Imagem corporal - Nestlé
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40 resultado<br />
Jamie Oliver lá, David Hertz cá<br />
Formado pela Faculdade de Gastronomia do SENAC,<br />
em Águas de São Pedro (SP), David Hertz adquiriu gran-<br />
de experiência no mercado de eventos ao trabalhar no<br />
Andréa Fasano Buffet [2] e restaurantes de renome.<br />
Hoje, faz no Brasil o que um dia o chef Jamie Oliver<br />
criou no Reino Unido. O britânico ficou famoso internacionalmente<br />
pelo seu trabalho de educar, treinar e empregar<br />
pessoas de baixa renda, sempre destacando a<br />
importância da alimentação saudável. Atualmente, faz<br />
programa na TV e dissemina boas práticas pelo mundo<br />
todo. Como Jamie Oliver, David é ambicioso. “Por ora,<br />
o curso só existe em São Paulo, mas a ideia é abrir em<br />
Brasília e no Rio de Janeiro, aproveitando a vinda da<br />
Copa do Mundo e a das Olimpíadas, quando o país vai<br />
precisar de muita profissionalização técnica”, diz.<br />
No Brasil, o chef David Hertz foi influenciado pela história de vida da jovem Uridéia<br />
Andrade, sua aluna no “Cozinheiro cidadão”, um programa de formação de auxiliares<br />
de cozinha destinado aos jovens da favela do Jaguaré, que, em 2005, obteve o<br />
reconhecimento da ONU como uma das melhores práticas de inclusão de jovens na<br />
sociedade. Com a ajuda de Uridéia, criou a Gastromotiva. No começo, com poucos<br />
recursos, as aulas eram ministradas para cinco alunos na casa de David, onde ficava<br />
também o bufê.<br />
Em 2008, com o apoio da Universidade Anhembi Morumbi e do banco JP Morgan,<br />
as aulas passaram a ser realizadas na própria universidade e o número de alunos<br />
subiu para uma média de 30 por turma. No ano de 2009, o bufê também ganhou<br />
um espaço novo. Com o crescimento do negócio, a ideia para o ano que vem é formar<br />
120 jovens, o dobro do que se pretende em 2010.<br />
Os alunos que mais se destacam no curso ganham bolsas para estudar Gastronomia<br />
ou Administração na Anhembi Morumbi. É o caso de Carlos Henrique dos<br />
Santos, que tem apenas 20 anos e está terminando o curso de Gastronomia. Ele já<br />
trabalhou no Andréa Fasano Buffet e hoje está no restaurante Nadeli delicatessen &<br />
Bistrô [3]. Determinado, o jovem morador da Vila Leopoldina deseja mais:<br />
“Quero me especializar em cozinha Italiana e abrir o meu restaurante. Com a Gastromotiva,<br />
vou ajudar as mães da minha comunidade”.<br />
Com uma visibilidade cada vez maior, a primeira turma de 2009 recebeu o número<br />
máximo de inscrições, foram 300. Não foi tarefa fácil selecionar apenas 30. “O perfil<br />
que procuramos é o jovem de baixa renda que tenha muita vontade de entrar na cozinha”,<br />
diz Vera Lúcia de Almeida Silva, coordenadora do curso e responsável pela disciplina<br />
de Ecogastronomia. São jovens cuja renda familiar não ultrapassa R$ 1.500. Vera<br />
conta que muitos alunos moram longe e há quem demore três horas só para chegar até<br />
o curso. Para os alunos, o esforço vale a pena. “Eu vi que fazia tudo errado na cozinha<br />
e aqui estou aprendendo muita coisa, desde como afiar uma faca até sobre diferentes<br />
molhos e técnicas de corte”, afirma o aluno Marcos Paulo.