raimundo nonato queiroz de leão - Governo do Estado do Pará
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IMUNIZAÇÕES: ASPECTOS BAslCOS 85<br />
biológicos (CIAI) propôs a implantação <strong>de</strong> um<br />
sistema nacional <strong>de</strong> vigilância e controle <strong>do</strong>s<br />
efeitos adversos das vacinações, responsável<br />
pela notificação e investigação <strong>do</strong>s casos.<br />
CONTRA-INDICAÇÕES DAS V ACINA-<br />
ÇÕES<br />
As vacinas que dispomos hoje em dia<br />
para uso corrente são muito seguras, mas não<br />
completamente. Os benefícios são incontes-<br />
táveis,mas reações in<strong>de</strong>sejáveis estão asso-<br />
ciadas a todas as vacinas, algumas mais,<br />
outras menos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> reações muito brandas,<br />
banais e passageiras até situações gravíssi-<br />
mas, felizmente, extremamente raras.<br />
Por causa <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>sagradáveis possi-<br />
bilida<strong>de</strong>s, algumas vezes as vacinações<br />
<strong>de</strong>vem ser temporária ou permanentemente<br />
contra-indicadas, sempre consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se o<br />
binário risco-benefício. Esses raros impedimentos<br />
à vacinação fundamentam-se em<br />
fatos cientificamente comprova<strong>do</strong>s e em pos-<br />
sibilida<strong>de</strong>s teóricas relativas à eventualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> efeitos adversos graves:<br />
IMUNODEFICIÊNCIAS<br />
Sejam congênitas ou adquiridas, permanentes<br />
ou temporárias, constituem contraindicação<br />
para vacinação com vacina viva<br />
(BCG, sarampo, caxumba, vacina oral para<br />
poliomielite, rubéola, febre amarela; a vacina<br />
<strong>de</strong> varicela é exceção). Tal cuida<strong>do</strong> relaciona-se<br />
à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que os germes<br />
atenua<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ssas vacinas (pela sua virulência<br />
residual, <strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> importância significativa<br />
para indivíduos normo-imunes), pos~<br />
sam vir a produzir, no imuno<strong>de</strong>ficiente, as<br />
<strong>do</strong>enças (algumas vezes letais) que estavam<br />
indicadas evitar.<br />
Assim, sempre que houvercomprometimento<br />
da resposta imune, como nos indivíduos<br />
com <strong>do</strong>enças neoplásicas, SIDA, lúpus<br />
eritematoso, artrite reumatói<strong>de</strong> juvenil,<br />
<strong>do</strong>ença slstêmica grave ou <strong>de</strong>bilitante, ou<br />
sob tratamento com corticosterói<strong>de</strong>s, agentes<br />
alquilantes, antimetabólitos e radioterapia, e<br />
também os esplenectomiza<strong>do</strong>s nos três anos<br />
segutntes à esplenectomia, não <strong>de</strong>vem receber<br />
vacinas vivas.<br />
Não existem contra-indicações para<br />
vacinas não-vivas, como as para o tétano,difteria,<br />
coqueluche, vacina inativada para<br />
poliomielite, hemófilos, influe'nza, pneu mocócica,<br />
hepatite B e febre tifói<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>vem<br />
ser administradas rotineiramente, embora<br />
com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta reduzida.<br />
HIPERSENSIBILIDADE A COMPONENTES<br />
VACINAIS<br />
Po<strong>de</strong>m constituir importante contraindicação.<br />
Vacinas preparadas em cultura <strong>de</strong><br />
embrião <strong>de</strong> galinha apresentam traços <strong>de</strong><br />
proteínas <strong>de</strong> ovo; indivíduos alérgicos a ovo<br />
não <strong>de</strong>vem receber essas vacinas, sob o ri~co<br />
<strong>de</strong> manifestarem reação anafilática. O<br />
mesmo <strong>de</strong>ve ser observa<strong>do</strong> em relação à<br />
neomicina ou ao timerosa\ encontra<strong>do</strong>s em<br />
pequena quantida<strong>de</strong> na maioria das vacinas<br />
e <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a inibir o crescimento <strong>de</strong> bactérias<br />
contaminantes.<br />
DOENÇA FEBRil AGUDA<br />
Com hipertermia elevada e comprome-timento<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> geral, recomenda adiar a<br />
vacinação, seja para evitar somar ao <strong>de</strong>sconfortodaenfermida<strong>de</strong><br />
o da aplicação da vacina,<br />
seja para evitar confusão entre o quadro<br />
clínico da <strong>do</strong>ença e eventuais reações da<br />
vacinação e também pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
prejuízo da resposta imune à vacinação na<br />
intercorrência <strong>de</strong> alteração imunológica<br />
<strong>de</strong>terminada pela enfermida<strong>de</strong>.<br />
GRAVIDEZ<br />
Embora não ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> <strong>de</strong>scritos casos<br />
<strong>de</strong> malformações congênitas atribuídas às<br />
vacinações <strong>de</strong> uso corrente, inclusive a <strong>de</strong><br />
rubéola, continua em vigor a recomendação<br />
<strong>de</strong> não se usar vacinas vivas durante a gesta-<br />
ção, especialmente no primeiro trimestre,<br />
perío<strong>do</strong> em que o risco <strong>de</strong> teratogêhese é<br />
maior.