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GABRIEL DELANNE O FENÔMENO ESPÍRITA

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a palavra, pois que comigo mesmo havia acontecido, no<br />

baile da ópera, dizer a uma senhora de dominó que eu a<br />

conhecia, e, como me perguntasse ela o seu nome de<br />

batismo, eu proferi ao acaso um nome, que se reconheceu<br />

ser o verdadeiro. Sem mesmo invocar o acaso, eu<br />

poderia, na passagem das letras da palavra, ter, a despeito<br />

meu, nos dedos ou nos olhos, um estremecimento que as<br />

tivesse denunciado. Reconheci, portanto, a experiência;<br />

mas, para estar certo de que não iria trair a passagem das<br />

letras por uma pressão maquinal ou por um olhar<br />

involuntário, deixei a mesa e perguntei-lhe, não a palavra<br />

que pensara, mas a sua tradução.<br />

Disse ela: - Tu queres dizer sofrimento. Eu pensara em<br />

amor. Não fiquei ainda persuadido. Supondo que, se auxiliasse<br />

a mesa, o sofrimento é por forma tal o fundo de<br />

todas as coisas que a tradução podia ser aplicada fosse<br />

qual fosse a palavra que eu tivesse pensado.<br />

Sofrimento tanto teria traduzido grandeza,<br />

maternidade, poesia, patriotismo, etc., como amor. Eu<br />

podia, por conseguinte, estar certo de que a Sra de<br />

Girardin, tão séria, tão generosa, tão amiga e adoentada,<br />

não teria atravessado o mar para mistificar proscritos.<br />

Inúmeras impossibilidades seriam críveis antes dessa,<br />

mas eu estava resolvido a duvidar de tudo.<br />

Outros interrogaram a mesa e fizeram-lhe determinar<br />

seu pensamento ou incidentes conhecidos de si<br />

unicamente; de repente, a mesa pareceu impacientar-se<br />

com essas questões pueris; recusou responder; entretanto,

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