Implemetação de Práticas de Responsabilidade Social ... - Engema
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passa para a socieda<strong>de</strong>, da criação <strong>de</strong> um ambiente interno <strong>de</strong> trabalho motivador, e do<br />
compromisso que passa a envolver os relacionamentos firmados com seus diversos públicos.<br />
Diante da importância das empresas para a diminuição dos impactos ambientais e o<br />
crescimento sustentado das nações, as seguintes questões são objeto <strong>de</strong> investigação neste<br />
estudo: Como as empresas implementam as práticas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social? Como a<br />
implementação e a divulgação <strong>de</strong>ssas práticas possibilitam para elas um diferencial<br />
competitivo?<br />
Em resposta, este estudo buscou investigar a implementação dos conceitos e práticas<br />
<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social corporativa pelas empresas cearenses e seu reflexo na<br />
competitivida<strong>de</strong>, baseado nos pressupostos <strong>de</strong> que: 1) a implementação <strong>de</strong>ssas práticas não<br />
repousa em alicerces teóricos; 2) as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua implementação estão relacionadas à<br />
falta <strong>de</strong> conhecimento dos alicerces; e 3) a implementação e divulgação <strong>de</strong>ssas práticas<br />
buscam um reflexo positivo da atuação social da empresa para a obtenção <strong>de</strong> um diferencial<br />
competitivo.<br />
Elaborou-se uma pesquisa bibliográfica entre a produção <strong>de</strong> autores e instituições que<br />
se <strong>de</strong>bruçam sobre a temática, buscando a compreensão dos conceitos utilizados pelos<br />
teóricos acerca da implementação das práticas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social corporativa e a<br />
visualização das vantagens competitivas que as empresas po<strong>de</strong>m auferir <strong>de</strong> sua adoção,<br />
seguida <strong>de</strong> uma pesquisa exploratória, <strong>de</strong> natureza qualitativa, utilizando-se a técnica <strong>de</strong><br />
estudo <strong>de</strong> caso e o método da análise <strong>de</strong> conteúdo, em seis empresas cearenses agraciadas<br />
com o Prêmio Delmiro Gouveia, na categoria <strong>de</strong>sempenho social.<br />
A distribuição das informações será apresentada em forma <strong>de</strong> tópicos, em número <strong>de</strong><br />
seis. O primeiro aborda os aspectos teóricos da responsabilida<strong>de</strong> social corporativa; o segundo<br />
trata dos alicerces que servem <strong>de</strong> base para a implementação <strong>de</strong> suas práticas; o terceiro<br />
apresenta as práticas e normas <strong>de</strong> certificação e normalização <strong>de</strong>sse instituto, com ênfase nos<br />
Relatórios Sociais do Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Análises Sociais e Econômicas (IBASE) e do<br />
Instituto Ethos <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> <strong>Social</strong>, <strong>de</strong>screvendo, ao final, as premiações concedidas<br />
às empresas com níveis <strong>de</strong> excelência na atuação social responsável, com <strong>de</strong>staque para o<br />
Prêmio Delmiro Gouveia; o quarto <strong>de</strong>talha o tratamento metodológico empregado na<br />
construção <strong>de</strong>ste estudo, ficando o quinto reservado ao estudo empírico em si.<br />
2. Responsabilida<strong>de</strong> social corporativa<br />
2.1 O papel da empresa na socieda<strong>de</strong><br />
Qualquer organização nasce tendo um papel a <strong>de</strong>sempenhar na socieda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> se<br />
insere e sobrevive enquanto o estiver cumprindo <strong>de</strong> forma competente, cuja medida é<br />
conferida por meio <strong>de</strong> parâmetros estabelecidos pela mesma socieda<strong>de</strong> (PINTO, 2004). O<br />
respeito às obrigações com os acionistas, representado pela geração e distribuição dos lucros,<br />
ao compromisso assumido com os trabalhadores, no pagamento <strong>de</strong> seus salários, e com o<br />
governo, por meio do cumprimento à legislação societária e tributária vigente, antigamente<br />
tão-somente uma faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas organizações, transformou-se, na atualida<strong>de</strong>, numa<br />
exigência inesquivável, como bem observa Kaufmann (1990, p. 63), para quem “[...] a<br />
empresa mo<strong>de</strong>rna não apenas <strong>de</strong>ve cumprir a lei <strong>de</strong> forma inequívoca, respeitar a or<strong>de</strong>m<br />
jurídica vigente e os interesses da comunida<strong>de</strong>. Ela precisa, na medida <strong>de</strong> suas possibilida<strong>de</strong>s,<br />
participar ativamente do <strong>de</strong>senvolvimento do país.”<br />
Essa nova realida<strong>de</strong>, em que o dinamismo e a turbulência ambiental configuram-se<br />
como o cenário por excelência do atual mundo globalizado para as organizações <strong>de</strong> todos os<br />
tipos, fez a socieda<strong>de</strong> perceber, gradativamente, que a interferência das empresas no mundo<br />
compromete os recursos ambientais e, como conseqüência, a sobrevivência dos sistemas<br />
políticos, econômicos e sociais, tornando-as co-responsáveis diretas por suas operações e<br />
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