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Plano de Negócio do Abatedouro de Frangos ... - Instituto Acácia

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

CA<br />

Versão Preliminar<br />

1


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

PRESIDENTE DA REPÚBLICA<br />

Dilma Vana Rousseff<br />

MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO<br />

Afonso Florence<br />

SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL<br />

Jerônimo Rodrigues Santos<br />

DELEGADO FEDERAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO<br />

Dieter Metzner<br />

ARTICULADORA REGIONAL SDT/MDA<br />

Ervanda Timm<br />

ARTICULADOR ESTADUAL SDT/MDA<br />

Vitor Hugo Garbin<br />

ASSESSORA TÉCNICA TERRITORIAL DO ALTO PARAGUAI<br />

Vanessa <strong>de</strong> Souza Ribeiro<br />

CENTRO DE TECNOLOGIA ALTERNATIVA - CTA<br />

Francisco Alexandre <strong>do</strong>s Santos<br />

INSTITUTO ACÁCIA DE AGRICULTURA FAMILIAR - IAAF<br />

Medson Janer da Silva<br />

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO BUGRES<br />

EMPAER<br />

STTR DE BARRA DO BUGRES<br />

CÂMARA DE VEREADORES DE BARRA DO BUGRES<br />

2


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

LISTA DE SIGLAS<br />

ABNT Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas<br />

APL Arranjo Produtivo Local<br />

ANVISA Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária<br />

CONAB Companhia Nacional <strong>de</strong> abastecimento<br />

CNPq Conselho Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<br />

CIDES-AP Consórcio Intermunicipal <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social <strong>do</strong><br />

Alto <strong>do</strong> Rio Paraguai<br />

CREA Conselho Regional <strong>de</strong> Engenharia, Arquitetura e Agronomia<br />

CTA Centro <strong>de</strong> Tecnologia Alternativa<br />

DBO Demanda Bioquímica <strong>de</strong> Oxigênio<br />

DIPOA Divisão <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Produtos <strong>de</strong> Origem Animal<br />

DRS Desenvolvimento Regional Sustentável<br />

EMBRAPA Empresa Brasileira <strong>de</strong> Pesquisa agropecuária<br />

EMPAER Empresa Matogrossense <strong>de</strong> Pesquisa, Assistência e Extensão Rural<br />

FETAGRI Fe<strong>de</strong>ração <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res Rurais na Agricultura<br />

IAAF <strong>Instituto</strong> <strong>Acácia</strong> <strong>de</strong> Agricultura Familiar<br />

IBGE <strong>Instituto</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística<br />

INDEA <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Defesa Animal <strong>do</strong> Mato Grosso<br />

MDA Ministério <strong>de</strong> Desenvolvimento Agrário<br />

MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />

MCT Ministério da Ciência & Tecnologia<br />

PAA Programa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Alimentos da Agricultura Familiar<br />

PNAE Programa Nacional <strong>de</strong> Alimentação Escolar<br />

PNE <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong>s <strong>do</strong> Empreendimento<br />

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento<br />

PROINF Ação <strong>de</strong> Apoio à Infraestrutura e Serviços Territoriais<br />

PRONAT Programa Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong>s Territórios Rurais<br />

PVC Poli cloreto <strong>de</strong> vinila<br />

RIISPOA Regulamento <strong>de</strong> Inspeção Industrial e Sanitária <strong>do</strong>s Produtos <strong>de</strong> Origem<br />

Animal<br />

SDT Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Territorial<br />

SEBRAE Serviço <strong>de</strong> Apoio às Micro e Pequenas Empresas<br />

SEDRAF Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar <strong>do</strong><br />

Mato Grosso<br />

SEPLAN Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Planejamento <strong>do</strong> Mato Grosso<br />

SIF Serviço <strong>de</strong> Inspeção Fe<strong>de</strong>ral<br />

SISE Serviço <strong>de</strong> Inspeção Sanitária Estadual<br />

UBA União Brasileira <strong>de</strong> Avicultores<br />

UCDB Universida<strong>de</strong> Católica Dom Bosco<br />

UNCTAD United Nations Conference on Tra<strong>de</strong> and Development<br />

UNEMAT Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>do</strong> Mato Grosso<br />

3


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1. Localização Geográfica. 17<br />

Figura 2. Merca<strong>do</strong>s potenciais para o Frango Semicaipira. 29<br />

Figura 3. Mapa <strong>do</strong> Território <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Alto Paraguai 30<br />

Figura 4. Tamanho <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>s para o Frango Semicaipira (2011). 31<br />

Figura 5. Tipo <strong>de</strong> Galpão 35<br />

Figura 6. Mo<strong>de</strong>lo Tradicional <strong>de</strong> Galinheiro 36<br />

Figura 7. Galpão caipira na Al<strong>de</strong>ia Terena Babaçu em Miranda/MS. 36<br />

Figura 8. Aviário em Marcelândia/MT, 2006 37<br />

Figura 9. Aviário em Cláudia/MT, 2005 37<br />

Figura 10. Tipo <strong>de</strong> Cortina 38<br />

Figura 11. Cama para pintainhos 40<br />

Figura 12. Proteção lateral da estufa <strong>do</strong>s pintainhos 41<br />

Figura 13. Estufa <strong>do</strong>s pintainhos com forro <strong>de</strong> jornais. 41<br />

Figura 14. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> come<strong>do</strong>uro infantil em material <strong>de</strong> PVC. 42<br />

Figura 15. Come<strong>do</strong>uro metálico com base em PVC. 43<br />

Figura 16. Come<strong>do</strong>uros com materiais alternativos. 43<br />

Figura 17. Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> bebe<strong>do</strong>uros em material <strong>de</strong> PVC. 44<br />

Figura 18. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> bebe<strong>do</strong>uro automático. 45<br />

Figura 19. Bebe<strong>do</strong>uro alternativo <strong>de</strong> tubo PVC. 45<br />

Figura 20. Campânula <strong>de</strong> metal e com operação a gás. 46<br />

Figura 21. Limpeza da parte interna <strong>do</strong> galpão. 48<br />

Figura 22. Visão <strong>de</strong> uma estufa completa e montada. 49<br />

Figura 23. Estufa com calor bem distribuí<strong>do</strong>. 51<br />

Figura 24. Terreiro com boa pastagem 54<br />

Figura 25. Croqui <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frango semicaipira 66<br />

Figura 26. Ca<strong>de</strong>ia Produtiva <strong>do</strong> Frango Semicaipira Tradicional 77<br />

Figura 27. Esquema <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro. 84<br />

Figura 28. Fluxograma da ca<strong>de</strong>ia produtiva cooperativada <strong>do</strong> frango semicaipira 90<br />

LISTA DE QUADROS<br />

Quadro 1. Merca<strong>do</strong>s promissores para o Frango Semicaipira. 31<br />

Quadro 2. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ficha para controle mensal <strong>do</strong> plantel <strong>de</strong> frangos semicaipiras. 55<br />

Quadro 3. Composição Bromatológica <strong>do</strong> Cyno<strong>do</strong>n dactylon. 76<br />

Quadro 4. Resumo das Ações <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro 85<br />

Quadro 5. Visão <strong>de</strong> Futuro <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> Frango Semicaipira. 95<br />

Quadro 6 . Principais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio à produção e beneficiamento <strong>do</strong> frango<br />

caipira (2011/2021).<br />

96<br />

4


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1. População estimada e resi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong>s municípios 18<br />

Tabela 2. Rebanho Avícola (Galinhas, Galos, Frangas, <strong>Frangos</strong> e Pintos) 18<br />

Tabela 3. Produção programada <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro (2011-2020) 19<br />

Tabela 4. Comparativo das características físico-químicas entre frango industrial e<br />

caipira francês.<br />

Tabela 5. Medidas <strong>do</strong>s galpões mo<strong>de</strong>los Caipira Francês 39<br />

Tabela 6. Capacida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s diferentes galpões 39<br />

Tabela 7. Estimativa <strong>de</strong> consumo diário <strong>de</strong> água em ml por frango. 52<br />

Tabela 8. Esquema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças patogênicos e parasitárias nas<br />

diferentes fases <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das aves.<br />

57<br />

Tabela 9. Exemplo <strong>de</strong> uma ração formulada a partir <strong>de</strong> vários ingredientes e<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se as diferentes fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das aves.<br />

58<br />

Tabela 10. Desempenho espera<strong>do</strong> para as aves no sistema alternativo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

frangos semicaipiras.<br />

59<br />

Tabela 11. Cronograma Anual <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Frango Semicaipira 78<br />

34<br />

5


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

SUMÁRIO<br />

1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O PNE DO FRANGO SEMICAIPIRA ................................................ 10<br />

2. OBJETIVOS .......................................................................................................................... 12<br />

2.1 Geral .......................................................................................................................................... 12<br />

2.2 Específicos ................................................................................................................................. 12<br />

3. JUSTIFICATIVAS .................................................................................................................. 13<br />

4. METODOLOGIA ................................................................................................................... 15<br />

5. CARACTERIZAÇÃO DO ABATEDOURO ................................................................................. 17<br />

5.1 Descrição ................................................................................................................................... 17<br />

5.2 Tipo <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> ....................................................................................................................... 18<br />

5.3 Recursos Disponíveis.................................................................................................................. 18<br />

5.4 Dimensão <strong>do</strong> .............................................................................................................................. 19<br />

6. AMBIENTE DO ABATEDOURO ............................................................................................. 20<br />

6.1 Interno ....................................................................................................................................... 20<br />

6.2. Ambiente Externo ..................................................................................................................... 25<br />

7. ASPECTOS DO MERCADO.................................................................................................... 27<br />

7.1 Projeção da Oferta ..................................................................................................................... 28<br />

7.2 Fluxos e Canais <strong>de</strong> Comercialização............................................................................................ 32<br />

8. ASPECTOS TÉCNICOS DE PRODUÇÃO .................................................................................. 34<br />

8.1 Processo <strong>de</strong> Produção <strong>do</strong> frango semicaipira ............................................................................. 34<br />

8.2 O Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> Aves ............................................................................................................... 59<br />

8.3 Inspeção sanitária e Certificação ................................................................................................ 75<br />

8.4 Fluxograma da Ca<strong>de</strong>ia Produtiva................................................................................................ 75<br />

9. EIXOS ESTRATÉGICOS DAS AÇÕES DO PNE ......................................................................... 79<br />

9.1 Organizacional ........................................................................................................................... 79<br />

9.2 Institucional ............................................................................................................................... 79<br />

9.3 Econômico ................................................................................................................................. 80<br />

9.4 Tecnológico ................................................................................................................................ 80<br />

9.5 Ambiental .................................................................................................................................. 80<br />

10. PROJETOS ......................................................................................................................... 81<br />

10.1 Projeto 1 – Capacitação <strong>do</strong>s Agricultores familiares que produzem frangos............................. 81<br />

6


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

10.2 Projeto 2 – Melhoria da Infra-Estrutura da Entida<strong>de</strong> Gestora................................................... 81<br />

10.3 Projeto 3 – Formação <strong>de</strong> Capital <strong>de</strong> Giro .................................................................................. 82<br />

10.4 Projeto 4 – Melhoramento e Ampliação <strong>do</strong> Número <strong>de</strong> Aviários ............................................. 82<br />

10.5 Projeto 5 – Assistência Técnica e Gerencial .............................................................................. 83<br />

11. ORGANIZAÇÃO GESTORA ................................................................................................. 84<br />

11.1 I<strong>de</strong>ntificação ............................................................................................................................ 84<br />

11.2 Recursos Humanos ................................................................................................................... 86<br />

11.3 Experiência .............................................................................................................................. 87<br />

11.4 Estratégias <strong>de</strong> Financiamento .................................................................................................. 87<br />

12. ASSESSORIA TÉCNICA ....................................................................................................... 88<br />

12.1 Assessoramento <strong>de</strong> Caráter Geral ............................................................................................ 88<br />

12.2 Assessoramento <strong>de</strong> Caráter Especializa<strong>do</strong>................................................................................ 88<br />

13. FONTES DE FINANCIAMENTO ........................................................................................... 89<br />

14. MODELO DE GESTÃO COOPERATIVADA ........................................................................... 90<br />

15.1 Estrutura Organizacional .......................................................................................................... 90<br />

15.2 Procedimentos Administrativos ............................................................................................... 91<br />

15.3 Instrumentos <strong>de</strong> Controle ............................................................................................... 92<br />

15.4 Distribuição <strong>do</strong>s Resulta<strong>do</strong>s ..................................................................................................... 92<br />

15.5 Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Recuperação ............................................................................................................. 92<br />

16. ANÁLISE DA VIABILIDADE SOCIOECONÔMICA E SOCIAL ................................................... 93<br />

16.1 Análise <strong>de</strong> custos ..................................................................................................................... 93<br />

16.2 Receitas totais.......................................................................................................................... 93<br />

16.3 Balanço <strong>de</strong> receitas e custos <strong>do</strong> negócio .................................................................................. 93<br />

16.4 Renda líquida mensal <strong>do</strong>s beneficiários ................................................................................... 93<br />

16.5 Renda líquida mínima mensal por beneficiário ........................................................................ 93<br />

17. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .......................................................................................... 94<br />

17.1 Fluxo <strong>de</strong> Execução das principais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio à produção e beneficiamento <strong>do</strong> frango<br />

caipira (2011/2021). ........................................................................................................................ 94<br />

18. LISTA DE BENEFICIÁRIOS ................................................................................................... 97<br />

19. ANEXOS ............................................................................................................................ 98<br />

Anexo I. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA.............................................................................. 98<br />

7


APRESENTAÇÃO<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

O <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong>s <strong>do</strong> Empreendimento (PNE), neste caso o Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong><br />

frangos semicaipiras, representa o planejamento da ativida<strong>de</strong>, ou seja, <strong>de</strong>ve<br />

apresentar <strong>de</strong> maneira organizada to<strong>do</strong> o Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> maneira a respon<strong>de</strong>r<br />

questões como: origem da matéria prima, processo produtivo <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro, custo <strong>de</strong><br />

produção, lucrativida<strong>de</strong>, merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ntre outras inúmeras questões <strong>de</strong><br />

relevância e <strong>de</strong>terminantes para o sucesso ou fracasso da ativida<strong>de</strong>.<br />

A produção <strong>de</strong> frangos caipiras e semicaipiras é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

relevância para a agricultura familiar, possui um nicho <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> promissor que<br />

requer um produto saudável com características superiores. A carne <strong>de</strong> frango caipira<br />

apresenta baixo teor <strong>de</strong> gordura, composição nutricional superior em cálcio e<br />

proteínas e ótima textura.<br />

Na região <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, a produção<br />

<strong>de</strong> frangos semicaipiras é praticada em diversas comunida<strong>de</strong>s rurais, seja em Projetos<br />

<strong>de</strong> Assentamento como o Projeto <strong>de</strong> Assentamento (PA) “Antônio Conselheiro”,<br />

localiza<strong>do</strong> nos limites entre os três municípios e em comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> agricultores<br />

familiares tradicionais, com comprovada viabilida<strong>de</strong> produtiva. A produção existente é<br />

na sua maioria comercializada viva, diretamente ao consumi<strong>do</strong>r final ou processada <strong>de</strong><br />

maneira artesanal o que não po<strong>de</strong> ser admiti<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> em vista a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar<br />

problemas sanitários, o que traz como conseqüências a <strong>de</strong>preciação <strong>do</strong> produto, <strong>do</strong><br />

trabalho e da lucrativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produtor. Diante <strong>de</strong>sses entraves, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verticalizar a produção pratican<strong>do</strong> o abate e o processamento<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s, ou seja, em atendimento aos padrões exigi<strong>do</strong>s pela legislação sanitária<br />

brasileira para abate <strong>de</strong> aves é que se propõem a construção <strong>de</strong> um Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong><br />

frango semicaipira para aten<strong>de</strong>r os agricultores familiares da região em questão.<br />

O principal produto oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro proposto será o frango<br />

congela<strong>do</strong>, que <strong>de</strong>verá ser comercializa<strong>do</strong> para supermerca<strong>do</strong>s, açougues e comércios<br />

similares, alimentação e para o Programa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Alimentos (PAA). Além disso,<br />

como merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r também po<strong>de</strong> ser explora<strong>do</strong> o merca<strong>do</strong> estadual na região<br />

metropolitana da capital <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. A gestão <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong>ve ser realizada através<br />

8


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

<strong>de</strong> uma cooperativa formada pelos agricultores familiares inseri<strong>do</strong>s no projeto.<br />

Objetiva-se com a construção e operação <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frangos semicaipiras um<br />

abate mínimo <strong>de</strong> 500 cabeças por dia (12 mil ao mês), para atendimento a agricultores<br />

familiares <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, no<br />

âmbito <strong>do</strong> Território <strong>do</strong> Alto <strong>do</strong> Rio Paraguai.<br />

9


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O PNE DO FRANGO SEMICAIPIRA<br />

Os avanços científicos e tecnológicos ocorri<strong>do</strong>s nas últimas décadas, nos mais<br />

diversos setores das ativida<strong>de</strong>s ligadas à agropecuária, têm propicia<strong>do</strong> o surgimento <strong>de</strong><br />

inúmeras ativida<strong>de</strong>s alternativas para geração <strong>de</strong> emprego e renda. O frango<br />

semicaipira é opção que surgiu nas últimas décadas como propostas diferenciadas<br />

para consumi<strong>do</strong>res preocupa<strong>do</strong>s com a saú<strong>de</strong>, segurança alimentar, meio ambiente e<br />

ecologia sustentável. Esses nichos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>s são cada vez maiores e, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

a UNCTAD (1999) são esperadas no médio prazo taxas <strong>de</strong> crescimento entre 5% e 40%,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> produto alternativo.<br />

No caso da proteína animal, vários episódios como a <strong>do</strong>ença da “vaca louca”<br />

que assolou a Europa, a presença <strong>de</strong> hormônios no ga<strong>do</strong>, os resíduos <strong>de</strong> dioxina no<br />

frango na Bélgica, abriram merca<strong>do</strong> para produtos como o frango orgânico e caipira.<br />

O consumo <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> frango convencional vem crescen<strong>do</strong> como alternativa<br />

mais barata para substituir a carne bovina nas faixas <strong>de</strong> renda mais baixa,<br />

principalmente, nos países em <strong>de</strong>senvolvimento. Nos últimos <strong>de</strong>z anos o consumo <strong>de</strong><br />

carne <strong>de</strong> frango duplicou no Brasil, <strong>de</strong> um consumo per capita <strong>de</strong> 16,8 kg/hab./ano em<br />

1992 para 33,1 kg/hab./ano em 2003 (UBA, 2004).<br />

Os avanços na genética, nutrição e manejo propiciaram a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> produção<br />

intensiva com perío<strong>do</strong>s cada vez mais curtos <strong>de</strong> criação e alta produtivida<strong>de</strong> na<br />

conversão ração/carne. Por outro la<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong> confinamento em galpões<br />

fecha<strong>do</strong>s e a alta concentração por área levam a problemas <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças e ao uso<br />

crescente <strong>de</strong> medicamentos como os hormônios promotores <strong>de</strong> crescimento e os<br />

medicamentos contra <strong>do</strong>enças e parasitas. As presenças <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> antibióticos e<br />

dioxinas prejudiciais à saú<strong>de</strong> no frango convencional abriram alternativas para a<br />

produção <strong>do</strong> frango orgânico e <strong>do</strong> caipira.<br />

O emprego da <strong>de</strong>signação “frango caipira ou frango colonial” ou “frango tipo<br />

ou estilo caipira” ou “tipo ou estilo colonial” na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> frangos como o caipira<br />

ou o colonial, foi normatiza<strong>do</strong> pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />

Abastecimento) por meio <strong>do</strong> DIPOA (Divisão <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Produtos <strong>de</strong> Origem<br />

Animal), Ofício Circular DOI/DIPOA número 007/99 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999. A referida<br />

10


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

norma estabeleceu ainda que na produção <strong>do</strong> frango caipira sejam fielmente<br />

observadas nas suas diversas fases, as seguintes condições:<br />

a) alimentação constituída por ingredientes, inclusive proteínas,<br />

exclusivamente <strong>de</strong> origem vegetal, sen<strong>do</strong> totalmente proibi<strong>do</strong> o uso <strong>de</strong> promotores <strong>de</strong><br />

crescimento <strong>de</strong> qualquer tipo ou natureza;<br />

b) sistema <strong>de</strong> criação (manejo) até 25 (vinte e cinco) dias em galpões. Após<br />

essa ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vem ser soltos, a campo, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>ravante sua criação extensiva e usar<br />

no mínimo 3 metros quadra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pasto por ave;<br />

c) ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abate no mínimo 85 dias e,<br />

d) linhagem exclusivamente as raças próprias para este fim, vedadas,<br />

portanto, aquelas linhagens comerciais específicas para frango <strong>de</strong> corte. (KODAWARA<br />

et al, 2004)<br />

No sistema alternativo <strong>de</strong> produção, a exploração po<strong>de</strong> ser intensiva ou não,<br />

sem restrição <strong>de</strong> linhagens, cria<strong>do</strong>s sem uso <strong>de</strong> medicamentos contra as <strong>do</strong>enças e<br />

parasitas, hormônios promotores <strong>de</strong> crescimento, quimioterápicos e ingredientes <strong>de</strong><br />

origem animal na dieta. No caso <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>stas substâncias para uso<br />

terapêutico, o lote <strong>de</strong>ve ser rotula<strong>do</strong> como convencional.<br />

No Brasil as granjas e aviários geralmente são conduzi<strong>do</strong>s por agricultores<br />

familiares ou microempresários. A sobrevivência e a viabilida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong> micros e<br />

pequenos aviários representam, por outro la<strong>do</strong>, uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> renda e<br />

geração <strong>de</strong> empregos locais.<br />

Os agricultores familiares ou microempresários <strong>de</strong> aviários in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

comercializam sua produção na região on<strong>de</strong> estão localiza<strong>do</strong>s e não realizam o abate,<br />

cujo investimento em equipamentos <strong>de</strong>mandam um valor fixo eleva<strong>do</strong>. Dessa forma, o<br />

frango é vendi<strong>do</strong> vivo, e cabe ao consumi<strong>do</strong>r abatê-lo.<br />

Nos gran<strong>de</strong>s centros urbanos, on<strong>de</strong> a conveniência alimentar é cada vez mais<br />

uma necessida<strong>de</strong>, a comercialização <strong>do</strong> frango vivo não é viável. Acrescenta-se a isso o<br />

problema sanitário, da<strong>do</strong> o aumento da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças<br />

durante o transporte.<br />

Diante <strong>de</strong>ssas colocações, a questão básica estabelecida para este estu<strong>do</strong> foi a<br />

seguinte: a criação <strong>do</strong> frango caipira constitui uma alternativa <strong>de</strong> investimentos para<br />

os agricultores familiares?<br />

11


2. OBJETIVOS<br />

2.1 Geral<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

No âmbito geral, um PNE, ten<strong>do</strong> como alicerce os agricultores e agricultoras<br />

familiares têm o objetivo <strong>de</strong> se constituir em uma ferramenta, construída pelo grupo e<br />

para o grupo, como forma <strong>de</strong> auxiliar a reflexão e o conhecimento <strong>do</strong> mesmo em<br />

relação ao seu Abate<strong>do</strong>uro, servin<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sta forma, como base para o planejamento <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s e a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões coletiva e planejada. Secundariamente, o PNE<br />

objetiva se transformar em um instrumento para viabilizar a captação/formação <strong>de</strong><br />

recursos financeiros, humanos e tecnológicos necessários ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

Para o <strong>Instituto</strong> <strong>Acácia</strong> <strong>de</strong> Agricultura Familiar (IAAF) e o Centro <strong>de</strong> Tecnologia<br />

Alternativa (CTA) , o PNE <strong>de</strong>ve i<strong>de</strong>ntificar as principais necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações<br />

nos processos <strong>de</strong> produção da matéria-prima (fase primária), construção e operação<br />

<strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro (fase secundária) e <strong>de</strong> comercialização da produção (fase terciária)<br />

oriunda <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frangos semicaipiras cuja produção esteja voltada para se<br />

transformar em uma alternativa econômica através <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro, incrementan<strong>do</strong><br />

assim a renda familiar <strong>do</strong>s beneficiários.<br />

2.2 Específicos<br />

Um PNE durante a sua elaboração po<strong>de</strong>rá se <strong>de</strong>s<strong>do</strong>brar em vários objetivos<br />

específicos. Porém, alguns são quase que obrigatórios a fazer parte da estrutura <strong>de</strong> um<br />

PNE:<br />

a) Constituir-se em uma ferramenta ou instrumento que sirva <strong>de</strong> rumo para as<br />

ações socioeconômicas, culturais e ambientais <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro;<br />

b) Viabilizar formas para que o grupo envolvi<strong>do</strong> consiga dialogar internamente<br />

e com seus parceiros e apoia<strong>do</strong>res;<br />

c) Criar e servir-se <strong>de</strong> condições para que o grupo ganhe visibilida<strong>de</strong> a partir<br />

da implementação das ações planejadas.<br />

d) Servir ainda <strong>de</strong> parâmetro e referencial para avaliações futuras por parte<br />

<strong>do</strong> grupo envolvi<strong>do</strong>.<br />

12


3. JUSTIFICATIVAS<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

A experiência vem <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existir três tipos <strong>de</strong><br />

situações para as quais são elabora<strong>do</strong>s os PNE associativos:<br />

a) Uma comunida<strong>de</strong> rural on<strong>de</strong> uma organização associativa (associação,<br />

cooperativa, consórcio ou outro tipo) implementa um ou mais Abate<strong>do</strong>uros. Nesses<br />

casos, o PNE tem como foco a própria Comunida<strong>de</strong> e a Organização Associativa;<br />

b) Uma Cooperativa, em geral, <strong>de</strong>dican<strong>do</strong>-se à Comercialização, atua como<br />

“âncora” <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s, em geral associações <strong>de</strong> agricultores familiares.<br />

Este caso é um daqueles em que o PNE focaliza a Cooperativa, porém levan<strong>do</strong> em<br />

conta sua articulação com os grupos que formam a Re<strong>de</strong>;<br />

c) Um Abate<strong>do</strong>uro, gerencia<strong>do</strong> e opera<strong>do</strong> por um grupo <strong>de</strong> agricultores<br />

familiares, que constituem uma parcela da comunida<strong>de</strong>. Nesses casos, o patrimônio<br />

fixo e semifixo pertence a um gestor público (municipal ou estadual) que disponibiliza<br />

para uma organização associativa mediante termo <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> uso.<br />

O PNE aqui apresenta<strong>do</strong> só se aplica integralmente a este último caso, não<br />

sen<strong>do</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> aos <strong>do</strong>is primeiros, para os quais se recomenda outras meto<strong>do</strong>logias<br />

e roteiros.<br />

semicaipira são:<br />

Os aspectos que justificam a realização <strong>do</strong> PNE <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frango<br />

a) Viabilida<strong>de</strong> Operacional <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro:<br />

( i ) Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria prima, tanto na própria comunida<strong>de</strong> quanto<br />

nas vizinhanças, bem como viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtê-la <strong>de</strong> forma satisfatória (técnica e<br />

economicamente);<br />

( ii ) Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>res qualifica<strong>do</strong>s (ou com possibilida<strong>de</strong>s<br />

concretas <strong>de</strong> qualificação em curto prazo), os quais <strong>de</strong>verão ser membros das famílias<br />

da comunida<strong>de</strong> local.<br />

( iii ) Inexistência <strong>de</strong> sérios conflitos na comunida<strong>de</strong>, que possam<br />

comprometer o bom funcionamento <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro associativo;<br />

13


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

( iv ) Existência <strong>de</strong> recursos disponibiliza<strong>do</strong>s pelo PROINF 2010 para a<br />

construção <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e a não exigência <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s investimentos individuais, que<br />

estejam acima <strong>do</strong>s limites <strong>de</strong> cada família beneficiada e que só possam ser<br />

concretiza<strong>do</strong>s em prazos mais longos.<br />

b) Viabilida<strong>de</strong> socioeconômico-financeira <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro, <strong>de</strong>monstrada<br />

através <strong>de</strong> uma avaliação preliminar que verificou que a renda bruta a ser obtida será<br />

suficiente para:<br />

( i ) pagar os custos operacionais (fixos e variáveis);<br />

( ii ) renumerar os trabalha<strong>do</strong>res com pelo menos um salário mínimo por 22<br />

dias/mês <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 8 horas/dia;<br />

( iii ) Recuperar os investimentos fixos e semi-fixos 1 ;<br />

( iv ) Deixar uma reserva para aten<strong>de</strong>r a situações imprevistas;<br />

c) Abrangência Territorial ou intermunicipal, pois o Abate<strong>do</strong>uro beneficiará<br />

um o maior número possível <strong>de</strong> municípios que compõem o território;<br />

d) Possibilida<strong>de</strong>s concretas <strong>de</strong> inserção a<strong>de</strong>quada nos merca<strong>do</strong>s para os<br />

produtos resultantes <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

1 Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o prazo <strong>de</strong> 10 (<strong>de</strong>z) anos, o qual se compatibiliza com o prazo <strong>de</strong> pagamento <strong>do</strong>s<br />

créditos Investimentos <strong>do</strong> PRONAF.<br />

14


4. METODOLOGIA<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

O PNE será realiza<strong>do</strong> em diferentes fases:<br />

Fase I – A Sistematização das Informações Básicas sobre o Abate<strong>do</strong>uro: Será<br />

feita pelo Supervisor (Medson Janer Da Silva) e Técnicos <strong>de</strong> Campos (Prefeituras e<br />

EMPAER), com apoio <strong>de</strong> especialista no Abate<strong>do</strong>uro, os quais dividirão<br />

responsabilida<strong>de</strong> nos trabalhos <strong>de</strong> coleta, tratamento e organização das informações<br />

técnicas e financeiras que servirão <strong>de</strong> base para a construção <strong>do</strong> PNE. Entre tais<br />

informações sobressaem, como <strong>de</strong> maior importância, as seguintes:<br />

Prefeitura;<br />

a) Descrição da estrutura física <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro a ser construí<strong>do</strong> pela<br />

b) Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria prima no local (Comunida<strong>de</strong>-se<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro e municípios beneficia<strong>do</strong>s);<br />

<strong>de</strong> produção;<br />

c) Parâmetros operacionais (rendimentos) em cada uma das etapas <strong>do</strong> fluxo<br />

d) Perfil quantitativo e qualitativo <strong>do</strong>( s ) produtos ( s ) a ser (em) obti<strong>do</strong> (s )<br />

no final <strong>do</strong> processo;<br />

e) Trabalha<strong>do</strong>res necessários (i<strong>de</strong>almente) para cada etapa, em relação à<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medida da Produção;<br />

f) Custos unitários <strong>do</strong>s bens, serviços e custos financeiros, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s<br />

os itens <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas inerentes ao Abate<strong>do</strong>uro;<br />

pratica<strong>do</strong>s;<br />

planeja<strong>do</strong>;<br />

g) Possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> para os produtos e preços atualmente<br />

h) Informações gerais sobre a legislação aplicada ao Abate<strong>do</strong>uro a ser<br />

i) Principais Fontes <strong>de</strong> Recursos que po<strong>de</strong>rão financiar o Abate<strong>do</strong>uro<br />

(Investimentos aos agricultores na criação das aves, capital-<strong>de</strong>-giro e custeio <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio) e suas principais características.<br />

15


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Fase II – Elaboração coletiva <strong>do</strong> PNE: Será um trabalho <strong>de</strong> construção coletiva,<br />

envolven<strong>do</strong> diretamente técnicos <strong>de</strong> campo e os grupos <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>res nos<br />

municípios, com o apoio eventual <strong>do</strong> Supervisor e <strong>do</strong> Especialista. Serão realizadas<br />

reuniões <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o grupo, a fim <strong>de</strong> obter respostas coletivas às questões relativas à<br />

construção <strong>do</strong> PNE, seguidas <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> escritório a serem realiza<strong>do</strong>s pela equipe<br />

técnica (com ou sem apoio <strong>do</strong> supervisor e <strong>do</strong> especialista), on<strong>de</strong> serão analisadas e<br />

sistematizadas as respostas da reunião anterior e também preparadas as orientações<br />

técnicas para a reunião seguinte.<br />

As ativida<strong>de</strong>s que levarão à análise coletiva e respostas a essas questões,<br />

estão sugeridas a seguir:<br />

a) 1º Encontro com o grupo composto <strong>do</strong> proponente, assistência técnica e<br />

<strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong>s beneficiários (associações, cooperativa e sindicatos <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res rurais) realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> 26 a 27 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2011 em Barra <strong>do</strong> Bugres/MT;<br />

b) Intervalo entre o 1º e o 2º Encontro;<br />

c) 2º Encontro com o grupo <strong>de</strong> beneficiários e mais os presentes no 1º<br />

Encontro, realiza<strong>do</strong> nos dias 20 e 21 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2011 em Barra <strong>do</strong> Bugres;<br />

d) Intervalo entre o 2º e 3º encontro;<br />

e) 3º Encontro com o grupo: discussão das ações estratégicas, realizada nos<br />

dia 1 e 2 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2011 em Barra <strong>do</strong> Bugres;<br />

<strong>Negócio</strong>s.<br />

f) 4º Encontro com o grupo: Para a apresentação e validação <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong><br />

16


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

5. CARACTERIZAÇÃO DO ABATEDOURO<br />

5.1 Descrição<br />

O Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frangos semicaipiras será implanta<strong>do</strong> no município <strong>de</strong> Barra<br />

<strong>do</strong> Bugres em terreno da Prefeitura Municipal localiza<strong>do</strong> no Distrito Industrial <strong>do</strong><br />

município. O Abate<strong>do</strong>uro aten<strong>de</strong>rá agricultores familiares <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong><br />

Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, que trabalham com produção <strong>de</strong> frangos<br />

semicaipiras.<br />

De acor<strong>do</strong> com estimativa <strong>do</strong> IBGE <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2009, a região <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong><br />

Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, apresenta uma população <strong>de</strong> aproximada <strong>de</strong><br />

132.000 habitantes.<br />

Figura 1. Localização Geográfica.<br />

Faz parte da mesorregião su<strong>do</strong>este mato-grossense e microrregião <strong>de</strong> Tangará<br />

da Serra, ainda integra o Consórcio Intermunicipal <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e<br />

Social <strong>do</strong> Alto <strong>do</strong> Rio Paraguai. Na região, a ativida<strong>de</strong> proposta apresenta ambiente<br />

favorável ao seu <strong>de</strong>senvolvimento, como: boas condições climáticas, agricultores<br />

familiares atuan<strong>do</strong> na ativida<strong>de</strong>, mão-<strong>de</strong>-obra e merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r para absorver a<br />

produção.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento da ativida<strong>de</strong> fica prejudica<strong>do</strong> em função da inexistência <strong>de</strong><br />

uma estrutura <strong>de</strong> beneficiamento da produção que viabilize a comercialização <strong>do</strong><br />

produto com conseqüente agregação <strong>de</strong> renda à produção.<br />

17


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Tabela 1. População estimada e resi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong>s municípios<br />

População<br />

População Resi<strong>de</strong>nte<br />

Municípios<br />

(hab.)<br />

(hab.)<br />

Total Urbana Rural<br />

Barra <strong>do</strong> Bugres 31.973 25.996 5.797<br />

Nova Olímpia 17.515 15.836 1.679<br />

Tangará da Serra 83.431 75.921 7.510<br />

TOTAL<br />

Fonte: ¹ IBGE 2010.<br />

132.919 117.753 14.986<br />

Segun<strong>do</strong> estimativa <strong>do</strong> IBGE (2008), a região <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong><br />

Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, apresenta um rebanho avícola <strong>de</strong><br />

aproximadamente 3 milhões <strong>de</strong> cabeças entre galinhas, galos, frangos e pintos,<br />

representan<strong>do</strong> bem o potencial produtivo regional. Além disso, voltan<strong>do</strong> ao aspecto<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, a região apresenta uma localização geográfica privilegiada ao<br />

re<strong>do</strong>r <strong>de</strong> 170 km da região metropolitana <strong>de</strong> Cuiabá com seus aproxima<strong>do</strong>s 700 mil<br />

habitantes representan<strong>do</strong> um merca<strong>do</strong> em potencial.<br />

Tabela 2. Rebanho Avícola (Galinhas, Galos, Frangas, <strong>Frangos</strong> e Pintos)<br />

Municípios Nº <strong>de</strong> Cabeças<br />

Barra <strong>do</strong> Bugres 107.214<br />

Nova Olímpia 20.228<br />

Tangará da Serra 2.886.439<br />

TOTAL 3.031.881<br />

Fonte: IBGE 2008<br />

5.2 Tipo <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong><br />

O Abate<strong>do</strong>uro proposto trata-se <strong>de</strong> uma agroindústria para abater frangos<br />

semicaipiras, com capacida<strong>de</strong> operativa (abate) <strong>de</strong> 500 (quinhentas) aves/dia.<br />

5.3 Recursos Disponíveis<br />

O Custo total <strong>de</strong> to<strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro está orça<strong>do</strong> em R$ 294.565,00 (duzentos e<br />

noventa e quatro mil, quinhentos e sessenta e cinco reais) sen<strong>do</strong> disponibiliza<strong>do</strong><br />

através da Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Territorial (SDT) <strong>do</strong> Ministério <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Agrário (MDA) o valor <strong>de</strong> R$ 285.728,05 (duzentos e oitenta e cinco<br />

18


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

mil, setecentos e vinte e oito reais e cinco centavos), e R$ 8.836,95 (oito mil,<br />

oitocentos e trinta e seis reais e noventa e cinco centavos) como contrapartida da<br />

Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, Mato Grosso.<br />

Descrição<br />

5.4 Dimensão <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro<br />

Tabela 3. Produção programada <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro (2011-2020)<br />

PRODUÇÃO ANUAL ESPERADA<br />

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020<br />

Frango¹ 230 242,88 255,76 255,76 267,72 280,60 280,60 280,60 280,60 280,60<br />

¹ Frango congela<strong>do</strong> (mil kg)<br />

Fonte: Planilhas <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Viabilida<strong>de</strong> Econômica<br />

19


6. AMBIENTE DO ABATEDOURO<br />

6.1 Interno<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

6.1.1 Localização, área, altitu<strong>de</strong> da se<strong>de</strong>, distâncias <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e limites<br />

O município <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres encontra-se na Microrregião <strong>de</strong> Tangará da<br />

Serra. Na Mesorregião Su<strong>do</strong>este matogrossense, distante 160 km da capital - Cuiabá.<br />

Possui uma área territorial <strong>de</strong> 7.229 km². (Fonte: Atlas <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Humano/PNUD, 2000 e IBGE, 2010).<br />

O município é vizinho ao norte <strong>de</strong> Tangará da Serra, Nova Olímpia e Denise;<br />

ao sul, têm-se Rio Branco, Cáceres, Salto <strong>do</strong> Céu, Jauru, Araputanga, Reserva <strong>do</strong><br />

Cabaçal e Lambari d’Oeste; a leste, Rosário <strong>do</strong> Oeste, Alto Paraguai e Porto Estrela e a<br />

oeste Pontes e Lacerda.<br />

6.1.2 Clima<br />

Os municípios localiza<strong>do</strong>s na região <strong>do</strong> Alto <strong>do</strong> Rio Paraguai, Devi<strong>do</strong> localizar-<br />

se em uma região <strong>de</strong> transição <strong>de</strong> Biomas (Amazônia e Cerra<strong>do</strong>) o clima é bem<br />

característico, sen<strong>do</strong> classifica<strong>do</strong> como Tropical Quente e Sub-úmi<strong>do</strong> com<br />

temperaturas médias anuais <strong>de</strong> 25,5° C, varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 12° C a 39° C, os meses mais<br />

quentes vão <strong>de</strong> setembro a março e os mais frios <strong>de</strong> abril a agosto.<br />

Apresentam verões chuvosos (<strong>de</strong>zembro a março) e invernos secos. A<br />

precipitação máxima é <strong>de</strong> 1.750mm, com maior intensida<strong>de</strong> entre Dezembro a<br />

Fevereiro. Neste perío<strong>do</strong> as águas <strong>do</strong>s rios da região sobem cerca <strong>de</strong> 4 metros,<br />

principalmente o Rio Bugres e Paraguai. Em 2010 o Rio Paraguai chegou a subir 8<br />

metros.<br />

A umida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> ar po<strong>de</strong> chegar a valores extremos, 90 a 98% no<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> chuva e 5 a 25% no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> seca.<br />

6.1.3 Formação Vegetal<br />

A região apresenta formações vegetais, <strong>de</strong> cerra<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> mata tropical <strong>do</strong>s<br />

cocais, <strong>do</strong>s campos cerra<strong>do</strong>s e das matas <strong>de</strong> transição. A vegetação pre<strong>do</strong>minante é <strong>de</strong><br />

mata, em torno <strong>de</strong> 60%, seguida pelos campos cerra<strong>do</strong>s 30% e, cerra<strong>do</strong>s 10%, sen<strong>do</strong><br />

20


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

que as matas mesofíticas aparecem em terra firme e terrenos periodicamente<br />

inunda<strong>do</strong>s.<br />

6.1.4 Solos (Pe<strong>do</strong>logia)<br />

Ocorrem varia<strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> solo na região, <strong>de</strong>ntre os quais: Neossolos (areias<br />

quartzosas), Latossolos, Gleyssolos húmicos e pouco húmicos, Cambissolos e<br />

Afloramentos rochosos. Na região po<strong>de</strong>m ser caracteriza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma geral como<br />

solos <strong>de</strong> baixa a média fertilida<strong>de</strong> natural, apresentam aci<strong>de</strong>z mo<strong>de</strong>rada e teores<br />

razoáveis <strong>de</strong> alumínio trocável; em gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s solos (<strong>de</strong> 50 a 60%) são <strong>de</strong> textura<br />

III sen<strong>do</strong> apenas 5% <strong>de</strong> textura I. São propícios aos cultivos perenes como<br />

(seringueiras, fruticultura <strong>de</strong> clima tropical em geral) e formação <strong>de</strong> pastagens, e na<br />

gran<strong>de</strong> maioria são aptos a mecanização agrícola.<br />

6.1.5 Relevo<br />

Em termos gerais o relevo caracteriza-se por apresentar <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s extensões<br />

<strong>de</strong> planícies a relevo levemente onduladas.<br />

6.1.6 Aspectos Geológicos e Geomorfológicos<br />

A área está compreendida no médio norte <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mato Grosso ao sul<br />

<strong>do</strong> Cráton Amazônico. Apresenta como características marcantes na sua porção central<br />

a faixa <strong>de</strong> <strong>do</strong>bramentos Paraguai e na porção norte os sedimentos <strong>do</strong> Grupo Parecis e<br />

as coberturas neogênicas.<br />

6.1.7 Recursos Hídricos<br />

A região é banhada pela bacia <strong>do</strong> Alto Paraguai, ten<strong>do</strong> como rio principal o<br />

Paraguai e seus diversos afluentes como Sepotuba, Juba, Bugres, Jauquara e outros,<br />

to<strong>do</strong>s eles piscosos. Alguns apresentam potencial hidroelétrico como o Rio Juba.<br />

6.1.8 Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte<br />

A área <strong>de</strong> abrangência <strong>do</strong> é servida por diversas ro<strong>do</strong>vias estaduais, <strong>de</strong>ntre<br />

elas <strong>de</strong>stacam-se a MT-246, MT-343 e a MT-358. A MT-246 liga o município <strong>de</strong> Barra<br />

<strong>do</strong> Bugres à Cuiabá pelas BR-364/BR163, sen<strong>do</strong> estas, ro<strong>do</strong>vias asfaltadas e transitáveis<br />

21


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

durante to<strong>do</strong> o ano. Por intermédio <strong>de</strong>ssas ro<strong>do</strong>vias os municípios <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres,<br />

Tangará da Serra e Nova Olímpia têm acesso, aos merca<strong>do</strong>s da região metropolitana<br />

<strong>de</strong> Cuiabá, composta por Cuiabá, Várzea Gran<strong>de</strong> e mais 11 municípios da Baixada<br />

Cuiabana. Chega também ao Aeroporto Internacional Mal. Cândi<strong>do</strong> Ron<strong>do</strong>n. O sistema<br />

<strong>de</strong> transporte coletivo facilita o acesso aos municípios da área <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro. O<br />

transporte intermunicipal se dá através <strong>de</strong> ônibus, cujas linhas regulares ligam Barra<br />

<strong>do</strong> Bugres, Tangará da Serra e Nova Olímpia às regiões <strong>do</strong> Médio Norte e ao Noroeste<br />

<strong>de</strong> Mato Grosso.<br />

6.1.9 Energia<br />

O município <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres dispõe <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> energia elétrica<br />

trifásica <strong>de</strong> alta e baixa tensão nas residências e no Abate<strong>do</strong>uro. Os assentamentos<br />

envolvi<strong>do</strong>s possuem energia elétrica mono e bifásica através <strong>do</strong> Programa Luz para<br />

To<strong>do</strong>s.<br />

6.1.10 Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

A mão-<strong>de</strong>-obra utilizada na produção primária é fundamentalmente <strong>de</strong><br />

natureza familiar, já que um <strong>do</strong>s principais problemas nos assentamentos <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Mato Grosso é a insuficiência <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho, tanto para a população<br />

adulta, quanto para os jovens que anualmente buscam alternativas <strong>de</strong> ocupação como<br />

trabalha<strong>do</strong>res autônomos ou como assalaria<strong>do</strong>s fora <strong>do</strong>s assentamentos. A oferta <strong>de</strong><br />

mão-<strong>de</strong>-obra é abundante, o que contribui para o achatamento <strong>do</strong> nível salarial que se<br />

apresenta significativamente reduzi<strong>do</strong> (como em toda a região), o que po<strong>de</strong>rá<br />

contribui para a redução <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> produção e funcionamento <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro.<br />

Além disso, a mão <strong>de</strong> obra se encontra capacitada para <strong>de</strong>senvolver a ativida<strong>de</strong> avícola<br />

nos municípios <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, Tangará da Serra e Nova Olímpia.<br />

A operacionalização <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro será feita por pessoal contrata<strong>do</strong> pela<br />

Cooperativa, e que <strong>de</strong>verá receber capacitação a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> maneira a possibilitar um<br />

efetivo funcionamento <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

22


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

6.1.11 Ambiente institucional<br />

O ambiente institucional é bastante favorável, pois além <strong>de</strong> inúmeras<br />

associações comunitárias existentes no município e <strong>do</strong> Sindicato <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res<br />

Rurais. O Abate<strong>do</strong>uro manterá parcerias com diversas instituições, entre as quais<br />

po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar: SEBRAE; UNEMAT; EMPAER; FETAGRI, CONAB; IAAF, SEDRAF,<br />

CIDES-AP e outros.<br />

6.1.12 Instrumentos <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong> apoio ao<br />

A consolidação da ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>do</strong> frango semicaipira na região <strong>de</strong> Barra<br />

<strong>do</strong> Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, <strong>de</strong>ve necessariamente passar pela<br />

implementação das políticas públicas governamentais <strong>de</strong> fomento à ativida<strong>de</strong> rural<br />

familiar hoje disponíveis, <strong>de</strong>ntre as quais: Programa Nacional <strong>de</strong> Fortalecimento da<br />

Agricultura Familiar - PRONAF; Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS e apoios<br />

institucionais como <strong>do</strong> Consórcio Intermunicipal <strong>do</strong> Alto <strong>do</strong> Rio Paraguai e das<br />

Prefeituras Municipais no âmbito <strong>do</strong> projeto.<br />

6.1.13 Potencialida<strong>de</strong>s na visão <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res<br />

A comercialização po<strong>de</strong> ser feita diretamente a estabelecimentos comerciais<br />

ou mesmo explorar os programas <strong>de</strong> comercialização instituí<strong>do</strong>s pelo Governo, <strong>de</strong>ntre<br />

os quais o “Programa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Alimento ” (PAA) e “Alimentação Escolar”<br />

(PNAE) das re<strong>de</strong>s estadual e municipal <strong>de</strong> ensino. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que o frango<br />

semicaipira produzi<strong>do</strong> se trata <strong>de</strong> um produto diferencia<strong>do</strong>, a<strong>de</strong>quadamente abati<strong>do</strong> e<br />

processa<strong>do</strong>, em obediência aos padrões sanitários legais, vislumbra-se um merca<strong>do</strong><br />

potencial satisfatório para o produto. Assim, inicialmente o produto <strong>de</strong>verá ser<br />

comercializa<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> local <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

localização <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

De acor<strong>do</strong> com análise da realida<strong>de</strong> da ativida<strong>de</strong> avícola <strong>de</strong> frangos<br />

semicaipira <strong>de</strong>senvolvida pela agricultura familiar da região, verifica-se uma<br />

promissora ca<strong>de</strong>ia produtiva local o que dá indicativos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> para a<br />

implantação <strong>de</strong> um Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frangos semicaipira. Dessa maneira <strong>de</strong>ve-se<br />

consi<strong>de</strong>rar:<br />

23


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

i. Número razoável <strong>de</strong> agricultores familiares estabeleci<strong>do</strong>s na ativida<strong>de</strong>;<br />

ii. Número <strong>de</strong> agricultores familiares interessa<strong>do</strong>s em a<strong>de</strong>rir à ativida<strong>de</strong>;<br />

iii. Malha viária a<strong>de</strong>quada viabilizan<strong>do</strong> o transporte da matéria prima entre<br />

as comunida<strong>de</strong>s produtoras e o Abate<strong>do</strong>uro;<br />

iv. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diminuir custos ten<strong>do</strong> em vista a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produção da própria ração das aves;<br />

v. Condições climáticas a<strong>de</strong>quadas ao <strong>de</strong>senvolvimento da ativida<strong>de</strong>;<br />

vi. Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra;<br />

vii. Produto diferencia<strong>do</strong> e valoriza<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r;<br />

viii. Existência <strong>de</strong> programas institucionais <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> produtos da<br />

agricultura familiar, como: Programa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Alimentos/CONAB, Programa<br />

Nacional <strong>de</strong> Alimentação Escolar (Re<strong>de</strong> Estadual e Municipal), que representa um<br />

merca<strong>do</strong> potencial para o produto;<br />

ix. Viabilida<strong>de</strong> para parcerias com entida<strong>de</strong>s como: Universida<strong>de</strong> Estadual,<br />

Empresa <strong>de</strong> Assistência Técnica Publica Estadual, Prefeituras Municipais, SEBRAE,<br />

Consórcio Intermunicipal <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social <strong>do</strong> Alto <strong>do</strong> Rio<br />

Paraguai e MDA que po<strong>de</strong>m vir a prestar apoio e assessoria técnica e gerencial ao<br />

Abate<strong>do</strong>uro;<br />

x. A ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>do</strong> frango semicaipira é uma das ativida<strong>de</strong>s a ser<br />

fomenta<strong>do</strong> pelo CIDES-AP;<br />

pelos 03 municípios;<br />

xi. Existência <strong>de</strong> um bom merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r local e regional constituí<strong>do</strong><br />

xii. Proximida<strong>de</strong> com a região metropolitana da capital <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> o que<br />

viabilizan<strong>do</strong> um maior merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r para o produto.<br />

6.1.14 Problemas na visão <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res<br />

Verifica-se também uma série <strong>de</strong> problemas que po<strong>de</strong>m representar entraves<br />

para o efetivo funcionamento <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e que <strong>de</strong>manda atenção especial,<br />

buscan<strong>do</strong> a minimização <strong>do</strong>s seus efeitos evitan<strong>do</strong> a inviabilização <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro,<br />

<strong>de</strong>ntre eles:<br />

i. Falta <strong>de</strong> organização <strong>do</strong>s agricultores familiares;<br />

24


Abate<strong>do</strong>uro;<br />

sanitário;<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

ii. Capacitar a<strong>de</strong>quadamente os agricultores familiares para a gestão <strong>do</strong><br />

iii. Baixa capitalização <strong>do</strong>s agricultores familiares;<br />

iv. Dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso ao crédito rural;<br />

v. Falta <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> giro;<br />

vi. Dificulda<strong>de</strong> com a assistência técnica aos agricultores familiares;<br />

vii. Comercialização ina<strong>de</strong>quada das aves semicaipiras, sem controle<br />

viii. Falta <strong>de</strong> um Abate<strong>do</strong>uro para beneficiar a produção existente.<br />

6.2. Ambiente Externo<br />

6.2.1. Oportunida<strong>de</strong>s<br />

� Trabalho em sistema <strong>de</strong> Cooperativa;<br />

� Existência <strong>de</strong> programas como o Desenvolvimento Rural Sustentável,<br />

que po<strong>de</strong>m fomentar a ativida<strong>de</strong>;<br />

� Programas institucionais <strong>de</strong> comercialização;<br />

� Existência <strong>de</strong> Instituições <strong>de</strong> Ensino e Pesquisa, como a UNEMAT;<br />

� Viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcerias com entida<strong>de</strong>s como: SEBRAE, Empresa<br />

Estadual <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária, para prestação <strong>de</strong> apoio técnico-gerencial da<br />

ativida<strong>de</strong>;<br />

� Viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> produção a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> medidas como<br />

produção local da ração das aves;<br />

enfrentadas;<br />

� Apoio institucional: MDA e o CIDES-AP.<br />

6.2.2 Ameaças<br />

� Desmobilização <strong>do</strong>s agricultores familiares em função <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s<br />

� Falta <strong>de</strong> profissionais para a condução <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro;<br />

� Sazonalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s preços diante <strong>do</strong>s altos e baixos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>;<br />

� Elevação <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> produção;<br />

25


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

� Não cumprimento <strong>do</strong>s compromissos com os fornece<strong>do</strong>res,<br />

agricultores familiares e <strong>de</strong>mais;<br />

agricultura familiar;<br />

� Envolvimento político com a Cooperativa;<br />

� Extinção <strong>de</strong> programas governamentais <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> produtos da<br />

� Baixa aceitação pelo produto.<br />

6.2.3 Soluções Indicadas<br />

� Criação da cooperativa;<br />

� Tornar a cooperativa um instrumento <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> insumos e<br />

produtos para os agricultores familiares;<br />

� Assistência técnica eficiente;<br />

� Criar a marca <strong>do</strong> produto (frango semicaipira) e registrar;<br />

� Definir o valor da cota-parte <strong>do</strong>s sócios na cooperativa;<br />

� Capacitação <strong>do</strong>s agricultores envolvi<strong>do</strong>s no projeto;<br />

� Desenvolver estratégias <strong>de</strong> comercialização.<br />

26


7. ASPECTOS DO MERCADO<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

O fortalecimento da agricultura familiar vem sen<strong>do</strong> alvo <strong>de</strong> ações<br />

institucionais em diversos âmbitos, como a iniciativa <strong>do</strong> Ministério da Ciência &<br />

Tecnologia (MCT)/Conselho Nacional <strong>de</strong> Pesquisa (CNPq) em contribuir na busca <strong>de</strong><br />

alternativas tecnológicas adaptadas às escalas e às possibilida<strong>de</strong>s da produção <strong>de</strong><br />

pequeno porte. Essa ação envolve o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conhecimento capaz <strong>de</strong><br />

viabilizar processos <strong>de</strong> gestão, <strong>de</strong> organização da produção, <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> aparato<br />

normativo (ambiente institucional), <strong>de</strong> promoção da diferenciação <strong>de</strong> produtos,<br />

visan<strong>do</strong> à criação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserção competitiva <strong>do</strong>s agricultores familiares<br />

(MCT/CNPq, 2001).<br />

De fato, pequenas e médias empresas agropecuárias e agroindustriais<br />

encontram diferentes obstáculos para competir num campo concorrencial cada vez<br />

mais acirra<strong>do</strong> e diante <strong>de</strong> um merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r mais exigente na aquisição <strong>de</strong><br />

produtos com qualida<strong>de</strong> e com uma boa relação custo-benefício. As dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

acesso à informação, principalmente em relação ao conhecimento <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, a falta<br />

<strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong> armazenagem ou estocagem, <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> acondicionamento e<br />

<strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> matérias-primas, e a falta <strong>de</strong> sensibilização das empresas ao<br />

conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> face às exigências <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, são alguns <strong>do</strong>s principais<br />

obstáculos encontra<strong>do</strong>s pelas pequenas e médias empresas (MENDONÇA et al., 1997).<br />

Por conseguinte, formas alternativas <strong>de</strong> organização <strong>de</strong> sistemas produtivos<br />

têm si<strong>do</strong> buscadas com o objetivo <strong>de</strong> promover maior inserção social e um<br />

<strong>de</strong>senvolvimento econômico dura<strong>do</strong>uro, reduzin<strong>do</strong> as <strong>de</strong>pendências <strong>de</strong> fatores<br />

externos.<br />

Entretanto, os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na agricultura familiar brasileira<br />

<strong>de</strong>monstram, ainda, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão que a torne sócio e<br />

economicamente viável e que garanta a competitivida<strong>de</strong> da economia local.<br />

O que temos hoje no campo em sua gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s brasileiros<br />

são agricultores que lutam pela sua sobrevivência. Utilizan<strong>do</strong>-se principalmente <strong>de</strong><br />

seus parcos conhecimentos e <strong>de</strong> culturas como cana-<strong>de</strong>-açúcar, mandioca, leite e<br />

hortifrutigranjeiros, as quais utilizam em suas agroindústrias para produzir mela<strong>do</strong>,<br />

27


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

açúcar mascavo, rapadura, farinha, <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> leite e hortifrutigranjeiros ven<strong>de</strong>m<br />

em feiras sem planejamento e gestão <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>.<br />

Esta proposta, em implantar uma agroindústria alternativa, ou seja, um <strong>de</strong><br />

frango semicaipira, vai trabalhar com um segmento alternativo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, que<br />

diretamente oportuniza a agricultura familiar, <strong>de</strong>monstra uma atitu<strong>de</strong> social em estar<br />

buscan<strong>do</strong> o fortalecimento <strong>do</strong>s agricultores familiares no processo <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento Sustentável da região no território <strong>do</strong> Alto Paraguai. E, vem <strong>de</strong><br />

encontro a este novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão e planejamento da agricultura familiar. Não só<br />

em colocar uma <strong>de</strong>manda, mais apoiar as ações <strong>de</strong> implantação e condução <strong>do</strong>s<br />

primeiros anos <strong>do</strong> projeto, até que haja o empo<strong>de</strong>ramento <strong>do</strong>s agricultores em estar<br />

colocan<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> um produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> com segurança alimentar. O merca<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>ve ser analisa<strong>do</strong> em: merca<strong>do</strong> local, regional e estadual. Po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> expandir para um<br />

merca<strong>do</strong> nacional como veremos a seguir. Pois se trata <strong>de</strong> um produto bem aceito nas<br />

duas classes sociais <strong>de</strong> maior po<strong>de</strong>r aquisitivo, ou seja, a classe alta que ganha acima<br />

<strong>de</strong> 15 salários mínimos e a média alta que fica entre 5 a 15 salários mínimos.<br />

7.1 Projeção da Oferta<br />

Estabelecimento <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro, no Município <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, em uma<br />

meto<strong>do</strong>logia participativa <strong>de</strong> criação e venda <strong>do</strong>s frangos, comunida<strong>de</strong>s distribuídas no<br />

território <strong>do</strong> Alto Paraguai, principalmente nos municípios <strong>do</strong> entorno <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong><br />

Bugres. Sob a coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> Colegia<strong>do</strong>, mas com um núcleo diretivo <strong>de</strong> uma<br />

cooperativa específica <strong>do</strong>s cria<strong>do</strong>res <strong>de</strong> frango junto à direção <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro,<br />

forma<strong>do</strong> com técnicos e li<strong>de</strong>ranças oriundas <strong>do</strong>s agricultores e técnicos <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro<br />

da cooperativa e <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro, que fazem parte <strong>de</strong>ste Território e em especial das<br />

comunida<strong>de</strong>s responsáveis pela engorda <strong>do</strong> frango. Definição e execução <strong>do</strong>s objetivos<br />

operacionais e estabelecimento <strong>do</strong>s eixos estratégicos <strong>do</strong> projeto a curto, médio e<br />

longo prazo. Em consonância com a administração central <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e da<br />

Cooperativa.<br />

28


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Figura 2. Merca<strong>do</strong>s potenciais para o Frango Semicaipira.<br />

O território <strong>do</strong> Alto Paraguai é forma<strong>do</strong> por 14 municípios. Os Municípios que<br />

fazem parte <strong>do</strong> território são: Alto Paraguai, Arenápolis, Barra <strong>do</strong> Bugres, Campo Novo<br />

<strong>do</strong>s Parecis, Denise, Diamantino, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova<br />

Olímpia, Porto Estrela, Santo Afonso, São José <strong>do</strong> Rio Claro. A maioria <strong>do</strong>s municípios<br />

está situada na cabeceira <strong>do</strong> Rio Paraguai situa<strong>do</strong> na microrregião Centro-Oeste <strong>do</strong><br />

Mato Grosso. O território tem sua polarização em Tangará da Serra e Diamantino. Foi<br />

largamente palmilha<strong>do</strong> por garimpeiros à procura <strong>de</strong> pedras preciosas e ouro. Sua<br />

história está ligada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> Diamantino em 1728. E o novo<br />

ciclo garimpo se inicia em 1938, com o Garimpo <strong>do</strong> Gatinho. Termina<strong>do</strong> o ciclo <strong>do</strong><br />

garimpo no século passa<strong>do</strong>, restaram apenas sítios e fazendas no território como um<br />

to<strong>do</strong>, que se <strong>de</strong>dicaram inicialmente a pecuária e <strong>de</strong>pois a gran<strong>de</strong>s lavouras <strong>de</strong> soja e<br />

cana-<strong>de</strong>-açúcar. Existe no território uma agricultura <strong>de</strong> subsistência com venda da<br />

produção exce<strong>de</strong>nte em um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> assentamentos da reforma agrária<br />

(5.446 famílias), quilombolas (349 famílias) e al<strong>de</strong>ias indígenas (1.616 índios). O<br />

município mais velho é Diamantino <strong>de</strong> 1728, <strong>de</strong>pois Barra <strong>do</strong> Bugres em 1943 e em<br />

1953, os municípios <strong>de</strong> Alto Paraguai e Arenápolis. A menor distância da capital <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> Cuiabá é <strong>de</strong> 169km <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres e o município mais<br />

distante da capital Cuiabá é Campo Novo <strong>do</strong> Parecis a 397 Km.<br />

BARR<br />

BUGRES<br />

29


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Figura 3. Mapa <strong>do</strong> Território <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Alto Paraguai<br />

O merca<strong>do</strong> local <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres e municípios <strong>do</strong> entorno possui em<br />

próximo <strong>de</strong> 90.000 habitantes, o que resulta em 22.500 unida<strong>de</strong>s familiares, que<br />

segun<strong>do</strong> o IBGE cada família possui 4 pessoas. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a SEPLAN <strong>de</strong> Mato<br />

Grosso, 25% <strong>de</strong>stas famílias têm uma renda acima <strong>de</strong> 10 salários mínimos, ou seja,<br />

5.625 Unida<strong>de</strong>s Familiares. Este segmento compra um frango por semana, que dá uma<br />

total <strong>de</strong> 22.500 frangos/mês. Um segun<strong>do</strong> segmento da população ganha <strong>de</strong> um a 10<br />

salários mínimo, que vai ter a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comprar até 2 frangos/mês, num total<br />

25% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> famílias <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> local será <strong>de</strong> 5.625 vezes <strong>do</strong>is frangos, resulta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> 11.250 frangos/mês. Soman<strong>do</strong> a classe dita A com a classe B, teremos um merca<strong>do</strong><br />

local <strong>de</strong> 33.750 frangos/mês. Este é o primeiro merca<strong>do</strong> a ser explora<strong>do</strong>.<br />

Depois teremos o merca<strong>do</strong> regional com aproximadamente 150.000 pessoas,<br />

envolven<strong>do</strong> Tangará da Serra, Nova Olímpia, Diamantino, Arenápolis e outros.<br />

Merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> aproximadamente 38.000 unida<strong>de</strong>s familiares, seguin<strong>do</strong> a mesma lógica<br />

<strong>de</strong> venda teremos mais 58.000 frangos/mês para serem coloca<strong>do</strong>s.<br />

Em seguida, o merca<strong>do</strong> principal que fica a 220km, teremos: inicialmente o<br />

merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> Cuiabá e Várzea Gran<strong>de</strong>, teremos uma população <strong>de</strong><br />

aproximadamente 800.000 habitantes. Adicionada da população itinerante <strong>do</strong>s<br />

municípios <strong>do</strong> entorno e <strong>de</strong> outras regiões <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mato Grosso, que visita a<br />

Capital to<strong>do</strong>s os dias, chega a 1.000.000 <strong>de</strong> habitantes. Com base no IBGE, temos no<br />

30


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Brasil uma Unida<strong>de</strong> Familiar <strong>de</strong> 4 pessoas, em sen<strong>do</strong> assim teremos 250.000 famílias<br />

em Cuiabá e Várzea Gran<strong>de</strong>.<br />

Seguin<strong>do</strong> o mesmo raciocínio teremos um merca<strong>do</strong> na região metropolitana<br />

<strong>de</strong> Cuiabá <strong>de</strong> 350.000 frangos.<br />

Merca<strong>do</strong> Local<br />

Merca<strong>do</strong> Territorial<br />

Conforme constam no Quadro e Figura abaixo.<br />

Quadro 1. Merca<strong>do</strong>s promissores para o Frango Semicaipira.<br />

Tipo Principais Municípios Habitantes<br />

Barra <strong>do</strong> Bugres, Denise, Diamantino, Nova Olímpia, Porto<br />

Estrela e Tangará da Serra.<br />

Alto Paraguai, Arenápolis, Campo Novo <strong>do</strong>s Parecis, Denise,<br />

Diamantino, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Maringá,<br />

Santo Afonso, São José <strong>do</strong> Rio Claro<br />

67.000<br />

134.000<br />

Merca<strong>do</strong> Regional 1 Gran<strong>de</strong> Cáceres 156.150<br />

Merca<strong>do</strong> Principal 1 Cuiabá 495.00<br />

Merca<strong>do</strong> Principal 2 Várzea Gran<strong>de</strong> 280.00<br />

Merca<strong>do</strong> Principal 3 -<br />

Entorno da Capital<br />

Santo Antônio <strong>de</strong> Leverger, N. Srª <strong>do</strong> Livramento; Chapada<br />

<strong>do</strong>s Guimarães, Barão <strong>do</strong> Melgaço, Poconé, Jangada,<br />

Acorizal, Rosário Oeste, Nobres<br />

Figura 4. Tamanho <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>s para o Frango Semicaipira (2011).<br />

300.000<br />

Além <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> frango o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres tem outros<br />

produtos sen<strong>do</strong> comercializa<strong>do</strong> da agricultura familiar, pois se trata <strong>de</strong> um merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

alta potencialida<strong>de</strong> e que precisa ser trabalha<strong>do</strong> em ca<strong>de</strong>ias produtivas. Com certeza<br />

31


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

ao se iniciar o trabalho com o frango semicaipira teremos um avanço nas outras<br />

ca<strong>de</strong>ias produtivas.<br />

7.2 Fluxos e Canais <strong>de</strong> Comercialização<br />

7.2.1 Merca<strong>do</strong> estadual <strong>do</strong> frango semicaipira e evolução da produção.<br />

7.2.1.1. Em relação à implantação, organização e monitoramento <strong>do</strong>s<br />

agricultores familiares que fazem parte da Cooperativa.<br />

• Capacitar e dar assistência técnica aos coopera<strong>do</strong>s;<br />

• Abrir merca<strong>do</strong>;<br />

• Trabalhar a ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>do</strong> frango semicaipira;<br />

• Estabelecer o APL <strong>do</strong> frango semicaipira;<br />

• Compor o Arranjo Institucional;<br />

• Capacitar toda ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>do</strong> frango semicaipira;<br />

• Manejo <strong>do</strong> frango semicaipira;<br />

• Produção <strong>de</strong> ração alternativa <strong>de</strong> mandioca;<br />

• Observar a parte sanitária da produção <strong>do</strong> frango semicaipira;<br />

• Cultura da mandioca;<br />

• Produzir o frango semicaipira com segurança alimentar, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> as<br />

exigências <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>;<br />

• Visita aos agricultores familiares – pelo menos três vezes por mês em<br />

cada produtor.<br />

7.2.1.2. Em relação à implantação <strong>do</strong> frango no merca<strong>do</strong><br />

• Visita aos gran<strong>de</strong>s merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Cuiabá e Várzea Gran<strong>de</strong>;<br />

• Demonstrar o produto;<br />

• Organizar as vendas;<br />

• Elaborar um programa <strong>de</strong> propaganda <strong>do</strong> frango semicaipira para Baixada<br />

Cuiabana, com folhetos, rádio e televisão;<br />

• Organizar “stand” nos gran<strong>de</strong>s merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Cuiabá e Várzea Gran<strong>de</strong>.<br />

32


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

7.2.1.3. Relação entre o Frigorífico e a Cooperativa <strong>de</strong> Produção<br />

• Levantar a <strong>de</strong>manda real <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> local, regional e estadual;<br />

• Planejamento estratégico;<br />

• <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro;<br />

• Capacitação continua e monitoramento e avaliação das ações <strong>de</strong> campo e<br />

<strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a produção até o merca<strong>do</strong>, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> ao<br />

produtor a importância <strong>do</strong> produto e a continuida<strong>de</strong> da produção com<br />

qualida<strong>de</strong>; trabalhar a importância da produção coletiva; a compra <strong>de</strong><br />

insumos coletivamente pela cooperativa <strong>do</strong>s agricultores familiares;<br />

• Capacitar os agricultores familiares no processo <strong>do</strong> cooperativismo;<br />

• Demonstrar a importância constituição <strong>do</strong> sistema produtivo coletivo em<br />

um arranjo <strong>do</strong>s agricultores familiares em relação à produção, abate e<br />

compra <strong>de</strong> insumos; bem como as funções <strong>de</strong> cada um no sistema <strong>de</strong><br />

produção empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ra <strong>do</strong> frango caipira natural; o fortalecimento da<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> no merca<strong>do</strong>, tornan<strong>do</strong> a marca frango caipira natural uma<br />

referência <strong>de</strong> consumo no merca<strong>do</strong> local.<br />

7.2.1.4. Relação <strong>do</strong> Frigorífico e o Merca<strong>do</strong><br />

• Constituir um conjunto <strong>de</strong> empresas parceira no fortalecimento da marca<br />

e da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a produção ao merca<strong>do</strong>, Insumos, Fiscalização,<br />

Assistência técnica e a logística <strong>de</strong> transporte e entrega <strong>do</strong>s frangos nos<br />

merca<strong>do</strong>s;<br />

• Estabelecer os pontos <strong>de</strong> venda;<br />

• Organizar e capacitar as equipes <strong>de</strong> venda,<br />

• Estabelecer um ponto <strong>de</strong> distribuição <strong>do</strong>s produtos em Cuiabá;<br />

• Elaborar um planejamento estratégico;<br />

• Capacitar os funcionários em relação às normas <strong>do</strong> SISE e SIF;<br />

• Organizar um fluxograma <strong>de</strong> produção e entrega <strong>de</strong> frangos;<br />

• Trabalhar o monitoramento e avaliação das ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

33


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

8. ASPECTOS TÉCNICOS DE PRODUÇÃO<br />

8.1 Processo <strong>de</strong> Produção <strong>do</strong> frango semicaipira<br />

A ativida<strong>de</strong> diferencia-se em produção <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Caipira Francês para o abate <strong>de</strong><br />

Galinhas Caipira Francês para produção <strong>de</strong> ovos. É <strong>de</strong> suma importância salientar que pela<br />

rusticida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s produtos adquiri<strong>do</strong>s torna-se muito prático e fácil o criatório <strong>de</strong>stas aves. Mas<br />

não se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>scuidar das necessida<strong>de</strong>s mínimas <strong>de</strong> espaço, instalações, alimentação, higiene<br />

e sanida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s animais. Atentos a isso teremos animais sadios aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as expectativas <strong>do</strong><br />

cria<strong>do</strong>r, e melhor, tornan<strong>do</strong> o produto final altamente competitivo com alto valor agrega<strong>do</strong><br />

sen<strong>do</strong> reconheci<strong>do</strong> e valoriza<strong>do</strong> pelos consumi<strong>do</strong>res, que cada vez são mais exigentes por<br />

produtos diferencia<strong>do</strong>s. Além <strong>do</strong> mais todas as tendências mundiais estão voltadas ao<br />

atendimento com o máximo <strong>de</strong> satisfação a estes clientes que é o bem maior em to<strong>do</strong> o<br />

sistema econômico.<br />

Tabela 4. Comparativo das características físico-químicas entre frango industrial e<br />

caipira francês.<br />

Aspectos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> Frango Industrial Caipira Francês Variação %<br />

Gorduras (lipídio ) % 2,85 2,34 -18%<br />

Valor Calórico (Kcal/100g) 113,93 108,17 -5%<br />

Resíduo Mineral % 0,74 0,68 -9%<br />

Umida<strong>de</strong> 74,35 75,20 +1%<br />

Proteínas % 21,44 21,57 +6%<br />

Cálcio (mg/100g) 52,22 68,03 +30%<br />

Ferro (mg/100g) 2,06 2,03 -1%<br />

8.1.1 Infraestrutura (galpões, estufa, terreiros)<br />

a) Local: O local <strong>de</strong>ve ser isola<strong>do</strong> <strong>de</strong> outras criações, <strong>de</strong> fácil acesso, dar<br />

preferência a locais secos, areja<strong>do</strong>s, mais protegi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ventos fortes <strong>do</strong>minantes,<br />

assim os locais eleva<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro da proprieda<strong>de</strong> são os melhores, evitan<strong>do</strong> as baixadas<br />

e proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lagos ou córregos. Deve ser protegi<strong>do</strong> <strong>de</strong> trânsito <strong>de</strong> carros e<br />

pessoas, ter água limpa e potável, e em abundância, <strong>de</strong>ve ter espaço compatível com a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aves a serem criadas.<br />

b) Galpão: Quan<strong>do</strong> existe alguma instalação na proprieda<strong>de</strong> que possa ser<br />

adaptada ao criatório <strong>de</strong> aves, esta po<strong>de</strong> ser utilizada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que respeite as mínimas<br />

34


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

condições necessárias a ativida<strong>de</strong>. O galpão <strong>de</strong>ve ser construí<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira a facilitar<br />

o recebimento <strong>de</strong> pintainhos, abastecimento <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> alimento e a retirada <strong>de</strong><br />

animais adultos, a cama (<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 90 dias utilizar para adubo), limpeza e a<br />

<strong>de</strong>sinfecção, além da preocupação com as normas sanitárias e prevenção às <strong>do</strong>enças.<br />

A orientação solar correta é no senti<strong>do</strong> Leste-Oeste <strong>de</strong> maneira que o sol transpasse<br />

sobre a cumeeira nos meses mais quentes <strong>do</strong> ano.<br />

Figura 5. Tipo <strong>de</strong> Galpão<br />

O galpão é forma<strong>do</strong> das seguintes partes:<br />

Base: Chão bati<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> material argiloso molha<strong>do</strong> e soca<strong>do</strong> até ficar uma<br />

superfície lisa ou usar massa <strong>de</strong> cimento, brita e areia lavada na espessura <strong>de</strong> 2,5cm.<br />

Colunas ou Pé direito: Responsável pela armação lateral e a sustentação da cobertura,<br />

<strong>de</strong>ve ter no mínimo 2,0m para galpões pequenos <strong>de</strong> até 20m² e 2,80m para galpões<br />

maiores. Po<strong>de</strong>-se usar ma<strong>de</strong>ira tratada, postes <strong>de</strong> cimento, pré-molda<strong>do</strong>s ou ferro.<br />

Tesouras: As tesouras servem para a sustentação <strong>do</strong> telha<strong>do</strong>, é usada normalmente,<br />

ma<strong>de</strong>ira tratada, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser substituída por pré-molda<strong>do</strong> ou ferro.<br />

Telha<strong>do</strong>: É a cobertura, que tem a função <strong>de</strong> proteger o galpão <strong>do</strong> sol, da chuva, <strong>do</strong><br />

frio e <strong>do</strong> calor. Usam-se telhas <strong>de</strong> cimento-amianto, telhas <strong>de</strong> barro, zinco, alumínio,<br />

ou confecciona<strong>do</strong>s com palhas <strong>de</strong> palmeiras e outros.<br />

35


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Mureta: Construída em toda a extensão nas laterais e cabeceiras <strong>do</strong> galpão, tem <strong>de</strong> 20<br />

a 45cm <strong>de</strong> altura, conforme a temperatura da região. Usam-se tijolos, pré-molda<strong>do</strong>s,<br />

concreto arma<strong>do</strong>, bloco <strong>de</strong> cimento, ma<strong>de</strong>iras roliças <strong>de</strong>itadas ou tábuas beneficiadas.<br />

Tem a função <strong>de</strong> fixar a tela e <strong>de</strong> proteger as aves <strong>de</strong> animais que po<strong>de</strong>m entrar por<br />

baixo.<br />

Tela: Deve ser instalada sobre a mureta em toda a extensão <strong>do</strong> galpão nas laterais e<br />

cabeceiras. A fim <strong>de</strong> proteger contra os preda<strong>do</strong>res das aves e proporcionar uma<br />

melhor ventilação quan<strong>do</strong> necessário.<br />

Figura 6. Mo<strong>de</strong>lo Tradicional <strong>de</strong> Galinheiro<br />

Fonte: Pesquisa Dr. Medson Janer da Silva e Henrique G. Silva<br />

Figura 7. Galpão caipira na Al<strong>de</strong>ia Terena Babaçu em Miranda/MS.<br />

Fonte: Pesquisa Dr. Medson Janer da Silva e Henrique G. Silva<br />

36


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Figura 8. Aviário em Marcelândia/MT, 2006<br />

Fonte: Pesquisa Dr. Medson Janer da Silva e Henrique G. Silva<br />

Figura 9. Aviário em Cláudia/MT, 2005<br />

c) Cortinas: As cortinas são feitas <strong>de</strong> material específico, para suportar as<br />

adversida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> tempo. Estão disponíveis no merca<strong>do</strong> em duas cores básicas: amarelo<br />

e azul. A instalação é feita sobre a tela e fixada na parte inferior, com fechamento<br />

efetua<strong>do</strong> <strong>de</strong> baixo para cima, com roldanas, <strong>de</strong> maneira a oferecer condições <strong>de</strong><br />

regulagem quanto à altura, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> hora o galpão ficar completamente fecha<strong>do</strong> ou<br />

37


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

meio aberto, controlan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta maneira o ambiente i<strong>de</strong>al às aves <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> galpão,<br />

conforme as exigências <strong>de</strong> conforto térmico em relação à fase <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Figura 10. Tipo <strong>de</strong> Cortina<br />

d) Porta ou Portão: Depen<strong>de</strong>rá <strong>do</strong> porte <strong>do</strong> galpão. É a via <strong>de</strong> acesso ao<br />

interior <strong>do</strong> galpão para as tarefas diárias <strong>de</strong> alimentação, coletas da produção,<br />

inspeção <strong>do</strong>s animais com retiradas <strong>de</strong> aves que normalmente morrem, limpeza <strong>do</strong>s<br />

equipamentos, retirada da cama, quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> abate das aves e recebimento <strong>de</strong> pintos e<br />

rações.<br />

e) Portinhola: Acesso das aves ao pasto, após completarem os 30 dias <strong>de</strong> vida.<br />

Estas portinholas <strong>de</strong>vem ser feitas nas laterais <strong>do</strong>s galpões com medidas <strong>de</strong> 2,0 x<br />

0,50m, fixadas com <strong>do</strong>bradiças na parte superior da abertura a fim <strong>de</strong> abrir para cima,<br />

to<strong>do</strong>s os dias <strong>de</strong> manhã e fechar facilmente à noite <strong>de</strong>pois que to<strong>do</strong>s as aves já se<br />

recolheram.<br />

f) Dimensões: O galpão como apresenta<strong>do</strong> fica fácil <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r e mesmo ser<br />

construí<strong>do</strong>. Os mo<strong>de</strong>los sugeri<strong>do</strong>s para a criação <strong>do</strong> Caipira Francês ficam muito<br />

próximo <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> ou levemente retangulares, uma vez que para este sistema há<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um terreiro (área <strong>de</strong> pastagem). Recomendamos que o mesmo seja em<br />

forma <strong>de</strong> círculo em torno <strong>do</strong> galpão fican<strong>do</strong> assim o mais centraliza<strong>do</strong> possível,<br />

38


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

facilitan<strong>do</strong> tanto o pastoreio das aves como o aproveitamento real <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o espaço<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a este fim.<br />

Tabela 5. Medidas <strong>do</strong>s galpões mo<strong>de</strong>los Caipira Francês<br />

Comprimento Largura Altura Área<br />

5m 6m 2,7m 30m²<br />

7m 8m 2,7m 56m²<br />

12m 10m 2,7m 120m²<br />

Tabela 6. Capacida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s diferentes galpões<br />

Tipo <strong>de</strong> Galpão Capacida<strong>de</strong> p/ abate Capacida<strong>de</strong> p/ ovos<br />

bebe<strong>do</strong>uros...)<br />

30m² 300 <strong>Frangos</strong> 240 Galinhas<br />

56m² 560 <strong>Frangos</strong> 450 Galinhas<br />

120m² 1200 <strong>Frangos</strong> 960 Galinhas<br />

8.1.2 Equipamentos, ferramentas, apetrechos (estufa, come<strong>do</strong>uros,<br />

a) Cama: A cama não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada um equipamento e sim material <strong>de</strong><br />

consumo. Ela é a forração <strong>do</strong> chão ou piso <strong>do</strong> galpão, e para este fim são utiliza<strong>do</strong>s<br />

vários materiais, entre os mais comuns estão: a casca <strong>do</strong> arroz (em caso <strong>de</strong> pintainhos,<br />

já teve casos <strong>de</strong> perfuração <strong>do</strong> trato digestivo <strong>do</strong> animal, recomenda<strong>do</strong> apenas em<br />

caso <strong>de</strong> animais acima <strong>de</strong> 30 dias), a maravalha (cepilho <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira) <strong>de</strong> pinus, capim<br />

tritura<strong>do</strong>, sabugo <strong>de</strong> milho e outros, ten<strong>do</strong> o máximo <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong> para adquirir o<br />

material bem seco, 20% no máximo <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, com partículas <strong>de</strong> tamanho médio,<br />

evitan<strong>do</strong> materiais que tenham si<strong>do</strong> trata<strong>do</strong>s com produtos químicos e a poeira <strong>de</strong><br />

serra <strong>de</strong> fábricas <strong>de</strong> móveis para evitar problemas <strong>de</strong> intoxicação e aparecimento <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>enças. A principal função é o isolamento térmico entre o piso e as patas <strong>do</strong>s animais,<br />

sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ressaltar a diminuição da umida<strong>de</strong>, o conforto aos animais no <strong>de</strong>scansar,<br />

a manutenção <strong>de</strong> micro organismos que equilibram o ambiente protegen<strong>do</strong> contra<br />

enfermida<strong>de</strong>s. A cama <strong>de</strong>ve ser posta com o galpão limpo e <strong>de</strong>sinfeta<strong>do</strong> na espessura<br />

entre 5,0 a 10,0cm e <strong>de</strong>verá permanecer no galpão até a saída <strong>do</strong> lote das aves. Deve-<br />

se evitar a colocação ou a retirada parcial da cama, só em casos em que a umida<strong>de</strong><br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

esteja excessiva, por vazamentos <strong>de</strong> bebe<strong>do</strong>uros ou outras causas. Com o objetivo <strong>de</strong><br />

diminuir fungos e baixar a possível umida<strong>de</strong> da cama é recomendável utilizar o<br />

polvilhamento da cama com cal mistura<strong>do</strong> com sulfato <strong>de</strong> cobre, que é um excelente<br />

antifúngico, na proporção <strong>de</strong> 30kg <strong>de</strong> cal e 100g <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> cobre, utilizar antes <strong>do</strong><br />

alojamento <strong>do</strong>s pintainhos ou quan<strong>do</strong> tiver que trocar uma quantida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cama por problemas <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>.<br />

Figura 11. Cama para pintainhos<br />

b) Chapas para Círculo <strong>de</strong> Proteção: As chapas para formar o círculo <strong>de</strong> proteção<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> folhas <strong>de</strong> eucatex, (2,44 x 1,20m) divididas ao meio forman<strong>do</strong> uma altura <strong>de</strong><br />

0,60m. Papelão grosso, metal, galvanizadas ou chapas fina <strong>de</strong> fórmica também tem ótimo<br />

aproveitamento. O importante é a altura e a flexibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> material, a fim <strong>de</strong> formar um<br />

círculo on<strong>de</strong> serão monta<strong>do</strong>s os equipamentos e aloja<strong>do</strong>s os pintainhos. As chapas são presas<br />

umas as outras, utilizan<strong>do</strong> um grampo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> obra. O diâmetro <strong>do</strong> círculo<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aves no alojamento. Recomendamos utilizar 05 chapas <strong>de</strong> 2,44m<br />

<strong>de</strong> comprimento para 500 pintainhos nos primeiros dias <strong>de</strong> vida. O círculo <strong>de</strong> proteção, como o<br />

próprio nome diz, tem a função <strong>de</strong> proteger os pintainhos nos primeiros dias <strong>de</strong> vida, quan<strong>do</strong><br />

os mesmos são muito sensíveis as mudanças <strong>de</strong> temperatura, facilitan<strong>do</strong> a adaptação ao<br />

ambiente, manten<strong>do</strong>-os próximos: da fonte <strong>de</strong> calor, <strong>do</strong>s bebe<strong>do</strong>uros, da ração, evitan<strong>do</strong><br />

corrente <strong>de</strong> ar, separan<strong>do</strong>-os em lotes menores, facilitan<strong>do</strong> o trabalho e a inspeção diária <strong>do</strong><br />

trata<strong>do</strong>r.<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Figura 12. Proteção lateral da estufa <strong>do</strong>s pintainhos<br />

c) Papel para Forrar a Cama nos Círculos: O papel mais usa<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong> o jornal,<br />

mas po<strong>de</strong>rá ser substituí<strong>do</strong> pela parte interna <strong>do</strong>s sacos <strong>de</strong> papelão das embalagens <strong>de</strong> ração,<br />

sobras <strong>de</strong> bobinas <strong>de</strong> papel par<strong>do</strong>, encontra<strong>do</strong> em papelarias. A função <strong>do</strong> papel é forrar a<br />

cama nos círculos <strong>de</strong> proteção para evitar que os pintainhos comam a cama nas primeiras<br />

horas <strong>do</strong> alojamento e a forração é utilizada para colocar o alimento sobre a mesma,<br />

facilitan<strong>do</strong> o acesso por parte <strong>do</strong>s pintainhos, pois com o caminhar, eles fazem barulho o que<br />

estimula a alimentação pela curiosida<strong>de</strong> e instinto. Este forro <strong>de</strong>ve ser retira<strong>do</strong> no terceiro dia<br />

<strong>de</strong> alojamento.<br />

Figura 13. Estufa <strong>do</strong>s pintainhos com forro <strong>de</strong> jornais.<br />

41


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

d) Come<strong>do</strong>uro Infantil: Existem vários tipos no merca<strong>do</strong>: Tubular infantil para até 5<br />

kg <strong>de</strong> ração - ele é forma<strong>do</strong> <strong>de</strong> um tubo, que geralmente é <strong>de</strong> material galvaniza<strong>do</strong> e um prato<br />

na parte inferior <strong>de</strong> alumínio ou plástico. Este equipamento é usa<strong>do</strong> <strong>do</strong> primeiro até os quinze<br />

dias na proporção <strong>de</strong> 01 para 80 animais. Ban<strong>de</strong>jas: plástico, alumínio, ferro, ma<strong>de</strong>ira ou<br />

tampas das caixas <strong>do</strong>s pintainhos, viradas e com uma folha <strong>de</strong> jornal para tampar os furos.<br />

Usa-se 01 para cada 100 animais até no máximo 10 dias. Po<strong>de</strong>-se usar outros materiais <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que estejam disponíveis na proprieda<strong>de</strong> e tenham o formato <strong>de</strong>scrito e a altura da borda não<br />

ultrapasse os 3,0cm facilitan<strong>do</strong> o acesso ao alimento.<br />

Figura 14. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> come<strong>do</strong>uro infantil em material <strong>de</strong> PVC.<br />

e) Come<strong>do</strong>uro Adulto: Come<strong>do</strong>uros para ração: O come<strong>do</strong>uro mais usa<strong>do</strong> e<br />

aconselha<strong>do</strong> para este sistema é o Tubular <strong>de</strong> 20kg, ele é forma<strong>do</strong> <strong>de</strong> um tubo, que po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong> chapa galvanizada, alumínio ou plástico e uma ban<strong>de</strong>ja que geralmente é <strong>de</strong> plástico e<br />

mantém uma haste no centro forman<strong>do</strong> o conjunto na extremida<strong>de</strong> superior <strong>de</strong>sta, existe um<br />

sistema <strong>de</strong> regulagem da saída <strong>de</strong> ração que <strong>de</strong>ve ser observada e regulada constantemente a<br />

fim <strong>de</strong> evitar <strong>de</strong>sperdícios no chão ou a falta <strong>de</strong> alimento para as aves. O equipamento <strong>de</strong>ve<br />

ser suspendi<strong>do</strong> na altura a<strong>de</strong>quada conforme o <strong>de</strong>senvolvimento das aves, ten<strong>do</strong> como base o<br />

<strong>do</strong>rso para a altura i<strong>de</strong>al. A proporção i<strong>de</strong>al é 01 come<strong>do</strong>uro para 30 aves adultas.<br />

42


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Figura 15. Come<strong>do</strong>uro metálico com base em PVC.<br />

Come<strong>do</strong>uros para alimentação alternativa: Os come<strong>do</strong>uros para este tipo <strong>de</strong><br />

alimentação não estão disponíveis no merca<strong>do</strong>, então usamos para tanto cochos <strong>de</strong><br />

tijolos, concreto, alumínio, galvaniza<strong>do</strong>, ma<strong>de</strong>ira. Consi<strong>de</strong>ramos que os mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />

são as manilhas <strong>de</strong> meio cano <strong>de</strong> concreto <strong>de</strong> 30cm fechadas nas duas extremida<strong>de</strong>s,<br />

ou o aproveitamento das ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong> alumínio, plástico <strong>do</strong>s come<strong>do</strong>uros tubulares,<br />

que possam vir a estragar. Este tipo <strong>de</strong> equipamento é usa<strong>do</strong> no terreiro (área <strong>de</strong><br />

pastagem) para administrar a alimentação alternativa. A proporção i<strong>de</strong>al é 10cm <strong>de</strong><br />

espaço para cada ave no acesso ao cocho.<br />

Figura 16. Come<strong>do</strong>uros com materiais alternativos.<br />

f) Bebe<strong>do</strong>uro Infantil: Existem vários mo<strong>de</strong>los diferentes no merca<strong>do</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

tipo copo <strong>de</strong> pressão até os mais sofistica<strong>do</strong>s tipo automáticos, e to<strong>do</strong>s com pequenas<br />

diferenças, atingem o objetivo <strong>de</strong> fornecer água em abundância às pequeninas aves.<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Os tradicionais e <strong>de</strong> bom preço são os <strong>do</strong> tipo copo <strong>de</strong> pressão que tem a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 3 a 5 litros e são usa<strong>do</strong>s na proporção <strong>de</strong> 1 para 100 pintainhos, até a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 15<br />

dias.<br />

Figura 17. Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> bebe<strong>do</strong>uros em material <strong>de</strong> PVC.<br />

g) Bebe<strong>do</strong>uros Adulto: Inúmeros são os mo<strong>de</strong>los e marcas comerciais, mas o<br />

mais indica<strong>do</strong> para o sistema a que se <strong>de</strong>stina, é o tipo Pendular Automático, que tem<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecer <strong>de</strong> maneira ininterrupta 100 aves adultas. O mo<strong>de</strong>lo é<br />

muito simples e requer somente maiores cuida<strong>do</strong>s na hora da instalação, para evitar<br />

que fique com vazamentos. Deve-se ter cuida<strong>do</strong> na limpeza e <strong>de</strong>sinfecção diária a fim<br />

<strong>de</strong> fornecer sempre água limpa e fresca aos animais.<br />

Este mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong>rá ser usa<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro dia, se na borda d’água for<br />

coloca<strong>do</strong> uma mangueira tipo conduite <strong>de</strong> instalação elétrica, para evitar que os<br />

pintainhos se molhem no primeiro dia <strong>de</strong> vida. A regulagem implica em <strong>do</strong>is manejos<br />

distintos: O primeiro refere-se à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> bebe<strong>do</strong>uro que é<br />

facilmente regula<strong>do</strong> na válvula, torcen<strong>do</strong>-a para a direita ou esquerda, até atingir o<br />

nível <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> a fim <strong>de</strong> não <strong>de</strong>rramar água na cama e fornecer a quantida<strong>de</strong><br />

necessária; A segunda trata da altura <strong>do</strong> bebe<strong>do</strong>uro em relação o <strong>do</strong>rso da ave, que<br />

<strong>de</strong>ve ficar mais ou menos 5,0cm acima. Desta maneira o <strong>de</strong>sperdício é menor e a<br />

manutenção da cama seca é facilitada.<br />

44


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Figura 18. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> bebe<strong>do</strong>uro automático.<br />

Figura 19. Bebe<strong>do</strong>uro alternativo <strong>de</strong> tubo PVC.<br />

h) Campânulas: São os equipamentos usa<strong>do</strong>s para fornecer calor a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />

aos pintainhos a partir <strong>de</strong> gás <strong>de</strong> cozinha. Há inúmeros mo<strong>de</strong>los, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aquecimento que vão <strong>de</strong> 500 a 2000 pintainhos. A <strong>de</strong>cisão pela escolha <strong>de</strong>ve recair no<br />

número <strong>de</strong> aves a serem alojadas e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento <strong>de</strong> cada cria<strong>do</strong>r. O<br />

mo<strong>de</strong>lo mais econômico para o alojamento <strong>do</strong> Caipira Francês é a <strong>do</strong> tipo re<strong>do</strong>nda<br />

com chapa <strong>de</strong> alumínio ou galvanizada e com queima<strong>do</strong>r em cerâmica branca, que tem<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aquecer 500 pintainhos no inverno e 700 no verão. O uso começa 2<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

horas antes da chegada <strong>do</strong>s pintainhos, com o objetivo <strong>de</strong> aquecer o ambiente e vai<br />

até mais ou menos 14 dias <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da temperatura ambiente.<br />

Figura 20. Campânula <strong>de</strong> metal e com operação a gás.<br />

i) Caixa D’Água: Na verda<strong>de</strong> a caixa d’água faz parte das instalações, mas<br />

como geralmente a ela não é dada a <strong>de</strong>vida importância, resolvemos classificá-la como<br />

tal. Para cada galpão, <strong>de</strong>vemos dispor <strong>de</strong> uma caixa d’água com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estocagem superior a <strong>do</strong>is dias <strong>de</strong> consumo <strong>do</strong> lote para evitar situações <strong>de</strong>sagradáveis<br />

causa<strong>do</strong>s por falta <strong>de</strong> energia, aci<strong>de</strong>nte na re<strong>de</strong> elétrica ou mesmo queima <strong>do</strong> motor<br />

da bomba d’água. Há necessida<strong>de</strong> das aves por uma fonte <strong>de</strong> água sempre fresca, por<br />

isso a mesma <strong>de</strong>ve ser instalada <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> galpão ou em uma sombra fora. A<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> água das aves varia conforme a ida<strong>de</strong> e a temperatura<br />

ambiente on<strong>de</strong> elas estão. A ingestão <strong>de</strong> água <strong>de</strong> uma ave esta relaciona<strong>do</strong> com o<br />

consumo diário <strong>de</strong> alimento, in<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma vez até duas vezes e meia o consumo da<br />

ração. A tubulação <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> preferência <strong>do</strong> tipo plástico e enterra<strong>do</strong> no chão a uma<br />

profundida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> 30 cm para evitar o aquecimento pela irradiação <strong>do</strong> sol.<br />

j) Re<strong>de</strong> Elétrica: A re<strong>de</strong> elétrica também faz parte das instalações, mas mesmo<br />

se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Caipira Francês a energia é importante nos primeiros dias <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s<br />

pintainhos, uma vez que ajuda na iluminação a noite, para permitir que haja consumo<br />

<strong>de</strong> ração e <strong>de</strong> água. Muitas vezes quan<strong>do</strong> se trata <strong>de</strong> lotes reduzi<strong>do</strong>s a lâmpada é<br />

usada como iluminação e fonte <strong>de</strong> calor na proporção <strong>de</strong> 1 lâmpada <strong>de</strong> 100 watts para<br />

100 pintainhos.<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

8.1.3 Localização e instalação <strong>do</strong>s aviários<br />

O local <strong>de</strong>ve ser isola<strong>do</strong> <strong>de</strong> outras criações, <strong>de</strong> fácil acesso, dar preferência a<br />

locais secos, areja<strong>do</strong>s, mais protegi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ventos fortes <strong>do</strong>minantes, assim os locais<br />

eleva<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro da proprieda<strong>de</strong> são os melhores, evitan<strong>do</strong> as baixadas e proximida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> lagos ou córregos. Deve ser protegi<strong>do</strong> <strong>de</strong> trânsito <strong>de</strong> carros e pessoas, ter água<br />

limpa e potável, e em abundância, <strong>de</strong>ve ter espaço compatível com a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aves a serem criadas.<br />

a) Preparo das Instalações e Equipamentos<br />

São provi<strong>de</strong>ncias <strong>de</strong> manejos com o local, instalações e equipamentos a fim<br />

<strong>de</strong> obter o melhor rendimento das aves que serão alojadas.<br />

Mesmo o produtor cuida<strong>do</strong>so quanto à origem e com a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s animais<br />

que esta adquirin<strong>do</strong>, estará sujeito a gran<strong>de</strong>s problemas se não tomar cuida<strong>do</strong>s<br />

re<strong>do</strong>bra<strong>do</strong>s na preparação <strong>do</strong> galpão para o alojamento <strong>do</strong>s pintainhos. Os micros<br />

organismos causa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças tem um alto grau <strong>de</strong> reprodução em ambientes<br />

propícios, como falta <strong>de</strong> higiene relacionada ao galpão que não foi bem lava<strong>do</strong> com<br />

água e sabão, com os equipamentos que foram <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong>s com restos <strong>de</strong> ração, água e<br />

medicamentos, com a falta <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> insetos e roe<strong>do</strong>res, e com o <strong>de</strong>scui<strong>do</strong> na<br />

limpeza da vegetação danosa, das águas represadas e <strong>do</strong>s esgotos.<br />

A maior preocupação <strong>do</strong> produtor para o recebimento é, portanto a limpeza e<br />

a <strong>de</strong>sinfecção <strong>do</strong> ambiente, instalações e equipamentos a serem utiliza<strong>do</strong>s.<br />

Vazio sanitário: É o tempo mínimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso <strong>do</strong> galpão e das instalações entre uma<br />

criada e a chegada <strong>do</strong> novo lote <strong>de</strong> pintainhos. Este perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> no mínimo 07<br />

dias e tem por objetivo eliminar possíveis ciclos <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong>s. É importante que<br />

neste perío<strong>do</strong> não fiquem aves <strong>do</strong> lote anterior no galpão.<br />

Remoção <strong>do</strong>s equipamentos e utensílios: É importante que se faça a remoção <strong>de</strong><br />

to<strong>do</strong>s os equipamentos e utensílios e quaisquer outros materiais <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s no<br />

galpão, a fim <strong>de</strong> fazer uma completa lavagem com água, sabão, <strong>de</strong>tergente e escova,<br />

para remover toda poeira e crostas antes <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>sinfeta<strong>do</strong>s. Tomar cuida<strong>do</strong> com<br />

equipamentos como campânulas que não <strong>de</strong>vem ser lava<strong>do</strong>s com água corrente e sim<br />

serem limpos com pano úmi<strong>do</strong> e <strong>de</strong>tergente. To<strong>do</strong>s estes materiais <strong>de</strong>vem ser<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

coloca<strong>do</strong>s ao sol para secar e que ao mesmo tempo servirá como a primeira<br />

<strong>de</strong>sinfecção. A <strong>de</strong>sinfecção <strong>de</strong>finitiva será feita usan<strong>do</strong> produtos disponíveis no<br />

merca<strong>do</strong> para este fim e usan<strong>do</strong> as <strong>do</strong>sagens recomendadas e os cuida<strong>do</strong>s necessários<br />

forneci<strong>do</strong>s pelo fabricante, para evitar corrosão aos equipamentos e assegurar a saú<strong>de</strong><br />

da pessoa envolvida. To<strong>do</strong>s estes materiais <strong>de</strong>vem ser guarda<strong>do</strong>s em outro lugar até<br />

que o galpão esteja lava<strong>do</strong> e <strong>de</strong>sinfeta<strong>do</strong>.<br />

Retirada da cama: A cama <strong>de</strong>verá ser retirada <strong>do</strong> galpão tão logo as aves adultas<br />

<strong>de</strong>ixem o local, e estas <strong>de</strong>vem ficar distantes e amontoadas para processar a<br />

fermentação e assim matar to<strong>do</strong>s os organismos patogênicos que possam ter na cama,<br />

se por ventura não forem vendidas.<br />

Conserto e reparos necessários: Todas as instalações e equipamentos estão sujeitos a<br />

<strong>de</strong>sgastes, e o melhor momento para as verificações é quan<strong>do</strong> o galpão está vazio. Por<br />

isso é importante uma inspeção geral, verifican<strong>do</strong> e consertan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> o que for<br />

preciso como: instalações elétricas, hidráulicas, caixa d’água, cortinas, telas e pisos.<br />

Deixan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> em or<strong>de</strong>m para o recebimento <strong>do</strong>s próximos pintainhos.<br />

Figura 21. Limpeza da parte interna <strong>do</strong> galpão.<br />

Limpeza e <strong>de</strong>sinfecção <strong>do</strong> galpão: Proceda a uma limpeza completa em to<strong>do</strong> o galpão,<br />

varren<strong>do</strong> as cortinas e as telas <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro e <strong>de</strong> fora <strong>do</strong> galpão, varrer as telhas,<br />

tesouras postes e laterais <strong>do</strong> galpão, e o mais importante, o piso. Não esquecer<br />

também <strong>de</strong> varrer a parte externa, raspar as muretas e locais que tenham crostas <strong>de</strong><br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

fezes. Após queimar com lança-chamas todas as penas <strong>de</strong>ntro e próximas ao galpão.<br />

Só <strong>de</strong>pois disso comesse a lavar com bomba <strong>de</strong> alta pressão, toda as partes <strong>do</strong> galpão<br />

usan<strong>do</strong> sabão <strong>de</strong>tergente, a fim <strong>de</strong> remover o restante da poeira e a sujeira que ficou.<br />

Depois <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> limpo inicia-se a <strong>de</strong>sinfecção utilizan<strong>do</strong> para tanto<br />

<strong>de</strong>sinfetantes recomenda<strong>do</strong>s e seguin<strong>do</strong> as normas <strong>do</strong> fabricante. O piso se for <strong>de</strong><br />

chão bati<strong>do</strong> <strong>de</strong>verá receber um tratamento com soda caustica na proporção <strong>de</strong> 3kg<br />

para 100 litros <strong>de</strong> água, com o objetivo <strong>de</strong> eliminar insetos e ovos <strong>de</strong> vermes e<br />

parasitas. Depois <strong>de</strong>sses procedimentos, <strong>de</strong>ixar o galpão secar durante <strong>do</strong>is dias e ai<br />

então fazer a pintura <strong>de</strong> cal no piso, pilares, muretas, tesouras (<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira) e telhas.<br />

Figura 22. Visão <strong>de</strong> uma estufa completa e montada.<br />

Preparação <strong>do</strong> galpão: Após o vazio sanitário (mínimo 7 dias), coloque a cama nova,<br />

monte os círculos com as chapas, localize as campânulas, instale os bebe<strong>do</strong>uros e<br />

come<strong>do</strong>uros na posição correta, teste tu<strong>do</strong> para verificar se o funcionamento esta<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>. Feche o galpão e proíba a entrada até um dia antes da chegada <strong>do</strong>s<br />

pintainhos, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>verá ser colocada a água com antecedência e ligar a campânula<br />

a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar o ambiente aqueci<strong>do</strong> para a chegada das avezinhas.<br />

Manejo para recebimento <strong>do</strong>s pintainhos: Com o galpão <strong>de</strong>sinfeta<strong>do</strong> e com a cama<br />

nova espalhada, proce<strong>de</strong>-se a montagem <strong>do</strong>s círculos <strong>de</strong> proteção, on<strong>de</strong> as chapas<br />

flexíveis são unidas com grampos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou ferro a fim <strong>de</strong> formar um circulo <strong>de</strong><br />

diâmetro <strong>de</strong> mais ou menos 3,0m para cada 600 pintainhos, logo após, instala-se no<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

centro <strong>do</strong> círculo a campânula com uma altura mínima <strong>de</strong> 50cm da cama, proce<strong>de</strong>-se a<br />

forração da cama com papel e distribui-se os 6 bebe<strong>do</strong>uros com água com açúcar e sal.<br />

Usa-se açúcar (1kg) e sal (100g) para 25 litros <strong>de</strong> água fresca. Após fecha-se o galpão e<br />

mais ou menos 1 hora antes <strong>do</strong>s pintainhos chegarem liga-se as campânulas para que<br />

o ambiente e a água fiquem na temperatura a<strong>de</strong>quada. A temperatura i<strong>de</strong>al na<br />

primeira semana, medin<strong>do</strong> com termômetro a 15cm da borda da campânula e a 5,0cm<br />

da cama são <strong>de</strong> 32 graus centígra<strong>do</strong>s e para a segunda semana <strong>de</strong>verá ficar em 29<br />

graus, na terceira em torno <strong>de</strong> 26 graus e daí ate ficar com a temperatura ambiente.<br />

Uma regra i<strong>de</strong>al para verificar se a temperatura esta correta é observar a distribuição<br />

das avezinhas:<br />

� Pintainhos amontoa<strong>do</strong>s embaixo da campânula, pian<strong>do</strong> e disputan<strong>do</strong><br />

espaço é sinal <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> calor. A campânula está com a regulagem <strong>de</strong> chama no<br />

mínimo, está instalada alta <strong>de</strong> mais em relação à cama ou está <strong>de</strong>sligada.<br />

� Pintainhos dispostos nas laterais e encosta<strong>do</strong>s das chapas <strong>do</strong> círculo,<br />

afasta<strong>do</strong> ao máximo da campânula, geralmente com bico aberto e disputan<strong>do</strong> os<br />

bebe<strong>do</strong>uros é sinal <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> calor. A campânula está com a regulagem <strong>de</strong> chama<br />

no máximo, está instalada baixa <strong>de</strong> mais em relação à cama ou a temperatura externa<br />

é muito alta.<br />

� Pintainhos to<strong>do</strong>s agrupa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um só la<strong>do</strong> <strong>do</strong> circulo e próximo da<br />

campânula, pian<strong>do</strong> muito e disputan<strong>do</strong> espaço é sinal <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> calor por<br />

corrente <strong>de</strong> ar, vin<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma porta aberta, cortina baixa ou cortina rasgada.<br />

� Pintainhos dispostos uniformemente em to<strong>do</strong> o circulo comen<strong>do</strong>,<br />

beben<strong>do</strong>, <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong> e em silencio é o sinal da normalida<strong>de</strong>, o calor está i<strong>de</strong>al e o<br />

ambiente está correto.<br />

Dar água antes da ração: A água <strong>de</strong>verá ser administrada durante 2 horas antes que os<br />

pintainhos recebam a ração para melhor hidratá-los. É importante observar se to<strong>do</strong>s<br />

estão beben<strong>do</strong>, apalpar vários pintainhos para verificação. Se for preciso, aumente o<br />

numero <strong>de</strong> bebe<strong>do</strong>uros e ainda aumente a luminosida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> círculo.<br />

50


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

A alimentação: A primeira ração que vai até os 30 dias, <strong>de</strong>verá ser <strong>do</strong> tipo inicial, sem<br />

ou com o mínimo possível <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> trigo. Esta <strong>de</strong>verá ser distribuída nas primeira<br />

12 horas sobre o forro <strong>de</strong> papel nos círculo e após o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2 horas <strong>de</strong> água. Em<br />

seguida distribui-se os come<strong>do</strong>uros infantil na proporção <strong>de</strong> 1 come<strong>do</strong>uro para 100<br />

pintainhos, intercalan<strong>do</strong> com os bebe<strong>do</strong>uros. A ração que por ventura sobrar sobre o<br />

papel, <strong>de</strong>verá ser removida.<br />

Instalação <strong>do</strong>s equipamentos permanentes: Gradualmente, a medida que os<br />

pintainhos crescem, é importante aumentar os espaços e aos poucos ir acrescentan<strong>do</strong><br />

os equipamentos <strong>de</strong>finitivos entre os 5 e 15 dias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, e sempre observar se os<br />

pintainhos estão se alimentan<strong>do</strong> e beben<strong>do</strong> normalmente.<br />

Obs: A observação constante <strong>do</strong>s pintainhos e principalmente no final <strong>do</strong> dia,<br />

quan<strong>do</strong> as aves estão mais calmas para o perío<strong>do</strong> da noite, é acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> uma<br />

maneira <strong>de</strong> conhecer melhor as aves e o seu <strong>de</strong>senvolvimento ou possíveis anomalias<br />

e <strong>do</strong>enças. É importante ouvir para certificar-se <strong>de</strong> que tenham algum tipo <strong>de</strong> espirro<br />

ou rouquidão, verificar se estão com boa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimento no papo e se o peso<br />

está satisfatório para a ida<strong>de</strong>. Proce<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta maneira e fazen<strong>do</strong> as <strong>de</strong>vidas<br />

anotações em fichas específicas <strong>do</strong> lote, forma-se assim um histórico importante <strong>de</strong><br />

análise, que a qualquer momento po<strong>de</strong>rá ser útil.<br />

Figura 23. Estufa com calor bem distribuí<strong>do</strong>.<br />

51


8.1.3.1 Água<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

A água é um “<strong>de</strong>talhe” <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a saú<strong>de</strong> e o crescimento<br />

das aves. Existe um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças que são transmitidas pela água<br />

contaminada.<br />

A manutenção da saú<strong>de</strong> é um conjunto <strong>de</strong> práticas que envolvem isolamento,<br />

higiene, profilaxia e combate sistemático a vermes e parasitas. Para se introduzir novas<br />

aves a um plantel forma<strong>do</strong>, essas <strong>de</strong>vem passar por um isolamento <strong>de</strong>, no mínimo, 10<br />

dias. Esse isolamento permite avaliar se há alguma ave contaminada e impedir que as<br />

<strong>de</strong>mais possam contrair alguma <strong>do</strong>ença, caso haja contaminações.<br />

A água <strong>de</strong>ve ser Abundante e Limpa. Deve ser fresca e <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> para<br />

que o metabolismo da ave possa trabalhar <strong>de</strong> forma a aproveitar melhor os nutrientes<br />

<strong>do</strong>s alimentos ingeri<strong>do</strong>s. A água é muito importante no manejo <strong>de</strong> qualquer animal.<br />

Tabela 7. Estimativa <strong>de</strong> consumo diário <strong>de</strong> água em ml por frango.<br />

Semana ml/dia/frango Litros/Dia/500 <strong>Frangos</strong> Litros/Dia/1.000 <strong>Frangos</strong><br />

1 32 16 32<br />

2 69 34,5 69<br />

3 104 52 104<br />

4 143 71,5 143<br />

5 179 89,5 179<br />

6 214 107 214<br />

7 250 125 250<br />

8 286 143 286<br />

8.1.3.2 Terreiro (Área <strong>de</strong> Pastagem)<br />

“A liberda<strong>de</strong> é um conceito”.<br />

Este conceito se pren<strong>de</strong> a um patrimônio: A criação tradicional <strong>de</strong> frangos<br />

semicaipiras, soltas, livres, sem limitações. Mas a criação evoluiu com o tempo, e hoje<br />

temos para o Caipira Francês as noções <strong>de</strong> Habitat Limita<strong>do</strong> e <strong>de</strong> Terreiros Ilimita<strong>do</strong>s.<br />

As áreas <strong>de</strong> pastagens <strong>de</strong>verão permitir às aves:<br />

� A utilização máxima <strong>do</strong> espaço natural em torno <strong>do</strong> galpão;<br />

� Fazer exercícios tanto quanto queiram;<br />

52


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

� Ir tão longe quanto queiram a fim <strong>de</strong> encontrar o complemento natural<br />

para a sua alimentação;<br />

� Expor-se ao sol sem limite <strong>de</strong> tempo;<br />

� Recolher-se à sombra quan<strong>do</strong> necessitarem;<br />

� Banhar-se com terra à vonta<strong>de</strong>;<br />

� Alimentar-se na pastagem formada na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada.<br />

Somente os pequenos galpões (mo<strong>de</strong>lo Caipira Francês), com medidas<br />

inferiores a 150m² <strong>de</strong> área, em que são cria<strong>do</strong>s lotes máximos <strong>de</strong> 1200 frangos ou 960<br />

galinhas, permitem a realização <strong>de</strong>stas condições: pastagens contínuas durante toda a<br />

vida <strong>do</strong> lote. Contu<strong>do</strong>, as cercas po<strong>de</strong>m ser usadas para a proteção <strong>do</strong>s jardins,<br />

plantações, casas e galpões <strong>de</strong> outra exploração, usan<strong>do</strong> para o mesmo telas <strong>de</strong><br />

arame, bambu, ma<strong>de</strong>ira, alvenaria ou mesmo pré-frabrica<strong>do</strong>s, e essas <strong>de</strong>vem ter<br />

aproximadamente 1,80m <strong>de</strong> altura. Sempre atento ao conceito <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>,<br />

recomendamos que os terreiros sejam em forma <strong>de</strong> círculo em torno <strong>do</strong> galpão (que é<br />

próximo da forma <strong>de</strong> um quadra<strong>do</strong>), para que fique bem centraliza<strong>do</strong> melhoran<strong>do</strong> a<br />

distribuição das aves e facilitan<strong>do</strong> o manejo.<br />

Tamanho: O tamanho esta relaciona<strong>do</strong> com as dimensões <strong>do</strong> galpão, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aves a serem criadas, a qualida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pasto na área. Sen<strong>do</strong> que o mínimo<br />

necessário é dispor <strong>de</strong> 3,0m² por ave, e <strong>de</strong> nem uma forma <strong>de</strong>ve dar idéia <strong>de</strong><br />

fechamento ou aprisionamento das galinhas e frangos.<br />

Pastagem: A pastagem <strong>de</strong>ve ser <strong>do</strong> tipo que se propaga por mudas (estoloníferas),<br />

com alta concentração <strong>de</strong> proteínas e <strong>de</strong> fácil adaptação a região a ser plantada. As<br />

melhores são “estrela africana”, “tifton 85”, “coast cross”, “kikuio” entre outras que as<br />

aves aceitam bem para o pastoreio. Neste local <strong>de</strong>vem permanecer as árvores nativas<br />

ou plantadas, na falta <strong>de</strong>stas serão provi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s os sombrites (abrigo artificial)<br />

contra o sol, confecciona<strong>do</strong> com sobras <strong>de</strong> matérias da proprieda<strong>de</strong>, palha <strong>de</strong> babaçu,<br />

coqueiro ou mesmo capim seco trança<strong>do</strong>. O sombrite tem um formato <strong>de</strong> um guarda-<br />

chuva, on<strong>de</strong> finca-se um poste <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> mais ou menos 2,0m <strong>de</strong> altura e arma-se um<br />

telha<strong>do</strong> re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> em cima com diâmetro <strong>de</strong> 2,0m. Em baixo é instala<strong>do</strong> um bebe<strong>do</strong>uro<br />

pendular automático para cada 200 aves e um tipo <strong>de</strong> cocho caipira, feito <strong>de</strong> tijolo,<br />

ma<strong>de</strong>ira ou com meia manilha <strong>de</strong> concreto <strong>de</strong> 30cm, para 100 aves, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>posita a<br />

“Alimentação Alternativa” to<strong>do</strong>s os dias no perío<strong>do</strong> da tar<strong>de</strong>.<br />

53


8.1.4 Manejo Produtivo<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Figura 24. Terreiro com boa pastagem<br />

Para a estabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> plantel <strong>de</strong> um módulo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> frangos<br />

semicaipiras <strong>de</strong>ve ser levada em conta a mortalida<strong>de</strong> máxima aceitável <strong>de</strong> 10%,<br />

fican<strong>do</strong> o plantel assim configura<strong>do</strong>:<br />

� 01 reprodutor com 6 a 24 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>;<br />

� 12 matrizes com 6 a 24 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>;<br />

� 63 a 97 pintos em fase <strong>de</strong> cria (1 a 30 dias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>);<br />

� 60 a 92 pintos em fase <strong>de</strong> recria (31 a 60 dias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>);<br />

� 112 a 174 frangos em fase <strong>de</strong> terminação (61 a 120 dias).<br />

A variação no número <strong>de</strong> animais nas fases <strong>de</strong> cria, recria e terminação<br />

<strong>de</strong>corre <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> produção a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, que po<strong>de</strong> ser com incubação natural<br />

ou artificial (choca<strong>de</strong>ira).<br />

O monitoramento da evolução <strong>do</strong> plantel <strong>de</strong> aves é uma ferramenta<br />

extremamente importante para se ter o controle <strong>do</strong>s fatores que po<strong>de</strong>m comprometer<br />

o sucesso da ativida<strong>de</strong>. Por meio das informações coletadas e analisadas<br />

periodicamente, o cria<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> gerenciar <strong>de</strong> forma mais eficiente a sua criação, visto<br />

que, encontra meios para <strong>de</strong>tectar possíveis falhas ou problemas que po<strong>de</strong>m ocorrer<br />

ao longo das diferentes etapas da criação.<br />

54


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Dessa forma, a fim <strong>de</strong> facilitar a coleta <strong>de</strong> informações referentes a entradas e<br />

saídas <strong>de</strong> animais <strong>do</strong> plantel (compra, morte, venda e consumo), po<strong>de</strong>m ser utilizadas<br />

fichas <strong>de</strong> acompanhamento simples, conforme mo<strong>de</strong>los:<br />

Quadro 2. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ficha para controle mensal <strong>do</strong> plantel <strong>de</strong> frangos semicaipiras.<br />

Categoria<br />

Reprodutores<br />

Matrizes<br />

Pintos 1–30<br />

Pintos 31–60<br />

<strong>Frangos</strong> 61-150<br />

Total geral<br />

Estoque<br />

inicial<br />

Entrada Saída Estoque<br />

Compra Morte Consumo Venda final<br />

As aves prontas para o abate e <strong>de</strong>stinadas à comercialização são, em sua<br />

maioria, entregues vivas ao ou a consumi<strong>do</strong>res finais. Mesmo assim, o abate é uma<br />

prática comum realizada pelos agricultores, quan<strong>do</strong> as aves se <strong>de</strong>stinam ao consumo<br />

<strong>do</strong>méstico. Nesse caso, <strong>de</strong>vem ser observa<strong>do</strong>s os aspectos higiênicos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s e os<br />

procedimentos necessários para a obtenção <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>,<br />

principalmente com relação ao sabor, cor e textura. O abate em maior escala requer<br />

uma observação mais criteriosa, que atenda aos requisitos da vigilância sanitária,<br />

inclusive com relação à manipulação <strong>do</strong>s resíduos que atraem outros animais, como<br />

moscas, roe<strong>do</strong>res e alguns carnívoros, além <strong>de</strong> provocarem mau cheiro e <strong>de</strong><br />

contaminarem o ambiente.<br />

No perío<strong>do</strong> que antece<strong>de</strong> ao abate, recomenda-se <strong>de</strong>ixar as aves em repouso,<br />

suspen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, seis horas antes, o fornecimento <strong>de</strong> alimentos sóli<strong>do</strong>s a fim <strong>de</strong> evitar o<br />

rompimento <strong>do</strong>s intestinos e a contaminação da carcaça.<br />

Em termos <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> produtos oriun<strong>do</strong>s da ativida<strong>de</strong> agrícola<br />

familiar, é muito importante que os agricultores estejam organiza<strong>do</strong>s em associações<br />

comunitárias. Tal fato não só permite a redução <strong>do</strong>s custos operacionais com mão-<strong>de</strong>-<br />

obra e transporte, como também, a manutenção <strong>de</strong> uma oferta regular, escalonada e<br />

competitiva <strong>do</strong>s produtos. Além disso, a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os cuida<strong>do</strong>s recomenda<strong>do</strong>s<br />

tanto na criação, como no abate das aves, permite que o produto final atenda às<br />

55


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

exigências <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r facilitan<strong>do</strong> a obtenção <strong>de</strong> marcas comerciais que<br />

possibilitem a sua venda em outros locais.<br />

8.1.5 Manejo Sanitário<br />

Tem por objetivo manter as condições <strong>de</strong> higiene no sistema <strong>de</strong> criação que<br />

permitam minimizar a ocorrência <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças, obter boa performance e bem-estar das<br />

aves, além <strong>de</strong> assegurar ao consumi<strong>do</strong>r um produto <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>. Uma das formas<br />

<strong>de</strong> controlar as <strong>do</strong>enças no plantel é por meio da higienização das instalações, controle<br />

<strong>de</strong> vetores <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças e remoção <strong>de</strong> carcaças <strong>de</strong> aves mortas. Essas medidas visam a<br />

diminuir os riscos <strong>de</strong> infecções e aumentar o controle sanitário <strong>do</strong> plantel,<br />

resguardan<strong>do</strong> a saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r.<br />

principais:<br />

O manejo sanitário <strong>de</strong>ve ser estabeleci<strong>do</strong> levan<strong>do</strong>-se em conta <strong>do</strong>is pontos<br />

a) Assepsia <strong>de</strong> instalações e equipamentos: A remoção periódica <strong>do</strong>s<br />

excrementos e pulverização <strong>de</strong> toda a instalação com produtos naturais como fumo e<br />

sabão, cuja calda po<strong>de</strong> ser obtida a partir da <strong>de</strong>sagregação <strong>de</strong> 200 gramas <strong>de</strong> fumo e<br />

sabão na proporção <strong>de</strong> 1:1 em um litro d'água durante 1 dia e posterior diluição e<br />

cinco litros d'água. Limpeza diária <strong>do</strong>s come<strong>do</strong>uros e bebe<strong>do</strong>uros. Renovação, a cada<br />

ciclo <strong>de</strong> incubação, <strong>do</strong> enchimento <strong>do</strong>s ninhos.<br />

b) Controle <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças fisiológicas, patogênicas e parasitárias: O controle <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>enças fisiológicas é realiza<strong>do</strong> mediante o uso <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> manejo que evitam<br />

situações estressantes. Deve ser efetua<strong>do</strong> levan<strong>do</strong>-se em conta a taxa <strong>de</strong> lotação<br />

a<strong>de</strong>quada, o suprimento protéico e mineral <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a exigência para cada fase<br />

<strong>de</strong> criação, ventilação das instalações, fornecimento <strong>de</strong> água e comida nas horas<br />

a<strong>de</strong>quadas, etc.;<br />

As <strong>do</strong>enças patogênicas são transmitidas por meio <strong>de</strong> vírus e bactérias. As<br />

principais <strong>do</strong>enças que ocorrem na região Meio-Norte <strong>do</strong> Brasil são a Bronquite<br />

infecciosa, Newcastle, Gumboro e Varíola aviária (Bouba). Além da limpeza <strong>do</strong>s<br />

equipamentos e instalações, também <strong>de</strong>ve ser estabelecida uma cobertura vacinal,<br />

além <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> antibióticos (Tabela 8).<br />

56


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Para o controle das <strong>do</strong>enças parasitárias, além da limpeza <strong>de</strong> equipamentos e<br />

instalações <strong>de</strong>ve-se, também, estabelecer um plano <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> en<strong>do</strong> e<br />

ectoparasitas, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>do</strong> monitoramento das condições das aves (Tabela 8).<br />

Tabela 8. Esquema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças patogênicos e parasitárias nas diferentes<br />

fases <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das aves.<br />

Reprodução Cria Recria Terminação<br />

Controle<br />

Dia<br />

Vacina contra <strong>do</strong>ença Newcastle 60 em 60 10 a 15 45 90 a 120<br />

Vacina contra Bronquite infecciosa 60 em 60 10 a 15 45 90 a 120<br />

Vacina contra Bouba Aviária 10 a 15 - -<br />

Controle <strong>de</strong> en<strong>do</strong> e ectoparasitas 45 em 45 - 45 90 a 120<br />

8.1.6 Manejo Alimentar<br />

Tem como objetivo principal suprir as necessida<strong>de</strong>s nutricionais das aves em<br />

to<strong>do</strong>s os seus estágios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e produção, otimizan<strong>do</strong> o crescimento, a<br />

eficiência produtiva e a lucrativida<strong>de</strong> da exploração, já que o custo com alimentos<br />

representa 75% <strong>do</strong> custo total <strong>de</strong> produção.<br />

O manejo alimentar proposto para o sistema alternativo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> frangos<br />

semicaipiras prevê a integração das ativida<strong>de</strong>s agropecuárias, com o aproveitamento<br />

<strong>de</strong> resíduos oriun<strong>do</strong>s da ativida<strong>de</strong> agrícola. Tal fato não só permite a redução <strong>do</strong>s<br />

custos <strong>de</strong> produção, como também, a agregação <strong>de</strong> valores aos produtos, pois utiliza<br />

resíduos agrícolas, como a parte aérea da mandioca (folhas), que normalmente são<br />

aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s no campo, transforman<strong>do</strong>-os em proteína animal. Além da parte aérea<br />

da mandioca, que é rica em proteína, é possível se utilizar as raízes <strong>de</strong> mandioca, suas<br />

cascas e crueiras, que são subprodutos da fabricação da farinha e da goma <strong>de</strong><br />

mandioca.<br />

Outra fonte <strong>de</strong> alimento rico em proteína que normalmente é pouco<br />

aproveitada, embora apresente enorme potencial para a alimentação <strong>de</strong> frangos<br />

semicaipiras, é o farelo <strong>de</strong> arroz, cujos teores <strong>de</strong> proteína bruta são <strong>de</strong><br />

aproximadamente 15%. Este produto resulta <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> beneficiamento <strong>do</strong>s grãos<br />

<strong>de</strong> arroz para consumo, sen<strong>do</strong> relativamente fácil <strong>de</strong> ser obti<strong>do</strong>, principalmente nas<br />

unida<strong>de</strong>s agrícolas familiares que a<strong>do</strong>tam o sistema <strong>de</strong> cultivo <strong>do</strong> arroz.<br />

57


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Por serem animais não ruminantes, as aves exigem que os alimentos<br />

contenham pouca fibra vegetal e sejam forneci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma balanceada e<br />

<strong>de</strong>vidamente tritura<strong>do</strong>s, a fim <strong>de</strong> facilitar a digestão. Alimentos fibrosos apresentam<br />

baixa digestibilida<strong>de</strong>, elevam os custos e atrasam o <strong>de</strong>senvolvimento das aves. Dessa<br />

forma, a dieta <strong>de</strong>ve ser estabelecida <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a exigência nutricional <strong>de</strong> cada<br />

fase <strong>do</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento, sen<strong>do</strong> que a formulação da ração <strong>de</strong>ve ser feita com<br />

base nos teores <strong>de</strong> proteína apresenta<strong>do</strong>s por cada um <strong>de</strong> seus componentes, na sua<br />

eficiência alimentar (Tabela 9).<br />

Tabela 9. Exemplo <strong>de</strong> uma ração formulada a partir <strong>de</strong> vários ingredientes e<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se as diferentes fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das aves.<br />

Ingredientes<br />

Reprodução Cria Recria Terminação<br />

(6 a 24 meses) (1 a 30 dias) (31 a 60 dias) (61 a 120 dias)<br />

Farelo <strong>de</strong> soja 10 30 7 -<br />

Milho 25 66 30 22<br />

Folha <strong>de</strong> mandioca 36 - 40 53<br />

Mistura mineral 4 4 3 3<br />

Caca e crueira 25 - 20 22<br />

Total 100 100 100 100<br />

Pasto à vonta<strong>de</strong> controla<strong>do</strong> à vonta<strong>de</strong><br />

Além <strong>do</strong>s produtos indica<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>m-se utilizar vários outros produtos, como<br />

fonte alternativa <strong>de</strong> alimentos para as aves, tais como fenos <strong>de</strong> feijão-guandu ou<br />

leucena, ou vagens moídas <strong>de</strong> faveira (Parkia platicephala), que é uma espécie<br />

abundante no Piauí. No caso <strong>de</strong> se utilizar qualquer uma <strong>de</strong>ssas fontes <strong>de</strong> alimento, os<br />

seus teores <strong>de</strong> proteína <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, a fim <strong>de</strong> permitir a formulação<br />

correta das rações e proporcionar um <strong>de</strong>sempenho a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> das aves, conforme<br />

Tabela 10.<br />

58


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Tabela 10. Desempenho espera<strong>do</strong> para as aves no sistema alternativo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

frangos semicaipiras.<br />

Ganho <strong>de</strong> Consumo <strong>de</strong> ração Conversão alimentar<br />

Ida<strong>de</strong> Peso vivo peso<br />

semanal Semanal Acumula<strong>do</strong> Semanal Acumula<strong>do</strong><br />

Semana 9 9 9 9<br />

1 105 63 112 112 1.779 1.779<br />

2 171 66 180 292 2.272 2.264<br />

3 249 78 220 512 2.821 2.473<br />

4 341 92 250 762 2.717 2.548<br />

5 446 105 280 1.042 2.667 2.579<br />

6 551 105 330 1.372 3.143 2.695<br />

7 669 118 390 1.762 3.305 2.810<br />

8 800 131 470 2.232 3.588 2.945<br />

9 932 132 520 2.752 3.939 3.092<br />

10 1.107 138 540 3.292 3.913 3.202<br />

11 1.200 130 550 3.842 4.231 3.318<br />

12 1.335 135 570 4.412 4.222 3.412<br />

13 1.460 125 580 4.992 4.640 3.520<br />

14 1.600 140 590 5.582 4.214 3.580<br />

15 1.740 140 600 6.182 4.286 3.641<br />

16 1.880 140 610 6.792 4.357 3.695<br />

17 2.000 120 620 7.412 5.167 3.785<br />

18 2.120 120 630 8.042 5.250 3.870<br />

Fonte: EMBRAPA Meio-Norte<br />

Os cálculos para estimativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho advêm da evolução zootécnica da<br />

espécie, on<strong>de</strong> com base no consumo <strong>de</strong> ração (CR) e <strong>do</strong> ganho <strong>de</strong> peso (GP) <strong>de</strong> cada<br />

fase ou <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o ciclo reprodutivo estima-se, também, a conversão alimentar (CA),<br />

que é a razão entre as duas variáveis inicialmente citadas.<br />

8.2 O Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> Aves<br />

O perfil visa aten<strong>de</strong>r os agricultores familiares <strong>do</strong>s Territórios Rurais que já<br />

possuem alguma experiência na criação <strong>de</strong> frangos caipira e também aos interessa<strong>do</strong>s<br />

em iniciar uma agroindústria <strong>de</strong> abate <strong>de</strong> aves, com vistas à produção <strong>de</strong> carne <strong>de</strong><br />

frango e comercialização <strong>do</strong> frango resfria<strong>do</strong> ou congela<strong>do</strong> inteiro ou em partes e<br />

também ten<strong>do</strong> em vista <strong>de</strong> diminuir o abate clan<strong>de</strong>stino <strong>de</strong> aves que vem aumentan<strong>do</strong><br />

no Brasil, oferecen<strong>do</strong> um produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para população. O principal produto<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro é a carcaça <strong>de</strong> frango, a qual é comercializada para<br />

supermerca<strong>do</strong>s, açougues e similares com vistas ao fornecimento <strong>de</strong> carne. São<br />

também comercializa<strong>do</strong>s os subprodutos comestíveis, em especial as vísceras<br />

vermelhas (coração, moela e fíga<strong>do</strong>), além <strong>de</strong> pés, pescoço e cabeça, os quais po<strong>de</strong>m<br />

ser utiliza<strong>do</strong>s para comercialização direta com a carcaça resfriada ou congelada, ou, no<br />

caso das vísceras (também conheci<strong>do</strong>s como miú<strong>do</strong>s), em embalagens <strong>de</strong> produtos<br />

específicos.<br />

Nesta capacida<strong>de</strong>, supõe-se que o frango seja caipira aproveitan<strong>do</strong>-se a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> que tem consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o melhor sabor, menor teor <strong>de</strong><br />

gordura e outras vantagens neste produto diferencia<strong>do</strong>. O "frango caipira" tem se<br />

<strong>de</strong>staca<strong>do</strong> nos merca<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s centros urbanos com preços superiores ao<br />

frango <strong>de</strong> granja e seu abastecimento não tem supri<strong>do</strong>, suficientemente, a <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong>ste nicho <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>.<br />

Os estabelecimentos que processam produtos <strong>de</strong> origem animal estão<br />

sujeitos à legislação e à fiscalização, das condições mínimas para a sua implantação e<br />

funcionamento. O Decreto nº 7.889, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1989 estabelece as<br />

competências <strong>de</strong>sta fiscalização segun<strong>do</strong> o tipo <strong>de</strong> comercialização a ser efetuada:<br />

Secretarias Municipais <strong>de</strong> Agricultura no caso da comercialização municipal;<br />

Secretarias Estaduais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, e Distrito Fe<strong>de</strong>ral, no caso <strong>de</strong> comercialização<br />

intermunicipal; e o Ministério da Agricultura, no caso da comercialização interestadual<br />

ou internacional, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> os estabelecimentos estar previamente registra<strong>do</strong>s no<br />

órgão competente antes <strong>de</strong> entrar em funcionamento.<br />

O Regulamento <strong>de</strong> Inspeção Industrial e Sanitária <strong>do</strong>s Produtos <strong>de</strong> Origem<br />

Animal (RIISPOA) <strong>de</strong>fine, no 2º parágrafo <strong>do</strong> artigo 21, Abate<strong>do</strong>uros como<br />

"estabelecimentos <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> instalações a<strong>de</strong>quadas para a matança <strong>de</strong> quaisquer das<br />

espécies <strong>de</strong> açougue, visan<strong>do</strong> o fornecimento <strong>de</strong> carnes em natureza ao comércio<br />

interno, com (frigoríficos) ou sem <strong>de</strong>pendências para industrialização; disporão<br />

obrigatoriamente <strong>de</strong> instalações e aparelhagem para aproveitamento completo e<br />

perfeito <strong>de</strong> todas as matérias-primas e preparo <strong>do</strong>s subprodutos não comestíveis".<br />

As matérias-primas a serem utilizadas no presente estabelecimento são<br />

frangos semicaipiras cuja produção é amplamente difundida em to<strong>do</strong> o território<br />

nacional, e po<strong>de</strong> passar a ser uma ativida<strong>de</strong> bastante lucrativa com a crescente difusão<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

das suas qualida<strong>de</strong>s. A carne <strong>do</strong> frango caipira apresenta vantagens <strong>de</strong> sabor<br />

diferencia<strong>do</strong>, sem gosto <strong>de</strong> ração; é mais firme que a carne <strong>do</strong> frango <strong>de</strong> granja; livre<br />

<strong>de</strong> antibióticos ou promotores <strong>de</strong> crescimento; quan<strong>do</strong> é cozida não <strong>de</strong>sgruda <strong>do</strong> osso;<br />

a pele é mais compacta e tem menor teor <strong>de</strong> gordura e alto teor <strong>de</strong> proteínas. A<br />

produção <strong>do</strong> frango em sistema <strong>de</strong> granja nesta capacida<strong>de</strong> não traria o retorno <strong>do</strong>s<br />

investimentos em tempo compensatório para o agricultor familiar, estima-se que seria<br />

necessário o abate <strong>de</strong> pelo menos 5.000 aves/dia para tornar viável o abate <strong>de</strong> frangos<br />

<strong>de</strong> granja. E há <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar a familiarida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produtor com a produção <strong>do</strong> frango<br />

caipira.<br />

A criação tradicional <strong>do</strong> frango caipira é extensiva, isto é, em sistema <strong>de</strong> total<br />

liberda<strong>de</strong> e tem se caracteriza<strong>do</strong> por: aves sem raça <strong>de</strong>finida; baixa produção <strong>de</strong> ovos<br />

e carne; alimentação à base <strong>de</strong> pasto e sobras <strong>de</strong> grãos; a postura é feita em ninhos<br />

esparsos e em escon<strong>de</strong>rijos (fator <strong>de</strong> aumento nas perdas); as frangos chocam em<br />

escon<strong>de</strong>rijos o que reduz o número <strong>de</strong> pintos nasci<strong>do</strong>s em relação aos ovos choca<strong>do</strong>s e<br />

normalmente a mortalida<strong>de</strong> das aves é alta. Este quadro, porém po<strong>de</strong> ser otimiza<strong>do</strong><br />

sem mudar o sistema <strong>de</strong> criação, através <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> plantel, práticas <strong>de</strong> manejo da<br />

criação, suplementação alimentar, controle <strong>de</strong> sanida<strong>de</strong> e profilaxia, além <strong>de</strong> outras<br />

recomendações feitas por técnicos da EMPAER.<br />

O melhoramento genético <strong>do</strong> plantel po<strong>de</strong> ser feito com a introdução <strong>de</strong> aves<br />

já melhoradas para serem cruzadas com aves <strong>do</strong> plantel previamente selecionadas. As<br />

aves recomendadas <strong>de</strong>vem ter dupla aptidão, ou seja, serem apropriadas para a<br />

produção <strong>de</strong> carnes e ovos, tais como: Rho<strong>de</strong> Island Red, Plymouth Rock Bared e New<br />

Hampshire, que são raças puras, ou aves híbridas <strong>de</strong> ovos vermelhos; além <strong>de</strong> Isa<br />

Browm, Hy-line Browm, Label Rouge e aves cana<strong>de</strong>nse Paraíso Pedrez. A gran<strong>de</strong><br />

mortalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s pintinhos po<strong>de</strong> ser controlada com a introdução <strong>de</strong> algumas práticas<br />

simples e cuida<strong>do</strong>s, principalmente nos primeiros 20 dias. Como exemplo, cita-se a<br />

retirada <strong>de</strong> cascas <strong>de</strong> ovos <strong>do</strong> ninho on<strong>de</strong> foram gera<strong>do</strong>s, trocan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> material por<br />

material limpo e seco.<br />

A resistência das aves semicaipiras é maior que as <strong>de</strong> granja, mas mesmo<br />

assim <strong>de</strong>vem receber rações balanceadas para aten<strong>de</strong>r as exigências nutricionais. A<br />

ração balanceada po<strong>de</strong> ser caseira, como apresenta<strong>do</strong> no Quadro 6 e <strong>de</strong>ve ser<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

fornecida em come<strong>do</strong>uros no interior <strong>do</strong> galinheiro na base <strong>de</strong> 60 g por dia por ave e<br />

cocho com mistura para consumo à vonta<strong>de</strong>.<br />

8.2.1 Descrição <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro (estabelecimento)<br />

a) Localização <strong>do</strong> estabelecimento:<br />

Ro<strong>do</strong>via MT 246, Km 3, Distrito Industrial, Barra <strong>do</strong> Bugres-MT<br />

TEL.: (65) 3361-1921 - e-mail: agricultura@barra<strong>do</strong>bugres.mt.gov.br<br />

1205889019<br />

b) Natureza <strong>do</strong> estabelecimento: Pequeno Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> Aves<br />

c) Responsável técnico: Edu Ro<strong>do</strong>lfo Gonçalves - Engº Civil - CREA nº<br />

d) Área <strong>do</strong> terreno: A área <strong>do</strong> terreno será <strong>de</strong> aproximadamente 1.000,00m².<br />

e) Área construída:<br />

Abate<strong>do</strong>uro............................................................................75,13m²<br />

Anexos (escritório, banheiro e vestiário).................................15,30m²<br />

Totais......................................................................................90,43m²<br />

f) Área útil <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro:<br />

Recepção e Sangria................................................................. 9,30 m²<br />

Área Suja .............................................................................. 10,27 m²<br />

Sala <strong>de</strong> Evisceração................................................................ 19,00 m²<br />

Acesso <strong>de</strong> Funcionários (lavatório e lava botas)....................... 5,90 m²<br />

Seção <strong>de</strong> Cortes....................................................................... 6,70 m²<br />

Depósito <strong>de</strong> Embalagens.......................................................... 3,84 m²<br />

Câmara Frigorífica.................................................................. 6,00 m²<br />

Expedição............................................................................... 4,54 m²<br />

g) Área útil <strong>do</strong> anexo Se<strong>de</strong> Administrativa:<br />

Vestiário e banheiro feminino. ............................................... 4,00 m²<br />

Vestiário e banheiro masculino ............................................... 4,00 m²<br />

Escritório................................................................................. 4,40 m²<br />

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h) Recuo <strong>do</strong> alinhamento:<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

O recuo <strong>do</strong> alinhamento <strong>do</strong> prédio industrial com relação à cerca/alambra<strong>do</strong>,<br />

ou qualquer outra benfeitoria é <strong>de</strong> aproximadamente 50,00 metros.<br />

i) Especificações <strong>do</strong>s Materiais e Serviços:<br />

Materiais: To<strong>do</strong>s os materiais a serem emprega<strong>do</strong>s na obra, <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong><br />

primeira qualida<strong>de</strong>, satisfazen<strong>do</strong> todas as exigências das Normas Técnicas sobre o<br />

assunto.<br />

Serviços: To<strong>do</strong>s os serviços necessários para a execução da obra obe<strong>de</strong>cerão<br />

fielmente ás <strong>de</strong>terminações <strong>do</strong> responsável técnico:<br />

i. Movimento <strong>de</strong> Terra: serão executa<strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> corte e aterro<br />

<strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> uma <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,5% no senti<strong>do</strong> das águas e escavações<br />

manuais no solo já <strong>de</strong>vidamente marca<strong>do</strong>. Serão abertas valas com<br />

seção <strong>de</strong> 30 X 60 cm e serão escava<strong>do</strong>s os locais on<strong>de</strong> serão locadas as<br />

sapatas, nas dimensões especificadas em planta. As sapatas <strong>de</strong>verão<br />

estar assentadas em solo firme <strong>de</strong> resistência inferior à = 1,0 Kg/cm².<br />

Em situações adversas, como solo <strong>de</strong> baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte,<br />

<strong>de</strong>verão ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s outros tipos <strong>de</strong> elementos estruturais para as<br />

fundações (estacas Strauss ou Broca).<br />

ii. Vigas <strong>de</strong> Fundação (Baldrames): sobre o concreto ciclópico nivela<strong>do</strong> e<br />

blocos <strong>de</strong> coroamento, serão executas as vigas baldrames, que serão<br />

<strong>de</strong> concreto arma<strong>do</strong>, fck = 15 Mpa, com armadura longitudinal e<br />

transversal, conforme projeto estrutural específico.<br />

iii. Impermeabilização: sobre as vigas da fundação (baldrames), serão<br />

executadas duas camadas com hidro-asfalto, sen<strong>do</strong> uma no senti<strong>do</strong><br />

longitudinal e outra no senti<strong>do</strong> transversal.<br />

iv. Supra –Estrutura: Cintamento: Será executa<strong>do</strong> o cintamento em toda a<br />

alvenaria, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> sempre, o projeto estrutural específico,. O<br />

cintamento será executa<strong>do</strong> com armadura especificada no projeto<br />

estrutural, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> seguir rigorosamente as especificações da ABNT –<br />

NBR 6120/ NBR 5627 / NBR 7480 / EB-565/78.<br />

v. Alvenarias: Serão utiliza<strong>do</strong>s tijolos cerâmicos <strong>de</strong> 6 ou 8 furos que<br />

atendam as seguintes especificações : 20 x 20 x 10 cm . O traço<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

emprega<strong>do</strong> no assentamento da alvenaria, será 1:2:8 (cimento – cal –<br />

areia). As fiadas <strong>de</strong>verão estar perfeitamente alinhadas e prumadas.<br />

As juntas <strong>de</strong>verão apresentar espessura máxima <strong>de</strong> 15 mm, sen<strong>do</strong><br />

reguladas à ponta <strong>de</strong> colher. Todas as superfícies <strong>de</strong> concreto em<br />

contato com alvenaria <strong>de</strong>verão ser previamente chapiscadas com<br />

argamassa <strong>de</strong> cimento e areia, traço 1:3 (cimento – areia).<br />

Peitoris: To<strong>do</strong>s os peitoris das janelas da fábrica são corta<strong>do</strong>s em<br />

ângulo <strong>de</strong> 45º para a parte interna, revesti<strong>do</strong>s com azulejo. Na parte<br />

externa será usa<strong>do</strong> cerâmica com pinga<strong>de</strong>ira, com 5% <strong>de</strong> inclinação.<br />

vi. Forro: Forro <strong>de</strong> PVC apenas na se<strong>de</strong> administrativa (escritório banheiros<br />

e vestiários).<br />

vii. Laje Pré-moldada <strong>de</strong> concreto: Será usada em to<strong>do</strong> , e terá o pé direito<br />

<strong>de</strong> 3,50 m.<br />

viii. Cobertura: A cobertura será executada com estrutura em ma<strong>de</strong>ira<br />

aparelhada (nas quatro faces), com ma<strong>de</strong>ira perfeitamente seca,<br />

e,cobertura em telhas cerâmica em to<strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e na se<strong>de</strong><br />

administrativa.<br />

ix. Esquadrias: As janelas serão todas metálicas <strong>do</strong> tipo basculante. As<br />

portas <strong>de</strong> acesso ao Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong>verão possuir em sua porção<br />

externa portas <strong>de</strong> tela com sistema <strong>de</strong> fechamento automático (mola)<br />

e todas as janelas também <strong>de</strong>verão possuir quadro <strong>de</strong> telas <strong>de</strong> fácil<br />

remoção (facilitar a limpeza).<br />

x. Revestimento: Os revestimentos emprega<strong>do</strong>s na obra serão os<br />

seguintes: Pare<strong>de</strong>s Externas: Será utiliza<strong>do</strong> revestimento com chapisco<br />

emboço e reboco. O chapisco será executa<strong>do</strong> com argamassa <strong>de</strong><br />

cimento e areia, no traço 1:3, com espessura <strong>de</strong> aproximadamente 5<br />

mm. O emboço será executa<strong>do</strong> em argamassa <strong>de</strong> cimento, cal e areia<br />

no traço <strong>de</strong> 1:2:8. Após a cura <strong>do</strong> emboço, <strong>de</strong>verá ser executada a<br />

limpeza das pare<strong>de</strong>s (retirada <strong>de</strong> material pulverulento), e, molhar as<br />

pare<strong>de</strong>s, para dar início ao reboco, que <strong>de</strong>verá ser executa<strong>do</strong> com<br />

argamassa <strong>de</strong> cimento, cal e areia fina, no traço <strong>de</strong> 5:2:6, com<br />

espessura não superior à 5 mm. Pare<strong>de</strong>s Internas: Será utiliza<strong>do</strong><br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

revestimento com chapisco e emboço <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> as pare<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>sempenadas e alisadas <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro (todas internas), banheiros e<br />

vestiários prontas para colocação <strong>do</strong>s azulejos e reboco, apenas no<br />

escritório. Azulejos: serão aplica<strong>do</strong>s até uma altura <strong>de</strong> 2,0 m em toda<br />

parte interna <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro nos banheiros e vestiários, os azulejos<br />

<strong>de</strong>vem ser lisos e <strong>de</strong> cor clara (marcas recomendadas: Ceusa, Eliane ou<br />

similar).<br />

xi. Pavimentação: Contrapiso <strong>de</strong> concreto: O contrapiso será executa<strong>do</strong><br />

em concreto magro, <strong>de</strong>sempena<strong>do</strong> e regula<strong>do</strong>, com espessura <strong>de</strong> 10<br />

cm. Piso nas <strong>de</strong>pendências da indústria: O piso <strong>de</strong> to<strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro<br />

será feito em cimento alisa<strong>do</strong> <strong>de</strong> alta resistência (Korodur).<br />

Opcionalmente po<strong>de</strong>rá ser em cerâmica industrial ou pedra basalto<br />

rejunta<strong>do</strong> com cimento antiáci<strong>do</strong>. Nos banheiros e vestiários será<br />

usada cerâmica, <strong>de</strong> cor clara e anti<strong>de</strong>rrapante. Paralelepípe<strong>do</strong>s<br />

regulares: A área <strong>de</strong> circulação e/ou pátio <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro será em<br />

paralelepípe<strong>do</strong>s regulares, com caimento <strong>de</strong> 2% para condução das<br />

águas pluviais.<br />

xii. Pinturas: A pintura externa será executada com uma <strong>de</strong>mão <strong>de</strong> sela<strong>do</strong>r.<br />

E após, duas <strong>de</strong>mãos <strong>de</strong> tinta acrílica branca. A pintura interna acima<br />

<strong>do</strong>s azulejos (2,0m) será executada com uma <strong>de</strong>mão <strong>de</strong> sela<strong>do</strong>r e duas<br />

<strong>de</strong>mãos <strong>de</strong> tinta acrílica branca. As esquadrias <strong>de</strong> ferro serão pintadas<br />

com esmalte sintético, sobre fun<strong>do</strong> antioxidante (zarcão). As<br />

esquadrias <strong>de</strong>verão ser previamente lixadas, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a retirar to<strong>do</strong> e<br />

qualquer material que possa prejudicar ou criar foco <strong>de</strong> corrosão<br />

futura.<br />

xiii. Vidros: Serão emprega<strong>do</strong>s vidros lisos com espessura <strong>de</strong> 3,0 mm em<br />

todas as janelas, inclusive no óculo <strong>de</strong> entrada e óculo <strong>de</strong> passagem.<br />

xiv. Cerca: O terreno <strong>de</strong>verá ser cerca<strong>do</strong> nos limites da área industrial.<br />

xv. Instalações Hidrosanitárias: Serão executadas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o projeto<br />

específico. O tratamento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>jetos será feito conforme projeto em<br />

anexo. Depósito <strong>de</strong> sangue e vísceras, <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> penas, toda água <strong>de</strong><br />

limpeza <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro será encaminhada para uma caixa com tela<br />

65


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

para retenção <strong>de</strong> sóli<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>sta segue para a graxaria e<br />

posteriormente, para uma lagoa anaeróbica e posteriormente para<br />

mais 2 lagoas (sedimentação e polimento) para então ser lançada em<br />

algum efluente ou valas <strong>de</strong> infiltração. Reservatório <strong>de</strong> água: Um<br />

reservatório <strong>de</strong> água, a nível eleva<strong>do</strong>, executa<strong>do</strong> em alvenaria,<br />

metálico ou fibrocimento, com capacida<strong>de</strong> para 5.000 litros.<br />

xvi. Instalações Elétricas: será toda interna, com a utilização <strong>de</strong> eletrodutos<br />

<strong>de</strong> PVC,as tomadas serão instaladas a 90cm <strong>de</strong> piso e os interruptores<br />

a 1,20m <strong>do</strong> piso.<br />

Figura 25. Croqui <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frango semicaipira.<br />

Parte Suja Parte Limpa Parte Externa<br />

8.2.2 Descrição <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> produção<br />

Da granja até o preparo no Abate<strong>do</strong>uro na forma <strong>de</strong> carcaça, ou mesmo <strong>de</strong><br />

corte, <strong>de</strong>verão ser segui<strong>do</strong>s vários estágios importantes que precisam ser programa<strong>do</strong>s<br />

para serem realiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> maneira eficiente e higiênica.<br />

LEGENDA<br />

1 - Trilho<br />

2 - Trollers<br />

3 - Ator<strong>do</strong>a<strong>do</strong>r Elétrico<br />

4 - Túnel <strong>de</strong> Sangria<br />

5 - Tanque <strong>de</strong> escaldagem<br />

6 - Depena<strong>de</strong>ira<br />

7 - Mesas inox (espera e toalete).<br />

8 - Trilho c/ 4 trollers<br />

9 - Mesas inox (evisceração).<br />

10 - Tanque <strong>de</strong> reidratação<br />

11 - Tanque <strong>de</strong> resfriamento<br />

12 - Guancheira para gotejamento<br />

13 - Mesa para montagem<br />

13-A – Mesa <strong>de</strong> embalagem<br />

14 - Funil <strong>de</strong> embalagem<br />

15 - Câmara Frigorífica Modular<br />

16 - Esteriliza<strong>do</strong>r <strong>de</strong> facas<br />

17 – Máquina para aplicar filme<br />

plástico<br />

18 - Depósito <strong>de</strong> penas<br />

19 – Lava<strong>do</strong>r <strong>de</strong> caixas plásticas<br />

a) Transporte: Depois disso, é feito o transporte para o abate<strong>do</strong>uro nas<br />

primeiras horas da manhã. No caso da plataforma <strong>de</strong> recepção estar ocupada, os<br />

caminhões <strong>de</strong>verão permanecer em área <strong>de</strong> espera. Na espera os galpões <strong>de</strong>vem ser<br />

bem ventila<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong>s tetos e das laterais (ambos para evitar o stress térmico).<br />

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Logo após, os engrada<strong>do</strong>s <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>scarrega<strong>do</strong>s em plataforma dimensionada<br />

para facilitar esta operação, e, em seguida, higieniza<strong>do</strong>s com água clorada (3 a 5 ppm).<br />

b) Sangria: Uma vez <strong>de</strong>scarrega<strong>do</strong>s na plataforma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarque, os<br />

engrada<strong>do</strong>s são conduzi<strong>do</strong>s à área <strong>de</strong> pendura, on<strong>de</strong> os engrada<strong>do</strong>s são abertos na sua<br />

parte superior, e as aves são <strong>de</strong>scarregadas e colocadas nos trilhos e encaminha<strong>do</strong>s<br />

para calha <strong>de</strong> sangria que <strong>de</strong>ve ser em aço inox, e realiza-se um corte lateral da<br />

jugular, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-as sangrar por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 3 minutos (preconiza<strong>do</strong> pelo SIF),<br />

muito embora se reconheça que nos primeiros 40 segun<strong>do</strong>s, 80% <strong>do</strong> sangue é libera<strong>do</strong><br />

e, no intervalo, entre 1 e 2 minutos e meio, o sangramento estaria completo.<br />

Os engrada<strong>do</strong>s vazios são leva<strong>do</strong>s à seção <strong>de</strong> sua higienização, on<strong>de</strong> são<br />

lava<strong>do</strong>s com água hiperclorada e sob pressão, e a seguir <strong>de</strong>sinfeta<strong>do</strong>s com produtos<br />

aprova<strong>do</strong>s para tal, visan<strong>do</strong> evitar-se a disseminação <strong>de</strong> possíveis <strong>do</strong>enças entre as<br />

granjas.<br />

b) Escaldagem: A próxima etapa é a escaldagem, que consiste na imersão<br />

num tanque <strong>de</strong> água quente agitada e tem a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> facilitar a etapa <strong>de</strong> remoção<br />

das penas, a <strong>de</strong>penagem. Quan<strong>do</strong> se <strong>de</strong>seja uma ave com uma pigmentação <strong>de</strong> pele<br />

mais amarelada, o escaldamento é feito <strong>de</strong> forma branda (52ºC / 2,5min.). O uso <strong>de</strong><br />

temperaturas mais altas (processo rigoroso: T ~ 56ºC / 1,5min), além <strong>de</strong> gerar frangos<br />

<strong>de</strong> coloração mais clara <strong>de</strong> pele, acelera a produção <strong>de</strong> linha mas causa problemas no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que evi<strong>de</strong>ncia hematomas nas áreas em que existam contusões. Em<br />

hipótese alguma as aves <strong>de</strong>verão ser imersas ainda vivas no tanque <strong>de</strong> escaldagem.<br />

c) Depenagem: O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>penagem é feito pela ação mecânica <strong>de</strong><br />

"<strong>de</strong><strong>do</strong>s" <strong>de</strong> borracha que são presos a tambores rotativos, e são, geralmente,<br />

procedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um acabamento manual. Nesta etapa <strong>de</strong>ve-se evitar a quebra <strong>do</strong>s ossos<br />

e o rompimento da pele da ave (que ocorre principalmente quan<strong>do</strong> a escaldagem for<br />

muito alta). No caso <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> pés para comercialização com a carcaça<br />

limpa, as aves também sofrem a escaldagem e limpeza <strong>de</strong> pés. A <strong>de</strong>pena<strong>de</strong>ira retira,<br />

além das penas, a película amarela <strong>do</strong>s pés das aves. Esta etapa <strong>de</strong>limita a área suja <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro.<br />

d) Evisceração: Feita a <strong>de</strong>penagem processa-se a evisceração, que é<br />

constituída por uma série <strong>de</strong> etapas: remoção da sambiquira (glândula <strong>de</strong> óleo); corte<br />

e remoção da traquéia; extração da cloaca e evacuação <strong>do</strong> intestino grosso; abertura<br />

67


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

<strong>do</strong> abdômen e eventração (exposição <strong>de</strong> vísceras para inspeção veterinária). A<br />

primeira operação realizada na área limpa, que é <strong>de</strong>limitada da anterior através <strong>de</strong> um<br />

vão na pare<strong>de</strong>.<br />

A evisceração é feita manualmente em mesa específica para esta finalida<strong>de</strong>,<br />

que contém torneiras para facilitar as lavagens. A primeira opera<strong>do</strong>ra faz o corte da<br />

traquéia, retira a cloaca e o abdômen. A segunda retira a traquéia e as vísceras. Em<br />

seguida encaminha-se a carcaça para o la<strong>do</strong> oposto da mesa e as vísceras para a<br />

terceira opera<strong>do</strong>ra, que separa os miú<strong>do</strong>s. Neste ponto, <strong>de</strong>ve-se impedir que a carcaça<br />

entre em contato com as vísceras novamente evitan<strong>do</strong> contaminação. O coração, o<br />

fíga<strong>do</strong> e a moela removi<strong>do</strong>s são separa<strong>do</strong>s e sofrem processos <strong>de</strong> limpeza,<br />

resfriamento e embalagem para posterior reincorporação à carcaça, ou são embala<strong>do</strong>s<br />

para sua comercialização. Seguin<strong>do</strong> a linha <strong>de</strong> evisceração, removem-se os pulmões,<br />

papo, esôfago e traquéia, que são <strong>de</strong>scarta<strong>do</strong>s, in<strong>do</strong> ter à seção <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong><br />

resíduos (graxaria). No caso <strong>do</strong> abate proposto neste perfil, tais materiais po<strong>de</strong>rão ser<br />

recolhi<strong>do</strong>s e envia<strong>do</strong>s a empresas que promovam o seu tratamento e comercialização<br />

(farinhas, etc.), ou serem incinera<strong>do</strong>s em crematório próprio para esta finalida<strong>de</strong>.<br />

e) Inspeção: Com as vísceras fora da carcaça, à quarta opera<strong>do</strong>ra faz inspeção<br />

(exame da carcaça externa e internamente e das vísceras). Durante a inspeção, feita<br />

por agentes <strong>de</strong> inspeção treina<strong>do</strong>s, são eliminadas as aves con<strong>de</strong>nadas por <strong>do</strong>enças, a<br />

remoção <strong>de</strong> partes com injúrias, ossos quebra<strong>do</strong>s, etc.<br />

f) Higienização: Com a liberação da carcaça faz-se uma lavagem final<br />

encaminha-se a mesma para o pré-resfriamento. É procedida, então, a lavagem<br />

interna e externa da carcaça, com remoção <strong>do</strong> sangue residual, membranas e resíduos<br />

<strong>de</strong> vísceras, que também são encaminha<strong>do</strong>s à seção <strong>de</strong> graxaria. Nesta etapa também<br />

são separa<strong>do</strong>s os pés e o conjunto cabeça-pescoço.<br />

g) Resfriamento: Só então a ave estará preparada para a operação <strong>de</strong><br />

resfriamento, que po<strong>de</strong> ser feita por várias técnicas, sen<strong>do</strong> o mais comum o uso <strong>de</strong><br />

tanques <strong>de</strong>scontínuos com água e gelo (pequenas produções), ou resfria<strong>do</strong>res<br />

contínuos. Neste perfil, o resfriamento é feito, basicamente, em <strong>do</strong>is estágios:<br />

Pré-refrigeração, as carcaças são mergulhadas manualmente nos tanques com<br />

água tratada e refrigerada, on<strong>de</strong> a temperatura da água fica entre 10 e 18ºC para se<br />

evitar o encolhimento <strong>do</strong> músculo (endurecimento <strong>do</strong> músculo peitoral), e também<br />

68


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

uma redução (lavagem) da contaminação superficial das carcaças. Para se evitar o risco<br />

<strong>de</strong> contaminação das carcaças a água <strong>de</strong>ve ser hipoclorada em torno <strong>de</strong> 2 a 5 ppm e<br />

renovada ao longo <strong>do</strong> processo.<br />

Resfriamento, após serem pré resfriadas, as carcaças são, então,<br />

encaminhadas ao segun<strong>do</strong> estágio on<strong>de</strong> a temperatura é reduzida para<br />

aproximadamente 0ºC (zero graus). Após esta etapa as carcaças saem com<br />

temperatura entre 5 e 8ºC, sen<strong>do</strong> o i<strong>de</strong>al entre 2 e 4ºC.<br />

h) Gotejamento: Em seguida é feito o gotejamento on<strong>de</strong> as aves são<br />

suspensas pela asa, coxa ou pescoço, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> se o conjunto cabeça-pescoço tiver,<br />

ou não, si<strong>do</strong> previamente removi<strong>do</strong>. As aves permanecem penduradas por um tempo<br />

<strong>de</strong> 2,5 a 4 minutos, o que visa reduzir o excesso <strong>de</strong> água absorvida na etapa <strong>de</strong><br />

refrigeração, para não se infringir a legislação, que preconiza um máximo <strong>de</strong> 8% <strong>de</strong><br />

absorção <strong>de</strong> água. Este gotejamento po<strong>de</strong> ser realiza<strong>do</strong> fora da área <strong>de</strong> abate,<br />

permitin<strong>do</strong>-se que as aves "<strong>de</strong>scansem" em local apropria<strong>do</strong> por tempo suficiente para<br />

escorrer o excesso <strong>de</strong> água absorvi<strong>do</strong> na etapa <strong>de</strong> pré-resfriamento.<br />

i) Classificação, embalagem e resfriamento ou congelamento: Finalizan<strong>do</strong>, as<br />

aves passam pelos processos <strong>de</strong> classificação, embalagem e resfriamento ou<br />

congelamento. Aquelas carcaças que sofreram remoção <strong>de</strong> partes no processo <strong>de</strong><br />

inspeção são levadas para a seção <strong>de</strong> cortes, os quais são embala<strong>do</strong>s e resfria<strong>do</strong>s ou<br />

congela<strong>do</strong>s. As seções <strong>de</strong> cortes <strong>de</strong>vem ter temperatura ambiente controlada entre 10<br />

e 15ºC.<br />

As carcaças com temperatura a<strong>de</strong>quada (2 a 3 ºC) são embaladas e<br />

encaminhadas à câmara <strong>de</strong> resfriamento <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> caixas plásticas, sen<strong>do</strong> estocadas<br />

com temperatura <strong>de</strong> -1 ºC por um perío<strong>do</strong> máximo <strong>de</strong> 1 semana; se for preciso estocar<br />

por perío<strong>do</strong>s maiores, <strong>de</strong>verão ser congeladas.<br />

O congelamento <strong>de</strong> carcaças ou cortes <strong>de</strong>verá ser realiza<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong><br />

congelamento rápi<strong>do</strong> em equipamentos apropria<strong>do</strong>s para este fim. A carne <strong>de</strong>ve<br />

entrar na câmara Frigorífica com a temperatura em torno <strong>de</strong> 0 ºC, a qual será<br />

rebaixada para uma temperatura <strong>de</strong> -18 ºC em ambiente com temperatura entre -40 e<br />

-45 ºC, a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar varia entre 2 a 4 m/s.<br />

O armazenamento das carnes refrigeradas é feito em refrigera<strong>do</strong>res<br />

industriais e o <strong>de</strong> carne congelada é feito em freezer. Neste perfil, pressupõe-se a<br />

69


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

comercialização imediata <strong>do</strong> frango caipira, e na maior parte resfria<strong>do</strong>. As condições<br />

<strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong>vem ser dadas para proporcionar maior flexibilida<strong>de</strong> operacional à<br />

agroindústria.<br />

j) Aproveitamento e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos: Os subprodutos não<br />

comestíveis oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> abate <strong>de</strong> aves (penas, vísceras, e sangue), por constituírem<br />

sério problema ambiental e higiênico-sanitário, <strong>de</strong>vem ser conduzi<strong>do</strong>s por meios<br />

apropria<strong>do</strong>s à seção <strong>de</strong> graxaria, que <strong>de</strong>ve estar localizada a uma distância mínima <strong>de</strong><br />

10 (<strong>de</strong>z) metros <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro. Os subprodutos não comestíveis <strong>de</strong>verão ser<br />

recolhi<strong>do</strong>s e conduzi<strong>do</strong>s a fornos crematórios (fornalhas) para incineração <strong>de</strong> carcaças<br />

con<strong>de</strong>nadas ou <strong>de</strong> aves que chegam mortas ao Abate<strong>do</strong>uro. No mínimo, <strong>de</strong>ve-se<br />

separar os resíduos sóli<strong>do</strong>s e se recolher e concentrar o sangue, e se dispor <strong>de</strong>les em<br />

aterros sanitários ou fossas para a sua <strong>de</strong>composição. Há que se evitar ao máximo a<br />

poluição <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> água e/ou re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esgoto.<br />

Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar o processamento <strong>de</strong>stes subprodutos em farinhas em<br />

unida<strong>de</strong>s próximas que já tenham graxaria instalada, ou, na ausência <strong>de</strong>sta alternativa,<br />

a sua <strong>de</strong>struição em fornos crematórios. Assim, esta alternativa <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong><br />

graxaria, <strong>de</strong>veria ser viabilizada após retorno <strong>do</strong> capital investi<strong>do</strong> e/ou ao se consi<strong>de</strong>rar<br />

a expansão <strong>do</strong> abate para um volume que torne tal investimento em equipamentos <strong>de</strong><br />

graxaria indispensável.<br />

Em relação às re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esgoto e estações <strong>de</strong> tratamento: caso existam, <strong>de</strong>vem<br />

suportar a carga <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro, recomendan<strong>do</strong>-se, porém o tratamento <strong>do</strong>s efluentes<br />

industriais antes <strong>de</strong> se os lançar às re<strong>de</strong>s. Caso não existam re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esgoto, torna-se<br />

essencial o tratamento prévio <strong>do</strong>s efluentes industriais através <strong>de</strong> gra<strong>de</strong>amento, uso<br />

<strong>de</strong> caixas <strong>de</strong> gordura, vala ou lagoa <strong>de</strong> oxidação, lo<strong>do</strong>s ativa<strong>do</strong>s e/ou biodigestor. Para<br />

Abate<strong>do</strong>uros <strong>de</strong> pequeno porte, como o previsto neste perfil, soluções como<br />

gra<strong>de</strong>amento, caixas <strong>de</strong> gordura ou valas <strong>de</strong> oxidação são seguidas <strong>de</strong> lagoas <strong>de</strong><br />

estabilização. O esgoto proveniente, <strong>de</strong> banheiros <strong>de</strong>ve ser conduzi<strong>do</strong> separadamente<br />

<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> efluentes <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

A separação, remoção e secagem <strong>de</strong> sangue (DBO entre 150 e 240.000 mg/L)<br />

contribui em muito para minimizar a poluição causada pelos Abate<strong>do</strong>uros nos cursos<br />

<strong>de</strong> água, evitan<strong>do</strong>-se futuros, e cada vez mais prováveis confrontos ambientais e<br />

legais.<br />

70


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

8.2.3 Dimensionamento, localização e obras.<br />

a) Localização: No que tange à localização, os principais condicionantes são: a<br />

proximida<strong>de</strong> da matéria-prima, disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia elétrica e disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

água potável em gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s.<br />

b) Proximida<strong>de</strong> da matéria prima: Quanto à proximida<strong>de</strong> da matéria-prima,<br />

este não <strong>de</strong>ve se constituir em gran<strong>de</strong> problema, uma vez que a criação <strong>de</strong> aves é<br />

amplamente difundida no país, e po<strong>de</strong> ser facilmente implantada, se bem orientada<br />

por profissionais. Convém ressaltar que a proximida<strong>de</strong> das granjas <strong>de</strong> criação/engorda<br />

minimizam estresse para as aves em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong> transporte, e tornam o<br />

Abate<strong>do</strong>uro mais viável, reduzin<strong>do</strong> os custos <strong>de</strong> transporte, e as perdas <strong>de</strong> peso das<br />

aves durante esta etapa.<br />

c) Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água: Quanto à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água, estipula-se um<br />

consumo médio <strong>de</strong> 30 litros por frango abati<strong>do</strong>, que <strong>de</strong>ve apresentar características <strong>de</strong><br />

potabilida<strong>de</strong>, recomendan<strong>do</strong>-se a sua cloração entre 2 e 5 ppm <strong>de</strong> cloro residual livre.<br />

d) Terreno: A localização <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar um terreno que permita a completa<br />

instalação <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro, se possível fornecen<strong>do</strong> <strong>do</strong>is acessos,<br />

um para matéria-prima (animais) e outro para a expedição <strong>de</strong> produtos acaba<strong>do</strong>s.<br />

Deve-se prever ainda um local com área suficiente (áreas/galpões <strong>de</strong> espera) para que<br />

as cargas possam esperar o seu <strong>de</strong>scarregamento nas plataformas <strong>de</strong> abate sem causar<br />

estresse térmico para as aves. De preferência <strong>de</strong>ve ser suficientemente amplo para<br />

comportar todas as operações necessárias ao funcionamento. Deve ser plano, seco e<br />

livre <strong>de</strong> enxurradas, <strong>de</strong> fácil aquisição ou <strong>de</strong>sapropriação, <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma frente, ter<br />

rios ou lagoas próximas e capazes <strong>de</strong> receber os seus efluentes. Deve se localizar fora<br />

<strong>do</strong> perímetro urbano, próximo a vias <strong>de</strong> acesso fácil e <strong>de</strong> preferência ser <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong> ro<strong>do</strong>viária que facilite o escoamento da produção, embora afasta<strong>do</strong> da via<br />

pública (preferencialmente a 5,0 metros <strong>de</strong>sta). Preferencialmente, <strong>de</strong>ve se localizar<br />

em zonas rurais ou estritamente industriais, para se evitar conflitos futuros com<br />

regiões urbanas. Deverá dispor <strong>de</strong> área pavimentada e urbanizada, suficiente para<br />

permitir a movimentação <strong>de</strong> veículos, bem como a construção <strong>de</strong> galpões <strong>de</strong> espera<br />

para os caminhões que não pu<strong>de</strong>rem efetuar o <strong>de</strong>scarregamento imediato <strong>de</strong> suas<br />

cargas. Se possível <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r ainda a futuros projetos <strong>de</strong> expansão.<br />

71


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

e) Cursos <strong>de</strong> água: Há <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar ainda a sua localização em relação aos<br />

cursos <strong>de</strong> água, a qual <strong>de</strong>ve ser feita à jusante <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> captação para<br />

tratamento e abastecimento da população.<br />

f) Cida<strong>de</strong>: Em relação à cida<strong>de</strong>: <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao o<strong>do</strong>r <strong>de</strong>sagradável que as operações<br />

<strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro exalam <strong>de</strong>ve estar disposto <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a que os ventos pre<strong>do</strong>minantes<br />

não carreiem o<strong>do</strong>res para a cida<strong>de</strong>; no caso disto ser inevitável, <strong>de</strong>ve-se fazer com que<br />

os ventos atravessem uma barreira <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong> o<strong>do</strong>r agradável antes <strong>de</strong> ter às<br />

cida<strong>de</strong>s. Também, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à natureza <strong>do</strong>s produtos ali obti<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ve-se cuidar para que<br />

a agroindústria não se localize junto a fontes polui<strong>do</strong>ras e produtoras <strong>de</strong> o<strong>do</strong>res<br />

(curtumes, lixões, etc.).<br />

g) Energia elétrica: Em relação à energia elétrica, a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve se situar em<br />

locais abasteci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> luz e força suficiente para iluminação das áreas <strong>de</strong> abate e<br />

processamento <strong>do</strong>s subprodutos, para o funcionamento <strong>de</strong> cal<strong>de</strong>iras (caso se opte por<br />

cal<strong>de</strong>iras elétricas), bombas e equipamentos, instalações <strong>de</strong> frio, etc.<br />

8.2.4 Detalhes gerais <strong>de</strong> construção e instalação:<br />

O conjunto <strong>de</strong> obras civis <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para a operacionalização <strong>do</strong> presente<br />

Abate<strong>do</strong>uro prevê a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 90,0m², assim distribuí<strong>do</strong>s: área <strong>de</strong> recepção, área<br />

suja, área limpa, área <strong>de</strong> estocagem e expedição.<br />

a) Corpo Principal: A construção <strong>do</strong> corpo principal (sala <strong>de</strong> matança e seção<br />

<strong>de</strong> subprodutos) <strong>de</strong>verá ser efetuada em alvenaria, respeitan<strong>do</strong>-se as exigências <strong>do</strong><br />

RIISPOA. As pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verão ser impermeabilizadas com azulejos, gressit ou outro<br />

material aprova<strong>do</strong> para tal, até uma altura <strong>de</strong> <strong>do</strong>is metros. Acima <strong>de</strong>ste<br />

impermeabilizante será realizada a pintura com tinta acrílica (metalatex). Os encontros<br />

<strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s e entre estas e os pisos <strong>de</strong>verão ser arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>s.<br />

b) Piso: O piso <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> korodur, cerâmica industrial, ou outro material<br />

anti<strong>de</strong>rrapante aprova<strong>do</strong> pelo serviço <strong>de</strong> inspeção. Deve apresentar um <strong>de</strong>clive <strong>de</strong> 1,5<br />

a 3% em direção às canaletas.<br />

c) Teto: O teto na sala <strong>de</strong> matança <strong>de</strong>verá ser construí<strong>do</strong> <strong>de</strong> laje <strong>de</strong> concreto<br />

liso, sem pintura, ou possuir cobertura <strong>de</strong> estrutura metálica, refratária ao sol, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que possua vedação perfeita à entrada <strong>de</strong> insetos e pássaros. Em geral, o pé-direito<br />

72


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

<strong>de</strong>verá possuir altura mínima <strong>de</strong> 4 metros, exceto nas áreas on<strong>de</strong> houver climatização<br />

<strong>do</strong> ambiente (cortes e embalagens), on<strong>de</strong> o pé-direito po<strong>de</strong> ser reduzi<strong>do</strong> para 3m.<br />

d) Ventilação e Iluminação: A ventilação e iluminação necessárias serão<br />

proporcionadas por colocação <strong>de</strong> janelas providas <strong>de</strong> telas para proteção contra<br />

insetos, a uma altura <strong>de</strong> 2 (<strong>do</strong>is) metros, com parapeito chanfra<strong>do</strong> e azuleja<strong>do</strong> (ângulo<br />

<strong>de</strong> 45), e <strong>de</strong> área equivalente a 1/5 (um quinto) da área <strong>do</strong> piso. Para compensar a<br />

pouca luminosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dias mais escuros, haverá iluminação artificial. Na seção <strong>de</strong><br />

inspeção exige-se uma iluminação <strong>de</strong> 500 a 600 Lux (luz fria), sen<strong>do</strong> proibi<strong>do</strong> o uso <strong>de</strong><br />

iluminantes que mascarem a coloração das carcaças e miú<strong>do</strong>s. Em caso <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong>, permite-se a instalação <strong>de</strong> exaustores.<br />

e) Comunicações com o meio externo: As comunicações com o meio externo<br />

<strong>de</strong>verão ser feitas através <strong>de</strong> portas <strong>de</strong> vai e vem, e serem providas <strong>de</strong> cortina <strong>de</strong> ar.<br />

8.2.5 Equipamentos.<br />

To<strong>do</strong>s os equipamentos po<strong>de</strong>m ser adquiri<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong> interno, e muitas<br />

informações sobre fornece<strong>do</strong>res potenciais estão disponíveis em alguns sites da<br />

internet lista<strong>do</strong>s em anexo<br />

a) Trilho para sangria com acionamento manual: Estrutura feita em aço inox<br />

fixada ao teto (laje) da recepção.<br />

b) Trollers com algemas inox (8): Alças providas <strong>de</strong> roda<strong>do</strong> que trabalham<br />

<strong>de</strong>penduradas no trilho e possui algemas nas quais as aves são <strong>de</strong>penduradas pelos<br />

pés.<br />

c) Ator<strong>do</strong>a<strong>do</strong>r Elétrico c/ regulagem <strong>de</strong> voltagem: promove a eletronarcose<br />

(insensibilização) das aves antes da sangria.<br />

d) Túnel <strong>de</strong> Sangria: calha feita em alumínio provi<strong>do</strong> <strong>de</strong> registro e <strong>de</strong>pósito<br />

para coleta <strong>do</strong> sangue.<br />

e) Tanque <strong>de</strong> escaldagem: Recipiente com abas laterais em aço inoxidável<br />

304, provi<strong>do</strong> <strong>de</strong> um queima<strong>do</strong>r a gás e termômetro. Capacida<strong>de</strong> para até 200<br />

aves/hora e 80 litros. Dimensões: 1090 x 700 x 850mm.<br />

f) Depena<strong>de</strong>ira: Construída totalmente em aço inox 304, acionada por motor<br />

<strong>de</strong> 2,0 cv trifásico. Provida <strong>de</strong> funil alimenta<strong>do</strong>r com dispositivo basculante para carga.<br />

Capacida<strong>de</strong> para 500 aves/hora.<br />

73


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

g) Mesas inox (espera e toalete): Construídas em chapa <strong>de</strong> aço inox 304,<br />

Dimensões: 900 x 900 x 900mm.<br />

h) Trilho c/ 4 trollers: Estrutura feita em aço inox fixada ao teto, responsável<br />

pelo transporte das carcaças da área suja para sala <strong>de</strong> evisceração.<br />

i) Mesas inox (evisceração): Construídas em chapa <strong>de</strong> aço inox 304, provida<br />

<strong>de</strong> calhas e torneiras com <strong>de</strong>pósito para vísceras. Dimensões: 1000 x 2000 x 900mm.<br />

j) Tanque <strong>de</strong> reidratação: Tanque tipo ½ lua <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à reidratação das aves.<br />

Construí<strong>do</strong> em aço inoxidável 304, equipa<strong>do</strong> com rodas fixas e giratórias. Capacida<strong>de</strong><br />

aproximada <strong>de</strong> 300 litros. Dimensões: 1200 x 600 x 690mm.<br />

k) Tanque <strong>de</strong> resfriamento: Tanque tipo ½ lua <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao resfriamento das<br />

aves. Construí<strong>do</strong> em aço inoxidável 304, equipa<strong>do</strong> com rodas fixas e giratórias.<br />

Capacida<strong>de</strong> aproximada <strong>de</strong> 300 litros. Dimensões: 1200 x 600 x 690mm.<br />

l) Gancheira: para gotejamento com 30 ganchos inox.<br />

m) Mesa para montagem e embalagem: Construída em chapa <strong>de</strong> aço<br />

inoxidável 304. Dimensões: 2000 x 900 x 850mm.<br />

n) Funil <strong>de</strong> embalagem: Construí<strong>do</strong> em aço inox 304, forma<strong>do</strong> por lâminas<br />

sob ação <strong>de</strong> molas, com diâmetro <strong>de</strong> abertura apropria<strong>do</strong> para embalagem <strong>de</strong> frangos<br />

e galinhas.<br />

o) Câmara Frigorífica Modular 2,0 X 2,0 X 2,5m.<br />

p) Móveis e equipamentos: Armário <strong>de</strong> aço para guarda das embalagens,<br />

Balança eletrônica comercial com saída para impressora (15kg) Balança eletrônica <strong>de</strong><br />

bancada, <strong>do</strong>tada <strong>de</strong> uma única célula <strong>de</strong> carga <strong>de</strong>vidamente dimensionada para a<br />

capacida<strong>de</strong> requerida. Gabinete em ABS injeta<strong>do</strong>; prato <strong>de</strong> pesagem em aço inoxidável<br />

AISI 430 poli<strong>do</strong>, tecla<strong>do</strong> à prova <strong>de</strong> respingos <strong>de</strong> água e poeira, com retorno sonoro,<br />

display vácuo-florescente com 6 dígitos <strong>de</strong> 12mm; alimentação elétrica: 110/220 VCA,<br />

50/60Hz, selecionável. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pesagem: 15kg x 5g Dimensões <strong>do</strong> prato: 35 x<br />

25cm.<br />

q) Máquina para aplicar filme plástico: Construída em aço <strong>de</strong>stinada a<br />

envolver as ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong> produtos com filme plástico tipo PVC. Dimensões: 510 x 670 x<br />

140mm.<br />

r) Utensílios gerais: Compreen<strong>de</strong> o lavatório e lava botas para higienização<br />

<strong>do</strong>s funcionários, além <strong>de</strong> utensílios <strong>de</strong> processamento como: facas, corta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong><br />

74


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

pescoço e pernas, pistola para cloacas, ban<strong>de</strong>jas, bal<strong>de</strong>s e outros. Inclui também<br />

fornalha para incineração <strong>de</strong> resíduos<br />

8.3 Inspeção sanitária e Certificação<br />

Inicialmente será acompanhada pela Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> município, o<br />

Serviço <strong>de</strong> Inspeção Municipal. Depois com Serviço <strong>de</strong> Inspeção Sanitário Estadual o<br />

INDEA assumirá o papel <strong>de</strong> fiscalização e monitoramento durante o recebimento <strong>do</strong>s<br />

frangos para o abate e o abate propriamente dito. Terá <strong>de</strong> ter um escritório em anexo<br />

ao Abate<strong>do</strong>uro para os trabalhos <strong>do</strong> Médico Veterinário <strong>do</strong> INDEA.<br />

8.4 Fluxograma da Ca<strong>de</strong>ia Produtiva<br />

A ca<strong>de</strong>ia produtiva é iniciada com a compra <strong>de</strong> pintainhos com um dia <strong>de</strong> vida<br />

e provenientes <strong>de</strong> linhagens próprias para a criação no sistema caipira, vin<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

granjas matrizes. O transporte das aves é realiza<strong>do</strong> em caixas <strong>de</strong> papelão com<br />

aberturas na parte superior (para a entrada <strong>de</strong> ar), forradas com serragens e certa<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ração.<br />

No momento da chegada, o espaço <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> aos pintainhos <strong>de</strong>verá estar<br />

<strong>de</strong>vidamente prepara<strong>do</strong> com o forro <strong>de</strong> palha <strong>de</strong> arroz na espessura <strong>de</strong> 3 a 5cm, os<br />

come<strong>do</strong>uros infantis abasteci<strong>do</strong>s com ração para a fase inicial e os bebe<strong>do</strong>uros<br />

abasteci<strong>do</strong>s com água e 3 colheres <strong>de</strong> sopa <strong>de</strong> açúcar para tranqüilizá-los após o stress<br />

sofri<strong>do</strong> durante a viagem.<br />

A maior preocupação é contra o calor e o frio excessivos que são os maiores<br />

causa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> nos primeiros dias <strong>de</strong> vida e que também merecem<br />

atenção durante a fase adulta, quan<strong>do</strong> as aves já estão no galpão. Dessa forma, as<br />

cortinas <strong>do</strong> galpão são itens tão importantes quanto os outros equipamentos, ten<strong>do</strong> a<br />

função <strong>de</strong> proteger e aquecer as aves.<br />

Como o calor excessivo também po<strong>de</strong> ser prejudicial às aves, em algumas<br />

regiões é importante a instalação <strong>de</strong> ventila<strong>do</strong>res para garantir a temperatura i<strong>de</strong>al <strong>do</strong><br />

local. Quan<strong>do</strong> as aves completam 25 dias, estão preparadas para terem acesso ao<br />

piquete <strong>de</strong> grama estrela, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ciscar e se alimentar. Elas possuem livre acesso<br />

ao galpão, nos <strong>do</strong>is primeiros lotes analisa<strong>do</strong>s neste estu<strong>do</strong>, a ração somente era<br />

disponibilizada pela manhã e no final da tar<strong>de</strong>, isso para incentivar as aves a ciscar pelo<br />

75


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

piquete <strong>de</strong> grama e se alimentarem <strong>de</strong> maneira natural. O terceiro lote analisa<strong>do</strong><br />

também teve livre acesso ao galpão, porém a ração foi oferecida em tempo integral.<br />

Com isso observou-se o aumento na taxa <strong>de</strong> conversão alimentar, em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong><br />

aumento no consumo da ração, automática redução no consumo da vegetação e<br />

conseqüente ganho <strong>de</strong> peso em menor tempo, inclusive <strong>de</strong>scaracterizan<strong>do</strong> o produto<br />

“frango semicaipira”.<br />

A ração balanceada foi <strong>de</strong>senvolvida juntamente com uma empresa da região<br />

com o objetivo <strong>de</strong> oferecer to<strong>do</strong>s os nutrientes importantes para a formação das aves,<br />

garantir a isenção <strong>de</strong> resíduos animais, isenção <strong>de</strong> promotores <strong>de</strong> crescimento e<br />

estabelecer uma parceria capaz <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s da criação com rapi<strong>de</strong>z e<br />

preço baixo. A ração é composta <strong>de</strong>: 69% <strong>de</strong> milho, 27% <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja e 4% <strong>de</strong><br />

vitamix. À noite, as aves são recolhidas para o galpão a fim <strong>de</strong> ficarem protegidas <strong>do</strong>s<br />

preda<strong>do</strong>res naturais.<br />

To<strong>do</strong>s os piquetes <strong>de</strong> grama são cobertos por Cyno<strong>do</strong>n dactylon, conheci<strong>do</strong><br />

vulgarmente como grama seda, grama <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>, grama <strong>de</strong> burro, grama estrela,<br />

bermuda (Quadro 3).<br />

Quadro 3. Composição Bromatológica <strong>do</strong> Cyno<strong>do</strong>n dactylon.<br />

Elementos<br />

Com base na Matéria Seca<br />

aos 21 dias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

Proteína bruta<br />

10,7%<br />

Extrato etéreo<br />

1,90%<br />

Extrato não nitrogena<strong>do</strong><br />

51,6%<br />

Fibra bruta<br />

25,4%<br />

Matéria mineral<br />

10,4%<br />

Fonte: Edwards e Bogdan, cita<strong>do</strong>s por Alcântara e Bufarah in SNA (2004)<br />

Por se tratar <strong>de</strong> aves rústicas, a criação não exige mão-<strong>de</strong>-obra especializada.<br />

O mais importante é garantir a limpeza <strong>do</strong> local, estar aten<strong>do</strong> para o abastecimento <strong>de</strong><br />

ração e água, observar qualquer comportamento diferente na saú<strong>de</strong> das aves – como<br />

diarréia, por exemplo – e não permitir o acesso <strong>de</strong> animais próximos às áreas da<br />

criação, com o objetivo <strong>de</strong> evitar contaminações ou a aproximação <strong>de</strong> preda<strong>do</strong>res.<br />

As aves são pesadas quinzenalmente com o acompanhamento <strong>do</strong> ganho <strong>de</strong><br />

peso e <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> ração, <strong>de</strong>ssa forma, calcula-se o fator <strong>de</strong> conversão permite<br />

avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> diferentes linhagens. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> parcerias com<br />

fornece<strong>do</strong>res <strong>do</strong> produto é feito a partir <strong>do</strong> acompanhamento na evolução das aves,<br />

76


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

no que diz respeito ao ganho <strong>de</strong> peso, consumo <strong>de</strong> ração e índice <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />

obti<strong>do</strong>s após o cumprimento <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s no manejo. O melhor resulta<strong>do</strong> é obti<strong>do</strong><br />

com um baixo fator <strong>de</strong> conversão <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> ração para peso da ave e da menor<br />

taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> indican<strong>do</strong> aves saudáveis e aproveitamento completo <strong>do</strong> lote.<br />

Por se tratar <strong>de</strong> uma pequena produção, a venda é realizada diretamente ao<br />

consumi<strong>do</strong>r final com a venda porta-a-porta e através da feira livre da região, com a<br />

<strong>de</strong>vida autorização <strong>do</strong>s órgãos responsáveis. A ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>do</strong> frango caipira é<br />

mostrada na figura a seguir.<br />

Terceiros<br />

Granjas<br />

Matrizes<br />

Pintainho<br />

1 dia<br />

Figura 26. Ca<strong>de</strong>ia Produtiva <strong>do</strong> Frango Semicaipira Tradicional<br />

A produção <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as condições específicas <strong>do</strong> frango caipira tem-se o<br />

seguinte esquema <strong>de</strong> manejo:<br />

a) <strong>do</strong> 1° ao 25° dia: perío<strong>do</strong> em que as aves ainda pequenas ficam confinadas<br />

no galpão sem acesso à área externa;<br />

b) <strong>do</strong> 26° ao 90° dia: perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> engorda em que as aves têm livre acesso ao<br />

galpão e ao piquete; e<br />

Terceiros<br />

Fábrica <strong>de</strong><br />

Ração<br />

Pinteiros Galpão<br />

(Piquete)<br />

Produto<br />

Final<br />

Plantas Próprias Venda<br />

1° ao 25° dia 26° ao 90° dia<br />

Cliente<br />

c) <strong>do</strong> 91° ao 105° dia: perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> limpeza e <strong>de</strong>scanso <strong>do</strong> galpão e <strong>do</strong> piquete.<br />

Os proprietários planejam dispor <strong>de</strong> um lote <strong>de</strong> aves por mês para garantir<br />

receitas mensais e para ganhar a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s clientes. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que o ciclo se<br />

completa com 105 dias, se o ano tem 365 seriam necessários 4 galpões para assegurar<br />

1 lote/mês. Diante da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento em outros três galpões,<br />

77


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

dividiram o galpão em 4 espaços iguais, separa<strong>do</strong>s por muretas e telas e, a partir <strong>de</strong><br />

um escalonamento na produção, respeitan<strong>do</strong> o tempo mínimo para abate e para<br />

limpeza <strong>do</strong> local, seria possível obter um lote mensal em menor quantida<strong>de</strong>. Na tabela<br />

11, é mostra<strong>do</strong> o cronograma anual para se obter receitas mensais na criação <strong>de</strong><br />

frangos.<br />

Lote<br />

Tabela 11. Cronograma Anual <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Frango Semicaipira<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias<br />

1 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

2 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

3 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

4 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

1 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

2 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

3 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

4 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

5 1-25 26-60 61-90 91-105<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesquisa<br />

78


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

9. EIXOS ESTRATÉGICOS DAS AÇÕES DO PNE<br />

9.1 Organizacional<br />

a) Estrutura Organizacional<br />

� Qual é a estrutura organizacional <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro? Anexar um organograma<br />

com os respectivos cargos, conselhos e funções <strong>de</strong> cada em <strong>de</strong>les.<br />

� Qual o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> cada conselho e competências e critérios <strong>de</strong><br />

escolha <strong>de</strong> seus membros?<br />

� Qual grau <strong>de</strong> comunicação e inter<strong>de</strong>pendência entre cada cargo e cada<br />

conselho?<br />

� Como as <strong>de</strong>cisões são tomadas no Abate<strong>do</strong>uro?<br />

� Conselhos: Quais são os conselhos? Quais seus papéis e funções? Qual a<br />

periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reuniões e critérios para convocação <strong>de</strong> reuniões<br />

extraordinárias? Critérios, mandato e processo <strong>de</strong> escolha <strong>do</strong>s membros<br />

<strong>do</strong>s conselhos?<br />

b) Sistema <strong>de</strong> Autogestão<br />

� Como a agroindústria será gerida?<br />

� Quais competências/capacida<strong>de</strong> o gestor ou o corpo gerencial tem e<br />

<strong>de</strong>veria ter?<br />

� Quais são as responsabilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> gestor ou <strong>do</strong> núcleo <strong>de</strong> autogestão?<br />

� Qual a autorida<strong>de</strong> <strong>do</strong> gestor ou <strong>do</strong> núcleo <strong>de</strong> autogestão?<br />

� Como o <strong>de</strong>semprego <strong>do</strong> gestor ou <strong>do</strong> corpo gerencial será avalia<strong>do</strong>?<br />

� A cooperativa tem acesso à assistência técnica nas áreas <strong>de</strong> Tecnologia,<br />

Desenvolvimento Organizacional, Gestão e Planejamento Estratégico?<br />

9.2 Institucional<br />

� Criação da Cooperativa;<br />

� Implantar programas <strong>de</strong> capacitação <strong>do</strong>s agricultores familiares e<br />

trabalha<strong>do</strong>res;<br />

� Incentivo às formas associativas <strong>de</strong> produção;<br />

� Gestão;<br />

79


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

� Criar marcas e registros;<br />

� Comercialização;<br />

� Implantar logística <strong>de</strong> coleta e comercialização <strong>do</strong> produto.<br />

9.3 Econômico<br />

� Buscar a eficiência <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o processo produtivo;<br />

� Implantar méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> produção;<br />

� Traçar estratégias <strong>de</strong> comercialização através da Cooperativa.<br />

9.4 Tecnológico<br />

� Produção <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com parâmetros técnicos para a produção <strong>de</strong> frangos<br />

semicaipiras;<br />

� Assistência técnica e gerencial.<br />

9.5 Ambiental<br />

� No sistema <strong>de</strong> produção melhorar o manejo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> da pastagem <strong>do</strong>s<br />

piquetes;<br />

� Na alimentação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r menos <strong>de</strong> terceiros quanto ao volumoso e<br />

proteína, com o emprego <strong>de</strong> rações alternativas;<br />

� No Abate<strong>do</strong>uro fazer o tratamento <strong>do</strong>s resíduos na perspectiva <strong>de</strong> fabrico<br />

<strong>de</strong> adubos orgânicos.<br />

80


10. PROJETOS<br />

frangos<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

10.1 Projeto 1 – Capacitação <strong>do</strong>s Agricultores familiares que produzem<br />

Objetivo Geral: Melhorar o manejo <strong>do</strong>s aviários, o fabrico da ração alternativa, a<br />

pastagem <strong>do</strong>s 58 aviários <strong>do</strong>s associa<strong>do</strong>s, o associativismo e o cooperativismo, a<br />

gestão <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro coletivo e a renda <strong>do</strong>s avicultores.<br />

Objetivos Específicos:<br />

Metas:<br />

� Melhorar a produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> da carcaça <strong>do</strong> frango produzi<strong>do</strong>;<br />

� melhorar a renda <strong>do</strong>s avicultores;<br />

� diversificar as alternativas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> ração;<br />

� melhorar o processo <strong>de</strong> manejo da pastagens e suplementos protéicos<br />

vegetais;<br />

� fortalecer o associativismo e o cooperativismo.<br />

� realizar Dois cursos anuais para 60 agricultores familiares na criação e<br />

manejo da produção <strong>de</strong> frangos;<br />

� realizar Dois cursos anuais para 60 agricultores familiares no manejo <strong>do</strong>s<br />

aviários;<br />

� realizar <strong>de</strong> Dois cursos anuais para 120 agricultores familiares no manejo <strong>do</strong>s<br />

recursos próprios e naturais;<br />

� realizar Dois cursos anuais para 120 agricultores familiares em<br />

associativismo e cooperativismo.<br />

Orçamento: R$ 30.000,00 (Trinta mil reais)<br />

Fonte <strong>de</strong> Financiamento: Parceiras (SEBRAE, CTA, SDT/MA)<br />

10.2 Projeto 2 – Melhoria da Infra-Estrutura da Entida<strong>de</strong> Gestora<br />

Objetivo Geral<br />

Prover <strong>de</strong> infra-estrutura da Cooperativa.<br />

Objetivos Específicos:<br />

� Disponibilizar uma se<strong>de</strong> para o escritório da Cooperativa;<br />

� Melhorar o apoio logístico da Cooperativa;<br />

81


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

� Mobiliar o escritório da Cooperativa.<br />

Metas:<br />

� Adquirir ou Construir um espaço para o escritório da Cooperativa;<br />

� Adquiri móveis e equipamentos <strong>de</strong> escritório e informática ;<br />

� Viabilizar o sinal da internet; e<br />

Orçamento: R$ 40.000,00 (Trinta mil reais)<br />

Fontes <strong>de</strong> financiamento: Próprios, Fundação Banco <strong>do</strong> Brasil, PRONAF.<br />

10.3 Projeto 3 – Formação <strong>de</strong> Capital <strong>de</strong> Giro<br />

Objetivo Geral<br />

Obter capital <strong>de</strong> giro para a Cooperativa fomentar o abate para os agricultores<br />

familiares para reduzir a intervenção <strong>do</strong>s atravessa<strong>do</strong>res e melhorar a renda <strong>do</strong>s<br />

agricultores familiares.<br />

Objetivos Específicos:<br />

� Viabilizar recursos para a Cooperativa girar as primeiras vendas;<br />

� Reduzir a <strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s agricultores familiares em relação aos<br />

atravessa<strong>do</strong>res;<br />

� Constituir o fun<strong>do</strong> financeiro da Cooperativa;<br />

� Melhorar a renda <strong>do</strong>s agricultores familiares.<br />

Metas:<br />

� Viabilizar um projeto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> 150.000 cabeças <strong>de</strong> frango/ano no<br />

valor <strong>de</strong> R$ 1.000.000,00 (um milhão <strong>de</strong> reais);<br />

Fontes <strong>de</strong> financiamento: Banco <strong>do</strong> Brasil, MDA, CONAB;<br />

10.4 Projeto 4 – Melhoramento e Ampliação <strong>do</strong> Número <strong>de</strong> Aviários<br />

Objetivo Geral<br />

Melhorar a infraestrutura <strong>do</strong>s aviários existentes e ampliar o número <strong>de</strong><br />

agricultores familiares, para aumentar a produção e a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> frango.<br />

Objetivos Específicos:<br />

� realizar investimentos nos aviários existentes para aten<strong>de</strong>r as exigências<br />

legais;<br />

� garantir aviários em todas os assentamentos <strong>do</strong>s 3 municípios;<br />

82


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

� melhorar a qualida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s frangos produzi<strong>do</strong>s.<br />

Metas<br />

� Reformar 50 aviários;<br />

� Construção <strong>de</strong> 50 aviários;<br />

� Aquisição <strong>de</strong> 100% das máquinas e equipamentos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s e necessários<br />

para a estruturação <strong>de</strong> todas os aviários a serem construídas e para os que<br />

serão reformadas.<br />

Orçamento: R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais)<br />

Fontes <strong>de</strong> Financiamento Governo Fe<strong>de</strong>ral;<br />

10.5 Projeto 5 – Assistência Técnica e Gerencial<br />

Objetivo Geral<br />

Garantir assistência técnica e gerencial com eficiência e eficácia aos<br />

agricultores familiares produtores <strong>de</strong> frangos e ao Abate<strong>do</strong>uro em Barra <strong>do</strong> Bugres,<br />

com vistas ao aumento da produtivida<strong>de</strong> e da qualida<strong>de</strong>.<br />

Objetivos Específicos:<br />

� melhorar a produção, produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> frango;<br />

� garantir assessoramento técnico a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abate;<br />

� melhorar a renda <strong>do</strong>s agricultores familiares;<br />

� diversificar o merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s frangos.<br />

Metas:<br />

� Aumentar a produção <strong>de</strong> frango em 10% num perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 4 anos;<br />

� garantir a contratação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is técnicos para realizar a assistência técnica aos<br />

agricultores familiares e à Cooperativa;<br />

� melhorar em 100% a renda <strong>do</strong>s agricultores familiares.<br />

Orçamento: R$ 200.000,00 (duzentos mil reais)<br />

Fontes <strong>de</strong> Financiamento: Recursos Próprios; PRONAF; Governo Municipal...;<br />

SEBRAE, EMPAER.<br />

83


11. ORGANIZAÇÃO GESTORA<br />

11.1 I<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

A gestão <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frangos semicaipira será executada por uma<br />

Cooperativa formada por agricultores familiares inseri<strong>do</strong>s na ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>do</strong><br />

frango semicaipira nas comunida<strong>de</strong>s rurais <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, Nova<br />

Olímpia e Tangará da Serra, que fazem parte <strong>do</strong> Território Rural <strong>do</strong> Alto <strong>do</strong> Rio<br />

Paraguai.<br />

Figura 27. Esquema <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

Esse processo <strong>de</strong> gestão terá como coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r geral o comitê gestor,<br />

consultoria especializada na área <strong>de</strong> produção e merca<strong>do</strong>. Um gerenciamento,<br />

<strong>de</strong>partamentaliza<strong>do</strong> em:<br />

cooperativa;<br />

SENSIBILIZAÇÃO/<br />

SENSIBILIZA ÃO/<br />

MOBILIZAÇÃO<br />

MOBILIZA ÃO<br />

MONITORAMENTO<br />

/AVALIAÇÃO<br />

/AVALIA ÃO<br />

– NEGOCIAÇÃO<br />

NEGOCIA ÃO<br />

– AJUSTES<br />

– DIVISÃO DE TAREFAS<br />

a) Departamento <strong>de</strong> produção a campo irá cuidar da produção e da<br />

b) Departamento <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro cuidará <strong>de</strong> to<strong>do</strong> apoio ao abate e<br />

embalagem e armazenamento <strong>do</strong> frango;<br />

Projetos<br />

Alternativos<br />

METODOLOGIA<br />

DE TRABALHO<br />

ABATEDOURO<br />

DIREÇÃO/COORDENA<br />

DIRE ÃO/COORDENAÇÃO ÃO<br />

PROCESSO DE<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

IMPLANTA ÃO<br />

c) Departamento <strong>de</strong> Logística <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong> e Comercialização irá cuidar <strong>do</strong><br />

frango a partir <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro até a entrega aos merca<strong>do</strong>s.<br />

- DIAGNÓSTICO DIAGN STICO E CONSULTA A<br />

POPULAÇÃO<br />

POPULA ÃO<br />

- VISÃO DE FUTURO<br />

- PLANIFICAÇÃO<br />

PLANIFICA ÃO<br />

• OBJETIVOS<br />

• DIRETRIZES<br />

• ESTRATÉGIAS<br />

ESTRAT GIAS<br />

• PROGRAMAS E PROJETO<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

ORGANIZA ÃO<br />

– ARTICULAÇÃO<br />

ARTICULA ÃO<br />

– BUSCA DE PARCERIAS<br />

84


ATIVIDADES PRODUTIVAS<br />

ABATEDOURO E<br />

MERCADO<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Quadro 4. Resumo das Ações <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro<br />

VENDA MENSAL<br />

1° Ano 2°Ano 3° Ano 4° Ano<br />

Frango e Merca<strong>do</strong> 5.000 frangos 10.000 frangos 15.000 frangos 20.000 frangos<br />

Estimativa <strong>de</strong> Venda<br />

(R$ 12/Unida<strong>de</strong>)<br />

R$ 60.000 R$ 120.000 R$ 180.000 R$ 240.000<br />

Custos – Produtor e<br />

Abate (R$ 9,30)<br />

R$ 43.500 R$ 93.000,00 R$ 139.500,00 R$ 186.000<br />

Custos <strong>de</strong> Logística <strong>de</strong> R$ 5.600 R$ 5.600 R$ 5.550,00 R$ 5.600<br />

Merca<strong>do</strong> e Entrega R$ 1,12/frango R$ 0,56/frango R$ 0,37/frango R$ 0,28/frango<br />

Sal<strong>do</strong> Mensal - Lucro R$ 10.900 R$ 21.400 R$ 34.950 R$ 48.400<br />

Produtor a Campo com<br />

Ração Comercial<br />

(Custo/frango R$5,33)<br />

2.000 frangos<br />

por mês<br />

4.000 frangos<br />

por mês<br />

6.000 frangos<br />

por mês<br />

8.000 frangos<br />

por mês<br />

Custos R$ 10.660 R$ 21.320 R$ 31.980 R$ 42.640<br />

Receita Bruta a R$<br />

8,00/frango em pé<br />

R$ 16.00 R$ 32.000 R$ 48.000 R$ 64.000<br />

Receita Líquida R$ 5.340 R$ 10.680 R$ 16.020 R$ 21.360<br />

Produtor a campo com<br />

Ração Alternativa<br />

(Custo/frango R$ 4,23)<br />

2.000 frangos<br />

por mês<br />

4.000 frangos<br />

por mês<br />

6.000 frangos<br />

por mês<br />

8.000 frangos<br />

por mês<br />

Custos R$ 8.460 R$ 16.920 R$ 25.380 R$ 33.840<br />

Receita Bruta a R$<br />

8,00/frango em pé<br />

R$ 16.000 R$ 32.000 R$ 48.000 R$ 64.000<br />

Receita Líquida R$ 7.540 R$ 15.080 R$ 22.620 R$ 30.160<br />

Este projeto apresenta uma proposta <strong>de</strong> Política <strong>de</strong> apoio à agricultura<br />

familiar, que viabilizam o <strong>de</strong>senvolvimento local através <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão auto-<br />

sustentável. O aumento da produtivida<strong>de</strong> com o aperfeiçoamento das técnicas <strong>de</strong><br />

produção, a implantação <strong>de</strong> agroindústrias para agregar valor à matéria prima e o<br />

planejamento da produção visan<strong>do</strong> à abertura <strong>de</strong> novos merca<strong>do</strong>s são metas <strong>do</strong><br />

projeto nos anos iniciais <strong>de</strong> implantação, sempre em parceria com os trabalha<strong>do</strong>res<br />

rurais e o po<strong>de</strong>r publico, assim como entida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> terceiro setor e a socieda<strong>de</strong> civil<br />

organizada.<br />

As <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong>s trabalhos e <strong>do</strong>s investimentos passam sempre por um Fórum<br />

gestor <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e da Cooperativa, on<strong>de</strong> serão <strong>de</strong>batidas e discutidas com as<br />

famílias que compõem o grupo <strong>de</strong> agricultores familiares que produzem frango, os<br />

prós e contras <strong>de</strong> cada encaminhamento proposto, resultan<strong>do</strong> em um misto <strong>de</strong><br />

85


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

ativida<strong>de</strong>s individuais e coletivas das comunida<strong>de</strong>s produtoras. Os agricultores<br />

familiares que produzem frangos <strong>de</strong>verão estar filia<strong>do</strong>s a cooperativa. Os frangos têm<br />

<strong>de</strong> estar <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> às observâncias <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> normativa <strong>do</strong> INDEA e da<br />

ANVISA.<br />

11.2 Recursos Humanos<br />

O Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong>verá ter uma equipe com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> treinar as famílias<br />

para produzirem segun<strong>do</strong> estas normativas com aproveitamento <strong>do</strong>s subproduto e<br />

com a conservação <strong>do</strong>s recursos naturais. Uma equipe capaz <strong>de</strong> gerenciar a produção e<br />

atingir o merca<strong>do</strong> com tecnologia produtiva e social. Com inclusão social e melhoria <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> agricultor, maximizan<strong>do</strong> lucros e minimizan<strong>do</strong> custos. Nesse<br />

senti<strong>do</strong> estabelece-se a seguinte equipe:<br />

a) Técnico <strong>de</strong> nível superior e experiente em planejamento, gestão <strong>de</strong><br />

negócios com especificida<strong>de</strong> na produção, abate e comercialização <strong>de</strong> produtos da<br />

agricultura familiar: Trabalhar as questões <strong>de</strong> campo, no monitoramento da produção<br />

<strong>de</strong> ração e engorda <strong>do</strong>s frangos. Também no abate e assessoria no gerenciamento <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro e na logística <strong>de</strong> merca<strong>do</strong><br />

b) Dois técnicos <strong>de</strong> nível superior com experiência na produção <strong>de</strong> ração <strong>de</strong><br />

mandioca, cultura da mandioca e engorda e manejo <strong>do</strong> frango caipira. Sen<strong>do</strong> um<br />

Engenheiro Agrônomo e outro Médico Veterinário: O Engenheiro Agrônomo <strong>de</strong>verá<br />

visitar cada produtor pelo menos três vezes por mês, observan<strong>do</strong> as instalações,<br />

maneja da engorda <strong>do</strong>s frangos semi-caipira, produção <strong>de</strong> mandioca e produção <strong>de</strong><br />

ração alternativa <strong>de</strong> mandioca. Cuidan<strong>do</strong> para que as normas oficiais <strong>de</strong> engorda <strong>do</strong><br />

frango sejam cumpridas junto aos agricultores familiares. O Médico Veterinário <strong>de</strong>verá<br />

acompanhar to<strong>do</strong> abate, recebimento <strong>do</strong>s frangos e uma visita por mês aos<br />

agricultores familiares ou quan<strong>do</strong> for necessário.<br />

c) Seis funcionários para abate <strong>do</strong>s frangos e para o apoio em geral: To<strong>do</strong>s<br />

esses funcionários <strong>de</strong>verão passar por um curso <strong>de</strong> nivelamento inicial e um<br />

monitoramento e avaliação continua para manter a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto. Dentre os<br />

86


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

seis funcionários separar um <strong>de</strong>les para ser o gerente da unida<strong>de</strong> com nível médio<br />

profissionalizante: O gerente <strong>de</strong>verá acompanhar a chegada <strong>do</strong>s caminhões <strong>de</strong> frango,<br />

cuidar para que os frangos passem pelo Médico Veterinário, os cuida<strong>do</strong>s sanitários e<br />

ambientais da unida<strong>de</strong> e <strong>do</strong>s equipamentos utiliza<strong>do</strong>s na unida<strong>de</strong>. Cuidar a segurança<br />

<strong>do</strong> local e <strong>do</strong>s equipamentos <strong>de</strong> segurança <strong>do</strong>s funcionários.<br />

11.3 Experiência<br />

A Cooperativa dispõe hoje <strong>de</strong> aproximadamente 58 agricultores capacita<strong>do</strong>s<br />

para trabalhar com a produção <strong>de</strong> frangos semicaipiras. To<strong>do</strong>s serão sócios da<br />

Cooperativa.<br />

11.4 Estratégias <strong>de</strong> Financiamento<br />

Os recursos para financiamento <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro foram discuti<strong>do</strong>s e prioriza<strong>do</strong>s<br />

no Colegia<strong>do</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento Territorial <strong>do</strong> Alto <strong>do</strong> Rio Paraguai, que <strong>de</strong>finiu a<br />

implementação <strong>de</strong> um Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frangos semicaipiras como uma forma <strong>de</strong><br />

consolidação da ca<strong>de</strong>ia produtiva da avicultura semicaipira na região.<br />

87


12. ASSESSORIA TÉCNICA<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> prestar apoio técnico-gerencial <strong>de</strong> forma a aprimorar a<br />

produção, processamento e comercialização <strong>de</strong> maneira a garantir o êxito <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro. Deve ser realiza<strong>do</strong> em todas as etapas <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase<br />

produtiva, passan<strong>do</strong> pela implantação, funcionamento e prestação <strong>de</strong> contas <strong>do</strong>s<br />

recursos recebi<strong>do</strong>s.<br />

12.1 Assessoramento <strong>de</strong> Caráter Geral<br />

O assessoramento técnico-gerencial tem o propósito geral <strong>de</strong> contribuir para<br />

o fortalecimento <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> produção, processamento e comercialização, bem<br />

como para a construção <strong>de</strong> instituições sociais e políticas que garantam o êxito <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro. O assessoramento técnico <strong>de</strong>ve acontecer em todas as etapas <strong>do</strong><br />

abate<strong>do</strong>uro, isto é, na i<strong>de</strong>ntificação, elaboração, negociação, aquisição <strong>do</strong>s<br />

equipamentos, implantação, funcionamento e prestação <strong>de</strong> contas <strong>do</strong>s recursos<br />

recebi<strong>do</strong>s, diferencian<strong>do</strong>-se em <strong>do</strong>is tipos fundamentais: o assessoramento <strong>de</strong> caráter<br />

geral e o assessoramento <strong>de</strong> caráter especializa<strong>do</strong>. O assessoramento <strong>de</strong> caráter geral<br />

será presta<strong>do</strong> nas etapas <strong>de</strong> mobilização para consolidação <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro, elaboração<br />

<strong>do</strong>s programas e projetos, além <strong>de</strong> aquisição <strong>do</strong>s equipamentos, implantação e<br />

prestação <strong>de</strong> contas <strong>do</strong>s recursos recebi<strong>do</strong>s.<br />

12.2 Assessoramento <strong>de</strong> Caráter Especializa<strong>do</strong><br />

O assessoramento <strong>de</strong> caráter especializa<strong>do</strong> variará com a natureza e as etapas<br />

<strong>de</strong> implantação e funcionamento <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro, ten<strong>do</strong>, em geral, caráter temporário,<br />

e foco na consolidação <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

88


13. FONTES DE FINANCIAMENTO<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Até o presente momento, o financiamento da ca<strong>de</strong>ia produtiva foi realiza<strong>do</strong><br />

pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral, através das linhas <strong>de</strong> crédito <strong>do</strong> PRONAF, Programa <strong>de</strong><br />

Aquisição <strong>de</strong> Alimento (PAA) e <strong>do</strong> Programa Nacional <strong>de</strong> Alimentação Escolar (PNAE),<br />

além <strong>de</strong> recursos próprios <strong>do</strong>s agricultores familiares (poupança).<br />

89


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

14. MODELO DE GESTÃO COOPERATIVADA<br />

15.1 Estrutura Organizacional<br />

A estrutura organizacional proposta para a gestão <strong>do</strong> <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong>s está<br />

composta pelos avicultores, organiza<strong>do</strong>s em associações formais ou não. A associação<br />

reúne a produção <strong>de</strong> frangos e encaminha para o Abate<strong>do</strong>uro. Uma vez o frango<br />

termina<strong>do</strong> (embala<strong>do</strong> e congela<strong>do</strong> ou resfria<strong>do</strong>), é então comercializa<strong>do</strong> por intermédio da<br />

Cooperativa, conforme ilustra o fluxograma abaixo apresenta<strong>do</strong>.<br />

Figura 28. Fluxograma da ca<strong>de</strong>ia produtiva cooperativada <strong>do</strong> frango semicaipira.<br />

Avicultores Avicultores<br />

Associação<br />

Abate<strong>do</strong>uro<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão é conceitua<strong>do</strong> como a estrutura organizacional,<br />

procedimentos administrativos, instrumentos <strong>de</strong> controle e avaliação, regras <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no Abate<strong>do</strong>uro e sistemas <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong><br />

custos, manutenção e re-investimento. A Cooperativa <strong>de</strong>ve ter um organograma <strong>de</strong><br />

funcionamento composto por:<br />

Assembléia Geral <strong>do</strong>s coopera<strong>do</strong>s, Ordinária ou Extraordinária é órgão<br />

supremo da Cooperativa, caben<strong>do</strong>-lhe tomar toda e qualquer <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> interesse da<br />

entida<strong>de</strong>. Suas <strong>de</strong>liberações vinculam a to<strong>do</strong>s, ainda que ausentes ou discordantes. É<br />

da competência das Assembléias Gerais, Ordinárias ou Extraordinárias a <strong>de</strong>stituição<br />

<strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Administração, <strong>do</strong> Conselho Fiscal ou <strong>de</strong> outros.<br />

Ocorren<strong>do</strong> <strong>de</strong>stituição que possa comprometer a regularida<strong>de</strong> da administração ou<br />

fiscalização da Cooperativa po<strong>de</strong>rá a Assembléia Geral <strong>de</strong>signar administra<strong>do</strong>res e<br />

conselheiros fiscais provisórios, até a posse <strong>do</strong>s novos, cuja eleição se realizará no<br />

prazo <strong>de</strong> 30 (trinta) dias.<br />

Cooperativa<br />

Comercialização<br />

90


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Conselho <strong>de</strong> Administração é o órgão superior na hierarquia administrativa,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua competência privativa e exclusiva responsabilida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>cisão sobre to<strong>do</strong><br />

e qualquer assunto <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m econômica ou social, <strong>de</strong> interesse da Cooperativa ou <strong>de</strong><br />

seus coopera<strong>do</strong>s.<br />

Administração Executiva ou Gerências: As funções <strong>de</strong> Administração<br />

Executiva <strong>do</strong>s negócios sociais serão exercidas por pessoal contrata<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> a<br />

estrutura que for estabelecida pelo Conselho <strong>de</strong> Administração. Subordina<strong>do</strong> a esta<br />

gerencia temos os <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong>:<br />

� Produção: responsável pelo recebimento, armazenamento e<br />

conservação <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a entrada na cooperativa até o<br />

carregamento no momento da venda;<br />

� Administrativo: responsável pelo andamento operacional <strong>do</strong> espaço<br />

administrativo <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro;<br />

� Financeiro/contábil: responsável pelo evento financeiro e contábil.<br />

Conselho Fiscal: Os negócios e ativida<strong>de</strong> da Cooperativa serão fiscaliza<strong>do</strong>s<br />

assídua e minuciosamente por um Conselho Fiscal constituí<strong>do</strong> <strong>de</strong> membros efetivos e<br />

suplentes, to<strong>do</strong>s coopera<strong>do</strong>s. Para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas funções, terá o Conselho<br />

Fiscal acesso a quaisquer livros, contas e <strong>do</strong>cumentos, a emprega<strong>do</strong>s, a coopera<strong>do</strong>s e<br />

outros, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> autorização via <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Administração sem que,<br />

contu<strong>do</strong>, lhe caiba o direito <strong>de</strong> interferir no cumprimento das <strong>de</strong>terminações <strong>de</strong>ste<br />

órgão.<br />

15.2 Procedimentos Administrativos<br />

A produção <strong>de</strong> frangos semicaipiras no âmbito <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong><br />

Bugres ocorre em to<strong>do</strong>s os assentamentos e comunida<strong>de</strong>s tradicionais <strong>de</strong> forma<br />

individual ou coletiva, sen<strong>do</strong> que a comercialização é feito <strong>de</strong> forma coletiva através da<br />

Cooperativa.<br />

As <strong>de</strong>cisões para <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> preço e efetivação da comercialização se da<br />

através <strong>de</strong> assembléias da Cooperativa que será a organização responsável pelo<br />

beneficiamento e comercialização da produção.<br />

91


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

15.3 Instrumentos <strong>de</strong> Controle<br />

A Cooperativa tem como instrumento <strong>de</strong> controle o seguinte:<br />

a) O Conselho Fiscal da entida<strong>de</strong>;<br />

b) examinar o livro e papéis relaciona<strong>do</strong>s com as finanças da Associação e o<br />

esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> caixa, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> a Diretoria prestam-lhes as informações solicitadas;<br />

c) inspeções internas;<br />

d) livros <strong>de</strong> atas e caixa;<br />

e) software para fazer os controles <strong>de</strong> entrada e saída <strong>de</strong> recursos, estoque,<br />

patrimônio, contas a pagar e receber etc.<br />

15.4 Distribuição <strong>do</strong>s Resulta<strong>do</strong>s<br />

A Cooperativa terá regimento próprio on<strong>de</strong> é <strong>de</strong>finida a remuneração <strong>do</strong>s<br />

membros <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e os custos <strong>de</strong> produção e operação e manutenção <strong>do</strong><br />

negócio. A Cooperativa faz a apuração <strong>do</strong>s custos gerais <strong>de</strong> produção e das receitas <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro verificará a situação financeira fazer a seguinte distribuição:<br />

a) Destinar 10% <strong>do</strong> lucro líqui<strong>do</strong> para capitalizar a Cooperativa;<br />

b) Retirar os valores relativos aos adiantamentos feito aos agricultores;<br />

c) A sobra será <strong>de</strong>finida em assembléia da Cooperativa as finalida<strong>de</strong>s.<br />

15.5 Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Recuperação<br />

O Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Recuperação será forma<strong>do</strong> com as sobras relativas às receitas da<br />

Cooperativa, <strong>do</strong>ações, convênios e recursos próprios <strong>do</strong>s sócios. O percentual para<br />

constituição <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> será <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> em assembléia, e nunca será menos <strong>de</strong> 10% sobre<br />

o valor liqui<strong>do</strong> apura<strong>do</strong> nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nas operações <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

92


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

16. ANÁLISE DA VIABILIDADE SOCIOECONÔMICA E SOCIAL<br />

16.1 Análise <strong>de</strong> custos<br />

Análise <strong>do</strong>s custos <strong>do</strong> investimento e <strong>do</strong>s custos operacionais relativos à<br />

implantação e funcionamento <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> negócios. Os custos <strong>do</strong>s investimentos<br />

correspon<strong>de</strong>m ao custo das obras civis, máquinas e equipamentos que serão utiliza<strong>do</strong>s<br />

na implementação <strong>do</strong> plano. Os custos operacionais foram calcula<strong>do</strong>s com base na<br />

apuração das <strong>de</strong>spesas correntes requeridas para o funcionamento <strong>do</strong> negócio. Os<br />

custos financeiros <strong>do</strong> investimento foram calcula<strong>do</strong>s com base nas taxas <strong>de</strong> juros e<br />

outros encargos provenientes <strong>do</strong>s empréstimos <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> recursos<br />

reembolsáveis aloca<strong>do</strong>s para o negócio.<br />

negócio.<br />

16.2 Receitas totais<br />

Apuração com base na projeção anual <strong>de</strong> vendas da produção obtida com o<br />

16.3 Balanço <strong>de</strong> receitas e custos <strong>do</strong> negócio<br />

Obtida pela diferença entre as receitas totais, os custos financeiros e os custos<br />

operacionais projeta<strong>do</strong>s para cada ano <strong>do</strong> negócio, até o seu pleno funcionamento.<br />

16.4 Renda líquida mensal <strong>do</strong>s beneficiários<br />

Calculada pela diferença entre as receitas, custos financeiros e os custos<br />

operacionais <strong>do</strong> negócio, após a retirada mensal para constituição <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Investimento Coletivo (FIC). O FIC correspon<strong>de</strong>rá a até 20% da receita líquida apurada,<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a capacida<strong>de</strong> financeira <strong>do</strong> negócio.<br />

16.5 Renda líquida mínima mensal por beneficiário<br />

Demonstrada pela viabilida<strong>de</strong> técnica e econômica que seja capaz <strong>de</strong> financiar<br />

sua operação e manutenção e garantir uma relação benefício-custo positiva e com<br />

perspectivas <strong>de</strong> aumento ao longo <strong>do</strong> tempo.<br />

(anexo).<br />

Maiores informações vi<strong>de</strong> planilhas <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> econômica <strong>do</strong> Projeto<br />

93


17. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

17.1 Fluxo <strong>de</strong> Execução das principais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio à produção e<br />

beneficiamento <strong>do</strong> frango caipira (2011/2021).<br />

Com base na visão <strong>de</strong> futuro (Quadro 5) a equipe técnica e o grupo gestor<br />

<strong>de</strong>finiram o que se quer, o que <strong>de</strong>ve ser feito, com quem se po<strong>de</strong> contar, enfim, <strong>de</strong>finir<br />

o que <strong>de</strong>verão provi<strong>de</strong>nciar (planificação) para alcançá-lo. A visão <strong>de</strong> futuro torna-se<br />

um instrumento fundamental para dimensionar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> realização <strong>de</strong><br />

crescimento <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e a conquista <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, contribuin<strong>do</strong> na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s<br />

objetivos específicos, metas e estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />

Com base na visão <strong>de</strong> futuro, o comitê gestor <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro, visualizan<strong>do</strong> o<br />

Abate<strong>do</strong>uro no contexto <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> território e seu entorno, tem condições <strong>de</strong><br />

iniciar o seu processo <strong>de</strong> planejamento estratégico, pois concebeu coletivamente o<br />

que quer, geran<strong>do</strong> uma imagem <strong>de</strong> como estará quan<strong>do</strong> chegar ao prazo que<br />

<strong>de</strong>terminou. Este momento <strong>de</strong> planificação inicial foi indispensável para que a equipe<br />

com visão no merca<strong>do</strong> local pu<strong>de</strong>sse dar início ao seu planejamento. Observaram-se as<br />

condições internas <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro e da cooperativa, no contexto <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> local,<br />

suas potencialida<strong>de</strong>s, dificulda<strong>de</strong>s e o contexto sociopolítico organizativo, bem como a<br />

forma <strong>de</strong> interação <strong>de</strong>ssa perspectiva com as condições futuras <strong>do</strong> contexto externo.<br />

Para se conseguir um processo sinérgico entre a agroindústria e a organização<br />

produtiva e cooperativa, alguns pontos <strong>de</strong>verão ser observa<strong>do</strong>s sempre durante o<br />

processo, conforme contempla o Quadro 6. Somente assim o Comitê gestor <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro terá êxito em implantar a gestão, capacitar os agricultores nas ca<strong>de</strong>ias<br />

produtivas a serem instaladas, assim como, em <strong>de</strong>senvolver o merca<strong>do</strong> e os<br />

instrumentos <strong>de</strong> comercialização.<br />

94


VISÃO DE<br />

FUTURO<br />

Projeto Frango<br />

Caipira a<br />

Campo<br />

Cooperativa<br />

Produção da<br />

Mandioca e<br />

Ração<br />

Alternativa<br />

Agroindústria<br />

Merca<strong>do</strong> e<br />

Comercializaçã<br />

o<br />

Expansão <strong>de</strong><br />

Merca<strong>do</strong> para<br />

outras Regiões<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Quadro 5. Visão <strong>de</strong> Futuro <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> Frango Semicaipira.<br />

AÇÃO<br />

Capacitação da ca<strong>de</strong>ia<br />

produtiva <strong>do</strong> frango e<br />

implantação da base<br />

produtiva <strong>do</strong> frango em<br />

Barra <strong>do</strong> Bugres e seu<br />

entorno, por intermédio<br />

da Cooperativa<br />

Capacitação <strong>do</strong>s<br />

agricultores associa<strong>do</strong>s e<br />

organizações na base da<br />

produção.<br />

Capacitação <strong>de</strong> toda<br />

ca<strong>de</strong>ia produtiva.<br />

Implantar agroindústria<br />

da ração alternativa <strong>de</strong><br />

mandioca. Implantação<br />

das lavouras <strong>de</strong><br />

mandioca. Realização <strong>de</strong><br />

cursos sobre a cultura e<br />

a formulação <strong>de</strong> ração.<br />

Terminar a implantação<br />

<strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro.<br />

Capacitação <strong>do</strong>s<br />

funcionários, elaboração<br />

<strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> gestão e<br />

um planejamento das<br />

ações.<br />

Levantamento <strong>do</strong>s<br />

pontos <strong>de</strong> venda <strong>de</strong><br />

frango semicaipira.<br />

Quantificação e<br />

qualificação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Território.<br />

Após o levantamento <strong>de</strong><br />

merca<strong>do</strong>, pesquisar a<br />

<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> frango<br />

semicaipira em outras<br />

regiões <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

RESULTADOS<br />

ESPERADOS<br />

Melhoria da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida, uma renda fixa,<br />

a implantação <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro e um<br />

merca<strong>do</strong> próximo da<br />

produção.<br />

Produção e retorno<br />

rápi<strong>do</strong> em menos <strong>de</strong> um<br />

ano. Trabalhar o<br />

merca<strong>do</strong> e a logística.<br />

Alternativa <strong>de</strong> renda<br />

para to<strong>do</strong>s da família.<br />

Produção <strong>de</strong> ração <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>,<br />

industrializa<strong>do</strong> por<br />

Fábrica própria e<br />

comercialização <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s da mandioca.<br />

Agroindústria concluída<br />

no tempo previsto para<br />

iniciar os abates. Equipe<br />

<strong>de</strong> trabalho qualificada.<br />

Diagnóstico <strong>do</strong>s pontos<br />

<strong>de</strong> vendas <strong>do</strong> frango no<br />

território e região.<br />

Uma visão estratégica<br />

<strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong><br />

negócio para outras<br />

regiões e outros esta<strong>do</strong>s<br />

da União.<br />

RESPONSÁVEIS<br />

PELAS AÇÕES<br />

Inicialmente a<br />

Cooperativa e a<br />

estrutura <strong>do</strong><br />

Abate<strong>do</strong>uro e o<br />

Arranjo<br />

Institucional.<br />

Primeiramente a<br />

família, o Comitê<br />

gestor <strong>do</strong><br />

abate<strong>do</strong>uro.<br />

Os agricultores<br />

familiares<br />

produtores <strong>de</strong><br />

frango semicaipira e<br />

a Cooperativa.<br />

Comitê gestor <strong>do</strong><br />

abate<strong>do</strong>uro.<br />

Comitê gestor <strong>do</strong><br />

abate<strong>do</strong>uro .<br />

Comitê gestor <strong>do</strong><br />

abate<strong>do</strong>uro.<br />

ENCAMINHAMENTOS<br />

Organização <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro,<br />

da Cooperativa.<br />

Organização jurídica da<br />

Diretoria e estabelecimento<br />

das ações a serem<br />

trabalhadas em relação à<br />

gestão.<br />

Mapear as lavouras<br />

existentes nos coopera<strong>do</strong>s e<br />

localizar área que <strong>de</strong><br />

condições <strong>de</strong> implantar<br />

novas lavouras <strong>de</strong> mandioca.<br />

Iniciar as capacitações<br />

Organização <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong><br />

implantação, treinamento da<br />

equipe, organização da<br />

comunida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s agricultores<br />

familiares produtores <strong>de</strong><br />

frango.<br />

Visitar merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> venda<br />

<strong>de</strong> frango semicaipira nas<br />

principais cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />

território e na Baixada<br />

Cuiabana. Visitar<br />

consumi<strong>do</strong>res para traçar o<br />

perfil da exigências <strong>de</strong><br />

consumo (qualida<strong>de</strong>).<br />

Planejamento das ações e<br />

treinamento <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong><br />

técnicos.<br />

O Quadro 6 contém as principais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio aos processo <strong>de</strong><br />

produção, beneficiamento e comercialização <strong>do</strong> frango caipira no intervalo <strong>de</strong> 10 anos<br />

(2011/2021).<br />

95


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Quadro 6 . Principais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio à produção e beneficiamento <strong>do</strong> frango<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

Aumentar a produção, produtivida<strong>de</strong> e<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> frango<br />

semicaipira (2011/2021).<br />

Perío<strong>do</strong> (ano)<br />

1º 2 º 3 º 4 º 5 º 6 º 7 º 8 º 9 º 10 º<br />

X X X<br />

Melhorar a renda <strong>do</strong>s avicultores X X X X X X X X X X<br />

Melhorar o processo <strong>de</strong> manejo <strong>do</strong><br />

frango e <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro com recursos<br />

disponíveis<br />

Fortalecer o associativismo e o<br />

cooperativismo<br />

Criação da Cooperativa X<br />

Viabilizar a se<strong>de</strong> para o escritório da<br />

Cooperativa<br />

X X X X X X X X X X<br />

X X X X X X X X X X<br />

X<br />

Capacitação <strong>de</strong> agricultores familiares X X X X X X X X X X<br />

Implantação <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro X<br />

Criação <strong>de</strong> um nome comercial para o<br />

frango abati<strong>do</strong> e congela<strong>do</strong><br />

X<br />

Abate e comercialização X X X X X X X X X X<br />

Garantir recursos para o fun<strong>do</strong> financeiro<br />

da Cooperativa<br />

Melhorar a gestão da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Produção<br />

Garantir Assistência Técnica Gerencial<br />

aos agricultores familiares<br />

Viabilizar o acesso <strong>do</strong>s agricultores<br />

familiares ao crédito <strong>do</strong> PRONAF<br />

Garantir assessoramento técnico aos<br />

agricultores familiares e ao Abate<strong>do</strong>uro<br />

X X X X X X X X X X<br />

X X X X X X X X X X<br />

X X X X X X X X X X<br />

X X X X X X X X X X<br />

X X X X X X X X X X<br />

96


18. LISTA DE BENEFICIÁRIOS<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Nº Nome <strong>do</strong> Beneficiário RG CPF<br />

1 CAROLINO CEZÁRIO DE OLIVEIRA 209166 SSP/MT 103.295.281-49<br />

2 JOÃO RIBEIRO BARBOSA 11662557 SSP/MT 867.705.781-15<br />

3 ROBERTO DE SOUZA RODRIGUES 759047 SSP/MT 643.974.836-04<br />

4 TELMA FRAGOSO OLIVEIRA DA SILVA 11260165 SSP/MT 809.663.141-15<br />

5 LUIZ GUIDINNI 698867 SSP/MT 839.524.381-20<br />

6 RONALDO RODRIGUES BATISTA 6836569 SSP/MT 460.996.201-25<br />

7 FERMINA DA SILVA 956572 SSP/MT 593.161.951-87<br />

8 SEBASTIÃO VAS DA SILVA 429178 SSP/MT 310.376.741-20<br />

9 BERENICE MENDES DA COSTA NOBRES 775506 SSP/MT 616.484.341-34<br />

10 REGINALDO ROSA DE SOUZA 18084249 SSP/MT 020.468.241-05<br />

11 OSMAR APARECIDO GUIDINI 16355695 SSP/MT 568.336.281-49<br />

12 MANOEL ANTÔNIO RODRIGUES 243820 SSP/MT 241.083.161-34<br />

13 JOAQUIM ANTÔNIO RODRIGUES 521304 SSP/MT 143.069.131-04<br />

14 FRANCISCO ANTÔNIO 015865 SSP/MT 241.802.111-49<br />

15 ADEVAL HONÓRIO DE OLIVEIRA 1157884-0 SSP/MT 815.857.991-49<br />

16 DERLEIDE RODRIGUES ALVES 902521 SSP/MT 537.568.941-34<br />

17 JOSÉ ROBERTO DOS SANTOS 232253444 SSP/MT 379.958.391-20<br />

18 ADEMAR LEATTI 222826 SSP/MT 206.147.561-20<br />

19 ADILSON ROSA DE SOUZA 10973052 SSP/MT 867.379.701-25<br />

20 ANESTOR ANTÔNIO DA SILVA 12649171 SSP/MT 865.753.761-34<br />

21 MARIA APARECIDA SILVA DE ALMEIDA 620.160 SSP/MT 535.182.761-15<br />

22 MARIA NORBERTO RIBEIRO 271710 SSP/MT 396.342.721-34<br />

23 LORISVALDO ALVES FERREIRA 947324 SSP/MT 770.308.931-15<br />

24 JESUÍNO DE JESUS 432095 SSP/MT 460.325.251-04<br />

25 MANOEL BERNARDO DE ANDRADE 482960 SSP/MT 882.264.761-00<br />

26 NOEMIO PORFÍRIO DA SILV A 296950 SSP/MT 488.857.541-04<br />

27 DANIEL FERREIRA RODRIGUES 1042436-9 SSP/MT 503.769.691-72<br />

28 DEVILSON F RODRIGUES 915784 SSP/MT 460.295.161-91<br />

29 ELZA DE FÁTIMA FARIA DA SILVA 337842 SSP/MT 284.672.301-00<br />

30 LUCAS DIAS DE OLIVEIRA 234819 SSP/MT 112.797.371-15<br />

31 DORALICE EVA WEISSHEIMER SEIBERT 1939869 SSP/PR 332.309.519-72<br />

32 LEANDRO JOSÉ VICENTE 1381171-1 SSP/MT 709.376.991-87<br />

33 JAIME ANNUNCIATTO 07687257 SSP/MT 503.246.591-72<br />

34 SIDINEY PEREIRA DA SILVA 13845284 SSP/MT 691.657.501-87<br />

35 VALDINEIS FERREIRA DA SILVA 11913819 SSP/MT 593.140.871-15<br />

36 LUIZ BATISTA DOS SANTOS 798051 SSP/RJ 539.822.791-72<br />

37 GOMERCINDO ROCHA 3000891394 RS 287.560.880-00<br />

38 ANGELA MARIA OLIVEIRA 460769 SSP/MT 406.258.301-06<br />

39 EDINEUSA ALVES DE SOUZA 388415 SSP/MT 991.902.221-72<br />

40 SUELI APARECIDA PINHEIRO SANTOS 974190 SSP/MT 890.214.441-00<br />

41 MARIA ELIZABETE FERREIRA 4246349 SSP/MT 424.559.441-15<br />

42 ROSA DE LIMA XAVIER COLUNA 1365273-7 SSP/MT 902.350.291-49<br />

43 MARIANO FERREIRA LEITE 649220 SSP/MT 453.676.801-78<br />

44 DAMÁZIO FRANCISCO DE PAULA 223479-3 SSP/MT 202.631.981-20<br />

45 JOSE MILTON HENRIQUE DA SILVA 776487 SSP/MT 445.107.134-87<br />

46 EDEWAL DE ALMEIDA AUGUSTO 701883 SSP/MT 616.555.701-53<br />

47 OTACÍLIO BENEDITO DE SOUZA 316626 SSP/MT 155.791.311-00<br />

48 NELITO MARQUES COSTA 442035 SSP/MT 621.008.581-49<br />

49 IVANA BIZOLA DE MIRANDA 729966 SSP/MT 959.382.301-87<br />

50 FREDERICO WADOMIRO SCHIMITT 906729 SSP/PR 025.412.709-68<br />

51 ELISZANGELA GABRIEL REIS DE SOUZA 1568093-2 SSP/MT 011.090.611-02<br />

52 SEBASTIÃO DAVINO DE BRITO 320660 SSP/MT 388.265.341-87<br />

53 IRACEMA BERTÉ 1780373 SSP/SC 518.424.599-53<br />

54 PEDRO DE BRITO CUNHA 691980 SSP/MT 460.356.481-34<br />

55 PAULO ROBERTO MACHADO 208096 SSP/MT 388.263.481-20<br />

56 NELSON DA SILVA MATOS 247147 SSP/MT 253.062.431-34<br />

57 JOÃO DA SILVA RONDON 16726545 SSP/MT 010.802.441-58<br />

58 ISMAEL BATISTA DA ROCHA 22020764 SSP/MT 672.205.257-53<br />

97


19. ANEXOS<br />

DADOS GERAIS:<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Anexo I. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA<br />

Proponente: Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres<br />

CNPJ: 03.507.522.0001-72<br />

Fone: (65) 3361-1921 ramal 225 – Fax: (65) 3361-1923<br />

E-mail: agricultura@barra<strong>do</strong>bugres.mt.gov.br<br />

Tipo <strong>de</strong> agroindústria: Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> aves semicaipira<br />

Capacida<strong>de</strong>: 500 aves/dia ou 12.000aves/mês<br />

Número <strong>de</strong> Famílias beneficiadas: 58 diretas no primeiro momento.<br />

Localização: Ro<strong>do</strong>via MT 246, Km 3, Distrito Industrial, Barra <strong>do</strong> Bugres-MT – CEP<br />

78.390-000<br />

VALOR DO PROJETO:<br />

a) Valor <strong>do</strong> MDA R$ = .......................294.567,75<br />

b) Valor da Contrapartida R$ ==...........8.836,97<br />

c) Total <strong>do</strong> Projeto R$ = ...................285.728,78<br />

DESCRIÇÃO DO PROJETO<br />

Objetivo Geral: Este projeto <strong>de</strong> como objetivo principal a construção <strong>de</strong> um<br />

Abate<strong>do</strong>uro <strong>de</strong> frangos semicaipiras para aten<strong>de</strong>r agricultores familiares <strong>do</strong>s<br />

municípios <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra. Objetivos específicos:<br />

Viabilizar a comercialização da produção; agregar valor à produção primária, gerar<br />

empregos e renda para os agricultores familiares <strong>do</strong>s municípios <strong>do</strong> território.<br />

Justificativas: A produção <strong>de</strong> frangos semicaipiras é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

relevância para a agricultura familiar, possui um nicho <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> promissor que<br />

requer um produto saudável com características superiores. A carne <strong>de</strong> frango caipira<br />

apresenta baixo teor <strong>de</strong> gordura, composição nutricional superior em cálcio e<br />

proteínas e ótima textura. O projeto busca viabilizar a comercialização da produção <strong>de</strong><br />

98


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

frangos semicaipiras na região <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra,<br />

que hoje é realizada diretamente ao consumi<strong>do</strong>r e <strong>de</strong> maneira artesanal. Busca-se<br />

então, o processamento <strong>do</strong> produto <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as normas <strong>de</strong> inspeção sanitárias<br />

<strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> origem animal e assim propiciar novos merca<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res.<br />

Matéria-prima: O produto a ser utiliza<strong>do</strong> como matéria prima será constituída frangos<br />

tipo semicaipira, utilizan<strong>do</strong>-se raças a<strong>de</strong>quadas para a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

carne, que apresentem características superiores às aves criadas em sistema intensivo,<br />

resultan<strong>do</strong> num produto diferencia<strong>do</strong>. Toda matéria prima será produzida por<br />

agricultores familiares em sistemas <strong>de</strong> criação semi-intensivo, on<strong>de</strong> as aves são<br />

alimentadas artificialmente com ração balanceada, ten<strong>do</strong> disponível ainda piquetes<br />

forma<strong>do</strong>s com forrageiras para complementação da alimentação e melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> da carne.<br />

Mão <strong>de</strong> Obra: A operacionalização <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro será feita por pessoal contrata<strong>do</strong><br />

pela Cooperativa <strong>de</strong> Agricultores familiares, e que <strong>de</strong>verá receber capacitação<br />

a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> maneira a possibilitar um efetivo funcionamento <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro.<br />

Merca<strong>do</strong>: Alguns <strong>do</strong>s agricultores familiares que compõem o grupo já comercializam<br />

outros produtos <strong>de</strong> origem vegetal com o Programa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Alimento - Conab<br />

e merenda escolar. Ten<strong>do</strong> em vista ser um produto diferencia<strong>do</strong> e ainda pouco<br />

explora<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma legal, ou seja, <strong>de</strong> forma com produtos processa<strong>do</strong>s com a <strong>de</strong>vida<br />

inspeção sanitária. Preten<strong>de</strong>-se comercializar no merca<strong>do</strong> estadual o que exige o<br />

Serviço <strong>de</strong> Inspeção Sanitária Estadual, entretanto, inicialmente o produto <strong>de</strong>verá ser<br />

comercializa<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> local <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

localização <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro.<br />

Forma <strong>de</strong> gestão: Inicialmente a Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Barra <strong>do</strong> Bugres assumirá<br />

conjuntamente com uma comissão <strong>do</strong>s beneficiários a gestão <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro. Na<br />

medida em que o grupo envolvi<strong>do</strong> estiver a<strong>de</strong>quadamente forma<strong>do</strong> para gerir o<br />

abate<strong>do</strong>uro, será repassada a gestão <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro através <strong>de</strong> um termo <strong>de</strong><br />

comodato <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro para os agricultores familiares vincula<strong>do</strong>s.<br />

99


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Tratamento <strong>de</strong> efluentes: Os efluentes gera<strong>do</strong>s pela operação <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro, por<br />

conterem substâncias como sangue, gordura, sóli<strong>do</strong>s <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> intestinal das aves e<br />

pedaços <strong>de</strong> teci<strong>do</strong>s, são altamente putrescíveis, <strong>de</strong>ssa forma constituem-se em<br />

potencial polui<strong>do</strong>r <strong>de</strong> mananciais <strong>de</strong> água além <strong>do</strong>s o<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sagradáveis gera<strong>do</strong>s da<br />

<strong>de</strong>composição. Diante disso, é <strong>de</strong> vital necessida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>stinação a<strong>de</strong>quada com o<br />

tratamento <strong>de</strong>sses efluentes <strong>de</strong> maneira que os efeitos in<strong>de</strong>sejáveis possam ser<br />

minimiza<strong>do</strong>s, evitan<strong>do</strong>-se danos ao meio ambiente. A seguir relacionam-se os<br />

procedimentos a serem a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s para o tratamento <strong>do</strong>s resíduos e <strong>de</strong>mais efluentes:<br />

Resíduos <strong>de</strong> pré-processamento (penas, sangue, vísceras) - <strong>de</strong>vem ser aproveita<strong>do</strong>s na<br />

composição <strong>de</strong> adubos orgânicos; Resíduos líqui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> processamento: <strong>de</strong>vem ser<br />

conduzi<strong>do</strong>s para um sistema <strong>de</strong> lagoa anaeróbica <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejos.<br />

Fluxograma:<br />

Recepção da matéria prima<br />

Evisceração/inspeção<br />

Lavagem/reidratação<br />

Embalagem/Pesagem/Congelamento<br />

Armazenamento/expedição<br />

100


3. Produção atual individual <strong>de</strong> matéria prima para a agroindústria<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Detalhamento Unida<strong>de</strong> Área ou Plantel Produtivo Produtivida<strong>de</strong> Média Anual Unida<strong>de</strong> Produção<br />

Frango semicaipira cabeça/ano 2.400 2,0 kg 4.800<br />

4. Total <strong>de</strong> matéria prima atualmente produzida pelos membros <strong>do</strong> grupo, <strong>de</strong>stinada para a agroindústria<br />

Produto Unida<strong>de</strong> Área ou Plantel Produtivo Produtivida<strong>de</strong> Média Anual Unida<strong>de</strong> Produção<br />

Frango semicaipira cabeça/ano 139.200 2,0 kg 278.400<br />

5. Matéria Prima<br />

5.1 - Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria prima produzida pelos membros <strong>do</strong> grupo e que entra no<br />

Produto Unida<strong>de</strong> Produção atual Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8<br />

Frango semicaipira kg 278.400 250.000 264.000 278.000 278.000 291.000 305.000 305.000 305.000<br />

5.2 - Custo da matéria prima<br />

Produto Valor Unitário Valor Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8<br />

Frango semicaipira 4,00<br />

atual<br />

113.600 1.000.000 1.056.000 1.112.000 1.112.000 1.164.000 1.220.000 1.220.000 1.220.000<br />

6. Produtos<br />

Produto Unida<strong>de</strong> Matéria<br />

%<br />

Rendimento<br />

%<br />

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4<br />

101<br />

Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8<br />

Frango semicaipira Kg 100 92 230.000 242.880 255.760 255.760 267.720 280.600 280.600 280.600<br />

7. Receitas <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro<br />

Produto Unida<strong>de</strong><br />

Valor<br />

Unitário<br />

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8<br />

Frango congela<strong>do</strong> kg 6,49 1.492.700,00 1.576.291,20 1.659.882,40 1.659.882,40 1.737.502,80 1.821.094,00 1.821.094,00 1.821.094,00


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

8. Investimentos<br />

Máquinas, Equipamentos,<br />

Moveis e Utensílios<br />

Detalhamento e Especificações Quantida<strong>de</strong><br />

Valor<br />

Unitário<br />

Valor a Ser<br />

Financia<strong>do</strong><br />

Total<br />

Trilho para sangria com acionamento manual 5m 1 2.200,00 2.200,00 2.200,00<br />

Trollers com algemas inox 8 200,00 1.600,00 1.600,00<br />

Ator<strong>do</strong>a<strong>do</strong>r Elétrico c/ regulagem <strong>de</strong> voltagem 1 3.000,00 3.000,00 3.000,00<br />

Túnel <strong>de</strong> Sangria em alumínio 600x1800x5500 1 2.600,00 2.600,00 2.600,00<br />

Tanque <strong>de</strong> escaldagem<br />

Recipiente com abas laterais em aço inoxidável 304, provi<strong>do</strong> <strong>de</strong> um queima<strong>do</strong>r a gás e<br />

termômetro. Capacida<strong>de</strong> para até 200 aves/hora e 80 litros. Dimensões: 1090 x 700 x 850.<br />

1 2.850,00 2.850,00 2.850,00<br />

Depena<strong>de</strong>ira<br />

Construída totalmente em aço inox 304, acionada por motor <strong>de</strong> 2,0 cv trifásico. Provida <strong>de</strong><br />

funil alimenta<strong>do</strong>r com dispositivo basculante para carga. Capacida<strong>de</strong> para 500 aves/hora.<br />

1 2.134,00 2.134,00 2.134,00<br />

Mesas inox (espera e toalete) Construídas em chapa <strong>de</strong> aço inox 304. Dimensões: 900 x 900 x 900 mm. 1 1.900,00 1.900,00 1.900,00<br />

Trilho c/ 4 trollers 3m com acionamento manual 1 1.320,00 1.320,00 1.320,00<br />

Mesas inox (evisceração)<br />

Construídas em chapa <strong>de</strong> aço inox 304, provida <strong>de</strong> calhas e torneiras com <strong>de</strong>pósito para<br />

vísceras. Dimensões: 1000 x 2000 x 900 mm.<br />

Tanque tipo ½ lua <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à reidratação das aves. Construí<strong>do</strong> em aço inoxidável 304,<br />

1 2.845,00 2.845,00 2.845,00<br />

Tanque <strong>de</strong> reidratação equipa<strong>do</strong> com rodas fixas e giratórias. Capacida<strong>de</strong> aproximada <strong>de</strong> 300 litros.<br />

Dimensões: 1200 x 600 x 690 mm.<br />

Tanque tipo ½ lua <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao resfriamento das aves. Construí<strong>do</strong> em aço inoxidável 304,<br />

1 1.454,00 1.454,00 1.454,00<br />

Tanque <strong>de</strong> resfriamento equipa<strong>do</strong> com rodas fixas e giratórias. Capacida<strong>de</strong> aproximada <strong>de</strong> 300 litros.<br />

Dimensões: 1200 x 600 x 690 mm.<br />

1 3.000,00 3.000,00 3.000,00<br />

Gancheira para gotejamento com 30 ganchos inox 1 960,00 960,00 960,00<br />

Mesa para montagem e<br />

embalagem<br />

Construída em chapa <strong>de</strong> aço inoxidável 304.<br />

Dimensões: 2000 x 900 x 850 mm.<br />

1 2.000,00 2.000,00 2.000,00<br />

Funil <strong>de</strong> embalagem<br />

Construí<strong>do</strong> em aço inox 304, forma<strong>do</strong> por lâminas sob ação <strong>de</strong> molas, com diâmetro <strong>de</strong><br />

abertura apropria<strong>do</strong> para embalagem <strong>de</strong> frangos e galinhas.<br />

1 540,00 540,00 540,00<br />

Câmara Frigorífica Modular 2,0 X2, 0 X 2,5m. -2ºC a -18ºC 1 22.000,00 22.000,00 22.000,00<br />

Esteriliza<strong>do</strong>r <strong>de</strong> facas<br />

Armário <strong>de</strong> aço<br />

elétrico<br />

para guarda das embalagens.<br />

1<br />

102 1<br />

400,00<br />

500,00<br />

400,00<br />

500,00<br />

400,00<br />

500,00<br />

Balança eletrônica comercial com saída para impressora (15 kg) 10 120,00 1.200,00 1.200,00<br />

Máquina para aplicar filme<br />

plástico<br />

Construída em aço <strong>de</strong>stinada a envolver as ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong> produtos com filme plástico tipo<br />

PVC.<br />

Dimensões: 510 x 670 x 140 mm<br />

1 250,00 250,00 250,00<br />

Facas, uniformes, botas e EPI diversos 10 160,00 1.600,00 1.600,00<br />

Frete estima<strong>do</strong> 1 5.000,00 5.000,00 5.000,00<br />

Total 59.353,00 59.353,00


<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Veículos<br />

Detalhamento e Especificações Quantida<strong>de</strong><br />

Valor<br />

unitário<br />

Valor a Ser<br />

Financia<strong>do</strong><br />

Total<br />

Caminhão para transporte <strong>de</strong> aves Carroceria carga seca, capacida<strong>de</strong> 3,8 T, motor diesel, 120 cv, 4 cilindros 1 100.000,00 100.000,00 100.000,00<br />

Furgão para transporte <strong>de</strong> produtos motor 1.3 flex, 70 cv, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga 620 kg 1 60.000,00 60.000,00 60.000,00<br />

Total<br />

2<br />

160.000,00 160.000,00<br />

Construção Civil Detalhamento e Especificações Quantida<strong>de</strong> Valor<br />

unitário<br />

Valor a Ser<br />

Financia<strong>do</strong><br />

Serviços preliminares e movimentação<br />

<strong>de</strong> terra<br />

Placa, limpeza <strong>do</strong> terreno, locação, escavação e aterro 1 998,95 998,95 998,95<br />

Infra-estrutura e estrutura Sapatas, embasamento, pilares 1 7.454,17 7.454,17 7.454,17<br />

Alvenarias/fechamentos Alvenaria e argamassa 1 12.823,20 12.823,20 12.823,20<br />

Revestimento Chapisco, reboco, emboço, revestimento em azulejo 1 8.560,20 8.560,20 8.560,20<br />

Pintura e piso Tinta acrílica, esmalte, lastro <strong>de</strong> concreto e piso cimenta<strong>do</strong> liso 1 6.379,07 6.379,07 6.379,07<br />

Esquadrias Portas, portão e janelas 1 5.360,00 5.360,00 5.360,00<br />

Instalações elétricas<br />

Entrada <strong>de</strong> energia, ponto <strong>de</strong> iluminação, luminárias, pontos <strong>de</strong> tomada e<br />

tomadas<br />

1 3.251,21 3.251,21 3.251,21<br />

Instalações hidro-sanitárias<br />

Ponto <strong>de</strong> água, ponto <strong>de</strong> esgoto, caixa <strong>de</strong> gordura, fossa séptica, tratamento<br />

<strong>de</strong> efluentes, lagoas<br />

1 25.285,95 25.285,95 25.285,95<br />

Coberta Estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e cobertura <strong>de</strong> cerâmica 1 3.500,00 3.500,00 3.500,00<br />

Diversos Limpeza da obra e cerca <strong>de</strong> entorno 1 1.600,00 1.600,00 1.600,00<br />

Total 10 75.212,75 75.212,75<br />

Totalizações Valores<br />

Total Geral <strong>do</strong> Projeto (consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> inclusive os investimentos já existentes) 294.565,75<br />

Valor Total <strong>do</strong> Financiamento (valor solicita<strong>do</strong> ao MDA + contrapartida da prefeitura)<br />

Contrapartida da Prefeitura 103<br />

294.565,75<br />

8.836,97<br />

Valor Solicita<strong>do</strong> ao MDA 285.728,78<br />

Total


9. Custos <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro<br />

Custos fixos<br />

Detalhamento Ud<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

Fixa<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

Especializada<br />

Despesas<br />

Administrativas<br />

Depreciação<br />

Manutenção<br />

Valor<br />

Unitário<br />

(1,00)<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08<br />

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor<br />

R$ 10.590 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00<br />

R$ 31.200 1 31.200,00 1 31.200,00 1 31.200,00 1 31.200,00 1 31.200,00 1 31.200,00 12 31.200,00 12 31.200,00<br />

R$ 550 12 6.600,00 12 6.600,00 12 6.600,00 12 6.600,00 12 6.600,00 12 6.600,00 1 6.600,00 1 6.600,00<br />

32.259,37<br />

3.154,31<br />

29.105,06<br />

6.308,61<br />

25.950,76<br />

9.462,92<br />

Seguros R$ 150 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00<br />

Outros R$ 150 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00<br />

Subtotal<br />

Custos variáveis<br />

Detalhamento Ud<br />

Matéria Prima<br />

Mão <strong>de</strong> Obra<br />

Embalagens e<br />

Rótulos<br />

Energia trifásica<br />

Água<br />

impostos<br />

Transporte<br />

Outros<br />

Subtotal<br />

Valor<br />

Unitário<br />

-<br />

140.353,68<br />

140.353,68<br />

140.353,68<br />

22.796,45<br />

12.617,22<br />

140.353,68<br />

19.642,15<br />

15.771,53<br />

140.353,68<br />

104<br />

16.487,84<br />

18.925,83<br />

140.353,68<br />

13.333,53<br />

22.080,14<br />

140.353,68<br />

Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08<br />

10.179,23<br />

25.234,45<br />

140.353,68<br />

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor<br />

1.000.000<br />

1.056.000<br />

1.112.000<br />

1.112.000<br />

R$ 510 12 6.120 13 6.462,72 13 6.805,44 13 6.805,44 14 7.123,68 15 7.466,40 15 7.466,40 15 7.466,40<br />

R$ 900 12 10.800 13 11.404,80 13 12.009,60 13 12.009,60 14 12.571,20 15 13.176 15 13.176,00 15 13.176<br />

R$ 980 12 11.760 13 12.418,56 13 13.077,12 13 13.077,12 14 13.688,64 15 14.347,20 15 14.347,20 15 14.347,20<br />

% 6,00% 1.492.700 89.562 1.576.291 94.577,47 1.659.882 99.592,94 1.659.882 99.592,94 1.737.503 104.250,17 1.821.094 109.265,64 1.821.094 109.265,64 1.821.094 109.265,64<br />

% 3,00% 1.492.700 44.781 1.576.291 47.288,74 1.659.882 49.796,47 1.659.882 49.796,47 1.737.503 52.125,08 1.821.094 54.632,82 1.821.094 54.632,82 1.821.094 54.632,82<br />

% 1,00% 1.492.700 14.927 1.576.291 15.762,91 1.659.882 16.598,82 1.659.882 16.598,82 1.737.503 17.375,03 1.821.094 18.210,94 1.821.094 18.210,94 1.821.094 18.210,94<br />

1.177.950<br />

1.243.915,20<br />

1.309.880,40<br />

TOTAL 1.318.303,68 1.384.268,88 1.450.234,08 1.450.234,08 1.511.487,48 1.577.452,68 1.577.452,68 1.577.452,68<br />

1.309.880,40<br />

1.164.000<br />

1.371.133,80<br />

1.220.000<br />

1.437.099<br />

1.220.000<br />

1.437.099<br />

1.220.000<br />

1.437.099


10. Fluxo <strong>de</strong> caixa (Sem Retorno <strong>do</strong> Capital Investi<strong>do</strong>)<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Discriminação Ano 0 Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07<br />

Receita <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro 1.492.700,00 1.576.291,20 1.659.882,40 1.659.882,40 1.737.502,80 1.821.094,00 1.821.094,00<br />

Custo <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro 1.318.303,68 1.384.268,88 1.450.234,08 1.450.234,08 1.511.487,48 1.577.452,68 1.577.452,68<br />

Fluxo <strong>de</strong> Caixa Bruto 0,00 174.396,33 192.022,33 209.648,33 209.648,33 226.015,33 243.641,33 243.641,33<br />

Investimentos 294.565,75<br />

Fluxo <strong>de</strong> Caixa Líqui<strong>do</strong> -294.565,75 174.396,33 192.022,33 209.648,33 209.648,33 226.015,33 243.641,33 243.641,33<br />

Taxa Interna <strong>de</strong> Retorno 64,76%<br />

Pay back 1,35<br />

Valor Atual 756.980,16<br />

Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio 36,55%<br />

105


10. Fluxo <strong>de</strong> caixa (cem Retorno <strong>do</strong> Capital Investi<strong>do</strong>)<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

Discriminação Ano 0 Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07<br />

Receita <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro 1.492.700,00 1.576.291,20 1.659.882,40 1.659.882,40 1.737.502,80 1.821.094,00 1.821.094,00<br />

Custo <strong>do</strong> Abate<strong>do</strong>uro 1.318.303,68 1.384.268,88 1.450.234,08 1.450.234,08 1.511.487,48 1.577.452,68 1.577.452,68<br />

Fluxo <strong>de</strong> Caixa Bruto 0,00 174.396,33 192.022,33 209.648,33 209.648,33 226.015,33 243.641,33 243.641,33<br />

Investimentos 294.565,75 40.818,40 40.818,40 40.818,40 40.818,40 40.818,40 40.818,40<br />

Fluxo <strong>de</strong> Caixa Líqui<strong>do</strong> (294.565,75) 174.396,33 151.203,93 168.829,93 168.829,93 185.196,93 202.822,93 202.822,93<br />

Data estimada para a liberação <strong>do</strong>s recursos<br />

Periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento (em dias) 360<br />

Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Carência (em dias) 360<br />

Taxa <strong>de</strong> Juros<br />

Taxa Interna <strong>de</strong> Retorno 56,25%<br />

Pay back 1,62<br />

Valor Atual 590.654,07<br />

Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio 47,18%<br />

106


Anotações:<br />

<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Negócio</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Frangos</strong> Semicaipira<br />

107

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