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Nº - 55 - Os Confrades da Poesia

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10 | <strong>Os</strong> <strong>Confrades</strong> <strong>da</strong> <strong>Poesia</strong> | Boletim Nr <strong>55</strong> | Março/Abril 2013<br />

Ser Poeta<br />

Ser poeta é sentir<br />

As palavras que escreveu<br />

Ser poeta é recor<strong>da</strong>r<br />

<strong>Os</strong> momentos que viveu<br />

A poesia é cultura<br />

Faz parte do talento<br />

Escrita com sentimento<br />

Senti<strong>da</strong> com alma pura<br />

Se dita com amargura<br />

Quando está a transmitir<br />

Para quem gosta de ouvir<br />

E a saiba apreciar<br />

É um meio de comunicar<br />

Ser poeta é sentir<br />

Poetas bem conhecidos<br />

Deixaram recor<strong>da</strong>ções<br />

<strong>Os</strong> Lusía<strong>da</strong>s de Camões<br />

Foi o mais distinguido<br />

Por isso não é esquecido<br />

Da época que viveu<br />

No ano que faleceu<br />

Ficou a sua herança<br />

Para todos a lembrança<br />

As palavras que escreveu<br />

Há muitos poetas que são<br />

Muito pouco conhecidos<br />

Partilham os mesmos sentidos<br />

Com a sua emoção<br />

Faz parte <strong>da</strong> vocação<br />

Muito nos faz lembrar<br />

Também faz despertar<br />

Algo que está esquecido<br />

Daquilo que foi vivido<br />

Ser poeta é recor<strong>da</strong>r<br />

O poema faz lembrar<br />

O sentimento de alguém<br />

Do mal e do bem<br />

Tudo nos faz recor<strong>da</strong>r<br />

Também nos faz meditar<br />

Algo que se viveu<br />

Até quando se perdeu<br />

O que na vi<strong>da</strong> é sagrado<br />

Para muitos um ditado<br />

<strong>Os</strong> momentos que viveu<br />

Miraldino Carvalho - Corroios<br />

Dia solarento<br />

«<strong>Confrades</strong>»<br />

Esperança?<br />

http://www.osconfrades<strong>da</strong>poesia.com/Lusofonos.htm<br />

No primeiro dia do ano<br />

Abro a janela de par em par.<br />

O nevoeiro é tanto<br />

Que começo a imaginar:<br />

O Mundo não acabou!<br />

Vamos começa-lo de novo<br />

Aproveitar o recém-nascido.<br />

Fazê-lo crescer com amor,<br />

Tudo o que esta palavra encerra<br />

Pôr ponto final na guerra.<br />

Dar-lhe sabedoria, educação<br />

Mostrar-lhe o caminho pela mão,<br />

Com força, vigor e saúde<br />

Fazer <strong>da</strong> amizade uma virtude.<br />

É de pequenino que se torce o pepino!<br />

O ano que agora nasceu<br />

Apesar do denso nevoeiro<br />

Vai ter dias de sol e céu azul,<br />

Primavera, Verão e Outono<br />

Não esquecendo os dias agrestes.<br />

Vamos aproveitar a bonança<br />

Dar as mãos e caminhar<br />

Pela estra<strong>da</strong> que nos é aberta.<br />

Avancemos com alma e confiança<br />

Fazendo deste ano um ano de esperança.<br />

Carlos Cardoso Luís – Lisboa<br />

Ilusões…<br />

Na beleza do teu olhar,<br />

sorri o meu desejo de te amar,<br />

mas não deixo de ter a tua mão brilhando,<br />

que me acaricia ao despertar,<br />

deste sonho que me envolve,<br />

nos braços de ti amante,<br />

que me deixa sobrevoar.<br />

Neste mundo universal,<br />

em que o amor se põe,<br />

pela manhã.<br />

Fernan<strong>da</strong> Trin<strong>da</strong>de – Ven<strong>da</strong> do Pinheiro<br />

Das algas fiz meu berço…<br />

As gaivotas vêm comer à minha mão<br />

<strong>Os</strong> versos que fechei no coração<br />

São pirilampos com luz <strong>da</strong> inspiração…<br />

A minha caminha<strong>da</strong> é triste e longa<br />

O tempo partiu o sonho…<br />

Só, abraço a solidão<br />

Na alma trago um frio medonho<br />

Ilusões do reino <strong>da</strong> ausência<br />

Escondi-as no sopro duma flor…<br />

Cavalgo em nuvens desfeitas<br />

Meu sofrimento tem asas perfeitas<br />

Meus beijos são algemas…<br />

Entre as lágrimas mais ricas e gémeas<br />

Meu riso não tem luas de esperança<br />

Não me lembro do meu sol de criança…<br />

Minhas ilusões, feitas de cinzas mansas,<br />

Incendiaram as minhas esperanças…<br />

As quimeras de amor voaram<br />

Como as aves que o bosque abandonaram!!!<br />

Luís Filipe N. Fernandes - Amora<br />

Envelheço<br />

Meu Portugal<br />

Meu Portugal pequenino<br />

Mas em i<strong>da</strong>de já velho,<br />

Tens tanta fé no destino<br />

Vives sem pedir conselho!<br />

Tens filhos que muito te amam,<br />

Outros que de ti se riem<br />

São estes que reclamam,<br />

Um patriotismo que fingem!<br />

Vendem-te a troco de luxo<br />

Para seu próprio prazer,<br />

Sentido nas veias o fluxo<br />

E a ganância do poder!<br />

São tais as atroci<strong>da</strong>des<br />

Com que esses seres te devoram,<br />

Que inventam falsas "ver<strong>da</strong>des"<br />

De cadência como choram!<br />

Regina Pereira - Amora<br />

Cantam os Poetas<br />

Cantam os poetas...a ternura<br />

Cantam os poetas...a doçura<br />

Cantam os poetas...a moci<strong>da</strong>de<br />

Cantam os poetas...os amores<br />

Cantam os poetas...as crianças<br />

Cantam os poetas...as esperanças<br />

Cantam os poetas...as ilusões<br />

Cantam os poetas...os sonhos<br />

Cantam os poetas...as canções<br />

Cantam os poetas...a natureza<br />

Cantam os poetas...os animais<br />

Cantam os poetas...a beleza<br />

Cantam os poetas...as flores<br />

Cantam os poetas...as cores<br />

Cantam os poetas...a música<br />

Cantam os poetas...a amizade<br />

Cantam os poetas...a sau<strong>da</strong>de<br />

Cantam os poetas...a ordem<br />

Cantam os poetas...a paz<br />

Cantam os poetas...a mentira<br />

Cantam os poetas...a ver<strong>da</strong>de<br />

Cantam os poetas...a dor<br />

Cantam os poetas...a vi<strong>da</strong><br />

Cantam os poetas...os silêncios<br />

Cantam os poetas...as políticas<br />

Cantam os poetas...as críticas<br />

Cantam os poetas...as tristezas<br />

Cantam os poetas...as incertezas<br />

Cantam os poetas...as dificul<strong>da</strong>des<br />

Fernan<strong>da</strong> Lúcia - Verdizela<br />

Envelheço<br />

Quando perco a ilusão.<br />

O sorriso de uma criança,<br />

Não me enternece o coração,<br />

A lua não me inspira poemas,<br />

As estrelas não fazem meus olhos brilharem,<br />

Independente de minha i<strong>da</strong>de.<br />

Isabel Silva Vargas - Rio Grande do Sul /Br

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