ESTUDO DA FORMAÇÃO DE MINERAIS
Formação dos minerais 2006.pdf - geomuseu
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2.8 Inclusões Fluidas<br />
O fundamento deste método (no momento da sua formação cada cavidade<br />
encontra-se completamente preenchida por uma só fase, fluida, surgindo a<br />
fase gasosa durante o arrefecimento por retracção) foi estabelecido há mais<br />
de um século por Sorby, mostrando que a temperatura de formação dos<br />
cristais podia ser deduzida da concentração sofrida pelos fluidos inclusos nas<br />
cavidades dos cristais, supondo-se que tais fluidos teriam primitivamente<br />
preenchido de modo total as cavidades que os encerram.<br />
As temperaturas de formação dos cristais são determinadas aquecendo os<br />
cristais até que a dilatação do fluido provoque a decrepitação daqueles, daí o<br />
chamar-se a este método, também, decrepitação.<br />
Por vezes, tais inclusões fluidas mostram pequenos cristais de sais; o estudo<br />
da temperatura de formação destes cristais do fluido das inclusões, também<br />
tem sido utilizado para a determinação da temperatura mínima a que teriam<br />
sido encerradas as inclusões fluidas.<br />
Este método tem sido estudado em profundidade nos últimos anos e a<br />
respectiva aplicabilidade é, em princípio, muito simples pois só exige um<br />
microscópio equipado com platina de aquecimento. Na prática, no entanto,<br />
apresenta dificuldades pelo que diz respeito à introdução de uma correcção<br />
para o factor pressão e na distinção entre inclusões primárias e secundárias.<br />
Na verdade, tem que se ter em conta que nem todas as inclusões<br />
correspondem a inclusões contemporâneas da formação do mineral que as<br />
inclui e que, por vezes, são susceptíveis de deslocamento ao longo de<br />
alinhamentos estruturais dos cristais, movendo-se de vacúolo para vacúolo.<br />
Não obstante estas dificuldades, o método tem vindo a generalizar-se e a<br />
tornar-se preponderante no estudo térmico da formação dos jazigos minerais.<br />
Exige, contudo, que as observações incidam sobre amostras bem<br />
referenciadas quanto à geometria e história dos respectivos jazigos.<br />
2.9 Minerais Indicadores de Temperatura<br />
Além dos termómetros geológicos, baseados nos fenómenos e determinados<br />
pelos métodos referidos, recorre-se com muita frequência aos chamados<br />
minerais tipomórficos ou indicadores de temperatura que, embora constituam<br />
por assim dizer termómetros geológicos grosseiros, podem ser de grande<br />
auxílio desde que a respectiva utilização seja criteriosa.<br />
São minerais indicadores de temperatura aqueles que se formam a<br />
temperatura conhecida ou aqueles que ocorrem com certa constância<br />
associados a minerais reconhecidos como de alta, média ou baixa<br />
temperatura de formação. Estes últimos são chamados minerais<br />
termométricos auxiliares.<br />
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