Departamento de História
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V Simpósio Nacional <strong>de</strong> <strong>História</strong> Cultural ANPUH - Brasília 50 anos: Ler e Ver - Paisagens Subjetivas, Paisagens Sociais<br />
Patrimônio Cultural em uma Cida<strong>de</strong> Contemporânea<br />
Diego Fin<strong>de</strong>r Machado<br />
Mestre em <strong>História</strong> pela UDESC<br />
diego_fin<strong>de</strong>r@yahoo.com.br<br />
Este trabalho, cujas reflexões fundamentam-se em pesquisas <strong>de</strong>senvolvidas ao longo do curso<br />
<strong>de</strong> Mestrado em <strong>História</strong> da UDESC e em atuações em políticas públicas na área <strong>de</strong> cultura, tem<br />
como objetivo problematizar os usos e as apropriações contemporâneas do patrimônio cultural<br />
urbano em Joinville, Santa Catarina. Tendo como inquietação inicial o uso cotidiano do adjetivo<br />
“abandonado” para qualificar bens culturais localizados nas áreas centrais da cida<strong>de</strong>, alguns<br />
questionamentos conduzem as argumentações. Inexistem apropriações sociais e culturais dos<br />
lugares da cida<strong>de</strong> que costumeiramente empregamos o adjetivo “abandonado”? Quais histórias<br />
e quais memórias do tempo presente estes lugares nos remetem? Tentando problematizar estas<br />
questões, buscou-se ler a cida<strong>de</strong> pelas suas margens, <strong>de</strong>svelamos impertinentes experiências<br />
urbanas, silenciosas e silenciadas, que nos mostram práticas <strong>de</strong> espaço que transgri<strong>de</strong>m a maneira<br />
como habitualmente se compreen<strong>de</strong> a vida urbana.<br />
Palavras-Chave: Cida<strong>de</strong>; Patrimônio Cultural; Práticas Culturais.<br />
Apegos Polifônicos: Notas Dissonantes Constituidoras<br />
<strong>de</strong> Relações Pautadas na Fé e na Religiosida<strong>de</strong><br />
– Guaramirim/SC<br />
Elaine Cristina Machado<br />
Pós-graduanda em <strong>História</strong> pela UDESC<br />
nane_hist@yahoo.com.br<br />
As relações das comunida<strong>de</strong>s da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Guaramirim- SC, nas décadas <strong>de</strong> 1960 e 1970,<br />
são reconfiguradas e articuladas a partir do estabelecimento <strong>de</strong> práticas religiosas ligadas<br />
a incorporação <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> comportamento e condutas instaladas nas relações sociais<br />
presentes nas comunida<strong>de</strong>s da cida<strong>de</strong>. Além da fé que é estruturante e estruturadora <strong>de</strong> um<br />
discurso o corpo passa a ser uma referência <strong>de</strong> expressão ou não dos efeitos <strong>de</strong>sse discurso.<br />
As experiências com o sagrado a partir da presença oficial da Igreja Católica na cida<strong>de</strong> passam<br />
a ser resignificadas, uma vez que se institui oficialmente relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r mais consistentes<br />
e evi<strong>de</strong>ntes, perpassadas por um discurso religioso ligado a um i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> trabalho<br />
e progresso, o que sugere que o discurso articulado comungava intimamente com o po<strong>de</strong>r<br />
público municipal. Na medida em que este po<strong>de</strong>r religioso se concretiza através da imposição<br />
<strong>de</strong> uma “pedagogia da fé” o discurso utilizado passa a ser uma alternativa que serve<br />
como mecanismo <strong>de</strong> controle on<strong>de</strong> a convivência com o outro, o diferente, transformara-se<br />
em um terreno pouco transitado. É neste contexto, on<strong>de</strong> a fé é responsável por moldar as<br />
relações comunitárias, perpassadas pelas relações entre o sujeito e as instituições religiosas<br />
(Igreja Católica, Luterana e Assembléia <strong>de</strong> Deus) que estes sujeitos transitam e fazendo uso<br />
das memórias como fontes que buscamos discutir a ressonância dos códigos <strong>de</strong> linguagens<br />
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