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Guitarra elétrica

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Uma IES que tem um bacharelado em guitarra <strong>elétrica</strong> condizente com a identidade brasileira<br />

deveria oferecer tanto uma análise da influência destes instrumentos de cordas trasteadas, na obra<br />

dos artistas citados, como ministrar aulas destes instrumentos, como disciplina opcional.<br />

Há uma questão importante quanto ao repertório ministrado em aulas e práticas de<br />

conjunto que é validar uma adaptação para o instrumento de um repertório praticado em outros<br />

instrumentos de cordas trasteadas, observando se são possíveis de serem transpostas para a<br />

guitarra. Obras de Radamés Gnattali (que compôs para o instrumento), José Menezes, Jacob do<br />

Bandolim, Villa-Lobos e outros seriam de grande valia no intuito de fazer o aluno pensar a<br />

guitarra brasileira através de um exemplo a partir de seu próprio instrumento.<br />

Uma proposta pedagógica nova não significa necessariamente a negação de propostas<br />

anteriores cujos aspectos positivos podem e devem ser agregados. No caso de instituições<br />

estrangeiras como a Berklee e o GIT, há uma padronização que é feita a partir de ementas muito<br />

específicas para cada disciplina, o que pode padronizar exageradamente o perfil dos alunos nestas<br />

instituições. A meu ver, entretanto, alguma padronização neste sentido pode ser válida se o que se<br />

tem em mente é levar ao maior número possível de alunos um padrão musical, neste caso o<br />

padrão musical brasileiro de guitarra <strong>elétrica</strong>. De certa forma, foi desta maneira que as<br />

instituições estrangeiras conseguiram certo tipo de “imposição cultural”, a do arquétipo<br />

“guitarrista formado em instituição americana”, reconhecido pela maneira de improvisar tocando<br />

frases e licks em série, nem sempre de maneira lógica ou original.<br />

No caso de IES brasileiras como a FASM, UFPR e a UNICAMP, além da preocupação<br />

com o ensino de música brasileira que também é do nosso interesse, há uma preocupação em se<br />

conectar com a chamada indústria cultural, em outras palavras, com a música que se faz fora da<br />

academia, na forma de disciplinas como Análise da Música na Mídia (UFPR), Música<br />

Idustrializada (UNICAMP) e Marketing Cultural em Música (FASM). É de fundamental<br />

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