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In C. Machado, L. Almeida, A. Guisande, M. Gonçalves, V. Ramalho ...

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caracterização dos seres vivos (e nos objectos como as peças de vestuário), enquanto que o<br />

segundo (funcional) seria mais importante na definição dos seres não vivos.<br />

Do que foi dito, facilmente se depreende a razão pela qual a categoria semântica é uma<br />

das variáveis mais importantes dos itens das provas semânticas da PAL-PORT. As categorias<br />

consideradas correspondem às que têm sido identificadas na literatura especializada e são,<br />

fundamentalmente, as incluídas na PAL original: animais, frutos, legumes e seres inanimados<br />

(instrumentos e artefactos). Resolvemos acrescentar mais duas categorias que tem sido, também,<br />

estudadas neste contexto: as peças de vestuário e os meios de transporte (Viglioco, Vinson,<br />

Lewis, & Garrett, 2004). Nas duas provas em que se colocam questões acerca dos objectos<br />

(Provas 5 e 18), as mesmas dividem-se entre questões de natureza visual e de natureza<br />

funcional. Assim, relativamente a todos os objectos fazem-se perguntas acerca de características<br />

de natureza sensorial/visual e perguntas de natureza funcional 6 .<br />

Representações e Processos Linguísticos Avaliados pelas Provas de Compreensão<br />

Oral de Palavras Simples<br />

Uma vez que se baseia num modelo psicolinguístico, a PAL-PORT compreende provas<br />

que se reportam a esse mesmo modelo, isto é, cada uma das provas pretende avaliar,<br />

relativamente ao modelo, um processo linguístico ou uma representação linguística. Porque esta<br />

é uma das características principais da PAL-PORT, gostaríamos de a evidenciar. Para o efeito,<br />

escolhemos as provas relativas à avaliação da compreensão oral, ao nível lexical.<br />

Segundo o modelo psicolinguístico aqui considerado (Caplan, 1992), a compreensão de<br />

palavras simples implica, primeiramente, o seu reconhecimento através do acesso ao léxico<br />

fonológico de entrada e, posteriormente, a compreensão do seu significado. O acesso ao léxico<br />

fonológico de entrada torna-se possível graças à conversão da onda acústica numa forma que<br />

permite que o ouvinte active a representação das palavras que aí tem armazenadas. Sendo as<br />

palavras constituídas por fonemas definidos em termos de traços distintivos, sabe-se que o sinal<br />

acústico é processado de modo a identificar esses traços. Segue-se o estabelecimento de uma<br />

correspondência entre esses traços fonéticos e os que constam do léxico armazenado no léxico<br />

fonológico de entrada. Deste modo, o léxico fonológico de entrada é activado a partir da<br />

conversão que foi feita dos sinais acústicos em fonemas e da correspondência que se estabeleceu<br />

entre estes e os das palavras aí armazenadas. Se pensarmos nas perturbações da linguagem, a<br />

este nível, podemos identificar dois tipos de problemas: um ao nível da conversão acústico-<br />

fonética e outro ao nível do acesso ao léxico.<br />

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