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Nº - 55 - Os Confrades da Poesia

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6 | <strong>Os</strong> <strong>Confrades</strong> <strong>da</strong> <strong>Poesia</strong> | Boletim Nr <strong>55</strong> | Março/Abril 2013<br />

Primavera e Juventude<br />

Primavera e juventude<br />

são pareci<strong>da</strong>s, não iguais<br />

vai e volta a primavera<br />

a juventude nunca mais<br />

Há muita coisa na vi<strong>da</strong><br />

que a mim nunca ilude<br />

ao dizer que é igual<br />

primavera e juventude<br />

Nem tudo o que ouço acredito<br />

e ouço tantas coisas mais<br />

jventude e primavera<br />

são pareci<strong>da</strong>s, não iguais<br />

Que este poema termine<br />

já vejo alguem á espera<br />

para me ouvir dizer<br />

vai e volta a primavera<br />

Mas uma coisa é ver<strong>da</strong>de<br />

que não contesto jamais<br />

a primavera essa volta<br />

a juventude nunca mais.<br />

Chico Bento - Dällikon- zurique - Suíça<br />

Amor occisivo<br />

Amor, ódio, sentimentos arrogantes<br />

Em mim flutuantes<br />

Segredos de uma vi<strong>da</strong><br />

Para nós perdi<strong>da</strong>...<br />

Abjurar o amor<br />

É como um filme de terror.<br />

Subsistem os fantasmas<br />

E as almas pena<strong>da</strong>s.<br />

Assombrando, atormentando<br />

Na distanásia porfiando.<br />

«<strong>Confrades</strong>»<br />

Não posso lutar com o destino<br />

Sei que é confronto perdido.<br />

Não consigo enfrentar esse poder misterioso<br />

Contumaz e poderoso!<br />

Nem nas trevas ou no paraíso<br />

Há cura para o amor que occisa.<br />

Que porfende queimando<br />

Como ácido sulfúrico e me torna atónico!<br />

Preferia não mais acor<strong>da</strong>r<br />

Até a devastidão terminar.<br />

Prossigo to<strong>da</strong>via nesta estra<strong>da</strong><br />

De sonhos prostrados onde nunca ninguém ganha!<br />

Só me resta a memória<br />

Enleva<strong>da</strong> nas asas mágicas <strong>da</strong> recor<strong>da</strong>ção<br />

Que me restitui sem condição<br />

Aos nossos momentos de glória!<br />

Quando precisares de silêncio<br />

Para pensares em alguém<br />

Lembra-te que há alguém<br />

Que em ti pensa em silêncio!<br />

Carmindo Carvalho - Suíça<br />

http://www.osconfrades<strong>da</strong>poesia.com/Lusofonos.htm<br />

Adeus alegria<br />

Alegria, grande amor que embalas o pensamento<br />

Viveste comigo através de nações e continentes<br />

Trabalho <strong>da</strong> mina foste pão; o meu entretimento<br />

Foste minha poesia, matavas dor, em acidentes<br />

I<strong>da</strong>de chegou, a dor afastou minha musa poética<br />

Alegria, era o timoneiro, que encantava meu mar<br />

Punha amor e filhos em linha; escola doméstica<br />

Era amor, ar risonho que me fazia amar e cantar<br />

Hoje; noites em claro, a tristeza não deixa dormir<br />

O céu tem menos estrelas, tem menos luz o luar<br />

Tantas vezes ain<strong>da</strong> esforço de mm cândido sorrir<br />

Estendo meus braços com ímpeto, a esposa abraçar<br />

Sei que é a i<strong>da</strong>de que deixa minha alegria se esvair<br />

Alegria se esvai com a i<strong>da</strong>de; sem a poder agarrar<br />

Armando Sousa - Toronto Ontário Cana<strong>da</strong><br />

Mensageiro <strong>da</strong> Esperança<br />

Afastei-me de Jesus, por ínvios caminhos<br />

julgando-me indigna de Seu divino amor!<br />

Desprezei o santo dom <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, os carinhos<br />

de quem me ama! - Preferindo mágoa e rancor!<br />

O filho do Criador, mandou mensageiros<br />

tentou de várias formas, chamar-me á razão!<br />

Amigos, amores, rivais e companheiros:<br />

A todos repeli, por teimosa obsessão!<br />

Um a um por várias causas, foram partindo<br />

na maré <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, morte, doença, até...<br />

ou pelo meu menosprezo e desconfiança...<br />

Mas Jesus não desistiu. - E foi persistindo,<br />

para eu aprender com dor! - Renovou minha fé,<br />

enviou-me o seu Mensageiro <strong>da</strong> Esperança!<br />

Arlete Pie<strong>da</strong>de - Santarém<br />

Felici<strong>da</strong>de<br />

Ser feliz<br />

o que é?...<br />

Como se consegue?...<br />

é o abraçar a vi<strong>da</strong>…<br />

Com loucura e amor…<br />

Amor…<br />

Que constantemente…<br />

Nos bate à porta…<br />

E surge…<br />

No sorriso dos filhos…<br />

No chilrear dos passarinhos…<br />

No desabrochar de uma flor…<br />

No sorriso de uma criança…<br />

Que nos puxa pela saia…<br />

E que nos diz baixinho…<br />

Gosto de ti…<br />

Ser feliz…<br />

É saber estar…<br />

Rodearmo-nos de gente…<br />

E sabermos, sempre sorrir…<br />

Mesmo… quando apetece chorar!…<br />

Lili Laranjo - Aveiro

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