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Guitarra elétrica

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produção de música em massa (jingles, música popular, trilha sonora) e parecem não dar conta<br />

(Lucas, 1992, p. 4).<br />

Na década de 1970 aparecem os primeiros contornos “acadêmicos” para finalmente<br />

aparecerem as primeiras teses, artigos e livros na década de 1980, produzidos por especialistas.<br />

Em 1981 é criado o periódico “Popular Music” (Cambridge University Press) e a IASPM<br />

(International Association for the Study of Popular Music). Desde o início da produção acadêmica<br />

a dificuldade a superar nos estudos de música popular é a dificuldade em abordar os aspectos<br />

musicais em si. O que se vê são textos relacionando música/sociedade, música/poesia,<br />

música/cultura, o que constitui um enfoque parcial do assunto, além do foco estar demasiado na<br />

relação letra-melodia, abandonando os parâmetros de ritmo, harmonia, arranjo instrumental,<br />

emissão vocal e timbres como “parte essencial do todo chamado canção” (Lucas, 1992, p.8).<br />

Existe também uma dura crítica a musicologia tradicional, por desdenhar as músicas populares.<br />

Cabe ressaltar que, embora definir música popular já foi amplamente discutido, a quase totalidade<br />

dos estudos e reflexões foi calcado em canções, sob várias feições, e muito pouco em música<br />

instrumental.<br />

No Brasil, os estudos sobre música popular ocorreram mais empírica e ocasionalmente do<br />

que como resultado de pesquisa acadêmica. Entretanto há muitas monografias baseadas no<br />

trabalho de críticos musicais como José Ramos Tinhorão, Hermínio Bello de Carvalho, Sérgio<br />

Cabral e outros. Em vários momentos históricos abordou-se a música popular pejorativamente.<br />

Mário de Andrade em “A Música e a Canção Populares no Brasil” (1936) se refere a ela como<br />

“popularesca”, em oposição à música popular (do folk) “autêntica” (apud Lucas, 1992, p.10).<br />

Renato Almeida (1940), embora utilize o termo “popularesca” sem o caráter pejorativo, opta por<br />

focar suas pesquisas na música folclórica por considerá-la “portadora de valores culturais<br />

autênticos” (apud Lucas, 1992, p.10). Assim, coube aos cientistas sociais e de literatura<br />

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