para 2008. Nas Américas, Win-
212
nipeg, no Pan de 1999, fi nanciou a ida de parte
dos atletas à competição. Em 2003, Santo Domingo
ofereceu bilhetes aéreos aos países das
ilhas caribenhas, proposta repetida pelo comitê
de candidatura da cidade americana de San
Antonio, que disputava com o Rio de Janeiro a
sede de 2007.
O Rio tornou a proposta mais abrangente.
Ofereceu pagar os bilhetes de todas as delegações,
e também a alimentação e a hospedagem
dos presidentes de comitês olímpicos
nacionais, de alguns dirigentes do COI, de líderes
de determinadas federações internacionais
e de dois jornalistas de cada nação competidora.
O fi nanciamento dos bilhetes aéreos da
Família Odepa, dos delegados técnicos e dos
profi ssionais de arbitragem já era obrigatório.
Ao tomar conhecimento da iniciativa brasileira,
San Antonio fez proposta idêntica à brasileira.
“Quando começou a campanha, os americanos
ofereceram bilhetes para o Caribe. Contraatacamos
oferecendo a todos os países e eles
também disseram que dariam tudo. Fomos
para a disputa no México em condições iguais,
mas eles fi caram a nosso reboque”, lembra o
presidente do Comitê Organizador dos Jogos,
Carlos Arthur Nuzman.
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Um rigoroso controle
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil A
tribuição inicial da prefeitura do
Rio de Janeiro, o governo federal
honrou o compromisso assumido
de oferecer os bilhetes e repassou
cerca de R$ 15 milhões ao CO-Rio para este
fi m. A redistribuição de responsabilidades
começou a ser traçada em reunião no Palácio
do Planalto com a presença da ministra
da Casa Civil, Dilma Rousseff, dos então ministros
do Esporte, Agnelo Queiroz, e da Fazenda,
Antonio Palocci, e do prefeito do Rio,
César Maia, em janeiro de 2006.
Neste momento, inicia-se um novo desenho
de fi nanciamento dos Jogos, em que a participação
federal se intensifi ca. No encontro,
César Maia solicitou R$ 120 milhões para as
obras do Autódromo. “A União autorizou a
liberação e repassou 60 milhões que foram
utilizados para conclusão do Maria Lenk. Negociações
posteriores, no entanto, redirecionaram
o valor restante para outras áreas, entre
elas, a concessão de passagens aéreas”,
afi rma o secretário-executivo do Pan, Ricardo
Leyser. Esta defi nição ocorreu em fevereiro de
2007, quando foi ratifi cada a matriz de responsabilidades
entre os três governos.
Os recursos para aquisição de passagens foram
liberados através da assinatura de três
convênios com o CO-Rio. O desmembramento
Os aeroportos do Galeão,
no Rio (na pág. anterior),
e de Guarulhos, em São Paulo:
portas de entrada das delegações
estrangeiras nos Jogos
213
foi necessário porque o modelo de compra era
diferente de acordo com a origem e a função
que o passageiro exerceria na competição. O
preço médio foi baseado em pesquisa de mercado,
em dólar, em respeito à Lei de Licitações.
O Ministério do Esporte atuou com rigor no
controle dos recursos e no monitoramento
de custos, perfi l dos benefi ciários e aquisição
dos bilhetes. Inclusive, fez análise paralela ao
CO-Rio para otimizar os valores propostos. O
Comitê também foi instruído pela União a solicitar
cortesias e abatimento dos valores às
empresas aéreas quando grupos de atletas
viessem no mesmo vôo. Os bilhetes da delegação
brasileira foram comprados no Brasil
pela agência de viagens Tamoyo. O projeto
garantia o pagamento do trecho do estado
em que o atleta é federado até o Rio de Janeiro.
Foram adquiridos 2.537 bilhetes. Seu
fi nanciamento, no valor inicial de R$ 1,293
milhão, foi aprovado pelo Convênio 7/2007.
Houve, no entanto, uma economia de mais da
metade deste valor já que as tarifas pagas foram
menores que o previsto no projeto. Cerca
de R$ 732 mil retornaram aos cofres públicos,
e o convênio fechou em R$ 561.239,34.
Para aquisição de passagens das delegações
estrangeiras foi assinado o convênio
3/2007, no valor inicial de R$ 13,3 milhões e

fi nal de R$ 11.350.815,43. Neste caso, o CO-
Rio repassou a verba à Odepa, que a redistribuiu
entre os 41 comitês olímpicos nacionais,
proporcionalmente ao número de representantes
que cada país teria na competição. O
repasse à Odepa ajudou a agilizar o processo.
Os recursos humanos do CO-Rio eram insufi
cientes para executar a aquisição diretamente.
Além disso, o acordo entre o Comitê
e a Odepa previa a compra do trecho entre a
capital do país de origem e o Rio de Janeiro
(à exceção do Canadá, cujos atletas partiram
de Toronto).
Nos casos em que o atleta estivesse em outro
país, a diferença não seria fi nanciada pelo Brasil.
Por isso, a transferência de dinheiro gerava
maior liberdade de gerenciamento e garantia
de conforto para o atleta, que não precisaria se
deslocar até seu país para então vir ao Brasil. A
desvantagem – desconhecer o horário exato de
chegada dos atletas – foi remediada com uma
equipe de transporte de plantão no aeroporto.
“Este é o modelo olímpico. Comprar as passagens
aqui seria muito bom pelo controle, mas
o trabalho seria maior. Foram mais de cinco
mil bilhetes” diz Ricardo Trade, gerente da área
de Serviços dos Jogos. A verba para a Odepa
foi repassada em três parcelas. As duas primeiras,
de 40% do valor cada, foram enviadas
antes dos Jogos. A última, de 20%, depois
da competição. A medida permitia ajustes, ou
seja, redirecionar recursos às delegações de
acordo com o número de representantes de
cada país. Muitas vagas só foram defi nidas às
vésperas do Pan.
O acompanhamento do uso de recursos pelo
governo federal gerou economia substancial.
O plano de trabalho do CO-Rio para a compra
de passagem foi feito em março de 2007. O
orçamento projetava uma ligeira alta no valor
da modela americana, cotada a R$ 2,30 no
contrato. Além disso, foi considerado um aumento
no valor das passagens no período dos
Jogos porque julho é o mês de férias escolares.
Porém, ao contrário do previsto, o dólar
teve forte queda, sendo cotado a menos de R$
214
2. Com as mudanças no quadro econômico, o
valor aplicado no CO-Rio foi revisto e os cálculos
da última parcela, refeitos. Prevista inicialmente
em R$ 2,67 milhões, a terceira parcela
caiu para R$ 951 mil. “O rigor no controle
do repasse de verba é a palavra de ordem. O
Ministério fez um acompanhamento minucioso
da evolução do projeto, o que permitiu economias
ainda no período da execução orçamentária”,
diz João Roberto de Lima, gestor dos
convênios no Ministério do Esporte.
Cerca de 6.550 vôos foram usados para vinda
da Família Odepa, de dirigentes nacionais
e internacionais, dos delegados técnicos e
dos árbitros, com fi nanciamento federal através
do convênio 4/2007. Previsto, inicialmente,
em R$ 8,818 milhões, foi fi nalizado em R$
3.214.494,90. Os membros do Comitê Olímpico
Internacional (COI) e de algumas federações
internacionais não aceitaram a cortesia
brasileira e vieram ao Rio acompanhar o Pan
com recursos próprios.
Outra economia deste convênio se refere à
diferença dos valores orçados e efetivamente
gastos, sobretudo para a vinda dos árbitros.
Quem escolhe os juízes é a federação internacional
de cada modalidade. Os nomes escolhidos
foram entregues no mês de junho.
Como o CO-Rio não podia esperar a divulgação
dos indicados para orçar as passagens,
houve um estudo para identifi car as possíveis
procedências dos árbitros. Foram considerados
os eventos esportivos anteriores e os locais
com tradição no esporte, como Coréia
para taekwondo e China para o tênis de mesa.
“Fizemos uma suposição com todo o cuidado
que lidar com dinheiro público exige. Não
é orçar com gordura. Tanto que boa parte foi
devolvida”, afi rma Trade.
A hospedagem e a alimentação (café da manhã,
almoço e jantar) dos árbitros, delegados
técnicos e da Família Odepa sempre foram
obrigações da cidade-sede. O Brasil ofereceu
as mesmas condições a 84 jornalistas (dois de
cada nação competidora) e aos dirigentes nacionais
e internacionais. Novamente, membros

Fotos: Divulgação
do COI e de algumas federações recusaram
a oferta. Para fi nanciar este projeto, CO-Rio
e Ministério do Esporte assinaram o convênio
35/2007, fechado em R$ 14.720.681,51. A verba
garantiu o pagamento de 18.054 diárias e a
hospedagem em 1.473 quartos.
A equipe do Ministério do Esporte também trabalhou
para que o projeto custasse o mínimo
possível. Negociou, por exemplo, a redução
do valor cobrado pela água mineral, que fazia
parte do pacote de hospedagem. O custo caiu
pela metade, uma diferença considerável quando
se analisa o total de água consumida nos
quartos e nas reuniões: cerca de 92 mil garrafas.
O convênio também incluía a contratação
de vans para o transporte das autoridades e o
pagamento do aluguel de salas nos hotéis para
a realização de reuniões, entre elas a Assembléia
Geral da Odepa.
O Ministério do Esporte também fi nanciou o
pagamento de 34.849 diárias de trabalho (per
diem) dos profi ssionais envolvidos nos Jogos,
entre eles árbitros, delegados técnicos, diretores
de arbitragem, classifi cadores funcionais
do Parapan e chefes das áreas médicas.
O convênio 53/2007, assinado com o CO-Rio,
repassou R$ 6.461.430,00 para essa fi nalidade.
“Hoje sabemos qual a formatação correta para
que o projeto fl ua adequadamente, os recursos
humanos necessários e a forma de atuação no
mercado nacional e internacional. Caso o Brasil
receba as Olimpíadas, o aprendizado será posto
em prática”, enfatiza João Roberto de Lima.
Othon, Windsor, Royalty e Sheraton
(de cima para baixo): hotéis cariocas
credenciados para a Família Odepa
215

TRÂNSITO E
TRANSPORTE
NO RIO 2007
Novas linhas de ônibus e corredores
exclusivos deram agilidade aos
deslocamentos. O trânsito no resto
da cidade fl uiu e o Rio passou com
louvor no teste de fogo dos Jogos
216

217
Durante o Pan, o Metrô ampliou
o horário e transportou 400 mil
passageiros a mais por dia
Foto: Divulgação / SuperVia

A infra-estrutura viária
G
randes eventos esportivos são
uma oportunidade sem igual
para a cidade-sede melhorar sua
infra-estrutura urbana, principalmente
viária e de transportes. Na preparação
do Rio 2007, os entes governamentais, especialmente
a prefeitura e o governo estadual,
tentaram tirar do papel alguns de seus projetos
para o setor. No entanto, poucos foram
levados adiante, sobretudo por falta de tempo
e de recursos.
Considerando-se o dossiê de candidatura de
2002, apenas dois dos projetos apresentados
tornaram-se realidade: a construção do Anel
Viário Pedro Ernesto, essencial para a realização
dos Jogos porque compreendia melhorias
profundas na circulação de veículos na Barra
da Tijuca, região que concentrou a maioria das
disputas e a Vila Pan; e a modernização do sistema
de trens metropolitanos, conduzida pelo
governo estadual.
A expansão da rede metroviária, listada no
dossiê, com a criação de duas novas linhas,
não foi concretizada. Para tirar do papel
um plano da prefeitura batizado de Mobilidade
Urbana, na verdade uma atualização
da prioridade de investimentos do município
na área de infra-estrutura viária para
os Jogos, o prefeito César Maia pediu ao
Ministério da Fazenda o aumento da capacidade
de endividamento do município para fi nanciamento
das obras, pedido que não pôde ser
atendido pela instituição.
O secretário executivo do Comitê de Gestão
Rio 2007 lembra o processo: “Na renegociação
da dívida de estados e municípios com
o BNDES, houve um acordo de pagamento
que pressupunha o não crescimento do endividamento
das prefeituras, porque elas podem
comprometer seus orçamentos só até um
certo nível. Ocorre que o prefeito César Maia
queria que o índice fosse revisto, para fazer o
Projeto de Mobilidade Urbana, mas o Ministério
da Fazenda argumentou que, se abrisse
exceção para uma cidade, teria de abrir para
todas”, conta Ricardo Leyser.
218
Dos nove itens do Mobilidade Urbana, apenas
três foram executados: o alargamento da Avenida
Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, as
melhorias no entorno do Estádio João Havelange,
no Engenho de Dentro, e a passarela que
conecta o estádio à estação de trem. Outra foi
executada em parte: as melhorias na Avenida
Salvador Allende, na Barra. O alargamento da
Avenida Ayrton Senna não fi cou pronto a tempo
– a obra só foi iniciada com a assinatura, em
14 de fevereiro, do convênio 012/2007 entre o
Ministério do Esporte e a prefeitura. O prefeito
lembra que as melhorias não eram “parte
exigida” , e sim “uma oportunidade”. “Fizemos
exclusivamente o que era imprescindível para
o Pan, na medida em que ainda trabalhávamos
com a hipótese de ter de arcar com todas as
despesas”, argumenta.
Entre 2002 e 2007, o governo estadual não ampliou
a linha metroviária, mas inaugurou duas
estações em Copacabana. O maior investimento
estadual foi na modernização do sistema
ferroviário, com a compra de trens através
de fi nanciamento do Banco Mundial e reforma
da estação Engenho de Dentro, em convênio
com a prefeitura e a Supervia, concessionária
do serviço. O então secretário de Estado de Turismo,
Esporte e Lazer, Eduardo Paes, critica o
dossiê de candidatura: “É uma peça de fi cção,
uma carta de intenções. Sob o ponto de vista
de equipamentos esportivos, se fez mais do
que se propunha; sob o ponto de vista de investimento
para a cidade, se fez menos”, avalia. Em
pesquisa realizada pela Federação do Comércio
do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio)
com 1.008 moradores da região metropolitana,
em julho de 2007, apenas 3,57% apontaram as
melhorias na infra-estrutura da cidade como
principal destaque positivo do evento.
A não execução de grande parte das obras viárias
e de transporte infl uenciou o planejamento
que a Secretaria Municipal de Transportes
(SMTR) e o CO-Rio elaboraram para o trânsito
e os transportes durante os Jogos. Tal planejamento
se baseou em garantir a circulação da
Família Pan; facilitar o acesso dos espectadores
aos locais de competição, muitos deles em

Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio
MEDIDAS PARA ALIVIAR O TRÂNSITO DURANTE O PAN
Faixas exclusivas nas principais vias para garantir o deslocamento da Família Pan-americana
Interdição do tráfego nas ruas do entorno das instalações esportivas
em horários de competições
Novas linhas de ônibus para incentivar o uso do transporte público
– algumas integradas à rede já existente
Apelos feitos pelos organizadores para que as pessoas evitassem ir às provas de carro
regiões normalmente mal servidas por ônibus
coletivos; e alterar o menos possível a rotina
da cidade.
Algumas medidas foram tomadas para diminuir
a pressão sobre o trânsito: no início de
2007, linhas de extensão do metrô para as instalações
esportivas entraram em circulação,
as chamadas Linhas do Pan. O novo serviço
fez a ligação entre os núcleos de competição,
zona sul e Maracanã. Um passageiro que desembarcasse
na estação do metrô Siqueira
Campos, em Copacabana, por exemplo, podia
viajar de ônibus até o Riocentro ou Cidade
dos Esportes, na Barra. Os trajetos eram feitos
por 20 veículos com ar condicionado, cadeiras
acolchoadas e música ambiente. Ainda durante
os Jogos o Metrô Rio estendeu o horário de
funcionamento dos trens subterrâneos para
atender as competições que terminavam após
O Anel Pedro Ernesto, ao largo
da Vila do Pan, constava do dossiê
de candidatura: obra melhorou
o trânsito na região da Barra
a meia-noite. Além disso, transportou milhares
de voluntários gratuitamente.
Para homenagear o evento, alguns vagões foram
decorados com temas alusivos às modalidades
praticadas no Pan. Durante os Jogos,
as medidas compensaram a falta de investimentos
em infra-estrutura viária. O transporte
dos atletas e do público foi elogiado. Alguns
serviços foram mantidos em funcionamento
depois do evento, como a linha de ônibus
operada pelo Metrô Rio de Copacabana
à Barra da Tijuca. Na proposta para 2016, o
item de transporte do questionário do Rio obteve
nota máxima de 7,5 e média de 6,5, com
variação positiva de 1,9 em relação ao projeto
apresentado para 2012, sinalizando que o
Comitê Olímpico Internacional vê como viável
a reestruturação do sistema de transporte público
prevista na cidade.
219

O que previa o dossiê de candidatura
E
m 2002, o Rio dispunha de três vias
principais – Avenida Brasil, Linha Vermelha
e Linha Amarela, 260 km de
ferrovias que transportavam 300 mil
passageiros por dia e 36 km de malha metroviária,
para 430 mil passageiros por dia, além de
uma frota de 8 mil ônibus levando 5,6 milhões
de passageiros diariamente. No tópico “Sistema
viário em 2007” do dossiê, dos seis projetos
para melhorar a qualidade de transporte da
cidade mencionados os organizadores listam
“quatro que deverão estar implantados antes
do início dos Jogos e serão de grande utilidade
para os deslocamentos”: “Anel Viário”, “Via Light”,
“Ligação Lagoa-Barra” e “RJ-109”.
O Anel Viário Pedro Ernesto – foi a única das
quatro obras executada para o Pan. Trata-se de
um conjunto de melhorias no entroncamento da
Avenida Ayrton Senna com a Avenida Abelardo
Bueno, na Barra. A obra teve custo de R$ 13,3
milhões, dividido entre prefeitura e iniciativa privada.
Inaugurada em março de 2005, possibilitou
acesso ao terminal rodoviário da Vila Panamericana,
além de ter sido fundamental para
a circulação de veículos na região que reúne o
maior número de instalações dos Jogos.
A Via Light – foi construída pelo governo estadual
em 1998, na Baixada Fluminense, longe
das áreas de competição. Há um projeto
de ampliá-la da Avenida Brasil a Madureira.
Apesar de constar do dossiê de candidatura, a
idéia não esteve em pauta nas discussões sobre
os Jogos.
A ampliação da ligação entre a Lagoa Rodrigo
de Freitas e a Barra da Tijuca – seria
de grande contribuição para os Jogos, já
que tanto a Barra quanto a zona sul reuniam
várias instalações esportivas. Mas nenhuma
obra chegou a ser iniciada. A solução encontrada
foi promover deslocamentos entre
estas áreas utilizando as Linhas Amarela e
Vermelha para evitar a passagem de mais veículos
pela via já saturada.
220
A RJ-109 – é o Arco Rodoviário, com 145 quilômetros
de extensão, incluído pelo governo
federal no Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) com orçamento estimado em
cerca de R$ 800 milhões, a maior parte oriunda
da União. O arco ligará o município de Itaboraí
ao Porto de Itaguaí, cortando a Baixada
Fluminense e interligando cinco rodovias
federais que cortam o Rio, e deve desafogar
o trânsito em vias de grande movimentação
como a Avenida Brasil e a Ponte Rio-Niterói.
A construção contém exigência inédita para
sua licença ambiental: o uso de asfalto-borracha,
que dura 30% mais e absorve mais ruído
que o convencional, além de tirar pneus
do meio ambiente. A obra, a cargo do governo
estadual, também torna obrigatório plantio
de 2 milhões de mudas de árvores às margens
da estrada e a instalação de barreiras
acústicas em áreas de grande concentração
populacional. O arco, cujas obras estão em
andamento, já tem trecho de 22 quilômetros
concluído.
Melhorias nos sistemas ferroviário e metroviário
– foram mencionadas no dossiê de
candidatura. Sobre o sistema de trens metropolitanos,
o documento apontava que estava
sendo modernizado com fi nanciamento
de US$ 100 milhões do Banco Mundial, com
contrapartida do governo estadual. De fato,
17 trens com ar condicionado foram comprados,
importados da Coréia, e 12 reformados
até dezembro de 2007. Estado, município e a
concessionária Supervia também investiram
na reforma da estação Engenho de Dentro,
para melhorar o fl uxo de público no Estádio
João Havelange – a capacidade de público da
estação subiu de 9 mil para 20 mil passageiros
ao dia, recorde não quebrado em dias de
jogos de futebol até o mês de março de 2008.
Quanto ao sistema metroviário, a expectativa
do dossiê não foi totalmente atendida. Apenas
duas estações foram inauguradas entre 2002
e 2007: Siqueira Campos e Cantagalo, ambas
em Copacabana.

O Plano de mobilidade urbana
E
laborado a partir da Agência de
Desenvolvimento Urbano, do Instituto
Pereira Passos, este plano
prevê um conjunto de melhorias
na infra-estrutura viária da cidade priorizando
dois núcleos esportivos: Barra da Tijuca
e Maracanã, que inclui também o Estádio
João Havelange. O objetivo era não só
facilitar o acesso durante os Jogos, mas
também promover melhorias na mobilidade
destas regiões e sua articulação com a cidade.
O plano era composto de nove obras.
Algumas foram executadas em parte e outras
não:
Duplicação da Avenida Abelardo Bueno,
na Barra da Tijuca – foram executadas
“melhorias físicas e operacionais” no
trecho da avenida entre a Estrada Pedro
Corrêa e a Avenida Salvador Allende – exatamente
em frente à Cidade dos Esportes.
A prefeitura, responsável pela obra, executou
drenagem, pavimentação, construção
de calçadas com meio-fio, baias de ônibus,
plantio de grama e iluminação. O serviço
executado é mais simples do que o proposto
no plano de Mobilidade Urbana, que
previa, por exemplo, construção de duas
pontes. Também houve investimentos em
obras de controle de enchentes na região.
Manilhas dos rios Pavuninha, sob a Abelardo
Bueno, e Caçambê, próximo à Avenida
Salvador Allende, foram substituídas por
três travessias com maior vazão. Antes a
vazão era de 6 m³/segundo e, após a obra,
passou a ser de 30 m³/segundo.
Alargamento e melhorias viárias e urbanísticas
na Avenida Salvador Allende, na
Barra da Tijuca – a obra seria fundamental
para a melhoria do acesso a três instalações
(Riocentro, Cidade do Rock e Morro
do Outeiro). O plano de Mobilidade Urbana
previa o alargamento de toda a avenida e
sua duplicação no trecho entre o Riocentro
e a Avenida Abelardo Bueno. O único serviço
executado foi a construção de uma nova
intersecção entre Salvador Allende e Abelardo
Bueno.
221
Alargamento da Avenida Ayrton Senna e
execução de obras no Arroio Fundo, na
Barra – as obras (duplicação da Avenida Ayrton
Senna entre o Rio Arroio Fundo e a Lagoa
do Camorim – sentido Barra-Centro, construção
de passarela sobre a via duplicada e
construção de ponte sobre o Canal do Anil)
foram executadas parcialmente antes dos Jogos.
Orçadas em R$ 16 milhões, signifi cavam
a contrapartida da prefeitura do Rio no convênio
012/2007, fi rmado com o Ministério do
Esporte para “obras de infra-estrutura viária e
urbanização da Vila Pan-americana”. O convênio
previa R$ 69.046.727,76, sendo R$ 52,9 milhões
do governo federal. O Ministério do Esporte
repassou recursos para a construção da
avenida Canal (que circunda a Vila, passando
por cima do canal do Arroio Fundo), e das vias
3 (interna), 5 e 6 (de acesso ao local). Nestes
locais foram feitos serviços de construção de
redes de drenagem, urbanização, paisagismo
e iluminação pública. A Estação de Tratamento
de Rio no Arroio foi construída mas não funcionou
plenamente antes do Pan – nem até o encerramento
do convênio, em outubro de 2007.
O Município devolveu R$ 7 milhões não utilizados,
e, em 2008, foi feito novo convênio – com
o Ministério das Cidades – para continuidade
do que fi cou pendente.
Implantação do sistema de controle de
tráfego da Barra e centro de controle –
Fundamental para a melhoria do trânsito da
Barra, não foi executada.
Melhorias urbanísticas, viárias e de infraestrutura
do entorno do Estádio João Havelange
e reformulação do acesso à Linha
Amarela pela Rua Henrique Scheid – para
facilitar o acesso ao estádio, a prefeitura fez
obras de melhoria do entorno com recursos
próprios, em duas frentes de trabalho. A primeira
contempla a recuperação de cinco ruas
do entorno, com pavimentação, construção
de passeios, sinalização, iluminação e drenagem.
A segunda intervenção diz respeito
à drenagem externa do estádio e à recuperação
da Rua Henrique Scheid – que serve
de acesso da Linha Amarela ao estádio –,

incluindo pavimentação, construção de
passeios, sinalização e iluminação.
Viaduto da Abolição – a obra não foi executada.
Trata-se de um viaduto sobre a Linha
Amarela, religando dois trechos da Rua
da Abolição interrompidos pela construção
da linha expressa, que facilitaria o acesso
ao estádio dos veículos vindos da Barra da
Tijuca e da Avenida Dom Hélder Câmara.
Passarela sobre a linha férrea, no Engenho
de Dentro – a Secretaria Municipal de
Obras construiu uma passarela sobre a Rua
Arquias Cordeiro, ligando a estação Engenho
de Dentro ao Estádio João Havelange, com
capacidade para 25 mil pessoas por hora.
Eliminação de enchentes no entorno da
Rua Amaro Cavalcanti, no Engenho de
Dentro – obra não executada.
Viaduto de São Cristóvão – Trata-se de
um viaduto sobre a linha férrea, ligando a
Avenida Bartolomeu de Gusmão à Avenida
Presidente Castelo Branco (Radial Oeste),
entre a Quinta da Boa Vista e o Complexo
do Maracanã, mas não chegou a ser executado.
O atual viaduto seria transformado em
passarela de pedestres.
Pavimentação de ruas – Não estava previsto
no plano de Mobilidade Urbana, mas
a prefeitura investiu no serviço, dando prioridade
a vias importantes para os Jogos.
Segundo o secretário municipal de Obras,
Eider Dantas, foram asfaltadas mais de 300
vias. No entanto, muito trabalho ainda poderia
ter sido feito se houvesse mais recursos,
segundo uma das conclusões do relatório
da Secretaria Municipal de Transportes: “Alguns
aspectos fi caram aquém do desejado
por causa de restrições orçamentárias. Entre
eles, destacam-se o estado do pavimento
das vias da cidade e a sinalização viária”.
Planejamento de trânsito e de transporte
222
O
plano de transportes e trânsito
para os Jogos foi realizado
em conjunto entre a Secretaria
Municipal de Transportes Urbanos
(SMTU) e o Comitê Organizador Rio
2007 (CO-Rio). As ações visavam garantir o
transporte de atletas e ofi ciais, bem como do
público espectador, de voluntários e trabalhadores
dos Jogos. O plano se baseou na indução
ao uso do transporte público devido à
inexistência de estacionamento nos locais de
competição e estava de acordo com o que
vem sendo feito em eventos semelhantes ao
redor do mundo. Esta indução seria atingida
por meio do aumento da oferta de transporte
público e de estacionamentos periféricos.
Para se somar à rede existente, foram criadas
linhas de ônibus de integração com os
seguintes trajetos: estação Siqueira Campos
(Copacabana)-Terminal Alvorada (Barra da
Tijuca); estação Del Castilho-Alvorada; e estação
Del Castilho-Estádio João Havelange
(Engenho de Dentro), além de linhas de ônibus
circulares na Barra da Tijuca, servindo
a cinco instalações (inclusive a Cidade dos
Esportes e o Riocentro), e uma linha circular
dentro da Vila Militar, em Deodoro. Para carros
particulares, indicaram-se estacionamentos
no entorno dos locais de competição, sobretudo
em shopping centers, todos servidos
por linhas de ônibus circulares ou de integração
do metrô. As vias no entorno das instalações
foram fechadas ao trânsito de carros
particulares. Apenas ônibus públicos e táxis
tinham acesso.
Houve um esforço para conscientizar a população
sobre a necessidade de se utilizar
o transporte público e de respeitar as faixas
exclusivas destinadas aos veículos da Família
Pan. A Companhia de Engenharia de Tráfego
do Rio (CET-Rio) gastou R$ 400 mil reais para
implantar as faixas. “Todos achavam que o
transporte seria um problema e foi uma grande
surpresa, inclusive para nós. Planejamos,

mas não sabíamos como a população se comportaria.
Criamos linhas adicionais no transporte
público e as faixas exclusivas funcionaram.
A população se conscientizou da importância
dos Jogos e a maioria respeitou”, avalia o subsecretário
geral do CO-Rio, Mario Cilenti.
Nos casos de Sydney 2000 e Atenas 2004, o
plano de transporte teve como pilar a construção
de novas linhas de transporte de alta capacidade,
ferroviárias ou metroviárias, para acesso
aos principais locais de competição para o
público espectador. No caso do Rio, algumas
obras viárias e de transporte público (duplicação
da Auto-estrada Lagoa-Barra, Linha 4 do
metrô e Transpan), projetadas para serem implantadas
até o Pan para melhorar o acesso à
Barra da Tijuca, acabaram não ocorrendo face
a restrições orçamentárias. A linha Siqueira
Campos-Alvorada começou a funcionar em janeiro
de 2007, o que se mostrou uma decisão
acertada, já que a população teve tempo de
conhecê-la e testá-la. Aproximadamente 133
mil pessoas utilizaram este transporte durante
o Pan. Já a linha Del Castilho-Alvorada e as
linhas circulares da Barra, que transportaram
70 mil e 115 mil passageiros respectivamente,
só começaram a operar no início dos Jogos,
o que causou “certo desconhecimento de sua
existência”, segundo relatório da SMTU.
O sistema de ônibus circulares na Barra se
tornou referência para o resto da cidade du-
Terminal de ônibus
dentro da Vila:
atletas nas áreas
esportivas duas
horas antes das provas
rante os Jogos, o que comprova seu bom funcionamento,
já que a oferta de ônibus na zona
oeste sempre foi menor que na zona sul e no
centro. O apelo ao uso do transporte público
funcionou tão bem que a estação de trem do
Maracanã registrou pico de 15 mil passageiros
diários durante o Pan, contra um histórico de
mil no mesmo período em anos anteriores. A
estação Engenho de Dentro teve pico de 14 mil
diários, contra um histórico de 8 mil. No metrô,
400 mil passageiros foram transportados a
mais no sistema.
Pesquisa realizada pela Federação do Comércio
do Estado do Rio (Fecomércio) com 1.008
pessoas, em 25 e 26 de julho, comprova que
o transporte foi elogiado. Perguntados se encontraram
difi culdades de acesso aos locais
de competição, 76,04% disseram que não. Se
36,46% ainda utilizaram o carro como meio
de transporte para ir às competições, o mesmo
percentual declarou ter utilizado os ônibus
e 27,08% o metrô. Ainda mais surpreendente
é o dado de que 65,71% dos que se locomoveram
de carro não encontraram difi culdades
para estacionar, apesar de não haver
estacionamentos nas instalações esportivas.
Enquanto o transporte público recebeu nota
6,9 – atrás apenas do item “segurança” e à
frente de “limpeza” –, o trânsito teve nota 5,8.
A maior parte dos entrevistados que apontou
um destaque negativo para os Jogos (7,74%)
escolheu o trânsito.
223
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Uma operação que não pode falhar
O
serviço de transporte para atletas,
dirigentes, árbitros e jornalistas é
um dos pontos críticos na organização
de competições como
Olimpíadas e Jogos Pan-americanos. Imagine
a seguinte situação: o público lota as arquibancadas,
a televisão abre o sinal de transmissão,
árbitros estão a postos e... nada de o atleta ou
de o time chegar ao local de competição. Tudo
por causa de falhas no sistema de transporte.
Ou então o jornalista precisa entregar seu trabalho
até determinado horário e não consegue
porque o ônibus que o transportaria atrasou.
Para evitar problemas dessa natureza, que podem
comprometer seriamente os ganhos de
imagens gerados por uma competição desse
porte, o CO-Rio dedicou especial atenção ao
tema. Controle rígido de horários, acompanhamento
de entradas e saídas, tempo de deslocamento,
quantidade de veículos necessários
SERVIÇOS OFERECIDOS ÀS DELEGAÇÕES
224
para a operação, enfi m, tudo foi pensado para
não haver transtornos. O depoimento do jornalista
americano Ed Hula atesta: “Usei o sistema
e estava muito bom. Fiquei surpreso de ver
como foi fácil ir de um lugar a outro”.
A operação seguiu o modelo implantado pelo
Comitê Olímpico Internacional para as Olimpíadas.
Exemplo foi a construção de um terminal
específi co para embarque e desembarque
de atletas na Vila. De lá, os competidores partiam
para os locais das provas. A meta era que
as estrelas chegassem duas horas antes da
prova e as deixassem até uma hora depois. A
instalação mais distante deveria estar, no máximo,
a 40 minutos dos pontos de embarque de
atletas, árbitros e jornalistas. Para cumprir esse
plano, três princípios foram adotados: simplicidade,
fl exibilidade e comunicação. Vários serviços
de transporte foram oferecidos:
Transporte para chegadas e partidas dos Aeroportos do Galeão e Santos Dumont
para a Vila Pan e Parapan-americana.
Transporte do Terminal da Vila para as instalações de competição e de treinamento.
Transporte do Terminal da Vila para pontos de interesse turístico,
como Cristo Redentor, Pão de Açúcar e outros.
Transporte do Terminal da Vila para as cerimônias de abertura e encerramento dos eventos.
Transporte interno na Vila, realizado por microônibus e funcionando 24 horas por dia.
Brasileiros embarcam em um dos
ônibus que circularam no turno de
24 horas na Vila Pan-americana
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Um serviço modelo no Parapan
No Parapan, 40 ônibus
foram adaptados e os
voluntários, treinados
para ajudar os atletas
N
os Jogos Parapan-americanos, a
organização desenvolveu um sistema
de transporte que levou em
conta as necessidades especiais
de cada atleta. No total, a frota específi ca para
o Parapan era composta por 324 veículos.
Destes, 40 ônibus e microônibus eram adaptados
para o transporte das delegações. Eles
eram equipados com rampas para facilitar o
acesso, e no seu interior os bancos foram retirados
para que houvesse espaço sufi ciente
para comportar até 12 cadeirantes, o equivalente
a um time de basquete de cadeira de
rodas. Na Vila Parapan-americana havia dois
centros de informações de transporte, onde
eram feitas as reservas e a programação de
saídas de ônibus para treinos e outros encontros
ofi ciais. Durantes os Jogos, as equipes
circularam em ônibus ou microônibus com um
guia (voluntário) a bordo. Os atletas de modalidades
individuais viajavam em microônibus
compartilhados por competidores de diferentes
países e esportes.
Foi defi nido um esquema especial de transporte
para a cerimônia de abertura. Atletas e
ofi ciais de delegação foram transportados em
ônibus adaptados a partir da Vila Parapanamericana.
As saídas foram programadas de
forma a atender com antecedência a ordem
225
de entrada determinada pela organização no
desfi le das delegações na Arena Olímpica
do Rio. Todos os detalhes de operação e de
horários foram informados antecipadamente,
durante as reuniões com chefes de missão,
para assegurar que o tempo de deslocamento
e de espera de atletas e ofi ciais fosse o
menor possível.
Ao fi nal das cerimônias, os ônibus adaptados
foram alinhados na área de embarque para que
atletas e ofi ciais de delegação fossem deslocados
de volta à Vila. Na abertura, os chefes
de missão e ofi ciais dos Comitês Paraolímpicos
Nacionais não puderam chegar à Arena
em seus veículos exclusivos. O transporte
destes foi realizado em ônibus para diminuir o
fl uxo e o congestionamento. Andrew Parsons,
presidente do Comitê Paraolímpico das Américas,
atestou a qualidade do sistema. Para o
dirigente, em alguns aspectos o transporte do
Rio 2007 foi mais efi ciente do que o realizado
nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004.
“O retorno à Vila após a cerimônia de abertura
foi sensacional. A velocidade de organização
merece cumprimentos. Alguns ônibus adaptados
levavam 12 cadeirantes, ao contrário de
Atenas, onde precisávamos de dois ônibus”,
afi rmou o principal dirigente do desporto paraolímpico
das Américas.
Foto: Divulgação / CO-Rio

O PAN DE MÃOS DADAS
COM O MEIO AMBIENTE
O Rio 2007 não agrediu o exuberante cenário
natural da Cidade Maravilhosa e teve compensada
grande parte de sua emissão de carbono.
Lagoa Rodrigo de Freitas:
dragagem retirou 97 mil metros cúbicos
de sedimentos
N
a organização das grandes competições
esportivas internacionais,
hoje em dia, a perspectiva
dos organizadores suplanta em
muito a concepção de que esporte se constitui
apenas de atletas, equipamentos e torcidas.
Os propósitos, para muito além das medalhas
a um país ou outro, contemplam ideais
de uma aldeia global que rege princípios universais
em uníssono.
Além das preocupações com a solidariedade,
a diplomacia, a amizade entre os povos, entre
outros pontos fundamentais, é possível comprovar
o interesse e o comprometimento do
movimento esportivo com um tema que ocupa
espaço cada vez maior nas agendas em todo
o mundo: o meio ambiente.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Programa
de Meio Ambiente das Nações Unidas
(Pnuma) somam esforços desde 1994, quando
assinaram um Acordo de Cooperações para
incorporar medidas ambientais nos Jogos
Olímpicos. Em 1999, a parceria rendeu o desenvolvimento
de uma importante agenda de
226
compromissos para o movimento esportivo e
olímpico mundial no que diz respeito a ações
de defesa do meio ambiente: a Agenda 21 para
Esporte e Meio Ambiente, tendo como base os
programas da Agenda 21 fi rmada no Brasil em
1992 durante a Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(Eco-92). A rede mundial da Agenda 21 prevê
um padrão de desenvolvimento sustentável
para o novo século, a ser adotado nos níveis
local, nacional e global por organizações do
sistema das Nações Unidas, governos e sociedade
civil.
A exemplo disso, a Organização dos últimos
Jogos Olímpicos, de Pequim 2008, em parceria
com o Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud) e instituições
do setor privado, implementou ações
com o objetivo de consolidar a realização
ambientalmente correta das Olimpíadas.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos
de Pequim assinou em 2005 um Memorando
de Entendimento com o Pnuma com foco em
alinhar os Jogos Olímpicos de 2008 às políticas
de proteção ambiental.
Foto: Gustavo Stephan / Agência O Globo

Os bons ares dos Jogos
O Pan Rio 2007 recebeu em maio de 2008 um atestado inequívoco de boa conduta em termos
ambientais. Um trabalho da Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos
Tecnológicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppetec/UFRJ), o “Inventário de
emissões de gases de efeito estufa nos Jogos Pan-americanos de 2007”, mostra que os
índices de emissão de dióxido de carbono nos Jogos, estimados em 30.591,34 toneladas
equivalentes, estão entre os menores da história dos grandes eventos esportivos.
Para se ter idéia dessa efi ciência, o Pan, com um número de atletas três vezes maior,
emitiu o equivalente a um quarto (exatamente 25,28%) do total de 121 mil toneladas de
CO² gerado um ano antes pelos Jogos de Inverno de Turim, na Itália.
Os maiores emissores no Rio foram os transportes aéreos de atletas, dirigentes e jornalistas
(15 mil toneladas equivalentes de CO²); o consumo de eletricidade (8 mil toneladas);
e os deslocamentos terrestres (2,22 mil toneladas). Preparo de alimentos, tratamento de
esgoto e de resíduos sólidos, construção civil e fertilizante geraram juntos cerca de 928
toneladas. Se estes números forem somados às emissões do trabalho da imprensa chegase
às 30.591,34 toneladas.
Na avaliação do coordenador do inventário, Luciano Basto, o Pan emitiu pouco porque o
País utiliza fontes renováveis de energia, cujas emissões anulam o ciclo natural do carbono.
“O Brasil produz energia a partir da água e do bagaço de cana. Além disso, consome
muito álcool no transporte. Assim, criou uma matriz energética 45% renovável enquanto a
média mundial fi ca entre 12% a 15%”, explica ele.
Além de minimizar as emissões, o programa ambiental buscou neutralizar o máximo possível
do CO² emitido. O Projeto Corredor Verde do Pan, para refl orestar 40 hectares de
Mata Atlântica do parque da Tijuca ao da Pedra Branca, vai anular, nas três próximas décadas,
16,5 mil das 30,591 toneladas equivalentes geradas pelos Jogos. As espécies da
Mata Atlântica, atesta o levantamento, são capazes de aprisionar 412,5 toneladas de CO²
equivalente por hectare em 30 anos.
A parcela não neutralizada, de 14.091,34 toneladas, equivale às emissões das viagens
internacionais. Uma das metas do inventário é propor novas opções de compensação
para zerar o que ainda falta, como ampliar o Corredor Verde, plantar em outros corredores
verdes e matas ciliares e tratar lixo e resíduos com maior rigor. “O esporte mobiliza e
conscientiza. Aliá-lo ao meio ambiente é sempre bom para todos”, resume Basto.
227

A boa vontade do Brasil
N
o Brasil, a atenção ao meio ambiente
e à promoção de políticas
de desenvolvimento sustentável
ganhou patamar de ministério em
1992, com a criação do Ministério do Meio
Ambiente. Naquele ano, também ocorria a
Conferência Eco-92, na qual o País assinou a
Convenção Marco sobre Mudança Climática,
um dos compromissos que geraram o Protocolo
de Kioto, sobre a redução de emissões de
gases que provocam o efeito estufa, ratifi cado
em 1999. Embora não haja exigência de redução
para países em desenvolvimento, o Brasil
assinou o tratado de Kioto voluntariamente.
Entre os diversos objetivos do Protocolo estão,
por exemplo, a reforma dos setores de energia
e transportes, a promoção do uso de fontes
energéticas renováveis, a redução das emissões
de metano no gerenciamento de resíduos
e dos sistemas energéticos, a proteção de
fl orestas, entre outras. Paralelamente às ações
realizadas no Brasil, em 1994 o Congresso
Olímpico realizado no centenário dos Jogos,
em Paris, determinou que “depois do esporte
e da cultura, o meio ambiente é a terceira
área mais importante do movimento olímpico”
e que, por isso, “os Jogos deveriam ser realizados
de modo a estimular a consciência ambiental
e o desenvolvimento sustentável”.
No mesmo ano, foi anexado à Carta Olímpica
parágrafo sobre o meio ambiente e o
desenvolvimento sustentável. A Carta prevê:
encorajar e apoiar o interesse responsável
por medidas ambientais, para promover
o desenvolvimento sustentável no esporte e
para exigir que os Jogos Olímpicos estejam
alinhados adequadamente ao compromisso
com o meio ambiente. Em 1999, o COI criava
a Comissão do Esporte e do Meio Ambiente.
O Protocolo de Kioto entrou em vigor em fevereiro
de 2005, dois anos antes da realização
dos Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro.
O envolvimento do País com a questão
ambiental também foi levado em consideração
durante o evento esportivo, apesar da
não-obrigatoriedade da realização de ações
na área, pois a Odepa não prevê como exigências
os legados ambientais.
228
Na Eco-92, no Rio, Brasil
assinou o Marco sobre
Mudança Climática:
passo inicial para Kyoto

229
Foto: Daniel Garcia / AFP

Economia de energia
M
esmo não sendo um requisito
para os Jogos Pan-americanos,
o desenvolvimento sustentável
foi uma das diretrizes adotadas
pelo Comitê Organizador Rio 2007 (CO-Rio) e
pelos governos federal, estadual e municipal
durante a preparação do Pan e do Parapan. O
objetivo era fazer um evento o mais próximo da
neutralidade em emissão de carbono, além de
minimizar e compensar o impacto ambiental.
Os Jogos foram cenário para apresentação de
diversos projetos ambientais em andamento
no Rio de Janeiro, não necessariamente associados
aos Jogos mas importantes para a economia
e o meio ambiente do Estado e do País.
A Petrobras, por exemplo, apresentou seu
protótipo de ônibus híbrido elétrico solar, que
reduz em grande proporção a emissão de po-
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Rio durante o Pan: resultados dos testes estão em
análise para aperfeiçoamento antes de os veículos
serem colocados em circulação
230
luentes, uma tecnologia promissora no médio
prazo. A soma de diversos fatores propiciados
pela tecnologia inovadora, como o sistema de
motor elétrico, a frenagem regenerativa, a tração
elétrica e a armazenagem energética em
baterias, representa economia de energia de
até 30%.
O veículo híbrido pode ser comparado a um
trólebus, só que, em vez de buscar energia na
rede elétrica, gera a própria energia a bordo. O
ônibus utiliza como fonte energética não apenas
o diesel convencional, mas também fontes
renováveis, como a energia solar, inicialmente
em pequena parcela (entre 1% e 2% do total
de energia consumida). O modelo foi desenvolvido
pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento
Leopoldo Américo Miguez de Mello
(Cenpe), da Petrobras.
Foto: Guto Moreto / Petrobras

Apostas brasileiras a todo vapor
U
ma outra aposta em transporte
limpo no País é o ônibus híbrido
movido a hidrogênio, totalmente
livre de emissão de poluentes e
também dos gases do efeito estufa. A Coordenação
dos Programas de Pós-graduação
de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) vem desenvolvendo
projeto do primeiro ônibus de hidrogênio
do hemisfério sul.
A adoção desse sistema em veículos é um
procedimento mundialmente promissor. O
ônibus, que libera no ambiente apenas vapor
d´água, recebe atenção do movimento olímpico
e esteve presente no transporte de atletas
em Pequim 2008, além de previsto para
Londres 2012.
Em transporte, outras medidas também
beneficiaram a meta ambiental dos Jogos
Rio 2007. A Petrobras Distribuidora forneceu
combustível ecológico para a frota que
transportou a Família Pan durante os Jogos,
abastecendo 333 ônibus, 153 vans e 455
carros do Pan, além de um total de 324 veículos
do Parapan.
Atendendo os ideais da empresa e do governo
federal, foram adotadas políticas de minimização
de poluentes. O biodiesel B5 foi o
combustível utilizado com prioridade durante
o evento. B5 é o nome dado ao diesel com
5% de biodiesel em sua composição, reduzindo
a emissão de monóxido de carbono. Ao
todo, a Petrobras Distribuidora forneceu 635
mil litros de diesel.
Produzido a partir de plantas oleaginosas
como a mamona, o dendê, o algodão, a soja
e o girassol, todas disponíveis em abundância
no Brasil, ou de gordura animal, o biodiesel
pode ser utilizado como alternativa
de combustível para o transporte e a geração
de energia elétrica. O País exige por lei
que haja 2% de biodiesel na composição
do diesel – B2. Hoje, 100% dos postos de
serviços ativos e os grandes clientes já são
atendidos regularmente com o B2. Isto sig-
231
nifica que o número de postos da Petrobras
BR que distribui biodiesel superou o total de
postos da BR que distribui álcool (cerca de
5.452, atualmente).
A Petrobras tem não somente atendido à legislação,
como vem desenvolvendo e incentivando
o uso de porcentagens de biodiesel
cada vez maiores que o nível exigido. No
chamado Mercado Consumidor, formado por
grandes clientes, a BR vem buscando aumentar
sua presença, oferecendo o produto com
misturas “customizadas” para fi ns de testes
e uso como combustível experimental, sempre
com autorização da Agência Nacional de
Petróleo (ANP). Por solicitação de clientes,
igualmente autorizados pela agência reguladora,
já estão sendo comercializadas misturas
com teores de até 30% (B30) de biodiesel
adicionado ao diesel convencional.
Um dos exemplos de destaque está localizado
na cidade-sede do Pan. O Governo do
Estado do Rio de Janeiro adotou o B5 no
abastecimento de cerca de 3.500 ônibus que
circulam na Região Metropolitana da capital.
“O programa é pioneiro no País e se antecipou
às metas estabelecidas pelo governo federal
para o produto em cinco anos.”, destacou
o presidente da Petrobras Distribuidora,
José Eduardo de Barros Dutra.
Complementarmente, foram fornecidos para
a frota dos Jogos 130 mil litros de gasolina
com 25% de etanol em sua composição,
contribuindo também para a diminuição das
emissões de gases causadores da poluição e
do efeito estufa.
Ecológico, limpo e renovável, o etanol tem
sido essencial para a autonomia energética
do País. Desde a década de 70, a Petrobras
foi a principal responsável pelo sucesso do
maior programa de utilização de combustível
renovável no mundo, o Proálcool. Esse projeto
possibilitou a adição de 25% de etanol na
gasolina, permitindo a retirada do chumbo e
gerando grandes benefícios para o meio ambiente
e para a sociedade brasileira.

Refl orestamento: oxigênio que compensa
M
edidas de compensação de carbono
também foram adotadas no
evento esportivo. No entorno do
Centro Esportivo Miécimo da Silva,
em Campo Grande, a Secretaria Municipal
de Meio Ambiente fez o plantio de 500 árvores,
como aroeira, ipê-roxo, ipê-amarelo, sibipiruna,
oiti e sabão-de-soldado. Na Zona Sul, a orla de
Copacabana recebeu 326 árvores ao longo da
Avenida Atlântica. O projeto se ampliou também
para áreas próximas às praias de Ipanema,
Arpoador, Leme e Leblon, com plantio de
mudas de palmeiras e coqueiros. Na Rua Mário
Ribeiro, no Leblon, foram plantadas 29 palmeiras
imperiais. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, local
das competições de remo, as ações incluíram
replantio de 86 árvores na Avenida Epitácio
Pessoa e 22 na Avenida Borges de Medeiros.
Além disso, uma parceria entre as secretarias
municipal e estadual de Meio Ambiente, o Instituto
Pereira Passos e a Coppe/UFRJ defi niu a
implantação do chamado “Corredor Verde” dos
Jogos, que prevê, nos próximos anos, refl orestar
um território de 40 hectares de Mata Atlântica
que abrange desde o Parque Nacional da
Tijuca até o Parque Estadual da Pedra Branca.
A iniciativa, que planeja plantar 100 mil mudas
para recuperar a maior fl oresta urbana do mundo,
conta com fi nanciamento da Petrobras.
A empresa federal tem por diretriz a adoção de
políticas ambientalmente responsáveis: “A Petrobras
é uma empresa comprometida com o
desenvolvimento sustentável. Ao interagir com
o meio ambiente e consumir seus recursos
naturais, a companhia entende que deve prestar
contas à sociedade sobre o impacto de
suas atividades na biosfera e contribuir para a
melhoria de qualidade de vida da população.
A empresa investe em programas que, além de
defenderem a preservação do meio ambiente,
incentivam o desenvolvimento de uma consciência
ecológica junto às comunidades”, informou
a estatal.
Do ano de sua criação, em 2003, até o ano do
Pan, em 2007, o Programa Petrobras Ambiental,
que patrocina ações ecológicas em todo
232
o País, investiu mais de R$ 100 milhões em
projetos de pequeno, médio e grande portes
desenvolvidos em parceria com organizações
da sociedade civil. Uma das ações é o projeto
“Água: Corpos d’Água Doce e Mar – incluindo
a sua biodiversidade”, que tem como objetivo
desenvolver e apoiar iniciativas que busquem
conscientizar comunidades brasileiras sobre o
uso racional dos recursos hídricos, manter e
recuperar as paisagens para o funcionamento
do ciclo da água e promover a gestão e conservação
das espécies e dos ambientes marinhos
ameaçados.
Outra atividade apoiada pela empresa, no
mesmo período de quatro anos, foi o estudo
de mais de cinco mil espécies nativas em uma
área de infl uência direta de nove mil hectares,
atendendo 23 milhões de pessoas direta e indiretamente.
Os projetos também contribuíram
para que mais de 5 mil pessoas de 129 municípios
em 17 estados trabalhassem na execução
dos empreendimentos.
No projeto Corredor
Verde do Pan, 100
mil mudas de árvores
serão gradativamente
plantadas na cidade
Foto: Cláudio Ferreira / Petrobras

Instalações inteligentes
O Riocentro modificou o sistema
de ar condicionado para reduzir
a emissão de CFC
N
as instalações esportivas e não
esportivas, foram implementadas
ações para minimizar e compensar
o impacto em infra-estruturas
que interferem no meio ambiente, tais como
vias de circulação, redes de comunicação,
fornecimento de energia elétrica, sistemas de
abastecimento de água, coleta e tratamento
de efl uentes, sempre que possível priorizando
ações de longo prazo que trouxessem benefícios
contínuos à população. O cuidado
com o tema começava com ações cotidianas
e exemplares, como a separação do lixo. Foi
adotado sistema de coleta seletiva, com base
no seguinte processo: separação e coleta seletiva
dos resíduos recicláveis (plásticos, vidros,
papel em geral e metal); coleta dos dejetos
animais para compostagem; separação e
coleta dos resíduos não recicláveis (lixo geral
misturado); separação e coleta dos resíduos
especiais (serviços de saúde, pilhas/baterias
e óleo de cozinha).
A destinação fi nal dos resíduos coletados foi
realizada de forma a envolver ações socioambientais,
como no caso dos resíduos recicláveis
e do óleo de cozinha usado no restaurante
da Vila, encaminhados a cooperativas de catadores
de lixo cadastradas na Federação das
Cooperativas do Rio de Janeiro, licenciadas
pelo órgão ambiental local – Feema. As cooperativas
transformavam o óleo em sabão, usado
para produzir materiais de limpeza. Como retribuição,
foram doados a instituições de cari-
233
dade do Rio de Janeiro materiais de limpeza
na quantidade equivalente em dinheiro a 800
litros de óleo de cozinha.
Além da coleta adequada do lixo, o pólo da
maioria de competições, o Complexo do
Riocentro, já existente como centro de convenções
antes do Pan, sofreu modifi cações
para benefício do meio ambiente durante os
Jogos. Foram instalados dispositivos de baixo
fl uxo nas torneiras e nos vasos sanitários,
gerando maior economia de água. O uso de
iluminação inteligente também propiciou economia
no consumo de energia e melhor iluminação.
Outra medida foi ao encontro da
política nacional de preservação ambiental.
O clofl uorcarbono (CFC), que alimentava os
equipamentos de ar condicionado no Pavilhão
5, foi substituído por sistema ecológico.
Por ser signatário do Protocolo de Montreal,
tratado mundial pela proteção à camada de
ozônio, o Brasil adota medidas com a fi nalidade
de banir a emissão do gás CFC, que
destrói a camada de ozônio e contribui para
o efeito estufa. Desde janeiro de 2007, o País
já não importa nem fabrica aparelhos de arcondicionado
nem geladeiras que emitam
o composto. Em 2008, o Ministério do Meio
Ambiente implementou um Centro de Regeneração
de Gases Refrigerantes na cidade
do Rio de Janeiro. Em parceria com o Senai,
iniciou-se a capacitação de técnicos em refrigeração
para promover a purifi cação do gás
CFC-12 contaminado em aparelhos antigos.
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte

Design sustentável
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
S
ede das provas de hipismo, tiro
esportivo, tiro com arco, pentatlo
moderno e hóquei sobre grama, o
Complexo Esportivo de Deodoro,
além de ser construído com a preocupação de
se minimizar impactos ambientais, apresentou
conceitos inovadores. Deodoro incorporou o
design ecologicamente sustentável em suas
quatro instalações permanentes: o Centro
Nacional de Tiro Esportivo Tenente Guilherme
Paraense, o Centro Nacional de Hipismo General
Eloy Menezes, o Centro de Pentatlo Moderno
Coronel Eric Tinoco Marques e o Centro
de Hóquei sobre Grama Sargento João Carlos
de Oliveira.
As edifi cações do complexo esportivo foram
planejadas de forma a privilegiar a iluminação
e a ventilação natural e o uso de materiais
simples e resistentes, de fácil manutenção.
O conceito de “solar passivo” empregado na
construção reduz, de forma prática e efi caz, o
consumo de energia e a emissão de poluentes,
a partir da utilização de materiais que regulam
a temperatura, mantendo o conforto térmico
interno e minimizando, portanto, a necessidade
de aparelhos de ar condicionado e a emissão
de clofl uorcarbono (CFC). Já no Centro de
Tiro com Arco, a decisão por estruturas provisórias
necessárias às competições favoreceu
a restauração da paisagem natural às condições
originais.
234
O Centro Nacional
de Tiro Esportivo,
em Deodoro:
reconhecimento
internacional
A construção do Complexo também adotou
estratégias para estímulo ao transporte coletivo.
Em todas as instalações, havia uma rota
permanentemente acessível a partir das zonas
de embarque e desembarque de passageiros,
com pontos de parada de transporte público.
A própria escolha da Vila Militar já privilegia o
acesso por transporte coletivo. A estação de
trem Vila Militar margeia toda a área do Complexo,
e pontos de ônibus podem ser vistos em
toda a avenida principal.
Pelo fato de as atividades e as interferências
das instalações esportivas de Deodoro terem
sido concebidas com a diretriz de preservação
das áreas, dos bens culturais e do conjunto de
riquezas naturais, o projeto do Complexo foi
indicado, entre 35 obras selecionadas de mais
de duzentas concorrentes de todo o mundo,
para participar da VI Bienal Ibero-americana
de Arquitetura. O Complexo concorreu, em
abril de 2008, ao Prêmio de Obras Construídas
na categoria “Obra Construí da de Jovem
Arquiteto”, vencida por uma construção uruguaia.
Segundo a curadora da Bienal, Ruth
Verde Zein, a preocupação com a sustentabilidade
não é novidade na arquitetura brasileira
para grandes projetos. Ruth avalia que o Brasil
possui tradição e criatividade para inovar e
acredita que isso se deve à preocupação do
setor no País em “superar as limitações e atingir
as melhores soluções”.

De resíduo animal a fertilizante
Foto: Arquivo / UFRRJ
N
o Centro Nacional de Hipismo, o
Centro Nacional de Pesquisas em
Solos, da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária – Embrapa
– implementou, durante o Pan, um sistema que
transforma estrume dos cavalos em composto
orgânico utilizável na agricultura. No local,
eram produzidos cerca de 30 kg de dejetos
diariamente por cavalo abrigado para as provas
do Pan. Esse volume não virava lixo, mas
era reaproveitado como adubo.
As áreas verdes do Complexo de Deodoro
que mais necessitam de fertilização receberam
o material, que foi transformado pelo
processo de compostagem, para ativar os
nutrientes e produzir substâncias orgânicas
reativas (húmus). Essa ativação ocorre a partir
de processos bioquímicos naturais: o estrume
é misturado com a urina e a serragem
das camas dos cavalos, formando pilhas que
são reviradas e molhadas de dois em dois
dias, sofrendo a ação de bactérias e outros
microorganismos.
A temperatura durante a compostagem funciona
de maneira semelhante à febre no ser
humano. Com a terra não é diferente, mas
neste caso a febre é positiva. De tempos em
tempos, os especialistas aferem a temperatura
das pilhas de restos orgânicos em transformação.
O momento de ápice ocorre no início
do processo e pode durar vários dias, che-
235
gando a atingir 70ºC, o que signifi ca alta atividade
de bactérias, fungos e outros microorganismos.
Nesse momento, para potencializar
a decomposição dos resíduos e melhorar sua
qualidade, podem ser adicionados dois compostos
químicos: a zeolita, mineral poroso que
retém a umidade e nutrientes e reduz o odor; e
uréia, como fonte de nitrogênio que aumenta
a efi ciência do processo. As pilhas são, então,
reviradas, permitindo aeração e, se necessário,
molhadas para manter umidade e para que
haja o decréscimo da temperatura excessiva.
Quando a temperatura se equipara à do ambiente,
o material está pronto para ser usado
como adubo. “A compostagem facilita a gestão
ambiental. O lixo é transformado e utilizado
no mesmo local.”, avalia Ricardo Peixoto,
pesquisador da Embrapa Solos. Após o Pan,
a Escola de Equitação do Exército (EsEqEx),
que utiliza o Centro Nacional de Hipismo, absorveu
a tecnologia.
No Edital Prioridades Rio da Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
(FAPERJ), publicado no fi m de 2007, foi aprovado
um projeto de parceria entre a Embrapa
Solos e a EsEqEx para aperfeiçoar a tecnologia
de compostagem de dejetos de 130 cavalos da
Escola. A implantação do sistema no local, que
realiza cursos de especialização, treinamentos
e eventos, permitirá divulgar a técnica para outras
regiões do Brasil.
Em Deodoro, dejetos
dos cavalos foram
transformados em
fertilizante natural

Vila Pan: o exemplo vem de casa
O
s prédios da Vila Pan-americana,
condomínio que hospedou os
atletas e delegados técnicos do
Pan e do Parapan, foram construídos
visando à redução do consumo de
energia. Uma clarabóia central permitia a
passagem da luz do sol por todos os corredores,
que também receberam janelas estrategicamente
posicionadas para permitir a circulação
de vento nos pavimentos, divididos
em “pétalas”. Com iluminação e ventilação
naturais, a medida possibilita diminuir o uso
de lâmpadas e aparelhos de ar condicionado,
contribuindo para o uso controlado de energia
e para a redução de emissão de poluentes.
Além disso, as vias de acesso para a região
da Vila receberam um tapete verde. Localizadas
nos arredores de Barra e Jacarepaguá,
que concentravam grande parte das instalações
dos Jogos, as vias ganharam uma coleção
de 1.320 plantas rasteiras diversas. Lírios,
bromélias, periquitos e bela-emílias formavam
um corredor paisagístico chamado Boulevard
do Pan, que começa na entrada da Avenida
Ayrton Senna e segue até o Autódromo. As
espécies vieram de vários cantos do mundo,
traduzindo o ideal de união entre as nações,
raiz forte dos Jogos Pan-americanos Rio 2007.
Ainda na Vila Pan-americana, foram implementados
projetos exemplares para a sociedade:
a reutilização de água da chuva e a prevenção
ao mosquito da dengue. No condomínio, clarabóias
retêm a água da chuva e a direcionam
para irrigação dos jardins externos, lavagem
de calçadas, escadas e garagens, reservas de
incêndio e para os canos de descarga dos banheiros,
entre outras utilidades.
Nas áreas externas do conjunto residencial, o
Ministério da Saúde, em parceria com o Município,
implementou medidas para controlar
vetores da dengue e evitar água parada. Já
no interior dos apartamentos, foram instalados
apenas móveis com madeira certifi cada.
236
Evitar impactos, compensar emissões de
carbono com florestamento e adotar um
conjunto de medidas cotidianas alinhadas
às normas ambientais não foram os únicos
objetivos na construção da Vila Pan
no que se refere ao meio ambiente. Além
das ações temporárias, realizadas durante
a dinâmica do evento, também foram adotadas
ações de promoção de legado ambiental.
Ao lado da Vila, corre o rio Arroio
Fundo, que faz parte do sistema lagunar da
Barra da Tijuca. Para proteger os recursos
hídricos locais, os três níveis de governo
uniram forças. O governo federal, em convênio
com o Município do Rio de Janeiro,
investiu na construção de uma Unidade de
Tratamento de Rio (UTR), que foi interligada
ao emissário submarino da Barra da Tijuca
pela Companhia Estadual de Águas e
Esgotos (Cedae). A estação funcionou parcialmente
durante os Jogos.
O presidente da Cedae destacou os benefícios.
“A interligação visou beneficiar cerca
de 10 mil pessoas durante a realização
do Pan, mas pode atender até 30 mil habitantes”,
afirmou Wagner Victer. A Cedae
também fez a limpeza e o reforço estrutural
da Estação de Tratamento de Água do rio
Guandu, que abastece milhões de pessoas
no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense,
além de disponibilizar um laboratório móvel
que permitiu a análise dos reservatórios
de água em locais das provas do Rio 2007.
Na zona sul, a Lagoa Rodrigo de Freitas
passou por dragagem. O governo do Estado,
através da Superintendência Estadual
de Rios e Lagoas (Serla), retirou da lagoa
97 mil metros cúbicos de sedimentos. Foi
atingida uma profundidade média de três
metros, atendendo às normas internacionais
para as duas modalidades disputadas
no local – remo e canoagem –, o que permite
a realização de competições de alto
nível por mais dez anos, sem necessidade
de novas dragagens.

Foto: Marizilda Cruppe / Agência O Globo
Pan ajudou a reduzir
impacto ambiental nas
águas da Barra da Tijuca
237

Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
País desenvolve ações
para aliar preservação
do meio ambiente
ao desenvolvimento
238

Bandeira verde para o futuro
A
preocupação dos governos e demais
envolvidos na realização dos Jogos
Pan-americanos com o meio ambiente
demonstra a postura ativa do
Brasil com relação ao tema. A responsabilidade
ambiental vem sendo difundida em empresas
de grande, médio e pequeno porte, e, para incentivar
a iniciativa privada a abraçar a causa
ecológica, o Programa Nacional de Conservação
de Energia Elétrica (Procel), do governo federal,
promove a racionalização da produção e
do consumo de energia elétrica. O programa utiliza
recursos da Eletrobrás e da Reserva Global
de Reversão (RGR), fundo federal com investimentos
das concessionárias, proporcionais ao
tamanho de cada uma. Utiliza também recursos
de entidades internacionais. Cada vez mais
projetos públicos do País vêm demonstrando o
compromisso governamental com o meio ambiente.
A construção do Arco Rodoviário Metropolitano
do Rio de Janeiro, incluída no Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo
federal, com 145 quilômetros de extensão,
contém exigência inédita para o licenciamento
ambiental: a obrigatoriedade do uso de asfalto
borracha, feito com pneus usados, que têm
maior durabilidade e absorvem mais ruído que o
asfalto convencional. Além disso, serão plantados
dois milhões de mudas de árvores às margens
da estrada e instaladas barreiras acústicas
em áreas de concentração populacional.
O País também desenvolve ações inovadoras
através do avanço tecnológico. Uma das promessas
brasileiras para 2009, por exemplo,
é o PVC 100% derivado de recursos naturais
inesgotáveis e 100% reciclável. A tecnologia
nacional substitui a porcentagem de 43% de
petróleo, usado em sua composição, por canade-açúcar.
O material, principal plástico usado
na arquitetura, é isolador térmico e acústico. A
aposta é que o novo PVC integre a política ambientalmente
correta das obras arquitetônicas
da Copa do Mundo de 2014, expondo ao mundo
ações que dão exemplo de sustentabilidade.
Segundo Sergio Besserman Viana, presidente
do Instituto Pereira Passos (IPP), órgão da Secretaria
de Urbanismo do Município do Rio de
Janeiro, a preocupação ambiental, para além
239
de promover melhorias no ecossistema, na
saúde e na qualidade de vida, ainda promove a
imagem do Brasil: “Ocorre o fortalecimento da
marca da cidade e do País, além de maior conscientização
da sociedade”. O desenvolvimento
sustentável faz parte de uma série mundial de
resoluções das Metas do Milênio. Para marcar
os objetivos internacionais, a Organização das
Nações Unidas (ONU) elegeu 2008 como o Ano
Internacional do Planeta Terra, a fi m de promover
a conscientização sobre dez temas de
relevância social para a humanidade, todos relacionados
ao meio ambiente. São eles: saúde,
vida, megacidades, clima, acidentes naturais,
recursos, solos, terra, mananciais e oceanos.
“No Ano Internacional do Planeta Terra, há mais
de 6,6 bilhões de pessoas vivendo em todo o
mundo. Em 2105 a população humana deverá
ultrapassar 9 bilhões de habitantes, com os melhores
avanços em desenvolvimento ocorrendo
nos países e nas cidades. Esse Ano Internacional
é uma oportunidade de dividir conhecimento
e experiências e aumentar a conscientização
sobre a importância de temas de interesse
social, em particular as mudanças climáticas
globais”, explicou o diretor geral da Unesco,
Koïchiro Matsuura, em discurso de lançamento.
Outra proposta da agenda de ações da Unesco
é a criação de um Museu de Ciência da Terra. E
o Brasil foi o país escolhido para ser a sede da
estrutura, em um indicador da importância dos
seus recursos naturais e de suas políticas de
conservação do meio ambiente.
No início do Ano Internacional, o presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, ratifi cou
o envolvimento brasileiro com as metas ambientais
universais: “Tudo que fi zermos para o
desenvolvimento do País tem de ter uma combinação
perfeita entre a melhoria da qualidade
de vida, levada pelo desenvolvimento, e a preservação
ambiental, um item da qualidade de
vida que as pessoas precisam para viver bem”,
declarou o presidente. Em suas viagens pelo
mundo, ele faz intensa divulgação do projeto
nacional de biocombustíveis e busca incentivos
ao seu uso, para “garantir a segurança
energética sem prejudicar o meio ambiente”.

A Baía e outros projetos ambientais
A
lém das ações em parceria com o
CO-Rio, outras questões ambientais
importantes voltaram ao debate
em meio à organização do Rio
2007. Uma das principais foi a despoluição da
Baía de Guanabara, a segunda maior do litoral
brasileiro, com 380 quilômetros quadrados de
área. Suas margens atingem a cidade do Rio
de Janeiro e outros 15 municípios fl uminenses.
Apesar de ser um orgulho fl uminense, a Baía
sofre com os efeitos da ocupação irregular do
solo em suas margens, dos índices insufi cientes
de saneamento básico, do lançamento direto
de materiais poluentes em suas águas e
da falta de tratamento dos despejos feitos por
grupos empresariais.
Apesar de ter retomado força como tema de
discussão pública, a conclusão do programa
de despoluição da Baía da Guanabara nunca
esteve entre as exigências da Organização
Desportiva Pan-americana (Odepa) para realizar
o Pan e nem foi prometida por qualquer
ente organizador. O projeto é complexo e ainda
exigirá, para os próximos anos, uma longa
agenda de trabalho conjunto, com a articulação
de governos, empresas, comunidades e organizações
sociais de todos os municípios envolvidos,
além de fortes investimentos públicos
e privados. Projetos desse calibre consomem
muito tempo em qualquer lugar do mundo. O
rio Tâmisa, em Londres, cidade-sede dos Jogos
Olímpicos de 2012, precisou de 150 anos
para ser totalmente recuperado. O processo,
gradual e não contínuo, iniciou-se em 1858 -
conhecido como o ano do Great Stink ou ano
do “grande mau cheiro” - e terminou em 2008,
tendo sofrido paralisações provocadas pelas
duas Guerras Mundiais e outras interrupções.
A despoluição do rio Reno, que corta a Europa
da Suíça ao Mar do Norte, levou mais de 20
anos para ser concluída, mesmo com investimentos
pesados da iniciativa privada e dos
governos de países banhados por ele, como
Alemanha, Suíça e França.
No Rio, a principal iniciativa de recuperação, o
Programa de Despoluição da Baía da Guanabara
(PDBG), criado pelo governo estadual, com-
240
pletou 13 anos em 2008. Ele inclui a construção
e a ampliação de estações de tratamento
de esgoto, emissários terrestres e submarinos,
barreiras de contenção de detritos e projetos
de coleta e de destinação de lixo. Além disso,
inclui ações de estímulo à conscientização da
população sobre a importância de limpar e
conservar as águas da Baía. “Não tenho como
defi nir um prazo, mas estou convicta de que a
União, o Estado do Rio e os municípios envolvidos
encontrarão o caminho para realizar esse
trabalho no menor tempo que for possível”,
afi rma Dora Hees, presidente do Instituto Baía
de Guanabara (IBG). Na avaliação de Dora, serão
necessários projetos para melhorar a qualidade
de vida dos moradores das margens. “A
despoluição é uma conseqüência do cuidado
com o seu entorno”, explica ela. “Se a população
não tiver uma estrutura para se desfazer de
seus lixos e esgotos, vai lançar tudo diretamente
na Baía.” Desde sua criação, o PDBG ajudou
a melhorar 32% do sistema de tratamento de
esgoto nos municípios e reduziu consideravelmente
o despejo de lixo industrial.

“A grande fonte de poluição era a indústria, que
começou a trabalhar a caminho da solução.
Mas, em relação ao lixo e ao esgoto domésticos,
o programa não acompanhou na primeira
fase o crescimento da população”, lembra a
presidente. Em março de 2008, o governador
do Estado do Rio, Sérgio Cabral, assinou um
acordo com o Banco Japonês para a Cooperação
Internacional (JBIC), que aplicará US$ 200
milhões na segunda fase do programa. O Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC),
do governo federal, também contribui para a
recuperação com projetos como a dragagem
do Canal do Cunha, na Ilha do Fundão, parceria
da Petrobras com o governo estadual. Até
2010, estima-se que mais da metade do esgoto
lançado na Baía seja tratado.
AS LAGOAS DA BARRA DA TIJUCA
O limite oeste da Baía da Guanabara se une ao
Complexo da Baixada de Jacarepaguá, Barra
da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, que envolve
as lagoas de Marapendi, Jacarepaguá,
Camorim e Tijuca. Ações ambientais para a re-
241
Baía de Guanabara: projeto
de despoluição é complexo
e consumirá muito tempo
alização do Rio 2007 em instalações próximas
às lagoas foram realizadas, mas serão necessários
novos investimentos em desassoreamento
e despoluição. A própria Vila Pan fi ca ao
lado de um rio que deságua nessas lagoas. Por
ocasião dos Jogos, no Arroio Fundo foi construída
uma estação de tratamento de esgoto
que funcionou parcialmente durante o evento,
e o rio foi ligado diretamente ao emissário submarino
da Barra da Tijuca. São cinco quilômetros
de extensão mar adentro.
Permitir que o esgoto tratado seja despejado
adequadamente no mar é um dos objetivos do
Programa de Saneamento da Barra da Tijuca,
Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, da
Cedae. Concluída em abril de 2007, a primeira
fase do programa envolveu obras terrestres para
coleta, tratamento e encaminhamento do esgoto
até o emissário. Cem mil metros de redes coletoras
em tubos de PVC interligaram mais de
8.500 residências. Além disso, foram fi nalizados
o emissário terrestre da Barra da Tijuca e quatro
estações elevatórias, entre elas a de Marapendi.
Foto: Marcelo Câmara

O RISO NO ALTO DO PÓDIO
O Salão de Humor do Pan reuniu
185 desenhos. Conheça alguns deles
N
em só de esporte vive um Panamericano.
No Rio, ele esteve
acompanhado de uma generosa
dose de bom humor: 185 desenhos
de 103 cartunistas fi caram expostos no
Salão do Humor do Pan e Parapan 2007, entre
16 de julho e 18 de agosto, no espaço Caixa
Cultural, no centro do Rio.
242
Três mil pessoas se divertiram com os cartuns
de artistas do Brasil e de países vizinhos,
como Argentina, Uruguai e Colômbia
– entre as obras estiveram ainda algumas
de Henfi l e J. Carlos, já falecidos, que também
retrataram o esporte com bom humor.
A ginasta Daiane dos Santos foi a atleta
preferida: ganhou seis retratos. “Nossa
idéia era homenagear o evento. Acho
que conseguimos”, diz Flávio Helder, curador
da exposição ao lado de Ivan de Souza.
Homenagem, sim, mas com irreverência.
Por isso, a madrinha do Salão foi a atriz Dercy
Gonçalves, falecida em 2008, talvez a mais
bem humorada do País.

243

O GOVERNO FEDERAL NO PAN
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Vice-presidente da República
José Alencar Gomes da Silva
COMITÊ DE GESTÃO DAS AÇÕES GOVERNAMENTAIS NOS XV JOGOS PAN-AMERICANOS RIO 2007
Ministério do Esporte
Ministro Agnelo Santos Queiroz Filho – até março de
2006
Ministro Orlando Silva de Jesus Júnior
Casa Civil
Ministro José Dirceu – até maio de 2005
Ministra Dilma Rousseff
Gabinete de Segurança Institucional
Ministro General-de-Exército Jorge Armando Félix
Ministério da Fazenda
Ministro Antônio Palocci Filho – até março de 2006
Ministro Guido Mantega
Ministério da Justiça
Ministro Márcio Thomaz Bastos – até fevereiro de 2007
Ministro Tarso Genro
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Ministro Guido Mantega – até maio de 2005
Ministro Paulo Bernardo
Ministério das Comunicações
Ministro Miro Teixeira – até janeiro de 2004
Ministro Eunício Oliveira – até julho de 2005
Ministro Hélio Costa
244
Ministério da Defesa
Ministro José Viegas Filho – até novembro de 2003
Ministro José Alencar – até março de 2006
Ministro Waldir Pires – até julho de 2007
Ministro Nelson Jobim
Secretaria de Comunicação Social
Ministro Luiz Gushiken – Secretaria de Comunicação de
Governo e Gestão Estratégica – até julho de 2005
Ministro Luiz Tadeu Rigo – Subsecretaria de
Comunicação Institucional – até marco de 2007
Ministro Franklin Martins
Ministério do Turismo
Ministro Walfrido dos Mares Guia – até março de 2007
Ministra Marta Suplicy
Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior
Ministro Luiz Fernando Furlan – até março de 2007
Ministro Miguel Jorge
Ministério das Relações Exteriores
Ministro Celso Amorim

MINISTÉRIO DO ESPORTE
GABINETE DO MINISTRO
Ministro do Esporte
Orlando Silva de Jesus Júnior
Chefe de Gabinete
Waldemar Manoel Silva de Souza
Assessores do Gabinete
Cibely Carvalho Silva e Sousa
Cleone José Garcia
João Ghizoni
João Luiz dos Santos
Karla Katchiucia Vilela Pereira Costa Coelho
Leonardo Resende Souza Silva
Lucielen Barbosa
Maristela Medeiros das Neves Gonçalves
Naroema Ramos
Soraia Pereira
Assessor Parlamentar
Victor Antônio Cavalcante Palmeira
Assessor Internacional
José Leite de Assis Fonseca
Coordenadoras da Assessoria de Comunicação
Social nos Jogos
Márcia Beatriz Dieckmann Turcato
Márcia Oliveira Gomes
Equipe da Ascom no período
Aldo Dias
Allan Barbosa de Souza
Anita Campos
Breno Pereira
Carla Belizária Ferreira Viana
Ewerton Carvalho
Francine Moor
Francisco Medeiros
Gabriel Souza
Júlio Capparelli Bittencourt
Luciana Bento
Luciana Yonekawa
Rafael Augusto Pires de Moura
Rafael Brais de Castro
Roberval Martins
Assessores Técnicos
Valdete Augusta Costa Pessoa
Conceição de Maria Silva Nunes
Henrique Bruzzi Morais Cândido
Consultor Jurídico
Wladimyr Vinycius de Moraes Camargos
Coordenador Geral de Assuntos Técnicos Judiciais
Gustavo Alexandre Bertuci
Coordenadora Geral de Assuntos
Administrativos
Izabella Garcês Viana Meira
Coordenadora Geral de Análise de Convênios
Elzita Maria de Lima
SECRETARIA EXECUTIVA
Secretário Executivo
Wadson Nathaniel Ribeiro
Chefe de Gabinete
Charles Jacinto Rocha dos Santos
Luciana Homrich Cecco (até novembro de 2007)
Assessoria Especial de Controle Interno
Waldemir Emanuel Pereira Rangel
Assessores da Secretaria Executiva
Alcino Reis Rocha
Cássia Damiani
Sérgio Gomes Velloso
Subsecretário de Planejamento, Orçamento e
Administração
José Lincoln Daemon
Coordenadora Geral de Recursos Humanos
Maria Aparecida Filgueiras
Coordenador Geral de Recursos Logísticos
Guilherme Calhao Motta
Coordenador Geral de Modernização e Informática
José Roberto Loureiro
Coordenador Geral de Planejamento e
Acompanhamento de Gestão
Oswaldo Cogan Júnior
Coordenador Geral de Orçamento e Finanças
Sérgio Cruz
Coordenador Geral de Prestação de Contas
Hélio Alves da Silva
SECRETARIA EXECUTIVA DO COMITÊ DE GESTÃO
PAN RIO 2007
Secretário
Ricardo Leyser Gonçalves
Secretário Adjunto
Márcio Marques dos Santos
Assessor de Controle Orçamentário
Rui Batista dos Reis
Coordenador de Engenharia
Luiz Custódio Orro de Freitas
245

Coordenadora de Comunicação e Cerimônias
Gabriela Santoro
Coordenadora de Cultura
Sarah Castro
Equipe de Comunicação, Cultura e Cerimônias
Fernanda Lobo
Guilherme Righi
Jacqueline Barros
Mariana Palácio
Patrícia Bentes
Renata Pasqualini
Coordenador de Esporte
José Roberto Gnecco
Equipe de Esporte
Ângela de Carvalho Lage
Anne Michelle Boechat Vieira
Antônio Carlos Pereira
Antônio Ruy Costa Jr.
José Antônio Barros Alves
Paulo Roberto Ribas
Sérgio Perdigão Bernardes
Carolina Gornic
Supervisores por Local de Competição
Altemir S. Costa
Álvaro Lima Melo
Ana Maria Félix dos Santos
André Luís Jesus Alberto
Antonio Carlos Matos Moreira
Beatriz de Mattos Cunha
Douglas Moratto Ferrari
Felipe Keese Diogo Campos
Fernando Giolo Martins
Gláucia Maria Orzil Amorim
Jaqueline Lopes Cavalcante
João Alberto Angulski
José Cláudio Oliveira da Cruz
José Ferreira de Barros
Júlio César Fidalgo Zary
Luís Eduardo Tinoco Ribeiro
Marco Antonio de Azambuja Montes
Marco Aurélio Baptista
Marx Maranhão Góes
Milton Ângelo Pereira de Oliveira
Nelson Arcuri Filho
Paulo de Tarso Bezerra Almeida Simões
Rafael Soares Pinheiro da Cunha
Renato Souza Pinto Soeiro
Ricardo Augusto Montella de Carvalho
Rodrigo Ferraz da Silva
Vinícius Feliciano Machado
Wagner Garcia
Willian César do Nascimento
246
Coordenadora da Assessoria de Imprensa
Sueli Scutti
Equipe da Assessoria de Imprensa
Beatriz Padrão
Bruno Carvalho
Cyro Viegas de Oliveira
Fabiane Schmidt
Priscila Novaes
Coordenador de Legado Social
José Ribamar Pereira Filho
Consultores Jurídicos
Fábio Franklin
Heloísa Kromberg
Pedro Benedetti
Sônia Arcanjo
Coordenadora para os Jogos Parapan-americanos
Denise Mattioli
Coordenador de Tecnologia
Pedro Varlotta
Coordenadores de Gestão de Convênios
Eulâmpio Cordeiro Júnior
Jânio Bangoim
José Mardovan Pontes
Gestor do Contrato de Hotelaria da Vila Pan
Denner James Armanhe Zacchi
Gestor do Contrato do Restaurante da Vila Pan
Maurício Ruzza Romanato
Gestor dos Convênios de Passagens e Hospedagens
João Roberto de Lima
Gestor de Obras em Deodoro
Ivan Carlos Mello
Coordenadores Administrativos
Carlos Augusto Costa
Zenira Emilia Figueiredo Ribeiro
Assistentes Administrativos
André Luiz de Sousa Oliveira
Carlos Couto
Claúdia Irene Cunha
Felipe Estrela
Francisca Rodrigues da Silva
Isabela Peixoto
Janine Prata
José Menezes
José Pedro
Joseanne Ataíde

Karina Borges Freitas
Maria do Socorro Sebben
Monique Andrade Ramalho
Oliver Oliveira
Rafael Alonso
Renato de Oliveira da Silva
Estagiários
Fábio Fernandes
Marcos Antônio Tabosa Mendonça
Motoristas
Adilson Felipe de Souza
Cláudio de Souza Melo
Danilo Silva de Carvalho
Denis Soares
Jadir José de Mello
Léo Fraga Floreão
Luiz Antonio Coimbra Pinho
Marcelo Nunes Ferreira
Paulo Araújo Moura
Ricardo Areas Monteiro
Rômulo Caldas
Sérgio Carvalho de Oliveira
Vinícius Trevisan Marques
Wagner Picele
SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE
DE ALTO RENDIMENTO
Secretário
Djan Garrido Madruga
Chefe de Gabinete
Alexandre Leonardo da Costa Silva
Diretor do Departamento de Esportes de Base
e de Alto Rendimento
André Almeida Cunha Arantes
SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE
EDUCACIONAL
Secretário
Júlio César Monzú Filgueira
Chefe de Gabinete
Fábio Roberto Hansen
SECRETARIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
DE ESPORTE E DE LAZER
Secretária
Rejane Penna Rodrigues
Chefe de Gabinete
Cláudia Regina Bonalume
CONSULTORIAS
Fundação Getúlio Vargas – FGV
Diretores
César Cunha Campos
Ricardo Simonsen
Supervisor Geral
José Eduardo Quintella
Coordenador Geral
André Luiz Lima Brandão
Coordenador de Áudio e Vídeo
Pedro Santos de Miranda
Coordenadora do Escritório de Projetos
Elizabeth Ribeiro
Coordenador de Sistemas
Ricardo de Oliveira
Coordenador de Integração
Paulo Márcio da Silveira Garcia Jr.
Coordenador de Infra-estrutura
Sérgio Miranda Ribeiro
Coordenador de Telecom
Carlo Ferrentini Sampaio
Especialista em Áudio e Vídeo
Fernanda Andrade Carvalho
Especialista no Centro de Operações
Tecnológicas
Fernando Quintella
Especialista em Sistemas de Cronometragem
Marcelo Wellisch
Especialista em Infra-estrutura
Antônio Clóvis Castro de Oliveira
Especialistas do Escritório de Projetos
Carlos Juliano Pereira Pastorino
Gesualdo Almeida
Gilberto Oliveira Ramos
Josemar Ferreira
Lílian Maria Raimundo Sá Bahia
Márcio Duncan Ribeiro Jorge
Paulo de Tarso Rodrigues Ribeiro
Ronaldo Cavalcante
Woltony de Lucena Gonçalves
Especialista em Sistema de Coleta
Rodolfo Pinto da Luz
Especialistas em Telecom
Eric Jonas Gunnarsson
Celso Freitas
247

Apoio a Relatórios
Alberto Godoy Garcia Coelho
Eduardo Rocha de Moura
Fernanda de Araújo Quintella
Gláucia Maria Bon
Maria Aparecida Valença
Apoio de Infra-estrutura
Felipe Ferreira Quintella
Flávio França Mattos
Apoio Administrativo
Paulo Ferreira de Barros Junior
Sônia Maria Ferreira da Silva
Secretárias
Andréa Andassy Mororo
Isabel Riente Corrêa Araújo
Estagiários
Carlos Augusto P. Chiara Filho
Eduardo Ferreira Quintella
Francisco Nogueira de Oliveira e Silva
Isadora Barbosa Ribeiro Vital
Patrícia Fernandes da Silva
Patrícia Franklin Maranhão
Rodrigo Castro Dias
Sandro Tostes de Gomes Garcia
Tarso Ferreira Santos
Fundação Instituto de Administração – FIA
Diretor
Eduardo Vasconcellos
Coordenador Executivo
Dinei Antônio Pasqualini
Gerente de Controle
Paulo Trivoli
Gerentes de Planejamento
José Vitório Emiliano
Paulo Sérgio de Souza Campos
Gerente de Orçamento
Sérgio Murashima
Gerente de Monitoramento das Instalações
Márcio Azzi Collet
Consultores
André Viana
Enric Truñó
Assessores
Denis Vaz
Marcos Iotti
248
Equipe de Engenharia e Arquitetura
Carlos Eduardo do Paço
Elisabete Cristine Cardoso Manhães Moreira
Fernando Ferreira
Marcelo David Barudi
Maria Luiza Montenegro
Ruy Cardoso
Equipe de Tecnologia da Informação
Ésio Tiago Pellisari
Humberto Labonia
Irineu Ruzza Romanato
Roberto Chalet
Secretárias
Débora Cristina Santos da Silva
Leila Fugita Gaston
Maria Enedir Menon Menuchi
Marília Borges
Priscilla Cupello
Yuki Teraoka
Assistentes Administrativos
Adriana Fully
Claúdia Buzzone
Rodrigo Alves Ferreira da Silva
Suzana Lobato
Estagiários
Augusto Cesar Ferreira Reis
Bruno da Silva Santos
Felipe Moraes
Isabela Flanzboym
João Paulo Campello R. Pereira
Juliana Souza Grimberg
Maria Virgínia Moraes dos Reis
Patrícia Borges Campos
Paulo Roberto de Oliveira Souza
Ricardo Bittencourt Sampaio
Roberta Santos da Costa
Rodrigo Capurro Curvello
Vanessa de Freitas Ferreira
Victor Louzada de Moraes
Vinícius de Mello Moutinho
ÓRGÃOS FEDERAIS QUE AUXILIARAM OS JOGOS
Secretaria Geral da Presidência
Ministro Luiz Dulci
Secretaria de Relações Institucionais
Ministro Walfrido dos Mares Guia
Controladoria Geral da União
Ministro Jorge Hage Sobrinho
Ministério das Cidades
Ministro Márcio Fortes

Ministério da Ciência e Tecnologia
Ministro Sérgio Resende
Ministério da Cultura
Ministro Gilberto Gil
Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome
Ministro Patrus Ananias
Ministério da Educação
Ministro Fernando Haddad
Ministério da Previdência
Ministro Luiz Marinho
Ministério do Trabalho e Emprego
Ministro Carlos Lupi
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial
Ministra Matilde Ribeiro
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
Ministra Nilcéa Freire
Secretaria Especial dos Direitos Humanos
Ministro Paulo de Tarso Vannuchi
Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
Diretor Geral Paulo Fernando Lacerda
Agência de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex)
Presidente Alessandro Teixeira
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
Presidente Milton Zuanazzi
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Presidente Jerson Kelman
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
Presidente Ronaldo Sardenberg
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Presidente Dirceu Raposo de Mello
Banco Central do Brasil (Bacen)
Presidente Henrique de Campos Meirelles
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES)
Presidente Luciano Coutinho
Caixa Econômica Federal
Presidente Maria Fernanda Ramos Coelho
Casa da Moeda do Brasil
Presidente José dos Santos Barbosa
Comissão Nacional de Energia Nuclear
Presidente Odair Dias Gonçalves
Empresa Brasileira de Comunicação (Radiobras)
Presidente José Roberto Garcez
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Presidente Carlos Henrique Custódio
Empresa Brasileira de Infra-Estrutura
Aeroportuária (Infraero)
Presidente Sérgio Maurício Brito Gaudenzi
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Presidente Paulo Marchiori Buss
Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur)
Presidente Jeanine Pires
Instituto Nacional de Meteorologia (InMet)
Diretor Antônio Divino Moura
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan)
Presidente Luiz Fernando de Almeida
Petróleo Brasileiro (Petrobras)
Presidente José Sérgio Gabrielli
Receita Federal do Brasil
Secretário Jorge Antônio Deher Rachid
Rede Ferroviária Federal
Inventariante Cássio Antônio Ramos
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Professor Reitor Ricardo Motta Miranda
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professor Reitor Aloísio Teixeira
EQUIPES FEDERAIS ENVOLVIDAS
Casa Civil
Assessor do Gabinete
Guilherme Cals Theophilo G. Oliveira
Assessor da Subchefi a de Articulação e
Monitoramento
Luiz Henrique Paiva
Ministério da Previdência Social
Secretário Executivo Adjunto
Lúcio da Silva Santos
Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior
Secretário de Desenvolvimento da Produção
Carlos Gastaldoni
249

Assessor da Secretaria de Desenvolvimento
da Produção
Ismar Ferreira da Costa Filho
Ministério da Fazenda
Secretário Executivo Adjunto
Luciano Oliva Patrício
Assessora da Secretaria Executiva
Simone Tognoli Galati Moneta
Secretaria de Comunicação de Governo
e Gestão Estratégica
Diretor de Patrocínios
Leopoldo Nunes da Silva Filho
Diretor de Publicações
Roberto Gomes do Nascimento
Radiobras
Chefe de Redação
Aécio Amado
Equipe
Aline Beckstein
Antônio Francisco da Cruz
Carina Dourado Rodrigues
Carlos Mattedi
Carlos Molinari
Eduardo Magalhães
Gisele Gladys
Yara Aquino
Karla Wathier
Taís Leitão
Marcos Aurélio Vieira Kosby
Marcos Deny
Osvaldo Alves
Gabinete de Segurança Institucional
General-de-Brigada Wellington Fonseca
Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
Diretores Gerais no período
Márcio Paulo Buzanelli
José Milton Campana (adjunto)
Secretário de Planejamento e Coordenação
Wilson Roberto Trezza
Assessor de Planejamento
Luiz Alberto Salaberry
Equipe
André Abed Grégio
Antonio Brito
Antonio Montes Filho
Gecy Tenório de Trancoso
Glauco Moraes
João José Costa Gondin
250
Luiz Otávio Duarte
Osvaldo Antônio Pinheiro Silva
Otávio Cunha
Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento
Secretário Executivo
Silas Brasileiro
Secretário de Defesa Agropecuária
Inácio Afonso Kroetz
Diretor do Departamento de Saúde Animal
Jamil Gomes de Souza
Chefe da Divisão de Trânsito Internacional
André Pereira Bompet
Equipe
Alberto Gomes da Silva Júnior
Angelita Silva Dias Galindo
Cecília Paula Dezan
Edson Guimarães Cavalcante
Eduardo de Azevedo Pedrosa Cunha
Gleci Bahia Mangger
Hélio Pinto da Silva Filho
José Stenio Mourão Martins
Judas Tadeu Francisco de Oliveira
Luiz Gustavo Balena Pinto
Márcia França Gonçalves Villa
Marcos Eielson Pinheiro de Sá
Mirela Janice Eidt
Newton César Moreira da Silva
Omar José Ribeiro
Otto Feldens
Patrícia Seibel Melo
Pedro Paulo Miranda da Silveira
Sinfrônio Mendes Ferreira Neto
Sinval Aragão Almeida
Ted Renan Sanxo
Embrapa Solos
Coordenador
Ricardo Trippia dos Guimarães Peixoto
Apoio Técnico
Fabiano de Oliveira Araújo
Gustavo Tato
Instituto Nacional de Meteorologia – InMET
Coordenador-Geral de Agrometeorologia
Alaor Moacyr Dall´Antonia Jr.
Equipe
Alan Braga
Alexandre Augusto Lopes Gadelha
Daniel Cândido Silva Bispo
Ester Regina
Fernando José Gomes Barros

Gilberto Ricardo Bonatti
José Maurício Franco Guedes
Juliana Maria Duarte Mol
Kléber Renato da Paixão Ataíde
Marcelo de Almeida Amorim
Márcia dos Santos Seabra
Priscila Monteiro Gonçalves
Reinaldo Bomfi m da Silveira
Ricardo Raposo dos Santos
Thiago Tavares Braga
Tupinambá Gaspar da Costa
Wagner de Aragão Bezerra
Ministério das Cidades
Secretário Executivo
Rodrigo José Pereira Leite Figueiredo
Gerente do Programa Pró-Municípios
Valdeci Medeiros
Assessor da Secretaria Executiva
Márcio Galvão
Ministério da Ciência e Tecnologia
Secretário Executivo
Luiz Antonio Rodrigues Elias
Chefe de Gabinete
Alexandre Navarro
Assessora de Comunicação
Vera Confran
Ministério das Comunicações
Secretário Executivo
Fernando Rodrigues Lopes de Oliveira
Secretário de Telecomunicações
Roberto Pinto Martins
Equipe Técnica
Fátima Figueiredo
Jovino Francisco Filho
Leandro Viana do Amaral
Paulo Roberto Garcia Coelho
Correios
Diretor Regional de Negócios do Rio de Janeiro
Ricardo Mota da Costa
Assessor da Diretoria Comercial
Marcus Vinícius Dellacqua Machado
Assessora do Departamento de Comunicação e
Estratégia
Maria Laurência Santos Mendonça
Assessor de Comunicação
Celso Poppe
Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome
Secretária Executiva
Márcia Helena Carvalho Lopes
Secretária de Articulação Institucional
e Parcerias
Heliana Kátia Tavares Campos
Diretor de Articulação e Mobilização Social
Milton Marques do Nascimento
Coodenador do Projeto
José Eduardo Andrade
Ministério da Cultura
Chefe da Representação Regional
do Rio de Janeiro
Adair Rocha
Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão
Secretário Executivo
João Bernardo de Azevedo Bringel
Secretária de Orçamento Federal
Célia Corrêa
Diretor do Departamento de Programas Sociais
José Geraldo França Diniz
Gerentes do Departamento de Programas Sociais
Claudinei Ferrari
Georgimar M. de Sousa
Coordenador de Orçamento para o Pan
Amarildo Saldanha de Oliveira
Equipe de Analistas
Sérgio Fonseca Ferreira
Melissa Medeiros Machado
Secretária de Patrimônio da União
Alexandra Reschke
Equipe
Carlos Otavio de Oliveira
Cibele Pereira de Castro Lins
Paulo Simões
Representante no Comitê de Gestão
Eduardo Pereira
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social
Chefe de Gabinete
Elvio Lima Gaspar
Coordenador
Luís Henrique Rosati Rocha
251

Assessoria
Cibele Gonçalves Azevedo Corrêa
Márcio Ardelio de Souza
Márcio Migon
Paulo Roberto Macedo Costa
Luis Antonio Ruffo
Eduardo Massashi Yoshida
Estagiária
Roberta Azevedo de Almeida
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretário Executivo
Ronaldo Lessa
Coordenador Geral do Departamento
de Imigração
Paulo Sérgio de Almeida
Coordenação Geral de Imigração
Aldo Cândido Costa Filho
Equipe Técnica
Marco Antônio da Silva Gurtler
Ministério da Defesa
Secretário de Organização Institucional
Ari Matos Cardoso
Comissão Desportiva Militar do Brasil
General-de-Divisão Archias Alves de Almeida Neto
Brigadeiro Luís Pinto Machado
Coronel Pedro Barroso de Souza
Capitão André Brandão
Comandante José Ferreira de Barros
Comandante Lino José
Comando da Marinha
Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto
Comissão de Desporto da Marinha
Contra-Almirante Gener Martins Baptista
1º Distrito Naval
Vice-Almirante Luiz Umberto de Mendonça
Diretoria de Hidrografi a e Navegação
Vice-Almirante Edison Lawrence Mariath Dantas
Cento de Hidrografi a da Marinha
Capitão-de-Mar-e-Guerra Carlos Alberto Pêgas Ferreira
Diretoria de Abastecimento da Marinha
Almirante Márcio Menezes de Mendonça
Centro de Controle de Inventário da Marinha
Jorge Roberto Novelino Sequeira
252
Comando do Exército
General-de-Exército Enzo Martins Peri
General-de-Exército Francisco Roberto de Albuquerque
(até 2006)
Comissão de Desportos do Exército
General-de-Brigada Sérgio Tavares Carneiro
Comando Militar do Leste
General-de-Exército Luiz Cesário da Silveira Filho
1ª Divisão de Exército
General-de-Divisão Rui Monarca da Silveira
1ª Região Militar
General-de-Divisão Jorge Armando de Almeida Ribeiro
Comando da Aeronáutica
Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito
Comissão de Desporto da Aeronáutica
Major-Brigadeiro-do-Ar Louis Jackson Josuá Costa
Estado-Maior da Aeronáutica
Tenente-Brigadeiro-do-Ar José Américo dos Santos
Comando-Geral de Operações Aéreas
Tenente-Brigadeiro-do-Ar João Manoel Sandim de
Rezende
Segundo Comando Aéreo Regional
Major José Frederico Júnior
Quinto Comando Aéreo Regional
Tenente Clarisa Oliveira de Carvalho
Sétimo Comando Aéreo Regional
Tenente César Eugênio Guerrero
Base Aérea do Galeão
Coronel José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho
Base Aérea de Fortaleza
Tenente Paulo Sérgio Rosas Gomes
Equipes das Forças Armadas
Marinha
Almirante Antônio Carlos Frade Carneiro
Capitão-de-Fragata Hilbert Strauhs
Capitão-de-Fragata Carlos Augusto Chaves Leal Silva
Capitão-de-Corveta Rodrigo de Souza Obino
Capitão-de-Corveta Fernando Shimomura Chen
Capitão-de-Corveta Giovana Araújo Siqueira Costa
Capitão-de-Corveta Luiz Claúdio Monteiro da Fonseca
Capitão-de-Corveta Emma Giada Matschinske
Capitão-de-Corveta Ângela Maria Vieira Fernandes
Capitão-de-Corveta Carla Damásio Cordeiro
Capitão-Tenente Nilza Barros da Silva
Capitão-Tenente Aline Inocêncio Santana

Comandante Antônio Claúdio Magalhães Vieira
1º Tenente Gisele dos Santos Alves
1º Tenente Sílvia Regina Santos da Silva
1º Tenente Leandro Machado Cruz
1º Tenente Talita Reis Antunes Pereira
Guarda-Marinha Ana Cristina Pinto de Almeida Palmeira
Guarda-Marinha Shirley Marques Lima
Subofi cial Carlos Teixeira
Subofi cial Francisco Felisberto Filho
1º Sargento Francisco Evamilson Queiroz Jucá
1º Sargento Gilson Vitalino dos Santos
1º Sargento Josemary Mazzarello Vicente
1º Sargento Iguaraci Santos de Carvalho
1º Sargento João Carlos Moreira Rodrigues
1º Sargento Valmir Rodrigues David
1º Sargento Wagner Luiz Antunes Moreira
2º Sargento Carlos Rafael Jesus de Oliveira
2º Sargento Eudes Gomes
2º Sargento Fernando Cesar Moura dos Santos
2º Sargento Juliano Lindner
2º Sargento Laerti Marinho de Freitas
2º Sargento Natanael Ferreira Dias
2º Sargento Rômulo Rangel Pinto
2º Sargento Sidnei Alves dos Santos
3º Sargento Mauro Pereira Nunes
3º Sargento Max Leandro Martins Vaz
3º Sargento Carlos A. Cardoso de Albuquerque
Cabo Edílio de Sena Missuti
Cabo Aroldo Azevedo Quintanilha Junior
Cabo Celso Cristovão da Silva
Cabo Ana Lucia do Nascimento Santos
Cabo André Teixeira da Silva Lima
Cabo Rodrigo de Souza Barreto Mathias
Cabo André Luzório
Cabo Rachel Giglio Peterson
Cabo Rafael Marques de Figueiredo
Cabo Eriton Araujo de Souza
Cabo Cristiane Fontes Gonçalves Luiz
Marinheiro Mario Sérgio Alves dos Santos
Jacinto Altamiro Guimarães (servidor civil)
Exército
Coronel Hélio Vieira Guerra
Coronel Fernando José Sant’anna Soares e Silva
Coronel Galvani Alves Rodrigues Cavalcante
Coronel Alberto Tavares da Silva
Tenente-Coronel Roberto Raimundo Criscuoli
Major Ataíde Barcelos Pereira
Major Eduardo Xavier Ferreira Migon
Capitão Ademar Barros Moura Filho
Capitão Gustavo da Luz Lima Cabral
Subtenente Daniel Sidnei da Silva
Tenente Carla Parzanezi Neves
1º Tenente Estevão Grossi Aguiar da Silva
1º Tenente Luciana Almeida Martins Gomes
1º Tenente Leonam Magno
1º Tenente André Marques
1º Tenente Taciana de Jesus Sobral
1º Sargento Altemir S. Costa
2º Sargento Fernando Giolo Martins
3º Sargento Vinícius Feliciano Machado
3º Sargento Sérgio Santrovitsch Dornelles
3º Sargento Aline da Silva Pinto
3º Sargento Wellington Luiz de Oliveira
3º Sargento Istenio Ramos
Cabo Jorge Andrade
Cabo José Willian Pinto
Soldado Robson Rodrigues Narcizio
Soldado Tiago Ribeiro do Espírito Santo
Soldado Antônio Carlos Xavier do Carmo
Soldado Fernando Farias da Silva
Soldado Natival Gonçalves Neto
Soldado Washington Luiz de Souza Araújo
Servidora Civil Anaíse André dos Santos
Aeronáutica
Brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez
Coronel Luiz dos Reis Domingues
Tenente-Coronel Henry Munhoz Wender
Tenente-Coronel Mauro de Souza Freitas
Tenente-Coronel Willians Renato Mourão Ferreira Cravo
Major José Stumbo Neto
Major Mauro Henrique Monsanto da Fonseca e Souza
Major Max Cintra Moreira
Major Amilton Fernandes Pinheiro Júnior
Major Leonardo Guedes
Major Marcelo Valicele
Major Alexandre Lima Prado
Major Miriam Beatriz Dellamora
Major Ronaldo Venâncio
Capitão Alexandre Moutta da Silva
Capitão André Luiz Pereira de Souza
Capitão Claúdio Rogério Garcia
Tenente Janine Pessoa Corrêa de Araújo
Tenente Paulo Roberto de Souza
Tenente Cláudio Cinello Tavares
Tenente Eduardo Fatme Michelin
Tenente Cláudio Cinello Tavares
Subofi cial Edvar Aguiar de Castro
Subofi cial Fernando dos Santos Figueiroa
Subofi cial Jones Ferreira da Silva
Subofi cial Nivaldo José dos Santos Júnior
Subofi cial Gilson da Silva Taparica
Subofi cial Evandro Rodrigues Motta
Subofi cial Raimundo Herbert da Silva Rego
Subofi cial Alexandre Dias Barreto
Subofi cial Romildo da Silva Souza
Subofi cial Josué Augusto Pacheco
1º Sargento José Benedicto de Campos
1º Sargento Adenauer da Graça de Oliveira
1º Sargento Zaquiel Gonçalves Caetano
1º Sargento Artur José Vidal Santos
1º Sargento Luiz Fernando Anidio Moreira
1º Sargento José Benedicto de Campos
2º sargento Braz de Oliveira Carvalho
2º Sagenteo Eldo de Freitas Dorneles
3º Sargento João Silva de Amorim
3º Sargento Dejaci Salvador dos Santos
Cabo Petherson Charles Pereira do Nascimento
253

Ministério da Justiça
Secretário Executivo
Luiz Paulo Barreto
Secretário Nacional de Segurança Pública
Luiz Fernando Corrêa
Coordenador Geral das Ações de Segurança
dos Jogos Pan-americanos
José Hilário Medeiros
Coordenadora do Centro de Controle dos Projetos
Especiais
Claudete Lehmkuhl
Equipe
Abel Zeni
Adalberto de Souza Rabelo
Adilson Pereira Marques
Albimar Marques da Mocha
Aldimar Gomes de Oliveira
Alexandre Pereira Pires
Alexandre Pinzon de Freitas
Alexandre Silvestre Loretto Jobim
Aline Chaul Rodrigues Coelho
Ana de Quadros Guedes
Ana Cláudia Sant’ana Menezes
Ana Lúcia Amaral de Alexandria
Andréia Alessandra de Oliveira
Andréia de Oliveira Macêdo
Ângela Cristina Rodrigues
Antônio Alailson Sousa Soares
Antônio Luiz Pereira Lima
Antônio Mariano Bezerra Pereira
Antônio Passos de Souza
Antônio Torres Amaral
Aparecida da Cruz Ferreira
Arabela Pereira Estrela Rota
Aristóteles Soares Chagas
Baltazar Rodrigues Nogueira
Bruno Eustáquio de Souza Gomes
Candida Helena Pinto Pedroza
Carlos Alberto Medeiros
Célio Vanderlei Moraes
Celliny Alves Vital Barros Campos
Claúdia da Silva Lira
Cláudia Muniz Moreira Magnani
Cláudio Luiz do Sacramento e Silva
Cleiton da Silva Lima
Dagoberto Lucas Barreto
Daniel Sampaio
Darlene Mara Bezerra
Denize Rodrigues Figueiredo
Dirlei de Oliveira Walau
Edgar Cardoso dos Santos
Edson Maurílio Lima da Silva
Euardo Ferreira Coelho
Eliana Medora Campão Martins
Eliane Funes
Ermesina Rodrigues Barbosa
Estiania Regina de Oliveira
254
Ezequiel de Albuquerque
Fernanda Erler Von Erlea
Fernando da Silva dos Santos
Flávia Mendes Diniz
Francisco Carlos de Jesus
Francisco Macedo Sobrinho
Francisco Climaco da Silva
Francislei Antônio Paulino
Geazi Inácio dos Santos
Gilson Gonçalves dos Santos
Gilson Monteiro Magalhães
Hondinelle Neves Tomaz
Humbertino de Jesus Moura
Humberto Oliveira de Souza
Isaque Rodrigues
Ivan da Costa Osório
Ivete Margarida Klein Rêdo
Jackson Pereira Nunes
Jairo Elton de Jesus Raposo
Jeann Robert Bezerra da Fonseca
João Bosco Fernandes Júnior
João Maria Sales de Barros
Jomario Fernandes de Lima
Jorge David Alexandre de Santana
Jorge Paulo de Oliveira Gomes
José Adriano da Silva Souza
José Fábio Gomes dos Santos
José Irineu de Souza Costa
José Ronildo Leonardo Pereira
José Rubens Valentim de Souza
Juruebi Júnior
Lauro da Cunha Borba
Lelio Fritsh
Leonardo Nascimento Pessoa
Leonardo Rodrigues Congro
Leucijane Oliveira Barbosa
Lídia Carmen dos Santos Gimenes
Luciana Caetato Silva Fernandes
Luciana Pereira da Silva
Luís Derli Klafke
Luiz Antônio Ferreira
Luiz Antônio Leal Fernandes
Luiz Carlos Soares da Silva
Manoel da Silva Filho
Marcelo de Oliveira Saraiva
Marcelo de Paiva
Marcelo Roberto de Carvalho
Márcio de Oliveira Brandão
Marcos Antônio de Souza
Marcos Aurélio Ramm
Margarida Brandão de Araújo
Maria Célia Ferreira dos Santos
Maria Lúcia Costa Jacinto
Mauri da Silva
Mervile Horton Dutra Júnior
Milene Ferreira Sousa
Milton Fernandes Borges Neto
Odney da Silva Oliveira
Otávio Augusto Barros Freitas
Paula de Carvalho Baptista
Paulo Antunes da Silva

Paulo de Carvalho Pinto
Paulo Roberto da Silva Moura
Paulo Sérgio Cantisano
Paulo Sérgio Pacheco Rodrigues
Pedro Ivo Costa Miranda
Reginaldo Rocha de Sousa
Ricardo Dantas Mariano
Ricardo José Oggioni
Rita de Cássia Ferrari
Roberto Matos da Rocha
Ronaldo de Oliveira
Ronaldo Dias Gomes da Silva
Rosângela de Oliveira
Rosely da Silva Lemos
Rosimari Cristina Ribeiro Ferri
Salatiel Guedes Leandro
Salvador Portela Ormonde Filho
Sandra Maria de Moraes Dantas
Sérgio Gomes Oliveira
Sérgio Luiz Agostini
Sheila Vanee Sérgio dos Santos
Sidnei Assunção da Silva
Sidnei Borges Fidalgo
Solange Maria Lopes de Araújo
Thommaselington Guyansque
Valdemir do Nascimento Correia
Vanda Marques Almeida
Vera Regina Müller
Vinícius de Vasconcelos da Costa
Vitor Paulo Gravem Pacheco
Wagner Darci da Conceição
William Augusto Ferreira Bomfi m
Wilton Borges de Souza
Wyara Shara Miranda Barbosa
Ministério das Relações Exteriores
Secretário Geral
Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto
Diretor do Departamento Cultural
Embaixador Paulo César Meira de Vasconcelos
Diretor do Departamento da América Central e Caribe
Embaixador Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão
Escritório de Representação do Itamaraty
no Rio de Janeiro
Embaixador Virgílio Moretzsohn (chefe)
Conselheiro René Mesquita
Cerimonial
Embaixador Ruy de Lima Casaes e Silva (chefe)
Embaixador George Monteiro Prata
Conselheiro Francisco Moacyr Fontenelle Filho
Diretora do Departamento de Imigração
e Assuntos Jurídicos
Ministra Mitzi Gurgel Valente da Costa
Chefe da Divisão de Temas Educacionais
Conselheira Almerinda Augusta Carvalho
Chefe da Divisão de Imigração
Conselheiro Ralph Peter Henderson
Chefe da Coordenação-Geral de Protocolo
Conselheiro Orlando Celso Timponi
Secretários
Adam Jayme Muniz
Alethea Pennati Migita
Danilo Costa
Eduardo Cançado Oliveira
Eduardo Frighetto
Eduardo Lessa
Euclides Santa Cruz Oliveira
Flávio Werneck
Guillermo Esnarriaga Arantes Barbosa
Hugo Lorenzetti Neto
Luiz Felipe Rosa dos Santos
Marcelo Urbano Júnior
Maria Clara de Abreu Rada
Maria Cristina Rayol dos Santos
Patrícia Maria Liveira Lima
Valéria Mendes Costa
Viviane Sabbag
Representante no Comitê de Gestão
Agemar de Mendonça Sanctos
Ministério da Saúde
Secretária Executiva
Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli
Coordenadora de Promoções e Eventos
Marylene Rocha de Souza
Equipe
Alexandre Araújo
Eisenhower Bonfi m
Cristiane Vasconcelos
Vinícius Nunes
Vera Bento
Ednaldo Arrais
Elaine Ramos
Fiocruz
Assessores da Presidência
Sergio Portella
Deolinda Santos
Diretor da Diretoria de Administração (Dirac)
Fernando Carvalho
Chefe do DPO/Dirac
Marta de Jesus
Chefe de Projetos do DPO/ Dirac
Paulo Lagoeiro
Chefe de Fiscalização do DPO/ Dirac
Dílson Amaral
255

Autora e Coordenadora do Projeto Ofi cina
de Arquitetos
Alline Serpa
Ministério do Turismo
Secretário Executivo
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Chefe de Gabinete
Mário Moysés
Coordenadora no Pan
Paula Sanches
Equipe de Trabalho
Afonso Wagner
Airton Pereira
Ana Clévia Lima
Ana Lúcia Azevedo Schettino
Ana Paula de Souza
Antônio Carlos Camilo e Silva
Artur Pinheiro
Beth Bahia
Beth Sahão
Bruna Neiva Gama
Camila Storni
Carla Maria Naves Ferreira
Carla Marques
Carolina Juliani de Campos
Clarice Mosele
Claúdio Vasconcellos
Cléber Melo
Cristina Malheiros
Daniel de Medeiros Albuquerque Barcinski
Danilo Gonçalves
Débora Beron
Diego Terrer
Diógenes Estrela
Dorvalino Santana Alvarez
Duncan Semple
Elaine Carvalho
Eliane Fortunatti
Eliane Silva
Enzo Arns
Fábio Manzini
Fernanda Gomes
Fernanda Maciel
Fernando Fonseca
Fernando Rabelo Sodré
Flávio Vieira
Frederico Costa
Gilberto Barbosa
Giovannini de Freitas Ferreira
Gustavo Pinheiro
Heron Marques
Isabel Barnasque
Joaci Alves
João Petronilo dos Santos
256
José Evaldo
José Falcão
José Roberto Mello
Jun Tomikawa
Jurema Monteiro
Kátia Silva
Lilia Tanner
Lilian de Deus
Lina Quick
Mailon Pimenta
Maísa Melo
Manoelina Medrado
Mara Flora
Marcello Antunes
Márcio Ferreira Nascimento
Márcio Quixada
Marco Pinheiro
Margareth Amora
Marta Feitosa
Mauren Rojahn
Maurício Leão
Max Alcyr Reis
Milena Praxedes
Mirian Delgado
Monserrat Beviláqua
Myrian Pereira
Patric Krahl
Paulo Pires
Paulo Roberto
Paulo Telles
Raphael Zarko
Raquel Fuzaro
Raquel Magalhães
Raquel Rodrigues
Regina Cavalcante
Roberta Campos
Roberto Bortolotto
Roberto Garibe
Rubens Bacellar
Samuel Rodrigues
Sandro Luís Coelho
Sérgio Flores de Albuquerque
Sérgio Luiz
Sérgio Rodrigues
Sidney Alves Costa
Sidrônio Henrique Gomes de Araújo
Simone Telles
Suzana Dieckmann
Talita Costa
Tânia Arantes
Tânia Brizolla
Tânia Penha
Thaísa Lamounier
Valter Rubis
Vaniza de Lima Schuler
Victor Faria
Viviani Ramos

Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo
Diretores
Geraldo Bentes
José Francisco de Salles Lopes
José Luiz Cunha
Luiz Silveira Rangel
Marcelo Pedroso
Equipe
Ângela Melo
Antônio José de Souza
Beto Maurício
Bruno Geovanini Reis
Caroline Campos
Cecília Viotti
Celia Borges
Denize Ramos Guedes
Enrico Antinoro
Flávia Malkine Araújo
Flávia Matos
Flávia Moraes Carrijo
Francisco Leal
Gisela Moulin Mendonça
Jaderson de Alencar
Joaquim Neto
Júlio Medeiros
Kalinka Cavalcanti
Kátia Bitencourt
Luciana Bento
Luciana Fernandes
Luciana Reis
Lucineiva Pires
Luzinete Alves da Silva Marques
Maria Katavatis
Móises Alencar
Ney Neves
Patrícia Fernandes
Romualdo Lopes
Samanta Silva
Selma Aleixo de Oiveira Perez
Tiago Tomazella
Waldinéia Brasil
Walter Luiz
Yvelise Bleyer
Secretaria Especial de Políticas para Mulheres
Secretária Adjunta
Teresa Sousa
Equipe de Comunicação
Aparecida Gonçalves
Gabriela do Vale
Guto Pires
Laisy Morière
Maria Clara Notaroberto
Agência de Promoção de Exportações (Apex)
Diretor Técnico
Cláudio José Anchieta de Carvalho Borges
Agência Nacional da Aviação Civil
Gerente Geral de Facilitação e Segurança
Rogério Benevides
Gerente de Operações Internacionais
Valdir Padilha
Agência Nacional de Telecomunicações
Conselheiros
Antônio Domingos Teixeira Bedran
José Pereira Leite Filho
Pedro Jaime Ziller de Araújo
Plínio Aguiar Júnior
Coordenadores Regionais
Alexandre Fernandes Salles
Hermano Barros Tercius
João Marcelo Azevedo Marques Mello da Silva
Jordan Silva De Paiva
Marcelo Lucena
Marcelo Luiz Guimarães
Marcelo Schmalter
Maria Aparecida Muniz Fidelis da Silva
Paulo Januário
Raffaello Bruno Limongi Freire
Rodrigo Vieitas
Yroá Roblêdo Ferreira
Yuri Ramos Santos Lima
Equipe Técnica
Alexandre Elias de Andrade Oliveira
Abílio José Neto De Monção
Adailton Alves De Almeida
Adailton Jesus Pereira Lima
Ademir Monteiro Mota
Adriano Busson de Jesus
Aécio Vasconcelos Rodrigues Freire
Agostinho Linhares de Souza Filho
Alessandro Vasconcelos Fernandes
Alexandre Braga de Souza
Alexandre Campos Moraes
Alexandre Inácio
Aluízio Amaro Monteiro
Aluízio Luiz Amambahy Costa
André Luiz da Costa Barcellos
André Rodrigues Pessoa
Anésio Evangelista de Oliveira Filho
Antonio Alex Pinheiro
Carlos Alberto da Conceicao Martins
Carlos Fernando Muniz Santos
Carlos Zenao da Cunha Goncalves
Cassiano Duarte Sarkis
Cássio Tancredo Gomes Dias
Célio Alves Araújo
Celso Luiz Maximino
Crésio Medeiros
Danilo Augusto Piconi
Diego Rossi de Andrade do Espirito Santo
Edgar Balbino Flores
257

Edson De Oliveira Souza
Edson Francisco da Sivla
Eduardo Renato Rocha Brandão
Elvis Williams Damas Ferreira
Eric Magalhães Delgado
Evaldo Vecchi
Fábio Alessandro Neves da Cunha
Fábio Teodoro Lima
Fernando Alves da Silva
Fernando Alves Rodrigues
Fernando Coelho de Souza
Flávio Gouveia de Holanda
Francisco de Assis da Silva
Frederico Hübener Neto
Frederico Muller Hameister
Geraldo Magela Benício Junior
Gerson Luis Fernandes de Azevedo
Gilberto Studart Gurgel Neto
Gilmar Ferreira de Souza
Hermano Barros Tercius
Honorio Oliveira de Souza Filho
Hugo Eduardo de Lima Moreira
Ivanildo Bezerra de Albuquerque
José Tarcisio Rocha
João Paulo Rabelo Oliveira
João Victor Rodrigues
João Wesley Alves Monteiro
Joemerson Douglas Perussulo
Jorge Felipe Amoras da Costa
José Afonso Cosmo Júnior
José Carlos da Silva
José Clemente da Silva
José Edmilson Santos de Andrade
José Geraldo Ferrreira
José Maria J F Cruz
José Raimundo Martins Sampaio
José Ricardo Figueira dos Santos
José Roberto Cordeiro Carrinho
Julia Alves Costa
Kleibe Jacinto de Araújo
Leonardo Campos Cordeiro
Luciana Rabelo Novato
Luis Fernando Silva Taranto
Luiz Carlos Brito de Andrade Lima
Manoel Lúcio Pereira
Marcelo Augusto Scacabarozi
Marcelo Ricardo Loschi
Marcio da Rosa Silveira
Márcio Henrique da Silva Souza
Marcio Roberto Alves Lobato
Márcio Rodrigues Maciel
Márcio Colazingari
Marcos Cesar Queiroz
Maria Madalena Miassi
Mário Nascimento Porto
Marisa Alves Santos Cruz
Mauro Brandao Barbosa Neto
Max Hélder José dos Santos
258
Murilo Kulczynski Alvares
Nilson Barros da Costa
Oppenheimer Herbert Hans Medeiros Queiroz
Paulo Rogério Hodel
Paulo Silva Ferreira
Pedro de Barros
Pedro Miguel Pedrosa
Ricardo Oliveira Monteiro
Ricardo Tavares Prestelo
Roberto Carlos Soares Campos
Robson Costa Bentes
Rogério Adriano Fernandes
Samuel da Rocha Fonseca Filho
Sinval Martins Barbosa
Ubyrajara Silva Pinto
Vinicius Teixeira Dornas
Wagner Antônio Jussiani
Waldemar Cordiolli
Werther Maciel
Wilson Toloza Costa
Wilton Machado de Oliveira
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Diretor Adjunto
Paulo Biancardi Coury
Gerente Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e
Recintos Alfandegários
Oacy de Mello Allende
Gerente Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e
Recintos Alfandegários substituta
Ivete Fassheber
Gerente de Orientação e Controle Sanitário de
Viajantes
Heriberto Paulo de Limas
Equipe
Adelson de Oliveira e Souza
Afonso Infurna Junior
Aloysio Cezar de Freitas
Altamiro Vieira da Cunha Filho
Ângela Maria de Oliveira Silva
Antônia Rizeuda Brasil de Oliveira
Antônio Carlos Andreazza Gonçalves de Oliveira
Antônio Sérgio Lemos de Souza
Antonio Ulisses Macedo Menezes
Aquiles José Cardoso Gomes
Áurea Lino
Bárbara José Alves de Jesus
Benedita Honorato Groschoski
Bernardino Barros Pinto
Carlos Augusto Fernandes da Fonseca
Carmem Terezinha Morastoni
Casemiro Vidal de Andrade
Celenir de Moraes Gomes
Celso Luíz Mendes
Cesário Gomes e Souza Neto

Christiane dos Santos Teixeira
Claúdia Marinho Pontes Duarte
Claúdia Scofano Osso de Azevedo
Cléa dos Santos Vinhas
Délia Juçara Caldeira
Dulce da Silva Costa
Dulce da Silva Costa
Edmar Muchelin
Eduardo Henrique da Silva Damasceno
Efren Maldonado Roland
Eliane Maria Pereira de Oliveira
Eliete de Campos
Elisabete Carvalho de Sá
Élvio Araújo Madrid
Evaldo de Carvalho Maciel
Evânio Antunes de Lemos
Fabiana de Marsillac Fontes Machado
Fábio André Barbosa do Nascimento
Felipe Bento Jung
Fernando Schmidt
Flávio Silva de Almeida
Francisco Mello
Gildo de Souza
Gilsom Lelli Brito da Silva
Glaúcia Regina de Oliveira Rodrigues
Horácio Jorge Serpa Paes Leme
Isabela Guimarães Amaral
Jairo Correa Domingues
Jane Dias Eckstein
Joana Darc Soares da Costa
João Cruz Tinoco
João Luiz dos Santos Ferreira
Jorge Costa
Jorge Pereira Ciodaro
José Clovis de Souza
José Eduardo Brandão Campos
José Henrique da Rosa Oliveira
José Henrique de Oliveira Tamburini
José Luís Herrero Rodriguez
José Luiz Campos
José Renato Dezerto March
José Roberto da Silva
José Vieira de Souza Filho
Juarez Evangelista
Leila Duarte Lacerda
Lucia Maria Silva da Rocha
Luciano Magno de Araújo
Luiz Felipe Moreira Lima
Luiz Valentino Gallo
Magno Augusto da Silva Lopes
Manoel José Gonçalves
Marcelo Felga de Carvalho
Márcio Valério Soares de Oliveira
Marco Aurélio Chame da Silva
Marcos Antonio Marques de Santana
Marcos Valério Cardoso da Silveira
Margarida Elza Viana
Maria Aparecida Oliveira Bende Araújo
Maria da Conceição de Araújo Passos
Maria da Conceição Fernandes Soares
Maria das Graças Dantas de Medeiros
Maria Helena Victorina Barros
Maria Izabel de Mattos Silva
Maria Lúcia de Salles Borges Moreira
Maria Ruth dos Santos
Maritse Gerth Silveira
Milca Adegas
Miriam Meirelles Matsumoto
Miriam Neves de Aquino
Nadine Bussoletti Pontim
Nildia da Silva Safo
Paulo Roberto Batista da Silva
Pedro Augusto de Araújo Romão
Renata Couto Oliveira
Renata Souza Perin
Roberto de Freitas Tinoco
Rosiara de Souza Oliveira Guimarães
Roza Maria Ayres Saballa
Rubervaldo Vasconcelos de Oliveira
Sandra Maria Silva Machado
Sérgio Apolinário Araújo
Sheila Rejane Nascimento Silva
Sílvia Otto Algarve
Sílvio da Guia Jacinto
Stefânia Leirias Braga
Tamara da Nóbrega
Tânia Mara da Silva Touret
Tatiana Baratelli
Teresa Cristina Caruso Leão
Ubiraci Fernandes
Vera Lúcia Dal Forno
Vera Lúcia Ferreira Antonio
Vicente Brito Jacobini
Wander da Costa Guimarães
Wanir José Barroso
Willian Waismamm
Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen)
Coordenador do Grupo de Supervisão e Ligação
Interinstitucional
Marco Antônio Saraiva Marzo
Coordenador do Grupo Tático Operacional
Luiz Antônio de Mello
Equipe
Adaugoberto Soares de Pinho
Adelaide Maria Gondin da Fonseca Azeredo
Adilson da Silva Laranjeira
Adriana Teixeira Ramalho
Akira Iwahara
Alessandro Facure
Alexandre da Fonseca Velasco
Almir Faria Clain
Aloisio Cordilha Ferreira
Altair Souza de Assis
259

Ana Cristina de Melo Ferreira
Ana Cristina Murta Dovales
Ana Letícia Almeida Dantas
Anderson de Oliveira
André Luís Nunes Barbosa
André Luiz Lopes Quadros
Andrea Lucia Fanfa Ribas Franca
Andrea Perez Correa
Anthenor da Costa Ramos Junior
Antônio Carlos da Silva Cucco
Antônio Carlos Silva da Rocha
Antônio Eduardo de Oliveira
Antônio Mário Nogueira
Antônio Mello da Silva
Antônio Pedro Junior
Aparecida Maciel Souza Campos
Arcelino Luiz de Moura Neto
Arnaldo Rangel Carvalho
Ary da Silva Henrique
Aurélio de Jesus Costa Moreira
Aurelio Moraes
Bernardo Maranhao Dantas
Betania Lobato Vittaz Freire
Bruno Costa Filgueiras
Carlos Alberto Rodrigues dos Santos
Carlos Alves Martins
Carlos Eduardo Bonacossa de Almeida
Carlos Eduardo Gonzalez Ribeiro Alves
Carlos Henrique Romeiro
Carlos José da Silva
Carlos Roberto Pedro
Carlos Roberto Pereira
Celia Maria Campos Coutinho
Celina Cândido Ribeiro Barbosa
Cirilo Cézar Sant Anna da Conceição
Claudia Lucia de Pinho Mauricio
Claudia Lucia Mouffron Pereira de Almeida
Claudio de Carvalho Conti
Claudio Domingues de Almeida
Claudio Farias
Cláudio Henrique dos Santos Grecco
Claudio Ubirajara Couto de Almeida
Cosme Norival Mello da Silva
Cristiane de Queiroz Oliveira
Daniel da Silva Quaresma
Daniel Miguel da Silva
Danielle Monegalha Rodrigues
Danilo Lacerda Teixeira
Deise Maria Furtado Retonde do Nascimento
Deisemar Holanda Cassiano
Dejanira da Costa Lauria
Denise Cunha Cabral
Denison de Souza Santos
Denizart Silveira de Oliveira Filho
Dilmar Araujo Junior
Domingos D Oliveira Cardoso
Douglas Cisneiros de Barros
Eder Augusto de Lucena
260
Eder Fernando da Silva
Eduardo de Paiva
Eduardo Dias
Eduardo Marques de Azevedo
Elaine Rua Rodriguez Rochedo
Elder Magalhaes de Souza
Elenilda Cruz Nunes
Elias Fusco
Elisabete Vargas Ramos
Elizabeth Eugênio de Mello Oliveira
Ellen Valéria Brandão Gomes
Emerson Antunes Coimbra
Erli dos Santos Marchon
Estela Maria de Oliveira
Euzébio Caetano dos Santos Filho
Evaristo Santiago Ferreira Junior
Fábio Cordeiro Dias
Fidel Furtado Sanchez
Flávia Cristina da Silva Teixeira
Francisco César Augusto da Silva
Francisco José de Oliveira Ferreira
Geiza Celeste Medeiros de Oliveira
Geraldo Cortines
Geraldo Luiz Ferreira
Geraldo Renha Junior
Guilherme de Jesus Nanni
Heliane Zylberberg
Hugo Geraldo da Fonseca
Ilka Helena Taam Santos Monteiro
Isabel Cristina Poquet Salinas
Ismar Pinto Alves
Ivan de Freitas Melo
Ivan Pedro Salati de Almeida
Ivanor Antônio Sachett
Jamir dos Santos Loureiro
Jayme da Costa Garcia
Jélio Cézar Suita
João Carlos da Silva Feital
João Carlos dos Santos Pereira
João Carlos Leocadio
João Carlos Pereira da Silva
João Regis dos Santos
João Romero Sanches
João Torres de Farias
John Hunt
Jorge Conde Passos
Jorge José de Oliveira
Jorge Martins Silva
José Antônio de Almeida
José Francisco dos Santos
José Francisco Pereira
José Guilherme de Assis Alonso Basto
José Guilherme Pereira Peixoto
José Ivan Rodrigues Silva
José Marcus de Oliveira Godoy
José Moura Junior
José Segundo Leonço da Silva
José Ubiratan Delgado

José Wanderley Santana da Silva
Josélio Silveira Monteiro Filho
Josilto de Aquino
Josué Peter de Oliveira
Joyra Amaral dos Santos
Júlio Cézar Suita
Karla Cristina de Souza Patrão
Kátia Maria Cardozo Freitas Cardoso
Kenya Moore de Almeida Dias da Cunha
Laércio Antônio Vinhas
Laércio Lara de Carvalho
Laudemiro de Paula da Silva
Lene Holanda Sadler Veiga
Leopoldino da Cruz Gouveia Mendes
Leslie Silva Pereira
Lídia Vasconcellos de Sá
Lígia Mendes Quintaes de Castro Julião
Lília Crissiúma Palhares
Lília Maria Juacaba Belém
Lúcia Viviana Canevaro
Luciene Cosme Nascimento
Luís Antônio Lemos de Almeida
Luís Belino Menezes Silva
Luís Carlos da Silva
Luís Fernando Gomes Junior
Luís Ribeiro de Freitas Cruz
Luisa Maria de Hollanda E Vasconcellos
Luiz Adelino Lopes Amorim
Luiz Alfredo Fernandes Roldão
Luiz Antônio Celestino de Souza
Luiz Antônio de Mello
Luiz Antônio Ribeiro da Rosa
Luiz Carlos de Jesus Albuquerque
Luiz Carlos Fossati
Luiz Carlos Garcia
Luiz Carlos Pereira da Silva
Luiz Carlos Reina Pereira da Silva
Luiz Carlos Vieira da Silva
Luiz Claudio Ferreira Pimentel
Luiz Ernesto Santos de Carvalho Matta
Luiz Fernando Bloomfi eld Torres
Luiz Fernando de Carvalho Conti
Luiz Tadeu Duarte
Luiz Tauhata
Luzianete Amaral de Melo Magalhaes Filha
Manoel Querino dos Santos
Manuel Jacinto Martins Lourenco
Mára Lucia de Lára Costa
Marcello Gomes Goncalves
Marcello Santo Nicola
Marcia Peixoto da Silva Guimaraes
Marcia Terezinha Carlos
Márcio Paes Barros
Marco Antônio Saraiva Marzo
Marco Aurélio Monteiro Dutra
Marcos Antônio de Lima Peres
Marcos Bertrand de Azevedo
Marcos Carvalho de Campos
Marcos César Ferreira Moreira
Marcos Peter Barbosa
Marcos Vitor Salvador
Marcus Alexandre Vallim de Alencar
Margareth Maria de Araujo
Maria Angelica Vergara Wasserman
Maria Antonieta Ramos Ribas Di Prinzio
Maria Cristina Lourenco
Maria Elizabeth Couto Machado Vianna
Maria Elizabeth Dias Acar
Maria Helena da Hora Marechal
Maria Isabel Barbosa da Silva
Maria Isabel Lima de Souza
Maria Leticia Dantas
Maria Teresa J Flores
Maria Virginia Teixeira
Marise de Albuquerque Lima
Marissa Anabel Rivera Cardona
Maristela Perelli Lagdem Gaspar
Maristela Souza Santos
Marli Ramos Escudero
Maura Julia Camara da Silva Bragança
Milton Arthur Mendes
Monica Aquino Pires do Rio
Monica Stuck de Oliveira
Nadia Soido Falcao Martins
Nei de Oliveira Cruz
Nei do Nascimento
Nilton Barros da Silva
Norma do Nascimento Pereira
Nozimar do Couto
Octavio Luiz Trindade Filho
Odair Dias Goncalves
Osvaldir Paulo dos Santos
Patricia Wieland
Paulo Antônio Pereira Leal
Paulo Goncalves da Cunha
Paulo Roberto Rocha Ferreira
Paulo Sérgio Pereira Tinoco
Raimundo dos Santos
Raul dos Santos
Renato de Barros Goveia
Renato Di Prinzio
Renato Paixão Braz
Renato Vasconcellos de Oliveira
Ricardo Alberto Giannoni
Ricardo Amorim Barbosa
Ricardo de Souza Cardoso
Ricardo Diz
Ricardo Elias de Miranda Candeiro
Ricardo Fraga Gutterres
Ricardo Nicoll Junior
Ricardo Pinheiro Lobo
Ricardo Roberto de Azevedo Brito
Rocio Gloria dos Reis
Rodolfo de Oliveira Rosa
Ronaldo Janvrot Vivone
Ronaldo Lemos D Avila
261

Ronaldo Lins da Silva
Rosane Simoes Amaral
Rosângela Brito Lemos
Rosangela Pinto Guimaraes Seda
Rosangela Zenaro
Sebastião Salustiano Filho
Seneyde Souza Franco Antunes
Sérgio Alves Gonçalves
Sérgio Balbino
Sérgio Luiz Girao de Oliveira
Shirley Clemente Maia
Silvia Maria Velasques de Oliveira
Simone Kodlulovich Dias
Solimar Pereira da Silva
Sueli Alexandra de Mesquita
Sueli da Silva Peres
Tania Schirn Cabral
Valeria da Fonseca e Silva Pastura
Valeska Peres de Araújo Rocha
Vicente de Paula Melo
Victor Alexandre Frazao dos Reis
Wagner Chaves Costa
Wagner Gonçalves Soares Reis
Walsan Wagner Pereira
Walter Fritz Lima Franca
Walter Mendes Ferreira
Wanderson de Oliveira Sousa
Wilson dos Santos Vieira
Yannick Odette Jacqueline Nouailhetas
Zenildo Lara de Carvalho
Infraero
Superintendente adjunto da Regional Centro-Oeste
Marçal Goulart
Superintendente adjunto da Regional Norte
Benigno Matias de Almeida
Superintendente do Aeroporto de Aracaju
Fábio Bastos
Superintendente do Aeroporto de Boa Vista
Manoel Aguinelo Maciel de Sá
Superintendente do Aeroporto de Cuiabá
José Ronaldo Soares
Superintendente do Aeroporto de Curitiba
Antônio Filipe Bergmann Barcellos
Superintendente do Aeroporto de Fortaleza
Wellington Santos da Silva
Superintendente do Aeroporto de Foz do Iguaçu
Joacir Araújo dos Santos
Superintendente do Aeroporto Goiânia
Lia Aparecida Segaglio de Figueiredo
262
Superintendente do Aeroporto de João Pessoa
Adilson Pereira
Superintendente do Aeroporto de Macapá
Júlio Kuenzo Aoyagui
Superintendente do Aeroporto de Maceió
Maria do Perpétuo Socorro das Chagas Pinheiro
Superintendente do Aeroporto de Palmas
Jucélio Alves de Oliveira
Superintendente do Aeroporto de Porto Velho
Raimundo Daniel Pereira Sobrinho
Superintendente do Aeroporto de Rio Branco
Jailson Mendes de Araújo
Superintendente adjunto do Aeroporto de Salvador
José Cassiano Ferreira da Silva
Superintendente do Aeroporto de São Luís
Demóstenes de Sousa Costa
Superintendente do Aeroporto de Teresina
Osmar Gomes de Souza
Superintendente do Aeroporto de Vitória
Silvério Gonçalves
Equipe
Acidelio Silva
Adaiton Gomes Teixeira
Adelir Alves Carvalho
Ademir Gauto
Ades Cardoso Tosta
Adilson de Menezes Sena
Adilson Dias da Rosas
Adilson Pereira da Silva
Adolfo César Menna Barreto
Aguinaldo Ferreira dos Santos
Aier Peçanha
Alan Advíncula
Alberto Barbosa Monteiro
Alberto Coelho Menezes Filho
Alcione Gonçalves
Alcir Pires dos Santos
Aldacir de Almeida
Aldenir Martins da Costa
Aldinéia de Assis Pacheco
Aldizio da Silva Bezerra
Aldo Ferreira Felipe
Alex Alves Nogueira
Alex Sandro Souza
Alexandre Corporal
Alfredo Gomes Torres Neto
Alice da Silva do Amaral
Almir Candido Soares
Altamiro Gonçalves Roxo Júnior

Aluísio Maciel Candido
Álvaro Antônio Ribeiro
Álvaro dos Santos Barbosa
Amauri Feitosa de Paulo
Amorine Pinheiro
Ana Christina Franco
Ana Lúcia Costa Couto
Ana Patrícia Loinaz
Ana Paula Neto Alves
André Luís Marques de Barros
André Luìz da Costa Monteiro
Andrea Amaralpinto
Ângela Maria Camelo Pinto
Ângela Medeiros Braga
Anna Maria Gomes de Rosario
Antônio Carlos de Carvalho
Antônio Carlos Silva de Mello Lima
Antônio Charles Guimarães
Antônio Eduardo Araújo
Antônio Fernando Peixoto
Antônio José Domingues
Antônio Pinheiro de Carvalho Filho
Ari Jorge Benites
Assis José de Campos
Atílio Taschetto
Belchior Gonçalves
Blasio Luiz Gabriel
Brendaly da Costa
Bruno Leonardo Campos Ribeiro
Cacilda Azulay
Canindé Miranda
Carlos Alberto Botelho
Carlos Alberto Pereira
Carlos Alberto Queiróz
Carlos Alberto Sales Azevedo
Carlos Augusto Santos de Andrade
Carlos Eduardo Almeida
Carlos Gurgel Mendes Carneiro
Carlos Henrique de Abreu
Carlos Leal
Carlos Luiz Lopes de Menezes
Carlos Magno de Figueiredo
Carlos Palhano Costa
Carlos Pantaleão
Carlos Roberto Santana
Carlos Vinícius Chagas da Silva
Carlos Vital
Carlyle Morais Martins
Carmem Aspasia Quintino de Souza Gazaneo
Célio Barbosa Gomes
Célio Roberto Ferreira
Celso de Souza
Celso Gick
César Augusto Pereira da Silva
César Mattos Fortes
Cesario Coimbra Filho
Charles Pessoa
Charles Wainer
Cid da Cunha
Cíntia Tanaka
Clara Cristina Nunes
Claudemir Cabral,
Claudenilson Messias dos Santos
Claúdia Fernandes de Araújo
Cláudia Fernandes Ramalho
Claúdia Isabel Lowenthal
Claúdio Compans Soler
Claúdio de Manoel
Claúdio Osmar Oliveira
Cláudio Sumsin Hakim
Cosme Willians Serradeira
Cristiano Ramos Pinto
Daniel de Holanda Tomaz
Daniel Novais Coutinho
Daniele Francklin do Nascimento
David Mussel Jones
Débora Maria de Mello
Denise Bandeira
Dilson Eleuterio Pereira
Dimas Messias da Silva
Dimitri Duarte Pedrosa
Domingos Rodrigues da Silva
Dora Brasil
Edelson de Oliveira Fraga
Edilânia Marciano
Edilene de Oliveira Rocha
Edileusa Helena Costa
Edilson dos Santos
Edimilson Antônio Vieira
Edson Assunção Natário
Edson José Marques Morais
Edson Pedrolo
Edson Saruba Filho
Eduardo Garotti
Eduardo Renato Ludwig
Eduardo Ricardo da Silva
Eduardo Varella
Edwilson da Silva Gonçalves
Efetivo de Escala
Elda Cristina Veroneze Guimarães
Eldecy Pedro da Silva
Eliane Trein
Elio Ferreira de Lima
Elisa Maria Cassar
Elizabete Ribeiro Ramalho
Elmar Anastacio Martins
Eloir dos Santos
Enilza Torres
Erasmo Dardis
Eric Rosa
Erivaldo de Almeida Cruz
Esther Leite Pereira
Eveline Falcão
Fábio Holanda Cavalcante
Fábio Nunes
Fábio Vicente da Silva
263

Fernando Costa da Silva
Fernando de Souza Martins
Fernando Ferreira Filho
Fernando Luís Santos Dias
Flávio de Souza Barbosa
Flávio Pereira Riski
Francileudo Morais
Francisca Gardênia Rocha
Francisco Chagas da Costa
Francisco de Assis do Nascimento
Francisco Elievan Nogueira
Francisco Geova Lima
Francisco José Carneiro
Francisco Mendes Martins
Francisco Pereira da Silva
Francisco Pereira de Holanda
Frits Harald Brems
Gelson Bernardo Lopes Darte
Genes Augusto de Oliveira
Genildo Pereira Amorim
Gerardo Magela Luna Batista
Gerson da Conceição Carvalho
Gese Ademir de Oliveira
Getulio de Menezes Silva
Gicele Coutinho Alves
Gilberto da Rocha Chaves
Gilberto Winter Pacheco
Gilmar Freitas da Silva
Gilnei Sousa Loiola
Gilnei Vidigal dos Santos Oliveira
Gilson José dos Santos
Gilvan Pinto
Gilvane da Silva
Gisele Sylos Seo
Gladriana Soares
Glandré George da Silveira
Gledson dos Santos Filho
Gledson Menezes Carvalho Filho
Glestela Geremias de Andrade
Gleuton Pinheiro
Gutemberg Serafi m
Hamilton Viana Ouvinha
Hélio Cardoso Ferreira
Herdy Almeida
Hilda Regina Toneto Silva
Hildegardo Rolim Filho
Humberto Valoni Dutra
Iara Gouveia Tavares Góes Bezerra
Ieda Hudes dos Santos
Ilton Luís Gonçalves
Irakitan de Araújo Borges
Iris de Araújo
Isabel Cristina Martins Riberio Perci
Isaura Guimarães Costa
Ítalo Márcio Oliveira
Ivan de Souza
Ivan Gregorio Silveira Barbosa
Ivani Soares Rosário
264
Ivanir Ferreira de Araújo
Ivon Francisco
Izabel Iria d’Abbadia
Jaciara de Barros Silva
Jacqueline Gomes Pinheiro
Jacqueline Souza Campos
Jansey Cardoso de Oliveira
Jean Ricardo Santos e Araújo
Jeronimo Castro da Silva
Joana Maria Alexandre Santos
João Alfredo Dutra
João Carlos dos Santos
João Carlos Mendes
João Luiz Dias da Veiga
João Marcos Coelho Soares
João Paulo da Silva Barros
João Vanderlei de Santana
Joice Ribeiro Maciel
Jones Carlos da Rocha
Jorge Antônio Gonçalves
Jorge da Silva
Jorge Leandro da Silva
Jorge Luís dos Santos Alves
Jorge Luiz Ferreira
Jorge Luiz Ribeiro de Paula
Jorge Luiz Teixeira
Jorge Moreira da Silva
Jorge Tadeu de Andrade
Jorge Wilson Pereira da Silva
José Admilson dos Santos
José Alberto Borges de Oliveira
José Alves Castro
José Américo Garcia Menezes
José Antônio Fonseca
José Batista do Nascimento Júnior
José Carlos da Silva Fernandes
José Carlos Gomes
José Carlos Ignácio Hora
José Carlos Rodrigues
José Carlos Vieira de Souza
José Cassemiro de Resendo
José Correia Gomes
José de Alcantara Barros Filho
José de Arimatéia dos Santos
José Elieudo Martins da Silva
José Emanoel Soares Araújo
José Fernandes Souza
José Leôncio de Faria
José Lucio da Silva Filho
José Mário Ribeiro da Mota
José Mendes
José Miguel Sobrinho
José Newton Araújo Valério
José Perez Urtiaga Martinez
José Ricardo Lucena Rodrigues
José Roberto Cantarino
José Roberto S. da Veiga
Josmário de Brito Alves

Jota Eduardo Duarte de Souza
Juarez Pereira da Silva
Jucelvo Alves lustoza
Juliano Castro Duarte
Júlio César Belém
Júlio César da Costa Miranda
Júlio César de Melo
Júlio César dos Santos
Juraci Albuquerque Trindade
Juscelino Rodrigues Moraes
Juvenal Huback Rodrigues
Karlene Gonçalves Marinho
Keldo Gabriel Campos
Kléber Jordão
Kléber Rodrigues da Silva
Lea Carvalho Emilio
Leila Martinez Toldo
Leila Moraes de Castro
Lenarte Moura
Leonardo Carvalho Radusewski
Lildo Mota
Limdemberg de C. Ribeiro
Lina Valéria Barros Dutra
Lincoln Silva
Lindeberg Gomes de Oliveira
Lisfl ávia Oliveira dos Reis
Luciano Silva de Oliveira
Lucio de Jesus Franco
Luís Clóvis Vicente
Luís Felipe Louzano Petralanda
Luís Fernando Lopes
Luís Henrique Ximenes
Luiz Alberto Bittencourt
Luiz Alfredo da Silva
Luiz Antônio Moura de D’Almeida
Luiz Cabral da Silva
Luiz Carlos Apolinario
Luiz Carlos Gavazza de Oliveira
Luiz Carlos Javorski
Luiz Carlos Rosa do Nascimento
Luiz Césa de Oliveira Val
Luiz Cézar Andrade de Azeredo
Luiz Claúdio Alves
Luiz Claúdio de Albuquerque
Luiz de Souza
Luiz Guimarâes
Luiz Octávio Casarin
Lysis Kauffmann
Magali Barreto Martin Abreu
Manoel Airton de Melo
Manoel Armando Abreu da Silva
Manoel Campos
Manoel Pinho Correia
Manoel Soares
Manuel da Silva Carvalho
Manuel Gomes da Cunha
Manuela de Mendonça
Marcello Reis Barbosa
Marcelo Guimarâes Gonçalves
Marcelo Raggi
Márcia Cristina Araújo
Marcia Cristina Peraro
Marcia Serra Venacio
Marcílio Mauro Sousa Rodrigues
Márcio Cavalcante de Almeida
Márcio de Souza
Márcio Nunes de Almeida
Marco Antônio Crespo
Marco Antônio Gama de Melo
Marco Aurélio Benetti
Marcos Antônio Dias Tavares
Marcos Carreiro do Valle
Marcos César de Castro
Marcos de Carvalho de Brito
Marcos Fernando da Silva Freire
Marcos José Costa da Silva
Marcos Nonato
Marcos Valério de Souza Veigi
Maria Alice Ferreira
Maria Aparecida Alves Bezerra
Maria Celeste Pais Guedes
Maria Célia Lorenço Luzio
Maria Cristina Costa Lopes
Maria Cristina Ottoni
Maria da Conceição Vieira
Maria das Mercês Lima
Maria de Fátima Pereira dos Santos
Maria Inês
Maria Ivone dos Santos
Maria Luiza Costa
Maria Rosária Barcellos
Marilene Idalina de Andrade
Mário Pais Lopes
Mário Pan Moreira
Marta Helena Gomes Leal
Marta Neves de Freitas
Maurício da Silva Pereira
Maurício Fontes da Cunha
Maurício Souza
Mauro Sabino Fresta
Max Uilher Pimentel
Mayara Romão
Mery Lúcia Saraiva Vidal
Miguel Joaquim
Mirian Aparecida de Paula
Mônica de Azambuja Schiller
Nair Luci dos Santos Sobral
Napoleão Alves Carneiro Filho
Natal Jesus G. Guedes
Nathalie Graziani Fonticielha
Nathan F.do Nascimento
Nelson de Souza Gonçalves
Nelson Duarte da Silva
Newton Barbosa
Nilson Oliveira Mateus
Nilton Pacheco da Silva
265

Nilton Vicente
Nilza Alves da Silva
Norberto Raimundo Pinheiro
Odilando da Silva
Odilene Amazonas
Olimpio Mendes Fernandes
Omar Rocha Samosa
Orandi Batista
Orlando de Pinho
Oscar Gonzaga da Silva Filho
Osmar de Barros
Osvaldo Osni Tozo
Oyama Soares Daniel
Oziel do Couto Segundo
Patrícia Bianchi Reis Insuela
Paulo Afonso da Câmara China
Paulo Afonso Vieira Monteiro
Paulo César Santos Martins
Paulo Cipriano de Oliveira
Paulo da Costa Silva
Paulo Damião laque
Paulo de Freitas Costa
Paulo Ernani Martins Bezerra
Paulo Inginieros de Oliveira e Silva
Paulo Jorge Caetano de Souza
Paulo Marques de Oliveira
Paulo Roberto da Silva
Paulo Roberto de Jesus Ramos
Paulo Roberto dos Santos
Paulo Roberto Gonçalves
Paulo Sacramento de Souza
Paulo Sérgio de Lira
Pedro Jorge Dias Chaves
Peter Eberle
Píndaro Francisco dos Santos Rodrigues
Priscila Steves
Raimundo Costa Ferreira Neto
Raimundo Nonato Gomes da Silva
Raimundo Pereira da Silva
Raquel de Souza Pereira
Raul Augusto Carlos Neto
Regina Célia Lopes Gomes
Regina Terepora
Reginaldo Azevedo Falconeres
Reginalva Oliveira
Regino Pereira da Silva
Reinaldo José Barros de Freitas
Renan Dantas Carletti
Renata da Silva
Renato de Fontenele
Ricardo Afonso Gomes Rodrigues
Ricardo Corrêa de Oliveira
Ricardo da Fonseca Lima
Ricardo de Carvalho Gomes
Ricardo Diestel May
Ricardo Filgueira Louredo
Ricardo Signorini
Rita Califf Oliveira
266
Rita da Silva Alves
Rita de Cássia Garcia
Rivaldo Neves de Oliveira
Roberta Ostini
Roberta Rosa Pereira
Roberto Acioli Lopes Couto
Roberto Brigido da Silva
Roberto da Silva Lopes
Roberto dos Santos Carneiro
Roberto Germano
Roberto Jorge Gomes Lorentz
Roberto Rodrigues
Roberto Soares
Roberto Stuckert
Robson Cavalcante
Robson de Holanda Fraga
Robson Pereira
Rogério Pacheco
Ronald Mascarenhas
Ronaldo de Souza Ayres
Rosan Cruz
Rosana Godinho Alves de Almeida
Rosângela de Almeida
Rose Ribeiro
Rose Valente
Roseli Carvalho
Rosemary da Silva
Rosemeri Pinheiro de Oliveira
Sabrina Vasconcelos
Samuel José dos Santos
Samuel Santana de Souza
Sandra Aparecida Veronez de Souza
Sandra Lúcia de Araújo Pereira
Sandra Mello Castilho
Sandro da Silva
Sebastiana Campos
Sebastião Carlos Pereira da Fonseca
Sebastião de Araújo Cedro
Sebastião Garcia Prata
Sebastião Martins de Oliveira
Sérgio Lopes dos Santos
Sérgio Luiz Dombroski
Sérgio Martins de Oliveira
Sérgio Maurício Quelha de Sá
Sérgio Prudêncio
Sérgio Sorozini
Sérgio Wladimir Caze dos Santos
Shirleide Morêto de Lima
Sidnei Claúdio da Silva
Sidney da Silva de Oliveira
Sidney José Pereira
Sigilfredo Antônio Grimaldi da Costa
Silvia Elisa Santos Cordeiro
Silvia Ferreira Hennes
Silvia Regina Gonçalves Pinheiro
Sizenando Mariano de Almeida
Solange Argenta
Sônia Biasi

Soramar de Jesus Carvalho Pinheiro
Susiney da Cunha Costa
Tânia da Silva Dias
Tânia Maria Góis Coelho
Terezinha Juliano
Thiago Carvalho
Tomaz Filho
Ubirajara Aparecido Alves de Oliveira
Ubirajara Damasceno Pereira
Ubirani Barbosa da Silva
Vagner Maia
Valdemar V. de Souza
Valdir Rodrigues Villarinho
Vera Biojone
Vera Lúcia Viana Moura
Vicente da Silva Oliveira
Victor Hugo Perira
Victor Jorge da Silva
Vinícius Cunha da Gama
Vinícius de Albuquerque
Wagner Burger Cavalcante
Wagner Gerhardt
Waldeci Lau da Silva
Waldir Cardoso Ramiro
Walter José da Silva
Walter Pinto da Silva Brito
Walteuner Bezerra Mendonça
Wanderlei Machado
Warley L. S. Pessanha
Weber Nobre Lima
William Laxe
Willy Lôla Mendes
Wilney Nery de Carvalho
Wilson Borges Filho
Wilzemberg Gorgônio de Lima
Wylammi Rodrigues da Mota
Xisto Rodrigues
Zoraide Marsico Morelli
Petrobras
Gerente Executivo de Comunicação Institucional
Wilson Santarosa
Gerente de Patrocínios Esportivos
Claúdio Thompson Tavares
Gerente de Publicidade e Promoções
Luís Antônio Vargas
Coordenador de Promoções
Diego Christiano Pila
Gestores de Projetos
Denise Mary Ushikubo
Hernani Leonardo Mendes Miranda
Kelly Cristina Pinto Silva
Equipe
Álvaro Alberto Ribeiro de Menezes
Artur Ferreira Da Silva Junior
Elizete Fonseca De Oliveira
Fabiana de Pontes Gomes
Fabiana Guimarães Cirino
Flávia Ramos Pestana
Ilde Dutra Bueno
Michel Guimarães Chedid
Pedro Rivas
Ricardo de Souza
Marise Gonçalves de Barros
Valéria Fornicola
Caixa Econômica Federal
Superintendente Nacional de Marketing
e Comunicação
Clauir Luiz Santos
Gerente da Superintendência Nacional
de Marketing e Comunicação
Edson Massao Kikuchi
Diretor da Vice-presidência de Segmento e
Distribuição
Antônio Limone
Diretor da Vice-presidência de Tecnologia
Roberto Nogueira Zambon
Diretora da Vice-presidência de Negócios
e Serviços Bancários
Josineide Cortez Costa
Diretor da Vice-presidência de Logísitca
Carlos Magno Gonçalves da Cruz
Surperintendente Nacional de Estratégias
Empresariais
José Durval Fernandes Reis
Coordenador-geral do Projeto Especial
Pan Rio 2007
Vladmir Athayde
Coordenadores do Projeto Estratégico
Pan Rio 2007
Cleibe de Fátima Gomes
Hamilton Rafael de Oliveira
Maria Alves Natividad
Wlamir Cordeiro Martins da Silva
Gerente Regional de Canais da
Superintendência Regional Rio
Luiz Carlos Figueiredo Peserico
Gerente Operacional
Simone da Conceição Pereira Rosa
267

Gerente Nacional de Seguros
Ricardo Souza Diniz
Consultor de Processos
Maurício Teodoro da Silva
Equipe Operacional
Abigail de Andrade Lucas Cavalcante
Adriane Velloso
Aldamir Queiroz Ferrere
Aldo Gomes Rigueiral Filho
Alexandre Santos Marques
Ana Carolina Fernandes de Almeida
Ana Cláudia Araujo de Albuquerque
Angel Tadeu Gatti
Antônio Rubens Lopes Bonfi m
Carlos Eduardo Thurler da Silva
Chiara Gomes Araújo
Cybelle Radominski Demattê
Daurim Goulart Duarte
Dimas Félix de Souza Junior
Divina Andrea Alves Borges
Edivaldo Peçanha de Oliveira
Edson Cardoso
Érica Neves Abreu
Flávia Maria Moreira Dantas
Francisca Serpa Campagna
Francisco Américo de Araújo Lima
Francisco Lima Figueiredo
Gerson Bordignon
Giovana Fontanella
Glaúcio Geronasso
Helder Siqueira Nascimento
Heloía Pereira de Faria
Henrique Martins Silva
Isabel Cristina Esteves R. Nascimento
Jefferson Santos de Castilho
João Correa Barbosa
José Henrique Marques da Cruz
José Mario Scherer
José Renato Freitas S. Cerqueira
José Ricardo de Freitas M.da Veiga
José Wellington Nunes Marcelino
Lauro Antonio Hennemann
Luciana Ballestero Bettiol Borges
Luciano Ribeiro Antunes
Lucyenne Regina C. de Araújo
Luis Arado Junior
Luis Humberto dos Reis
Marcos Katsuji Kimura
Maria Consuelo Figueiredo Silva
Maria Francisco da Silva Vilela
Maria Tereza de Miranda Lyra
Maria Tereza Monteiro Girardi
Marta Maria Ferraz Esteves Costa
Nadine Márcia Heise
Nara Maria Mourão Fonseca
Nathália Nogueira Lima
268
Pedro Paulo da Silva Leite Moreno
Rafael Baffi ni de Castro
Raimunda Nilza Sousa Guimarães
Raimundo Edilberto Coelho Silva
Raquel Wagner Schultz
Reine Antonio Borges
Renato Silva Ramos
Rosalina Kimura
Rosalvo Cordeiro Nogueira
Rosangela Maria Nascimento Brasil
Sandra Maria Dalla Valle
Saulo Pessoa dos Santos
Sérgio Santos Serra
Sidney de Jesus Oliveira
Sidney José Pereira
Silvana Baccim
Simone Castelo Branco
Simone Soares Dias Forte Andrade
Solange Aparecida de Souza Felício
Solange Pinheiro Uchôa
Sônia Regina Alves de Oliveira Mariquito
Vanessa Emanuelle C. M. Rigonato
Vânia Tereza Barreiros de Brito e Silva
Virginia Marques Gomes Ferrari
Ubiratã Garcia de Freitas
Wilson José de Freitas Santos
Wladia Xavier Dezouzart Drummond
Zulma Nazaré Moreira Vizeu
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Diretora do Instituto de Química
Cássia Curan Turci
Diretor do Ladetec
Francisco Radler de Aquino Neto
Equipe
Alessandro Vieira Barbosa
Alex Victoriano Reis
Amanda Lessa Dutra de Araújo
Ana Maria Rodrigues de Oliveira
André Conzendey Franco de Moura
Andreas Thomas
Catarina Franco Arnaldo
Christian Reichel
Daiana da Costa Barros
Dalva Lúcia Souza Rossotti
Dayamín Martínez Brito
Débora de Almeida Azevedo
Diego Wallace Martins Piffaretti
Edileusa Santos Silva
Eliane Souza Ribeiro
Érica Kalinka Guimarães Pereira
Fabiana da Silva
Fábio Júnior Moreira Novaes
Flaminia Garribba
Giselle de Carvalho Oliveira
Glauco Muniz de Barros

Henrique Marcelo G. Pereira
Hércio Freitas Macedo
Jéssica Silva dos Santos
Josep Marcos Del Aguila
Koen Deventer
Luiz Carlos da Silva Oliveira
Luiz Nelson Lopes Ferreira Gomes
Márcia Cristina de Oliveira
Marco Aurélio Dal Sasso
Marco Aurélio Neto Dorneles
Margarita Teresa Correa Vidal
Maria Cristina Miguez Guimarães
Maria da Conceição Klaus V. Ramos
Maria Lúcia Costa de Oliveira
Maria Salete da Silva Anastácio
Mariana Trad Rosner da Motta
Mariani das Neves
Marianna Pôjo dos Reis da Rocha
Mário Thevis
Monica Costa Padilha
Nadine Haenelt
Natasha Ferreira da Cunha
Nayssa A. de Grava Lascas
Rachel Santos Levy
Rafael Maia de Almeida Bento
Raphael Luiz Santos Prazeres
Roberto Ederval Antonelli da Luz
Rodny Montes de Oca Porto
Rodrigo Aguillera
Rojane Fiedler
Ruth Ellen Simoni
Sabrina Nascimento de Souza
Sandra Bahia Ramos
Suelene Francisca da Silva
Sueli Silva Torbis
Tarcísio Pereira da Cunha
Tatiana Santos Vidal
Tereza Crisitina de A. Goulart
Vinícius Figueredo Sardela
Vinícius Ramos Braga
Virgínia Verônica de Lima
Vitor Ramos Braga
Viviane Freire Goulart de Araújo
Xavier de la Torre
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Diretor do Instituto de Veterinária
Laerte Grisi
Chefe do Departamento de Medicina e Cirurgia
Veterinária
Nilton de Araújo Duque
Departamento de Parasitologia Animal
Coordenadores do Projeto de Descarrapatização
Carlos Luiz Massard
Fernando Queiroz de Almeida
Romário Cerqueira Leite (prof. convidado da Escola de
Veterinária da UFMG)
Colaboradores
Ana Cristina de Paiva Belo. Médico Veterinário (UFMG)
Arildo Pinto da Cunha. Médico Veterinário (UFMG)
Érica Cristina Rocha Roier
Fernanda Nascimento de Godói
Fernanda Nathalia Rodrigues Evangelista
Huarrisson Azevedo Santos. Médico Veterinário
José Luiz Pinto Gomes
Marcos Pinheiro Franque
Tiago Marques dos Santos
Yzabella Alves Campos Nogueira
Julio Tomomi Tajiri
Usha Vashist
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Assessor de Imprensa no Rio
Chico Cereto
Força Nacional de Segurança Pública
Major Alexandre Ávila de Vasconcelos
Major Alexandre Bueno Bortoluzzi
Major Alexandre Ofranti Ramalho
Major Anderson Levy Mardock Correa
Major Antônio Aginaldo de Oliveira
Major Claúdio Porto
Major Everson César Gomes Metelo
Major Fábio Barbosa Pizetta
Major Flávio Ramalho dos Santos
Major Francisco Bergson Pereira da Silva
Major Francisco de Assis Cantarelli Alves
Major Frederico Avelino Bezerra Santiago
Major George Stenphenson Batista Benicio
Major Hilário Santana da Silva
Major Isaac Pereira Guerra
Major Jefferson de Barros Jacques
Major Josias do Nascimento Seabra
Major Juarez Teixeira Madureira Júnior
Major Luís Antônio Sá Braga
Major Manoel da Costa Lima
Major Mário Yukio Ikeda
Major Paulo Roberto Locatelli Gandin
Major Renato Cruz Júnior
Major Vicente Tomaz de Aquino Neto
Major Wellington José Reis
Capitão Adão César Rodrigues Silva
Capitão Ademar Casanova
Capitão Adilomar Jacson Silva
Capitão Alessandro Souza Soares
Capitão Alexandre Augusto Aragon
Capitão Alkimar Sampaio de Souza
Capitão Altamiro Conceição Oliveira
Capitão André Marcelo Ribeiro Machado
Capitão André Wilian Dorileo
Capitão Anibal Menezes da Silveira
Capitão Anselmo Bispo dos Santos Neto
Capitão Antônio Edson de Lima Menezes
Capitão Antônio Maria Feitosa Souza
Capitão Antônio Ricardo Andrade Castelo Branco
Capitão Ari Da Costa Oliveira
269

Capitão Artur Marques de Barcellos
Capitão Augusto César Torquato Júnior
Capitão Aurélio José Pelozato da Rosa
Capitão Belisário Badu de Sousa Filho
Capitão Camilo Otávio Alonso Uzeda
Capitão Carlos Alves de Cavarlho Júnior
Capitão Carlos André Correia Lima Moreno
Capitão Carlos Manuel Amorim de Souza
Capitão Cássio Ricardo Nichnig
Capitão Charlton Wilton Vasconcelos de Araújo
Capitão Cícero Pereira
Capitão Claiton Fernando Marmitt
Capitão Claúdio Tomaz Coelho de Souza
Capitão Cléber Bezerra Silva
Capitão Cledson Conceição Sousa
Capitão Cleiton Ricardo Soares Gomes
Capitão Clenildo de Azevedo Nunes
Capitão Dalmo Savio dos Santos
Capitão Daniel Carlos Manoel Peneira
Capitão Dinamerico Gomes Júnior
Capitão Douglas Pereira Jacome
Capitão Eduardo Moura Mendes
Capitão Élcio dos Santos Carvalho
Capitão Emerson de Almeida Vicente
Capitão Emerson Melgaço Marinho
Capitão Erivelto Hernandes Rodrigues
Capitão Fábio José Bagetti de Lima
Capitão Fernando André da Silva
Capitão Flávio Alberto de Oliveira
Capitão Flávio Bantim Ribeiro
Capitão Florestan Conceição Ferreira de Mattos
Capitão Francinaldo Machado Bo
Capitão Francisco Rubens de Andrade Campos
Capitão Giawcarlo Barroso Gomes
Capitão Gilmar Tramontini da Silva
Capitão Girley de Oliveira Figueiredo
Capitão Glademir Barbosa Otero
Capitão Grasielle Paes Silva Bugalho
Capitão Hauryson Batista Cavalcante
Capitão Hender Ulisses da Silva
Capitão Henrique José Moreira Borri
Capitão Hercílio da Fonseca Mamede
Capitão Inácio Williams do Nascimento Delgado
Capitão Isandré Antunes de Souza
Capitão Jadilson Luiz de Gouveia Leite Júnior
Capitão Jailson Santos Amancio
Capitão Jair Patrocínio Pereira
Capitão James Sean Pereira Macedo Almeida
Capitão Januário Antônio Edwiges Batista
Capitão João Batista Faria Júnior
Capitão João Eneildo da Silva Colares
Capitão Joeudo Figueiredo Pinheiro
Capitão Jorge Wilson Pinheiro de Araújo
Capitão José Adriano Laidens Felipetto
Capitão José Albércio Pereira da Silva
Capitão José Anderson Barbosa dos Santos
Capitão José Edson Batista dos Santos Júnior
Capitão José Non Oliveira de Souza
Capitão José Paulo Matias dos Santos
270
Capitão José Vasconcelos Guerra
Capitão Jucilene Garcez
Capitão Júlio César Pozo da Fonseca
Capitão Júlio Manoel da Silva Neto
Capitão Kléber Franklin de Lima Ferreira
Capitão Lirá do Nascimento Ferreira
Capitão Luigi Gustavo Soares Pereira
Capitão Luiz Augusto Moraes Lobato
Capitão Luiz Marcelo Maziero Jakigmiv
Capitão Luiz Otávio Magalhães dos Reis
Capitão Manoel Bugalho Neto
Capitão Márcio Luiz Martins
Capitão Márcio Mendes Monteiro
Capitão Marcos Aurélio Ramalho de Souza
Capitão Marcos Davi Santos Pinto
Capitão Marcus Vinícius Pollet
Capitão Maria Clara Lima Padrão Barbosa
Capitão Mauro Henrique da Silva Guerra
Capitão Musse Untar Júnior
Capitão Otemar Maia Bianchini
Capitão Othon Flávio de Souza jacome
Capitão Paulo Henrique Pinto Mourão
Capitão Paulo Roberto Siste Cardoso
Capitão Paulo Rogério do Carmo Barbosa
Capitão Raimundo Florêncio da Silva Júnior
Capitão Raimundo Mário Souza da Silva
Capitão Renato José Silva
Capitão Roberto de Melo assunção
Capitão Robson Cordeiro
Capitão Rodrigo Schoenfeldt
Capitão Rodrigo Trigueiro Félix da Silva
Capitão Rutenio Augusto Costa Rodrigues
Capitão Sebastião Carlos Rodrigues da Silva
Capitão Sérgio Luís das Neves Dias
Capitão Sérgio Murilo Nunes Moncada
Capitão Sérgio Ricardo Neves de Almeida
Capitão Vinícius Renner Galvani
Capitão Walmyr Oliveira Simões
Capitão Walter Caixeta de Araújo
Capitão Wilson Campos Martins
Capitão Wilton José da Silva Sousa
1º Tenente Ademildo José Barreto Magalhães
1º Tenente Alcides Rodrigues Chaves Sobrinho
1º Tenente Aldemi José de Souza Carneiro Júnior
1º Tenente Alex Moreira
1º Tenente Alexandro de Oliveira Soares
1º Tenente Alexsandro Jorge Silva
1º Tenente Alexsandro Xavier dos Santos
1º Tenente Aline Maria Lopes dos Prazeres
1º Tenente Alisson Rodrigo de Souza Aguiar
1º Tenente Álvaro Cavalcante Filho
1º Tenente Alysson Figueiredo Limeira
1º Tenente Anderson Fiuza de Andrade
1º Tenente Anderson Souza Xavier
1º Tenente André Rocha Freire
1º Tenente Andrey Jackson Silva Almeida
1º Tenente Antônio Elias Pereira de Santana
1º Tenente Benito Franco Santos
1º Tenente Bercley Souza dos Santos

1º Tenente Bruno de Lima Lins
1º Tenente Bruno de Sousa Ferreira Soares
1º Tenente Carlos Alberto Albuquerque da Silva
1º Tenente Carlos André Ferraz da Silva
1º Tenente Carlos José Lourencini Palaoro
1º Tenente Carlos Vinícius de Almeida Campos
1º Tenente Cassius Marcelo Pereira de Oliveira
1º Tenente César de Figueiredo Urach
1º Tenente Cristian Dimitri Andrade
1º Tenente Dallbian Guimarães Rodrigues
1º Tenente Davison André Bastos da Silva
1º Tenente Dayvid Sarah Lima
1º Tenente Denilson Porfi rio de Lima
1º Tenente Diana Paula da Silva
1º Tenente Diego marzo Costa
1º Tenente Duarte Gomes da Silveira
1º Tenente Edener Franco da Silva
1º Tenente Edi lin Anselmo de Lima
1º Tenente Edilson Pereira de Sousa
1º Tenente Edson Ferraz da Silva
1º Tenente Edson Luís Maica Severo
1º Tenente Elaine da Costa Simões
1º Tenente Eli Edson Miranda de Queiroz
1º Tenente Ely jobson Bezerra de Melo
1º Tenente Fábio Boaventura Borges
1º Tenente Fábio Mota de Sousa
1º Tenente Fabrício Dutra Correa
1º Tenente Fernando Afonso Cardoso Borges
1º Tenente Fernando Giroto Santiago
1º Tenente Flávio de Sousa Dias
1º Tenente Francisco Rodrigues de Souza
1º Tenente Francisco Willame Teles de Sousa
1º Tenente Genival Lisboa dos Santos
1º Tenente Geraldo Marques dos Prazeres Júnior
1º Tenente Gilberto Carlos Correa dos Santos
1º Tenente Giorgio Cristiano Andrade Mariúba
1º Tenente Gisely Moraes de Carvalho
1º Tenente Givanildo Gomes do Nascimento
1º Tenente Glaucio Rodrigues Rafael de Rezende
1º Tenente Gleber Cândido Moreno
1º Tenente Gleison Bezerra de Lima
1º Tenente Gustavo Cunha de Souza
1º Tenente Gustavo Dias de Oliveira Júnior
1º Tenente Hermes Pereira de Matos
1º Tenente Hylmer Eli Pereira de Araújo
1º Tenente Iagã Indalencio Cota
1º Tenente Isabelle Minelle Rodrigues Santos
1º Tenente Ismael de Assis Araújo
1º Tenente Ismael Souto Gadelha
1º Tenente Jackson Soares da Silva
1º Tenente Jader Peron Schlichting
1º Tenente Jatniel Rodrigues Januário
1º Tenente Jayme Alves da Silva
1º Tenente Jetter Alexandre sagioratto Batista
1º Tenente João Eudes dos Santos
1º Tenente João Paulo herbst Vieira
1º Tenente Joel Batista Batalha
1º Tenente Jorge Hebert Echude Silva Filho
1º Tenente Jorge Luiz Ramos
1º Tenente José Augusto de Assis Guedes
1º Tenente José Claúdio Alves da Costa
1º Tenente José Ivan Schelavin
1º Tenente José Josélio Araújo dos Santos
1º Tenente José Lopes de Oliveira Júnior
1º Tenente José Luís Cavassin
1º Tenente José Petrônio Pantaleao dos Santos
1º Tenente Julival Queiroz de Santana
1º Tenente Leandro Ferreira dos Santos
1º Tenente Leonardo Gonçalves dos Santos Sousa
1º Tenente Leonardo Vieira de Lima
1º Tenente Luciano Mombelli da Luz
1º Tenente Luciano Parreira de Carvalho
1º Tenente Luís Expedito Fonseca Fernandes
1º Tenente Luís Marcelo Biloia da Silva
1º Tenente Luiz Fernando Coelho de Oliveira
1º Tenente Magno César Martins Soares
1º Tenente Marcelo de Lima Doyle
1º Tenente Marcelo Messias Litwak
1º Tenente Márcio Francisco Neves Correia
1º Tenente Márcio José de Aquino
1º Tenente Márcio Leandro Reisdorfer
1º Tenente Marcos Maciel Galindo
1º Tenente Mário César Monteiro Torres
1º Tenente Mário Marcelo Martins
1º Tenente Marivaldo Barreto de Souza
1º Tenente Michel Ferronato
1º Tenente Michello Bueno Gonçalves Oliveira
1º Tenente Nailton Rodrigues do Nascimento
1º Tenente Neder Sales de Siqueira
1º Tenente Patrick Alessandro Madeiro de Oliveira
1º Tenente Paul Shaft da Costa Lopes
1º Tenente Paulo Capelo Fonteles
1º Tenente Paulo César da Silva
1º Tenente Paulo Eduardo Acioly Wanderley
1º Tenente Paulo Silas Barros de Brito
1º Tenente Pedro Hawlison Alves Freire
1º Tenente Petercley Franco Alves
1º Tenente Raimundo Nonato berredo Neto
1º Tenente Ramsés de Freitas Ventura
1º Tenente Raumario Jerônimo dos Santos
1º Tenente Renato Trovão de Medeiros
1º Tenente Ricardo Mari de Novais
1º Tenente Ricardo Ribeiro Baldanza
1º Tenente Rivaldo dos Santos
1º Tenente Roberto Ronald Soares Marques
1º Tenente Robson Luiz Magalhães Pinheiro
1º Tenente Rodrigo de Souza Bispo
1º Tenente Rodrigo Heitor Brady de Oliveira
1º Tenente Romildo Pedro de Morais
1º Tenente Romildo Shervenquy do Espírito Santo
1º Tenente Rômulo da Costa Modesto
1º Tenente Ronaldo roque da Silva
1º Tenente Sebastiana da Silva Veríssimo
1º Tenente Senildo Amarante Vasconcelos
1º Tenente Severino Francisco de Fontes Júnior
1º Tenente Sidnei Paiva de Freitas
1º Tenente Simone Franceska das Chagas
1º Tenente Steici Wandrey e Silva Alencar
271

1º Tenente Susane Tamanho
1º Tenente Thiago Machado Costa
1º Tenente Tibério Trigueiro Félix da Silva
1º Tenente Vinícius Frabetti
1º Tenente Wagner Herculano Fernandes
1º Tenente Wallace Gleydison Amorim de Sousa
1º Tenente Werner Walter Hever Guimarães
2º Tenente Alex Jorge das Neves
2º Tenente Amauri Vieira dos Santos
2º Tenente Dário de Araújo Martins
2º Tenente Edson Gondim Silvestre
2º Tenente Fábio Carneiro Pereira
2º Tenente Fábio Ricas de Araújo
2º Tenente Gardene Pereira do Nascimento
2º Tenente Gileno Euzébio da Silva
2º Tenente José Messias dos Santos
2º Tenente Maria Denise de Andrade Souza
2º Tenente Miramilton Goiano de Souza
2º Tenente Móises Moraes de Souza
2º Tenente Neuberth Froz Duarte
2º Tenente Pollyanny Moreira Alves
Subtenente Antônio da Silva Guedes
Subtenente Carlos Alberto Ladislau dos Santos
Subtenente Carlos Alberto Silva Lima
Subtenente Cícero Rodrigues do Nascimento
Subtenente Edgar Camilo da Silva
Subtenente Francisco Reginaldo da Silva
Subtenente Francival Pereira de Sousa
Subtenente Izailto Pereira dos Santos
Subtenente Jean Charles José da Silva
Subtenente Jorge Luís Ferreira
Subtenente Júlio César de Almeida Lima
Subtenente Osvaldo Toloza Coelho Filho
Subtenente Pedro Cabeça Sobrinho
Subtenente Rejane Peres Moreira
1º Sargento Adair Alves da Silva
1º Sargento Adão de Miranda
1º Sargento Adelson Ribeiro de Souza
1º Sargento Adonay Nunes Santos
1º Sargento Adriana Clarice Silva parrella
1º Sargento Alba Cristina Menezes de Carvalho
1º Sargento Alberoni Pereira Júnior
1º Sargento Alcimar Erasmo de Carvalho
1º Sargento Alfredo Antônio de Souza Guerra
1º Sargento Alvany Dias de Souza
1º Sargento Anazildo Augusto da Silva
1º Sargento Anderson Ignácio da Silva
1º Sargento André Luís da Silveira
1º Sargento Anizio Dias Aquino
1º Sargento Antônio Carlos Modesto
1º Sargento Antônio da Silva Guedes
1º Sargento Antônio Gilmar da Silva
1º Sargento Antônio Jocélio Lobo Campos
1º Sargento Antônio Saraiva da Costa
1º Sargento Ari Sandro Rodrigues dos Santos
1º Sargento Carlos Barbosa dos Santos Filho
1º Sargento Carlos Cristiano Nascimento de Holanda Lima
1º Sargento Claúdio Irineu Cabreira de Moraes
1º Sargento Cleriston Souza Peruna
272
1º Sargento Clésio dos Santos Barreto
1º Sargento Constantino da Costa Paes Júnior
1º Sargento Cristiano dos Santos de Melo
1º Sargento Daniel Vasconcelos Bentes
1º Sargento David Lima Teixeira
1º Sargento Dilion Balduino da Silva
1º Sargento Edemair Dias Basílio
1º Sargento Ederildo Ferreira Campos
1º Sargento Edilson Soares Reis
1º Sargento Edimilson Pereira de Souza
1º Sargento Edmácio Diamantino Ribeiro
1º Sargento Elcirley Luz Silva
1º Sargento Elielson Gonçalves dos Passos
1º Sargento Emanuel Gilmar de Matos Leão
1º Sargento Emerson de Sousa Ferreira
1º Sargento Euceli Meirelles
1º Sargento Eudes Silva de Lima
1º Sargento Evaldo Alves de Brito
1º Sargento Fábio Augusto Vilanova Reis
1º Sargento Fábio da Silva Rodrigues
1º Sargento Francinaldo Braz de Medeiros
1º Sargento Francisco Braga Costa
1º Sargento Francisco Caninde Brasil Figueira
1º Sargento Francisco de Assis da Silva Costa
1º Sargento Francisco José Castro de Souza
1º Sargento Francisco José Doelinger
1º Sargento Francisco Karlos de Souza Macedo
1º Sargento Franclin Santos Batista
1º Sargento Geraldo Passos Bittencourt
1º Sargento Gerson Andrade Guerra
1º Sargento Gilvan Cassiano da Costa
1º Sargento Glaucy Crispim Gonçalves
1º Sargento Guilherme de Paula Vendramel
1º Sargento Haroldo Lustosa Barros
1º Sargento Helder Pereira Gomes
1º Sargento Hosmilton Bezerra da Silva Filho
1º Sargento Hugo Edson Guedes de Oliveira
1º Sargento Iracema de Almeida Matos
1º Sargento Ivan Flores da Rosa
1º Sargento Ivan Santos Silva
1º Sargento Jackson Robledo da Silva
1º Sargento Jadson Lopes Castanho
1º Sargento Jairo Antônio da Rocha
1º Sargento Jaldemar Ribeiro Pimentel Júnior
1º Sargento Jânio Paulo de Lucena
1º Sargento Jean Carlo Rodrigues Bezerra
1º Sargento Jean Marlus Morais da Silva
1º Sargento Jesus de Souza Castro
1º Sargento João Bosco Sousa Rolim
1º Sargento João Luiz Casagrande
1º Sargento Joaquim Pereira da Silva
1º Sargento Jordaens Gladstone Silva
1º Sargento Jorge Eduardo de Jesus Silva
1º Sargento Jorge Luís do Nascimento Leal
1º Sargento José Antônio Diniz
1º Sargento José Denio de Almeida Silva
1º Sargento José Omar Minozzo
1º Sargento José Tadeu da Silva
1º Sargento Joseilson Martins da Conceição

1º Sargento Josemar Barbosa de Farias
1º Sargento Josenias Lima do Nascimento
1º Sargento Josenildo Conceição de Souza
1º Sargento Júlio Omar Friedein
1º Sargento Laura Raquel da Cruz Severo
1º Sargento Laurenio Santos da Silva
1º Sargento Leandro Jorge dos Santos
1º Sargento Leandro Silva de Paula
1º Sargento Lindomar Carlos Matos
1º Sargento Luciano Chaves da Rocha
1º Sargento Luciano do Amaral Brito
1º Sargento Luciano Siqueira
1º Sargento Luís Carlos Goulart Moura
1º Sargento Luís Francisco de Jesus Ziegler
1º Sargento Luís Marcelo Brito
1º Sargento Luiz Antônio da Silva Araújo
1º Sargento Manoel Nazareno Carvalho da Silva Júnior
1º Sargento Manoel Pereira de Sousa
1º Sargento Manuel Bomfi m Rodrigues da Silva
1º Sargento Marcelo Augusto Silva de Souza
1º Sargento Marcelo Neves Tavares
1º Sargento Marcillio José Dourado Cabral
1º Sargento Marco Aurélio Jugel Gonçalves
1º Sargento Marcos Antônio Souza Braz
1º Sargento Marcos José Pereira da Silva
1º Sargento Maria Nilzilene de Leão Pereira
1º Sargento Mário Carapiá Bandeira
1º Sargento Mário Nascimento de Jesus
1º Sargento Matilde Coelho Neves
1º Sargento Maurílio de Carvalho
1º Sargento Mauro Sérgio Ribeiro
1º Sargento Maximiniano Oliveira Santos
1º Sargento Michel Mendes Pedroso
1º Sargento Milton César Ritter
1º Sargento Moisés de Oliveira Lima
1º Sargento Natoniel Ferreira da Cunha
1º Sargento Nelmar dos Reis
1º Sargento Nelson Luís Antunes delvalle
1º Sargento Nelson Santos das Chagas
1º Sargento Nilton Ferreira Lopes de Oliveira
1º Sargento Nivaldo Correia de Santana
1º Sargento Olavo Gomes Gois
1º Sargento Paulo Cézar Padilha
1º Sargento Paulo dos Santos Costa
1º Sargento Paulo Roberto Santana Adão
1º Sargento Paulo Rogério Coelho Cunha
1º Sargento Paulo Sérgio Costa Trindade
1º Sargento Pedro Aurélio da Costa Pinto
1º Sargento Pedro Luís Oliveira Lopes
1º Sargento Raimundo Rodrigues da Costa
1º Sargento Raimundo Rubens Cardias Gorrêa
1º Sargento Reinaldo Nunes de Brito
1º Sargento Renato Neves Gusmão
1º Sargento Ricardo Adriano Rodrigues
1º Sargento Ricardo do Amaral Pereira
1º Sargento Roberto Moreira
1º Sargento Rogério Soares dos Santos
1º Sargento Roosevelt Correntes da Silva
1º Sargento Rosimere da Silva Cabral
1º Sargento Samuel Miguel do Nascimento
1º Sargento Sandro Augusto Coelho
1º Sargento Sebastião de Almeida Silva
1º Sargento Sebastião Jairo de goes Braga
1º Sargento Sílvio da Silva Júnior
1º Sargento Sílvio Domingos
1º Sargento Simplício Mota da Silva
1º Sargento Sival Lima Silva
1º Sargento Tânia Cristina Pires Ferreira
1º Sargento Valdemiro Guimarães Mateus
1º Sargento Valdinei Rosa
1º Sargento Valdir Barboza Furtado
1º Sargento Valdir Teles Paixão
1º Sargento Vanderlei Pereira de Souza
1º Sargento Vicente Marcos Maia
1º Sargento Vitor José Oliveira Coimbra
1º Sargento Vitória Enes Pires
1º Sargento Wagner Perminio Vieira de Melo
1º Sargento Waldner Calumby da Silveira
1º Sargento Weber Rocha Peres
1º Sargento Wellington da Costa Brito
1º Sargento Wellington Rodrigues da Silva
1º Sargento Willian Ramalho Barreto
2º Sargento Adão Inácio Torres
2º Sargento Adilson Adriano Carvalho Pacheco
2º Sargento Adilson Alves Morais
2º Sargento Aerton Vidal da Silva
2º Sargento Ailton Cerqueira da Silva
2º Sargento Aldir Wanderley jatobá Gonçalves
2º Sargento Alex Douglas de Oliveira Lima
2º Sargento Alex Martins Couto
2º Sargento Alexandre Cardoso de Souza
2º Sargento Amadeu Nascimento da Silva
2º Sargento Ana graça Souza
2º Sargento Anderson Clayton Silva
2º Sargento André Barbosa da Fonseca
2º Sargento André Luiz Bezerra da Costa
2º Sargento Antônio Alves Pessoa
2º Sargento Antônio Henrique de Souza Cruz Pereira
2º Sargento Aurimar Ferreira de Mello
2º Sargento Cantídio de Sousa Ribeiro Neto
2º Sargento Carlos Alberto Barbosa Siqueira
2º Sargento Carlos Alberto Campestrini
2º Sargento Carlos Humberto Pierri Júnior
2º Sargento Claudeci da Silva Florêncio
2º Sargento Claúdio Luís Gutz
2º Sargento Claúdio Orlandi
2º Sargento Claumir Possada da Silva
2º Sargento Clauneis Nazário da Silva
2º Sargento Cléber Romero Ribeiro
2º Sargento Clóvis Francisco de Souza
2º Sargento Clóvis Pereira da Silva Filho
2º Sargento Daniel Gonçalves Pereira
2º Sargento Deroci de Almeida da Costa
2º Sargento Domingos Sávio Ramalho
2º Sargento Dorvalino Leite
2º Sargento Ederson Bueno
2º Sargento Edmilson Francisco de Fraga
2º Sargento Ednaldo Ferreira da Silva
273

2º Sargento Ednelson Rosa Nunes
2º Sargento Edson Félix Dias
2º Sargento Eduardo dos Anjos Costa
2º Sargento Eduardo José Costa Santos
2º Sargento Eduardo José Schirmer Bonfi m
2º Sargento Elielson Silva
2º Sargento Enéas Melo de Santana
2º Sargento Ernandes Ferreira do Couto
2º Sargento Flávio Kuss
2º Sargento Francikléber Cardoso Silva
2º Sargento Francisco Gomes de Oliveira
2º Sargento Geraldino Eustáquio Felício Pereira
2º Sargento Gilvana Nascimento dos Santos
2º Sargento Gilvanilson Souto Maior
2º Sargento Hércules do Nascimento de Lima
2º Sargento Herles Lopes de Souza
2º Sargento Humberto de Carvalho Luiz
2º Sargento Ionilde de Oliveira
2º Sargento Isaque Vieira de Souza
2º Sargento Ivo de Paiva
2º Sargento Jackson de Oliveira
2º Sargento Jesus Valdoci de Oliveira Campos
2º Sargento João Batista de Souza Vaz
2º Sargento John glaubson Nascimento de Brito
2º Sargento Joicemir Ferreira Bica
2º Sargento Jonathas Alves Estumano
2º Sargento José Alcione Soares de Sousa
2º Sargento José Altair Rosa da Silva
2º Sargento José Antônio dos Santos
2º Sargento José Benedito de Freitas Rodrigues
2º Sargento José Carlos de Lima
2º Sargento José da Silva Rodrigues
2º Sargento José de arimatea Dantas de Castro
2º Sargento José Humberto da Silva
2º Sargento José Marcos Morais Santos
2º Sargento José Marcos Pereira
2º Sargento José Maria Alves Mota
2º Sargento José Mota dos Santos
2º Sargento Juanildo Ribeiro da Costa
2º Sargento Juarez de Souza Lima
2º Sargento Laerson Mendes Barbosa de Lima
2º Sargento Levi Costa de Melo
2º Sargento Lindinalva Farias da Silva
2º Sargento Luciano Barbosa Gomes
2º Sargento Luciano Duran Leite
2º Sargento Luciano Severino Cavalcante
2º Sargento Luís Carlos Fernandes da Silva
2º Sargento Luís Vanderlei de Souza avila
2º Sargento Luisnildo Marinho Pereira Silva
2º Sargento Luiz Barbosa Batista
2º Sargento Luiz Lima da Luz
2º Sargento Manoel Adriano Santos da Silva
2º Sargento Marcelo de Abreu Afonso
2º Sargento Marcelo dos Santos Silva
2º Sargento Marcelo Ferreira da Silva
2º Sargento Marcelo Gonçalves de Melo
2º Sargento Márcio Antônio Ferreira Costa
2º Sargento Márcio Henrique Pereira estrela
2º Sargento Márcio Monteiro Sampaio
274
2º Sargento Marcone Amorim Pereira
2º Sargento Mário Rodrigues Cardoso
2º Sargento Marizon Medeiros da Silva
2º Sargento Maurício Barbosa Kenlhime
2º Sargento Mauricy Alves da Silva
2º Sargento Mauro guterres Lemos
2º Sargento Mauro Rogério de Ambrósio
2º Sargento Melkysedek Lopes Honorato
2º Sargento Milton Fernando Venecian Parso
2º Sargento Móises Firmino dos Santos
2º Sargento Nelsimo Ribeiro da Silva
2º Sargento Nestor Barbosa do Santos
2º Sargento Neucimar Rodrigues de Amorim
2º Sargento Paulo Henrique de Almeida
2º Sargento Paulo Henrique Nogueira
2º Sargento Paulo Roberto Mendes de Araújo
2º Sargento Paulo Sérgio da Silva
2º Sargento Paulo Sérgio Miguel
2º Sargento Pedro José Guisoni
2º Sargento Pedro Vicente dos Santos Ribeiro
2º Sargento Renato Emano de Souza dos Santos
2º Sargento Rinaldo da Silva Freire
2º Sargento Roberto Mauri Guzas
2º Sargento Rogério Cardoso de Sá
2º Sargento Rogério Freire de Carvalho
2º Sargento Ronaldo Francisco da Silva
2º Sargento Sebastião da Silva Ferreira
2º Sargento Sebastião Fernandes de Sousa
2º Sargento Sérgio Donato de Moura
2º Sargento Sérgio Ricardo dos Santos
2º Sargento Severlanio Medeiros de Araújo
2º Sargento Sidney Serafi n Rodrigues
2º Sargento Valdinéia Siqueira dos Santos
2º Sargento Valfredo da Silva Monteiro Sobrinho
2º Sargento Valterfran Caetano do Nascimento
2º Sargento Vânia Maria da Silva Santos
2º Sargento Vitório José Vieira Neto
2º Sargento Wagner Uchôa Dias
2º Sargento Wanderley Dias dos Santos
2º Sargento Wanderson Sardinha Ribeiro
2º Sargento Wellington Evaristo Alves
2º Sargento William Carlos
2º Sargento Williams José Batista Santos
2º Sargento Wilton José Lins da Silva
3º Sargento Ademilson Gil
3º Sargento Adenir Pereira do Nascimento
3º Sargento Adibens Furtunato Pereira da Rocha
3º Sargento Adilson Garcia da Silva
3º Sargento Adonay Nunes Santos
3º Sargento Adriana Costa da Silva
3º Sargento Adriano Diniz de Sousa
3º Sargento Adriano Viana Mariano
3º Sargento Aguinaldo de Jesus Silva
3º Sargento Alba Edilane Araújo Azevedo
3º Sargento Alberi Bento Xavier
3º Sargento Aldeildo Faustino da Silva
3º Sargento Alessandra Almeida de Andrade
3º Sargento Alessandra Oliveira do Nascimento
3º Sargento Alex Sandro dos Santos Freitas

3º Sargento Alexandre Martiniano da Silva
3º Sargento Alexandre Vicente dos Santos
3º Sargento Alexandro Magno Feliciano de Oliveira
3º Sargento Aloísio Alencar Marques
3º Sargento Aluízio Washington Paulino do Nascimento
3º Sargento Amadeu Nascimento da Silva
3º Sargento Amarildo Ferreira
3º Sargento Ana Alice Soares dos Santos
3º Sargento André de Oliveira Machado
3º Sargento André Renato Sodré Abel
3º Sargento Antônio Alexandre Moura de Quadros
3º Sargento Antônio José de Melo Lima
3º Sargento Augusto César Lobato da Silva
3º Sargento Aurício da Silva Pereira
3º Sargento Bonifacio de Castro Rodrigues
3º Sargento Cairo Antônio Rosa dos Santos
3º Sargento Carlos Alberto Albuês Petronilio
3º Sargento Carlos Alberto de Marias
3º Sargento Carlos Alberto dos Santos Albuquerque
3º Sargento Carlos Magno Correa de Sá
3º Sargento Carlos Roberto Nascimento
3º Sargento Cézar Augusto Milagre Filho
3º Sargento Cícero Brecho Monteiro
3º Sargento Claúdia Isidoro
3º Sargento Claudimar Gonçalves Moitinho
3º Sargento Claúdio Pereira Furtado
3º Sargento Cléber Alan Silva de Sousa
3º Sargento Cléia Oliveira de Deus
3º Sargento Cleogenes de Araújo Lima
3º Sargento Clésio Matos Muniz
3º Sargento Cleverton Dias Rodrigues
3º Sargento Clóvis dos Santos Oliveira
3º Sargento Cosme Garcia de Santana
3º Sargento Cristiane Nunes Amorim
3º Sargento Cristiano Dutra Peller
3º Sargento Cristiano Franco de Miranda
3º Sargento Davi Macena Silva
3º Sargento Deocleyson de Almeida Silva
3º Sargento Deuselino Alves Machado
3º Sargento Domingos Dionaldo de Souza Rocha
3º Sargento Doriwendel Sá de Souza
3º Sargento Douglas Santos Magalhães
3º Sargento Edi Carlos Aragão dos Santos
3º Sargento Edinaldo Damião dos Santos
3º Sargento Edmilson de Lima velez
3º Sargento Edmilson dos Santos Feitosa
3º Sargento Edmilson Fernandes dos Santos
3º Sargento Edmilson Soares Lima
3º Sargento Ednelson Honorato da Silva
3º Sargento Edu Costa Santiago
3º Sargento Eduardo Araújo dos Santos Neto
3º Sargento Eduardo Rodrigues Vargas
3º Sargento Edvaldo José de Araújo Silva Filho
3º Sargento Elias Lima da Costa
3º Sargento Elias Ribeiro de Almeida Neto
3º Sargento Elpídio Ferreira Oliveira
3º Sargento Elson Tadeu Alves dos Reis
3º Sargento Emanoel Messias da Silva
3º Sargento Enivaldo Silva Barbosa
3º Sargento Evaldo Luís Alves dos Santos
3º Sargento Evandro Alves de Araújo
3º Sargento Ewerton Dias Ferreira
3º Sargento Fábio dos Santos
3º Sargento Fábio José dos Reis
3º Sargento Fernando Joaquim do Nascimento
3º Sargento Flávio João dos Santos
3º Sargento Francisco Antônio de Moura
3º Sargento Francisco das Chagas Amorim Vieira
3º Sargento Francisco Irand Ramos Pantoja
3º Sargento Francisco José Santiago Leite
3º Sargento Francisco Medino Neto
3º Sargento Franklin Santos de Oliveira
3º Sargento Genival Santana de Oliveira Júnior
3º Sargento Gerson Jacks de Oliveira Barth
3º Sargento Gileno Silva de Lima
3º Sargento Gisléia Aparecida Ferreira
3º Sargento Giuliano Abreu Boechat
3º Sargento Gleikio José Rodrigues Caiado
3º Sargento Gonçalo Salvador de Almeida
3º Sargento Handerson Ferreira Gonçalves Bento
3º Sargento Hélio Carlos Alves Santana
3º Sargento Heronilson Diniz Soares
3º Sargento Hilton José Silva dos Santos
3º Sargento Inaldo Luiz de Albuquerque
3º Sargento Isaías Davi Gomes Dias
3º Sargento Jailson Carneiro Teixeira
3º Sargento Jason de Sales Araújo
3º Sargento Jean Carlos Ferreira da Silva
3º Sargento Jean Carlos Ribeiro Barcelos Ferreira
3º Sargento Jean Jorge Santos de Oliveira
3º Sargento Jean Karter Souza de Oliveira
3º Sargento Joaclê Ribeiro Campos
3º Sargento Joanilson Marques da Silva
3º Sargento João Adilson de Castro Moraes
3º Sargento João Alexandre Sgrinholli
3º Sargento João Batista Araújo da Costa
3º Sargento João Batista do Nascimento Melo
3º Sargento João de Souza Pereira
3º Sargento João Eudes Barros Carneiro
3º Sargento João Luiz da Silva Cunha
3º Sargento Jodiel Moura dos Santos
3º Sargento Joildes Leite Moreira
3º Sargento José Altair Guidini
3º Sargento José Alves
3º Sargento José Carlos Justino da Silva
3º Sargento José Carlos Rosa
3º Sargento José Francisco do Nascimento
3º Sargento José Ribamar Pereira Júnior
3º Sargento José rinaldo Pereira Bezerra
3º Sargento José Roberto dos Santos
3º Sargento Jucinei da Silva Mattos
3º Sargento Kairo dos Santos Lopes Nascimento
3º Sargento Kenedy Afonso Fahl
3º Sargento Lamir Sousa Costa
3º Sargento Lânia Coutinho dos Santos
3º Sargento Leomar Dias Machado
3º Sargento Lindemberg Oliveira dos Santos
3º Sargento Luciano Bueno
275

3º Sargento Luís Claúdio Chagas Santiago
3º Sargento Luís Francisco Leitão
3º Sargento Luiz Evando Sá Quevedo
3º Sargento Luiz Ricardo de Oliveira Albuquerque
3º Sargento Manoel Rodrigues da Silva Filho
3º Sargento Marcelo Leite Alves da Silva
3º Sargento Márcio de Paula Geraci
3º Sargento Marco Antônio Obroslak
3º Sargento Marcos André Teixeira da Rosa
3º Sargento Marcos Aurélio Galvão Teixeira
3º Sargento Marcos José da Silva
3º Sargento Marcos Santos Reis
3º Sargento Mário Aluízo Gonçalves
3º Sargento Maurício Santos Leal
3º Sargento Michel Círio Monteiro Barros
3º Sargento Moris Fidelis Pereira
3º Sargento Murilo José dos Santos Filho
3º Sargento Nielson Magalhães Menezes
3º Sargento Nilton César de Almeida Silva
3º Sargento Nilton Cordeiro Vasco
3º Sargento Nilton Oliboni Carvalho
3º Sargento Odair Alves de Oliveira
3º Sargento Odilon Alexandre Amaral
3º Sargento Odir Rebouças da Costa
3º Sargento Olenil Natos Correa
3º Sargento Oriswaldo Salazar Monteiro Filho
3º Sargento Orivaldson Araújo de Oliveira
3º Sargento Ozenil Brandão da Silva
3º Sargento Paulo César da Silva Coelho
3º Sargento Paulo Cézar Rodrigues Figueiredo
3º Sargento Pedro Adão Crespo Ribeiro
3º Sargento Pedro William Rodrigues Pereira
3º Sargento Raimundo Júnior Linhares
3º Sargento Ralffe Kokayt Barroncas
3º Sargento Reinaldo Cézar Zulli
3º Sargento Renato Teixeira Cosme
3º Sargento Ricardo Lopes Maia
3º Sargento Robson de Campos Mello albues
3º Sargento Rodrigo Baver Zytkuewisz
3º Sargento Ronald Silva Souza
3º Sargento Ronaldo Moreira de Araújo
3º Sargento Ronie César Dantas de Andrade
3º Sargento Rosangela Rita Alves Fernandes dos Anjos
3º Sargento Rubens Vitriano de Oliveira
3º Sargento Sandra de Oliveira Ramos
3º Sargento Sandro de Souza Ferreira
3º Sargento Schinaiden Moreira Barbosa
3º Sargento Sérgio Gleydson da Costa Maia
3º Sargento Sérgio Henrique de Sousa
3º Sargento Sidnei Cortês Raimundo
3º Sargento Sidney Santore
3º Sargento Silvana Maria Moreira dos Reis
3º Sargento Sílvio Marcos Souza
3º Sargento Solange Albuquerque da Silva
3º Sargento Ubiraci da Conceição
3º Sargento Vagner Bezerra de Vasconcellos
3º Sargento Valter Jacinto da Silva
3º Sargento Vânia Mara Gonçalves
3º Sargento Victor Hugo Ribeiro de Oliveira
276
3º Sargento Walber Rodrigues Sardinha
3º Sargento Waldenilson da Silva Sales
3º Sargento Wanderson Damasceno
3º Sargento Wellington da Costa Dantas
3º Sargento Willijan Santos
3º Sargento Wilton da Costa Machado
Cabo Absalão Victor Barroso
Cabo Achiles Menezes Ferreira
Cabo Adailton Dias Santos
Cabo Adão da Costa Martins
Cabo Ademar Gomes da Silva
Cabo Ademir Barbosa de Albuquerque
Cabo Ademir Monteiro Carvalho
Cabo Aderbal rosário Siqueira
Cabo Adevanir Pereira dos Santos
Cabo Adilson Alves Farias
Cabo Adilson da Costa Rodrigues
Cabo Adilson Francisco Leão de Oliveira
Cabo Adilson Severiano de Souza
Cabo Adriano Salustiano dos Santos
Cabo Aender Cardoso Pinheiro
Cabo Agnaldo Silveira
Cabo Agnelo Borges de Freitas
Cabo Ailton André da Silva
Cabo Ailton Francisco Guedes
Cabo Alair Manoel Rosa
Cabo Alan Pereira Pantoja
Cabo Alberto César Ferreira Martins
Cabo Alberto Costa Divino Filho
Cabo Aldecir Carlos Reis de Freitas
Cabo Aldemárcio Nogueira Moraes
Cabo Aldemira Coelho Garcia
Cabo Aldenir Bararua da Silva
Cabo Alessandro Alves Silva
Cabo Alex Cunha Ferreira
Cabo Alex Duarte de Aguiar
Cabo Alex Sandro de Oliveira Barata
Cabo Alexandre Barros Teixeira
Cabo Alexandre Fonseca
Cabo Alexandre Teixeira de Andrade
Cabo Alexsandro Moreira Lyra
Cabo Alexsandro Pereira da Silva
Cabo Alexsandro Pessoa
Cabo Aline Brígida Barata da Silva
Cabo Alizaldo José Lopes
Cabo Álvaro Moraes do Amaral Júnior
Cabo Amarildo Nogueira Mourão
Cabo Amilton Almeida Feitosa
Cabo Anaximenes Soares Coimbra
Cabo Anderson Fernandes Maciel de Souza
Cabo Anderson Gleice Rodrigues
Cabo Anderson Luchtenfels Celestino
Cabo Anderson Magno Piedade
Cabo André Luís da Silva
Cabo André Luís dos Reis Câmara
Cabo Ângela Maria Braz Lima
Cabo Antônio de Oliveira Lima
Cabo Antônio Elenilton de Assis Pereira
Cabo Antônio Garibaldi da Silva

Cabo Antônio Jorge de Assis Soares
Cabo Antônio Jorge de Castro Xavier
Cabo Antônio Júlio dos Santos Diniz
Cabo Antônio Marcelo Borges do Nascimento
Cabo Antônio Marcos da Silva Figueiredo
Cabo Antônio Marcos de França
Cabo Antônio Marcos Santos do Nascimento
Cabo Antônio Pereira Marques Neto
Cabo Antônio Silva do Nascimento
Cabo Antônio Soares da Silva Neto
Cabo Antônio Vasconcelos de Miranda
Cabo Arilson da Silva Brabo
Cabo Atenor Correa Barreto
Cabo Aureliano Rodrigues de Carvalho
Cabo Aurélinaldo Rodrigues de Carvalho
Cabo Aurelio Júnior da Silva Soares
Cabo Aurelio Rodrigues de Lima
Cabo Aurino de Souza Almeida
Cabo Aurizélio Gomes Lopes
Cabo Benedito Batista de Carvalho Souza
Cabo Beneval Gouveia de Sousa
Cabo Bruno Dias Galvão
Cabo Carlos Alberto Conceição dos Santos Júnior
Cabo Carlos Alberto de Magalhães
Cabo Carlos Alberto Ferreira Guimarães
Cabo Carlos Antônio dos Santos
Cabo Carlos Augusto Arnand
Cabo Carlos da Silva Reis Júnior
Cabo Carlos de Souza Filho
Cabo Carlos Eduardo Araújo
Cabo Carlos Gerlandio Alves
Cabo Carlos José Fonseca Soares
Cabo Carlos Mácio Chaves e Silva
Cabo Carlos Murilo Machado Durans
Cabo Carlos Rodrigo Oliveira de Almeida
Cabo Cássio Ferreira de Assis
Cabo Celso Davi Gomes
Cabo Celso Luiz Andrade Gonçalves
Cabo Charles Brito Figueira
Cabo Cícero José de Lima
Cabo Claudinei Fiuza Diniz
Cabo Claudiney Ronaldo dos Santos
Cabo Claúdio Almeida Campbell
Cabo Claúdio Anselmo Nascimento Costa
Cabo Claúdio Barros de Brito
Cabo Cláudio César Savarezzi
Cabo Claúdio dos Reis Siqueira
Cabo Cláudio Roberto Baima Santos
Cabo Claúdio Roberto da Penha Nascimento
Cabo Claúdio Sérgio Nogueira
Cabo Claudiomiro Ferreira Borges
Cabo Cléber Alves Ferreira
Cabo Cleiton Coutinho de Azevedo
Cabo Clenilson Felgueira da Ponte de Lemos
Cabo Cleuber de Almeida
Cabo Cleudison Wander da Silva
Cabo Cleusson da Silva Lopes
Cabo Clodoaldo Mendes Barbosa
Cabo Clodoaldo Souza Guimaranhes
Cabo Dalmo José da Silva
Cabo Daniel Pinheiro da Silva
Cabo Dantes Francisco Ricardo
Cabo Dário Nascimento
Cabo Davidson Salustiano da Silva
Cabo Décio Rogério Alves da Silva
Cabo Deivid Batista Martins
Cabo Delcidio Lisboa Ferreira
Cabo Delson Lopes Fernandes
Cabo Delton de Souza Santos Garcia
Cabo Denilson Pereira Costa
Cabo Dênison Martins Vieira
Cabo Denivaldo Ferreira dos Santos
Cabo Deusomar de Araújo Teixeira
Cabo Dickson de Moura Barcelos
Cabo Dionaldo Morinigo
Cabo Dionivan Gomes de Melo
Cabo Eber Carlos de Lima
Cabo Edésio Quaresma Régo
Cabo Edilson Santos e Silva
Cabo Edinal Pinto de Araújo
Cabo Edinaldo Felipe Cascaes
Cabo Edinaldo Moreira da Silva
Cabo Edinelson Manoel da Costa
Cabo Edmilson Maia de Farias
Cabo Edmilson Martins da Costa
Cabo Edmilson Silva Rodrigues
Cabo Edson Carlos Silva Leal
Cabo Edson Carvalho da Rosa
Cabo Edson da Conceição Pereira
Cabo Edson Gomes da Silva
Cabo Edson José Duarte
Cabo Edson Marco dos Santos
Cabo Edson Romeu da Silva
Cabo Eduardo Bonfi m Santos
Cabo Edvan José da Silva
Cabo Elder Lúcio Fernandes
Cabo Eleticio Sílvio de Lima
Cabo Elialdo Souza Ferreira
Cabo Elias Diogo de Abreu
Cabo Elivaldo de Oliveira Barroso
Cabo Elmano Serique de Castro
Cabo Elpides de Oliveira Silva
Cabo Elson Freitas Silva
Cabo Emanuel Lins Vilar
Cabo Emerson Alves Nunes
Cabo Emerson Antônio da Cruz Chagas
Cabo Emerson Rodrigues de Oliveira
Cabo Erivan Oliveira Picanço
Cabo Ermano Cardoso da Silva Neto
Cabo Euclides Antônio de Freitas
Cabo Eurípedes Valdesser Júnior
Cabo Evaldo Brito de Oliveira
Cabo Everaldo Barbosa Luiz
Cabo Everaldo de França
Cabo Everaldo Gouveia dos Santos
Cabo Everaldo Monteiro de Macedo
Cabo Expedito Abreu do Nascimento
Cabo Fabiano Barcelos Rocha
277

Cabo Fábio Cabral da Silva
Cabo Fábio Cordeiro Sebadelhe Valério
Cabo Fábio da Silva Albuquerque
Cabo Fábio Miguel Flores
Cabo Fábio Tomáz da Costa
Cabo Fernando Ferreira da Silva
Cabo Fernando Luiz de Santana
Cabo Fernando Pereira Teobaldo
Cabo Fernando Souza de Oliveira
Cabo Firmino Aires da Silva
Cabo Flaminio da Silva Bento
Cabo Flávio Antônio da Silva
Cabo Flávio Eduardo Pascoal Júnior
Cabo Flavonio Ricardo Felipe de Oliveira
Cabo Florisvaldo Pena de Souza
Cabo Francine do Nascimento Ribeiro
Cabo Francinélio Alcantara de Souza
Cabo Francisco Cândido da Silva Júnior
Cabo Francisco Carlos Brito Teixeira
Cabo Francisco da Silva Ribeiro
Cabo Francisco das Chagas Fernandes Oliveira Filho
Cabo Francisco das Chagas Ibiapina Moura
Cabo Francisco de Assis Araújo
Cabo Francisco Eduardo de Medeiros
Cabo Francisco Gilberto Pires Teixeira
Cabo Francisco José Lima Silva
Cabo Francisco Ramos Régis
Cabo Francisco Severiano Filho
Cabo Francisco Teles Costa
Cabo Françoaldo Alves de Lima
Cabo Genildo Roberto Lima Reis
Cabo Genuwilson Teles Gomes
Cabo George Gadelha Magalhães
Cabo Geraldo Miranda Santos
Cabo Geraldo Monteiro dos Santos
Cabo Giliano Fidelcino Pacheco Silva
Cabo Gilmar Wagner Ferreira da Luz
Cabo Gilson Teixeira de Oliveira
Cabo Gilvan Lima Melo
Cabo Ginaldo da Silva Neves
Cabo Ginaldo de Brito
Cabo Gladistonio Marques de Souza
Cabo Graciel Souza Costa
Cabo Guilherme Ocinas Jovita da Silva
Cabo Heden Silva do Nascimento
Cabo Helbert Mário de Morais
Cabo Hélio Wilson Magalhães Pontes
Cabo Helton de Souza do Nascimento
Cabo Heriberto Maldonado
Cabo Hugo Leonardo Gomes Luz
Cabo Idalecio Vitor Saraiva
Cabo Idinilson Bento Machado
Cabo Igor Coelho de Sousa
Cabo Israel Moreira da Silva
Cabo Ivanildo Ferreira Barbosa
Cabo Ivanildo Pereira da Silva
Cabo Izaías Ferreira Lobo
Cabo Izaías Lopes de Castro
Cabo Jacó Vicente de Lima Neto
278
Cabo Jadiel Alves de Lima
Cabo Jaelson Carvalho dos Santos
Cabo Jailson Herculano de Oliveira
Cabo Jânio da Silva Santos
Cabo Jaques Douglas de Lima Cavalcante
Cabo Jarmeson Romero Arguelho
Cabo Jean Carlo Torres Dutra
Cabo Jean Damasceno Ramos
Cabo Jean Paul da Silva Alves
Cabo João Adelino de Oliveira Neto
Cabo João Alves de Oliveira Neto
Cabo João André Figueiredo Filho
Cabo João Gomes da Silva Neto
Cabo João Gomes de Souza Neto
Cabo João Jorge Mendes Neto
Cabo João Silveira da Conceição
Cabo Joelma Poggi Silva
Cabo Joilson Marinho de Matos
Cabo Jonas pompilo dos Santos
Cabo Jorge Antônio dos Reis
Cabo Jorge Eduardo Pessoa Machado
Cabo Jorge Freire Paraguassi
Cabo Jorge Marcilio de Sousa Alencar
Cabo Josafa Ferreira da Silva
Cabo José Alberto Paz da Silva
Cabo José Alexandre Souza da Paixão
Cabo José Arnoldo Cardoso Silva
Cabo José Augusto Santos Gomes
Cabo José Carlos Flores de Oliveira
Cabo José Carlos Moraes
Cabo José Francisco Nascimento dos Santos
Cabo José Iderval de Matos Saraiva
Cabo José Itabaracy Bastos Nunes
Cabo José Jair Ferreira de Lima
Cabo José Lopes da Cruz
Cabo José Luís dos Santos Melo
Cabo José Maria Lima Dias
Cabo José Marivaldo Teixeira Cordeiro
Cabo José Móises dos Santos
Cabo José Ribamar Silva de Moura
Cabo José Rivaldo da Silva
Cabo José Roberto Amaral Barbosa
Cabo José Roberto dos Santos Pontes
Cabo José Valber Silva dos Santos
Cabo José Walter Regina
Cabo Joselito Camelo Gomes
Cabo Joselito Ribeiro Fontes
Cabo Josenaldo da Silva Alves
Cabo Josiel Moura dos Santos
Cabo Josivaldo Justino Martins
Cabo Josué Martins da Silva
Cabo Jucieldo da Silva Mariano
Cabo Juliana Alves Fernandes de Melo
Cabo Júlio César da Silva Moraes
Cabo Júlio César Santos
Cabo Júlio dos Santos Neto
Cabo Juscelino Marques de Oliveira
Cabo Laelson Bezerra do Nascimento
Cabo Lavoisier Souza de Araújo

Cabo Leandro Rosa da Costa
Cabo Lélia Pinho de Ribamar Vechmeyer
Cabo Leonidas Teixeira Silva
Cabo Luciano dos Santos Carvalho Júnior
Cabo Luciano Sérgio Ferreira
Cabo Lucimar Alves
Cabo Lucimario Ferreira da Silva
Cabo Lucivaldo Alves Guida
Cabo Lucivaldo da Silva Aleixo
Cabo Luís Augusto François Laroche
Cabo Luís Carlos da Costa Moita
Cabo Luís Carlos Pires Santana
Cabo Luís Nazaré Pereira da Silva
Cabo Luiz Eduardo Silva
Cabo Luiz Gustavo Martins
Cabo Luiz Heleno de Brito
Cabo Luiz Henrique Batista Ribeiro
Cabo Luziano Lopes Borges
Cabo Manoel Barbosa Filho
Cabo Manoel da Silva Pereira
Cabo Manoel Gutenberg da Cunha
Cabo Manoel José Braga de Souza
Cabo Manoel Mauro Vaz dos Santos
Cabo Manoel Raimundo Moraes Ferreira
Cabo Marcelino Durand Bezerra
Cabo Marcelo Antônio Ferreira
Cabo Marcelo da Costa Ribeiro
Cabo Marcelo de Souza
Cabo Marcelo Dias da Costa
Cabo Marcelo Fernandes Theodoro
Cabo Marcelo Machado de Oliveira
Cabo Marcelo Marques da Silva
Cabo Marcelo Oliveira Santos
Cabo Marcelo Santos Ferreira
Cabo Márcia Débora Nascimento da Silva
Cabo Marcilio Ferreira da Silva
Cabo Márcio da Silva Machado
Cabo Márcio Duarte Teixeira
Cabo Márcio Miranda da Silva
Cabo Marco Antônio Cordeiro
Cabo Marco Massaranduba
Cabo Marcondes da Cruz
Cabo Marconi de Paula Severino
Cabo Marcos Antônio da Silva Vláxio
Cabo Marcos Antônio Soares
Cabo Marcos Aurélio de Oliveira
Cabo Marcos da Silva Carvalho
Cabo Marcos Donisete Pinheiro de Santana
Cabo Marcos Henrique da Silva
Cabo Marcos Joel Niues Luiz
Cabo Marcos Luiz da Silva
Cabo Marcos Paulo Dias
Cabo Marcos Rogério Aires Manduca
Cabo Marcos Salvino de Oliveira
Cabo Marcos Ulisses de Barros
Cabo Maria José de Oliveira
Cabo Marlon Alcione Nava
Cabo Marquidóvel Abreu Quinzeiro
Cabo Maurilio de Lima Gomes
Cabo Mauro Sérgio de Souza
Cabo Maximino Luiz de Sousa
Cabo Maxssuel Lino da Silva
Cabo Messias Monteiro de Sousa
Cabo Michael Luiz da Costa
Cabo Milander de Freitas
Cabo Mileide dos Santos bader
Cabo Militão de Oliveira Maia
Cabo Milso José Kretzer
Cabo Milton de Almeida Filho
Cabo Moisés Batista da Silva
Cabo Mônica Pereira de Sousa
Cabo Nedino Gomes Silva
Cabo Nedison Anastácio da Silva
Cabo Neiva Bete Martins da Silva Bento
Cabo Nélio Gomes de Oliveira
Cabo Neuton Castilho de Oliveira
Cabo Nilson Rodrigues Santos
Cabo Nilsonvalto Ribeiro de Sousa
Cabo Nilton Cézar Silva
Cabo Nilton Pereira Sousa
Cabo Nilton Ricardo Bastos Nunes
Cabo Oscar Ribeiro de Lima Neto
Cabo Oster José Pereira Gonçalves
Cabo Othay Ribeiro Azambuja Neto
Cabo Paulo Barros de Oliveira
Cabo Paulo Cézar da Silva Aquino
Cabo Paulo Henrique de Paula liberato
Cabo Paulo Ribeiro da Silva
Cabo Paulo Sérgio Alves
Cabo Paulo Sérgio dos Santos Júnior
Cabo Paulo Sérgio Ferreira nicacio
Cabo Paulo Sérgio Lima de Oliveira
Cabo Pedro José da Silva
Cabo Pedro Omar Alves Correa
Cabo Piroelton da Costa Carvalho
Cabo Raimundo José Santos da Silva
Cabo Raimundo Nonato Oliveira da Silva
Cabo Raimundo Pereira da Silva
Cabo Raimundo Rodrigues Neto
Cabo Ramilton Rodrigues da Gama
Cabo Raticlei da Silva Carvalho
Cabo Ravanelly Costa Mendes
Cabo Reginaldo Pereira
Cabo Reginaldo Rodrigues de Almeida
Cabo Régis Dean Neves Mourão
Cabo Reinaldo Conceição
Cabo Reinaldo Rodrigues Soares
Cabo Renê Ferreira da Silva
Cabo Rerevilson Pereira da Silva
Cabo Ricardo Augusto de Lima
Cabo Ricardo Geraldo Mendanha
Cabo Roberto Carlos Pamplona dos Santos
Cabo Roberto Rodrigues da Silva
Cabo Roberval Elizaldo de Oliveira
Cabo Roberval Guimaranhes Barbosa
Cabo Robervaldo Alexandre Silva
Cabo Robson Oliveira de Freitas
Cabo Roger Traback Amorim de Oliveira
279

Cabo Rogério Camilo Ramos
Cabo Rogério dos Santos Monteiro
Cabo Rogério Félix Macena
Cabo Rogério Gomes Batista
Cabo Rogério Macedo Clarindo
Cabo Romero Ribeiro da Silva
Cabo Romilson Pereira de Aquino
Cabo Rômulo Gouveia Bonfi m
Cabo Ronaldo Alves Bezerra
Cabo Ronaldo Félix de Lucena Júnior
Cabo Ronildo Matos Costa
Cabo Rosana Domingas Prado
Cabo Rossicley Ribeiro da Silva
Cabo Rozivaldo Ramos Lima
Cabo Sebastião Alexandre do Nascimento Floriano
Cabo Sebastião Araújo de Sousa
Cabo Sebastião Vieira Rodrigues
Cabo Sérgio de Assis Lopes
Cabo Sérgio Henrique Guimaranhes
Cabo Servanildo Bezerra de Oliveira
Cabo Severino Santos Oliveira Filho
Cabo Shirley Aparecida Castro
Cabo Sidney Bandeira Epaminondas
Cabo Silvano Lippaus
Cabo Silvano Oliveira da Silva
Cabo Sílvio César Pereira
Cabo Sílvio Filgueira Galvão
Cabo Sílvio Reis Alencar
Cabo Simeão Pedro de Mendonça
Cabo Solange da Silva Pinto
Cabo Stanley Azevedo Fernando
Cabo Sudney Araújo Garcia
Cabo Svetlâna Barbosa da Silva
Cabo Sydney Grance
Cabo Tânia Maria Campos do Nascimento
Cabo Tarcísio de Souza Porto
Cabo Tiago Poerschke Bica
Cabo Tur clem Coutinho Mesquita
Cabo Ubirajara Alves Pereira
Cabo Valdeir Ferreira Borges
Cabo Valderi Carvalho Rodrigues
Cabo Valéria de Farias Maia
Cabo Valmir da Silva Santos
Cabo Vandembergue Martins Mendes
Cabo Vanderlei Bento da Costa
Cabo Vanderley Alves de Lima
Cabo Vanderli Alves Trindade
Cabo Vandiney Freitas da Silva
Cabo Verônica Nunes dos Santos
Cabo Vilmar de Freitas Gregório
Cabo Vilson Neri Arend
Cabo Viviane Freitas
Cabo Wadeilson Abreu quinzeiro
Cabo Walace Geraldo Horta
Cabo Waldeci da Cruz Soares
Cabo Walkir Eourenço
Cabo Wallace Roberto Pereira Guimarães
Cabo Walter Missel Santos Rocha
Cabo Wander da Silva queiroga
280
Cabo Wanderson Fernandes de Laia
Cabo Wdson Roberto de Sales
Cabo Weliton Cirqueira dos Santos
Cabo Wellington Antônio Ferreira
Cabo Wellington Correa Silva
Cabo Wellington Pereira dos Santos
Cabo Wellington Rodrigues de Lima
Cabo Wemerson Emiliano de Oliveira
Cabo William Brito Severino Veloso
Cabo William de Aquino Souza
Cabo Willian lozer de Souza
Cabo Yuri David França
Soldado Abdênico Martins da Silva
Soldado Abilde de Jesus Furtado Cruz
Soldado Abinoão Soares de Oliveira
Soldado Abraão Moura de Abreu
Soldado Aclevecton Rocha Rodrigues
Soldado Adailton de Oliveira Passos
Soldado Adailton Fernandes Modesto
Soldado Adailton José Vieira Silva
Soldado Adailton Martins Rodrigues
Soldado Adailton Pedro Nunes
Soldado Adalberto Silva de Freitas
Soldado Adalberto Silva Sousa
Soldado Adalex Pereira da Cruz
Soldado Adalto Pereira Ribeiro
Soldado Adams Silva de Souza
Soldado Adão Pereira da Silva
Soldado Adeilton Xavier da Nóbrega
Soldado Adelfl avio Bezerra da Costa
Soldado Adelmar Souza de Alencar
Soldado Adelson Ademir Machado
Soldado Ademar Sousa
Soldado Ademir Antônio Domingues
Soldado Ademir da Silva
Soldado Ademir do Nascimento
Soldado Ademir Gomes Delgado
Soldado Ademir Luiz dos Santos
Soldado Ademir Pereira dos Santos
Soldado Ademir Sebastião José Rodrigues Júnior
Soldado Adenildo de Oliveira Vieira
Soldado Adenilson Pereira da Silva
Soldado Adenilson Pereira Moreira
Soldado Adenir Greggio
Soldado Adilio Mesquita Estevão
Soldado Adilson Borges dos Santos
Soldado Adilson Carlos Francisco de Souza
Soldado Adilson Gama da Costa
Soldado Adilson Reis de Araújo Silva
Soldado Adilson Soares de Oliveira
Soldado Admilson Duarte de Oliveira
Soldado Adonias Félix do Amaral
Soldado Adoniram Nunes Santos
Soldado Adriana de Aquino Santos
Soldado Adriana Ruver
Soldado Adriano Afonso Krug
Soldado Adriano Antônio dos Santos
Soldado Adriano Carvalho Vieira
Soldado Adriano Cavalcanti da Fonseca

Soldado Adriano Climaco da Silva
Soldado Adriano da Rocha Sousa
Soldado Adriano Dutra Barbosa
Soldado Adriano Gustavo Brandão de Araújo
Soldado Adriano José Quaresma dos Santos
Soldado Adriano Leite de Moraes
Soldado Adriano Luiz Campos da Silva
Soldado Adriano Machado Magno
Soldado Adriano Maximiano de Aguiar
Soldado Adriano Régis de Albuquerque
Soldado Adriano Souza do Amaral
Soldado Adrione Nery de Sousa
Soldado Afonso Claúdio Ferreira
Soldado Afonso Otto Porto
Soldado Agnaldo Ermenegildo de Almeida
Soldado Agnaldo Neves de Almeida
Soldado Agnaldo Santos Silva
Soldado Aidy Salam de Souza
Soldado Aielton Barbosa da Silva Júnior
Soldado Ailson Gomes da Silva
Soldado Ailton de Oliveira Costa Filho
Soldado Ailton Marcos Fontenele Vieira
Soldado Ailton Santos da Silva
Soldado Ailton Valdomiro Ferreira
Soldado Air Conceição da Silva
Soldado Air Pereira Lombardy
Soldado Alan José de Melo Machado
Soldado Alan Patrick Coimbra Melo
Soldado Alan Rangel Mendonça e Souza
Soldado Alan Santos das Neves
Soldado Alancarlos da Silva Moraes
Soldado Albany Alexandro Florêncio Selbmann
Soldado Alberi Dorneles e Silva
Soldado Alberto da Cunha Andrade
Soldado Alberto dos Santos Henrique
Soldado Alberto Gomes de Araújo
Soldado Alberto Limeira Amaral
Soldado Alcicley Antônio Rocha Rodrigues
Soldado Alcydalla Ribeiro de Jesus
Soldado Aldecy Coelho dos Santos
Soldado Aldemir de Souza Nobre
Soldado Aldemir Gonçalves das Chagas
Soldado Aldenir Mendes Demétrio
Soldado Alder José Costa de Albuquerque
Soldado Aldery Alves Barbosa
Soldado Aldevilson Ferreira Macedo
Soldado Aldo Cassimiro dos Santos
Soldado Aldo César Martins
Soldado Aldo Sérgio dos Santos Silva
Soldado Alecsandro Pereira Martins
Soldado Alessandra de Oliveira Cruz
Soldado Alessandre Soares da Cruz
Soldado Alessandro Caldeira Matos
Soldado Alessandro da Costa
Soldado Alessandro da Silva
Soldado Alessandro dos Santos livi
Soldado Alessandro Francisco da Silva
Soldado Alessandro Galdino Lemos
Soldado Alessandro Gurjão Farias Pinto
Soldado Alessandro Mendes de Souza
Soldado Alessandro Nascimento de Souza
Soldado Alessandro Pereira de Oliveira
Soldado Alex Alcantara Rodrigues
Soldado Alex Costa Ramos
Soldado Alex dos Santos Lima
Soldado Alex João Costa Gomes
Soldado Alex Macena da Silva
Soldado Alex Marcos da Silva
Soldado Alex Miranda Santos
Soldado Alex Pereira Correa
Soldado Alex Ribeiro da Fonseca
Soldado Alex Rodrigues do Nascimento
Soldado Alex Sandre Bruno Machado
Soldado Alex Silva Ramos
Soldado Alexandre Alves Pessoa
Soldado Alexandre Bezerra Cabral
Soldado Alexandre dos Santos Oliveira
Soldado Alexandre Ferreira da Silva
Soldado Alexandre José Soares de Lima
Soldado Alexandre Júlio Fonseca Santos
Soldado Alexandre Magno Ataíde Bezerra
Soldado Alexandre Manoel da Silva
Soldado Alexandre Morales da Luz
Soldado Alexandre Müller
Soldado Alexandre Roberto Rodrigues
Soldado Alexandre Rocha Ferreira
Soldado Alexandre Sales da Cunha
Soldado Alexandre Vera Ortiz
Soldado Alexandre Vicente de Souza
Soldado Alexandro Faria Silva
Soldado Alexandro Martins de Mendonça
Soldado Alexandro Tavares de Souza
Soldado Alexsandro da Silva Pereira
Soldado Alexsandro do Nascimento Silva
Soldado Alexsandro Jesiorski
Soldado Alexsandro Pereira Cruz
Soldado Alfredo Frederico Beuttenmuller Júnior
Soldado Alfredo José Zimmer
Soldado Alfredo Paiva Fernandes
Soldado Alipio Alves da Silva Júnior
Soldado Alisson Pereira Guedes
Soldado Alisson Peres Maia
Soldado Allisson Lacerda da Silva
Soldado Altair de Bittencourt
Soldado Altair José Schmitt
Soldado Altamira Pinheiro Miranda
Soldado Altamiro Lopes da Silva
Soldado Aluska Marinna Fernandes Soares
Soldado Álvaro Ferreira Filho
Soldado Álvaro José Sampaio Cecílio Júnior
Soldado Alvio Brum da Silva
Soldado Alyson Bruno Silva Lima
Soldado Alysson Menezes de Oliveira
Soldado Alziro Castro Moreira Filho
Soldado Amarildo Antônio da Silva
Soldado Amarildo Araújo Alves
Soldado Amauri Lopes de Carvalho
Soldado Amauri Miguel Araújo
281

Soldado Amaury Barbosa Barreto
Soldado Amaury Oliveira de Queiroz Júnior
Soldado Ambrósio dos Santos Gonzaga
Soldado Americo Augusto Ferreira Júnior
Soldado Ana Carla Maurício
Soldado Ana Claúdia Cordovil Guimarães
Soldado Ana kalline Costa de Medeiros
Soldado Ana Lúcia de Lima
Soldado Ana Paula Alves Silva
Soldado Ana Paula Araújo dos Santos
Soldado Ana Paula Gomides Resende
Soldado Anastácio Barreto
Soldado Anderson Alex Cardoso Tinôco
Soldado Anderson Alves Pinto
Soldado Anderson Américo Espíndula
Soldado Anderson André de Araújo
Soldado Anderson da Silva Maia
Soldado Anderson Diniz Guimarães
Soldado Anderson dos Santos Gomes
Soldado Anderson Duarte de Barros
Soldado Anderson Joel Ferri
Soldado Anderson Juzai Damasceno Tavares
Soldado Anderson Luís Araújo Rodrigues
Soldado Anderson Luiz de Assis Santos
Soldado Anderson Medeiros de Oliveira
Soldado Anderson Pereira
Soldado Anderson Santana Teles
Soldado André Araújo do Nascimento
Soldado André Bremm
Soldado André Fernandes da Rocha
Soldado André Francisco Ribeiro
Soldado André Gleidson Silva de Siqueira
Soldado André Luís Correia e Correa
Soldado André Luís Gabron Neumann
Soldado André Luiz Cidreira Coelho
Soldado André Luiz da Cruz prestes
Soldado André Luiz Gama Barbosa
Soldado André Luiz Mendes
Soldado André Luiz Santos da Silva
Soldado André Luiz Vieira
Soldado André Ricardo Simplício Soares
Soldado Andrei Silva de Matos
Soldado Andrei Silva Nascimento
Soldado Andréia Cristina Rodrigues Pereira
Soldado Andréia da Costa Farias
Soldado Andreisson Martins da Fonseca
Soldado Andrews da Silva
Soldado Ângela Barbosa Santos
Soldado Ângela Inês ruver
Soldado Angelita Ribeiro
Soldado Ângelo Ramos Vieira
Soldado Anildo Fazenda Aquino
Soldado Anilton Sérgio da Silva
Soldado Anisvaldo Rodrigues dos Santos
Soldado Anselmo Assis Strello
Soldado Antônio Alexsandro Pereira Magalhães
Soldado Antônio Alves de Sousa
Soldado Antônio Alves Sobrinho
Soldado Antônio Augusto Martins da Silva
282
Soldado Antônio Carlos Braga da Conceição
Soldado Antônio Carlos Carvalho Almeida
Soldado Antônio Carlos Costa Moraes
Soldado Antônio Carlos Damasceno Bitencourt
Soldado Antônio Carlos de Almeida
Soldado Antônio Carlos dos Santos Dantas Filho
Soldado Antônio Carlos Ferreira Maia
Soldado Antônio Carlos Miranda Andrade
Soldado Antônio Carlos Soares Monteiro
Soldado Antônio Cavalcante Brito
Soldado Antônio Claudevando da Silva Costa
Soldado Antônio Claudiomar Rodrigues Soares
Soldado Antônio de Jesus Batista
Soldado Antônio Denis Lopes de Sousa
Soldado Antônio dos Santos Gomes Lima
Soldado Antônio Evandro Ferreira da Cruz
Soldado Antônio Fernando dos Santos
Soldado Antônio Ferreira de Sousa Filho
Soldado Antônio Francisco dos Santos
Soldado Antônio Harnoldo Araújo de Souza
Soldado Antônio Jorlande Passos
Soldado Antônio José Barros Silva
Soldado Antônio José Saldanha
Soldado Antônio José Santos de Carvalho
Soldado Antônio José Ventura de Almeida
Soldado Antônio Joseci Pinheiro Júnior
Soldado Antônio Kléber Carlos de Paiva
Soldado Antônio Leonir Silveira de Alves
Soldado Antônio Lucena Clemente
Soldado Antônio Luiz Ferreira Dias
Soldado Antônio Márico dos Santos
Soldado Antônio Marco de Paiva
Soldado Antônio Marcos Costa da Silva
Soldado Antônio Marcos da Silva Souza
Soldado Antônio Marcos dos Santos
Soldado Antônio Marcos Marreiro de Lima
Soldado Antônio Marques do Nascimento
Soldado Antônio Milton de Menezes
Soldado Antônio Nascimento Santos Filho
Soldado Antônio Neto Amorim da Silva
Soldado Antônio Neto Pereira Vila Nova
Soldado Antônio Raimundo dos Santos
Soldado Antônio Ramalho Arruda Júnior
Soldado Antônio Reinaldo Martins de Moura
Soldado Antônio Ricardo Camurça Barbosa
Soldado Antônio Rogério Melgarejo
Soldado Antônio Roseno de Oliveira Sobrinho
Soldado Antônio Santos Pereira Júnior
Soldado Antônio Victor Ferreira Rocha
Soldado Antônio Walter Carlos da Silva
Soldado Apolonildo da Silva bello
Soldado Aracélio Geraldo Leite
Soldado Araly Santos de Sousa Silva
Soldado Arelly Barbosa do Nascimento
Soldado Aretha Cristina Barreto Coelho
Soldado Ariano Pereira Bizerril
Soldado Arilson Alves Correia
Soldado Arilson Dias Ferreira
Soldado Arilsow Alves Correia

Soldado Aristóteles Dantas Gaudêncio
Soldado Aristóteles Lima dos Santos
Soldado Aristóteles Rocha Paiva
Soldado Arlifran Maranhão Costa
Soldado Arlindo Mendonça Filho
Soldado Arlindo Weber de Oliveira
Soldado Arnaldo Gomes Barbosa
Soldado Arnandes Flexa Nascimento
Soldado Arnóbio Lima de Sousa
Soldado Artemilson Rosa do Lago
Soldado Arthur de Oliveira Mesquita
Soldado Artur mucajá Júnior
Soldado Ary Assis da Silva
Soldado Aryadne Pinheiro Martins
Soldado Aryellton Dyogo Soares de Miranda
Soldado Ataíde Matos da Silva
Soldado Ater Virnei chechi
Soldado Athos Magno Costa Neiva
Soldado Audair Sarmento Figueiredo
Soldado Augusto Mário Guimarães dos Santos
Soldado Auri dos Santos Gomes
Soldado Auri Geovane Nascimento
Soldado Avalone Santos da Silva
Soldado Aylton dos Santos Filho
Soldado Aymoré Mazzioti de Túllio
Soldado Basílio Monteiro de Oliveira
Soldado Beatriz Gama Gonzalez Alencar
Soldado Beethoven Marinho da Silva
Soldado Benedita Cleide de Souza Campos
Soldado Benedito Belmiro de Lima Neto
Soldado Benhur Pereira Borges
Soldado Benito Júnior Sousa Nascimento
Soldado Benjamim Marques de Souza Júnior
Soldado Benjamim Ramos Paes Neto
Soldado Berivan da Silva
Soldado Bernadete Maria Oliveira
Soldado Bernardo Rodrigues Lima
Soldado Bianka Conceição Martins de Magalhães
Soldado Braulio Silvano dos Santos Augusto
Soldado Breno Antônio Fernandes de Oliveira
Soldado Bruna Roberta Salvador Oliveira
Soldado Bruna Thaysa Lima Araújo
Soldado Bruno Costa Silva
Soldado Bruno de Carvalho romano
Soldado Bruno Portelade Souza
Soldado Bruno Siqueira Leão
Soldado Caetano Marcelino da Silva
Soldado Caio Eduardo Marcelino Barbosa de Lucena
Soldado Carine de Souza França
Soldado Carlindo Venâncio Silva
Soldado Carlisson Rocha Nascimento
Soldado Carlo Marcelo Bueno Valente
Soldado Carlos Alberto Costa Rodrigues Alves
Soldado Carlos Alberto da Rocha Felipe
Soldado Carlos Alberto de Lima
Soldado Carlos Alberto de Oliveira
Soldado Carlos Alberto Lisboa Oliveira
Soldado Carlos Alberto Lustosa Monteiro
Soldado Carlos Alberto Miranda Jesus
Soldado Carlos Alberto Oliveira Filho
Soldado Carlos Alberto Pinto dos Santos
Soldado Carlos Alberto Scheeren
Soldado Carlos Alberto Soares Ferreira
Soldado Carlos Alberto Souza Salustiano
Soldado Carlos André da Silva Almeida
Soldado Carlos André Fassion
Soldado Carlos Antônio da Costa
Soldado Carlos Antônio de Sousa Silva
Soldado Carlos Augusto dos Santos Cruz
Soldado Carlos Augusto Lins Acioli
Soldado Carlos Benedito dos Santos
Soldado Carlos Domingos de Andrade
Soldado Carlos Eduardo Costa de Oliveira
Soldado Carlos Eduardo de Souza
Soldado Carlos Eduardo Henrique do Nascimento
Soldado Carlos Evandro Rabelo de Queiroba
Soldado Carlos Fernando Teles dos Santos
Soldado Carlos Henrique Ferreira Barros
Soldado Carlos Henriquen Martins Silva
Soldado Carlos José Silvério da Silva
Soldado Carlos José Torres
Soldado Carlos Machado da Silva
Soldado Carlos Magno Alves Nascimento
Soldado Carlos Magno Amorim
Soldado Carlos Magno Reis Nascimento
Soldado Carlos Moreira dos Santos
Soldado Carlos Pereira Medeiros
Soldado Carlos Rannieri Danta de Pontes
Soldado Carlos Roberto Cardoso da Silva
Soldado Carlos valdeci da Silva Nunes
Soldado Carlos Venício Assi
Soldado Carlos Werner Freire da Silva
Soldado Carlucia Pereira Barbosa
Soldado Cássia Aparecida Mota
Soldado Cátia Simone Mocellin
Soldado Cecília da Silva Santos
Soldado Celino dos Santos
Soldado Célio Brugnago
Soldado Célio Fernandes da Silva
Soldado Célio Roberto Souza Milhomem
Soldado Celso Alexandre do Nascimento
Soldado Celso Batista Valêncio Barbosa
Soldado Celso das Neves Rodrigues
Soldado Celso Luiz Jandrey
Soldado Celso Luiz Lanes Júnior
Soldado Celso Ricardo de Oliveira
Soldado Celso Ricardo Gonçalves e Silva
Soldado Cerli riese Bandeira
Soldado César Augusto Chaves Correia
Soldado César Augusto de Jesus Santos
Soldado César Eduardo Silveira Rosa
Soldado César Fernando Gaertner
Soldado César Fernando Gonçalves beira
Soldado César Luiz de Souza
Soldado Charles Antônio Pereira Borges
Soldado Charles Cley Schmidel
Soldado Charles Nóbrega Pimentel Moreira
Soldado Charles Oliveira Lima
283

Soldado Charles Ramos da Silva
Soldado Chirley Feliciano da Silva
Soldado Christian Barbosa Guimarães
Soldado Cícero de Sousa Silva
Soldado Cícero Mendes da Silva
Soldado Cícero Noberto Bezerra de Lima
Soldado Cícero Romério Ribeiro Honório
Soldado Cícero Xavier Pereira
Soldado Cíntia Fabiane Furtado
Soldado Cione Tavares dos Santos
Soldado Ciro Mariano da Silva Juvenal
Soldado Clarisse Heck
Soldado Claudecir Carneiro
Soldado Claudecy de Barros Souza
Soldado Claudemir Araújo dos Santos
Soldado Claudemir Bíscola Martins
Soldado Claudenice Teles da Silva
Soldado Claudenil Pedroso
Soldado Claudenir de Souza Batista
Soldado Claúdia Francisca dos Santos
Soldado Claúdia Maria Moreira Cunha de Souza
Soldado Claudinei Bastos Mendes
Soldado Claudinei da Silva
Soldado Claudino Leal de Souza
Soldado Claúdio Avelino Gomes Rodrigues
Soldado Cláudio da Silva Cabral
Soldado Claúdio Emerson Lima Santos
Soldado Claúdio Henrique Luiz da Silva
Soldado Claúdio José Aguiar de Souza
Soldado Claúdio José Conceição de Araújo
Soldado Claúdio José da Silva Cantoário
Soldado Claúdio Luís Alves dos Santos
Soldado Claúdio Luís Correia Serafi m
Soldado Claúdio Max Dias Silva
Soldado Claúdio Oliveira dos Santos
Soldado Claúdio Pantoja de Souza
Soldado Claúdio Rogério Vieira Feitosa
Soldado Claúdio Santos Ataíde
Soldado Claúdio Schienemayer
Soldado Claudiomir Soares Belé
Soldado Claudiomiro da Veiga Martins
Soldado Claudiomiro Medeiros Menezes
Soldado Claudionor Alves da Silva
Soldado Cláudir Jandrey Marques
Soldado Claudivaldo Silva Góes
Soldado Claudomir Braga Pinto
Soldado Cléber Costa e Silva
Soldado Cléber da Silva
Soldado Cléber de Almeida Pacheco
Soldado Cléber de Jesus Gomes Rodrigues
Soldado Cléber Firmino dos Santos
Soldado Cléber Goulart Athayde
Soldado Cléber Pedrosa
Soldado Clébio Severo de Lima
Soldado Clebson Costa Ribeiro
Soldado Clécio de Paulo da Silva
Soldado Clécio Rodrigo Silva Valença
Soldado Clécio Silva Santos
Soldado Cledison Pereira da Silva
284
Soldado Cleiton da Silva Bezerra
Soldado Cleiton de Brito Campos
Soldado Cleiton dos Santos Silva
Soldado Cleiton Medeiros de Almeida
Soldado Clemair Felipe Andrade
Soldado Clênio José Pinto
Soldado Cleo Carvalho de Castro
Soldado Cleonir de Castro Massena
Soldado Cleris Josiclei de Melo
Soldado Clésia Franciane de Oliveira
Soldado Clésio Ribeiro Henrique
Soldado Cleude Rodrigues Machado Júnior
Soldado Cleudson Silva de Oliveira França
Soldado Cleydson Vidal de Melo
Soldado Clidelson Pereira Frota
Soldado Climero Ferreira de Araújo
Soldado Clodoaldo Guedes Cardoso
Soldado Clodoaldo Magioni Caldas
Soldado Clodoaldo Ribeiro dos Santos
Soldado Clodoaldo Souza Peruna
Soldado Clodomir Geraldo de Souza
Soldado Clóvis Francisco Correia Filho
Soldado Clóvis Limeira da Silva
Soldado Clóvis Roberto Machado
Soldado Clóvis Santin
Soldado Copérnico Vieira Cavalcante
Soldado Cristian César Mastrocollo
Soldado Cristiano Barbosa Soares
Soldado Cristiano dos Santos
Soldado Cristiano José da Rosa
Soldado Cristiano Linhares Silva
Soldado Cristiano Tachinski Guedin
Soldado Dácio Jesus de Lima Filho
Soldado Daicil Pereira da Silva
Soldado Dalmo Reis Soares de Oliveira
Soldado Dalton Douglas Martins
Soldado Damaso Rômulo e Silva Lages
Soldado Daniel Alfredo dos Santos
Soldado Daniel Batista da Silva
Soldado Daniel Carvalho da Costa
Soldado Daniel Coelho da Silva
Soldado Daniel Costa Batalha
Soldado Daniel Dakmer
Soldado Daniel Dias da Silva
Soldado Daniel dos Santos Gonzaga
Soldado Daniel Fernandes de Souza
Soldado Daniel Ferreira Simões Santos
Soldado Daniel Oliveira Nery
Soldado Daniel Pereira de Oliveira
Soldado Daniel Ramos de Araújo
Soldado Daniel Santos de Souza
Soldado Daniel Santos Silva
Soldado Daniela Silva Barbosa
Soldado Daniele Pedroso Viana
Soldado Danielle dos Santos da Silva
Soldado Danielly Gomes Ferreira
Soldado Darci Volnei Wicksoldt Júnior
Soldado Darlan de Souza França
Soldado Darlete Aguetoni Mariano

Soldado Darley Pereira de Paula
Soldado Dauvane Sousa Silva
Soldado Dauzo Pereira da Silva
Soldado David Campos Martins
Soldado David Pereira da Silva Filho
Soldado David Rodrigues Neto
Soldado Davilson Ventura da Silva
Soldado Davyson Emanuel de Souza Moreira
Soldado Dayany Helena Guarlott da Cruz
Soldado Dayvid Herikson Fagundes
Soldado Dayvson Figueiredo Vieira
Soldado Débora Cristina Reis de Oliveira
Soldado Débora Maria Lopes da Silva
Soldado Deivson Lopes Barbosa
Soldado Dejair Francisco Cavalli
Soldado Delamar Machado da Silveira
Soldado Delcastro do Nascimento Lima
Soldado Delice Martins de Oliveira
Soldado Delso Martins de Araújo
Soldado Demétrio Barboza Filho
Soldado Demóclito Alves Freitas
Soldado Demócrito Araújo Raiol
Soldado Denílson Bandeira Bondanza
Soldado Denilson Domingos da Silva
Soldado Denilson dos Santos Oliveira
Soldado Denilson Gomes da Silva
Soldado Denilton José Nascimento
Soldado Denis Lima de Souza
Soldado Denis Sancho Jardim
Soldado Denise Ribeiro da Silva
Soldado Denival Rodrigues Galibert
Soldado Dennis William Ribeiro da Silva
Soldado Deoclecio Mendes de Medeiros
Soldado Deodoro Carvalho de Santana Filho
Soldado Derivaldo Saraiva de Souza
Soldado Derlei Fernandes de Oliveira
Soldado Deusdete Américo Gama
Soldado Deuzimar Borges da Silva
Soldado Deyse Cristiany da Luz
Soldado Deyvisson Pitia Régis de Oliveira
Soldado Dianny Sabino Furtado
Soldado Diarles Andres Medeiros da Silva
Soldado Dickson Hermes da Costa e Silva
Soldado Dilamar José Favini
Soldado Dilmo da Silva Borges
Soldado Dimitri Petrossian Barbosa Cavalcanti
Soldado Dione de Andrade Lima
Soldado Dioninedith Oliveira de Macedo
Soldado Dirceu Aver Doro
Soldado Dirceu de Jesus de Godoy
Soldado Divino Eterno Alves
Soldado Divino Fernandes de Jesus
Soldado Djalma dos Santos Monteiro
Soldado Djalma Firmiano da Silva
Soldado Djalma Leite Júnior
Soldado Djalma Possidônio dos Santos Neto
Soldado Djane Pereira Pimentel
Soldado Djay José de Anchieta Alves Martins
Soldado Djeize Zimmermann Motta
Soldado Dociel Coelho da Silva
Soldado Dogival Alves da Silva
Soldado Domicio do Sacramento Filho
Soldado Domingos Pereira Nogueira
Soldado Domingos Sebastião Viana dos Santos
Soldado Donizett Cunha de Azevedo
Soldado Doraci Rosa da Silva
Soldado Doracy Santos Cruz
Soldado Dorgival Araújo Sales
Soldado Doris Hallidey Alves Brito
Soldado Dorival de Almeida Batista
Soldado Douglas Alburquerque Monteiro de Lima
Soldado Douglas Magno Ferreira Macedo
Soldado Durval Glécio Albuquerque e Silva
Soldado Dvalnei Borges de Araújo
Soldado Dyan Calista Bezerra
Soldado Dyhemes Ferreira Marques
Soldado Earles Manzoli Monteiro
Soldado Ed Carlos Silva Medeiros
Soldado Eddie Cabral de Oliveira
Soldado Edenilson Schelbauer
Soldado Éder Ayolla Júnior
Soldado Éder Clei Miranda Rocha
Soldado Éder Morais Martins
Soldado Éder Murussi Leite
Soldado Éder Ronald Teixeira
Soldado Edgar Ferreira de Souza
Soldado Edgar Rodrigues Melo
Soldado Edielson Alves dos Santos
Soldado Edielson de Melo Nascimento
Soldado Edilson Alves da Silva
Soldado Edilson Carlos da Silva
Soldado Edilson Delfi no de França
Soldado Edilson dos Santos Marques Amorin
Soldado Edilson Martins dos Santos
Soldado Edilson Pereira dos Santos
Soldado Edilson Valença
Soldado Edimar Alves da Silva
Soldado Edimar Éder Guerini
Soldado Edimar Freitas Pereira
Soldado Edimilson Ribeiro dos Santos
Soldado Edimundo da Purifi cação
Soldado Edinaldo Rodrigues da Silva
Soldado Ediomar Tavares de Lima
Soldado Edivaldo de Melo Costa
Soldado Edivanio da Silva Figueiredo
Soldado Edivio Moreira
Soldado Edmar Chaves da Silva
Soldado Edmar Portelados Santos
Soldado Edmilson Bussular
Soldado Edmilson de Oliveira Maia
Soldado Edmilson Fernandes Diniz
Soldado Edmilson Ribeiro Guimarães
Soldado Edmilson Rocha de Souza
Soldado Edmilson Silva dos Santos
Soldado Edmilson Vicente de Sá Júnior
Soldado Edmundo Barbosa de Souza
Soldado Ednael do Espírito Santo
Soldado Ednaldo José da Silva
285

Soldado Ednaldo Pereira Nunes
Soldado Ednaldo Vitor de Andrade
Soldado Ednardo Alencar do Nascimento
Soldado Ednelma Ribeiro Veras
Soldado Ednelson da Conceição Ferreira
Soldado Edno Carmélio Dutra
Soldado Edson Adriano Vieira da Costa
Soldado Edson Alecrim da Silva
Soldado Edson Alves Feitosa
Soldado Edson Antônio Bezerra
Soldado Edson Antônio Bezerra Lima
Soldado Edson Bernardo da Silva
Soldado Edson de Souza Farias
Soldado Edson e Oliveira
Soldado Edson Freitas dos Santos
Soldado Edson José de Amorim
Soldado Edson José dos Santos
Soldado Edson Moraes Leal
Soldado Edson Penha Ribeiro Filho
Soldado Edson Pereira de Carvalho
Soldado Edson Pinto Gomes
Soldado Edson Soares viterbo Neto
Soldado Edson Vander Pereira do Nascimento
Soldado Edu Charles Gomes
Soldado Eduardo Arrache Gonçalves
Soldado Eduardo Carlos da Silva
Soldado Eduardo de Oliveira Rodrigues
Soldado Eduardo dos Santos Malheiros
Soldado Eduardo Emerson Alves Nunes
Soldado Eduardo Jorge Santana da Silveira
Soldado Eduardo Lopes da Silva
Soldado Eduardo Luiz Barbosa de Oliveira
Soldado Eduardo Martins Ferreira
Soldado Edvando Luiz de Almeida
Soldado Edvane Maria da Costa
Soldado Edwil Lopes de Gouveia
Soldado Elaine Pessoa Guedes da Silva
Soldado Elcias Nasaré Rocha
Soldado Élcio Ezequiel da Fonseca
Soldado Elda Laura Oliveira Brito
Soldado Eldene Francisco da Silva
Soldado Elder Patrício Oliveira Gomes
Soldado Eldmar de Oliveira Lima
Soldado Eli Carlos Oliveira Araújo
Soldado Eliana Gama da Silva
Soldado Eliana Maria de Carvalho
Soldado Eliana Sabino Nascimento
Soldado Eliane Maria Magalhães Pontes
Soldado Elias Alexandre Teixeira Ribeiro
Soldado Elias José Lopes Schuina
Soldado Elias Ribeiro da Silva
Soldado Eliege do Nascimento Silva
Soldado Eliel Pio de Melo
Soldado Eliete Ribeiro de Lima
Soldado Eliezer Luiz da Silva
Soldado Eliezer Luiz da Silva
Soldado Eliezer Shockness
Soldado Elinismar Gomes dos Santos
Soldado Eliomar Ferreira Lemos
286
Soldado Eliomar Sousa dos Santos
Soldado Elisângela Costa Steele de Oliveira
Soldado Elisete Marilei Butke
Soldado Elismara Souza dos Santos
Soldado Elizel Rodrigues Eliger
Soldado Elizeu Fontana
Soldado Eliziane Espíndola
Soldado Elson Vieira da Cruz
Soldado Elton André Tapia de Oliveira
Soldado Elton Aragão Martins
Soldado Elton Nunes Cavalheiro
Soldado Elton Robson Barbosa de Lima
Soldado Elton Viera de Paiva
Soldado Elvis Kléber Umbelino Almeida
Soldado Elvis Santos de Araújo
Soldado Ely da Silva Leão
Soldado Ely Luiz e Silva
Soldado Emanuel Diniz de Araújo
Soldado Emanuel Fabrício Cavalcante Soares
Soldado Emanuel Ortiz
Soldado Emerson Alfredo Carbonera
Soldado Emerson Araújo Adorno
Soldado Emerson Assis da Costa
Soldado Emerson Conceição Souza Matos
Soldado Emerson Correa de Andrade
Soldado Emerson da Rosa
Soldado Emerson dos Santos
Soldado Emerson Faria de Andrade
Soldado Emerson Flávio Monteiro de Oliveira
Soldado Emerson Jânio Cunha
Soldado Emerson Kettz da Silveira
Soldado Emerson Lopes de Carvalho
Soldado Emerson Porfi rio Calou
Soldado Emerson Ramos Laguna Ribeiro
Soldado Emerson Ricardo Alves da Silva
Soldado Emerson Santana Teixeira
Soldado Emerson Severo da Silva
Soldado Emerson Silva
Soldado Emerson Travagin
Soldado Ênio Rodrigues Rodrigues
Soldado Enivaldo Leite
Soldado Eraldo Lázaro Alves
Soldado Eranilson Pereira de Jesus
Soldado Erberte Conceição Silva
Soldado Eriberto Soares de Oliveira
Soldado Eric César Santos Queiroz
Soldado Eric James da Silva Campos
Soldado Érica Chirlei da Silva Ribeiro
Soldado Érico José Gomes de Carvalho
Soldado Érico lomba Gadioli
Soldado Erik Araújo Martins Sales
Soldado Erik Dantas Britto
Soldado Erinilson Pereira do Nascimento
Soldado Erinton Luís Machado
Soldado Erislande Andrade da Cruz
Soldado Erisvaldo Gomes da Silva
Soldado Eritevalton Pimentel Matos
Soldado Erlon Frank Krum
Soldado Erlon Rodrigues Pereira

Soldado Ermenson Fernandes de Souza
Soldado Ermersom Carlos Duarte de Carvalho
Soldado Ernandio Parnaíba do Nascimento
Soldado Eroni Antônio Klein
Soldado Esdra Evangelista Rodrigues
Soldado Estainan Santana Badia
Soldado Eucimar Viana Lourenço
Soldado Euclides Luiz Torezan
Soldado Eudes Gomes de Morais
Soldado Evandro Carvalho dos Santos
Soldado Evandro Honorato de Souza
Soldado Evandro José da Silva
Soldado Evandro Moisés Sertoli
Soldado Evandro Rossetti
Soldado Evandro Silva de Moura Filho
Soldado Evangelista Santos da Silva
Soldado Evangivaldo Soares da Silva
Soldado Evanio Alves Silva
Soldado Everaldo dos Santos Soares
Soldado Everaldo Joaquim do Nascimento
Soldado Everaldo Nazareno Cézar de Melo
Soldado Everaldo Pereira da Silva
Soldado Everson da Costa Dolores
Soldado Everson da Cunha Monteiro
Soldado Everton Artur da Silveira
Soldado Everton da Silva Muniz
Soldado Everton Santana Santos
Soldado Everton Tomas Olive Barbosa
Soldado Evilson Ranger de Albuquerque Alves
Soldado Eweraldo Ferreira de Andrade
Soldado Ewerson Luiz da Silva
Soldado Ewerton Aparecido Moreira Salgado
Soldado Ewerton dos Santos Rocha
Soldado Ezequias de Lima Pereira
Soldado Ezequiel Pereira Carvalho de França
Soldado Ezequiel Rodrigues da Luz
Soldado Ezio Vitorino Paixão
Soldado Fabiana Araújo Medeiros da Silva
Soldado Fabiana Santos da Silva
Soldado Fabiano Basto da Rocha
Soldado Fabiano Fagundes Lima
Soldado Fabiano José Alves
Soldado Fabiano Ribeiro
Soldado Fabiano Rodrigues de Oliveira
Soldado Fábio Alves Ferreira Silva
Soldado Fábio Cristian dos Santos Araújo
Soldado Fábio Elias da Cruz
Soldado Fábio Gonzaga Ferraz
Soldado Fábio Guimaranhes Pedroso
Soldado Fábio Herculano Calixto
Soldado Fábio Jussier dos Santos
Soldado Fábio Macedo Braga
Soldado Fábio Rodrigo Kassburg
Soldado Fábio Rodrigues Sá
Soldado Fábio Santos Meireles
Soldado Fábio Silva de Jesus
Soldado Fábio Thompson de Mandonça
Soldado Fabrício Evangelista de Araújo
Soldado Fabrício Fernandes Pereira
Soldado Félix de Sousa Carvalho
Soldado Fernanda Miriam Alves Aquino
Soldado Fernanda Moraes da Silva
Soldado Fernanda Nunes Pimenta
Soldado Fernanda Schneider Mumbach
Soldado Fernando Cardoso
Soldado Fernando da Costa Neves
Soldado Fernando Firmino dos Santos
Soldado Fernando Formagio Alves
Soldado Fernando José Bitencourt Silva
Soldado Fernando Santos Souza
Soldado Fernando Souza Soares
Soldado Fernando Vasconcelos de Lima Júnior
Soldado Firmino da Silva Miranda
Soldado Flamarion Rodrigues da Silva
Soldado Flauber Câmara
Soldado Flávia Nelsiene Miro Muniz de Souza
Soldado Flávia Viana Soares
Soldado Flávio Alexandre Moreira boulanger
Soldado Flávio Aparecido de Campos Padilha
Soldado Flávio Augusto Ribeiro
Soldado Flávio Bastos de Almeida
Soldado Flávio Cardoso Regino
Soldado Flávio da Silva Bezerra
Soldado Flávio Dias de Souza
Soldado Flávio Henrique de Mendonça
Soldado Flávio Jaspex
Soldado Flávio Luís da Silva Costa
Soldado Flávio Mariano dos Santos
Soldado Flávio Oliveira Mota
Soldado Fleber Rodrigo Melo de Aguiar
Soldado Florimar Bastos de Souza
Soldado Florimundo Roberto Carlos de Matos belo
Soldado Francileudo Silva de Oliveira
Soldado Francinaldo Teixeira de Sousa
Soldado Francinilde Rodrigues da Silva
Soldado Francirlei Matos de Freitas
Soldado Francisco Alexandre Silva do Nascimento
Soldado Francisco André Machado Peres
Soldado Francisco Antônio Chagas de Medeiros
Soldado Francisco Antônio da Silva Lima
Soldado Francisco Arnoldo Linhares Mourão
Soldado Francisco Batista de Almeida
Soldado Francisco Benedito Martins Nascimento
Soldado Francisco Bezerra de Souza
Soldado Francisco Calixto de Souza
Soldado Francisco Campos Júnior
Soldado Francisco Carreiro de Lacerda
Soldado Francisco Cleógenes Alencar Santos
Soldado Francisco da Silva Nunes
Soldado Francisco Dantas da Silva
Soldado Francisco das Chagas Lima da Silva
Soldado Francisco de Assis Batista de Oliveira
Soldado Francisco de Assis Silva Santos
Soldado Francisco Edmilson da Silva
Soldado Francisco Evan Nogueira da Silva
Soldado Francisco Everardo Soares dos Santos
Soldado Francisco Gilson Cisne
Soldado Francisco Gomes de Queiroz
287

Soldado Francisco Jackson Martins de Matos
Soldado Francisco José Moreira Machado
Soldado Francisco Marcondes da Silva Lopes
Soldado Francisco Mendes de Araújo
Soldado Francisco Oliveira Lopes Júnior
Soldado Francisco Oliveira Neto
Soldado Francisco Paiva da Silva
Soldado Francisco Valente de Araújo
Soldado Francisco Wellington Coelho de Paula
Soldado Francislei Brasil Rodrigues
Soldado Francislei Ferreira de Freitas
Soldado Francisvaldo Bandeira Carvalho
Soldado Franckele de Aguiar Barroso
Soldado Frandemberg Hatchwell de Freitas
Soldado Frank Marques Gomes da Silva
Soldado Franklin dos Santos
Soldado Frankmar Pinho de Sousa
Soldado Fransney Albuquerque de Oliveira
Soldado Fred Jorge Siqueira Mendes
Soldado Fred uilian dos Santos Correia
Soldado Frederico Ferreira da Silva
Soldado Gabriel Pereira Ramos Filho
Soldado Gaiber Barteles da Silva
Soldado Galvacy Marcondes Chicuta da Silva
Soldado Galvan de Oliveira Cardoso
Soldado Garibaldo Pereira plácido
Soldado Geancharles Cerqueira de Freitas
Soldado Gebson Vieira dos Santos
Soldado Gelbson Branches dos Santos
Soldado Gélvica do Carmo Garcês
Soldado Genebaldo Neri dos Santos Júnior
Soldado Genildo Lopes Chaves
Soldado Genilson Lucena de Moura
Soldado Genisson Camilo
Soldado Genival Borges Pereira
Soldado Genivaldo Ferreira Guimarães
Soldado Genivaldo Soares de Medeiros Júnior
Soldado Genivan Barbosa Rodrigues
Soldado George Augusto de Oliveira Santos
Soldado George Damião dos Santos
Soldado George de Sousa Pereira roxo
Soldado George Santos de Andrade
Soldado Georgi Frank Pontes Lacerda Alves
Soldado Georvano Ventura
Soldado Geovane Camargo do Amaral
Soldado Geovani Barbosa de Melo
Soldado Geovani Ribeiro de Campos
Soldado Geraldo da Silva
Soldado Geraldo Ferreira dos Reis
Soldado Geraldo Pedro de Santana
Soldado Geraldo Saturnino
Soldado Gerard Maximiliano de Souza
Soldado Gerardo Magela Bezerra Marrocos Filho
Soldado Gerlan Moreira de Almeida
Soldado Gerlane de Souza Alencar Tompson
Soldado Germano da Costa Silva
Soldado Gerônimo dos Santos Menezes
Soldado Gersen dheme Pinto da Silva
Soldado Gerson José Taborda
288
Soldado Gerson Targino de Oliveira
Soldado Gester Labas
Soldado Gêsyla Raquel Carneiro da Silva
Soldado Giambattista Ferreira da Cunha Santos
Soldado Giancarlo Amorim da Silva
Soldado Gil Brito de Barros Figueiredo
Soldado Gil Udemberg Pereira Santana
Soldado Gilberto Alves Rodrigues
Soldado Gilberto Custódio dos Santos
Soldado Gilberto Gomes da Silva
Soldado Gilberto Moreira Martins
Soldado Gilberto Nascimento da Silva
Soldado Gildasio de Jesus Pereira
Soldado Gildo Pereira Siriano
Soldado Giliarde Xavier Gomes
Soldado Gilmar Braz e Silva
Soldado Gilmar Calixto Silva
Soldado Gilmar da Silva
Soldado Gilmar Feliciano de Oliveira
Soldado Gilmar Gustavo Santos Granja
Soldado Gilmar Rocha de Araújo
Soldado Gilson de Oliveira Gomes
Soldado Gilson Gonzaga da Silva
Soldado Gilson Luchini
Soldado Gilson Sote Filipe
Soldado Gilvan da Silva Alves
Soldado Gilvan Henrique da Silva
Soldado Gilvan Pereira dos Santos
Soldado Gilvando André dos Santos
Soldado Gilvania Maria Dahmer
Soldado Gionzébio Cosmo de Santana
Soldado Giovane Washington Cavalcante
Soldado Giovani Odnei Mendes
Soldado Gisela Silva Soares
Soldado Givaldo Amaral Pinto
Soldado Givanildo Pereira Teixeira
Soldado Gladimir Moura dos Santos
Soldado Gladistone José Mendes Rocha
Soldado Gladson Rocha de Souza
Soldado Gladstone Vargas de Oliveira
Soldado Glauber César Gomes
Soldado Glaucio Souza da Silva
Soldado Gleber Sena Rocha
Soldado Glecio de Araújo Medeiros
Soldado Gledson Moreira de Souza
Soldado Gleidson Adriano Pereira
Soldado Gleidson de Abreu Ferreira
Soldado Gleidson Lopes dos Santos
Soldado Gleidson Marcelo da Silva
Soldado Gleison Ferreira da Silva
Soldado Gleiston Ribeiro Pereira
Soldado Gleiton Guimarães Alves
Soldado Gleuson Pinheiro dos Santos
Soldado Glória Wilkens do Nascimento
Soldado Graciano Amancio Pereira
Soldado Gratuliano Ferreira da Silva
Soldado Greikison Ribeiro de Lima Chaves
Soldado Gualter Lima Castro
Soldado Guilherme Oliveira Bucar

Soldado Gumercino de Lima Mota
Soldado Gustavo Coelho Schaper
Soldado Gustavo Rafael Ramos Cerqueira
Soldado Gustavo Teles
Soldado Gutiergg César Guimarães
Soldado Hachilles Alberico Arruda Batista
Soldado Hairton Mendes da Trindade
Soldado Hamilton Ferreira dos Santos
Soldado Hamilton Iguatemi de Campos
Soldado Handerson Souza de Carvalho
Soldado Haylandia Leite Dutra da Cruz
Soldado Hedy Robson de Gildo Soares
Soldado Heidecle Araújo Fonseca
Soldado Heleno Daniel Ramos Krupka
Soldado Heleno Schmitt
Soldado Heli Perez Barbosa
Soldado Hélio dos Santos Silva
Soldado Hélio Márico da Silva Oliveira
Soldado Hélio Nascimento de Alcantara
Soldado Hélio Sevilha da Silva
Soldado Hélio Vilar Monteiro
Soldado Hellen de Souza Rocha
Soldado Hellen Karine Padilha de Vasconcelos
Soldado Helton Riqueti Rodrigues
Soldado Hely Teixeira de Sousa
Soldado Hemerson Vagner Bezerril
Soldado Henner Dellamare Costa e Silva
Soldado Henrique Barbosa
Soldado Henrique Caldeira Costa
Soldado Henrique da Conceição Oliveira
Soldado Herbert Cabral de Andrade
Soldado Herbert Feitosa de Araújo
Soldado Herbett Max Dantas de Medeiros
Soldado Hercílio Ferreira da Silva Júnior
Soldado Herik Marques da Silva
Soldado Hermann Leite de Almeida
Soldado Hermes Carlos da Silveira
Soldado Hermogenes Tolentino Alves
Soldado Hernando Eduardo de Oliveira
Soldado Heveraldo Henrique Rodrigues
Soldado Hilton Canhete da Silva
Soldado Hortêncio Soares Arrais
Soldado Hugo Alan da Silva
Soldado Hugo Andrade de Oliveira Melo
Soldado Hugo Eduardo de Oliveira Miranda
Soldado Hugo Gledson Cruz Gomes
Soldado Humberto Torres Machado
Soldado Iandro de Oliveira Maciel
Soldado Iara Denise Cruz Vieira
Soldado Iara Maria Chagas
Soldado Idionino Brustolim Júnior
Soldado Idoardo do Carmo Pereira
Soldado Ignocy Evangelista da Rocha Júnior
Soldado Igor Ferreira Simões
Soldado Ildeban Inácio da Silva
Soldado Ildemar da Silva Pereira
Soldado Ildemar de Farias
Soldado Ildevandro Albuquerque de Freitas
Soldado Ilmar Gomes Diniz
Soldado Ilso José de Amorim
Soldado Ilvo Francisco Restello
Soldado Imalaíma Pires Untar
Soldado Inácio Gomes Diniz
Soldado Inajara Rodrigues dos Santos
Soldado Iracelio Melo da Silva
Soldado Irael Moraes dos Santos
Soldado Irailton Vasconcelos Dias
Soldado Iramar Fonseca da Silva
Soldado Iramar Silva Sousa
Soldado Irani Batista de Lima
Soldado Irani da Rosa
Soldado Ires Cleuton Batista Saraiva
Soldado Isabel Cristina da Silva Rocha
Soldado Isair Becker
Soldado Isamar Pereira Rozal
Soldado Isaumir Irienu de Souza
Soldado Islen Moutinho Borges
Soldado Israel da Silva Marques
Soldado Israel Maia de Carvalho
Soldado Israel Vieira Lopes
Soldado Issan Mendes Borges
Soldado Itamar Alves Bastos
Soldado Itamar Ferreira
Soldado Ivaldo Bezerra Almeida
Soldado Ivan César Weiss
Soldado Ivan Pinto Brasil
Soldado Ivanildo Alves dos Santos
Soldado Ivanildo Emerson Fonseca Rodrigues
Soldado Ivanildo Monteiro da Silva Júnior
Soldado Ivanor Albino da Rosa
Soldado Ivo Rodrigues da Costa
Soldado Ivson Félix de Carvalho
Soldado Izabel Cristina de Souza
Soldado Izamar Oliveira Lira
Soldado Iziquiel dos Santos Júnior
Soldado Jachson da Silva Florencio
Soldado Jackson Charles Gomes de Lima
Soldado Jackson da Silva Ramos
Soldado Jackson de Sousa Rodrigues
Soldado Jacob Rodrigues Nery
Soldado Jadiel Soares Pinheiro Sobrinho
Soldado Jadimar Arceno de Sousa
Soldado Jadson José Gomes da Silva
Soldado Jaidê Silva de Souza
Soldado Jailson Cardoso dos Santos
Soldado Jailson de Oliveira Carneiro
Soldado Jaílson de Souza Franco
Soldado Jailson Emiliano da Silva
Soldado Jailson José fi rino de Almeida
Soldado Jailson José Vieira Alves
Soldado Jailson Nunes de Medeiros
Soldado Jailton Gomes de Lima
Soldado Jailton Pereira Lopes
Soldado Jailton Rosendo Santos
Soldado Jailton Teixeira Mendes
Soldado Jaimar Martins de Oliveira
Soldado Jaime Antônio Santos Ribeiro
Soldado Jaime José Nascimento Neto
289

Soldado Jaime Porto de Souza
Soldado Jaime Targino de Lima
Soldado Jaime Zacarias de Andrade
Soldado Jair Back
Soldado Jair Cação de Magalhães
Soldado Jair da Câmara Vicente
Soldado Jair de Almeida Cabral
Soldado Jair Mendes Ferreira
Soldado Jair Saraiva de Arruda
Soldado Jairo Oliveira Gomes
Soldado Jairo Xavier Moreira
Soldado James Carneiro de Araújo
Soldado James Viana Lima
Soldado Jamir Arthur Langkamer Júnior
Soldado Jamiro Pereira de Carvalho
Soldado Jandimarcos Batista Ramalho
Soldado Jandres Alves Bezerra
Soldado Janilton de Souza Gomes
Soldado Janilton José da Silva
Soldado Janio Pinheiro Gomes
Soldado Jaques Ferreira de Souza Júnior
Soldado Jarbas Lopes da Silva
Soldado Jarbas Nunes dualdo
Soldado Jarbas Osório Aquino Ribeiro
Soldado Jean Barros Ferraz
Soldado Jean Carlos da Silva Brito
Soldado Jean Carlos de Lima
Soldado Jean Carlos Medeiros
Soldado Jean Carlos Pereira de Melo
Soldado Jean Carvalho Hosken
Soldado Jean de Paula Maciel
Soldado Jean Jacques de Oliveira Lima
Soldado Jean Oliveira de Mendonça
Soldado Jean Victor Souza Amaral
Soldado Jeane Paes de Lima
Soldado Jeferson Alessandro Garcia
Soldado Jeferson d’Almeida
Soldado Jeferson Pilarski
Soldado Jefferson André Braga
Soldado Jefferson Andrey Gomes Maia
Soldado Jefferson Antônio de Oliveira
Soldado Jefferson da Silva Gomes
Soldado Jefferson Fraga da Silva
Soldado Jefferson Santos da Costa
Soldado Jeiffrer Júnior de Melo Antrobus
Soldado Jeisson Roberto de Araújo
Soldado Jeová Pereira Valverde
Soldado Jeovan Amarante Monteiro
Soldado Jercilene Pires de Souza Oliveira
Soldado Jerdeson Marques Melo
Soldado Jerônimo de Souza
Soldado Jerônimo Rodrigues Vilar Nunes
Soldado Jesoni Goulart godinho
Soldado Jesus Nazareno Ferreira Oliveira
Soldado Jhony Pedro de Paixão
Soldado Jildenilson Morais da Silva
Soldado Joadclan de Almeida Prazeres
Soldado Joadir Apolinário do Anjos Júnior
Soldado João Agnaldo Batista de Freitas
290
Soldado João Ataíde Pereira Neto
Soldado João Barbosa da Silva
Soldado João Barbosa de Morais Filho
Soldado João Batista da Costa Filho
Soldado João Batista da Silva
Soldado João Batista Lopes da Paz
Soldado João Batista Vieira Júnior
Soldado João Carlos Gomes dos Santos
Soldado João Carlos Marcondes Pereira
Soldado João Carlos Nunes Sala
Soldado João Cézar Costa Farias
Soldado João da Mata Neto
Soldado João do Nascimento dos Santos
Soldado João dos Santos
Soldado João Ferreira Marink
Soldado João Fortes Cunha
Soldado João Francisco de Oliveira
Soldado João Gonçalves da Silva Filho
Soldado João Homero Botelho de Lima
Soldado João Irís Pereira de Medeiros
Soldado João Manoel Ribeiro Boeira
Soldado João Maria de Medeiros
Soldado João Maria Paulino Bezerra
Soldado João Maria Pereira da Silva
Soldado João Maria Ribeiro de Oliveira
Soldado João Mauro Rodrigues de Freitas
Soldado João Paulo Gabriel
Soldado João Paulo sobral Dias Afonso
Soldado João Paulo Teixeira Torres
Soldado João Rabelo de Souza Júnior
Soldado João Ronaldo de Souza Mendes
Soldado João Salatiel Cabral
Soldado João Santos Germano Filho
Soldado João Teixeira Barbosa Júnior
Soldado João Tomé Peloso de Sousa
Soldado João Viana da Silva
Soldado Joaquim Alves da Silva Filho
Soldado Joaquim César Lemos
Soldado Joaquim de Araújo Lima
Soldado Joaquim Ferreira Ramos
Soldado Joberson José da Silva
Soldado Jocelio Claúdio Cavalcanti de Andrade
Soldado Jocelmar Falcão Silva
Soldado Jociel Montes de Sales
Soldado Jociro Oliveira e Silva
Soldado Jocival Cardoso Evangelista
Soldado Jocivaldo Vargas Silva
Soldado Joel Souza da Silva
Soldado Joel vital de Souza
Soldado Joelcio Damasceno da Silva
Soldado Joeldo Pereira Marques
Soldado Joelio Oliveira Nepomuceno
Soldado Joelson de Menezes
Soldado Joelson dos Santos Anjos
Soldado Joerbet Mendes Froés
Soldado Joeverton de Lacerda Nóbrega
Soldado Jogno Vezú
Soldado John Fredson da Silva
Soldado Johnson Andrade Júnior

Soldado Joilson Rodrigues de Almeida
Soldado Joilton de Figueiredo Campos
Soldado Jonas Francisco da Silva
Soldado Jonas Lucas da Costa
Soldado Jonas Ricardo Nicoleti
Soldado Jonata Lúcio Fernandes Barbosa
Soldado Jone Charles Bezerra Galindo
Soldado Joneci Firmino Garcia
Soldado Jonesmar Bender
Soldado Joniere Alves dos Santos
Soldado Jonnny Cruiff da Silva Santos
Soldado Jopys José Botelho dos Santos
Soldado Jorge Carlos Santos de Oliveira
Soldado Jorge Chrisley Silva Pereira
Soldado Jorge de Oliveira Campos Júnior
Soldado Jorge Fernando de Oliveira Freitas
Soldado Jorge Henrique Souza da Costa
Soldado Jorge Ivan Rodrigues da Silva
Soldado Jorge Luís Barreto Fonsêca
Soldado Jorge Luís de Jesus Pena
Soldado Jorge Luís de Santana Correia
Soldado Jorge Luís dos Santos
Soldado Jorge Luiz Silva Santos
Soldado Jorge Ramos
Soldado Jorge Washington Silva Santos
Soldado Josafal Rodrigues da Conceição
Soldado Josan Henrique da Silva
Soldado Joscilene Rodrigues de Almeida
Soldado José Ademar da Silva e Silva
Soldado José Adenir Morais
Soldado José Adevaldo Araújo dos Santos
Soldado José Aderi da Costa
Soldado José Alex Martins Antunes
Soldado José Alexandre Kronhardt Lorens
Soldado José André de Andrade Soares
Soldado José Antônio Cruz
Soldado José Antônio das Graças Aquime Alves
Soldado José Aparecido Tiago
Soldado José Artur Alves de Souza
Soldado José Augusto de Melo Gomes
Soldado José betanio Maciel Alves
Soldado José Cardoso de Miranda Júnior
Soldado José Carlos da Costa
Soldado José Carlos de Jesus Gonçalves
Soldado José Carlos Gomes da Silva
Soldado José Carlos Herue da Silva
Soldado José Carlos Machado da Rosa
Soldado José Carlos Pereira
Soldado José Carlos Soares Santana
Soldado José Cassiano Alves
Soldado José Cícero da Silva
Soldado José Cícero Silva Nobre
Soldado José Claúdio Alves Leandro
Soldado José Cléber de Morais Silva
Soldado José Cledson Lopes dos Santos
Soldado José Daciano Gomes do Nascimento Júnior
Soldado José de Amorim Sales
Soldado José de Nazaré Costa pantoja
Soldado José de Ribamar Gomes Pereira
Soldado José de Ribamar Rodrigues Pereira
Soldado José de Sousa Castro Filho
Soldado José de Sousa Silva
Soldado José Décio Silva de Almeida
Soldado José dos Santos Araújo
Soldado José Edilberto de Santana Santos
Soldado José Édio Moreno da Silva
Soldado José Eronildo da Silva
Soldado José Evanildo da Silva
Soldado José Everton Alves
Soldado José Fernando Carvalho Cavalcante Júnior
Soldado José Ferreira dos Anjos
Soldado José Ferreira Filho
Soldado José Ferreira Soares
Soldado José Fortes
Soldado José Francisco Scartezini Silva Júnior
Soldado José Frank Cardoso Viana
Soldado José Gilvan Alves Nunes
Soldado José Harlan Ferreira
Soldado José Henrique Brianez
Soldado José Humberto da Silva
Soldado José Ivan Veras do Nascimento
Soldado José Ivanaldo do Amaral Júnior
Soldado José Laerson Fragoso de Melo
Soldado José Lamarck Leite Pires de Lacerda
Soldado José Leilson da Cunha
Soldado José Lenildo dos Santos
Soldado José Lopes da Cunha Júnior
Soldado José Luís Gualberto Vieira
Soldado José Luiz de Agnelo Costa
Soldado José Mairton do Nascimento
Soldado José Márico Figueiredo de Oliveira
Soldado José Márico Vieira de Souza
Soldado José Maria Alves de Oliveira
Soldado José Maria de Oliveira
Soldado José Maria Durães da Silva
Soldado José Maria Meireles Filho
Soldado José Maria Peira Lima
Soldado José Mário dos Anjos Matos
Soldado José Mário dos Santos Matos
Soldado José Martins de Castro Júnior
Soldado José Moacir terres
Soldado José Moura Fontes Filho
Soldado José Nelson dos Santos Silva
Soldado José Neto Alves Ferreira
Soldado José Neurismar bezzera de Oliveira
Soldado José Odair da Silva Amaral
Soldado José Paulo Correa de Paiva
Soldado José Paulo Ribeiro Borges
Soldado José Paulo Simplicio Rosario
Soldado José Paulo Souza
Soldado José Raimundo Martins Santos
Soldado José Rainier da Silva Lopes
Soldado José Ricardo da Costa Serafi m
Soldado José Ricardo Medeiros de Araújo
Soldado José Ricardo Steinbach
Soldado José Ricardo Vieira
Soldado José Roberto Cavalcanti Ferreira
Soldado José Roberto de Melo
291

Soldado José Roberto de Oliveira
Soldado José Roberto Soares da Silva
Soldado José Robson Dantas Júnior
Soldado José Robson Gonçalves Pereira
Soldado José Roque da Silva
Soldado José Rosildo Pereira dos Santos
Soldado José Samuel Spener
Soldado José Vagner Cavalcante
Soldado José Vagner Sesário Teixeira
Soldado José Valdecir Correa
Soldado José Vanderlei Santos Soares
Soldado José Wellington Soares de Souza
Soldado José William da Silva
Soldado José William dos Reis Silva
Soldado José Williams Ramos de Souza Júnior
Soldado José Wilson dos Santos
Soldado José Wilson Frota Ribeiro
Soldado Joseane da Silva Souza
Soldado Joseane Santos de Oliveira
Soldado Josefran Leite Costa
Soldado Joselia Lúcia Grinivold
Soldado Josemar Martins de Sousa
Soldado Josenilton de Jesus Franco
Soldado Josias João da Silva
Soldado Josidarck Ribeiro Ferreira
Soldado Josifl avio José da Silva
Soldado Josinaldo Félix de Sousa
Soldado Josivan Lopes de Araújo
Soldado Josnei dal Santos
Soldado Josualdo dos Santos Mota
Soldado Josué Leal Ferreira
Soldado Josué Meneses Brandão
Soldado Josué Tavares da Silva
Soldado Jovan Costa Melo
Soldado Juarez Mário dos Santos Nunes
Soldado Juçara Lopes da Silva Santos
Soldado Jucelito Rodrigues Paz
Soldado Jucier Antunes da Paz
Soldado Juciley Pereira Brito
Soldado Judson dos Santos Almeida
Soldado Jules Barbosa Monteiro
Soldado Juliano Farias de Queiroz
Soldado Juliano Martins de Almeida
Soldado Júlio André da Silva Esteves
Soldado Júlio César Bitencourt de Campos
Soldado Júlio César de Souza França
Soldado Júlio César dos Santos
Soldado Júlio César Martins
Soldado Júlio César Silva Vieira
Soldado Júlio César Vieira Campos
Soldado Júlio Ramos Almeida
Soldado Júlio Verne Sousa Garcia
Soldado Juniel Padilha Queiroz
Soldado Jurandi Alves da Silva Filho
Soldado Jurandir Alff Martins
Soldado Jurandir Freitas Lopes Júnior
Soldado Jurandy Ribeiro Reis
Soldado Juscelino Siqueira da Silva
Soldado Jussier Lopes de Araújo
292
Soldado Justino Amaral de Souza
Soldado Kalyl Moraes de Aquino
Soldado Kammylla Pereira Rodrigues
Soldado Kássia Leandra Lóis Fagundes
Soldado Keisvaldo Soares de Souza Sabino
Soldado Kênio Marcos Barros de Lima
Soldado Kennedy Geraldo Mendes
Soldado Keyth Negro Ferreira
Soldado Klalber Evilázio Willamic
Soldado Klaus Carvalho Valadares
Soldado Kléber Airon de Oliveira Gonçalves
Soldado Kléber Ramon da Silva
Soldado Laédia Corrêa Rocha
Soldado Laertte Silva de Oliveira
Soldado Laudeny Fernandes Reis
Soldado Lauriano Oliveira da Silva
Soldado Lázaro Antônio Espíndola da Silva
Soldado Lázaro Delaguila de Noronha
Soldado Leandro Bordin dos Santos
Soldado Leandro de Souza Fernandes
Soldado Leandro dos Santos Araújo
Soldado Leandro dos Santos Puls
Soldado Leandro Madeira de Oliveira
Soldado Leandro Nunes Cavalheiro
Soldado Leandro Santos de Lima
Soldado Leda Maciel de Sousa
Soldado Lee Charles Marcon Cantuário
Soldado Leila Demétrio
Soldado Leodir Antônio Serafi ni
Soldado Leomilton Pires Silva
Soldado Leonardo Davinci Ramos da Silva
Soldado Leonardo Henrique Lemos Pena
Soldado Leonardo Pinheiro da Trindade
Soldado Leôncio libânio Duarte Neto
Soldado Leonel Cristo Jeronimo da Silva
Soldado Leonildo Costa de Macedo Júnior
Soldado Letícia de Barros Oliveira
Soldado Levi Santiago da Silva
Soldado Levilson Ângelo Magalhães
Soldado Levy Cardoso da Silveira
Soldado Lidiane de Vasconcellos Maciel
Soldado Lidinéia Costa Teixeira
Soldado Lincoln Barreto dos Santos Silva
Soldado Lindo Cézar da Silva
Soldado Lindomar Alexandre dos Santos
Soldado Lindomar Domingos da Silva
Soldado Lister Rodrigues dos Santos
Soldado Livelne Farias dos Santos
Soldado Lorivaldo Amorim da Silva
Soldado Lourenço Moreira Vieira Filho
Soldado Lourivan Silva romeiro
Soldado Lucarini Emmanuel Brito Mendes
Soldado Lucas Gonçalves Muller
Soldado Lucas kelmo Vilalva da Silva
Soldado Lúcia Costa da Silva
Soldado Luciana Briedis
Soldado Luciana Rodrigues dos Santos
Soldado Luciana Silva Noberto
Soldado Luciana Trindade Ribeiro

Soldado Luciano Antônio da Silva
Soldado Luciano Baldoíno dos Santos
Soldado Luciano Barbosa Ramos
Soldado Luciano Batista da Silva
Soldado Luciano Campos
Soldado Luciano da Motta Mesquita
Soldado Luciano da Silva Almeida
Soldado Luciano das Chagas Gomes
Soldado Luciano dos Santos Laudilio
Soldado Luciano Flávio Sguarizt
Soldado Luciano Gomes Pereira
Soldado Luciano Lustosa de Brito
Soldado Luciano Machado Pereira Vieira
Soldado Luciano Moreira dos Santos
Soldado Luciano Pereira da Silva
Soldado Luciano Pereira Elias
Soldado Luciano Rodrigues de Moura
Soldado Luciano Silva de Souza
Soldado Lucilanio Cunha Bernardo
Soldado Lucimario Souza Vieira
Soldado Lucinei Lucimar da Silva
Soldado Lucinei Mendes Saraiva
Soldado Lucinéia Romão
Soldado Lucio Carlos Alves
Soldado Lucio Eli Moraes
Soldado Lucio Fábio Barbosa de Lima
Soldado Lucio Flávio Ferreira do Egito
Soldado Lúcio Mário Santos Sousa
Soldado Lucio Mauro Castanho Gonçalves
Soldado Lucivaldo Nascimento cassimiro
Soldado Ludival Lima dos Santos
Soldado Luigi Gustavo Soares Pereira
Soldado Luís Alberto Chagas da Silva
Soldado Luís Alberto Chaves Rodrigues
Soldado Luís Amaral da Silva
Soldado Luís Antônio da Silva Pereira
Soldado Luís Antônio Souto de Azevedo
Soldado Luís Carlos Burigo
Soldado Luís Carlos Damacena
Soldado Luís de Senna Nascimento
Soldado Luís Donizete Macedo Soares
Soldado Luís Gustavo Carvalho aldunate
Soldado Luís Henrique Fortes Vieira
Soldado Luís Humberto Oliveira da Silva
Soldado Luiz Alberto Francisco Vicente
Soldado Luiz Antônio de Santana
Soldado Luiz Antônio Matias da Paixão
Soldado Luiz Antônio Monteiro dos Santos
Soldado Luiz Antônio Pinto Martins
Soldado Luiz Antônio Preza da Costa
Soldado Luiz armando Souza Fernandes
Soldado Luiz Carlos de Oliveira
Soldado Luiz Carlos Dias Oliveira
Soldado Luiz Carlos dos Santos
Soldado Luiz Cássio Miguel Cruz
Soldado Luiz Claúdio Cavalcante
Soldado Luiz de Souza Brito
Soldado Luiz George Gomes Lima
Soldado Luiz Henrique Rodrigues de Lima
Soldado Luiz José de Lima Neto
Soldado Luiz Moura de Oliveira Ferreira Filho
Soldado Luiz Rogério Bastos de Souza
Soldado Luiz Sérgio de Jesus Pereira
Soldado Luiz Wagner dos Santos
Soldado Luizmar Pereira da Conceição
Soldado Mácio Manoel Antunes Júnior
Soldado Madisson da Silva Bastos
Soldado Madson Siqueira Silva Neto
Soldado Magali Thais
Soldado Magno Antônio de Oliveira
Soldado Magno de Sousa Santos
Soldado Maisson Costa
Soldado Malaquias Santos de Camargo
Soldado Manoel Adaildo da Luz
Soldado Manoel Alves Farias
Soldado Manoel Arcanjo Mota Rodrigues
Soldado Manoel de Jesus Morais
Soldado Manoel do Espírito Santo Souza dos Santos
Soldado Manoel Joaquim de Souza Castro
Soldado Manoel Micias Costa dos Santos
Soldado Manoel Nascimento Matos de Jesus Filho
Soldado Manoel Nonato da Silva Júnior
Soldado Manoel Raimundo do Egito Amanajás
Soldado Manoel Sebastião Araújo Pires
Soldado Manuel de Deus Neto
Soldado Manuelito Francisco Leite Júnior
Soldado Marcello Cézar Silva
Soldado Marcelo Alves Pereira
Soldado Marcelo Antônio da Silva
Soldado Marcelo Antônio liguori
Soldado Marcelo Augusto Lopes Magalhães
Soldado Marcelo Azevedo do Nascimento
Soldado Marcelo Barros Gama
Soldado Marcelo Batista da Silva
Soldado Marcelo Belarmino Ferreira
Soldado Marcelo Bonizzi
Soldado Marcelo Bravim
Soldado Marcelo do Valle Faccio
Soldado Marcelo Fernandes da Costa
Soldado Marcelo Ferreira de Moraes
Soldado Marcelo Ferreira de Souza
Soldado Marcelo Ferreira Henrique
Soldado Marcelo Francisco de Carvalho Silva
Soldado Marcelo Garcia
Soldado Marcelo Gomes da Silva
Soldado Marcelo Gouveia
Soldado Marcelo Júnior Soares de Oliveira
Soldado Marcelo Kreusch
Soldado Marcelo Lacerda da Matta
Soldado Marcelo Maia Teixeira
Soldado Marcelo Menezes Maia
Soldado Marcelo Ney Neves e Silva
Soldado Marcelo Pereira de Souza
Soldado Marcelo Pereira Silva Nunes
Soldado Marcelo Rodrigues Coelho
Soldado Marcelo Rodrigues da Luz
Soldado Marcelo Santos
Soldado Marcelo Saturnino dos Santos
293

Soldado Márcia Bezerra Lopes Caetano
Soldado Marcia Greskil Gabriel
Soldado Marcia Hoffmann
Soldado Marcia Messias de Oliveira Bezerra
Soldado Marcílio Fernandes da Silva
Soldado Marciney da Costa e Silva
Soldado Márcio Albuquerque Raiol
Soldado Márcio André Paiva Alves
Soldado Márcio Antônio Costa dos Santos
Soldado Márcio Antônio Nascimento Alves
Soldado Márcio Antunes de Oliveira
Soldado Márcio Carlos Garcias
Soldado Márcio Cazuza
Soldado Márcio César Amorim
Soldado Márcio da Silva
Soldado Márcio de Oliveira Nascimento
Soldado Márcio Dias da Silva
Soldado Márcio Domingos de Melo
Soldado Márcio Éder Raimundo dos Santos
Soldado Márcio Fabiano da Silva Nunes
Soldado Márcio Felipe de Sousa mangueira
Soldado Márcio Fernandes de Sousa
Soldado Márcio Floriano Barbosa
Soldado Márcio Francisco de Vasconcelos
Soldado Márcio Giovane Menezes
Soldado Márcio Gonçalves Lima
Soldado Márcio Greyk da Silva
Soldado Márcio João Braun
Soldado Márcio Jorge Furtado Marçal
Soldado Márcio José Bueno de Godoy
Soldado Márcio José da Silva
Soldado Márcio Luciano Silva
Soldado Márcio Martins
Soldado Márcio Menegalo da Silva
Soldado Márcio Pereira da Rocha
Soldado Márcio Roberto Almeida Santos
Soldado Márcio Rogério de Lima Sampaio
Soldado Márcio Rogério Teixeira penha
Soldado Márcio Soares de Freitas
Soldado Márcio Vinícius Salomão do Nascimento
Soldado Márcio Waldeney Silva de Oliveira
Soldado Márcio Wendell Gomes Marinho
Soldado Marcírio Cleomar Nascimento Gomes
Soldado Marcius Andrey Melo de Andrade
Soldado Marcleide Vieira Lustosa
Soldado Marco Antônio Cerqueira Britto
Soldado Marco Antônio da Costa Fernandes
Soldado Marco Antônio de Almeida Alves
Soldado Marco Aurélio de Oliveira
Soldado Marco Aurélio Ferreira Dias
Soldado Marco Aurélio Maçaneiro
Soldado Marco Aurélio Rodrigues de Miranda
Soldado Marco Aurélio Santos Sá
Soldado Marconde Vieira dos Santos
Soldado Marcone Oliveira de Jesus
Soldado Marcone Pereira Marinho
Soldado Marcos André Barbosa
Soldado Marcos André de Mello
Soldado Marcos André Silva e Lima
294
Soldado Marcos Andreyw de Moraes Moreira
Soldado Marcos Antônio de Oliveira Santos
Soldado Marcos Antônio de Sousa Galvão
Soldado Marcos Antônio Flores Pacheco
Soldado Marcos Antônio Monteiro de Oliveira
Soldado Marcos Antônio Pereira
Soldado Marcos Antônio Reis dos Santos
Soldado Marcos Antônio Rodrigues da Silva
Soldado Marcos Antônio Serqueira Gonçalves
Soldado Marcos Aparecido Laurindo
Soldado Marcos Aurélio de Almeida Morais
Soldado Marcos Aurélio Sá
Soldado Marcos Barbosa Lima
Soldado Marcos Bastos da Silva
Soldado Marcos Benício da Silva
Soldado Marcos Cézar Almeida Santos
Soldado Marcos Cruz Almeida
Soldado Marcos da Silva Almeida
Soldado Marcos de Oliveira Bandeira
Soldado Marcos de Sousa Custódio
Soldado Marcos Domingos dos Santos
Soldado Marcos Enedino Martins
Soldado Marcos Feliciano da Silva
Soldado Marcos Fernando Matias Matos
Soldado Marcos José Marques
Soldado Marcos Mariano Naimayer
Soldado Marcos Nascimento dos Santos
Soldado Marcos Paulo de Souza Rodrigues
Soldado Marcos Paulo Moreira da Silva
Soldado Marcos Paulo Sousa Dublante
Soldado Marcos Rilder de Souza Brelaz
Soldado Marcos Roberto Abreu da Silva
Soldado Marcos Roberto Araújo do Nascimento
Soldado Marcos Roberto Cardoso
Soldado Marcos Roberto Martins Araújo
Soldado Marcos Roberto Rebelo
Soldado Marcos Rodrigues Mateus
Soldado Marcos Rubilar Alves Garcia
Soldado Marcos Santos Batista
Soldado Marcos Suel Fernandes dos Santos
Soldado Marcos Teixeira da Silva
Soldado Marcus Henrique Marmo
Soldado Marcus Vinícius de Farias
Soldado Marcus Vinícius Silva Oliveira
Soldado Marcus Vinícus Barcelos e Silva
Soldado Margaret Tributino de Lira
Soldado Maria da Conceição Corrêa Pereira
Soldado Maria da Felicidade de Jesus Lobo
Soldado Maria da Glória Bodemuller Alano
Soldado Maria do Perpétuo de Vasconcelos
Soldado Maria do Rosário Figueiredo
Soldado Maria Domingas dos Santos Silva
Soldado Maria Izete Queiroz de Vasconcelos
Soldado Maria Janete Costa Lacerda
Soldado Maria Jocelina Rodrigues Lima
Soldado Maria José Lopes Viana
Soldado Maria Lúcia Chagas de Freitas
Soldado Maria Nelza da Silva
Soldado Maria Olímpia Duque Farias

Soldado Marillia Joyce Silva de Freitas
Soldado Marilson Boamorte Júnior
Soldado Mário David Ribeiro Zaranza
Soldado Mário Gomes da Silva
Soldado Mário Santos Ramos da Silva
Soldado Marisa Pessoa e Silva Oliveira
Soldado Marivaldo Assis dos Santos
Soldado Mark Leid Oliveira Silva
Soldado Marlene de Vargas Greff
Soldado Marley Rocha Albino
Soldado Marlon Cristian Marques de Souza
Soldado Marlon Emerson Arantes Souza
Soldado Marlon Gonçalves Mota
Soldado Marlon José de Castro
Soldado Massilon Alves da Silva Filho
Soldado Maurício Alves dos Santos Veiga
Soldado Maurício da Silva Oliveira
Soldado Maurício Daher de Oliveira
Soldado Maurício Egídio Felipe
Soldado Maurício Pedro Peruffo
Soldado Maurício Porto Menezes
Soldado Maurício Sebastião Rampi
Soldado Maurício Simões da Silva Filho
Soldado Maurilio Sebastião da Silva Filho
Soldado Mauro André Machado de Oliveira
Soldado Mauro Brasil de Sá Leitão
Soldado Mauro de Mesquita Correia
Soldado Mauro Ênio Pereira da Silva
Soldado Mauro Francisco Carvalho dos Santos
Soldado Mauro Pacheco da Silva
Soldado Mauro Ricardo da Fonseca de Souza
Soldado Max rlay Lima do Nascimento
Soldado Melquisedeque Ferreira Rodrigues
Soldado Michele Souza dos Santos
Soldado Michelson da Paz Melo
Soldado Milton Kélio Pereira Alves
Soldado Milton Nobre Sobrinho
Soldado Misael José do Nascimento
Soldado Mitchel da Silva Ramos
Soldado Moisés de Jesus Oliveira
Soldado Moisés Ferreira Azevedo
Soldado Moisés Ribeiro Soares
Soldado Mosaniel Costa
Soldado Nacip Lemos Felipe Júnior
Soldado Nadila de Abreu Marques
Soldado Nadison José Viana Martins
Soldado Nadson de Carvalho Santos
Soldado Naiara Martinelli
Soldado Nailson Luiz Ramos
Soldado Narciso Correa
Soldado Natan Bastos Francisco
Soldado Natanael Virgínio da Rocha Júnior
Soldado Nausica Teresinha Rodrigues dos Santos
Soldado Nehemias Gomes Menezes
Soldado Neiva Rocha
Soldado Nelton Douglas dos Santos
Soldado Neosvaldo de Castro Souza
Soldado Nestor Alves de Barros
Soldado Neuracy Rodrigues Cavalcante
Soldado Neurison José da Silva
Soldado Nice leme da Silva Paim
Soldado Nildo de Souza
Soldado Nildon serrão de Oliveira
Soldado Nilmérisson de Oliveira Paiva
Soldado Nilson Arcelino da Silva
Soldado Nilson Casanova Dantas
Soldado Nilson Pinto dos Santos
Soldado Nilson Rodrigues dos Santos
Soldado Nilton César Campos Azevedo
Soldado Nilvaci Souza da Silva
Soldado Niura de Loudres Norberto
Soldado Nivaldo Rodrigues dos Santos
Soldado Nivaldo Tavares dos Santos
Soldado Nivardo Melo Maranhão
Soldado Noel Pinho Nogueira
Soldado Núbia Patrícia Lira Carvalho
Soldado Obadias Carneiro da Silva
Soldado Oberti Rodrigues Porto
Soldado Odaci da Silva Carvalho
Soldado Odilson Campos
Soldado Odilson de Sousa Silva
Soldado Odirley José Pereira dos Anjos
Soldado Onildo Jesus do Nascimento
Soldado Oqlak Martins Cortês
Soldado Orlando Antônio de Freitas Netto
Soldado Orlando da Costa Silva
Soldado Orlando José Santos Telles
Soldado Orleisson Coelho Pedrosa
Soldado Osmar Alves Moreira
Soldado Osvaldo Lima da Silva
Soldado Otacílio José da Silva
Soldado Otávio Augusto Lima Rodrigues
Soldado Otoniel Severino Anselmo
Soldado Ozano Moreira Júnior
Soldado Oziel Barbosa de Aguiar
Soldado Oziel Freitas Xavier
Soldado Oziel Lima Rocha
Soldado Pablo Barreto dos Santos
Soldado Pablo Fabiano Nascimento Francisco
Soldado Paloma Priscila Level David
Soldado Paraguassu Eugênio Rocha
Soldado Patrícia Aparecida Curcelli
Soldado Patrícia Della Fuente
Soldado Patrícia Mendes Amorim
Soldado Patrícia Rodrigues dos Santos
Soldado Patricio Euro Mota Dias
Soldado Patrick Depailler Ghisleri
Soldado Paula Regina de Souza
Soldado Paulo André Negreira de Souza
Soldado Paulo Anselmo dos Santos
Soldado Paulo Brito de Oliveira
Soldado Paulo Carvalho Lopes
Soldado Paulo César Ferreira Ramos
Soldado Paulo César Martins
Soldado Paulo César Medeiros
Soldado Paulo Cézar Vietmeier
Soldado Paulo Cleverson Nunes
Soldado Paulo da Silva Menezes
295

Soldado Paulo Daniel Rogovschi Júnior
Soldado Paulo Fernandes Melo Araújo
Soldado Paulo George Lopes
Soldado Paulo Henrique Camilo
Soldado Paulo Henrique Fernandes da Hora
Soldado Paulo Henrique Pereira
Soldado Paulo Henry de Oliveira Souza
Soldado Paulo Jefferson Colaço de Almeida
Soldado Paulo Jonatas Santos da Silva
Soldado Paulo Malheiros Santos Filho
Soldado Paulo Nunes de Souza Júnior
Soldado Paulo Ricardo Pereira Quadrado
Soldado Paulo Roberto Buarque da Rocha
Soldado Paulo Roberto da Cruz Perilli
Soldado Paulo Roberto da Silva Mota
Soldado Paulo Roberto de Oliveira
Soldado Paulo Roberto de Oliveira Silva
Soldado Paulo Santos da Silva
Soldado Paulo Sérgio Acunha
Soldado Paulo Sérgio da Cunha Nepomuceno
Soldado Paulo Sérgio dos Santos
Soldado Paulo Sérgio Francelino Soares
Soldado Paulo Sérgio Martiniano
Soldado Paulo Sérgio Nascimento de Lima
Soldado Paulo Sérgio Pereira Varjão
Soldado Paulo Sérgio Salgado
Soldado Paulo Sérgio Santos
Soldado Pedro Augusto da Silva Neto
Soldado Pedro Avelino da Luz Tomaz
Soldado Pedro dos Reis Castelo Almeida
Soldado Pedro Henrique de Oliveira Cortês
Soldado Pedro Paulo Martins Sobral
Soldado Pedro Pereira dos Santos
Soldado Pedro Samuel de Almeida
Soldado Périkles Guimarães da Silva
Soldado Petula Maria de Jesus Macedo
Soldado Phablo de Alencar Maximiano
Soldado Plínio Réus da Rocha Júnior
Soldado Rafael Martins
Soldado Rafael Nazari Ribeiro
Soldado Rafaela Freitas Siqueira
Soldado Raiele Barbosa da Silva
Soldado Railson Alves Simões Júnior
Soldado Raimunda Alencar Pontes
Soldado Raimundo Carlos Lorena
Soldado Raimundo de Jesus Mendes Pereira
Soldado Raimundo Igor Nunes Ferreira
Soldado Raimundo Júnior Carvalho da Silva Dias
Soldado Raimundo Nonato Bezerra Silva
Soldado Raimundo Nonato Cruz
Soldado Raimundo Nonato da Cruz
Soldado Raimundo Nonato Meireles
Soldado Raimundo Nonato Rocha Ferreira
Soldado Raimundo Santos Silva Júnior
Soldado Raimundo Silva Lima
Soldado Rainier Lopes Ruiz
Soldado Raíssa Nascimento de Oliveira
Soldado Ralciclei da Silva Carvalho
Soldado Rameson Amazonas dos Santos Azevedo
296
Soldado Raniere Gregório de Almeida
Soldado Raniery Malta Fonseca da Cunha
Soldado Raul Batista de Souza Neto
Soldado Raulino Viana de Araújo Neto
Soldado Recildo Gomes Rodrigues
Soldado Reginaldo Camilo José Filho
Soldado Reginaldo Costa Vieira
Soldado Reginaldo da Silva Aguiar
Soldado Reginaldo Leite da Silva
Soldado Reginaldo Manoel de Araújo
Soldado Reginaldo Nunes de Macêdo
Soldado Reginaldo Paulo de Farias
Soldado Reginaldo Pereira Tavares
Soldado Reginaldo Santos Góis
Soldado Reickson de Arruda Pires
Soldado Reinaldo da Silva Nunes
Soldado Reinaldo de Castro Maia
Soldado Reinaldo Delmiro da Silva
Soldado Reinaldo Rener de França Dantas
Soldado Renaldo Gomes Bezerra
Soldado Renan Pimentel
Soldado Renato Adílio Martins
Soldado Renato Cássio do Nascimento
Soldado Renato Cézar Balieiro de Oliveira
Soldado Renato da Silva Teodósio
Soldado Renato Dorxas Pereira da Silva
Soldado Renato Figueiredo Motta
Soldado Renato Marcelino Soares Júnior
Soldado Renato Noronha
Soldado Renê Henrique de Medeiros
Soldado Renê Pedro da Silva Andrade
Soldado Reni Graciano Leite
Soldado Reninho Ferreira da Costa
Soldado Ricardo Antônio Nascimento dos Santos
Soldado Ricardo Coutinho Pereira
Soldado Ricardo da Silva Santos
Soldado Ricardo de Souza de Oliveira
Soldado Ricardo Duarte Evangelista
Soldado Ricardo Duarte Neves
Soldado Ricardo Goulart Lucena Lima
Soldado Ricardo Henrique de Almeida Ramos
Soldado Ricardo José Bezerra Costa
Soldado Ricardo lellis Ferreira Santos
Soldado Ricardo Lopes Paulino
Soldado Ricardo Marques Mansueto
Soldado Ricardo Monte Verde dos Santos
Soldado Ricardo Moreira Coelho
Soldado Ricardo Ottoni
Soldado Ricardo Ribeiro do Nascimento
Soldado Ricardo Ribeiro Pereira
Soldado Ricardo Sales de Oliveira Neto
Soldado Ricardo Taborda Leal
Soldado Ricardo Viana de Castro
Soldado Richardson de Freitas tolosa
Soldado Ricieri Chagas
Soldado Rick Rodrigues Barbosa
Soldado Rildo de Oliveira
Soldado Rildo Martins dos Santos
Soldado Rillton de Araújo Lima

Soldado Rinaldo Téofi lo Caldas
Soldado Rino Márico Vale Ramos
Soldado Rita de Cássia Batista Gurgel
Soldado Rita de Kássia Sales Marinho
Soldado Rivaildo Evangelista da Silva
Soldado Rivelino Cruz Marques
Soldado Rivelino Rita Vasconcelos
Soldado Robério Gomes Maciel
Soldado Robério Souza da Cruz
Soldado Roberth Muniz de Araújo
Soldado Roberto Alves dos Santos
Soldado Roberto Aparecido Ponciano de Lima
Soldado Roberto Carlos Ferraz
Soldado Roberto Carlos Lajes Fortes
Soldado Roberto Carlos Pereira de Melo
Soldado Roberto da Silva Barbosa
Soldado Roberto Jesus Silva dos Santos
Soldado Roberto Luís de Noronha
Soldado Roberto Melere
Soldado Roberto Oliveira Montenegro
Soldado Roberto Parreira Penhafort
Soldado Roberto Sales
Soldado Roberto Santa
Soldado Roberto Simas Júnior
Soldado Robson Botelho Pantoja
Soldado Robson de Oliveira Dias
Soldado Robson Gracioto Rodrigues
Soldado Robson Filipovith Molina
Soldado Robson Luiz Cabral
Soldado Robson Miguel Barbosa da Silva
Soldado Robson Santos
Soldado Robson Silva Santos
Soldado Rocinei Souza Santos
Soldado Rodericky Cardoso Ferreira
Soldado Rodomarques Silva Oliveira
Soldado Rodrigo Botelho
Soldado Rodrigo da Silva Forlin
Soldado Rodrigo de Lima Santos
Soldado Rodrigo de Souza Melo
Soldado Rodrigo do Espírito Santo
Soldado Rodrigo Ferreira da Costa
Soldado Rodrigo Lustosa dos Santos
Soldado Rodrigo Malaquias de Lima
Soldado Rodrigo Moreira de Moraes
Soldado Rodrigo Pimenta Bueno
Soldado Rodrigo Pinheiro Menezes
Soldado Rodrigo Rodrigues de Oliveira
Soldado Roger Fabien Pereira Borges
Soldado Rogério dos Santos Vieira
Soldado Rogério Fangueiro Fernandes
Soldado Rogério Gomes Brito
Soldado Rogério Lopes dos Santos
Soldado Rogério Lúcio Rolim
Soldado Rogério Moraes Nascimento
Soldado Rogério Nascimento da Cunha
Soldado Rogério Pereira da Silva
Soldado Rogério Sidnei Silva
Soldado Roginaldo da Silva Romanini
Soldado Romildo Gregório Primo
Soldado Romualdo Eustáquio dos Santos de Souza
Soldado Rômulo Chélido Melo Feitosa
Soldado Rômulo Mata Monteiro
Soldado Rômulo Palmeira Dantas
Soldado Ronaldo Adriano Silva Pereira
Soldado Ronaldo Batalha de Barros
Soldado Ronaldo Bento Clemente
Soldado Ronaldo Bernardo da Silva
Soldado Ronaldo Có Barros Filho
Soldado Ronaldo de Freitas Lima
Soldado Ronaldo Ferreira Henrique
Soldado Ronaldo Freitas de Carvalho
Soldado Ronaldo Miranda Gomes
Soldado Ronaldo Pacífi co Vargas
Soldado Ronaldo Rodrigues dos Santos
Soldado Ronaldo Soares da Silva
Soldado Ronalt dos Santos Melo
Soldado Ronel Silva Neto
Soldado Roni Onives de Lisboa
Soldado Roniere Almeida de Paulo
Soldado Ronildo Martins da Silva
Soldado Ronildo Silvestre dos Santos
Soldado Ronildo Teles Pereira
Soldado Ronivaldo Ferreira dos Anjos
Soldado Ronivaldo Marques de Arruda
Soldado Rony da Conceição de Albuquerque
Soldado Roosevelt da Costa de Morais
Soldado Roosevelt Jorge Gaudie Lei Júnior
Soldado Roosevelt Morais Ribeiro
Soldado Rosangela Alteman Fernandes
Soldado Roseane Ribeiro da Silva
Soldado Rosemaria Moreira dos Santos
Soldado Rosemberg Alves dos Santos
Soldado Rosenildo dos Santos Rodrigues
Soldado Rosilaine de Souza Ataíde
Soldado Rosinaldo Batista Lima
Soldado Rosvél de Jesus Dendena
Soldado Rozangela Santos de Lucena
Soldado Rozeal Dias Gomes
Soldado Rozicleide Máximo Martins Pinheiro
Soldado Rubem Kahl
Soldado Rubem Martins Santos Filho
Soldado Rubens Geraldo de Souza
Soldado Rubens Jansen Dias Ferreira
Soldado Rubens Pereira de Almeida
Soldado Rubens Rodrigues Borges Júnior
Soldado Rubinei Retamar de Lima
Soldado Rudi Petri gautério de antoni
Soldado Rudimar Kaefer
Soldado Rudinei Sebastião Moreira de Paula
Soldado Rui Celino Silva de Sena
Soldado Rui do Nascimento Dias Dorst
Soldado Rui Moreira Félix
Soldado Salatiel Sérgio Maciel
Soldado Salveliano de Mendonça Pereira
Soldado Samoell Pires de Moura
Soldado Samuel Souza da Silva
Soldado Sandra Aleticia Telo
Soldado Sandro da Silva Ricarte
297

Soldado Sandro de Andrade Pinto
Soldado Sandro de Oliveira Pereira
Soldado Sandro de Sá Sousa
Soldado Sandro Luciano Feitosa da Silva
Soldado Sandro Messias de Brito
Soldado Sandro Moreira dos Santos
Soldado Sandro Passarolho de Oliveira
Soldado Sandro Pereira dos Santos
Soldado Saulo José dos Santos Bezerra
Soldado Saulo Lopes Braga Guimarães
Soldado Saulo Ramos Rodrigues
Soldado Sávio José Ribeiro Santos
Soldado Saymon Arthur Pereira da Silva
Soldado Searle Sandra Barros da Costa
Soldado Sebastião Bispo Alves
Soldado Sebastião Carlos Teixeira de Almeida
Soldado Sebastião Luiz do Nascimento Júnior
Soldado Sebastião Madril da Silva
Soldado Sebastião Oliveira Lins
Soldado Sérgio Augusto Maximiniano da Silva
Soldado Sérgio Bezerra de Carvalho
Soldado Sérgio Borges de Nogueira
Soldado Sérgio de Jesus Pinto
Soldado Sérgio de Oliveira Costa
Soldado Sérgio Eduardo Pereira de Araújo
Soldado Sérgio Ferreira dos Santos
Soldado Sérgio Gonçalves da Costa
Soldado Sérgio Hugo Cardinal
Soldado Sérgio José Cândido
Soldado Sérgio Mendonça
Soldado Sérgio Pereira dos Santos
Soldado Sérgio Ribeiro Guedes Júnior
Soldado Sérgio Ricardo Batista dos Santos
Soldado Sérgio Ricardo Elesbão Furtado
Soldado Sérgio Ricardo Nunes Barbosa
Soldado Sérgio Roberto do Nascimento
Soldado Severino Ferreira da Costa Júnior
Soldado Shannon Ferreira da Encarnação
Soldado Sharlene Oliveira dos Santos
Soldado Sidnei de Oliveira Nascimento
Soldado Sidnei Silva de Souza
Soldado Sidnei Tadeu Rochembach
Soldado Sidney Augusto Moreira de Souza
Soldado Sidney Canavarros Magalhães
Soldado Sidney Fernandes Roque
Soldado Sidney Jackson de Normando Coutinho
Soldado Sidney Pinheiro Cruz
Soldado Silderclei da Costa Tapudima
Soldado Silvânio de Omena Silva
Soldado Silvânio dos Santos
Soldado Silvano Ferreira da Silva
Soldado Silvano Souza dos Santos
Soldado Sílvia Maria de Souza Machado
Soldado Sílvio Alessandro Moreira
Soldado Sílvio César Lopes de Oliveira
Soldado Sílvio César Lopes Silva
Soldado Sílvio Luís Rodrigues Ramalho
Soldado Sílvio Sirvian Maciel
298
Soldado Sílvio Tavares dos Santos
Soldado Simão Carlos Lago Cecílio
Soldado Simone Lima de Andrade
Soldado Simone Machado da Silva
Soldado Sivaldo Pires Vieira
Soldado Solon Moreira Alves
Soldado Solonaldo Rocha
Soldado Sostenes de Oliveira Delfi no
Soldado Stanley da Silva Gouvea
Soldado Suélio Romério Ramos Ribeiro
Soldado Suzi Rodrigues de Oliveira
Soldado Tadeu José de Andrade
Soldado Talvanes Tomaz da Silva
Soldado Tânia Luzia Constante Oliveira
Soldado Tânia Moura de Moraes
Soldado Taniel Costa
Soldado Tarciano Lima de Lucena
Soldado Tarcísio Cândido do Nascimento
Soldado Tarcísio José Pereira de Moura
Soldado Tarcísio Parada de Carvalho
Soldado Tatiana da Silva Gorski
Soldado Tenison Augusto Soares
Soldado Teodorico Mendes de Souza Filho
Soldado Thiago de Sousa Ferreira
Soldado Tulio Brigagão
Soldado Ubirajara Souza do Nascimento
Soldado Ubiratan Lunardi Ourique Pereira
Soldado Ubiratan Vieira dos Santos
Soldado Uelton Rodrigues de Melo
Soldado Uendell Oliveira Santos
Soldado Uilson Marques dos Santos
Soldado Uires Martins Portilho
Soldado Ultimo de Miranda e Lins
Soldado Uriel dos Santos Pereira
Soldado Vagno Andrade Pessoa
Soldado Valber Alexandre Acioli Batista
Soldado Valdecir Costa de Oliveira
Soldado Valdecir da Silva dos Santos
Soldado Valdeclenio Matias de Souza
Soldado Valdecy Sampaio França
Soldado Valdejânio Rodrigues Mota
Soldado Valdemar Ferreira de Amorim
Soldado Valdemir de Almeida
Soldado Valdemir Seixas Ramos
Soldado Valderi Vieira
Soldado Valderirio Machado
Soldado Valdetário Vieira de Carvalho
Soldado Valdete Lima dos Santos
Soldado Valdício Valdevino de Oliveira
Soldado Valdiney Gomes do Carmo
Soldado Valdirene Ferreira de Freitas
Soldado Valério Corrêa de Melo
Soldado Valério Lousada de Carvalho
Soldado Valmi Ferreira da Silva
Soldado Valmi Moura Rodrigues
Soldado Valmir Ferreira da Conceição
Soldado Valmir Rodrigues Dias
Soldado Valmir Silva Araújo

Soldado Valmirá Pereira Silva
Soldado Valmiro Ribeiro dos Santos Filho
Soldado Valtefrank dos Santos Evangelista
Soldado Valter Alves Carneiro
Soldado Vandegilson dos Santos Sousa
Soldado Vandemberg de Lima Ferreira
Soldado Vanderlei Aparecido de Goés
Soldado Vanderlei Félix da Silva
Soldado Vanderlei Morelin
Soldado Vanderlei Rodrigues Borges
Soldado Vanderlei Zanin Vieira
Soldado Vanderléia Aparecida dos Santos
Soldado Vanderley Alves de Oliveira
Soldado Vanderson Barreiros
Soldado Vanessa Freire de Sena
Soldado Vânia Cley Darc de Oliveira
Soldado Vanilson Augusto dos Passos
Soldado Vanilson Costa
Soldado Vanilson Oliveira
Soldado Verônica Fernanda Carnelose
Soldado Verônica Nunes dos Santos
Soldado Victor Alexandre Silva de Brito
Soldado Victor Ramos de Castro
Soldado Victor Rubens Buss
Soldado Vilamar Gonçalves Magalhães
Soldado Vilanes Cristian Pereira da Silva
Soldado Vinícius Costa da Silveira
Soldado Vinícius Nunes da Silva
Soldado Virgínia Vieira Marques
Soldado Vitor Alves da Silva
Soldado Vitor Aparecido Machado Barate
Soldado Vitorino de Araújo
Soldado Volmir da Silva
Soldado Wagner Almeida de Sousa
Soldado Wagner Neves Marinheiro
Soldado Wagner Ramos Lemes
Soldado Wagner Silva Cerqueira Rocha
Soldado Wagner Valdir Barroso da Costa
Soldado Wagnilton Lopes Chaves
Soldado Walace Martins da Silva
Soldado Waldemir Silva Gomes
Soldado Waldemiro Alvino de Mesquita Neto
Soldado Waldemiro Gonzaga Dias
Soldado Waldines Correia da Silva
Soldado Waldoberto Anísio Moraes
Soldado Waldson Francisco da Silva
Soldado Waldson Wescley Feitosa Silva
Soldado Wallace Alex Alexandre de Carvalho Veras
Soldado Walmir da Silva Gomes
Soldado Walmor da Silva Figueiredo
Soldado Waltenyr Cosme do Nascimento
Soldado Walter José Barbosa da Silva
Soldado Wanderley Oliveira Lima
Soldado Wanderley Rodrigues da Silva
Soldado Wanderleya Cornachini
Soldado Wanderson Kelly de Abreu Farias
Soldado Warnildo da Silva Neres
Soldado Washington Carlos de Medeiros Sousa
Soldado Washington de Oliveira Viana
Soldado Washington Luís de Castro Cerqueira
Soldado Washington Luís de Souza
Soldado Washington Luiz Patrocinio
Soldado Washington Pereira Daniel
Soldado Washington Sidney Furtado da Silva
Soldado Washington Valmor Pereira
Soldado Weber Soares dos Santos
Soldado Wegley de Lucena Meneses
Soldado Welden Calaça da Silva
Soldado Welder Pereira Tavares
Soldado Weliton dos Santos Lozer
Soldado Wellington Alves de Sousa
Soldado Wellington Carlos Martins dos Santos
Soldado Wellington Cavalcanti Araújo
Soldado Wellington da Costa Viana
Soldado Wellington Dias dos Santos
Soldado Wellington dos Santos Costa
Soldado Wellington Eleis Siqueira
Soldado Wellington Ferreira da Silva
Soldado Wellington Ferreira de Araújo
Soldado Wellington Guimarães de Castro
Soldado Wellington Luiz de Carvalho
Soldado Wellington Rubson de Lima
Soldado Wellington Silva Barbosa
Soldado Wemisson Silva Pereira
Soldado Wendel Cipriani
Soldado Wendel da Silva Justa
Soldado Wendel de Oliveira Brazão
Soldado Wendel Mendes de Carvalho
Soldado Wendel Saulo Pereira da Silva
Soldado Wendell Ferreira Matias
Soldado Wender Pinheiro Moraes
Soldado Wesley Nery de Souza
Soldado Weslon Sardinha de Souza
Soldado Weverson Morais Coimbra
Soldado Widemar Pereira de Lima
Soldado Wilame Walf Gomes Costa
Soldado Wilkson de Araújo Santana
Soldado Will Robson Maciel Carvalho
Soldado Willams Pereria de Oliveira
Soldado Williams José da Silva
Soldado Willian Luciano Buske
Soldado Wilson Deivs Soares de Oliveira
Soldado Wilson Pedrosa Marques
Soldado Wilson Rivas Machado Castilho
Soldado Wilson Xavier de Araújo
Soldado Winston Santos Ruiz
Soldado Yan Omar Ribeiro Malhado
Soldado Yung Caio Rodrigues Faria
Soldado Yvert Kury Aguero
Soldado Zalabarda Protasio Assis
Soldado Zedequias Francisco do Nascimento
Soldado Zenildo Souza da Silva
Soldado Zenildo Valentim da Silveira
Soldado Zenilton Lins de Albuquerque
Soldado Zenôbio Lopes de Sena Júnior
Soldado Zilândia Ferreira Gonçalves
299

EXPEDIENTE
Publicação do Comitê de Gestão do Governo Federal
Para os XV Jogos Pan-Americanos
e III Jogos Parapan-Americanos Rio 2007
Presidente: Orlando Silva de Jesus Júnior - Ministro do Esporte
Secretário Executivo: Ricardo Leyser Gonçalves
PRODUÇÃO DO RELATÓRIO
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Entrevistas e Redação: Beatriz Padrão, Chico Silva, Cyro Viegas, Daniel Kaz, Eduardo Marini,
Fabiane Schmidt, Inês Garçoni, Isabella Vargas e Priscila Novaes
Edição Final: Sueli Scutti (sueli_scutti@hotmail.com)
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Direção de Criação: Aurélio Julianelli
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Diagramação: André Simões, Edson Carvalho dos Santos, Marli Bibas
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Coordenação de Fotografi a: Bruno Carvalho
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Embalagem: luva externa – papel cuchê fosco 170g, 4x0 cores, laminação fosca Bopp na frente, verniz
UV com reserva na frente, faca especial, forração em papelão nº 17, debruado, vincado, 6
dobras, acabamento de pintura branca no recorte da faca, 2 ímãs fortes
Capa: papel duo design 350g, 4x4 cores, laminação fosca Bopp frente e verso, verniz UV com reserva na
frente, refi le, 2 dobras e colagem do miolo, formato 23 x 31 cm
Miolo: cuchê fosco 120g, 4x4 cores, lombada quadrada costurada e colada com hotmelt, refi le, 1 dobra,
verniz UV com reserva em 90% do miolo
Encartes: cuchê fosco 170g
CONTATOS
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Conteúdo finalizado em outubro de 2008.
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