Imagem corporal - Nestlé
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34 foco<br />
Da China, o hábito de beber chá expandiu-se para<br />
o Japão, introduzido por um monge budista entre os séculos<br />
8 e 9. Era recomendado para ajudar na meditação,<br />
provavelmente por ser rico em cafeína.<br />
O chá tornou-se tão importante na cultura japonesa<br />
que sua apreciação foi sistematizada em uma forma<br />
de arte, a cerimônia do chá. O preparo e a degustação<br />
da bebida são feitos segundo uma rígida estrutura ritual,<br />
que visa trazer harmonia, respeito, pureza e tranquilidade<br />
aos participantes (1).<br />
A relação dos europeus com a bebida foi diferente.<br />
Introduzido na Europa em 1560 por um jesuíta português,<br />
beber chá era mania (e ostentação) dos ricos. O culto era<br />
mais ao prazer da degustação, embora suas possíveis<br />
propriedades medicinais já fossem ventiladas. O primeiro<br />
anúncio de chá em jornal inglês, em 1658, dizia: “Todos<br />
os médicos aprovaram esta bebida, chamada pelos chineses<br />
de Cineans Tcha e por outras nações Tay ou Tee”.<br />
Da China,<br />
o hábito de<br />
beber chá<br />
expandiu-se<br />
para o Japão,<br />
introduzido<br />
por um monge<br />
budista entre<br />
os séculos<br />
8 e 9<br />
Séculos depois, foi o potencial medicinal da bebida<br />
que virou mania e é responsável pelo atual boom<br />
do chá, especialmente nas versões “verde” ou “branco”,<br />
que nada mais são do que diferentes formas de processar<br />
a mesma folha de Camellia sinensis.<br />
Os estudos vieram na esteira das descobertas sobre<br />
os polifenóis, uma vez que o chá é rico em alguns<br />
desses compostos, em especial as catequinas (2).<br />
Os polifenóis do chá já foram bastante estudados<br />
in vitro e em animais como agentes químicos preventivos<br />
do câncer e de doenças cardiovasculares. No entanto,<br />
ainda não está claro quais são os efeitos do consumo<br />
da bebida em humanos. Um estudo de coorte realizado<br />
com 40.530 japoneses, publicado no JAMA (3), concluiu<br />
que consumir chá verde está associado à redução de<br />
mortalidade por todas as causas e por doença cardiovascular,<br />
mas não à menor mortalidade por câncer.<br />
Saúde cardiovascular<br />
O efeito cardioprotetor do chá está relacionado à<br />
ação de seus compostos fenólicos, que têm propriedades<br />
anti-inflamatórias, antitrombóticas e capacidade de diminuir<br />
o nível de lipídeos no sangue. Estas características<br />
foram observadas em vários estudos experimentais.<br />
Do ponto de vista epidemiológico, há pelo menos<br />
dois grandes estudos recentes que apontam para isso.<br />
Além do estudo japonês citado acima, um estudo europeu<br />
(4), publicado online em junho de 2010, estabelece<br />
a relação entre o consumo de chá e a saúde do coração.<br />
O trabalho utiliza o coorte holandês do EPIC (European<br />
Prospective Investigation into Cancer and Nutrition),<br />
com dados de 37.514 participantes acompanhados<br />
por 13 anos.<br />
Os pesquisadores compararam a quantidade de<br />
chá e café consumida e os eventos cardiovasculares<br />
ocorridos. Os dados apontam que o consumo de três a<br />
seis xícaras de chá por dia reduz o risco de doença cardiovascular<br />
em 45%. O tipo de chá mais consumido pela<br />
população pesquisada é o preto.