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Mudanças Climáticas Mudanças Climáticas - EcoEco - Sociedade ...

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Edição Especial - Nº 23/24 - Janeiro a Agosto e 2010 ECEC<br />

no nível econômico, político, militar e cultural<br />

existe uma aliança entre EUA e União Européia.<br />

No nível climático essa aliança não se repete – a<br />

União Européia está isolada na defesa de uma<br />

arquitetura global efetiva para a transição rápida<br />

para uma economia de baixo carbono. EUA e<br />

China resistem a um novo acordo global efetivo,<br />

mesmo que sua retórica tenha mudado no<br />

último ano. As “potências climáticas” são nove:<br />

Índia, Rússia, Brasil, Indonésia, Japão, México,<br />

Canadá, África do Sul e Coréia do Sul. Nenhuma<br />

delas isoladamente ou mesmo em dupla (ou<br />

ainda em número de três ou quatro, desde que<br />

não sejam Índia, Rússia, Brasil e Japão somados)<br />

tem poder de veto sobre um novo acordo, mas o<br />

conjunto dos países tem importância fundamental<br />

para um novo acordo.<br />

Hoje, a clivagem principal na arena climática<br />

não é entre países desenvolvidos e países em<br />

desenvolvimento, como é percebido simplificadamente<br />

em grande parte da mídia. No início<br />

de 2010 o campo conservador está formado por<br />

EUA, Canadá, China, Índia, Rússia, Indonésia e<br />

África do Sul. O campo reformista está formado<br />

pela União Européia, Japão, Coréia do Sul e<br />

México. No meio encontra-se o Brasil, que está<br />

hoje no campo reformista do ponto de vista de<br />

suas metas de redução de emissões, mas está<br />

no campo conservador como posição de negociação<br />

internacional a medida que mantém sua<br />

aliança com China, Índia e África do Sul e sua<br />

associação ao G77.<br />

Nos meses anteriores a Conferência de Copenhagen<br />

as potencias climáticas explicitaram seus<br />

compromissos. União Européia, Japão, Brasil e<br />

Coréia do Sul eram os únicos atores relevantes<br />

que tinham se comprometido com metas significativas<br />

de redução de emissões. Contudo, nos<br />

dois primeiros, às metas de redução de 20% em<br />

2020 com relação ao ano-base de 1990 eram<br />

insuficientes do ponto de vista do IPCC, que promove<br />

uma redução de 30% a 40% para todos<br />

os países desenvolvidos. As metas do Brasil e da<br />

Coréia do Sul podem implicar uma redução de<br />

emissões entre 10% 15% em 2020 com relação<br />

a 2005. Nestes dois países as metas se aproximavam<br />

do que propõe como necessário Nicholas<br />

Stern, desde 2008.<br />

Os EUA anunciaram uma meta de redução de<br />

17% em 2020 com relação a 2005 que implicava<br />

redução de apenas 4% com relação ao ano<br />

base de 1990, e essa meta requeria ainda uma<br />

problemática aprovação do Senado. A China assumiu<br />

o compromisso de redução da intensidade<br />

de carbono do PIB de 40 a 45% entre 2005 e<br />

2020, mas continuou negando-se a estabelecer<br />

um pico de emissões e um ano de estabilização.<br />

Para líderes influentes do Senado americano essa<br />

diminuição de intensidade de carbono do PIB da<br />

China lhe permitirá ainda continuar aumentando<br />

significativamente suas emissões por pelo menos<br />

15 anos. A Índia afirmou que aumentará sua eficiência<br />

energética, mas continuou negando-se a<br />

assumir qualquer tipo de compromisso. A Rússia<br />

anunciou compromisso de aumento de eficiência<br />

energética, mas nega-se a assumir redução<br />

de emissões. A África do Sul estabeleceu 2025<br />

como o ano de estabilização de suas emissões.<br />

O México propôs que todos os países desenvolvidos<br />

assumam metas de redução de 40% em<br />

2020 e os emergentes de renda média assumam<br />

anos de estabilização anteriores a 2020, mas<br />

assumiu apenas um compromisso difuso sobre<br />

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