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ESTUDO DA FORMAÇÃO DE MINERAIS

Formação dos minerais 2006.pdf - geomuseu

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- Acção indirecta influenciando o pH do meio (sílica, ferro, manganês),<br />

- Assimilação de metais e restituição depois de mortos (urânio)<br />

- Fornecimento do enxofre indispensável para a formação dos sulfuretos<br />

metálicos, quer por redução bactérica dos sulfatos, quer por cisão<br />

bactérica da matéria orgânica com libertação de azoto, fósforo, enxofre,<br />

etc.<br />

3.8 Deposição Coloidal<br />

A concentração de substâncias a partir de soluções coloidais é frequente e<br />

importante pois numerosos minerais e metais, que são fracamente solúveis<br />

na água, dão facilmente soluções coloidais como seja (Tatarinov, 1955, p.37)<br />

por exemplo, sílica, alumina, ferro, manganês, níquel, etc.<br />

Dos diversos sistemas coloidais ou dispersos, que se conhecem, tem<br />

particular importância sob o ponto de vista da formação de jazigos minerais, o<br />

sistema sólido-líquido, em que o sólido constitui a fase dispersa e a água a<br />

fase dispersante. Um tal sistema constitui um sol (suspensóide) quando a<br />

fase dispersante domina largamente a fase dispersa, um gel no caso<br />

contrário, e uma pasta ou massa quando a predominância da fase dispersa é<br />

tal que representa, praticamente a massa do sistema. São representativas<br />

deste último as argilas plásticas (Manos, 1958, p.166).<br />

Os soles podem ser de dois tipos: hidrófilos quando existe uma forte<br />

interacção entre as partículas da fase dispersa e as moléculas de água, e<br />

hidrófobos quando não existe aquela interacção. Estes últimos são menos<br />

estáveis e, portanto, mais facilmente precipitados; por outro lado, os<br />

primeiros, quando precipitados por qualquer mudança física, são em geral<br />

reversíveis enquanto os últimos não.<br />

Como exemplo de substância originando soles hidrófilos pode citar-se a sílica<br />

e de substâncias dando soles hidrófobos o hidróxido de alumínio.<br />

Evidentemente, não existem limites precisos entre aqueles tipos de sistemas<br />

dispersos sólido-líquido, nem entre estes tipos de soles.<br />

As partículas coloidais apresentam-se electricamente carregadas, facto que<br />

resulta da adsorção de iões do líquido ou da ionização directa das próprias<br />

partículas coloidais. Assim, as cargas dos colóides de hidróxido de alumínio e<br />

de hidróxido férrico são positivas, enquanto os de sílica, hidróxido ferroso,<br />

dióxido de manganês hidratado, colóides húmicos e soles de sulfuretos têm<br />

cargas negativas.<br />

Os colóides podem ser produzidos por duas vias diferentes: por<br />

fragmentação de partículas sólidas até dimensões coloidais (como sucede<br />

durante a preparação do tratamento mineralúrgico por flutuação em Neves-<br />

Corvo) ou por aglomeração de partículas moleculares ou iões até às mesmas<br />

dimensões. É este último processo que parece originar a maior parte dos<br />

colóides naturais.<br />

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