Boletim do Búfalo - nº 2 - jul/2005 - Associação Brasileira de ...
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Influência <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> preparo <strong>de</strong> Carne Bovina<br />
e Bubalina no teor <strong>de</strong> gorduras totais.<br />
ALVES, A.C.O.1; ALVES, R.C.B.1; SANTOS, R.N.; NEVES, E.C.A.<br />
Com o objetivo verificar a influência <strong>do</strong><br />
tipo <strong>de</strong> preparo <strong>de</strong> carne bovina e no teor<br />
<strong>de</strong> gorduras totais, foram cortadas amostras<br />
<strong>de</strong> contra-filé, com e sem gordura (retiran<strong>do</strong><br />
toda a gordura aparente), em 3 pedaços<br />
(início, meio e fim), e mais um segun<strong>do</strong><br />
corte foi feito, resultan<strong>do</strong> em 4 partes <strong>de</strong><br />
cada pedaço para cada preparo respectivamente<br />
assa<strong>do</strong>, grelha<strong>do</strong>, cozi<strong>do</strong> e frito.<br />
Os processamentos para cada tipo <strong>de</strong><br />
carne foram:<br />
- CARNE ASSADA: A carne foi cozida<br />
em calor seco (forno) à 163o C, colocan<strong>do</strong>-se<br />
a carne diretamente na assa<strong>de</strong>ira,<br />
sem ser untada e ou água acrescentada.<br />
Para avaliar o ponto final da<br />
carne assada, a peça <strong>de</strong> carne foi perfurada<br />
com um garfo até não visualizar<br />
a liberação <strong>de</strong> líqui<strong>do</strong>.<br />
- CARNE GRELHADA: processo semelhante<br />
ao da carne assada realizada<br />
no forno (163oC), sen<strong>do</strong> carne <strong>de</strong>positada<br />
sobre grelha na assa<strong>de</strong>ira, não permitin<strong>do</strong><br />
contato direto com o líqui<strong>do</strong><br />
que escorria durante a cocção.<br />
- CARNE COZIDA EM LÍQUIDO: A<br />
carne foi colocada em água à temperatura<br />
<strong>de</strong> ebulição e cozida lentamente<br />
em recipiente tampa<strong>do</strong>.<br />
- CARNE FRITA: A carne foi cortada<br />
em cubos, sen<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> cocção<br />
realiza<strong>do</strong> por fritura por imersão em<br />
óleo quente.<br />
Entre as carnes bovinas e bubalinas observou-se<br />
(Tabela 1) uma ligeira diferença<br />
em relação aos teores <strong>de</strong> gordura nos diferentes<br />
tipos <strong>de</strong> preparo da carne, contradizen<strong>do</strong><br />
o que foi afirma<strong>do</strong> por Damé (2002).<br />
Porém po<strong>de</strong> ser verifica<strong>do</strong> que a carne<br />
bubalina apresenta vantagens, em relação<br />
à carne bovina, principalmente, nos teores<br />
<strong>de</strong> gordura e a quantida<strong>de</strong> no consumo.<br />
É possível observar que quanto mais<br />
bem passada a carne, menor teor <strong>de</strong> gordura<br />
ela terá, bem como existe diferença entre<br />
as carnes bovina e bubalina em relação à<br />
presença ou não da gordura superficial da<br />
carne, pois a gordura, durante o preparo,<br />
penetra na carne.<br />
A carne frita, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao tipo <strong>de</strong> preparo<br />
(adição <strong>de</strong> óleo), como já espera<strong>do</strong>, apresentou<br />
maior teor <strong>de</strong> gordura em relação aos<br />
outros tipos. As carnes assadas são o segun<strong>do</strong><br />
tipo a apresentar maior teor <strong>de</strong> gordura<br />
total, ou seja, o contato direto da carne<br />
com a água que escoa <strong>de</strong>sta faz com que a<br />
perda <strong>de</strong> gordura seja menor; diferentemente<br />
<strong>do</strong> que ocorre na carne grelhada, sen<strong>do</strong> a<br />
grelha furada, evita-se a reabsorção pela carne<br />
da gordura liberada ao ser aquecida, ocorren<strong>do</strong><br />
uma maior perda <strong>de</strong> gordura, fican<strong>do</strong><br />
este tipo em terceiro lugar.<br />
A carne cozida, tanto bovina quanto<br />
bubalina, apresentou menor teor <strong>de</strong> gordura<br />
<strong>de</strong>ntre to<strong>do</strong>s os tipos, pois esta carne foi<br />
totalmente submersa pela água adicionada,<br />
ocorren<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa maneira maior perda <strong>de</strong><br />
nutrientes (gordura, proteínas, minerais, etc).<br />
Tabela 1. Teores <strong>de</strong> gordura das carnes<br />
bovinas e bubalinas<br />
Conclui-se pois que entre carnes bovinas<br />
e bubalinas observou-se uma ligeira diferença<br />
em relação aos teores <strong>de</strong> gordura nos<br />
diferentes tipos <strong>de</strong> preparo, sen<strong>do</strong> sempre<br />
menor na bubalina, com diferença mais acentuada<br />
na carne sem gordura. A carne quan<strong>do</strong><br />
cozida, tanto bovina quanto bubalina,<br />
apresentou menor teor <strong>de</strong> gordura <strong>de</strong>ntre<br />
to<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> preparo, sen<strong>do</strong> a carne<br />
frita a que apresentou maior teor.<br />
Fabricação <strong>de</strong> mozzarella com leite <strong>de</strong> búfalas.<br />
Alberto Gusmão Couto - Fazenda Castanha Gran<strong>de</strong> - São Luiz <strong>do</strong> Quitun<strong>de</strong> - Alagoas - Brasil - Tel. (82) 254 1115/ 9976 3800<br />
1. Adicionar ao leite, água potável na proporção<br />
<strong>de</strong> 10% <strong>do</strong> volume final<br />
(90%leite +10% água). 2. De agora por<br />
diante, trataremos por leite a mistura<br />
(leite+água), exceto quan<strong>do</strong> formos<br />
calcular o rendimento, o que é obvio.<br />
2. Pasteurizar o leite.<br />
3. Adicionar 40ml <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> cálcio<br />
para cada 100 litros <strong>de</strong> leite.<br />
4. Adicionar ao leite: 3 % <strong>de</strong> soro fermento<br />
estan<strong>do</strong> à 40ºD (Dornic) ou 2 % estan<strong>do</strong><br />
a 60ºD ou 1% estan<strong>do</strong> a 120ºD.<br />
5. Deixar o leite fermentar por 20 a 30 min.<br />
O i<strong>de</strong>al é que a aci<strong>de</strong>z <strong>do</strong> leite após a<br />
fermentação esteja com 21oD na hora<br />
<strong>de</strong> colocar o coalho.<br />
6. Temperatura <strong>do</strong> leite na hora <strong>de</strong> colocar<br />
o coalho: 38o C.<br />
7. Dissolver o coalho em um copo d‘água,<br />
e em seguida misturar essa solução em<br />
um recipiente <strong>de</strong> aproximadamente 2 litros<br />
d’água.<br />
8. Aos poucos vai-se colocan<strong>do</strong> ao leite<br />
o coalho diluí<strong>do</strong> em água e agitan<strong>do</strong>se<br />
o leite à cada pequena porção colocada.<br />
Essa operação <strong>de</strong>verá ser rápi-<br />
da, no máximo <strong>de</strong> 1 a 2 min. Parar a turbulência<br />
e <strong>de</strong>ixar o leite em repouso.<br />
9. O coalho <strong>de</strong>verá coalhar o leite em 30 a<br />
45 min, fora <strong>de</strong>sse tempo afetará a qualida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> produto. Se menos <strong>de</strong> 30min,<br />
po<strong>de</strong>rá dar gosto amargo no queijo<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao excesso <strong>de</strong> coalho, além <strong>de</strong><br />
45min diminuirá o rendimento <strong>do</strong> queijo.<br />
10. Estan<strong>do</strong> a coalhada no ponto, quebrase<br />
a mesma com a lira horizontal, no<br />
senti<strong>do</strong> longitudinal, <strong>de</strong>pois com a lira<br />
vertical, no mesmo senti<strong>do</strong>, em seguida<br />
com a lira vertical no senti<strong>do</strong> transversal<br />
até se obter o tamanho <strong>do</strong> grão<br />
<strong>de</strong>seja<strong>do</strong>. Alguns queijeiros fazem um<br />
pré-corte da coalhada.<br />
11. Para que se tenha um produto tenro,<br />
<strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>ixar os grãos <strong>de</strong> tamanhos<br />
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