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Mudanças Climáticas Mudanças Climáticas - EcoEco - Sociedade ...

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Edição Especial - Nº 23/24 - Janeiro a Agosto e 2010 ECEC<br />

picas. Os autores afirmam que as<br />

mudanças climáticas não devem<br />

ser analisadas como um fenômeno<br />

isolado, mas como parte das consequências<br />

do padrão de produção<br />

e consumo atuais.<br />

Ricardo Abramovay, da Universidade<br />

de São Paulo (USP), propõe<br />

combater o aquecimento global ao<br />

mesmo tempo em que se reduz a<br />

desigualdade, não só entre os países,<br />

mas também entre as pessoas.<br />

Nesse sentido, o autor apresenta a<br />

idéia do “orçamento de carbono”<br />

que, ao levar em conta emissões<br />

históricas e as emissões que ainda<br />

podem ser feitas, visa criar certa<br />

equidade nas “permissões” de<br />

emissões futuras. Para o autor, a redução<br />

da desigualdade não poderá<br />

ser alcançada com a generalização<br />

do padrão de consumo dos países<br />

ricos, dados os limites que os ecossistemas<br />

impõem ao crescimento<br />

da economia. A outra saída será<br />

distinguir o consumo dos bens e<br />

serviços necessários para uma vida<br />

social digna daquele que marca a<br />

suntuosidade e o desperdício.<br />

Eduardo Viola, da Universidade de<br />

Brasília (UnB), faz uma análise da<br />

nova geopolítica das negociações<br />

sobre a mudança do clima, na qual<br />

seria impossível um novo acordo<br />

sem a participação do grupo que<br />

ele denomina as “grandes potências<br />

climáticas”: os EUA, China e<br />

União Européia. O autor analisa<br />

os acontecimentos durante a COP-<br />

15 e faz uma leitura das mudanças<br />

trazidas pelo Acordo de Copenha-<br />

Nota Explicativa<br />

gue, relacionando as possibilidades<br />

futuras de avanços no contexto<br />

dos diversos âmbitos das relações<br />

internacionais. O texto apresenta<br />

ainda um panorama das forças<br />

políticas internas brasileiras.<br />

Philip Fearnside, do Instituto Nacional<br />

de Pesquisas da Amazônia<br />

(INPA), comenta a posição brasileira<br />

nas negociações internacionais<br />

sobre clima com uma visão<br />

crítica. Segundo ele, é necessário<br />

avançar nas negociações para assegurar<br />

a sobrevivência da floresta<br />

amazônica e incluir a conservação<br />

florestal como opção real<br />

de mitigação. O autor argumenta<br />

que a posição brasileira em Copenhague<br />

foi tímida e sugere mudanças<br />

nessa posição explicando,<br />

ponto a ponto, seus argumentos.<br />

Sven Wunder, do Center for International<br />

Forestry Research (CI-<br />

FOR), analisa as oportunidades,<br />

dificuldades e complexidades da<br />

implementação do mecanismo<br />

de REDD (Redução de Emissões<br />

por Desmatamento e Degradação<br />

Florestal). O autor defende que,<br />

apesar do REDD ser uma ótima<br />

idéia, não se pode subestimar as<br />

dificuldades para implementála.<br />

Ele propõe que se busque um<br />

equilíbrio entre a eficiência na redução<br />

do carbono e a equidade<br />

social. Além disso, afirma que os<br />

governos beneficiados terão que<br />

saber combinar incentivos, desincentivos<br />

e outras políticas de fundo<br />

bem desenhados para obter<br />

sucesso com o mecanismo.<br />

Teresa da Silva Rosa e Renato Maluf,<br />

da Universidade Federal Rural<br />

do Rio de Janeiro (UFRRJ), analisam<br />

as questões ético-políticas ligadas<br />

à vulnerabilidade de certas<br />

comunidades às mudanças climáticas.<br />

A questão climática é entendida<br />

como uma oportunidade para<br />

buscar soluções para problemas socioambientais<br />

das populações mais<br />

vulneráveis. Reconhece-se, entretanto,<br />

a necessidade da construção<br />

de capacidades das comunidades<br />

vulnerabilizadas com medidas de<br />

adaptação e de mitigação. Ambas<br />

teriam dimensões de transformação<br />

cultural e de re-orientação do modelo<br />

de desenvolvimento atual.<br />

Suely Salgueiro Chacon, da<br />

Universidade Federal do Ceará<br />

(UFC), e Francisco Correia de<br />

Oliveira, da Universidade de Fortaleza<br />

(Unifor) e da Universidade<br />

Estadual do Ceará (UECE), analisam<br />

as perspectivas dos impactos<br />

das mudanças do clima no<br />

Semiárido brasileiro. O exame<br />

da sustentabilidade do Semiárido<br />

revela a intricada teia de relações<br />

traçada entre uso político do meio<br />

ambiente e as consequências sociais<br />

e econômicas das mudanças<br />

climáticas. Os autores sugerem,<br />

como parte da solução para a<br />

questão, a implementação de<br />

políticas que promovam um melhor<br />

uso dos recursos naturais e a<br />

conscientização social.<br />

Esperando ter contribuído para o<br />

debate, desejamos a todos uma<br />

boa leitura!<br />

Caros leitores, em função da densidade do atual Boletim, que ficou bem mais extenso do que os nossos<br />

números usuais, optamos por publicá-lo como Edição Especial condensando os números 23 e 24.<br />

Boa Leitura!<br />

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