Inovação na era do conhecimento, por Cristina Lemos - Redetec
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INOVAÇÃO NA ERA DO CONHECIMENTO — 133<br />
<strong>conhecimento</strong> codifica<strong>do</strong>, propiciadas pelas novas tecnologias de informação<br />
e comunicação. Entretanto, essas possibilidades não são distribuídas<br />
equanimemente para to<strong>do</strong>s, com informações acessíveis para qualquer<br />
empresa, setor, país ou região. Por outro la<strong>do</strong>, o acesso a informações/<strong>conhecimento</strong><br />
codifica<strong>do</strong> não é suficiente para que um indivíduo,<br />
empresa, país ou região se adapte às condições técnicas e de evolução <strong>do</strong><br />
merca<strong>do</strong>. É crucial que esses agentes mantenham int<strong>era</strong>ção social com<br />
outros. As mudanças são muito rápidas e somente aqueles que estão envolvi<strong>do</strong>s<br />
<strong>na</strong> criação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> dispõem de possibilidades reais de<br />
acesso aos seus resulta<strong>do</strong>s.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, ressalta-se que ape<strong>na</strong>s poucas empresas ou países no<br />
mun<strong>do</strong> concentram as maiores taxas de investimento <strong>na</strong> g<strong>era</strong>ção de <strong>conhecimento</strong><br />
— traduzi<strong>do</strong> em atividades de pesquisa, desenvolvimento,<br />
educação e trei<strong>na</strong>mento — e de inovações e, <strong>por</strong>tanto, a maior participação<br />
no ambiente competitivo mundial, enquanto outros permanecem<br />
margi<strong>na</strong>is a esse processo. Além disso, cada vez mais os investimentos em<br />
capacitação para participar da Economia <strong>do</strong> Conhecimento se tor<strong>na</strong>m<br />
maiores, dificultan<strong>do</strong> ainda mais a entrada de empresas e países distantes<br />
desse processo.<br />
5 O processo de aprendiza<strong>do</strong> int<strong>era</strong>tivo<br />
Conforme já argumenta<strong>do</strong>, crescentemente se reconhece a im<strong>por</strong>tância<br />
<strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> contínuo e int<strong>era</strong>tivo no processo de inovação. Ao<br />
mesmo tempo em que isso se verifica, as características já ressaltadas <strong>do</strong><br />
atual paradigma — basea<strong>do</strong> fortemente no <strong>conhecimento</strong> e com mudanças<br />
extremamente rápidas — impõem uma maior intensificação desse<br />
aprendiza<strong>do</strong>. A existência de uma capacitação adequada através de aprendiza<strong>do</strong><br />
constante é necessária para o enfrentamento das mudanças e isso<br />
se dá de forma mais completa com a int<strong>era</strong>ção para a troca de informações,<br />
<strong>conhecimento</strong> codifica<strong>do</strong> e tácito e a realização de atividades complementares<br />
entre eles.<br />
O processo de g<strong>era</strong>ção de <strong>conhecimento</strong>s e de inovação vai implicar,<br />
<strong>por</strong>tanto, o desenvolvimento de capacitações científicas, tecnológicas e<br />
organizacio<strong>na</strong>is e esforços substanciais de aprendiza<strong>do</strong> com experiência<br />
própria, no processo de produção (learning-by-<strong>do</strong>ing), comercialização e<br />
uso (learning-by-using); <strong>na</strong> busca incessante de novas soluções técnicas<br />
<strong>na</strong>s unidades de pesquisa e desenvolvimento ou em instâncias menos formais<br />
(learning-by-searching); e <strong>na</strong> int<strong>era</strong>ção com fontes exter<strong>na</strong>s, como<br />
fornece<strong>do</strong>res de insumos, componentes e equipamentos, licencia<strong>do</strong>res,