josemar josé barbosa assistência humanizada
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INTRODUÇÃO<br />
As discussões sobre a humanização nas relações interpessoais têm se<br />
tornado foco de interesse, especialmente, na última década. O tema é<br />
abordado em diferentes ambientes, na empresa, na escola (PIVATTO, 2007),<br />
na família e, até mesmo, nas questões sobre lazer. As razões que levam a uma<br />
preocupação com estas questões são diversas, desde a melhora na qualidade<br />
do atendimento, à melhora na qualidade da aprendizagem, ao desenvolvimento<br />
de relações mais democráticas. O debate é válido, especialmente num<br />
momento em que se aprimoram as interfaces homem-máquina. Os estudos em<br />
robótica se difundem e prometem solução para deficiências congênitas ou<br />
adquiridas pelo corpo depois do nascimento. A medicina promete, e as<br />
estatísticas comprovam, a dilatação do tempo de vida dos humanos. O sonho<br />
de uma longevidade sem velhice parece cada vez mais próximo de sua<br />
realização. Conceitos de vida e morte, aparentemente já resolvidos, vão sendo<br />
reelaborados e causam polêmica, não só entre o leigos, mas também entre<br />
especialistas.<br />
Num cenário em que as dúvidas são crescentes, novas práticas sociais<br />
são exigidas pelos indivíduos. É neste contexto que se instalam as questões<br />
sobre a humanização. O tema, dada a sua importância, entrou na agenda<br />
oficial, no entanto o próprio sentido atribuído à palavra “humanização” sofre,<br />
por um lado, de uma falta de consenso, entre aqueles que a utilizam; por outro,<br />
sofre críticas dos que consideram um contrassenso tentar humanizar o<br />
humano. Daí a necessidade de trabalhos que, numa perspectiva<br />
multidisciplinar, apresentem contribuições das diversas áreas do conhecimento<br />
e apontem caminhos para avançar no debate e promover ações práticas.<br />
As questões sobre relações <strong>humanizada</strong>s atingem frontalmente o<br />
ambiente médico, já que é lá onde indivíduos, trazidos pelas mais diversas<br />
razões, se confrontam com suas fragilidades e conflitos. A interação<br />
estabelecida entre médico e paciente vai além de uma busca por serviços<br />
urgentes, ou não, para a melhora da saúde ou cura de doenças. Aspectos<br />
vitais para o bem-estar de ambos podem ser desenvolvidos neste tipo de<br />
interação. A depender da forma com que são tratadas as necessidades, nesta<br />
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