Departamento de História
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V Simpósio Nacional <strong>de</strong> <strong>História</strong> Cultural ANPUH - Brasília 50 anos: Ler e Ver - Paisagens Subjetivas, Paisagens Sociais<br />
As virtu<strong>de</strong>s que brotam da água correm por tempos, espaços e culturas diferentes. Líquido<br />
vital, a água purifica, consagra, higieniza, alimenta, cura, rejuvenesce e embeleza. A água<br />
traz fruição, proporcionando situações muitas vezes inéditas como recreio, repouso e relaxamento<br />
junto aos ambientes que a acolhem, naturais ou construídos. Este artigo visa à<br />
discussão das formas <strong>de</strong> aproveitamento da água como um bem valioso e sua importância<br />
na construção física e imaginária da estância hidromineral <strong>de</strong> Araxá, MG, no período entre<br />
o final do século XIX e meados do XX.<br />
Os muitos sentidos do sertão: imagens e representações<br />
do sertão <strong>de</strong> Minas Gerais<br />
Iara Toscano Correia<br />
Doutoranda em <strong>História</strong> pela UFU<br />
iaratoscano@hotmail.com<br />
Minas, são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais. (João<br />
Guimarães Rosa)<br />
O termo sertão foi cunhado pelos portugueses, entre os séculos XII e XIV, e expressava bem a<br />
noção expansionista e imperialista que caracterizou o período colonial em sua primeira fase<br />
na Península Ibérica. Grafado ‘certão’ ou ‘sertão’, era usado para <strong>de</strong>signar as áreas situadas no<br />
interior <strong>de</strong> Portugal, distantes <strong>de</strong> Lisboa. A partir do século XV essa terminologia também foi<br />
usada para nomear espaços vastos, interiores, situados <strong>de</strong>ntro ou no entorno das possessões<br />
recém-conquistadas, em que pouco ou nada se sabiam sobre elas. Este estudo analisa os<br />
<strong>de</strong>slocamentos semânticos ocorridos no termo e sua aplicação no sertão mineiro. Hoje, essa<br />
terminologia é reivindicada pelos grupos sociais que a ostentam como uma marca capaz <strong>de</strong><br />
legitimar um modo <strong>de</strong> vida que é próprio <strong>de</strong> um povo. Em meio à intensa mercantilização<br />
dos bens simbólicos, a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sertaneja tornou-se, não só, mas também, um produto<br />
viável na dinamização das economias locais.<br />
Palavras-chave: sertão mineiro; viajantes estrangeiros; i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sertaneja<br />
Os sertões da província maranhense durante a<br />
experiência regencial no Maranhão<br />
Léa Maria Carrer Iamashita<br />
Doutora em <strong>História</strong> Social pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília<br />
leacarrer@yahoo.com.br<br />
No estudo da cultura política da Rebelião Regencial da Balaiada, cujos cenários foram os<br />
sertões do Maranhão e Piauí (1838-1841), trabalhamos com a interpretação e codificação da<br />
categoria “sertão” a partir do imaginário social e do entendimento do espaço como produto<br />
<strong>de</strong> uma prática cultural e simbólica. A visão etnocentrista <strong>de</strong> nossa historiografia tradicional<br />
esten<strong>de</strong>u a visão negativa dos indígenas aos mestiços e aos sertanejos <strong>de</strong> uma forma geral.<br />
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