Editorial
Ogolfe - New Golf
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Quem foram seus primeiros<br />
incentivadores e professores?<br />
Meu primeiro professor foi o<br />
Marcos Silva. Ele era o profissional<br />
do Londrina Golf Club, então<br />
foi natural eu começar com ele.<br />
A família do meu pai sempre foi<br />
muito ligada a esportes. Meu avô<br />
era apaixonado por cavalos, gostava<br />
muito de hipismo e pólo.<br />
Desde criança, sempre sonhei em<br />
jogar um esporte profissionalmente<br />
e foi através do golfe que<br />
decidi fazer isto. Atualmente ainda<br />
jogo no Londrina Golf Club.<br />
Fale um pouco sobre sua rotina<br />
de treinamentos no golfe.<br />
Adoro treinar. Quando eu era<br />
pequeno gostava mais de passar<br />
horas e horas no driving range<br />
do que de jogar no campo, mas<br />
nos últimos anos me forcei a jogar<br />
mais. Isso me ajudou a “sair”<br />
um pouco da preocupação com<br />
a parte técnica e a jogar mais<br />
naturalmente. Mas ainda adoro<br />
ter uma sessão no driving range,<br />
onde trabalho somente o swing.<br />
Tento treinar bastante jogo curto.<br />
Para a parte física faço fisioterapia<br />
uma ou duas vezes por<br />
semana e musculação três vezes<br />
por semana. Também gosto de<br />
correr às vezes.<br />
Quando não está envolvido<br />
com o golfe, o que gosta<br />
de fazer?<br />
Nos últimos meses comecei<br />
a jogar squash com os amigos.<br />
Também gosto de jogar poker<br />
de vez em quando. É impressionante<br />
o quanto uma pessoa<br />
pode aprender sobre si mesma<br />
jogando poker. Acho que existe<br />
um paralelo muito grande entre<br />
poker e golfe na parte psicológica<br />
do jogo. Aos fins de semana,<br />
gosto de sair com meus amigos<br />
em Londrina, assistir UFC e um<br />
futebol de vez em quando.<br />
Conte como foi sua vitória<br />
em Comandatuba.<br />
Antes do torneio, passei duas<br />
semanas treinando em Maringá.<br />
Lá venta bastante, principalmente<br />
nesta época do ano, então<br />
foi ideal para treinar nestas<br />
condições, que certamente eu<br />
encontraria em Comandatuba.<br />
Chegando na Bahia, não estava<br />
com meu swing do jeito que<br />
gostaria. Então na segunda-feira,<br />
dois dias antes de começar o torneio,<br />
tive uma sessão no driving<br />
range. Estava forçando posições<br />
no meu swing para conseguir reencontrar<br />
uma batida sólida. No<br />
dia de treino estava batendo um<br />
pouco melhor na bola, mas ainda<br />
sentia que meu swing não estava<br />
no lugar, porém peguei bem rápido<br />
a velocidade dos greens e isto<br />
é muito importante. Tudo que<br />
você faz dentro do green durante<br />
um torneio - a leitura, a visualização<br />
e o stroke de putter - só<br />
faz sentido se você estiver com a<br />
velocidade bem definida em sua<br />
mente. Caso não esteja, embocar<br />
se torna muito difícil. No primeiro<br />
dia de jogo, meu primeiro tiro<br />
para green já saiu exatamente<br />
como eu tinha visualizado. Deixei<br />
a três metros para birdie e<br />
rolei o putter bem no meio do<br />
buraco. A partir daí bati bem na<br />
bola o dia inteiro. No buraco 17,<br />
um par 3 no qual o vento estava<br />
interferindo bastante, errei o<br />
green pela direita, mas consegui<br />
embocar de fora. Foi meu oitavo<br />
birdie do dia; uma excelente volta<br />
de 65. Foi esta volta que já me<br />
deu a liderança e uma confiança<br />
muito grande.<br />
Como foi liderar desde o início<br />
e vencer de ponta a ponta?<br />
Acho que tive sorte de ter<br />
construído uma vantagem tão<br />
grande logo de cara. Mas a volta<br />
mais crítica foi a segunda.<br />
Jogando golfe universitário nos<br />
Estados Unidos, você vê muitos<br />
scores que se destacam em uma<br />
volta, mas a volta seguinte é que<br />
realmente define o sucesso ou<br />
não daquele jogador no torneio.<br />
Geralmente, alguém que joga<br />
um 63 e depois vem a jogar uma<br />
volta de 75 ou 76, apesar de não<br />
ter lhe tirado as chances de ganhar,<br />
mentalmente é muito difícil<br />
se recuperar. Como saí jogando<br />
bem logo nos primeiros nove<br />
buracos do segundo dia e depois<br />
finalizei com um 69, consegui<br />
realmente me colocar em uma<br />
posição muito boa para a volta<br />
final. Foi ao final da segunda<br />
volta que fiquei satisfeito em ver<br />
a evolução no meu jogo mental<br />
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