15.04.2013 Views

Nº - 55 - Os Confrades da Poesia

Nº - 55 - Os Confrades da Poesia

Nº - 55 - Os Confrades da Poesia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

2 | <strong>Os</strong> <strong>Confrades</strong> <strong>da</strong> <strong>Poesia</strong> | Boletim Nr <strong>55</strong> | Março/Abril 2013<br />

A Joaninha<br />

Joaninha, voa,<br />

voa até Lisboa!<br />

Com asas de cor,<br />

tão giras, às pintas<br />

perfeitas com tintas<br />

de nenhum pintor,<br />

ergue-te nos ares,<br />

percorre lugares,<br />

sobrevoa quintas<br />

e rios e montes,<br />

riachos e fontes,<br />

diz do céu azul<br />

que há de norte a sul,<br />

transporta a beleza<br />

<strong>da</strong> Mãe Natureza,<br />

sem sombras de prédios,<br />

sem medos, sem tédios.<br />

Leva, quando vais,<br />

os ares dos pinhais,<br />

os cheiros campestres,<br />

os frutos silvestres.<br />

Transporta a ver<strong>da</strong>de<br />

do campo à ci<strong>da</strong>de,<br />

e leva-lhe a paz<br />

que falta lhe faz.<br />

Lauro Portugal - Lisboa<br />

Noites de Lisboa<br />

Quando a noite cai sobre a ci<strong>da</strong>de<br />

Lisboa não se que<strong>da</strong> adormeci<strong>da</strong><br />

Acende-se uma chama de sau<strong>da</strong>de<br />

Que vem <strong>da</strong>r à noite ain<strong>da</strong> mais vi<strong>da</strong>.<br />

Nos becos os velhinhos candeeiros<br />

Só se apagam na le<strong>da</strong> madruga<strong>da</strong><br />

Parecem quais eternos sinaleiros<br />

A manter Lisboa sempre acor<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />

Há sempre a qualquer hora nas vielas<br />

Rufias que chamam à noite sua<br />

Que são na noite escura sentinelas<br />

Ou sombras <strong>da</strong>ndo vi<strong>da</strong> à luz <strong>da</strong> Lua.<br />

A noite no tempo pula e avança<br />

Altiva com seu âmago acor<strong>da</strong>do<br />

Teimando em ficar sempre criança<br />

P'ra quem gosta de nela ouvir o fado !...<br />

Euclides Cavaco - Canadá<br />

Solidão...<br />

«A Voz do Poeta»<br />

Ó minha terra algarvia<br />

Que é <strong>da</strong> lin<strong>da</strong> plantação?<br />

Dessa flor de magia...<br />

Apenas recor<strong>da</strong>ção!<br />

Que é feito <strong>da</strong> brancura<br />

Do meu Algarve encantado?<br />

Dessa on<strong>da</strong> de ternura...<br />

Que eu via em todo o lado!<br />

Que é do manto de noivado<br />

Ó meu Algarve de sonho?<br />

Que é do teu lindo passado<br />

Do meu Algarve risonho?<br />

Alfarrobeiras, figueiras...<br />

Com seus frutos sem igual<br />

As lin<strong>da</strong>s amendoeiras<br />

Da nossa terra natal!<br />

Há arvores tradicionais<br />

Que devemos preservar<br />

Orgulho dos nossos pais<br />

Deveriam cultivar!<br />

Maria José Fraqueza - Fuzeta<br />

Todo o amor que me lavra!<br />

Na Praia temos o Facho<br />

Na Serreta há o Farol<br />

Em Angra que lindo acho<br />

O nascer do nosso sol.<br />

No horizonte distante<br />

Coroando os ilhéus<br />

Amanhece em bom semblante<br />

Dourando os belos céus.<br />

Como é bonito viver<br />

No mirante <strong>da</strong> poesia<br />

Com todo o sol <strong>da</strong> palavra.<br />

Sou feliz por perceber<br />

A paixão que doce cria<br />

Todo o amor que me lavra.<br />

Rosa Silva ("Azoriana")<br />

Aos meus Amigos:<br />

Melodia doce quero ser...<br />

Não barulho dissonante.<br />

Suave brisa que cicia...<br />

Não ven<strong>da</strong>val arrasante.<br />

Uma flor, em vossas, mãos.<br />

Doce perfume a espargir...<br />

Em vosso céu, uma estrela,<br />

luz constante a refulgir.<br />

Filomena Camacho - Londres<br />

Palavras de Bon<strong>da</strong>de<br />

Há palavras de bon<strong>da</strong>de<br />

Que até podem fazer,<br />

Mu<strong>da</strong>r a reali<strong>da</strong>de<br />

Tornando o sonho ver<strong>da</strong>de<br />

E que aju<strong>da</strong>m a viver.<br />

Porque há palavras que são<br />

O fruto do que se sente,<br />

Sendo <strong>da</strong> alma a razão<br />

Ao virem do coração<br />

São sempre parte <strong>da</strong> gente.<br />

Se acaso vemos sofrer<br />

Algum amigo ou vizinho,<br />

Sentimos bem ao dizer<br />

Algo que ajude a vencer<br />

Com palavras de carinho.<br />

Pois há palavras singelas<br />

Como água pura <strong>da</strong>s fontes,<br />

Simples mas muito belas,<br />

Que por vezes são janelas<br />

Para novos horizontes.<br />

Quando ditas com ternura<br />

Por muito humildes que sejam,<br />

Trazendo amor à mistura<br />

Dão-nos afecto e doçura,<br />

São palavras que nos beijam.<br />

A que o coração deseja<br />

Pelo valor que contem,<br />

É sempre a que mais nos beija,<br />

A doce palavra MÃE.<br />

Isidoro Cavaco - Loulé<br />

Apesar <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de de pensamento e maneiras de interpretar, a essência do amor<br />

vive na alma, onde ninguém pode chegar. (Alcides Pelacani)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!