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modos de ocupação no município de machadinho d'oeste ... - Rioterra

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3.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO<br />

O <strong>município</strong> <strong>de</strong> Machadinho d’Oeste apresenta como processo marcante <strong>de</strong> <strong>ocupação</strong><br />

a implantação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> assentamentos governamentais diferenciados. São projetos que<br />

possibilitaram a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> uso sustentável e integral, bem<br />

como lotes agrícolas e estradas acompanhando a topografia do terre<strong>no</strong>, em contraste com a<br />

simples <strong>de</strong>marcação em forma <strong>de</strong> “espinha <strong>de</strong> peixe” aplicado na maioria dos assentamentos<br />

em Rondônia.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong> <strong>ocupação</strong> que tem direcionado a configuração das ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvidas inicialmente ligadas à agricultura e a exploração ma<strong>de</strong>ireira e, posteriormente,<br />

a pecuária. As ativida<strong>de</strong>s extrativistas também se mostram <strong>de</strong> importância significativa <strong>no</strong><br />

<strong>município</strong>. São unida<strong>de</strong>s ocupadas <strong>de</strong> modo sustentável por populações tradicionais, com a<br />

prática <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> uso e <strong>ocupação</strong> bem diferente do que se observa <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>de</strong>ssas<br />

unida<strong>de</strong>s, tendo como principal produto explorado a borracha, além da castanha e óleo <strong>de</strong><br />

copaíba.<br />

A <strong>ocupação</strong> dos lotes instalados pelo Projeto <strong>de</strong> Assentamento Machadinho não foi<br />

aleatória. No início da <strong>ocupação</strong> (década <strong>de</strong> 1980), após <strong>de</strong>smatar uma parte do seu lote, o<br />

agricultor ocupava a maior parte do seu tempo com cultivo <strong>de</strong> culturas anuais. As áreas com<br />

culturas perenes, capoeira e pastagens ficavam restritas a poucos hectares. Com o passar do<br />

tempo, o crescimento da área <strong>de</strong>stinada às culturas anuais diminuiu, dando lugar às culturas<br />

perenes, pastagens e capoeira. A área ocupada por culturas perenes tem ultrapassado a <strong>de</strong><br />

culturas anuais por volta <strong>de</strong> 5 a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> do lote. Após 6 a<strong>no</strong>s, a tendência dos lotes tem<br />

sido apresentar maior área ocupada por pastagens e capoeira (MATTOS & YOUNG, 1991).<br />

Nessas circunstâncias agrícolas foi implantado na se<strong>de</strong> da EMBRAPA em<br />

Machadinho d’ Oeste o campo experimental <strong>de</strong> Sistemas Agroflorestais (SAFs) durante o<br />

assentamento <strong>de</strong> agricultores pelo Projeto Integrado <strong>de</strong> Colonização do INCRA, com os<br />

trabalhos executados através <strong>de</strong> recursos do POLONOROESTE. Trata-se <strong>de</strong> uma alternativa<br />

à mo<strong>no</strong>cultura agrícola, por serem capazes <strong>de</strong> manter a fertilida<strong>de</strong> dos solos e a<br />

sustentabilida<strong>de</strong> (ALMEIDA et al., 1995). O SAFs <strong>de</strong> Machadinho d’Oeste ocupa uma área<br />

<strong>de</strong> 208 ha, <strong>de</strong>sse total, somam-se 170 hectares com mata virgem e espécies agrícolas nativas e<br />

outras adaptáveis.<br />

As dificulda<strong>de</strong>s da implantação da agricultura familiar e <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r a dimensão e a<br />

dinâmica <strong>de</strong>sta <strong>ocupação</strong> agrícola cada vez mais consolidada na Amazônia e seu impacto<br />

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