PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA VI

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E ESTE CARTAZ, SUGERE QUE TEMA?Os meios de transporte estão, a cada dia, mais presentesem nossas vidas. Sua importância em nosso dia-a-diatrouxe a necessidade de novas tecnologias que os tornemmais seguros, eficientes e menos poluentes. Só com a ajudada Matemática foi possível construir o primeiro motor, oprimeiro trem, o primeiro avião.Organizar os dados sobre o fluxo de veículos nos milharesde cruzamentos das grandes cidades, determinar omelhor tempo para abrir e fechar cada sinal de trânsito, osminutos entre a chegada e a partida de cada vagão do metrô,são tarefas difíceis demais que não poderiam ser feitas sema Matemática e os computadores. Tudo isto ajuda a reduzirbastante o tempo perdido em nossa locomoção.VAMOS EM FRENTE QUE O SINAL ABRIU!Outro caminho que viabiliza a aplicação da Interdisciplinardade na Matemática é a ModelagemMatemática. Nesse sentido, Diniz (2007) defende que a Modelagem é uma abordagem de temas do cotidianoou de outras disciplinas, por meio da Matemática. Com isto, a Modelagem tem natureza essencialmenteinterdisciplinar, especialmente pelo fato de defendermos uma perspectiva de Modelagem em quea Matemática ajuda na compreensão do tema gerador.Sobre esse aspecto, Barbosa (2004) afirma que a Modelagem Matemática é um ambiente de aprendizagemno qual os estudantes são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situaçõesoriundas de outras áreas da realidade.De uma forma pontual, você já vivenciou no seu curso exemplos de interdisciplinaridade. Para tanto,consulte o Material Didático impresso das seguintes disciplinas: Tópicos de Física Geral e Moderna, Fundamentosde Matemática IV (planejamento de tutoria I) e Modelagem Matemática Aplicada ao Ensino.Para dar evidência desses elementos resgatamos a experiência vivenciada na Disciplina Tópicos deFísica Geral e Moderna.Dentre outras atividades que você vivenciou em “Tópicos de Física Geral e Moderna”, resgatamosa Atividade de Construção de um Teodolito - instrumento óptico para medir com precisão ângulos horizontaise ângulos verticais, muito usado em trabalhos topográficos e geodésicos. Além de suas característicaspeculiares pode agregar em todo o processo conhecimentos das áreas de Matemática, Física, LínguaPortuguesa, História, Geografia.A partir das medidas levantadas que envolveram o conhecimento de grandezas físicas, pudemostrabalhar com a geometria plana e a teoria dos conjuntos em Matemática. Na confecção do relato dosexperimentos através de relatório vocês tiveram a oportunidade de aplicar os conhecimentos da disciplinade Língua Portuguesa. Em História, através das pesquisas efetuadas para relatar o desenvolvimento desteinstrumento. Já em Geografia você constatou as transformações do meio comparando os dados coletados.Em Modelagem Matemática Aplicada ao Ensino, você vivenciou o processo de cálculo do consumode energia elétrica, de cada pessoa em sua casa. Através da construção de gráficos estatísticos e tabelasfoi possível avaliar o consumo da energia e assim prever gastos, formas de redução de custos, bem comocontribuir para a consciência ecológica de preservação dos recursos hídricos.Considerando os relatos abordados anteriormente, afirmamos o que você já sabe, não existemfórmulas ou métodos específicos para abordar a interdisciplinaridade na Matemática. Esse caminho devePesquisa e Prática Pedagógica <strong>VI</strong> 15
ser uma busca de cada Educador Matemático, observando o contexto que está inserido (sua escola e seusestudantes) através da investigação contínua sobre sua prática, das indagações constantes sobre o fazerpedagógico e do encontro sistemático com educadores de outras áreas do conhecimento.PEDAGOGIA DE PROJETOSDiante das mudanças fragmentada pelas quais vem passando a sociedade atual parece necessárioo desenvolvimento de competências que apontem para a (re) construção de um ser humano integral ecomprometido com os novos tempos. Evidencia-se, no contexto escolar, grande dificuldade de se estabelecerrelação entre idéia e realidade, educador e educando, teoria e ação, o que promove a fragmentaçãodo processo pedagógico. Para tal, é necessário extrapolar a aquisição de conhecimentos fragmentados evislumbrar a articulação de saberes num ciclo ativo em torno de um problema, para o qual se busquemsoluções. Este material visa acima de tudo, apresentar e refletir sobre as metas da educação escolar eanalisar a pedagogia de projetos com uma prática interdisciplinar, que sugere um caminho para superara fragmentação do conhecimento existente. Na abordagem desse tema são exploradas as concepções dediferentes autores que analisam a realidade escolar e vêem na interdisciplinaridade uma possível forma desuperar os diversos problemas relativos ao processo de ensino aprendizagem. As contribuições teóricasdelineam a problemática apresentada, oferecendo subsídios para uma melhor compreensão do assunto.Pedagogia de projetosEmbora a “Pedagogia de Projetos” esteja, atualmente, revestida de uma aura de novidade, parte desua trajetória já completou um século de existência.Certamente, não nasceu com o arcabouço teórico/prático de que hoje dispõe; afinal, à medida quepassou a ser objeto de estudos e análises, foram incorporando-se inúmeras interpretações e contornos,de acordo com as demandas do século XX e XXI, marcado por realidades históricas essencialmente paradoxaise místicas no que se refere à quebra de paradigmas em todos os setores da sociedade.Trabalhar com projetos faz parte do senso comum nas mais variadas áreas, desde as técnicas até ashumanas, seja no espaço público, privado ou acadêmico/científico.Qualquer iniciativa de cunho profissional, pessoal ou associativo passa, inevitavelmente, peloesboço de um projeto. Fala-se de projetos políticos de uma nação, de projetos político/pedagógicosde escolas, de homens e mulheres construindo seus projetos de vida pessoal e profissional.Na palavra projeto já está contida uma intencionalidade, que ainda é um vir-a-ser; designa igualmentetanto o que é proposto para ser realizado, quanto o que será feito para atingi-lo.Nogueira, em 2001, afirma que praticamente todas as escolas trabalham ou dizem trabalhar porprojetos. A falta de conhecimento sobre essa prática tem levado muitos professores a chamar de “projetos”quaisquer atividades que resultem na elaboração de cartazes, visitas, jogos, festas escolares, numavisão reducionista da verdadeira amplitude e organização didático/pedagógica que o assunto requer.Na realidade brasileira (e talvez mundial), é muito comum que, a cada notícia surgida no horizonteeducacional com ares de modernidade, inúmeros autores, palestrantes e editoras passem a vender produtose idéias com uma voracidade mercantilista provocando, muitas vezes, insegurança no meio docente,pressionado pelo desejo de estar em dia com as últimas tendências. Por outro lado, existe uma respeitávelprodução científica e editorial que merece a nossa leitura atenta e crítica, quando se trata da construçãode novas competências para professores (as) de Educação Básica, nosso foco no presente modulo.16FTC EAD | MAT
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