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ESTUDO DA FORMAÇÃO DE MINERAIS

Formação dos minerais 2006.pdf - geomuseu

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em que ao mineral de alta temperatura, sempre de simetria mais elevada,<br />

corresponde simetria cúbica, o exame da anisotropia pode dar indicações<br />

sobre a temperatura de formação. Assim, se o mineral apresenta anisotropia<br />

uniforme é porque se formou abaixo da temperatura de inversão e se, pelo<br />

contrário, apresenta anisotropia irregular é porque se formou acima daquela.<br />

2.4 Dissociações<br />

Este método baseia-se no estudo dos minerais que a dada temperatura<br />

libertam constituintes voláteis, como sejam os zeólitos em relação à água de<br />

constituição; porém, a temperatura destas dissociações é fortemente<br />

influenciada pela pressão. Fornece, pois, indicações sobre a temperatura<br />

máxima de formação dos minerais.<br />

2.5 Exsudações<br />

Baseia-se este método naqueles minerais que originam soluções sólidas que,<br />

a determinadas temperaturas mais baixas, deixam de ser estáveis, dando-se<br />

a separação dos constituintes da solução sólida com consequente formação<br />

de texturas de exsudação. Este método dá a temperatura inferior do intervalo<br />

de formação da solução sólida, isto é, o limite inferior do domínio de<br />

estabilidade desta; deve notar-se, todavia, que nem sempre é fácil determinar<br />

as texturas devidas realmente a fenómenos de exsudação e que a<br />

temperatura de exsudação varia com a concentração do material dissolvido.<br />

Um exemplo típico deste fenómeno é a exsudação da calcopirite na blenda<br />

que se dá a 550 ºC.<br />

A interpretação das texturas de exsudação baseia-se sobretudo em<br />

experiências laboratoriais e dada a frequência com que se observam aquelas<br />

a respectiva importância como termómetros geológicos aumentará<br />

certamente com o desenvolvimento das experiências laboratoriais.<br />

2.6 Alteração das Propriedades Físicas<br />

Alguns minerais sofrem modificações, facilmente reconhecíveis, de certas<br />

propriedades físicas sob a influência da temperatura. É o caso, por exemplo,<br />

dos halos pleocróicos da biotite que são destruídos a 480 ºC, do quartzo<br />

fumado e ametista que perdem a cor entre 240 e 260 ºC, o mesmo<br />

acontecendo com a fluorite a cerca de 175 ºC.<br />

Estas observações fornecem, portanto, indicações sobre a temperatura<br />

máxima de formação dos minerais.<br />

2.7 Recristalizações<br />

Este método baseia-se na propriedade que têm alguns minerais de sofrerem<br />

recristalizações a temperaturas particulares. Aplica-se sobretudo aos<br />

elementos nativos, permitindo distinguir se são de origem supergénica ou<br />

hipogénica.<br />

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