ESTUDO DA FORMAÇÃO DE MINERAIS
Formação dos minerais 2006.pdf - geomuseu
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Para os gases das fumarolas têm-se registado temperaturas desde cerca de<br />
650 ºC até 100 ºC e, por vezes menos, consoante as relações entre as<br />
fumarolas e as erupções vulcânicas.<br />
Assim, as indicações termométricas destas são talvez ainda menos precisas<br />
que as das lavas. Os minerais que se têm apontado como produtos<br />
sublimados das fumarolas são bastante variados e compreendem magnetite,<br />
pirrotite, pirite, galena, leucite, augite, etc.<br />
As águas termais apresentam à superfície temperaturas que vão até à do<br />
ponto de ebulição da água e, relacionadas com elas, observam-se depósitos<br />
de opala, gesso, cinábrio, antimonite, enxofre, etc.<br />
As observações directas de temperaturas não oferecem, portanto, grandes<br />
possibilidades como termómetros geológicos; todas fornecem, como se<br />
disse, valores que têm de ser considerados máximos e cuja correcção não é<br />
simples.<br />
2.2 Pontos de Fusão<br />
Este método baseia-se na determinação laboratorial dos pontos de fusão dos<br />
minerais; dá, portanto, valores máximos ou seja o limite superior do intervalo<br />
de temperaturas a que se podem ter formado os minerais.<br />
Deve atender-se a que os minerais, na natureza, se formam a partir de<br />
fluidos complexos, em que a presença de substâncias diversas dissolvidas e<br />
de outras voláteis deve acarretar um abaixamento dos pontos de fusão; a<br />
pressão deve exercer também uma certa influência, embora menos<br />
importante tanto mais que no estudo dos sistemas químicos naturais se tem<br />
de considerar mais intervalos de fusão do que pontos de fusão.<br />
Na prática, a utilização dos pontos de fusão também não se tem revelado de<br />
grande interesse, dado que os minerais têm, em regra, temperaturas de<br />
fusão mais elevadas que as respectivas temperaturas de formação e não<br />
sofreram fusão durante o processo de formação dos respectivos jazigos.<br />
2.3 Pontos de Inversão<br />
O método que se baseia nos pontos de inversão, isto é, na passagem de<br />
uma fase a outra, quimicamente idêntica mas cristalograficamente distinta<br />
(formas polimórficas) é de utilização mais generalizada porque a influência da<br />
pressão é bastante mais reduzida e muitas inversões verificam-se a<br />
temperaturas bem definidas e referenciáveis com relativa facilidade.<br />
Uma das inversões mais conhecidas e importantes é a do quartzo β<br />
(hexagonal, classe trapezoédrica) em quartzo α (romboédrico, classe<br />
trapezoédrica trigonal) que se verifica a 573 ºC.<br />
Alguns sulfuretos apresentam, semelhantemente, inversão entre duas formas<br />
polimórficas, que se dá a temperatura mais ou menos bem definida. No caso<br />
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