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Fundamentos Antropo-Filosóficos das Educação - UFPB Virtual ...

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<strong>Fundamentos</strong> <strong>Antropo</strong>-filosóficos da <strong>Educação</strong><br />

era uma formação profissional, com o objetivo mais imediato de formar as elites dirigentes. Platão<br />

rejeitava a educação sofística que se praticava na Grécia em sua época, incumbidos de transmitir<br />

conhecimentos técnicos aos jovens da elite grega para torná-los aptos a ocupar funções públicas.<br />

Enquanto a educação filosófica significa o aprendizado pelo diálogo e pela discussão, do valor e<br />

do método de investigação, da libertação da ignorância pelo diálogo, a educação sofística significa<br />

o aprendizado pela transmissão aos jovens de um saber enciclopédico, além de desenvolver a<br />

oratória (falar bem) e a retórica (arte da discussão para vencer os outros; controle e manipulação<br />

da multidão pela persuasão), que eram as principais habilidades espera<strong>das</strong> de um político. Daí a<br />

diferença entre a formação socrático-platônica (de parir as ideias pelo diálogo) e a formação<br />

sofística (desenvolver a retórica e a oratória pela transmissão de conhecimentos).<br />

Platão era um opositor ferrenho da democracia que vigorava em Atenas, pois concedia<br />

poder a pessoas desprepara<strong>das</strong> para governar. Diante da condenação de seu mestre Sócrates,<br />

convenceu-se de que este modelo de “democracia ateniense” deveria ser substituído. O poder<br />

deveria ser exercido por uma espécie de aristocracia constituída, não pelos mais ricos, mas pelos<br />

mais sábios. Como pode uma sociedade ser salva, ou ser forte, se não tiver à frente seus homens<br />

mais sábios? No entanto, Platão chama a atenção para o fato de que o filósofo não se julgar<br />

superior e melhor que os demais, mas deve retornar ao mundo <strong>das</strong> sombras para ajudar a ver<br />

com maior nitidez. Além disso, não deve cultivar qualquer tipo de orgulho, e deve se sentir feliz<br />

por ser o educador mais preparado de todos, aquele que governa para fazer seus concidadãos<br />

homens e mulheres melhores e mais felizes, mais sábios e mais virtuosos.<br />

3 ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO EM ARISTÓTELES<br />

Figura 3 – Aristóteles (384-322 a.C)<br />

Fonte: http://www.girafamania.com.br/artistas/aristoteles.jpg<br />

<strong>Antropo</strong>logia. Para Aristóteles (384-322 a.C), o homem é formado pela união substancial<br />

de dois princípios: matéria e forma. O ponto de partida é a transposição para o horizonte da<br />

physis (natureza) o telos (fim) do ser e do agir do homem (que Platão situara no mundo <strong>das</strong><br />

ideias). Nesse sentido, o centro da concepção aristotélica de homem é a physis, embora animada

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