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ESTUDO DA FORMAÇÃO DE MINERAIS

Formação dos minerais 2006.pdf - geomuseu

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Este último procedimento, embora seja mais prudente e deva ser seguido<br />

quando não se tenha suficiente experiência para recorrer aos termómetros<br />

geológicos, deve também ser seguido com cuidado, principalmente quando<br />

se trate de paragéneses raras.<br />

O significado termométrico dos minerais tipomórficos será tanto mais preciso<br />

ou convincente quanto mais numerosos forem numa dada paragénese.<br />

Não menos importante que a influência da temperatura e da pressão é<br />

processo de formação dos minerais. Não obstante este se processe sob a<br />

influência directa daquelas, um mesmo processo pode originar minerais<br />

dentro duma gama vasta de temperatura e pressões.<br />

Se interessa o estudo das condições de formação dos minerais, interessa<br />

também conhecer o respectivo domínio de estabilidade, visto este ser muito<br />

variável de mineral para mineral.<br />

O processo de formação e as condições de temperatura e pressão em que se<br />

originaram os minerais ficam, por assim dizer, impressos na respectiva<br />

textura e estrutura que, por isso, têm tão grande importância no estudo dos<br />

jazigos minerais.<br />

2.Termometria Geológica<br />

2.1 Medições directas<br />

Este método só é aplicável às lavas, fumarolas e nascentes quentes; dá<br />

indicação sobre as temperaturas máximas a que se podem ter formado os<br />

minerais constituintes das lavas e os originados pelas fumarolas e nascentes<br />

quentes e que se depositaram nas cavidades por onde os gases e as águas<br />

brotam à superfície da Terra ou nas proximidades imediatas.<br />

Para as lavas basálticas têm-se registado temperaturas superiores a 1300 ºC<br />

que diminuem, todavia, com o aumento da acidez das lavas.<br />

Os trabalhos de T. A. Jager, em Kilauea (Havai), provaram que aquelas<br />

temperaturas elevadas (1350 ºC) só se verificavam à superfície da lava<br />

líquida, através da qual se escapavam gases em combustão; cerca de um<br />

metro abaixo daquela superfície, a temperatura das mesmas lavas baixava<br />

para 850 e 750 ºC (Shand, 1943, p.68). Mesmo a estas temperaturas mais<br />

baixas, porém, a cristalização da lava já se pode ter iniciado como mostra o<br />

facto de se terem encontrado cristais, bem desenvolvidos, de augite e de<br />

leucite em lavas perfeitamente fluidas do Vesúvio.<br />

Minerais tais como a cromite, quando segregada em magmas básicos,<br />

devem cristalizar dentro do intervalo de temperaturas correspondente à<br />

formação das rochas básicas.<br />

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