ESTUDO DA FORMAÇÃO DE MINERAIS
Formação dos minerais 2006.pdf - geomuseu
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Esta troca de substâncias dá-se, pois, por substituição e o processo<br />
denomina-se substituição metassomática ou, simplesmente, metassomatose.<br />
A substituição da matéria orgânica por sílica nas madeiras é um exemplo de<br />
substituição metassomática que tem o nome particular de petrificação. Outros<br />
exemplos bem conhecidos são dados pelas pseudomorfoses, isto é, a<br />
substituição de uma espécie mineral por outra que conserva a forma e o<br />
tamanho da primeira; São casos correntes a pseudomorfose de calcite em<br />
quartzo, de pirite em limonite e hematite, de galena em quartzo, etc.<br />
Todos estes casos são, todavia, limitados; a metassomatose pode, para além<br />
destes, originar grandes massas de minérios por substituição de outras de<br />
igual volume de rochas e, então os fenómenos são bastante complexos.<br />
A metassomatose opera-se em sistema aberto, quer dizer as soluções que<br />
transportam as substâncias substituidoras depositam estas e,<br />
concomitantemente, dissolvem as substâncias substituídas e transportamnas<br />
para outras zonas.<br />
Os fenómenos de metassomatose são característicos de fluidos deslocandose<br />
ao longo de fendas muito estreitas, frequentemente sub-capilares, donde<br />
resulta que a superfície de contacto ou superfície de reacção seja muito<br />
grande em relação ao volume de fluido reagente, facto que causa uma quase<br />
instantânea modificação deste e a deposição dos minerais substituidores nos<br />
mesmos locais ocupados pelos minerais dissolvidos.<br />
Em regra os minerais de formação metassomática têm manifesta tendência<br />
para o idiomorfismo; é o caso dos cubos de pirite nos xistos argilosos.<br />
Todavia, o pseudomorfismo resulta também de processos metassomáticos e,<br />
assim, quando o pseudomorfismo se observa em grande, as texturas e<br />
estruturas mais delicadas das substâncias substituídas são conservadas<br />
pelas substâncias metassomáticas.<br />
Pareceria à primeira vista que a substituição metassomática poderia ser<br />
traduzida pelas reacções químicas normais, isto é, que a substituição se<br />
daria molécula a molécula. Contudo, se fosse este caso, quando um mineral<br />
mais denso substitui um mineral mais denso teria de ocupar um menor<br />
volume e dever-se-iam observar texturas de esmagamento devidas à<br />
colmatação dos vazios em consequência das pressões a que estão<br />
submetidas as rochas, mais que não seja a pressão causada pelo próprio<br />
peso das rochas. Ora não se observam tais factos.<br />
A substituição metassomática dá-se entre volumes iguais, o que constitui a<br />
chamada lei dos volumes iguais e para que ela se dê é necessário que a<br />
substância substituidora e a substituída possuam um ião comum. As simples<br />
reacções químicas não indicam mais do que as tendências e os produtos<br />
finais de tais substituições.<br />
A substituição metassomática é dirigida pela fracturação; assim, nota-se que<br />
se dá a partir das fendas principais e, depois, das fendas capilares e sub-<br />
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