o valor e a cor
PLáSTICOS - Editora Definição
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VISOR<br />
Alcântara: proposta de desligar linhas menores.<br />
rece em medidas como o fechamento da<br />
fábrica de 12.000 t/a de BOPP blown da<br />
Polo Films em Varginha (MG).<br />
Uma agravante irremovível é a<br />
estreia da Videolar, movida por um<br />
aporte arredondado em US$100 milhões.<br />
Na garupa do acesso direto à<br />
resina internacional com redução de<br />
88% no imposto sobre importação e<br />
a tiracolo dos incentivos fiscais da<br />
Zona Franca, caso da isenção de IPI,<br />
a Videolar tende a causar em BOPP<br />
o mesmo alvoroço que provocou<br />
no mercado interno de poliestireno<br />
(PS) ao acionar sua unidade de<br />
120.000 t/a em Manaus. A superoferta<br />
que ela ajudou a nutrir<br />
resultou num segmento de PS que,<br />
desde então, roda bem abaixo de sua<br />
capacidade no país. Sob influência<br />
também da baixa internacional na<br />
lucratividade da resina, esse reduto<br />
tem penado com balanços em geral<br />
frustrantes, a ponto de levarem Basf<br />
e Dow a jogar a toalha e se desfazer<br />
de suas fábricas brasileiras do<br />
termoplástico.<br />
Gato escaldado, o mercado se<br />
pergunta se o PS de hoje não se<br />
chamará BOPP amanhã. “O setor se<br />
mostra atraente, considerando-se os<br />
novos investimentos e o fato de ser<br />
uma indústria madura e capacitada<br />
para administrar seus excedentes até<br />
o reequilíbrio da oferta/demanda”,<br />
tranqüiliza Frank Alcântara,vice-presidente<br />
de PP da Quattor. O aumento<br />
da demanda de BOPP já é visível ele<br />
sustenta, “e uma saída para diminuir o<br />
excedente seria desligar as máquinas<br />
pequenas”. O problema é achar esses<br />
equipamentos. Apenas a Valplast, por<br />
exemplo, um dos menores produtores<br />
de BOPP do país, conta com uma<br />
única linha cast em Itamonte (MG) de<br />
capacidade equivalente à da fábrica<br />
fechada pela Polo.<br />
Pelos sensores da praça, o mercado<br />
brasileiro de filmes de PP rondou<br />
324.000 toneladas em 2008, das<br />
quais uma fatia de 66,6% ou cerca<br />
de 120.000 toneladas coube a BOPP.<br />
Por sua vez, a capacidade instalada<br />
foi dimensionada na faixa de 215.000<br />
Vitopel: ênfase em produtos e serviços para crescer sob superoferta.<br />
toneladas, repartidas entre a Polo<br />
(80.000 t/a), Valplast (12.500 t/a),<br />
Vitopel (118.000 t/a no Brasil e 32.000<br />
t/a na Argentina). A fatia complementar<br />
cabe à 3M, focada apenas em produtos<br />
seus contendo BOPP, como fitas adesivas.<br />
Por sua vez, a Valplast produz<br />
BOPP primordialmente para uso cativo<br />
(flexíveis monocamada e laminados) e<br />
vende seu exíguo excedente. No ringue<br />
de BOPP, a Valplast é o único produtor<br />
de perfil ambivalente, pois também<br />
atua como convertedor de laminados,<br />
um dos maiores segmentos do filme<br />
biorientado. No pano de fundo, a<br />
Valplast desfruta a conveniente condição<br />
de controlada da <strong>cor</strong>poração<br />
Valgroup, potência em embalagens<br />
que consome mais de 270.000 t/a de<br />
resinas – em especial poliolefinas. À<br />
sombra desse cacife do grupo e do<br />
apoio da fornecedora de PP Braskem<br />
à sua decisão de atuar em BOPP, a<br />
Valplast adquire a resina em condições<br />
que garantem competitividade econômica<br />
a seu filme biorientado, apesar da<br />
modesta capacidade em Itamonte.<br />
<br />
plásticos em revista<br />
Março / 2010