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7520-Revista V.7-n.3.indd - CLINICA DE ESTOMATOLOGIA ...

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da Cunha TMA de Araújo RPC da Rocha PVB Amoedo RMP Cunha LPJ<br />

conforme pode ser evidenciado nas Tabelas 3 e 4, respectivamente.<br />

Dos 91 profi ssionais incluídos na pesquisa, 77%<br />

disseram já ter enfrentado algum tipo de complicação em sua<br />

rotina clínica. Correlacionando o percentual de complicações<br />

ao o tempo de experiência com implantes, constatou-se que<br />

54,5% dos profi ssionais com menos de dois anos, 76% entre<br />

dois e cinco anos e 88,6% com mais de cinco anos de atuação<br />

já haviam vivenciado algum tipo de falha (Tabela 5), sendo<br />

o afrouxamento de parafusos a complicação mais frequente,<br />

referenciada por 67% dos pesquisados (Tabela 6). Quanto<br />

ao material dos parafusos de retenção, 23% dos dentistas<br />

afi rmaram preferir parafusos em ouro, enquanto que 77%<br />

utilizam os de titânio.<br />

TABELA 3 - PERCENTUAL DO TIPO <strong>DE</strong> PILAR/CILINDRO MAIS UTILIZADO<br />

QUANTO A SUA NATUREZA<br />

TABELA 6 - COMPLICAÇÕES MECÂNICAS MAIS FREQUENTES<br />

Complicação %<br />

Afrouxamento de parafusos 67,00<br />

Fratura de parafusos 24,17<br />

Fratura do implante 7,70<br />

Fratura do pilar 2,20<br />

Fratura da prótese 3,30<br />

366<br />

REVISTA IMPLANTNEWS 2010;7(3):363-8<br />

Natureza %<br />

Calcinável 52,75<br />

Pré-usinado 47,25<br />

TABELA 4 - LIGAS MAIS UTILIZADAS NA FUNDIÇÃO DAS PRÓTESES<br />

Tipo %<br />

Ligas não nobres 85,70<br />

Alto teor de ouro 14,30<br />

TABELA 5 - PERCENTUAL DOS PROFISSIONAIS QUE JÁ ENFRENTARAM<br />

COMPLICAÇÕES E A RELAÇÃO COM TEMPO <strong>DE</strong> ATUAÇÃO NA ÁREA <strong>DE</strong><br />

IMPLANTES (N=70)<br />

Tempo de atuação<br />

Com comp. Sem comp.<br />

abs. % abs. %<br />

Menos de 2 anos 12 13,2% 10 11%<br />

Entre 2 e 5 anos 19 20,9% 6 6,5%<br />

Mais de 5 anos 39 42,9% 5 5,5%<br />

TOTAL 70 77% 21 23%<br />

Com comp.: com complicação; Sem comp: sem complicação; abs.:número absoluto; %: porcentagem.<br />

Discussão<br />

Assim como qualquer procedimento restaurador, as<br />

reabilitações sobreimplantes também estão sujeitas a falhas<br />

e complicações, quando em função. Sendo assim, é preciso<br />

conhecer os fatores relacionados com estas intercorrências,<br />

para que se possa preveni-las ou, ao menos, diminuir as<br />

chances que aconteçam.<br />

O desajuste na interface implante/pilar está intimamente<br />

relacionado com a maioria das complicações biológicas e<br />

mecânicas das próteses. A evidência da presença de microrganismos<br />

na interface implante/pilar, após a reabertura de<br />

implantes e instalação do intermediário, indica a correlação<br />

entre o desajuste marginal e a infi ltração bacteriana, o que<br />

pode levar a maior perda óssea, podendo infl uenciar nos<br />

resultados do tratamento ao longo do tempo 12-13 . Outras<br />

complicações frequentes relacionadas com o desajuste são<br />

o afrouxamento e/ou fratura de parafusos, fratura de pilares,<br />

fratura dos implantes e fratura das próteses.<br />

O uso de componentes usinados, que permite uma<br />

adaptação mais previsível, a utilização de capas de proteção<br />

no intermediário para impedir acúmulo de resíduos e a<br />

utilização de componentes novos nas fases laboratoriais 14 ,<br />

além da utilização de componentes protéticos do mesmo<br />

fabricante dos implantes, são procedimentos que visam reduzir<br />

erros, bem como melhorar a adaptação das próteses 15 .<br />

No entanto, 57,2% dos dentistas afi rmaram já ter combinado<br />

componentes e implantes de fabricantes diferentes, embora<br />

deem preferência ao mesmo fabricante; enquanto que 4,39%<br />

disseram utilizar pilares e cilindros com implantes de sistemas<br />

distintos sem nenhuma restrição (Tabela 1).<br />

Embora exista grande variedade de pilares protéticos<br />

disponíveis no mercado, o baixo custo e a versatilidade determinaram<br />

a popularização dos pilares tipo Ucla no meio<br />

odontológico. Não obstante, este tipo de pilar foi citado<br />

como o mais utilizado por 70,3% dos dentistas (Tabela 2).<br />

No entanto, o fato de envolver etapas laboratoriais sensíveis<br />

pode gerar distorções nos mesmos, comprometendo a adaptação,<br />

especialmente nos casos de componentes calcináveis.<br />

Segundo um estudo 16 o uso de retifi cadores após a fundição<br />

de pilares tipo Ucla plásticos, demonstraram melhorar a<br />

adaptação marginal entre pilar e implante. No entanto,<br />

em algumas situações, mesmo após a retifi cação, os níveis<br />

de desadaptação ainda eram maiores que 10 µm, o que de<br />

acordo com os autores restringe a indicação dos mesmos,<br />

embora não exista consenso na literatura em relação aos<br />

níveis aceitáveis de desajuste. Entretanto, as dimensões do<br />

hexágono interno de pilares Ucla pré-usinados não apresentam<br />

alterações signifi cativas, mesmo após a sobrefundição<br />

e a aplicação da cerâmica de recobrimento, mantendo-se,<br />

desta forma, os níveis de adaptação ao passar por procedimentos<br />

laboratoriais de rotina 17 .<br />

Quanto a natureza dos pilares utilizados nos plane-

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