12 | eisFluências Dezembro 2010Vitor <strong>de</strong> Vasconcellos FigueiredoHomenagem PóstumaVítor Manuel Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Vasconcelos Figueiredo, escritor, poeta, romancista,cronista, místico e conferencista, nasceu em Lisboa em 3 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1931 efaleceu em Faro, em 31 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 201o.O cumprimento do serviço militar, iniciado em Lisboa, levou-o para PontaDelgada, na Ilha <strong>de</strong> S. Miguel – Açores, e <strong>de</strong>pois para Goa, no antigo EstadoPortuguês da Índia. A sua paixão pela Índia levou-o a permanecer em Goa, comofuncionário público, voltando quase sete anos mais tar<strong>de</strong> a Portugal. Colocado noentão Ministério do Ultramar, em Lisboa, trabalhou ali cerca <strong>de</strong> dois anos, sendo,então, colocado em Luanda – Angola. Viveu naquela ex-Província Ultramarina até1975, ano em que regressou a Portugal e emigrou para o Brasil. Ali, viveu emCuritiba – Paraná, trabalhando na Gran<strong>de</strong> Loja dos Países <strong>de</strong> Língua Portuguesada Antiga e Mística Or<strong>de</strong>m RosaCruz – AMORC, <strong>de</strong> antiquíssima tradição,fundamentada no Egipto antigo, regressando 12 anos <strong>de</strong>pois a Portugal.Na sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assessor que foi dos três Gran<strong>de</strong>s Oficiais daquela Or<strong>de</strong>m, nachefia <strong>de</strong> vários <strong>de</strong>partamentos, e como membro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1972 da Gran<strong>de</strong> Loja daFrança – AMORC e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1975 da Gran<strong>de</strong> Loja do Brasil, participou e colaborouexaustivamente na Convenção Internacional em Curitiba, em 1975, e noutrasconvenções, naquela cida<strong>de</strong> e no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Participou ainda <strong>de</strong> muitosConclaves Rosacruzes nas Lojas <strong>de</strong> Curitiba e Lisboa, e prestou colaboração emdiversas outras activida<strong>de</strong>s da Loja e da Gran<strong>de</strong> Loja em Curitiba, como membro efuncionário da Or<strong>de</strong>m.Entre várias funções que <strong>de</strong>sempenhou naquela Organização, <strong>de</strong>senvolveu intensa activida<strong>de</strong> em Publicida<strong>de</strong>,Marketing e Relações Públicas, <strong>de</strong>stacando-se como conferencista e fazendo Palestras semanais do foro espiritualista e esotérico sobrecontrolo Mental, Aura Humana, Po<strong>de</strong>r da Mente, expansão e divulgação da Amorc, etc.Em <strong>de</strong>corrência das suas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter profissional, o autor fez vários cursos especializados em S. Paulo – Brasil.Ainda em Curitiba, e já numa activida<strong>de</strong> particular, criou um espaço esotérico – o KHEOPS – Círculo <strong>de</strong> Difusão do ConhecimentoHumano – dando cursos <strong>de</strong> Auto-Ajuda, <strong>de</strong> Controlo e Criação Mental, Aura Humana, etc., e orientando e aconselhando literatura doForo Espiritualista, Esotérico e Místico, e também assistindo e tratando pessoas em sessões <strong>de</strong> Cromo terapia, <strong>de</strong> relaxamento compirâmi<strong>de</strong>s, etc.Vocacionado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a adolescência para a literatura, a Psicologia, a Filosofia e a Física Quântica, o autor publicou alguns contos e poemasem Jornais Portugueses, assim como, anos mais tar<strong>de</strong>, em Revistas e Jornais <strong>de</strong> Angola. Foi colaborador também da redacção do Jornalliterário “Alvorada”, em Lisboa, e do Jornal “A Palavra”, em Luanda. Colaborou ainda com trabalhos especializados e publicados pelaOr<strong>de</strong>m Rosa cruz – AMORC, no Brasil, sobre expansão da Organização e Psicologia/Misticismo, mormente com o Ensaio “O Homem e aMente”. Tendo cedido os direitos autorais para o Brasil à referida Or<strong>de</strong>m, esta editou a primeira parte <strong>de</strong>ste ensaio num livrete para osseus membros, conjuntamente com outros, titulados como “Série N <strong>de</strong> Discursos”. Do mesmo modo, a segunda parte foi editada, pelo seucarácter esotérico, apenas para leitura nas “Convocações” (rituais) dos Templos que a Gran<strong>de</strong> Loja dos Países <strong>de</strong> Língua Portuguesasuperinten<strong>de</strong> no Brasil e em Portugal, <strong>de</strong>nominados Lojas, Capítulos e "Pronaoi".Este Ensaio <strong>de</strong>u origem a duas palestras que o autor fez no Grupo Ecos da Poesia, do MSN da Net, com perguntas e respostas sobre o tema,e que ali está publicado.Fez também várias palestras em alguns grupos do IRC, na NET, baseados nos 43 artigos do foro místico, esotérico e espiritualista quepublicou no Jornal do Incrível, em Lisboa, em 1987/88.Participou em vários Jogos Florais, com contos e poemas, obtendo vários prémios e menções honrosas.Obras do autor:Um volume <strong>de</strong> poemas – “Memórias do Amor Impossível”. Um dos poemas do livro obteve o 2º. Prémio e outros três foram distinguidoscom Menções Honrosas nos Jogos Florais do Banco Nacional Ultramarino, em 1995.2. Um Livro <strong>de</strong> Contos – “Primeira Carta a Dília e Outras Histórias”. Algumas das histórias <strong>de</strong>ste livro foram premiadas nos referidosJogos Florais do BNU com o 1º., 2º. e 3º., prémios, este último ex-aequo, e uma Menção Honrosa. Um dos Contos – “Evocação <strong>de</strong> UmaTar<strong>de</strong> <strong>de</strong> Amor Numa Praia Sem Ar Condicionado” – ganhou também uma Menção Honrosa do Júri na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Prosa nos “IIJogos Florais Irene Lisboa”, organizado pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Arruda dos Vinhos, em Abril <strong>de</strong> 1999.É uma colectânea <strong>de</strong> contos, cartas e escritos, seleccionada pelo autor entre várias histórias escritas em diversos lugares, ao longo <strong>de</strong>alguns anos, em sua maioria inéditas, e subordinadas, <strong>de</strong> modo geral, ao Amor.3. Um Romance – “A Trajectória do Impensável” - Memórias <strong>de</strong> Um Sobrevivente da Índia, Angola, Brasil e Portugal – Vol. I – “A Invasãoe Ocupação do Estado Português da Índia em 1961” O romance foi publicado no Grupo Ecos da Poesia (agora extinto)4. Participação com 4 trabalhos na 2.ª Antologia “Dois Povos – Um Destino” na parceria do Ecos da Poesia/Abrali, editada em Janeiro2006.O autor vinha preparando um outro livro, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há alguns anos. Uma obra <strong>de</strong> maior fôlego e diferente temática, à qual <strong>de</strong>dicava maisinteresse e que intitulou <strong>de</strong> “OS FIOS DOURADOS”. Trata-se <strong>de</strong> uma colectânea <strong>de</strong> cartas trocadas com várias correspon<strong>de</strong>ntesbrasileiras sobre temas esotéricos e místicos, e na qual inclui vários dos 43 artigos que publicou também na Secção <strong>de</strong> Correspondência,no “Jornal do Incrível” – criada pelo autor e intitulada “A Vista da Pirâmi<strong>de</strong>”, em 1987 e 1988, já anteriormente citados. (obra incompleta)ENSAIOS:“O Sorriso do Gato” – Ensaio sobre a Alma;“A Aura, Essa Desconhecida” – Uma Abordagem Científica e Metafísica;“O Homem e a Mente” – Uma abordagem Psicológica e Esotérica.Pretendia o autor editar também em Portugal este Ensaio, como anteriormente já referido, publicado no Brasil.
<strong>Neu</strong> <strong>aufgetauchte</strong> Briefe Čajkovskijs an Raïssa Boulanger, Adèle Bohomoletz und Eugène d’EichthalBohomoletz verfertigte Übersetzung von Tolstojs großem, die moralischen Bedrängnisse<strong>de</strong>s Menschen auf einzigartiger Weise beleuchten<strong>de</strong>m Roman auch auf Čajkovskij eingewirkt,<strong>de</strong>r sich z.T. unter <strong>de</strong>m Eindruck von <strong>de</strong>r wachsen<strong>de</strong>n Anerkennung Tolstojs inFrankreich, von welcher er sich während seines damaligen Pariser Aufenthaltes überzeugenkonnte, 43 im Laufe <strong>de</strong>s Sommers 1886 intensiv mit <strong>de</strong>ssen Schaffen auseinan<strong>de</strong>rsetzteund, wie Karenin im Roman, damals zum ersten Mal seit mehreren Jahrenseinem Mitleid für seine von ihm verstoßene Frau Antonina freien Lauf ließ. 44So groß Adèle Bohomoletz’ Verdienst um die Übersetzung eines <strong>de</strong>r epischenMeisterwerke Tolstojs, ja eines <strong>de</strong>r bekanntesten Romane <strong>de</strong>r russischen Literaturüberhaupt, war, so überraschend ist es, dass diese Tatsache bis heute kaum beachtet zu seinscheint. Der Roman erschien nicht nur anonym, er blieb es auch lange Zeit – ganz an<strong>de</strong>rsals die erste französische Übersetzung von Krieg und Frie<strong>de</strong>n, die aus <strong>de</strong>r Fe<strong>de</strong>r <strong>de</strong>rFürstin Irina Paskevič (1835–1925) stammte und die 1879 ebenfalls bei Hachette in Pariserschien. 45 Die Übersetzerin hatte sich auf <strong>de</strong>m Titelblatt lediglich als „une Russe“bezeichnet. Die I<strong>de</strong>ntität wur<strong>de</strong> in<strong>de</strong>ssen bald geklärt. Bohomoletz’ Rolle als AnnaKarenina-Übersetzerin dagegen blieb in <strong>de</strong>r sowjetischen Tolstoj-Forschung unbekannt,wie die 1961 erschienene Bibliographie <strong>de</strong>r Übersetzungen von Tolstojs Texten zeigt. 46Dieses Nachschlagewerk erhellt im übrigen, dass die erste französische Übertragung vonAnna Karenina auch die erfolgreichste blieb. Bereits 1886 erlebte das Buch seine zweiteund dritte Auflage; bis 1911 folgten in zwei- bis dreijährigem Abstand regelmäßige<strong>Neu</strong>auflagen. 1936 war schließlich die letzte, 22. Auflage erreicht. 47 Erst im Rahmen <strong>de</strong>rfranzösischen Ausgabe von Tolstojs Œuvres complètes 1906–1908 kam eine neueÜbertragung (durch J. W. Bienstock) auf <strong>de</strong>n Markt. Es folgte 1909 eine offenbar gekürzteFassung von Michel Delines, <strong>de</strong>r auch als Übersetzer von Čajkovskijs Opernlibrettibekannt ist. Aber die von Bohomoletz geschaffene Fassung blieb dominierend und prägtedamit die französische Tolstoj-Rezeption in maßgeblicher Weise. 48Obwohl Frau Bohomoletz’ Übersetzung von Anna Karenina 1885 anonym erschien,wussten doch einige Zeitgenossen über ihre Arbeit Bescheid. Die älteste TochterAleksandr Gercens, Natal’ja (1844–1936), im Kreis ihrer Familie „Tata“ genannt, schriebim Herbst 1885 an eine enge Freundin aus Paris, wo sie gelegentlich zusammen mit <strong>de</strong>rFamilie ihrer verheirateten jüngeren Schwester Ol’ga Monod wohnte:43 Vgl. seinen Brief vom 19. / 31. Mai 1886 an Na<strong>de</strong>žda fon Mekk aus Paris: „Wie schön es doch ist, sich miteigenen Augen von <strong>de</strong>m Erfolg unserer Literatur in Frankreich vergewissern zu können. Alle Schaufensterhier strotzen gera<strong>de</strong>zu von Übersetzungen <strong>de</strong>r Werke Tolstojs, Turgenevs, Dostoevskijs, Pisemskijs undGončarovs. In <strong>de</strong>n Zeitungen trifft man ständig auf begeisterte Artikel über diesen und jenen dieserSchriftsteller. Vielleicht naht auch für die russische Musik eine solche Zeit heran!“. ČPSS XIII, S. 349.44 Zu Čajkovskijs Überlegungen zu Tolstojs künstlerischer und moralischer Be<strong>de</strong>utung sei vor allem auf diebekannten Eintragungen vom 29. Juni / 11. Juli und 1. / 13. Juli 1886 in seinem beson<strong>de</strong>ren Tagebuchhingewiesen. Tagebücher, S. 268–270. Zu <strong>de</strong>m Aufwallen von Reue und Mitleid Antonina gegenüber, dasihn im Sommer 1886 erfasste, siehe Sokolov, S. 79–84.45 In <strong>de</strong>r Tolstoj-Literatur fin<strong>de</strong>t man häufig die Behauptung, die Ausgabe sei 1879 in Petersburg erschienenund erst 1885 vom Pariser Verleger Hachette gedruckt wor<strong>de</strong>n. Die Reproduktion <strong>de</strong>s Titelblatts <strong>de</strong>sErstdrucks von 1879 zeigt in<strong>de</strong>ssen, dass die Übersetzung von Anfang an in Paris durch Hachette verlegtwur<strong>de</strong>, vgl. M. Čistjakova, Lev Tolstoj i Francija, in: Russkaja kul’tura i Francija II (Literaturnoe nasledstvo31/32), Moskau 1937, S. 991.46 Vgl. Chudožestvennye proizve<strong>de</strong>nija L. N. Tolstogo v perevodach na inostrannye jazyki, hrsg. vonT. L. Motyleva, Moskau 1961, S. 135.47 Vgl. ebenda.48 Die in diesem Absatz angeführten Informationen zu <strong>de</strong>n Auflagen von Frau Bohomoletz’ Übersetzung vonAnna Karenina sowie zu <strong>de</strong>n späteren Fassungen von Bienstock und Delines sind von Lucin<strong>de</strong> Braunfreundlicherweise beigesteuert wor<strong>de</strong>n.141