Implemetação de Práticas de Responsabilidade Social ... - Engema
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externamente. Para a socieda<strong>de</strong>, fornecem um panorama da empresa e <strong>de</strong> sua administração,<br />
no campo social.<br />
Grüninger e Oliveira (2002, p. 2) ensinam que “As certificações diferem-se <strong>de</strong> normas<br />
basicamente pela conferência <strong>de</strong> atestados <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> a um conjunto <strong>de</strong> regras seguido<br />
por <strong>de</strong>terminada organização, após a realização <strong>de</strong> sua verificação e auditoria por uma terceira<br />
parte ou órgão certificador”.<br />
Melo Neto e Fróes (2001) consi<strong>de</strong>ram que a avaliação do processo produtivo <strong>de</strong> uma<br />
organização transcen<strong>de</strong> a mera consulta ao balanço ou o controle <strong>de</strong> estoques, envolvendo,<br />
também, o gerenciamento das relações trabalhistas, o respeito aos direitos humanos, e as<br />
relações com os fornecedores. Nas relações com a comunida<strong>de</strong>, a certificação avalia a<br />
natureza das ações encetadas, os problemas sociais solucionados, os beneficiários atendidos,<br />
os parceiros, o foco e o escopo <strong>de</strong>ssas iniciativas. No relacionamento com funcionários e seus<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, a avaliação recai sobre a concessão <strong>de</strong> benefícios, inclusive aos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, a<br />
gestão do clima organizacional, a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no trabalho, <strong>de</strong>ntre outros.<br />
No Brasil, Organismos Certificadores, <strong>de</strong> competência técnica reconhecida pelo<br />
Instituto Nacional <strong>de</strong> Metrologia, Normalização e Qualida<strong>de</strong> Industrial (INMETRO) são<br />
responsáveis pela certificação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> gestão normalizados.<br />
4.2 Comunicação e Evi<strong>de</strong>nciação<br />
A informação sempre foi um importante fator para tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong>terminante<br />
para o sucesso gerencial. No entanto, a gran<strong>de</strong> evolução das tecnologias da comunicação e<br />
informação, cuja atuação vem se tornando <strong>de</strong>cisiva para a sobrevivência e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
das organizações, favoreceu a produção exacerbada <strong>de</strong> índices pelas empresas, fazendo da<br />
própria comunicação o gran<strong>de</strong> problema da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>.<br />
A crescente responsabilida<strong>de</strong> social exigida das organizações requer a elaboração e a<br />
apresentação <strong>de</strong> informações sobre as ativida<strong>de</strong>s nessa área, no que diz respeito aos aspectos<br />
social, ético, ambiental ou ecológico, aten<strong>de</strong>ndo à cobrança social por uma prática <strong>de</strong><br />
prestação <strong>de</strong> contas adotada pelas empresas, no sentido <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar que organizações geram<br />
prejuízos ou não adicionam valor à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estão inseridas.<br />
Para a divulgação das informações e indicadores sobre os investimentos e ações<br />
realizadas pelas empresas no cumprimento <strong>de</strong> seu papel social junto a todos com quem<br />
interage, o instrumento que tem sido evocado é o Balanço <strong>Social</strong>, <strong>de</strong>finido por Tinoco (2001,<br />
p. 14) como “[...] um instrumento <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> informação que visa evi<strong>de</strong>nciar, da forma<br />
mais transparente possível, informações econômicas e sociais, do <strong>de</strong>sempenho das entida<strong>de</strong>s,<br />
aos mais diferenciados usuários, entre estes os funcionários”, que registra as ações no campo<br />
social e do meio ambiente, permitindo a verificação da situação da empresa nesses campos e a<br />
avaliação das relações estabelecidas entre o resultado da empresa e a socieda<strong>de</strong>.<br />
Não só variados são os públicos, como numerosos também são os indicadores que o<br />
Balanço <strong>Social</strong> permite visualizar. Tinoco (2001) elenca uma série <strong>de</strong>sses indicadores, <strong>de</strong><br />
natureza social, sem ter a pretensão <strong>de</strong> que ela seja uma lista exaustiva: a) evolução do<br />
emprego na empresa; b) promoção dos trabalhadores na escala salarial da empresa; c) relação<br />
entre a remuneração do pessoal em nível <strong>de</strong> gerência e os operários; d) participação e<br />
evolução do pessoal por sexo e instrução; e) classificação do pessoal por faixa etária; f)<br />
classificação do pessoal por antigüida<strong>de</strong> na empresa; g) nível <strong>de</strong> absenteísmo; h) benefícios<br />
sociais concedidos (médico, odontológico, moradia, educação); i) política <strong>de</strong> higiene e<br />
segurança no trabalho; j) política <strong>de</strong> proteção ao meio ambiente etc.<br />
As empresas têm gradualmente a<strong>de</strong>rido a esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> publicação, mas é ainda<br />
comum encontrar relatórios exce<strong>de</strong>ndo na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> boas ações e se esquivando <strong>de</strong><br />
apresentar aspectos negativos. É consenso entre as entida<strong>de</strong>s que difun<strong>de</strong>m e estimulam a<br />
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