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Inovação na era do conhecimento, por Cristina Lemos - Redetec

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INOVAÇÃO NA ERA DO CONHECIMENTO — 127<br />

Da mesma forma, cada uma dessas fontes de inovação vai ser em<br />

maior ou menor grau prevalecente, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> estágio em que se<br />

encontra o paradigma. Na emergência de um paradigma, quan<strong>do</strong> novas<br />

tecnologias surgem com mais intensidade, parece ser mais evidente que<br />

as fontes baseadas em <strong>conhecimento</strong>s científicos possuem papel fundamental<br />

para a introdução de inovações de cunho mais radical. Já em sua<br />

maturidade, quan<strong>do</strong> as tecnologias já estão <strong>do</strong>mi<strong>na</strong>das, as fontes relacio<strong>na</strong>das<br />

a <strong>conhecimento</strong>s adquiri<strong>do</strong>s com a experiência da empresa se tor<strong>na</strong>m<br />

mais e mais im<strong>por</strong>tantes para que as firmas estejam aptas a g<strong>era</strong>r<br />

aperfeiçoamentos e obter inovações incrementais (Freemaan, 1988).<br />

Assim, é necessário consid<strong>era</strong>r que uma empresa não inova sozinha,<br />

pois as fontes de informações, <strong>conhecimento</strong>s e inovação podem se localizar<br />

tanto dentro, como fora dela. O processo de inovação é, <strong>por</strong>tanto,<br />

um processo int<strong>era</strong>tivo, realiza<strong>do</strong> com a contribuição de varia<strong>do</strong>s agentes<br />

econômicos e sociais que possuem diferentes tipos de informações e <strong>conhecimento</strong>s.<br />

Essa int<strong>era</strong>ção se dá em vários níveis, entre diversos departamentos<br />

de uma mesma empresa, entre empresas distintas e com outras<br />

organizações, como aquelas de ensino e pesquisa. O arranjo das várias<br />

fontes de idéias, informações e <strong>conhecimento</strong>s passou, mais recentemente,<br />

a ser consid<strong>era</strong><strong>do</strong> uma im<strong>por</strong>tante maneira das firmas se capacitarem<br />

para g<strong>era</strong>r inovações e enfrentar mudanças, ten<strong>do</strong> em vista que a solução<br />

da maioria <strong>do</strong>s problemas tecnológicos implica o uso de <strong>conhecimento</strong><br />

de vários tipos.<br />

Observa-se que a emergência <strong>do</strong> atual paradigma, basea<strong>do</strong> <strong>na</strong>s novas<br />

tecnologias de informação e comunicação, que possibilitou uma transformação<br />

radical <strong>na</strong>s formas de comunicação e de troca de informações,<br />

colocou em relevo as características elencadas anteriormente, ou seja, a<br />

im<strong>por</strong>tância das diferentes fontes de inovação e da int<strong>era</strong>ção entre as<br />

mesmas. Contribuiu, ainda, para compreender que esses aspectos <strong>do</strong> processo<br />

de inovação sempre estiv<strong>era</strong>m presentes mas, no atual contexto,<br />

são mais <strong>do</strong> que nunca condição necessária para a g<strong>era</strong>ção de inovações.<br />

O fato é que o processo de inovação aumentou consid<strong>era</strong>velmente sua<br />

velocidade <strong>na</strong>s últimas décadas. A acel<strong>era</strong>ção da mudança tecnológica é<br />

de tal ordem que se nota uma alt<strong>era</strong>ção radical no uso <strong>do</strong> tempo <strong>na</strong> economia,<br />

com uma crescente redução <strong>do</strong> tempo de produção de bens —<br />

<strong>por</strong> meio da utilização das novas tecnologias, formas organizacio<strong>na</strong>is e<br />

técnicas de gestão da produção — e também de consumo <strong>do</strong>s bens —<br />

com a planejada diminuição <strong>do</strong> tempo de vida <strong>do</strong>s produtos. A necessidade<br />

de colaboração, mesmo para grandes conglom<strong>era</strong><strong>do</strong>s, tor<strong>na</strong>-se, <strong>por</strong>tanto,<br />

muito maior, para que se possa acompanhar o ritmo dessas mu-

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