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Implemetação de Práticas de Responsabilidade Social ... - Engema

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<strong>de</strong>cisões, levando em conta o efeito positivo ou negativo gerado no ambiente em que vivem.<br />

Para Ashley (2002), diferentemente do que acontecia no passado, a organização é hoje<br />

questionada não só pelo que faz, mas também pelo que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> realizar, por <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar os<br />

problemas da socieda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> vive e atua, implicando que o seu papel para com a socieda<strong>de</strong><br />

engloba tanto o <strong>de</strong>senvolvimento econômico quanto a participação nos contextos social e<br />

ambiental, buscando melhorias para as condições <strong>de</strong> vida da população, assumindo uma nova<br />

responsabilida<strong>de</strong> que lhe é atribuída: a responsabilida<strong>de</strong> social corporativa.<br />

2.2 Responsabilida<strong>de</strong> <strong>Social</strong> Corporativa no Brasil e no mundo<br />

Des<strong>de</strong> a publicação do livro “Responsabilida<strong>de</strong>s Sociais do Homem <strong>de</strong> Negócios” por<br />

Bowen (1953 apud CARROLL, 1999), primeira contribuição na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

Responsabilida<strong>de</strong> <strong>Social</strong> Corporativa, um longo <strong>de</strong>bate em torno <strong>de</strong> seu conceito, abrangência<br />

e práticas que a <strong>de</strong>limitam, vem acontecendo. Este instituto se apresenta como:<br />

O comprometimento permanente dos empresários <strong>de</strong> adotar um comportamento<br />

ético e contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento econômico, melhorando simultaneamente<br />

a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> seus empregados e <strong>de</strong> suas famílias, da comunida<strong>de</strong> local e da<br />

socieda<strong>de</strong> como um todo (TOLDO, 2002, p. 82),<br />

On<strong>de</strong> as ações se <strong>de</strong>senvolvem no sentido <strong>de</strong> “[...] tentar superar a distância entre o social e o<br />

econômico, com a proposta <strong>de</strong> resgatar a função social das empresas” (p.80).<br />

A sustentabilida<strong>de</strong>, discurso muito em voga na mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à gravida<strong>de</strong> dos<br />

problemas ambientais que ameaçam a sobrevivência, em curto prazo, da espécie humana na<br />

terra, passou a merecer o status <strong>de</strong> fundamento do instituto da Responsabilida<strong>de</strong> <strong>Social</strong><br />

Corporativa, na visão <strong>de</strong> Camargo, Franco e Maymi et al. (2000).<br />

Segundo Carroll (1979), na literatura, o conceito <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social<br />

corporativa encontra-se firmado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> vários significados, que envolvem “[...] <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

preocupações com o bem-estar dos trabalhadores, passando pela responsabilida<strong>de</strong> com os<br />

produtos, até compromissos com a socieda<strong>de</strong> e impactos ambientais”. No entanto, suas<br />

diferentes significações suscitam sempre questões ligadas à área do <strong>de</strong>ver, da obrigação legal<br />

ou moral, o que se po<strong>de</strong> perceber a partir da própria <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> como a<br />

qualida<strong>de</strong> daquele que respon<strong>de</strong> por atos próprios ou <strong>de</strong> outrem, que <strong>de</strong>ve satisfazer os seus<br />

compromissos ou <strong>de</strong> outrem (FERREIRA; BARTHOLO, 2005), culminando na síntese<br />

apresentada por Oliveira (2002) <strong>de</strong>sse instituto como o somatório do objetivo social da<br />

empresa e a sua atuação econômica.<br />

No Brasil, impossível traçar a sua trajetória sem referenciar a ação <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s nãogovernamentais,<br />

institutos <strong>de</strong> pesquisa e empresas sensibilizadas para a questão social, que<br />

foram fundamentais a partir <strong>de</strong> 1990, <strong>de</strong>ntre as quais o maior exemplo é o Instituto Brasileiro<br />

<strong>de</strong> Análises Sociais e Econômicas (IBASE) e a trajetória do sociólogo Herbert <strong>de</strong> Souza, o<br />

Betinho, um <strong>de</strong> seus fundadores e principal articulador.<br />

Em 1995, foi criado o Grupo <strong>de</strong> Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), a primeira<br />

entida<strong>de</strong> que se preocupou com o tema da filantropia, cidadania e responsabilida<strong>de</strong><br />

empresarial, adotando, por assim dizer, o termo cidadania empresarial para se referir às<br />

ativida<strong>de</strong>s que as corporações realizassem com vista à melhoria e transformação da socieda<strong>de</strong>.<br />

Outra entida<strong>de</strong> relevante na construção da história da Responsabilida<strong>de</strong> <strong>Social</strong>, no Brasil, é o<br />

Instituto Ethos <strong>de</strong> Empresas e Responsabilida<strong>de</strong> <strong>Social</strong>, fundado em 1998, por O<strong>de</strong>d Grajew,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> intermediar empresas e ações sociais e disseminar a prática social por meio<br />

<strong>de</strong> publicações, experiências, programas e eventos para seus associados e interessados em<br />

geral.<br />

O Instituto <strong>de</strong> Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revela que os investimentos<br />

brasileiros em áreas sociais estão crescendo. A pesquisa Ação <strong>Social</strong> das Empresas (2000-<br />

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