Mudanças Climáticas Mudanças Climáticas - EcoEco - Sociedade ...
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Edição Especial - Nº 23/24 - Janeiro a Agosto e 2010 ECEC<br />
tais e, a partir de 2007 as mudanças climáticas<br />
entraram definitivamente na pauta das políticas<br />
públicas ambientais. Em outubro de 2009<br />
o Congresso aprovou a Lei da Política Nacional<br />
sobre Mudança Climática. Foi um ato importante<br />
por fundamentar a posição já assumida pelo<br />
governo de lutar por uma redução de 36,1% a<br />
38,9% nas emissões de gases de efeito estufa até<br />
o ano de 2020. Grupos de trabalho vêm sendo<br />
formados em prol da discussão ambiental em<br />
todo o Brasil. Iniciativas governamentais têm sido<br />
capitaneadas pelo Ministério do Meio Ambiente<br />
e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, além<br />
de fóruns interinstitucionais, nos âmbitos federal,<br />
estadual e municipal.<br />
Registram-se ainda várias iniciativas pontuais de<br />
diversos órgãos não-governamentais (ONGs),<br />
agências financiadoras nacionais (CNPq, FINEP e<br />
BNDES) e órgãos estaduais de apoio ao desenvolvimento<br />
científico e tecnológico (FAPESP, FAPERJ,<br />
FAPERS e FAP/DF entre outros) direcionadas à<br />
promoção de estudos, formação de recursos humanos<br />
e pesquisas em conservação e uso da biodiversidade.<br />
(MMA-FUNBIO, 2007). O Sistema<br />
Embrapa merece destaque especial pela relevante<br />
contribuição aos estudos das mudanças climáticas<br />
no Brasil e, em especial, do Semiárido (AN-<br />
GELOTTI; SÁ; MENEZES e PELLEGRINO, 2009).<br />
Contribuições relevantes têm sido produzidas pelas<br />
Universidades de todo o Brasil, que vem se<br />
articulando em Redes, Laboratórios e Núcleos de<br />
estudo para produzir e oferecer soluções à sociedade<br />
acerca das mudanças climáticas3 .<br />
3. Como é o caso do Laboratório de Estudos Avançados em Desenvolvimento<br />
Regional do Semiárido – LEADERS, da Universidade Federal do<br />
Ceará – UFC. (ver em: http://leaders-ufc-cariri.blogspot.com/)<br />
Além destes órgãos, o Banco do Nordeste do<br />
Brasil tem ações de financiamento ao Semiárido<br />
e de incentivo a pesquisas e tecnologia dirigidos<br />
a essa região. Duas importantes iniciativas<br />
do Brasil também geram efeitos diretos para o<br />
semiárido: a criação do Instituto Nacional do Semi-Árido<br />
(INSA), ligado ao Ministério da Ciência<br />
e Tecnologia (MCT), em 2004; e a elaboração<br />
do Programa de Ação Nacional de combate à<br />
desertificação e mitigação dos efeitos da seca –<br />
PAN Brasil, definido também em 2004. Embora<br />
de cunho nacional, o PAN rebate de forma específica<br />
no semiárido, por tratar de dois aspectos<br />
intimamente ligados a esse território.<br />
Outra ação relevante do governo federal é o<br />
programa do MMA que realiza o Monitoramento<br />
dos Biomas brasileiros4 . Em termos de ações<br />
públicas específicas voltadas para a problemática<br />
das <strong>Mudanças</strong> <strong>Climáticas</strong> destacam-se a<br />
criação do Painel Brasileiro sobre <strong>Mudanças</strong> do<br />
Clima, da Rede Clima. Em dezembro de 2009 o<br />
Congresso Nacional aprovou a lei que instituiu<br />
o Fundo para <strong>Mudanças</strong> <strong>Climáticas</strong>, que deverá<br />
receber R$ 1 bilhão anualmente. Os recursos serão<br />
oriundos do pré-sal.<br />
Ações importantes para tratar dos impactos das<br />
mudanças climáticas no semiárido ocorreram mais<br />
recentemente, já em 2010, quando foi criado o<br />
Fundo Caatinga. E a Caatinga e o Cerrado foram<br />
definidos como patrimônios naturais do país.<br />
É certo que a consciência em torno das conseqüências<br />
das mudanças climáticas tem crescido<br />
no Brasil, bem como tem se ampliado o rol arcabouço<br />
legal e as políticas públicas que tratam<br />
4. Ver em: http://siscom.ibama.gov.br/monitorabiomas/<br />
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