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HIP-HOP DA MARGINALIDADE A INCLUSÃO SOCIAL - Unesp

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Através dos elementos que constituem o movimento hip-hop e que estão sendo<br />

apresentados para estes jovens em escolas da periferia e em ONGs, podemos perceber que o<br />

interesse destes pela escola, pelo movimento vem fazendo com que a cultura se alie a<br />

educação e traga um maior interesse dos alunos para os conteúdos a serem estudados.<br />

Esses usos do hip-hop tendem a ter um respaldo político e institucional de<br />

elementos progressistas do Estado, como é o caso da Secretaria Municipal de<br />

Educação de São Paulo, que patrocina o projeto Rap nas Escolas – Rap...<br />

Pensando a Educação. (HERSCHMANN, 1977, p. 42)<br />

Entretanto a cultura hip-hop não é bem vista por muitos agentes que realizam a<br />

educação escolar, já que esta trata de uma cultura produzida muitas vezes por aqueles que no<br />

passado foram excluídos dos bancos escolares e, por isto, estão à margem de uma escola que<br />

supervaloriza uma cultura burguesa em detrimento de outra.<br />

Nas escolas que a cultura hip-hop entrou, está por muitas vezes foi mutilada, já que as<br />

diversas vertentes de seus elementos são mal interpretadas, pois ao falar do crime e outras<br />

situações cotidianas acabam por gerar indignações e outros sentimentos. É muito difícil<br />

compreender esta cultura já que todos os seus elementos são provenientes da rua e em muitos<br />

momentos não são explicados por acadêmicos.<br />

Esta cultura hoje é muito utilizada nas escolas, pois converge com as ideias de Paulo<br />

Freire que em sua carreira no magistério defendeu uma educação que empoderasse os mais<br />

pobres. Que libertasse este de suas condições de miséria valorizando a cultura que estes<br />

produzem.<br />

A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação exige uma permanente<br />

busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz.<br />

Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela<br />

precisamente porque não a tem. (FREIRE, 1988, p. 34)<br />

Aqui devemos lembrar que a escola atual busca valorizar as experiências trazidas<br />

pelos educando, entretanto esta ainda traz em seu bojo resquícios da educação bancária,<br />

apresentada por Freire.<br />

Como forma de mudar esta cultura a escola tem utilizado este movimento cultural<br />

como ferramenta para que professores possam superar as dificuldades encontradas por seus<br />

alunos no cotidiano escolar.

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