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7520-Revista V.7-n.3.indd - CLINICA DE ESTOMATOLOGIA ...

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Pereira Neto ARL Benfatti CAM Sella GC Cordero EB de Souza JGO Magini RS<br />

Introdução<br />

A terapia com implantes osseointegrados já está consolidada<br />

na literatura para a reabilitação de pacientes desdentados<br />

totais e parciais 1 , com sucesso médio da ordem de<br />

97%. Contudo, estes estudos longitudinais relatam apenas o<br />

nível de sobrevivência de implantes instalados nas diferentes<br />

regiões intraorais, isto é, sua resposta funcional quando<br />

submetidos ao carregamento. Com sua evolução, os critérios<br />

para o sucesso de uma reabilitação implantossuportada vêm<br />

sofrendo um processo de remodelamento. Atualmente, o paciente<br />

que procura uma reabilitação deste tipo almeja, além<br />

de ter as funções mastigatória e fonética recuperadas, ter a<br />

estética facial restabelecida, para devolver-lhe autoestima<br />

e possibilitar interações nos âmbitos social e profi ssional.<br />

O sucesso da reabilitação com implantes osseointegrados<br />

está diretamente ligado ao grau de harmonia conseguido<br />

entre as três bases da Implantodontia: tecido ósseo, tecido<br />

mole e prótese. Se uma destas três arestas da tríade do sucesso<br />

da Implantodontia não for trabalhada corretamente,<br />

o sucesso não será alcançado 2 .<br />

O tecido mole, uma das arestas, é o responsável pela<br />

determinação da estética vermelha. Entretanto, este tecido<br />

apresenta limitações. Para procedimentos de ganho de qualidade<br />

ou quantidade (volume) de tecido mole, os tecidos<br />

autógenos de origem intrabucal (palato, áreas edêntulas<br />

e túber) ainda são os principais materiais de escolha para<br />

enxertos. Estes enxertos ao redor de implantes osseointegrados<br />

estão diretamente ligados ao aspecto estético – quando<br />

devolvem a arquitetura parabólica da margem gengival e<br />

corrigem defeitos de espessura e/ou altura de áreas a serem<br />

reabilitadas; e ao aspecto funcional – quando realizados<br />

para aumentar/devolver uma faixa de mucosa ceratinizada,<br />

cujo papel é importante na homeostasia marginal e na<br />

longevidade do implante; quando evitam a passagem de ar<br />

entre implantes e problemas de dicção; e, também, quando<br />

utilizados com o intuito de promover o fechamento de um<br />

alvéolo de extração, que fora preenchido com material de<br />

enxertia ou submetido à técnica de implante imediato 2-3 .<br />

Entre estas indicações para o manejo deste tecido<br />

mole ao redor de implantes, podemos citar as técnicas de<br />

enxertos livres, seja de tecido epitelial/conjuntivo, seja de<br />

tecido conjuntivo subepitelial, quando a remoção é realizada<br />

de uma área doadora distante da área receptora e, consequentemente,<br />

a nutrição é limitada e dependente do íntimo<br />

contato entre o tecido a ser enxertado e o leito receptor 4-5 .<br />

A fi m de potencializar a nutrição e, com isto, aumentar<br />

a previsibilidade das técnicas para o aumento da qualidade/<br />

quantidade de tecido mole, foram desenvolvidas técnicas<br />

de enxertos pediculados. Tais técnicas têm como principal<br />

vantagem, em relação as que envolvem enxertos livres, uma<br />

fonte de nutrição extra proveniente do pedículo. Além de<br />

aumentarem a previsibilidade, diminuem a morbidade com<br />

a extinção de uma segunda área cirúrgica.<br />

354 REVISTA IMPLANTNEWS 2010;7(3):353-9<br />

O objetivo deste artigo é explorar a literatura atual sobre<br />

enxertos pediculados para ganho de mucosa ceratinizada e<br />

de volume de tecido mole, e para o fechamento de alvéolos<br />

de extração com ou sem a instalação de implantes imediatos.<br />

Implantes imediatos/alvéolos de extração<br />

A instalação imediata de implantes em sítios de extração<br />

tornou-se rotina na clínica diária dos profi ssionais que<br />

trabalham com a Implantodontia. Esta técnica tem como<br />

principal vantagem a redução do intervalo entre a extração<br />

do dente e a prótese fi nal. Além disto, quando realizado<br />

adequadamente, tal procedimento tem-se apresentado com<br />

grande índice de sucesso 6-8 .<br />

Em alguns casos, em virtude da discrepância entre o<br />

diâmetro do implante e o do alvéolo ou do defeito ósseo nas<br />

paredes vestibular e/ou palatina, existe a necessidade de<br />

se realizar regenerações ósseas guiadas, com o intuito de<br />

proporcionar o preenchimento deste defeito ósseo ou deste<br />

gap por novo tecido ósseo, o que impede que este espaço<br />

seja preenchido por tecido conjuntivo e/ou epitelial 9 .<br />

Por isto, faz-se indispensável o completo selamento<br />

marginal por tecido mole, para proporcionar condições adequadas<br />

para o período de osseointegração e/ou regeneração<br />

óssea guiada 10-11 . Alguns pontos fundamentais necessários<br />

para o manejo do tecido mole em áreas de alvéolo de extração<br />

são os seguintes 12 :<br />

a. cobertura completa da barreira (membrana) nos casos de<br />

regeneração óssea guiada;<br />

b. completo selamento do alvéolo sem tensão do retalho;<br />

c. manutenção da profundidade do vestíbulo, principalmente<br />

em áreas estéticas;<br />

d. preservação ou aumento da faixa de mucosa ceratinizada;<br />

e. requisitos estéticos, tais como manutenção da forma e do<br />

contorno parabólico.<br />

Tomando como base estes itens, descrevem-se os requisitos<br />

para a técnica ideal quando objetivamos vedar um<br />

alvéolo 12 :<br />

a. alta previsibilidade;<br />

b. aplicabilidade em regenerações guiadas;<br />

c. minimamente traumática e invasiva;<br />

d. cobertura completa e passiva do implante sem gerar<br />

estresses nos tecidos adjacentes;<br />

e. aplicação tanto para casos unitários quanto múltiplos;<br />

f. boa estética;<br />

g. técnica fácil e rápida.<br />

Várias técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas com o<br />

intuito de promover o selamento do alvéolo, como uma técnica<br />

de retalho pediculado vestibular para cobrir a membrana<br />

usada na regeneração óssea guiada do alvéolo, desenvolvida<br />

no início da década de 1990 6 . Tal técnica consiste em duas<br />

incisões relaxantes perpendiculares ao topo do rebordo na<br />

direção do dente adjacente e um retalho de espessura total<br />

rebatido e deslizado em direção ao alvéolo. Em seguida, o<br />

mesmo procedimento é realizado no dente mesial à área

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