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Fundamentos Antropo-Filosóficos das Educação - UFPB Virtual ...

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<strong>Fundamentos</strong> <strong>Antropo</strong>-filosóficos da <strong>Educação</strong><br />

- Introdução da ética do dever/obediência e da interioridade. O importante é a intenção (que<br />

estaria no coração), que é visível e julgada aos olhos de Deus (diferente dos gregos, para quem a<br />

conduta ética se dá nas ações e atitudes visíveis, que eram julga<strong>das</strong> como virtuosas ou vicia<strong>das</strong>,<br />

justas ou injustas. Não se pode julgar a intenção, ela não tem valor moral. O que importa é o que<br />

se faz na prática).<br />

1. ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO EM SANTO AGOSTINHO<br />

Figura 4 – Santo Agostinho (354-430)<br />

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-IWIO6XAbrf0/TdxjWFHAnyI/AAAAAAAAAG8/-Nbvdvr1R5s/s1600/santoagostinho-de-hipona.jpg<br />

<strong>Antropo</strong>logia. O fundamento da concepção medieval de homem é a visão teológica cristã,<br />

cuja fonte principal é a tradição bíblica. A ideia cristã de homem (natureza humana) forma-se no<br />

âmbito da leitura cristã da sagrada escritura. O homem esperado é o homem santificado.<br />

A concepção bíblica de homem explica a natureza humana como criatura, imagem,<br />

semelhança e reflexo da glória de Deus. Esta imagem é formulada na linguagem religiosa da<br />

revelação: supõe-se que o homem teve origem numa fonte transcendente (Deus). Uma unidade<br />

radical do ser do homem, definida pela relação constitutiva com deus, compreendida como<br />

“imagem”. A “unidade” significa o desígnio de Deus, que oferece o dom da salvação, da parte do<br />

homem é resposta ou aceitação. A recusa implica justamente na perda da unidade. Os três<br />

momentos que definem (de resposta, aceitação, recusa) definem uma “unidade de origem”<br />

(expressa nos termos da criação, queda e promessa, conforme primeiros capítulos de Gênesis),<br />

uma “unidade de vocação” (expressa no tema da aliança do Antigo Testamento e se consuma no<br />

Novo Testamento com a encarnação, quando o verbo se fez carne, com Jesus Cristo), e uma<br />

“unidade de fim” (expressa no tema da vida: presença de Deus-Antigo Testamento e em Deus-<br />

Novo Testamento).<br />

No entanto, a concepção bíblica de homem não quer ser só teoria que se expõe num<br />

discurso articulado conceitualmente. Haveria uma manifestação progressiva do homem por meio<br />

do próprio desenrolar da história da salvação. Essa história é conhecida como “narração”: da<br />

revelação e dos gestos salvíficos de Deus. Nesse caso, a História é revelação progressiva dos<br />

gestos e atos do homem para se salvar (homem: ser para Deus). Segundo o Antigo Testamento, a<br />

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