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www.autosport.pt | WRC ||||3<br />
Coates Hire Rali da Austrália<br />
A história do<br />
“tri”<br />
Sébastien<br />
Ogier sagrou-se<br />
campeão do Mundo de ralis<br />
pela terceira vez consecutiva. O feito<br />
foi alcançado do outro lado do planeta, no Rali da<br />
Austrália, e o piloto francês já considerou a temporada<br />
de 2015 como a melhor da sua carreira. Um breve resumo<br />
de como é que Ogier chegou ao “tri”.<br />
Missão cumprida. À segunda<br />
oportunidade, Sébastien Ogier sagrouse<br />
campeão do Mundo pela terceira vez<br />
consecutiva e tornou-se no quarto piloto<br />
com melhor palmarés da história da modalidade. À<br />
sua frente já só há três nomes: Sébastien Loeb, Juha<br />
Kankkunen e Tommi Makinen.<br />
Sébastien Ogier garantiu o título quando ainda<br />
faltam três provas para o final do campeonato. Para o<br />
francês não há dúvidas. Uma época nunca tinha corrido<br />
tão bem. “Está a ser uma temporada fantástica. A minha<br />
melhor, sem dúvida”, afirmou.<br />
A história e os números corroboram as palavras<br />
do novo tricampeão Mundial. Para já, o francês da<br />
Volkswagen leva sete triunfos em dez possíveis. Foi o<br />
mais rápido em oito power stages e acrescentou 24<br />
pontos aos 235 que tem atualmente só com estes bónus.<br />
A supremacia do piloto francês é evidente. Sozinho, foi o<br />
mais rápido em 75 das 185 especiais realizadas.<br />
Tudo começou há nove meses. O ano civil tinha<br />
começado há pouco mais de 20 dias e Sébastien<br />
Ogier arrancou a temporada com uma vitória. Nem a<br />
presença do nove vezes campeão do Mundo, Sébastien<br />
Loeb, o impediu de começar a defesa do título com uma<br />
vitória. 25 pontos garantidos. Na Suécia, uma história<br />
diferente, o mesmo resultado. Andreas Mikkelsen tinha<br />
tudo para ganhar mas cometeu um pequeno erro que<br />
o fez cair para terceiro. E quem é que estava na posição<br />
para reclamar a vitória para si? Ogier.<br />
Não havia melhor forma de começar a temporada.<br />
Havia sim. Era ganhar de novo. E assim aconteceu.<br />
No México, o já líder destacado do campeonato<br />
distanciou-se ainda mais da<br />
concorrência. Só à quarta<br />
tentativa é que o francês<br />
falhou. Ou melhor, todos<br />
na Volkswagen falharam.<br />
Um problema nos injectores<br />
dos Polo WRC ditou o<br />
abandono de Ogier, Latvala<br />
e Mikkelsen. A formação<br />
alemã recuperou o carro e o<br />
líder do campeonato ainda<br />
teve motivação para voltar à<br />
prova e vencer a Power Stage.<br />
O raciocínio foi simples: mais<br />
vale três do que zero.<br />
De regresso ao Velho<br />
Continente, foi a vez de correr<br />
em Portugal. Bem sucedido<br />
quando a prova se discutia<br />
no sul do país, Ogier não conseguiu vencer. Contentouse<br />
com o segundo posto e mais três pontos da Power<br />
Stage. Em cinco provas, três vitórias, um segundo lugar<br />
e uma prova sem pontuar. O piloto de Gap estava muito<br />
bem encaminhado para repetir os feitos de 2013 e 2014<br />
em que foi campeão. Sardenha e Polónia resultaram<br />
em mais dois triunfos. Em provas tão distintas, o gaulês<br />
mostra que é o mais forte e que dificilmente se deixa<br />
bater pela concorrência.<br />
Na Finlândia aconteceu uma das poucas excepções.<br />
Jari-Matti Latvala fez-se valer do estatuto de especialista<br />
e conseguiu contrariar o domínio de Ogier. Mesmo assim,<br />
o líder do campeonato foi o melhor na Power Stage e<br />
Fotos @ World - André Lavadinho e martin holmes rallying<br />
juntou três pontos aos 18 do segundo lugar.<br />
Na Alemanha, a pressão estava em cima do piloto<br />
e dos seus companheiros de equipa. Numa equipa tão<br />
bem sucedida, a Volkswagen ainda não tinha ganho o<br />
“seu” rali desde que regressou ao WRC. Ogier quebrou<br />
o enguiço e de forma apoiada, pois Latvala e Mikkelsen<br />
foram segundo e terceiro, respetivamente. Nesta prova,<br />
a possibilidade de conquistar o terceiro título já existia<br />
mas era muito remota. Tanto que apesar do triunfo,<br />
ainda ficou tudo em aberto. Mas por pouco tempo.<br />
Aliás, nesta época, cedo se percebeu que o número um<br />
da Volkswagen iria ganhar o campeonato. Era mesmo só<br />
uma questão de tempo. E foi mais (Continua na pag. seguinte)